Boletim Ecetistas em Luta 961, de 04-06-13

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Entre em contato com Ecetistas em Luta na Internet: olhovivoecetista.wordpress.com Receba o boletim Ecetistas em Luta por e-mail, escreva para: [email protected] - fone: (31) 3224-0752 (11) 3637-3273 Boletim Ecetistas em Luta Órgão da corrente nacional Ecetistas em Luta - Distribuição gratuita - Edição Minas Gerais - ano IX- nº 961 - terça-feira, 4 de junho de 2013 Chapa 1 - Ecetistas em Luta agradece o apoio massivo dos trabalhadores mineiros que mais uma vez deram sua resposta firme já apontando como será esta campanha salarial Vitória dos trabalhadores! A grande vitória da Cha- pa 1 - Ecetistas em Luta mostrou de uma vez por todas que os trabalhado- res de Minas Gerais estão dispostos a não aceitar nenhum golpe dos patrões contra este Sindicato. Nem mesmo o golpe da ECT, descontando indevi- damente a PLR e os dias de greve dos trabalhado- res, conseguiu confundir a categoria que mandou seu recado em uma das maio- res eleições do SINTECT- -MG. Mais uma vez, a catego- ria mostrou toda a dispo- sição de luta e venceu o golpe dos patrões e dos divisionistas, mos- trando que uma categoria forte deve permanecer unida contra qual- quer tentativa de divisão dos traba- lhadores. É sabido que o SINTECT-MG sempre represen- tou a “coluna ver- tebral” da oposição nacional contra o ataque da ECT e do governo federal aos direitos dos ecetistas de todo Brasil. Os traba- lhadores decidiram man- ter esta estrutura mais forte para enfrentarmos as próximas lutas em bus- ca de novas conquistas e não permitir ne- nhum tipo de retro- cesso nas vitórias já alcançadas. A diretoria elei- ta do SINTECT-MG agradece a partici- pação maciça dos trabalhadores nas eleições e em espe- cial os votos de con- fiança na Chapa 1- Ecetistas em Luta. O respeito que o SIN- TECT-MG conquistou tan- to em sua base quanto a nível nacional é represen- tado pelo trabalho firme e de muita luta que a Cor- rente Ecetistas em Luta e os trabalhadores mineiros vêm realizando ao longo do tempo. Parabéns a esta cate- goria de luta que partici- pa ativamente e faz deste Sindicato uma entidade classista, de luta e sem rabo preso com os pa- trões. Sindicato é do Peão e o patrão não põe a mão! Eleições Companheiros Carlos Clei (AM) e José Rodrigues (PI), da Fentect e do MOPe, apoiam a Chapa 1.

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Boletim

Ecetistas em LutaÓrgão da corrente nacional Ecetistas em Luta- Distribuição gratuita -

Edição Minas Gerais - ano IX- nº 961 - terça-feira, 4 de junho de 2013

Chapa 1 - Ecetistas em Luta agradece o apoio massivo dos trabalhadores mineiros que mais uma vez deram sua resposta firme já apontando como será esta campanha salarial

Vitória dos trabalhadores!A grande vitória da Cha-

pa 1 - Ecetistas em Luta mostrou de uma vez por todas que os trabalhado-res de Minas Gerais estão dispostos a não aceitar nenhum golpe dos patrões

contra este Sindicato. Nem mesmo o golpe da ECT, descontando indevi-damente a PLR e os dias de greve dos trabalhado-res, conseguiu confundir a categoria que mandou seu

recado em uma das maio-res eleições do SINTECT--MG.

Mais uma vez, a catego-ria mostrou toda a dispo-sição de luta e venceu o golpe dos patrões e dos

divisionistas, mos-trando que uma categoria forte deve permanecer unida contra qual-quer tentativa de divisão dos traba-lhadores. É sabido que o SINTECT-MG sempre represen-tou a “coluna ver-tebral” da oposição nacional contra o ataque da ECT e do governo federal

aos direitos dos ecetistas de todo Brasil. Os traba-lhadores decidiram man-ter esta estrutura mais forte para enfrentarmos as próximas lutas em bus-ca de novas conquistas

e não permitir ne-nhum tipo de retro-cesso nas vitórias já alcançadas.

A diretoria elei-ta do SINTECT-MG agradece a partici-pação maciça dos trabalhadores nas eleições e em espe-cial os votos de con-fiança na Chapa 1-

Ecetistas em Luta. O respeito que o SIN-

TECT-MG conquistou tan-to em sua base quanto a nível nacional é represen-tado pelo trabalho firme e de muita luta que a Cor-rente Ecetistas em Luta e

os trabalhadores mineiros vêm realizando ao longo do tempo.

Parabéns a esta cate-goria de luta que partici-pa ativamente e faz deste Sindicato uma entidade classista, de luta e sem rabo preso com os pa-trões.

Sindicato é do Peão e o patrão não põe a mão!

Eleições

Companheiros Carlos Clei (AM) e José Rodrigues (PI), da Fentect e do MOPe, apoiam a Chapa 1.

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2Boletim Ecetistas em Luta - edição Minas Gerais - nº 961, terça-feira, 4 de junho de 2013

Na madrugada do dia 29 para o dia 30 terminou a eleição para a nova di-retoria do Sintect-MG (Sindicato dos Trabalhadores dos Correios de Minas Gerais). A Chapa 1 – Ecetistas em Luta venceu as eleições com esma-gadora maioria de votos.

Foi a maior eleição já feita pela categoria em Minas Gerais, que par-ticipou massivamente da eleição do terceiro maior sindicato dos Correios do País. Foram 2.246 votantes, de um universo de 3.633 sindicalizados, ou seja, mais de 60,30% dos sindi-calizados votaram.

Do total de votantes, 2.076 foram votos válidos (sem brancos e nulos), a Chapa 1 obteve 1.417, ou 68,3% dos votos, enquanto que a Chapa 2 teve 659 votos, ou 31,7% dos votos. A chapa 1 ganhou em todas as ur-nas, em algums com mais de 80% dos votos.

Chapa 2, a chapa do patrão

A campanha das chefias em favor da Chapa 2, a chapa do Patrão, da federação paraguaia (Findect) e da CTB/PCdoB não intimidou os traba-lhadores. De praticamente todos os setores, vinham informes de que os chefes tentavam obrigar o trabalha-dor a votar na Chapa 2. Em alguns casos, principalmente no interior do estado, há denúncias de que a chefia obrigou que o trabalhador revelasse seu voto na chapa 2, sob ameaça do chefe. A nova diretoria do Sintect-MG já vai iniciar medidas para denunciar essa prática anti-sindical e anti-de-mocrática dos gestores da empresa.

A Chapa 1 teve que enfrentar a direção da empresa e os chefes nos setores e a burocracia sindical do PT e do PCdoB. Um dos mais notórios sindicalistas do PT que venderam a categoria em troca de cargo, o “Teixeirinha” do PT, fazia campanha aberta no principal setor da catego-ria. À medida em que a eleição foi se desenvolvendo, foi ficando claro que a Chapa 2 nada mais era do que uma fachada para a intervenção aberta da direção da ECT na eleição sindi-cal. Isso fica demonstrando também pela votação da chapa 2 que, apesar de pequena, é muito maior que a in-fluência real dos integrantes da cha-pa na categoria. A sua votação era composta principalmente por chefes, fura-greves, puxa-sacos e trabalha-dores intimidados pelas chefias ou, ainda pior, por trabalhadores desmo-ralizados que receberam promessa de dinheiro, transferências, mudan-ça de serviço etc. Todo esse esque-ma, no entanto, não deu resultado e foi esmagado pela determinação

da categoria que combateu o esque-ma da empresa em vários setores. Na maioria, os boletins da Chapa 2 eram jogados no lixo e em vários se-tores, os trabalhadores espontane-amente expulsavam os traidores de dentro do local do serviço. Sem qual-quer legalidade, a direção da empre-sa liberou os integranrtes da Chapa 2 por cerca de duas semanas para percorrer o estado, montar a chapa e fazer a campanha eleitoral. A CTB, que tem sustentado este grupinho de vendidos, deslocou um grande aparato para Minas, com militantes, material e carros-de-som para criar artificialmente uma campanha de oposição e fracassou.

A direção da ECT vem formando chapas em todas as eleições sindi-cais até agora. São chapas formadas diretamente do escritório regional da empresa para tentar tomar os sindi-catos das mãos dos trabalhadores. Essas chapas patronais, ou aparece-ram na forma de uma chapa da Ar-ticulação Sindical do PT (grupo que dirige a maior parte da empresa), ou na forma de chapas do PCdoB (gru-po minoritário dentro da empresa). A chapas dos patrões não têm sido bem-sucedidas nas eleições e a der-rota em Minas Gerais, sindicato mais importante do Movimento de Opo-sição nacional, revela de maneira cristalina a completa crise, não só da burocracia sindical, mas da própria direção da empresa, que com todo o poder financeiro não consegue ele-ger seus candidatos.

Devem ser tiradas ainda outras conclusões da derrota do PCdoB/CTB em Minas Gerais. Esse grupo, por ser um rupo mais fechado, que age como uma máfia sindical, é o prin-cipal ponto de apoio da empresa no sindicalismo dos Correios. Aprovei-tando o fato de que essa máfia sin-dical se apoderou dos dois maiores sindicatos do País (São Paulo e Rio de Janeiro), onde eliminou completa-mente qualquer democracia sindical, a direção da ECT apoiou uma mano-bra divisionista para quebrar a unida-de nacional da categoria, depois que uma enorme greve em 2011 prati-camente levou toda a burocracia à lona.

A vitória do bloco de oposição no Congresso da Fentect (Federa-ção Nacional dos Trabalhadores dos Correios) foi o resultado dessa gre-ve. Prevendo isso, a empresa está usando o PCdoB/CTB para dividir e confundir o movimento dos trabalha-dores. O que não tem sido bem su-cedido, como pode provar a eleição no Sintect-MG.

O maior sindicato de oposição aos traidores

A vitória da Corrente Ecetistas em Luta mantém o Sintect-MG como o principal sindicato de oposição na-cional à direção dos Correios (PT--PCdoB-PMDB) e à burocracia sindi-cal traidora. Como falava o slogan da Chapa 1, o Sintect-MG se mantém como o “Primeiro na Luta em Minas Gerais e em todo o País”.

Foi a partir do Sintect-MG, que foi montado o Movimento de Oposição ao Peleguismo (MOPe), que derrotou a burocracia na Fentect.

A violência com que a direção da ECT ataca o sindicato de Minas Ge-rais não é à toa. O maior desejo dos patrões é transformar esse sindicato em mais uma organização patronal.

Os trabalhadores de Minas Gerais, junto com a corrente Ecetistas em Luta (PCO) e o Sintect-MG, têm es-tado à cabeça dos últimos movimen-tos. No ano passado, foi a categoria em Minas Gerais que impulsionou a greve nacional e conseguiu enfrentar a manobra dos grupos patronais, in-clusive impulsionando a paralisação no Pará, contra a diretoria pelega do sindicato local.

Momentos antes da eleição, a categoria realizou uma série de pa-ralisações para protestar contra as condições de trabalho nos setores e contra o golpe da PLR dado pela empresa junto com os divisionistas. Outro fato marcante da eleição foi o de que a Chapa 1 elegeu todos os 100 candidatos a delegado sindical, eleição que foi realizada juntamente com a da diretoria.

A tendência de mobilização da categoria

A vitória esmagadora da corrente Ecetistas em Luta e do Movimento de Oposição ao Peleguismo (MOPe) em Minas Gerais é mais uma etapa da luta da categoria em nível nacional.

Os trabalhadores dos Correios es-tão mais avançados no sentido de uma luta contra a empresa e contra os traidores. A crise absoluta da bu-rocracia é um produto do desenvol-vimento da luta dos trabalhadores e vai se desenvolver no sentido da necessidade de se criar uma orga-nização classista, de base, militante que defenda a unidade nacional da categoria.

Confira os números da eleição:

Votos válidos: 2.076Chapa 1: 1.417 (68,3%)Chapa 2: 659 (31,7%)

Não adiantou a campanha das chefias, o trabalhador mais um vez mostrou que está em luta contra a empresa e os traidores e em defesa da unidade nacional da categoria

Categoria esmagou a chapa do patrão