BOLETIM DE INDICADORESBOLETIM DE INDICADORES SETORIAIS EDIÇÃO JANEIRO/2018 Palavras do Presidente...
Transcript of BOLETIM DE INDICADORESBOLETIM DE INDICADORES SETORIAIS EDIÇÃO JANEIRO/2018 Palavras do Presidente...
BOLETIM DE
INDICADORES
SETORIAIS
EDIÇÃO
JANEIRO/2018
Palavras do Presidente
Em meio a mais profunda crise econômica da história brasileira, o ano
de 2017 pode ser intitulado como o ano da virada, quando o Brasil
iniciou sua trajetória de recuperação econômica, em um cenário que foi
além do econômico e chegou perto de se tornar uma crise institucional,
permeada por um impeachment e conflito entre os poderes Executivo,
Legislativo e Judiciário. Diante do descontrole das contas públicas,
elevada taxa de desemprego, inflação e juros acima de dois dígitos, foi
somente em 2017 que o país viu os reflexos de uma nova política
monetária. Os juros caíram de 14,25% (2015) para 7,00%; a inflação de
10,67% (2015) para 2,95%. Contudo, a população ainda sofre os
reflexos, com uma taxa de desocupação que partiu de 6,50% (2015) para
13,20% (2016) e então para 12,00% (2017). Para surpresa de todos, em
2017 houve um certo descolamento entre economia e política e a
primeira segue com perspectivas animadoras.
Lourival Kiçula
ÍNDICE
1. VOLUME DE VENDAS DO SETOR. Variação percentual do Volume de vendas ELETROS trimestral
e comparativos (SELL IN). Dados IBGE sobre vendas varejo do setor e comparativos (SELL OUT).
Pg.3 e 4
2. FATURAMENTO DO SETOR. Dados sobre faturamento ELETROS em R$. Dados IBGE sobre
produção industrial do setor e comparativos. Pg.5
3. EMPREGO. Dados ELETROS sobre empregos gerados pelo setor , Taxa de Desemprego IBGE Pg.6
4. COMÉRCIO EXTERIOR. Corrente de Comércio dos produtos no âmbito da ELETROS. Dados de
Importação, Exportação e Corrente de Comércio, segundo o MDIC. Pg.7
5. CAPACIDADE INSTALADA. Sondagem ELETROS sobre a Utilização da Capacidade Instalada e
Utilização da Capacidade Instalada da Indústria Nacional – CNI. Pg.8
6. INVESTIMENTOS. Sondagem ELETROS sobre investimentos em tecnologia. Intenção de
Investimentos do Empresário Industrial - CNI . Pg.9
7. CUSTO BRASIL. Sondagem sobre custo Brasil no âmbito ELETROS. Pg.10
I. Custo de Componentes
II. Custo de Energia
III. Custo de Água
IV. Custos Tributários
V. Custos Logísticos
8. CRÉDITO E INADIMPLÊNCIA. Sondagem no universo ELETROS sobre a adimplência dos clientes
setoriais e indicadores. Dados Serasa Experian sobre recuperações judiciais e falências
requeridas e endividamento das famílias segundo a CNC. Pg. 11
9. RELAÇÕES DE CONSUMO. Dados setoriais sobre reclamações de consumidores e indicadores
Consumidor.GOV. Pg.12
10. PERSPECTIVAS. Sondagem sobre as perspectivas de negócios e Índices de Confiança: da
Indústria- ICI/CNI , Índice de Confiança do Consumidor ICC-FGV e Índice de Confiança do
Comércio – FGV. Panorama Boletim Focus do Banco Central do Brasil. Pg.13
VOLUME DE VENDAS DO SETOR (SELL IN)
3,28
2,56
13,65
3,27
2,57
12,90
3,61
3,28
18,16
3,84
3,10
22,19
Linha Branca (T3)
TVs
Portáteis
*T3 = fogões, refrigeradores e lavadoras automáticas
Volume de Vendas do Setor (Sell In)Trimestral em Milhões de Unidades
Fonte: ELETROS (projeção)
2017-I 2017-II 2017-III 2017-IV
Os números de volume de vendas ao varejo para
eletrodomésticos (sell in) apurados pela ELETROS apontam
alta no quarto trimestre de 2017 nos três segmentos
estudados: Linha Branca, Linha Marrom (TVs) e Portáteis. No
comparativo com o ano anterior, os resultados foram positivos
para as Linhas Marrom e de Portáteis em todos os trimestres.
Porém, para a Linha Branca, os dois primeiros trimestres
apresentaram resultados negativos neste comparativo. No
acumulado do ano, todos os segmentos tiveram crescimento
em volume e o que mais se destacou foi o segmento de
portáteis.
-2,38%
36,90%
16,94%
-11,86%
20,66%25,52%
17,21%
45,13%
28,90%
10,66%
40,91%
15,70%
2,68%
36,45%
21,16%
Linha Branca (T3) TVs Portáteis
Comparativo Volume de Vendas do Setor em p.p.Trimestral 2017 x 2016
Fonte: ELETROS (projeção)
I II III III ANO
4
O ano de 2017 foi promissor para móveis e eletrodomésticos,
segundo o IBGE. Diferentemente de 2016, quando a variação
mensal do volume de vendas oscilou em números negativos
quase que por todo o ano, os resultados de 2017 mostraram
uma recuperação nas vendas, ainda que tímida, respondendo
a um maior estímulo às vendas, como as liquidações de
novembro e o final do ano, representando um reflexo positivo
da redução das taxas de juros, melhora no desemprego e uma
maior disponibilidade de crédito à pessoa física. O ano fecha
com um acúmulo percentual positivo, tanto no volume de
vendas (8,0%) como na receita nominal de vendas (7,4%).
VOLUME DE VENDAS DO SETOR - IBGE
(SELL OUT)
8,0
7,4
Volume Receita
Variação Volume de Vendas Eletrodomésticos em p.p.
últimos 12 mesesFonte: IBGE
2,62,0
6,2
1,6 1,72,1
0,41,1
-0,7
-4,2
6,1
1,0
-2,2
-3,6-2,9
-1,9 -1,7-2,4
-2,1
0,3 0,5
4,6
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov
Variação Mensal Vendas Varejo Móveis e Eletrodomésticos em p.p. (Sell Out)
2017 x 2016Fonte: IBGE
2017 2016
PRODUÇÃO INDUSTRIAL
0,1 0,3
-1,9
1,3 1,4
0,1
0,7
-0,6
0,3 0,3 0,2
0,5
-2,7
2,3
0,5
-0,5
1,8
-0,3
-2,4
1,0
-1,5
0,5
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov
Variação Produção Industrial em p.p.Indústria em Geral
Fonte: IBGE
2017 2016
-5,4
7,7
-7,2
2,9
6,5
-4,9
3,24,3
2,2
-1,7
2,5
-0,3
-6,9
3,0
-4,4
2,2
5,6
2,2
-7,8
2,20,8
3,3
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov
Variação Produção Industrial em p.p.Bens de Consumo Duráveis
Fonte: IBGE
2017 2016
-9,7
1,2
-6,0
8,5
2,6
-2,4
6,2
1,5
-2,0
0,4
-1,5
-5,0-6,4
2,5
-1,1
1,8
6,5
1,3
-1,3
-0,80,5
7,4
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov
Variação Produção Industrial em p.p.Equipamentos de Informática, Produtos
Eletrônicos e Ópticos / CNAE 3.26Fonte: IBGE
2017 2016
-1,2
7,6
-3,1
-1,7
2,2
-1,2
1,2 0,8
-0,5 -0,1
1,5
9,4
-2,8
3,5
6,5
-4,5
3,6
-1,1 -1,1
-6,9
-2,1
-3,5
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov
Variação Produção Industrial em p.p.Máquinas, Aparelhos e Materiais Elétricos
/ CNAE 3.27Fonte: IBGE
2017 2016
-7,0
8,8
-4,1
3,02,1
1,20,4
-3,4
1,6 1,3
-1,4
10,2
-9,9
13,5
0,90,0
-1,2
0,1
0,1-1,2
-2,0
2,8
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov
Variação Produção Industrial em p.p.Máquinas e Equipamentos/ CNAE 3.28
Fonte: IBGE
2017 2016
A produção industrial do setor eletroeletrônico começou a dar
sinais de recuperação no ano de 2017. Contudo, ainda não se
pode chamar de retomada. Os indicadores mensais ainda
oscilam entre números positivos e negativos, tanto para os
bens de consumo duráveis, quanto para as três categorias nas
quais se enquadram os eletroeletrônicos de consumo,
evidenciando que o setor ainda reage aos ajustes de estoques
do varejo, em resposta a uma demanda de consumo em
crescimento ainda não consolidado.
45.600
34.199
41.404
ELETROS 2015
ELETROS 2016
ELETROS 2017
Comparativo Faturamento Anual ELETROS
em R$Mi (projeção)
EMPREGO
10,9 11,2 11,211,6 11,8 11,8 11,8 11,9 12,0
12,613,2
13,6 13,3 13,0 12,8 12,6 12,4 12,2 12,0
Taxa de Desocupação no Trimestre Móvel em p.p.Fonte: IBGE
O emprego é um dos indicadores econômicos que mais demoram a responder às mudanças na economia do país. Em 2017, foram registrados os
piores índices de desocupação, em reflexo a um 2016 de profunda crise econômica. Em meados de 2017, já se vê uma redução no desemprego,
chegando ao final do ano com a mesma taxa de 12 meses atrás. Claramente, na rota do desemprego, estamos percorrendo o caminho inverso,
rumo às taxas registradas antes da crise. Se continuarmos nesta toada, o desemprego deve cair pela metade nos próximos dois anos. No último
trimestre, foram criadas 534 mil vagas, das quais 411 mil são do setor privado sem carteira de trabalho assinada, o que representa mais impacto
na arrecadação da Previdência. Em 2017, no âmbito da ELETROS, os empregos oscilaram pouco no ano, mas mantiveram os patamares
inferiores a 2016, terminando o ano com números abaixo daqueles registrados no início de 2017.
jan/17 fev/17 mar/17 abr/17 mai/17 jun/17 jul/17 ago/17 set/17 out/17 nov/17 dez/17
internos 41.658 36.341 41.425 36.400 37.289 38.906 38.215 32.872 34.031 35.364 34.909 34.910
cadeia 96.134 83.864 95.596 84.000 86.052 89.783 88.188 75.858 78.533 81.609 80.559 80.562
total 137.79 120.20 137.02 120.40 123.34 128.68 126.40 108.73 112.56 116.97 115.46 115.47
Empregos do SetorFonte: ELETROS
internos cadeia total 2 por Média Móvel (total)
COMÉRCIO EXTERIOR
150.749217.739
368.488
137.552 185.235
322.787
Importação Exportação Corrente de Comércio
Comércio Exterior BrasileiroEm milhões US$ FOB
Fonte: MDIC
2.017 2.016
jan/16 fev/16 mar/16 abr/16 mai/16 jun/16 jul/16 ago/16 set/16 out/16 nov/16 dez/16 jan/17 fev/17 mar/17 abr/17 mai/17 jun/17 jul/17 ago/17 set/17 out/17 nov/17 dez/17
Importação 10.322 10.302 11.560 10.512 11.335 12.770 11.752 12.849 11.987 11.375 11.462 11.525 12.186 10.912 12.940 10.717 12.130 12.593 12.471 13.876 13.488 13.676 13.142 12.597
Exportação 11.240 13.336 15.992 15.372 17.570 16.743 16.331 16.989 15.790 13.721 16.220 15.940 14.911 15.472 20.085 17.686 19.792 19.788 18.769 19.475 18.666 18.877 16.687 17.595
Corrente 21.562 23.638 27.552 25.884 28.905 29.513 28.083 29.835 27.787 25.088 27.678 27.466 27.106 26.381 33.018 28.402 31.923 32.380 31.240 33.351 32.154 32.553 29.829 30.192
Comércio Exterior BrasileiroEm US$ Milhões FOB
Fonte: MDIC
Importação Exportação Corrente
O comércio exterior brasileiro
terminou o ano de 2017 com saldo
positivo de US$ 67 bilhões. Houve
considerável aumento nos preços
dos produtos exportados, com
destaque para minério de ferro,
petróleo, celulose, açúcar,
semimanufaturados de ferro e aço. A
corrente de comércio no âmbito da
ELETROS foi 19% melhor em 2017 do
que no ano anterior.10,5%
15,1%
18,5%
40,0%
Importações
Corrente de Comércio
Exportações
Sado comercial
Balanço 2017 x 2016Fonte: MDIC
1.223,53
1.450,55
Corrente de Comércio
Corrente de Comércio ELETROS 2017 x 2016
Em US$ Milhões
2016 2017
CAPACIDADE INSTALADA
77,1
77,6
77,377,1 77,1
77,2
76,8
77,2
76,9
76,576,6
76,7
77,7
76,9
77,2
76,6
77,4
77,1
77,5
77,8
77,577,7
78,3
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov
2016 2017
Utilização da Capacidade Instalada % Fonte: CNI (dados dessazonalizados)
A Utilização da Capacidade Instalada da indústria nacional encerra o ano de
2017 nos patamares mais elevados medidos desde o início de 2016. A
trajetória mostra reação consistente a partir de meados do ano de 2017,
indicando a tendência de retomada gradual da produção industrial. Para a
maioria das empresas da ELETROS, a Utilização da Capacidade Instalada
manteve-se estável em 2017. O percentual de empresas que viram melhora
chegou a 46,7% em setembro, mas depois reduziu novamente para os
patamares de 20%, o mesmo registrado no início do ano, ligeiramente melhor
que em 2016.
10,515,8 16,7 14,8
3,7
10,7
18,522,2
25,9
8,0
15,311,5
17,814,3
27,6
17,2
24,1 23,3 23,3
43,346,7
33,3
40,0
23,4
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
Comparativo com 2016 - Capacidade Instalada
Empresas Otimistas em p.p.
2016 2017
17,8
14,3
27,6
17,2
24,1
23,3
23,3
43,3
46,7
33,3
40,0
23,4
3,6
7,1
13,8
6,9
10,3
10,0
6,7
10,0
3,3
3,3
3,3
6,6
78,6
78,6
58,6
75,9
65,5
66,7
70,0
45,6
50,0
63,3
56,7
70,0
jan/17
fev/17
mar/17
abr/17
mai/17
jun/17
jul/17
ago/17
set/17
out/17
nov/17
dez/17
Capacidade Instalada % de empresas consultadas
Sondagem ELETROS
Melhorou Piorou Estável
INVESTIMENTOS
A despeito do otimismo do mercado financeiro, há perspectivas de
impactos nos investimentos privados no Brasil, em função dos
entraves políticos que reduzem a aprovação da Reforma da
Previdência no curto prazo. Não há crescimento sustentável sem o
equacionamento dos gastos públicos. Em 2016, a intenção de
investimento da indústria registrava índices perto de 40%. No final de
2017, este indicador avançou para 50%. A variação não foi tão
expressiva, mas a curva do ano de 2017 foi mais positiva. Já os
investimentos públicos caíram. Houve redução de 30,7% no Programa
de Aceleração do Crescimento – PAC e de 70,3% no programa Minha
Casa Minha Vida, mas as despesas reais com a previdência
cresceram 4,5% e os gastos com o funcionalismo público aumentaram
9,7%. O desafio das contas públicas permanece ameaçando os
investimentos. Para as empresas da ELETROS, os investimentos em
tecnologia aumentaram em meados de 2017, mas perderam força no
final do ano, mantendo-se meramente estáveis para 80% das
empresas associadas.
45,3 46,9 46,6 47,0 46,6 46,5 46,6 47,9 49,4 49,6 50,6 52,2
43,4 43,4 43,4 43,4 43,4 43,4 43,4 42,0 43,4 43,4 43,9 44,6
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
Intenção de Investimento da Indústria100= máxima intenção
2017 x 2016Fonte: CNI
2017 2016
7,2
10,7
6,9
10,3
24,1
20,0
30,0
20,0
20,0
16,7
20,0
16,7
0,0
0,0
0,0
3,5
0,0
6,7
6,7
3,3
6,7
6,7
3,3
3,3
92,8
89,3
93,1
86,2
75,9
73,3
63,3
76,7
73,3
76,7
76,7
80,0
jan/17
fev/17
mar/17
abr/17
mai/17
jun/17
jul/17
ago/17
set/17
out/17
nov/17
dez/17
Investimento em Tecnologia% de empresas consultadas
Sondagem ELETROS
Melhorou Piorou Estável
10,5 10,5
0,0
3,7
0,0
14,3
11,1 11,1
7,4
12,0
7,7
3,97,2
10,7
6,9
10,3
24,1
20,0
30,0
20,0 20,0
16,7
20,0
16,7
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
Comparativo 2017 x 2016 - Investimento em TecnologiaEmpresas otimistas em p.p.
Fonte: ELETROS
2016 2017
O ÍNDICE DE CUSTO BRASIL ELETROS é calculado através de uma média ponderada das respostas das empresas enviadas na sondagem mensal de indicadores setoriais da entidade
110 97 102 102 110
0
50
100
150
200
Índice de Custo Brasil ELETROS – DEZEMBRO/2017
dez-17 ruim aceitável ideal
109 113 114 112 109 110 105 108 115 113 113 110
50 50 50 50 50 50 50 50 50 50 50 50
P R E Ç O D O S C O M P O N E N T E S
índice ideal
104 105 109 110 100 105 107 108 115 113 112 102
50 50 50 50 50 50 50 50 50 50 50 50
C U S T O D E E N E R G I A
índice ideal
102 102 105 102 98 103 102 102 107 103 102 97
50 50 50 50 50 50 50 50 50 50 50 50
C U S T O D E Á G U A
índice ideal
100 104 109 103 102 103 102 100 102 102 102 102
50 50 50 50 50 50 50 50 50 50 50 50
C A R G A T R I B U T Á R I A
índice ideal
107 109 107 110 109 108 115 108 113 110 107 110
50 50 50 50 50 50 50 50 50 50 50 50
C U S T O S L O G Í S T I C O S
índice ideal
Custo Brasil ao longo de 2017
Fonte: Sondagem ELETROS
Ao final de 2017, a sondagem ELETROS mostrou uma melhora gradativa nos custos
fabris na produção de eletrodomésticos. No último mês do ano, apenas os custos
logísticos tiveram alta mensal, contudo nos patamares já observados ao longo do ano. O
custo Brasil permanece como um desafio de competitividade para a indústria local,
especialmente em razão da crise, pelos poucos investimentos públicos em
infraestrutura - que poderiam amenizar os custos logísticos - e pelas restrições
tributárias em decorrência do não equacionamento das contas públicas.
CUSTO BRASIL
CRÉDITO E INADIMPLÊNCIA
Apesar do recuo expressivo da taxa de juros SELIC de 2016 para 2017,
de 13,65% para 7,00%, os juros finais ao consumidor não recuam em
igual velocidade, porque o risco da inadimplência diante da retração do
mercado de trabalho é considerado na concessão do crédito. A
inadimplência do consumidor ensaiou uma melhora no final de 2016,
mas tornou a aumentar no ano de 2017, voltando aos patamares do
ápice da crise. Para as empresas, o cenário foi ligeiramente melhor em
2017 que em 2016. Para as associadas da ELETROS, a inadimplência
melhorou em 2017. Hoje, apenas 6,7% delas veem um cenário de piora,
enquanto o otimismo alcançou os melhores patamares desde janeiro de
2016.
58,7 58,7
60,8 62,160,7
59,460,2
61,2 61,7 61,8 62,2 62,261,6
60,8 60,359,6
58,758,1 57,7 58,0 58,2 57,7 57,3
56,1
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
Percentual de Endividamento das Famílias Brasileiras
Fonte: Confederação Nacional do Comércio
2017 2016
154
256286
182
370
246
286
337
279 265
226 221197
287316
294
335363 364
298
430
269
283 279
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
Total de Falências e Recuperações Judiciais Requeridas2017 x 2016
Fonte: Serasa Experian
2017 2016
14,3
7,1
13,8
10,3
6,9
13,3
16,7
10,0
10,0
10,0
20,0
23,3
3,6
10,7
17,2
17,2
24,1
13,3
13,3
13,3
3,3
10,0
10,0
6,7
82,1
82,1
69,0
72,4
69,0
73,3
70,0
76,7
86,7
80,0
70,0
70,0
jan/17
fev/17
mar/…
abr/17
mai/17
jun/17
jul/17
ago/17
set/17
out/17
nov/17
dez/17
Adimplência dos Clientes% de empresas consultadas
Sondagem ELETROS
Melhorou piorou estável
0,0
10,5
4,23,7
7,4
3,6
7,4
14,814,8
8,0
15,3
7,7
14,3
7,1
13,8
10,3
6,9
13,3
16,7
10,010,010,0
20,0
23,3
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
Comparativo ELETROS 2017 x 2016 - Adimplência
Empresas Otimistas em p.p.
2016 2017
Os indicadores do Ministério da Justiça
trazendo dados dos PROCONs mostram que
em 2017 cerca de 4% das reclamações de
consumidores diziam respeito aos
eletrodomésticos. Dentre eles, as TVs
sustentaram os maiores índices de
reclamações, enquanto Ar-condicionado e
Aquecedor foram os menos reclamados.
RELAÇÕES DE CONSUMO
jan/17fev/17mar/17abr/17mai/17jun/17jul/17ago/17set/17out/17nov/17dez/17
jan/17 fev/17 mar/17 abr/17 mai/17 jun/17 jul/17 ago/17 set/17 out/17 nov/17 dez/17
Aparelho de Som/Vídeo/Imagem 36 180 207 213 205 157 200 228 237 211 227 300
Ar-Condicionado e Aquecedor 27 129 112 84 68 50 42 55 42 61 81 101
Eletroportáteis 64 367 380 388 386 318 349 345 343 391 405 439
Fogão/Microondas/Forno elétrico 53 219 216 249 238 169 178 210 192 217 216 289
Lavadoras de Roupa/Louça/Secadora 44 134 145 162 174 146 149 145 128 122 136 146
Refrigeradores/Freezer 77 219 206 213 206 172 147 166 157 174 180 288
TVs 182 336 474 437 439 357 390 397 430 437 420 478
Demandas de ConsumidoresPrincipais Produtos
Fonte: Consumidor.gov
Aparelho de Som/Vídeo/Imagem Ar-Condicionado e Aquecedor
Eletroportáteis Fogão/Microondas/Forno elétrico
Lavadoras de Roupa/Louça/Secadora Refrigeradores/Freezer
TVs
29.182 27.18135.834 34.592
42228 46.311 42.329 44.011 41.567 43.379 42.544 41.593491 1.584
1.952 1.7461.716
1.7811.455 1.546 1.529 1.613 1.665 2.041
jan/17 fev/17 mar/17 abr/17 mai/17 jun/17 jul/17 ago/17 set/17 out/17 nov/17 dez/17
Total de reclamações de consumidoresfonte: consumidor.gov - ministério da justiça
Total Eletrodomésticos e Eletrônicos
17,8
25,0
17,2
17,2
20,7
16,7
23,3
30,0
23,3
20,0
23,0
30,0
3,6
7,1
10,3
3,5
6,9
6,7
3,3
3,3
3,3
3,3
10,0
3,3
78,6
67,9
72,4
79,3
72,4
76,7
73,3
66,7
73,3
76,7
66,7
66,7
jan/17
fev/17
mar/17
abr/17
mai/17
jun/17
jul/17
ago/17
set/17
out/17
nov/17
dez/17
Relações de Consumoempresas consultadas em p.p.
Fonte: ELETROS
Melhorou piorou estável
PERSPECTIVAS
O Boletim Focus do Banco Central do Brasil traz expectativas otimistas para 2018. As eleições consistem no principal fator de incerteza, mas o
mercado não parece enxergar como um fator de ameaça e as expectativas de melhoras nos indicadores econômicos permanecem. No início de 2017,
a expectativa sobre o PIB 2018 era de crescimento de 2,20%. Hoje é de 2,70%. Quanto a inflação 2018, em 2017 a expectativa era de 4,50%. Hoje é de
3,95%. E quanto aos juros básicos em 2018 , em janeiro de 2017 a expectativa era de 9,00%. Hoje é de 6,75%. Houve melhora generalizada nas
expectativas sobre a economia brasileira. O cenário externo somente contribui para este otimismo. O fluxo de investimentos favorável para os
mercados emergentes deve continuar em 2018. Para as empresas da ELETROS, 2017 foi marcado por expectativas positivas, um tanto quanto
reduzidas nos últimos meses do ano, apontando certa frustração quanto à velocidade de retomada nas vendas e no consumo.
2017 2018 2019 2017 2018 2019 2017 2018 2019
jan/17 0,50% 2,20% 4,70% 4,50% 9,50% 9,00%
hoje 2,70% 2,99% 3,95% 4,25% 6,75% 8,00%
EXPECTATIVA SOBRE O PIB EXPECTATIVA SOBRE A
INFLAÇÃO (IPCA)
EXPECTATIVA SOBRE OS
JUROS (SELIC)
BOLETIM FOCUS - BANCO CENTRAL DO BRASIL
25,0
17,9
27,6
20,7
20,7
36,7
36,7
43,3
53,3
36,7
36,7
26,7
3,6
0,0
6,9
3,5
20,7
13,3
6,7
10,0
3,3
0,0
3,3
3,3
71,4
82,1
65,5
75,9
58,6
50,0
56,7
45,7
43,3
63,3
60,0
70,0
jan/17
fev/17
mar/17
abr/17
mai/17
jun/17
jul/17
ago/17
set/17
out/17
nov/17
dez/17
Expectativas% de empresas consultadas
Sondagem ELETROS
Melhorou piorou estável
5,5
0,0
25,0
11,1 11,1
14,3
33,3
29,6
40,7
28,030,8 30,8
25,0
17,9 25,620,7 20,7
36,7 36,7
43,3 43,3
36,7 36,7
26,7
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
Comparativo 2017 x 2016 ELETROS-Expectativas
Empresas Otimistas em p.p
2016 2017
50,1 53,1 54,0 53,1 53,7 51,9 50,6 52,6 55,7 56,0 56,5 58,3
78,9 82,5 85,6 89,1 88,6 85,7 83,4 82,4 89,2 92,5 92,4 94,8
79,3 81,8 85,3 82,2 84,2 82,3 82,0 80,982,3 83,7 86,8 86,4
Confiança dos Agentes Econômicos em 2017
Indústria CNI Varejo FGV Consumidor FGV