Boletim nº11 - Março 2013

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Projetos: FAÇA e Vida PositHIVa Págs. 6 e 7 Mais comunicação para o movimento Pág. 9 Indicadores do desenvolvimento brasileiro Pág. 11 BOLETIM INFORMATIVO - NÚMERO 11 - MARÇO/ABRIL - 2013 Combater a AIDS e outras doenças Uma questão de saúde, educação e cultura

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Boletim ODM nº11 - trata do ODM6

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Projetos: FAÇA e Vida PositHIVaPágs. 6 e 7

Mais comunicação para o movimentoPág. 9

Indicadores do desenvolvimento brasileiroPág. 11

Boletim informativo - número 11 - marÇo/aBril - 2013

Combater a AIDS e outras doenças

Uma questão de saúde,

educação e cultura

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Boletim informativo - nÓS PoDemoS Santa Catarina. no11 marÇo/aBril 2013

Este boletim é uma publicação do Movimento Nós Podemos Santa Catarina (MNPSC)

Secretaria Estadual - Instituto Primeiro PlanoRua João Pinto, 30 – Ed. Joana de Gusmão sala 803 Centro – Florianópolis/SC CEP 88010-420 • Fone (48) 3025-1079/3025-3949 [email protected]

EditoR Rafael Gué Martini (Mte/SC 02551-JP)

REdação Rafael Gué Martini e aline Capelli Vargas

PRoJEto GRáFiCo: Maria José H. Coelho

diaGRaMação: Cristiane Cardoso

CaPa: ilustração Billy alexander

REViSão: Regina May de Farias

CoNSElHo EditoRial: Cheila Zortéa (FMSS), João Batista thomé (UNiVillE), Márcia Battistella (SdS), odilon Faccio (iPP), Rafael Gué Martini e Regina May de Farias (FMSS).

Encaminhe suas sugestões: [email protected]: 3.000Gráfica: agnus

Saúde em 1º lugarCom esta edição do nosso boletim, abordando o ODM 6 - Com-bater a AiDs, a malária e outras doenças, completamos a série de matérias sobre como santa Catarina está atuando nos 8 jeitos de mudar o mundo. Embora tenha ficado para o final, o ODM 6 é, sem dúvida, um dos mais importantes objetivos para qualquer cidadão. Ter saúde é fundamental para toda pessoa ou família que busca a sustentabilidade.

infelizmente, nosso estado e a capital Florianópolis ostentam a 2ª posição no país em taxa de HiV/AiDs a cada 100 mil habitantes. Uma realidade que possui vários aspectos, muito bem apresentados pela pesquisadora Betina Meirelles, do departamento de enfermagem da UFsC, que assina o artigo de capa. são taxas preocupantes que, para serem revertidas, precisam de mais iniciativas como as da FAÇA e do grupo Arte e Vida PositHiVa. Além disso, surgem novos desafios que precisam também de ações urgentes de prevenção, como a crescente epidemia de diabetes e câncer. Novamente vemos a necessidade de integração entre todos os setores da sociedade, desta vez para dar o devido cuidado às questões de saúde.

Este trabalho de integração avança, com mais empresas se filiando ao movimento e com atividades de comunicação e sensibilização para os ODM, como as ações que ocorreram nas ci-dades de Blumenau e Criciúma. Parabéns pelo esforço de todos na municipalização de nossa agenda mundial de desenvolvimento. Jus-tamente porque temos muito a fazer é que não podemos desanimar.

seguimos com saúde, prontos para assumir novos objetivos. Desejando sempre este mesmo vigor a todos nossos parceiros.

EXPEDIENTE

EDITORIAL• Ação da Cidadania• Ação Social São João Evangelista •As-sociação Empresarial de Itajaí - ACII•Associação Ambienta-lista Comunitária Espiritualista Patriarca São José•Associação Catarinense de Conselheiros Tutelares•Associação Construindo a Paz na Escola•Associação Comercial e Industrial de Florianópolis – ACIF•Associação de Joinville e Região da Pequena, Média Empresa – AJORPEME•Associação de Jornais do Interior de SC – ADJORI•Associação de Pais e Professores EBM João Gonçalves Pinheiro•Associação Horizontes•Associação Te-atral Eternos Aprendizes•Bairro da Juventude•Baumgarten Gráfica LTDA•Caixa Econômica Federal•Campos Novos Energia S/A – ENERCAN•CELESC•Central Única dos Tra-balhadores – CUT•Centro de Integração Empresa–Escola - CIEE/SC•Comissão OAB Cidadã•Comitê para Democrati-zação da Informática de Santa Catarina – CDI•Complexo de Ensino Superior de Santa Catarina - CESUSC•Diocese de Criciúma•Dudalina S.A•ELETROSUL•Energética Barra Grande S/A – BAESA•Centro Universitário Estácio de Sá•Federação do Comércio de Santa Catarina - FECOMÉR-CIO SC•Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina – FACISC•FUCAS•Fundação Educacional de Criciú-ma - UNESC•Fundação Hospitalar de Blumenau•Fundação Maurício Sirotsky Sobrinho – FMSS•Fundação Universidade Alto Vale do Rio do Peixe – UNIARP• Fundação Universi-dade do Oeste de Santa Catarina - UNOESC•Fundação Universidade Regional de Blumenau – FURB•Instituto Comunitário de Florianópolis – ICOM•Instituto Consulado da Mulher• Instituto Crescer – Movimento Cidadania e Juventude•Instituto Ekko Brasil •Instituto de Geração de Tecnologias do Conhecimento – IGETECON•Instituto Guga Kuerten•Instituto Federal de Ciência e Tecnologia de SC - IFSC•Instituto Primeiro Plano•Instituto Voluntários em Ação – IVA•Moradia e Cidadania Santa Catarina• JCI Blumenau Garcia•NEXXERA•ONG Travessia•Plêiade Consultoria e Desenvolvimento LTDA ME•Portonave S/A – Ter-minais Portuários de Navegantes•Prefeitura Municipal de Biguaçu•Prefeitura Municipal de Brusque•Prefeitura Mu-nicipal de Itajaí•Prefeitura Municipal de Joinville•PROJETA Planejamento e Marketing•Prosperitate Consultoria em Sustentabilidade•Sec. de Estado da Assistência Social, Trabalho e Habitação/Governo SC•Sec. de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável/Governo SC•Serviço Social do Comércio SESC-SC• Secretaria Muni-cipal de Educação de Blumenau•Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social da PM de Blumenau•Secretaria Municipal do Sistema Social de Criciúma•Serviço Social da Indústria SESI/SC•Sociedade Educacional de Santa Catarina – SOCIESC•Superintendência do Porto de Itajaí•Tractebel Energia – GDF SUEZ•Transmissão da Cidadania e do Saber•UNIMED Blumenau•UNIMED Brusque•UNIMED Canoinhas•UNIMED Chapecó•UNIMED Grande Florianópolis•UNIMED Litoral•UNIMED SC•Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI•Universidade da Região de Joinville – UNiViLLE

ConfIra aS InStItuIçõES quE já PartICIPam do movImEnto

ParceirosEste boletim é patrocinado por:

a secretaria do mnPSC tem patrocínio de:

@NosPodemosSC www.facebook.com/NosPodemosSC

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bEM-VINDOS AO MOVIMENTO

“Criança e adolescente prioridade absoluta”

maria dolores Pelisão tomé, Presidente.

Confira os novos integrantes do Nós Podemos SC

Associação Catarinense de Conselheiros Tutelares

AGENDE-SE

16/04 - Seminário Consulta agenda Pós-2015 e Seguimento à rio + 20

Debate de alto nível, com a com a presença dos ministros Gilberto Carvalho,Tereza Campello e izabella Teixeira; Embaixador Corrêa do Lago; Iara Pietricovsky (do Comitê Facilitador da sociedade Civil para a Rio+20); Jorge Chediek, do PNUD; Wagner Caetano, da sNARPs; severine Macedo, da secretaria Nacional de Juventude.

serão debatidos temas como “perspectivas da sociedade sobre a construção da Agenda Pós-2015 e seguimento à Rio + 20”, “ODMs no Brasil”, “ODM e ODs”, “Juventude e Agenda Pós-2015”.

Em Brasília, no auditório do anexo I do Palácio do Planalto, das 9h00 às 13h00.

12 a 15/04 - 3˚ Congresso nacional de Educação Infantil: ressignificando Saberes

No Hotel Himmelblau, em Blumenau/sC.

Mais informações www.opemeventos.com.br/inscricao/18/iii-congresso-nacional-de-educacao-infantil

“A busca por um mundo mais justo, pacífico e sustentável demanda um esforço conjunto do governo, das empresas e da sociedade. A PROJETA Planejamento e Marketing acre-dita que pode contribuir com o alcance dos 8 objetivos do milênio, em conjunto com as entidades catarinenses que fazem parte deste movimento”

Clarissa Iser, diretora Criativa.

PROJETA Planejamento e Marketing

Veja quem está se juntando a nós

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ODM EM SC

Combater a AIDS e outras doençasUma questão de saúde, educação e cultura

A AiDs, a malária e outras doenças (como hanseníase e tuber-culose) são consideradas doenças negligenciadas em muitos países, no que se refere a investimentos e desenvolvimento de estratégias de prevenção e controle. No enfrenta-mento destas doenças e na adoção de políticas públicas relacionadas ao seu controle, é necessário reco-nhecer que as ações extrapolam os limites do setor saúde. Os esforços para a prevenção e controle destas doenças são uma questão interdis-ciplinar e intersetorial.

Ao discutirmos a prevenção da AiDs e das demais Doenças sexualmente Transmissíveis (DsT), pesquisas nos mostram a impor-tância de que o assunto não seja esquecido e banalizado, como já é para alguns segmentos da sociedade, cujas novas gerações não vivenciaram os primeiros anos da epidemia. Assim, cabe salientar alguns aspectos neste sentido.

iniciamos com as questões culturais, que estão intimamente relacionadas com a forma como as pessoas veem aquele problema e como com ele convivem. Estas questões muitas vezes se expres-sam em estigmatização e condutas preconceituosas frente a pessoas acometidas por estas doenças. isto nos remete a discussão dos aspectos relacionados ao risco e à vulnerabilidade à infecção pelo

HIV e DST. As tendências atuais da epidemia tem demonstrado que a suscetibilidade é geral, não limita-da ao risco de infecção, mas uma vulnerabilidade individual, social, econômica e cultural.

No decorrer de todos os anos de epidemia de AiDs, através da luta pelos direitos humanos e de cidadania dos portadores, os conceitos de risco e vulnera-bilidade tem sido abordados de forma a reverter a discriminação e a intolerância social às pessoas que vivem com HiV/AiDs. Quando falamos em prevenção da AiDs, nos referimos a uma rede complexa de

Por BETiNA HöRNER sCHLiNDWEiN MEiRELLEs*

relações sociais, envolvendo aspec-tos políticos, econômicos, culturais, educacionais, psicológicos, sociais, e outros mais. Por isso a dificuldade para o desenvolvimento de ações que cheguem a atingir estas pes-soas, responsáveis e autônomas quanto aos seus comportamentos.

Assim, a adoção de compor-tamentos seguros na vida cotidiana está relacionada ao valor que o indivíduo atribui à sua vida e à vida do outro. Mudar comportamentos não é simples, não se impõe, mas vive-se no contato com o outro, no cuidado consigo mesmo e com o outro, valorizando a vida em todos

taxa de incidência de aidS em Santa Catarina é a segunda maior do Brasil. Florianópolis é a segunda capital em incidência,

chegando a 71,6 casos/100 mil habitantes.a taxa do Brasil em 2011 está incompleta.

Taxa de incidência de AIDS em adulto (por 100.000 habitantes) e ano de diagnóstico. Santa Catarina-brasil, 1984-2011

Fonte: GEDsT/AiDs/HV/siNAN/DiVE/sEs/sC, iBGE, e Boletim Epidemiológico/Ms-2011

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ODM EM SC

os sentidos. É estar aberto para o diálogo. Envolve ser capaz de realizar escolhas adequadas e conscientes para um viver saudável. Mudar o comportamento para a prevenção da AiDs envolve educação e informação, numa teia complexa de sentimentos e relações para um viver saudável.

Os avanços na terapêutica, como o tratamento antirretroviral, têm alterado a evolução da doença. O acesso universal e gratuito para o tratamento de HiV/AiDs na rede de saúde pública trouxe maior sobrevida a estas pessoas, com novas implicações

Combater a AIDS, a malária e outras doenças

metas• Até 2015, ter detido a

propagação do HiV/AiDs e começado a inverter a tendência atual

• Até 2015, ter detido a incidência da malária e de outras doenças importantes e começado a inverter a tendência atual

Indicadores

ao cuidado quanto a adequada adesão ao tratamento, o controle do envelhecimento precoce, os es-forços na melhoria da qualidade de vida, dentre outras. Assim, surgem novos desafios, como investimen-to e estruturação dos serviços de saúde, com recursos humanos capacitados e planejamento das ações. Não esquecendo que os serviços de saúde são as bases sociais e políticas que apoiam pro-gramas de controle e prevenção de doenças, como o Programa Brasileiro de Hepatites/DsT/AiDs.

• Taxa de prevalência do HIV/AIDS entre as mulheres grávidas com idades de 15 a 24 anos

• Taxa de utilização de anticoncepcionais

• Uso de preservativos na última relação sexual de risco

• Proporção de pessoas entre 15 e 24 anos com conhecimento correto do HiV/AiDs

• Número de crianças tornadas órfãs pela AiDs

•Taxas de prevalência e de mortalidade ligadas à malária

• Proporção da população das zonas de risco que utiliza meios de proteção e de tratamento eficazes contra a malária

• Taxas de prevalência e de mortalidade ligadas à tuberculose

• Proporção de casos de tuberculose detectados e curados no âmbito de tratamentos de curta duração sob vigilância direta

A epidemia de AiDs é com-plexa e multifacetada, muitas vezes obscura, o que traz dificuldades na definição e estabelecimento de critérios para políticas públicas mais efetivas relacionadas e novas formas de controle da epidemia, na pers-pectiva de integralidade da atenção e qualidade de vida das pessoas que com ela vivem/convivem.

A realidade exige o traba-lho conjunto de vários setores da sociedade, considerando os seto-res de produção do conhecimento, como as Universidades, para am-pliação das ações. Aponta para a interdisciplinaridade e a necessária reorganização dos serviços na perspectiva da intersetorialidade, ressaltando a sólida parceria com a sociedade civil, que tem sido fundamental para a resposta à epi-demia em nosso Estado e no país. Observando assim, a definição dos objetivos do Milênio como “con-junto de metas organizadas com a finalidade de tornar o mundo um lugar mais justo, solidário e melhor para se viver”.

* Professora do Departamento de Enfermagem da Universidade Federal de

santa Catarina, nos Curso de Graduação e Pó-graduação em Enfermagema heterossexualização da epidemia resultou no aumento de casos no sexo feminino,

principalmente devido à relação de subordinação da mulher ao desejo masculino.

Casos de AIDS notificados em mulheres, gestantes HIV+ e crianças notificadas com Aids or categoria de transmissão perinatal, SC, 1990-2011

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PROJETOS EM DESTAQUE

Entre as iniciativas de prevenção e apoio aos porta-dores de HiV e Hepatites Virais, destacam-se as ações da FAÇA (Fundação Açoriana para o Controle da Aids). A fundação oferece apoio jurídico e psi-cosocial para portadores do HiV na região de Florianópolis. Também promove várias ações de conscientização para a prevenção da AiDs nos presí-dios masculino e feminino da capital, em empresas, escolas, bares e durante eventos como carnaval e a Parada da Diver-sidade.

Entre os projetos está o “Apoio jurídico para pessoas Vivendo e Convivendo com HiV/AiDs e Hepatites Virais”, realizado em parceria com a ADEH (Associação em Defesa dos Direitos Homossexuais). “O objetivo desta iniciativa era assessorar juridicamente a população vítima de dis-criminação e violências por serem portadores de HiV/AiDs e Hepatites Virais, mas percebemos outras demandas e conseguimos disponibilizar também atendimentos de uma psicóloga e uma assistente so-cial”, explica Marcelo Pacheco de Freitas, presidente da FAÇA. O projeto proporcionou à 59 pessoas dos municípios de Flo-rianópolis, são José e Palhoça, um total de 441 atendimentos em 2012, todos realizados na sede da fundação.

Juntamente com a Co-missão da OAB/Cidadã e ou-tras oito instituições, a FAÇA

FAÇA pelo combate à AIDSFundação atua há 21 anos com educação e assessoria

Números de 2012

materiais distribuídos

• 40.700 preservativos masculinos para adultos • 1.650 preservativos masculinos para adolescentes • 1.260 sachês com gel lubrificante • 30 preservativos femininos• 30 mil folders sobre as DST, HIV/AIDS e Hepatites Virais

atendimentos

• 75 pessoas portadoras do HIV assessoradas• 13.350 pessoas alcançadas pelas ações de educação

Voluntários da Faça com Ministro alexandre Padilha na Campanha Nacional de Prevenção a aidS no Carnaval 2012

participou do projeto “Mutirão Multidisciplinar”, nos Presí-dios Masculino e Feminino de Florianópolis. “Entre junho e agosto de 2012, promovemos ações de prevenção às DsT, HiV/AiDs e Hepatites Virais, com palestras e distribuição de materiais informativos em todas as galerias do sistema prisional”, conta Marcelo. Fo-ram entregues também 600

preservativos masculinos à direção do presídio, para serem distribuídos aos detentos nas visitas íntimas.

são exemplos de ações positivas que podem colaborar para reduzir os altos índices de AiDs de santa Catarina.

www.facebook.com/[email protected](48) 3028-2305 e (48) 3028-2297(Fax)Com Marcelo Pacheco de Freitas

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A epidemia de HiV/AiDs agrava ainda mais as in-justiças sociais, empobrecen-do as pessoas atingidas pela doença. isso é mais evidente entre as mulheres, que em santa Catarina tem condições de trabalho inferiores as dos homens. Por isso o Programa Municipal de DsT/AiDs de içara desenvolveu o projeto Arte e Vida PositHiVa, que tem como objetivo melhorar a qualidade de vida das mu-lheres portadoras do HiV e de suas famílias, promovendo oficinas de artesanato para a geração de renda.

Nas reuniões sema-nais, os membros aprendem a confeccionar cachecóis, gorros, blusas, tapetes de co-zinha, de banheiro, tapeçaria no tear, fazem pinturas em tecidos e outras atividades artesanais. “Aqui ninguém

PROJETOS EM DESTAQUE

Esperança de vida na arte

sabe mais do que ninguém, todo mundo se ajuda”, expli-ca a professora Mônica Back.

O projeto já está no 4˚ ano de funcionamento e com ótimos resultados, como relata a coordenadora do programa, samira Abde-nur: “Participamos de vários eventos, seminários sobre drogas, doenças sexualmen-te transmissíveis e sempre divulgando o grupo e os pro-dutos. Hoje, o Vida PositHiVa já tem um caixa próprio”.

O objetivo não é ape-nas econômico, mas terapêu-tico e ocupacional. Houve melhora no comportamento de vários membros, principal-mente aqueles que sofrem com a depressão.

“O HiV debilita às ve-zes, nem todos conseguem entrar no Mercado de Tra-balho. Muitos soropositivos

não têm condições, seja por algum comprometimento físi-co ou por preconceito. Aqui, eles têm a oportunidade de aprenderem a conseguir o próprio rendimento”, explica samira.

Grupo de Içara incentiva empreendedoras soropositivas

Colabore com o grupo Vida PositHIVa

Local: sistema de Atendimento Especializado (sAE), na Rua Coronel Marcos Rovaris, Centro de içara.

fone: (48) 3432-8890

E-mail: [email protected]

responsável: samira Abdenur

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MUNICIPALIzAÇãO

ODM nos municípiosblumenau realiza palestra para mais de 40 entidades

O Movimento Nós Podemos Blumenau realizou, na manhã do dia 28 de fevereiro, a palestra “8 Jeitos de Mudar o Mundo – Nós Podemos”, ministrada pela secretária Nacional de Mobilização e coordenadora do Movimento Nós Podemos Paraná, Maria Aparecida Zado Udenal. Ela apresentou aos representantes de 45 empresas, entidades e governo da cidade as diretrizes e necessidades primordiais aos interessados em desen-volver projetos de responsabilidade social dentro dos Objetivos do Milênio (ODM).

O evento contou com a participação do prefei-to de Blumenau, Napoleão Bernardes, que salientou o compromisso do poder público com ações alinhadas aos Objetivos do Milênio e com o alcance das metas, em Blumenau, antes mesmo de 2015. “Viabilizar o atingimento dos ODM’s através da municipalização é o caminho mais consistente, assim como a socialização também é importante. Temos a missão de trabalhar os objetivos propostos.”, complementou o prefeito.

TARCíSIO ARCOVERDEPediatra do Hospital Santo Antônioblumenau

motivação Como Pediatra, militante das causas sociais, trabalhar num Hospital Ami-go da Criança e ver os resultados deste trabalho, é uma das motivações para o engajamento nos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio.

ações Desenvolvo ações com impacto nos ODM 1, 4, 5, 6 e 7. Participo da Rede internacional em Defesa da Amamentação (REDE iBFAN-Brasil), monitoran-do o cumprimento da Norma Brasileira de Comercialização de Alimentos para Lactantes (NBCAL). Atuo na assistência aos recém-nascidos, redu-zindo a mortalidade perinatal e a transmissão vertical do HiV, aplicando os protocolos do Ministério da saúde. sou Consultor internacional em aleitamento materno (iBCLC), promovendo, protegendo e apoiando o aleitamento materno como uma ação básica de saúde na infância.

resultadosObtenção do título de Hospital Amigo da Criança do Santo Antônio de Blumenau/sC (2000); implantação do Banco de Leite Humano no Municí-pio de Blumenau (1998); redução da mortalidade infantil no município de Blumenau como consequência da melhora da prevalência do aleitamento.

“Pensamos em demasia e sentimos bem pouco. Mais do que máquinas, precisamos de humanidade; mais do que de inteligência, precisamos de afeição e doçura!”

Charles Chaplin

noSSa rIquEza | as pessoas que fazem o nós Podemos SC

A palestrante Cidinha salientou a importância do uso de indicadores e planejamento para que jun-tos, os setores da sociedade possibilitem um maior desenvolvimento social. A inovação da palestra foi a neutralização do carbono utilizado nos processos que envolveram o evento, através do plantio de árvores.

fonte: Portal Brasil - www.brasil.gov.br

Equipe do comitê se reúne para evento municipal

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MUNICIPALIzAÇãO

Conselhos tutelares podem agir pelos ODMAssociação quer divulgar os objetivos em sua rede

A entrada da Associação Catarinense de Con-selheiros Tutelares de santa Catarina (ACCT) no Nós Podemos sC abre boas perspectivas para a municipali-zação dos ODM. Presentes em todos os municípios do estado, os conselheiros tutelares podem ser agentes de incentivo à formação de novos comitês, propondo aos municípios o alinhamento com os ODM.

Além dos 22 encontros regionais promovidos pela associação, o seminário Estadual, que vai acon-tecer no mês de outubro, pode ser um ótimo espaço para divulgar os ODM. “Vamos buscar articular ações concretas de parceria, com a possibilidade de convidar o Sr. Olavo Perondi (da secretaria da presidência) para dar uma palestra sobre o movimento Nós Podemos para os quase 1.000 Conselheiros Tutelares que estarão

Coordenadores regionais dos Conselhos tutelares presentes na adesão ao movimento

Quando um trabalho é desen-volvido com seriedade e dedicação ele cresce e gera bons frutos. O mais recente fruto do crescimento do Nós Podemos sC foi lançado em Criciúma neste mês de março: o Informativo do Comitê Juntos somos Mais.

Com o propósito de divulgar as ações de seus integrantes nos 8 jeitos de mudar o mundo, o material traz ótimos exemplos de cidadania. Com certeza será o primeiro de muitos.

Mais informações sobre a publica-ção com a Michele Picolo, da Assessoria de imprensa do Bairro da Juventude - (48)9954-9899/34032700 ou [email protected].

no nosso seminário”, declarou Maria Dolores Pelisão, presidente da ACCT.

boas notícias em CriciúmaComitê Juntos Somos Mais lança seu informativo

Boas notícias se espalham pelo estado

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INTERATIVIDADE

SC é destaque em prevenção de desastresO documento Políticas Públicas e iniciativas da sociedade Civil de Prevenção e Resposta a situações de Desastres Climáticos, coorde-nada pelo Laboratório Herbert de souza, faz uma avaliação acerca da estrutura e funcionamento dos sistemas de monitoramento, pre-venção, resposta e assistência às populações atingidas por eventos climáticos extremos no país. De acordo com o documento, santa Catarina atua em conformidade com a Política Nacional de Proteção e Defesa Civil por meio do Plano Estadual de Prevenção a Desastres Naturais, elaborado após os desastres ocorridos no estado, em novembro de 2008.

Dicas para o milênioLinks, Aplicativos, Cultura e Produtos para ajudar nas metas do milênio

Relatório

SiteProduto

biodiesel feito em casaA empresa britânica Biobot desenvolveu uma máquina capaz de transformar o óleo de cozinha usado em biodie-

sel, que pode ser instalada nas próprias residências.

A máquina evita que a gordura seja despejada no esgoto, po-luindo milhares

de litros de água potável. O Biobot 20 tem capacidade

para trabalhar com até 20 litros de óleo e transformá-lo em biodiesel entre 12 e 24 horas. Depois disso, o combustível está pronto para o uso.

mais detalhes no site www.biobot.org.uk/

Filme

Segurança alimentar

O documentário Brasil Orgâni-co, dirigido por Lícia Brancher e Kátia Klock, patrocinado pela Tractebel e pelo BRDE, foi lan-çado no ano passado e abre um panorama da diversidade da agricultura, pecuária e extrati-vismo orgânicos desenvolvidos em todas as regiões brasilei-ras, em diferentes escalas e propriedades. Pretende ser um material para divulgação, promoção e esclarecimento sobre a dinâmica da produção orgânica no Brasil.

interessados em divulgar e fazer parcerias para distribui-ção do DVD, podem entrar em contato no e-mail [email protected] ou (48) 3334 9805

assista o teaser no link http://vimeo.com/36854063

Mundo digitalO iBGE lançou um mapa-mundi digital com dados sobre todos os países do mundo, com des-taque para inclusão dos ODM. As informações estão agrupa-das em sete temas principais: síntese, população, indicado-

res sociais, economia, redes, meio ambiente e Objet i vos do Milênio. O site está disponível em portu-

guês, inglês e espanhol e é possível imprimir ou baixar o arquivo Excel das informações.

Confira http://tinyurl.com/5oua3n

acesse: http://tinyurl.com/cjaocqx

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ODM bRASIL

O relatório indicadores de Desenvolvimento Brasileiro apresenta um retrato importante e atual do Brasil, que é referência mundial no combate à pobreza e à desigualdade. segundo o relatório, a renda das famílias cresce em todo o país e a população em situação de extrema pobreza apresentou expressiva redução. A gera-ção de empregos, a formalização crescente, o aumento dos salários e a redução do trabalho infantil impactam na economia cada vez mais inclusiva e na ascensão social dos mais pobres. A universalização da educação mostra que o brasileiro estuda mais a cada geração e a taxa de analfabetismo diminui em todo o país. A saúde vem progredindo: a expectativa de vida dos brasileiros aumentou e o cumprimento da meta de redução da mortalidade infantil foi antecipado em 4 anos.

O relatório estimula também uma importante reflexão acerca dos desafios futuros para o Brasil e os obstáculos ainda a serem superados para o alcance de um desenvolvimento humano sustentável.

Acesse o documento no link: http://bit.ly/14rYczd

Crescimento com inclusão socialRelatório apresenta dados sociais atualizados

O Dia internacional da Mulher foi oficializado pela ONU em 1975, inicialmente proposto em 1910 durante a II Conferência de Mulheres socialistas, realizada em Copenhague, para ser organizado em todos os países e tendo como principal reivindicação, na época, o direito ao voto.

Desde então, assistimos à transformação dos direitos jurídicos das mulheres, conquistas na educação e na participação política. Entretanto, apesar das mulheres estudarem mais que os homens, ainda têm menos chances de emprego e recebem menos que eles, trabalhando nas mesmas funções.

A violência contra mulheres e meninas continua sendo um problema mundial grave. segundo pesquisa da ONU, cerca de 70% da população feminina mundial sofrerá algum tipo de agressão durante suas vidas. Recentemente, temos acompanhado casos de violência extrema, como o de mulheres que morreram em consequência de estupro ou por ciúmes, até meninas que foram agredidas por buscarem uma educação melhor – um direito previsto na Declaração Universal dos Direitos Humanos.

Por isso, essa luta não pode ser de apenas um dia. Promova projetos no ODM 3 - igualdade entre sexos e valorização da mulher.

ARTIGO

Só um dia não basta08 de março, dia Internacional da Mulher

Por REGiNA MAy DE FARiAs*

* Técnica em Programas sociais - Fundação Maurício sirotsky sobrinho

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OD

M6

REDE DE PROJETOS

Combater a Aids, a malária e outras doençasPrograma Comunidade SaudávelPrograma criado pela BAEsA com o objetivo de melhorar as condições de saúde da população residente nos municípios localizados na área de abrangência da Usina Hidrelétrica Barra Grande, na serra catarinense. Como as condições de saúde desta região são precárias, foram adotadas duas estratégias: aplicar recursos em melhorias

nos hospitais e postos de saúde dos municípios e desen-volver ações de conscientização sobre saúde preventiva, planejamento familiar e combate à mortalidade infantil e à desnutrição. O principal resultado do Programa Comu-nidade saudável é a melhoria comprovada das condições de saúde nos municípios da área de abrangência da Usina Hidrelétrica Barra Grande. .

mais informações sobre o projeto: [email protected] ou fone (48) 3331 0009

TELELAbO sistema de Educação a distância TELELAB é um sistema de trei-namento para profissionais de saúde, cujo foco é o diagnóstico laboratorial em DsT/AiDs. A partir de 2013, os cursos passam a ser abertos a qualquer profissional de saúde que tenha interesse em aperfeiçoar sua prática e contribuir para a padronização de condutas nos locais em que atua. A necessidade de combater as doenças sexualmente transmissíveis (DsT) estimulou o desen-volvimento de estratégias capazes de atender grandes massas populacionais. Neste contexto, o laboratório oferece grande contribuição para a agilização dos diagnósticos. O projeto faz parte da estratégia global do Departamento de DsT, AiDs e Hepatites Virais do Ministério da saúde na área de treinamento e educação a distância.

Confira os cursos no site: www.telelab.sites.ufsc.br/ Contatos pelo e-mail [email protected] ou pelo telefone 0800 61 24 36.

O combate eficiente à AiDs, dengue, tuberculose e outras doenças indica que santa Catarina deve atingir o ODM 6. Mas já existem outros problemas de saúde que merecem a atenção, agora entre as Doenças Não Transmissíveis (DNT). A administradora mundial do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), Helen Clark, iniciou 2013 pedindo a adoção de medidas urgentes para deter a onda global de doenças como câncer e diabetes.

Dados mostram que as DNT podem levar uma família à situação de pobreza quando servi-ços de saúde e proteção social estão indisponíveis, forçando as crianças a sair da escola, minando a produtividade e impondo um fardo econômico tremendo. A resposta global à crise de HiV/AiDs sugere que a intervenção precoce pode alterar decisivamente a trajetória de uma epidemia. fonte: www.onu.org.br

O peso das Doenças Não TransmissíveisCâncer e diabetes precisam de medidas urgentes