Boletim Interativo do CETRANS

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Pragmatismo transdisciplinar? Desde 2011 o CETRANS se pergunta no que consistiria um pragmatismo que pudesse ser chamado transdisciplinar. O pragmatismo é uma filosofia que emergiu nos Estados Unidos em meados do século XIX no período pós-guerra civil americana, fase de desenvolvimento e consolidação do capitalismo industrial quando um horizonte cultural e histórico permitiu a emergência e posterior desenvolvimento deste novo pensamento que vem responder aos anseios da elite intelectual americana e em alguma medida da sociedade. Seus principais representantes são: Charles Sanders Peirce (1839 – 1914), William James (1842 – 1910) e John Dewey (1859 –1952). Peirce ao cunhar o nome Pragmatismo em 1878 o definiu como regra máxima para a clarificação do conteúdo de uma hipótese e suas <<consequências práticas>>. Igualmente, ele introduziu na sua visão epistemológica o falabilismo, uma posição anticartesiana, como norma nuclear para o exercício da investigação. A partir de então, Peirce tornou a palavra pragmatismo e as ideias nela contidas, conhecidas em sua roda de amigos. Contudo, apenas 20 anos mais tarde, em uma conferência pronunciada em Berkeley, William James trouxe a inovadora tese de Peirce e seu nome para a atenção de um círculo consagrado de filósofos, em um discurso que nomeou: Philosophical Conceptions and Practical Results. Desde então, James deu ao pragmatismo uma interpretação pessoal que se distanciou da concepção original dada

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Publicação sazonal do CETRANS - centro de Educação Transdisciplinar - nº 14 - Edição de Inverno

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Pragmatismo transdisciplinar? Desde 2011 o CETRANS se pergunta no que consistiria um pragmatismo que pudesse ser chamado transdisciplinar.

O pragmatismo é uma filosofia que emergiu nos Estados Unidos em meados do século XIX no período pós-guerra civil americana, fase de desenvolvimento e consolidação do capitalismo industrial quando um horizonte cultural e histórico permitiu a emergência e posterior desenvolvimento deste novo pensamento que vem responder aos anseios da elite intelectual americana e em alguma medida da sociedade. Seus principais representantes são: Charles Sanders Peirce (1839 – 1914), William James (1842 – 1910) e John Dewey (1859 –1952).

Peirce ao cunhar o nome Pragmatismo em 1878 o definiu como regra máxima para a clarificação do conteúdo de uma hipótese e suas <<consequências práticas>>. Igualmente, ele introduziu na sua visão epistemológica o falabilismo, uma posição anticartesiana, como norma nuclear para o exercício da investigação. A partir de então, Peirce tornou a palavra pragmatismo e as ideias nela contidas, conhecidas em sua roda de amigos. Contudo, apenas 20 anos mais tarde, em uma conferência pronunciada em Berkeley, William James trouxe a inovadora tese de Peirce e seu nome para a atenção de um círculo consagrado de filósofos, em um discurso que nomeou: Philosophical Conceptions and Practical Results. Desde então, James deu ao pragmatismo uma interpretação pessoal que se distanciou da concepção original dada

por seu criador. Peirce diz ter cunhado o nome Pragmatismo para a teoria segundo a qual “uma concepção, ou seja, o significado racional de uma palavra ou de outra expressão, consiste exclusivamente em seu alcance concebível sobre a conduta da vida”. Pragmatismo peirciano implica em experimentação e, diz respeito ao pensamento, ou seja, a uma reflexão de como as pessoas pensam, de como tornar as ideias claras e de como fixar crenças. Os princípios deste pragmatismo repousam essencialmente na necessidade de obter clareza em nossos pensamentos e para isso é preciso apenas considerar que efeitos: a) de tipo prático concebível que os objetos podem ter; b) que sensações podemos esperar deles; c) que reações precisamos preparar. O teste último do que uma dada proposta significa, a sua verdade, é a conduta que ela dita e inspira. O pragmatismo de Peirce é uma referência robusta para se pensar o Pragmatismo Transdisciplinar, pois ele articula razão sensível – sentimento e imaginação; razão experiencial – vivências e memórias; razão formal – teorias, conceitos, regras e generalizações. A cada uma destas razões suas lógicas, suas inferências e suas metodologias. Além dessas considerações o CETRANS tem explorado quais seriam as raízes arquetípicas do Pragmatismo Transdisciplinar.

Marisa Murta, arquiteta, educadora ambiental e membro do

CETRANS, dirigiu com o psicólogo e psicoterapeuta, Arnaldo

Bassoli, a oficina Deuses e Deusas do Olimpo na Vida Cotidiana

na Escola de Diálogo de São Paulo. Os encontros aconteceram

em 01 e 15 de setembro, aos sábados, e foram destinados a

psicólogos, psicoterapeutas, médicos, profissionais de ajuda, a

educadores ambientais e a pessoas interessadas em mitologia.

Informações sobre cursos e oficinas oferecidas neste espaço

dedicado a formação podem ser obtidas no site

http://escoladedialogo.com.br/escoladedialogo/

Cléo Busatto, escritora, contadora de histórias,

especialista em leitura e literatura e membro do

CETRANS, ministrará de agosto a dezembro, em

diversas cidades do Paraná o curso De caso com

a palavra, uma ação da Secretaria de Estado da

Cultura, que integra as metas estabelecidas para

o Plano Estadual do Livro, Leitura e Literatura –

PELLL. Para isso, esse Estado foi dividido em 16

áreas específicas para a realização dos cursos.

O trabalho visa promover a formação dos atendentes de bibliotecas, bibliotecários e mediadores de leitura da Rede de Bibliotecas do Paraná, por meio de 16 oficinas. Informações no site http://www.cultura.pr.gov.br/ ou pelo tel. (41) 3024 7342.

India´s Central e da University of Tibetan Studies. Dr. Garlfield é autor, co-autor e co-editor

de 16 livros, dentre eles: The Oxford Handbook of World Philosphy e Buddhist Philosophy:

Essential Readings. Nestes encontros, moderados por Maria F de Mello e Vitória M. de Barros,

as palestras são seguidas por diálogo questionante e reflexão frutífera para a compreensão

das idéias apresentadas e de como elas se relacionam com a vida de cada dia dos

participantes. Mais informações pelo e-mail: uaformaçã[email protected].

O prof. Daniel José da Silva, engenheiro civil, especialista em Hidrologia, mestre em

Sociologia, doutor em Engenharia de Produção, professor da

UFSC e membro do CETRANS, participou do II Seminário

GTHIDRO de Governança de Bens Comuns, dia 31 de agosto

p.p., com a apresentação das pesquisas transdisciplinares de

seus orientandos nos últimos dois anos, com foco na

governança de bens comuns. Nesse seminário houve um

estudo de caso sobre a Teoria do Colapso (Jared Diamond)

aplicado ao Haiti, com a participação de uma delegação de estudantes haitianos que a UFSC

recebeu para a conclusão de suas graduações. O prof. Daniel também integrou, neste ano,

pela UFSC o Comitê Facilitador da Sociedade Civil Catarinense em preparação para atuação na

Rio+20, ocorrida em junho de 2012 no Rio de Janeiro. Outras informações sobre a GTHIDRO

podem ser obtidas no site http://www.gthidro.ufsc.br/, sobre o Comitê Facilitador, no

Facebook http://www.facebook.com/riomais20sc e sobre Teoria do Colapso no livro Colapso -

como as sociedades escolhem o fracasso ou o sucesso de Jared Diamond. Editora RCB, 2005.

São extraordinárias as marcas que a comunicação virtual está deixando em nossas vidas. Este

fenômeno é tão recente que a reflexão feita sobre ele e disponível ao grande público que

avidamente a consome é incipiente. Como compreender o que ela é e como captar seu

significado neste momento civilizatório? Certamente, podemos dizer que a comunicação

virtual não é neutra. Ela está nos informando sim, mas ela está também nos formando,

ditando e impondo novos caminhos de como nos relacionarmos com nós mesmos, com o

outro e com nosso ambiente.

Se somos definitivamente afetados por ela, caberia nos questionarmos – Que uso fazemos

Desde agosto p.p., às quartas-feiras,

está se realizando na Sala CETRANS o

Módulo II dos encontros nomeados

The Meaning of Life: Perspectives from

the World´s Great Intellectual

Traditions, a partir da projeção de

palestras (em inglês) proferidas pelo

Dr. Jay L. Garfield – catedrático de

Filosofia no Smith College, professor de

filosofia na University of

Massachusetts, e na

Melbourne University,

dela? O que ela realmente é? Até que ponto a tratamos como meio ou como fim? Se ela é um

meio – Porque ao dela usufruir, adormecemos e, também, nos desconectamos de nós

mesmos, na medida em que nossa conectividade se intensifica? Então, até que ponto a

manipulamos, ou ela nos manipula? Quem seria este manipulador eminente e velado, exterior

ou interior a nós mesmos? Mas se ela é um meio – Como explicar que a utilizamos sem nos

interrogarmos sobre o sentido que a ela damos? Corremos o risco de nos tornarmos seu

objeto e não sujeitos ao nos entregarmos indiscriminadamente a este meio comunicativo?

Será que quanto mais ao perdermos nossa capacidade de nos situarmos no espaço e no tempo

perdemos também nossa identidade?

A comunicação virtual nos fascina e nutre perante sua força de democratizar conteúdo,

informação, de quebrar fronteiras, dissolver distâncias no tempo e no espaço, inventar

realidades e nos inserir nelas e, de nos ocupar. As ferramentas disponíveis e continuamente

renovadas nos fazem sentir mais ágeis, modernos, potentes na realização de nossas tarefas.

Ela nos coloca na rede da existência ao nos retirar dela. Como recém-alfabetizados nesta

seara, pois sua disseminação é apenas de algumas décadas, desconhecemos sua essência.

Mas poderíamos ver a comunicação virtual de outra forma? Seria ela a técnica por excelência

da transdisciplinaridade? E neste caso - Qual sua finalidade? Se a emergência do sujeito é um

fator nuclear na compreensão da dimensão traduzida por trans, no sentido do que está entre –

através – além do que se nos apresenta e, também, se a noção de níveis de realidade implica

na compreensão de diferentes materialidades, desde as mais densas até às mais sutis –

Poderia esta desmaterialização promovida pela virtualidade ser lida como uma forma

mecânica, como uma possibilidade dupla de nos afastar e de nos aproximar da conjuntura

estrutural que nos faz SER? Estaria a comunicação virtual nos contando algo que na nossa

cotidianidade tresloucada ainda não conseguimos ouvir?

UA Comunicação

Atualmente a UA Comunicação, une forças com a UA Comunidade, no sentido de atualizar o

mailing do CETRANS e também divulgar a atuação de seus membros na Comunidade NING

http://cetrans.ning.com .

Estamos avançando nos estudos para a reformulação do site www.cetrans.com.br, de forma a

torná-lo compatível com as linguagens de iPhone e iPad. Deste trabalho também participarão

além de um webdesigner e um webmaster, um profissional de comunicação e os

coordenadores das UAs. Aceitamos este desafio dada a importância que o site tem na

divulgação dos trabalhos do CETRANS, dos conceitos e experiências Transdisciplinares.

UA Comunidade

Nos encontros Experiências TransD deste inverno

contamos com a participação do Dr. Luiz Eduardo

Valiengo Berni, membro do CETRANS, que apresentou o

Ensaio Transdisciplinar sobre o Diálogo da Ciência

Psicológica com os Conhecimentos Tradicionais:

aspectos teóricos, práticos e políticos. Nessa

comunicação Berni mostrou sua trajetória de atuação

como membro da AMORC, conselheiro e coordenador

do Grupo de Trabalho Psicologia e Povos Indígenas

CRPSP e também um esboço de suas últimas ações,

pesquisas e reflexões – epistemológicas, metodológicas, políticas e práticas – de aproximação

da Psicologia com o Conhecimento Tradicional, indígena e do esoterismo ocidental,

fundamentada na Transdisciplinaridade. Abordou também como a Psicologia foi uma das

últimas disciplinas a deixar o campo da Filosofia, tendo como papel inicial o de legitimar a

subjetivação das individualidades, em lugar das subjetivações coletivas, promovidas pelas

religiões.

UA Formação

Neste inverno, os encontros formativos Diálogos Transdisciplinares contaram com a participação de:

Maria F. de Mello e Gabriela Bal

Flavio Mendia que trouxe pela primeira vez no CETRANS

o diálogo sobre a importância do pensamento

Transdisciplinar para compreender os fundamentos da

Tradição Esotérica Ocidental e conhecer algo da história

por trás de nossa história. Sua palestra intitulada A

Busca do que Existe e não Existe - Alguns Fundamentos

do Pensamento Esotérico Ocidental foi conduzida com

louvável rigor e instigantes reflexões. Flávio é

Engenheiro Eletrônico (EPUSP), mestre em Administração de Empresas (EAESP-FGV);

Gabriela Bal que abordou com muita clareza,

propriedade e fluidez o tema: “O paradoxo na

lógica do Parmênides de Platão a partir da visão de

Plotino, Jâmblico e Damáscio e a lógica do 3º

incluído de Lupasco”. Ela apresentou como esses

filósofos trataram as questões referentes ao Um, à

alma, ao intelecto, à ascese, à matéria, dentre

outras. A interação com as pessoas presentes

promoveu um diálogo elucidador sobre o

humanismo lógico, presença e, também, sobre o

“instante” como portal para a atemporalidade,

como verdadeiro centro da consciência humana.

Luiz Eduardo Berni durante a palestra

doutorando em Ciência da Religião (PUC-SP); Pesquisador da URCI (Universidade Rose Croix

Internacional); membro da Ordem Rosacruz- AMORC e da Tradicional Ordem Martinista –

TOM.

Os encontros formativos mensais do CETRANS – Experiências e Diálogos TransD – como os que

acabamos de relatar, tem se constituído em uma troca fértil entre palestrantes/ participantes

e o conteúdo apresentado, os questionamentos e reflexões tem propiciado atualização no

âmbito da Transdisciplinaridade.

UA Gestão

Neste período a UA Gestão percebeu a necessidade de mediar e de dar continuidade à revisão

e elaboração das declarações filosóficas dos coordenadores das UAs. O Plano de Ação, a curto

(2013), médio (2014) e longo (2015) prazo – do CETRANS está sendo revisto e concebido para

ser apresentado na Assembleia Geral que será realizada em 24 de novembro. A gestão

financeira do CETRANS está sendo repensada. Também construída uma base de projeto para

acompanhamento de atividades e sinalizadores do percentual do percurso atingido. Estas

iniciativas visam facilitar e agilizar os mecanismos de gestão do CETRANS.

UA Publicação A proposta da UA Publicação é levar para o maior número de pessoas livros, textos, cadernos,

com conteúdo de qualidade, que acrescentem ou aprimorem ideias, conceitos ou teorias, e

que suscitem reflexões e diálogo sobre temas relevantes para a Transdisciplinaridade. Este

trabalho nem sempre é fácil pois demanda rigor na escolha dos textos, tradução primorosa e

revisão cuidadosa, editoração precisa e, ainda, criação de capas que espelhem o conteúdo das

obras, isso tudo, além de representar grande investimento financeiro decorrentes da compra

de direitos autorais e da publicação em si.

Para a realização desta proposta, a UA Publicação estabeleceu

uma parceria com a Editora TRIOM há muitos anos, que tem se

mantido e procura sempre aprimorar essa linha de publicação,

sem perder de vista seu objetivo principal que é divulgar a

Transdisciplinaridade nas suas mais diferentes vertentes.

Anunciamos para o fim de setembro o lançamento do livro

O que é a Realidade? de Basarab Nicolescu, no qual o autor

estabelece um diálogo com Stéphane Lupasco mostrando o

quanto a teoria lupasciana influenciou os intelectuais e artistas

do seu tempo e a ele próprio, Basarab. Vale conferir!

2012 – AGENDA de ATIVIDADES

Local: Sala CETRANS – Rua Claudio Soares, 72 cj. 809/ Pinheiros

Todas as atividades serão comunicados com uma semana de antecedência

ATIVIDADE DATA HORÁRIO

Diálogos TransD 19/setembro 17/outubro

20h às 22h quarta-feira

Experiências TransD

29/setembro 27/outubro

09h às 12h sábado

Ação de Membros The Meaningof Life Mediação: Maria F de Mello e Vitoria M de Barros

26/setembro 10 e 24/outubro 07 e 21/novembro 05 e 12/dezembro

19h30 às 22h quarta-feira

Assembleia CETRANS e Celebração de Fim de Ano

24/novembro

09h às 13h sábado

Indo na contracorrente do que temos visto em termos de movimentos sociais, uso exacerbado

da Internet como meio de comunicação a distância e busca de conhecimento e

entretenimento virtuais, estamos percebendo uma avalanche de pessoas querendo ver in loco

as exposições que estão passando pela cidade de São Paulo: o MASP expõe Caravaggio e seus

seguidores, considerado o grande artífice da luz e "quase fotógrafo" que aperfeiçoou a técnica

do claro/escuro para dar dramaticidade e criar perspectiva nas suas obras que sempre tinham

um conteúdo realista manifesto; o Centro Cultural Banco do Brasil expõe Impressionismo: Paris

e Modernidade – que apresenta os principais nomes que mudaram o panorama da pintura no

fim do século XIX, que tinha no realismo e orientalismo sua fonte inspiradora tanto nos temas

tratados quanto na forma de pintar.

Os impressionistas almejavam retratar a instabilidade da natureza e a vida parisiense, usando

luz e cores, com uma técnica inovadora: pintavam ao ar livre captando momentos efêmeros e

imprimindo nas telas os efeitos visuais que recebiam com as mudanças da luz, provocadas

pelos movimentos do Sol. Para eles a razão e a emoção andavam juntas. Essa junção de

elementos nos proporcionou quadros luminosos, massas de cores azuis, vermelhas e verdes,

espelhamentos nas águas do Sena mostrando volumes preciosos e muita vida.

Este fenômeno que estamos observando da presença maciça das pessoas que querem ver de

perto essas obras em exposições tão diferentes entre si, tanto no tema quanto na forma, nos

mostra que a Arte é ainda uma expressão que invoca a Presença, que provoca o movimento de

ir ao encontro da Beleza, que evoca o Belo e nos transforma por dentro. A Arte nos convoca

para uma busca pela essência das coisas, pelo desvelamento de algo que nos é ocultado e que

queremos revelar a nós mesmos. A essência da Arte é Graça porque alguma coisa se

manifesta, se mostra, se desvela, se dá num doar-se que é karis, é favor.

A obra de Arte é um acontecimento que tem uma peculiar universalidade porque aponta para

si mesma e para seu campo fenomênico originário; ela mostra a sua rede remissiva e

referencial e traz um aceno, um gesto, como que um aparecer, um brilho, um mostrar-se que

sempre oculta algo, ela "se - põe - em obra - da verdade", obra essa que é mostrar a

experiência do Ser em toda sua existência e transpessoalidade.

Nessa busca constante pelo Belo expresso em uma obra de Arte, as pessoas procuram algo do

qual se sentem afastadas - de sua morada original - despojadas da sua essência e, portanto,

alienadas e perdidas sem conseguirem reconhecer a si próprias. O homem moderno é um

estrangeiro, um peregrino na sua própria terra, não tem raízes e nem reata com sua própria

história, com seu vir-a-ser. A obra de Arte, mesmo não sendo um ato inteiramente subjetivo,

mas uma construção coletiva, ajuda a responder a pergunta sobre o Ser que é presença,

consciência. Ela é, portanto, um caminho que leva o Ser à sua própria proveniência, à morada

original, à essência do homem, ao reconhecer-se a si mesmo e, assim, promove a cura.

UA Comunicação – Ana Karina de Sousa

UA Comunidade – Vera Lucia Laporta

UA Formação – Maria F. de Mello

UA Gestão – Vinicius Alexandre dos Santos Almeida

UA Publicação – Vitória M. de Barros