Boletim DCR nº 060 - janeiro de 2013 - olade.org · Números do Setor ... 70 operações, no valor...
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Publicado em 13.02.2013
EDIÇÃO No 60
Janeiro/2013
SUMÁRIO Destaques 2
Biodiesel
Produção e Capacidade 9
Atos Normativos 9
Localização de Unidades Produtoras
10
Preços e Margens 10
Entregas dos Leilões 12
Preço das Matérias‐Primas 12
Participação das Matérias‐Primas
15
Produção Regional 17
Não Conformidades no Diesel B
18
Consumo Internacional 18
Etanol
Produção e Consumo 19
Atos Normativos 20
Exportação e Importações 21
Frota Flex‐Fluel 21
Preços da Cana‐de‐Açúcar 22
Preços 22
Margens 23
Paridade de Preços 24
Preços do Açúcar 24
Não Conformidades 25
Consumo Internacional 25
Biocombustíveis
Variação de Matérias‐Primas e do IPCA
26
Números do Setor 26
APRESENTAÇÃO
Nesta edição, são apresentadas informações e dados atualizados relativos a produção e preços de biocombustíveis. Como destaques principais do mês, temos:
O aniversário de 5 anos deste Boletim Mensal dos Combustíveis Renováveis;
As alterações na Resolução ANP que regulamenta as regras de contratação entre o produtor e distribuidor de etanol;
A prorrogação de programa de apoio à renovação e implantação de canaviais pelo BNDES;
O investimento de R$ 600 milhões em etanol de segunda geração pelo BNDES;
A publicação, pelo governo canadense, dos resultados do primeiro voo utilizando 100% de bioquerosene de aviação;
A análise conjuntural da soja pelo CEPEA;
A América Latina como foco da Embrapa para cooperação internacional em 2013;
A realização de convênio para o desenvolvimento de bioquerosene de aviação pela Argentina; e
A ampliação da mistura obrigatória de biodiesel no Uruguai para B5; e
A assinatura de acordo entre a Embrapa e empresa norte‐americana para pesquisa em pinhão‐manso.
O Boletim é parte do esforço contínuo do Departamento de Combustíveis Renováveis (DCR) em tornar transparentes as informações sobre biocombustíveis, divulgando‐as de forma consolidada a agentes do setor, órgãos públicos, universidades, associações, imprensa e público em geral.
O Boletim é distribuído gratuitamente por e‐mail e está disponível para consulta no endereço virtual www.mme.gov.br/spg/menu/publicacoes.html.
Muito obrigado,
A Equipe do DCR
Ministério de Minas e Energia Secretaria de Petróleo, Gás Natural e Combustíveis Renováveis Departamento de Combustíveis Renováveis
BOLETIM MENSAL DOS COMBUSTÍVEIS RENOVÁVEIS
BOLET IM MENSAL DOS COMBUST ÍVE I S RENOVÁVE I S NO 60 JANEIRO/2013
2Página
DESTAQUES Boletim Mensal dos Combustíveis Renováveis completa 5 anos de existência
Esta edição nº 60 do Boletim Mensal dos Combustíveis Renováveis significa mais um ano de esforço em compilar informações relevantes sobre etanol e biodiesel e disponibilizá‐las de modo transparente e sistemático à sociedade. Atualmente, são cerca de dois mil leitores cadastrados na lista de distribuição que recebem o Boletim, mensalmente, de forma gratuita. Outros leitores consultam diretamente o Boletim por meio do Portal do Ministério de Minas e Energia na Internet. O Departamento de Combustíveis Renováveis – DCR agradece todas as críticas, sugestões e elogios realizados ao longo desses cinco anos. Tudo isso foi muito importante para que o Boletim se tornasse referência em biocombustíveis tanto no Brasil como em outros países.
Alterações na Resolução ANP nº 67/2011, que regulamenta as regras de contratação entre o produtor e o distribuidor de etanol
Com o objetivo de ajustar a regulamentação sobre a aquisição e a formação de estoque de etanol anidro no país para a próxima safra, a ANP publicou a Resolução nº 5/2012, que corrige e esclarece alguns pontos da Resolução ANP nº 67/2011.
A Resolução ANP nº 67/2011 teve a sua redação alterada no art. 5º, que regula o estoque de etanol anidro daqueles que optarem pela Compra Direta. A nova redação ratificou que não serão considerados, para fins de comprovação do estoque próprio, os estoques de terceiros e as notas fiscais de venda de fornecedor de etanol para distribuidor, cuja natureza da operação seja de venda para entrega futura. Em contrapartida, a nova redação passou a considerar o estoque em trânsito.
Com o objetivo de prover melhor entendimento aos §1º e 2º e ao caput do art. 10 da Resolução ANP nº 67/2011, foi dada nova redação. Destaca‐se que não houve alteração na determinação de estoque mínimo do produtor de etanol, ou seja, a comprovação do estoque do produtor se dá em duas fases, a primeira em 31 de janeiro e a segunda em 31 de março.
i) apenas os produtores com nível de contratação acima de 90% do volume de etanol anidro comercializado no ano civil anterior ficarão dispensados, em 31 de janeiro do ano subsequente (ano Y+1), da comprovação de estoque próprio em volume compatível com, no mínimo, 25% (vinte cinco por cento) de sua comercialização de etanol anidro combustível com distribuidor no ano civil anterior (ano Y‐1);
ii) todos os produtores deverão possuir, em 31 de março do ano subsequente (ano Y+1), estoque próprio em volume compatível com, no mínimo, 8% (oito por cento) de sua comercialização de etanol anidro combustível no ano civil anterior (ano Y‐1) com distribuidor.
Fonte: Resolução ANP n.º 5, de 24 de janeiro de 2013 ‐ Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis ‐ ANP (www.anp.gov.br)
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BNDES prorroga programa de apoio à renovação e implantação de canaviais
O Programa BNDES de Apoio à Renovação e Implantação de Novos Canaviais (BNDES Prorenova) foi prorrogado até 31 de dezembro próximo e terá uma dotação de R$ 4 bilhões. Lançado no início de 2012, o BNDES Prorenova tem como objetivo incentivar a produção de cana‐de‐açúcar por meio de financiamento à renovação dos canaviais antigos e à ampliação da área plantada. Esta é uma condição fundamental para aumentar a produtividade da lavoura brasileira de cana e, consequentemente, expandir a produção de açúcar e etanol.
No primeiro ano de operação, o programa também teve dotação de R$ 4 bilhões, tendo registrado mais de 70 operações, no valor de R$ 1,4 bilhão, até 31 de dezembro último. Os recursos viabilizaram o plantio de cerca de 410 mil hectares, dos quais 80% destinados à renovação de canaviais. O Brasil renova cerca de 1,6 milhões de hectares de lavoura de cana por ano.
Duas alterações foram feitas na nova edição do Prorenova. A primeira delas diz respeito ao limite de financiamento por hectare de cana‐de‐açúcar plantado no âmbito do projeto de investimento, que passou de R$ 4.350,00 para R$ 5.450,00. O valor limite passará a levar em consideração somente a parte financiada pelo BNDES, não sendo aplicado, portanto, à parte do projeto realizada com recursos próprios ou outras fontes de financiamento. Somente poderão ser financiados, no âmbito do Prorenova, os projetos de plantio de cana‐de‐açúcar realizados entre 1º de janeiro último e 31 de dezembro próximo. Entretanto, todos os gastos para a preparação do plantio que tenham sido feitos a partir de 1º de julho de 2012 poderão ser reembolsados.
Diferentemente do que ocorreu na primeira edição do Prorenova, a data da retroatividade valerá tanto para operações indiretas automáticas como para as não automáticas. As operações do BNDES Prorenova continuarão sendo indiretas, ou seja, realizadas por meio da rede de agentes financeiros credenciados pelo BNDES. Para as empresas médias‐grandes e grandes (que têm receita operacional bruta igual ou superior a R$ 90 milhões) o custo do financiamento continua sendo TJLP mais 1,3% ao ano de remuneração básica do BNDES. Para as micro, pequenas e médias empresas (MPMEs), o custo financeiro permanece composto por TJLP mais 0,9% ao ano de remuneração do BNDES.
A participação máxima do BNDES será de até 90% dos itens financiáveis, no caso de MPMEs, e de até 80% para as médias‐grandes e grandes empresas. Já o prazo total para pagamento do empréstimo será de até 72 meses, incluindo o período de carência de até 18 meses, para as médias‐grandes e grandes empresas. Para as MPMEs, o prazo dependerá de avaliação da capacidade de pagamento do empreendimento, do beneficiário e do grupo econômico.
Fonte: Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES (www.bndes.gov.br)
BNDES investirá R$ 600 milhões em etanol de segunda geração
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) está fazendo um importante investimento para apoiar o desenvolvimento, no Brasil, de etanol de segunda geração. Por meio de sua empresa de participações, a BNDESPAR, o Banco irá subscrever R$ 600 milhões em ações ordinárias de uma empresa. O aporte de recursos será efetuado de maneira gradual, conforme a execução do plano de negócios, e em conjunto com o acionista controlador.
O aporte resultará em uma participação de 15% no capital total da empresa e no direito de indicar um membro do Conselho de Administração, além de outros direitos societários comuns em operações dessa natureza. Os investimentos totais previstos pela empresa nos próximos seis anos são de R$ 4 bilhões. Além da implantação de unidades de produção de etanol celulósico e bioquímicos, os recursos serão utilizados em pesquisa e desenvolvimento de tecnologias para aproveitamento de biomassa e melhoramento genético da cana‐de‐açúcar.
Os projetos da companhia possuem vários méritos, que levaram a BNDESPAR a ingressar como seu acionista. A empresa será uma plataforma de inovação permanente, identificando e gerando tecnologias
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de ponta no aproveitamento da biomassa da cana, potencializando a vantagem competitiva natural que o país possui neste setor. O plano estratégico da empresa oferece grandes possibilidades de internalização e disseminação de conhecimento, além da expectativa de fazer o País ingressar na vanguarda produtiva e tecnológica da chamada “química verde”.
O desenvolvimento de biocombustíveis celulósicos, objeto de uma corrida tecnológica mundial, deve aumentar a oferta de uma importante e sustentável alternativa aos combustíveis fósseis. Dessa forma, pode representar o incremento de até 45% da produtividade de etanol por área plantada de cana‐de‐açúcar, com consequente redução das emissões de gases causadores do efeito estufa. No lado dos bioquímicos, há potencial de substituir produtos da cadeia petroquímica e possibilidade de criação de novas aplicações para os produtos já existentes, com oportunidades de expandir cadeias químicas que atualmente não existem no País.
A empresa possui parcerias com os principais atores mundiais de desenvolvimento de tecnologias específicas para produtos de rota biotecnológica. Além de parceiros internacionais, mantém convênio com um parque tecnológico em Campinas e uma estação experimental para melhoramento genético de cana‐de‐açúcar em Alagoas. No momento, empresa está construindo, também em Alagoas, a primeira planta de etanol celulósico do Hemisfério Sul, com início das operações programado para o começo de 2014.
O apoio aos investimentos da empresa é realizado em conjunto pelo BNDES e pela FINEP, no âmbito do PAISS – Plano Conjunto BNDES‐FINEP de apoio à Inovação Tecnológica Industrial no Setor Sucroenergético e Sucroquímico. O PAISS está apoiando 25 empresas na implementação de 35 planos de negócios. Com a operação da empresa, o total aprovado chega a R$ 1,5 bilhão.
Fonte: Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES (www.bndes.gov.br)
Governo canadense publica resultados do primeiro voo utilizando 100% de bioquerosene de aviação
Os resultados do primeiro voo movido 100% a bioquerosene de aviação foram publicados pelo Conselho Nacional de Pesquisa do Canadá (National Research Council of Canada – NRC). Os resultados do teste mostraram que o biocombustível reduziu as emissões e ofereceu maior eficiência do que o querosene de aviação convencional (QAV).
As informações coletadas do voo de 29 de outubro e analisadas por uma equipe de especialistas do NRC revelaram uma redução de 50% nas emissões de aerosol. Testes adicionais realizados em um motor estacionário mostraram uma redução significativa nas partículas (até 35%) e em emissões de carbono (até 49%). Esses testes também mostraram uma performance do motor semelhante e uma melhoria de 1,5% no consumo. Não foi necessária nenhum tipo de modificação nos motores da aeronave.
A matéria‐prima utilizada na produção do bioquerosene de aviação foi a carinata (mostarda). Antes do voo teste, o NRC completou os testes de solo em uma turbina em sua célula de testes. Posteriormente, o biocombustível foi testado de acordo com espeficicações militares e da ASTM (American Society for Testing and Materials) em uma aeronave Falcon 20, que sobrevoou a capital Ottawa por uma hora. Uma segunda aeronave, um T‐33, seguiu o Falcon 20 e recolheu informações sobre as emissões geradas pelo biocombustível.
Fonte: Biodiesel Magazine (www.biodieselmagazine.com)
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Análise conjuntural da soja
No início de 2012, produtores de soja já temiam significativa quebra na produção diante da forte estiagem que castigou as lavouras da América do Sul nos principais períodos de desenvolvimento do grão em decorrência do fenômeno La Niña. Com isso, no final do primeiro trimestre, pico de colheita no Brasil, os valores da soja nos mercados interno e externo já caminhavam para patamares recordes, comportamento atípico para o período. Em maio, a crise da Grécia levou à expressiva valorização do dólar frente a uma cesta de moedas, influenciando também novos reajustes da soja no Brasil. No final do primeiro semestre, os estoques já estavam baixos no Brasil e a demanda, aquecida. Enquanto esse cenário favorecia vendedores brasileiros, consumidores internos como indústrias esmagadoras, especificamente no final de junho, já começaram a procurar por soja em países vizinhos. De acordo com colaboradores do Cepea, no Rio Grande do Sul, estado mais atingido pelo fenômeno La Niña, compradores adquiriram grão do Uruguai e da Argentina. No Paraná, indústrias preferiram comprar a soja do Paraguai. No início do segundo semestre, produtores intensificaram o fechamento das compras de insumos para a temporada 2012/13; no Centro‐Oeste, essas aquisições já estavam em fase final, assim como a comercialização antecipada desta safra. Traders e indústrias ainda precisavam de soja para cumprir contratos e vendedores pediam preços sucessivamente maiores, que acabavam sendo pagos. Boa parte da soja 2012/13 foi vendida por meio de troca por insumos, enquanto outra parcela, a preço fixo, mas, muitas vezes, em dólares. Ainda em meados do ano, no entanto, foi a expectativa de safra norte‐americana bem maior que a anterior que passou a influenciar o mercado internacional. Os estoques mundiais de passagem poderiam ser reabastecidos, elevando‐se a relação estoque/consumo de modo que reações expressivas de preços poderiam ser contidas. Porém, o clima quente e seco prejudicou o desenvolvimento das lavouras de soja nos Estados Unidos, sendo retomado o cenário do final do primeiro semestre. Com isso, no Brasil, tanto os valores FOB de exportação quanto no interior voltaram a bater recordes. Segundo o relatório mensal de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) divulgado em dezembro de 2011, a produção da soja brasileira deveria ser de 75 milhões de toneladas. Entretanto, a colheita foi consolidada por essa instituição em apenas 66,5 milhões de toneladas na safra 2011/12, expressiva queda de 11,7% no comparativo com a temporada anterior. Para a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), a safra 2011/12 de soja foi bem semelhante à apontada pelo USDA, de 66,4 milhões de toneladas. Na Argentina, a queda foi ainda mais intensa, segundo o USDA. Na safra 2011/12, a produção desse país se limitou a 41 milhões de toneladas, volume 16,33% menor do que o colhido há um ano. Os Estados Unidos, na temporada 2012/13, tiveram queda de 4%, produzindo 80,9 milhões de toneladas. Isso apertou ainda mais a relação estoque/consumo, frustrando as expectativas de reabastecimento do começo do segundo semestre. No mercado de derivados brasileiro, a baixa oferta de farelo de soja e também a demanda aquecida impulsionaram expressivamente os preços no acumulado dos primeiros oito meses do ano. Segundo colaboradores do Cepea, em agosto, havia cerca de apenas 5% da safra de soja disponível para venda no Brasil, o que aumentou a vantagem de quem ainda tinha o grão para negociar. Os preços do farelo, igualmente, tiveram fortes altas. Nos quatro meses seguintes, os valores recuaram, mas estiveram praticamente nominais, com a liquidez bastante baixa. O Indicador ESALQ/BM&FBovespa (produto transferido para armazéns do porto de Paranaguá) registrou valorização de 53% no ano, porém, desde 25 de setembro, o valor do Indicador não tem mudado devido à falta de negociações – a metodologia do Indicador prevê que seja considerada a média das últimas negociações, as quais ocorreram até o dia 25 de setembro de 2012. Ao ser convertido para dólar (moeda prevista nos contratos futuros da BM&FBovespa), o Indicador subiu 39,8% no ano.
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Quanto à média ponderada das regiões paranaenses, refletida no Indicador CEPEA/ESALQ, subiu significativos 52,2% em 2012. Na média das regiões acompanhadas pelo Cepea, os preços nos mercados de balcão (ao produtor) e de lotes (negociações entre empresas) avançaram mais de 50%. No mercado de derivados, o óleo de soja, tomando‐se como referência as cotações do produto posto na cidade de São Paulo com 12% de ICMS, teve valorização de 30,8%. Para o farelo de soja, na média das regiões acompanhadas pelo Cepea, houve elevação significativa de 86,2% no acumulado de 2012.
Segundo dados da SECEX/MDIC, maio de 2012 foi o mês em que o Brasil mais embarcou soja em grão, gerando receita recorde. Foram 7,3 milhões de toneladas. De janeiro a dezembro de 2012, as exportações totalizaram 32,91 milhões de toneladas de soja, contra 32,98 milhões de toneladas no acumulado de 2011. A receita em 2012 totalizou US$ 17,455 bilhões, com aumento de 6,9% sobre o valor das exportações do acumulado de 2011. Quanto às exportações de farelo de soja, de janeiro a dezembro, totalizaram 14,3 milhões de toneladas, praticamente o mesmo volume embarcado em 2011. Em outubro, a receita de US$ 7,3 bilhões foi a maior da história, puxada pelos preços. No acumulado de 2012, o montante auferido foi 15,8% maior que o de 2011.
As vendas externas de óleo de soja bruto tiveram receita recorde em maio, favorecida por preços elevados. Naquele mês, exportadores brasileiros auferiram US$ 3,4 milhões. No acumulado de 2012, a soma foi de US$ 1,85 bilhão, praticamente a mesma receita recebida em 2011. Os embarques de óleo de soja totalizaram 1,58 milhão de toneladas, 3,73% acima do volume total de 2011.
Fonte: Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada – CEPEA/ESALQ/USP (http://cepea.esalq.usp.br)
Embrapa Agroenergia terá a América Latina como foco para cooperação internacional da em 2013
As ações para articulação de cooperações internacionais da Embrapa Agroenergia em 2013 foram abertas com a visita do chefe‐geral da instituiçãoà Universidad de La Frontera (UFRO), no Chile, de 7 a 9 de janeiro. No ano passado, o centro de pesquisa brasileiro estabeleceu parcerias com o Agriculture Research Service, do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), e com o Commonwealth Scientific and Industrial Research Organisation (CSIRO), da Austrália. Neste ano, o foco das negociações da Embraoa fora do Brasil será a América Latina.
Durante a visita ao Chile, foi acordada a vinda de estudantes da UFRO para o Brasil, a fim de desenvolver teses de doutorado nos laboratórios da Embrapa Agroenergia. Os primeiros alunos deverão chegar ao Brasil até o final deste ano. A instituição também pretende receber professores da universidade chilena como pesquisadores visitantes. Além disso, técnicos do centro de pesquisa brasileiro irão atuar como co‐orientadores de estudantes de mestrado e doutorado da UFRO.
As duas instituições também pretendem elaborar projetos conjuntos nas áreas de resíduos, biocombustíveis sólidos e microalgas. Estas últimas são a grande aposta dos chilenos para a produção de biodiesel. Com pouca área disponível para plantio de espécies vegetais para uso energético, o país estuda instalar tanques de cultivo de microalgas no deserto do Atacama a fim de produzir óleo e biomassa para a fabricação de biocombustíveis.
A UFRO é uma instituição pública, que tem cerca de 10 mil alunos na cidade de Temuco. O acordo geral de colaboração assinado entre Embrapa e a universidade, em 2007, acaba de ser renovado por mais cinco anos. No campo da bioenergia, além de microalgas, tem atuado também na caracterização e agregação de valor a resíduos, bem como no aumento da eficiência energética em sistemas de aquecimento domiciliares com péletes e briquetes. A Embrapa Agroenergia também já iniciou negociações com instituições colombianas, em especial o Centro de Pesquisa em Palma‐de‐óleo (Cenipalma). Além disso, mantém um projeto em conjunto com Instituto Nacional de Tecnologia Agropecuária da Argentina (INTA) para prospecção de microrganismos a serem utilizados na produção de etanol celulósico (2G).
Fonte: Embrapa Agroenergia (www.cnpae.embrapa.br)
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Argentina firma convênio para o desenvolvimento de bioquerosene de aviação
Foi firmado um convênio para o desenvolvimento do bioquerosene de aviação entre a Secretaria de Transporte Aerocomercial, a Administração Nacional de Aviação Civil, a companhia aérea Aerolíneas Argentinas, a YPF, o Instituto Nacional de Tecnologia Industrial – INTI, o Instituto Nacional de Tecnologia Agropecuária – INTA, a Secretaria de Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Nação e a Câmara Argentina de Biocombustíveis.
O convênio permitirá aos participantes reunir esforços e participar de forma conjunta no desenvolvimento de planos de ação, prazos, recursos e pressupostos necessários para determinar a viabilidade técnica e econômica do bioquerosene de aviação.
Fonte: Federación Nacional de Biocombustibles de Colombia (www.fedebiocombustibles.com)
Uruguai ampliará a mistura obrigatória de biodiesel para B5
Com a entrada em funcionamento da segunda unidade de biodiesel da Alcoholes del Uruguay (ALUR), a ANCAP (Administración Nacional de Combustibles, Alcohol y Portland) estará em condições de duplicar, de forma progressiva, a participação do biodiesel na mistura com o diesel fóssil. No momento, a mistura de diesel fóssil com biodiesel comercializada nos postos de revenda possui de 2,5% a 3% de biodiesel produzido pela ALUR com matérias‐primas locais. A lei de biocombustíveis estabelece que a participação do biodiesel no diesel fóssil não pode ser inferior a 2% (B2). Atualmente, cerca de 60% da produção de biodiesel uruguaia é proveniente do sebo animal, enquanto que os 40% restantes tem a soja e a canola como matéria‐prima.
Fonte: El Observador (www.elobservador.com.uy)
Embrapa e empresa norte‐americana firmam acordo de pesquisa em pinhão‐manso
A SG Biofuels e a Embrapa firmaram uma um acordo de pesquisa estratégica para promover o desenvolvimento do pinhão‐manso como fonte alternativa de energia renovável no Brasil. Sediada em San Diego, nos Estados Unidos, a SGB é uma empresa de culturas energéticas que fornece soluções de alto desempenho para os mercados de energias renováveis, biomassa e produtos químicos. É líder em seu segmento e possui a maior e mais diversificada biblioteca de material genético de pinhão‐manso do mundo. A companhia vem trabalhando no desenvolvimento dessa cultura há cinco anos, combinando plataformas de melhoramento e genômica.
Desde a sua fundação, em 1973, a Embrapa gerou quase nove mil tecnologias, produtos e serviços para a agricultura brasileira, em conjunto com as instituições que compõem o Sistema Nacional de Pesquisa Agropecuária. O trabalho permitiu a abertura de novas fronteiras agrícolas, a elevação da produtividade e a redução dos custos de produção no campo. Com isso, o Brasil melhorou a segurança alimentar, promovendo a conservação dos recursos naturais e do meio ambiente e gerando renda no campo.
A Embrapa, por meio de sua Unidade dedicada ao tema Agroenergia, situada em Brasília (DF), lidera uma rede com mais de 20 instituições de pesquisa brasileiras e mantém o maior banco ativo de germoplasma da oleagionosa do País. Os cientistas estão desenvolvendo estudos que vão desde a genética das espécies catalogadas até a produção dos biocombustíveis e o aproveitamento de coprodutos e resíduos. Avanços já foram obtidos no conhecimento sobre espaçamento de plantas, sistema de poda, produção de sementes, consórcio com outras culturas e controle de pragas e doenças. Na área de processos, os pesquisadores já estão obtendo resultados dos trabalhos para fabricação de biodiesel a partir do óleo e destoxificação da torta.
A SGB tem atuação global no desenvolvimento de culturas, mantendo plataformas de melhoramento e genômica de plantas, e ensaios na Guatemala, Brasil e Índia. Já produziu centenas de híbridos comerciais de pinhão‐manso, que têm demonstrado alto desempenho em termos de vigor e saúde da planta, consistência
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no florescimento, tolerância ao estresse, quantidade de sementes e rendimento de óleo. No Brasil, a empresa já implantou três Centros de Desenvolvimento JMax™: ensaios profissionalmente gerenciados por meio de desenho experimental e análise estatística para avaliar seus híbridos em uma série de condições ambientais e agronômicas.
Os Centros servem como salas de aula ao ar livre em que agrônomos da SGB e equipes técnicas realizam visitas e treinamentos de campo com clientes e produtores, desenvolvendo estudos agronômicos específicos e recomendações para o melhor desempenho dos híbridos de pinhão‐manso para desenvolvimento comercial. Os híbridos da SGB vêm sendo desenvolvidos em mais de cinco anos de pesquisa, a partir de uma diversificada biblioteca de germoplasma que inclui mais de 12.000 genótipos únicos.
A SGB estabeleceu recentemente um projeto com a Fiagril, um dos maiores produtores de biodiesel do Brasil com capacidade de produção de 203 millhões de litros por ano, em Lucas do Rio Verde, no Estado do Mato Grosso. Neste projeto, estão sendo avaliados híbridos de pinhão‐manso e desenvolvidas as melhores práticas agronômicas visando à implementação de plantações em grande escala na região.
Outro Centro de Desenvolvimento JMax™ foi implantado no Mato Grosso do Sul em 2011, em uma iniciativa multidisciplinar que inclui a JETBIO, a Airbus, o Banco Interamericano de Desenvolvimento, a Bioventures Brasil, a Air BP e a TAM Linhas Aéreas. Os Centros complementam outras localidades já estabelecidas na Guatemala e na Índia, bem como as sedes corporativas e de P&D da empresa em San Diego, na Califórnia.
A SGB é uma empresa de culturas energéticas que fornece soluções de bioenergia de alto desempenho para os mercados de energias renováveis, biomassa e produtos químicos. Através de tecnologia proprietária, genética e descoberta de características únicas, a empresa está viabilizando a produção de grandes volumes de óleo sustentável e biomassa a custos significativamente mais baixos. A SGB está desenvolvendo o Pinhão‐manso como uma nova fonte energética por ser a matéria‐prima mais econômica e sustentavelmente viável.
Fonte: Embrapa Agroenergia (www.cnpae.embrapa.br)
Errata: Resultado do 28º Leilão de Biodiesel
Na edição nº 59 do Boletim Mensal dos Combustíveis Renováveis, nas informações referentes ao 28º Leilão de Biodiesel, foram consideradas venda de 3,5 mil m³ para a Granol RS, porém trata‐se da Granol TO.
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BIODIESEL
Biodiesel: Produção e Capacidade Produtiva Mensais
Dados preliminares com base nas entregas dos leilões promovidos pela ANP e de estoques mostram que a produção estimada em dezembro de 2012 foi de 233 mil m³. No acumulado do ano, acrescido da estimativa para dezembro, a produção atingiu 2.708 mil m³, um acréscimo de 1,3% em relação ao mesmo período de 2012 (2.673 mil m³).
A capacidade instalada, em dezembro de 2012, ficou em 6.853 mil m³/ano (571 mil m³/mês). Dessa capacidade, 88% é referente às empresas detentoras do Selo Combustível Social. O número de unidades detentoras do Selo Combustível Social em dezembro foi de 40.
Biodiesel: Atos Normativos e Autorizações de Produtores
Atos Normativos Resolução ANP nº 4/2013, altera Resolução nº 33/2007 referente a leilões de biodiesel; Resolução Normativa do Conselho Federal de Química nº 249/2013, referente a registros dos
laborátorios de biodiesel.
Produtores Autorização de Operação nº 130/2103 (Oleoplan – RS, sem alteração da capacidade); Autorização de Comercialização nº 12/2103 (ADM – SC, capacidade de 510 m³/d);
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Despacho do Superintendente de Refino e Processamento de Gás Natural da ANP no 45/2013 (cancela as Autorizações ANP nos 111/2007 e 91/2009, Camera – Rosário do Sul – RS); e
Perda de validade do Selo Combustível Social da empresa Camera – Rosário do Sul – RS em 04/02/2013.
Biodiesel: Localização das Unidades Produtoras
Biodiesel: Preços e Margens
O gráfico a seguir apresenta a evolução de preços de biodiesel (B100) e de diesel no produtor, na mesma base de comparação (com PIS/COFINS e CIDE, sem ICMS). Os demais gráficos mostram os preços de venda da mistura obrigatória ao consumidor e ao posto revendedor final. Mostra‐se, também, o comportamento das margens de revenda.
Região nº usinas Capacidade Instalada
mil m3/ano %
N 4 202 3%
NE 6 741 11%
CO 27 3.072 45%
SE 11 890 13%
S 9 1.948 28%
Total 57 6.853 100% OBS: contempla apenas usinas com Autorização de Comercialização na ANP e Registro Especial na RFB/MF. Posição em 31/12/2012.
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No mês de dezembro, o preço médio de venda da mistura B5 ao consumidor apresentou uma acréscimo de 0,2% na média nacional em relação ao mês anterior. No preço intermediário (venda pelas distribuidoras aos postos revendedores), houve um acréscimo de 0,1%.
A margem bruta de revenda da mistura B5, por sua vez, apresentou um acréscimo de 1,0%. É importante lembrar que esta margem é calculada pela diferença entre o preço de venda ao consumidor final e o preço de aquisição do produto pelo posto revendedor. Representa, em tese, a lucratividade bruta do posto revendedor por cada litro de combustível comercializado.
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Biodiesel: Entregas nos Leilões e Demanda Estimada
O gráfico a seguir apresenta as entregas nos leilões promovidos pela ANP e nos leilões de estoque. Mostra‐se, também, a demanda de biodiesel estimada.
O desempenho médio das entregas nos leilões públicos promovidos pela ANP é mostrado no gráfico a seguir. Contratualmente, a faixa de variação das entregas permitida é entre 90% e 110% na média trimestral. Em outubro, a performance ficou em 90% .
Biodiesel: Preços das Matérias‐Primas
O gráfico abaixo apresenta a evolução do preço da soja em grão no Paraná, Bahia e Mato Grosso.
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Na continuação, apresentamos as séries históricas do preço do óleo de soja em São Paulo, em Rosário (Argentina) e na Bolsa de Chicago (Estados Unidos), estas últimas convertidas para Real (R$) por litro.
No gráfico a seguir, apresentamos as cotações internacionais de outras matérias‐primas utilizadas na produção de biodiesel. Posteriormente, apresentamos as cotações do sebo bovino.
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No próximo gráfico, é mostrada a variação acumulada do óleo e do grão de soja.
No gráfico a seguir, apresentamos as cotações dos preços de exportação e importação brasileiras de matérias‐primas que podem ser utilizadas na produção de biodiesel. Na sequência, apresentamos uma comparação entre os preços do óleo de soja em São Paulo e os preços do óleo de soja nas exportações brasileiras.
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O gráfico abaixo apresenta a evolução de preços do biodiesel nos leilões promovidos pela ANP, comparados a outras commodities. Todos os valores foram convertidos para uma mesma base (US$/BBL), sem tributos.
As cotações de insumos alcoólicos utilizados na produção de biodiesel são apresentadas na continuação.
Biodiesel: Participação das Matérias‐Primas
O gráfico a seguir apresenta a evolução da participação das matérias‐primas utilizadas na produção de biodiesel. No mês de novembro, a participação das três principais matérias‐primas foi: 70,6% (soja), 20,9% (gordura bovina) e 4,6% (algodão).
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Nos gráficos a seguir, apresentamos a participação das principais matérias‐primas utilizadas na produção de biodiesel para cada região do Brasil. Observa‐se que o óleo de soja é a principal matéria‐prima em todas as regiões, seguido da gordura bovina e do óleo de algodão. Na região Nordeste o óleo de algodão, em alguns meses, foi a segunda principal matéria‐prima. Nas regiões Norte e Sudeste a gordura bovina, em alguns meses, foi a principal matéria‐prima.
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Biodiesel: Distribuição Regional da Produção
A produção regional, em novembro de 2012, apresentou a seguinte distribuição: 42,5% (Centro‐Oeste), 34,6% (Sul), 11,1% (Sudeste), 11,5% (Nordeste) e 0,4% (Norte).
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Biodiesel: Não Conformidades no Óleo Diesel (B5)
A ANP analisou 6.855 amostras da mistura B5 comercializada no mês de dezembro. O teor de biodiesel fora das especificações representou 35,6% do total de não conformidades identificadas.
Biodiesel: Consumo em Países Selecionados
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ETANOL
Etanol: Produção e Consumo Mensais
A moagem de cana‐de‐açúcar no acumulado da safra 2012/13, até a posição de 01/12/2012, totalizou 572 milhões de toneladas. O mês de dezembro somou 30 milhões de toneladas de produção. A região Centro‐Sul foi responsável por, aproximadamente, 20 milhões de toneladas (67%) e região Nordeste foi reponsável por, aproximadamente, 10 milhões de toneladas (33%).
A produção de etanol no mês de dezembro foi de 0,65 bilhões de litros de etanol hidratado e 0,52 bilhões de litros de etanol anidro. Se comparada à produção do mesmo período do ano passado, houve um aumento de 189% na produção de etanol anidro e de 117% na produção de etanol hidratado.
Em 2012, foram produzidos 23,5 bilhões de litros de etanol, volume 2,3% maior do que o volume do ano anterior. O hidratado totalizou 13,8 bilhões de litros, volume 2,9% a menos do que o ano anterior. Já a produção de anidro somou 9,7 bilhões de litros, volume 22,64% superior.
A respeito do consumo, o mês de dezembro retratou a sazonalidade típica e registrou um recuo do mercado da ordem de 7,6% em relação a novembro. No mês de dezembro, o consumo de etanol anidro foi 5,6% menor do que em novembro. O consumo de etanol hidrato diminuiu 9% em relação ao mês de novembro, conforme gráfico abaixo.
Em 2012, foram consumidos 19 bilhões de litros de etanol, volume 7,6% menor que o ano anterior. Da mesma forma, o hidratado totalizou 11,3 bilhões de litros, volume 7,5% a menos que o ano anterior. Já o consumo de anidro somou 7,7 bilhões de litros, volume 7,7% superior.
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Etanol: Atos Normativos e Autorizações de Produtores
O DCR continua com o trabalho de acompanhamento das retificações de autorização para operação de usinas de etanol, de acordo com a Resolução ANP nº 26/2012. Foram publicadas no DOU, nos dias 18/01/2013, 25/01/2013 e 28/01/2013, mais 58 ratificações das autorizações, totalizando 108 autorizações, se somadas às do mês de dezembro. As autorizações são emitidas pela Superintendência de Refino e Processamento de Gás Natural da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis.
Autorizações Publicadas: DOU 18/01/2013 (20 usinas): Autorizações de Operação n.º 48 (Usina de Açúcar Santa Terezinha Ltda. – Maringá – PR); 49 (Destilaria Americana S/A ‐ Nova América da Colina ‐ PR); 50 (Central Energética Moreno Açúcar e Álcool Ltda. – Luis Antônio – SP); 51 (Usina de Açúcar Santa Terezinha Ltda. – Paranacity ‐ PR); 52 (Usina de Açúcar Santa Terezinha Ltda. – Rondon – PR); 53(Companhia Açucareira Central Sumaúma ‐ Marechal Deodoro ‐ AL); 54 (Bom Sucesso Agroindústria Ltda. ‐ Goiatuba ‐ GO); 55(Usina De Açúcar Santa Terezinha Ltda. ‐ Terra Rica ‐ PR); 56(Usina Santa Rosa Ltda. ‐ Boituva ‐ SP); 57(Diana Destilaria De Álcool Nova Avanhandava Ltda. ‐ Avanhandava ‐ SP); 58(Renuka Vale Do Ivaí S/A ‐ São Pedro do Ivaí ‐PR); 59(Denusa ‐ Destilaria Nova União S/A ‐ Jandaia ‐ GO); 60(Zihuatanejo Do Brasil Açúcar E Álcool S/A – Rio Formoso ‐ GO); 61(Uruaçu Açúcar E Álcool Ltda. ‐ Uruaçu ‐ GO); 62(Cridasa Cristal Destilaria Autônoma De Álcool S/A – Pedro Canário ‐ ES); 63 (Jalles Machado S.A ‐ Goianésia ‐ GO); 64(Destilaria Vale Do Paracatu ‐ Agroenergia Ltda. ‐ Paracatu ‐ MG); 65(SA Usina Coruripe Açúcar E Álcool ‐ Iturama ‐ MG); 66(Cooperval Cooperativa Agroindustrial Vale Do Ivaí Ltda. ‐ Jandaia do Sul ‐ PR); 67(Ituiutaba Bioenergia Ltda. ‐ Ituiutaba ‐ MG).; DOU 25/01/2013 (20 usinas): Autorizações de Operação n.º 88 (Usina São José Do Pinheiro Ltda. ‐ Laranjeiras – SE); 89 (Usina Rio Verde Ltda. ‐ Rio Verde – GO); 90 (Companhia Energética São José ‐ Colina – SP); 91 (Guarani S/A – Severínia ‐ SP); 92 (Guarani S/A – Guaíra – SP); 93 (Usina Açucareira Ester ‐ Cosmópolis – SP); 94 (Umoe Bioenergy S.A ‐ Sandovalina – SP); 95 (Monteverde Agro‐Energetic ‐ Ponta Porã – MS); 96 (Usina De Açúcar Santa Terezinha – Tapejara – PR); 97 (Sjc Bioenergia Ltda. – Quirinópolis – GO); 98 (Della Coletta Bioenergia S/A – Bariri – SP); 99 (São Martinho S/A – Pradópolis – SP); 100 (WD Agroindustrial Ltda. ‐ João Pinheiro ‐ MG); 101 (Central Açucareira Santo Antônio S/A ‐ São Luis Do Quitunde – AL); 102 (Dasa Destilaria De Álcool Serra Dos Aimorés S/A ‐Serra Dos Aimorés – MG); 103 (Caçu Comércio E Indústria De Açúcar E Álcool Ltda. ‐ Vicentinópolis – GO); 104 (SA Usina Coruripe Açúcar E Álcool – Limeira Do Oeste – MG); 105 (SA Usina Coruripe Açúcar E Álcool ‐ Campo Florido – MG); 106 (Energética Serranópolis Ltda. – Serranópolis – GO); 107 (Cocal Comércio Indústria Canaã Açúcar E Álcool Ltda. – Narandiba – SP).
DOU 28/01/2013 (18 usinas): Autorizações de Operação n.º 108 (Disa Destilaria Itaúnas S/A ‐ Conceição Da Barra – ES); 109 (Usina Pumaty S/A ‐Joaquim Nabuco – PE); 110 (Usina De Açúcar Santa Terezinha Ltda. – Ivaté – PR); 111 (Energética Santa Helena S/A ‐ Nova Andradina – MS); 112 (Penedo Agro Industrial S/A – Penedo – AL); 113 (Usinas Reunidas Seresta S/A ‐ Teotônio Vilela – AL); 114 (Usina Santa Clotilde S/A ‐ Rio Largo – AL); 115 (Alcana Destilaria De Álcool De Nanuque S/A –Nanuque –MG); 116 (Usina Jj ‐ Etanol E Açúcar ‐Espírito Santo Do Turvo –SP); 117 (Industrial Porto Rico S/A ‐ Campo Alegre – AL); 118 (Rio Claro Agroindustrial S/A – Caçu – GO); 119 (Usina Monte Alegre S/A – Mamanguape – PB); 120 (Agro Indústrias Do Vale Do São Francisco S/A – Juazeiro – BA); 121 (Companhia Agrícola Usina Jacarezinho – Jacarezinho –PR);122 (Usina Petribú S/A ‐ Lagoa Do Itaenga – PE); 123 (Usina Alto Alegre S/A – Florestópolis – PR); 124 (Companhia Energética Vale Do São Simão ‐ Santa Vitória – MG; 125 (Cocal Comércio Indústria Canaã Açúcar E Álcool Ltda. ‐ Paraguaçú Paulista – SP)
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Etanol: Exportações e Importações
Em dezembro, as exportações brasileiras de etanol apresentaram um aumento de 132% em relação ao mês anterior, fixando‐se em 462,1 mil m3. Cerca de 53,71% das exportações em dezembro teve como destino os Estados Unidos (462,1 mil m3) de forma direta. O preço médio (FOB), em dezembro, caiu 7,1 %, para US$ 0,63/litro, com relação ao preço registrado em mês anterior, US$ 0,68/litro.
As exportações de etanol em 2012 tiveram um crescimento de 58% em relação ao ano anterior, totalizando 3,1 milhões de m3. As exportações para o mercado norte‐americano em 2012 de forma direta e indireta (via CBI – CAFTA) totalizaram 2,512 milhões de m3, o que demonstra a grande relevância do mercado norte americano, 81% do volume exportado.
As importações brasileiras de etanol, em dezembro, somaram 29 m³ (volume para uso especial na indústria). O preço médio (FOB) dessas importações foi de US$ 2,19/litro. Em 2012, o Brasil importou 545,6 mil m3 de etanol.
De acordo com as informações, as exportações brasileiras de etanol superaram as importações em 2,55 milhões de litros em 2012. Se restringirmos o ano aos meses que estão na safra 2012/13, ou seja, de abril a dezembro, este volume sobe para 2,63 milhões de litros.
Etanol: Frota Flex‐Fuel
O número de licenciamentos de veículos leves em dezembro de 2012 foi de 344 mil, apresentando um aumento de 4,5% em relação a dezembro de 2011. Desse total, os carros flex‐fuel representaram 88,4%. Em 2012, o setor automotivo alcançou a marca de 18,54 milhões de veículos flex‐fuel licenciados desde 2003 e a sua participação estimada na frota total de veículos leves é de 51%.
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Etanol: Preços da Cana‐de‐Açúcar
Etanol: Preços
Em dezembro, o preço médio do etanol hidratado teve um aumento de 2,5% em relação ao mês anterior, R$ 1,13/litro no produtor, enquanto que o anidro teve um aumento 6,7%, atingindo o valor médio de R$ 1,34/litro no produtor.
Comparado aos preços de dezembro de 2011, em 2012, o hidratado e o anidro estão 8,7% e 0,74% menor, respectivamente. Destaca‐se que o acompanhamento dos preços semanais realizados pela ESALQ referem‐se aos preços praticados no mercado spot, ou seja, não captura os preços praticados no contratos.
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Etanol: Margens de Comercialização
Etanol: Paridade de Preços – Média Mensal
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Etanol: Paridade de Preço – Semana de 23.12.2012 a 29.12.2012
A paridade de preços no varejo, em nível nacional, na primeira semana de dezembro de 2012, esteve levemente superior aos 70% (valor que torna o consumo de hidratado mais vantajoso do ponto de vista econômico em relação à gasolina). Destaque para as cidades de Cuiabá, São Paulo e Goiânia que tiveram paridade inferior a 70%. As cidades de Vitória, Boa Vista, Florianópolis e Porto Alegre tiveram as maiores paridades, próximas de 90%.
Etanol: Preços do Açúcar e do Petróleo em Relação ao Etanol
Em dezembro, o preço médio do açúcar foi de US$ 435,41/ton (aumento de 3% em relação ao mês anterior e retração de 15% em relação a novembro de 2011). O preço do petróleo tipo Brent foi de US$ 109,7/barril (mesmo patamar do mês anterior).
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Etanol: Não Conformidades na Gasolina C
A ANP analisou 7.060 amostras de gasolina C no mês de dezembro. A não conformidade (NC) teor de etanol, correspondeu a 24,4% do total das não conformidades.
Etanol: Não Conformidades no Etanol Hidratado
A ANP analisou 3.461 amostras de etanol hidratado no mês de dezembro, das quais 56 apresentaram não conformidades. A maioria das não conformidades se refere à Soma de Massa Específica/Teor de Álcool.
Etanol: Consumo em Países Selecionados
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Biocombustíveis: Variação de Matérias‐Primas em Comparação à do IPCA
O gráfico a seguir mostra a variação acumulada da principais matérias‐primas de biocombustíveis usadas no Brasil (cana‐de‐açúcar e óleo de soja) em comparação com o Petróleo tipo Brent e o índice de inflação dado pelo IPCA.
Biocombustíveis: Números do Setor em 2011 e 2012
NÚMEROS DO SETOR DE BIOCOMBUSTÍVEIS (2011 e 2012)
Etanol Biodiesel
2011 2012 2011 2012
Produção (safras 2011/2012 – milhões de m³) 22,8 ‐ ‐ ‐
Produção (ano civil – milhões de m³) 22,9 23,5 2,7 2,7
Consumo combustível (milhões de m³) 20,6 19,0 2,7 2,7
Exportações (milhões de m³) 1,96 3,1 ‐ ‐
Importações (milhões de m³) 1,15 0,5 ‐ ‐
Preço médio no produtor – EH e B100(1) (R$/L) 1,21 1,12 2,21 2,41
Preço médio no distribuidor – EH(2) e B5(2) (R$/L) 1,93 1,94 1,77 1,86
Preço médio no consumidor final – EH(2) e B5(2) (R$/L) 2,19 2,21 2,01 2,09
Capacidade de produção instalada nominal (milhões de m³) ‐ ‐ 6,0 6,9 (1) Inclui os tributos federais. (2) Com todos os tributos. Ressalva do Editor A reprodução de textos, figuras e informações deste Boletim não é permitida para fins comerciais. Para outros usos, a reprodução é permitida, desde que citada a fonte.
Distr ibuição do Boletim A distribuição do Boletim Mensal dos Combustíveis Renováveis é feita gratuitamente por e‐mail. Aqueles interessados em receber mensalmente essa publicação, favor solicitar cadastramento na lista de distribuição, mediante envio de mensagem para o endereço [email protected]. O Boletim também está disponível para download no sítio http://www.mme.gov.br/spg/menu/publicacoes.html
Equipe do Departamento de Combustíveis Renováveis Ricardo de Gusmão Dornelles (Diretor), Poliana Ferreira de Souza, Diego Oliveira Faria, Henrique Soares Vieira Magalhães, Lourenço Henrique Neves Guimarães, Luciano Costa de Carvalho, Marlon Arraes Jardim Leal, Paulo Roberto M. F. Costa, Raphael Ehlers dos Santos e Ricardo Borges Gomide.