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BENTO NA VITRINE DO MERCOSUL DISTRIBUIÇÃO GRATUITA BENTO GONÇALVES | DEZEMBRO 2019 | EDIÇÃO 221 | ANO 18 Foto: Rodrigo De Marco Município que recebeu presidentes num dos eventos mais importantes da América Latina tem colecionado prêmios internacionais e ostentado título de uma das cidades mais bonitas do mundo

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BENTO NA VITRINE DO MERCOSUL

DISTRIBUIÇÃO GRATUITA BENTO GONÇALVES | DEZEMBRO 2019 | EDIÇÃO 221 | ANO 18

Foto: Rodrigo De Marco

Município que recebeu presidentes num dos eventos mais importantes da América Latina tem colecionado prêmios internacionais e ostentado título de uma das cidades mais bonitas do mundo

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CÚPULA DO MERCOSUL JORNAL INTEGRAÇÃO DA SERRA | Dezembro 20192

Por Rodrigo De MarcoEdição Kátia Bortolini

Empresa Jornalística Integração da Serra Ltda. Rua Refatti, 101 - Maria Goretti - Bento Gonçalves - RS | Fone: (54) 3454.2018 | 3451.2500 | E-mail: [email protected] | www.integracaodaserra.com.br

Periodicidade: Mensal | Circulação: Primeira semana de cada mês, em Bento Gonçalves, Garibaldi, Santa Tereza, Monte Belo do Sul, Pinto Bandeira | Diretora e Jornalista responsável: Kátia Bortolini - MTB 8374 |

Jornalista e Social Media: Rodrigo De Marco - MTB 18973 | Área Comercial: Moacyr Rigatti | Atendimento: Sinval Gatto Jr. | Diagramação: Vania Maria Basso | Editor de Fotografia: André Pellizzari | Colaboradores e

Colunistas: Aldacir Pancotto, Carina Furlanetto, Cesar Anderle, Elvis Pletsch, João Paulo Mileski, Melissa Maxwell Bock, Rogério Gava, Thompsson Didoné

Encontro rendeu visibilidade edividendos turísticos para Bento

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CÚPULA DO MERCOSUL NO VALE DOS VINHEDOS

Presidente da Argentina, Mauricio Macri, Presidente Jair Bolsonaro, Presidente do Paraguai, Mario Abdo Benítez e a Vice-Presidente do Uruguai, Lucía Topolanski

dia 5 de dezembro deste ano foi histórico para Bento Gonçalves. O tão esperado encontro da Cúpula do Mercosul no Vale dos Vinhedos re-

percutiu na rotina da cidade, decorada para a ocasião com adereços nos tons verde e amarelo da Bandeira Nacional. Por volta das 9h30, os admiradores do presi-dente Jair Bolsonaro se aglomeravam próximo da Pipa Pórtico na expectativa de se aproximar do ídolo, que chegou por volta das 10h30min, no posto da Polícia Rodoviária Federal. No caminho do Vale dos Vinhedos, a cena de recepção festiva se repetia, com a popula-ção das redondezas às margens da rodovia de acesso

aguardando a passagem de Bolsonaro. A expectativa era que o presidente chegasse em torno das 10h no Hotel Spa do Vinho (local escolhido para as reuniões da Cúpula), porém foi por volta das 11h que finalmen-te apareceu, acenando para fotógrafos e cinegrafistas que disputavam lugar para a coleta de imagens.

Ao seu lado estavam os presidentes Maurício Ma-cri, da Argentina, Mario Abdo Benítez, do Paraguai e a vice-presidente do Uruguai, Lucía Topolanski. Tam-bém formavam a comitiva Ministros de Estado e Em-baixadores dos países associados (Chile, Bolívia, Peru, Colômbia, Equador, Guiana e Suriname).

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JORNAL INTEGRAÇÃO DA SERRA | Dezembro 2019 CÚPULA DO MERCOSUL 3

O antes e o depois da CúpulaFoto: Rodrigo De Marco

Por volta das 12h30, Bolsona-ro leu o discurso de abertura da 55ª Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul, a qual presidia, cargo passado na ocasião para Benitez, do Paraguai, para os próximos seis meses (a presidência da Cúpula troca a cada seis meses). Em seu pronunciamento, o presidente da Argentina, Mauricio Macri, ressal-tou que não conhecia essa região do Brasil, que classificou como “es-petacular”. Após essa cerimônia, os Presidentes e primeiro escalão par-ticiparam de plantio de mudas de videiras, no SPA do Vinho.

O evento, que no Brasil pela primeira vez aconteceu fora de Brasília, rendeu visibilidade para o potencial turístico de Bento Gon-çalves entre organizadores e parti-cipantes do evento e também pela mídia espontânea, pela cobertura do evento feita por jornalistas de veículos de comunicação do Brasil e de outros países do Mercosul.

Durante o evento foram firmados os acordos de Indicações geográficas do Mercosul. Produ-tos como queijo “Canastra”, o café da “Região do Cerrado Mineiro”, o vinho do “Vale dos Vinhedos” e o cacau de “Linhares”, Espírito Santo, e do “Sul da Bahia” serão protegidos contra fraudes e uso indevido em todos os países do bloco.

Também foram estabelecidos novos anexos sobre: serviços financeiros do protocolo de Mon-tevidéu sobre comércio de serviços; acordo sobre localidades fronteiriças vinculadas, que cria faci-lidades para moradores de cidades gêmeas nas fronteiras dos países do bloco, no acesso a servi-ços de saúde e educação, transporte de mercado-rias de subsistência e circulação de pessoas e ve-ículos; de cooperação policial aplicável a espaços fronteiriços e cidades gêmeas e de alcance parcial para a facilitação do transporte de produtos peri-gosos.

O Mercosul é composto pelo Brasil, Argenti-na, Paraguai e Uruguai. A Venezuela está suspen-sa desde 2017, por ruptura da ordem democrática e descumprimento de cláusulas ligadas a direitos humanos do bloco. Chile, Bolívia, Peru, Colôm-bia, Equador, Guiana e Suriname. Os países do Mercosul equivalem à quinta economia do mun-do. Desde sua fundação, as trocas comerciais do bloco multiplicaram quase dez vezes: de US$ 4,5 bilhões, em 1991, para US$ 44,9 bilhões em 2018. Em 2018, o Brasil exportou US$ 20,83 bilhões para o Mercosul e importou US$ 13,37 bilhões

Fundado em 1991, o Mercado Comum do Sul é um bloco de união aduaneira que une Argenti-na, Brasil, Paraguai e Uruguai, e tem como países associados Chile, Bolívia, Peru, Colômbia e Equa-dor. O encontro da Cúpula no Vale dos Vinhedos marcou a despedida do liberal argentino Mauri-cio Macri da presidência do país. E a passagem da presidência “pro tempore” ao Paraguai.

Para o secretário de Turismo, Rodrigo Parisotto, a história da ci-dade se divide em dois momentos: o antes e o depois da realização da Cúpula do Mercosul. “Serão duas Bento Gonçalves, porque percebe-mos nestas semanas a quantidade de notícias mundo afora que tem mostrado e falado de Bento. Geral-mente são matérias que explicam que ela é a Capital do Vinho, que possui rotas turísticas, é muito forte na indústria moveleira, sendo refe-rência na Serra Gaúcha. Então não são apenas as notícias que falam sobre a Cúpula, mas a provocação de mostrar sobre a cidade onde a Cúpula é realizada. Sabemos que o reflexo é para os próximos anos e não só momentaneamente”, co-menta. Parisotto acrescenta que o município de Bento Gonçalves tem se destacado no cenário nacional como a segunda rota mais influen-te dentro do Rio Grande do Sul, de-pois de Gramado.

Ao lado de Jair Bolsonaro, o argentino Mauricio Macri elogiou o Vale dos Vinhedos,dizendo que a região é “espetacular”

Acordos firmados no eventoFoto: Rodrigo De Marco

Foto: Hélio AlexandreOs preparativos para o encontro, ini-

ciados há cerca de dois meses, movimenta-ram o cenário regional. Na semana da vin-da dos Chefes de Estado, o espaço aéreo de Bento Gonçalves registrou intensa tra-fegabilidade de helicópteros. O aeroporto regional Hugo Camtergiani, de Caxias do Sul, foi internacionalizado para o evento.

No processo de instalação de reforço do sistema de comunicação, a equipe en-controu rádios piratas em residências do Vale dos Vinhedos. Segundo a equipe, o que mais chamou a atenção nas conver-sas interceptadas nas rádios foi entre mu-lheres, sobre receita de bolo. Se os rádios foram bloqueados, o distrito lucrou com o acréscimo de fibra ótica para acesso a in-ternet, reforçada para atender a demanda do evento.

Espaço aéreo e bastidores

Helicóptero AS532UE do Exército Brasileiro

Na coletiva de imprensa, com a presença do governador Eduardo Leite, foi anunciada a destinação de recursos para a saúde do RS

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JORNAL INTEGRAÇÃO DA SERRA | Dezembro 2019CÚPULA DO MERCOSUL4

A cidade faz parte de uma das rotas do programa Investe Turismo. Recentemente a TV Brasil destacou a força do município na produção da uva. Segundo a reporta-gem “não se trata apenas de beber vinho, mas entender a alquimia dessa produção. O sabor da terra, a essência de cada uva, a identidade de cada local. Uma tradição que já rendeu indicação para representar o Brasil oficialmente na Copa do Mundo e nas Olimpíadas. E é a soma de história e magia aliado ao clima europeu que vem atraindo milhares de turistas a Bento Gon-çalves. São mais de 30 vinícolas, grandes, médias e pequenas. A região é uma das 30 rotas turísticas estratégicas dentro do programa Investe Turismo do Governo Fe-deral”.

De acordo com o enólogo Giovani Carraro, “com certeza aumenta o fluxo de turistas, a visibilidade da região e das em-presas, e isso faz cada vez mais conseguir passar para o consumidor o que estamos produzindo no Brasil. Cada estação tem um visual totalmente diferente. No outono temos as videiras na coloração amarelada, alaranjadas, que combina com o pôr do sol, na primavera inicia a brotação e no ve-rão tem o cenário verde”.

Nos últimos anos Bento Gonçalves ganhou destaques importantes no setor do turismo, e mais recentemente a cidade foi premiada com um título internacional. No dia 4 de novembro a Capital Brasileira do Vinho foi destacada como uma das quatro cidades mais admiradas do mundo na 12ª edição do Knowledge Cities World Summit (12ºKCWS), que é a Cúpula Mundial das Cidades do Conhecimento, evento que aconteceu em Florianópolis.

A Cúpula Mundial escolhe quatro cidades para serem premiadas a cada evento realizado e nesta edição Bento Gonçalves foi escolhida a Cidade do Conhecimento Emergente, pela evolução e crescimento conquistado no período entre 15 e 30 anos. Além da Capital Brasileira do Vinho, também foram premiadas as cidades de Barcelona (Metrópole do Conhecimento) Porto Rico e Vancouver.

O ano de 2019 foi realmente incrível para Bento Gonçalves, que ganhou diver-sos prêmios ao longo do ano, e um dos mais importantes foi conquistado em ou-tubro. Bento Gonçalves se destacou mais uma vez como um dos melhores destinos turísticos do Brasil. O Prêmio Melhores Destinos 2019 elegeu 18 cidades mais bo-nitas do país. Bento ocupa a nona posição no ranking.

Os resultados foram computados com base em votos de mais de 25 mil leitores, considerando viagens realizadas por eles neste ano ou no ano passado. Na pes-quisa, foi levado em consideração custo--benefício, atrações, gastronomia, recep-tividade e segurança. A cidade da região da Serra Gaúcha ficou melhor avaliada no quesito segurança (9,13) e somou uma média de 8,58.

A região não fica para trás quando o assunto é charme, boa gastronomia e ati-vidades turísticas, com suas vinícolas, ca-sas de massa e outros (saborosos) legados deixados pelos imigrantes italianos.

RankingLençóis - 9,1Gramado - 8,74Jalapão - 8,68Fernando de Noronha - 8,68João Pessoa - 8,67Tiradentes - 8,62São Miguel do Gostoso - 8,61Alter do Chão (Santarém) - 8,60Bento Gonçalves - 8,58São Miguel dos Milagres - 8,54Pomerode - 8,53Bonito - 8,53Jericoacoara - 8,52Ouro Preto - 8,49Barra Grande - 8,46Maceió - 8,45Poço de Caldas - 8,44Inhotim (Brumadinho) - 8,43

Bento Gonçalves atrai milhares de turistasFoto: Rodrigo De Marco

Presidentes participaram do plantio das vinhas

Capital Brasileira do Vinho entre os melhores destinos turísticos do Brasil

Foto: Reprodução Web

Prêmio internacional

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JORNAL INTEGRAÇÃO DA SERRA | Dezembro 2019 INVESTIMENTO 5

Com acesso pela Barão do Rio Branco, o empreendimento oferece muito conforto e praticidade, aliados à comodidade da localização. O prédio faz parte do complexo que inclui o Pia-zza Salton, espaço de compras e lazer e está muito próximo a escolas, igreja, supermercados, bancos, entre tantas outras fa-cilidades. Seu acesso principal é exclusivo e à parte da área co-mercial. Além disso, a posição solar merece ser destacada, sol preservado ao leste pela praça, norte livre e, para completar, o prédio está em uma esquina.

Projetado para ser diferenciado, os 55 apartamentos do Residencial Paulo Salton possuem três suítes e lavabo e têm possibilidade de até três vagas de garagem. Com acabamento superior e excelente aeração e insolação em todos os aparta-mentos, possui infraestrutura de monitoramento por câmeras e estudo de segurança realizado por especialistas, sendo o acesso principal por biometria.

Seus confortáveis apartamentos possuem espera para au-tomação, churrasqueira a carvão com ponto de gás, espera para lareira ecológica e os melhores acabamentos, com rede de instalação para calefação e infraestrutura para instalação de cli-matização. O conforto acústico recebeu especial atenção, com manta sob o piso e nas paredes duplas entre os apartamentos, além de portas, persianas e vidros acústicos, atenuando ruídos.

A estrutura de lazer conta com um lindo terraço, com es-paço pensado exclusivamente para os pets, brinquedoteca ao lado do salão de festas, que permite a realização de eventos simultâneos, dividindo o espaço em dois ambientes indepen-dentes. O grande terraço tem espelho d’água com deck, gaze-bo e jardins.

Saiba mais em: www.saltonresidencial.com.br, nas redes sociais /saltonresidencial.

Residencial Paulo Salton: todo o conforto para morar no centroApartamentos de três suítes e lavabo, ampla área de estar e acabamento superior

Divulgação

Estrutura de lazer conta com terraço com espelho d’água com deck, gazebo e jardins

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JORNAL INTEGRAÇÃO DA SERRA | Dezembro 20196

INHASV

Foto: André Pellizzari Fotografia

Foto: André Pellizzari Fotografia

A linda noite de Bodas de Ouro de Octacílio e Eni Maria Riboldi, no último dia 26 de outubro, nas dependências do Clube Corintians

As poses do primeiro mês da mocinha Ana Valentina Severgnini

Na noite de 11 de dezembro, em jantar festivo, Elton Gialdi passa a presidência do CIC-BG a Rogério Capoani para o mandato de dois anos à frente da entidade

Foto: Barbara Salvatti/Exata Comunicação

Foto: Raquel Biondo

Frei Jadir Segala (centro) comemorando o término do restauro da Igreja Matriz São Pedro, de Garibaldi, em evento que reuniu o prefeito Antonio Cettolin e o vice Anto-

nio Facchinelli, entre outras lideranças e autoridades, no dia 3 de dezembro

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JORNAL INTEGRAÇÃO DA SERRA | Dezembro 2019 7GERAL

ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO DO BARRACÃO

Foto: DivulgaçãoO início da atividade da Estação

de Tratamento de Esgoto (ETE) do Barracão, previsto para julho de 2019, ficará para o próximo ano, em função de problemas administrativos enfren-tados pela empresa contratada pela Corsan, que resultaram na rescisão do contrato por parte da estatal. A ETE do Barracão, a primeira das três da Corsan em Bento Gonçalves, tratará cerca de 30% do esgoto doméstico do municí-pio. Atualmente, mais de 90% do es-goto doméstico de Bento Gonçalves é lançado in natura em rios e arroios do entorno do município.

O superintendente regional da Corsan, Felipe Agostinho Caimi, res-salta que a ETE do Barracão já tem área construída, em fase de testes. Segundo ele, está sendo feita a obra de urbanização do pátio da ETE, que inclui o laboratório de análises do tratamento do esgoto, guarita, cerca-mento em gradil de concreto e parte ambiental,com compensação e plan-tio de mudas no entorno da estação. Caimi acrescenta que essa fase da obra, com término previsto para o fi-nal de janeiro de 2020, também inclui a pavimentação e acessos da Estação, instalações elétricas e iluminação do

Corsan adia início da atividade da ETE para 2020

Superintendente regional da Corsan, Felipe Agostinho Caimi

pátio.Conforme Caimi,

o funcionamento efe-tivo da ETE depen-de do Contrato dos Remanescentes do Sistema de Esgota-mento Sanitário, que engloba a conclusão da execução da Esta-ção Elevatória final de Esgoto Bruto, linha de recalque de esgoto e linha de emissário do efluente tratado. Ele ressalta que essa obra estava a cargo da empresa que teve o contrato rescindi-do. “A Corsan está estudando uma maneira legal para a contratação de uma nova empresa que execute essa obra essencial para o funcionamento da ETE. O assunto está sendo tratado como prioridade pela Companhia”, afirma Caimi.

Benefícios do saneamento básicoO superintendente ressalta que,

segundo dados fornecidos pela ONU,

cada 1 real investido em saneamento equivale a 4 reais economizados em saúde. “Mas os benefícios vão muito além, pois percebe-se um impacto expressivo do saneamento sobre o valor dos ativos imobiliários e sobre a renda gerada pelo setor, bem como a valorização do turismo na região de-vido aos ganhos ambientais e, con-

sequentemente, maior renda aos trabalhadores, lucros para as empresas e impostos para os governos, principalmente dos municípios que recebem impostos sobre os serviços de atividades turísticas”, analisa ele. Caimi adianta que enge-nheiros projetistas da Corsan estão trabalhando na segunda ETE de Bento Gonçalves, a ser executada na Bacia Burati. Ele complementa que a licitação da obra está prevista para mar-ço de 2020, “data que pode ser alterada, devido aos processos fundiário e de licenciamento ambiental”.

InvestimentosA construção da ETE do Barracão

demandou um investimento de R$ 9.267.140,00, pagos com recursos da Caixa Econômica Federal. Na obra da Urbanização, são R$ 873.448,40, com recursos da Corsan. Na obra dos Remanescentes (Estação Elevatória de Esgoto Bruto, Linha de Recalque e Linha de Emissário) estão previstos R$ 2.372.475,96, também com recursos próprios.

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JORNAL INTEGRAÇÃO DA SERRA | Dezembro 20198

AncillaDall Onder

[email protected]

Zat

Reflexões

uando o ano está a findar, há todo um movimento pessoal e coletivo de sensibilidade pela magia do

Natal que se aproxima e pelos mais variados aspectos. Há os que contabilizam alegrias, conquistas pessoais, enquanto outros enfrentaram problemas, perdas de familiares e de amigos que partiram ou dificuldades financeiras.

É o momento de refletir sobre as vivências e ações na trajetória de mais uma etapa, para que a próxima se concretize, na esperança e perspectiva de um ano melhor. É também o momento em que refletimos sobre nossos ganhos e nossos gastos, pois nossa necessidade de consumo está relacionada à natureza humana para a sobrevivência.

O consumo consciente atende às nossas neces-sidades básicas (Maslow), entre as quais não se pode prescindir da alimentação, saúde, educação e vestuá-rio. Há quem sugere perguntar a si mesmo: eu preciso? Eu posso? Ou ainda, atende às minhas necessidades básicas? Consumir hoje e poder fazê-lo de forma cons-ciente amanhã e depois, foi comparado por Bauman, em sua obra “Modernidade Líquida”, a uma corrida, pois se corremos desenfreadamente, é provável ficar pelo caminho; moderamente, de acordo com nossas forças,

REFLEXÕES

chegaremos com sucesso ao final da corrida. A sobrie-dade faz-se presente.

Uma ceia festiva, brinquedos para as crianças, pre-sentes para os familiares e amigos simbolizam o amor e o respeito pela vinda do Deus Menino, sinalizam a amizade, a solidariedade e a partilha. Como não sen-tir prazer ao ver a alegria estampada no rosto de uma criança ao receber o seu brinquedo? A felicidade de um desprovido, com a solidariedade de alguém desconhe-cido?

A esperança que sempre esteve presente entre os seres humanos, por encerrar em seu significado e sen-tido o desejo de bem-estar e realização, incentiva e es-timula, pois a esperança não tem idade. Aliás, a vida é feita de esperança. A criança espera amor e atenção de seus pais, assim como espera o brinquedo no Natal; o adulto espera suprir suas necessidades e que seus so-nhos se realizem; o idoso espera ter saúde e convivên-cia digna.

O Natal imprime, em todos nós, sentimentos no-bres de amor, de solidariedade, de partilha e, sobretu-do, de esperança. É nesse clima de reflexão e de espe-rança que desejamos um Feliz Natal e um Ano Novo de muita alegria.

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JORNAL INTEGRAÇÃO DA SERRA | Dezembro 2019 9VINDIMA

Os prazeres da Vindima no Hotel Villa MichelonDe janeiro a março, Complexo oferece pacotes para desfrutar dos sabores da colheita da uva

As paisagens mudam, a alegria toma conta do ar. Para os vitiviniculto-res e enólogos, a vindima é a hora de conferir o esforço de um ano de traba-lho no cultivo da uva. Para os turistas, é tempo de sentir os aromas, cores e sa-bores dos parreirais do Vale dos Vinhe-dos. No Villa Michelon, a experiência é ainda mais ampla. De 10 de janeiro a 8 de março de 2020, o Complexo Turís-tico convida hóspedes a desfrutarem da deliciosa temporada, vivenciando experiências na La Bella Vendemmia.

A partir do dia 10 de janeiro, du-rante todas as sextas-feiras, às 17h, o Villa Michelon se transforma em um palco onde a Colheita da Uva é a pro-tagonista. O turista poderá conhecer um pouco da história da região que se tornou o principal roteiro enoturístico do Brasil, através de uma programa-ção pensada para transmitir a cultura e o legado da imigração italiana. Ao chegar, cada visitante recebe como brindes boné – que ajudará na ‘árdua’ colheita –, um avental e uma taça per-sonalizada para degustar os vinhos brancos e tintos e o suco de uva, ser-vidos à vontade durante o Filó Italiano que encerra a festa. A programação se-

Foto: Rita Michelin

gue com uma conversa de fim de tarde com a proprietária e diretora geral do Villa Michelon, Elaine Michelon, an-fitriã da festa mais uma vez em 2020. “É um momento de interação com o hóspede que valorizamos muito! As pessoas chegam no Vale dos Vinhedos e, algumas, não conhecem a nossa his-tória. Um bate-papo delicioso resolve isso com muito prazer e imerge o visi-

tante em nossa cultura”.Logo após a conversa, é a vez da

visita guiada ao Parreiral Modelo, onde serão contadas curiosidades sobre o cultivo da uva. Em seguida, chega a vez da esperada colheita. Sob orienta-ção, os hóspedes estão livres para en-cher seus cestos de uvas comuns e de mesa, que serão destinadas à pisa.

Tanto a visita ao Parreiral Modelo

quanto a colheita e a pisa são emba-ladas pela alegria do Coral Vicentino, que com músicas italianas resgatam a herança cultural do Vale dos Vinhedos e animam os visitantes. Para recuperar as energias, o farto Filó Italiano oferece um cardápio com serviço de Vinho En-canado M. Luiz Michelon (Chardonnay, Merlot); suco de uva e água da fonte; tábuas de queijo colonial, salame e copas fatiados; pão colonial e rechea-do; cucas diversas; conservas (pepino, azeitonas e ovos de codorna); risoto italiano; macarrão a bolognesa; polen-ta na chapa com e sem queijo; linguiça suína na chapa (servida no pão); uvas geladas; sagu e creme de confeiteiro.

O pacote para La Bella Vendemmia 2020 é composto por duas diárias - de sexta-feira a domingo – com café da manhã, meia pensão jantar (sendo sexta-feira o Filó Italiano), uvas na re-cepção durante todo o período, pro-gramação de lazer para as crianças e o roteiro de visita, colheita e pisa das uvas. As reservas podem ser realizadas pelo site www.villamichelon.com.br; pelo telefone 0800.703.3800 ou por mensagens de texto via WhatsApp: (54) 98112.5443.

Colheita da Uva é a protagonista da La Bella Vendemmia do Hotel Villa Michelon

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JORNAL INTEGRAÇÃO DA SERRA | Dezembro 2019SAÚDE10

Bento GonçalvesRua Dr. José Mário Mônaco, 227

Sala 905, CentroFones: (54) 3702.4113

(54) 99970.4113

Foto: Eduardo Benini

Dr. Felipe de David,Cirurgião Plástico

Mitos e Verdades

sobre as Próteses Mamárias

A prótese de silicone tem prazo de validadeVerdade. Porém, os produtos utilizados atual-

mente possuem quase o dobro de durabilidade se comparados aos produzidos no início dos anos 2000. As próteses atuais têm uma textura na superfície: a camada que a envolve é mais grossa e o silicone é mais gelatinoso. Especialistas estimam que o desgas-te da prótese possa acontecer após 15 ou 20 anos de uso.

Há idade definida para colocação das prótesesMito. As necessidades de cada paciente variam,

por isso que não há uma idade ‘certa’ para o implan-te. Contudo, os médicos recomendam que o proce-dimento inicie a partir dos 17 ou 18 anos – quando a mama já está bem desenvolvida.

Existem vários tamanhos e formatosVerdade. Junto ao médico, a paciente decidirá

sobre qual a melhor opção, levando em considera-ção a proporção e a simetria, além dos fatores fisio-lógicos envolvidos. Há basicamente três formatos: redonda, que pode ser de perfil alto, baixo ou mode-rado; anatômica, que tem formato de gota; e cônica, pouco utilizada nos procedimentos.

bem-estar físico está, inquestionavelmente, associado ao emocional. Esse equilíbrio é in-tensamente almejado por um número cada

vez maior de mulheres, que aliam o planejamento de uma vida saudável à elevação de sua autoestima. Construir o corpo ideal é o sonho – e desafio – para muitas delas. Nesse contexto, a adequação quanto ao formato/tamanho das mamas exerce papel fun-

damental, motivo pelo qual diversas pacientes recorrem às cirurgias de implantação de próteses mamárias.

Antes de tomar a decisão de investir nesse procedimento, é fundamental contatar um profis-sional especializado, para uma avaliação técnica personalizada. E, também, conhecer alguns mitos e verdades sobre os implantes nos seios.

A prótese impede a amamentaçãoMito. A prótese é colocada sob o músculo

ou entre o músculo e a glândula mamária. Isso, portanto, não interfere no crescimento do seio durante a gravidez e na amamentação. Os ductos mamários, que conduzem o leite, são mantidos durante a cirurgia. Contudo, após a amamenta-ção, em algumas mulheres as mamas mudam de tamanho – exigindo uma adequação posterior na região mamária.

A confiança no cirurgião plástico e os cuidados pós-operatórios são essenciais Verdade. Uma clínica de cirurgia bem es-

truturada utiliza materiais seguros e aprovados pelos órgãos reguladores, para não causar danos ao organismo das pacientes. Em qualquer sinal de problema, o cirurgião plástico, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, deve ser contatado para avaliar o quadro e poder condu-zir o tratamento da forma mais segura possível. A boa cicatrização depende da coerente técnica cirúrgica, dos cuidados pós-operatórios e de fa-tores genéticos de cada paciente.

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JORNAL INTEGRAÇÃO DA SERRA | Dezembro 2019 11LIDERANÇA

Elton Gialdi encerra gestão à frente doCIC-BG deixando legados ao município

Foto: Fernanda Lenhard

Elton Paulo Gialdi: “Agregamos força, representatividade e mais diversidade à entidade

O empresário Elton Paulo Gialdi, no término deste mês, chega ao fim de seu mandato à frente da presidên-cia do Centro da Indústria, Comércio e Serviços de Bento Gonçalves (CIC-BG) na gestão 2018/2019. “Estar à frente da entidade, no município que me acolheu, oportunizando crescimento e prosperidade para minha família, meus negócios e meus relacionamen-tos de amizade, foi uma grande reali-zação profissional. Analiso que a parte trabalhosa desta jornada o fiz por gra-tidão a tudo isso e pelos sentimentos de plenitude e realização na possibi-lidade de estar operando ações pela melhoria coletiva, isso é formidável”, ressalta Gialdi.

Resgate da FenavinhoO empresário encerra sua gestão

com o mérito de ter devolvido a Fena-vinho à comunidade, garantindo se-gurança jurídica para a realização das futuras festas. Depois de realizar acor-dos entre todas as partes, regularizan-do o nome da Fenavinho, a marca foi resguardada pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) e está sob domínio do CIC-BG. Gialdi, com muita habilidade de gestão, mobili-zação e negociação, costurou as rela-ções necessárias para retomar a Fena-vinho, após oito anos de hiato. “Foram necessárias mais de 50 horas de reu-niões com credores, idas e vindas nas negociações, mas valeu porque a Fe-navinho é a grande festa popular de Bento Gonçalves, que impulsionou o crescimento do município”, salienta.

Consciência políticaGialdi também demarcou sua pos-

tura à frente da entidade na promo-ção do envolvimento político da clas-se empresarial. Para ele, é necessário sociedade como um todo, seja mais participativa nas questões que envol-vam os rumos do país. “Temos que ir em busca do que almejamos e cons-truir pontes para isso. Não adianta nos afastarmos da política por conta da fama da maioria de nossos políticos,

isso é omissão. Temos que participar mais, exigir mais, cobrar mais e se en-volver mais, porque tudo é política, e as decisões todas passam por ela”, ar-gumenta.

Primeiro presidente a despachar na sonhada sede própria do CIC-BG, concluída no final de 2017, Gialdi im-primiu um ritmo forte ao cotidiano da organização assim que assumiu, no início de 2018.

Pelo CIC-BG, passaram senadores – Luiz Carlos Heinze e Ana Amélia Le-mos, o vice-governador Ranolfo Vieira Junior, os secretários estaduais Bruno Vanuzzi (Parcerias) e Beatriz Araujo (Cultura), diversos deputados federais e estaduais, além do então candidato a governador – e hoje atual chefe do Executivo gaúcho – Eduardo Leite.

Tantas outras lideranças políti-cas estiveram presentes no CIC-BG por meio dos eventos promovidos pela casa. A retomada da Fenavinho em julho deste ano trouxe à cidade o vice-presidente da República, Hamil-ton Mourão, demarcando a primeira visita presidencial a Bento Gonçalves em quase 40 anos. Pautas como a Reforma Tributária, o Fórum da Infra-estrutura e a Liberdade Econômica trouxeram a Bento deputados como

Ronaldo Santini, Marcel Van Hattem e Jerônimo Goergen.

Também de teor político foram outros dois marcantes encontros rea-lizados na gestão de Gialdi, o Fórum da Federasul e a Agenda 2020, que identificaram, respectivamente, opor-tunidades e demandas regionais.

ProtagonismoGialdi sempre destacou, ao longo

de 2018 e de 2019, “estar” presiden-te do CIC-BG, em detrimento ao “ser” presidente do CIC-BG. Essa postura o aproximou não apenas da comuni-dade, mas também de importantes parceiros, tanto comerciais quanto institucionais. Eles ajudaram a dar vi-sibilidade a uma série de projetos do CIC-BG e a reforçar a imagem da ins-tituição como um ente de atuação coletiva para angariar conquistas eco-nômicas e sociais. CICS Serra, Amesne, Famurs, Federasul, Fiergs, entre ou-tras, são algumas das entidades que vieram a Bento Gonçalves comparti-lhar anseios e conhecimentos.

Com muitas dessas, o CIC-BG foi parceiro na defesa dos interesses regionais, principalmente quanto à infraestrutura viária. Neste sentido, liderou o Fórum da Infraestrutura. O

trabalho de relacionamento rendeu frutos ao engrossar as fileiras de as-sociados que se juntaram à missão do CIC-BG. Foram cerca de 100 novas em-presas nos últimos dois anos.

Gestão internaO empresário também cuidou da

área administrativa e da gestão inter-na da entidade, com colaboradores mais envolvidos e focados na exce-lência do atendimento ao associado. A aquisição de um novo sistema ope-racional trouxe melhorias no site da entidade e no desenvolvimento dos grandes projetos - Expobento e Fena-vinho - e facilidades para as inscrições em cursos e/ou eventos promovidos na casa, que podem ser feitas online.

Promoveu mudanças, moderni-zando o formato do Jornal do CIC e es-tabelecendo um novo convívio de ex--presidentes da Casa, ao levá-los para as reuniões de Diretoria. Foi defensor dos projetos do Consepro para anga-riar fundos para a segurança pública e atividades do Observatório Social do Brasil (OSB-BG). Além disso, trabalhou pela continuidade do festival Bento em Dança.

Novos desafiosDesde o último mês de novembro,

Gialdi é o presidente do Conselho Su-perior da Fundaparque e tomará pos-se no Conselho Superior da Federasul. Além disso, em janeiro de 2020, será presidente do Conselho Superior do CIC-BG para os próximos dois anos.

Auto-definido como uma pessoa de relações e hábitos simples, since-ros, tem na franqueza uma de suas grandes virtudes. “O CIC é feito por empresários com o DNA de imigran-tes italianos, de trato e forma simples em suas relações. Acredito que essa característica permitiu que abrísse-mos mais o leque de convívio dos par-ticipantes e associados. Agregamos força, representatividade e mais diver-sidade à entidade, uma estratégia que traz ganhos para todos”, avalia.

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JORNAL INTEGRAÇÃO DA SERRA | Dezembro 201912

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Caderno de Cultura e Arte

Jornal Integração da Serra | Nº 74 |

Dezembro 2019

Foto: Rodrigo De Marco

NATALSOLIDÁRIOPáginas Centrais

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2 | Mosaico | Jornal Integração da Serra | Dezembro 2019

RogérioGava

[email protected]

O Dinheiro

“E quando o amor ao

dinheiro, ao sucesso, nos

estiver deixando cegos,

saibamos fazer pausas

para olhar os lírios do

campo e as aves do céu.”

Érico Veríssimo,

Olhai os Lírios do Campo,

1938.

eio que, na Suíça, mais da me-tade da população já não usa papel moeda. Uma tendência

mundial, dizem os analistas. Em um futuro próximo, ao que parece, o di-nheiro – esse papel pintado que en-louquece o mundo – será só virtual.

A notícia me fez pensar. Vive-mos, todos, correndo atrás de di-nheiro. Mesmo que neguemos sua importância. O dinheiro, por vezes, parece nos possuir. Não por acaso o denominam de “vil metal”. Mas, até onde mesmo vai o poder do dinhei-ro?

Em uma sociedade em que tudo está à venda, não ter dinheiro é de fato um grande problema. Quem tem poucos recursos ou nenhum terá, é fato, o que chamaríamos de uma vida bem difícil. A afluência de dinheiro – ou a sua falta – torna-se, assim, uma questão crucial da so-ciedade moderna. Se o dinheiro é o equivalente universal de troca (para usar a expressão de Marx), não o ter trará enormes dificuldades.

No entanto, há o “outro lado da moeda”. Se, como se diz, da mor-te nada escapará, tampouco e es-pecialmente a riqueza, por que o dinheiro seduz tanto? Por que este esforço insano em acumular? Uma resposta possível: dinheiro traz po-der. O poder de usufruir, de possuir. O dinheiro, bem equivalente de to-dos os outros bens, concede a pos-sibilidade ilimitada de obter bens no futuro. E sendo os bens futuros dis-poníveis ilimitados e sempre cres-centes, não é de se admirar que o fascínio pelo poder do dinheiro só

faça aumentar. Ensina, desde os pri-mórdios, a ciência econômica, que nossas necessidades são – e serão – sempre ilimitadas. Como não de-sejar aquele que nos leva a saciá--las?

Toda essa questão me traz à me-mória o livro “Os sete pecados capi-tais”, do escritor espanhol Fernando Savater. Nele, o autor constrói um di-álogo imaginário entre satanás e um escritor. O diabo, ali, tenta conven-cer seu interlocutor das vantagens em acumular. Trata-se de um ensaio sobre a avareza, para Savater, o ato de se dar ao dinheiro mais importân-cia do que ele realmente tem. Ato equivocado de transformar um meio em um fim.

O dinheiro, ao final, só vale jus-tamente pelas trocas que proporcio-na. No fundo, é papel pintado sobre o qual se acordou – socialmente – um valor. Um papel com um número impresso que pode ser trocado por qualquer coisa. Um “vale genérico” compatível com todas as trocas, se quisermos assim entender. A idola-tria ao dinheiro emerge quando esse acordo social é esquecido, e o di-nheiro é alçado à condição de sumo sacerdote do sentido e da felicidade. O dinheiro, então, de abstração vir-tual, converte-se no objetivo máximo da vida, e tudo passa a ser acumu-lar. De valor imaginário e arbitrário, o dinheiro passa a ter valor real. Um valor que fascina e, dependendo de nossa relação com ele, nos entorpe-ce e ludibria. Nos engana.

O dinheiro é, ao fim e ao cabo, um truque.

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Mosaico | Jornal Integração da Serra | Dezembro 2019 | 3

Só precisamos irPor Carina Furlanetto

Fique Informado!Entretenimento, promoções,

músicas e muita notícia.

Os jornalistas Carina Furlanetto e João Paulo Mileski estão rodando a América do Sul de carro com o projeto “Crônicas na Bagagem”, em uma expedição que deve durar até dois anos. Eles já passaram pelo Uruguai, Argentina, Chile, Bolívia, Peru e agora estão no Equador, escrevendo sobre suas experiências nas redes sociais: instagram: @cronicasnabagagem,facebook.com/cronicasnabagagem, site www.cronicasnabagagem.com e nas páginas do Integração da Serra.

empre que lia sobre casais que se programaram para dar uma volta ao mundo de carro pensava que isso não era para

mim. Eles tinham uma estimativa de quanto gostariam com cada item da planilha (documentação, combus-tível, hospedagem, alimentação) e até em que época passariam por cada lugar. Depois, vinha a parte de adaptar o veículo para transformá-lo em casa. Alguns entravam com as

próprias habilidades e outros con-tratavam alguém para fazer um bom projeto. Nós, que mal sabemos mar-telar um prego, teríamos que nos contentar com os gastos da segun-da opção, o que minguaria o orça-mento para a aventura. Resumindo, parecia não ser para nós.

Quando decidimos encarar essa viagem, nosso único planejamento foi jogar números para o alto e con-tar com a sorte. Chutamos um valor que poderíamos gastar por dia con-

forme o que tínhamos e torcemos para que conseguisse abarcar tudo, mas com zero convicção. O roteiro que deixamos para ser elaborado de última hora nunca foi concluído e a única parte que traçamos da rota deixou de ser consultada ainda no primeiro mês na estrada. Sobre o carro, nos preocupamos apenas em ter uma fonte de energia para carre-gar eletrônicos e cozinhar com uma panela elétrica instalando uma bate-ria extra. De resto, apenas fomos.

No começo eu sentia um indi-gesto gosto de deslocamento. De-víamos estar fazendo algo errado,

pensava. Estaríamos sendo muito ingênuos em acreditar que para re-alizar um sonho bastava dar o pri-meiro passo e deixar que o destino decidisse os próximos?

Somente ao cruzar com outros malucos que também seguiam so-mente a sua intuição é que as in-quietações foram sepultadas. Eu não sei aonde passarei o próximo final de semana e hoje estou bem tranquila com isso. Como canta En-genheiros do Hawaii, “nós não pre-cisamos saber pra onde vamos, nós só precisamos ir”.

Fotos: Arquivo Pessoal

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4 | Mosaico | Jornal Integração da Serra | Dezembro 2019

CésarAnderle

Diretor da Anderle Transportes

Existe Milagre

uando percebemos é noite, quando percebe-mos é sexta-feira, quando percebemos esta-

mos mais experientes depois de mais um aniver-sário. A Vida não nos espera, ela passa, e cabe a cada um encaixar os seus afazeres com a melhor maneira de aproveitar os bons momentos do dia de hoje.

Ao chegar mais um fim de ano, percebemos que 2019 não foi um ano diferente dos outros. A impressão, num primeiro momento, é que a cada ano o tempo passa mais rápido. Na verdade, através de nossos compromissos, nos ocupamos mais, nos comprometemos mais, nos preocupa-mos mais.

De nada adianta nos queixarmos (próprio do ser humano), pois quem procura o excesso de compromissos somos nós mesmos. Somos seres em expansão, queremos crescer e estamos sem-pre abertos para novas ideias. E isso nos faz bem, pois só assim é que evoluímos. O maior problema disso é, justamente, nos queixarmos das tarefas do dia a dia.

Cabe sempre uma reflexão sobre como an-dam nossos afazeres e como estamos tratando a

cada um deles. Sempre iremos esbarrar nas pes-soas e esse é o diferencial de cada ser humano. A pessoa que sabe lidar com esta situação se dará melhor e será bem vista, pois ali existe alguém que se importa com o outro, nada é por acaso. Quan-do olhamos nos olhos de alguém e transmitimos alguma mensagem, é nesta hora que se percebe a presença de Deus nas ações.

Por isso vai o convite a cada um de vocês, esta inflexão em nosso ser. Eu sei que, muitas ve-zes, nos machuca revisar e reconhecer pequenos ou talvez grandes erros, mas a simples atitude de querer rever certas ações, já nos abastece de hu-mildade e nos faz crescer como ser humano.

Faça hoje o futuro que você quer ter amanhã. Reveja seus conceitos, pense no sofrimento dos outros e busque sempre a Paz de espírito, pois só assim seremos realmente considerados huma-nos.

Muitos buscam e pedem milagres, mas Deus deu a sabedoria para Você ser o milagre. Faça o bem, melhore o seu humor, tenha atitude positiva, faça melhor... Desejas o milagre? Seja o milagre!

Shalom!

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Mosaico | Jornal Integração da Serra | Dezembro 2019 | 5

Natal 2019Foto: Franciele Gonçalves / Prefeitura Municipal

Ações públicas, de entidades e da população ressaltam o espírito voluntário da comunidade de Bento Gonçalves

“Em Bento Gonçalves, inúmeras ações beneficentes e recreativas vol-tadas ao Natal, promovidas por en-tidades assistenciais, poder público municipal, empresas e moradores têm envolvido a população numa aliança pelo bem”. A avaliação é do secretário municipal de Turismo, Ro-drigo Parisotto.

Na coordenação do Natal Bento, o Secretário obteve o apoio de em-presas do município para ampliar a decoração pública, a programação cultural e instalar um Carrossel na

Confira os horários de acesso ao Carrossel de Natal

De segunda a quinta-feira, das 14h às 20h

De sexta-feira a domingo, das 14h às 22h

Via del Vino, para ser utilizado pelas crianças em troca da doação de ali-mentos não perecíveis, para poste-rior repasse a Ação Social São Ro-que, ao Lar do Ancião e a Abraçaí. Crianças em situação de vulnerabi-lidade social estão tendo acesso ao brinquedo sem a obrigatoriedade da doação, por meio de ingresso entre-

gue na prefeitura. Parisotto ressalta que a arrecadação dos donativos com o brinquedo já superou as ex-pectativas. “O Natal desperta o sen-timento de fraternidade. Alguns tem uma vida muito boa, com trabalho, saúde e conquistas, mas tem ou-tros que não tem nem o que comer”, avalia.

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6 | Mosaico | Jornal Integração da Serra | Dezembro 2019

Alegria eCaridade

Fotos: Divulgação

Uma mulher de fibra e vitalidade carrega consigo uma grande res-ponsabilidade. Em Bento Gonçal-ves, a empresária Erci Grapiglia faz jus a esse pensamento. Erci divide o tempo entre as atividades da empre-sa e a coordenação do Centro Espíri-ta Lar da Caridade, que mantém um imóvel no bairro São Francisco, para ajudar pessoas em vulnerabilidade social. No local, elas encontram ali-mentação, vestuário, calçados e têm acesso a banho para higiene pesso-al. Erci ressalta que os gastos são cobertos com recursos de voluntá-rios vinculados ao Lar da Caridade. Segundo ela, ao longo desse ano foram atendidas mais 300 famílias.

O mês de dezembro é ainda mais especial para o grupo de vo-luntários do Lar da Caridade em função da promoção de ações de Natal. Uma delas ocorre no sába-do (14), das 14 às 16h, na praça Vicco Barbieri, com distribuição de brinquedos, pipoca, picolé, cachor-ro quente e suco e com a presença do Papai Noel, que chegará no local em um caminhão do Corpo de Bom-beiros de Bento Gonçalves, que há anos colabora dessa maneira com a

iniciativa. O espaço será decorado com motivos natalinos, feitos pelo grupo de voluntários adolescentes.

A ação do Lar da Caridade nes-ta época de Natal não se restringe à Bento Gonçalves. Há vários anos se estande a Tramandaí, com doações de alimentos e roupas para crianças carentes de bairros periféricos fei-tas por Erci e outros voluntários da entidade. Neste ano, a ação em Tra-mandaí ocorre nos dias 21 e 22 de dezembro.

“Em Tramandaí não temos os mesmos recursos daqui, por ser uma cidade de veraneio. Levamos roupas, calçados e material esco-

lar, com o auxílio da Brigada Militar. Quando chegamos, ao invés de brinquedos, as crianças perguntam por alimentos, vestuário e calçados. Aqui temos bairros periféricos com famílias carentes, mas sem compa-

ração a Tramandaí. Lá, se tu chegas com um pacote de arroz, vira uma festa. Enquanto Deus me der vida e saúde pretendo seguir com esse trabalho voluntário, com carinho, piedade e prazer”, finaliza.

No evento de Natal da Praça Vicco as crianças serão presenteadas com brinquedos

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Mosaico | Jornal Integração da Serra | Dezembro 2019 | 7

A luta diária deBruno Basso

termo de empréstimo onde ficam dados pessoais e esclarecimento para a pessoa que doou, sobre quando foi emprestado e para quem foi”, afirma.

De acordo com Basso, diversas cida-des da Serra Gaúcha já foram beneficia-das com o trabalho do grupo. “Garibaldi, Carlos Barbosa, Bento, Farroupilha, Ca-xias do Sul, e teve um caso único para a cidade de Pinheiro Machado. Eu mante-nho o processo de higienização dos pro-dutos e empresto por tempo indetermina-do, mas a pessoa fica ciente que após o uso elas têm que devolver o produto. Vai dá índole da pessoa fazer o que ela quer”, conta.

Segundo Basso, o grupo está aber-to para receber doações para o Natal. “Estamos arrecadando balas, pirulitos, brinquedos para serem doados para a entidade Anjos Unidos. A ação maior do grupo nesse ano de 2019 foi a entrega de 9760 fraldas infantis para o Hospital Ge-ral de Caxias do Sul. A coordenadora do bairro Vila Nova 1 2 3 do Eucalipto rece-beu perto de mil fraldas, a creche Criança Feliz recebeu também mil fraldas e cerca de 20 famílias também foram beneficia-das com fraldas. Esse controle das doa-ções é feito tudo por meio de cadastro”, explica.

O jovem que diz ainda lutar contar a doença há pelo menos 12 anos se vê for-te para novos desafios. Mesmo não pas-sando por um momento tão feliz, como ele mesmo diz, a luta diária e a doação ao próximo o estimulam para seguir forte na busca por objetivos na vida.

“Eu sempre levei comigo a seguinte frase: 100% de esperança onde houver 1% de chance. Quando eu fui diagnosti-cado com a doença as chances de vida eram poucas, pelo menos era o que os médicos falaram para meus pais. Hoje eu estou aqui vivo e fazendo esse trabalho voluntário. A mensagem que eu passo fi-nal é não deixar para amanhã o que pode fazer hoje. Tente ser solidário hoje com a pessoa”, se emociona.

Um dos maiores símbolos de luta pela vida em Bento Gonçalves tem hoje 27 anos. Bruno Basso, que na adoles-cência foi diagnosticado com Leucemia e que, segundo os médicos na época, tinha poucas chances de cura, lidera hoje um grupo voluntário com o intuito de re-alizar doações de materiais ortopédicos para vítimas de acidentes ou quem sim-plesmente passar por um tratamento mé-dico e não tem condições de alugar ou comprar os materiais necessários para o tratamento médico. O Grupo Solidarie-dade Serra Gaúcha tem atualmente mais de 7.300 membros e é mantido de forma totalmente voluntária por Basso, que de-dica o tempo se doando ao próximo e como ele mesmo diz, retribuindo o que a população de Bento Gonçalves fez por ele quando mais precisou.

“A ideia da criação do grupo Solida-riedade Serra Gaúcha se deu início com toda repercussão que a minha história teve aqui em Bento. Todo o trabalho soli-dário que o pessoal da cidade teve comi-go nesta questão de campanha de medu-la óssea, de fazer a primeira prótese em 2013. Com esse grupo comecei a pensar em fazer alguma coisa que eu pudesse retribuir ao povo o que eles fizeram por mim. Começamos com móveis e eletro-doméstico, mas há pelo menos três anos me foquei nos empréstimos de produtos ortopédicos, o que tomou uma proporção maior. Hoje são 213 produtos disponíveis de todos os tipos. Nesses três anos fo-ram 3247 empréstimos realizados. É importante salientar que é assinado um

Bruno Basso faz doação de fraldas para o Lar do Ancião O grupo tem mais de 200 itens para empréstimo

Foto: Rodrigo De Marco

Fotos: Divulgação

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Programação

Natal Borbulhante

11 de Dezembro - Quarta19 horas - Misael Dutra20 horas - Espetáculo Natal em Coro - Grupo Imagina Coro de Marcorama, Coros das Escolas Dante Grossi e Santa Mônica, Grupo de canto e Coro Cultural SEJA do Centro Social São José21h30min - Banda Clave Acústica

12 de Dezembro - QuintaVI Noite Branca20 horas - Quarteto de Jazz da Orquestra Municipal de Garibaldi, pelas ruas da cidade20 horas - Recital Musical Center21h30min - Banda Fora de Ordem

13 de Dezembro - Sexta19h15min - Banda Maria do Joá20h30min - Coral Show Canarinhos e Banda - Espetáculo O Brasil de todos os Tons, com participação especial de Teixerinha Filho e Teixerinha Neto22 horas - Vocal Allegro

14 de Dezembro - Sábado18h - Grupo de Danças Stella D’Italia19h15min - Banda Relativos20h30min - Destilaria Corleone21h45min - Lela Rosanelli & MSV

15 de Dezembro - Domingo17h30min - Apresentação Música e Diversidade da Escola São Marcos de Marcorama18h30min - Banda Contra Golpe19h45min - DZ9 Rock Band21h15min - Os Fora da Lei

16 de Dezembro - Segunda19 horas - Daniel Lima e Diego Dudu Furlaneto20h15min - Banda Eletrick Jack21h30min - Clássicos Acústicos

17 de Dezembro - Terça18h30min - Orquestra Jovem de Garibaldi19h30min - Banda Chá das Cinco20h45min - Banda Disco Groove22 horas - Pagode Samba Trio

18 de Dezembro - Quarta19h15min - Joce Sampaio20h30min - Banda Bamboleo21h45min - Pagode Ká Pra Nós

19 de Dezembro - Quinta20 horas - Acústico Três Quartos21h30min - Tributo a Tim Maia

21 de Dezembro - Sábado10 horas - Escola de Música da Orquestra Municipal de Garibaldi, pelas ruas da cidade

23 de Dezembro - Segunda10h30min - Quarteto New Orleans, pelas ruas da cidade

30 de Dezembro - Segunda10h30min - Quarteto New Orleans, pelas ruas da cidade

15 de dezembroPraça Padre José Ferlin18h - Apresentação do Projeto Monte Belo: Música, Canto e Dança com os Corais Musicando Melodias e Alegria de Cantar e Grupo de Acordes19h15 - Tenor Giovanni Marquezeli20h - Ilusionista Issao Imamura

Monte Belo do Sul

22 de dezembroPraça Padre José Ferlin18h30 - Apresentação Grupo Vicen-tino19h - Festival Infantil de Natal (Com personagens da TV)20h30 - Chegada do Papai Noel21h - Banda Infantojuvenil de Monte Belo do Sul

Garibaldi

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BentoGonçalves

Mosaico | Jornal Integração da Serra | Dezembro 2019 | 9

Via del Vino 3452.4163 | Shopping Bento 3055.2218 | L´América Shopping 3451.7696

Seja um

Ligue

Natal Bento

11 de dezembro - Quarta20h - Auto de NatalLocal: Igreja Cristo Rei

12 de dezembro - Quinta20h - Natività - Desfile de Bandas MarciaisLocal: Av. Planalto

13 de dezembro - Sexta14h30 - Música na Praça20h - Abraçaí21h - Trebbiano Especial de NatalLocal: Via Del Vino

14 de dezembro - Sábado14h30 - Música na Praça20h - Desfile Alegórico Buon NataleLocal: Via Del Vino

15 de dezembro - Domingo15h - Festival Via Del Vino - Histórias de NatalLocal: Via Del Vino

18 de dezembro - Quarta20h - Auto de NatalLocal: Igreja Cristo Rei

19 de dezembro - Quinta20h - Festival EncantosLocal: Praça São Bento

20 de dezembro - Sexta14h30 - Música na Praça20h - Bento In ConcertLocal: Via Del Vino

21 de dezembro - Sábado14h30 - Música na Praça20h - Desfile Alegórico Buon NataleLocal: Via Del Vino

22 de dezembro - Domingo20h - Canarinhos nas Janelas da PrefeituraLocal: Via Del Vino

23 de dezembro - Segunda20h: Guri de UruguaianaLocal: Via Del Vino

Natal sobre TrilhosPasseios Especiais na Maria Fumaça7, 14 e 21 de dezembro

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10 | Mosaico | Jornal Integração da Serra | Dezembro 2019

INTegração: Segundo a Câmara Brasileira do Livro (CBL) as vendas de livros no Brasil caíram 18% em volume e 19% (valor) na compa-ração entre o primeiro bimestre de 2018 e de 2019. De que maneira a Dom Quixote está lidando com esse cenário?

DoM QuIxoTe: A Dom Quixo-te está a pouco tempo no mercado (menos de 3 anos) mas já percebeu que o mercado encolheu de 2018 para 2019, decorrência de vários fa-tores políticos e econômicos. Para tentar fazer frente a este cenário, criamos um novo serviço, um sebo, comercializando livros usados com valores mais acessíveis e procuran-do contribuir para a sustentabilidade do ambiente.

INTegração: Que ações a livraria têm feito para atrair novos lei-tores da região da Serra?

DoM QuIxoTe: Desde o início de seu funcionamento, a Dom Quixo-te desenvolve ações de aproximação com o público, como a realização de pequenos eventos literários, estimu-lando as pessoas a visitarem a livra-ria e ampliarem o seu conhecimento. Lançamentos de livros de autores lo-cais, regionais e de âmbito estadual, oficinas criativas, palestras e conta-ções de histórias.

INTegração: A Dom Quixote conta com acervo de quantos livros?

DoM QuIxoTe: Nosso acer-

Por rodrigo De [email protected]

Foto: Rodrigo De Marco

Livrarias resistem

Apostando na inovação, livrarias de Bento utilizam da criatividade para conquistar público

à crise editorial

mercado editorial e livreiro do Brasil vive um dos piores momentos da história. Os anos de 2018 e 2019 estão sendo marcados pelo en-cerramento das atividades de grandes redes de livrarias, que até en-

tão, eram responsáveis pela venda no varejo de 40% dos livros no país. Mas, numa outra direção as chamadas pequenas livrarias tem resistido ao impacto da crise editorial, e com criatividade e inovação, começaram a conquistar um público diferenciado. O cenário literário de Bento Gonçalves não difere do res-tante do país, e três livrarias locais resistem a estagnação do setor. Uma delas é Dom Quixote Livraria e Cafeteria, administrada por Eunice Pigozzo e Beto Vargas. Inaugurada em dezembro de 2016, movimenta o cenário cultural da cidade. Com uma proposta de fomentar um espaço multicultural, atrai artistas

vo aproximado é de cerca de 4.000 livros, em diferentes áreas, como li-teratura para a infância, para adoles-centes e adultos, desenvolvimento pessoal, filosofia, psicologia, gestão, entre outras.

INTegração: Quais são os títulos mais vendidos na livraria e quais as expectativas de venda para os últimos quatro meses de 2019?

DoM QuIxoTe: Entre os mais vendidos podemos citar os vários tí-tulos da Monja Coen, A arte de ser feliz, de Juremir Machado da Silva, O Milagre da manhã, de Hal Elrod, A sutil arte de ligar o f*da-se, de Mark Manson e Minha história, de Michelle Obama.

INTegração: Quais as proje-ções para 2020?

DoM QuIxoTe: Nossas proje-ções para o próximo ano é de manu-tenção de nosso espaço e serviços, ampliando nosso público, desenvol-vendo projetos que aproximem cada vez mais as pessoas do município e da região da Dom Quixote. Pretende-mos estreitar cada vez mais nossas parcerias com escolas e empresas, ampliando os convênios existentes para favorecer os integrantes destes empresas e entidades. Projetamos, também, passar a vender os livros usados de forma virtual, dando mais acesso aos interessados.

INTegração: É possível de-

finir qual é a faixa etária do público que frequenta a livraria?

DoM QuIxoTe: Podemos dizer que nosso público é bastante jovem, essencialmente de 14 a 24 anos. Mas temos também um públi-co fiel entre os pais de crianças pe-quenas, que procuram livros para a infância.

INTegração: Na opinião de vocês, quais os principais fatores que têm freado a venda de livros no Brasil?

DoM QuIxoTe: Podemos ci-tar vários. Entre eles, a instabilidade política e econômica, que deixa a todos inseguros sobre os aconteci-mentos próximos. Mais um fator que desestabiliza a venda física, é a ven-da eletrônica de livros, tanto físicos como virtuais, pois a compra está a um click do usuário. E, por fim, o uso contínuo e desenfreado das telas (celular, note, tv) por parte de leitores e não-leitores que absorve bastante o tempo das pessoas em detrimen-to de outras atividades, entre elas, a leitura. Ouvimos muitos depoimen-tos de pessoas, de todas as idades, afirmando que estão lendo menos do que liam, por conta de outras tec-nologias.

INTegração: Para vocês, o bento-gonçalvense é exemplo de um povo leitor?

DoM QuIxoTe: Sobre Bento ser um exemplo de público-leitor:

não temos essa percepção. Exis-tem muitos leitores mas em relação ao tamanho da cidade ainda é um percentual pequeno. Porém, perce-bemos vários movimentos de incen-tivo à leitura na cidade e na região, como o crescimento do número de Clubes de leitura (O Clube de Leitura BG se reúne mensalmente na DQ), o Projeto Contantes, que prevê o apri-moramento de escritores , que conta com a parceria da DQ, a realização de Projetos Literários nas escolas, e por fim a realização de duas feiras do livro em Bento Gonçalves : em maio, a Feira do Livro Infantil do SESC e em outubro a Feira do Livro de Bento Gonçalves. Estes projetos colocam os livros e a leitura no centro do ce-nário cultural de Bento Gonçalves e são inspiradores para novos leitores.

INTegração: Qual a mensa-gem que deixam para quem ainda não conhece a livraria Dom Quixote?

DoM QuIxoTe: A Dom Quixo-te se propõe a ser uma experiência cultural e literária, envolvendo livros, cafés e a circulação de ideias num ambiente especialmente preparado para que as pessoas se sintam ins-piradas a ler em diversas linguagens e formatos e desenvolver novos co-nhecimentos. Por isso, convidamos os moradores e visitantes de Bento Gonçalves para que conheçam a Dom Quixote Livraria e Cafeteria que serão sempre acolhidos e bem rece-bidos.

locais de diversos estilos, sendo considerada um dos principais recintos cul-turais de Bento Gonçalves. Por outro lado, duas das mais clássicas e consoli-dadas livrarias do município continuam atraindo novos clientes, e mesmo com o impacto na diminuição das vendas, o espaço segue sendo ponto de parada obrigatória para leitores de diversas idades. Inaugurada há quase 20 anos, a Paparazzi Livraria, administrada por Sandra Maria Faggion possui uma gama de clientes fiéis. A Aquarela Livraria e Papelaria também segue no mesmo ritmo. Com amplo espaço interno, a livraria começou também a realizar lan-çamentos de livros. Confira esse material especial e exclusivo preparado pelo Integração da Serra e conheça um pouco mais sobre esses dois espaços de arte, cultura e resistência.

Dom Quixote: resistir com criatividade e inovação

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Mosaico | Jornal Integração da Serra | Dezembro 2019 | 11

INTegração: Segundo a Câmara Brasileira do Livro (CBL) as vendas de livros no Brasil caíram 18% em volume e 19% (valor) na comparação entre o primeiro bimestre de 2018 e de 2019. De que maneira a Aquarela está lidando com esse cenário?

aQuarela: Um empreendedor sempre deve es-tar atento às mudanças do cenário econômico. As va-riações de consumo estão presentes no planejamento anual de qualquer negócio e é desta forma que a Aqua-rela lida com as incertezas do mercado.

INTegração: Que ações a livraria têm feito para atrair novos leitores da região da Serra?

aQuarela: Estamos de portas abertas para to-dos talentos da região promovendo lançamento de no-vas obras, prestigiando e incentivando a leitura desde a infância, através de oficinas que promovam o gosto pela leitura, pelas artes e desenvolvimento da criatividade.

INTegração: Quais são os títulos mais vendidos na livraria e quais as expectativas de venda para os últi-mos quatro meses de 2019?

aQuarela: As literaturas de maior procura são literatura infantil e infanto-juvenil, que estimulam a criati-vidade e as descobertas. Romances e empreendedoris-mo também são best sellers na Aquarela.

INTegração: Quais as projeções para 2020?aQuarela: Seguir com nosso trabalho aprovei-

tando as datas de aquecimento de vendas como Natal, volta às aulas, dia das crianças e etc.

INTegração: É possível definir qual é a faixa etá-ria do público que frequenta a livraria?

aQuarela: Nosso público é super variado: crian-ças, adolescentes e adultos apaixonados pela literatura e artes.

INTegração: Na opinião de vocês, quais os fa-tores que têm freado a venda de livros no Brasil?

aQuarela: O poder de compra do consumidor que caiu muito afeta diretamente nas vendas de qual-quer produto. A venda de livros pela internet e até mes-mo o download dos ebooks afetou a compra de livros.

INTegração: Para vocês, o bento-gonçalvense é exemplo de um povo leitor?

aQuarela: Sim acreditamos que o povo de Ben-to tem o hábito da leitura cultivado e principalmente re-forçado nas Escolas.

INTegração: Qual a mensagem que deixam para quem ainda não conhece a livraria Aquarela?

aQuarela: Estamos sempre de portas abertas para os que buscam novidades em literatura, artesana-to, scrapbook e para os que primam por um atendimen-to personalizado e realmente diferenciado.

INTegração: Segundo a Câma-ra Brasileira do Livro (CBL) as vendas de livros no Brasil caíram 18% em volume e 19% (valor) na comparação entre o pri-meiro bimestre de 2018 e de 2019. De que maneira a livraria Paparazzi está li-dando com esse cenário?

PaParazzI: Estamos mantendo nosso acervo atrativo, trazendo as no-vidades e apostando sempre nos clás-sicos da literatura. Renovamos os livros e selecionamos cuidadosamente títulos e autores que são do gosto de nossos clientes.

INTegração: Que ações a livra-ria têm feito para atrair novos leitores da região da Serra?

PaParazzI: Os livros expostos costumam atrair leitores. Dentro do pos-sível, procuramos também oferecer op-ções de preços. Por exemplo, concede-mos desconto nas compras efetuadas com dinheiro. Não é pouco, consideran-do a exígua margem de lucro que as Edi-toras nos dão.

INTegração: A Paparazzi conta com um acervo de quantos livros?

PaParazzI: Milhares.

INTegração: Quais são os títu-los mais vendidos na livraria e quais as expectativas de venda para os últimos quatro meses de 2019?

PaParazzI: Livros de liderança e motivação empresarial, livros sobre a história do século XX, romances, livros policiais e de mistério e histórias infantis são os mais vendidos. Para os próximos meses, a expectativa é aumentar a ven-da dos livros de leitura mais densa – fi-losofia, psicologia, reflexão de um modo geral, além de romances, pois esses são os livros que as pessoas lerão nas férias.

Paparazzi:A aposta no tradicional

Foto: Divulgação

INTegração: Quais as proje-ções para 2020?

PaParazzI: Aumentar o acervo dirigido ao setor empresarial e os livros sobre esportes. Além, é claro, de renovar os títulos dos setores mais atraentes ao nosso público - História , liderança, lite-ratura em geral.

INTegração: É possível definir qual é a faixa etária do público que fre-quenta a livraria?

PaParazzI: Não, atendemos a todas as faixas etárias, cada qual com suas preferências.

INTegração: Na opinião de vo-cês, quais os principais fatores que têm freado a venda de livros no Brasil?

PaParazzI: A falta de tempo para a leitura. As pessoas têm muito mais trabalho, muito mais atividades em seu cotidiano.

INTegração: Para vocês, o ben-to-gonçalvense é exemplo de um povo leitor?

PaParazzI: Sim, nossos clientes são leitores dedicados. É de enaltecer o público jovem, que não deixa de ler mesmo em tempos de jogos eletrônicos e telefone celular.

INTegração: Qual a mensagem que deixam para quem ainda não co-nhece a livraria Paparazzi?

PaParazzI: Venham conhecer a Livraria Paparazzi. Além de termos sempre as novidades editoriais, mante-mos um acervo escolhido com carinho, pensando em conquistar cada vez mais leitores. Queremos que mais pessoas descubram o universo que a leitura traz, a riqueza do conhecimento, a alegria da descoberta e o valor da reflexão.

Aquarelade opções

Foto: Divulgação

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12 | Mosaico | Jornal Integração da Serra | Dezembro 2019

A Casa Zandoná, de Bento Gon-çalves, um símbolo de resistência do comércio a moda antiga, está encerrando as atividades após 70 anos de atendimento ao público. O armazém, situado no bairro São Francisco, fecha as portas no próxi-mo dia 31 de dezembro. Aberto no ano de 1948, pouco depois do fim da Segunda Guerra Mundial, o es-paço conquistou gerações e está entre os comércios mais antigos da cidade. Atualmente, o atendimento é prestado pelos irmãos Zeferino Ma-ria Zandoná, 85 anos, Célio Antônio Zandoná, 65 anos e Irma Zandoná Ferrari, 83 anos. Com o fechamento iminente do espaço, Zeferino, que começou a trabalhar no armazém em 1949, quando tinha 14 anos, es-banja um largo sorriso de gratidão e se diz feliz pelas décadas dedicadas ao comércio.

“No meu primeiro dia no arma-zém meu tio disse que eu deveria le-var o trabalho a sério e nunca roubar nenhuma agulha de ninguém. Até hoje lembro desses conselhos”, res-salta Zeferino. Ele analisa que a traje-tória da Casa Zandoná foi marcada porpassagens boas e também por fases ruins. “Nos governos Sarnei e Collor a maioria dos armazéns da cidade quebraram, foi difícil naquela época. Nós conseguimos sobreviver, mas muitos perderam seus negó-cios”. Ele salienta que no decorrer desses nãos só fez amigos. “Não tenho nenhum inimigo, esse é o prin-cipal legado”, diz.

Casa Zandoná

Fotos: Rodrigo De Marco

Após 70 anos, armazém à moda antiga encerra as atividades no final deste mês

vai fechar

Zeferino Maria Zandoná e Célio Antônio Zandoná: gratidão pelas décadas dedicadas ao comércio de Bento Gonçalves

Aos 85 anos, pode-se dizer que Zeferino tem uma excelente memória afetiva. Ele não esconde a emoção ao recordar dos tempos de garoto, em que era possível até mesmo jo-gar futebol na rua em frente ao arma-zém.

“Aqui não tinha calçamento, nem asfalto, era estrada de chão mesmo. Aqui na frente nós jogávamos bola porque o armazém não fechava ao meio dia. Enquanto um ia almoçar, o outro ficava aqui trabalhando e nes-se momento vinha os amigos jogar bola aqui na frente. Isso foi nos anos 1950. Todas as casas ao redor eram de madeira e tinha muito mato”, re-

corda Zeferino.Ainda segundo o comerciante,

os 70 anos de trabalho junto à co-munidade lhe ensinaram ainda mais sobre amizade e companheirismo.

“Eu queria agradecer todos os meus clientes, que foram sempre muito legais conosco. Quero dizer as lideranças políticas e empresa-rias que continuem batalhando pela cidade e pelo comércio, e que não se preocupem só com o lado finan-ceiro, mas em termos humanitários também. O segredo do sucesso é amizade e trabalhar honestamente”, salienta.

A variedade de produtos na

Casa Zandoná ainda é comentada entre muitos moradores da região. Até hoje o local é lembrado por dis-por produtos e utensílios de marcas antigas, de boa qualidade. O arma-zém comercializa panelas de ferro, de alumínio econômica, lampiões e urinol de esmalte que, segundo Zefe-rino, tem boa saída. Na infraestrutura do estabelecimento se destaca um grande baleiro, o mesmo da época da abertura do armazém. Para fazer os cálculos do estabelecimento, os irmãos Zandoná usam uma somado-ra datada de 1950.

a históriaA história do armazém iniciou

em 1948, quando o carreteiro Ange-lo Zandoná, de 27 anos, deixou de fazer frete com carroça na região de Bento Gonçalves, para abrir um bar na localidade chamada de “loti” (lo-tes) pelos moradores do município. O bar, que inicialmente vendia bebi-das como vinho, cerveja, graspa e suco de uva logo transformou-se em um armazém com oferta de diversos produtos alimentícios e de limpeza, entre outras utilidades domésticas.

Em meados de 1949, Zeferino, sobrinho de Angelo, de 14 anos, passou a ajudar seu tio nos negó-cios do armazém. No mesmo ano, a Casa Zandoná amplia sua oferta de produtos, entrando no ramo de armarinhos, ferramentas agrícolas e ferragens. O irmão do Zerefino, Célio Antônio, entra no negócio familiar em 1973, aos 19 anos.Zeferino Zandoná com sua somadora, datada de 1950

Por rodrigo De [email protected]