Belíndia 2.0 Fábulas e ensaios sobre o país dos contrastes · 4 Incluir a estabilidade de...

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$Page 1: Belíndia 2.0 Fábulas e ensaios sobre o país dos contrastes · 4 Incluir a estabilidade de pre˘cos como um dos \Princ pios Gerais da Atividade Econ^omica"(art. 170 da Constitui˘c~ao$

Apresentando o autorContextualizando a obraQuestoes para discussao

Belındia 2.0Fabulas e ensaios sobre o paıs dos contrastes

Autor: Edmar BachaApresentadores: Matheus Costa e Thaıs Alvim

PET - Economia - UnB

30 de Janeiro de 2013

Matheus Costa e Thaıs Alvim Belındia 2.0

Formacao e Carreira

Edmar Bacha

Nascido em Lambari - MG, e Bacharel em economia pela UFMGe Ph.D. em economia pela Universidade de Yale;

Ex-professor de economia da PUC-Rio, da EPGE/FGV, da UnBe da UFRJ;

Foi professor visitante das universidades de Columbia, Yale,Berkeley e Stanford;

Foi tambem pesquisador no Ipea, em Havard e no MIT, alemde consultor do New York FED, da ONU e do Banco Mundial.

Formacao e Carreira

Edmar Bacha

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Edmar Bacha

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Edmar Bacha

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Edmar Bacha

Participou da elaboracao do Plano Cruzado e do Plano Real;

Foi presidente do IBGE e do BNDES;

Atualmente, e socio fundador e diretor do Instituto de Estudosem Polıtica Economica da Casa das Garcas (IEPE/CdG), noRio de Janeiro.

Formacao e Carreira

Edmar Bacha

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Edmar Bacha

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Edmar Bacha

Aspectos da obraA esfera de discussao

A obra

A obra e um apanhado de varios artigos do autor, alguns escritosem parceria com outros especialistas.

Amplo recorte temporal, partindo da decada de 1970 ate osdias atuais.

O termo “Belındia” e uma metafora para o Brasil, que comelevada concentracao de renda durante o milagre economico,consistiria em um paıs ambıguo: uma mistura entre Belgica eIndia.

A linguagem das fabulas apareceu novamente para representaro Brasil como o paıs dos contrarios, em seu artigo “O fim dainflacao no reino de Lisarb”.

A esfera da discussao

Foram selecionados alguns dos temas tratados no livro para dis-cussao:

1 Desigualdade e Polıtica Social;

2 Juros elevados e Inflacao;

3 Desindustrializacao e Commodities;

A esfera da discussao

Foram selecionados alguns dos temas tratados no livro para dis-cussao:

1 Desigualdade e Polıtica Social;

2 Juros elevados e Inflacao;

3 Desindustrializacao e Commodities;

Desigualdade e Polıtica SocialJuros elevados e InflacaoDesindustrializacao e Commodities

Crıticas a “Teoria do Bolo”

Bacha critica o discurso da ditadura militar nos anos 1970,quando o crescimento ocorria com concentracao, que alegavaque era preciso “primeiro crescer para depois repartir o bolo”.

No livro, apresenta dados de que, entre 1960 e 1970, os 10%mais ricos se apropriaram de 72% do acrescimo da renda total.

“A distribuicao de renda favorece o crescimento, na medida emque aumenta o mercado interno, permite maior qualificacao damao de obra, amplia integracao nacional e ainda contribui paraa paz social.”

A distribuicao de renda hoje

Entretanto, nos ultimos anos tem se observado um crescimentomais rapido da renda dos mais pobres do que o crescimento darenda dos mais ricos.

Questao 1

O Brasil esta conseguindo fazer um modelo de crescimento comdistribuicao de renda?

Questao 2

A reducao da desigualdade e uma conquista que veio pra ficar?

A distribuicao de renda hoje

Entretanto, nos ultimos anos tem se observado um crescimentomais rapido da renda dos mais pobres do que o crescimento darenda dos mais ricos.

Questao 1

O Brasil esta conseguindo fazer um modelo de crescimento comdistribuicao de renda?

Questao 2

A reducao da desigualdade e uma conquista que veio pra ficar?

Juros e a incerteza jurisdicional

Alta taxa de juros como um premio de risco para compensar asincertezas jurisdicionais.

Constituicao que limita a atuacao da justica na garantia doscontratos.

Conotacao social negativa do “credor” na mentalidade da elitebrasileira.

Questao 3

O texto do cap. 9 foi escrito em 2003. Agora, em 2013, apercepcao da existencia de incertezas jurisdicionais elevando osjuros ainda se mantem?

Juros e a incerteza jurisdicional

Alta taxa de juros como um premio de risco para compensar asincertezas jurisdicionais.

Constituicao que limita a atuacao da justica na garantia doscontratos.

Conotacao social negativa do “credor” na mentalidade da elitebrasileira.

Questao 3

O texto do cap. 9 foi escrito em 2003. Agora, em 2013, apercepcao da existencia de incertezas jurisdicionais elevando osjuros ainda se mantem?

O modelo de duplo equilıbrio

Duplo equilıbrio para a taxa de juros no Brasil.

“O modelo de duplo equilıbrio e internamente consistente.Sua relevancia empırica, contudo, ainda nao foi estab-elecida. Alem disso, consideracoes sobre a necessidadede mudancas graduais podem torna-lo pouco atraente napratica.” (p.215)

BACEN

A aceitacao de tal modelo poderia explicar a postura contro-versa do Banco Central de reduzir a taxa Selic em detrimento doaumento da inflacao. A partir disso levantam-se duas questoes:

Questao 4

Seria de fato isto o que o Banco Central estaria buscando?

Questao 5

Nao seria a atitude de buscar um equilıbrio sem existenciacomprovada uma atitude um tanto ousada? Ou os economistas doBanco Central guardam algum segredo?

Edmar Bacha

Polıticas alternativas

O autor propoe como alternativa uma polıtica de acoes constru-tivas, sem atalhos improvisados, para diminuir definitivamentea taxa de juros:

1 Aprovacao de um teto para o crescimento nos gastos publicos.

2 Reduzir o credito subsidiado dos bancos publicos.

3 Estabelecer uma meta de inflacao mais restritiva, de 3% ao ano,abaixo dos 4,5%.

4 Incluir a estabilidade de precos como um dos “Princıpios Geraisda Atividade Economica”(art. 170 da Constituicao Federal).

Desindustrializacao: opiniao de Bacha e Fishlow

No capıtulo 13, os autores rebatem ideias como a “maldicao dascommodities”, a “doenca holandesa” e a desindustrializacao.

Os autores nao acreditam que isto se aplicaria ao Brasil, porquea industria e diversificada e os setores nao beneficiados pela ex-portacao de produtos primarios tem um vasto mercado internoa disposicao.

Desindustrializacao: opiniao de Bacha e Fishlow

No capıtulo 13, os autores rebatem ideias como a “maldicao dascommodities”, a “doenca holandesa” e a desindustrializacao.

Os autores nao acreditam que isto se aplicaria ao Brasil, porquea industria e diversificada e os setores nao beneficiados pela ex-portacao de produtos primarios tem um vasto mercado internoa disposicao.

Mercado interno protegido

“As industrias nao relacionadas com as commodities estaoenfrentando dificuldade maior do que antes para manter ocrescimento de suas exportacoes, mas tem muito espacopara expandir-se em um mercado interno em rapido cresci-mento e que continua bem protegido.” (p.429)

Questao 6

O que dizer da protecao do mercado interno neste contexto? Ateque ponto ela seria benefica como forma de compensar a grandeparticipacao das commodities nas exportacoes?

Brasil: um paıs populoso

Questao 7

“O livro cita o exemplo da Noruega e da Australia como paıses quese saıram bem com uma economia baseada em recursos naturais.Esse modelo e possıvel para o Brasil, um paıs com quase 200milhoes de habitantes?” (O Globo)

Resposta de Bacha

“Os EUA sao grandes e ate hoje 20% do que exportamsao produtos naturais. Evidentemente, por serem umpaıs grande, geraram diversificacao. Nao acho que o Brasilva virar um paıs exclusivamente exportador de produtosprimarios. Nao existe nada errado em exportar produtoprimario, mesmo porque quem exporta nossos produtosprimarios sao a Petrobras, a Vale, a Gerdau, a Friboi. Oque essas empresas nao tem de modernas se comparadas anossos produtores de sapatos e roupas? O que temos e umconjunto agro-minero-industrial-exportador integrado.”

Questao 8

Que outras visoes podem corroborar ou contrariar a argumentacaodo autor?

Resposta de Bacha

“Os EUA sao grandes e ate hoje 20% do que exportamsao produtos naturais. Evidentemente, por serem umpaıs grande, geraram diversificacao. Nao acho que o Brasilva virar um paıs exclusivamente exportador de produtosprimarios. Nao existe nada errado em exportar produtoprimario, mesmo porque quem exporta nossos produtosprimarios sao a Petrobras, a Vale, a Gerdau, a Friboi. Oque essas empresas nao tem de modernas se comparadas anossos produtores de sapatos e roupas? O que temos e umconjunto agro-minero-industrial-exportador integrado.”

Questao 8

Que outras visoes podem corroborar ou contrariar a argumentacaodo autor?