Batalha de Aljubarrota

• “Deu sinal a trombeta castelhana”

• Início da batalha centrado nos efeitos sonoros – sensações auditivas

• Provoca efeito na Natureza e no Homem• O som da trombeta é tão assustador, horrível e

tenebroso que o seu eco atravessa os montes. Os efeitos são devastadores: os montes ressentem-se e as águas dos rios Guadiana e Tejo recuam. Assustadas, as mães apertam/abraçam os seus filhos.

• Notar:

• A adjetivação onomatopaica• A gradação crescente• “Horrendo, fero, ingente e temeroso;”

• A personificação• “Correu ao mar o Tejo duvidoso”

• A hipérbole• “Ouviu o Douro e a terra Transtagana”

• “Quando os rostos ali se vem sem cor”

• Hipérbole – acentua o medo sentido pelos soldados

• Os rostos dos soldados estão pálidos por causa do medo, mas a fúria de vencer o inimigo é tão grande que faz esquecer a morte de outros soldados

• Na descrição da Batalha predominam sensações visuais e auditivas. A descrição reflete ainda os movimentos dos soldados, numa “incerta guerra”.

• De ambas as partes avançam as primeiras alas, movidas por objetivos diferentes:

• os Portugueses querem defender a sua terra; • os Castelhanos desejam apoderar-se dela.

• Destaca-se o “grande Pereira”, ou seja, D. Nuno Álvares Pereira, em quem se encerra “Todo o valor”.

• É apresentado como sendo um homem destemido, um líder, respeitado por todos. Logo «Derriba e encontra e a terra semea/ Dos que a tanto desejam, sendo alhea», ou seja, avança e cobre a terra de inimigos. A hipérbole acentua o caráter de D. Nuno Álvares Pereira.

• As sensações auditivas e visuais contribuem para recriar este ambiente de guerra:

• voam “estridentes/ Farpões, setas e vários tiros”, “treme a terra, os vales soam”, “espedaçam-se lanças”.

• Neste ambiente confuso cruzam-se armas, homens e cavalos.

• Notar:• Adjetivação expressiva – exs. estridente,

duros, ardentes, frequentes, fero, espesso• Verbos expressivos – exs: voam, treme,

soam, espedaçam-se, atroam, recrece, apouca

• Aliteração – treme a terra – em /t/ estridentes, atroam – em /r/ espesso, setas – em /s/

• Estrofes 32 e 33

• As duas estrofes reportam para a traição de alguns Portugueses que lutam ao lado dos Castelhanos. D. Diogo e D. Pedro, irmãos de D. Nuno Álvares Pereira são alguns destes “arrenegados” (traidores), que avançam “No primeiro esquadrão”, lutando contra “irmãos e parentes”. Mais do que trair a família, atentam contra o Rei e contra a Pátria.

• O conflito ( 34 a 42)

• É retomada a descrição da Batalha com ênfase no desempenho de D. Nuno Álvares Pereira e a postura do rei D. João I. A descrição é marcada pela gradação crescente, já que o conflito tende a aumentar, exigindo maior determinação e coragem.

• Nuno Álvares Pereira é comparado a um “fortíssimo leão”, destacando, desta forma, a sua bravura.

• “Torvado um pouco está, mas não medroso”, ou seja, sente-se perturbado, mas sem medo. No entanto, perante tão grande número de castelhanos, não consegue evitar a morte de “Alguns dos seus”.

• D. João I dirige-se aos seus homens, elogia-os e incita-os a lutar (discurso direto). Ele próprio dá o exemplo e avança sobre o inimigo. O “magnânimo guerreiro” com uma lança, de um “único tiro”, mata logo muitos inimigos (hipérbole).

• A intervenção do rei aumenta o ânimo e a batalha é vencida.

• Fim da batalha (43 a 45)

• O Rei de Castela apercebe-se da derrota. Fogem alguns castelhanos, incluindo o rei, “Contente de lhe não deixar a vida”. Porém, é a dor, a mágoa e a desonra que marcam os inimigos castelhanos. Uns maldizem e blasfemam contra a guerra, outros lamentam as mortes que deixam as mães sem filhos, as esposas sem maridos e os filhos órfãos.