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BENTO GONÇALVES

RELATÓRIO

EPIDEMIOLÓGICO

MENINGITES

SISTEMA DE INFORMAÇÕES SOBRE AGRAVOS DE NOTIFICAÇÃO – SINAN

2ª REVISÃO

1990 a 2014 Rio Grande do Sul Bento Gonçalves

Secretaria Municipal da Saúde Serviço de Vigilância Epidemiológica

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ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

BENTO GONÇALVES

Secretaria Municipal de Saúde

Serviço de Vigilância Epidemiológica

Colaboradores José Antônio Rodrigues da Rosa (coordenador e organizador)

Letícia Biasus Fabiane Giacomello

Márcia Dal Pizzol Jakeline Galski Rosiak

Junho de 2015

Rua Goiânia, nº 590, Bairro Botafogo, CEP 95700-000

e-mail: [email protected]

Os dados desta publicação são de domínio público e podem ser utilizados, desde que citadas as fontes.

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Bento Gonçalves - Meningites 1990 a 2014 SMS – Serviço de Vigilância Epidemiológica

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SISTEMA DE INFORMAÇÕES DE AGRAVOS DE NOTIFICAÇÃO (SINAN) O Ministério da Saúde tem estabelecido uma lista composta por doenças e agravos à saúde de interesse nacional e cuja notificação é obrigatória às autoridades públicas de saúde (Portaria GM/MS Nº 1.271 de 06 de junho de 2014). Estas notificações geram informações que são digitalizadas em um banco de dados denominado de Sistema de Informação de Agravos de Notificação – SINAN. A utilização efetiva deste sistema possibilita a geração de informações que têm grande utilidade para a elaboração do diagnóstico de saúde da população, podendo fornecer subsídios para explicações causais de diferentes doenças, indicando potenciais riscos aos quais as pessoas estão sujeitas e ajudando na elaboração de estratégias de prevenção e contenção de doenças. É, portanto, um instrumento relevante para auxiliar o planejamento da saúde, definir prioridades de intervenção, além de permitir que seja avaliado o impacto dessas intervenções. Em Bento Gonçalves, o SINAN é coordenado pelo Serviço de Vigilância Epidemiológica (SVE) da Secretaria Municipal da Saúde. O SVE recebe as informações referentes a doenças transmissíveis e demais agravos à saúde de interesse epidemiológico através das fichas de notificação e/ou de investigação. A partir das informações recebidas, o SVE faz o acompanhamento e monitoramento dos casos, intervindo através de ações voltadas a assistência, educação da população e dos profissionais de saúde, qualificação do diagnóstico, tratamento das doenças, interrupção da cadeia de transmissão (vacinação, por exemplo) e prevenção do agravamento das doenças. A Meningite encontra-se entre os agravos transmissíveis de notificação obrigatória ao SINAN em todo o país. No website da Prefeitura de Bento Gonçalves (http://www.bentogoncalves.rs.gov.br), é possível acessar e baixar outros relatórios na página da Vigilância Epidemiológica (link Saúde em Bento), como mostra a figura abaixo.

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Bento Gonçalves - Meningites 1990 a 2014 SMS – Serviço de Vigilância Epidemiológica

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MENINGITES O termo meningite expressa a ocorrência de um processo inflamatório das meninges (membrana que envolve o cérebro), que pode estar relacionado a uma variedade de causas, tanto de origem infecciosa como não infecciosa. As meningites de origem infecciosa podem ser causadas por diversos tipos de microorganismos[1, 3]. Os principais grupos são: a) Bacteriano[1]: Neisseria meningitidis (meningococo), Haemophilus influenzae, Streptococcus pneumoniae e outros Streptococcus (grupos A e B), Mycobacterium tuberculosis e outras micobactérias, Staphylococcus aureus, Pseudomonas aeruginosa, Escherichia coli, Klebsiella sp, Enterobacter sp, Salmonella sp, Proteus sp, Listeria monocytogenes e Leptospira sp. b) Viral[1, 9]: por vírus RNA, como, Enterovírus (Echovirus, Coxsackievírus, Parechovírus), Arbovírus, vírus do Sarampo, da Caxumba e da coriomeningite linfocitária (Arenavírus), HIV 1; por vírus DNA, como, Adenovirus, vírus do grupo Herpes, Herpes simples tipos 1 e 2, Varicela Zoster, Epstein Barr e Citomegalovírus. c) Amebiano[1]: Naegleria e Acanthamoeba. d) Protozoário[1]: Toxoplasma gondii, Trypanosoma cruzi (fase tripanomastigota) e Plasmodium sp. e) Helminto[1]: infecção larvária da Taenia solium ou pelo Cysticercus cellulosae (Cisticercose). f) Fungo[1]: Cryptococcus neoformans, Candida albicans e C. tropicalis. A gravidade da doença depende do agente etiológico. Usualmente, a meningite bacteriana é mais grave do que as causadas por vírus, fungos e outros parasitas[3]. Nas meningites causadas por agentes infecciosos, a principal forma transmissão é de pessoa a pessoa, através das vias respiratórias, havendo necessidade de contato íntimo (residentes da mesma casa, por exemplo) ou contato direto com as secreções do paciente[1]. A meningite é uma síndrome que se caracteriza por: febre, cefaléia intensa, vômitos e sinais de irritação meníngea, acompanhadas de alterações do líquido cefalorraquidiano[1]. Em crianças maiores e adultos, o início da doença geralmente é súbito, com febre, cefaléia intensa, náuseas, vômitos e rigidez de nuca, acompanhada, em alguns casos, por exantema petequial. Associam-se sinais de irritação meníngea, como o sinal de Kerning e de Brudzinski[1]. O diagnóstico das meningites deve ser feito, preferencialmente, por exame laboratorial do líquido cefalorraquidiano. Também podem ser utilizados a hemocultura, o raspado de lesões petequiais, urina e fezes (nos casos de meningites virais)[1]. Os principais exames para o esclarecimento diagnóstico de casos suspeitos de meningite são: exame quimiocitológico do líquor, bacterioscopia direta, cultura, hemocultura, contraimuneletroforese (CIE) e aglutinação pelo látex[1, 2]. O tratamento deve ser instituído de acordo com o agente, assim que possível, preferencialmente, logo após a punção lombar. O uso de antibiótico, quando indicado, deve ser associado a outros tipos de tratamento de suporte, como reposição de líquidos e cuidadosa assistência de suporte[1]. Atualmente, é possível fazer a prevenção vacinal das meningites bacterianas causadas pelo M. tuberculosis (vacina BCG), pelo H. influenza tipo B (vacina HiB), por alguns tipos de pneumococos (vacinas antipneumocócicas) e por alguns tipos de meningococos (vacinas antimeningocócicas contra os sorotipos A, B, C, W e Y)[4]. No Brasil, a vacina antimeningocócica C foi introduzida na rotina de vacinação infantil (calendário vacinal) da rede de Saúde Pública em 2010[7]. Ela fornece imunidade exclusivamente contra o meningococo do grupo C, e não protege contra meningites causadas por nenhum outro tipo de microrganismo[4, 7]. O uso da vacina antimeningocócica C, como medida de controle em massa, somente é indicado e autorizado pela Secretaria Estadual da Saúde do RS, após minuciosa avaliação do perfil epidemiológico da doença em um determinado município ou localidade[5]. Em outras palavras, a vacinação em massa da população se justifica apenas na iminência de uma possível epidemia causada pelo meningococo C. Pessoas que são contatos de doentes de meningite não causada pelo meningococo C não necessitam da vacina antimeningocócica, por não haver relação entre o efeito protetivo da vacina com o tipo de exposição sofrida pelos contatos. Pessoas que são contatos íntimos de doentes de meningite causada por meningococos devem receber a profilaxia com antibiótico e não com vacina antimeningocócica. Isso, porque: (1) o período de incubação dos meningococos nas pessoas expostas/infectadas é muito mais curto do que o tempo que a vacina leva para produzir anticorpos protetores; (2) o antibiótico elimina todas as formas latentes de meningococos que colonizam portadores assintomáticos, quebrando a cadeia de transmissão, o que ajuda a reduzir exposições e contágios futuros; (3) a proteção conferida pela vacina não descoloniza portadores assintomáticos de meningococos. Dito de outro modo, as pessoas expostas/infectadas não têm benefício imediato com a vacinação, mantendo o risco de desenvolver a infecção meningocócica e, se colonizados, de se tornarem reservatórios transmissores destas bactérias[5]. Pessoas que são contatos íntimos de doentes de meningite causada por meningococos devem receber orientação tranqüilizadora sobre os riscos de serem infectados e de desenvolverem a doença, bem como, sobre a profilaxia correta da doença[4].

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Pessoas que, por qualquer outra condição clínica, necessitarem da vacina antimeningocócica, devem ter a indicação médica, devidamente justificada no formulário de imunobiológicos especiais dos Centros de Referência de Imunobiológicos Especiais da Secretaria Estadual da Saúde. Estando a indicação devidamente justificada, a SES encaminha a vacina para o município[6]. 1. Meningites em Bento Gonçalves Este relatório apresenta dados dos casos de meningite residentes em Bento Gonçalves, ocorridos entre 1990 a 2014. A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) não possui os registros originais (fichas de investigação) dos casos ocorridos entre 1990 a 1998. Os dados destes 9 anos foram resgatados junto a coordenação do Programa Estadual do Controle das Meningites da Secretaria Estadual da Saúde. Eles dizem respeito apenas a etiologia das meningites, não tendo sido disponibilizados os dados a respeito do método utilizado para o diagnóstico, idade ou sexo dos pacientes. Por essa razão, a análise das meningites do período de 1990 a 1998 foi limitada ao número de casos por etiologia. A partir do ano de 1999, os dados das fichas de investigação de meningite passaram a ser digitalizados no SINAN da SMS, o que permitiu a avaliação das informações no próprio município. Paralelamente, a equipe do SVE implementou a busca ativa de casos, a fim de reduzir a subnotificação da doença e passou a exercer um controle mais rigoroso no processo de investigação, principalmente, em relação ao envio das amostras de líquor e soro dos pacientes para o Laboratório Central do Estado (LACEN), responsável por fazer a análise destes materiais (contraimunoeletroforese [CIE], aglutinação do látex, bacterioscopia, cultura e hemocultura). Assim, para o período de 1999 a 2014, foi possível fazer uma análise mais completa das meningites do município, avaliando a doença por faixa etária e sexo, método diagnóstico, bairro de residência, entre outras variáveis. Com o intuito de qualificar a análise das meningites feita neste relatório, a equipe do SVE revisou os registros da doença, cruzando-os e comparando-os com os de outros sistemas de informação: SINAN da Secretaria Estadual da Saúde, Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM); setor de Autorização de Internações Hospitalares da Secretaria Municipal da Saúde, laudos de laboratório do Hospital Tacchini e do LACEN (Laboratório Central do Estado) e sistema de Gestão Municipal de Saúde (GEMUS). Sempre que possível, as informações que estavam duvidosas, incompletas ou incorretas foram recuperadas e corrigidas. Da mesma forma, os casos identificados como duplo registro verdadeiro foram excluídos da análise. 2. Características Gerais das Meningites em Bento Gonçalves No período de 1990 a 2014, foram notificados 368 casos de meningite (todas as etiologias) em Bento Gonçalves, ou cerca de 15 casos novos a cada ano, resultando numa incidência média de 15,7 casos por 100.000 habitantes (ver Tabela 1). Se for considerado o período de 1999 a 2014, foram notificados 284 casos da doença, com uma incidência média de 17,4 casos por 100.000 habitantes (ver Tabela 2). No Rio Grande do Sul (entre 1999-2014) e no Brasil (entre 2001-2014), a incidência média foi de 17,0 e 13,1 casos por 100.000 habitantes, respectivamente. Como mencionado anteriormente, a SMS não dispõe dos dados completos sobre as meningites residentes do período anterior a 1999. Por essa razão, algumas das análises relativas ao método utilizado para o diagnóstico, idade, sexo e bairro de residência dos pacientes estão restritas aos anos de 1999 a 2014. O Gráfico 1 apresenta uma série histórica comparativa com as incidências anuais das meningites (todas as etiologias) no município, estado e país de 1999 a 2014. No ano de 2005, o município apresentou uma “epidemia” de meningites, cuja incidência (48,8/100.000) foi 2,6 vezes maior do que a média registrada em todo o período de 1999 a 2005 (18,6/100.000). Dos 50 casos notificados em 2005, 52,0% estavam associados a infecções bacterianas e 38,0% a infecções virais. A fim de “suavizar” as modulações entre um ano e outro, foram calculadas as incidências médias trienais das meningites residentes. Como resultado, pode-se observar que, a cada três anos, têm ocorrido picos da doença, sendo o mais expressivo o do triênio 2005-2007, quando a incidência média das meningites atingiu 36,9 casos/100.000 habitantes (ver Gráfico 5). 3. Meningites por Sexo e Faixa Etária Entre 1999 a 2014, a incidência média das meningites por sexo no município foi de 19,7 casos por 100.000 homens e 15,2 casos por 100.000 mulheres, respectivamente (ver Tabela 2). As faixas etárias onde o grupo

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Bento Gonçalves - Meningites 1990 a 2014 SMS – Serviço de Vigilância Epidemiológica

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masculino tem sido o mais afetado pela doença corresponde a menor de 10 anos, 20 a 29 e 50 a 59 anos (ver Gráfico 2). Neste período de 15 anos, o maior número de casos tem ocorrido nas faixas etárias de 1 a 4 anos (79 casos) e de 5 a 9 anos (51 casos). A maior incidência média na população residente tem ocorrido entre as crianças menores de 1 ano (88,8 casos por 100.000 habitantes), seguida pelas crianças de 1 a 4 anos (73,3/100.000) e de 5 a 9 anos (45,8/100.000) (ver Tabela 3 e Gráfico 3). 4. Meningites por Fonte Notificadora e Bairro de Residência O Hospital Tacchini tem sido a principal fonte notificadora das meningites (89,1%). Isso, porque os pacientes com quadro suspeito de meningite, quando atendidos nas Unidades Básicas de Saúde ou no Pronto Atendimento são encaminhados para o hospital, a fim de serem avaliados por neurologista e fazerem os exames específicos para o diagnóstico da doença (punção lombar para coleta e análise de líquor) (ver Tabela 4). Dos 69 bairros e localidades do município, 11 responderam por 43,6% do total de casos de meningite: S. Helena (15 casos), Centro e Zatt (13 casos, cada), Municipal (12 casos), Licorsul, Maria Goretti, Progresso e S. Roque (11 casos), Ouro Verde, S. Francisco e Universitário (9 casos) (ver Tabela 6). 5. Meningites Segundo Etiologia A classificação da etiologia das meningites é determinada, preferencialmente, pela avaliação dos laudos laboratoriais do líquor e do soro e através do quadro clínico do paciente. Os 368 casos de meningite notificados entre 1990 a 2014 foram divididos em 4 grupos principais, segundo sua etiologia: (1) bacteriana (47,6%, n= 175); (2) virais (38,9%); (3) outras etiologias (3,0%) e (4) meningite de etiologia não especificada (10,6%) (ver Tabela 7). As meningites bacterianas apresentaram as maiores incidências em 15 dos 25 anos compreendidos entre 1990 a 2014, com picos em 1995 e 2005 quando atingiram 24,0 e 25,4 casos/100.000 habitantes (ver Gráfico 4). Os dados do SINAN (Ministério da Saúde) indicam que, no Rio Grande do Sul, entre 2000 a 2008, as meningites bacterianas e virais corresponderam a 44% e 36%, respectivamente. No Brasil, essa proporção foi de 43% e 39%, entre 2001 e 2006. 5.1 – Meningites Bacterianas (MB) As meningites bacterianas (MB) notificadas entre 1990 a 2014 somaram 175 casos (ver Tabela 8). Deste total, não foi possível determinar o tipo de bactéria em 50,3% (n= 88) dos casos, sendo classificadas como MB não especificadas. Também foram registradas meningites bacterianas causadas por Streptococcus pneumoniae (n= 20), Mycobacterium tuberculosis (n= 5) e Haemophilus influenzae (n= 8). As MB causadas por outras bactérias totalizaram 20 casos. Neste grupo, 50,0% das meningites estava associado a bactérias do gênero Staphylococcus e 20,0% ao gênero Streptococcus (exceto o S. pneumoniae) (ver Tabela 9). Em menor quantidade, ocorreram casos associados a infecção por Enterococcus faecium, E. coli, Klebsiella e por Pseudomonas aeruginosa. 5.1.1 – Doença Meningocócica (Meningites e Meningococcemia) Entre 1990 a 2014, foram diagnosticados 34 casos de doença meningocócica (meningites e meningococcemia) residentes em Bento Gonçalves. A doença meningocócica correspondeu a 19,5% do total de MB, e a 9,2% do total das meningites (todas as etiologias) deste período. Embora o município tenha casos registrados de doença meningocócica desde o início da década de 90, só foi possível obter informações a respeito do sorotipo da N. meningitidis a partir de 1999. Assim, entre 1999 a 2014, foram contabilizados 13 casos de doença meningocócica atribuídos à N. meningitidis, dos quais 7 (53,8%) corresponderam ao meningococo B e 2 ao meningococo C (ver Tabela 10). De acordo com os dados da Secretaria Estadual da Saúde do RS[8], desde 2000 o sorogrupo que circulava com maior frequência no estado era o meningococo B (75,9%). A partir de 2012, ocorreu uma inversão da predominância dos sorogrupos, e o meningococo C passou a ser o mais encontrado entre os casos de doença meningocócica. Esta mudança de perfil de circulação ocorre, aproximadamente, dois anos após a introdução da vacina contra o meningococo C na rede pública de saúde.

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6. Método Utilizado para o Diagnóstico das Meningites O SVE dispõe de informações sobre o método utilizado para o diagnóstico dos pacientes residentes para o período de 1999 a 2014, num total de 284 casos investigados. Embora nem sempre seja possível, o diagnóstico das meningites deveria ser feito através da análise laboratorial do líquor e do soro. Diante da notificação de um caso suspeito de meningite, a equipe do SVE tem se empenhado em garantir que as amostras de líquor e soro dos pacientes (quando coletadas) sejam enviadas para o Laboratório Central do Estado (LACEN) que realiza exames de contraimunoeletroforese, aglutinação do látex e cultura. É importante lembrar que o LACEN não faz a citoquímica do líquor. Este exame tem sido feito no laboratório do Hospital Tacchini que, também, realiza a bacterioscopia e, em alguns casos, exames de cultura do líquor e do soro. Nos últimos anos, cerca de 83% dos casos investigados pelo SVE tinham, pelo menos, uma amostra de líquor enviada para o LACEN. O SVE avalia as informações clínicas de cada caso juntamente com os resultados dos laudos do LACEN e do Hospital Tacchini, a fim de determinar a etiologia das meningites. 6.1 – Meningites Bacterianas (MB) O Ministério da Saúde (MS) determinou que o padrão ouro de diagnóstico das meningites bacterianas (MB) é a cultura, a contraimunoeletroforese e/ou a aglutinação do látex. Com o objetivo de qualificar a vigilância epidemiológica das meningites, o MS estabeleceu que em 42% dos casos de MB o diagnóstico seja feito por, pelo menos, uma destas três técnicas laboratoriais. Em nosso município, dos 284 casos de meningite investigados entre 1999 a 2014, 129 (45,4%) foram classificados como sendo de etiologia bacteriana. O diagnóstico final das MB tem sido feito através de cultura, contraimunoeletroforese e aglutinação do látex em 35,7% (n= 46) das investigações (ver Tabela 11). Em outras palavras, o município não tem conseguido atingir a meta estabelecida pelo MS para o diagnóstico das MB. Em apenas cinco anos, 2002, 2005, 2007, 2012 e 2014 conseguiu-se atingir a meta do MS, com resultados superiores a 42% de diagnóstico por cultura, contraimunoeletroforese ou aglutinação do látex. Foi possível fazer o diagnóstico das MB através de cultura (líquor ou soro) em 27,1% dos casos. Na maior proporção (51,2%), entretanto, a citoquímica do líquor foi o método mais utilizado para definir um caso como sendo de etiologia bacteriana. 6.2 – Restante das Meningites No período de 1999 a 2014, 112 casos de meningite foram diagnosticados como sendo de etiologia viral. Em 98,2% das meningites virais, o método utilizado para o diagnóstico foi a citoquímica do líquor. Um caso foi diagnosticado através de PCR-RNA, resultando em herpesvirus. Nos 11 casos de meningite de outras etiologias, 9 foram causados por Cryptococcus neoformans, e 2 por Toxoplasma. Um total de 33 casos foi classificado como sendo meningite de etiologia não especificada. O critério utilizado para essa classificação baseou-se, principalmente, no quadro clínico dos pacientes. Em 12 destes casos não foi coletada amostra nem realizada análise laboratorial de líquor. Nos demais, embora as amostras de líquor e/ou soro tivessem sido enviadas para análise, não foi possível determinar a etiologia da meningite. Uma das dificuldades encontradas para estabelecer a etiologia das meningites, refere-se ao fato de que, muitos pacientes, chegam ao atendimento já em uso prévio de antibióticos, o que reduz a possibilidade de encontrar colônias bacterianas nas amostras de líquor ou soro. Outro problema, refere-se à conservação das amostras de líquor e soro durante o envio/transporte para o LACEN. A conservação inadequada ou a demora no envio e processamento das amostras pode prejudicar a sua análise, inviabilizando a leitura e o diagnóstico etiológico. Por fim, em nosso país, não existe, como rotina, a pesquisa de vírus nas amostras de líquor e de soro, de tal sorte que o diagnóstico das meningites virais tem sido feito quase que exclusivamente pela interpretação da citoquímica do líquor. 7. Meningites por Evolução dos Pacientes Dos 284 pacientes investigados por meningite entre 1999 a 2014, a grande maioria (89,4%) recebeu alta por cura (ver Tabela 5). Os óbitos somaram 23 casos (8,1%). No entanto, em apenas 7 pacientes a meningite foi apontada como a causa básica da morte. Os microrganismos implicados na infecção que

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Bento Gonçalves - Meningites 1990 a 2014 SMS – Serviço de Vigilância Epidemiológica

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determinou a morte foram: Klebsiella pneumoniae, Streptococcus pneumoniae, Streptococcus sp, Staphylococcus aureus, N. meningitidis e E. coli (ver Tabela 12). Em 16 óbitos, embora o paciente estivesse com meningite, a causa básica da morte foi alguma outra patologia associada. O destaque neste grupo foi a síndrome da imunodeficiência adquirida (SIDA), responsável pela morte de 8 pacientes: 5 com meningite por criptococose cerebral, 1 com meningite por toxoplasmose cerebral e 2 com meningite por agente não especificado. Também ocorreram óbitos de pacientes com meningite devido a neoplasia cerebral, embolia pulmonar, aneurisma de aorta, DBPOC, pneumonia e alcoolismo crônico e câncer de tireóide. 8. Principais Resultados Este relatório procurou descrever o perfil epidemiológico dos casos de meningite notificados ao Serviço de Vigilância Epidemiológica, entre os anos de 1990 a 2014. Ele representa a 2ª revisão de dados (a primeira foi publicada em 2010). No conjunto das doenças transmissíveis, as meningites têm representado o 6º agravo mais notificado ao SINAN em Bento Gonçalves, ficando atrás da varicela, das doenças sexualmente transmissíveis, das hepatites virais, da SIDA e da tuberculose. Entre 1990 a 2014, tem sido registrado cerca de 15 casos novos residentes por ano (variação: 2 a 50). Nos anos de 2005 e 2006 houve um aumento expressivo da doença no município, principalmente devido às meningites de etiologia viral, representando o que se poderia chamar de “epidemia”. Na série histórica da doença, as meningites bacterianas têm apresentado a maior freqüência com cerca de 47,5% do total de casos. A doença meningocócica (meningite e meningococcemia) respondeu por apenas 4,6% do total de casos. Não houve registro de surtos ou epidemias de doença meningocócica em Bento Gonçalves, até 2014. Embora seja considerada uma doença de relativa gravidade, a proporção de óbitos associados à meningite tem sido baixa, demonstrando uma boa qualidade no diagnóstico e atendimento da doença na rede de saúde do município. O destaque da morbimortalidade deu-se entre os pacientes com meningite e que também eram portadores do vírus HIV e que representaram 34,8% do total de mortes. Desde a sua estruturação, a equipe da Vigilância Epidemiológica tem qualificado a investigação das meningites no município, garantindo que a maioria dos casos notificados tenha exames de líquor ou soro realizados no Laboratório Central do Estado (LACEN). Apesar disso, ainda existem lacunas no diagnóstico etiológico das meningites, especialmente naquelas atribuídas às infecções bacterianas. Em relação aos casos de doença meningocócica e por Haemophilus, a equipe tem priorizado a quimioprofilaxia com antibióticos dos contatos íntimos, dentro das primeiras 24 horas após a notificação dos casos, a fim de prevenir o aparecimento de casos secundários. Tabela 1. Número de Casos de Meningite (Todas as Etiologias), Bento Gonçalves, 1990 a 2014. 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999

Nº 6 2 3 3 6 33 3 18 10 16

Tabela 1. Continuação 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009Nº 14 16 9 10 9 50 43 21 20 18

Tabela 1. Continuação

2010 2011 2012 2013 2014 Total

Nº Médio 90-14

IM* 90-14

Nº 17 8 16 12 5 368 14,7 15,7 *Incidência Média por 100.000 habitantes. Obs.: os casos de meningite passaram a ser notificados ao SINAN do município em 1999.

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Tabela 2. Meningites (Todas as Etiologias) por Sexo, Bento Gonçalves, 1999 a 2014.

Total (%)

99-14 Incidência Média

99-14 Masc 158 55,6 19,7 Fem 126 44,4 15,2 Total 284 100,0 17,4

Tabela 3. Meningites (Todas as Etiologias) por Faixa Etária, Bento Gonçalves, 1999 a 2014. Nº (%) IM* <1 18 6,3 88,8 1 a 4 61 21,5 73,3 5 a 9 51 18,0 45,8 10 a 19 41 14,4 15,8 20 a 29 38 13,4 12,8 30 a 39 22 7,7 8,0 40 a 49 23 8,1 9,6 50 a 59 12 4,2 7,2 60 a 69 11 3,9 11,3 70 e + 7 2,5 9,2 Total 284 100,0 17,4

*Incidência Média por 100.000 habitantes Tabela 4. Meningites (Todas as Etiologias) por Unidade Notificadora, Bento Gonçalves, 1999 a 2014. Nº (%) UBS ESF* 0 0,0 UBS Urbano Não ESF 9 3,2 UBS Rural 0 0,0 Consultório Privado 0 0,0 Hospital Tacchini 253 89,1 PA 24 Horas 0 0,0 SVE 1 0,4 Outros Municípios 21 7,4 Total 284 100,0

*Unidade Básica de Saúde da Estratégia de Saúde da Família Tabela 5. Evolução dos Pacientes com Meningite (Todas as Etiologias), B. Gonçalves, 1999 a 2014.

N (%) Cura 254 89,4 Óbito por Meningite* 7 2,5 Óbito com Meningite por Outra Causa† 16 5,6 Ignorado¶ 7 2,5 Total 284 100,0

*Os óbitos por meningite ocorreram em consequência da infecção pelos seguintes agentes: Klebsiella pneumoniae (1 caso), Streptococcus pneumoniae (2 casos), Streptococcus sp (1); S. aureus (1), N. meningitidis (1) e E. coli (1). †Inclui os pacientes que estavam com meningite, mas cuja causa da morte foi atribuída à outras patologias associadas (por exemplo, SIDA, embolia pulmonar, aneurisma de aorta, etc.). ¶Sem registro de óbito, provável cura.

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Bento Gonçalves - Meningites 1990 a 2014 SMS – Serviço de Vigilância Epidemiológica

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Tabela 6. Meningites (Todas as Etiologias) por Bairro de Residência, Bento Gonçalves, 1999 a 2014. Total (%) Total (%)

Althaus 0 0,0 Pinto Bandeira 4 1,4 Aparecida 7 2,5 Planalto 1 0,4 Barracão 1 0,4 Pomarosa 2 0,7 Borgo 6 2,1 Pradel 0 0,0 Botafogo 5 1,8 Progresso 11 3,9 Botega 1 0,4 S. Antão 5 1,8 Caminhos da Eulália 0 0,0 S. Bento 5 1,8 Centro 13 4,6 S. Francisco 9 3,2 Cidade Alta 3 1,1 S. Helena 15 5,3 Cohab 6 2,1 S. João 1 0,4 Conceição 6 2,1 S. Marta 3 1,1 Cruzeiro 0 0,0 S. Paulo 5 1,8 Distrito Industrial 0 0,0 S. Pedro 2 0,7 Embrapa 0 0,0 S. Rafael 1 0,4 Eucaliptos 6 2,1 S. Rita 6 2,1 Faria Lemos 2 0,7 S. Roque 11 3,9 Fenavinho 3 1,1 S. Valentin 2 0,7 Fátima 3 1,1 S. Vendelino 2 0,7 Glória 8 2,8 Sandrin 0 0,0 Humaitá 7 2,5 Sembranel 2 0,7 Imigrante 2 0,7 Sol Nascente 0 0,0 Juv. Enologia 6 2,1 Sonza 0 0,0 Líquorsul 11 3,9 Tancredo Neves 4 1,4 Linha Eulália 0 0,0 Tuiuty 7 2,5 Linha P. Salgado 3 1,1 Universitário 9 3,2 Maria Goretti 11 3,9 Vale dos Vinhedos 7 2,5 Medianeira 2 0,7 Verona 0 0,0 Merlot 0 0,0 Vila Nova I 8 2,8 Municipal 12 4,2 Vila Nova II 8 2,8 Nª S. Carmo 0 0,0 Vinhedos 1 0,4 Nª S. Saúde 1 0,4 Vinosul 1 0,4 Ouro Verde 9 3,2 Vista Alegre 1 0,4 Paim 1 0,4 Zanetti 1 0,4 Panazzollo 1 0,4 Zatt 13 4,6 Piemonte 0 0,0 Ignorado 1 0,4 - Total 284 100,0

Tabela 7. Meningites Por Etiologia, Bento Gonçalves, 1990 a 2014. Total (%) Bacterianas 175 47,6

Viral 143 38,9

Outras Etiologias* 11 3,0

Não Especificada 39 10,6

Total 368 100,0 *Cryptococcus e Toxoplasma

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Tabela 8. Meningites Bacterianas Por Tipo, Bento Gonçalves, 1990 a 2014. Total (%)

Doença Meningocócica* 34 19,4 Mycobacterium tuberculosis 5 2,9 Streptococcus pneumoniae 20 11,4 Haemophilus influenzae 8 4,6 Outras Bactérias† 20 11,7 Bacteriana Não Especificada 88 50,3 Total 175 100,0

* Ver Tabela 10. †Ver Tabela 9. Tabela 9. Meningite Por Outras Bactérias*, Bento Gonçalves, 1990 a 2014. N (%)

Enterococcus faecium 1 5,0 Escherichia coli 4 20,0 Klebsiella pneumoniae 1 5,0 Pseudomonas aeruginosa 0 0,0 Staphylococcus aureus 3 15,0 Staphylococcus hominis 1 5,0 Staphylococcus sp 6 30,0 Streptococcus agalactiae 1 5,0 Streptococcus pyogenes 1 5,0 Streptococcus sp 2 10,0 Total 20 100,0

*Exclui as meningites causadas por M. tuberculosis, N. meningitidis, S. pneumoniae e H. influenzae. Tabela 10. Meningites Meningocócicas Por Tipo de Meningococo*, Bento Gonçalves, 1999 a 2014. Total (%) Meningococo B 7 53,8 Meningococo C 2 15,4 Meningococo Ignorado 4 30,8 Total 13 100,0

*Não existem dados disponíveis sobre o tipo de meningococo anteriores ao ano de 1999. Tabela 11. Método Utilizado para o Diagnóstico das Meningites por Etiologia Proporcional, Bento Gonçalves, 1999 a 2014.

(%)

Cu

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idem

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PC

R

Mic

olo

gia

Total

Bacteriana 27,1 1,6 7,0 3,1 7,8 51,2 0,8 1,6 0,0 100,0 Viral 0,0 0,0 0,0 0,9 0,0 98,2 0,0 0,9 0,0 100,0 Outras Etiologias* 36,4 0,0 27,3 0,0 0,0 0,0 0,0 9,1 27,3 100,0 Não Especificada 0,0 0,0 0,0 93,9 0,0 6,1 0,0 0,0 0,0 100,0

*Cryptococcus e Toxoplasma

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Bento Gonçalves - Meningites 1990 a 2014 SMS – Serviço de Vigilância Epidemiológica

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Tabela 12. Óbitos dos Pacientes com Meningite Por Causa Básica Informada na Declaração de Óbito, Bento Gonçalves, 1999 a 2014.

N (%) Por Meningite Meningite por Klebsiella 1 4,3 Meningite Pneumocócica 2 8,7 Meningite Estafilocócica 1 4,3 Meningite Meningocócica 1 4,3 Meningite Estreptocócica 1 4,3 Meningite por Enterococcus faecium 1 4,3 Meningite por E. coli 1 4,3 Com Meningite 0,0 SIDA 8 34,8 Outras Patologias 7 30,4 Total 23 100,0

*Inclui os pacientes com meningite no momento da morte, e cuja causa básica da morte foi atribuída à meningite. †Inclui os pacientes que estavam com meningite por ocasião da morte, mas cuja causa básica da morte foi declarada como sendo outra patologia. §Dos pacientes com meningite que morreram devido a síndrome da imunodeficiência adquirida (SIDA), 5 apresentavam meningite por criptococose cerebral, 1 meningite por toxoplasmose cerebral e 2 meningite não especificada. Gráfico 1. Incidência das Meningites (Todas as Etiologias) por 100.000 Habitantes por Ano, Bento Gonçalves, Rio Grande do Sul e Brasil, 1999 a 2014.

Gráfico 2. Incidência Média das Meningites (Todas as Etiologias) por Faixa Etária e Sexo por 100.000 Habitantes, Bento Gonçalves, 1999 a 2014.

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Gráfico 3. Incidência Média das Meningites (Todas as Etiologias) por Faixa Etária por 100.000 Habitantes, Bento Gonçalves, 1999 a 2014.

Gráfico 4. Incidência das Meningites pelas Principais Etiologias por 100.000 Habitantes por Ano, Bento Gonçalves, 1990 a 2014.

Gráfico 5. Incidência Média Trienal* das Meningites (Todas as Etiologias) por 100.000 Habitantes, Bento Gonçalves, 1990 a 2014.

*Exceto para 2014.

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Bento Gonçalves - Meningites 1990 a 2014 SMS – Serviço de Vigilância Epidemiológica

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Referências: 1. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Fundação Nacional de Saúde. Guia de vigilância epidemiológica. Brasília, 5ª Edição,

FUNASA, 2002. 2. CHIN, James. Manual das doenças transmissíveis. Artmed, 2002. 3. CENTER FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION. Meningitis. In: http://www.cdc.gov/meningitis/index.html. 4. CENTER FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION. Prevention and control of meningococcal disease:

recommendations of the advisory committee on immunization practices (ACIP). March 22, 2013/62(RR02);1-22. 5. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Secretaria de Vigilância em Saúde. Guia de vigilância em saúde. Brasília, 2014. 6. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância das Doenças

Transmissíveis. Manual dos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais. 4ª ed., Brasília, 2014. 7. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica. Introdução

da vacina meningocócica C (conjugada) no calendário de vacinação da criança. Brasília, 2010. 8. SECRETARIA ESTADUAL DA SAÚDE. Centro Estadual de Vigilância Epidemiológica. Divisão de Vigilância

Epidemiológica. Nota informativa sobre a doença meninogocócica no RS. Porto Alegre, 09/07/2015. 9. CENTER FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION. Enterovirus surveillance - United States, 1970-2005.

September 15, 2006 / 55(SS08);1-20.