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OÁSIS #175 EDIÇÃO A MAGIA DO CÉU NOTURNO CENÁRIOS QUE A POLUIÇÃO LUMINOSA ESCONDE BASE US 27, NA LÍBIA Campo militar norte- americano vira refúgio da Al-Qaeda ANTÁRTICA, TRIBOS ANCESTRAIS, ILHABELA o fascinante mundo das viagens REALIDADE AUMENTADA Como ela transformará os esportes e criará empatia

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Oásis#175

Edição

A mAgiA do céu noturnoCEnários quE a poluição

luminosa EsCondE

Base Us 27, na LíBiaCampo militar norte-americano vira refúgio da al-qaeda

antártica, triBos ancestrais, iLhaBeLao fascinante mundo das viagens

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por

Editor

PEllEgriniLuis

h á quanto tempo você não olha para o céu noturno e se perde por entre a miríade de pontos luminosos que nele brilham, estrelas, planetas, cometas, galáxias, nebulosas? os antigos

faziam isso com constância, e ciências inteiras, a astronomia, a astrologia, derivaram desse exercício de contemplação. Sem falar do céu estrelado como fonte de inspiração para a poesia, a música, a pintura, a mitologia e as ciências esotéricas e espirituais.

Pena que quase todos, hoje, sobretudo os que vivem no meio urbano, perderam o hábito de ver estrelas. a essa perda junta-se aquela do “ouvir estrelas”, o amor pela poesia...

Para os que nunca leram, para aqueles que esqueceram, aqui vai o outro-ra célebre poema “ouvir Estrelas”, que olavo Bilac escreveu em 1888, ano da abolição da Escravatura: “ora (direis) ouvir estrelas! CertoPerdeste o senso!” E eu vos direi, no entanto,

Ora (direis) Ouvir estrelas! CertO perdeste O sensO! e eu vOs direi, nO entantO, que, para

Ouvi-las, muita vez despertO e abrO as janelas, pálidO de espantO...

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Que, para ouvi-las, muita vez despertoE abro as janelas, pálido de espanto...E conversamos toda a noite, enquantoa via-láctea, como um pálio aberto,Cintila. E, ao vir do sol, saudoso e em pranto,inda as procuro pelo céu deserto.direis agora: “tresloucado amigo!Que conversas com elas? Que sentidotem o que dizem, quando estão contigo?”E eu vos direi: “amai para entendê-las!Pois só quem ama pode ter ouvidoCapaz de ouvir e de entender estrelas.”

nossa matéria de capa trata, em vídeo, fotografias e texto, desse mundo noturno maravilhoso e quase desconhecido que paira sobre nossas cabe-ças. Ele se ilumina e fica visível quando nos afastamos das luzes artificiais. É o mundo do céu estrelado, do qual mostramos algumas surpreendentes janelas imortalizadas num concurso fotográfico idealizado para a salvaguar-da dos céus noturnos.

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A MAGIA DO CÉU NOTURNOCenários que a poluição luminosa esconde

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m mundo maravilhoso e quase desconhecido paira sobre nossas cabeças. Ele se ilumina e fica vi-sível quando nos afastamos das luzes artificiais. É o mundo do céu noturno. O vídeo e a galeria de fotos abaixo mostram surpre-endentes janelas desse universo

imortalizadas num concurso fotográfico idealizado para a salvaguarda dos céus no-turnos.A beleza muitas vezes escondida da Via

UO vídeo e a galeria de imagens abaixo reúnem as fotos vencedoras do international earth and sky photo Contest 2014 tWan, o mais importante concurso mundial de fotografia dedicado à importância dos céus noturnos. veja de preferência em tela cheia

Por: EquiPE oásisVidEo: BaBak TafrEshi PLus 2

Láctea, as cores brilhantes das auroras boreais, a magia dos eclipses: todos esses eventos celestes, ocorridos nos últimos meses, é o que mostram as fotografias vencedoras do 4o TWAN, um concurso fotográfico internacional organizado pelo programa The World at Night em colabo-ração com o National Optical Astronomy Observatory e o Global Astronomy Mon-th.

O principal objetivo da competição é mostrar a harmonia existente na relação entre o céu e a Terra, mais facilmente perceptível nas fotos de paisagens no-turnas. O concurso também objetiva sensibilizar a opinião pública sobre a importância de se preservar a beleza dos céus estrelados, cada vez mais ameaça-dos, sobretudo nos centros urbanos, pela crescente poluição química e luminosa da atmosfera.

Para participar do concurso, centenas de fotógrafos provenientes de 55 países saíram à caça de janelas do céu estrela-do, surgidas longe das luzes das cidades. Muitas vezes encontraram paisagens completamente livres de luzes artificiais. Outras vezes foi exatamente a interação do céu com outras fontes luminosas a

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proporcionar a foto perfeita. A galeria abaixo mostra algumas das mais espetaculares fotografias que par-ticiparam do concurso. Outras imagens, não menos belas, aparecem no vídeo.

Cegos pela luz

A maior parte das grandes cidades do mundo, hoje, não pode mais gozar do espetáculo das noites estre-ladas pelo fato de que difundiram a seu redor uma “redoma” de luz artificial que escurece e tapa a vi-são das fontes luminosas naturais. A excessiva ilu-

minação artificial “apaga” as estrelas, interfere nas observações astronômicas, destrói os ecossistemas noturnos e exerce efeitos negativos sobre a saúde humana, além de constituir um evidente desperdício de energia elétrica.

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1 Luz no céu

Vencedora absoluta do concurso, e primeira colocada na categoria “Against the Lights” (contraluz, referindo-se à polui-ção luminosa que obscurece a beleza do céu), esta foto é da italiana Giorgia Hofer. Foi tirada no dia 1 de janeiro 2014, na região do Passo Cibiana, Montanhas Dolomitas, Utália.

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2 Sob um manto de estrelas

O primeiro prêmio na categoria “Beauty of the Night Sky” (a beleza do céu noturno) tocou a Luc Perrot, fotógrafo da Ilha Reunião, no Oceano Pacífico, por esta foto do Vulcão Piton de la Fournaise que repousa sobre um leito de nuvens e sob um manto de estrelas da Via Láctea.

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3 Três belezas em uma única foto

O segundo lugar na mesma categoria é de Ben Coffman, fotógrafo de Portland, Estados Unidos, com esta fotografia tira-da em fevereiro deste ano na costa norte do Oregon, em Hug Point.

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4 Tudo é luz

Em uma noite clareada pela Lua e por algumas luzes artificiais, depois de muitos dias de mau tempo, a aurora boreal vol-ta a surgir no céu da Noruega. A foto se intitula “Aurora refletida”, segundo classificada na categoria “Against the Lights”, e foi realizada pelo fotógrafo romeno Alex Conunel no vilarejo de Reine, uma aldeia de pescadores nas ilhas Lofoten, nor-te da Noruega.

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5 Concentração de forças

Uma aurora boreal enfeita a sugestiva cascata islandesa de Kirkjufell. O contexto é iluminado apenas pela luz lunar. A foto foi escolhida porque encerra, numa pequena janela do universo, todas as forças da natureza.

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6 Astronomia de pai para filho

O quarto lugar na categoria dedicada à beleza do céu noturno ficou para esta imagem feita pelo fotógrafo egípcio Ibrahim Elawadi, em novembro 2013, a cerca de 100 quilômetros do Cairo. A foto representa uma “transmissão de mensagem”, entre pai e filho. Ambos tomados pela paixão da observação celeste.

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7 Luzes acima, luzes abaixo

Um quinta lugar foi atribuído a essa fileira de estrelas imortalizadas – em longa exposição – pelo australiano Phil Hart sobre os lagos de Gippsland, na província australiana de Victoria. Vê-se em amarelo o rasto da Via Láctea, e na superfície das águas pode ser observado o fen6Omeno da bioluminescência (emissão de luz por parte de organismos vivos, neste caso grandes bancos de plâncton).

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8 No céu infinito

O espetáculo do céu invernal fotografado pelo iraniano Majid Ghohroodi acima e ao redor do lago salgado Maranjab, perto da cidade iraniana de Kashan. Terceiro classificado na categoria “Against the Lights”.

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9 Neblina providencial

“A nevoa embaixo e as estrelas acima”, é o título desta foto, quarta classificada na categoria “Against the Lights”. Neste caso, a presença da névoa serviu para bloquear a reverberação das luzes da cidade e a permitir ao fotógrafo neozelandês Mark Gee imortalizar, numa única foto, a cidade de Wellington (Nova Zelândia) e a Via Láctea acima dela.

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10 Estrada para o paraíso

Quinto lugar na categoria “Against the Lights” para Song Hongxiao, da China, que imortalizou nesta foto de longa ex-posição as fileiras de estrelas que se levantar da montanha sagrada Tai. O fotógrafo explicou que faz parte da tradição chinesa caminhar até o cimo dessa montanha para se ver o nascer do Sol e para orar. As luzes de centenas de peregrinos acompanham os traçados luminosos desenhados pelos astros.

Video: Stunning Night Sky Images: Earth & Sky Photo Contest 2014

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BASE US 27, NA LÍBIACampo militar norte-americano vira refúgio da Al-Qaeda

Militante da al qaeda na Líbia

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o Iraque e no Afeganistão, a polí-tica norte-americana e europeia de invasão de países governados por ditadores ou por organizações terroristas converteu-se em fra-cassos retumbantes. Após destruir a infraestrutura de governo e de defesa dos governos ditatoriais, as

forças ocidentais de ocupação foram incapa-zes de criar novos governos sólidos. Ao aban-donar esses países, poderosas forças terroris-tas voltaram a se organizer e a se aglutinar, com ânimo redobrado, e estão prestes a do-

Num campo de treinamento militar próximo a trípoli, capital da líbia, inicialmente destinado à formação de soldados governamentais líbios em técnicas de combate ao terrorismo, tornou-se refúgio de um grupo terrorista ligado à al-qaeda.

Por: EquiPE oásis

minar novamente suas nações.

Agora, também a Líbia, após a morte do ditador Ghedafi, parece caminhar nesse sentido, como mostra o artigo abaixo. No país, guerrilheiros islâmicos, ligados de al-guma forma a oranizações terroristas como a Al-Qaeda, já atuam em toda a parte. Sua façanha mais recente foi tomar a impor-tante base militar US27, nas imediações da cidade de Benghasi, apoderando-se de todo o armament ali estocado. Leia a reportagem abaixo, que acaba de ser publicada num site novaiorquino.

Por: Site The Daily Beast - Nova lorque

No verão de 2012, os Boinas Verdes dos EUA começaram a reconstruir uma base militar líbia, 27 km a oeste de Trípoli. Seu objetivo era funcionar como campo de trei-namento para a formação da primeira força especial líbia de contra-terrorismo, formada pela inteligência militar ocidental.

Passados menos de dois anos, o “campo militar 27” (o nome é uma referência a um marco quilométrico próximo da base, na es-trada entre Trípoli e Túnis, capital da Tuní-sia) encontra-se sob o controle de Ibrahim Ali Abu Bakr Tantoush, um ex-aliado de Osama bin Laden, que os Estados Unidos e

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as Nações Unidas tinham iden-tificado em 2002. lsso significa que Tantoush detém agora o controle de um campo militar que Washington e Trípoli espe-ravam utilizar para o treino de forças especiais líbias treinadas para a captura de terroristas is-lâmicos militantes. Entre eles, estava incluído o próprio Tan-toush.

Um alto responsável da Defesa dos EUA acaba de admitir que essa informação foi recolhida pe-los serviços secretos norte-ame-ricanos na Líbia. Em 22 de abril, Tantoush apareceu na televisão e confirmou, em entrevista, que de fato se encontrava na Líbia, hospedado com a família. Resta saber onde. A Líbia é um país muito grande.

Jihadistas em toda a Líbia

Na ocasião, no entanto, Tantoush negou ter qualquer ligação com aquela antiga base americana de operações especiais. Mas, segundo funcionário dos EUA, o campo é considerado agora uma “zona interdita” , ou seja, um local onde os militares americanos só poderiam entrar recorrendo à força das armas.

Desde o atentado ao consulado americano em Benga-si (11 de setembro de 2012), grupos jihadistas e células

regionais da Al-Qaeda não param de ganhar terreno na Líbia. O fato de um veterano como Tantoush controlar hoje uma base militar a 27 quilômetros da capital diz muito sobre a deterioração das condições de segurança na Líbia.

“Já sabemos há algum tempo que grupos jihadistas construíram campos de treino em todo o território lí-bio”, diz Daveed Gartenstein-Ross, ex- membro da Fun-dação para a Defesa das Democracias. “Mas esse novo elemento é importante: primeiro, porque o campo está localizado na entrada de Trípoli; em segundo lugar, por-que em vez de montarem campos de treino nos con

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Manifestantação de populares contra o terrorismo, em Benghasi, Líbia

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Guerrilheiros fortemente armados aparecem abertamente nas ruas de Benghasi, na Líbia

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de 100 homens das operações espe-ciais líbias, esse modesto objetivo nunca chegou a ser cumprido. “Os resultados ficaram bem aquém das nossas expectativas e das dos líbios”, acrescenta Carter Ham, general apo-sentado que liderava o Comando Africano no Pentágono, no momento da criação desse programa de for-mação.

Ham se lembra de ter encontrado um pequeno grupo que os instruto-res lhe haviam apresentado como sendo formado por líderes do futu-

ro: “O grupo era diversificado, como pretendíamos. As milícias de onde esses homens eram provenientes pos-suíam pouca experiência militar e seguramente nenhu-ma experiência no seio de uma organização hierárqui-ca”. A situação no campo 27 começou a se deteriorar em junho de 2013, quando duas milícias rivais tomaram as instalações de assalto e se apoderaram do equipamen-to. Nessa altura (se tomarmos como boas as palavras de dois oficiais americanos, que aceitaram responder às nossas questões mantendo o anonimato), nenhum militar dos EUA se encontrava na base. Ela nem sequer estava protegida por soldados líbios. Mas um grande número de armas e armamentos norteamericanos lá se encontravam armazenados e passaram para as mãos dos terroristas assaltantes.

O funcionário do Pentágono confirmou essas informa-ções, especificando que as milícias tinham se apoderado

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fins do deserto, os jihadistas assumiram o controle de uma base previamente ocupada pelo exército regular líbio”. E acrescenta Gartenstein-Ross: “Não creio que consigam manter sua posse por muito tempo. Essa base fica nas proximidades de Trípoli e sua localização é bem conhecida pelo governo da Líbia”.

Resultados aquém das expectativas

Um militar americano que participou do programa de formação explica que as forças especiais dos Estados Unidos começaram a construir a base no verão de 2012, antes do atentado ao consulado americano em Bengasi, em 11 de setembro. No entanto, os treinamentos pro-priamente ditos só começaram no outono de 2012. Um funcionário do Pentágono assinala que, embora o cam-po 27 pretendesse, inicialmente, formar um contingente

Enorme mural com a figura de Ghedafi, na Brigada khamis, em Benghasi

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Guerrilheiros árabes e de outras nacionalidades compõem as novas brigadas terroristas da Líbia

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de equipamentos de visão noturna, de espingardas M4, pistolas, veícu-los militares e munições. Aconte-cimentos deste tipo tornam ainda mais confortável a posição de Tan-toush e de seu grupo. Isso é parti-cularmente frustrante para os ame-ricanos, visto se tratar de um dos principais membros remanescentes da rede Al-Qaeda. O ataque de ju-nho de 2013 bastou para anular o programa de formação. O embaixa-dor dos EUA cancelou-o, tentando desse modo garantir a segurança do pessoal e do equipamento america-no.

Ponto de passagem para a Síria

Até hoje, as condições de segurança na Líbia não são boas. Um porta-voz da Embaixada dos Estados Unidos em Trípoli recusou responder às nossas perguntas. Mas parece óbvio que a Líbia continua precisando de ajuda. “O país é uma via de acesso para os combatentes estran-geiros que viajam para a Síria, vindos de toda a África”, informa a nossa fonte do Pentágono. No mês de março, depondo perante o Comitê de Serviços Armados do Se-nado, o general David Rodriguez - sucessor de Ham na liderança da AFRICOM - estimou que cerca de dois mil combatentes estrangeiros tenham transitado através do nordeste da África (Líbia, Egito, Sudão, Somália) em direção à Síria.

Esse general salientou ainda que a Al-Qaeda continua coordenando as atividades terroristas na região, com-partilhando os seus conhecimentos e recursos com lide-ranças rebeldes nela espalhadas. Hoje, esses militantes dispõem de uma base militar completa muito perto de Trípoli, além de contarem com um verdadeiro arsenal de equipamentos táticos.

“A principal dificuldade reside no fato de que inúme-ras armas, munições e explosivos provenientes da Líbia circularem por todo o nordeste da África”, completou o general Rodriguez.

Guerrilheiro posa diante de mural de Ghedafi. a figura do ditador morto

ainda é onipresente na Líbia

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Manifestantes islâmicos jihadistas protestam nas ruas de Trípoli, a capital líbia

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25/48oásis . viagEm oáSiSantártica, pinguins e o navio sea spirit.

ANTÁRTICA, TRIBOS ANCESTRAIS, ILHABELAo fascinante mundo das viagens

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ndanças pelo continente antártico

Gosta do frio? Se você plane-jar direitinho, ainda este ano pode embarcar a bordo de um navio rumo à Antártica, um cenário de sedutora beleza, re-pleto de picos pincelados pela

A

Coluna sobre viagens, assinada pela jornalista Fabíola musarra. a cada 15 dias, ela traz as novidades do setor, mostra roteiros e dá dicas sobre turismo. a ideia é facilitar ainda mais sua vida, dando a nossa contribuição para que você faça as viagens de seus sonhos, sem transtornos e com excelentes recordações. boa leitura!

Por faBíoLa Musarra (*)

neve, glaciares de intensos tons de azul e baias verde-esmeralda.

A Firstar oferece dois roteiros para o con-tinente antártico, mas eles somente acon-tecem durante o verão do hemisfério sul, quando as temperaturas mais elevadas permitem que os passageiros do navio aproveitem melhor as exuberantes paisa-gens do lugar.

Os dois cruzeiros da Firstar são feitos na companhia do experiente explorador Jan Bryde. Durante o trajeto, Bryde e equipe explicam os fatos e detalhes que envolvem a fauna e flora da Antártica.

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stanley, capital das ilhas falklands

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O primeiro roteiro é feito pelo Sea Spirit, cuja saída acontece apenas no ano que vem. Com 22 dias de du-ração, o navio faz paradas nas estações polares, nas ilhas Falklands (Malvinas) e na ilha South Georgia.

Santuário de muitas espécies – de pássaros a focas e baleias, a região abriga vulcões. E o Sea Spirit atra-ca ao redor deles, para que os viajantes desfrutem de deliciosos banhos quentinhos, apesar da temperatura negativa do ambiente. Com saída no dia 31 de outu-

bro e retorno em 21 de novembro de 2015, o cruzeiro custa a partir de US$ 13.500 por pessoa.

Para quem não dispõe de tantos dias e tem a intenção de viajar ainda este ano, a opção é o ro-teiro “Antarctica Clássica”, de 11 dias. Com saída prevista para o dia 7 de dezembro de 2014 e tér-mino no dia 18 deste mesmo mês, a viagem é feita a bordo do navio Sea Explorer e percorre as gela-das águas da Península Antár-tica, de Ushuaia às ilhas South Shetland. O preço por pessoa é a partir de US$ 8.895.

Informações: Firstar, represen-tante para o Brasil, tels. (11) 3253-7203 e (21) 3553-7646, e--mail: [email protected].

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Geórgia do sul, o reino dos pinguins

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Do Leste Europeu rumo ao Mar Negro

O verão europeu é a melhor época do ano para percor-rer este trajeto que cruza a Europa, partindo rumo ao leste até encontrar o Mar Negro. No percurso de sete dias, seis países: Hungria, Croácia, Sérvia, Romênia, Bulgária e Turquia.

O cruzeiro começa em Budapeste e segue pelo interior da Hungria, com paradas em Mohacs e Pecs, região famosa pela agricultura e pelos excelentes vinhos que produz. O destino seguinte é Vukovar, no interior da Croácia, uma das cidades da resistência na Guerra de

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Independência do país.

O próximo país é a Sérvia, onde o navio faz paradas na cidade de Novi Sad e na capital Belgrado. Em seguida, navega pelos chamados Portões de Ferro, local onde o Rio Danúbio se estreita, formando diversas gargantas ao sul dos Cárpatos e a nordeste dos Bálcãs. Essa for-mação é a fronteira natural entre a Sérvia e a Romênia. Na romena Vidin há um stop para conhecer o caste-lo medieval de Belogradchik. Na sequência, Giurgiu e Bucareste, a capital da Romênia, com seus parques e o distrito de Lipscani. No dia seguinte, o navio aporta em Rousse, o último porto no Rio Danúbio. Em terra,

Mesquita azul, istambul, Turquia

a cidade de Pecs, na hungria

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visita Veliko Tarnovo, a antiga capital da Bulgária, e depois Plovdiv.

Nos dois dias finais, o cruzeiro fica em Istambul, na Turquia, com visitas guiadas às principais atrações da cidade, como o Palácio Topkapi, e com tempo para embarcar em um cruzeiro pelo Estreito de Bósforo, que separa a Europa da Ásia.

A viagem é feita pelo AmaCerto e AmaPrima, navios de luxo da AmaWaterways. Anote as saídas: dias 29 de julho e 5 de agosto. Preço por pessoa em cabine dupla a partir de US$ 2.250 (somente o cruzeiro). In-formações: Firstar, tels. (11) 3253-7203 e (21) 3553-

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7646, site: www.amawaterways.com.br, [email protected].

Torre do relógio, em Novi sad, sérvia

Castelo fortaleza de Belogradchik, na Bulgária

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Mulheres da tribo massai, no quênia

Garotas da tribo himba, na Namíbia

Para desvendar tradições de povos e tribos ancestrais

Você sabia que a África concentra o maior número de tribos entre todos os continentes? E que no Quênia e na Tanzânia os 800 mil seminômades massais viajam livremente pelas fronteiras, enquanto que os batwas, os antigos habitantes de Uganda, vivem na região há cerca de 60 mil anos. Hoje os últimos sete mil mem-bros dessa etnia lutam para recuperar a totalidade de seu território, espaço que é dividido com os gorilas. Na Namíbia, os povos himbas se fecharam às influen-cias estrangeiras desde a colonização alemã no século passado. Nos últimos anos, esse cenário começou a

mudar: a tribo está mais sociável e mostra sua cultura em que as mulheres ditam o ritmo de vida da comuni-dade.

Essas e outras histórias de povos ancestrais são con-tadas no “The Traveller Povos e Tribos”, um lança-mento da Teresa Perez Tours. Resultado de pesquisas sobre etnias da África, América, Ásia, Oceania e do Oriente Médio, a publicação traz informações sobre culturas lendárias como massai, batwa, ndebele, zulu, xhosa, lomwe, aimará, quíchua, rapanui, rabari, bali-nesa, beduína e aborígene.

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A edição conta, por exemplo, que o povo balinês, des-cendente de grupos que emigraram da China há mais de cinco mil anos, criou uma cultura própria que não se confunde nem mesmo com a dos javaneses, apesar de muito próximos geograficamente. Faz parte das tradições dessa tribo o culto dos bebês recém-nasci-dos.

Considerados sagrados, os pequeninos não podem pisar no chão antes dos seis meses. Acredita-se que só após essa idade, numa cerimônia realizada pela co-munidade, as crianças ao tocarem o chão pela primei-ra vez, tornam-se humanas.Outra curiosidade abordada na edição é sobre a região indiana do Rajastão, onde as mulheres são as estre-las da tribo nômade rabari, que habita o território há mais de mil anos. Suas roupas tradicionais chamam a atenção: tecidos bordados com motivos que alinham a mitologia às tatuagens cheias de símbolos mágicos espalhados pelo corpo. Além de descrever essas e outras deliciosas histórias sobre os povos e tribos ancestrais de nosso planeta, a publicação também dá dicas de hotéis e lodges pró-ximos à natureza e aos locais históricos de cada país, apresentando ainda uma entrevista com o fotógrafo Araquém Alcântara, um dos mais importantes profis-sionais de fotos da natureza do Brasil.

A versão impressa da “The Traveller Povos e Tribos” pode ser solicitada nas agências de viagens brasi-leiras. Para conhecer a versão online da publicação, acesse: www.teresaperez.com.br.

Jovem da tribo rabari, no rajastão, indiarabari

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Da Jamaica para o mundo

Quem nunca se embalou ao som de um reggae? O conta-giante ritmo nasceu na Jamai-ca, terra natal de um de seus maiores expoentes, o cantor, compositor e guitarrista Bob Marley.

Imagine poder conciliar esse alegre e eletrizante ritmo ja-maicano a paisagens desenha-das por praias ensolaradas de águas azul-esmeralda e a uma gastronomia e infraestrutura de hotelaria de primeira. Imagine ainda poder conhecer lugares históricos dessa ilha caribenha, como a capi-tal de Kingston. Desfrutar da hospitalidade e simpatia de seus habitantes. Visitar Ocho Rios, além de curtir cenários paradisíacos, nadando ao lado de golfinhos, arraias e tubarões.

Sensacional, não é mesmo! Pois, a Sanchat Tour ofe-rece saídas regulares para a encantadora Jamaica. O pacote para essa viagem dos sonhos disponibiliza sete noites de hospedagem em resorts de quatro ou cinco estrelas, com sistema de alimentação all incluse. O preço também abrange os traslados de chegada e saída, o seguro assistencial e as passagens aéreas de

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ida e volta voando pela Copa Airlines, em classe eco-nômica, com saídas a partir do aeroporto de Guaru-lhos, em São Paulo.

Custa a partir de US$ 2.050 por pessoa, preço váli-do para saídas no período compreendido entre 1º de agosto a 31 de outubro. Informações: Sanchat Tour, tel. (11) 3017-3140, site: www.sanchatttour.com.br.

uma das incríveis praias da Jamaica

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Mural no Museu Bob Marley, em kingston, capital da Jamaica

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Nas pegadas de Harry Potter

Embarcar a bordo da locomotiva Hogwarts Express e percorrer a mesmo trajeto que Harry Porter fez des-de o primeiro filme da série já não é mais um sonho. Agora, essa aventura pode ser vivida no The Wizar-ding World of Harry Potter – Diagon Alley, uma área temática recém-inaugurada pela Universal Orlando Resort, nos Estados Unidos.

Conectando a nova área no Universal Studios Florida com o The Wizarding World of Harry Potter – Hogs-meade no parque Universal’s Islands of Adventure, o trem conduz os “passageiros” com o ingresso Park-to--Park a uma inesquecível viagem de envolvente narra-tiva, efeitos especiais ao vivo e criativas animações. Durante o trajeto, o turista sentado em sua cabine

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revive as peripécias do famoso bruxinho, vendo pe-las janelas Hagrid acompanhar a locomotiva em sua motocicleta voadora, os gêmeos Weasley em cima de suas vassouras e Buckbeak, o Hipógrifo, sobrevoando o lago negro. Mas há muitas outras emoções. Vale a pena conferir!

Para fazer uma visita virtual ao mundo mágico de Harry Potter, acesse: www.universalorlando.com/harrypotter. Mais informações você encontra no site www.universalorlando. com/harrypotter.

o trem hogwarts Express

harry Potter e o hipógrifo

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Ônibus da azul para Guarulhos

Azul disponibiliza ônibus gratuito para Guarulhos

O passageiro da Azul já tem mais uma alternativa de loco-moção para chegar até o Aero-porto de Viracopos, em Cam-pinas (SP), de onde partem os seus voos. A companhia aérea colocou à disposição de seus clientes uma nova linha de ônibus gratuita, que tem sa-ídas diárias do aeroporto de Congonhas (SP) rumo ao de Guarulhos (SP).

O novo serviço da companhia aérea é oferecido de segunda a sexta-feira. Aos sábados, os ônibus gratuitos da Azul têm cinco saídas e, aos domingos, sete. Informações: www.voea-zul.com.br.

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Festival Internacional de Jazz em Ilhabela

Os fãs de jazz não podem perder o Ilhabela in Jazz – 2° Festival Internacional de Jazz. O evento acontece de 10 a 12 de julho, no centro histórico da badalada cidade do Litoral Norte paulista, uma das ilhas mais bonitas do Brasil.

A programação do festival inclui nomes consagrados do jazz, como a Banda Mantiqueira, Naná Vasconce-los, Funk Como Le Gusta, James Carter, Yusa e Gary Brown, entre outros. Todos os shows são gratuitos e acontecem na Praça das Bandeiras, a beira mar.

Uma dica para quem deseja de curtir mais o evento e aproveitar o que Ilhabela tem de melhor é passar uns dias lá. A cidade oferece excelentes hotéis e pousadas. O Barra do Piúva Porto Hotel, por exemplo, prepa-rou pacotes especiais de 11 a 13 de julho, com preços a partir de R$ 620 o casal com café da manhã e late check-out até as 18h de domingo.

O hotel fica pertinho da famosa Ilha das Cabras, tra-dicional ponto de mergulho do litoral paulista. Tem 27 apartamentos, piscina, jacuzzi aquecida, sauna, academia de ginástica e restaurante, além de um deck bar que dá acesso ao mar e a uma pequena praia iso-lada, permitindo também a ancoragem e atracação de embarcações de até 50 pés.

Informações e reservas: tels. (12) 3894 9415 e (12) 8118 0239, site: www.barradopiuva.com.br.

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Barra do Piúva, ilhabela

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festival de jazz em ilhabela

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Beagá ganha o primeiro hostel boutique de Minas Gerais

Belo Horizonte, a efervescente capital de Minas Ge-rais, acaba de ser brindada com um charmoso em-preendimento: o Pampulha Hostel, o primeiro hostel boutique do Estado.

Situado a menos de um quilômetro da Lagoa da Pam-pulha, um dos principais cartões-postais de Beagá, o hostel está instalado em uma casa de um bairro resi-dencial e conta com 40 leitos, entre quartos coletivos

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e privados, sala de estar, sala de tevê e cozinha coletiva.

O hostel disponibiliza ainda compu-tadores para acesso dos hóspedes, garagem para 20 carros e área de lazer com piscina, sauna e churras-queira. Pelos seus cômodos estão espalhadas diversas peças de uma artista plástica. “Todas estão à ven-da, desde as pinturas até os itens de artesanato”, explica João Pepeu, proprietário.

O Pampulha Hostel zela pelas prer-rogativas da HI Hostel Brasil, de quem é associado, e oferece quartos a preços acessíveis. Hóspedes com a carteirinha da associação têm des-contos nas diárias. Como extra, ofe-

rece passeios às cidades históricas próximas, como Ouro Preto e Sabará, e para as cachoeiras da Serra do Cipó.

Anote o endereço: Rua Argentina, 39, Pampulha, tel.: (31) 3317-3224, site: www.pampulhahostel.com.br, e--mail: [email protected].

Belo horizonte

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Café na Costa do Descobrimento

O Resort Village Mata Encantada, na praia de Santo André, em Santa Cruz Cabrália, na Costa do Descobri-mento de Brasil, Bahia, acaba de inaugurar uma cafe-teira, cujo cardápio é integrado por bolos, brownies, sucos, chás sanduíches, saladas, brucchetas e gaspa-cho andaluz. Com uma imperdível vista para o mar, o empreendimento também funciona como bar e é aber-to ao público.

Abraçada por matas, coqueirais e praias de águas cla-ras, mornas e calmas, a pacata vila Santo André foi a “casa” da seleção alemã durante a Copa do Mundo. No mesmo período, o Village Mata Encantada, hospedou parte da equipe da alemã Zweites Deutsches Fern-

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santa Cruz de Cabrália

Costa do descobrimento, Bahia

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sehen (ZDF), uma das maiores emissoras de televisão da Europa.

A partir do dia 19 de julho, o resort está oferecendo um pacote promocional para quem se hospedar por um período mínimo duas noites. As diárias têm pre-ços a partir de R$ 240 o casal nas Casas na Árvore, e a partir de R$ 490 para até seis pessoas nas Villas.Ao todo o Resort Village Mata Encantada tem seis casas. As Casas na Árvore têm um dormitório, terra-ço, hall de entrada com máquina de café e frigobar e estão equipadas com cama queen-size, tevê a cabo e ventilador de teto.

Já as Villas têm dois dormitórios e capacidade para

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acomodar até seis pessoas. Além da varanda e de duas suítes, oferecem sala com tevê a cabo, ar-condiciona-do, ventilador de teto e cozinha equipada com fogão, geladeira, liquidificador, cafeteira, louças e talheres.O resort oferece transfer do Aeroporto de Porto Segu-ro, que fica a 30 km de distância. Informações e reser-vas: tels. (73) 3671-4166 e (73) 9988-6464, site: www.mataencantada.com.br.

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Costa do descobrimento

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Recorde de tartarugas marinhas em Porto de Galinhas

Os amantes da natureza têm um motivo e tanto para co-memorar: nos seis primeiros meses deste ano, Porto de Galinhas (PE) bateu o recor-de de nascimento e soltura de tartarugas marinhas no mar. Até este momento, a ONG Ecoassociados, principal res-ponsável pela conservação do animal no destino pernam-bucano, contabilizou o nas-cimento de mais de 20 mil tartarugas das espécies Eret-mochelys imbricata (tartaruga-de-pente), Chelonia-mydas (tartatuga-verde) e Carettacaretta (tartaruga--comum), soltas no mar em seis meses.

O número corresponde aos filhotes nascidos em 210 ninhos marcados nos 12 quilômetros de litoral do mu-nicípio do Ipojuca. Os resultados positivos somente foram possíveis graças ao trabalho contínuo da ONG no monitoramento e na conscientização de moradores e de profissionais das áreas de turismo e hotelaria no quinto maior destino de lazer do país.“Nossa equipe monitora as espécies de tartarugas ma-rinhas desde a desova, entre os meses de setembro e abril, até a eclosão dos filhotes, que se estende até o

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filhote de tartaruga, ao amanhecer

fim de julho”, conta Arley Cândido, diretor da ONG Ecoassociados.

A ONG também conta com a colaboração de empre-endimentos afiliados à Associação dos Hotéis de Por-to de Galinhas (AHPG). Além das informações repas-sadas aos hóspedes sobre os riscos da interferência no processo de reprodução do animal, a hotelaria também atua em um planejamento contra a ilumina-ção excessiva próximo aos ninhos, evitando afugentar ou confundir as tartarugas que vão rumo ao mar.“O nascimento das tartarugas em Porto de Galinhas já faz parte do calendário de viagens dos turistas.

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Todos os anos muitos deles vêm para cá apenas para acompanhar esse belíssimo evento proporcionado pela natureza”, diz Otaviano Maroja, presidente da AHPG.

Informações: tel. (81) 3552-1205, http://blogecoasso-ciados.blogspot.com e facebook.com/projetoecoasso-ciados.

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Tartarugas marinhas nascem em Porto de Galinhas, Pernambuco

(*) Toda a correspondên-cia para a seção “Viagem Oásis” deverá ser enviada à colunista Fabíola Mu-sarra: [email protected]

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REALIDADE AUMENTADAComo ela transformará os esportes e criará empatia

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omo jogador de futebol america-no, notadamente no Minnesota Vikings, Chris Kluwe colecionou uma série de recordes e troféus. Defensor aguerrido da igualda-de, ele foi um dos poucos atletas a quebrar o código de omertà a respeito da política dos bastido-res do esporte nos Estados Uni-dos.

C

na semana de encerramento da Copa do mundo de Futebol, Chris Kluwe avalia o futuro dos esportes e pensa em como a tecnologia pode ajudar não só jogadores e treinadores, mas torcedores. O ex-jogador de futebol americano vislumbra um futuro no qual a realidade aumentada ajudará as pessoas a experimentar os esportes como se estivessem em campo e, talvez, até a enxergar os outros sob uma nova perspectiva.

VídEo: TEd – idEas WorTh sPrEadiNGTradução: riCardo MarCoNdEs. rEVisão: aLEssaNdra arEias

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Chris kLuWE

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Tradução integral da palestra de Chris Kluwe

O que realidade aumentada e futebol americano profissio-nal têm a ver com empatia? E qual é a velocidade de uma andorinha em voo livre? Infelizmente, vou responder ape-nas uma destas perguntas hoje. Então, tentem conter seu desapontamento.

Quando a maioria das pessoas pensa em realidade aumen-tada, elas pensam no “Minority Report” e no Tom Cruise mexendo suas mãos no ar, mas a realidade aumentada não é ficção científica. A realidade aumentada é algo que vai acontecer durante nossas vidas, e vai acontecer pois temos ferramentas para torná-la possível e as pessoas devem sa-ber disso, pois a realidade aumentada mudará nossas vidas da mesma forma que a Internet e o telefone celular.

Como conseguimos a realidade aumentada? O primeiro passo é este que estou usando: o Google Glass. Muitos de vocês conhecem o Google Glass. O que vocês não devem saber é que o Google Glass é um dispositivo que permitirá que vocês vejam o que eu vejo. Permitirá que vocês experi-mentem como é ser um atleta profissional em campo. Ago-ra mesmo, a única maneira de vocês estarem em campo é eu tentar descrever para vocês. Tenho que usar palavras. Tenho que criar uma estrutura que será preenchida pela sua imaginação. Com o Google Glass, podemos colocá-lo dentro de um capacete, e podemos ter a percepção de como é correr pelo campo a 160 km/h, seu sangue pulsando em seus ouvidos. Você pode ter a percepção de como é ter um homem de 110 Kg correndo atrás de você, tentando degolá--lo com toda sua força. Eu já passei por isso, e a sensação não é muito boa.

Tenho alguns vídeos para mostrar a vocês como é usar um

Google Glass dentro do capacete para dar um gosti-nho a vocês. Infelizmente, não é um filme da NFL, porque a NFL pensa que tecnologia emergente é o que acontece quando um submarino vem à tona, mas - (Risos) - nós fazemos o que podemos.

Então, vamos mostrar alguns vídeos.

(Vídeo) Chris Kluwe: Vai. Argh, ser atacado é uma droga. Espere, vamos chegar mais perto. Certo, está pronto? Vai!

Chris Kluwe: Então, como podem ver, um gostinho de como é ser atacado no campo de futebol americano, da perspectiva do atacado. Você deve ter notado a fal-ta de algumas pessoas: o restante do time. Nós temos um vídeo para isso, da Universidade de Washington.

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Tradução integral da palestra de Chris Kluwe

(Vídeo) Lançador: Ei, Rato 54! Rato 54! Azul 8! Azul 8! Vai! Oh!CK: Isto leva vocês um pouco mais perto da sensação de es-tar naquele campo, mas não é nem de perto igual a estar na NFL.

Torcedores querem essa experiência. Querem estar no cam-po. Eles querem ser seus jogadores favoritos, e já falaram comigo no YouTube, e no Twitter, dizendo: “Você pode co-locar isso em um lançador? Ou em um corredor? Nós quere-mos essa experiência.”

Uma vez que temos essa experiência com GoPro e Google Glass, como ficar mais imersivo? Como dar o próximo pas-so? Damos o próximo passo indo para algo chamado de

Oculus Rift, e sei que muitos de vocês já conhecem. O Oculus Rift foi considerado um dos dispositivos mais realistas que a realidade virtual já criou, e não é exa-gero. E vou mostrar porque não é exagero com este vídeo. (Vídeo) Homem: Oh! Oh! Não! Não! Não! Eu não quero jogar mais! Não! Meu Deus! Aaaah!

CK: Esta é a experiência de um homem em uma mon-tanha-russa, temendo por sua vida. Como você acha que será a experiência de um torcedor, quando fizer-mos um vídeo de um Adrian Peterson voando pela linha, livrando-se de um marcador com braço firme, antes de correr para o gol? Qual seria a experiência de um torcedor quando ele for o Messi, arrancando pelo campo e colocando a bola no fundo da rede, ou Federer sacando em Wimbledon? Como vocês acham que será a experiência quando ele descer uma monta-nha a mais de 110 km/h como um esquiador olímpi-co? Eu acho que a venda de fraudas para adultos pode explodir. (Risos)

Mas isso ainda não é realidade aumentada. É apenas realidade virtual, R.V. Como chegamos à realidade aumentada, R.A.? Aumentamos a realidade quando treinadores, dirigentes e empresáriosveem ese fluxo de informação que as pessoas querem ver e dizem: “Como usamos isso para melhorar nosso time? Como usamos isso para ganhar jogos?” Pois times sempre usam tecnologia para ganhar jogos. Eles gostam de vencer. Dá dinheiro.

Uma breve história da tecnologia na NFL. Em 1965, o Baltimore Colts pôs uma munhequeira no lançador

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Tradução integral da palestra de Chris Kluwe

para que ele fizesse as jogadas mais rápido. Ganharam o Super Bowl daquele ano. Outros times o imitaram. Mais pessoas viram o jogo, pois era mais emocionante. Mais rá-pido.

Em 1994, a NFL colocou rádios nos capacetes dos lança-dores, e depois da defesa. Mais pessoas viam os jogos pois eram mais rápidos. Era mais divertido.

Em 2023, imagine que você é um jogador voltando para seu grupo, e sua próxima jogada é exibida bem à sua frente no visor de plástico transparente que você já está usando. Sem preocupações em esquecer jogadas. Sem preocupa-ções em memorizar as regras. Você apenas sai e reage. E os técnicos querem isso, pois tarefas não realizadas perdem jogos, e técnicos odeiam perder. Perder jogos significa ser demitido como técnico. Eles não querem isso.

Mas a realidade aumentada não é apenas uma cartilha me-lhorada. A realidade aumentada é também uma maneira de pegar todos os dados e usá-los em tempo real para me-lhorar sua forma de jogar.Como seria isso? Uma montagem bem simples seria com câmeras em cada canto do estádio, dando uma visão do alto de todas as pessoas lá embaixo. Também haveria informações de sensores nos capacetes e acelerômetros, tecnologia que está sendo desenvolvida nes-te momento. Você pega essas informações e envia para os jogadores. Boas equipes as transmitem para uso dos joga-dores. As ruins terão uma sobrecarga de informação. Isso determina quem é bom ou ruim. E agora, seu departamen-to de TI é tão importante quanto o departamento de con-tratação, e mineração de dados não é mais coisa de “ner-ds”. É também coisa de atleta. Quem diria?

Como seria isso no campo? Imagine que você é um lançador. Você pega a bola e se afasta. Você está pro-curando por um recebedor. De repente, um brilho do lado esquerdo de seu visor informa que um jogador adversário está vindo te atacar. Normalmente você não o veria, mas a realidade aumentada te avisa. Você avança para se proteger. Outro flash alerta para um recebedor livre. Você lança a bola, mas é atingido. A bola sai do rumo. Você não sabe onde ela vai cair. No entanto, no visor do recebedor, ele vê um cami-nho acender na grama, e sabe como reajustar. Ele vai, pega a bola, corre e faz o gol. A multidão delira e os torcedores acompanham a cada passo, assistindo de todas as perspectivas.

Isso é algo que criará uma empolgação massiva com

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Tradução integral da palestra de Chris Kluwe

o jogo. Fará multidões assistirem, porque elas querem essa experiência. Torcedores querem estar no campo. Querem ser seu jogador favorito. A realidade aumentada fará parte dos esportes, porque é rentável demais para não fazer.

Mas faço uma pergunta a vocês: é só para isso que usa-remos a realidade aumentada? A usaremos somente para nosso pão, nosso circo, nosso entretenimento? Porque eu acredito que podemos usar a realidade aumentada para mais. Acredito que podemos usá-la como uma maneira de promover empatia dentro da própria espécie humana, li-teralmente mostrando para alguém como é se pôr no lu-gar de outra pessoa. Sabemos que esta tecnologia é válida

para ligas esportivas. Ela vale receitas da ordem de bilhões de dólares por ano. Mas quanto valeria esta tecnologia para uma professora em sala de aula, ten-tando mostrar para um valentão como suas ações são danosas do ponto de vista da vítima? Quanto vale essa tecnologia para um gay da Uganda ou da Rússia, tentando mostrar para o mundo como é viver sen-do perseguido? Quanto vale essa tecnologia para um Comandante Hadfield ou um Neil deGrasse Tyson, tentando inspirar uma geração de crianças a pensar mais sobre o espaço e a ciência, em vez de relatórios trimestrais e reality shows?

Senhoras e senhores, a realidade aumentada vem aí. As perguntas que fazemos, as escolhas que fazemos, os desafios que enfrentamos dependem, como sem-pre, de nós mesmos.

Obrigado.

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