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BOLETIM ABRIFAR 03/2015- O que é e como funciona uma impressora 3D As impressoras 3D conseguem imprimir qualquer tipo de coisa utilizando a tecnologia de impressão tridimensional. Os materiais usados na impressão costumam ser resina plástica e modelagens com laser. Com elas é possível criar os mais diversos tipos de objetos, como peças decorativas, alimentos e até mesmo tatuagem. As máquinas fazem sucesso. Se antes era necessário desenhar um determinado produto para depois projetá-lo e, somente então, poder produzir um protótipo, as impressoras 3D fazem todo este trabalho apenas com cliques no computador. Basta ter um aplicativo que desenvolva objetos em 3D. Além de rápidas, as impressoras não apresentam materiais tóxicos na fabricação, e os materiais utilizados para impressão não se deformam com o tempo. O equipamento, que já era utilizado por grandes empresas, chegou com alto custo para o público, mas vem diminuindo o preço gradativamente e hoje já existe modelos bem acessíveis no mercado. Na década de 1980, quando a impressora 3D foi criada, seu principal uso era fabricar peças para a indústria automobilística, que se aproveitou da possibilidade de rapidamente produzir protótipos e testá-los antes de criar todas as ferramentas para a linha de produção. Desde então, armas, chocolate, canetas, brinquedos, roupas espaciais já saíram de dentro do equipamento. Nos últimos três anos, foi o setor de saúde que passou a investir na tecnologia. (http://www.techtudo.com.br/artigos/noticia/2012/01/o-que-e-impressora-3d.html) Impressora 3D e a medicina Plásticos e metais estão sendo agora utilizados para criar: réplicas personalizadas de órgãos ou partes do esqueleto que permitem o planejamento preciso de cirurgias; guias cirúrgicas que indicam lugar de cortes e inserções; implantes que substituem ossos ou corrigem problemas de formação de órgãos; e próteses para membros mutilados. O princípio da impressora 3D é o mesmo da convencional. No lugar de tinta, cientistas introduzem no aparelho pó, gel ou filamento de metal ou de plástico, que, no lugar de letras, imprime camada por camada peças tridimensionais como dedos, crânios ou dentes. A técnica permite uma personalização sem precedentes na medicina. Para criar um crânio de plástico de um paciente, por exemplo, são utilizadas como base imagens de ressonância magnética ou tomografia computadorizada da pessoa, de modo que a cópia saia idêntica ao original. Cientistas acreditam que, no futuro, será possível, em vez de

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BOLETIM ABRIFAR 03/2015-

O que é e como funciona uma impressora 3D As impressoras 3D conseguem imprimir qualquer tipo de coisa utilizando a tecnologia de impressão tridimensional. Os materiais usados na impressão costumam ser resina plástica e modelagens com laser. Com elas é possível criar os mais diversos tipos de objetos, como peças decorativas, alimentos e até mesmo tatuagem. As máquinas fazem sucesso. Se antes era necessário desenhar um determinado produto para depois projetá-lo e, somente então, poder produzir um protótipo, as impressoras 3D fazem todo este trabalho apenas com cliques no computador. Basta ter um aplicativo que desenvolva objetos em 3D. Além de rápidas, as impressoras não apresentam materiais tóxicos na fabricação, e os materiais utilizados para impressão não se deformam com o tempo. O equipamento, que já era utilizado por grandes empresas, chegou com alto custo para o público, mas vem diminuindo o preço gradativamente e hoje já existe modelos bem acessíveis no mercado.  Na década de 1980, quando a impressora 3D foi criada, seu principal uso era fabricar peças para a indústria automobilística, que se aproveitou da possibilidade de rapidamente produzir protótipos e testá-los antes de criar todas as ferramentas para a linha de produção. Desde então, armas, chocolate, canetas, brinquedos, roupas espaciais já saíram de dentro do equipamento. Nos últimos três anos, foi o setor de saúde que passou a investir na tecnologia. (http://www.techtudo.com.br/artigos/noticia/2012/01/o-que-e-impressora-3d.html)

Impressora 3D e a medicina

Plásticos e metais estão sendo agora utilizados para criar: réplicas personalizadas de órgãos ou partes do esqueleto que permitem o planejamento preciso de cirurgias; guias cirúrgicas que indicam lugar de cortes e inserções; implantes que substituem ossos ou corrigem problemas de formação de órgãos; e próteses para membros mutilados.

O princípio da impressora 3D é o mesmo da convencional. No lugar de tinta, cientistas introduzem no aparelho pó, gel ou filamento de metal ou de plástico, que, no lugar de letras, imprime camada por camada peças tridimensionais como dedos, crânios ou dentes. A técnica permite uma personalização sem precedentes na medicina. Para criar um crânio de plástico de um paciente, por exemplo, são utilizadas como base imagens de ressonância magnética ou tomografia computadorizada da pessoa, de modo que a cópia saia idêntica ao original. Cientistas acreditam que, no futuro, será possível, em vez de

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metal ou plástico, utilizar células vivas como matéria-prima das peças - a chamada biotinta. Nesse processo, serão impressos órgãos idênticos aos naturais, o que pode acabar com as filas de espera para transplantes.

E falando em criações para a cura e manutenção do bem estar das pessoas, a impressora 3D já salvou a vida de uma criança. Isso aconteceu na China. A garotinha, de 3 anos, apresentava hidrocefalia (grave doença que faz com que o líquido cerebral fique acumulado na caixa craniana, expandindo o espaço do crânio gerando pressão no cérebro). A impressora 3D foi utilizada para criar um ”crânio” artificial com placas de titânio, algo essencial para salvar a vida da criança. Depois de 17 horas de cirurgia, a menina obteve com sucesso a parte de cima da cabeça, impressa com tecnologia tridimensional.  (http://veja.abril.com.br/noticia/ciencia/medicina-­‐impressa-­‐os-­‐avancos-­‐que-­‐a-­‐tecnologia-­‐3d-­‐trouxe-­‐a-­‐saude/)   Mais usos para impressoras 3D na medicina: - Imprimir células tronco embrionárias humanas

- Imprimir vasos sanguíneos e tecido cardíaco

- Imprimir pele

- Consertar um coração partido: Pesquisadores estão trabalhando no desenvolvimento de um “conserta-coração” feito de células impressas em 3D que reparam corações partidos.

- Imprimindo cartilagens e ossos

- Estudar câncer com células impressas

- Imprimir órgãos

Podemos criar órgãos ao invés de transplantá-los? Essa foi a questão que o cirurgião Anthony Atala perguntou durante um TED talk em 2010, que se tornou viral. Dez anos atrás, Atala, que dirige o Wake Forest Institute for Regenerative Medicine, pegou células-tronco de um paciente com falência de bexiga, cresceu uma nova bexiga e transplantou no paciente. As pesquisas mais recentes de Atala estão focadas em órgãos impressos, e ele demonstrou em um experimento recente um transplante de rins.

(http://academiamedica.com.br/7-usos-incriveis-para-impressoras-3d-na-medicina/)

 

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E a tecnologia chegou à indústria farmacêutica

No curto período de tempo desde seu surgimento, a impressão 3D se tornou incrivelmente importante na área médica. Graças a essa tecnologia, foi possível desde criar próteses mais avançadas a desenvolver aparelhos que corrigem imperfeições em nossos órgãos – e até mesmo criar substitutos deles, no futuro. E agora acabamos de ter mais um avanço bastante interessante na área: remédios impressos.

A façanha foi alcançada pela empresa farmacêutica Aprecia Pharmaceuticals, com o remédio contra epilepsia Spritam. Segundo um anúncio de imprensa oficial, ela não apenas teria desenvolvido um remédio totalmente impresso em 3D, como também seria a primeira a ter uma droga fabricada dessa forma aprovada pela Administração de Comida e Drogas dos Estados Unidos (a famosa FDA).

Medicamentos melhorados

É claro que, a esse ponto, muitos devem estar se perguntando quanto ao que realmente muda para melhor na eficiência desses remédios – afinal, um comprimido parece não ser muito além de um acumulado de químicos. Mas o fato é que há sim diferenças positivas.

Uma delas, por exemplo, é que esses remédios são feitos de maneira a dissolver muito mais rápido em contato com a água. E não estamos brincando quanto falamos “muito”, nesse caso: como o vídeo abaixo mostra bem, o menor contato com a água já faz com que um comprimido se desfaça em instantes, enquanto uma droga comum chega a levar um minuto para tal.

Pode parecer uma mudança pequena, mas no caso de um comprimido com concentrações grandes (de até 1.000 mg) faz toda a diferença. Basta pensar no número de pessoas que evitam tomar um remédio por ele ser grande demais e, por sua vez, difícil de engolir; com a tecnologia da Aprecia, chamada “ZipDose”, basta um gole d’água para que isso não seja mais problema.

Igualmente útil, principalmente no caso de remédios infantis, é a possibilidade de utilizar o sistema para novas técnicas de mascarar o sabor de um comprimido.

Não limitando-se a isso, uso da impressão 3D permite que um produto seja adaptado especificamente para as necessidades do paciente, no lugar de ser uma fabricação padronizada em massa. A única preocupação que isso gera é que um método como esses tende a ser mais caro; se realmente vai pesar no bolso dos consumidores ou não, só saberemos no começo de 2016, quando o Spritam chegar ao mercado oficialmente.

(http://www.tecmundo.com.br/medicina/84200-remedio-feito-impressao-3d-aprovado-eua-primeira-vez-video.htm) Esperamos que tenham se interessado pela leitura e que de alguma forma possa ser utilizada como fonte de informações para uso e conhecimento. Para leitura das notícias na íntegra acessar o link referente a cada notícia. Elaboração: Fabiana C. Palma e Alessandra F. Klapper