BIS15 2020 - COTHN · Israel, Outono de 2014 - Os sintomas da doença foram observados pela...
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BIS2020
05 ABR - 11 ABR15
Presidente: Paulo Águas
Design: Helder Coelho
Textos: Ana Paula Nunes, Maria do Carmo Martins
Boletim Informativo Semanal 15 202005 ABR - 11 ABR
Índice de notícias:clique no título
01. Código de Boas Práticas – Prevenção COVID19
03. Construção de um quadro transeuropeu para uma gestão do solo agrícola sustentável e em função do clima
05. Medidas Excecionais do Ministério da Agricultura (Covid-19)
04. Covid-19: Aprovada a retirada de pequenos frutos do mercado
02. ALERTA: Tomato Brown Rugose Fruit Virus
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01. Código de Boas Práticas – Prevenção COVID19
Fonte: COTHN
No âmbito da Pandemia Covid-19, o COTHN-CC elaborou um código de boas práticas para a realização da operação da colheita. Este documento surge da necessidade de identificar um conjunto de medidas que possam ajudar os produtores a organizarem os trabalhos no campo e nas centrais hortofrutícolas em tempo de pandemia Covid-19.
O presente documento baseia-se no Código de Boas Práticas Higiene PP Hortofrutícolas Frescos disponível no site da DGADR que pode consultar , bem como nas indicações da aquiOrganização Mundial de Saúde e opinião técnica do COTHN-CC.
Consulte o no portal do COTHN.documento
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02. ALERTA: Tomato Brown Rugose Fruit Vírus
Fonte: Comissão Europeia
O Tomato Brown Rugose Fruit Virus (TOBRFV) constitui um novo risco fitossanitário para a cultura do tomate e do pimento. Detetado pela primeira vez em Israel em 2014, têm surgido vários focos de infeção, nomeadamente na zona de Almeria em Espanha e mais recentemente em França.
Face à gravidade desta doença, foi publicada a DECISÃO DE EXECUÇÃO (UE) 2019/1615 DA COMISSÃO de 26 de setembro de 2019, que estabelece medidas de emergência para evitar a introdução e a propagação na União do organismo prejudicial «vírus do fruto rugoso castanho do tomateiro» (ToBRFV) em aplicação desde 1 de novembro de 2019. Assim, a partir desta data os lotes de semente colocados no mercado passaram a ser previamente testados. Esta legislação encontra-se actualmente em revisão e será oportunamente divulgada quando aprovada.
A DGAV, em articulação com as DRAP, implementou já um programa de prospeção nacional, o qual incluiu a testagem de lotes de sementes de tomate e pimento colocadas no mercado antes de 1 de novembro de 2019.
Dados os sérios danos que este vírus provoca nas culturas do tomate e do pimento, e atendendo às suas formas de dispersão, que inclui transmissão por contato (ferramentas contaminadas, mãos, roupas, contato direto planta a planta), por insetos polinizadores e material de propagação (enxertos, estacas), devem ser tomados os maiores cuidados na condução destas culturas. Sintomas suspeitos devem ser reportados às DRAP ou à DGAV.
Informação adicional pode ser obtida em https://gd.eppo.int/taxon/tobrfv
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03. Construção de um quadro transeuropeu para uma gestão do solo agrícola sustentável e em função do clima
24 países juntaram forças no Programa Conjunto Europeu EJP SOIL. O objetivo principal é fornecer soluções sustentáveis de gestão dos solos agrícolas que contribuam para os principais desafios da sociedade, incluindo as alterações climáticas e o fornecimento de alimentos no futuro. Nem sempre nos lembramos da importância do solo mas, na verdade, as nossas vidas dependem dele. O solo é o habitat e o fornecedor de nutrientes e de água para as plantas e suas raízes. Solos férteis e produtivos são literalmente o fundamento da nossa existência, pois são o pré-requisito para uma provisão segura de alimentos, fibras, ração animal, madeira e outros tipos de biomassa.
Conservação das funções do soloOs solos albergam uma enorme biodiversidade e contribuem para o fornecimento de uma ampla gama de serviços de ecossistema e, sendo o maior armazenamento de carbono na terra, os solos fazem também a ligação aos desafios climáticos globais. Os solos fazem parte da solução para a realização das metas de desenvolvimento sustentável das Nações Unidas (SDGs).No entanto, o solo é um recurso limitado e a sua degradação, que inclui a erosão, a perda de matéria orgânica, a contaminação e a selagem, são ameaças às funções do solo. A produção intensiva devido à crescente procura global de alimentos e biomassa apenas ampliará os desafios.
Consulte a nota na integra, em anexo no final deste boletim.
Fonte: EJP SOIL
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04. Covid-19: Aprovada a retirada de pequenos frutos do mercado
Foi publicada a 6 de Abril, no Diário da República, a Portaria n.º 88-E/2020, do Ministério da Agricultura, datada do mesmo dia. Este documento «estabelece medidas excepcionais e temporárias no âmbito da pandemia da Covid-19, aplicáveis aos programas operacionais no sector das frutas e produtos hortícolas e respectiva assistência financeira, regulamentados, a nível nacional, pela Portaria n.º 295-A/2018, de 2 de Novembro, alterada pela Portaria n.º 306/2019, de 12 de Setembro».
A portaria indica que, «da análise das situações de mercado dos produtos agrícolas e agroalimentares, por impacto da pandemia Covid-19, foram identificadas perturbações ao nível do escoamento da produção, nomeadamente, no âmbito do subsector hortofrutícola dos pequenos frutos de baga, incluindo a framboesa, a amora, o mirtilo e o morango, em virtude da perda de canais de escoamento, com o aumento de stocks de produtos altamente perecíveis, agravado pela dificuldade de conversão destes produtos para a indústria transformadora, factores estes que estão a provocar fortes quebras de receita nos respectivos produtores». Também é referido que «estes produtos tiveram um crescimento assinalável de mercado, com base numa vocação exportadora e de segmentos de procura de valor acrescentado, estando o subsector a ser fortemente prejudicado em virtude do fecho generalizado dos mercados de destino».
Assim, a portaria vem estabelecer que, «no âmbito da assistência financeira aos programas operacionais no sector das frutas e produtos hortícolas, passa a ser prevista a elegibilidade destes produtos na acção 6.1, «Retiradas de mercado», com vista a contribuir para o ajustamento às expectativas de mercado das respectivas organizações de produtores, apoiando a retirada destes produtos do mercado e destinando-os à distribuição gratuita às organizações caritativas». Por fim, estipula-se que, «a fim de agilizar as alterações dos programas motivadas por perturbações de mercado resultantes da pandemia Covid-19, é ainda generalizada a isenção de autorização prévia a todas as alterações para o ano em curso».
Esta portaria «entra em vigor no dia seguinte ao da sua publicação, aplicando-se aos programas operacionais em execução no ano de 2020». Pode consultar a Portaria n.º 88-E/2020 .aqui
Fonte: Frutas, Legumes e Flores
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05. Medidas Excecionais do Ministério da Agricultura (Covid-19)
Fonte: DGAV
http://srvbamid.dgv.min-agricultura.pt/portal/page/portal/DGV/genericos?generico=38358456&cboui=38358456
· Comunicado do Ministério da Agricultura, de 13 de março ver mais
· Nota informativa do Ministério da Agricultura, sobre o estado de emergência, dirigida ao setor, de 23 de março ver mais
· de 23 de março - Determina os termos do funcionamento de Despacho n.º 3614-F/2020serviços junto da DGAV, das DRAP e do INIAV, durante o estado de emergência
· Mensagem da Sr. Ministra da Agricultura, de 28 de março ver mais
· Ministério da Agricultura lança campanha «Alimente quem o Alimenta», de 30 de março ver mais · de 3 de abril - Estabelece os serviços essenciais e as medidas Despacho n.º 4146-A/2020necessárias para garantir as condições de normalidade na produção, transporte, distribuição e abastecimento de bens e serviços agrícolas e pecuários, e os essenciais à cadeia agroalimentar, no quadro das atribuições dos organismos e serviços do Ministério da Agricultura
ToBRFV Tomato Brown Rugose Fruit Virus
Um Novo Risco
Tomato Brown Rugose Fruit Virus
Um tobamovírus
Apresenta como principais hospedeiros os vegetais de
Solanum lycopersicon (Tomateiro)
Capsicum annuum (Pimenteiro)
Infestantes como Chenopodiastrum murale e Solanum
nigrum podem atuar como reservatório do vírus
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Sintomatologia
Em Tomateiro variam em função da variedade
Cultivares com o gene resistente Tm-22 (usado contra outras tobamoviroses)
são suscetíveis ao ToBRFV.
Os sintomas foliares incluem clorose, mosaico e marmoreado com
afilamento ocasional das folhas.
Pontos necróticos podem aparecer nos pedúnculos, cálices e pecíolos.
Os frutos apresentam manchas amarelas ou acastanhadas, com os sintomas
rugosos que os tornam não comercializáveis. Podem apresentar
deformações, listras e maturação irregular
Em Pimenteiro, os sintomas foliares incluem deformação, amarelecimento e
mosaico. Os frutos são deformados, com áreas amarelas ou acastanhadas
ou riscas esverdeadas.
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Prof. Salvatore Davino Prof. Salvatore Davino
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Diana Godínez Diana Godínez
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Transmissão
O TOBRFV é transmitido por semente, contacto (ferramentas contaminadas,
mãos, roupas, contacto direto planta a planta, insetos polinizadores) e
material de propagação (enxertos, estacas).
Os Tobamovírus podem permanecer infecciosos em sementes, restos de
plantas e solo contaminado durante meses. Encontram-se no revestimento
das sementes e no endosperma, o que pode explicar por que é que os
tratamentos convencionais de desinfecção de semente não são totalmente
eficazes.
Mesmo que a transmissão da semente para a planta seja baixa, a
transmissão por contacto permite uma rápida disseminação dentro de uma
estufa.
Vias de disseminação: Semente, vegetais destinados a plantação com
origem em países onde o ToBRFV ocorre.
O vírus também é transmitido localmente por contacto.
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Um pouco de história
Israel, Outono de 2014 - Os sintomas da doença foram observados pela primeira
vez. No espaço de um ano disseminou-se por todo o país em virtude da ação humana
e do comércio de sementes e estacas infetadas
Jordânia (2015, abril) - Primeira identificação como ToBRFV após deteção de
sintomatologia estranha numa cultura de tomate de estufa que afetou severamente o
valor dos frutos. Incidência em quase 100% da produção
México (2018, setembro e outubro ) - Deteção em dois estados, em tomateiro e
pimenteiro, Desde então, mais de 100 focos detetados em 20 estados, incluindo uma
deteção em beringela
EUA (2018, setembro) - Deteção numa estufa com plantas de tomateiro na Califórnia,
Alemanha (2018, novembro) - Detetados focos inicialmente em 7 estufas produtoras
de tomate numa extensão de 25ha com cerca de 10% dos frutos a apresentar
sintomas. Foram as primeiras deteções na Europa. Concluiu-se que as plantas
eram originárias de outro país. Uma rápida análise de risco concluiu que o vírus
representa um risco elevado para a Alemanha e outros EM da UE
Itália (2018, dezembro) - Primeira deteção, na Sicília, em produção de tomate. 10% a
15% das culturas afetadas embora com sintomas não severos nos frutos Deteções
posteriores em materiais de viveiro e em lotes de semente não italiana
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Um pouco de história (2)
OEPP – Lista de Alerta (2019, janeiro) – após as deteções numa série de países, em
particular a Alemanha e a Itália, e considerando a importância da cultura do tomate, e
também do pimento, na região europeia e mediterrânica, a OEPP coloca este vírus na
sua Lista de Alerta. Os sintomas da doença tornam os frutos não comercializáveis e
uma vez o vírus introduzido numa área as medidas de controlo são muito limitadas e
assentam essencialmente na eliminação das plantas infetadas e em rigorosas
medidas de higiene
Turquia (início de 2019), deteção em estufa de tomate com cerca de 20% das plantas
doentes
China (2019, abril) - Deteção em três estufas de tomate (4000m2) na provincia oriental
de Shandong com uma incidência estimada de 50%
Itália (2019, maio) - Nova deteção, desta vez no norte do país, Piemonte, com cerca
de 15% das plantas de uma cultura hidropónica de 30000m2 de tomate a
apresentarem sintomas da doença. Sintomas menos severos nos frutos.
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Um pouco de história (3)
Publicação pela Itália de uma análise de risco de pragas (PRA) considerando como
área de risco todas as áreas de produção de tomate e pimento, sob coberto (A
transmissão por semente e contacto potenciam a rápida disseminação da doença com
impacto elevado sobre a produção e alto risco de instalação e difusão na área em
estudo) e apontando para a necessidade de medidas fitossanitárias com vista a
evitar novas introduções e controlar a dispersão em áreas já atingidas
Alemanha (2019, julho) - considera, após amostragem intensiva das plantas presentes
nas estufas onde fora detetada a infeção, os seus focos erradicados na sequência dos
resultados negativos em todas as amostras colhidas
Reino Unido (2019, julho) – primeira deteção num local de produção de tomate
UE (2019, junho a setembro) – proposta, discussão, aprovação e publicação de
medidas de emergência, DECISÃO DE EXECUÇÃO (UE) 2019/1615 DA COMISSÃO
de 26 de setembro de 2019, que estabelece medidas de emergência para evitar a
introdução e a propagação na União do organismo prejudicial «vírus do fruto rugoso
castanho do tomateiro» (ToBRFV)
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Um pouco de história (4)
Itália (2019, setembro) – Após as imediatas medidas aplicadas com vista à
erradicação do foco no Piemonte, incluindo incineração da cultura, e considerando a
não deteção do vírus no local e nas suas imediações nas prospeções intensivas que
se seguiram, o foco foi considerado erradicado
Holanda (2019, outubro) – deteção em companhias produtoras de tomate. Cerca de
8% de incidência de sintomas. Infeções cruzadas com PepMV
Grécia (2019, outubro) – primeira deteção num local de produção de tomate em estufa
EUA (2019, novembro) – na sequência da deteção do ToBRFV em vários países,
alteraram os seus requistos à importação de vegetais destinados a plantação,
incluindo sementes, de Solanum lycopersicon e Capsicum spp. quando provenientes
de todos os países e para frutos de tomate e pimento originários do Canadá,
Israel,´México e Holanda
Espanha (2019, novembro) – primeira deteção do ToBRFV numa estufa de produção
de tomate na provincia de Almeria. À data da colheita da amostra, menos de 1% das
plantas apresentavam sintomas.
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Decisão de Execução (UE) 2019/1615
Medidas de emergência para evitar a introdução e a propagação na União do
organismo prejudicial «vírus do fruto rugoso castanho do tomateiro» (ToBRFV)
Incidem sobre vegetais para plantação, de Solanum lycopersicum L. e Capsicum
annuum.
- Dever de informação
- Prospeções anuais do vírus (152 locais programados em PT para 2020), incluindo testes
laboratoriais (PCR e sequenciação)
- Circulação na UE com Passaporte Fitossanitário subordinada a uma de: - A) São originários de áreas onde se sabe que não ocorre o ToBRFV
- B) Para vegetais para plantação, com exceção das sementes: - i) São originários de um local de produção onde se sabe que não ocorre o ToBRFV, com base em inspeções oficiais realizadas no
momento adequado à deteção do vírus; e
- ii) Derivam de sementes originárias de zonas indemnes do organismo especificado ou que foram sujeitas a testes oficiais de
deteção do organismo especificado, com base numa amostra representativa e por recurso a métodos apropriados, que tenham
permitido concluir estarem indemnes do ToBRFV
- C) No caso das sementes, foram realizados uma colheita oficial de amostras e testes oficiais de deteção
do ToBRFV, com base numa amostra representativa e por recurso a métodos apropriados, que tenham
permitido concluir estarem indemnes do ToBRFV.
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Decisão de Execução (UE) 2019/1615 (2)
- Importação na UE com Certificado Fitossanitário subordinada a uma de: - A) São originários de um país terceiro indemne do ToBRFV
- B) São originários de uma área indemne do ToBRFV
- C) Se nem A) nem B) e: - i) Vegetais para plantação, com exceção das sementes - foram produzidos num local de produção registado e supervisionado
pela organização nacional de proteção fitossanitária do país de origem, que se sabe estar indemne do ToBRFV, com base em
inspeções oficiais realizadas no momento adequado à deteção desse organismo, e
- derivam de sementes originárias de zonas indemnes do organismo especificado ou que foram sujeitas a testes oficiais de deteção
do ToBRFV, com base numa amostra representativa e por recurso a métodos apropriados, que tenham permitido concluir estarem
indemnes do ToBRFV,
- Devem estar disponíveis informações que garantam a rastreabilidade dos vegetais especificados para plantação relativamente ao
seu local de produção
- ii) No caso das sementes, foram realizados uma colheita oficial de amostras e testes oficiais de deteção do ToBRFV, com base
numa amostra representativa e por recurso a métodos apropriados, que tenham permitido concluir estarem indemnes do ToBRFV
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Outras Medidas de Proteção Fitossanitária
- Plano de higienização: acesso restrito, desinfeção das máquinas, equipamento e
superfícies, roupas descartáveis
- Limpeza, desinfeção ou substituição do material de embalagem
- Em caso de sintomatologia suspeita, isolamento da estufa em causa e amostragem
para análise laboratorial
- Destruição pelo fogo de plantas infetadas
Informação adicional em https://gd.eppo.int/taxon/tobrfv
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Obrigado
This project has received funding from the European
Union’s Horizon 2020 research and innovation
programme under grant agreement No 652615.
EJP SOIL NOTA de IMPRENSA
março 2020
Construção de um quadro transeuropeu para uma gestão do solo agrícola sustentável e em função do clima
24 países juntaram forças no Programa Conjunto Europeu EJP SOIL. O objetivo principal é fornecer soluções
sustentáveis de gestão dos solos agrícolas que contribuam para os principais desafios da sociedade,
incluindo as alterações climáticas e o fornecimento de alimentos no futuro.
Nem sempre nos lembramos da importância do solo mas, na verdade, as nossas vidas dependem dele. O solo é
o habitat e o fornecedor de nutrientes e de água para as plantas e suas raízes.
Solos férteis e produtivos são literalmente o fundamento da nossa existência, pois são o pré-requisito para
uma provisão segura de alimentos, fibras, ração animal, madeira e outros tipos de biomassa.
Conservação das funções do solo
Os solos albergam uma enorme biodiversidade e contribuem para o fornecimento de uma ampla gama de
serviços de ecossistema e, sendo o maior armazenamento de carbono na terra, os solos fazem também a
ligação aos desafios climáticos globais. Os solos fazem parte da solução para a realização das metas de
desenvolvimento sustentável das Nações Unidas (SDGs).
No entanto, o solo é um recurso limitado e a sua degradação, que inclui a erosão, a perda de matéria orgânica,
a contaminação e a selagem, são ameaças às funções do solo. A produção intensiva devido à crescente procura
global de alimentos e biomassa apenas ampliará os desafios.
Através da gestão sustentável do solo, é possível preservar e até melhorar a prestação de serviços de
ecossistema pelo solo e sua biodiversidade. A gestão do solo também pode ser inteligente em relação ao
clima, contribuindo para mitigar as alterações climáticas pelo armazenamento de carbono e adaptando os
ecossistemas agrícolas às alterações climáticas.
A gestão sustentável e inteligente em relação ao clima do solo é a resposta adequada aos desafios societais
fundamentais. O Programa Europeu de Ação Ambiental, a FAO e outras iniciativas internacionais estão todos a
exigir um maior conhecimento sobre a gestão sustentável do solo e a proteção das funções do solo.
Um esforço europeu para uma gestão sustentável do solo
Neste contexto, os objetivos do Programa Conjunto Europeu EJP SOIL são o desenvolvimento de
conhecimento, de ferramentas e de uma comunidade de investigação integrada, para promover a gestão
sustentável e inteligente em relação ao clima do solo agrícola, i. e. uma gestão do solo agrícola que permita a
produção sustentável de alimentos, conserve a biodiversidade do solo assim como as outras funções que estão
na base dos serviços do ecossistema prestados pelo solo.
This project has received funding from the European
Union’s Horizon 2020 research and innovation
programme under grant agreement No 652615.
O EJP SOIL integra 26 parceiros de 24 países. Juntamente com a Comissão Europeia, os parceiros têm um
orçamento conjunto (80M€) e capacidade para aumentar a contribuição dos solos agrícolas para os principais
desafios da sociedade, incluindo a adaptação e mitigação das alterações climáticas, a produção agrícola
sustentável, a prestação de serviços de ecossistema e a prevenção e a mitigação da degradação do solo e da
terra.
Roteiro para a gestão sustentável do solo
A implementação de uma gestão sustentável do solo, inteligente em relação ao clima, difere de região para
região, entre práticas agrícolas e obviamente entre diferentes tipos de solo. Como uma das suas primeiras
atividades, o EJP SOIL envolverá as partes interessadas, ao nível nacional e europeu, na identificação de
lacunas de conhecimento e diferenças nas atividades regionais e nacionais existentes. O inventário,
estabelecerá a linha de base do conhecimento e as ferramentas disponíveis nos países parceiros e ajudará a
identificar prioridades de investigação. Isso permitirá a construção de um roteiro que funcione como uma
agenda de investigação estratégica que permita a tomada de decisões estratégicas em questões de ciência, de
política e implementação em toda a Europa.
O EJP SOIL desenvolverá informação do solo harmonizada e facilmente acessível, contribuindo para relatórios
internacionais sobre os solos agrícolas. Os esforços combinados fortalecerão uma comunidade de investigação
multidisciplinar que trabalhe em solos agrícolas, integrada numa rede mais ampla de interessados e, por meio
de uma abordagem colaborativa o EJP SOIL apoiará a criação de redes, o início de projetos transnacionais e a
formação de doutorados, formação educacional, disseminação e comunicação.
Conscencialização, orientações e aconselhamento sobre políticas
O EJP SOIL procurará aumentar a consciencialização do público em geral e melhorar a compreensão da gestão
do solo agrícola.
Agricultores, proprietários da terra, gestores de terra e da indústria terão acesso a orientações específicas para
práticas sustentáveis de gestão do solo, tecnologias e ferramentas para a contabilização do do carbono no
solo. Como parte do desenvolvimento do roteiro, o inventário analisará os modelos atuais de contabilização da
qualidade do solo e do carbono no solo nos vários países parceiros. Entre outros resultados, isso permitirá
implementar opções de gestão do solo agrícola, tendo em conta o armazenamento de carbono orgânico do
solo e nas emissões de gases com efeito de estufa.
Ao nível político, o objetivo é identificar lacunas de dados e necessidades prioritárias de novos conhecimentos
e fortalecer recomendações baseadas em evidências para a formulação de políticas aos níveis europeu,
nacional e regional.
O programa EJP SOIL recebeu financiamento do programa de investigação e inovação Horizonte 2020 da União
Europeia sob o contrato de subvenção n. ° 652615
Informação dos contactos
Coordenadora do EJP SOIL: Coordenadora do EJP SOIL: Claire Chenu INRAE. Endereço de e-mail:
Mais informação
Para obter mais informações sobre o EJP SOIL, visite www.ejpsoil.org e assine o boletim informativo do
programa.
No site, poderá encontrar informações de contato dos parceiros nacionais e representantes do programa.