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Bioquímica Profª. Ana Elisa Matias Fundamentos da Bioquímica Lipídios

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Bioquímica

Profª. Ana Elisa Matias

Fundamentos da Bioquímica

Lipídios

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Lipídios

• Biomoléculas compostas por carbono (C), hidrogênio

(H) e oxigênio (O).

• São vulgarmente conhecidos como gorduras (lipos:

grego gordura).

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Substâncias caracterizadas pela sua baixa

solubilidade em água e alta solubilidade em

solventes orgânicos (álcool, benzina, éter,

clorofórmio...) .

Suas propriedades físicas refletem a

natureza hidrofóbica das suas estruturas

químicas.

DEFINIÇÃO

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Classificação

• Ácidos graxos e derivados

• Triacilglicerois

• Cerídios

• Fosfolipídeos (glicerofosfolipídeos e esfingosinas)

• Esfingolipídeos (contêm moléculas do aminoálcool

esfingosina)

• Isoprenóides (moléculas formadas por unidades repetidas de

isopreno, um hidrocarboneto ramificado de cinco carbonos)

constituem os esteróides, vitaminas lipídicas e terpenos.

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• Lipídios são sinônimos de gorduras. Mas também

estão incluídos nesse grupo os fosfolipídios, os

esteróides, as prostaglandinas e os terpenos.

• A maioria das membranas lipídicas são

anfipáticas (dupla afinidade): apresentam uma

região hidrofílica (polar) e uma hidrofóbica (apolar).

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CH3(CH2)14-COO-

apolar polar

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FUNÇÕES

Reserva de energia e combustível celular

São armazenados nas células de gordura, os adipócitos, que possuem distribuições características em homens e mulheres.

Membranas celulares (fosfolipídios e glicolipídios)

Isolamento e proteção de órgãos

Impermeabilizante (ceras) Isolante térmico

Hormonal (esteróides)

Anti-oxidante (Vitaminas A e E)

Digestiva (sais biliares)

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Funções na

Dieta

Fonte de combustível;

Suprimento de nutrientes essenciais;

Saciedade e palatabilidade alimentar.

Fonte energética;

Isolamento térmico;

Proteção de órgãos vitais;

Impulso de transmissão nervosa;

Metabolismo celular;

Funções no

organismo

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Funções cruciais

Cofatores enzimáticos

Transportadores de elétrons

Âncoras hidrofóbicas para proteínas

Auxílio no dobramento de proteínas

Agente emulsificante – trato digestório

Hormônios

Mensageiros intracelulares

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Armazenamento

• PLANTAS = armazenam óleo em suas sementes.

Exemplos: Milho, Girassol, Soja, Canola, etc.

• MAMÍFEROS & AVES = armazenam gorduras em

células especiais no tecido adiposo (camada especial

de células localizada sob a pele).

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• Os lipídios não formam

polímeros. As longas cadeias

lipídicas se dão por ligação C-C

de forma aleatória e não

continuada (não é uma união de

monômeros).

• Quimicamente as gorduras são

sintetizadas pela união de três

ácidos graxos a uma molécula de

glicerol, formando um triéster.

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• Cada grama de lipídio armazena 9 quilocalorias de

energia, enquanto cada grama de glicídio ou

proteína armazena somente 4 quilocalorias.

• Os lipídios podem ser classificados em óleos

(substâncias insaturadas) e gorduras (substâncias

saturadas), encontrados nos alimentos, tanto de

origem vegetal quanto animal.

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Classificação

• LIPÍDIOS SIMPLES

- Glicerídios, Triglicerídios e cerídios.

• LIPÍDIOS COMPOSTOS (apresentam outros grupos na

molécula, além dos ácidos graxos e álcoois)

- Fosfolipídios, Glicolipídios e Glicoproteínas.

• ESTERÓIDES

- Hormônios sexuais, Vitamina D, Sais Biliares e

Colesterol.

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Lipídeos Simples – Óleos e Gorduras

C O

CH O

C O

H

H

H

H R1

O

C

R2

O

C

R3

O

C

+

H O C

O

R1

H O CO

R1

H O C

O

R1

C O

CH O

C O

H

H

H

H H

H

H

H+

C O

CH O

C O

H

H

H

H R1

O

C

R2

O

C

R3

O

C

+ 3 H O H

Glicerol Ácido carboxílico Triacilglicerol(óleo ou gordura)

água

+

+

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Compostos formados partir

da esterificação de ácidos graxos

e alcoóis (glicerol).

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• GLICEROL (C3H8O3) = é um álcool cujas

moléculas apresentam 3 átomos de carbono,

aos quais estão unidos por 3 grupos hidroxila

(-OH).

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Diferença entre óleos e gorduras

• GORDURAS = Apresentam ácido graxo de cadeia

saturada (simples ligações). São sólidas à temperatura

ambiente.

• ÓLEOS = Apresentam ácido graxo de cadeia insaturada

(dupla ligações). São líquidos à temperatura ambiente.

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Gorduras e Óleos

• Derivados de ácidos graxos;

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Ácido graxo saturado Ácido graxo insaturado

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• ÁCIDOS GRAXOS = são formados por longas cadeias

de nº par de átomos de carbono com um grupo carboxila

(-COOH) em uma das extremidades.

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• Os ácidos graxos típicos apresentam

entre 12 e 18 átomos de carbono.

- Os ácidos graxos saturados

(ligações simples C-C)

apresentam moléculas lineares

com pontos de fusão elevados,

o que faz com que sejam

sólidos a temperatura ambiente.

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Gorduras Trans• A gordura trans é muito utilizada em produtos como

biscoitos, bolos confeitados e salgadinhos a fim de

aumentar sua validade. Contudo, esse tipo de gordura é

extremamente nociva para o organismo.

• É pouco comum na natureza, mas é produzido a partir

de gorduras vegetais para uso na indústria alimentícia.22

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• Gorduras insaturadas são mais saudáveis que

as gorduras saturadas.

• A gordura insaturada eleva o nível de

lipoproteína de alta densidade no sangue (HDL

ou "colesterol bom") e reduz o nível de

lipoproteína de baixa densidade no sangue

(LDL, ou "colesterol ruim") reduzindo a

formação e/ou manutenção do ateroma.

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• o LDL colesterol (colesterol ruim)

• o HDL (colesterol bom)

• os triglicérides

• Existe evidência não conclusiva ligando estesácidos graxos ao risco aumentado dearteriosclerose e alguns tipos de câncer e, porisso, atualmente têm sido incluídos emquantidades menores nas margarinas, biscoitos esalgadinhos.

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risco maior para as doenças cardio-

vasculares.

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• É a principal gordura responsável por

aterosclerose.

• Eleva o nível de produção de LDL e diminui a de

HDL, gerando assim, placas de ateroma,

aumentando as chances de acontecer ataque

cardíaco e derrame cerebral.

• Elas são encontradas em carnes, frangos, suínos,

etc.

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Aterosclerose

• Dietas ricas em colesterol, gorduras, triglicerídios eácidos graxos.

• Acarreta à formação de um trombo nas artérias docorpo.

• Isso leva ao sangue :

– Fazer uma pressão maior nas paredes das artérias,levando à Hipertensão.

– Não passar mais por aquele vaso, causando um InfartoAgudo do Miocárdio (IAM) ou um Acidente VascularCerebral (AVC)

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• Aterosclerose: é uma doença inflamatória crônica

caracterizada pela formação de ateromas dentro

dos vasos sanguíneos.

• Os ateromas são placas, compostas

especialmente por lipídios e tecido fibroso, que se

formam na parede dos vasos.

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Fumo

Doença Arterial Coronariana

Fatores de Risco Coronariano Clássicos

LDL elevadoHipertensão

Diabetes Aterosclerose

DAC

TG elevados

Obesidade

HDL baixo

Evento Coronariano

Hist. Familiar Idade Dieta gordurosa

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• Os ácidos graxos insaturados apresentam pelo

menos uma ligação dupla C=C, com ligações do

tipo cis ou trans.

cis-ácido oleico

trans-ácido oleico

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• Moléculas de ácido graxo insaturadas podem

apresentar algumas dobras na cadeia, fazendo

com que as ligações sejam mais fáceis de quebrar

(maior tensão).

- Por isso, ácidos graxos

insaturados apresentam

baixos pontos de fusão e

são, portanto, líquidos a

temperatura ambiente.

Dobras

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• As gorduras saturadas são normalmente preparadas por

meio de uma reação de hidrogenação (adição de

hidrogênio) aos óleos vegetais, na presença de um

catalisador de níquel ou platina em temperaturas

próximas a 100°C.

• Um exemplo desse tipo de reação, na qual a

insaturação (ligação dupla) foi desfeita e cada um dos

átomos envolvidos se ligou a um átomo de hidrogênio

da substância reagente: Hidrogenação do ácido oleico

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• Com a hidrogenação parcial, isto é, com hidrogênio

insuficiente para hidrogenar todas as insaturações

existentes, ocorre uma reação de isomerização com

formação dos ácidos graxos trans, das cadeias

insaturadas.

• Um exemplo é a gordura vegetal hidrogenada, que é

obtida por esse método, resultando em uma mistura

de gordura saturada e insaturada cis e trans.

Assim, as gorduras trans apresentam em sua

composição ácidos graxos insaturados com uma

ou mais dupla ligação do tipo trans.

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• Classes:

– Quilomícrons

• Maiores e menos densas, ricas em triglicerídeos, de origem intestinal

– VLDL

• Densidade muito baixa, origem hepática;

– LDL

• Densidade baixa, ricas em colesterol

– HDL

• Densidade alta, baixa quantidade de colesterol.

Lipoproteínas: estrutura e função

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HDL, LDL e VLDL.

• As duas principais gorduras presentes no sanguesão o colesterol e os triglicerídeos.

• As gorduras ligam-se a determinadas proteínaspara deslocar-se no sangue formando asdenominadas lipoproteínas.

• As principais lipoproteínas são as lipoproteínas dedensidade muito baixa (VLDL), as lipoproteínas debaixa densidade (LDL) e as lipoproteínas de altadensidade (HDL).

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• O organismo regula as concentrações de

lipoproteínas de várias maneiras.

• Uma delas é a redução da síntese de lipoproteínas

e de sua entrada na corrente sanguínea.

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• Uma outra maneira de regular as concentrações

de lipoproteínas é o aumento ou a diminuição da

velocidade com que as lipoproteínas são

removidas do sangue.

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Como o HDL ajuda a diminuir a

concentração de LDL no sangue?

• Os ácidos graxos HDL aumentam o catabolismo de umaapoproteína (apoB), que é a principal constituinte daspartículas de LDL.

• Além disso, aumentam a excreção fecal de colesterolnos ácidos biliares, os quais carregam a enzima capazde quebrar as moléculas de lipídios (lipases).

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Gorduras Monoinsaturadas

• Apresentam uma ligação dupla na molécula.

• Estão presentes em alimentos como o azeite de oliva,canola, abacate, amendoim e alguns tipos de nozes.

• Ajuda a reduzir o colesterol ruim no sangue (LDL-Colesterol), sem reduzir os de HDL-Colesterol. Porémseu consumo em excesso não é recomendável.

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Gorduras Poliinsaturadas

• Ácidos graxos com mais de uma ligação dupla na sua

molécula.

• As mais "famosas" são Ômega 3 e 6.

• Esse tipo de gordura ajuda a aumentar as taxas do

"colesterol bom", o HDL, e manter baixas as taxas do

colesterol ruim, o LDL.

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• Ômega 3: ácidos carboxílicos poliinsaturados,

em que a dupla ligação está no terceiro

carbono a partir da extremidade oposta à

carboxila.

• Muitos deles são chamados de "essenciais"

porque não podem ser sintetizados pelo corpo

e devem ser obtidos diretamente da

alimentação.

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• Ômega 6: são uma família de ácidos graxos

insaturados que tem em comum uma terminação

carbono–carbono na posição n−6.

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Exercício

• Um estudante de nutrição precisa separar três ácidos graxosde acordo com o ponto de fusão exibido por cada um. Oestudante observou que a -17 oC já era possível separar umdos ácidos graxos. Quando a temperatura da mistura foielevada para 13 oC, o segundo ácido graxo foi separado,sendo o último obtido quando o composto foi aquecido a69oC. O estudante sabia que sua mistura tinha:

(a)Ácido esteárico (18 C), saturado;

(b)Ácido Oleico (18 C), uma ligação C=C;

(c)Ácido linoleico (18 C), duas ligações C=C.

Quais foram os ácidos obtidos na primeira, na segunda e naterceira separação?

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Fosfolipídios

• Estrutura:

- Glicerol + 2 ácidos graxos + PO4.

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• Nas células existem duas classes de fosfolipídios: osglicerofosfolipídios e esfingofosfolipídios.

(a) Glicerofosfolipídios: possuem dois ácidos graxos unidos a uma molécula de glicerol, uma vez que o terceiro grupo hidroxila deste álcool se encontra esterificado com um fosfato, unido por sua vez a um segundo álcool.

Fosfolipídios

Ocorrência:

membrana interna

das mitocôndrias.

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(b) Esfingofosfolipídios: contêm ceramida, que é uma

molécula formada pela união de ácidos graxos com uma

serina (a qual substitui o glicerol presente nos

glicerofosfolipídios).

- A união de uma serina com um dos ácidos graxos forma

o aminoálcool chamado esfingosina ou esfingol.

- O esfingofosfolipídio existente nas células é a

esfingomielina, encontrada principalmente no tecido

nervoso.

46Serina

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Serina

Esfingosina

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• Os fosfolipídios são importantes constituintes da

membrana celular, pois sua forma arranjada em

bicamadas permite que a célula apresente uma

barreira física entre o meio intra e o meio

extracelular, além de alocar as proteínas

(hidrofóbicas) no meio intramembranar.

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Molécula lipídica

Trata-se de uma reação de

ESTERIFICAÇÃO!!49

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• Cada molécula de glicerol pode reagir

com até três ácidos graxos para

formar uma molécula de triglicerol ou

triglicerídeo.Ligação éster

Triglicerol ou Triglicerídeo 50

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Hidrofóbico ou Hidrofílico?

• “Cauda” do ácido graxo: hidrofóbico.

• Grupo fosfato: hidrofílico.

• Molécula

anfipática!

Possibilidade de

formação de

micelas!51

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CH3(CH2)14-COO-

apolar polar

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• As gorduras têm suas cadeias

"quebradas" no organismo pela ação

de uma enzima chamada lipase,

produzida pelo pâncreas.

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Bile

• Bile, bílis ou suco biliar é um fluido produzidopelo fígado (produz cerca de um litro de bile pordia), e armazenado na vesícula biliar que atuana digestão de gorduras através da ação dalípase pancreática, uma enzima produzida pelopâncreas.

• O principal ácido que compõe a bile é o ácidoclorídrico porém ela inclui outros tipos de ácidoscom o objetivo de digerir os diferentes tipos delipídeos (gorduras).

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A função principal da lipase é a quebra dos

lipídios em substâncias simples (ácido graxo +

glicerol (álcool)). 55

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Gorduras ingeridas

na dieta

Vesícula biliar

Intestino

delgado

1. Os sais biliares

emulsificam as gorduras,

formando micelas mistas

2. As lipases intestinais

degradam os triacilgliceróis

3. Os ácidos graxos são captados pelas

células da mucosa intestinal e

convertidos em triacilgliceróis 4. Os triacilgliceróis são incorporados nos

quilomícrons, juntamente com colesterol e

apolipoproteínas

CapilarMucosa

intestinal

Quilomícron

5. Os quilomícrons

movem-se através do

sistema linfático e da

corrente sanguínea até os

tecidos

6. A lipase lipoprotéica

ativada pela apoC-II no

capilar libera ácidos

graxos e glicerol

7. Os ácidos graxos

penetram nas células

Miócito ou

adipócitoMiócito ou

adipócito

8. Os ácidos graxos são

oxidados como combustíveis

ou reesterificados para

armazenamento

Metabolismo dos Lipídios: β-oxidação

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Quilomícrons

Composição:

•Apoliproteínas

•Triacilgliceróis

•Colesterol

•Fosfolipídios

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A beta-oxidação é a via de oxidação dos ácidos graxos.

Via catabólica de degradação de ácidos graxos para

produção de energia.

Ocorre na matriz mitocondrial, após a ativação e a

entrada dos ácidos graxos na mitocôndria.

Sua função é produzir acetil-coa que será utilizado no

ciclo de krebs, da mesma forma que o acetil-coa gerado

pela glicólise.58

β-oxidação dos Lipídios

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Esta via funciona degradando a cadeia carbonada do

ácido graxo em ciclos, e cada ciclo é formado por uma

sequência de quatro reações que no final gera uma

molécula de acetil-coa. Portanto a cada ciclo é gerada

uma molécula de acetil-coa.

A quantidade de acetil-coa gerado vai depender do

tamanho da cadeia de carbonos, pois é isso que

determina a quantidade de ciclos.

59

β-oxidação dos Lipídios

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• Em um ácido graxo de 16C

há a formação de 8 Acetil-

CoA

• 7FADH

• 7NAD

Ciclo de Krebs

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Em cada ciclo são retirados dois carbonos da cadeia

carbonada do ácido graxo para a formação do acetil-

coa.

Com isso é fácil pensar que a quantidade de ciclos seria

a metade do valor do total de carbonos da cadeia

carbonada do ácido graxo. Portanto, para uma cadeia

de 16 carbonos deveriam ocorrer 8 ciclos.

Entretanto este pensamento é errado, pois o ultimo ciclo

gera 2 moléculas de acetil-coa, portanto precisando de

um ciclo a menos do que no raciocínio anterior.

61

β-oxidação dos Lipídios

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A quantidade correta de ciclos que deveriam acontecer em

uma cadeia de 16 carbonos é de sete ciclos.

Isso é fácil entender, pois após ocorrerem 6 ciclos, com cada

um retirando 2 carbonos, sobram 4 carbonos.

Logo no sétimo ciclos os 4 carbonos serão divididos em 2

grupos de 2 carbonos, gerando portanto 2 moléculas de

acetil-coa e por isso não sendo necessário a utilização de um

ciclo extra da beta-oxidação.

Quando se trata de cadeias ímpares, o ultimo ciclo gera uma

molécula de acetil-coa (2 carbonos) e uma de 3 carbonos

chamada de propionil-coa. Esta ultima molécula

posteriormente é oxidada em succinil-coa a qual é utilizada

no ciclo de krebs. 62

β-oxidação dos Lipídios

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β- Oxidação

• Estágio 1- um ácido graxo decadeia longa é oxidado paraproduzir resíduos de acetil –CoA.

• Estágio 2- os grupos acetil sãooxidados a CO2, NADH e FADH2

através do ciclo do ácido cítrico.

• Estágio 3- os elétronsprovenientes das reações acimapassam pela cadeia respiratóriaproduzindo ATP.

Pode ser dividida em 3 fases:

· A ativação do ácido graxo

· A BETA - oxidação propriamente dita

· A respiração celular

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1) Ativação Dos Ácidos Graxos

A ativação dos ácidos graxos consiste na entrada destes

na mitocôndria, na forma de ACIL-CoA.

O processo depende:

• Da ligação do ácido graxo com a Coenzima A, formando

o Acil-CoA no citosol. A reação é catalisada pela enzima

Acil-CoA Sintetase, localizada na membrana

mitocondrial externa:

CH3-(CH2)n-COOH + ATP + CoA-SH CH3-(CH2)n-CO-S-

CoA + AMP + PPi

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1) Ativação Dos Ácidos Graxos

• Do transporte do radical acila através da MMI, do citosol

para a matriz, mediado pelo carreador específico

carnitina. A transferência do radical acila da CoA para a

carnitina é catalisada pela enzima carnitina-Acil-

Transferase I:

Acil-S-CoA + Carnitina Acil-Carnitina + CoA-SH

• Do lado da matriz mitocondrial, a carnitina doa

novamente o radical acila para a CoA, regenerando o

Acil-CoA no interior da mitocôndria. A reação é

catalisada pela arnitina-Acil-Transferase II, localizada na

face interna da MMI, e é exatamente o inverso da

descrita acima.

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Os ácidos graxos são ativados e transportados para o

interior da mitocôndria

• < 12C entra diretamente na mitocôndria (ácidos graxos de

cadeias médias e curtas

• > 12C transportador de carnitina (3 reações)

Carnitina Acil Transferase I

A regulação da via é feita pela enzima reguladora carnitina-acil-transferase I, que regula a

velocidade de entrada do ácido graxo na mitocôndria, desta forma, a velocidade de sua

degradação.

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1. OXIDAÇÃO (FAD)

2. HIDRATAÇÃO (NAD+)

3. RE-OXIDAÇÃO

4. CLIVAGEM

1, 2, 3 e 4 se repetem “n” vezes, de acordo com o

tamanho da cadeia de carbono do ácido graxo

ATIVAÇÃO

ETAPAS da -OXIDAÇÃO

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Oxidação

• Consiste na quebra por oxidação do ácido graxo sempre

em seu carbono β , convertendo-o na nova carbonila de

ácido graxo agora 2 carbonos mais curto.

• O processo é repetitivo, e libera à cada quebra:

– 1 NADH+H+

– 1 FADH2

– 1 Acetil CoA

• São 4 as enzimas envolvidas em cada etapa de

oxidação da via.

68

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• Exemplo:

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CH3-CH2-CH2-CH2-CH2-CH2-CH2-CH2-CH2-CO-S-CoA + CoA-SH

CH3-CH2-CH2-CH2-CH2-CH2-CH2-CO-S-CoA + Acetil-CoA

CH3-CH2-CH2-CH2-CH2-CO-S-CoA + Acetil-CoA

CH3-CH2-CH2-CO-S-CoA + Acetil-CoA

Acetil-CoA + Acetil-CoA

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1a OXIDAÇÃO

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Oxidação de Ácidos Graxos

Insaturados:

71

Se o ácido graxo a ser oxidado for insaturado, o processo

tem dois passos enzimáticos adicionais:

A conversão do isômero "cis" em "trans“.

A saturação da dupla ligação pela adição de água.

Uma vez o ácido graxo saturado, ele pode seguir com

o processo normal de oxidação.

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HIDRATAÇÃO

trans-2-enoil-CoA

L--hidroxi-acil-CoA

enoil-CoA hidratase

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RE-OXIDAÇÃO

L--hidroxi-acil-CoA

-cetoacil-CoA

Alta relação entre [NADH]/[NAD] inibe

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CLIVAGEM

-cetoacil-CoA

(C14) acil-CoA

(miristoil-CoA)

acetil-CoA

Alta concentração de acetil-CoA inibe

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Palmitoil-CoA + 7 FAD + 7 NAD+ + 7 H2O + 7 CoA

8Acetil-CoA + 7 FADH2 + 7 NADH + 7 CoA + 7H+

EQUAÇÃO GLOBAL DA -OXIDAÇÃO

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Após a β-oxidação, os resíduos acetila do acetil-CoA são

oxidados até chegarem a CO2, o que ocorre no ciclo do

ácido cítrico.

Os acetil-coa vindos da oxidação vão entrar nessa via

junto com os acetil-coA provenientes da desidrogenação

e descarboxilação do piruvato pelo complexo enzimático

da piruvato desidrogenase.

Nessa etapa haverá produção de NADH e FADH2 para

suprir de elétrons a cadeia respiratória da mitocôndria,

que os levará ao oxigênio. Junto a esse fluxo de está a

fosforilação do ADP em ATP. Com isso a energia gerada

na oxidação de ácidos graxos vai ser conservada na

forma de ATP.

β-oxidação dos Lipídios

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Em situações de baixa concentração de glicose no

sangue (como jejum prolongado) a β-oxidação é uma

alternativa para a produção de energia (pois libera

FADH2 e NADH).

Consequentemente, há muita produção de acetil-CoA.

O Ciclo de Krebs não consegue absorver todo esse

substrato, estando prejudicado, uma vez que seus

intermediários estão envolvidos na gliconeogênese.

β-oxidação dos Lipídios

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Essas moléculas de acetil-CoA se condensam,

formando Corpos cetônicos, essa condensação acaba

liberando Coenzima A, o que é essencial para que haja

continuidade no Ciclo de Krebs.

Essa produção ocorre principalmente no fígado, que por

sua vez não possui a capacidade de degradar corpos

cetônicos.

Os corpos cetônicos podem ser usados como fonte de

energia no cérebro em casos de desnutrição, nos quais

a disponibilidade de glicose é mínima.

β-oxidação dos Lipídios

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Em situações de baixa concentração de glicose no

sangue (como jejum prolongado) a β-oxidação é uma

alternativa para a produção de energia (pois libera

FADH2 e NADH).

Consequentemente, há muita produção de acetil-CoA.

O Ciclo de Krebs não consegue absorver todo esse

substrato, estando prejudicado, uma vez que seus

intermediários estão envolvidos na gliconeogênese.

β-oxidação dos Lipídios

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Essas moléculas de acetil-CoA se condensam,

formando Corpos cetônicos, essa condensação acaba

liberando Coenzima A, o que é essencial para que haja

continuidade no Ciclo de Krebs.

Essa produção ocorre principalmente no fígado, que por

sua vez não possui a capacidade de degradar corpos

cetônicos.

Os corpos cetônicos podem ser usados como fonte de

energia no cérebro em casos de desnutrição, nos quais

a a disponibilidade de glicose é mínima.

β-oxidação dos Lipídios

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É importante notar que ácidos graxos em sua maioria

não são precursores de glicose no corpo humano por

não termos enzimas que permitam tal tipo de reação.

O que a beta-oxidação promove para a gliconeogênese

é energia para a realização da gliconeogênese, e não

um substrato para a formação de glicose.

β-oxidação dos Lipídios

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Isso acontece porque a maioria dos ácidos graxos de

nossa dieta são pares, que apenas geram acetil-coa com

sua oxidação como foi visto acima, e não conseguimos

sintetizar glicose a partir do acetil-coa.

Somente conseguimos gerar glicose a partir de ácidos

graxos de cadeia de carbonos ímpares, por estas

produzirem no final o succinil-coa que é um intermediário

do ciclo de krebs.

No entanto a quantidade de ácidos graxos de cadeia

ímpar é muito pequena em nossa dieta, portanto quase

não influenciando no processo da gliconeogênese.

β-oxidação dos Lipídios