Blogue pief 1ª participação
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BLOG – PIEF (8º C)
PARTICIPAÇÃO DA EQUIPA TÉCNICO-PEDAGÓGICA
Revisitando Paulo Freire na sua vasta obra sobre Pedagogia e Educação1 encontramos, na sinopse
do seu pensamento, elos de ligação inconfundíveis com a proclamação do acto de estudar na sua
vertente transformadora, onde o autor lhe atribui importância enquanto forma de pensar a prática e
dá visibilidade à premissa que pensar a prática é a melhor maneira de pensar certo.
Evidências de um tempo remoto que encontra uma ancoragem no presente e assume a centralidade
do actual discurso político sobre educação. Exultam-se os processos de alfabetização e formação de
adultos, formação de públicos jovens menos favorecidos, entre outros, que assumem um
compromisso com a informalidade das experiências adquiridas no quotidiano como sendo
necessárias para a validação de competências e aprendizagens evidenciadas ao longo dos processos
de vida de cada formando, num movimento dinâmico, onde a prática e a teoria se diluem, para fazer
e refazer o conhecimento que dá suporte à nossa actividade.
É neste quadro de fundamentação que nos posicionamos enquanto educadores de uma Turma PIEF.
Apoiados numa vasta experiência pessoal transmitimos o conhecimento necessário que se
entrecruza e revê nas formalidades dos programas, na experiência de vida de cada estudante, para
devolver aos alunos um conhecimento coado pelo filtro do tempo e que se assume nas práticas
pedagógicas colectivamente assumidas, nas quais, de forma insistente, se procura evidenciar a
veracidade das palavras de Francisco Marta ao fazer acreditar que existem lugares onde podemos
experimentar a possibilidade de fazer magia.
MAGIA aqui entendido enquanto conceito distanciado da ilusão fácil, mas próximo e equidistante
das qualidades do acto transformador que Paulo Freire fez brotar das sementeiras temporãs das suas
considerações em torno do acto de estudar. A força indesmentível da palavra como meio
transformador, veículo de transfusão e de credibilização de práticas. Da expressão motora e física à
expressão artística, uma mobilização articulada de saberes que transformam os diversos contextos
formais de aprendizagem em locais seguros, onde as diversas actividades evidenciam a magia!
Da teorização dos conhecimentos adquiridos ao longo de uma vida e de um percurso escolar
anterior, revendo-se em contextos formais, informais e não formais de aprendizagem, à prática
assumida por cada um dos actores, individualmente, um longo percurso comunitariamente
desenvolvido, repleto de emoção, sentimentos, partilha e relações recíprocas de crescimento e
desenvolvimento pessoal que nos impele para a conquista da nossa libertação enquanto seres
meramente aprendentes e nos faz acreditar que existirá sempre esperança! Eis o nosso PIEF.
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Freire, P. (1977) Acção cultural para a libertação e outros escritos. Moraes Editores, Lisboa.
1 Freire, P. (1977) Acção cultural para a libertação e outros escritos. Moraes Editores, Lisboa.
SÚMULA DAS ACTIVIDADES DESENVOLVIDAS
Foram muitas as actividades desenvolvidas ao longo deste ano lectivo com a turma C do 8º Ano.
Iniciámos com uma semana de acolhimento aos alunos que se repartiu por inúmeras actividades:
jogos desportivos, pequeno-almoço, almoço de grupo, jogos de apresentação, entre muitas
conversas informais e reuniões.
O mês de Setembro, apesar de curto, foi muito intenso. Celebrámos em conjunto o aniversário de
um dos alunos, Gonçalo Costa. Um primeiro momento de partilha e conhecimento afectivo. A
emoção de ser professor ao rubro e em transformação.
Seguiu-se Outubro. Muito desporto. Muito Voleibol. Avançámos com um projecto, Acção Volley
Tools que contemplou várias actividades: marcação de campos de jogo, apoio a aulas no 1º CEB,
organização de torneios e três acções de formação por todo o distrito. Também foram preparadas
muitas iniciativas ligadas ao Halloween, onde a expressão plástica e artística se evidenciaram
perante o rol de competências entretanto trabalhadas na componente curricular. Também
experimentámos a confecção de doce de abóbora que serviu de mote para angariação de fundos para
as actividades da Escola. Foi um momento delicioso! Neste mês a equipa pedagógica preparou duas
saídas de campo: visita à AMALGA e ao Moinho de Vento de Castro Verde para sensibilização
ambiental e cultural.
Novembro. Mês de São Martinho, muita castanha e… muita actividade nesta Escola. Os alunos
prepararam na ART, associação que os acolhe, um pequeno magusto com convites estendidos a
todos os professores e técnicos que acompanham a turma. Os alunos também saíram da Escola para
conhecer a grande capital – LISBOA. No roteiro, uma visita aos principais monumentos à Torre de
Belém e ao Mosteiro dos Jerónimos. Também se reservou tempo para as comemorações dos
Direitos das Crianças onde os alunos prepararam e criaram uma bandeira que mais tarde hastearam
publicamente. Mas o mês de Novembro ficou verdadeiramente marcado pelas inúmeras actividades
de preparação do Dia Mundial da Sida. Os alunos preparam uma sala, com a ajuda dos professores,
e decoraram a mesma com painéis de sensibilização. Seleccionaram um filme educativo sobre a
doença e prepararam um banco de questões para apresentar aos alunos do ensino básico da Escola.
Mês de Dezembro. Mais desporto. Mais voleibol. Depois da organização de formação para
monitores, a turma foi implacável na dinamização de um Torneio Inter escolar que reuniu mais de
90 alunos na nossa Escola. Mês de Natal. Mês de sentimentos e de partilha. Foi numa verdadeira
partilha de saberes que em conjunto se ergueu a maior árvore de Natal da Escola que foi exibida no
Bloco de Aulas da escola. Segue-se o segundo período e a magia do PIEF vai continuar a “instalar”
o Kaos por toda a comunidade educativa.