BOLETIM DO ANO EUROPEU DA EDUCAÇÃO PELO … · transparecer a afirmação de votos para o ano de...

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BOAS PRÁTICAS PARA 2004 deixa transparecer a afirmação de votos para o ano de 2004 que todos certamente es- tão dispostas a formular, embora nem sempre orientem estes votos no mesmo sentido. Efectivamente, no campo do desporto, dese- jar BOAS PRÁTICAS PARA 2004 pode levar a pensar nos Jogos Olímpicos e em medalhas, ou lugares entre os finalistas, ou na classifi- cação que a Selecção Nacional irá conseguir no Campeonato Europeu de Futebol a reali- zar em Portugal. Por outro lado, poderá haver quem interpre- te a expressão BOAS PRÁTICAS PARA 2004 sonhando ver uma grande parte da popula- ção portuguesa a participar regularmente numa actividade desportiva, podendo haver quem a interprete pensando nos jovens que se iniciam numa actividade desportiva, al- guns deles revelando aptidões indiciadoras de futuros desempenhos de excelência. Em todas estas possibilidades a palavra su- cesso tem um significado distinto e a ideia de vencer não se caracteriza da mesma maneira. 2004 será o Ano Europeu da Educação pe- lo Desporto. "Os anos de...", seja qual for o tema que de- termina aquela expressão, constituem uma oportunidade adicional para proporcionar momentos de reflexão, aproveitando a cir- cunstância para promover ideias, valores e conceitos relacionados, numa lógica que se pretende formativa. Afirmar que o desporto é um instrumento educativo é algo que deve ser feito com cui- dado. Dizê-lo, à guisa de frase feita, pode fa- zer pensar que a participação nas actividades desportivas garante, só por si, a componente educativa que se persegue. Nada de mais incorrecto. Se a prática desportiva possui um conjunto de pressupostos e circunstâncias favoráveis a uma intervenção educativa verdadeira, em simultâneo, pode manifestar potenciali- dades nada abonatórias para com aqueles objectivos. Esta afirmação pode dirigir-se tanto ao praticante de alta competição, co- mo ao cidadão que realiza a sua actividade periódica de lazer, ao jovem que revela po- tencialidades para vir a alcançar resultados de excelência, à criança que faz uma activi- dade desportiva com objectivos educativos, ou mesmo ao cidadão espectador, estando todos eles sujeitos a um conjunto de in- fluências, que tanto podem ser benéficas como prejudiciais. Na verdade, tudo vai depender da orientação que é transmitida a essa prática, dos valores que são afirmados e, sobretudo, praticados em cada um dos níveis de preparação. Torna-se assim evidente que, para alcançar os objectivos educativos perseguidos, para con- seguir alcançar os efeitos benéficos que a prá- tica desportiva pode proporcionar, um papel relevante vai caber aos treinadores, aos pro- fessores, aos dirigentes, enquanto elementos responsáveis por aquele conjunto de decisões. BOLETIM DO ANO EUROPEU DA EDUCAÇÃO PELO DESPORTO - 2004 N O 1 - Janeiro 2004 N O 1 - Janeiro 2004 Boas práticas para 2004 O Ano Europeu da Educação pelo Desporto, surge como um grande desafio para revalorizar a imagem do desporto na sociedade europeia. E esse desafio dirige-se em primeiro lugar ao movimento associativo e em segundo lugar ao mundo da educação, a quem se pede o aprofundamento da reflexão em torno do contributo do desporto à educação. E neste particular é indispensável reco- lher para o seio das práticas desporti- vas valores civilizacionalmente aceites: o de exercício de liberdades, o de res- peito pelos outros, o de tolerância nas relações humanas, o de acatamento de regra, a afirmação do primado do direi- to sobre o arbítrio. É em torno destes valores, que se pode construir, aquilo que vulgarmente é reconhecido como o "espírito desportivo". Entendido não como um catecismo, que candidamen- te se tolera, mas como um instrumento de aperfeiçoamento humano. A Europa dispõe assim no corrente ano de uma extraordinária oportunidade para que os governos dos estados- membros, as organizações educativas e as organizações desportivas reflictam sobre a relação do desporto com a edu- cação de modo a melhor utilizar as ac- tividades desportivas no domínio for- mativo, tudo fazendo para garantir a sua função social, sensibilizando a opi- nião pública europeia para o reencon- tro com os valores clássicos do despor- to, condição necessária para o aprovei- tamento do seu potencial educativo. A criação de um total movimento social regenerador, requer apoio político, mas também atitude, vontade e acção das organizações desportivas para que com- preendam que a dependência do des- porto terá de ser perante valores cultu- rais e sociais e não outros. Todos os dias e em todos os momentos. Porque só as- sim o desporto nos pode ajudar a en- contrar um sentido para a vida. Uma vi- da que pede uma cultura para o corpo, a par de uma cultura para o espírito. José Manuel Constantino Presidente da Comissão Nacional de Coordenação do Ano Europeu da Educação pelo Desporto > > EDUCAÇÃO PELO DESPORTO editorial

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BOAS PRÁTICAS PARA 2004 deixatransparecer a afirmação de votos

para o ano de 2004 que todos certamente es-tão dispostas a formular, embora nem sempreorientem estes votos no mesmo sentido.Efectivamente, no campo do desporto, dese-jar BOAS PRÁTICAS PARA 2004 pode levar apensar nos Jogos Olímpicos e em medalhas,ou lugares entre os finalistas, ou na classifi-cação que a Selecção Nacional irá conseguirno Campeonato Europeu de Futebol a reali-zar em Portugal. Por outro lado, poderá haver quem interpre-te a expressão BOAS PRÁTICAS PARA 2004

sonhando ver uma grande parte da popula-ção portuguesa a participar regularmentenuma actividade desportiva, podendo haverquem a interprete pensando nos jovens quese iniciam numa actividade desportiva, al-guns deles revelando aptidões indiciadorasde futuros desempenhos de excelência.Em todas estas possibilidades a palavra su-cesso tem um significado distinto e a ideia devencer não se caracteriza da mesma maneira.2004 será o Ano Europeu da Educação pe-lo Desporto.

"Os anos de...", seja qual for o tema que de-termina aquela expressão, constituem umaoportunidade adicional para proporcionarmomentos de reflexão, aproveitando a cir-cunstância para promover ideias, valores econceitos relacionados, numa lógica que sepretende formativa.Afirmar que o desporto é um instrumentoeducativo é algo que deve ser feito com cui-dado. Dizê-lo, à guisa de frase feita, pode fa-zer pensar que a participação nas actividadesdesportivas garante, só por si, a componenteeducativa que se persegue.Nada de mais incorrecto.Se a prática desportiva possui um conjuntode pressupostos e circunstâncias favoráveisa uma intervenção educativa verdadeira,em simultâneo, pode manifestar potenciali-dades nada abonatórias para com aquelesobjectivos. Esta afirmação pode dirigir-setanto ao praticante de alta competição, co-mo ao cidadão que realiza a sua actividadeperiódica de lazer, ao jovem que revela po-tencialidades para vir a alcançar resultadosde excelência, à criança que faz uma activi-dade desportiva com objectivos educativos,ou mesmo ao cidadão espectador, estandotodos eles sujeitos a um conjunto de in-fluências, que tanto podem ser benéficascomo prejudiciais.Na verdade, tudo vai depender da orientaçãoque é transmitida a essa prática, dos valoresque são afirmados e, sobretudo, praticadosem cada um dos níveis de preparação.Torna-se assim evidente que, para alcançar osobjectivos educativos perseguidos, para con-seguir alcançar os efeitos benéficos que a prá-tica desportiva pode proporcionar, um papelrelevante vai caber aos treinadores, aos pro-fessores, aos dirigentes, enquanto elementosresponsáveis por aquele conjunto de decisões.

B O L E T I M D O A N O E U R O P E U D A E D U C A Ç Ã O P E L O D E S P O R T O - 2 0 0 4

NO 1 - Janeiro 2004NO 1 - Janeiro 2004

Boas práticas para 2004

O Ano Europeu da Educaçãopelo Desporto, surge como

um grande desafio para revalorizar aimagem do desporto na sociedadeeuropeia.E esse desafio dirige-se em primeirolugar ao movimento associativo e emsegundo lugar ao mundo da educação,a quem se pede o aprofundamento dareflexão em torno do contributo dodesporto à educação.E neste particular é indispensável reco-lher para o seio das práticas desporti-vas valores civilizacionalmente aceites:o de exercício de liberdades, o de res-peito pelos outros, o de tolerância nasrelações humanas, o de acatamento deregra, a afirmação do primado do direi-to sobre o arbítrio. É em torno destesvalores, que se pode construir, aquiloque vulgarmente é reconhecido como o"espírito desportivo". Entendido nãocomo um catecismo, que candidamen-te se tolera, mas como um instrumentode aperfeiçoamento humano.A Europa dispõe assim no corrente anode uma extraordinária oportunidadepara que os governos dos estados-membros, as organizações educativase as organizações desportivas reflictamsobre a relação do desporto com a edu-cação de modo a melhor utilizar as ac-tividades desportivas no domínio for-mativo, tudo fazendo para garantir asua função social, sensibilizando a opi-nião pública europeia para o reencon-tro com os valores clássicos do despor-to, condição necessária para o aprovei-tamento do seu potencial educativo.A criação de um total movimento socialregenerador, requer apoio político, mastambém atitude, vontade e acção dasorganizações desportivas para que com-preendam que a dependência do des-porto terá de ser perante valores cultu-rais e sociais e não outros. Todos os diase em todos os momentos. Porque só as-sim o desporto nos pode ajudar a en-contrar um sentido para a vida. Uma vi-da que pede uma cultura para o corpo,a par de uma cultura para o espírito.

José Manuel ConstantinoPresidente da Comissão Nacional de Coordenação

do Ano Europeu da Educação pelo Desporto

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EEDDUUCCAAÇÇÃÃOO PPEELLOO DDEESSPPOORRTTOO editorial

triunvirato ético na prática das activida-des físicas, referenciou a Ética Aristocrá-tica predominante na Antiguidade, aMeritocrática, na Modernidade e a Mi-croÉticas Cool, da pós-Modernidade, sa-lientando o facto de hoje se assistir auma "fragmentação e a uma decompo-sição dos valores éticos". Manuel Brito,docente de Organização e Desenvolvi-mento do Desporto da ULHT e ex-presi-dente do IND, explorou a dicotomia en-tre o discurso e a prática na ética dodesporto nacional, concluindo que falta,em Portugal, uma estratégia de promo-ção da ética no desporto. Jaume CruzFeliu, do Departamento de Psicologia daEducação da Universidade Autónoma deBarcelona, deu o seu contributo falandodo papel dos pais na promoção do fair-play em desportistas jovens, e CarlosGonçalves, presidente do European Fair-Play Movement e professor de Pedago-gia do Desporto na ULHT, abordou aEducação para os Valores na EducaçãoFísica e no desporto infanto-juvenil".Jorge Olímpio Bento, director da Facul-dade de Ciências do Desporto e da Edu-cação Física, da Universidade do Porto,e Manuel Gomes Tubino, presidente daDirectoria Mundial da FIEP, apresenta-ram, respectivamente, comunicações in-tituladas "Para bem do Desporto - dodesporto que faz bem" e "O Manifestoda Educação Física da FIEP e os valoresnas actividades físicas e desportivas". A mesa-redonda "Os valores e a práticaque fazemos da ética", moderada porHermínio Barreto, docente na FMH/UTL,contou com a participação de Rosa Mo-ta, Rui Caçador, Vítor Serpa, Vítor Perei-ra, José Brás e António Carraça.

O Desporto, a Educação e os Va-lores, por uma ética nas activida-

des físicas e desportivas: foi a temáticadiscutida nos passados dias 30 e 31 deJaneiro na conferência organizada para oefeito pela Universidade Lusófona. Directamente relacionada com o AEED,considerou o Departamento de Educa-ção Física, Desporto e Lazer desta Uni-versidade ser de particular pertinênciadebater questões como os valores, aprática e a ética desportiva, num mo-mento em que "o espectáculo e a prá-tica desportiva concentram a atençãode milhões de cidadãos, influenciandoconcepções e transmitindo valores.Num campo em que as emoções pre-dominam e os comportamentos assu-mem um carácter demasiado primário,a reflexão, a análise e a racionalizaçãoconstituem um tempo e um processoessenciais visando a existência de umaprática desportiva em que, de facto, aEducação pelo Desporto aconteça".Jorge Crespo, director da Faculdade deCiências Sociais e Humanas da Universi-dade Nova de Lisboa, que subordinou asua comunicação à dimensão ética dodesporto, reflectiu sobre o facto de odesporto ser um "indicador da crise dacivilização que perturba a humanidade".Considerando ser este um processo hámuitas décadas denunciado pelos hu-manistas que abordaram o fenómenodesportivo, salientou ser indispensável"resistir à sedução de facilidades apa-rentes, mas que interessam apenas àsminorias" dominantes, muito distancia-das das "verdadeiras necessidades e as-pirações humanas". José Brás, professorassociado na ULHT, que abordou o

Ética desportivaem debate na Lusófona

2 acontecimentos

"Perante um país descrente nas suas capa-cidades, mergulhado num quotidiano cin-zento-escuro que já nem o sol ilumina,consumindo avidamente o acidental e des-prezando o essencial, e num tempo em queas referências morais e éticas escasseiam,a homenagem ao Prof. Teotónio Lima inte-grada numa conferência sobre o desporto,a educação e os valores - por uma éticanas actividades físicas e desportivas é,além do mais, um acto de reconhecimentoprojectado num futuro de esperança e feli-cidade". Assim se referiu a Teotónio Lima,Jorge Proença, responsável pelo Departa-mento de Educação Física, Desporto e La-zer, da UL, entidade organizadora da confe-rência que decidiu homenagear aquele queé consensualmente considerado um símbo-lo da ética desportiva.Formado pelo então INEF, no ano lectivo de1953/54, Teotónio Lima desenvolveu umpercurso profissional abrangente, emboratenha sido principalmente pelo seu com-portamento ético que ele mais marcou vá-rias gerações de atletas e desportistas. Pa-ra sempre ligado aos anos de glória do bas-quetebol do Sport Lisboa e Benfica, pelasérie de títulos consecutivamente conquis-tados, a este professor de ética se deve,em grande parte, o crescimento do despor-to em Portugal, bem como o estatuto quegraças a ele os atletas de alta competiçãopassaram a usufruir. Numa abordagem aoseu percurso e perfis, Olímpio Coelho afir-maria na ocasião que "é natural que convi-vendo e trabalhando com o Prof. TeotónioLima pudessemos discutir e aprender, paraalém dos aspectos específicos do desporto,do treino desportivo e do basquete, coisastão diversas como a importância de conhe-cer o étimo das palavras para que possa-mos aplicar, com oportunidade e no con-texto devido, as particularidades dos hábi-tos culturais das várias regiões do País poronde passávamos, na missão de formado-res de novos treinadores, a técnica parapreparar uma caldeirada a preceito ou ométodo eficaz para evitar ser picado pelopeixe aranha".

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A homenagem merecida a Teotónio Lima

actividades

Que importância atribui a este Ano Europeu?Para nós, portugueses, este ano é particu-larmente importante porque vamos ter arealização do Europeu de Futebol no nossopaís, e teremos depois os Jogos Olímpicose os Paralímpicos. Além disso, o facto de2004 ser o AEED é por si só a demonstra-ção da preocupação que a Europa tem re-lativamente à importância do lado físico esaudável dos nossos jovens. Há a tendên-cia para se praticar cada vez menos des-porto, mas a parte intelectual tem de estarem consonância com a física. Os jovenstêm de estudar, mas também têm de prati-car desporto e de aprender a ética despor-tiva, especialmente através das modalida-des que são praticadas em equipa.

E as escolas têm um importantepapel a desempenhar?Havendo desportos colectivos nas escolas,estaremos a preparar os nossos jovens pa-ra o futuro, porque temos de pensar emconjunto, contrariar o individualismo, queé cada vez maior. É importante que eles sepreocupem com o todo.

Mas parece-lhe que o desportoescolar é suficiente?Não. Deveria adoptar-se um modo dedurante as férias escolares eles poderemcontinuar a praticar desporto. Por outrolado, as escolas deveriam dar mais alter-nativas de modalidades, porque há osque gostam de natação, os que preferemcorrer, etc., e, para os entusiasmar pelodesporto, eles têm de poder escolher epraticar com prazer, o que é fundamen-tal, já que só se faz bem aquilo que sefaz com prazer.

Os equipamentos que temossão suficientes?Para quem gosta de futebol ou de correr éfácil, porque são modalidades que se prati-cam em qualquer lado, mas nem todos osjovens gostam delas, e as demais modali-

dades exigem condições mínimas. E sãoessas condições que têm de ser criadasnas escolas, porque se um jovem as prati-ca fora, os pais têm de o acompanhar, oque nem sempre é possível.

Portugal tem uma realidade diferente dos demais países europeus?Estive recentemente em Dublin, aquandoda apresentação do AEED, e tive a possibi-lidade de perceber que os representantesdos diversos países, muitos deles commais condições do que o nosso, tinhamproblemas iguais. E é consensual a ideiade que é muito importante sensibilizar osjovens, muito virados para os computado-res e que praticam desporto na escola,mas muito pouco. Na minha geração, brin-cávamos no recreio com actividades e jo-gos que envolviam actividade física - o jo-go da macaca, o elástico, o mata, etc. - ehoje os jovens estão muito mais parados.As famílias também têm um papel, deven-do conversar mais com os filhos, desligar atelevisão e falar. Hoje há cada vez maiordistância entre as pessoas, e isso é umapreocupação mundial.

Como pode a Rosa Mota e outros ídolos do desporto dar uma ajuda?Explicando a importância que o desportoteve na nossa vida. Do nosso prazer naprática desportiva.

Mas não haverá demasiados ídolos futebolísticos?É mais fácil. Basta um ringue e uma bola,e é o desporto-rei no nosso país. É natu-ral que com o Europeu de Futebol surjamainda mais jovens entusiasmados com ofutebol, mas depois teremos os JogosOlímpicos, e eles irão servir também paraentusiasmar os jovens para outras moda-lidades. E na juventude, principalmentenessa faixa etária, os jogos colectivos sãomuito importantes.

São várias as iniciativas promovidas pelosclubes, associações, escolas, autarquiaslocais ou outras instituições no âmbitodeste Ano Europeu. Referimos aqui as quechegaram ao nosso conhecimento até aofecho deste primeiro número do Boletim.

À conversa com Rosa MotaEmbaixadora e membro da Comissão Nacional de Coordenação doAEED 2004, Rosa Mota explica-nos o sentido e a razão de ser destainiciativa da Comissão Europeia.

30 e 31 de JaneiroConferência “O Desporto, a Educação e os Valores,por uma ética nas actividades físicas e desportivas”Organização: Un. Lusófona de Humanidades eTecnologiaInformações: Tel. 217 51 55 00

7 de FevereiroSeminário “Festa Jovem”Local: Auditório Fernando Lopes Graça, Fórum Municipal Romeu Correia, AlmadaOrganização: Associação de Ginástica de LisboaInformações: Tel. 213 15 85 54

6, 13, 20 e 27 de Fevereiro às 21h00Fórum Desporto Juvenil “O Desporto que temos,o Desporto que queremos”Local: Auditório da RTAM, Castelo Santiago da BarraOrganização: Vários clubes e associações de Viana do CasteloInformações: Tel. 258 82 29 48

19 de FevereiroSimpósio “A Saúde Mental e a Actividade Física”Organização: Escola Superior de Enfermagem dePortalegre/Instituto Politécnico de PortalegreInformações: Tel. 245 30 04 30

13 de MarçoCorta Mato Escolar Nacional 2003/2004A partir de um apuramento com a participação decerca de 40 000 alunos em 22 provas por todo o paísLocal: GuardaOrganização: Desporto EscolarInformações: Tel. 213 89 52 11www.desportoescolar.min-edu.pt

3 de AbrilColóquio sobre o AEED 2004Organização: Câmara Municipal de AlmadaInformações: Tel. 212 58 71 33

2ª quinzena de MaioCampeonatos e Encontros Nacionais de Iniciados e Juvenis em diversas modalidades Locais: Lisboa, Castelo Branco, SilvesOrganização: Desporto EscolarInformações: Tel. 213 89 52 11www.desportoescolar.min-edu.pt

Marques, atleta paralímpica, Vítor Baíafutebolista e Manuela Frutuoso, prati-cante de hipismo serão, ao longo do2004 - Ano Europeu da Educação peloDesporto, os treze desportistas Embai-xadores Nacionais. Verdadeiros ídolosdo desporto nacional, a estes Embai-xadores competirá, com particular re-levância, a sensibilização dos jovenspara a importância da cultura física eda prática desportiva.

Carlos Resende, andebolista,Filipa Cavalieri, ex-judoca,

João Garcia, alpinista, Elisabete Jacin-to, piloto de automobilismo, Nuno Del-gado, atleta olímpico de judo, NunoLaurentino, praticante de natação, Ro-sa Mota, ex-atleta olímpica de atletis-mo, Susana Feitor, praticante de atle-tismo, Tomás Morais, treinador de rug-by, Victor Pereira, ex-arbitro de fute-bol, Manuel Campos, ginasta, Leila

Um projecto de par-ceria a desenvolver

entre o IDP, a Casa Pia deLisboa e o Casa Pia AtléticoClube irá envolver os nove co-légios que compõem esta insti-tuição. Proposto pelo IDP, emOutubro último, e integrado noAEED - 2004, este projecto visa odesenvolvimento de um conjunto deiniciativas com os alunos da Casa Pia deLisboa, tendo em conta o trabalho quehá mais de 200 anos esta instituição

tem desenvolvido na área dodesporto. Segundo José Cor-dovil, vice-presidente do IDP,

a Casa Pia de Lisboa possui,desde o início do século pas-sado, "um bom património

técnico e de instalações, muitosuperior ao da generalidade dos

estabelecimentos do ensino regu-lar, e que muito têm contribuído para adivulgação do desporto e para a suapromoção", que justificam, por si só, aconcretização deste projecto.

L I S T A D E C A N D I D A T U R A S A E E D 2 0 0 4FASE TÍTULO ENTIDADE1 Criação de Classe de Natação para Alunos Ensino Secundário INATEL1 6.º Congresso Nacional de Educação Física CNAPEF1 17.ºJamboree Europeu de Minibasquete 2003 Associação Basquetebol Madeira2 Gaia 2004 - Educação pelo Desporto GAIA NIMA2 Euro 2004 - School Kick Off Câmara Municipal Odivelas2 Programa Jogar Câmara Municipal Évora2 Flic Flac Associação Académica Coimbra2 1.º Mergulho - Natação para o 1.º Ciclo do Ensino Básico Câmara Municipal Cantanhede2 Domingo Desportivo Câmara Municipal S. João Madeira2 Basquetebol - Sunny D 3x3 nas Escolas Federação Portuguesa Basquetebol2 O Desporto, a Educ. e os Valores - Por uma Ética das Act. Fís. Desp. Universidade Lusófona2 Desporto com Valores, Desporto Puro Universidade Minho2 Caravana do Fair Play Associação Cultura Juventude2 Com Exercício Académico Leiria2 Escolinhas de Desporto Associação Municípios Distrito Évora2 Movimentar Estarreja 2004 Câmara Municipal Estarreja2 11.ª Convenção de Fitness - Feira do Desporto Câmara Municipal S. João Madeira2 IDEIA - A Inclusão do Desporto na Educação Integrada e Abrangente Clube Galitos2 Desporto para a Cidadania Câmara Municipal Barreiro2 No Desporto e na Vida: Futebol e Cidadania Associação Port. Escolas Futebol2 Jogos Desportivos Esclares da Região Autónoma dos Açores Dir. Reg. Educ. Física Desp. Açores

Parceria com a Casa Pia de Lisboa

4 projectos

J O R N A D A N A C I O N A L D E A B E R T U R A

Funchal13 de Março de 2004

P R O G R A M A

09H30 Abertura Oficial do V Fórumdos Treinadores da Madeira Recepção a cargo das entidades di-rectamente envolvidas na promoçãodo Fórum (DSEI, CC-SAEFD-UMa)

10H00 Demonstração de Actividadedo Desporto Escolar da RAM Conjunto de demonstrações gímní-cas de alunos do 1º ciclo e do ensinoespecial, antecedidas e continuadascom disputas de jogos inter-escolas

10H30 Inauguração da Exposição20 Olhares sobre o Corpo em Movimento Trabalhos de artistas plásticos e diri-gentes desportivos

11H15 Marcha `Mexa-se pela sua Saúde' A comitiva percorre o espaço entre oMuseu Casa da Luz e o passeio sulda Avenida do Mar e das Comunida-des Madeirenses, para encabeçar aMarcha, que contará com a partici-pação de populares

12H00 Acompanhamento de Activi-dades Náuticas na Nau Santa Maria Passeio de 30 minutos na baía doFunchal, observando actividadesnáuticas organizadas pelas associa-ções de Vela, de Canoagem e de JetSki, bem como os voos de parapen-te que terão como destino a praiacontígua ao cais

12h45 - Briefing com a comunicação social

13h30 - Encerramento da JornadaNacional de Abertura do AEED-2004.

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Boletim do Ano Europeu da Educação pelo Desporto - 2004Propriedade da Comissão Nacional de Coordenação do AEEDAv. Infante Santo, 76 1399-032 Lisboa Tel. 213 95 32 71

Edição: Estrelas de Papel • Design: Raimundo SantosRedacção: Guiomar Belo Marques • Fotografias: Rita Carvalho e IDP Depósito Legal nº206913/04 • 45 000 exs. • Distribuição Gratuita

Embaixadores Nacionais do Ano Europeu

Até Dezembro de 2003 — correspondendo à 1ª e 2ª fases de candidatura — foram jáobjecto de apresentação à Comunidade Europeia os seguintes projectos nacionais: