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Tecnologia: Os aplicativos que salvam vidas. (Página 6) COMO CAMINHAR PARA CIDADES SUSTENTÁVEIS Leia também! Biologia em Foco | 2°SEMESTRE 2017 | | VOLUME #7 | Master Pet: Aprenda fazer um deli- cioso pão de alho. (Página 13) Mito ou verdade?: Só usamos 10% do nosso cérebro? (Página 8) Nesta Edição: Uma das discussões do séc. XXI se diz respeito às possíveis tensões envolvendo o meio am- biente e a sociedade humana, as quais estão inteiramente relaciona- das ao gerenciamento do nosso crescimento social e econômico. A Royal Society de Lon- dres, que é um órgão de promoção da ciência, elaborou um documento sobre as possíveis con- sequências do ritmo da humanidade como um todo e um trecho deste relata o seguinte: “[..] é possível que a ciência e a tecnologia não sejam capazes de evitar a de- gradação do meio ambi- ente e a pobreza.’’. Evi- denciando-se, assim, a preocupação de diver- sos cientistas, talvez a fé cega na tecnologia e ciência poderá levar a adversidades piores. Leia na página 2 ARTIGOS NA COLA DO PROFESSOR PETIANO EGRESSO QUEM É O CI- ENTISTA FAÇA VOCÊ MESMO NOVIDADE NA CIÊNCIA EVENTOS CULTURAL MASTER PET

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Tecnologia: Os aplicativos que salvam vidas. (Página 6)

COMO CAMINHAR PARA CIDADES

SUSTENTÁVEIS

Leia também!

Biologia em

Foco | 2 ° S E M E S T R E 2 0 1 7 | | V O L U M E # 7 |

Master Pet: Aprenda fazer um deli-cioso pão de alho. (Página 13)

Mito ou verdade?: Só usamos 10% do nosso cérebro? (Página 8)

Nesta

Edição:

Uma das discussões do séc. XXI se diz respeito às possíveis tensões envolvendo o meio am-biente e a sociedade humana, as quais estão inteiramente relaciona-das ao gerenciamento do nosso crescimento social e econômico. A Royal Society de Lon-dres, que é um órgão de

promoção da ciência, elaborou um documento sobre as possíveis con-sequências do ritmo da humanidade como um todo e um trecho deste relata o seguinte: “[..] é possível que a ciência e a tecnologia não sejam capazes de evitar a de-gradação do meio ambi-ente e a pobreza.’’. Evi-

denciando-se, assim, a preocupação de diver-sos cientistas, talvez a fé cega na tecnologia e ciência poderá levar a adversidades piores.

Leia na página 2

ARTIGOS

NA COLA DO PROFESSOR

PETIANO EGRESSO

QUEM É O CI-ENTISTA

FAÇA VOCÊ MESMO

NOVIDADE NA CIÊNCIA

EVENTOS

CULTURAL

MASTER PET

| P á g i n a 2 |

Por: Cainã Castro

Uma das discussões do séc. XXI se diz respeito às

possíveis tensões envolvendo o meio ambiente e a sociedade humana, as quais estão inteiramente rela-cionadas ao gerenciamento do nosso crescimento social e econômico. A Royal Society de Londres, que é um órgão de promoção da ciência, elaborou um documento sobre as possíveis consequências do ritmo da humanidade como um todo e um trecho des-te relata o seguinte: “[..] é possível que a ciência e a tecnologia não sejam capazes de evitar a degrada-ção do meio ambiente e a pobreza.’’. Evidenciando-se, assim, a preocupação de diversos cientistas, tal-vez a fé cega na tecnologia e ciência poderá levar a adversidades piores.

Entretanto, podemos ser otimistas. Há muitas formas de sermos sustentáveis por meio de diversas estrutu-ras na área de construção, produtos de mercado, mudanças do nosso próprio consumo, tecnologias que possibilitem o tratamento de diversas substân-cias nocivas, e outras pequenas novidades “ecológicas”. Mas não adianta nada existir um apara-to tecnológico para isso se a nossa organização eco-nômica e social é falha. Isso se deve a forma como o capitalismo globalizado tem feito dela uma bomba relógio.

Para vermos de uma maneira mais completa, vamos

entender uma parte do desenrolar histórico contem-

porâneo. Brock Bernstein, antropólogo, fez um estu-

do muito interessante em que ele notou que culturas

isoladas resolviam seus próprios problemas com as

suas próprias particularidades. E quando essas cultu-

ras se juntaram ao processo de globalização - come-

çando nos anos 80 - elas perderam suas capacida-

des de resolver suas mazelas. Isso evidencia que a

globalização pode ser boa no ponto de ligar todas as

culturas da humanidade, mas no fundo esse novo

evento global, sendo o agente principal o capitalismo

neoliberal, com a sua padronização para desenvolvi-

mento do capital, tem feito uma uniformização de

gostos, da cultura, e espalhado problemas dos seus

grandes centros a países de fora deste polo, onde

vemos os problemas sociais e ambientais acontecen-

do.

E vemos essa influência no modo de consumo, como tudo virou indústria e um espetáculo para se vender, sendo esse ritmo de se viver em sociedade completamente danoso e consumir sem pensar nas consequências é cool. Se hou-ve uma época, de acordo com Karl Marx, que a religião foi o ópio do povo, acredito fielmente que hoje o consumo é a nova droga. E isto tem trazido muitas consequências, tanto quanto a produção de lixo, quanto o uso abusivo de re-cursos, o que têm levado a poluição de ecos-sistemas. Mas isso não é novidade para ne-nhum de nós, afinal, têm se falado isso desde nossos colegiais; entretanto, acredito que mui-tos, inclusive o autor que vos escreve, tem sido anestesiados pelas preocupações deste sécu-lo, como o trabalho, a vida social, a morte, os produtos, a graduação, e esquecemo-nos de lutar pelo que desejamos. Porque acredito que todos querem viver num mundo melhor, onde não exista desigualdade social, nem um meio ambiente destruído, para poder ser admirado numa viagem com a família no final de sema-na. Mas o que temos feito? Acredito que não preciso continuar, e você pode dar essa res-posta pra si mesmo.

Agora, qual o ponto essencial a se mudar? Primeiramente, o gerenciamento das nações é um item valioso a se começar, porque nos paí-ses periféricos a desigualdade e a forma de querer copiar o mesmo caminho de países centrais são as raízes dessa mudança. A partir do momento em que uma população é atendi-da sem uma educação emancipadora que for-me cidadãos e não operários; sem a possibili-dade de ter uma alimentação adequada; sem dar uma estrutura pública decente, a sustenta-bilidade nunca irá ser alcançada. Porque a humanidade é o motor da revolução ambiental e isso só será feito por completo se adicionar-mos todo mundo a uma globalização mais hu-mana. E além de resolverem problemas estru-turais dos Estados, devemos acreditar que o respeito às diferenças culturais de cada nação e região são essenciais, e que a uniformização é um perigo; e fazendo um paralelo à ecologia, somente a diversidade dentro de um ecossiste-ma mantêm a resistência.

“Se houve uma épo-

ca, de acordo

com Karl Marx, que a religião foi o ópio do povo, acredito fielmente

que hoje o consumo é a nova droga.”.

COMO CAMINHAR PARA CIDADES

SUSTENTÁVEIS

Evolução das tartarugas

| P á g i n a 3 |

Por: Mariana Castoldi

As tartarugas são

répteis que pertencem a ordem dos Quelônios ou Testudines. Apre-sentam placas ósseas dérmicas, que se fun-dem originando uma carapaça dorsal e um plastrão ventral rígidos, que protegem o corpo, onde as vértebras e costelas fundem-se. Os ossos da carapaça são recobertos por escudos córneos de origem epi-dérmica. Não possuem

dentes, mas apresentam lâminas córneas usa-das para arrancar pedaços de alimentos. Mas, afinal, como eles evoluíram?

Esses animais possuem uma das mais comple-xas histórias evolutivas conhecidas. As tartaru-gas mais antigas viveram há 220 milhões de anos na China durante o Triássico Superior. Eram pertencentes a espécie Odontochelys se-mitestacea, como o próprio nome já diz, havia presença de dentes. Embora não possuíssem o casco, o escudo ósseo inteiramente formado no ventre da tartaruga indica que a carapaça é for-mada a partir do desenvolvimento e alargamen-to das costelas e da coluna vertebral do réptil. Essas tartarugas possuíam um escudo parcial protegendo suas costas e um plastrão totalmen-te formado - proteção completa de sua parte inferior - assim como as tartarugas atuais. Isso sugere fortemente que Odontochelys era aquáti-co.

Antes da descoberta de Odontochelys, a tartaru-

ga mais antiga pertencia ao gênero Progano-

chelys, que foi encontrada na Eurásia e data de

210 milhões de anos atrás. Tinham a carapaça

bem desenvolvida e plastrão nas partes superior

e inferior, respectivamente. Sua cauda era longa

e possuía diversos espinhos, não conseguiam

recolher a cabeça para dentro do casco, o que

as diferenciam das atuais, contudo seu pescoço

também possuía espinhos como forma de defe-

sa. O casco tem todas as características dos cas-

cos modernos. Isso, na verdade, deixava os cien-

tistas um pouco frustrados, porque não revelava os

passos evolutivos que levaram à formação desse

tipo de estrutura nos animais. Assim, muitos pes-

quisadores tentam desvendar um dos grandes

enigmas das tartarugas: como surgiu o casco

desses animais?

Um fóssil encontrado na África do Sul apresenta um animal que deve servir como um elo para explicar isso. O ani-mal, que recebeu o nome de Eunotosaurus africanus, viveu há cer-ca de 250 milhões de anos. Ainda não tinha um casco propriamente dito, mas seu tronco tem muitas características típicas da ordem dos quelônios, a qual pertencem as tartarugas modernas, co-mo a formação das costelas, que são bem largas e não possuem músculos entre os ossos. Sua morfologia é inter-mediária entre o casco especializado encontrado nas tartarugas modernas e traços primitivos encontrados em outros vertebrados. Assim, o Eunotosaurus ajuda a ligar a lacuna entre as tartarugas e os demais répteis. Durante o período Jurássico, as tarta-rugas se diversificaram em duas su-bordens: Cryptodira (tartarugas de água doce terrestres e marinhas) e Pleurodira (cágados). O registro mais antigo de tartaruga marinha no mundo é datado de cerca de 110 milhões de anos atrás e foi encontrado no interior do Ceará, sendo nomeada a espécie de Santanachelys gaffneyi. A análise desta espécie permitiu verificar que elas não sofreram muitas modificações desde aquela época até os dias atuais. Com as diversas alterações no Plane-ta, os dinossauros, por exemplo, aca-baram por desaparecer no final do pe-ríodo Cretáceo, há cerca de 66 mi-lhões de anos, mas as tartarugas so-breviveram e diferenciaram-se em vá-rias espécies. No Cretáceo, quatro fa-mílias de tartarugas marinhas (Toxochelyidae, Protostegidae, Chelo-niidae e Dermochelyidae) foram esta-belecidas, entretanto apenas as duas últimas permaneceram até hoje. Referências: MARQUES, Juliana. Mais antiga tartaruga não tinha casco. Disponível em: <http://www.cienciahoje.org.br/noticia/v/ler/id/1101/n/mais_antiga_tartaruga_nao_tinha_casco/Post_page/8>. Acesso em: 20 jul. 2017 GHILARDI, Aline. RESOLVENDO O ENIG-

MA DAS TARTARUGAS: A EVOLUÇÃO

DA CARAPAÇA. Disponível em: <http://

scienceblogs.com.br/

colecionadores/2013/05/resolvendo-o-

enigma-das-tartarugas-a-evolucao-da-

carapaca/>. Acesso em: 20 jul. 2017

Por: Cainã Castro

Saúde feminina: Já tomou o anticoncepcional hoje?

| P á g i n a 4 |

Por: Patrícia Mattosinhos

“Mas, pílu-

las para ho-

mens, exis-

tem? Ou

apenas mu-

lheres estão

sujeitas a

essas

“bombas de

hormônios”

para evitar a

gravidez in-

desejada?”

Já tomou o anticoncepcional hoje?

Quantas vezes ouvimos essa pergunta no dia? Seja pela sua mãe, amiga(o) e principalmente pelo seu parceiro. Sentimos na obrigação de nos “proteger”, ou caso contrário, somos presentea-das pela gravidez indesejada e suas consequên-cias.

Não é de hoje que ouvimos falar nas inumeráveis vantagens das pílulas – método contraceptivo mais utilizado pelas mulheres, ape-sar das diversas outras opções existentes – mas também nas consequências trazidas por estas. Muitas delas causadas pela automedicação.

É essencial destacar suas vantagens como, regulação da menstruação, diminuição das cólicas, melhoria dos sintomas da tensão pré-menstrual (TPM) e proteção contra câncer de ovário e de endométrio. Porém, como já dito an-teriormente, há consequências pelo seu uso. Estudos indicam que o uso de anticoncepcionais com hormônios aumente em até quatro vezes o risco de a mulher sofrer trombose, infarto e aci-dente vascular cerebral (AVC) por uma pílula mal indicada. Por esse motivo, a automedicação se configura como um enorme risco para a saúde da mulher e deve ser evitada.

Quando o assunto é pílula anticoncepci-onal existem diversas dúvidas e até mesmo polê-micas pelo seu uso. Existem aqueles que dizem que há um efeito acumulativo quando se faz uso por um longo período de tempo e que pode afe-tar a fertilidade da mulher, porém isso é um mito. Mas um malefício comprovado é que a libido da mulher é afetada por alguns anticoncepcionais, podendo ser o que faz as pessoas acreditem que a fertilidade pode ser influenciada pela medica-ção.

Outra grande dúvida que gira em torno disso é se o anticoncepcional engorda ou não. Nenhum anticoncepcional engorda, o que pode

ocorrer é alguns anticoncepcionais fazem com que o corpo retenha mais líquido, e com isso ocorre um inchaço.

Mas, pílulas para homens, existem? Ou apenas mulheres estão sujeitas a essas “bombas de hormônios” para evitar a gravidez indesejada? Segundo o site da Hypeness, os anticoncepcio-nais masculinos estão em fase de testes, sendo estudados há mais de 30 anos. Não é fácil che-gar a um resultado ideal, porque a testosterona, que estaria presente nas pílulas masculinas, fica pouco tempo no sangue antes de ser metaboliza-da. Além disso, há também o risco de doenças cardiovasculares, câncer de próstata, variações de humor, infertilidade e até impotência.

No caso, dos anticoncepcionais mascu-linos, o hormônio sintético chega em pequenas doses no organismo e é absorvido aos poucos pela corrente sanguínea, enganando o cérebro, que acredita que o organismo já produziu doses suficientes do hormônio. Todo o processo acon-tece em prol de impedir a formação de esperma-tozoides, células responsáveis pela procriação.

Portanto, diante de tantos riscos à saú-de e polêmicas envolvendo as pílulas anticon-cepcionais, é imprescindível que a comunicação, a indústria farmacêutica e a medicina melhorem em diversos aspectos, como por exemplo, no momento da consulta, a ginecologista alerte suas pacientes sobre tais riscos. Não dá mais para ficar isento à situação ou ignorá-la, afinal, são vidas de mulheres jovens que estão sendo colo-cadas em risco.

NUNES, Brunella. Pílula anticoncepcional: os grandes perigos escondidos nesses peque-nos comprimidos. 2015. Disponível em: <http://www.hypeness.com.br/2015/04/pilula-anticoncepcional-os-grandes-perigos-escondidos/>. Acesso em: 14 jul. 2017. MARUL, Pamela. Afinal, o anticoncepcional faz mal? 2015. Disponível em: <http://mdemulher.abril.com.br/saude/afinal-o-anticoncepcional-faz-mal/>. Acesso em: 14 jul. 2017.

B i o l o g i a e m F o c o

| P á g i n a 5 |

Na cola do professor – Mariana Machado Neves

Por: Luíz Otávio Guimarães

Mariana

Machado Neves nasceu e foi criada em Belo Horizonte (MG), se graduou na Uni-versidade Federal de Minas Gerais no curso de Medicina

Veterinária, tornando-se mestre e doutora (em Ciência Animal) pela mesma.

“Como escolhi Medicina Veteri-nária? Isso veio comigo, sempre falei desde pequena que seria médica de bicho, nunca mudou e nunca me arrependi. ”

Graduação em Medicina Vete-rinária

Do primeiro ao quinto período foi bolsista no Museu de Ciências Morfológicas do ICB/ UFMG. Participou da construção do Museu, catalogando o acervo, ajudando na organização e na divulgação do mesmo. Desde o início esteve envolvida no estu-do da morfologia (embriologia, anatomia e histologia) para ser monitora do Museu quando hou-vesse sua inauguração. Esta aconteceu no início do seu quin-to período na faculdade. Foi monitora por um semestre e posteriormente, tornou-se aluna de Iniciação Científica (IC) na área de reprodução animal na Escola de Veterinária da UFMG, do sexto ao décimo período.

“A reprodução animal sempre foi meu foco de conhecimento, mas a morfologia nunca me abando-nou. Sempre gostei de pesqui-sa, por isso optei pela pós-graduação. ”

Carreira

Entre a formatura como médica veterinária e o início do Mestra-do, atuou como professora substituta de histologia no De-partamento de Morfologia do ICB/UFMG, se identificando muito com a atividade docente.

“Foi uma experiência ímpar! Nunca me esquecerei da minha primeira entrada na sala de au-la: dura, nervosa, com a aula decorada, na ponta da língua... Graças a Deus a gente vai me-lhorando com a prática! (Risos).”

Decidiu não fazer doutorado direto, encarando a realidade na busca por um trabalho. Assim, antes de defender o mestrado já havia conseguido emprego co-mo professora na faculdade UnilesteMG de Ipatinga - MG, dando aulas de citologia, histolo-gia e embriologia. De 2003 em diante nunca mais deixou de dar aula, nem durante o período de doutorado (2004-2008). Além dessas duas universidades, também foi professora nos Insti-tutos Izabela Hendrix e FEAD, ambos em Belo Horizonte.

A experiência de ter dado aula em uma Universidade de exce-lência como a UFMG e em fa-culdades particulares foi crucial para o desenvolvimento de suas habilidades no ensino da histolo-gia. Isso porque a diferença entre o desempenho dos alunos de Universidade pública e parti-cular era enorme, o que a exigiu uma adequação da metodologia de ensino com o objetivo de obter o melhor aprendizado. “Foi maravilhosa esta experiência, os resultados eram sempre anima-dores e contagiantes. Aprendi que se adaptar e se reinventar é importante e constante. ”

Professora da UFV

Sua chegada na UFV ocorreu em 2010. Entrar para uma Uni-versidade pública sempre foi seu sonho, pois teria a possibili-dade de fazer o que mais gosta: ensino, pesquisa e extensão. “A UFV me acolheu de braços abertos, dando condições para realizar todas essas atividades. Em contrapartida, venho tentan-do acolher os alunos interessa-dos em desenvolver suas habili-dades na pesquisa, tanto volun-tários, ICs, quanto alunos de pós-graduação, e no ensino, a partir do estágio de ensino (disciplina da pós-graduação). Tive a honra de ser professora homenageada da primeira turma em que dei aula na Instituição, a turma do curso de Ciências Bio-

lógicas bacharelado formada em 2014. Muita emoção! Na UFV consegui juntar minhas duas paixões ao abrir a linha de pes-quisa sobre histofisiologia da reprodução - Eventos pós testi-culares: epidídimo, espermato-zoide e fertilidade in vivo.”

Mensagem para os alunos

“A mensagem será sempre de incentivo e motivação: Olhe para frente e ande com suas próprias pernas. Força! Não desistam frente ao primeiro obstáculo. Como costumo dizer aos meus orientados: você colhe o que plantou. Portanto, desempenhar suas atividades, sejam de ensi-no, de estágio ou de extensão, com ética, moral, responsabili-dade, respeito ao próximo, sen-so crítico e pró atividade sempre abrem portas e as mantém aber-tas para o futuro. Como é bom voltar a lugares antes frequenta-dos e encontrar o sorriso na face das pessoas com quem você trabalhou anteriormente, como é bom ter livre acesso a pessoas e lugares. Tudo isso se consegue sendo ético, correto e justo. Então, sigam preceitos positivos e vocês terão as portas sempre abertas. ”

“Outro conselho: Tenham foco, metas, objetivos! Eles nos guiam entre os diferentes cami-nhos que aparecem na vida, mas não permitam, porém, que esses objetivos lhes engessem, impedindo-os de se adaptar, mudar o foco, os caminhos. Ser adaptável, flexível, é também importante para você se encai-xar na vida profissional, conse-guir desempenhar uma atividade mesmo sem as condições que você deseja, dar aula de uma matéria sendo que você preferia dar aula de outra (claro, respei-tando suas habilidades). Portan-to, tenha jogo de cintura!

Desejo a todos vocês muito su-cesso e força nesta caminhada. Muita luz! ”

“Olhe para frente e ande com su-as pró-prias pernas. Força!”

| P á g i n a 6 |

Tecnologia: Os aplicativos que salvam vidas. Por: Bruna Vieira

“Quando a vítima está so-

frendo al-gum tipo de ataque ela pode acionar

um botão de emer-gência

[...]”

Popularizados com o advento e a modernização

dos smartphones, os aplicativos fazem parte do nosso cotidiano. Diversas áreas de estudos estão investindo nesse âmbito e transformando o dia a dia das pessoas, isso porque eles podem desem-penhar atividades de grande valia, tais como, au-xílio no trânsito, na mudança nos hábitos de con-sumo e na maneira como as pessoas se relacio-nam entre si e com o planeta.

Alguns aplicativos costumam vir instalados nos smartphones diretamente da fábrica, mas vários deles precisam ser baixados nas lojas online dis-poníveis, como App Store, Google Play ou Win-dows Phone Store. O número e a diversidade de aplicativos disponíveis variam de acordo com os modelos de smartphones e os sistemas operacio-nais disponíveis, como IOS ou Android. Existem alguns aplicativos gratuitos e outros que são co-mercializados a preços que podem variar de acor-do com o sistema operacional.

Atualmente, o comércio de aplicativos cresceu muito, principalmente os que auxiliam em primei-ros socorros, denunciam abusos e ajudam em campanhas de interesse mundial, atraindo e ga-nhando cada vez mais adeptos e instigando o desejo de, através da criação desses aplicativos, lutar por um mundo melhor. É o caso da estudante de pedagogia do Rio de Janeiro de 19 anos que criou um aplicativo chamado Mulheres Unidas para ajudar as vítimas de violência doméstica. O mesmo funciona assim: quando a vítima está so-frendo algum tipo de ataque ela pode acionar um botão de emergência que vai emitir um sinal mos-trando a sua localização. No aplicativo ela também encontra suporte para tomar decisões e esclarecer dúvidas sobre como agir diante de um abuso.

Em busca de trazer mais segurança, o aplicativo Companion foi desenvolvido para ajudar universi-tários que se deslocam a noite sozinhos e podem sofrer ataques. Funcionando como uma espécie de rastreamento: você se conecta com outra pes-soa e esta acompanha a sua localização até seu destino final.

Apesar de ter sido desenvolvido em universi-dades americanas funciona também no Brasil e está disponível nas versões Android e IOS.

Outra área que também tem um grande núme-ro de aplicativos é a da saúde. Um dos mais difundidos são aqueles que ajudam a coletar sangue como o Hemotify, aplicativo criado por alunos da Universidade Federal de Santa Ma-ria em 2016. O programa aposta na praticida-de da conexão com o Facebook, criando um sistema que indica quais pontos de coleta estão com déficit de sangue e qual tipo san-guíneo está em maior necessidade em casos de emergências.

Além desse, foi criado o A Cruz Vermelha do Brasil que possui vídeos didáticos para acom-panhar procedimentos que devem ser adota-dos pelo cidadão em casos de acidentes como queimaduras, ferimentos com armas de fogo, crises epilépticas, choque elétrico, fraturas, entre outros. Outro aplicativo muito útil para evitar acidentes é o Allergyft, usado por turis-tas que preocupados em comunicar suas aler-gias alimentares, em restaurantes por exem-plo, criam rapidamente pra toda a família uma lista personalizada de alergias e avisos de acompanhamento, podendo essa ser traduzi-do para o francês, alemão ou espanhol.

Assim, com a influência desses aplicativos nessa era digital o comércio está investindo no aperfeiçoamento dessa tecnologia trazendo para as pessoas mais segurança, apoio e evi-tando que acidentes aconteçam, além de fo-mentar nos estudantes a ideia de se criar apli-cativos para ajudar a população.

Referências Bibliográficas:

REDAÇÃO, Beta. Tecnologias para salvar vidas. Disponível em: <http://www.betaredacao.com.br/tecnologia-para-salvar-vidas/>. Acesso em: 23 jul. 2017.

EDUCAÇÃO, G1. Aluna de pedagogia cria app que ajuda mulheres a denunciarem violência. Disponível em: <http://g1.globo.com/educacao/noticia/2015/12/aluna-de-pedagogia-cria-app-que-ajuda-mulheres-denunciarem-violencia.html>. Acesso em: 24 jul. 2017.

SOCORROS, Primeiros. 5 aplicativos que

salvam vidas. Disponível em: <http://

primeirossocorros.net.br/5-aplicativos-que-

salvam-vidas/>. Acesso em: 22 jul. 2017.

Como são eleitos os nosso políticos? Por: Isabela Pereira

| P á g i n a 7 |

“[...] se trata de

um mito a história

de que se votos nu-los forem maioria pode-se anular

uma elei-ção.”

O voto com certeza é uma das principais ferra-

mentas de participação popular na política. Nenhu-

ma outra instituição é tão abrangente e democráti-

ca no sistema político brasileiro quanto as eleições,

que ocorrem a cada dois anos. É de extrema im-

portância ter em mente como vereadores, deputa-

dos, prefeitos, governadores, senadores e presi-

dente chegam a esses cargos. Por isso no texto

serão abordados os principais pontos do sistema

eleitoral brasileiro.

A primeira coisa a entender é que o Brasil possui

dois modelos de votação, o majoritário e o propor-

cional. Para os cargos do Poder Executivo

(presidente, governador e prefeito) e senador, é

utilizado o sistema majoritário e de acordo com

esse princípio, o candidato mais votado é eleito.

Entretanto, esse sistema tem alguns detalhes aos

quais deve-se ter atenção. Em cidades com até

200 mil eleitores, o vencedor será o candidato que

tiver a maioria dos votos, independentemente dos

votos dos adversários e da quantidade de eleitores.

Essa regra é utilizada nas eleições para senador e

para prefeito. Nas cidades com mais de 200 mil

eleitores nas eleições e em votações para presi-

dente e governador, existe potencialidade de um

segundo turno de votação, então o candidato preci-

sa conquistar a maioria absoluta dos votos, ou

seja, mais de 50%, e quando nenhum dos candida-

tos consegue superar essa porcentagem, os dois

mais votados se enfrentam novamente.

Para o resultado final, votos brancos, nulos e os

ausentes são desconsiderados, ou seja, só os vo-

tos válidos contam. Na prática, é possível que um

candidato se eleja com votos de 1% do eleitorado,

se por um acaso os outros 99% votarem em bran-

co, nulo ou faltarem à eleição. Sendo de grande

importância lembrar que se trata de um mito a his-

tória de que se votos nulos forem maioria pode-se

anular uma eleição.

O sistema utilizado para eleger vereadores, depu-

tados estaduais e deputados federais é chamado

de proporcional em lista aberta e sua lógica de

funcionamento confunde facilmente a mente da

maior parte dos eleitores, pois no momento de

votar para

deputado ou vereador, pode-se escolher entre votar

apenas no partido, ou então em um candidato espe-

cífico. E a apuração é feita da seguinte forma: em

um primeiro momento, para definir a composição do

legislativo, a Justiça Eleitoral conta os votos gerais

conquistados por cada partido ou coligação e estes

recebem uma quantidade de vagas legislativas pro-

porcional à sua votação (mais votos, mais cadeiras

ocupadas). Feito isso, passa-se à segunda etapa,

que é definir quais candidatos ocuparão essas ca-

deiras. Os candidatos que receberam mais votos

têm direito às vagas conquistadas pelo partido/

coligação, até que elas acabem. Por exemplo: se o

partido X conquistou quatro vagas, os quatro candi-

datos mais votados do partido ocupam essas vagas.

O principal objetivo do sistema proporcional de lista

aberta é criar um equilíbrio entre duas forças impor-

tantes de uma democracia representativa que são

os partidos, que reúnem grupos sociais em torno de

suas bandeiras políticas e o eleitor, que tem o direito

de manifestar preferência por candidatos específi-

cos. Com o sistema proporcional, os candidatos

preferidos pelo público em geral são eleitos, ao mes-

mo tempo em que o tamanho das bancadas dos

partidos e coligações representa sem maiores dis-

torções os resultados das urnas. Se fosse adotado o

sistema de maioria para eleger deputados e verea-

dores, votaríamos apenas nos candidatos e então

os partidos que representam visões minoritárias na

sociedade teriam dificuldades de conseguir vagas

no poder legislativo brasileiro.

O sistema proporcional tornou-se a parte mais criti-

cada das eleições brasileiras. O fato de que alguns

candidatos não sejam eleitos mesmo tendo conquis-

tado mais votos do que alguns dos eleitos e que

candidatos pouco votados consigam se eleger

“puxados” por candidatos muito bem votados gera

muita polêmica. Decorrente desse alvoroço, volta e

meia surgem propostas para substituir o sistema

proporcional, como a substituição por um sistema

misto, em que o eleitor votaria duas vezes: uma em

um candidato e outra em um partido.

As eleições são a maneira mais democrática para

definir os rumos de um país. Então, antes de votar é

importante saber as intenções e propostas tanto do

candidato quanto do partido ou coligação a que ele

pertence ou a que é pretendido votar. Sem dúvidas,

também é necessário entender um pouco como

funciona o sistema eleitoral, para que o voto seja

bem empregado, representando a ideologia em que

se acredita.

POLITIZE! Sistema eleitoral brasileiro. Disponível

em: <http://www.politize.com.br/sistema-eleitoral-

brasileiro/>. Acesso em: 21 jul 2017.

PORTAL EBC. Como funciona o sistema eleitoral

brasileiro? Disponível em: <http://www.ebc.com.br/

noticias/politica/2013/07/como-funciona-o-sistema-

eleitoral-brasileiro>. Acesso em: 21 jul 2017.

| P á g i n a 8 |

Só usamos 10% do nosso cérebro?

Por: Alice Sampaio

MITO OU VERDADE?

“É como

se hou-

vesse os

10% que

pensam e

os 90%

que aju-

dam a

pensar.“

Mito! Dizer que só utilizamos 10% do órgão

que mais necessita de energia no corpo é total-mente leviano e errôneo. O cérebro demanda 20% de toda energia que consumimos, e, quan-do comparado ao coração, outro órgão vital, tem o dobro de consumo, ou seja, o coração “custa” 10% da nossa energia.

Talvez esse mito seja tão disseminado, porque é muito tentador acreditar que ainda teríamos 90% de toda nossa capacidade mental para ser desenvolvida e utilizada. Mas, mesmo avalian-do a possibilidade de várias perspectivas, ela continua sendo incorreta. Se esses tais 10% estivessem se referindo a regiões do cérebro, facilmente seria refutada pela técnica de resso-nância magnética funcional, que permite identifi-car quais áreas do cérebro são ativadas ao de-sempenhar atividades, pois até para tarefas mais básicas e simples, como abrir e fechar as mãos ou pronunciar poucas palavras, muitas regiões do cérebro estão trabalhando, inclusive quando a pessoa, suspostamente, não está fazendo nada, o cérebro está comandando fun-ções como respiração, atividade cardíaca e me-mória.

Se os 10% fossem em relação às células do cérebro, ainda sim a frase seria incorreta. Nos-sas células cerebrais são valiosas demais para ficarem ociosas. Quando qualquer uma delas deixa de ser utilizada, a mesma passa pelo pro-cesso de apoptose, que consiste em sua auto-destruição ou é colonizada por regiões vizi-nhas..

Dito isso, fica claro que o cérebro é totalmente utilizado, e surge a dúvida de onde teria surgido tal frase, que não possui nenhum fundamento biológico. Existem algumas hipóteses: o emba-samento poderia ter vindo do conhecimento de que nove de cada dez células do cérebro são

células gliais ou da neuroglia, que dão apoio físico e nutricional aos neurónios, que são os outros 10% das células. Assim a pessoa que disse essa frase poderia ter achado que esses 90% de células da glia poderiam passar a de-sempenhar as funções dos neurônios e assim aumentar a nossa capacidade mental, mas é claro que isso é impossível e essas células são completamente distintas. É como se houvesse os 10% que pensam e os 90% que ajudam a pensar.

Outra possível fonte desse mito seria o livro “The energies of men” (tradução: As energias do homem) do psicólogo e filósofo norte-americano William James em que ele escreveu: "utilizamos somente uma pequena parte de nossos possí-veis recursos mentais e físicos", pois ele pensa-va que as pessoas podiam progredir mais, po-rém não se referia ao volume do cérebro nem à quantidade de células, tampouco a uma porcen-tagem específica. E quando levamos em consi-deração nossa capacidade de aprender e de-senvolver coisas novas, o cérebro é excepcio-nal, com treino e exercícios podemos avançar na realização de qualquer atividade e para isso nosso cérebro muda, não em áreas de uso ou desuso e nem em quantidades de células, mas sim nas conexões estabelecidas entre os neurô-nios. Acredita-se que novas conexões entre as células nervosas são feitas e as antigas que não são mais utilizadas são desfeitas, dizemos as-sim que o cérebro é plástico, podendo se adap-tar aos estímulos que lhe são dados.

Referências:

HAMMOND, Claudia. Será que utilizamos ape-nas 10% de nosso cérebro? 2013. Disponível em: <http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2013/06/130603_uso_cerebro_gm>. Acesso em: 19 jul. 2017.

HOLTZ FILHO, Sergio Vieira. O cérebro tam-bém precisa de exercício. 2009. Disponível em: <http://metodosupera.com.br/o-cerebro-tambem-precisa-de-exercicio-2/>. Acesso em: 19 jul. 2017.

DIAS, Sandro. Consumo de energia no corpo humano. Disponível em: <http://axpfep1.if.usp.br/~otaviano/energianocorpohumano.html>. Acesso em: 19 jul. 2017.

Sempre me questionei sobre as formas de protesto que vêm ocorrendo ao longo dos anos no nosso Brasil e no mundo. Estamos a sofrer com um governo que cada vez mais não nos representa, e um sistema que só se alimenta ferozmente. Neste con-texto me perguntei sobre maneiras efetivas de como afetá-los que descobri a desobe-diência civil.

Talvez você possa ter ouvido essa forma de protesto associado a grandes nomes, como Mahatma Gandhi ou Martin Luther King, que ficaram conhecidos pelos seus protestos de não violência e que atuaram de forma incisiva em suas sociedades. Mas em que se consiste uma desobediência civil? Neste caso, é quando uma minoria ou uma maioria oprimida tem recebido ações de um governo ou sistema de forma injusta e um grupo da população se coloca insubordinadamente às suas leis, estrutu-ras ou pessoas que estão no poder. Vamos colocar um exemplo: se o Estado não está dando condições básicas de vida, como saneamento ou educação, ocorre uma articulação para não haver pagamentos de impostos ao Estado cobrador e tem-se uma saída às ruas para mostrar o que vem afetando a vida da população para toda sociedade.

Mas por que somos inconsistentes nos nossos protestos, já que estams saindo às ruas ou indo ao Facebook para nos quei-xar? Porque não tem surtido efeito as nos-sas ações. O Estado, muitas vezes, tem

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PETIANO EGRESSO Por: Thamylles Mayrink

Sou o Professor Galvão (Antônio

Galvão) do Departamento de Microbio-logia (DMB/UFV). Participei do progra-ma PET-Biologia nos anos de 1989-1990, sob a tutoria do Professor Lúcio, e em períodos mais curtos, também colaboraram com o tutor a Professora Irani e a Professora Silvia Pompolo.

Os benefícios que tive por ter sido integrante do PET refletem a vari-edade de atividades que são previstas para os integrantes deste grupo. Ade-rindo a um programa como este, o estudante necessariamente precisa redimensionar a sua forma de utilizar o tempo. Considerando que o objetivo de tal programa é formar pessoas para que façam carreira em meios de difu-são e construção do conhecimento, tal variedade de atividades permite o trei-namento em vários aspectos de tais profissões.

Identifico muitos ganhos pes-soais e profissionais por ter participado do PET. Do ponto de vista pessoal, a necessidade de dividir muitas ativida-des com o grupo, e em especial as atividades de planejamento e de avali-ação, contribuiu para que eu aprendes-se a realizar tarefas de maneira com-partilhada, e também que eu enfrentas-se as dificuldades de comunicação. Como as atividades de planejamento e avaliação são experiência contínua no PET, descobri qualidades e também limitações em minhas ações. Mesmo tendo participado por apenas dois anos, esta experiência me ajudou a conduzir o restante de minha gradua-ção de forma mais atenta, para atingir melhores resultados. No PET, convivi com colegas que primavam pela obten-ção de excelência nas avaliações das disciplinas, e esta convivência fez com

que eu percebesse que precisava me-lhorar muito o meu empenho, especial-mente após ter saído do programa. Comecei meus estudos de língua in-glesa também como exigência do pro-grama, e já no meio da graduação, eu conseguia utilizar da literatura disponí-vel com maior facilidade. No PET, fre-quentemente apresentamos seminá-rios, e este treinamento impactou posi-tivamente a minha capacidade de or-ganizar informações, de preparar re-cursos didáticos, de apresentar oral-mente o assunto, e de lidar com questi-onamentos e avaliações posteriores. Precisei me adaptar a cronogramas previamente acordados, à necessidade de confeccionar relatórios semestrais sobre as minhas atividades, às reuni-ões freqüentes onde programação e avaliação sempre ocorriam. Como pro-fessor universitário, eu me beneficio diariamente destas experiências em todas as minhas ações.

Ressalto a orientação dada pelo PET, para que o estudante tenha uma formação mais ampla, e não so-mente restrita às disciplinas do currícu-lo. Lembro-me de participar das dis-cussões sobre filosofia da ciência. Um ano e meio antes de ingressar no PET, quando preenchi o questionário que a UFV apresentava aos candidatos ao vestibular, eu deixei claro que almejava somente a formação acadêmica na área específica das ciências biológi-cas. A minha consciência da necessi-dade desta formação ser mais ampla despertou durante a participação do PET, e cresce cada vez mais. Eu já havia escolhido o curso de Ciências Biológicas pelo meu interesse pelo ensino, mas naquele momento uma pergunta permeava e norteava toda a minha procura pelo conhecimento: “Para quê serve?”. Comecei a compre-ender que, para trabalhar com constru-ção de conhecimento, era necessário não basear a busca somente por esta pergunta, mas a própria capacidade de formular perguntas diversas deveria ser uma meta do processo de ensino-aprendizagem. Portanto, eu mesmo precisava passar por tal aprendizado, e precisava valorizar as discussões filo-sóficas associadas ao ensino, à pes-quisa e à extensão. A minha própria decisão pelo curso de Ciências Biológi-cas se tornou mais firme, ao reconhe-cer que não era suficiente a busca do conhecimento somente pensando em aplicações práticas, mas que era fun-damental ter uma sólida formação em ciência básica.

As visitas a outras instituições

de pesquisa e ensino permitiram que eu tivesse uma visão um pouco menos restrita do mundo acadêmico. Entrar em uma universidade federal já me parecia grande demais naquele mo-mento, e a cada visita, como à UNESP de Rio Claro, eu percebia que precisa-va redimensionar minha impressão sobre o mundo do conhecimento. En-xergar esta vastidão, um pouco mais claramente, acelerou o meu amadure-cimento, e me fez perceber que eu precisava considerar mais humilde-mente o que eu já havia alcançado até então. Também como fruto deste alar-gamento de visão, tornei-me mais consciente da necessidade de tomar novas decisões quanto à formação acadêmica. Não era mais suficiente ter firmado minha escolha pelo curso de Ciências Biológicas, mas era urgente definir um perfil profissional, que deve-ria ser pessoal. Lembro-me que o Pro-fessor Lúcio nos advertia do perigo de protelar as decisões, e em consequên-cia, fazer muitas mudanças de rumo durante a graduação.

Após sair do programa, perce-bi um impacto muito positivo no restan-te da minha graduação. Além de me tornar mais cuidadoso com o rendi-mento acadêmico, melhorei a condu-ção dos trabalhos de Iniciação Científi-ca, em todas as suas etapas, procurei mais frequentemente ter outras ativida-des extracurriculares, acelerei meu treinamento em língua inglesa, etc. A minha opção por continuar a minha formação, ao nível de mestrado e dou-torado, amadureceu durante a minha participação no PET. Eu já me interes-sava por continuar minha formação ao nível de pós-graduação, e a participa-ção no grupo me tornou mais consci-ente de quais metas eu deveria perse-guir, e quais deficiências eu deveria lutar para vencer, ainda durante a gra-duação.

Considero que o grupo conti-nua trazendo benefícios para a minha experiência até os dias atuais, também pelo motivo de que suas atividades são frequentemente divulgadas para a co-munidade acadêmica. Nos últimos anos, participei de algumas discussões internas, e também presenciei alguns seminários de temas muito relevantes. Reconheço que a existência deste grupo enriquece todo o curso de Ciên-cias Biológicas, e também a comunida-de acadêmica que participa de suas atividades. Participe do PET, como bolsista, ou atendendo à sua progra-mação externa.

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Quem é o cientista?

O renomado paleontólogo

e paleobotânico brasileiro Roberto Iannuzzi nasceu em Santos em abril de 1966, iniciou seus estudos em Ciências Biológicas (licenciatura e bacharelado) na Universidade de São Paulo graduando-se em 1990. No ano seguinte deu início a pós-graduação no Instituto de Geociências da Universidade de São Paulo, e fez pós-doutorado na Uni-versidade de Pensilvânia em 2004. Foi presidente da So-ciedade Brasileira de Pale-ontologia em dois mandatos, de 2009 a 2011 e de 2011 a 2013. Leciona nos níveis de graduação e pós-graduação. Consultor da Fundação de Apoio à Pesquisa Científica

e Tecnológica do Estado de Santa Catarina (FAPESC).

Trabalhando em parceria com o Instituto de Geoci-ências da Universidade de São Paulo e com o Instituto de Paleociências Birbal Sahni, na Índia, o

professor Roberto Iannuzzi tem conseguido traçar a evolução da Flora de Glossopteris, sendo o mai-or e mais conhecido gênero da extinta ordem de samambaias com sementes conhecidos como Glossopterídeas, para a Bacia do Paraná. No paleocontinente do Gondwana, América do Sul, Índia, África, Antártica, Austrália e Índia tinham suas extensões de terras unidas. Nos dias atuais, compartilham fósseis em diversos estágios estrati-gráficos, comprovando sua prévia junção no final do período Permiano. Os estudos dos fitofósseis da referida bacia mostram uma evolução dos gê-neros foliares da Flora de Glossopteris, sugerindo mudanças climáticas intensas desde o final do Carbonífero até o fim do Permiano.

Recentemente, ele tem colaborado em estudos das floras do Cretáceo-Paleógeno da Antártica, Cretáceo do Araripe e Quaternário do centro-oeste e norte do Brasil.

O professor sempre reitera a importância da pale-ontologia nacional e de como é necessário conhe-cer seu patrimônio para impedir a evasão de fós-seis para o para o exterior, prática ainda comum no Brasil com o tráfico de fósseis. Calcula-se que haja mais de 70 mil exemplares de insetos fósseis da chapada do Araripe, no Ceará - o mais impor-tante sítio paleontológico do Brasil-, em coleções de fora do país.

Por: José Danizete

B i o l o g i a e m F o c o

BIO-EVENTOS

III CONMAR – Congresso de Conservação Marinha Data: 14 a 17 de agosto de 2017 Local: Angra dos Reis – RJ 8º Congresso Brasileiro de Herpetologia Data: 14 a 18 de agosto de 2017 Local: UFMS, Campo Grande – MS 68º Congresso Nacional de Botânica Data: 20 a 25 de agosto de 2017 Local: Centro de Convenções SulAmérica, Rio de Janeiro – RJ VI Congresso Latino-americano de Agroecologia Data: 12 a 15 de setembro Local: Brasília - DF II Simpósio Brasileiro de Biologia Subterrânea Data: 2 a 6 de outubro de 2017 Local: UFLA, Lavras – MG 13º Congresso de Ecologia do Brasil 2017 (XIII CEB) Data: 8 a 12 de outubro Local: UFV, Viçosa – MG

9º Congresso Brasileiro de Mastozoologia Data: 17 a 21 de setembro de 2017 Local: Pousada de Pireneus e, Pirenópolis - GO 29º Congresso Brasileiro de Microbiologia Data: 22 a 25 de outubro de 2017 Local: Rafain Palace Hotel e Convention Center, Foz do Iguaçu – PR XI SIMPOED UFOP – Simpósio de Formação e Profissão Do-cente Data: 25 a 28 de outubro de 2017 Local: Mariana - MG III Congresso de Inovação e Metodologias no Ensino Superior Data: 8 a 10 de novembro de 2017 Local: UFMG, Belo Horizonte – MG 4º Simpósio Brasileiro de Biologia da Conservação Data: 3 a 7 de dezembro de 2017 Local: UFMG, Belo Horizonte – MG Simpósio de Formação e Profissão Docente Data: 25 a 28 de outubro de 2017 Local: Instituto de Ciências Humanas e Sociais da UFOP (ICHS)

Indicações de: Letícia Soares

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Faça você mesmo: Hortinha de

temperos

Por: Karolline Hellen

Morar longe de casa talvez seja o maior desafio que

quem decide por se aventurar no mundo enfrenta. E, se me permitem a incisão da palavra, a maior saudade de todas é daquela comidinha maravilhosa feita pela mãe, pai ou avós. Tentativas de cozinhar às vezes são difí-ceis, seja pela falta de tempo, dinheiro ou até mesmo habilidades, mas vou te contar um segredinho: o tempe-ro é “a chave do sucesso”. Até mesmo o mais simples e “salvador da pátria” MIOJO fica parecendo ter sido cozi-nhado pelo mais habilidoso chef se bem temperado. E nada melhor do que usar aquele temperinho que você mesmo cultivou, sem agrotóxicos, reaproveitando orgâni-cos do dia a dia e, ainda, trazendo mais cor e vida para sua casa. Para isso é simples, basta fazer algumas es-colhas e mãos à massa.

Passo 1 – O vaso: A escolha do vaso é opcional para o que se quer produzir. Em geral para temperos uma sim-ples jardineira de 30 x 20 x 20 cm já é suficiente para plantar vários “pezinhos” juntos. Mas pode-se optar por

vasos pequenos para temperos específicos ou até mesmo potes de plástico que estiverem so-brando em casa.

Passo 2 – Drenagem: A drenagem do fundo do vaso é uma das partes mais importantes e, nor-malmente, a mais ignorada por aqueles que desejam uma horta em casa. Vasos com drenagem ruim propiciam o acúmulo de água com o consequente apodrecimento radicular. Como forma de drenagem podem ser utilizados seixo, argila expandida, brita e cacos de telhados, etc.

Passo 3 – Terra: Para ter sucesso no crescimento das plantas é importante utilizar produtos que sejam capazes de reter umidade, que tenham nutrientes em sua composição e que sejam pro-dutos orgânicos, neste caso é importante uma terra de boa qualidade, que chamamos de com-posto orgânico ou terra preta.

Passo 4 – A escolha da planta: Cada tipo de planta tem um tempo e forma de crescimento dife-rentes. Dessa forma, deve-se procurar informações da planta escolhida no momento de adquirir as sementes. Em geral, os temperos como alho-porro, salsa, cebolinha, coentro e hortelã são as mais indicadas, uma vez que sua brotação é rápida e quando adultas suas folhas renovam-se rapidamente e são colhidas de forma simples, cortando as folhas pela base. As pimentas (biquinho, dedo de moça, malagueta) também são de fácil colheita e tem alta produtividade, mas, por produzirem frutos são mais exigentes em nutrientes.

Passo 5 – O plantio: Para esse é necessário que, com o vaso limpo, sejam adicionados, subse-quentemente, o substrato escolhido como drenagem e a terra, sendo que esta deve ser pressio-nada levemente com as mãos de forma a nivelar o vaso. Deve-se regar a terra com um pouco de água deixando-a escorrer até o fundo do vaso. Cave pequenos buracos de 0,5 à 1 cm de profundidade nos quais serão enterrados as sementes e cobertas novamente com a terra. É necessário regar novamente o vaso até que a água escorra do vaso.

Passo 6 – Dicas: Os compostos orgânicos citados possuem nutrientes em sua composição que irão nutrir as plantas, mas, para um acréscimo de nutrientes é interessante utilizar restos orgâni-cos de comida como cascas de alimentos (batata, maçã, banana, por exemplo), mas cuidado com alimentos que possam dar mau cheiro ao se decomporem. É importante também, que os vasos recebam pelo menos 3 horas de exposição ao sol, sendo assim, um local ideal para deixa-los é próximo a janelas. As regas devem ser feitas uma vez ao dia, preferencialmente pela ma-nhã ou ao final da tarde; evite regá-las em horários mais quentes do dia, pois podem causar choques térmicos.

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LIVRO SÉRIE

CULTURAL

Quando eu não sei onde guardei um papel importante e a procura revela-se inútil, pergunto-me: se eu fosse eu e tivesse um papel importante para guardar, que lugar escolhe-ria? Às vezes dá certo. Mas muitas vezes fico tão pressionada pela frase "se eu fosse eu", que a procura do papel se torna secundária, e começo a pensar, diria melhor, sentir.

E não me sinto bem. Experimente: se você fosse você, como seria e o que faria? Logo de início se sente um constrangimento: a mentira em que nos acomodamos acabou de ser locomovida do lugar onde se acomodara. No entanto já li biografias de pessoas que de repente passavam a ser elas mesmas e mudavam inteiramente de vida.

Acho que se eu fosse realmente eu, os amigos não me cumprimentariam na rua, porque até minha fisionomia teria mudado. Como? Não sei.

Metade das coisas que eu faria se eu fosse eu, não posso contar. Acho, por exemplo, que por um certo motivo eu terminaria presa na cadeia. E se eu fosse eu daria tudo que é meu e confiaria o futuro ao futuro.

"Se eu fosse eu" parece representar o nosso maior perigo de viver, parece a entrada nova no desconhecido.

No entanto tenho a intuição de que, passadas as primeiras chamadas loucuras da festa que seria, teríamos enfim a experiên-cia do mundo. Bem sei, experimentaríamos enfim em pleno a dor do mundo. E a nossa dor, aquela que aprendemos a não sentir. Mas também seríamos por vezes tomados de um êxtase de alegria pura e legítima que mal posso adivinhar. Não, acho que já estou de al-gum modo adivinhando, porque me senti sorrindo e também senti uma espécie de pudor que se tem diante do que é grande demais.

Se eu fosse eu Autora: Clarice Lispector

Selecionado por: Pedro Henrique Costa

Às vésperas de seu aniversário de quinze anos, Sofia Amundsen come-ça a receber bilhetes e cartões-postais bastante estranhos. Os bi-lhetes são anônimos e perguntam a Sofia quem é ela e de onde vem o mundo. Os postais são enviados do Líbano, por um major desconhecido, para uma certa Hilde Moller Knag, garota a quem Sofia também não conhece.

O mistério dos bilhetes e dos postais é o ponto de partida deste romance fascinante, que vem conquistando milhões de leitores em todos os paí-

ses e já vendeu mais de 1 milhão de exemplares só no Brasil.

Em “O Mundo de Sofia” toda a história da filosofia ocidental é retratada a partir de questionamentos cotidianos que, inicialmente despretensiosos, jogam uma luz sobre culturas, religiões, ciências e pessoas que moldaram a humanidade da forma que a conhe-cemos.

Aquele leitor que decidir se instruir sobre o pensa-mento humano e acompanhar a narrativa de autoco-nhecimento que guia o romance vai ter ainda a opor-tunidade de se descobrir filósofo através de meios semelhantes.os de Sofia Amundsen.

Uma infinidade de experiências guia a trajetória de um cientista e seu neto através do Universo na busca por expandir o conhecimento e desenvolver novas habilida-des. Essa premissa poderia definir bem a série de ani-mação “Rick e Morty” se não omitisse as várias situa-ções absurdas e cômicas que só são possíveis quando se possui um intelecto além do normal, além da capaci-dade de viajar através de diferentes dimensões.

Nessa série (com as duas primeiras temporadas já dis-poníveis na Netflix), o alcoólatra e superdotado Rick realiza diversas incursões pelo Universo acompanhado de seu inseguro e ordinário neto, Morty. E seja “destruindo” toda a humanidade através de mutações ou se envolvendo romanticamente com um parasita espacial, os protagonistas dessa série lidam com dile-mas morais, crises existenciais e questionamentos so-bre a vida e o amor, por exemplo.

Vale lembrar que a série não é contraindicada para menores de 16 anos sem motivo: cenas relacionadas a sexo, violência, morte e drogas não são incomuns no programa. Entre-tanto, o roteiro original e os per-sonagens bem elaborados são o destaque desse programa que consegue ser genial e esquisito ao mesmo tempo.

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Master Pet: Pão de alho

Por: Mariana Ambrosim

Se compara-dos com o tempo de existência do universo ou até mesmo da Terra, o surgi-mento dos seres huma-nos é extre-mamente re-cente. Costu-mamos medir nosso tempo

em anos, afinal, geralmente não vivemos muito mais que uma centena deles. A história nos conta eventos de cente-nas e até milhares de anos atrás, mas onde começa a história do Homo sapiens?

O registro fóssil aponta que o surgimento do Homo sapi-ens ocorreu na África e este fato não mudou com a nova descoberta, entretanto, até então, os dois fósseis mais antigos haviam sido encontrados na porção Ocidental do continente, mais especificamente na Etiópia. Em Herto foram datados fósseis de 160 mil anos e em Omo Kibish, fósseis de 195 mil anos atrás.

Essas datações só mudaram com escavações que se inici-aram em 2004 no Marrocos, onde ossos de pelo menos cinco indivíduos foram encontrados, juntamente com ferra-mentas de pedra na mesma camada sedimentar. Várias características morfológicas como o formato do crânio e da mandíbula sugerem que, de fato, esses fósseis são de

Homo sapiens, mesmo que os representantes modernos dessa espécie tenham sofrido modificações como, por exemplo, a redução do tamanho dos dentes em relação aos fósseis.

As datações indicam que os fósseis têm aproximadamente 315 mil anos de idade, fazendo com que a idade estimada para a origem da nossa espécie seja elevada em pelo me-nos 100 mil anos.

Essa descoberta não reescreve completamente a história do surgimento da nossa espécie, entretanto, ela indica que o surgimento tenha sido anterior ao que se acreditava até então e retira da Etiópia o título de “berço da humanidade”, sugerindo que o Homo sapiens já estava bem distribuído pelo continente africano, onde seria de fato o local do nos-so surgimento, e não um país específico.

Referências:

GIBBONS, Ann. World’s oldest Homo sapiens fossils found in Morocco. 2017. Disponível em: <http://www.sciencemag.org/news/2017/06/world-s-oldest-homo-sapiens-fossils-found-morocco>. Acesso em: 21 jul. 2017.

HUBLIN, Jean-jacques et al. New fossils from Jebel Irhoud, Morocco and the pan-African origin of Homo sapi-ens. Nature, [s.l.], v. 546, n. 7657, p.289-292, 7 jun. 2017. Springer Nature. http://dx.doi.org/10.1038/nature22336.

Novidade na ciência

O homem de 315 mil anos

Se há um alimento que une a maioria das pessoas é esse. Em um churrasco, vegetarianos e carnívoros se unem em um interesse em comum: pão de alho. Então, aqui vai uma receita para ajudar em qualquer reunião de amigos:

Ingredientes:

- Pão;

- Maionese;

- Alho;

- Orégano;

- Margarina;

- Leite;

- Muçarela (opcional).

Modo de preparo:

Bata em um liquidificador um sachê de maionese de apro-ximadamente 200g, 2 dentes de alho descascados, 1 co-lher e meia de margarina, orégano a gosto e uma peque-na quantidade de leite, o suficiente para deixar o seu mo-lho com a textura que você deseja. Dependendo da marca da maionese usada, por exemplo, pode ser que não seja necessário utilizar o leite, tudo depende do gosto de quem

está executando a receita. Com o molho pronto, deve-se cortar a parte superior do pão em diversas fatias, sendo que as mesmas não devem ser separadas, ou seja, parte-se até a metade do pão. Assim, basta preencher os espa-ços entre as fatias com o molho. Ah, uma dica legal é que pode-se comprar o famoso “pão dormido” em algumas padarias, que é mais barato que o pão do dia e se encaixa muito bem na receita. Caso tenha em casa outros pães além do francês, também é super válido usar. Para aque-les que gostam, também é possível acrescentar muçarela no pão logo antes de assar. E, caso não tenha uma chur-rasqueira, também é possível assá-los em misteiras, co-mo se fosse um sanduíche! Uma receita rende aproxima-damente 7 pães de alho.

Bom apetite!

Por: Liara de Azevedo

Galeria de

Fotos

Programa de Educação Tutorial - PET Biologia

Biologia em Foco | Volume #7 | 2º Semestre de 2017

Diagramação: Thales Claussen