Boletim 4 Ebola

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Boletim Epidemiológico Universidade Católica de Brasília – UCB Vigilância em Saúde – Grupo 4 Integrantes: Bianca, Dayse, Lucas, Maria Clara, Tacila, Vanessa e Walkyria. Resumo A Doença pelo Vírus Ebola (DVE) é causada por vírus da família Filoviridae, gênero Ebolavírus. Quando a infecção ocorre, os sintomas geralmente começam de forma abrupta. A primeira espécie de vírus Ebola foi descoberta em 1976, onde atualmente é a República Democrática do Congo, próximo ao rio Ebola. Desde então, os surtos têm ocorrido esporadicamente. cinco subespécies identificadas do vírus Ebola. Quatro dos cinco têm causado doenças nos seres humanos. A doença do vírus Ebola (anteriormente conhecida como febre hemorrágica Ebola) é uma doença grave, muitas vezes fatal, com uma taxa de letalidade que pode chegar até os 90%. De acordo com as evidências científicas disponíveis, o vírus é zoonótico e o morcego é o reservatório mais provável. Quatro dos cinco subtipos ocorrem em hospedeiro animal nativo da África. Ebola é introduzido na população humana por meio de contato direto com o sangue, secreções, órgãos ou outros fluidos corporais de animais infectados. Na África, os surtos provavelmente originam-se quando pessoas têm contato ou manuseiam a carne crua de chimpanzés, gorilas Aspectos Epidemiológicos e monitoramento do Vírus Ebola (DVE), suas vigilâncias e precauções no âmbito internacional e Nacional.

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Boletim

Epidemiológico

Universidade Católica de Brasília – UCB Vigilância em Saúde – Grupo 4

Integrantes: Bianca, Dayse, Lucas, Maria Clara, Tacila, Vanessa e Walkyria.

Resumo

A Doença pelo Vírus Ebola (DVE) é causada por vírus da família Filoviridae, gênero Ebolavírus. Quando a infecção ocorre, os sintomas geralmente começam de forma abrupta. A primeira espécie de vírus Ebola foi descoberta em 1976, onde atualmente é a República Democrática do Congo, próximo ao rio Ebola. Desde então, os surtos têm ocorrido esporadicamente.

Há cinco subespécies identificadas do vírus Ebola. Quatro dos cinco têm causado doenças nos seres humanos. A doença do vírus Ebola (anteriormente conhecida como febre hemorrágica Ebola) é uma doença grave, muitas vezes fatal, com uma taxa de letalidade que pode chegar até os 90%. De acordo com as evidências científicas disponíveis, o vírus é zoonótico e o morcego é o reservatório mais provável. Quatro dos cinco subtipos ocorrem em hospedeiro animal nativo da África.

Ebola é introduzido na população humana por meio de contato direto com o sangue, secreções, órgãos ou outros fluidos corporais de animais infectados. Na África, os surtos provavelmente originam-se quando pessoas têm contato ou manuseiam a carne crua de chimpanzés, gorilas infectados, morcegos, macacos, antílopes florestais e porcos-espinhos encontrados doentes ou mortos ou na floresta.

Ebola no Brasil

Pelas características da infecção pelo Ebola, a possibilidade de ocorrer uma disseminação global do vírus é muito baixa. Desde sua descoberta em 1976, o vírus tem produzido, ocasionalmente, surtos em um ou mais países africanos, sempre muito graves pela alta letalidade, mas, autolimitados. A seriedade do atual surto é a sua extensão, atingindo três países e a demora em se atingir seu controle. Isso ocorre pela precariedade dos serviços de saúde nas áreas em que ocorre a transmissão, que não dispõem de equipamentos básicos de proteção aos profissionais de saúde e aos demais pacientes, bem

Aspectos Epidemiológicos e monitoramento do Vírus Ebola (DVE), suas vigilâncias e precauções no âmbito internacional e Nacional.

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como pelas práticas e tradições culturais de manter pacientes em casa, inclusive escondendo sua condição das autoridades sanitárias, e a realização de rituais de velórios em que os parentes e amigos têm bastante contato com o corpo do falecido.

No Brasil, não há circulação natural do vírus Ebola em animais silvestres, como em várias regiões da África.

Ainda que no Brasil não tenha sido confirmado nenhum caso de doença do vírus Ebola (DVE), é importante o desenvolvimento de ações específicas para o fortalecimento das atividades de detecção e resposta frente à ocorrência dessas emergências. No Brasil não há casos confirmados da doença. As infecções estão concentradas na República de Guiné, em Serra Leoa e na Libéria. No Distrito Federal, o hospital de referência pra possíveis casos é o Hospital Regional da Asa Norte (HRAN).

Evolução da Doença

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Anos 1970 Anos 1990 Anos 2000 2011 - 20140

500

1000

1500

2000

2500

3000

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Número de ÓbitosNúmero de Casos

Dados retirados do site da OMS de 8 de Agosto de 2014.

Os dados do gráfico acima são referentes à evolução do número de casos de Ebola na África e número de óbitos no período de 1970 a 2014.

“Doenças antigas em contextos novos consistentemente trazem novas surpresas” diretora Geral da OMS, Marcharet Chan

Discussão

O ebola é uma doença de notificação compulsória imediata que deve ser realizada pelo meio mais rápido disponível, de acordo com a portaria nº 1.271, de 6 de junho de 2014.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) tem chamado atenção para o surto do Ebola em países da região ocidental da África, por se tratar do mais extenso e duradouro surto da doença, com a letalidade de 68%. De acordo com as características do vírus há uma improvável disseminação para outros continentes, porém, pode haver uma detecção em qualquer parte do mundo em viajantes provenientes

de países com transmissão. Nestes casos, se houver passageiros com sintomas durante viagens as equipes de bordo aplicarão todas as normas internacionais vigentes e informará as autoridades responsáveis, visando sempre à proteção dos outros passageiros. No caso de a viagem ter sido realizada durante o período de incubação, o serviço de saúde que for procurado pelo viajante deverá

Todo caso suspeito deve ser realizada a notificação imediata pelo profissional de saúde ou pelo serviço que prestar o primeiro atendimento ao paciente às autoridades de saúde das secretarias municipais, estaduais e a secretaria de Vigilância em Saúde por email [email protected] ou telefone 0800 644.6645, ou formulário eletrônico no site SVS.

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notificar imediatamente o caso para as secretarias de saúde.

Protocolo

A detecção de casos suspeitos de DVE em tempo hábil é fundamental para uma resposta rápida e efetiva, buscando interromper a cadeia de transmissão da doença. É importante sensibilizar os profissionais da saúde, a fim de identificar os casos suspeitos, prováveis e os contactantes para garantir uma resposta ampla e eficaz por esse serviço. Identificado um caso suspeito, é necessária a imediata notificação a SMS, SES e MS, para que os mesmos façam o monitoramento dos contactantes, encaminhar o paciente suspeito para isolamento, para tratamento de suporte, necessárias medidas de biossegurança e precauções de contato com o paciente, destinação e manuseio de resíduos do mesmo. De imediato deve ser feita a coleta de amostras para diagnóstico etiológico, essas amostras devem ser encaminhadas ao IEC (Instituto Evandro Chagas, localizado no Pará e vinculado à Secretaria de Vigilância e Saúde), caso dê positivo, o paciente deve ser mantido em isolamento e ministrado o tratamento de suporte desse paciente, e um efetivo monitoramento dos contactantes. Caso dê negativo, haverá uma investigação para outras doenças.

Transmissão/ Sintomas

Tratamento

Não há tratamento específico que cure o Ebola. Alguns tratamentos experimentais têm sido testados, mas ainda não estão disponíveis para uso geral. Os pacientes de Ebola requerem tratamento de suporte intensivo, realizado em hospitais de referência para tratamento de doenças infecciosas graves. Eles geralmente ficam desidratados e precisam de fluidos intravenosos ou de reidratação oral

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com soluções que contenham eletrólitos. Alguns pacientes podem se recuperar se receberem tratamento médico adequado.

Diagnóstico Laboratorial

Sempre que surgir um caso suspeito de ebola no Brasil, a amostra de sangue do paciente será encaminhada ao Instituto Evandro Chagas, em Belém. Lá funciona o mais completo laboratório de virologia da América Latina. É o único no país que dispõe de instalações com o nível de segurança três, numa escala internacional de zero a quatro. O resultado fica pronto em até seis horas. Se der positivo, o material é lacrado e colocado num freezer com cadeado. Depois, ele será enviado para o Centro de Controle de Doenças (CDC), de Atlanta, nos EUA, para ser cultivado e analisado. Nas Américas, apenas o CDC dispõe de um laboratório nível quatro, necessário para multiplicar o ebola em segurança.

Indicadores

Os indicadores de saúde são utilizados como instrumentos de gestão e colaboram para o conhecimento das condições de saúde da população, permitindo comparações de modelos de saúde de modo individual ou populacional, subsidiando ações para elaboração de planejamento visando à melhoria das condições sociais de saúde. A qualidade de um indicador depende dos dados de componentes

utilizados em sua formulação, como frequência de casos, população em risco e da precisão dos sistemas de informação empregados (registro, coleta, transmissão dos dados). No Brasil, a produção e a utilização de informações sobre saúde se processam em um contexto complexo de relações institucionais, compreendendo variados mecanismos de gestão e financiamento.

No que diz respeito ao Ebola, não se podem ser produzidos indicadores de saúde pelo fato de não terem sido registrado casos pertinentes à doença em questão. Contudo, frente a um caso suspeito de ebola, o encaminhamento do paciente, o manejo clínico, o fluxo de exames e informações serão orientados diretamente pelo ministério da saúde, em articulação com as secretarias estaduais e municipais de saúde.

Conclusão

A doença do vírus do Ebola (DVE) é considerada uma epidemia e apesar de ser um vírus altamente contagioso, de fácil, rápida disseminação e alta letalidade. O Brasil possui planos de contingência, ou seja, ações que tem como objetivo impedir a entrada do vírus no país. Porém, caso isso ocorra, há toda uma mobilização e preparação em prol de impedir que essa doença se alastre pelo país.

Bibliografia

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Secretaria da Saúde. Doença pelo vírus Ebola

http://www.saude.df.gov.br/images/Informativos/DVE_para_populacao_em_geral_.pdf

Secretaria da Saúde. Informe técnico e orientações para as ações de vigilância e serviços de saúde de referência

http://www.saude.df.gov.br/images/Informativos/EBOLA_-Informe_Tecnico_3.pdf

Secretaria da Saúde. Protocolo de vigilância e manejo de casos suspeitos de doença pelo vírus Ebola (DVE)http://www.saude.df.gov.br/images/Informativos/EBOLA_PROTOCOLO_DE_VIGILANCIA_E_MANEJO_DE_CASOS_SUSPEITOS_-_Versao_1_-_08ago2014_2.pdf

Secretaria da Saúde.Profissionais doHRSamrecebemtreinamentosobreVírus Ebola http://www.saude.df.gov.br/noticias/item/5932-%E2%80%8Bprofissionais-do-hrsam-recebem-treinamento-sobre-v%C3%ADrus-ebola.html

Pereira, Mauricio Gomes- Epidemiologia: teoria e prática/ Mauricio Gomes Pereira- Rio de Janeiro- Guanabara Koogan, 2008.