Boletins Reflexões sobre Crescimento 1-34

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inicio em Marco de 2004 Boletins números 01 a 34 (02/15) Boletins preparados sob os auspícios do Centro Internacional de Ensino para a Instituição dos Conselheiros. Extratos dos relatórios citados podem ser editados para melhor correção gramatical, clareza ou extensão do texto. Sua reprodução, total ou parcial, pode ser distribuída dentro da comunidade bahá’í sem permissão prévia do Centro Internacional de Ensino. números 1E34 REFLEXÕES SOBRE O CRESCIMENTO

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Boletins preparados sob os auspícios do Centro Internacional de Ensino para a Instituição dos Conselheiros. Extratos dos relatórios citados podem ser editados para melhor correção gramatical, clareza ou extensão do texto. Sua reprodução, total ou parcial, pode ser distribuída dentro da comunidade bahá’í sem permissão prévia do Centro Internacional de Ensino.

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Tradução

REFLEXÕES SOBRE O CRESCIMENTO – Número 01 – Março 2004

Crescimento+intensivo+em+agrupamentos+avançados+ Durante o ano passado, em muitos países, maior atenção foi dada à expansão em agrupamentos avançados. O enfoque mais sistemático até o momento está ocorrendo na Ásia, onde os Conselheiros decidiram dar ênfase à expansão em larga escala durante suas consultas e planejamento com algumas Assembléias Espirituais Nacionais e Conselhos Regionais Bahá'ís. Nos primeiros seis meses do ano, através da concentração em projetos de ensino em agrupamentos mais fortes, aproximadamente 16 mil novos crentes entraram na Fé. Esforços estão sendo feitos agora para aprender como equilibrar expansão e consolidação a fim de que o crescimento possa ser mantido. Os amigos, em alguns agrupamentos, têm estabelecido com êxito seus programas de capacitação e uma pirâmide de recursos humanos, ajudando um razoável número de crentes a seguir toda a seqüência de cursos, criando, desta forma, uma nova dinâmica nas atividades do agrupamento. As energias destes crentes recém-capacitados têm sido também aplicadas à multiplicação das atividades básicas e ao envolvimento de um crescente número de não-bahá'ís no padrão da vida comunitária bahá'í. Finalmente, os crentes nesses agrupamentos têm sido capazes de dar um passo adicional para iniciar atividades sistemáticas de ensino. Muitos foram bem sucedidos neste novo esforço, conseguindo trazer para a Fé mais de 100 novos crentes no agrupamento, com um bom número deles integrados nos cursos de capacitação. Dessa forma, eles completaram o primeiro “ciclo” de atividades para o crescimento sustentável, e prepararam o palco para o registro de futuros contingentes, à medida que o ciclo de capacitação, a multiplicação de atividades e o ensino intensivo se repetem. Em países onde tradicionalmente tem ocorrido, até com facilidade, o registro de números significativos de novos crentes, o instituto poderá crescer para atender ao influxo de um número mínimo de 100 novos crentes por mês --- mais de 1.000 novos bahá'ís por ano dentro de um único agrupamento. O progresso no estabelecimento de um ciclo de atividades para a expansão e consolidação sustentáveis exigirá, naturalmente, que uma atenção particular seja dada ao ensino intensivo. Dos relatórios recebidos até agora, parece haver pelo menos quatro diferentes enfoques que estão surgindo em diferentes circunstâncias para a expansão acelerada em agrupamentos fortes. Populações+receptivas+em+atividades+básicas:+O+Agrupamento+Adami+Tulu+na+Etiópia+

Em um padrão que está surgindo para o crescimento intensivo, as três atividades básicas agem como portais para a entrada em tropas entre populações receptivas. Isto ficou evidente recentemente na Etiópia. Ao refletirem sobre quem poderia ser convidado para participar em círculos de estudo, os bahá'ís do agrupamento Adami Tulu, aproveitaram as oportunidades surgidas para alguns professores bahá'ís, que decidiram convidar seus estudantes de escolas secundárias. Logo após o Ridván de 2003, um jovem foi contatado e estimulado a convidar alguns amigos para um círculo de estudo. Os estudantes foram instantaneamente atraídos ao Livro 1 do Instituto Ruhi. Logo, 20, 40 e quase 200 jovens aguardavam a oportunidade de estudar a série completa dos livros do Instituto Ruhi, todos frutos de convites de amigos a amigos. Os bahá'ís, em todo país, juntaram-se em apoio ao grande interesse surgido. Um grupo, dentre os estudantes mais capacitados, foi levado ao Instituto Nacional de Debra Zeit para um programa de estudo intensivo por cerca de dois meses durante as férias de verão, a fim de concluírem a seqüência completa dos cursos. Outros cursos intensivos foram oferecidos no agrupamento a cada contingente de estudantes. Inicialmente, quase todos os participantes eram não-bahá'ís, mas logo abraçaram a Fé através da influência da Palavra de Deus vivenciada durante o estudo do livro 1. Os jovens mostraram-se fervorosos em seu amor

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recém descoberto por Bahá'u'lláh; muitos testemunharam durante o decurso do programa seu intenso desejo de ensinar a Fé a seus amigos e familiares. Até o final do período do verão, havia ocorrido 392 declarações. Desses, 386 completaram o Livro 1; 282, o Livro 2; 76, o Livro 3 (devido ao número limitado de exemplares); 161, o Livro 4; 111, o Livro 6; e 62 o Livro 7. Mais de 600 bahá'ís, amigos e familiares reuniram-se para a cerimônia de homenagem aos estudantes que concluíram a seqüência completa. Conforme relatório recebido no Centro Mundial,

Quando da cerimônia de formatura, eles nos fascinaram com profundos e inspirados poemas de sua autoria, peças teatrais emocionantes e comoventes canções. O prazer que proporcionaram foi tal que não podemos retratar em palavras. Se fosse possível, o único desejo é de que lá estivessem presentes todos os que desejavam seu êxito e todas as partes interessadas, para testemunharem a grandeza da alegria espiritual e da felicidade que eles conseguiram criar.

Mais tarde, foi realizada uma reunião de reflexão, consistindo em grande parte de novos crentes, os quais com entusiasmo comprometeram-se a convidar 1.067 não-bahá'ís, em três meses, para participarem das atividades básicas e, ao mesmo tempo, estabelecer 79 círculos de estudo, 44 aulas para crianças e 57 reuniões devocionais. Os esforços iniciais foram promissores. O número de localidades no agrupamento abertas à Fé cresceu de 7 para 18, e as turmas do Livro 1 e 2 foram iniciadas em diversas vilas pelos jovens facilitadores. Numa segunda reunião de reflexão, porém, foi observado que somente uma parte das metas previstas haviam sido alcançadas, devido à realidade de suas próprias vidas, particularmente a necessidade de ajudar nas lavouras das famílias no período das colheitas, e o retorno às aulas. Apesar de tudo, o comprometimento foi mantido sem alterações, uma vez que o agrupamento começa agora o trabalho de aprender como integrar os jovens em padrões efetivos de expansão e consolidação, levando em consideração as oportunidades e as restrições durante o ano escolar. Em dezembro de 2003, 566 pessoas haviam completado o Livro 1; 297, o Livro 2; 83, o Livro 3; 168, o Livro 4; 118, o Livro 6; e 96, o Livro 7. Os amigos na área, com a ajuda das instituições da Fé, incluindo o instituto de capacitação, também planejam repetir o padrão de ensino intensivo e capacitação quando o ano escolar chegar ao fim. Projetos+de+expansão+em+larga+escala++Agrupamento+Thiruvannamalai,+na+Índia+(T.V.+Malai)+ Um segundo enfoque para o crescimento intensivo surgiu em países como a Índia, cuja comunidade já passou por uma grande experiência de ensino em massa no passado. Projetos de crescimento em larga escala são organizados para apresentar a Fé a grandes grupos em áreas rurais de agrupamentos fortes, registrá-los e imediatamente levar uma porcentagem significativa dos novos crentes aos cursos de capacitação do Instituto. As atividades básicas são multiplicadas ainda mais para prover a nutrição espiritual destes crentes e de suas famílias, incluindo os filhos. Um desafio nesses agrupamentos é criar oportunidades para aqueles cujos corações foram atraídos para serem confirmados em sua nova fé através de atividades de consolidação. Outro desafio é assegurar que um número significativo desses novos crentes passe por toda a seqüência de cursos e inicie suas próprias atividades em serviço à Causa, para assegurar que o processo seja mantido. Um relatório sobre uma reunião de reflexão em junho de 2003, no agrupamento T.V. Malai, na Índia, indicou que um projeto de ensino realizado entre fevereiro e março de 2003 resultou em 1.700 novos crentes. Durante aquele período, 537 novos crentes concluíram o Livro 1, com 131 outros em processo de fazê-lo. As atividades básicas incluíam 151 reuniões devocionais, 67 aulas para crianças e 18 círculos de estudo. A pirâmide de recursos humanos para o agrupamento mostrou para o Livro 1 um total de 1.983; para o Livro 2, 380; para o Livro 3, 156; para o Livro 4, 84; para o Livro 6, 49; e para o Livro 7, 26. Na reunião de reflexão, bahá'ís de 15 comunidades do agrupamento comprometeram-se a realizar 417 reuniões devocionais, 104 aulas para crianças e 89 círculos de estudo. A expectativa é que outras 1.415 novas almas seriam recebidas na Fé nos próximos três meses. Até outubro de 2003, o seguinte número de indivíduos avançou através da seqüência de materiais: Livro 1, 2.464; Livro 2, 512; Livro 3, 169; Livro 4, 100; Livro 6, 55; e Livro 7, 34. No ano passado, até novembro de 2003 o número de declarações foi de 2.064.

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Desenvolvimento+e+crescimento+em+agrupamentos+afetados+por+séria+falta+de+infraLestrutura:+Agrupamento+Battambang,+no+Camboja+

Um terceiro enfoque ao crescimento intensivo, envolvendo atividades de desenvolvimento social e econômico estreitamente associadas com o trabalho de ensino, ocorreu em países que têm passado por longos períodos de uma guerra devastadora ou por calamidade natural, ou ainda que são caracterizados por uma infra-estrutura muito precária. Ao mesmo tempo em que existe um elevado grau de receptividade de parte das massas, existe também uma derrocada geral da máquina governamental necessária para apoiar a educação, saúde e outros recursos sociais. Em tais situações, o instituto de capacitação tem a oportunidade de introduzir outros programas educacionais junto com a seqüência dos cursos. O desafio nessas áreas é alcançar o equilíbrio correto entre a condução dos círculos de estudo e outros projetos educacionais, a fim de que o movimento de um grande número de pessoas através da seqüência dos cursos não seja relegado a segundo plano. Um exemplo deste enfoque são as atividades em Battambang, Camboja. Em 1994, uma instituição de inspiração bahá'í, a Organização Cambojana de Pesquisa, Desenvolvimento e Educação (CORDE), foi estabelecida para aplicar os ensinamentos bahá'ís para elevar a condição dos habitantes da região vizinha a Battambang. As atividades iniciais, que se concentraram na área de saúde, conduziram ao oferecimento de atividades tutoriais informais pós-escolares para crianças. Até 1997, havia cerca de 20 aulas com 500 crianças. Além de sua contribuição ao desenvolvimento social e econômico, o CORDE tem agora um papel vital no progresso deste agrupamento rural, provendo crentes capazes com possibilidade de emprego, sem necessidade de se transferirem para uma área urbana, o que lhes possibilita continuar sua participação no trabalho da Fé. Apoiado por um processo de instituto muito forte, o número de bahá'ís no agrupamento Battambang cresceu constantemente para mais de 3.000 crentes, cerca de 1% da população. Novos crentes, de maio de 2002 a abril de 2003, totalizaram 852, a maioria jovem. Em abril de 2003 existiam 24 círculos de estudo com 231 participantes; 44 aulas de crianças com 732; 30 aulas para pré-jovens com 424; e 38 reuniões devocionais com 715. O padrão de expansão e consolidação tem sido mantido desde aquele tempo. O progresso no processo de Instituto, de junho a dezembro de 2003, foi o seguinte:

Livro 1 Livro 2 Livro 3 Livro 4 Livro 6 Livro 7

1360 745 451 314 80 48 1872 1,097 765 648 348 246

Até dezembro, 1.691 novos crentes foram adicionados. Havia 80 facilitadores ativos que completaram 41 círculos de estudo com 398 participantes; 42 aulas de crianças com 742 alunos; 60 aulas para pré-jovens com 1.101 participantes; e 300 reuniões devocionais com mais de mil pessoas participando. Entre as estratégias efetivas utilizadas encontram-se cursos centralizados para jovens para treinarem facilitadores e professores de aulas de crianças, o que resultou em 80% de participantes levantando-se para servir.

Aprendendo+sobre+Ensino+Efetivo:+Agrupamento+Perth,+na+Austrália.+

Finalmente, um quarto enfoque ao crescimento intensivo envolve esforços sistemáticos para melhorar a eficácia do ensino em agrupamentos na parte ocidental da Austrália e em comunidades urbanas onde o ensino tradicionalmente tem sido mais desafiador e o crescimento mais vagaroso. Pelo fato de já existirem algumas comunidades bem desenvolvidas em tais agrupamentos, com a utilização de campanhas de instituto, um número considerável de pessoas pôde passar pela seqüência completa dos cursos e rapidamente avançar para assumir o desafio do crescimento. Uma vez que o processo de instituto foi estabelecido e as atividades básicas multiplicadas, medidas bem pensadas precisam ser tomadas para concentrar as energias em aprender como atingir algum crescimento, e então progredir, passo a passo, para alcançar números cada vez maiores de novos crentes por ano: de 10 para 20, de 50 para 100 e, então, a números ainda maiores. O desafio principal em tais agrupamentos é levantar um número crescente de instrutores capacitados para ensinar a Fé, particularmente através da ênfase dada aos conceitos, atitudes e habilidades apresentadas nos livros 2 e 6 do Instituto Ruhi. Cursos de atualização e oportunidades de

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experiências práticas para testar novas habilidades são alguns dos métodos utilizados para atender a esse desafio. Um esforço concentrado para aprender mais sobre o ensino eficaz é ilustrado pela comunidade de Perth, na Austrália. Depois de refletirem e consultarem, os amigos chegaram à conclusão de que se eles quisessem conquistar a meta de 100 novos crentes, teriam que convidar cerca de 3.000 pessoas para participar das atividades básicas. Isto exigiria cerca de 300 crentes com alguma capacidade para o ensino, resultante de sua capacitação no instituto, os quais poderiam individualmente identificar uma lista de cerca de 10 contatos para quem poderiam fazer orações, estender um convite, e então acompanhar, ensinar e nutrir. Em uma reunião inicial para apresentar o plano, cerca de 80 pessoas ofereceram-se para participar; então o número rapidamente cresceu para 130. Nas primeiras semanas da campanha, 360 pessoas somaram-se às listas de orações de 45 crentes, e cerca de 125 contatos interessados começaram a participar das atividades. Os amigos em Perth comentaram o seguinte: “Estamos no ponto, agora, em que testemunhamos grandes números de não-bahá'ís participando de nossas atividades. É impressionante ver uma comunidade como Perth, que era primordialmente voltada para si mesma, antes do Plano de 12 Meses, e agora testemunha grandes números de não-bahá'ís abraçados pelas três atividades básicas, nas aulas através do programa BESS (Educação Bahá'í em Escolas Estaduais) e outras atividades sociais dentro da comunidade bahá'í. Testemunhamos literalmente um aumento de 150 a 200% no número de não-bahá'ís “no sistema”... em algumas comunidades através do envolvimento nas 3 atividades básicas. O desafio atual diante de nós é que os bahá'ís estão tentando descobrir o que fazer com seus amigos que têm participado de várias reuniões devocionais ou que terminaram o Livro 1, o “próximo passo” em seu caminho rumo a Bahá'u'lláh. Muitos não se tornam bahá'ís após essas atividades, mas, potencialmente, poderiam declarar-se com mais cuidado e ensino. O abrir destas portas é nosso atual aprendizado.” Esta abordagem é fortalecida com o estabelecimento de grupos de ensino. As pessoas que completaram o Livro 7 são estimuladas a formar grupos de 4 a 6 integrantes, que podem reunir-se regularmente para encorajamento e reflexão sobre seus esforços de ensino. Tais grupos pequenos podem, entre si, fazer uma lista de 50 ou mais contatos. Os grupos nutrem as iniciativas para a identificação de pessoas interessadas, o convite de não-bahá'ís e a multiplicação das atividades básicas e a realização de atividades práticas de ensino que melhoram suas habilidades e aumentam as declarações.

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REFLEXÕES SOBRE O CRESCIMENTO – Número 2, Maio de 2004

! Avançando no Processo de Entrada em Tropas através de Visitas aos Lares

Visitas aos lares tem demonstrado ser um meio efetivo na promoção tanto da expansão, quanto da consolidação em diferentes lugares e em diferentes níveis de desenvolvimento dos agrupamentos. Inicialmente, o conceito de visitas aos lares foi sugerido pela Casa Universal de Justiça, como um meio de estabelecer o processo de instituto naqueles agrupamentos, nos quais o crescimento em larga escala havia ocorrido em anos anteriores. Nessas áreas haviam listas de crentes que, com o tempo, pararam de se envolver em atividades bahá’ís. As visitas aos lares tornaram-se um meio de restabelecer o contato com amigos potencialmente receptivos, “cativar através de uma conversa significativa” e gradualmente introduzir a idéia dos cursos de institutos . Mesmo em casos em que antigos crentes não puderam ser contatados, foram criadas oportunidades para ensinar a Fé para seus parentes, amigos ou vizinhos. O contato mediante visitas aos lares também foi bem sucedido em agrupamentos que não tinham uma história semelhante de ensino em massa. Aqui, visitas a crentes que, por algum tempo, não participavam de atividades bahá’ís resultaram na reanimação de sua fé e em atraí-los para os círculos de estudos.

A condução de visitas aos lares, a fim de promover expansão e consolidação, logo se associou ao Livro 2 do Instituto Ruhi. Este curso prepara alunos para apresentar temas de aprofundamento, estimulando-os a praticar essa habilidade por meio de apresentações a outros bahá’ís. Campanhas de aos lares influenciaram aqueles que completaram este curso, encorajando-os a empreender atividades de aprofundamento e ensino e a convidar contatos para participarem das três atividades básicas. Por exemplo: numa campanha de quatro dias na vila de Daidanaw em Myanmar, os instrutores viajantes estavam inicialmente muito ineficazes, comportando-se “como se fossem gravadores, sem contato visual, sem pausas, quase sem respirar” . Havia pouca interação com o ouvinte e apresentavam uma tendência a dar palestra. Com prática e experiência, os professores ficaram mais à vontade, mais capazes e confiantes, conseguindo uma boa afinidade com as 88 pessoas contatadas. Seus esforços resultaram em novos participantes nas atividades básicas e três novas declarações. Na Turquia, no agrupamento Hatay 1, os participantes do Livro 4 , que fizeram visitas aos lares, foram capazes de se valer de seu treinamento e compartilhar as histórias da vida do Báb e de Bahá’u’lláh. Enquanto que na cidade de Istambul foram estabelecidos 5 novos círculos de estudo, após uma campanha breve mas efetiva. No agrupamento Kharagpur, na Índia, a Assembléia Espiritual Local de Satrapur criou um grupo para se responsabilizar pelas visitas aos lares durante o jejum. Foram visitadas 32 famílias em 4 vilarejos, convidando-as para uma festa de unidade, que atraiu 70 bahá’ís e 26 não bahá’ís , a maioria dos quais se comprometeu a participar futuras atividades básicas.

Campanhas para visitas aos lares podem ser adaptadas para o nível de desenvolvimento de um agrupamento, quer para ajudar a estabelecer o processo de instituto, para multiplicar as atividades básicas ou dar suporte a programas de crescimento intensivo. Os poucos estudos de casos incluídos abaixo ilustram diferentes fatores, que contribuem para tornar efetivas as visitas aos lares, numa vasta gama de circunstâncias. Em cada situação, a preparação foi inestimável, enquanto que a reflexão após a experiência foi decisiva para aprender como melhorar a performance. Em todos os casos, coragem e sabedoria parecem ter sido ingredientes necessários para o sucesso. A Importância da Prática Quando Estudando o Livro 2 : O Reino Unido

Um facilitador do Reino Unido apresentou eloqüentemente os benefícios de se praticar a apresentação dos temas de aprofundamento através das visitas aos lares, aprendidos como parte do estudo do Livro 2.

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Quando começamos nossa jornada através dos cursos , usando os materiais do Instituto Ruhi, a maioria de nós conhecia muito pouco sobre os aspectos práticos dos cursos. De fato, muitos sentiam que talvez, sendo europeus e talvez , de alguma forma diferentes dos seres humanos de outras partes do planeta, esses elementos dos cursos “não fossem para nós”. Talvez , eles fossem “culturalmente inadequados” ou apenas “não a nossa xícara de chá”. Quão errados estávamos! Através da experiência , aprendemos que os elementos práticos são uma parte vital dos cursos de treinamento do instituto. Se a prática não foi feita, os cursos não podem ser considerados completos... Estamos aprendendo sobre o ensino da Fé e o cultivo da vida comunitária através dessas simples práticas. Quando visitamos nossos contatos ou novos crentes e começamos a conversar sobre assuntos espirituais, estreitamos os laços de amizade. Somos capazes de compartilhar a Palavra de Deus em um ambiente onde nossos anfitriões estão, literalmente, em casa. Eles podem fazer perguntas que não poderiam fazer em outras circunstâncias. Suas famílias podem participar e freqüentemente o fazem... ...É, certamente, uma coisa maravilhosa para os membros da família aprender sobre a Fé juntos. Se, pela graça de Deus, os membros da família se tornam crentes, eles podem se fortalecer e apoiar um ao outro.

Conduzir uma visita a um lar pela primeira vez não é sempre fácil. Às vezes falta segurança aos

participantes do curso do instituto para visitar novos crentes ou interessados.Os facilitadores precisam encontrar formas criativas de ajudar os participantes do círculo de estudos caminharem para o campo da ação. Um facilitador escreveu:

“Em um círculo muito pequeno do Livro 2, o grupo era formado por novos crentes, que estavam um pouco nervosos para fazer as visitas. Após encorajá-los por algum tempo, percebi que precisava ajudá-los um pouco mais; assim, sugeri que, para a primeira visita, eu poderia convidar algumas pessoas para minha casa e eles compartilhariam um de seus temas em um grupo onde teriam mais apoio. Isso se transformou em algo realmente lindo, pois o que surgiu foi uma pequena dramatização escrita sobre a vida de Bahá’u’lláh. O cenário foi lindamente composto e deu a nossa casa uma atmosfera mágica, relembrando os dias de Bahá’u’lláh em Bagdá. A história de Bahá’u’lláh foi compartilhada com um grupo de bahá’ís e contatos. Aproveitando a oportunidade naquela mesma noite, combinamos as visitas aos lares, para compartilhar o tema do “Convênio” com alguns desses amigos , em suas casas, na semana seguinte.

Um facilitador de Londres observou:

Em minha experiência, o Livro 2 realmente nos ensina quão fácil é fazer apresentações e aprofundar outros (e nós próprios, no processo) nos Ensinamentos de Bahá’u’lláh. Não precisamos mais deixá-las para os membros eloqüentes da nossa comunidade. Somos convidados a adquirir eloqüência por nós próprios: tudo que necessitamos é uma gota de orvalho para experimentar quão enriquecedora a experiência é verdadeiramente. Mas o segredo reside em compartilhar o material com os outros. Se você não o fizer, estará inclinado a achar o Livro 2 irrelevante e tedioso. “Oh , viajante no caminho de Deus! Toma tu tua parte do oceano de Sua graça e não te prives das coisas que estão escondidas em suas profundezas. Sejas um dos que partilham dos seus tesouros.” Você tem que compartilhar sua porção para receber o tesouro!

Um crente de muito tempo observou como as visitas aos lares poderiam contribuir com uma

importante fatia no aprofundamento de novos bahá’ís:

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Fomos informados de que deveríamos nos encontrar com um crente que havia se

declarado há um ano. Soubemos também, que esse crente tinha um profundo conhecimento da Fé. Desse modo, fomos com a intenção de seguir a prática pelo bem de aprender a apresentar a Fé, sem muita esperança de ensinar qualquer coisa de novo....Tive um momento maravilhoso. O crente sabia pouco da história da Fé, mas podia recitar passagens inteiras de cor! Assim, de fato, nossa visita era justamente o que o crente necessitava naquele momento. Isto me fez lembrar do tempo que eu havia recém me declarado, quando senti que havia muito mais a aprender do que eu apenas descobri ao longo da vida, melhor ainda de um modo sistemático. É um grande alívio descobrir que estamos treinando o aprofundamento de novos crentes de uma forma sistemática!

Ainda, existe o ponto de vista de um não bahá’í, que recebe uma visita familiar. O autor desta

matéria tinha estado estudando a Fé e, de fato, completou o Livro 1. Ele recebeu a visita de dois jovens que estavam participando do estudo do Livro 2.

Eles me apresentaram em uma aula os princípios básicos bahá’ís, sua história e diversas explicações muito interessantes, detalhadas e articuladas de forma convincente. Apreciei muito a apresentação e a companhia deles e me beneficiei muito de seu conhecimento... A memória que me ficou pelos dias seguintes foi a da beleza das almas dos bahá’ís... meus agradecimentos a todos.

Este buscador declarou sua Fé em Bahá’u’lláh uma semana depois dessa visita. Aprendendo Sobre Campanhas para Visitas aos Lares: Mongólia Os amigos da Mongólia começaram a tentar as visitas aos lares, inicialmente,como um meio de melhorar as habilidades dos facilitadores. A revisão de uma semana dos Livros 1 e 2 foi dada para cerca de 20 pessoas, que estavam engajadas ativamente em facilitar. O que segue é um relatório de como eles procederam.

Após completar a revisão do Livro 1, os participantes se dividiram em 10 grupos e visitaram mais de 40 famílias de bahá’ís novos e antigos, bem como algumas famílias não bahá’ís em dois distritos de Ulaanbaatar, a maioria nas vizinhanças do prédio do Instituto Wade. Durante essas visitas, eles iniciaram uma conversa amigável sobre assuntos espirituais e se ofereceram para fazer orações. Então, após as orações, citações foram estudadas junto com a família sobre a importância de se ter reuniões devocionais na casa de alguém. A consulta sobre as citações levou algumas das famílias a se comprometerem a realizarem reuniões devocionais regulares em suas casas. Os membros da família foram também convidados a se juntar ao círculo de estudo e como resultado, muitos círculos de estudo foram iniciados nas casas dessas famílias, bem como aulas para crianças. Esta foi uma experiência abrangente para todos, pois vimos que não era difícil multiplicar as atividades básicas visitando as casas dos crentes, tanto ativos como menos ativos, desde que fôssemos bem vindos em suas casas. Visto que antes estávamos tentando trazer as pessoas para nossas casas ou às sedes bahá’ís, agora vimos que é mais efetivo iniciar atividades nas casas das pessoas. Nosso foco anterior era na transformação individual e assumíamos que, quando a pessoa se tornava um crente ativo ele permaneceria ativo para sempre e isto mudaria as pessoas em seu redor também, mas, freqüentemente, descobrimos que uma pessoa ativa , depois de algum tempo, pode tornar-se inativa em conseqüência de várias circunstâncias da vida. A tentativa de aproximação visitando os lares leva à transformação das famílias... ...Das 80 famílias que tínhamos a intenção de visitar, menos da metade delas puderam ser localizadas. Para tornar a primeira experiência positiva, os organizadores misturaram os

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endereços dos antigos contatados e novos bahá’ís, bem como alguns bahá’ís ativos. Concluímos que, mesmo visitando um lar bahá’í considerado ativo, isto foi proveitoso, uma vez que essas famílias não tinham reuniões devocionais regulares em suas casas e não respondiam tão impetuosamente aos levantamentos feitos nas Festas e reuniões de reflexão. Assim, como resultado de campanhas de dois dias, depois dos Livro 1 e 2 , 42 reuniões devocionais foram realizadas, 8 reuniões devocionais regulares foram estabelecidas, 14 círculos de estudo e 6 grupos de aulas para crianças foram formados.

Após esse sucesso inicial, no entanto, os amigos nesta comunidade na Mongólia acharam difícil manter o que tinham conquistado.

Concluimos....que é muito fácil iniciar um grande número de reuniões devocionais regulares, círculos de estudo e aulas para crianças nas casas das pessoas. No entanto, é mais difícil achar recursos humanos comprometidos, que estariam desejosos e responsáveis o suficiente para continuadamente ir até a família, até que a atividade se torne regular e sustentada. Quando o movimento jovem foi lançado, achamos que, talvez , colocando metas para a juventude, que é nova e aberta ao aprendizado, trabalhando com eles de forma consistente tanto individualmente como em grupos, isto poderia ser a resposta para o nosso desafio de falta de recursos humanos.

Assim, depois desta experiência, os jovens foram recrutados para levar adiante as visitas aos lares. Novos critérios continuaram a surgir oriundos da reflexão sobre a ação.

Na campanha de instituto conduzida no início 46 jovens participaram nos cursos do Livro 1 – 3, intercalados com campanhas de 2 dias para visitas aos lares de crentes afastados, antigos e novos para realizar reuniões devocionais, compartilhar temas de aprofundamento, iniciar círculos de estudo e aulas para crianças. A experiência foi muito positiva, embora esta tenha sido a primeira vez que o instituto organizou um curso especialmente para jovens de 15 – 22 anos... Em Ulaanbaatar, no primeiro dia, os jovens foram separados em 13 pares, sendo um jovem de Ulaanbaatar em cada par, para assegurar a continuidade. No primeiro dia eles iniciaram com as famílias bahá’ís, (misturando).... algumas famílias ativas e outras inativas, bem como famílias não bahá’ís; a experiência foi muito positiva. O dia seguinte foi repleto de dificuldades assim que começaram a trabalhar com famílias novas. Uma coisa que aprendemos sobre a organização para esta visita, é que ela deveria ter sido feita anteriormente e que tivemos alguns hiatos na coordenação. Também, descobrimos que, como a maioria dos jovens são muito novos no serviço à Fé, é muito importante que possam inicialmente ser acompanhados de um professor experiente e que eles não sejam deixados por conta própria. Caso contrário, suas primeiras experiências poderão ser negativas e se não houver alguém para ampará-los, poderão ficar desencorajados.

Visitas aos lares tornaram-se uma parte integral do serviço da Fé na Mongólia.

Desde janeiro, temos tido um período de atividades intensas com um número de campanhas de instituto (institutos de capacitação) e de ensino em Ulaanbaatar e o Grupo Murun em Khovsgol. Estamos felizes em poder reportar, que durante a campanha no grupo Murun, 45 pessoas declararam sua Fé em Bahá’u’lláh. Trinta e dois círculos de estudo foram concluídos. Dezoito grupos visitaram 87 famílias. Há 47 reuniões devocionais regulares e 28 aulas regulares para crianças ... Como resultado da campanha no agrupamento Ulaanbaatar existem , no momento, 24 reuniões devocionais regulares em casas particulares, 15 aulas regulares para crianças e 11 grupos estão visitando bahá’ís inativos e realizando reuniões devocionais com suas famílias. Além disso, 34

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famílias tem sido visitadas por esses grupos. Estão em curso 14 círculos de estudo em Ulaanbaatar e existem agora 4 novos grupos de pré-jovens.

A Importância de Ser Sistemático Quando da Realização das Visitas aos Lares: Kazaquistão O agrupamento Almaty do Kazaquistão foi um dos primeiros a utilizar as visitas aos lares de uma forma sistemática, para ampliar a comunidade de interesse – aquelas pessoas que demonstraram interesse em algum aspecto da Fé. Durante 2003, este agrupamento audacioso adotou a meta de atingir 500 pessoas num período de 6 meses. Para alcançar isto, os amigos do agrupamento estabeleceram uma meta preliminar para atingir 150 indivíduos através das visitas aos lares. Esperavam aprender com essa primeira campanha de visitas aos lares e atingir novas oportunidades de crescimento. A campanha começou com a preparação dos participantes. Um curso de atualização focado sobre a unidade 2 do Livro 2 e a unidade 3 do Livro 6 foram levadas avante em dois dias. Os participantes utilizaram-se da dramatização para explorar a forma como iriam interagir com aqueles a quem iriam visitar. Isso não somente os ajudou a considerarem alguns dos desafios que poderiam encontrar, mas gerou entusiasmo para as visitas. Os participantes também decidiram qual literatura deveriam levar para as visitas. Vinte e um crentes se incumbiram de uma ou mais visitas nas semanas seguintes, contatando 101 indivíduos, incluindo 47 bahá’ís pouco ativos, 44 pessoas que haviam expressado interesse na Fé ou eram novos contatos e 10 pré-jovens ou crianças. Os participantes reuniram-se semanalmente durante a campanha para reflexões, preparação e consultas; essas reuniões mostraram-se vitais para o aprendizado do processo. As visitas variaram consideravelmente.

• Vinte e duas apresentam um tema de aprofundamento similar aquele destacado no Livro 2. • Cinco indivíduos foram apresentados à Fé, do modo destacado no Livro 6. • Vinte e três indivíduos receberam calorosamente o visitante e participaram em reuniões

devocionais, mas não lhes foi dada nenhuma outra informação sobre a Fé. • Dezoito das visitas realizadas não foram além de um aspecto social. • Quatorze indivíduos receberam literatura bahá’í depois de uma breve conversa . • Seis indivíduos ficaram relutantes em receber o visitante, não demonstrando nenhum interesse. • Cinco dos crentes menos ativos afirmaram que não se consideravam bahá’ís.

Os resultados palpáveis das visitas incluíram o seguinte:

• Três reuniões regulares devocionais para um total de 9 participantes. • Uma classe para jovens e pré-jovens. • Cinco círculos de estudo para o Livro 1 incluindo 7 novos contatos e 1 crente afastado, durante

o curso, 3 se tornaram bahá’ís. • Dois círculos de estudo para o livro 2, incluindo 4 crentes afastados. • Sete indivíduos que começaram a participar de outras atividades, incluindo as Festas de 19 Dias

e a observância dos Dias Sagrados. Refletindo sobre as visitas, os participantes expressaram que haviam achado muito mais difícil efetivamente fazer as apresentações do que haviam pensado, quando estudavam os livros; mas as visitas reforçaram a importância de aprender a fazê-las. Eles também se aperceberam da importância de visitar novos crentes e contatos em suas casas, para estreitar os laços de amizade, ao invés de deixá-los a si próprios. Complementando, aprendeu-se que alguns crentes precisavam de uma pessoa com mais experiência para acompanhá-los, até que gradualmente ganhassem confiança antes de empreenderem visitas por sua própria conta. Os participantes notaram que visitas subseqüentes eram normalmente mais difíceis que as iniciais, freqüentemente devido a razões práticas como distância, horários de trabalho, etc.. Claramente, um grande número de pessoas podia ser atingido através das visitas aos lares, apenas quando muitas pessoas nas comunidades estavam participando das campanhas.

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REFLEXÕES SOBRE O CRESCIMENTO – Número 3,Agosto 2004

Aprendendo e Planejando Reuniões de Reflexão nos Agrupamentos (parte 1) Na sua carta de 09 de janeiro de 2001, apresentando o Plano de 05 anos, a Casa

Universal de Justiça previu reuniões de reflexão como encontros periódicos para consulta “para refletir sobre os temas, considerar fazer ajustes necessários e manter o entusiasmo e a unidade de pensamento.” Essas iriam, juntamente com outros encontros regionais, “dar suporte a um intenso processo de ação, consulta e aprendizagem.” No Ridván de 2003, a Casa Universal de Justiça pôde afirmar que “as reuniões de reflexão no nível dos agrupamentos tornaram-se um meio poderoso para unificar pensamento e ação entre instituições e localidades; proporcionaram um poderoso estimulo às iniciativas institucionais e individuais em um espírito mutuamente encorajador.”

A reunião de janeiro de 2004 do agrupamento Fako em Camarões provê um exemplo típico de uma reunião de reflexão num agrupamento. A reunião começou com um programa devocional bem planejado e canções. Notícias de acontecimentos no agrupamento desde a reunião anterior foram compartilhadas e as estatísticas das atividades básicas foram revistas. Esses relatórios estimularam a consulta e sugestões de como melhorar e aumentar as atividades. Vários indivíduos foram inspirados a se oferecerem para iniciar ou reiniciar círculos de estudo. Depois de mais algumas canções, a administração do agrupamento foi discutida. As pessoas foram então divididas em pequenos grupos, a fim de estudarem e consultarem sobre uma compilação de citações, especialmente selecionada para a ocasião, sobre “mobilização do individuo”. Depois de um almoço comunitário e mais canções, os amigos discutiram metas numéricas do agrupamento para as atividades básicas e então se dividiram por comunidade, para discutir como atingi-las. Mais oferecimentos para levar avante as atividades foram feitos e um abrangente plano de três meses para o agrupamento foi apresentado em um quadro incorporando os oferecimentos. O encontro terminou com uma palestra inspiradora. Ao todo, 76 pessoas de 7 comunidades participaram.

Através da experiência a redor do mundo, desde o inicio do Plano, torna-se aparente que dois fatores contribuem diretamente para o sucesso das reuniões de reflexão em um agrupamento. Primeiro, o instituto de capacitação precisa estar em um grau de desenvolvimento razoavelmente avançado. Nas áreas onde as reuniões de reflexão são estabelecidas antes que o instituto esteja em plena operação, as reuniões são comumente caracterizadas por confusão acerca de seu propósito, uma abordagem controladora por parte do órgão administrativo que organiza a reunião e inabilidade de gerar iniciativa individual. Segundo, requer um nível de atenção adequado ao planejamento e preparação das reuniões para que estas alcancem o propósito estabelecido pela Casa Universal de Justiça. Ainda que não exista um modelo definitivo para as reuniões, elementos que parecem contribuir para o seu sucesso incluem: estudo conjunto das guia atuais do Centro Mundial Bahá’í; compartilhamento de histórias emocionantes sobre iniciativas bem sucedidas para o estabelecimento de atividades básicas e envolvimento de não-bahá’ís; planejamento em pequenos grupos para os meses subseqüente; criação de um calendário de atividades, através da compilação de iniciativas voluntárias, propostas tanto da parte de indivíduos como de grupos; o envolvimento da juventude; e o uso efetivo das artes.

Em vários agrupamentos ao redor do mundo, novas percepções têm sido alcançadas sobre a implementação das reuniões de agrupamentos.

• Os nativos de Kiribati há muito tem uma tradição de se reunirem no centro de reuniões da vila (maneaba); assim, a realização de reuniões de reflexão no agrupamento South Tarawa aconteceu de forma natural para eles. Através da participação nas reuniões de reflexão, uma porcentagem significativa de crentes tem agora uma visão unificada do processo de instituto e o apóia firmemente.

• No agrupamento de Izmir, na Turquia, os amigos fizeram um inventário dos cursos do instituto já concluídos; em seguida fizeram arranjos para estabelecer círculos de estudo para os livros específicos que necessitavam estudar para completar a seqüência toda. Grupos foram também formados para convidar crentes que

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ainda não tinham se envolvido no processo de instituto, para participar das atividades básicas.

• Antes de uma reunião de reflexão no agrupamento de Adelaide, na Austrália, notou-se que os amigos daquela região estavam levando muito tempo para passar por toda a seqüência de cursos. Durante a consulta e exame das estatísticas do agrupamento, tornou-se claro que as localidades nas quais os membros das Assembléias Espirituais Locais estavam participando nos círculos de estudo eram as que percorriam a seqüência mais rapidamente. Esta nova compreensão levou-os a inaugurar uma campanha para encorajar outros membros de Assembléias Espirituais Locais do agrupamento a completarem a seqüência.

• As comunidades estão aprendendo a fazer reuniões de reflexão alegres e divertidas, especialmente através das artes. A música é uma parte integrante de muitas reuniões de reflexão, mas esquetes dramáticos, apresentações em PowerPoint e teatro estão também sendo cada vez mais usados. O agrupamento de Lugari, no Quênia, criou um jogo com perguntas e respostas sobre o documento “Gerando Força Propulsora”, que foi utilizado durante uma reunião de reflexão.

• O Nepal relata que a juventude está assumindo um papel de liderança nas reuniões de reflexão. Os jovens do agrupamento de Sunsari, por exemplo, não somente organizam e participam das reuniões de reflexão, mas, também, visitam os amigos antes das reuniões, de modo a encorajá-los e educá-los sobre a importância de reuniões de reflexão.

Revitalizando Reuniões de Reflexão e Intensificando o Aprendizado - Victoria, Austrália.

O seguinte relato foi recebido sobre os esforços para aperfeiçoar as reuniões de

reflexão em Victoria: Victoria tem dois agrupamentos prioritários, Vic 1 e Vic 3, cada um com 9 ou

10 Assembléias, uma Coordenação de Instituto, três membros do Corpo Auxiliar e uma população de 1,1 a 1,2 milhões de habitantes cada. Os perfis desses agrupamentos mostram que todos tiveram um bom progresso no desenvolvimento de recursos humanos e nas atividades básicas. As condições estabelecidas pela Casa Universal de Justiça em sua mensagem de 9 de janeiro, no sentido de se iniciar programas intensivos de crescimento em agrupamentos como estes, são promissores e estão se desenvolvendo. O que estava faltando nesses agrupamentos era a existência de reuniões de reflexão eficientes. Nós não éramos capazes de realizar uma reunião no nível do agrupamento que gerasse entusiasmo, explorasse possibilidades e encorajasse os amigos para mais ação. Particularmente, não conseguíamos fazer um planejamento no nível de agrupamento e traduzir esse planejamento na forma de um calendário de eventos, um documento que pudesse ser compartilhado com os amigos do agrupamento.

Os amigos nos agrupamentos se dispuseram a aperfeiçoar suas reuniões de reflexão. Os programas reorganizados incluíam: • Estudo da mensagem de 17 de janeiro de 2003. • O compartilhar das conquistas das comunidades nas três atividades básicas, com

algumas histórias artísticas e estimulantes, incluindo música e canções. • Planejamento das três atividades básicas, na tentativa de multiplicá-las. • Calendário de eventos para 3 meses, repleto de círculos de estudo, campanhas

intensivas de instituto (feriados espirituais), reuniões devocionais e aulas para crianças.

As reuniões produziram os seguintes resultados: Reunião de reflexão no agrupamento Vic 3. Uma jovem (uma ajudante), que era fantástica, coordenou a reunião, na qual compareceram 109 adultos e 50 jovens e crianças (todos saíram com um plano nas mãos). Todos estavam felizes, estimulados e ansiosos para

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servir. Ações individuais e coletivas foram o resultado e elas incluíram 60 inscrições para os vários livros do programa intensivo do instituto durante os feriados futuros, 20 novas reuniões devocionais, uma nova aula para crianças e 500 fire-sides pequenos, 5 por indivíduo. Um calendário completo de eventos foi preparado, o qual será enviado para todas as comunidades do agrupamento. Reunião de reflexão no agrupamento Vic 1. A coordenação foi dividida entre 4 a 5 jovens, que eram notáveis. Nesta reunião compareceram ao redor de 100 adultos e 20 jovens e crianças (todos saíram com um plano nas mãos). Não houve comentários negativos ou críticas. Todos pareciam felizes e querendo servir. Ações individuais e coletivas incluíram 50 novas reuniões devocionais, aulas e outras atividades para crianças, 10 novos círculos de estudo e 20 inscrições para os cursos intensivos durante os feriados.

Nós extraímos as seguintes conclusões desta experiência: • Reuniões de reflexão efetivas nos agrupamentos que inspirem amigos para a ação são possíveis. • Reuniões de reflexão nos agrupamentos tem um propósito que precisa ser alcançado para ser efetivo; não é apenas uma reunião de crentes, mas uma reunião de planejamento no nível do agrupamento, a fim de que a iniciativa individual ocorra, para o avanço do processo de entrada em tropas. • O estudo da guia do Centro Mundial é essencial. • Colaboração real e efetiva entre todas as instituições tem que acontecer na organização da reunião. • Arte, música, teatro e histórias são essenciais. • É uma reunião para todos, e não ‘de cima para baixo’ ; o sentimento de posse é importante. • A preparação para a reunião é de suma importância; análises qualitativas e quantitativas precisam ser feitas antecipadamente e compartilhadas na reunião. • Os convites são um elemento chave na preparação. • A coordenação é muito importante; os jovens fizeram um trabalho fantástico coordenando as reuniões. • O envolvimento da juventude e das crianças contribue muitissimo. • O envolvimento de todos os amigos e comunidades é importante. • Coordenadores de institutos regionais necessitam estar presentes e preparados para suprir as necessidades daqueles que desejem estudar mais cursos. • Converter sugestões e planos individuais e coletivos em um calendário de eventos é estimulante e inspirador; isso encoraja a todos a empreender ações individuais e coletivas.

Estimulando a Iniciativa e Multiplicando as Atividades Básicas – Vancouver, Canadá.

Uma das importantes contribuições das reuniões de reflexão tem sido cultivar o entendimento e o comprometimento dos amigos na multiplicação das atividades básicas. A maior parte das reuniões de reflexão envolve o compromisso de voluntários para assumir atividades básicas nos meses seguintes. O agrupamento de Vancouver, Canadá, desenvolveu um modo inovador de tornar este exercício alegre e visualmente estimulante. Um visitante do agrupamento descreveu o processo da seguinte maneira:

Uma palavra sobre a sessão de compromissos: havia 4 árvores desenhadas em cartazes, todos afixados em uma das paredes. As pessoas estavam sentadas de frente para essa parede. As árvores tinham galhos, mas não havia nada nos galhos. Os quatro cartazes representavam 4 árvores: uma para cada mês: maio, junho, julho e agosto. O membro do Corpo Auxiliar disse: “O que vocês vêem nessas árvores?”. As pessoas responderam, “nada!”. O membro do Corpo Auxiliar então comentou, “nós vamos dar vida a estas árvores!”. Então, mostrou-nos como. Ele tinha cortado papéis em 4 cores diferentes, cada cor simbolizava alguma coisa diferente. Eram:

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• Flores roxas para círculos de estudo • Folhas verdes para reuniões devocionais • Pássaros amarelos para aulas de crianças. • Maçãs vermelhas para fire-sides.

O membro do Corpo Auxiliar convidou os indivíduos a escreverem seus nomes ou de

suas famílias nos papéis que quisessem e colocassem-nos nos galhos da árvore. Ele então explicou que cada galho tinha, para isso, um número e que cada número representava o dia do mês. Assim, se uma pessoa pegasse uma folha verde para uma reunião devocional e a colocasse no galho número 1 da árvore número 2, significaria que ela iria oferecer uma reunião devocional no primeiro dia de julho. Foi colocado um cartaz para maio, assim as pessoas que já estavam com alguma atividade, poderiam colocar seus papéis correspondentes nos galhos de maio. O fato é que este é um agrupamento que já está engajado e está construindo sobre suas fortalezas. Antes que nos déssemos conta disso, as árvores estavam repletas de todas as cores. As árvores agora tinham vida! Vimos bem diante de nossos próprios olhos um processo imaginativo de criar um calendário de atividades a serem levadas adiante nos próximos meses. Eu estava especialmente tocado ao ver que uma das primeiras pessoas a colocar um oferecimento na árvore foi o coordenador do instituto de capacitação da área.

Planejamento se torna fácil na reunião de reflexão Sumgait, Azerbaijão.

Sumgait é uma comunidade de agrupamento emergente, que tem crescido em tamanho

e dinamismo nos últimos anos, como resultado de atividades sistemáticas de instituto. O Comitê de Ensino da Área de Sumgait preparou um programa interessante para a reunião de reflexão que incluiu uma apresentação sobre as conquistas durante o Plano de 5 Anos e um método simples para planejamento.

Uma “pirâmide” desenhada numa folha de papel mostrava o número de amigos que já tinham completado vários cursos de instituto; e uma série de caixas no rodapé da folha continha o número de atividades básicas. O membro do Corpo Auxiliar e o coordenador do instituto apresentaram o relatório e perguntaram aos amigos quantos deles seriam capazes de avançar através da seqüência de cursos nos próximos 3 meses. Quase todos os participantes, cerca de 30 crentes, estavam ansiosos em avançar e completar um ou mais cursos. Uma nova pirâmide foi desenhada para ser preenchida com as metas. Por exemplo, se 5 amigos queriam estudar o livro 3: “+ 5” foi acrescentado naquela linha. O coordenador do instituto rapidamente designou facilitadores para todos os círculos de estudos que surgiram. Isso incluiu círculos de estudos do livro 1 para simpatizantes.

O membro do Corpo Auxiliar então perguntou se os amigos gostariam de iniciar aulas

para crianças e reuniões devocionais, além daquelas que já existiam. Várias mãos se levantaram rapidamente e uma nova série de números indicava as metas para as atividades básicas. O coordenador do instituto e o membro do Corpo Auxiliar então, obtiveram maiores informações sobre os novos oferecimentos, de modo que um calendário de atividade pôde ser preparado e enviado a todos numa data posterior.

Preparado sob os auspícios do Centro Internacional de Ensino, para a instituição dos

Conselheiros. Extratos dos relatórios citados podem ser editados devido à gramática, claridade ou extensão. O todo ou parte desta publicação pode ser reproduzida ou distribuída dentro da comunidade bahá’í, sem prévia autorização do Centro Internacional de Ensino.

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REFLEXÕES SOBRE O CRESCIMENTO – Número 4, Setembro de 2004

Aprendendo e Planejando Reuniões de Reflexão nos Agrupamentos (parte 2) A parte I dos relatórios sobre reuniões de reflexão (edição n.3, de agosto de 2004) concentrou-se principalmente nas reuniões ocorridas em agrupamentos, nos quais um vigoroso processo de instituto tem sido estabelecido e atenção usualmente dada em relação ao encorajamento da iniciativa individual, campanhas intensivas de instituto, multiplicação de atividades básicas e ao fomento de uma orientação voltada para o mundo externo. Nos agrupamentos que já haviam experimentado algum crescimento e atingiram o grau mais elevado de desenvolvimento, o foco das reuniões de reflexão começou a mudar para o cumprimento de abordagens que intensificarão o crescimento. A atenção está cada vez mais centrada em atividades de ensino coletivas e em projetos para atingir populações receptivas, requerendo assim, uma maior preparação e planejamento para as reuniões de reflexão. Sem diminuir os esforços para encorajar e cultivar a iniciativa individual, as instituições da Fé que atuam no agrupamento devem consultar e organizar campanhas para programas coletivos de ensino para registrar um número cada vez maior de novos crentes. Como resultado, o exército emergente de recursos humanos levantado através das campanhas de institutos, nesses agrupamentos avançados, ganhou experiência mediante o estabelecimento das atividades básicas e está agora pronto para ser mobilizado para programas intensivos de crescimento. Os três relatórios seguintes ilustram a evolução e a crescente complexidade do crescimento das reuniões de reflexão. Em Biharsharif, na Índia, as reuniões de reflexão servem como um meio para os crentes aprenderem como se tornar mais sistemáticos em seus empreendimentos coletivos. Um relatório sobre uma reunião de reflexão no municipio de Broward, na Flórida – Estados Unidos demonstra como tais reuniões podem ser usadas para iniciar uma campanha para multiplicar significativamente ações individuais, as quais, por sua vez, podem contribuir para o aumento do crescimento. O último exemplo de Baku, no Azerbaijão, mostra como as reuniões de reflexão podem se tornar parte do processo de planejamento das instituições para preparar e implementar programas intensivos de crescimento. Da Iniciativa Individual para o Ensino em Grupo num Agrupamento Rural – Biharsharif, Índia. A primeira reunião de reflexão no agrupamento de Biharsharif, no estado de Bihar, na Índia, aconteceu em 23 de setembro de 2001. A participação foi inicialmente limitada para uns poucos amigos de 3 ou 4 comunidades, enquanto que hoje, em média, mais de cem crentes de umas 16 comunidades regularmente comparecem, apesar de grandes obstáculos, tais como falta de transporte e infra-estrutura pobre. A reunião mais recente, em agosto de 2004, realizada no vilarejo de Hargawan foi a 17a , ocasião na qual crentes de todo o agrupamento se reuniram. Hargawan fica a 6 Km do distrito central da cidade de Biharsharif. No entanto, para fazer essa viagem, deve-se percorrer a distancia de 23 Km de uma trilha parcialmente esburacada ou utilizar uma estrada alternativa, que encurta o caminho em 11 Km, porém atravessa 2 rios. Qualquer dos caminhos que for escolhido, uns 3 a 10 Km devem ser percorridos a pé. Esse desafio é típico dos muitos que os habitantes desse agrupamento rural têm que encarar. A Fé foi estabelecida nessa área décadas atrás, durante um período de ensino em massa. As atividades bahá’ís renasceram mais tarde no Plano de 4 anos e ganhou força durante o Plano de 5 Anos. As reuniões de reflexão desempenham uma função central no crescimento sustentado e acelerado da Causa, que agora está sendo testemunhado. Um relatório sobre o impacto dessas reuniões de reflexão realça as seguintes lições e experiências.

• A introdução do sistema de coordenação no agrupamento (um comitê de crescimento do agrupamento - comitê de ensino de área) tem assegurado que as atividades, incluindo as

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reuniões de reflexão, tenham se tornado muito mais sistemáticas e melhor organizada, o que é uma grande melhoria, uma vez que há uns poucos meses atrás, o Conselho Bahá’i do Estado ou o Corpo Auxiliar tinham que, de alguma maneira, certificar-se que os amigos estavam informados sobre a próxima reunião de reflexão, bem como suficientemente motivados para participarem. Os crentes agora informam uns aos outros sobre esses encontros, garantindo uma elevada taxa de participação. Tem ocorrido muitas situações nas quais os crentes trazem simpatizantes para as reuniões de reflexão, as quais se tornaram ocasiões especiais, gerando muito entusiasmo e vitalidade. Esses contatos são normalmente participantes ativos das atividades básicas, e que acabam por aceitar a Fé e juntar-se à sempre crescente família Bahá’i.

• É agora uma prática estabelecida para um Comitê de Crescimento de Agrupamento [Comitê de Ensino de Área], reunir-se uma semana antes do evento com a Assembléia Espiritual Local e alguns outros poucos amigos na localidade que se ofereceu para ser anfitriã da reunião de reflexão, a fim de consultar sobre a programação e outros detalhes afins. Decisões sobre o programa, o arranjo físico, as apresentações especiais, etc, são geralmente feitas nessas reuniões conjuntas.

• O coordenador do agrupamento explicou: “estas reuniões têm sido responsáveis por grandes transformações. As atividades tornaram-se mais sistemáticas e melhor organizadas..... Notamos algo muito interessante – reuniões de reflexão regulares e efetivas, inicialmente, resultaram em um aumento constante no nível da iniciativa individual. Mas, mais tarde, descobrimos que, mesmo que estes casos de iniciativa individual tenham continuado, e em verdade aumentado, a participação nos encontros de reflexão deu aos crentes uma maior ‘orientação comunitária’, motivando-os a trabalharem mais efetivamente em grupos. Esses desenvolvimentos muito contribuíram para a qualidade das atividades de ensino, que estão agora atraindo um envolvimento entusiástico e confiante de um número crescente de crentes. Tal espírito comunitário está também contribuindo para o fortalecimento das Assembléias Espirituais Locais”.

• Um crente, que aceitou a Fé há mais de 20 anos atrás, diz: “as reuniões de reflexão encheram toda a comunidade de entusiasmo, provendo-nos a compreensão do que precisa ser feito e como vamos fazê-lo. Interação regular nesses encontros garante que nossos esforços estejam baseados nos recursos humanos existentes e esta abordagem pavimentou o caminho para o sucesso. O que tem sido mais encorajador é que, quando encontramos desafios, estes são efetivamente tratados na próxima reunião de reflexão e, invariavelmente, descobrimos maneiras de superá-los, visto que antes costumávamos depender de outros para superar estes desafios para nós.”

Concentrando energias para aumentar declarações – Broward County, Flórida, Estados Unidos O seguinte relato de uma reunião de reflexão em Broward County, Florida, Estados Unidos, ilustra como a reunião de reflexão pode servir para focar as energias dos indivíduos e das instituições em um agrupamento para intensificar o crescimento. Esse relatório foi apresentado em Learning about Growth, (volume 1, issue 2, May / June, 2004), um boletim informativo do Conselho Regional Bahá’í dos Estados do Sul, elaborado para compartilhar as experiências construtivas dos agrupamentos avançados. Demonstra o espírito alegre e o entusiasmo dos indivíduos e instituições, que tiveram a confiança aumentada em sua habilidade para ensinar a Fé efetivamente. Ao analisar as atividades que se mostraram viáveis no agrupamento, as instituições foram capazes de organizar e introduzir um novo plano para intensificar ainda mais o trabalho de expansão e consolidação.

Desde o princípio da reunião de reflexão de Broward County, Flórida, em 17 de maio, ficou claro que atenção e consideração cuidadosas foram dadas a fim de tornar efetivo o uso do tempo dos amigos. A equipe de apoio para crescimento do agrupamento, através da intima colaboração do Membro do Corpo Auxiliar e do Coordenador de área (também um membro da equipe), prepararam

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um programa de três horas que proveu um forte foco para os amigos aprenderem sobre os recentes sucessos do agrupamento e refletirem sobre uma estratégia de como poderiam atingir o aumento de 100 novos bahá’is até o Ridván de 2005.

Onde nosso agrupamento estava e onde estamos agora? Os amigos ouviram

cuidadosamente e participaram da apresentação interativa do membro do Corpo Auxiliar. O progresso do agrupamento nos três anos do Plano de Cinco Anos é extraordinário. De 2001 a 2002, houve sete declarações. No período de 2002 a 2003, tivemos quatorze declarações. Agora, no ano mais recente, de 2003 a 2004, o agrupamento teve 46 declarações. Isso indica que os amigos neste agrupamento estão aprendendo a registrar números cada vez maiores de novos crentes. É sabido também, que mais amigos estão sendo treinados e desenvolvendo habilidades para conseguir novos declarantes. Esse progresso é importante sob dois aspectos: crescimento e diversidade de novos crentes.

Até agora, as realizações do agrupamento incluíram 20 reuniões devocionais com 60 simpatizantes; 40 círculos de estudo com 22 simpatizantes, 4 aulas de desenvolvimento de caráter com 50 simpatizantes, 6 aulas para crianças com 25 simpatizantes, várias reuniões “firesides” com 40 a 80 simpatizantes e mais de 200 simpatizantes envolvidos nas atividades básicas. O que acontece é que enquanto os amigos estão passando pela seqüência de cursos, estão também aprendendo como convidar os simpatizantes para as atividades básicas. Estão também aprendendo como integrar as linhas de ação. Por exemplo, os pais das crianças, que participam nos programas de desenvolvimento de caráter, estão começando a participar em círculos de estudo. Outro exemplo é quando nossos contatos, que participam de “firesides”, são convidados para reuniões devocionais e círculos de estudo. Tudo isso resultou em 46 novos crentes.

MCA: Vocês acham que este agrupamento está preparado para um programa intensivo de crescimento? Amigos: Sim MCA: Como sabem que estão preparados? Amigos: Nós cumprimos com as seis condições consideradas propícias! MCA: Vamos dar uma olhada no documento Gerando Força Propulsora: “Uma pergunta freqüentemente feita pelos amigos é como eles saberão quando seu agrupamento está pronto para um programa intensivo de crescimento. Um indicador que não pode ser negligenciado é o próprio crescimento...” Nós temos 46 registros este ano; assim, temos o nosso primeiro indicador. Se concordam, levantem suas mãos e gritem “SIM!” Amigos: Sim! MCA: Vocês têm um processo vigoroso de instituto ? Amigos: Sim. MCA: Vocês estão multiplicando as atividades básicas? Amigos: Sim. MCA: Estão aprendendo a integrar contatos de uma atividade para outra? Amigos: Sim. MCA: Vocês têm programas de expansão com sucesso? Amigos: Sim. MCA: Vocês estão comprometidos em ampliar seu aprendizado? Amigos: Sim. MCA: Estão prontos para dobrar o número para 100? Levantem-se e gritem “Alláh’u’Abhá!” Amigos: “Alláh’u’Abhá!” MCA: Para ir de 46 para 100 registros neste ano, nós precisamos olhar para a guia. O documento Gerando Força Propulsora especifica, “Um programa intensivo de crescimento sugere apenas isso – intensificação – uma intensificação de atividade que contribui para o crescimento sistemático.” Que atividade vocês acham que atraiu mais simpatizantes em Broward ? Amigos: Os círculos de estudo.

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MCA: Sim, foram os círculos de estudo. Inicialmente fizemos o contato. Quem nós contatamos? Amigos: Amigos, vizinhos, colegas de trabalho, parentes. MCA: Então o que mais? Qual é o segundo passo? Nós os convidamos para reuniões devocionais, firesides, e então, nós os convidamos para os círculos de estudo. E o terceiro passo qual é? Amigos: Convidá-los a se tornarem bahá’ís. MCA: Temos tido algo em torno de 70% a 80 % em média de declarações, quando convidamos simpatizantes, enquanto eles estão no processo de círculos de estudos. Para o programa intensivo de crescimento de Broward, nós simplesmente vamos intensificar esse processo. O que vamos fazer em seguida? MCA: No ano passado tivemos uma média de 11 a 12 declarações a cada três ou quatro meses. Neste ano, queremos 24 a 25 registros a cada três ou quatro meses, com 40 a 50 simpatizantes nos círculos de estudo. Isto significa, que vamos querer 400 contatos para convidar para as atividades básicas. Assim, se 100 amigos tiverem 4 contatos cada, teremos um bom início para isso. Os amigos, então, separaram-se em pequenos grupos e consultaram sobre como determinar quem são seus contatos e como eles podem atingí-los. Que elementos fizeram desta reunião de reflexão um sucesso? 1) Foi bem planejado e organizado pela equipe de apoio para crescimento do agrupamento, em colaboração com o membro do Corpo Auxiliar e o coordenador de área. 2) O ambiente na reunião foi cuidadosamente planejado, para que os amigos aprendessem. 3) Os amigos, na reunião, sentiam que estavam em movimento, por exemplo: onde eles estavam ? Onde estão agora? O que farão em seguida? 4) Consulta, embasada na guia, ajudou os amigos a encontrar respostas para perguntas. 5) Os amigos se comprometeram com um plano de ação para os próximos meses. 6) As artes foram efetivamente incorporadas, porém sem excessos, com músicas adequadas e leitura de poesias, a fim de manter a atmosfera elevada e espiritual.

Planejamento para um Programa Intensivo de Crescimento – Baku, Azerbaijão. Uma série de 3 reuniões aconteceu no agrupamento de Baku, no Azerbaijão, para iniciar um projeto sistemático de ensino. Uma única Assembléia Espiritual Local supervisiona os assuntos desse agrupamento urbano.

1) Reunião com a Assembléia Espiritual Local e membros do Corpo Auxiliar que servem em Baku. As instituições analisaram os detalhes dos recursos humanos disponíveis e o nível de atividades no momento, tentando determinar quantos indivíduos a mais poderiam entrar nos círculos de estudos, nas aulas de crianças e grupos de pré-jovens, considerando o atual nível de recursos humanos. Também foi discutido o lançamento de um projeto de ensino por um período de 2 semanas, com a idéia de ensinar a Fé diretamente e convidando as pessoas a abraçarem-na ou registrarem-se nos cursos do instituto. Chegou-se às seguintes conclusões:

• A Assembléia Espiritual Local decidiu que poderia mobilizar ao redor de 50 crentes para

um projeto de ensino de 2 semanas, tendo em mente alcançar 500 indivíduos, com a expectativa de 50 deles venham a abraçar a Fé ou freqüentar um círculo de estudo para o Livro 1 do Instituto Ruhi. Além disso, esperava-se que, ensinando a Fé para tantos indivíduos, também atrairia aproximadamente 80 crianças para as aulas de crianças e grupos de pré-jovens. Além disso, 50 pessoas necessitariam de monitoramento posterior, o que poderia ser conduzido por equipes de crentes, fazendo visitas aos lares.

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• A Assembléia Espiritual Local decidiu anunciar esse projeto de ensino na reunião de reflexão, que estava por acontecer, formar equipes de ensino e iniciar o projeto imediatamente após a reunião.

• A Assembléia Espiritual Local criou uma força-tarefa para coordenar o projeto de ensino e, previu que, na conclusão do projeto, iria considerar a possibilidade de que a força-tarefa se torne uma estrutura mais permanente, tal como um comitê local de ensino.

2) Encontro com a Assessoria Nacional de Instituto e coordenadores de Baku. Esse encontro

proporcionou uma oportunidade para explorar juntos o funcionamento da Assessoria de Instituto e seus coordenadores, à luz do programa intensivo de crescimento, que logo seria lançado. O instituto já estava realizando um ótimo trabalho no agrupamento de Baku; desde o início de junho último, com 19 círculos de estudo, 10 aulas para crianças e 4 grupos de pré-jovens.

• A discussão enfocou a idéia de 3 grupos de recursos humanos, dedicados a cada uma das 3 linhas de treinamento – círculos de estudo, aulas para crianças e atividades de pré-jovens – de forma que os crentes, ao completarem os cursos, poderiam se oferecer para desenvolver suas capacidades em uma dessas 3 linhas. Dessa forma, cada coordenador de agrupamento teria sempre um “exército reserva” a ser recrutado e poderia rapidamente reagir às necessidades, que indubitavelmente apareceriam, como resultado do início do programa intensivo de crescimento em Baku.

• Os 3 coordenadores de instituto do agrupamento contataram muitos crentes e compilaram suas respectivas listas de recursos humanos disponíveis. Ao fim da fase do projeto de ensino, o instituto proveria rapidamente os recursos necessários para o treinamento daqueles que expressassem sua pronta vontade de se juntar ao treinamento e às atividades educacionais.

3) A reunião de reflexão do agrupamento de Baku. Havia aproximadamente 60 amigos nesse

encontro. A AEL e os membros do Corpo Auxiliar introduziram a idéia do lançamento de um programa de crescimento intensivo em Baku. Quatro grupos receptivos foram identificados e os amigos foram solicitados a se juntar a uma das equipes, que faria ensino nesses grupos.

• 48 indivíduos entusiasticamente se juntaram às equipes. Embora a maioria desses amigos fosse aqueles que estudavam os livros mais avançados do instituto, havia também os que tinham estudado somente 1 ou 2 livros, bem como uns poucos que nem estavam envolvidos no processo de instituto.

• 7 equipes foram formadas e uma pessoa em cada equipe foi selecionada como líder do grupo. Os participantes rapidamente dividiram-se em grupos pequenos, de forma que, cada equipe podia começar a discutir seu próprio plano e tipo de abordagem.

• O instituto de capacitação anunciou um curso de atualização sobre o livro 6, de modo que os membros da equipe poderiam melhorar sua abordagem no ensino. Ao fim do encontro havia muito entusiasmo e ansiedade para adentrar o campo de ensino.

Preparado sob os auspícios do Centro Internacional de Ensino, para a instituição dos Conselheiros. Extratos dos relatórios citados podem ser editados devido à gramática, claridade ou tamanho. O total ou parte desta publicação pode ser reproduzido ou distribuído pela comunidade bahá’í, sem prévia autorização do Centro Internacional de Ensino.

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RRREEEFFFLLLEEEXXXÕÕÕEEESSS SSSOOOBBBRRREEE OOO CRESCIMENTO – Número 5, Outubro de 2004 Usando Boletins Informativos para Promover o Aprendizado O trabalho da Fé está se acelerando na medida em que instituições, comunidades e crentes individuais multiplicam as atividades básicas e levam avante o Plano de Cinco Anos, durante os seus18 meses remanescentes. A comunicação de informações e idéias nesta fase de rápido desenvolvimento é vital para manter e aumentar o ‘momentum’ dos dois movimentos essenciais do Plano. Os Boletins “Reflexões sobre Crescimento”, números 3 e 4, focalizaram sobre as reuniões de reflexão como um poderoso veículo de consulta e motivação que pode estimular os amigos a se levantarem. Mas há ainda outro instrumento que também pode ser usado para servir a esse propósito. Um número crescente de instituições e agências bahá’ís através do mundo estão publicando Boletins Informativos [Cartas Noticiosas] como um auxílio no avanço do processo de entrada em tropas. Ainda que os Boletins Informativos não sejam um recurso novo para muitas das comunidades, usá-los para explicar a visão de crescimento e para acelerar o processo de instituto é uma inovação recente. Boletins Informativos podem rapidamente disseminar as lições aprendidas na medida em que as comunidades desenvolvem as atividades básicas. Eles podem colocar as questões do dia-a-dia num primeiro plano e diante do pensamento dos crentes. Os quatro Boletins Informativos exibidos nessa presente edição do “Reflexões sobre Crescimento”, efetivamente provêm informação, assim como exemplos positivos para inspirar e encorajar aqueles que estão engajados no avanço de seus agrupamentos. Focus, da Zambia, é um boletim national inovador; Learning about Growth [Aprendendo sobre Crescimento], publicado pelo Conselho Regional Bahá’í dos Estados do Sul dos Estados Unidos, apresenta uma abordagem analïtica para a reflexão e ação na região; Wayfarer [literalmente aquele que viaja ou percorre caminhos a pé], da Austrália, basicamente compartilha o aprendizado entre os facilitadores do instituto; e Cobrando Impulso [Força Propulsora], de Santa Cruz, Bolivia, realça o trabalho no nível dos agrupamentos. Todos esses boletins refletem o espírito em movimento dos países, regiões e seus agrupamentos. Eles promovem compreensão, realçam a aprendizagem e encorajam o leitor a se levantar e servir. Preparado sob os auspícios do Centro Internacional de Ensino, para a instituição dos Conselheiros. Extratos dos relatórios citados podem ser editados devido à gramática, claridade ou tamanho. O total ou parte desta publicação pode ser reproduzido ou distribuído pela comunidade bahá’í, sem prévia autorização do Centro Internacional de Ensino.

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REFLEXÕES SOBRE O CRESCIMENTO – Número 6 - Fevereiro de 2005

Uma orientação voltada para fora Dentre os aspectos mais desafiadores e vitais na promoção do avanço de um agrupamento está o desenvolvimento da capacidade dos bahá’ís de buscar alcançar a sociedade em geral. Na maioria dos países, o processo de instituto se estabeleceu e os crentes estão sendo mobilizados para colocar seu treinamento em prática, estabelecendo atividades centrais (básicas). No entanto, a menos que os amigos aprendam como atrair almas interessadas para essas atividades, o crescimento não será possível. Em muitos lugares do mundo bahá’i, começamos a testemunhar “uma variedade de meios bem concebidos e criativos”, que criam oportunidades para um número sempre crescente de pessoas orar conosco, estudar a Palavra de Deus conosco, deixar seus filhos participarem em nossas aulas e compartilhar da nossa vida comunitária. Dessa forma, eles são atraídos e começam a sorver das águas vivificadoras da Revelação de Bahá’u’lláh. Muitos são transformados pela experiência e alistam-se sob Sua bandeira. A maioria dos esforços para alcançar a sociedade externa é resultado da iniciativa e dedicado empenho de indivíduos. A seguir estão alguns exemplos de como alguns bahá’is nos países ocidentais estão demonstrando “coragem e imaginação” para envolver outras pessoas nas atividades centrais (básicas). Convidando pessoas para os Círculo de Estudos – França Um casal na França fez uma parada na cidade de Aix-en-Provence, em seu caminho de volta das férias. Eles compartilharam um relato sobre seu esforço para convidar pessoas para os círculos de estudo.

Voltávamos de nossas férias na Córsega e fizemos uma parada em Aix... falávamos sobre nossa paixão comum de mais de vinte anos de ensinar a Causa de Deus. Queríamos saber porque as pessoas que encontrávamos, não pareciam muito receptivas e como lhes dar a oportunidade de também se beneficiarem daquilo que, sentíamos, havia transformado nossas próprias vidas. Uma parte da resposta é conhecida por todos os bahá’is hoje: convidá-los a participar nas atividades centrais (básicas) do Plano de Cinco Anos; mas como propor isso a eles? Tivemos uma idéia: tudo depende da apresentação, que deve ser digna. Imediatamente, decidimos telefonar para um casal que residia em Aix, que há alguns anos era receptivo às idéias bahá’ís. Propusemos a eles, pelo telefone, vir ao nosso hotel tão logo quanto possível, pois tínhamos uma coisa muito importante para lhes contar. Eles aceitaram e vieram naquela mesma noite. Enquanto tomávamos chá, explicamos aos nossos convidados, que os bahá’is em todo mundo estavam desenvolvendo institutos de treinamento, sob a forma de círculos de estudo. Os participantes estudavam juntos os ensinamentos de Deus, o mais poderoso remédio para os sofrimentos assoberbando a humanidade. Nossos amigos ficaram muito impressionados pela extensão desse projeto em escala global. Dissemos a eles quão felizes estávamos em informá-los que o instituto bahá’i de treinamento também estava desenvolvendo atividades lá, em Aix-en-Provence, e que um círculo de estudo do Instituto Ruhi Livro I, “A Vida do Espírito”, iria começar em breve e havíamos pensado que eles poderiam tomar parte. Demos-lhes, então, o panfleto de nosso instituto, o que eles apreciaram muito. Antes de partir, combinamos de nos encontrar, para vermos juntos o video “Gerando Força Propulsora”, que mostra quanto

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as pessoas foram transformadas pelos círculos de estudos, pelas reuniões devocionais e as aulas para crianças. Alguns dias mais tarde, nossos amigos estavam cativados após verem o vídeo e se matricularam no círculo de estudos. Encorajados por esta experiência, decidimos convidar pessoas que nunca tinham ouvido falar sobre a Fé Bahá’i, para uma reunião devocional ou para participar de um círculo de estudo. Desta maneira e com sucesso, continuamos a contatar pessoas tão diversificadas como o médico que veio tratar minha esposa, uma das pessoas encarregadas do hotel e o funcionário da farmácia, que veio entregar uma bicicleta de exercitar. Até agora, oito dessas pessoas se registraram para participar no círculo de estudos que começa na próxima semana.

Num e-mail posterior, o Centro Internacional de Ensino foi informado que o círculo de estudos em Aix-en-Provence realizou sua terceira reunião com nove participantes. Mais adiante, o mesmo casal, que havia sido informado sobre o círculo de estudo, recentemente organizou uma reunião devocional em sua residência. Aproveitando oportunidades entre amigos, familiares, vizinhos e colegas de trabalho – Itália Uma professora de segundo grau, na Itália, criou um programa para seus alunos.

Passo a maior parte de meu tempo com meus alunos, de modo que eles são meus amigos, meus colegas de trabalho e meus vizinhos. Todos os anos, nas escolas italianas, muitos professores elaboram projetos para seus alunos e eu pensei que poderia realizar um para meus alunos, de forma a iniciar um “círculo de estudos” com o Livro I do Instituto Ruhi. Esse projeto tinha um título específico, propósito, alvo e conteúdo. O título era “A Dimensão Espiritual dos Seres Humanos”. O propósito era ajudar os jovens a compreenderem sua realidade espiritual e o propósito de suas vidas neste mundo; o conteúdo era a reflexão sobre a vida do espírito, a necessidade de orar e a vida após a morte. O projeto foi inserido na descrição do programa de todas as matérias da escola e vários projetos elaborados por diversos professores da turma. Durante a reunião do conselho de classe, quando o diretor, todos os professores e os representantes dos alunos e seus pais estavam presentes, eu introduzi e expus o projeto. Algumas pessoas pediram explicações e depois de alguma discussão, o projeto foi aprovado por todos. Então, eu o apresentei aos meus alunos. Falei a eles sobre a realidade espiritual do homem, o propósito de sua criação e a vida após a morte... Eles ficaram muito interessados nesses assuntos; a maioria deles aceitou a apresentação com grande entusiasmo e lhes falei que uma solicitação escrita e a permissão dos pais eram necessárias para participar desse projeto. Incluí duas de minhas classes e começamos com dois círculos de estudo, no começo de fevereiro; um com 12 alunos e outro com 13 alunos (dezessete para dezoito anos). Um círculo de estudo acontecia às segundas-feiras, das 14.00 às 16.30 hs. e o outro, às terças-feiras, das 13.30 às 16.00 hs. – depois das aulas. O local de nossos encontros era numa sala de aula, de modo que tentei deixá-la adequada para nosso círculo de estudo, numa atmosfera alegre, agradável e amistosa. Todas às vezes, começávamos lendo uma passagem das Escrituras, poesia ou outros escritos sobre a relação do homem com Deus. Depois disso, líamos alguns trechos do Livro I, fazíamos os exercícios, compartilhávamos nosso entendimento e experiências e então, fazíamos um intervalo artístico (alguns alunos liam suas poesias, às vezes pintavam um quadro maravilhoso ou contavam uma história importante). Depois do intervalo, continuávamos com outras seções do livro. No final, comíamos um bolo ou alguns doces e chocolates. Durante uma reunião de pais e mestres, algumas mães desses alunos me agradeceram pelo cuidado espiritual, que eu tinha tido com seus filhos. Uma delas disse: “ninguém liga para os jovens e sua vida espiritual, você foi fantástica fazendo isso”. Outra disse: “Minha filha está tão contente, quando chega em casa desse curso espiritual, me conta tudo e lê as páginas que você divide com eles e eu fico feliz também”.

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Em um de nossos encontros, durante o intervalo artístico, eu pedi aos participantes para escreverem sobre seus sentimentos com relação a outro participante e um deles escreveu uma bela mensagem a todos os outros, sobre o conhecimento que estavam adquirindo sobre suas almas, através deste fantástico estudo espiritual. Em junho terminamos nossos círculos de estudo e os participantes ficaram tristes, pois queriam continuar. Disse-lhes que era possível continuar com outros livros do Instituto Ruhi, pois havia sete deles no total. No fim, entreguei um certificado de freqüência, a fim de que tivessem uma nota de crédito e esse certificado como uma parte integral de seus documentos escolares. Foi uma experiência muito positiva e maravilhosa. Os jovens, que participaram nesses círculos de estudo, expressaram alegria em conhecer as Escrituras de Bahá’u’lláh e aprender sobre Seus ensinamentos.

Atraindo os corações através de encontros devocionais – Estados Unidos O que segue é o relato de um encontro devocional, que começou como uma iniciativa individual de um crente nos Estados Unidos, que completou um curso usando o Livro I do Instituto Ruhi.

Eu só queria contar-lhes que minha primeira reunião devocional está agendada para 9 de junho. Entreguei 20 convites até agora, na vizinhança, e tenho mais 10 para entregar. Por ter mais de 30 pessoas que eu quero convidar para cada reunião, estou fazendo isso em etapas e repetirei o mesmo tema na próxima quarta-feira, 16 de junho, para o próximo grupo de 30 vizinhos. Três vizinhos já confirmaram a presença – um disse que era agnóstico e não fazia orações, mas viria assim mesmo. O tema para essas duas primeiras reuniões é o mesmo: orações pela América. Assim, se alguém do primeiro grupo não puder vir na quarta-feira, eu o convidarei para a segunda reunião. Encontrei minha vizinha esta manhã... quem tinha sido convidada por outra vizinha para a reunião devocional (ela estava passeando com seu cachorro em frente a minha casa, de manhã cedo, enquanto eu lavava as janelas por fora). Ela confirmou que viria com certeza na noite seguinte e também pediu se poderia convidar uma de suas amigas “que é muito espiritual”. Claro, eu disse, sim, sim, sim,... isso não é surpreendente! Essa é uma pessoa que não foi diretamente convidada, pois não tinha nem seu telefone nem seu endereço, e agora, ela acaba convidando uma outra pessoa também! Embora eu sempre pensasse que muitos de meus vizinhos fossem potencialmente muito receptivos e almas especiais (muitos são professores), isso só acrescenta um exemplo realmente forte de que devo sempre me lembrar – as pessoas estão famintas por uma conexão espiritual; estão, de fato, desesperadas, tanto quanto estávamos quando tivemos a sorte de nos conectar com os bahá ‘ís e encontrar Bahá’u’lláh. Fiquei constrangida quando ela agradeceu tanto por eu ter dito que ela poderia convidar sua amiga, que isso seria maravilhoso, todos seriam bem-vindos. (Mal sabia ela, que eu era a que se sentia agradecida!) Outra lição (e eu desafio qualquer um a vivenciar sua própria experiência em receber ajuda): é absolutamente verdadeiro, sem dúvida alguma, que, se nós dermos um passo à frente como resultado de nossa imersão nesse processo de instituto, toda a ajuda que possamos receber só virá para ampliar nossos insignificantes esforços, e forças invisíveis moverão as coisas para atingir almas conectadas para encontrar Bahá’u’lláh. E esse pequeno exemplo não é provavelmente nada, comparado ao que pode acontecer, quando uma alma ganha mais experiência prática e aprende com os outros no agrupamento. Como você pode ver, estou totalmente admirada pelo poder do processo de instituto. Depois de todos esses anos, nada que eu tenha vivenciado como bahá’i, quer pessoal ou coletivamente, chega perto de se comparar ao seu efeito. A iluminação espiritual e a base que o processo de instituto produz, juntamente com todos os passos práticos, e o compartilhamento do aprendizado, torna tão natural continuar ensinando. Minha meta é encontrar nessas duas reuniões, vizinhos que começarão um círculo de estudo do Livro 1, quer seja aqui ou na sede bahá’i. Entrar diretamente em contato com a Palavra de Deus (em vez de através

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de instrutores) tem sido algo que eu sempre defendi fortemente, por toda minha vida bahá’i, e agora, com o processo de instituto, temos um meio para realizar isso sem simplesmente deixar as pessoas sozinhas com pilhas de livros, ou esperar que a reunião de aprofundamento da comunidade esteja em algum tema que ajude a confirmar a nova alma, ou desenvolver relacionamentos pseudo - clero /mentor com almas, o que não é apropriado nem empoderador. Yá Bahá’u’l Abhá! Muito embora eu esteja totalmente convencida de que haverá almas oriundas desses dois encontros que quererão estudar a Fé, se isto não acontecer imediatamente, eu simplesmente continuarei a reunir pessoas e convidar novas pessoas até que aconteça. Algumas outras coisas interessantes, até agora, acerca dessa experiência:

• A maior parte das pessoas convidadas perguntou se poderia trazer alguma coisa, mostrando desejo de

colaborar. Sugeri que trouxessem alguma oração ou Escritura, como indicado no panfleto. Mas pensarei mais sobre isso, pois isto pode ser a chave para algo mais – permitindo que as pessoas contribuam de alguma forma para o encontro, se elas se manifestarem, mesmo no encontro inicial, pode ser mais importante do que eu pensei.

• As mulheres pareceram ser mais receptivas, talvez porque uma mulher esteja fazendo o convite, mas vamos

esperar e ver o que acontece. • Três pessoas disseram quase a mesma coisa para mim (em palavras ligeiramente diferentes) - que nunca

tinha havido algo assim na vizinhança, e disseram isso de modo a expressar que acharam a idéia maravilhosa! Elas até acharam que a idéia de reunir as pessoas com um propósito espiritual era uma coisa muito inovadora e positiva ... isso não é interessante?

• A razão pela qual tenho conhecido tantos vizinhos é porque tenho um cachorrinho com o qual passeio duas

vezes ao dia por toda a vizinhança. Isto me deu tremendas oportunidades de ver meus vizinhos e seus filhos, parar e conversar cada dia só um pouquinho, acenar e sorrir ou trocar algumas palavras amigavelmente com eles. Tenho, então, uma série de motivos para agradecer a este pequeno e nervoso terrier irlandês. Recomendo altamente esses passeios pela vizinhança a qualquer um que não conheça seus vizinhos ainda. Eu quase não conhecia ninguém até ter esse cão.

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Preparado sob os auspícios do Centro Internacional de Ensino, para a instituição dos Conselheiros. Extratos dos relatórios citados podem ser editados devido a extensão ou por razões gramaticais. O total ou parte desta publicação pode ser reproduzido ou distribuído pela comunidade bahá’í, sem prévia autorização do Centro Internacional de Ensino.

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REFLEXÕES SOBRE O CRESCIMENTO – Número 7 - Abril de 2005 Programas Intensivo de Crescimento

Nos poucos meses transcorridos desde a nossa carta de 28 de novembro de 2004, cerca de 100 programas intensivos de crescimento adicionais começaram ou estão em processo de serem lançados em todo o mundo. Embora em alguns agrupamentos os amigos achassem que as condições não eram “perfeitas” para iniciar tal programa, elas eram, de fato, mais propícias do que o esperado e os resultados têm sido uniformemente encorajadores. Como tem sido o caso com cada movimento de um agrupamento para um novo estágio de atividade, o lançamento de um programa intensivo de crescimento provoca uma mudança no foco e na dinâmica do agrupamento. O desafio que um programa de crescimento coloca diante dos crentes, o planejamento sistemático no qual as instituições e os indivíduos tomam parte, e o aumento no número de amigos participando na reunião de lançamento e nas equipes de ensino, tudo combina para criar uma motivação mais elevada e um aumento no entusiasmo para as atividades de ensino e consolidação.

Se a meta de um programa intensivo de crescimento for primariamente para expandir a comunidade de interesse ou para diretamente alistar novos crentes, em cada caso estamos observando que a fase de ensino intensivo, de duas ou três semanas, consegue seu propósito definido – a intensificação. No Ocidente e no Oriente, tanto em comunidades urbanas como rurais, o número de novos contatos ou novas declarações alcançados durante a fase de ensino intensivo, com frequencia ultrapassa os resultados obtidos nos últimos doze meses. Central à eficácia tanto das fases de ensino intensivo como da fase de consolidação, está a capacitação contínua que deve ocorrer, inicialmente para oferecer cursos de atualização para melhor preparar os crentes para as visitas aos lares ou para participarem em equipes de ensino, e através da fase de consolidação, para prover oportunidades para que os novos amigos e seus filhos envolvam-se também de imediato nas atividades básicas.

Esta presente edição do boletim “Reflexões sobre Crescimento” compartilha em alguns detalhes a experiência de três agrupamentos em diferentes estágios de um programa intensivo de crescimento: a organização da fase de planejamento, os resultados da fase de ensino intensivo do primeiro ciclo, e os esforços necessários para fazer o agrupamento avançar através dos três ciclos de um programa de crescimento. Após essas seleções, são dadas breves referências sobre a condição de alguns programas intensivos de crescimento em bom andamento na África, Ásia e Europa. Agora que um grande número de programas intensivos de crescimento têm sido lançados em uma variedade de agrupamentos, incorporando várias abordagens de ensino, o aprendizado que estamos adquirindo cresce a um ritmo acelerado. Esperamos que ao compartilharmos esses relatos, eles motivem a vocês a fazerem uma análise das condições nos agrupamentos em suas regiões e gerem um ímpeto para novos programas intensivos de crescimento de forma a que, até o fim deste ano, o número deles aumente significativamente. UM LANÇAMENTO BEM PLANEJADO. Atlanta, Georgia, Estados Unidos.

Atlanta, Georgia, a cidade natal da CNN e da Coca-Cola é uma metrópole progressista que conta com uma dinâmica comunidade bahá’i já de muitos anos, especialmente conhecida

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por seu trabalho incansável para sanar as diferenças existentes entre as comunidades brancas e negras. Não é de se admirar ter sido ela uma das primeiras comunidades nos Estados Unidos a se tornar um agrupamento “A”. Porém, capitalizar toda a energia em um agrupamento que já possuía nove Assembléias Espirituais Locais em funcionamento e um grande número de atividades bahá’ís já em andamento representou desafios especiais de coordenação e planejamento. Felizmente, tiveram a ajuda de seu Conselho Regional, o qual promoveu uma reunião para todas as equipes de crescimento de seus agrupamentos “A”. Esta reunião de um fim de semana completo proveu oportunidades para que o grupo de Atlanta aprendesse com os outros grupos a como lançar um programa intensivo de crescimento. (Há que se mencionar que o Conselho Regional apoiou os esforços de seus agrupamentos “A”, com a presença de um de seus membros participando no lançamento de cada um dos programas intensivos de crescimento em sua região. E, num gesto de carinho, o Conselho enviou um buquê de flores para cada uma das reuniões).

Durante o mês que antecedeu à reunião regional dos agrupamentos mais avançados, as instituições do agrupamento de Atlanta já tinham começado a colaborar e estudar juntos as guias do Centro Mundial Bahá’í, a fim de começarem a estabelecer planos para seu programa intensivo de crescimento. Fizeram um levantamento dos recursos humanos disponíveis; por exemplo, o número de crentes que haviam concluído a seqüência de cursos, o número de facilitadores, o número de amigos dispostos a ensinarem aulas de crianças, ou realizar reuniões devocionais, e assim por diante. A Equipe de Crescimento do Agrupamento, em consulta com o membro do Corpo Auxiliar e com os coordenadores de instituto, trataram de definir populações receptivas, concordando unanimemente com a meta de um bairro vizinho. A fase de expansão teria três partes: uma campanha intensiva de orações, incluindo reuniões devocionais, um campanha de fire-sides e uma campanha de ensino. Na fase de consolidação que se seguiria, realizar-se-iam visitas aos lares de novos crentes e aos contatos interessados. Todos os bahá'ís do agrupamento teriam oportunidade de participar em algum aspecto do programa de crescimento, ainda que fosse para apenas fazer orações.

A Equipe de Crescimento do Agrupamento dedicou tempo considerável consultando e orando sobre como conseguir o envolvimento dos amigos, não somente para participar mas também para assumir do programa intensivo de crescimento. A resposta na reunião de reflexão, quando o programa intensivo de crescimento foi lançado, comprovou que as orações da equipe haviam sido respondidas. A seguir, um exuberante relato da reunião de reflexão no agrupamento de Atlanta, no qual foi lançado o programa intensivo de crescimento.

Não demorou muito para lotar os assentos disponíveis, sobrando espaço apenas para as pessoas ficarem em pé, e os amigos comentavam: “esta é a maior reunião de reflexão que tivemos”, e “eu adoro quando vejo todas as cadeiras ocupadas”. Mas não precisávamos de cadeiras quando, de pé, cantávamos com emoção, em coro, “Tenho o espírito todo sobre mim.” Amor e unidade eram abundantes e esta primeira reunião de reflexão, na qual se lançou a campanha de crescimento intensivo do Agrupamento 99, foi um sucesso retumbante. A reunião começou com as orações e com cerca de 35 a 40 pessoas reunidas, no horário marcado, às três horas da tarde. Os amigos foram chegando e chegando, em grupos, alguns vindos direto do trabalho, até que na metade da reunião já eram mais de 100 os amigos presentes. Um membro do Corpo Auxiliar coordenou a reunião, com a generosa ajuda dos membros da equipe central. Após as orações, o representante do Conselho Regional Bahá'í foi calorosamente recebido e convidado para compartilhar a mensagem do Conselho. A carta foi lida, seguida de alguns breves esclarecimentos com a intenção de ajudar os amigos a

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sentirem a posição de Atlanta no país e no mundo. Tradução foi provida para aqueles que pouco ou nada conheciam do idioma inglês. Uma apresentação em power-point foi utilizada para, gradual e amplamente, orientar aos amigos através de todo o plano. Esforço extra foi feito para fazê-los entender como o plano foi concebido, quem estava envolvido, a guia e o direcionamento recebidos, com ênfase sobre a posição especial e elevada das nove Assembléias Espirituais Locais do agrupamento. Todos os protagonistas foram amorosa e entusiasticamente reconhecidos, e muitos participantes, especialmente jovens, foram chamados a se levantarem e ajudar na leitura dos textos do power-point. Ao entrarmos em profundidade nos detalhes do plano, folhas com dados para os oferecimentos foram distribuídas e os amigos estimulados a começar a anotar o que poderiam ou gostariam de fazer para cada um dos três elementos do Plano: orações intensivas, fire-sides intensivos, e intensivas campanhas de ensino direto. A agenda estava bem organizada, bem como a sua apresentação, com a participação de inúmeras pessoas. Durante toda a sessão, os amigos eram lembrados que Bahá'u'lláh é a fonte do poder e que todo esforço devia ser feito para atrair o Espírito Santo, implorando-se a ajuda Divina em todos os passos ao longo do caminho. Um dos amigos comentou posteriormente à reunião sobre quão claro e estratégico era o plano apresentado e o quanto gostou dele. Percebi que seus sentimentos refletiam os de todos os amigos presentes e que realmente a reunião de reflexão foi exitosa. Sem dúvida, todos estão prontos para seguir avante.

Mas o Comitê de Crescimento do Agrupamento sentiu que este início maravilhoso não

era suficiente para assegurar o sucesso esperado. Assim, seus membros visitaram as próximas Festas de Dezenove Dias nas nove localidades do agrupamento para energizar os amigos que não haviam podido participar da reunião de reflexão. Uma reunião com todas as Assembléias Espirituais Locais foi também realizada duas semanas depois da reunião de reflexão, a fim de que também as instituições se confirmassem como co-responsáveis por todo o processo de crescimento intensivo, entendendo bem o seu papel de apoio em todo o processo.

A reunião de reflexão foi seguida de um período de campanhas de orações intensivas e mais planejamento e preparações até o dia do Naw Rúz. A campanha de ensino propriamente dita no bairro-meta foi programada para começar no segundo dia do Ano Novo, em 22 de março. Aquela manhã, as equipes de ensino encontraram-se bem cedo pela manhã no Centro Bahá'í de Atlanta para as orações e recebimento das orientações de trabalho, e tal reunião foi repetida várias outras vezes durante a primeira semana da campanha. As noites eram repletas com as atividades básicas. A campanha de ensino adotou o slogam “Somos Uma Família” e os instrutores usavam botons nas lapelas e o slogan nos convites.

O primeiro ciclo de três meses será concluido em junho e o segundo começará imediatamente após para aproveitar a disponibilidade dos jovens durante as férias de verão. Um primeiro relatório, depois de uma semana da fase de ensino intensivo, não somente emociona como também mostra o aumento na receptividade do público em geral à Mensagem de Bahá'u'lláh. A avaliação da receptividade foi feita usando categorias simplificadas: Total de lares visitados.......................................... 318 Pessoas não encontradas nos lares........................... 92 Elevado interesse demonstrado à Fé (3 estrelas).. 15 6,6% Abertos à novas visitas (2 estrelas)........................ 58 25,7% Ouviram com interesse (1 estrela)........................ 28 12,4% Neutros (nenhuma estrela).................................... 106 47%

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Nenhum interesse.................................................. 19 8,4%

Durante este período de uma semana, foi também detectado o potencial para várias aulas de crianças. Foi já iniciado uma aula de crianças em um bairro hispânico e muitas outras estão sendo planejadas. UMA CAMPANHA DE ENSINO COM SUSTENTABILIDADE Istambul, Turquia.

A Turquia audaciosamente lançou três programas intensivos de crescimento dentro do prazo de uma semana – os agrupamentos de Ankara 1, Istambul Europa e o Instambul Anatólia – e os crentes ficaram maravilhados com o sucesso alcançado, especialmente quando no início lhes parecia que a campanha de ensino poderia ser um fracasso devido à condição do tempo, excepcionalmente péssima.

Como todos os programas intensivos de crescimento bem planejados, estes foram precedidos por cuidadosa preparações. Nas semanas anteriores, os membros do Corpo Auxiliar, os membros dos Comitês de Ensino de Área, os coordenadores de agrupamento e coordenadores de aulas para crianças reuniram-se para passar por uma revisão do Livro 6 do Instituto Ruhi e estudar a carta de 28 de novembro do Centro Internacional de Ensino sobre programas intensivos de crescimento e para consultar sobre as atividades de ensino no primeiro ciclo de crescimento. Com essa compreensão ampliada, esses amigos começaram a contatar as Assembléias Locais como também os facilitadores e outros crentes para explicar a eles o que estaria acontecendo e pedindo seu apoio.

Fazendo uma retrospectiva, uma das chaves do sucesso dos programas intensivos de crescimento turcos foi escolha do momento mais apropriado e cuidadoso cronograma. As reuniões de reflexão realizadas para lançar os primeiros ciclos ocorreram aos domingos. Os cinco dias úteis da semana seguinte foram utilizados para realizar cursos noturnos de revisão dos Livros 2 e 6. Então, o ensino foi iniciado intensamente no Sábado e continuou até dois domingos posteriores. Assim, a campanha de ensino intensivo de duas semanas começou em um fim de semana e terminou em outro, na realidade conseguindo com que três finais de semana fossem incluídos na campanha de duas semanas – tempo quando o maior número de crentes podiam participar.

As reuniões de reflexão para o lançamento dos programas intensivos de crescimento foram mais bem sucedidas do que se esperava. Todos os que participaram fizeram um compromisso de juntar-se ao grupo de ensino, e não apenas aqueles que haviam completado a seqüência de cursos. Este nível de participação foi uma bênção inesperada. O espírito era elevado, bem como as expectativas. Mas, então, Istambul viu-se à frente de um aparente obstáculo insuperável justamente quando o ensino efetivo foi iniciado – uma profunda nevasca incomum cobriu de branco toda a cidade, criando um caos nos transportes e tornando quase impossível movimentar-se pelas ruas. O ânimo e o entusiasmo iniciais das equipes de ensino começaram a se transformar em desespero.

Para não serem derrotadas, as instituições consultaram e concordaram com um enfoque modificado. Se as equipes de ensino não podiam viajar pela cidade para ensinar, poderiam fazê-lo em suas próprias casas, às suas famílias, amigos e vizinhos, usando o enfoque da visita aos lares. Rapidamente a noticia foi espalhada através de mensagens-texto enviadas pelos secretários dos dois Comitês de Ensino de Área em Istambul, para telefones celulares dos líderes de cada equipe de ensino. Resultou que esse método de ensino foi o mais eficáz de

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todos e assim concentrando nas pessoas que já eram conhecidas, os resultados eram indubitavelmente maiores.

Um bom exemplo dessas visitas foi uma feita à família de vários crentes, os quais, embora bahá'ís por muitos anos, haviam deixado de participar das atividades da comunidade. Quando visitados, usando-se o enfoque definido no Livro 2, a fé desses crentes adormecidos foi revivificada. Seus filhos não mais participavam das aulas de crianças bahá’ís porque outros pais tinham de buscá-los e levá-los ao Centro Bahá'í que fica em outra parte da cidade. Depois de algum tempo, isso ficou difícil de se manter. A família foi consultada se desejava ter aulas de crianças em seu próprio lar. Não estavam somente ansiosos para que isso ocorresse, mas sabiam que crianças de famílias vizinhas e parentes certamente participariam também. O professor de aulas de crianças, um dos visitantes, percebeu que isso demoraria menos tempo do que transportar as crianças para um local central, e por isso concordou imediatamente. Então chegou uma senhora, membro de uma família que conhecia a Fé, mas não havia se declarado ainda. Foi-lhe mostrado um álbum, preparado pelo Comitê de Ensino de Área para cada uma das equipes de ensino, o qual continha citações bahá'ís do Livro 6, além de fotografias. Depois de algumas referências sobre a Fé, ela disse que gostaria de tornar-se bahá’í. Ouvindo dos planos para as aulas de crianças, ela também entusiasticamente concordou em enviar seus próprios filhos. Questionada se ela havia alguma vez educado seus filhos em assuntos espirituais, ela respondeu: “Não.” Consultada se gostaria de aprender a ensinar crianças, ela com alegria disse que gostaria. Os cursos de instituto foram então apresentados a ela, especialmente o Livro 3. Ela mostrava-se ansiosa para participar desses cursos. E assim, de uma simples visita, crentes inativos tiveram sua fé renovada, uma nova alma aceitou a Bahá'u'lláh, uma nova aula de crianças foi iniciada e houve o comprometimento para o início de um novo círculo de estudo.

Outras histórias similarmente emocionantes, decorrentes de visitas aos lares, vêm do agrupamento Ankara 1:

• Outro grupo perguntou a um crente inativo se ele podia convidar amigos e parentes à sua casa para um fire-side. Dez pessoas de sete famílias compareceram e gostaram do que ouviram sobre a Fé. Três deles, subsequentemente, participaram das comemorações do Ayyam-i-Há e da festa de Naw Rúz e se declararam.

• Outra visita de uma equipe ao lar de um crente inativo resultou na declaração de seu filho e de uma filha. A equipe foi recebida com muito calor e amizade.

• Uma família bahá'í organizou um fire-side para seu vizinho, o qual já havia expresso interesse na Fé. Ela disse: “Devotei minha vida em ajudar as pessoas, para benifício de todos, e Deus, como recompensa, levou-me a conhecer vocês. É um prêmio para mim.” Ela se declarou, como também o fizeram seus dois filhos jovens, os quais também haviam escutado atentamente à apresentação.

• Uma equipe de ensino foi visitar uma família bahá’í com o propósito de visitar seu filho de dezesseis anos que ainda não tinha se declarado bahá’í. Conforme relatado por um dos integrantes da equipe: “Este era o nosso plano. Mas Bahá'u'lláh mudou nossos planos. Os primos do anfitrião bahá’í vieram de Istambul para visitá-los em Ankara. Podíamos ensinar a Causa a eles. Sentimos que era isso o que devíamos fazer. Mas, ao mesmo tempo, fiquei preocupado que o filho da família talvez não pudesse se declarar enquanto eles estavam presentes aí. Subitamente, esses dois hóspedes se levantaram e sairam da sala onde estavamos conversando. Então, o filho entrou e começamos falar com ele sobre declaração; ele disse que gostaria de tornar-se bahá’í e se declarou. Todos nós nos levantamos e fomos cumprimentá-lo. Quando nos sentamos outra vez, os dois hóspedes de Istambul entraram na sala novamente. Não sabíamos porque haviam deixado a sala há alguns minutos. Foi como um pequeno milagre. Então,

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começamos a ensiná-los. Disseram que compartilhavam com nossos pontos de vida e que gostariam de encontrar os bahá’ís em Istambul.”

O entusiasmo gerado pelas campanhas de ensino nos três agrupamentos era contagioso. De

fato, a própria Assembléia Espiritual Nacional da Turquia decidiu adiar uma de suas reuniões de forma a que seus membros pudessem continuar a participar das campanhas de ensino intensivo. Mesmo quando as duas semanas de duração da campanha chegou ao fim, os participantes continuaram a levar folhetos com eles e estavam ansiosos para tornar qualquer encontro – seja fazendo compras num supermercado ou viajando em um taxi – como um verdadeiro encontro de ensino. Como um deles relatou: “o ensino, em verdade, tornou-se a paixão dominante de nossas vidas.”

Um veterano instrutor que tinha participado em campanhas de ensino em anos passados e que participou na campanha em Istambul, fez uma comparação do programa intensivo de crescimento com as campanhas ensino do passado. Observou que no passado as campanhas de ensino principalmente ocorriam nos meses de verão por alguns breves períodos, e os instrutores sabiam que quando eles fossem embora, aqueles a quem ensinaram não teriam nenhum acompanhamento até os instrutores voltarem novamente. Em muitas das campanhas anteriores das quais participou, o enfoque principal era na proclamação em vez do ensino, e havia pouco a oferecer aos novos declarantes ou aos contatos -- usualmente não havia aulas para crianças, reuniões devocionais ou atividades para pré-jovens e jovens. Em contraste, a campanha de Istambul foi um sucesso em meio a uma tempestade de neve! Havia uma infra-estrutura no lugar, de forma a que os novos declarantes ou contatos interessados não seriam esquecidos depois que os instrutores regressassem aos seus lares.

Havia atividades reais para os contatos e suas famílias, através das quais eles podiam receber nutrição espiritual. Mas o que especialmente impressionava era que os integrantes das equipes de ensino na Turquia estavam realmente ensinando as verdades da Fé e respondendo às perguntas dos interessados de maneira cuidadosa e eficáz, não simplesmente dando informações. A unidade de pensamento dos crentes em todos os três agrupamentos durante o programa intensivo de crescimento era particularmente impresssionante. Todos tinham a mesma visão, a mesma capacitação, as mesmas metas.

O quadro abaixo ilustra bem as realizações dos três agrupamentos durante a fase de ensino intensivo: Agrupamento

Istambul Europa

5-27 Fev.05

Istambul Anatolia

5-27 Fev.05

Ankara 1

12-27 Fev.05

Total Número Equipes Ensino 11 16 20 47 Número de amigos que participaram equipes ensino

72 62 53 187

Pessoas Ensinadas 398 340 221 959 Número visitas aos lares 46 115 153 314 Nova comunidade de interesse

121 135 60 316

Comunidade de interesse integrada em círculo de estudo

22 135 54 211

Declarações 12 05 23 40 Novos Circulos Estudos formados

6 29 16 51

Novas Reunioes 1 16 1 18

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Devocionais Novas Aulas de Crianças 1 3 1 5

O ensino não parou depois das duas primeiras semanas de ensino intensivo. Todas as equipes convidaram as pessoas para as reuniões de Ayyám-i-Há. Somente em Ankara 1, 11 pessoas se declararam durante essas celebrações. O TERCEIRO CICLO DO PROGRAMA DE CRESCIMENTO É CONCLUIDO. Murun, Mongólia.

Ainda que a carta de 28 de novembro do Centro Internacional de Ensino tenha mencionado Murun, na Mongólia, como um exemplo, é oportuno dar uma olhada mais detalhada neste agrupamento, porque ele é um dos que mais avançou na realização de um programa intensivo de crescimento. Completou recentemente o seu terceiro ciclo quando o maioria dos agrupamentos mais avançados ainda se encontram em seu primeiro ciclo ou ainda estão pensando em lançá-lo.

É dificil imaginar que Murum seria um centro de atenção. Mesmo que seja a capital provincial da Mongólia ocidental, esta remota e descampada cidade tem uma população de apenas 20.000 pessoas, havendo cerca de 30.000 em todo o agrupamento. No início do Plano de Cinco Anos, havia cerca de 20 crentes ativos em Murun. Um dedicado casal de pioneios de frente interna, com duas crianças pequenas, estabeleceram-se em Murun em 2002 e ajudaram a construir a comunidade, utilizando como instrumento o processo de instituto. Quando não podiam atrair os bahá’ís aos cursos do instituto, voltaram-se para seus vizinhos e novos amigos convidando-os a participarem dos cursos. Rapidamente reconheceram que a chave para o crescimento estava em preparar facilitadores. Gradualmente, mais e mais indivíduos passaram através da seqüência de cursos e, então, foram iniciadas as campanhas de ensino. As atividades básicas continuaram a se multiplicar. Até o Ridván de 2004, conforme mencionado em nossa carta de 28 de novembro, a comunidade mantinha a média de 19 novas declarações por mês. Em um ano tiveram 228 declarações e foram capacitados 46 facilitadores. Quando a família pioneira chegou a Murun em 2002, a Assembléia Espiritual Local não funcionava. Em meados de 2003, começava a funcionar e após o Ridván de 2004 estava “ativamente empenhada em tomar conta de todas as suas tarefas.” O Comitê de Crescimento do Agrupamento foi estabelecido pela primeira vez em 2003 e no início precisou de estímulo e orientação do membro do Corpo Auxiliar. Mas já no início de 2004 o Comitê começou a ser mais auto-suficiente. Em julho de 2004, uma secretária tempo integral foi designada para o Comitê de Crescimento do Agrupamento. Um segundo coordenador de instituto foi também designado, com o que o agrupamento passou a ter um coordenador para os círculos de estudo, e outro para as aulas de crianças. “Aprendemos que se a coordenação estiver bem definida, isso dará mais ímpeto ao crescimento; foi o que constatamos em nosso agrupamento.”

Até o verão de 2004, o agrupamento estava pronto para seu primeiro ciclo de um programa intensivo de crescimento. Começou com uma campanha intensiva de instituto durante a qual 25 jovens concluíram os Livros 6 e 7 do Instituto Ruhi. Então foi realizada uma campanha de duas semanas com mais de 100 participantes, 68 dos quais engajaram-se a tempo integral na campanha. Até mesmo o secretário do Comitê Nacional de Ensino veio a Murun para ajudar. A campanha concentrou-se em um determinado número de localidades dentro do agrupamento e usou uma variedade de enfoques. Todos os lares em duas vilas rurais foram visitados. Uma proclamação pública foi feita com uma audiência de 200 pessoas, sendo a metade não-bahá’í. Ao final das primeiras duas semanas, a Fé havia sido ensinada a 780

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pessoas, das quais 140 se declararam e 60 pré-jovens e crianças pediram para fazer parte da comunidade. Estes foram imediatamente integrados nas atividades básicas.

Quando viemos residir em Murun... nossa concepção de uma campanha de ensino estava relacionada com ensino de rua, e que ensino intensivo significava que iríamos distribuir folhetos de apresentação da Fé nas ruas, ou que iríamos viajar para alguma outra comunidade. No entanto, compreendemos que ensino intensivo pode também ocorrer em nossas vizinhanças e, assim, ensinar aos nossos contatos mais próximos tornou-se um hábito. Para esta cultura fixar raízes são necessários pelo menos dois anos de esforços constantes, incessantes e perseverantes, e quando tal cultura é estabelecida, então, será transferida aos novos crentes.

O segundo ciclo do programa intensivo de crescimento em Murun se extendeu de 15 de

agosto até 15 de novembro. No primeiro mês, concentramo-nos em capacitar recursos humanos, sendo organizados cursos intensivos do Livro 3 ao 7. Um evento notável durante esta campanha foi o lançamento do Livro 5 no nível nacional. Este curso, mais um esclarecimento sobre o sistema de aulas para crianças e uma reunião de reflexão para os professores de aulas de crianças ajudaram a fortalecer este importante componente do segundo ciclo do programa de crescimento.

Nas semanas seguintes, o foco foi expandir as reuniões devocionais e dar mais atenção às visitas aos lares. Durante uma campanha de 21 dias, 19 equipes visitaram 59 lares, compartilhando temas de aprofundamento com 247 pessoas. O segundo ciclo foi também caracterizado por mais consultas em profundidade pelas instituições a fim de aumentar o entendimento do processo e manter o rítmo alcançado. Consultas entre as instituições a nivel de agrupamento eram organizadas no início e no fim do ciclo. A coordenação de instituto e o comitê de crescimento reuniram-se mais frequentemente. Adicionalmente, um treinamento de três dias foi organizado para os membros das Assembléias Espirituais Locais, do Comitê de Crescimento do Agrupamento e diversos ajudantes do membro do Corpo Auxiliar. Além de revisar a guia sobre o Plano de Cinco Anos e programas intensivos de crescimento, um manual para a construção de equipes eficazes de administradores também provou ser valioso.

Embora novos crentes estivessem sendo registrados durante esta expansão das atividades básicas, a real campanha de ensino ocorreu próxima do final do ciclo. No segundo ciclo, a população bahá'í aumentou para mais de 200 e foi feita uma pesquisa sobre todas as famílias bahá'ís. O objetivo da pesquisa foi criar um banco de dados atualizado e para sistematizar os canais de disseminação de informações, a distribuição da carta noticiosa do agrupamento e para conduzir as atividades de aprofundamento.

Quando o terceiro ciclo de crescimento começou em meados de novembro, as atividades de consolidação encontravam-se ainda em andamento, e por isso uma reunião de reflexão para facilitadores foi realizada, seguida de cursos intensivos dos Livros 6 e 7. O ímpeto das outras atividades básicas era mantido através de uma reunião de professores de aulas para crianças, e ao término daquele fim de semana, foi realizado um festival de crianças, que lançou uma nova fase de aulas para crianças e pré-jovens. A campanha de ensino foi planejada para apenas 10 dias e tinha como foco o ensino a membros de famílias, amigos, companheiros de trabalho, vizinhos e, em particular, os pais de crianças não bahá'ís das aulas de crianças. Nesta altura, as aulas de crianças aumentaram de 34, no início do primeiro ciclo, para 79 aulas regulares. O número de facilitadores aumentou para 123. No final do ciclo a população bahá'í havia passado a marca de 1.000 fiéis. No dia 15 de março de 2005, o número de crentes alcançou 2% da população total do agrupamento. Esta havia sido a meta – de forma a que os bahá'ís pudessem tornar-se uma massa influente na população. Melhor ainda, cerca de 70% dos crentes estão em processo de instituto; mais de 500 já completaram o Livro 1 e

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123 completaram a seqüência completa dos Livros. A maioria dos jovens declarados participa em aulas para pré-jovens.

O quarto ciclo do programa intensivo de crescimento em Murun começou em março de 2005. Um das coisas aprendidos dos ciclos anteriores foi que é melhor realizar a fase intensiva de ensino no início do ciclo. Desta vez, foi decidido concentrar a fase de ensino intensivo em um bairro receptivo. A reunião de reflexão do agrupmento foi realizada em combinação com a convenção regional e foi uma reunião imensa, e embora o enfoque para a expansão em um bairro tenha sido uma estratégia muito efetiva de crescimento, os amigos constataram que eles tinham crescido além de quase todos os prédios públicos em Murun!

Mas o sucesso do agrupamento de Murun não foi só relacionado com novas declarações; está relacionado com a transformação das pessoas e a criação de um padrão sustentável de atividades. Sempre que áreas fracas eram identificadas, medidas eram tomadas para modificar o plano. A capacitação era continuada e provou ser a força motriz do inteiro processo. E com o crescimento vem, naturalmente, novos desafios e possibilidades. O primeiro projeto de desenvolvimento social-econômico de inspiração bahá'í, um banco comunitário, foi estabelecido no agrupamento. Existe também um programa de empoderamento de pré-jovens. Os administradores – membros das Assembléias e do comitê de crescimento – estão descobrindo a necessidade de uma capacitação adicional para aumentar sua própria capacidade em gerenciar grandes números de pessoas e atividades. Cada passo está sendo analizado. A consulta é utilizada para o planejamento, avaliação e organização. Ajustes são feitos e novas metas definidas. Este agrupamento está movendo-se através de estágios de fortalezas para fortalezas, provando que resultados marcantes são possíveis em áreas distantes, através do poder de Bahá'u'lláh. Estatísticas do Agrupamento Murun

Resultados do Programa de Crescimento

Primeiro Ciclo

Segundo Ciclo

Terceiro Ciclo

Total

Equipes de Ensino 19 30 37 86 Participantes de Tempo Integral 68 80 112 260

Participantes totais 95 80 112 287 Individuos contatados 854 587 749 2190

Novas declarações 237 142 228 607 Visitas aos lares 99 93 88 179

Individuos ensinados 265 220 199 419 Março 05*

Reuniões Devocionais 10 novas 19 novas 6 novas 85 Aulas de Crianças 23 novas 19 novas 34 novas 78 Circulos de estudo 17 novos 34 novos 24 novos 67

* número total de atividades básicas em operação em 5 de março de 2005 ALGUNS RESULTADOS DE OUTROS PROGRAMAS INTENSIVOS DE CRESCIMENTO.

• Baku, Azerbaijan. Na metade de seu terceiro ciclo, os amigos do Agrupamento de Baku começaram uma campanha de visitas aos lares com o objetivo de visitar 80 famílias. O relatório inicial depois de seis dias de atividades indica que 18 equipes visitaram 28 lares, resultando em 3 novos círculos de estudo.

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• Fako, Camarões. Cerca de 100 pessoas foram adicionadas à comunidade de interesse

e 8 se declararam durante o primeiro ciclo. A comunidade começou com 7 novos círculos de estudo, 6 aulas para crianças e uma reunião devocional. Um segundo ciclo começou em janeiro.

• Pointe-Noire, República do Congo. Durante as primeiras duas semanas do primeiro

ciclo, 316 pessoas foram ensinadas resultando em 36 novas declarações. Outras 176 mostraram interesse sincero em saber mais sobre a Fé, tendo sido posteriormente atendidas por 41 instrutores. Antes do lançamento de seu primeiro programa intensivo de crescimento em outubro, 23 pessoas haviam aceitado a Fé desde abril.

• Manchester, Inglaterra. Na fase intensiva de ensino, 57 amigos participaram em 15

equipes de ensino; sua meta de contactar 269 pessoas foi ultrapassada por mais de 100, e a meta de aumentar a comunidade em mais 175 pessoas foi alcançada; 11 novas reuniões devocionais e 4 novos círculos de estudo foram iniciados.

• Belonia, India. Durante as semanas iniciais do primeiro ciclo, 9 equipes ensinaram a

Fé a 305 pessoas, com 76 declarações. As declarações foram o resultado das seguintes atividades: 23 firesides; 20 visitas aos lares; 18 de ensino individual; 11 reuniões devocionais e 4 de círculos de estudo.

• Imphal, India. Após as duas semanas iniciais do primeiro ciclo, houve cerca de 60

novas declarações, com um aumento de mais de 300 pessoas na comunidade de interesse.

• Udaipur, India. Durante as semanas iniciais do primeiro ciclo, 12 equipes ensinaram

154 pessoas, das quais 95 se registraram como bahá'ís.

• Tikrit West, Kenya. No segundo ciclo, 110 pessoas participaram em 30 equipes de ensino. A comunidade de interesse aumentou em mais 600, havendo 87 novas declarações e começaram 18 novos círculos de estudo, 15 aulas para crianças e 5 reuniões devocionais. Além do ensino feito a famílias e a amigos, a fase de ensino intensivo teve como alvo jovens e mulheres.

• Bucharest, România. A fase de duas semanas de expansão concentrou-se

principalmente em visitas aos lares. Mais de 90 lares foram visitados pelas 13 equipes de ensino, levando a um aumento na comunidade de interesse para 51 contatos, ao início de 6 novos círculos de estudo, e ainda se espera que 31 almas irão participar de atividades básicas posteriormente no ciclo.

----------------------------------------------------------------------------------------- Preparado sob os auspícios do Centro Internacional de Ensino para a Instituição dos Conselheiros. Excertos dos relatórios citados podem ser editados para correções gramaticais, clareza ou extensão do texto. A totalidade ou partes desta publicação podem ser reproduzidas ou distribuídas dentro da Comunidade Bahá'í sem permissão prévia do Centro Internacional de Ensino.

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REFLEXÕES SOBRE O CRESCIMENTO – Número 8 - Julho de 2005 A Visão de um Facilitador: Iniciativa Individual e Construção de uma Comunidade.

Desde o início do Plano de Quatro Anos, quando o mundo bahá´í embarcou no

empreendimento de estabelecer uma rede de institutos de capacitação, foi expresso em mensagens da Casa Universal de Justiça que essa capacitação iria dotar os crentes com “os discernimentos espirituais, o conhecimento e as habilidades necessárias para realizar muitas tarefas de expansão e consolidação aceleradas, incluindo o ensino e o aprofundamento de um grande número de pessoas – adultos, jovens e crianças.” Através da participação em programas de instituto os amigos iriam “desenvolver habilidades para o serviço” e seriam capacitados “a intensificar seus ... esforços individuais no campo de ensino.” Embora tal propósito tenha sido entendido de um modo geral desde o surgimento dos institutos de capacitação, a eficácia do processo de instituto em levantar os crentes que foram “treinados para fomentar e facilitar o processo de entrada em tropas” é agora ilustrado de forma marcante numa abordagem que demonstra o que um único facilitador, com visão de crescimento, pode realizar.

No país onde esta abordagem se originou, cada pioneiro atuou como iniciador de vários

círculos de estudo com o objetivo de ter 20 interessados envolvidos. O objetivo era o de capacitar cinco desses participantes para eventualmente tornarem-se facilitadores, constituindo a segunda geração, cada um dos quais trabalharia da mesma forma com outros 20 interessados. Assim, o pioneiro inicial acompanharia com o tempo o progresso desse caminho espiritual de 120 indivíduos, 20 de seus próprios contatos diretos e 100 outros.

Inicialmente, este modo de crescimento se deu principalmente em torno de círculos de

estudo, mas quando foi levado para outra região do mundo e implementado por um casal local de pioneiros de frente interna, sendo os dois facilitadores capacitados, todas as três atividades centrais (básicas) foram utilizadas para envolver uma rede de interessados. Começando com uma aula bahá´í de crianças para os moradores de seu bairro, o casal então voltou sua atenção para os pais, os quais, de forma espontânea, se interessaram pelas reuniões devocionais e pelos círculos de estudo, resultando que muitos deles se tornaram bahá´ís. Esses novos crentes continuaram na seqüência de cursos, tendo o casal como facilitadores, e por fim deram início a uma segunda geração de atividades centrais com seus amigos e familiares.

A seguir será apresentada uma abordagem que ilustra um alcance da iniciativa individual que

não foi anteriormente imaginado. Em um curto espaço de tempo, um facilitador bahá´í pode ter 20 a 40 pessoas com as quais ele ou ela trabalha. Grupos de pessoas, ou muitas vezes um determinado número de famílias numa vizinhança, estão conectados uns aos outros através de um facilitador, e coletivamente percorrem um caminho de progresso espiritual e tornam-se uma comunidade bahá´í nascente. Ao descrever o impacto desta abordagem, a Casa de Justiça explicou a uma Assembleia Espiritual Nacional:

Desta forma, um punhado de crentes pode, de forma significativa, expandir a influência espiritual do instituto e estabelecer uma forte estrutura para a expansão acelerada da comunidade. Tendo observado a efetividade desta abordagem prática em inúmeros países e lugarejos,

desejamos compartilhar com vocês alguns exemplos ocorridos no campo de ação que irão retratar vividamente como um indivíduo, ou uma família, pode “estender a influência espiritual do instituto”, e praticamente sozinhos desenvolver um agrupamento e acelerar o processo de entrada em tropas.

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PIONEIRO DE FRENTE INTERNA E SUA FAMÍLIA ELEVAM UM AGRUPAMENTO DE “D” PARA “B” EM MENOS DE DOIS ANOS. Agrupamento Thiruvarur, Índia Criar uma comunidade poder ser tarefa familiar. Uma família na Índia colocou sua capacitação através do instituto de capacitação em bom uso e conseguiu resultados maravilhosos. Esses pioneiros de frente interna se estabeleceram em uma cidade ainda não aberta à Fé no final de janeiro de 2003. No dia após terem se mudado para sua nova casa, eles realizaram uma cerimônia tradicional de servir leite quente para seus vizinhos a fim de celebrar a entrada em sua nova casa. Esta cerimônia, com suas orações, abriu um caminho natural para o casal encontrar e conhecer seus novos vizinhos. A família orou fervorosamente durante a semana seguinte, pedindo ajuda divina para seu trabalho de ensino. Convidaram os vizinhos para uma reunião a fim de conversar sobre a importância da educação espiritual das crianças, mas ninguém apareceu. Então tentaram uma nova abordagem. Abriram seu lar para sete crianças da vizinhança e lhes ensinaram algumas orações e virtudes morais, como obediência e veracidade. Os pais notaram uma transformação em seus filhos, incluindo o despertar de talentos artísticos até então ocultos, que os bahá´ís haviam conseguido trazer à tona em suas aulas. Os pais fizeram perguntas, o que proporcionou a abertura que o casal necessitava para obter seu apoio para as aulas para crianças. Outra reunião para os pais sobre educação espiritual de crianças foi organizada e desta vez os convidados vieram. Não somente foi a educação de crianças foi discutida, mas também alguns pontos básicos da Fé Bahá´í. As aulas para crianças continuaram. Os pais também concordaram em enviar seus filhos jovens para um círculo de estudo, o qual foi rapidamente organizado com oito jovens. A confiança e o respeito dos pais cresceu à medida que testemunhavam as crescentes mudanças positivas em sua prole. A família continuou a ensinar a Fé àqueles que encontrava na área e organizou uma grande festa para seus vizinhos, para a comemoração do Naw-Rúz. No dia seguinte duas pessoas aceitaram a Fé, os primeiros de muitos que se sucederam. Em abril, três meses após sua chegada à cidade, a primeira reunião devocional para toda a área foi realizada no novo Centro Bahá´í com participação de 36 pessoas. No Ridván, 17 adultos elegeram a primeira Assembleia Espiritual Local, que realizou a sua primeira Festa de Dezenove Dias para a comunidade em meados de maio. Com as atividades centrais e a administração bahá´í em andamento, a família e os novos crentes voltaram sua atenção para as vilas vizinhas no agrupamento. Realizaram uma primeira visita ao chefe da vila e explicaram um pouco sobre a Fé, destacando, porém, a educação espiritual das crianças. Com sua permissão e depois de dar as mesmas explicações para os pais, foi estabelecida uma aula regular para crianças. Isso foi rapidamente seguido pela formação de um ciclo de estudo para os jovens. Este processo foi repetido com sucesso em um numero de áreas distantes. Os chefes das vilas foram solicitados a entregar certificados àqueles que completavam os cursos de instituto, fortalecendo mais ainda o relacionamento de confiança estabelecido inicialmente. Conseqüentemente, surgiram alguns obstáculos; na verdade, os chefes dos vilarejos convocavam os moradores dos vilarejos através de alto-falantes para virem e ouvirem os bahá´ís. E como as aulas para crianças e os círculos de estudo foram bem sucedidos em um dos vilarejos, as pessoas do vilarejo vizinho ficaram sabendo a respeito e pediram que eles as realizassem também em sua comunidade. O indivíduo inicialmente por detrás deste empreendimento de sucesso descreve a sua experiência:

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Primeiramente, iniciamos as aulas para crianças e explicamos sobre as virtudes, ensinamos canções e danças. Todos vinham ver isto e ficavam felizes e nos elogiavam. Explicávamos-lhes em detalhes sobre a vinda de Bahá´u´lláh e que também tínhamos enorme alegria em conviver com eles. Observavam o nosso jeito de ser, vivendo como bahá´ís, e se admiravam com a ausência de conflitos, contenda e disputa entre nós, e como ouvíamos com atenção uns aos outros. Recitávamos a Epístola de Ahmad todos os dias e seu poder nos trouxe muitas transformações. Como resultado de nossas atividades individuais de ensino, cerca de 70 pessoas aceitaram a Fé. Um projeto de ensino envolvendo os graduados no instituto resultou em 103 novos crentes. Outro projeto de ensino resultou em 34 declarações. Não-bahá´ís que participavam de um círculo de estudo aceitaram a Fé no final do curso. Agora, existem cerca de 280 crentes em nosso agrupamento. Todos os jovens estão estudando os cursos do instituto. Estamos também nos esforçando para envolver todos os pais no estudo dos cursos do instituto. Sou incapaz de escrever ou relatar mais. Hoje, existem 54 reuniões devocionais, 24 aulas de crianças, 21 círculos de estudo e 2 grupos de pré-joven em Thiruvarur. Nós, sinceramente, sempre oramos à Beleza Antiga, que é responsável por tudo isso. UMA PEQUENA COMUNIDADE EM AÇÃO Portishead, Inglaterra. Um casal que regularmente comparecia às reuniões fire-side semanais em Portishead estava chegando ao enfado. Toda vez que alguma nova pessoa vinha para o fire-side, a conversação voltava para os assuntos básicos da Fé e estes dois pesquisadores sentiam claramente não estar avançando em seus conhecimentos sobre a Fé. Sua amiga bahá´í responsável pelos fire-side então lhes falou sobre o curso “Reflexões sobre a Vida do Espírito” e eles avidamente pediram para se inscrever, mas disseram que só podiam participar ou só do curso ou do fire-side; não tinham tempo para os dois. O fire-side se transformou num círculo de estudo semanal. Felizmente, a crente isolada em cujo lar se realizavam os fire-sides era também um facilitador capacitado para realizar o círculo de estudo. O casal e várias outras pessoas começaram o estudo da seqüência dos cursos. Eles abraçaram a Fé. Os novos crentes começaram a realizar reuniões devocionais como parte das práticas de seu curso. Estas provaram ser especialmente atrativas para seus amigos, parentes e vizinhos, levando, em contra partida, mais pessoas a se interessarem a participar dos círculos de estudo. Depois que aquele casal declarou sua fé em Bahá´u´lláh durante o primeiro ano do Plano de Cinco Anos, Portishead começou a avançar. Os dois, e outros, seguiram a seqüência de cursos com aquele única facilitadora, iniciando muitas outras atividades, tais como fire-sides regulares, novos círculos de estudo, e uma pequena aula para pré-jovens. Treze pessoas da área se declararam -- quatro nos últimos seis meses. Mas sua comunidade de interesse é muito maior. Dos novos crentes, 4 já completaram a seqüência de cursos e estão servindo como facilitadores, com 21 participantes, em círculos de estudo ou em aulas aos pré-jovens. Outras 24 pessoas participam de eventos bahá´ís ocasionais, e normalmente 30 ou mais comparecem nas comemorações de Dias Sagrados na comunidade. Como diz a bahá’í que começou tudo isso, “pequeno e simples é o melhor jeito”. Os novos crentes e outros contatos todos vivem em casas próximas e assim apóiam muito uns aos outros. “Costumávamos pensar que para ensinar tínhamos de ir para longe”, mas agora ela entende que é melhor buscar contato com aqueles que vivem próximos de nós na nossa vida diária. Os interessados investigam a Fé como famílias, e à medida que passam pela seqüência de cursos, realizam as práticas normalmente com seus parentes e amigos mais íntimos. Visitas aos lares têm provado ser especialmente importante. “A visita ao lar é muito eficaz porque mostra que os bahá´ís são normais – que relaxam as pessoas” quando os contatos ficam conhecendo a Fé em seus próprios lares.

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Esta veterana bahá´í destacou que no passado oferecia um livro a todos que demonstravam interesse na Fé, mas agora os convida para participarem de um círculo de estudo. As reuniões devocionais tornaram-se o principal meio para atrair as pessoas. Por exemplo, quando lhe perguntam o que os bahá´ís fazem, ela responde que nos reunimos e oramos, em nossos próprios lares, e que temos orações muito belas. Ela ainda realiza reuniões fire-side de vez em quando; sua técnica é realizar quatro semanas de fire-sides introdutórios durante um período de tempo limitado, para preparar os novos participantes para os círculos de estudo. Algumas vezes coloca pequenos anúncios em jornais locais para atrair interessados. Mesmo as aulas para pré-jovens começaram de forma bem natural. Uma família de novos crentes tinha uma pré-jovem que acompanhava seus pais em um círculo de estudo. O facilitador dedicava algum tempo, independente do curso, para lhe dar uma pequena aula. Esta jovem então trouxe uma amiga para a comemoração de um Dia Sagrado Bahá´í, a qual mostrou-se interessada. Elas convidaram uma outra amiga de escola para participar e foi iniciado um curso para pré-jovens, cujas aulas eram realizadas logo após o término das aulas na escola, em local vizinho à escola para maior comodidade delas. Uma jovem disse que o dia de sua aula bahá´í era o seu dia preferido. De forma semelhante, outra família com filhos pequenos, está agora estudando o Livro 3 do Instituto Ruhi com a meta de iniciar uma aula para as crianças. E tudo começou com uma única bahá´í, uma facilitadora. MÃES SE UNEM ATRAVÉS DO PROCESSO DE INSTITUTO Comarca e Cidade de Chang Hua, Taiwan Uma bahá´í em Taiwan deu o primeiro passo no caminho do serviço e foi seguida da ajuda divina. Vivendo no agrupamento de Chang Hua, uma área com quase nenhum crente ativo, ela teve a iniciativa de começar uma aula de educação moral de inspiração bahá´í em uma escola pública primária. Uma das mães ficou tão impressionada com o conteúdo da aula que quis conhecer mais. O que ocorreu foi que a professora bahá´í era também facilitadora dos livros do Instituto e então convidou a mãe para fazer o Livro 1 do Instituto Ruhi. A mãe não só aceitou o convite, como pediu que cinco de suas amigas a acompanhassem! Este primeiro círculo de estudo no agrupamento, que começou em março de 2003, era realizado semanalmente e suplementado por aprofundamento ocasional de tópicos bahá´ís. Quando começaram o Livro 2, todas as seis mães abraçaram a Fé. Com o aprofundamento sobre a Fé que foram adquirindo, e com suas capacidades aprimoradas com o que estavam aprendendo no processo de instituto, essas novas bahá´ís começaram, por sua vez, a realizar reuniões devocionais e aulas bahá´ís para crianças. Três dessas senhoras em particular contataram suas amigas, companheiras de trabalho, e parentes, apresentando-lhes também o Livro 1. Em dezembro de 2004, as seis primeiras participantes do primeiro círculo de estudo haviam completado toda a seqüência de livros. Já estavam realizando sete círculos de estudo do Livro 1, com 24 participantes não-bahá´ís, além de quatro círculos de estudo dos livros mais avançados da seqüência de cursos. Elas haviam estabelecido cinco aulas para crianças, com 28 crianças, em sua maioria não-bahá´ís,e realizavam uma reunião devocional diária, a qual atraia cerca de 30 pessoas. Elas ainda formaram um grupo de estudo para pré-jovens após terem constatado o efeito positivo dos Ensinamentos Bahá´ís em seus próprios filhos. No total, 78 pessoas participavam regularmente das diversas atividades. Todos os adultos eram mães de crianças de pré-escola ou já em idade escolar. Este grupo foi muito bem sucedido, em parte porque aproveitaram a oportunidade da existência de uma rede social pré-existente de mães com filhos na mesma escola. Também começaram seu trabalho juntas como um grupo, desta forma apoiando-se mutuamente e

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demonstrando o poder da unidade. Era natural que seus amigos e familiares fossem atraídos ao processo através delas. Embora muitos desses 78 participantes em Taiwan não tenham ainda declarado sua fé em Bahá´u´lláh, a comunidade está claramente a caminho de se tornar forte e bem estabelecida, pois está sendo estruturada sobre uma base bem firme. Em junho de 2005, o número de novos crentes cresceu para onze, refletindo o acréscimo de cinco amigos que se declararam enquanto estudavam o Livro 2. Três pessoas estão passando pela seqüência de cursos em um ritmo acelerado, estudando os livros do Instituto 12 horas por semana, a de fim de ganharem habilidades adicionais para poderem contribuir mais eficazmente para a comunidade. Numa vizinhança imersa no materialismo e em diversões como jogo e fofoca, esses amigos sentem-se inspirados com a transformação que vem ocorrendo em suas vidas, o que motiva a outros a trilharem um caminho espiritual.

RESULTADOS DE ALGUNS PROGRAMAS INTENSIVOS DE CRESCIMENTO • Agrupamento 9, Colômbia Ocidental: Esta área, predominantemente rural, demonstrou

especial receptividade à Fé por muitos anos e já conta com 54 Assembleias Espirituais Locais. Após três semanas de ensino intensivo no agrupamento, é relatado que 94 instrutores visitaram 530 pessoas e 292 novos crentes abraçaram a Cause. Essas realizações foram o resultado dos esforços de cinco comunidades. Uma delas ultrapassou suas metas nos primeiros dois dias e meio da fase de ensino.

• Agrupamento Metropolitano, El Salvador: Durante a fase de duas semanas de ensino

intensivo, 51 novos crentes aceitaram a Fé. Nos 12 meses anteriores, apenas 4 novos crentes

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no agrupamento haviam sido registrados. Durante a fase de consolidação, o ensino continuou e 7 novas almas aceitaram a Fé como resultado de suas participações em círculos de estudo ou fire sides.

• Londres, Inglaterra: Durante a fase de expansão do primeiro ciclo de seu programa

intensivo de crescimento, 37 grupos de ensino envolvendo 155 pessoas puderam apresentar a Fé a 531 pessoas e realizar 109 visitas aos lares. A comunidade de interesse cresceu para 130 pessoas, tendo havido 5 declarações. Outras 4 pessoas também se declararam na fase de consolidação.

• Agrupamento Ndivisi Webuye, Quênia: Os esforços de ensino na fase de expansão

resultou em 30 novos crentes e num crescimento da comunidade de interesse para 206 pessoas. Todos esses amigos foram integrados nas atividades centrais do Plano durante a fase de consolidação com o início de 13 novos círculos de estudo, 3 aulas para crianças, 2 grupos pré-juvenis, e 30 reuniões devocionais.

• Scudai (Agrupamento S1), Malásia: Ao final do primeiro dia de ensino intensivo, 37

bahá´ís visitaram 44 contatos, e desses 13 aceitaram a Fé. A campanha de duas semanas teve de ser concluída com cinco dias de antecedência, pois foi tão bem sucedida que mais tempo deveria ser destinado para re-visitar os novos bahá´ís e aqueles interessados em participar nas atividades centrais. Ao final de nove dias, 190 crentes de todas as idades participaram na campanha, visitando 108 lares, elevando a comunidade de interesse a 393 e o registrando 68 almas.

• Moscou, Rússia: O programa intensivo de crescimento foi lançado em 12 de junho. Na fase

de expansão, 43 participantes ensinaram a Fé a 176 pessoas e elevaram a comunidade de interesse para 69 almas. Vinte e oito novas reuniões devocionais e 18 novos círculos de estudo foram iniciados.

• Cingapura: Esta cidade-estado contém um agrupamento que recentemente concluiu um

esforço intensivo de ensino com resultados maravilhosos. O nível de participação foi elevado, com 68 crentes formando 20 grupos de ensino. Ao final da primeira fase de expansão, adicionalmente ao registro de um novo crente, os amigos apresentaram a Fé a 206 pessoas. Destes, 103 começaram a participar das atividades centrais – 52 em reuniões devocionais, 39 em círculos de estudo, 16 em aulas de crianças e 4 em grupos pré-juvenis.

• Agrupamento Kuphelela, Suiça; Dentro da fase de expansão de duas semanas do primeiro

ciclo, seis grupos tentaram uma variedade de abordagens de ensino. Durante aquele período e na fase de consolidação que se seguiu imediatamente, 14 pessoas aceitaram a Fé, excedendo o número de registros ocorridos nos 11 meses anteriores. A primeira fase foi seguida de uma campanha intensiva de visita aos lares.

-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Preparada sob os auspícios do Centro Internacional de Ensino para a instituição dos Conselheiros. Extratos dos relatórios citados podem ser editados para fins de clareza e extensão. Em seu todo ou em partes, esta publicação pode ser reproduzida ou distribuída dentro da comunidade bahá´í sem autorização prévia do Centro Internacional de Ensino.

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REFLEXÕES SOBRE O CRESCIMENTO – Número 9 – Outubro

2005 Ensino-- a Paixão Dominante de Nossas Vidas Uma carta recentemente escrita em nome da Casa Universal de Justiça para uma Assembléia Espiritual Nacional enfatiza que os crentes, “tendo dedicado enorme tempo e energia para estudar uma seqüência de cursos com a finalidade de ajudá-los a levar a cabo determinados atos de serviço ... deveriam agora se esforçar para aplicar o que aprenderam no campo de ensino." Este número do Boletim Informativo está repleto de histórias que vividamente ilustram a confiança, a habilidade e o sucesso no ensino que resulta quando os crentes traduzem o que aprenderam em prática efetiva de ensino. Os relatos de primeira mão dos amigos também destacam a importância da oração e de se fazer contato com pessoas conhecidas para criar oportunidades de encontros significativos de ensino. Essas experiências ilustrativas são apenas alguns dos estimulantes relatórios, entre muitos, que exemplificam a maré de atividades de ensino intensivo e sistemático sendo realizados em agrupamentos avançados em todos os continentes. Demonstrando a coragem, a perseverança e a certeza das confirmações divinas, os exemplos relatados provêm percepções valiosas de aprendizado sobre como enfrentar o desafio de “colocar em movimento um padrão de atividade que integre a iniciativa individual e esforços comunitários a fim de abarcar um círculo de pessoas cada vez mais amplo e ensinar às almas receptivas." CONTATANDO OS VIZINHOS Visitas aos lares não só estão provando ser efetivo na aplicação do que foi apreendido na seqüência de cursos, mas, especialmente quando focalizadas no bairro onde a pessoa reside, resultam em experiências de ensino profundas. Eslováquia

Uma bahá´í ofereceu estas percepções após uma visita ao lar de uma amiga de seu esposo. Falamos sobre diferentes assuntos durante algum tempo e então ela disse, "Bem, e agora me fale sobre sua Fé. Por muito tempo tenho estado disposta a pertencer a algum lugar." Meu marido e eu nos revezamos compartilhando informações, e quando nos pareceu ser um momento apropriado, a convidamos para entrar na Fé de

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uma forma semelhante à mencionada no Livro 6 do Instituto Ruhi, com os personagens "Ana" e “Emilia." Nós lhe dissemos que a Fé Bahá´í está aqui para todos e se ela acredita que Bahá´u´lláh é um Mensageiro de Deus e quer viver de acordo com os Seus Ensinamentos, e espalhar Sua Mensagem, ela pode unir-se à comunidade a qualquer hora, o que deixará a todos nós muito contentes.

O que me parecia absurdo alguns dias atrás, era agora algo muito natural – convidar uma pessoa a entrar na Fé, alguém com a qual apenas me encontrara pela segunda vez em minha vida. Não tinha planejado nada disso, mas minha voz interna deu-me uma ordem simples e clara: “Faça!" Sentia haver proximidade entre nossas almas desde o princípio. E você sabe o que ela disse logo depois? “Então eu gostaria de unir-me a vocês.”

Maryland, Estados Unidos O relatório de uma campanha intensiva de visitas aos lares na qual resultou em diversas declarações, revelou que a receptividade mais forte para a Fé veio de pessoas de um bairro próximo ao dos participantes.

A maior aprendizagem neste segundo ciclo parece ter sido a descoberta dos próprios bahá´ís de que contatar os vizinhos é algo que podem fazer com prazer. Esta experiência também nos ensinou que existe necessidade de uma presença muito maior e contínua no bairro.

Cidades Nórdicas Uma série de campanhas de visitas aos lares foi levada a cabo, surgindo as seguintes reflexões dos envolvidos:

• "Eu estava nervoso mas provou não ser difícil, e será fácil de agora em diante." • "Sabendo o propósito exato da visita tornou mais fácil realizá-la." • "Eu apenas pensara em realizar uma visita a um lar – mas agora que a fiz, estou

determinado a continuar." • “Sensibilidade e flexibilidade são importantes com relação às necessidades daqueles

que visitamos.” • “O que parecera ser chocante e impossível em nosso país provou ser bastante

possível." • "Pessoas estão esperando ansiosas por tais visitas e estão prontas para ouvir falar de

orações." • "É importante que o propósito seja claramente definido, enfatizando que não se

tratar de uma visita social." Londres, Inglaterra Testemunhos de participantes de instituto em campanhas intensivas de ensino expressam a confiança que surge da aplicação do que aprenderam no campo de ensino.

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• "Parece tão orgânico. Está ficando normal compartilhar orações com os amigos -- é

muito poderoso e eleva o espírito, e eu não me sinto mais acanhado nem me desculpo para oferecer compartilhar uma oração."

• “Aprendi que quando convido as pessoas e elas não aceitam, não é o fim do mundo. Eles continuam sendo meus amigos!"

ATRAINDO CONFIRMAÇÕES ATRAVÉS DA AUDÁCIA E CRIATIVIDADE O processo de instituto está ajudando os participantes a aproveitarem oportunidades de ensino, as quais, de outra forma, poderiam não ter reconhecido ou não ter tido a confiança para fazê-lo . Jaipur, Índia Um crente decidiu contatar seus estudantes de um centro de treinamento técnico depois de sentir-se inspirado em uma conferência realizada para promover o processo de instituto na área em que vivia. Nunca antes pensara em envolver seus alunos na Fé. Começou apresentando-lhes as orações e depois a idéia dos círculos de estudo. Inicialmente, cinco estudantes começaram um círculo de estudo do Livro 1 realizado após o horário regular da escola, durante duas horas por dia. No segundo dia o número subiu para doze. Seis completaram a seqüência completa de cursos e dois já estão facilitando círculos de estudo para dezenove outros estudantes diariamente. Londres, Inglaterra Um jovem casal, esperando um bebê, anunciou a seus colegas de pré-natal que eram bahá´ís e que realizavam reuniões de oração em sua casa, para as quais convidavam seus amigos. Convidaram toda a turma para uma reunião de oração dedicada às crianças que estavam para nascer e para as novas mães.

Havia 10 casais, e a reação deles (como também a reação da parteira) foi surpreendente. Mostraram-se super emocionados! Vivemos a cinco minutos do hospital e a maioria dos casais parece viver ao redor daquela área também. Assim, estamos esperançosos que vão se unir a nós, se Deus quiser!

Este mesmo novo pai continua seu comentário: “A atmosfera à nossa volta parece ser diferente agora. Muitas coisas estão acontecendo que normalmente não aconteciam; pessoas com as quais cruzamos duas a três vezes por dia, em diferentes partes de Londres (como se Bahá´u´lláh os estivesse empurrando para nós!); pessoas que se sentam próximas de nós no ônibus e perguntam se somos religiosos." Outra mãe no mesmo agrupamento não pôde participar na primeira semana do programa intensivo de crescimento, mas estava determinada a fazer mais a partir da segunda semana. Fez três visitas aos lares, uma para o seu professor de ioga, quem, então, trouxe oito pessoas à reunião devocional na casa dela. Visitou uma família de Sri Lanka

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que tem parentes bahá´ís e pôde utilizar parte da apresentação de “Ana”. Também compartilhou orações com outras mães e convidou-as para sua reunião devocional. Disse estar aprendendo tanto, que fora realmente sua primeira experiência de ensino. "Foi simplesmente fantástico, estou maravilhada com tudo isso" Fez até mesmo um panfleto para explicar e convidar as mães das crianças em sua escola para participarem do círculo de estudo do Livro 1. Isto realmente exigiu coragem. E ela comentou sobre sua ansiedade, “não dormi a noite inteira. Esta são nossas próprias fraquezas, mas não devemos impedir os outros por causa de nosso nervosismo." Três mães participaram da primeira sessão de estudo e várias outras têm se mostrado interessadas em participar também. Sussex, Inglaterra Os excertos seguintes demonstram como a confiança alcançada no processo de instituto atrai almas receptivas à Fé.

Eu me virei de repente e notei uma senhora sentada sozinha na mesa atrás de mim, lendo um livro. Fiquei curioso para saber o que estava lendo; assim, inclinei um pouco minha cabeça e li: "Passos para um Equilíbrio Espiritual Interior". Ria comigo mesmo pensando que grande confirmação Bahá´u´lláh estava me dando. Imaginei que passo dar a seguir para não parecer um bobo ou louco. Então respirei fundo e me virei perguntando a ela o que estava lendo. A conversação acabou levando a mencionar e falar sobre a Fé por mais de uma hora, até que um amigo dela chegou. Convidei-os a uma reunião devocional e a um fire-side em minha casa naquele fim de semana, o que será seguido por um outro convite, o de participarem de um círculo de estudo do Livro 1.

A segunda história reflete uma experiência muito valiosa de aprendizagem.

"Eu realmente gostaria de saber mais sobre a Fé Bahá´í , "foram as exatas palavras de uma estudante japonesa que havia expressado um interesse muito direto na Fé quando eu a encontrei por acaso em um ponto de ônibus, antes do programa intensivo de crescimento. Com esta receptividade surpreendente e com uma verdadeira radiância brilhando em torno dela, fomos tomar um café, e logo depois chegaram alguns outros bahá´ís. Falamos sobre a deprimente condição do mundo nos dias atuais, e então ela me perguntou como conhecíamos uns aos outros. Expliquei que também eram bahá´ís, e que procediam de diferentes origens religiosas. A face dela se iluminou com esta resposta, dizendo: “Então, eu também posso me tornar bahá´í logo!" Este foi um ponto muito importante de aprendizagem para todos nós, que as pessoas não deveriam pensar que a Fé Bahá´í era um clube exclusivo. As pessoas deveriam sentir que a Fé realmente está aberta a todos. Então lhe perguntamos se gostaria de ouvir a apresentação de “Ana” e ela alegremente concordou. Depois da apresentação, que cobriu todos os pontos principais, falamos sobre os livros do Instituto Ruhi, informando tratar-se de um curso espiritual estudado por muitas pessoas em muitos países ao redor do mundo. Aí lhe perguntei se gostaria de participar de um círculo de estudo do Livro 1. Ela sorriu e concordou em participar do curso, e disse que tinha outros amigos japoneses que também poderiam estar interessados.

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Uvira, República Democrática do Congo O espírito intrépido dos crentes está atraindo outros à Fé. Em Uvira, a última reunião de reflexão foi realizada a 15 quilômetros do centro da cidade. A localidade fica em uma montanha e a única forma de chegar até lá é viajando a pé de três a cinco horas. Um grupo de soldados viu os amigos caminhando para a reunião de reflexão, perguntaram quem eles eram e quem era uma determinada senhora do grupo, um membro do Corpo Auxiliar, de Bukavu. Ela parecia muito cansada com a caminhada. Os amigos disseram aos soldados, em tom de brincadeira, que se eles soubessem para onde estavam indo, os soldados se juntariam a eles. Os soldados ficaram surpresos ao ver que uma senhora de Bukavu, que fica a 120 quilômetros de Uvira, viajara tudo aquilo para só para participar uma reunião. Quando os amigos voltaram da reunião, encontraram os mesmos soldados, que pediram alguns livros. Depois de alguns dias os amigos foram visitar os soldados, deram-lhes vários livros e lhes ensinaram a Fé. O resultado desta iniciativa de ensino foi a declaração de 11 pessoas - uma família inteira e vários soldados. COLOCANDO EM PRÁTICA AS LIÇÕES DA SEQÜÊNCIA DE CURSOS Muitas das histórias mencionam a aplicação das habilidades aprendidas com o estudo dos cursos de instituto, especialmente o Livro 6. Londres, Inglaterra Um crente relatou este exemplo sobre como compartilhar a apresentação de “Ana” com um amigo.

Perguntamos à nossa amiga, que já era próxima da Fé, se poderíamos lhe fazer uma visita ao seu lar no sábado de manhã. Como ela não se sentia muito a vontade com as suas companheiras de residência, perguntamos se ela poderia vir à nossa casa. Planejamos fazer a apresentação de “Ana” com ela, preparando-nos para isso na noite anterior. Ficamos atentos também ao fato de que ela certamente teria perguntas a nos fazer. Quando chegou, aconteceu que, sem querer, começamos a falar de imediato sobre a Fé e, embora não tivéssemos seguido exatamente a mesma seqüência do Livro 6, pudemos mencionar todo o conteúdo da apresentação de “Ana”, e muito mais. Tudo transcorreu de forma muito natural, entremeado por seus comentários e perguntas. Ficamos realmente surpresos ao ver quão facilmente a pessoa pode cobrir toda a apresentação de “Ana” em alguns horas. Nossa amiga mostrou-se muito contente com a conversa que estávamos tendo. Mostrou-se ansiosa para estudar o Livro 1 e concordou em perguntar a algumas de suas amigas se não estariam interessadas também!

Dois outros crentes compartilharam a história da vida de Bahá´u´lláh, do Livro 4, com uma senhora durante uma visita ao seu lar. A visita revelou-se ser especialmente

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abençoada porque a filha da senhora, que devia estar na universidade naquele dia, encontrava-se em casa e participou das conversas. A mãe chorou quando contaram sobre os sofrimentos da Abençoada Beleza e, ao final, mãe e filha expressaram o desejo de participar de um círculo de estudo. Um terceiro relatório descreveu o impacto benéfico dos materiais do instituto no processo de um fire-side.

Havia tal calor e hospitalidade que os novos amigos convidados sentiram-se muito à vontade e bem-vindos. Havia seis bahá´ís e aproximadamente sete contatos presentes. Começamos com uma bela parte devocional. Então, dois dos amigos compartilharam os tópicos da primeira parte da apresentação de “Ana”, de um modo muito simples. A conversa foi realmente inspiradora. Todos participavam e tinham algo útil para contribuir. Longe de ser uma reunião de perguntas e respostas, foi uma troca sincera de idéias. Os contatos, até então, não haviam participado de uma reunião bahá´í, mas estavam totalmente envolvidos na conversa. O que realmente me impressionou foi como os bahá´ís ensinavam. Demonstravam muito amor e todos escutavam com atenção a contribuição de cada um, os baha'is nunca expressavam diretamente suas opiniões pessoais, nem falavam que “os bahá´ís acreditam” ou que “os bahá´ís fazem isso”, ao contrário, compartilhavam idéias profundas com belas citações dos Escritos Sagrados, falando de forma clara e direta sobre Bahá´u´lláh e sobre a Sua missão para unir a humanidade.

APRENDENDO COMO ENSINAR EM EQUIPES. Piarco, Trinidad e Tobago A juventude desta comunidade, inflamada pelo processo de instituto, decidiu levantar o chamado de Bahá´u´lláh. Deram início a uma campanha de ensino direto visitando seus vizinhos, convidando-os para uma reunião devocional e fire-side. A resposta foi muito positiva. Até encontraram uma jovem senhora que já havia participado de aulas bahá´ís quando criança mas que perdera contato com a Fé desde então. Dentro de algumas semanas, devido aos esforços dos jovens, houve três declarações. Começaram também aulas para crianças na casa de um família não bahá´í, levando 12 das crianças a uma escola bahá´í de verão com a duração de uma semana. Foi relatado que “as atividades desses jovens estão dando uma nova vida à comunidade bahá´í." Nice, França Esta história confirma que até mesmo quando um grupo não pode estar junto, suas orações conjuntas para o sucesso de seus esforços de ensino têm efeito.

Faço parte de um grupo de ensino em Nice, e meu plano pessoal consistiu em visitar uma família de contatos, um casal e sua pequena filha. A mãe é uma pessoa devota e está bem próxima da Fé; o pai diz ser ateu. A primeira reunião teve que ser cancelada, e, desapontado mas confiante, nosso grupo rezou por esta família e

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manteve contato com ela. E agora, apenas há uma semana, a mãe me ligou e nos convidou para jantar. Infelizmente, os outros membros do grupo não puderam ir. Achava impossível eu ir sozinho. Mas com a permissão de meus anfitriões, propus a um jovem que passava pela Cote d´Azur para me acompanhar, e ele aceitou com alegria. Assim, fomos, os dois, quarta-feira à noite, muito nervosos, ele não conhecendo a família, e eu, que não conhecia o pai. Eu havia pedido aos outros integrantes da equipe, que não puderam ir, para fazerem orações pelo sucesso desta reunião. O propósito desta primeira reunião era fortalecer nossos laços de amizade e nos conhecermos mais intimamente. Tivemos um noite fantástica com eles em uma atmosfera inteiramente à vontade. Todos os nossos temores desapareceram assim que chegamos. E então chegou o momento de falarmos sobre espiritualidade e sobre religiões em geral. Para nossa surpresa, o pai, que não quis dizer que não acreditava em Deus, e, embora cético quanto a religião, expressou que a única força que poderia unir a humanidade era a religião. De acordo com ele, a religião da qual se sentia mais próximo e que lhe parecia ser a mais saudável e mais capaz de cumprir este objetivo era a Fé Bahá´í!

Sussex, Inglaterra Uma equipe de ensino no agrupamento sentiu o efeito galvanizante de orar juntos, assumindo a responsabilidade de ensinar diariamente, e levando a cabo uma diversidade de ações. Um integrante da equipe relatou suas experiências pessoais durante a campanha.

Durante a segunda semana do programa intensivo de crescimento, acordei uma manhã e de repente percebi não ter nenhum plano de ensino para aquele dia. Tempo precioso ia ser desperdiçado, parecendo-me ser muito tarde para fazer qualquer coisa para encontrar uma solução.

Rezei e meditei, mas nada me veio à mente. Assim, decidi sair de casa e confiar na ajuda de Bahá´u´lláh. Ao caminhar pela rua, e ainda suplicando por guia, alguém olhou diretamente para mim, sorriu e me disse “oi”. Começamos a conversar, e vi que aquela era a oportunidade de falar sobre a Fé Bahá´í. Esta pessoa já sabia algo a respeito da Fé e também conhecera outro bahá´í anteriormente. Deu-me o número de seu telefone e mostrou interesse em logo participar de uma reunião devocional.

Mais tarde, naquele mesmo dia, enquanto fazia compras, um homem estava parado próximo de mim há apenas alguns segundos, quando nos dissemos “oi” e começamos a conversar. De alguma maneira, a conversação nos levou a falar de reuniões de oração e sobre a Fé Bahá´í. Conversamos durante algum tempo, tendo a pessoa feito várias perguntas. Tinha um cartão de oração comigo, o qual mostrei a ele. Essa alma especial escutou com toda atenção tudo o que dissemos e ao término da conversação comentou que Bahá´u´lláh havia reunido tudo o que havia de bom e espiritual de todas as outras religiões e ainda mais, para que o mundo pudesse ser unido. Assim, partimos, mas dissemos que nos encontraríamos novamente o mais breve possível.

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Que dia maravilhoso foi esse para mim! Quão precioso é receber as confirmações, como saber que Bahá´u´lláh responde a todas as nossas orações e, também, tão rapidamente.

Quiribati

Durante a fase de ensino intensivo do último ciclo de crescimento em Tarawa do Sul, um grupo de ensino formado por mulheres em Betio saiu para encontrar pessoas e ensinar a Fé. Em determinada ocasião, encontraram um homem muito conhecido na aldeia como um alcoólatra sem esperança. Este homem fora rejeitado pela própria família, que são membros proeminentes de sua igreja, e vivia sem um lar por mais de trinta anos. Para seu grande crédito, as mulheres bahá´ís não se deixavam abalar por sua aparência pela situação degradante. Começaram a conversar com ele sobre os ensinamentos bahá´ís, convencendo-o a entrar num círculo de estudo do Livro 1. Logo se declarou bahá´í, avançou através de todos os livros da seqüência, abriu um círculo de estudo com não bahá´ís, começando a atrair pessoas à Fé. Tudo isso aconteceu antes do fim de um ciclo de quatro meses. O homem, completamente transformado em modos e aparência, estava presente à reunião de reflexão do agrupamento na qual foi lançado um ciclo subseqüente de crescimento, e a contribuição dele nas consultas foi uma fonte de grande encorajamento e inspiração. CONVIDANDO PESSOAS A INGRESSAREM NA FÉ Estas últimas histórias realçam a necessidade de se estar sempre consciente das muitos almas receptivas que estão esperando para serem convidadas a ingressarem na Fé. Londres, Inglaterra

Uma amiga minha declarou-se recentemente. Com ela, o esforço foi gradual. Seus outros amigos bahá´ís e eu sempre a mantivemos em mente quando sabíamos que havia algo em que ela gostaria de participar. Penso que o momento decisivo foi ajudá-la a entrar no Livro 1. Depois disso, foi apenas uma questão de “quando” em vez de “se”. Assim, é claro que, durante a campanha, mantivemos ela em nossas mentes e orações. Outro momento decisivo, durante a campanha, foi pedir a ela para prestar algum serviço para Bahá´u´lláh. Estou certa de que aquele sentimento de ser útil de alguma forma a Bahá´u´lláh foi um grande alimento para a sua alma.Ela preparou uma apresentação para a parte introdutória de um fire-side. Àquela altura, eu lhe disse, “Eu já sabia que você era bahá´í, não preciso lhe perguntar, nem lhe ensinar a Fé. Olhe para você - você está ensinando outras pessoas!" Ela concordou com o que eu dissera, e então adicionei, “Você sabe que tem de preencher o cartão de registro, já que é bahá´í.”, e expliquei como poderia fazer isto. Ela quis conhecer a Sede Nacional, então concordamos em visitar juntas a Sede dois dias depois. Disse-lhe que, enquanto isso, eu rezaria por ela e talvez ela também pudesse fazer o mesmo e pensar na decisão de seu registro na Fé. Quando a vi novamente, ela afirmou, “Sim, decidi tornar-me bahá´í. Mas não me registrarei agora." E daquele momento em diante, quando perguntada, ela respondia ser bahá´í. Perguntei-lhe se

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tinha em mente alguma data especial para fazer seu registro. Ela tinha uma data em mente e manteve seu prazo.

Kiev, Ucrânia

Quando estudamos a mensagem do Ridván em nossa reunião de agrupamento, um dos bahá´ís perguntou, “O que significa ser um ´buscador´? Um dos contatos presentes disse: “Sou eu. Que desejo participar de um círculo de estudo por que eu vejo como minha filha, que é bahá´í, está se comportando. Ela tem nove anos e estou muito orgulhosa dela. Certa vez, caminhando ao seu lado, perguntei se queria ser famosa. Pensou um pouco e respondeu com confiança, “Sim." Perguntei por que. Respondeu que se ficar famosa, poderá falar ainda mais com as pessoas sobre Deus. Havia dez outras crianças perto de nós, que ouviam nossa conversa, e minha filha de forma alguma se sentiu envergonhada." Mais tarde soube que essa senhora, como a filha de nove anos de idade, também abraçou a Causa.

Sussex, Inglaterra Para finalizar, um crente descreve o processo de ajudar um buscador, neste caso, alguém que tinha sido encaminhado por outro buscador para reconhecer e confirmar sua fé em Bahá´u´lláh.

Apresentei-me, dizendo-lhe que seu nome me fora indicado por um amigo seu em Gales, que mencionou estar ela interessada em aprender sobre a Fé. Ela imediatamente concordou em me ver. Sugeri quinta-feira, lembrando, egoisticamente, de todos os compromissos que tinha para hoje e amanhã. Ela sugeriu hoje, e eu concordei, pois sabia que não devia ir contra a vontade de Bahá´u´lláh; deixe fluir e deixe que Ele cuide de todos os seus compromissos. Convidei um amigo bahá’í para ir comigo. Recitamos a Epístola de Ahmad e outras orações e epseramos ansiosos. Às 12:20 vi uma senhora chegando de bicicleta, olhando um pedaço de papel, e vi que era ela. Ela entrou e durante a próxima hora fizemos a apresentação de “Ana”. Mostramos fotos da Terra Santa em um grande livro bahá´í, explicando-lhe sobre a Ordem Administrativa. Fizemos duas orações e lemos alguns textos sagrados ao longo da apresentação. Notei estar ela sorridente, recostada em sua cadeira mais relaxada do que antes, e em silêncio. Quis saber no que estava pensando e assim lhe perguntei: “Você já é bahá´í há algum tempo, mas não admitia, não é?” Ela respondeu: “Suponho que sim!” Adicionei, então: “Bem, se você reconhece que Bahá´u´lláh é o Manifestante de Deus para hoje, então você é bahá´í.” Ela respondeu, “Sim." Perguntei novamente, “Você reconhece Bahá´u´lláh como Manifestante de Deus?" Ela respondeu afirmativamente. Disse-lhe, então, “Sim, você é bahá´í; posso registrá-la hoje como bahá´í?" Ela concordou. Levantamo-nos e nos abraçamos felizes.

Preparado sob os auspícios do Centro Internacional de Ensino para a Instituição dos Conselheiros. Extratos dos relatórios citados podem ser editados para melhor correção gramatical, clareza ou extensão do texto. Sua reprodução, total ou parcial, pode ser distribuída dentro da comunidade baha'i sem permissão prévia do Centro Internacional de Ensino.

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REFLEXÕES SOBRE O CRESCIMENTO –Número 10 – Dezembro 2005

O IMPACTO DO CRESCIMENTO NOS PROCESSOS DA ADMINISTRAÇÃO O dramático progresso alcançado em todos os continentes no curso do Plano de 5 Anos se refletiu em muitos aspectos na vida da comunidade bahá’í. O processo do instituto de capacitação continuou a intensificar a capacidade de aumentar o número de crentes a promoverem os processos de expansão e consolidação. O crescente senso de posse e entusiasmo, que desta forma foi gerado, refletido em um aumento marcante na iniciativa individual, se tornou especialmente evidente em agrupamentos avançados, onde os amigos direcionaram o renovado fervor pelo ensino para os programas intensivos de crescimento. Um dos resultados bem-vindos desta nova vibração é que há um crescente contingente de crentes envolvidos no trabalho da Causa, servindo em diversos âmbitos dentro da estrutura do Plano. Enquanto isto, uma comunidade de interesse em expansão está desafiando a comunidade bahá’í a re-conceituar suas fronteiras e cuidar dos requisitos de um corpo em constante expansão de indivíduos trilhando juntos o caminho em direção a Bahá’u’lláh. O progresso feito tem sido reforçado pelo surgimento de uma nova cultura de crescimento na comunidade. Enquanto estes progressos têm continuado em um ritmo acelerado, várias comunidades nacionais deram passos para re-estruturar seus arranjos administrativos, a fim de alinhá-los com as novas necessidades. Abaixo, apresentamos uma análise de alguns dos aspectos mais relevantes dos avanços que têm impactado na administração dos processos de crescimento. Esta análise reflete as experiências das comunidades na vanguarda destes processos. Enquanto que em alguns casos as mudanças foram relativamente pequenas e os ajustes facilmente feitos, em outros foi necessária uma maior reconsideração de estruturas e práticas. Administrando o Processo de Crescimento no Nível do Agrupamento Com a divisão dos países em pequenas áreas geográficas, o conceito de agrupamento criou uma nova arena dentro da qual o trabalho de ensino pode ser organizado numa escala gerenciável. A expansão em larga escala provou no passado ser difícil de ser sustentada. Enquanto isto se devia principalmente a uma falta de um processo sistemático de levantamento de recursos humanos, havia também uma experiência limitada em administrar o processo de crescimento nas raízes. Neste contexto, o aprendizado que tem sido adquirido sobre a administração do crescimento no nível do agrupamento constitui uma das maiores conquistas no Plano atual. Em sua carta de 9 de janeiro de 2001, a Casa Universal de Justiça colocou a responsabilidade do trabalho de planejamento do agrupamento sobre três entidades no nível do agrupamento: "A implementação de tal programa exigirá uma estreita colaboração do instituto, dos membros do Corpo Auxiliar e seus ajudantes, e de um comitê de ensino de área.” Em agrupamentos avançados estas entidades estão diretamente focadas no planejamento e execução de planos de ensino, assegurando que as vitórias sejam imediatamente consolidadas, a aprendizagem conquistada e os ajustes necessários rapidamente implementados. Juntas, as três agências constituem uma infra-

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estrutura forte, tornando possível que muitas decisões, relacionadas ao processo de crescimento, sejam tomadas por aqueles que estão mais intimamente envolvidos em sua execução. Conforme as responsabilidades específicas das agências operantes no nível do agrupamento foram definidas pela Casa de Justiça, em diversos países documentos detalhados que delineiam o esquema de coordenação que envolve estas agências e seus braços auxiliares foram desenvolvidos. Freqüentemente, baseados no primeiro documento desenvolvido na Índia, tais documentos têm ajudado a esclarecer papéis e remover ambigüidades. Estes documentos também formaram, nestes países, a base do treinamento e orientação para os membros destas agências, indispensável num processo em marcha que continua a ser refinado à luz da experiência. Um exemplo do treinamento requerido pelo comitê de ensino de área ocorreu em um agrupamento avançado na Mongólia. Lá, o rápido aumento de novos crentes e a complexidade de administrar o conseqüente crescimento nas atividades de consolidação realçaram a urgente necessidade de treinar os membros do comitê bem como os membros das assembléias espirituais locais no agrupamento. O treinamento incluía uma gama importante de capacidades organizacionais – coleta e análise de dados, construção de equipe, e habilidades de informática. A colaboração entre Comitê, coordenadores de instituto, e os membros do Corpo Auxiliar permitiu a este agrupamento atingir progressos extraordinários no que se refere à expansão, consolidação, e desenvolvimento de recursos humanos. Um aspecto crítico importante que não pode ser adiado é o significativo investimento de tempo requerido pelas agências do agrupamento, em particular do coordenador do instituto de capacitação e do(a) secretário(a) do comitê de ensino de área – ocasionalmente referido como o facilitador do desenvolvimento do agrupamento. A experiência tem demonstrado que onde o número de atividades básicas, as várias campanhas relacionadas ao trabalho do ensino, e as tarefas relacionadas à coleta de dados, entre outras responsabilidades, alcançam um certo nível de complexidade, trabalhadores em tempo parcial ou eventualmente integral são necessários. Nestes casos, coordenadores de instituto e facilitadores de desenvolvimento (secretário do comitê), funcionando com crescente efetividade, têm demonstrado serem indispensáveis para uma maior mobilização das fileiras dos crentes e para a continuidade dos esforços de ensino e consolidação. A questão não é inicialmente relacionada a se tais pessoas são remuneradas – em muitos agrupamentos os serviços de voluntários nestes postos tem sido efetivamente aproveitados. Mais propriamente, a questão é de reconhecer que a administração dos processos de crescimento requer esforço intensivo da parte de uma equipe dedicada de indivíduos funcionando em esferas claramente definidas nas raízes. Conseqüentemente, é claro, que não será possível que o trabalho seja levado adiante simplesmente em bases voluntárias e, com o tempo, indivíduos precisarão ser contratados. Onde remuneração é necessária, surgem novos desafios relacionados ao uso dos fundos, e a forma com que eles serão gerados dentro do agrupamento e ampliados externamente se necessário. Outro desafio é garantir que uma abordagem flexível seja adotada, de forma que permita diferentes arranjos de posições de trabalho. Outra consideração importante é que o crescimento relativamente grande da comunidade de interesse está provendo um estímulo aos amigos e instituições para adotarem abordagens que minimizem a demarcação entre bahá’ís e não-bahá’ís. Conforme as atividades básicas atraem um número crescente de participantes, o desafio é atender suas necessidades fazendo com que eles se sintam em casa dentro de um ambiente bahá’í. Para administrar este novo elemento da comunidade se requer um conhecimento íntimo de suas necessidades e da aplicação de atenção sistemática. Envolve comunicação regular com eles, engajá-los em um discurso único, utilizar imediatamente seus serviços e aprender como guiá-los a um comprometimento sempre crescente com a Causa.

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Tudo isso é grandemente facilitado ao ter agências que funcionam no nível do agrupamento, pois isto é a ponta de lança do aprendizado em relação a todos os aspectos do processo de crescimento. As agências do agrupamento podem alocar os elementos necessários, tais como a criação de um informativo especial visando a comunidade de interesse, o envolvimento desses novos amigos no trabalho do agrupamento ou a ajuda às assembléias espirituais locais, a fim de executarem sua parte neste contexto. Envolvimento das Assembléias Espirituais Locais O papel da Assembléia Espiritual Local é, como de todas as outras instituições, evolutivo, e será desenvolvido na relação com os processos de crescimento. Apesar das observações nesta área serem ainda preliminares, certas conclusões gerais já são perceptíveis. Nos lugares onde as Assembléias Locais alcançaram a nova visão de crescimento e se ajustaram às necessidades de funcionamento dentro do contexto do agrupamento, elas intensificaram fortemente o trabalho de ensino. Por outro lado, onde houve resistência às novas realidades, o processo de crescimento foi negativamente afetado. É instrutivo notar o papel efetivo que as Assembléias Espirituais locais tem desempenhado em muitos agrupamentos. Em muitos países onde as assembléias tinham um baixo nível de funcionamento, foi observado um significativo renascimento das assembléias em agrupamentos avançados. Os crentes estão assumindo responsabilidade na eleição de sua Assembléia e, uma vez formada, a Assembléia está assumindo uma responsabilidade maior do que antes pelos assuntos da Causa. Em outras situações, particularmente no contexto de programas intensivos de crescimento, Assembléias Locais com um alto nível de funcionamento estão se levantando para os desafios criados pelo programa. Tais Assembléias têm efetivamente reforçado o plano do agrupamento preparado pelas agências do agrupamento e assumiram a responsabilidade por certos elementos do empreendimento dentro de sua própria área. Uma vez que o escopo geográfico do planejamento envolvido freqüentemente se estende a diversas localidades, uma prática útil nos estágios iniciais de desenvolvimento tem sido que as agências do agrupamento compartilhem o plano proposto com as Assembléias Espirituais Locais da área. Esta abordagem pode melhorar a habilidade das Assembléias de dar seu apoio ao programa, e as encoraja a dar passos para reforçar o plano em suas localidades. Um exemplo de onde isto está acontecendo de muitas formas é os Estados Unidos. Conforme os esforços de ensino e as atividades básicas se multiplicaram, as Assembléias Locais se emocionaram ao ver as oportunidades de serviço criadas para a população em geral. Por exemplo, uma Assembléia em cuja área as aulas de crianças se multiplicaram em várias vizinhanças, está encantada em saber que a comunidade responsável é capaz de gerenciar um número maior de crianças da localidade do que foi possível antes. Além da capacidade aumentada de ampliar suas fronteiras, o efeito positivo na qualidade da vida comunitária bahá’í também tem sido relatado e se reflete na qualidade crescente de seus processos internos. Estas conclusões foram obtidas, em parte, da pesquisa conduzida pelo Centro Internacional de Ensino em cerca de 50 agrupamentos avançados espalhados no mundo. O estudo que avaliou o impacto do processo de crescimento em diferentes aspectos da vida da comunidade bahá’í identificou que em 90% dos agrupamentos pesquisados experimentaram melhorias nas Festas de 19 Dias, com cerca de dois terços delas ainda registrando um aumento nos níveis de participação. As percepções ganhas na condução de reuniões devocionais estão refletindo crescentemente no programa espiritual da Festa. De acordo com a pesquisa, mesmo os processos consultivos em todos os níveis da comunidade – incluindo reuniões de Assembléias – têm melhorado em eficácia,

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tornando-se mais significativas, unidas, e focadas. Tem também sido observado que em muitas situações as contribuições ao Fundo Bahá’í têm sido impactadas positivamente conforme os níveis de comprometimento e consciência sobre seu significado espiritual têm aumentado. Estes sucessos se devem ao efeito do processo de instituto que, nutrindo uma profunda transformação espiritual, tem provado ser mais eficaz para lidar com grandes números de pessoas do que a maioria dos esforços para o desenvolvimento da comunidade e da Assembléia Espiritual. A pesquisa indicou que a contribuição inicial mais significativa de Assembléias Locais aos processos de crescimento foi a de prover encorajamento aos crentes. Isto foi particularmente efetivo quando uma expansão de visão resultou da participação dos membros da Assembléia no processo de instituto, bem como do estudo dos documentos do Plano de 5 Anos. As interações com as agências do agrupamento também foram identificadas como meios que possibilitam às Assembléias a fazerem contribuições efetivas. Tais interações, freqüentemente, ocorrem no nível do agrupamento no contexto de planos específicos de ação. Outra estratégia efetiva de construir unidade de visão e ação tem sido a realização de conferências para membros das assembléias locais. Esta estratégia tem sido empregada no Canadá onde tais encontros realizados no nível regional ou de agrupamento, pelos conselhos regionais bahá’ís, têm ajudado muito às assembléias locais a re-alinharem seus processos e prioridades administrativos. Além destas considerações, o papel de liderança das Assembléias Espirituais – sejam elas nacionais ou locais – é de profunda importância. Tem sido observado, em muitos agrupamentos, que os processos de crescimento são grandemente intensificados onde este papel de liderança é exercido através do esforço constante das Assembléias em manter a visão de crescimento diante dos crentes, permitindo que os dois movimentos essenciais impactem as prioridades, evitando distrações desnecessárias, provendo os recursos necessários, e reforçando os planos e iniciativas no nível do agrupamento. Além disso, é imperativa a força dinâmica do exemplo individual através do envolvimento pessoal dos próprios membros das assembléias nas atividades do agrupamento, apoiando ativamente os esforços das agências do agrupamento. Descentralização e Conselhos Regionais Bahá’ís Citados os desenvolvimentos de longo alcance ocorridos no nível do agrupamento e conforme mais e mais novos programas intensivos de crescimento estão sendo lançados, a descentralização dos processos administrativos se torna cada vez mais importante. Da mesma forma, o fortalecimento dos conselhos regionais bahá’ís, onde eles existem, ganha um novo significado. A principal consideração está relacionada à devolução do processo de tomada de decisão ao nível apropriado da administração bahá’í. Na prática, este princípio se aplica tanto à devolução da tomada de decisão das assembléias nacionais para o nível regional, e do conselho regional para o nível do agrupamento. É cada vez mais evidente que onde a estrutura do Plano de 5 Anos tem sido bem compreendida pelos conselhos regionais, ao desincumbirem-se dos processos de expansão e consolidação em suas regiões, o objetivo de um avanço significativo no processo de entrada em tropas estará se realizando. Uma abordagem para a questão da descentralização seria focar no relacionamento dos Conselhos com os Conselheiros, com a Assembléias Nacional, Comitês Nacionais, e escritórios da Sede Nacional, observando-se a hierarquia das diversas entidades envolvidas. Entretanto, mais relevante para a relação entre a descentralização e o objetivo de avançar o processo de entrada em tropas seria considerar se as estruturas administrativas são consistentes com e conduzem ao crescimento no nível do agrupamento, particularmente ao crescimento em larga escala. O que muitos países estão aprendendo é a construir a visão dos processos administrativos que afetam o

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crescimento à partir do agrupamento, questionando a cada estágio que arranjos irão melhor avançar o processo de entrada em tropas nesta nova arena de ação. O que tem sido aprendido, então, é que uma administração efetiva com vista ao trabalho de ensino é aquela que busca liberar o poder da iniciativa individual, provendo o fluxo de recursos e liberdade de operação às estruturas que coordenam no nível do agrupamento. De fato, uma comunidade nacional que está implementando uma revisão abrangente de seus processos administrativos, Índia, começou considerando a realidade no nível do agrupamento, e considerou quais processos seriam mais efetivos para garantir a promoção do crescimento. Para este propósito, a administração foi conceituada como constituindo os canais que facilitam uma série de fluxos necessários – fluxo de guia, direção, encorajamento, recursos humanos, literatura, e informação, incluindo estatísticas. O desafio de colher estatísticas precisas tem sido tratado, em muitos países, através da aplicação do Statistical Report Programme –SRP (Programa de Relatórios Estatísticos) concebido pelo Departamento de Estatísticas do Centro Mundial Bahá’í. O que este programa facilita é a coleta e análise dos dados principais, o que possibilita que um retrato preciso e adequado do desenvolvimento da comunidade seja construído. Para reunir as informações nos níveis de agrupamentos, regiões e países, SRP provê uma importante ferramenta para as instituições bahá’ís em seus processos de tomada de decisão, possibilitando a priorização de recursos e linhas de ação em cada nível da administração. Apesar de, a princípio, o programa requerer o investimento de um certo esforço para treinar alguns indivíduos utilizar e alimentar o banco de dados, uma vez em marcha, está provando ser uma ajuda valiosa ao processo de descentralização. Os países onde já estão implementando o pacote SRP, incluem alguns com um número significativo de crentes como Brasil, Colômbia, Malásia e Zâmbia. O Impacto no Processo Administrativo no Nível Nacional O avanço do processo de descentralização exigido pelo Plano de 5 Anos traz consigo profundas implicações para a administração nos níveis nacional e regional. À medida que as comunidades nacionais revêem suas estruturas administrativas, é encorajador notar que em muitos casos o fazem em antecipação para quando a comunidade aumentar grandemente seu tamanho. Tal perspectiva necessita de uma mudança significativa nos recursos dos níveis regional e de agrupamento, bem como, mudanças concomitantes inevitáveis no tamanho e estrutura da Sede Nacional. Conforme mencionado acima, na vanguarda desta revisão administrativa está a Índia onde as instituições têm, com o encorajamento da Casa de Justiça, começado a repensar e modificar a administração nacional daquele país, para se tornarem mais bem equipados a fim de sustentar e aumentar o notável crescimento que tem sido alcançado. O desafio tem sido abraçado entusiasticamente e já trouxe consigo a reorganização do escritório da tesouraria nacional, uma re-estruturação de algumas das agências nacionais, e um aperfeiçoamento do fluxo de informações, incluindo as estatísticas. Uma área que tem requerido uma nova perspectiva, em muitos países, é como o orçamento nacional reflete e reforça as prioridades do Plano: desenvolvimento de recursos humanos e o avanço dos agrupamentos. Onde o trabalho de expansão e consolidação recai, de fato, sobre os Conselhos, em algumas comunidades uma transferência substancial de fundos a estes corpos tem ocorrido, bem como a avaliação dos recursos necessários para sustentar programas intensivos de crescimento no nível do agrupamento. Novas análises e formulações de orçamento têm levado em consideração a

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descentralização necessária para cumprir o propósito singularmente importante de um avanço significativo no processo de entrada em tropas. No Reino Unido, a Assembléia Nacional, respondendo às demandas do Plano, repensou a situação de seus funcionários no nível nacional e fez uma re-organização de funções e consolidação de posições, assim conseguiu liberar os fundos necessários para aumentar substancialmente o apoio financeiro às instituições regionais. Esta ação, iniciada em 2002, tornou possível indicar o primeiro coordenador de instituto a tempo integral, e mais tarde criar uma segunda posição, bem como prover apoio financeiro para posições no nível do agrupamento conforme estes foram se tornando necessários – medidas que estão tendo um impacto direto e decisivo no impressionante desenvolvimento do processo de crescimento naquele país. A declaração no documento Gerando Força Propulsora: Uma Abordagem Coerente para o Crescimento, acerca do re-exame das abordagens administrativas, levou muitas comunidades nacionais a implementar um processo de reflexão à luz das realidades e necessidades de promover uma cultura de crescimento. Em vários casos, o número de comitês nacionais foi radicalmente reduzido e fim de garantir que os processos de crescimento recebessem a prioridade apropriada e que o maior número possível de crentes sejam liberados para focar no trabalho de ensino. Quênia e Alemanha são exemplos notáveis. Em muitos países, os mandatos de comitês cujas funções diretamente impactam sobre os processos de crescimento – tais como o Comitê Nacional de Ensino, Comitê Nacional de Educação de Crianças e o Comitê Nacional de Juventude – foram cuidadosamente revistos não só para garantir alinhamento com os objetivos do Plano, mas, também, para examinar se alguns elementos já eram cobertos por outras agências, evitando assim a duplicidade de esforços. Em alguns casos estes comitês, anteriormente considerados obrigatórios, foram desativados, onde se tornou claro que os aspectos essenciais de seu trabalho já estavam sendo conduzidos por outras agências, tais como conselhos regionais bahá’ís ou institutos de capacitação. Na Austrália, o aumento da capacidade nas raízes da comunidade, tornou possível que as responsabilidades do Comitê Nacional de Educação de Crianças fossem transferidas com sucesso aos conselhos regionais bahá´’is. Claramente, questões relacionadas ao papel de qualquer comitê em particular, devem ser decididas caso a caso, e nenhuma receita pode ser dada que possa servir em todas as eventualidades. Todavia, o princípio que as novas circunstâncias criadas pelo Plano de Cinco Anos necessitam uma reconsideração dos arranjos administrativos no nível nacional está sendo crescentemente reconhecido em muitos países.

A experiência emergente no mundo bahá’í, refletida nas observações acima, é um fruto impressionante da forma de aprendizado crescentemente evidente em cada departamento da vida da comunidade. À medida que os processos de crescimento ganham velocidade, há toda expectativa de que os processos e estruturas administrativas continuarão a evoluir em resposta às exigências particulares de cada novo estágio. Preparado sob os auspícios do Centro Internacional de Ensino para a instituição dos Conselheiros. Em seu todo ou em partes, esta publicação pode ser reproduzida ou distribuída dentro da comunidade bahá´í sem autorização prévia do Centro Internacional de Ensino.

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REFLEXÕES SOBRE O CRESCIMENTO – Número 11 – Março

2006 Abrindo um Quarto Portal para a Entrada em Tropas – Programas para Pré-Jovens Em sua mensagem de 27 de desembro de 2005 à Conferência dos Corpos Continentais de Conselheiros, A Casa Universal de Justiça destaca as esperiências bem-sucedidas do mundo bahá’í em “programas educacionais que objetivam o empoderamento espiritual dos pré-jovens.” A Casa de Justiça escreveu:

Tão impressionados estamos com os resultados já alcançados, e tão arrebatadora é a necessidade, que instaremos todas as Assembléias Nacionais a considerarem, por seus próprios méritos, os grupos de pré-jovens, formados através dos programas implementados por seus institutos de capacitação, como a quarta atividade básica e promover a sua multiplicação em larga escala.

O anúncio de que os programas de pré-jovens seriam implementados sistemática e vigorosamente pelos institutos de capacitação, com o objetivo de “multiplicação em larga escala,” tem gerado um grande entusiasmo na comunidade para alcançar esta importante população especial e no aproveitamento de seu potencial para o avanço do processo de entrada em tropas. Desde o ano 2000, o Corpo Supremo, em sua mensagem do Ridván, referiu-se à fase de pré-jovens como um período distintivo no desenvolvimento de um indivíduo e convocou para a implementação de programas adequados às necessidades especiais desta faixa etária.

Entre os jovens da comunidade encontram-se aqueles conhecidos como pré-jovens, que se situam entre as idades, digamos, de 12 a 15 anos. Eles representam um grupo especial com necessidades especiais, pois se encontram entre a infância e a juventude, quando muitas transformações estão ocorrendo dentro deles. Uma atenção criativa deve ser dada para seu envolvimento em programas de atividades que mobilizem seus interesses, molde suas capacidades para o ensino e o serviço, e envolva-os em uma interação social com jovens mais velhos. O emprego das artes, de várias formas, pode ser de grande valia para tais atividades.

A resposta a este chamado foi limitada, uma vez que as atividades para pré-jovens continuaram, em muitos países, a serem uma extensão das aulas de crianças. Entretanto, com a introdução do programa de Empoderamento Espiritual de Pré-jovens, o qual, incialmente, foi promovido pelo Escritório de Desenvolvimento Sócio-Econômico, os esforços avançaram a um novo patamar. Os materiais deste programa foram utilizados inicialmente em programas de pré-jovens por organizações de inspiração bahá’í. Estes materiais foram, então, amplamente adotados pelos institutos de capacitação. Um número crescente de monitores de pré-jovens têm sido capacitados de modo que, a esta altura, mais de 2.000 grupos de pré-jovens foram formados, muitos dos quais em agrupamentos prioritários, envolvendo cerca de 20.000 participantes, sendo que menos da metade provêm de famílias bahá’ís.

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Ao focar nos jovens na etapa formativa de suas vidas, o processo de educação espiritual e moral pode exercer máximo efeito e o espírito dos Ensinamentos pode afetar diretamente o caráter de uma nova geração. Além disso, como explicou a Casa de Justiça, quando os pré-jovens são “encorajados a adentrar a seqüência básica de cursos do instituto na idade de 15 anos, esses jovens representam um vasto reservatório de energia e talento que pode ser devotado ao progresso da civilização material e espiritual.” Qualquer visão de crescimento sistemático precisa incorporar os pré-jovens. Porisso, espera-se que programas para este grupo especial sejm integrados nos planos para programas intensivos de crescimento. No entanto, “Qualquer que seja a natureza do agrupamento”, uma atenção cuidadosa aos pré-jovens é “imperativa”, e esta é uma área de atividade do próximo Cinco de Anos que requer uma pronta ação. Esperamos que os relatos de países que já alcançaram uma experiência significativa com pré-jovens, compartilhados neste noticioso, sejam úteis para o planejamento e implementação de novos programas.

* * * * * * * Formação de grupos No início do estabelecimento de um programa de pré-jovens, grupos são formados através da identificaçãode jovens interessados em participar na iniciativa. As descrições a seguir esclarecem como os grupos foram formados em dois diferentes ambientes. Canadá. Durante uma fase de expansão do programa intensivo de crescimento no agrupamento de Ottawa, uma equipe formada de seis amigos escolheu um bairro com um grande número de imigrantes e pesquisaram. A equipe escolheu um local para as atividades planejadas para os pré-jovens, fizeream cartazes para convidá-los para uma série de eventos e fixaram cartazetes nos centros comunitários e postes telefônicos.Os membros da equipe, então, saíram em duplas, de porta em porta e no parque, e convidaram os pré-jovens para participarem. Em uma noite eles vistaram 55 casas e encontraram receptividade em 38 destes. Eles convidaram, também, 22 pré-jovens dos parques e ruas da vizinhança. Trinta e nove pré-jovens e crianças participaram em um programa de uma semana de duração com diversas atividades sociais, artísticas e esportativas. Ao final de cada dia, era feita uma apresentação sobre a importância dos pré-jovens desenvolverem as capacidades necessárias para contribuir para o melhoramento da sociedade. Os pré-jovens eram então convidados a se inscrever para participar em grupos de pré-jovens. Setenta e dois pré-jovens se inscreveram formalmente com o pleo apoio de seus pais. O aprendizado com esta experiência tem ajudado os amigos a identificarem os fatores que contribuem para o sucesso na formação de grupos nos bairros, como demonstrado na seguinte declaração.

Enquanto houver uma maneira antiga de pensar sobre os pré-jovens se reunindo em um grupo, haverá problemas logísticos com o deslocamento e apoio para trazer os pré-jovens para estas atividades. Se os pré-jovens são mantidos em grupos centralizados, isto pode limitar as atividades do grupo e isto não atrai os pré-jovens que não são bahá’ís. Algumas comunidadades ainda não alcançaram a consciência da necessidade de formar grupos de pré-jovens em atividades de setores e bairros, de modo a que os pré-jovens possam descolcar-se a pé.

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França. Através de esforços persistentes e dedicados, um grupo de bahá’ís conseguiu formar um grupo de pré-jovens no agrupamento de Créteil-Nogent de Paris. A princípio, aqueles envolvidos tinham dificuldade em visualizar como isto poderia ser feito e estavam apreensivos quanto a abordar instituições onde programa poderia ser iniciado. Com o encorajamento do instituto nacional de capacitação, os amigos procuraram um local que poderia ser receptivo à aplicação do material de pré-jovens. Após tentar diferentes lugares, um grande centro educacional demonstrou interesse. Inicialmente, o centro pediu que os monitores voluntários trabalhassem apenas com as crianças. Os voluntários relataram que, após verem os efeitos positivos de seus trabalhos com as crianças, “aqueles que eram frios conosco inicialmente, passaram, de repente, a ser tão calorosos e a apreciar o que nós estávamos fazendo.” Os monitores precisaram apenas mencionar o programa de pré-jovens e o centro, imeditamente, organizou para que um grupo de 12 pré-jovens estudasse o “Brisas de Confirmação” na semana seguinte. Os bahá’ís estavam impressionados porque eles puderam falar aberta e livremente sobre a Fé. Tudo isto aconteceu durante a semana de distúrbios sociais em Paris e um período de busca espiritual. Os crentes escreveram que isto foi “uma confirmação viva” de que a Abençoada beleza os estava amparando. Promovendo campanhas intensivas Em alguns países, foi dado um pontapé inicial nos programas de pré-jovens, em especial em áreas rurais, através da implementação de campanhas intensivas que utilizam jovens mais velhoscomo monitores. Estas campanhas acontecem geralmente durante feriados escolares e um apoio de acompanhamento posterior é assegurado. Em seguida eles viajam para determinadas vilas ou bairros e permanecem lá por algumas semanas. Nas vilas, eles costumam ficar hospedados com as famílias. Eles podem formar grupos de pré-jovens que se reúnem com freqüência o que permite fazer um considerável progresso em um curto período de tempo. Mongólia. Um programa de empoderamento espiritual de pré-jovens foi introduzido há alguns atrás e, desde então, alguns programas intensivos de crescimento tiveram início em determinados agrupamentos. Um acampamento de capacitação foi organizado para desenvolver recursos humanos para trabalhar com pré-jovens particularmente em dois destes agrupamentos. Um total de 58 pessoas participou. Durante o treinamento, foram elaborados planos a serem implementados em oito localidades, em dois agrupamentos, durante um período de mais de 3 anos. Muitos voluntários se comprometeram em passar suas férias de verão nas vilas e de regularmente vistitá-las durante o ano a fim de manter contato com os pré-jovens de lá. Cada monitor fez planos para formar um grupo em área urbana e outro em área rural. Administradores do agrupamento também participaram do treinamento e das consultas sobre suas comunidades. Considerou-se como toda a população do agrupamento poderia ser atingida. Os participantes estimaram quantos grupos cada um poderia formar, bem como quantos jovens estavam passando pela seqüência de cursos e estariam prontos para futuros treinamentos de monitores, quatro dos quais estavam planejados para o próximo ano. Como eles estimaram, com o aumento no número de grupos de pré-jovens a cada ano, os amigos viram que era possível em um programa de três anos envolver toda a população de pré-jovens do agrupamento no programa. Estados Unidos. Campanhas intensivas também têm sido bem-sucedidas em áreas urbanas. O Projeto Badi é um projeto anual de quatro semanas durante o verão de ensino e serviço dos jovens do Instituto Bahá’í de Magdalene Carney na Flórida. Um dos componentes deste empreendimento envolve a preparação dos jovens bahá’ís com as capacidades requeridas para engajar pré-jovens em atividades voltadas para seu empoderamento espiritual. Um foco deste projeto é oferecer círculos de leitura para desenvolver as habilidades destes jovens. O projeto tem

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sido implementado em quatro bairros de maioria afro-americana e caribenha nos agrupamentos de Broward, Tampa e Palm Beach, todos os quais são áreas onde programas intensivos de crescimento têm sido lançados. O projeto Badi consiste de quatro aspectos fundamentais: treinamento, serviço, ensino e reflexão. Durante a fase inicial do projeto, os jovens completam seus estudos da seqüência de cursos. Também recebem treinamento para monitores e orientação sobre como abrir e manter um círculo de leitura e sobre temas relacionados à liderança orientada para o serviço. Os jovens, então, formam círculos de leitura para pré-jovens nos bairros específicos. Os círculos acontecem diariamente durante duas horas. As atividades dos círculos de leitura geralmente acontecem embaixo de uma árvore ou em uma área de sombra em frente à casa dos pré-jovens e consiste do estudo dos livros “Brisas de Confirmação” e “Trilhando o Caminho Reto”. Durante os finais de semana os jovens fazem apresentações artísticas proclamando a Fé Bahá’í. Estas apresentações são feitas para os estudantes dos círculos de leitura, seus familiares, contatos dos bairros e outros buscadores no agrupamento. Ao final de cada performance, é feita uma apresentação das atividades básicas e a o público é convidado a se inscrever para participar. A continuação do projeto, os comitês de crescimento do agrupamento organizam visitas aos lares para os familiares dos estudantes dos círculos de leitura. Estas famílias são convidadas para círculos de estudo que acontecem próximo aos seus lares. Encontros de famílias também são organizados mensalmente nos quais são incluídas partes devocionais e apresentações preparadas pelos pré-jovens. Receptividade ao programa Sempre que os bahá’ís iniciaram programas de pré-jovens, eles perceberam que existe um interesse significativo na população em geral em relação a estes empreendimentos. Este elevado grau de receptividade se reflete na relativa rapidez com que estes programas estão crescendo em muitas comunidades. A experiência também tem demonstrado que, em comunidade onde outras populações não são muito receptivas à Fé, os pré-jovens podem ser um ponto de entrada de sucesso. Em Camarões, um programa de pré-jovens foi iniciado pela organização não governamental de inspiração bahá’í Emergence – Foundation for Education and Development, em colaboração com o Instituto Nacional de Capacitação. Após cerca de dezoito meses de esforço combinado, ao final de 2004, 21 grupos de pré-jovens, com 418 participantes, haviam sido estabelecidos em seis agrupamentos. Os livros sobre empoderamento espiritual de pré-jovens foram usados e 90% dos participantes provinham da comunidade em geral. O instituto Azemikhah na República Centro Africana decidiu implementar um programa um de pré-jovens inicialmente nos quatro agrupamentos mais avançados do país. Três treinamentos para monitores foram realizados em 2004, nos quais 74 pessoas participaram. Nos próximos meses, 29 grupos de pré-jovens tiveram início, beneficando, juntos, mais de 450 pré-jovens, cuja vasta maioria provém da comunidade em geral. Os grupos ganharam o respeito e admiração da comunidade local através dos projetos de serviço que eles implementaram. No final de 2004, o Instituto Nacional de Capacitação no Kenia tinha introduzido os programas de empderamento espiritual de pré-jovens em vários dos agrupamentos mais avançados no país, especialmente em Lugari, Malava e Triki West. Um total de 36 grupos de pré-jovens, com mais de 320 membros, havia iniciado. Muitos pais da comunidade em geral solicitaram – até

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mesmo insistiu – que seus filhos fossem incluídos nos grupos de pré-jovens, devido, principalmente, pela mudança de comportamento observada nos pré-jovens que estão participando. Em março de 2005, o programa de pré-jovens foi lançado no Nepal nos agrpamentos mais avançados de Morang, Sunsari, Kathmandu e Lalitpur. A receptividade ao programa foi grande, não apenas entre os 595 participantes que se estima estão atualmente involvidos, mas, também, entre os outros membros da comunidade em geral, que encorajaram os pré-jovens a entrarem no programa. Os monitores têm demonstrado grande entusiasmo e motivação para iniciar e manter os grupos em um país que ainda sofre com conflito civil e distúrbios. Alcançando populações específicas em uma comunidade. Em muitas partes do mundo, os amigos estão aprendendo que existe especial receptividade para o programa de pré-jovens em determinadas populações da comunidade; além disso, freqüentemente existe apoiode várias instiyuições na comunidade para iniciar tais atividades. Tadjikistão. No agrupamento de Khudzhand, um bahá’í capacitado como monitor buscou alcançar os membros da comunidade cigana. A comunidade cigana é uma das poucas populações não alfabetizadas na extinta União Soviética. Eles são marginalizados pela população local e não costumam associar-se com os Tajikstanes ou os Uzbekstanes que residem na mesma localidade. Foi após um curso de capacitação de monitores que este crente decidiu convidar crianças ciganas para sua aula de criança. Para sua surpresa, muitos vieram, com idades variando entre 5 e 17 anos, muitos dos quais analfabetos. Eles começaram ouvindo e memorizando lições do livro 3 do Instituto Ruhi. Então ela dividiu o grupo, os mais novos em uma aula de crianças, e os mais velhos em um grupo de pré-jovens. A monitora reunia-se com eles três vezes por semana e introduziu materiais complementares para auxiliá-los na leitura. Todos os jovens se amavam tanto que não aceitaram nenhum outro monitor quando ela tentou buscar ajuda de outros. A monitora teve a idéia de levar seu grupo ao hospital local para encontrar um dentista, depois que o grupo havia estudado a seção do livro “Brisas de Confirmação” em que os pré-jovens conversam sobre seus talentos e sobre o que gostam de fazer. Ela pediu ao dentista que lhes falasse sobre sua profissão. Ele ficou tão inspirado com os dedicados serviços desta monitora junto à comunidade cigana que ele lhes explicou sobre sua origem, sua história e a importância da educação. Ele disse aos jovens que eles deveriam vir a ser aqueles que mudariam o destino de seu povo, que deveriam crescer para serem destacados e bem instruídos e servir a sua comunidade. Os jovens ciganos ficaram inspirados e se transformaram. Eles estão determinados a aprender e a mudar. Disseram que querem se tornar pessoas instruídas, não mendigos e ladrões. Eles inscreveram seis familiares mais novos em aulas de criança e ficavam procurando desculpas para voltar mais e mais vezes para a casa da monitora para aprender mais. Antes de participar do programa, era impossível envolver os jovens ciganos em atos de serviço, uma vez que eles consideravam isto humilhante. Após participarem, eles passaram a encarar o serviço com alegria e serviram de diferentes maneiras, tais como varrendo e limpando de ruas na vizinhança e pintando as árvores com cal. Austrália. Uma estudante de psicologia, durante sua entrevista para servir como conselheira voluntária em um centro multicultural, mencionou seu treinamento como monitora de grupos de pré-jovens. Seu entrevistador, que havia tido um contato prévio com a Fé, ficou muito interessado no programa de pré-jovens quando ela explicou. Ele perguntou sua a possibilidade de abrir um grupo de pré-jovens no centro, voltado especialmente para os jovens recém imigrados para a Austrália. Eles conseguiram verba do governo para um projeto piloto de 20 semanas. Os

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organizadores sentiram que o maior desafio era encontrar participantes interessados, já que outros programas voltados para esta faixa etária tinham encontrado dificuldades. Entretanto, se inscreveu um número suficiente de jovens para formar um grupo que deverá iniciar suas reuniões em breve. Integrando atividades para pré-jovens em um programa mais amplo para jovens Organizações de inspiração bahá’í que trabalham com jovens mais velhos, perceberam que programas de pré-jovens podem ser uma extensão natural de suas atividades e que eles apóiam e reforçam as linhas de ação originais. Guiana. Uma organização de inspiração bahá’í, a Fundação Varqa, incorporou um componente de pré-jovens em seu principal empreendimento, intitulado A Juventude Pode Mover o Mundo ( Youth Can Move The World – YCMTW). Os programas YCMTW provêem aos jovens capacitação que reforça sua identidade enquanto agentes de transformação pessoal e comunitária. Após receberem treinamento que os capacita como facilitadores YCMTW, eles retornam ás suas comunidades de origem e iniciam atividades com seus pares e grupos de pré-jovens com aqueles entre 12 e 15 anos. Haiti. No agrupamento Cabaret, tem sido um desafio nutrir o crescimento da Fé devido à forte presença da Igreja Batista. O programa de pré-jovens neste agrupamento se tornou uma maneira efetiva de envolver a comunidade em geral nas atividades da Fé. Os jovens de Cabaret interessados em trabalhar com aqueles entre 11 e 14 anos, receberam treinamento que os capacitou a servir como monitores de grupos de pré-jovens. Durante a parte prática do treinamento, eles estudaram partes de “Trilhando um Caminho Reto” com pré-jovens do agrupamento. As famílias destes pré-jovens assistiram à prática e aprovou o ensinamento que estava sendo oferecido. Posteriormente, um grupo adicional de 13 jovens participou do treinamento de monitores que foi oferecido na semana seguinte. Estes jovens, muitos dos quais não eram bahá’ís, ficaram muito agradecidos por terem participado do treinamento. Seis novos grupos, cada um consistindo por 10 a 15 pré-jovens, foram iniciados por 10 destes recém-treinados monitores. Foi relatado que os monitores e pré-jovens participam regularmente das atividades bahá’ís no agrupamento, como reuniões de reflexão e firesides. Os monitores foram convidados a estudar a seqüência principal e espera-se que completem a seqüência em um ano. Kosovo. O projeto de desenvolvimento sócio-econômico de inspiração bahá’í, Centro de Desenvolvimento de uma Perspectiva Global (Global Perspective Development Centre – GPDC), começou a trabalhar com jovens há mais de três anos. Em 2005, o programa de pré-jovens foi integrado ao já existente projeto do GPDC, Mudança Global (Global Motion), que usa as artes como meio de transformação pessoal e social, através da elevação da capacidade dos jovens de se tornarem agentes de mudança em suas sociedades. A introdução dos pré-jovens era um passo natural e lógico, construindo em cima da experiência já conquistada. Dos cerca de 100 participantes no projeto, um determinado número de pessoas chaves foram identificadas para se tornarem monitores de grupos de pré-jovens. Existem, atualmente, 12 monitores trabalhando com um número estimado de 70 pré-jovens através do país. Os participantes estão respondendo de forma entusiasta ao programa e já começaram a compartilhar o que estão aprendendo com seus familiares e seus pares. Transformação dos participantes

O envolvimento em grupos de pré-jovens contribuem para o desenvolvimento moral dos participantes e constrói um senso de solidariedade entre eles. Os textos usados ajudam os pré-

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jovens a desenvolver seus poderes de expressão e a formar um marco moral através do qual possam compreender suas vidas e as escolhas que eles enfrentam. Canadá. Declarações dos pré-jovens sobre suas experiências nos grupos ilustram os inúmeros efeitos do programa na transformação. Em um grupo, onde os participantes estão estudando “Brisas de Confirmação,” foram feitas quatro perguntas ao participantes: O que você gostou no grupo de pré-jovens? O que você gosta no estudo de “Brisas de Confirmação”? Qual foi sua atividade favorita? Em que aspectos esta experiência foi diferente das experiências dos anos anteriores? Seguem alguns dos comentários dos participantes:

• Gosto de debater com o grupo sobre as várias idéias que surgem das histórias. • Estou procurando continuar as visitas aos asilos e o plantio de árvores. É divertido

quando fazemos o livro. • Nós consultamos mais, em comparação com os anos anteriores. Nos anos

anteriores, os professores falavam mais. Este ano, podemos falar e tomar decisões. Nós podemos ler; antes só o professor lia.

• Gosto que tem um monte de pessoas com quem você pode falar e tem um bocado de coisa que você aprende nos livros. Eu gosto de preparar jogos e apresentações de dança para as Festas. Gosto de encontrar os amigos.

• Gosto das atividades para as Festas (por exemplo, os teatrinhos). Gosto da maneira como conversamos na aula. Gosto das perguntas e das histórias.

• Gosto de tudo! A gente conversa sobre questões dos pré-jovens. Gosto das perguntas que são feitas.

Em outro grupo, que foi inciado por uma pré-jovem e composto com seus amigos da escola, os participantes estudaram primeiro “Brisas de Confirmação” e então começaram a estudar “Recorrendo ao Poder da Palavra.” Um dos resultados do programa tem sido a expressão dos pensamentos e sentimentos dos participantes através de escrita criativa. Colômbia. Os jovens estão entrando em grupos de pré-jovens com grande entusiasmo. O envolvimento nos grupos tem gerado um senso de pertencer e tem se dedesenvolvido amizades sólidas entre os participantes. Viu-se que, como resultado de sua participação no grupo, a confiança dos jovens em sua habilidade de contribuir para o melhoramento da sociedade tem aumentado. Alguns dos projetos de serviço nos quais os pré-jovens na Colômbia estão engajados incluem plantio de árvores, visita aos doentes e idosos, apoio a professores de aulas de crianças em suas aulas ajudando na organização das Festas de 19 Dias, celebração de Dias Sagrados e reuniões devocionais. Índia. Uma experiência significativa tem sido ganha à medida que os programas de pré-jovens têm sido implementados em vários agrupamentos. Uma mudança percebida nos jovens é uma capacidade crescente de expressar seus pensamentos e sentimentos com maior confiança. É comum os grupos de pré-jovens a presentarem teatros em grandes reuniões em suas vilas. Em um evento para mais de 400 pessoas, a audiência estava impressionada de ver alguns pré-jovens se levantarem e irem até o microfone para falar sobre sua reação ao programa. Estes jovens foram envolvidos na campanha intensiva anterior, participando de em cerca de vinte e cinco dias de estudo. Um pai, em outro agrupamento, declarou que ele estava feliz em ver seus filhos se expressando mais sobre suas vidas. Ele declarou que enquanto que antes eles não respondiam quando ele lhes perguntava como tinha sido seu dia na escola, após entrarem no programa, eles passaram a se comunicar mais com ele, descrevendo o que eles tinham feito dentro e fora da escola.

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As mudanças nos comportamentos dos pré-jovens têm sido perceptível para os demais. Os pais têm notado uma diferença mesmo depois de apenas cinco ou seis semanas de terem participado nas campanhas intensivas e, algumas vezes, estes resultados têm despertado o interesse dos pais para entrarem em círculos de estudo. Em uma hospedaria onde 45 pré-jovens estavam hospedados, o responsável tinha que lutar para manter a ordem e percebeu que os hóspedeses não tinham limites. Foram formados grupos para estudar “Brisas de Confirmação” e percebeu-se uma mudança notável em um curto período de tempo. O responsável ficou encantado de ver que era possível manter a ordem na hospedaria. Ele pediu que o programa tivesse continuidade. Uma percepção adquirida do conjunto de experiências na Índia é de que o grau de transformação dos pré-jovens depende grandemente do monitor. Parece que os mais eficientes são aqueles que têm estado mais envolvidos no processo de instituto, estudaram todos os livros da sequência principal e podem dar um bom exemplo em sua interação com os mais jovens. O trabalho com pré-jovens conduz igualmente o monitor a um processo de transformação. Tadjikistão. Neste país, a comunidade em geral tem feito muita oposição à Fé, contudo, a crise foi convertida em vitória. Um monitor estava residindo no mesmo prédio em que ficam a Sede Bahá’í local e o instituto. Os vizinhos, bem como os jovens locxais, desenvolcveram uma atitude hostil em relação aos bahá’ís, porque os sacerdotes locais fizeram o que puderam para semear o preconceito nos corações dos moradores. Estes jovens xingavam e riam dos bahá’ís, ignoravam quando os bahá’ís lhes cumprimentavam. O monitor consultou com sua irmã menor pré-jovem e outro monitor e dedicidiram convidar alguns destes jovens para integrar seu grupo de pré-jovens. Sete concordaram e uma turma de “Brisas de Confirmação” começou. Como estes pré-jovens compartilharam com seus colegas a experiência no grupo, os números logo cresceram de 7 para 27. Ainda que dois monitores se oferecessem para formar mais grupos, os laços entre os participantes eram tão fortes que não foi possível dividi-los. Após apenas umas poucas lições, a atitude, a linguagem e o comportamento dos jovens mudaram, e os pais passaram a ser muito amigáveis em relação aos bahá’ís e desenvolveram um rapó especial com os monitores. Sempre quando encontravam os monitores, eles os saudavam calorosamente e os convidavam às suas casas. Tailândia. Em um agrupamento prioritário, foi decidido no início do Plano de Cinco Anos que o foco seria os pré-jovens. Ainda que houvesse receptividade entre adultos e jovens, foi observado que era mais difícil para eles assumirem o mesmo compromisso que os pré-jovens e, desta forma, ganhar a capacidade necessária para se tornar recursos humanos eficazes. Os pré-jovens que foram nutridos durante um período de um a três anos, tornaram-se jovens comprometidos, trazendo seus colegas para as atividades básicas e dando aulas de crianças. Os pré-jovens estavam servindo como apoiadores dos professores nas aulas, adquirindo valiosa experiência. Assim, um grupo central de jovens ativos está crescendo no agrupamento. Eles participam em reuniões devocionais matinais antes da escola e retornam após para participar nas atividades básicas. A transformação dos jovens foi inspiradora para os adultos que estão agora se juntando a eles para apoiar as atividades básicas. Uma escola bahá’í no agrupamento introduziu os textos de inspiração bahá’í para pré-jovens em seu programa, contribuindo para melhoria do espírito e do caráter na escola, e provendo maior confiança aos amigos para alcançar à comunidade em geral. O agrupamento cresceu de 15 crentes no início do Plano de Cinco Anos para uma comunidade de 213 pessoas participando nas comunidades básicas.

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Preparado sob os auspícios do Centro Internacional de Ensino para a Instituição dos Conselheiros. Extratos dos relatórios citados podem ser editados para melhor correção gramatical, clareza ou extensão do texto. Sua reprodução, total ou parcial, pode ser distribuída dentro da comunidade baha'i sem permissão prévia do Centro Internacional de Ensino.

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TTTrrraaaddduuuçççãããooo dddeee cccooorrrttteeesssiiiaaa REFLEXÕES SOBRE O CRESCIMENTO Número 12 – Maio 2006 A Educação Espiritual de Crianças – uma Base para a Construção da Comunidade Conclamando para a transformação do mundo e a regeneração de seus povos, Bahá’u’lláh invoca Seus seguidores a darem particular atenção ao treinamento das crianças:

Prescrevemos a todos os homens aquilo que conduzirá à exaltação da Palavra de Deus entre Seus servos, e também, ao avanço do mundo da existência e à elevação das almas. Para este fim, o maior dos instrumentos é a educação da criança.

A tarefa de prover esta educação espiritual para crianças é um serviço descrito por ‘Abdu’l-Bahá nestas palavras: “Entre os maiores serviços que ao homem é possível prestar a Deus Todo-Poderoso, está a educação e instrução das crianças, essas jovens plantas do Paraíso de Abhá …” À luz da suprema importância atribuída à educação das crianças nas Escrituras, não é surpreendente que as aulas bahá’ís para crianças têm sido uma preocupação vital da comunidade bahá’í desde os primórdios. Entretanto, com o início do Plano de Quatro Anos o treinamento de recursos humanos para esta importante responsabilidade se tornou mais sistemático e difundido. Na mensagem do Plano de Quatro Anos, a Casa de Justiça escreveu:

Deveria ser dada alta prioridade à realização de aulas bahá’ís regulares para crianças. Na realidade, em muitas partes do mundo esta é a primeira atividade em um processo de construção de comunidade, a qual, quando perseguida vigorosamente, impulsiona outros desenvolvimentos.

Quatro anos mais tarde, no Plano de Doze meses, a Casa de Justiça chamou os bahá’ís a elevarem esta área de atividade “a novos níveis de intensidade” e no Plano de Cinco Anos ela identificou as aulas para crianças como uma atividade básica que deveria ser aberta a todas as crianças, não apenas àquelas de famílias bahá’ís. A experiência dos últimos cinco anos proveu um aprendizado significativo sobre como as aulas bahá’ís podem ser abertas às crianças do mundo e como esta atividade pode dar origem a “outros desenvolvimentos”. Os relatos que se seguem ilustram os esforços dos crentes pelo mundo para promover a multiplicação das aulas de crianças e o potencial desta atividade básica para fazer avançar o processo de entrada em tropas. Estas histórias atestam a pronta resposta dos pais em todas as partes do globo, quando os bahá’ís oferecem educação espiritual para seus filhos.

* * * * * * Levantando professores para aulas de crianças Capacitar-se no Livro 3 do Instituto Ruhi deu a milhares de pessoas a confiança para iniciarem aulas de crianças. Em alguns casos, os crentes ao completarem este curso do instituto estabeleceram a primeira aula de crianças de sua área. Este relato ilustra o impacto que o instituto de capacitação pode ter sobre aqueles que nunca antes tinham ensinado crianças:

Rússia. Eu completei a seqüência de cursos, e mesmo tendo dois filhos, eu nunca podia imaginar que eu seria uma professora de aulas de crianças. De alguma maneira eu não tinha convicção de que eu seria capaz. Quando me foi pedido para dar início a uma pequena aula

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de crianças (incluindo meu filho como participante), ainda não estava muito confiante. No dia da minha primeira aula, conversei com meu filho e lhe pedi que me apoiasse. Ele suspirou profundamente, mas concordou. E como tudo transcorreu tranquilamente! Parecia que eu sou capaz de estabelecer uma relação com as crianças. Eu senti muita luz e alegria em meu coração. As crianças me ajudaram muito e a parte criativa da lição foi muito interessante e diferente: uma criança decidiu fazer um desenho e uma outra resolveu escreveu uma história sobre o tema.

Senegal. Uma jovem bahá’í realiza seu longamente acalentado desejo de dar aulas para crianças e obtém sucesso apesar de alguma oposição.

Após ter completado o Livro 3, eu tinha apenas um desejo: ter uma aula bahá’í para crianças. Como tenho um bom relacionamento com meus vizinhos, foi fácil começar. Expliquei o programa para os pais e eles estavam ansiosos que eu oferecesse as aulas. Então, comecei as aulas em outubro último na minha casa com crianças de 4 e 5 anos da vizinhança. Logo as aulas foram invadidas pelos irmãos e irmãs mais velhas dos meus alunos. Decidi, então, ter uma segunda aula para crianças de 9 a 12 anos. Tenho sido ajudada por uma jovem bahá’í de minha comunidade que estudou os livros do Ruhi quando eu também estudei. Realizar as aulas de crianças em casa permitiu que minha mãe convidasse os pais das crianças para as reuniões devocionais que ela realiza. Tudo estava indo bem até que uma vizinha resolveu dizer aos pais que eu estava tentando converter suas crianças ao Catolicismo. Na semana seguinte, uma das mães retirou seu filho de minha aula. Felizmente, no entanto, duas jovens meninas que participam da minha aula também moram na mesma casa. Quando elas começaram a colocar em prática em casa o que eu lhes ensinei na aula, a atitude da mãe que tirou seu filho mudou. Em uma manhã, quando essas duas meninas se sentaram para o café, uma delas de repente lembrou-se de que elas não tinham dito suas orações. Então, se levantaram, disseram suas orações e respeitosamente saudaram os adultos da casa, incluindo a mãe que havia tirado seu filho das aulas. Esta senhora, então, compreendeu que as crianças estavam aprendendo coisas benéficas a seu desenvolvimento moral e espiritual, e ela permitiu que seu filho voltasse às aulas. Durante todo o tempo que a vizinha tentou me desacreditar perante os pais de meus alunos, eu orei fervorosamente a Deus para que me ajudasse naqueles dias difíceis. Eu não fiz nada mais, mas minhas orações foram suficientes para assegurar que os pais continuassem confiando em mim. Mesmo nos dias em que não há aula, as crianças vêm para minha casa. Ao todo são 16 e elas são todas de famílias não-bahá’ís. Como professora de aulas de crianças, sei que a oração é a coisa mais importante em nossas vidas. Outros elementos importantes para o sucesso de uma aula incluem o nosso comportamento diário para com os outros e nosso amor pelas crianças.

Ampla receptividade a programas bahá’ís para crianças Quase que universalmente, uma vez que os crentes dão o primeiro passo para apresentar a Fé para as crianças, eles descobrem que filhos e pais freqüentemente estão ávidos por algo mais. As seguintes histórias de diferentes lugares refletem experiências similares.

Reino Unido. Onde vivíamos previamente, conhecíamos uma adorável família. Eles sabiam que nós éramos bahá’ís e seus dois filhos estavam particularmente interessados. Eles freqüentemente faziam perguntas e vieram ver o carro alegórico bahá’í no carnaval de

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Worthing. Quando nós nos mudamos para nossa nova casa, mantivemos o contato. Em diversas ocasiões os filhos deles vieram à nossa casa e pediam para aprender orações e imprimi-las no computador. Alguns meses se passarão sem os encontrarmos. Como resultado do programa intensivo de crescimento, fomos incitados à ação e convidamos a família para passar uma tarde conosco. Durante a tarde mostramos o vídeo do Santuário do Báb e os Patamares, o que eles acharam muito bonito, e fizemos uma oração com eles. Eles receberam também alguns cartões de oração, o que gostaram muito de receber. Quando estavam partindo, os filhos recitaram uma citação bahá’í que haviam aprendido um ano antes. Eu não poderia expressar como me senti, exceto que meus olhos se encheram de lágrimas. Foi muito tocante que eles haviam se lembrado das palavras de Bahá’u’lláh. Um dos meninos me disse que havia colocado uma das orações na sua parede e que a lia sempre que se sentia triste. Os dois filhos pediram para participar da aula bahá’í que iremos iniciar como resultado de seu desejo ardente.

Colombia. Uma mãe estava no meio do estudo do Livro 3 quando decidiu ser a anfitriã de uma aula de crianças sem ter ainda terminado o curso. Ela vivia em um complexo de prédios altos de apartamentos, onde um dia ela notou um grupo de crianças brincando numa área comum. Ela corajosamente os convidou para uma aula. Mais de 12 crianças participaram daquela primeira aula realizada no saguão de um dos prédios. A aula continuou por alguns meses a cada sábado de manhã com a ajuda de um membro da família e um crente que tinha experiência em trabalhar com crianças. Alguns meses mais tarde, esta mãe decidiu que ela gostaria de re-estabelecer as aulas, mas, desta vez, através de um contato maior com os pais. Acompanhada de um outro crente, ela andou pelo conjunto conversando com os pais, a maioria dos quais ela não conhecia. Sua filha de sete anos e outras crianças subiam e desciam os elevadores com ela, de uma porta a outra. Os pais apoiaram a aula e em uma hora, 14 crianças estavam em sua casa orando, memorizando citações das Escrituras, cantando, e desenhando. Ela agora provê a cada criança um caderno no qual eles escrevem orações e citações que eles estão aprendendo e colam os desenhos que pintam. Ela espera que os pais venham a verificar os cadernos das crianças e sejam atraídos pela Fé. Esta receptividade entre o público por educação espiritual de crianças está amplamente difundida. Superando o medo de rejeição, os crentes freqüentemente descobrem que estes pais provam ser os maiores defensores orais das aulas bahá’ís para crianças.

Austrália. As respostas dos pais têm sido surpreendentes. Minha vizinha de porta estava aqui quando uma mãe deixou a sua filha. Quando elas estavam saíndo, a mãe comentou com a minha vizinha que ela não nos conhecia muito bem. Minha vizinha disse a ela para não se preocupar, que nós éramos pessoas maravilhosas. Duas outras mães, que eu havia encontrado na escola, mas que não eram amigas próximas, vieram até mim no shopping center e começaram a falar de suas crianças, escola, e de seus hobbies, então eu as convidei para a próxima aula, o que elas alegremente aceitaram. Quando eu descobri que uma das crianças não poderia vir à aula, pedi a uma outra mãe cujo filho ainda não tinha participado e ela disse ter visto o convite de outras pessoas e prontamente concordou em vir. Assim, as pessoas estão passando a voz uma para a outra.

Estados Unidos. Audácia e um pequeno treinamento trazem grandes recompensas, conforme foi descoberto por uma professora de escola no Texas. Sua escola tem muitos imigrantes de língua hispânica provenientes de países da América Central e do Sul, portanto ela tem anos de experiência trabalhando com esta população. Quando uma amiga sugeriu que ela começasse uma aula para crianças sobre virtudes em um conjunto de apartamentos onde muitos de seus alunos viviam, ela entrou imediatamente em ação. Ela se aproximou do administrador do conjunto e da

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mãe de um de seus alunos, ambos eram bastante entusiastas e apoiadores. As aulas cresceram para mais de 21 alunos entre 5 e 12 anos de idade, com 3 mães participando. Elas acontecem em espanhol usando planos de aula de uma edição em espanhol do Livro 3. As crianças memorizam citações de Bahá’u’lláh e orações bahá’ís. As mães não bahá’ís convidam outras crianças da vizinhança para as aulas. Aulas para crianças como “portais para a entrada em tropas” França. Quando uma aula de crianças se iniciou com muitas crianças de famílias não-bahá’ís, as mães foram convidadas para um curso baseado no Livro 3 enquanto as crianças tinham seu próprio programa. Isto levou as mães a estudarem outros aspectos da Fé e resultou em declarações. Taiwan. Uma bahá’í estabeleceu uma aula de educação moral na escola primária de sua filha. Uma das mães ficou tão impressionada com o conteúdo da aula que ela expressou interesse em saber mais. Um círculo de estudos do Livro 1 foi iniciado para esta mãe e ela, por sua vez, convidou suas amigas a participarem. Este grupo de mães continuou pela seqüência de cursos, e diversas se declararam bahá’ís. Elas, por sua vez, estabeleceram 5 aulas de crianças com 28 crianças, bem como outras atividades centrais. Quando elas observaram o efeito positivo que a Fé estava tendo sobre seus filhos mais novos, elas formaram um grupo para os pré-jovens! Colômbia. Depois de completar a seqüência básica de cursos do instituto, uma jovem se sentiu inspirada a oferecer um ano de serviço. Ela voltou para sua casa, no seu pequeno vilarejo onde organizou duas aulas de crianças. Mas a sua meta não era apenas atingir as crianças. Conforme as aulas começaram a despertar o interesse dos pais das crianças, ela decidiu que havia chegado a hora de compartilhar os Ensinamentos da Fé com os adultos. Ela convidou diversos amigos para se juntarem a ela numa campanha para divulgar a Fé naquela comunidade, resultando em nove declarações e, da maneira mais natural, os novos crentes e outros pais foram convidados a estudar a seqüência de cursos e a participar numa reunião devocional. Agora existem duas reuniões devocionais regulares com cerca de 20 participantes. Os Dias Sagrados têm sido celebrados e ela está organizando uma Festa de Unidade a cada dezenove dias, uma vez que a Assembleia Espiritual Local ainda não está funcionando em seu vilarejo. Ela está apoiando uma outra jovem senhora que está se esforçando em terminar a seqüência de cursos e tentando iniciar sua própria aula de crianças. Hong Kong. Uma pioneira descobriu que seus vizinhos estavam felizes em mandar seus filhos para uma aula em sua casa, porque queriam que eles aprendessem inglês com uma pessoa nativa e eles não faziam objeção que o conteúdo das lições fosse bahá’í. Com o passar do tempo, a turma cresceu tanto que uma segunda aula teve de ser iniciada. Um dos bahá’ís locais começou a apoiar a pioneira porque ela também podia se comunicar em chinês. Os pais foram se tornando cada vez mais interessados na Fé. Após diversos anos de aulas de crianças e trabalho paciente com os pais, pelo menos 6 pais agora estão estudando o Livro 1. Reino Unido. Este é um belo relato de primeira mão de como uma mãe começou a ensinar diversas pessoas com sucesso, através do ato simples e corajoso de iniciar uma aula de crianças:

Tendo completado o Livro 3, eu precisava fazer uma aula prática. Depois de muita oração e reflexão eu cheguei a quatro novas amigas, mães das amigas de minha filha de sete anos. A aula transcorreu bem e após o encorajamento de uma das mães de realizá-la regularmente, nós iniciamos um período de verão de 12 lições.

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Assim começou nossa primeira aula bahá’í local de crianças – na sala de estar da mãe que apoiava, as crianças eram trazidas por uma outra, e os irmãos cuidados por uma terceira. Era um percurso que nós todas trilhávamos juntas, era novo para mim, e novo para elas! Por volta da terceira aula, as coisas estavam ficando desafiadoras sob a perspectiva de disciplina e controle. Eu na verdade não tinha nenhuma resposta e não tinha a quem perguntar, então eu pensei, “Vamos realizar uma reunião devocional!”. Esta foi a primeira, as quatro mães convidaram mais algumas mães vizinhas e o tema era “Mães e Filhos,” com orações e citações bahá’ís de diversas fontes, música e reflexão. Depois de alguns questionamentos muito interessantes de uma das mães e o apoio óbvio de outra, eu as convidei a iniciar um círculo de estudos comigo, e encontrei um bahá’í local para nos facilitar. Uma filha adulta, se juntou a nós, então nós começamos em quatro. Nós nos revezávamos para realizar a reunião devocional em nossas casas nos domingos à noite. Oportunidades para conversas espirituais pareciam surgir freqüentemente e nos meses seguintes nós havíamos trilhado um bom caminho. Os eventos da vida têm demonstrado que cada um precisou adotar seu próprio ritmo nos os cursos. Uma mãe brevemente terminará o Livro 4, duas terminarão o Livro 2, e eu terminarei o Livro 7 e eu estou facilitando o Livro 2 (mas eu comecei 3 anos antes). Neste tempo a aula de crianças se expandiu de boca em boca chegando em 12 participando, com 10 vindo regularmente. Agora ela é realizada na escola local das crianças, pois a sala de estar ficou pequena. Chamada de “Clube Bahá’í” pelas crianças, é agora uma atividade pós-aula oficial. Oportunidades surgiram para compartilhar os ensinamentos bahá’ís com outros pais por causa do entusiasmo e comprometimento das crianças com as aulas. Compartilhar as orações, citações, e canções com seus pais resultou em apoio e encorajamento. A apresentação de alguns dos nossos trabalhos ao final do período – memorização, canções e dramatização – e um convite à “Uma Introdução aos Princípios Bahá’ís de Educação” irá, eu espero, dar aos pais mais oportunidade para descobrirem a Fé Bahá’í por si mesmos e se juntarem ao círculo de estudos do Livro 1. Nos últimos 8 meses, três adultos e o mesmo número de crianças tem continuamente participado da comunidade bahá’í. Estou certa de que muitos outros da comunidade de interesse farão o mesmo. Através desta experiência a aula de crianças conduziu os pais aos ensinamentos de Bahá’u’lláh, e através da integração das atividades centrais, eles mesmos foram capazes de investigar e caminhar por seu próprio caminho. Ser treinado a partir do Livro 1 até o Livro 7 proveu um sistema para crescer, por meio do qual uma atividade alimenta uma outra e no futuro erguer novos tutores e novos sistemas!

O impacto da educação bahá’í sobre crianças pequenas Os pais freqüentemente ficam surpresos com a influência que até mesmo pequenos esforços para compartilhar a educação espiritual têm sobre o comportamento de seus filhos. Malásia. Uma aula para crianças pequenas incluía numerosas histórias e referências a ‘Abdu’l-Bahá. Os seguintes relatos demonstram a influência do exemplo que o Mestre teve sobre um menino de 3 anos de idade e uma menina de 8 anos.

Um dia a mãe do menino disse, “eu estava conversando sobre alguns assuntos com o meu marido. Meu marido respondeu com voz alta e eu também. Na verdade, este vinha sendo o

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jeito de nossas conversas.”Mas, de repente, ela ouviu uma voz vindo de baixo. Era seu filhinho apelando para ela. Parecia amedrontado por causa da voz alta (ele achou que eles estavam brigando). O menino disse à sua mãe: “Mãe, você não deveria falar tão alto. Isto não agradará a ‘Abdu’l-Bahá. ‘Abdu’l-Bahá não gosta que as pessoas falem alto.” Que alma linda, tenra! A menina vinha de um ambiente familiar muito difícil. Ela começou a participar numa aula de crianças há dois anos. Ainda nos lembramos de que quando ela começou a vir, ela costumava chorar e dizer palavrões. Agora ela é uma menina transformada. Ela gosta de participar das reuniões devocionais, participa ativamente nas apresentações de dança, e está seriamente buscando virtudes. Dois dias atrás descobrimos que ela recebeu um excelente relatório de progresso em seus estudos. Ela tirou sétimo lugar em sua classe, dentre 22 alunos. Uma grande, grande diferença, um avanço de 15 posições na classe! Perguntamos a ela como havia conseguido tal progresso. Ela disse, “eu oro para ‘Abdu’l-Bahá e estudo bastante.”.

Brasil. Um menino que participava das aulas bahá’ís para crianças sempre fazia bagunça, mas com o passar do tempo seu comportamento melhorou notadamente pela gentil instrução e estímulo de seus professores. Ele não só se tornou um exemplo de bom comportamento, mas ele também começou a chegar na Sede Bahá’í muito cedo e só partia quando as portas eram fechadas à noite. Um dia, no final da reunião devocional da manhã, todos estavam surpresos em ver este mesmo menino sentado com as pernas e os braços cruzados, profundamente imersos em meditação. Outras crianças da aula também melhoraram seu comportamento e estas crianças convidaram seus amigos a se unirem a eles. As mudanças nas crianças atraíram as mães não-bahá’ís a participarem dos fire-sides. Tais mudanças não eram aparentes quando os professores iniciaram suas classes, mas elas melhoraram muito quando começaram a trabalhar com as crianças através da prática. O papel das crianças e dos jovens no ensino às crianças Os jovens em muitos países têm assumido o serviço de ensinar as crianças, e em alguns casos, as próprias crianças têm assumido papéis de liderança para educar seus companheiros. Sri Lanka. Dois jovens que completaram a seqüência de cursos até o Livro 6 começaram uma aula de crianças juntos para 16 crianças. Em um mês, as crianças fizeram um progresso notável. Costa Rica. Dois irmãos estabeleceram cada um, uma aula de crianças. O de 14 anos ensina as crianças das famílias da vizinhança e o de 12 anos trabalha com as crianças das famílias bahá’ís. Cada um deles conta a sua história.

Meu nome é Alejander e tenho 14 anos. Durante a última campanha de ensino eu iniciei, com a ajuda de meus pais, uma aula de crianças com 10 crianças não bahá’ís de minha vizinhança. No primeiro dia eu me senti muito nervoso, porque eu não sabia qual seria a reação deles. Eu não tinha terminado o Livro 3 e eu apenas tinha o conhecimento que havia adquirido em minhas próprias aulas de crianças. Graças a Deus, esta informação me ajudou a dar a aula. O que eu não esperava era o grande interesse demonstrado pelos participantes. Não é necessário lembrá-los das aulas e após cada dia todos eles cooperam na limpeza da sala e organização dos materiais que usaram.

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E seu irmão mais jovem escreve: Eu sou um pré-jovem de 12 anos de idade que dá aula para uma turma no agrupamento da Grande Área Metropolitana em Costa Rica. O que me motivou a dar aula para uma turma foi a campanha de ensino em meu agrupamento. Com o apoio de minha família, eu decidi participar na campanha de ensino, ensinando as crianças. A aula é realizada todos os domingos com 3 crianças bahá’ís, às quais eu tento ensinar as qualidades espirituais, como cultivá-las, como respeitar os outros e tantas outras coisas. Todas estas coisas são aprendidas com a ajuda de jogos, músicas, histórias e outras atividades. Em geral, estas aulas são uma bela experiência para mim. Você sente que está cooperando com a humanidade, pois você está ensinando estas crianças a se tornarem bons homens e mulheres no futuro, que contribuirão para o desenvolvimento da humanidade. Eu também dou aula para esta turma porque eu sei que estou cumprindo meu dever como bahá’í.

Nicarágua. Uma aula que foi iniciada por uma pré-jovem de 12 anos, está agora no quarto ano. A jovem, agora com 16 anos, e professora experiente, relata sua experiência.

Eu comecei aula de crianças quando eu tinha apenas 12 anos, junto com um jovem em ano de serviço, mas ele veio apenas 3 vezes. Eu não tinha estudado o Livro 3, então eu comecei antes de ter sido treinada. Quando eu terminei o livro, eu já tinha muita experiência. As 11 crianças da vizinhança que participam regularmente gostam tanto das aulas, que durante as férias elas aproveitam a oportunidade e vem diariamente para a aula, ao invés de semanalmente. As crianças aprenderam muito bem as 15 lições do Livro 3, além de muitas outras lições. Uma das crianças que participou nas aulas regularmente é agora um pré-jovem e um membro ativo de um grupo pré-juvenil.

Além de trabalhar com as crianças, esta jovem professora, normalmente acompanhada por uma outra bahá’í, visita os pais das crianças. Nestas visitas ela pergunta o que eles pensam sobre as aulas.

Os pais respondem que as aulas são boas, porque freqüentemente quando os pais trabalham, seus filhos ficam sozinhos em casa, ou até mesmo na rua. Quão melhor é para as crianças estarem nas aulas! Um dos temas compartilhados com os pais durante estas visitas foi os diferentes tipos de educação. Através de consulta, os pais puderam ver que seus filhos não precisavam apenas de educação material e intelectual, mas também de educação espiritual – o ensino das virtudes ou qualidades espirituais. Eles passaram a estimar o fato de que as aulas bahá’ís para crianças ensinam as crianças a compreender e praticar as qualidades espirituais em suas vidas diárias. Os pais dizem que isto é bom e bonito para seus filhos. Eu espero que todos sejam encorajados a dar aulas para crianças. É um belo serviço...você aprende muito sobre ser espiritual.

Costa Rica. Uma pré-jovem de 12 anos, muito entusiasta com o desafio de ensinar aulas para crianças, começou uma aula, sua primeira experiência como professora. De seus sete alunos, apenas 2 eram de famílias bahá’ís. Ela usou sua própria experiência em participar das aulas quando ela era menina e tudo que ela aprendeu em seções de treinamento em sua comunidade. Por diferentes razões, a primeira turma não continuou; entretanto, alguns meses mais tarde a Assembleia Espiritual Local pediu que ela ajudasse com uma outra turma, cuja professora estava

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deixando o país. Nesta época ela tinha 13 anos e, é claro, ela já era experiente. Para começar, ela decidiu distribuir convites na sua vizinhança e agora ela tem 15 participantes. As crianças estão convidando seus pais e amigos para a aula e elas tem diversos projetos tal como a preparação de uma peça. Esta pré-jovem não está sozinha em seus esforços. Ela recebe apoio de diversas pessoas em sua comunidade e o apoio de sua Assembleia Espiritual Local. Aulas para crianças como a primeira atividade para estabelecer ou revivificar uma comunidade Em muitos casos, as aulas iniciadas por crentes que haviam completado o Livro 3 não eram apenas as primeiras aulas para crianças na área, mas, em alguns casos, também a primeira atividade bahá’í e o estímulo para reanimar comunidades fracas. África do Sul. Esta comunidade tem estado inativa por um tempo, mas tinha um pequeno grupo de jovens bahá’ís, que foram visitados através dos anos, de tempos em tempos. Depois de algumas tentativas para reativar a comunidade, dois dos amigos decidiram tomar a iniciativa de começar uma aula de crianças na casa de um dos crentes. Um lugar especial foi preparado para isto, e bancos foram colocados ao redor do lugar. Os dois começaram com seus parentes mais jovens – a irmã mais nova e uma sobrinha. A aula era realizada regularmente todo final de semana e logo o número de participantes na aula cresceu para 27 crianças da vizinhança, e apenas 2 eram de famílias bahá’ís. Equador. Em uma vizinhança modesta em um agrupamento “C”, que tinha uma Assembleia Espiritual Local fraca e não tinha muitos crentes, uma pioneira de 61 anos iniciou uma aula de crianças. Em diversas ocasiões os amigos bahá’ís na área tinham expressado o desejo de ter uma aula de crianças, pois um antigo bahá’í da comunidade tinha 4 netos que poderiam participar, bem como outras crianças da vizinhança, mas ninguém tinha assumido a tarefa. Esta pioneira concordou em assumir se o avô ajudasse. A princípio o avô disse que não tinha dado aulas por 20 anos e que ele estava muito ocupado, mas finalmente ele concordou. Depois de algumas semanas, outras crianças começaram a participar, e também as mães, tias e avós. Uma das mães se tornou assistente da professora, ajudando na memorização e fazendo a chamada. Eles terminaram o ano com 14 crianças, e com 10 mães, tias, avós e irmãs mais velhas participando da cerimônia de encerramento. O entusiasmo gerado por esta atividade levou a um círculo de estudo do Livro 3, que incluía 4 bahá’ís veteranos (incluindo o avô) e uma não-bahá’í. A meta deles é terminar o Livro 4 até o final de maio, e eles estão fazendo planos para fazer as práticas dos Livros 2 e 3. Cinco das mães e familiares não-bahá’ís formaram um círculo de estudo e estão estudando entusiasticamente o Livro 1. Um resultado significativo desta pequena iniciativa foi a crescente consciência dos bahá’ís antigos sobre a importância de ser capacitado, a fim de servir a Causa mais efetivamente. Esta única aula de crianças foi a responsável por fazer crescer o entusiasmo da comunidade e por envolver amigos no processo de instituto; ajudou a nutrir o espírito de unidade e serviço, que o estudo da seqüência de cursos sempre gera. _________________________________________________________________________ Preparado sob os auspícios do Centro Internacional de Ensino para a Instituição dos Conselheiros. Extratos dos relatórios citados podem ser editados para melhor correção gramatical, clareza ou

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extensão do texto. Sua reprodução, total ou parcial, pode ser distribuída dentro da comunidade baha'i sem permissão prévia do Centro Internacional de Ensino.

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REFLEXÕES SOBRE O CRESCIMENTO Número 13 – Agosto 2006

!“Deus&ama&aqueles&que&estão&trabalhando&em&Seu&caminho&em&grupos”—&&O&Aprendizado&sobre&Equipes&de&Ensino&!

! Quando!nos!volvemos!para!a!experiência!daqueles!agrupamentos!onde!programas!

intensivos!de!crescimento! foram! lançados,!vemos!que!um!elemento! importante!daquela!

estrutura!tem!sido!a!mobilização!de!equipes!de!ensino!durante!a!fase!de!expansão.!Muitos!

crentes! trouxeram!para! esta! fase! sua! experiência!da!participação! em!equipes!de! visitas!

aos! lares! ! como! parte! do! componente! de! prática! do! Livro! 2! do! Instituto! Ruhi! ou! em!

equipes!de!ensino!que!foram!formados!ao!final!do!Livro!6.!!Apesar!das!equipes!que!fazem!

as! visitas! aos! lares! para! compartilhar! temas! de! aprofundamento! com! novos! crentes!

freqüentemente!encontrem!outros!membros!da!família!que!podem!ser!ensinados!sobre!a!

Fé,! as! equipes! de! ensino! descritas! nas! histórias! deste! boletim! foram! especialmente!

formadas!para!compartilhar!a!Mensagem!de!Bahá’u’lláh!com!buscadores.!

!

! Em! alguns! agrupamentos! equipes! de! ensino! eram! inicialmente! vistas! como! um!

sinônimo!de!equipes!de!“ensino!na!rua”,!muitas!vezes!pela!falta!de!clareza!com!relação!à!

expressão! “ensino! direto”.! Shoghi! Effendi! explicou! que! ensino! direto! consiste! de! “uma!

apresentação! aberta! e! clara! das! verdades! fundamentais! da! Causa”.! Isto! pode! ser! feito!

individualmente! ou! em! grupos! e! não! depende! do! lugar.! ! Ensino! na! rua! pode! ser! um!

método,!mas!existem!muitas!outras!estratégias.!O!conceito!de!equipes!de!ensino!que!se!

desenvolveu!nos!últimos!anos!pode!ser!compreendido!mais!precisamente!como!um!grupo!

de! apoio,! alguns! amigos! que! se! juntam!durante! um!programa! intensivo!de! crescimento!

para! planejamento,! consulta,! inspiração! e! ação! sistemática.! O! trabalho! de! ensino! deles!

pode!continuar! individualmente,!em!pares,!ou!em!equipes!maiores,!mas!eles! se! reúnem!

regularmente!para!consultar!sobre!o!progresso!de!seus!planos!pessoais!e!coletivos.!

!

! A! partir! dos! relatos! abaixo! é! evidente! que! os! membros! das! equipes! de! ensino!

recebem! encorajamento! e! ganham! força! um! do! outro.! Eles! oram! juntos,! trocam!

experiências,!avaliam!seu!aprendizado,!praticam!as!habilidades!adquiridas!nos!cursos!do!

instituto,! e! desta! forma! atraem! as! confirmações.! Equipes! de! ensino! são! uma! resposta!

direta!à!questão!expressa!no!seguinte!extrato!da!Casa!Universal!de!Justiça:!

! !

Muito!embora!os!amigos!estejam!geralmente!conscientes!da! importância!vital!do!

ensino,! ainda! assim,! devido! a! suas! fraquezas,! muitos! carecem! de! confiança,! e!

sentem!que!não!sabem!qual!curso!de!ação!a!tomar,!nem!como!levar!seus!esforços!a!

uma!conclusão.!

!

! O!aprendizado!demonstra!que!quando!as!equipes!permanecem!juntas!por!dois!ou!

três! ciclos! de! um! programa! de! crescimento,! elas! se! tornam! mais! sistemáticas! e!

gradualmente! colhem! melhores! resultados.! Elas! mantêm! os! registros! dos! contatos!

realizados,! suas!visitas,! seus!esforços!de!ensino,!os! resultados!e!o!acompanhamento.!As!

necessidades! e! interesses! de! cada! buscador! ou! convidado! são! considerados! a! fim! de!

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determinar! qual! é! a!melhor! abordagem! para! aquele! indivíduo! e! quem! é! a! pessoa!mais!conveniente!para!realizá\la.!Acima!de!tudo,!o!foco!não!está!em!apenas!convidar!as!pessoas!para!as!atividades,!mas!em!aprender!como!elevar!uma!conversação!a!temas!espirituais!e!em! encontrar! oportunidades,! diariamente,! para! compartilhar! a!Revelação! de!Deus! para!este!dia.!!

*!*!*!*!*!*!!!Formando(Equipes(de(Ensino(!! Não! é! necessário! que! se! complete! a! seqüência! de! cursos! antes! de! se! unir! a! uma!equipe.!Estas!pequenas!equipes!de!ensino!permitem!que!as!pessoas!trabalhem!mais!de!perto!com!aqueles!que!compartilham!interesses!comuns,!cultura,!linguagem,!ou!algo!semelhante.!O!principal! pré>requisito! é!um!desejo!de! compartilhar!a!mensagem!de!Bahá’u’lláh! com!os!outros.! A! seguir! se! encontram! alguns! relatos! do! que! foi! aprendido! sobre! formação! de!equipes!e!preparação!delas!para!que!sejam!efetivas!nas!fases!de!expansão!e!consolidação!de!um!programa!de!crescimento.!!!! Malásia.! Nos! ciclos! iniciais! do! programa! intensivo! de! crescimento,! equipes! de!ensino! eram! formadas! para! tarefas! com! fins! específicos,! normalmente! nas! reuniões! de!reflexão.!Entretanto,!um!acompanhamento!sistemático!evidenciou!dificuldades!durante!a!fase! de! consolidação.! Isto! levou! a! pensar! que! as! equipes! precisavam! ser! mais!estruturadas.! Foi! observado! que! as! equipes! de! ensino! com! membros! da! mesma!vizinhança,! que! podiam! conduzir! as! atividades! básicas! com! os! vizinhos,! eram! mais!efetivas! e! sustentáveis! do!que! as! transitórias.!Abaixo! se! encontra! a! experiência!de!uma!equipe.!!

Numa! localidade! em! Kuala! Lumpur,! um! grupo! de! 3! donas! de! casa! inicialmente!formou! uma! equipe! de! ensino! para! visitar! contatos! durante! o! dia! enquanto! os!esposos! e! filhos! estavam! fora.! Elas! visitavam! conhecidos! na! localidade,!mas! não!focando!necessariamente! em!alguma!vizinhança! específica.! Elas!perceberam!que!era!difícil!dar!continuidade!a!estas!visitas!aleatórias!ocasionais.!Depois!de!refletir,!elas! decidiram! focar! em! um! condomínio! onde! uma! delas! morava.! Logo,!convidaram! outras! pessoas! que! moravam! próximo! ao! condomínio,! incluindo!esposos! e! filhos,! para! participar! das! equipes.! Elas! também! decidiram! focar! nos!pré\jovens!e!reuniões!devocionais.!Como!resultado,!um!grupo!de!pré\jovens!com!11! participantes! foi! iniciado.! Em! sua! última! reunião! devocional,! 20! pessoas! da!vizinhança!participaram!da!reunião.!!

!! Senegal.!Uma!equipe!de!ensino!em!Dakar!é!formada!de!quatro!pessoas:!um!casal,!que!é!o!anfitrião!das!atividades!básicas!(reuniões!devocionais!e!círculo!de!estudos),!pois!sua!casa!é!mais!apropriada!para!reuniões,!e!dois!homens!solteiros.!Os!membros!realizam!suas! atividades! individualmente,! ou! em! duplas,! pois! cada! um! dele! tem! um! horário!diferente.!

!Um!de!nossos!membros!busca!almas!receptivas!dentre!seus!amigos!e!colegas.!Ele!convidou!um!amigo!para!a!reunião!devocional!que!nossa!equipe!organiza.!Aquela!pessoa!veio!diversas!vezes!e!então!juntou\se!a!um!círculo!de!estudos!do!Livro!1!do!

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Instituto! Ruhi.! Tendo! completado! o! Livro! 1,! ele! mostrou! interesse! no! Livro! 4.!Agora!ele!mesmo!começou!a!ensinar!a!Fé!e!trouxe!um!amigo!para!nossa!reunião!devocional.!!Um!membro!de!nossa!equipe!é!da!tribo!Joola,!que!tradicionalmente!tem!sido!muito!receptiva! à!Fé.!Ele,! acompanhado!de!um!outro!membro!de!nossa! equipe,! iniciou!visitas! ao! lar! de!um!de! seus! conhecidos,! também!um! Joola.! Este!último!mostrou!uma!mente!muito!aberta!e!com!muita!vontade!se!juntou!ao!círculo!de!estudos!do!Livro!1!e!começou!a!participar!de!nossa!reunião!devocional.!!Os!dois!últimos!membros!de!nossa!equipe,!o!casal,!também!ensinam!seus!amigos!e!conhecidos,! habitualmente! convidando\os! para! reuniões! devocionais! como! uma!primeira! apresentação! à! Fé.! As! almas! receptivas! são! então! convidadas! para! os!círculos!de!estudos,!às!vezes!depois!de!terem!sido!convidadas!para!o!fireside,!que!é!uma!oportunidade!de!oferecer!a!apresentação!de!Ana.!

!! Trabalhar!em!equipe!aumenta!consideravelmente!a!efetividade!de!nossos!esforços!de!ensino,!e!aumenta!seu!escopo.!Resulta!também!em!juntar!buscadores!de!várias!origens,!que!apreciam!estudar!juntos!os!livros!do!Instituto!Ruhi!e!se!beneficiar!das!compreensões!uns!dos!outros.!!!! Estados&Unidos.!O!Comitê!de!Ensino!de!Área!em!Seattle,&Washington,!descobriu!que!“permitir!as!pessoas!a!flexibilidade!delas!escolherem!suas!próprias!equipes!de!ensino!e!a!população!alvo!cria!um!senso!de!posse!do!processo.!Este!processo!poderá!levar!mais!tempo! para! ser! implementado,! coordenado,! e! conduzido,!mas! encoraja! a! criatividade! e!inspira!o!‘espírito!de!empreendimento’.”!!!Sustentando(Equipes(de(Ensino(!! Algumas!equipes!são!formadas!durante!uma!reunião!de!reflexão!para!o!propósito!da!fase!de!expansão.!Outras!surgiram!dos!círculos!de!estudos!quando!amigos!formaram!equipes!para! fazer! a! prática! do! Livro! 6! e! então! continuaram! durante! o! programa! intensivo! de!crescimento.! Em! qualquer! dos! casos,! a! experiência!mostrou! que! é! benéfico! para! a! equipe!permanecer! junta! e! coordenar! seus! esforços! durante! a! fase! de! consolidação.! Em! muitos!casos! o! aprendizado! foi! ampliado! quando! uma! equipe! de! ensino! trabalhou! junta! por! um!período! de! tempo! significativo,! aumentando! o! número! de! contatos! e! experiências! que! os!tornaram!muito!mais!efetivos.!!! Inglaterra.!A!história!que!se!segue!dá!uma!idéia!da!efetividade!que!uma!equipe!de!ensino!em!Sussex!ganhou!trabalhando!junto!por!mais!de!um!ano.!!

Nossa! equipe! em! Brighton! e! Hove! tem! se! reunido! a! cada! quinze! dias! para!consultar!e!refletir!sobre!nosso!progresso!desde!sua!formação!há!cerca!de!um!ano.!Como! indivíduos,! nós! somos! um! grupo! de! bahá’ís! de! mais! idade! e! temos! a!vantagem!de! termos! tempo! livre!durante!o!dia.! Em!várias! ocasiões! temos! tido! a!ajuda!do!nosso!membro!do!Corpo!Auxiliar!e!de!um!membro!do!Comitê!de!Ensino!

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de!Área.!Temos!contato!regular!uns!com!os!outros!entre!uma!reunião!e!outra,!e!na!noite! de! aprofundamento! semanal! e! nas! reuniões! devocionais! na! nossa! sede!bahá’í,! e! três! de! nós! estão! co\facilitando! um! círculo! de! estudos.! Todos! de! nossa!equipe!estudaram!a!seqüência!até!o!Livro!7.!!Apesar!de!carecermos!da!energia!e!ânimo!das!almas!mais!jovens!da!comunidade,!nós!podemos!oferecer!qualidades!de!determinação!e!perseverança,!o!que!resultou!em!uma!declaração!e!a!entrada!de!3!pessoas!em!um!círculo!de!estudos.!Foi!muito!empolgante!e!alegre!dar!as!boas!vindas!e!encontrar!com!estes!novos!participantes.!É!verdadeiramente!maravilhoso!nesta!Fé!realmente!aprender!a!essência!de!viver!e!amar,!de!“ser!e!fazer.”!

!! Austrália.! Uma! equipe! de! ensino! em! Brisbane! desenvolveu! suas! experiências!iniciais!nutrindo!o!interesse!de!pessoas!que!telefonaram!para!o!número!na!lista!telefônica!da!comunidade!de!Brisbane!perguntando!sobre!a!Fé.!Isto!lhes!deu!confiança!no!ensino!e!ajudou\os!a!iniciar!um!grupo!do!Livro!1!que!veio!a!formar!o!núcleo!da!atual!comunidade!de! interesse.!Desde!então,!os!membros!da!equipe! têm!usado!cada!ciclo!do!programa!de!crescimento!para!aumentar!a!extensão!e!profundidade!de!seu!trabalho,!evocando!não!só!as!habilidades!ganhas!através!dos!cursos!do!Instituto,!mas,!também,!no!que!se!refere!aos!diferentes!temperamentos!e!interesses.!!

No!primeiro! ciclo!nós! começamos! realizando! reuniões!devocionais!em!adição!ao!nosso!grupo!do!Livro!1!(uma!pessoa!se!declarou).!No!segundo!ciclo!nós!iniciamos!um!segundo!Livro!1!com!buscadores!(dois!deles!se!declararam).!No!terceiro!ciclo!nós! iniciaremos! um! terceiro! grupo! de! Livro! 1,! grupos! de! pré\jovens,! e! faremos!com!que!nossa! comunidade!de! interesse! existente,! que! já! completou!o!Livro!1! e!ainda!não!se!declarou,!estude!o!Livro!4.!!Mantendo! nossa! equipe! pequena,! nós! todos! estivemos! decididamente! engajados!com! o! processo! de! aprendizado! relacionado! com! o! ensino.! Por! exemplo,! nós!compreendemos!que!muitos!da!nossa! comunidade!de! interesse!não! tinham!uma!compreensão!profunda! sobre!a! idéia!de! “educador!divino”!e! tinham!dificuldades!reais!com!uma!“fé!organizada.”!Para!responder!a!esta!questão,!nós!desenvolvemos!um!pequeno!e!fácil!adendo!ao!Livro!1!para!apoiar!a!jornada!desses!amigos!através!dessas!duas!idéias!introdutórias!adicionais.!!!!Dada!a!longa!associação!entre!os!membros!de!nossas!equipes,!nós!usamos!ambos!os!períodos!de!expansão!e!consolidação!dos!ciclos!de!crescimento!para!aumentar!a!nossa! comunidade! de! interesse.! Nós! também! começamos! a! usar! o! período!intensivo! para! pressionar! nossa! equipe! para! fazer! novas! coisas! que! contribuam!para! nosso! trabalho! de! ensino.! Por! exemplo,! estamos! fazendo! visitas! aos! lares!para!os!pais!da!comunidade!de!interesse!e!discutindo!com!eles!nossos!programas!de!pré\jovens,!com!o!objetivo!de!iniciar!grupos!durante!a!fase!de!consolidação!de!nosso!ciclo.!Nós!esperamos!que! isso!venha!a!criar!oportunidades!de!ensino!para!nossa!equipe.!O!encorajamento!que!damos!um!ao!outro!nos!motiva!e!sustenta!nas!fases!mais!desafiadoras!e!intensivas!de!nosso!trabalho.!

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!! Os! amigos! estão! ganhando! experiência! sobre! como! trabalhar! em! equipe! para!planejar! e! implementar.!Nos! relatos!que! se! seguem,!membros!de! equipes!de! ensino!em!dois!cenários!muito!diferentes!consultam!sobre!como!aumentar!sua!efetividade.!!! Canadá.!Uma!equipe!de!ensino!em!Vancouver! se! formou!a! fim!de! levar!adiante!um!plano!de!ação!por!3!semanas.!!!

Nós!utilizamos!o!formulário!distribuído!na!reunião!de!reflexão!para!listar!todos!os!buscadores!que!a!nossa!equipe!focará!e!discutimos!brevemente!o!que!achávamos!que! poderíamos! fazer! para! atrair! cada! pessoa! em! direção! a! Bahá’u’lláh.!Consultamos!e!decidimos!sobre!uma!linha!específica!de!ação!para!cada!indivíduo!para! as! próximas! três! semanas.! Nossas! discussões! nos! levaram! a! duas!compreensões!principais:!

!1. Todos! os! nossos! amigos! buscadores! precisam! ser! convidados! para! o!

Livro!1,!se!eles!ainda!não!estão!participando.!2. Cada!um!deles!precisa!receber!uma!visita!em!seu!lar!!

!Nossa!equipe!decidiu!utilizar! livremente!a!visita!aos! lares!como!uma! ferramenta!para!as!próximas!três!semanas.!Nós!temos!confiança!de!que!as!visitas!aos!lares!são!capazes!de!criar!encontros!espirituais!profundos!que!ajudarão!a!levar!as!pessoas!para! mais! perto! de! Bahá’u’lláh.! Nestas! três! semanas! de! ensino! intensivo,! nós!temos!10!visitas!aos!lares!planejadas.!Algumas!das!visitas!serão!para!compartilhar!histórias!sobre!o!Báb!e!Bahá’u’lláh!do!Livro!4.!Outras!serão!para!aprofundar!temas!do!Livro!2,!como!o!Convênio.!Algumas!poucas!serão!para!compartilhar!uma!oração!e!convidar!a!pessoa!para!adentrar!um!círculo!de!estudo!do!Livro!1.!!Uma! estratégia! que! nós! também! estaremos! empregando! é! a! de! convidar! novos!crentes! para! vir! conosco! nas! visitas! aos! lares.! Isto! dará! a! estes! indivíduos! uma!oportunidade! de! ensinar! e! desenvolver! as! habilidades! e! capacidades! que! eles!adquiriram! nos! cursos! do! Instituto.! Finalmente,! estaremos! confiando! na! oração!para!guiar!nossos!esforços,!e!estaremos!orando!diariamente!por!cada!buscador.!

!! Camboja.! No! agrupamento! altamente! receptivo! de! Battambang,! o! comitê! de!crescimento,!junto!com!os!coordenadores!de!instituto,!decidiu!treinar!os!crentes!a!usarem!o! livreto,! “Conheçamos! a! Fé! Bahá’í.”! Como! este! livreto! de! ensino! era! compatível! com! a!apresentação! de! “Ana”! do! Livro! 6,! foi! fácil! incorporá\lo! como! um! exercício! prático! dos!círculos!de!estudo!do!Livro!6.!Para!os!muitos!amigos!que!completaram!o!Livro!6!antes!da!introdução!desta!prática!de!ensino,!um!treinamento!foi!agendado!no!primeiro!dia!da!fase!de! expansão.! Antes! de! sair! para! ensinar,! os! amigos! usavam! uma! teatralização! para!ensinar!suas!duplas!usando!o!livreto.!!! Uma! vez! que! as! equipes! de! ensino! formadas! em! vilarejos! provaram! ser! mais!efetivas!e!sustentáveis,!os!amigos!foram!encorajados!a!formar!equipes!em!seus!vilarejos,!incluindo!pelo!menos!uma!pessoa!que!tenha!completado!o!Livro!7.!Depois!as!equipes!se!espalhavam! para! ensinar! em! suas! áreas.! Depois! de! seu! retorno! a! cada! dia,! as! equipes!consultavam!sobre!questões!sobre!o!campo!e!se!referiam!às!páginas!relevantes!no!livreto!

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de!ensino!para!respostas!apropriadas.!Desta!forma,!os!membros!das!equipes!se!tornaram!mais! familiarizados! com! os! conceitos! que! eles! estudaram! no! Livro! 6! e! sua! confiança!cresceu.!Como!resultado,!o!número!de!declarações!correspondentemente!cresceu!de!100!em!cada!ciclo!para!436!na!última!fase!de!expansão.!!!Equipes(Aumentam(a(Efetividade(de(Nossos(Esforços(de(Ensino(!! Freqüentemente!acontece!que!um!buscador!precisa!aprender!sobre!a!Fé!através!de!uma!diversidade!de!pessoas!e! fontes!até!que! se! torne!um!crente!confirmado.!Um! instrutor!sozinho!pode!não!ser!capaz!de!responder!todas!as!questões!ou!atender!todas!as!necessidades!de! um! buscador.! Acontece! também,! que! aqueles! inexperientes! no! ensino! da! Fé! ou! que!carecem!de!confiança!podem!se!beneficiar!do!ensino!lado!a!lado!com!um!instrutor!veterano.!!! Burkina& Faso.! Os! amigos! nas! equipes! de! ensino! no! agrupamento! Kadiogo&relataram!que! se! eles! davam!um!passo! no! caminho! do! ensino,! eles! encontravam! almas!que!à!primeira!vista!não!teriam!imaginado!que!seriam!receptivas.!

!Ser! parte! de! um! grupo! dá! coragem! para! fazer! o! que! a! gente! nunca! fez! antes.!Durante! o! segundo! ciclo! de! ensino! em! nosso! agrupamento,! quando! nos!encontramos!pela!primeira!vez,!nos!demos!conta!de!que!havíamos!esgotado!nosso!círculo! social! e! então! decidimos! criar! um! novo.! Um! casal! de! nossa! equipe!aproximou\se!de!um!grupo!de! jovens!que! se! encontravam!a! cada!noite!para!um!chá,!na!casa!ao! lado!da!sua.!Resultou!que!os!seis! jovens! ficaram!muito! tocados!e!felizes!em!participar!no!próximo! fireside!e!na! reunião!devocional!que!aconteceu!na!casa!do!casal.!Mais!tarde,!a!idéia!de!iniciar!um!círculo!de!estudos!ganhou!forma!e!agora!dois!dos!jovens!estão!participando!regularmente!neste!círculo!de!estudos.!

!! Austrália.!As!memórias!abaixo!do!membro!de!uma!equipe!de!ensino!em!Brisbane&demonstram!como!trabalhar!em!equipes!intensifica!os!esforços!de!ensino.!!!

“Mary”!é!minha!colega!de!apartamento.!Durante!as!discussões!prévias!acerca!do!processo! de! se! tornar! bahá’í,! Mary! me! disse! que! ela! ainda! não! sentia! saber! o!suficiente!para!se!declarar!e!se!tornar!bahá’í.!Eu!sugeri!livros!e!também!sugeri!que!semanalmente!tivéssemos!aprofundamento!juntas.!Ela!estava!lendo!A!Realidade!do!Homem! e! Século! de! Luz! e! nós! freqüentemente! discutíamos! as! Escrituras! juntas!após! nossas! orações! e,! é! claro,! durante! as! seções! do! Livro! 1.! Durante! todo! este!tempo,!no!entanto,!Mary!muitas!vezes!ouvia!calada,!habitualmente!não!se!engajava!ativamente! nas! discussões! e! era! difícil! de! se! dizer! o! que! ela! pensava! de! tudo!aquilo.!!!Nossa!equipe!de!ensino!decidiu,!em!uma!das!reuniões!antes!do!início!do!programa!intensivo!de!crescimento,!convidar!Mary!para!um!chá!matinal!a!fim!de!convidá\la!a!abraçar!a!Fé.!Eu!duvidava!se!ela!aceitaria!por!causa!das!declarações!que!havia!me!feito,!mas!pensamos!que! seria!uma!boa! experiência!de! aprendizado!e! ajudaria! a!levá\la!em!direção!a!Bahá’u’lláh.!!

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No!chá!matinal,!um!membro!de!nossa!equipe!e!Mary!despenderam!algum!tempo!falando!e!eu!brinquei! com!o! filho!de!dois!anos!dele!em!uma!outra!mesa.!Eu!não!podia!ouvir!o!que!eles!estavam!falando,!mas!quando!estávamos!saindo,!o!membro!de! nossa! equipe! me! disse,! “Eu! acho! que! ela! está! pronta! para! assinar.”! Eu!considerei!isto!como!sua!empolgação!sobre!uma!boa!discussão!e!não!pensei!mais!a!respeito.!!Na!noite!seguinte!nós!tivemos!nosso!círculo!de!estudos!semanal.!Como!acontecia,!ninguém! aparecia! exceto! meu! vizinho,! um!membro! de! nossa! equipe! de! ensino,!Mary!e!eu.!Após!nos!encontrarmos!e! socializarmos,!meu!companheiro!de!equipe!decidiu!ir!para!casa!uma!vez!que!parecia!que!ninguém!mais!viria.!Neste!momento!Mary!começou!a!dizer,!“Antes!que!você!vá,!eu!gostaria!de!fazer!um!anúncio!”!Ela!nos!disse!que!havia!decidido!se! registrar!como!bahá’í!!Eu!não!posso!descrever!a!minha!surpresa!!Foi!um!momento!tão!lindo!e!Mary!estava!simplesmente!radiante.!Meu!companheiro!de!equipe!tinha!um!cartão!de!declaração!consigo!e!ela!assinou!imediatamente.!Nós!ainda!conversamos!sobre!o!processo!de!se!tornar!um!bahá’í!–!ela! está! ansiosa! para! encontrar! a! Assembléia! Espiritual! Local!! Creio! que! meu!vizinho!também!teve!uma!noite!interessante!–!testemunhando!tudo!isso!!!De!qualquer! forma,!depois!que! todos!se! foram,!nós!estávamos!conversando!e!eu!perguntei! para!Mary! o! que! havia!mudado! em! seu! pensamento! a! respeito! de! se!tornar!bahá’í.!Ela!disse!que!a!sua!conversa!com!o!membro!da!minha!equipe!no!dia!anterior! realmente! havia!mudado! seu! pensamento.! ! Ela! disse! que! ele! havia! dito!que! ela! não! precisava! saber! tudo! sobre! a! Fé! antes! de! se! declarar;! que! era! uma!questão!de!crença!de!que!ela!é!verdadeira.!Esta!foi!uma!lição!muito!boa!para!mim!!!Eu!me!sinto!tão!feliz!de!morar!com!ela!e!poder!caminhar!com!ela!neste!estágio!de!jornada! e! eu! sou!muito,!muito! grata! por! ter!membros! na!minha! equipe! que! são!mais!experientes!que!eu!e!de!quem!nossos!buscadores!podem!ganhar!diferentes!percepções.!!!

Equipes(de(Ensino(Progridem(Quando(Mantém(o(Foco(no(Aprendizado((Quando!equipes!de!ensino!param!para!refletir!sobre!suas!experiências!e!identificam!as!lições!aprendidas,!os!esforços!atingem!um!sucesso!maior.!!& Kenya.!Nos!ciclos!iniciais!do!programa!intensivo!de!crescimento!no!agrupamento!Tiriki&West,!equipes!de!ensino!foram!formadas!para!a!fase!de!expansão,!mas!dissolvidas!depois!do!período!de!ensino!intensivo!ter!terminado.!Durante!a!fase!de!consolidação,!um!trabalho! de! acompanhamento! foi! deixado! para! a! tríade! do! agrupamento! –!membro! do!Corpo!Auxiliar,!coordenadores!de!instituto,!e!o!Comitê!de!Crescimento!do!Agrupamento.!Algumas! lições! foram!aprendidas!desta!experiência!e! influenciaram!a! implementação!de!ciclos!subseqüentes:!!

1. Formar! equipes! de! indivíduos! que! moram! longe! um! do! outro! torna! difícil! ter!reuniões!para!monitorar!e!avaliar!o!progresso!do!ensino.!

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2. A!fase!de!consolidação!não!é!tão!efetiva!quando!os!membros!das!equipes!não!estão!envolvidos!e!o!acompanhamento!recai!sobre!os!ombros!de!outros.!

3. Os!contatos!feitos!durante!a!fase!de!expansão!não!se!sentem!tão!confortáveis!com!um!novo!grupo!de!pessoas!que!interage!com!eles!para!consolidação!como!com!os!amigos!que!apresentaram!a!Fé!para!eles,!e!assim!eles!saem!do!processo.!

!Baseados!nesta!análise,!as!agências!do!agrupamento!em!Tiriki!West!fizeram!mudanças!na!abordagem!e!duas!equipes!foram!formadas!tendo!estes!pontos!em!mente.!!!

Nós! resolvemos! que! uma! boa! equipe! deve! ter! todos! os! recursos! humanos!necessários! como! professores,! facilitadores! e! monitores.! As! equipes! devem! ser!formadas! por! pessoas! que! se! sentem! à! vontade! com! as! outras.! Quando! eles!ensinam! seus! parentes,! vizinhos! ou! amigos,! a! mesma! equipe! deve! fazer! a!consolidação!e!se!reunir!regularmente!para!ter!certeza!de!que!os!novos!crentes!e!aqueles!que!foram!trazidos!para!as!atividades!básicas!estão!bem!cuidados!dentro!do!escopo!deste!período.!

!! O!sucesso!dessas!duas!equipes!de!ensino!inspirou!as!outras!equipes.!!Agora!elas!se!encontram!mais!regularmente!para!refletir,!fazer!ajustes,!e!manter!o!foco!na!obtenção!de!suas! metas.! As! equipes! oram! todos! os! dias! e! relatam! que! “Uma! força! incrível! vem! da!confiança!e!contínua!súplica!para!que!o!Deus!Todo\Poderoso!prepare!as!almas”.!!& Canadá.!O!agrupamento!Vancouver/UBC!foi!o!primeiro!na!América!do!Norte!a!ter!um!programa!intensivo!de!crescimento!e!agora!tem!equipes!de!ensino!amadurecidas.!No!iluminador! relato!de!primeira!mão!que! segue,!uma!equipe! compartilha!as!muitas! lições!que! aprendeu! na!medida! em! que! aumentou! sua! compreensão! do! “modelo! coerente! de!crescimento”!e!ao!lutar!para!alcançar!a!sustentabilidade.!!

Nossa!equipe!de!ensino!tem!aprendido!como!seguir!o!padrão!de!consulta,!ação,!e!reflexão! em! cada! um!dos! últimos! cinco! ciclos! no! nosso! agrupamento.!Depois! da!última!reunião!de!reflexão,!por!exemplo,!nossa!equipe!se!reuniu!e!fez!uma!lista!dos!buscadores!que!nós!iríamos!focar!durante!a!fase!de!expansão!para!aproximar!mais!de! Bahá’u’lláh.! Refletimos,! como! de! costume,! onde! cada! indivíduo! estava! e! qual!seria!o!próximo!passo!lógico!em!seu!caminho:!se!eles!não!estavam!participando!de!uma!reunião!devocional,!como!nós!faríamos!para!facilitar!sua!vinda?!Se!já!estavam!participando!de!uma!reunião!devocional,! como!poderíamos! levá\los!para!o!Livro!1?!Quem!nós! iríamos!visitar!em!seus! lares?!E,! se!eles! já!estavam!no!processo!do!instituto,! como! nós! iríamos! ajudá\los! a! se! confirmarem! na! Fé?! Fizemos! linhas!apropriadas! de! ação! para! cada! indivíduo! e! a! equipe! dividiu! as! tarefas! a! serem!feitas.!!Uma!linha!de!ação!que!nós!organizamos!como!uma!equipe!era!fazer!as!visitas!aos!lares! do! Livro! 4! (compartilhar! histórias! do! Báb! e! Bahá’u’lláh)! para! buscadores!participantes!do!Livro!1!–!nós!tínhamos!muitos!buscadores!no!Livro!1!para!visitar,!já!que!tínhamos!aprendido!enquanto!equipe!como!efetivamente!convidar!!muitos!de!nossos!amigos!para!os!círculos!de!estudos.!Numa!ocasião,!as!histórias!tocaram!de! forma! clara! os! corações! dos! três! amigos! que! visitávamos.! Depois! de!compartilhar!as!histórias,!cada!um!dos!buscadores!afirmou!sua!crença!na!missão!

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de!Bahá’u’lláh!e!falou!Dele!em!termos!tão!comoventes!que!é!impossível!descrever.!O! ambiente! acolhedor! das! visitas! aos! lares! permite! encontros! espirituais!profundos.!Alguns!dias!depois!de!uma!dessas!visitas,!um!crente!recém!confirmado!escreveu!em!um!e\mail:!“Obrigado!por!sua!passagem!da!história!bahá’í!!Vocês!me!deram!a!tocha,!e!ela!inflamou!o!meu!coração.!Eu!estou!profundamente!tocado!por!bahá’í! e! pela! grande! verdade! de! bahá’í.! Eu! sei! que! eu! tenho! de! aprender! mais!!sobre! a! verdade! e! a! Fé! que! Bahá’u’lláh! nos! mostrou,! mas! agora! eu! estou! me!sentindo!mais!aquecido,!mais!feliz,!mais!forte,!e!meu!coração!mais!perto!de!vocês.”!Este!mesmo!amigo!está!continuando!pela!seqüência!e!convidando!!quem!ele!pode!para!a!reunião!devocional!e!círculos!de!estudos!de!nossa!equipe.!!A! reflexão!quase!que!diária!que!ocorre!dentro!do!contexto!de!nossas!equipes!de!ensino! e! o! foco! nas! necessidades! do! buscador! e! do! novo! crente! nutriram! o!desenvolvimento!orgânico!do!padrão!da!vida! comunitária!para!a!população! com!quem! nossa! equipe! de! ensino! interage.! Nós! gostamos! de! dizer! que! estamos!estabelecendo! um! “ecossistema! espiritual”! pois! estamos! gradualmente!aprendendo! como! desenvolver! aquele! padrão! de! ! vida! e! crescimento! que! está!incrustado!!no!processo!do!instituto!(“no!marco”)!dentro!da!esfera!dos!buscadores!e!de!uma!comunidade!de!amigos.!!Foi!encorajador!pensar!que!a!cada!semana!os!membros!de!nossa!pequena!equipe!de!ensino!(quatro!no!total)!coordenam!seus!esforços!um!com!o!outro!e!participam!em!serviço!semanal!e!atividades!“portais”!que!ampliam!nosso!ciclo!de!amigos!em!contextos!significativos,!através!de!reuniões!devocionais!semanalmente!e!círculos!de! estudo! do! Livro! 1! com! buscadores,! e! visitas! aos! lares! semanais.! Isto! não!aconteceu!em!um!ciclo,!mas!em!cada!novo!ciclo,!um!outro!componente!do!padrão!que!foi!adicionado.!!!Sem! uma! pequena! equipe! de! dedicadas! almas! nós! não! seríamos! capazes!individualmente! de! estabelecer! atividades! semanais! múltiplas! que! servem! à!mesma! população.! Nós! estamos! aprendendo! juntos! que! nossas! atividades! –! o!padrão! da! vida! comunitária! que! nós! estamos! construindo! para! nós! mesmos! e!nossos! amigos! –! tem! de! ter! um! ritmo! semanal.! Estamos! aprendendo! que! nossa!equipe! não! irá! avançar! se! muitos! de! nós! não! formos! facilitadores! ativos! –! as!habilidades! e! capacidades! do! facilitador! são! essenciais! para! o! nosso! sucesso.!Estamos! aprendendo! juntos! que! os! nossos! esforços! coletivos! e! individuais!deveriam!girar!em!torno!de!aprofundar!amizades!com!a!comunidade!de!interesse,!moldando!atividades!básicas!para!eles!e!realizando!as!práticas!associadas!a!cada!curso!do!instituto.!Finalmente,!nós!estamos!aprendendo!que!amamos!aprender!e!agir!juntos.!

!O(Poder(da(Ajuda(Divina(!! Há!um!crescente!número!de!histórias! inspiradoras!que!contam!como!as!equipes!de!ensino!receberam!ajuda!divina!depois!de!oração!e!unidade!de!ação.!!! Irlanda.!Um!crente!em!Limerick!conta!como!a!ajuda!do!Concurso!supremo!pode!rapidamente!nos!alcançar.!

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10 !

Minha! companheira! de! ensino! e! eu! estávamos! sentadas! em! meu! carro! no!estacionamento! do! hotel! durante! a! reunião! de! reflexão! no! lançamento! do!programa!intensivo!de!crescimento,!dedicando!um!pouco!de!tempo!para!trabalhar!no! nosso! plano! de! ensino.! Ela! citou! uma! senhora! que! nós! duas! havíamos!conhecido!algum!tempo!atrás,!e!nós!decidimos!que!retomaríamos!o!nosso!contato!com! ela! e! a! visitaríamos.! Assim! que! nós! saímos! do! carro! para! voltar! para! a!reunião,! quem! encontramos! ao! lado! do! carro! se! não! ser! a! mulher! de! quem!havíamos!acabado!de! falar!!Ela!estava!muito!satisfeita!em!nos!encontrar!e!pediu!que!fôssemos!visitá\la!logo.!!

!! O!coordenador!do! instituto!na! Irlanda! fez!as!seguintes!observações!depois!que!a!comunidade!de!Dublin!começou!a!implantar!equipes!de!ensino.!!

Percebi!que!as!equipes!que!mantêm!um!foco!simples,!por!exemplo,!numa!lista!de!orações!que!os!ligou!a!possibilidades!de!ensino!particulares!dentro!do!contexto!de!suas!próprias! vidas,! pareciam! ter!mais! sucesso! com!atos!de! ensinar! e! convite.!A!experiência! geral! desta! fase! de! expansão,! conforme! atestada! por! uma! história!atrás! da! outra,! é! que! os!membros! da! equipe! pareciam! testemunhar! o! poder! da!ajuda!divina!em!suas!vidas,!o!que!os!animava!a!dar!passos!cada!vez!mais!corajosos.!A! fase! da! consolidação! é! agora! dedicada! a! trabalhar! com! as! equipes! para!consolidar!as!vitórias!específicas!e!aspirações!da!fase!de!expansão!do!ensino.!

!! Uma!outra!história!de!Dublin!ilustra!como!Bahá’u’lláh!abre!as!portas!para!o!nosso!ensino!quando!nos!esforçamos!por!Ele.!!

Nossa!equipe!de!ensino!se!reunia!nas!segundas,!quartas!e!sextas!de!cada!semana!para! fazer! orações.! Eu! não! sabia! o! que! esperar! do! projeto,!mas! descobri! que! as!situações!surgiam!ao!meu!redor!quando!eu!tinha!a!oportunidade!de!falar!sobre!a!Fé,!no!trabalho!com!meus!colegas!e!em!casa!com!meus!vizinhos.!Eu!tive!cerca!de!duas!oportunidades!como!esta!durante!anos!e!neste!período!de!duas!semanas!eu!tive! cerca! de! 10!! Dizia! para! mim! mesma,! “De! onde! vem! tudo! isso?”! e! então!compreendi!que!estava!num!estado!de!ensino!acelerado!e!que!eu!estava!atraindo!pessoas!por!estar!mais!aberta!a!elas.!Uma!coisa!engraçada!que!aconteceu!foi!que!eu!estava!tentando!me!apresentar!para!meus!vizinhos!desde!que!havia!me!mudado!anos!atrás.!Eu!sempre!dizia!“olá”!a!qualquer!vizinho!que!encontrasse.!Um!dia,!eu!estava!no!elevador!e!não!disse!“olá”,!mas!meu!vizinho!disse.!Ele! tinha!uma!pizza!em!sua!mão!e!me!convidou!para!comer!com!ele.! !Quase!que!automaticamente!eu!disse! “não”,! mas! compreendi! que! eu! deveria! estar! ensinando! e! eu! rapidamente!aceitei.!Comi!pizza!com!ele!e!um!iraniano!que!divide!o!apartamento!com!ele.!Nós!tivemos!uma!ótima!conversa!e!combinamos!de!nos!encontrar!novamente.!

!Discernimentos(ao(Redor(do(Mundo(!! Seguem! alguns! breves! comentários! de! crentes! em! diferentes! partes! do!mundo! que!estão! compartilhando! o! aprendizado! sobre! equipes! de! ensino,! o! que! os! tem! ajudado! a!avançar!no!processo!de!entrada!em!tropas.!

!

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Mudando&velhas&formas&de&pensar&!“Muitos! crentes! veteranos! chegaram! a! ver! o! ensino! como! algo! que! uma! pessoa!programa!como!outras!atividades!e!que!era!melhor! realizado!a!alguma!distância!de! sua! residência! –! preferencialmente! entre! estranhos.! Então! todos! foram!lembrados!que!o!ensino!não!é!apenas!algo!!para!fazer!quando!tudo!o!mais!de!sua!vida! já! foi! feito,! mas! que! o! ensino! deveria! se! fundir! em! todas! as! partes! das!atividades!diárias!de!uma!pessoa.”!!“Notou\se! que! muitos! dos! crentes! antigos! eram! tão! condicionados! por! anos! de!rejeição!de!quando!ensinaram!no!passado!que!eles!não!tinham!mais!a!expectativa!de!alguém!ser!receptivo!aos!Ensinamentos!de!Bahá’u’lláh.!Mas,!também!percebeu\se! que! aqueles! que! haviam! completado! toda! a! seqüência! dos! cursos! tinham! em!menor!grau!esta!atitude,!então!provou!ser!útil!ter!ao!menos!uma!pessoa!que!havia!completado!o!Livro!7!em!cada!equipe.”!!“Neste! ciclo,! nós! fomos!mais! realistas! e! pragmáticos! acerca! do! que! poderíamos!atingir.!Nós!não!construímos!expectativas!irreais,!e!então!não!nos!desapontamos.!Além! disso,! ! atingimos! as! metas! que! havíamos! estabelecido! alcançar.! Isto! é!diferente! dos! últimos! ciclos! onde! planos! grandiosos! eram! feitos,! e!desapontadamente!(mas!não!surprendentemente)!não!realizados.”!&Formação&de&equipes&

!!“Antes! do! lançamento! do! programa! intensivo! de! crescimento,! era! aparente! que!apesar!de!muitos!crentes!terem!sido!treinados,!poucos!eram!mobilizados.!Então!o!Comitê! de! Ensino! de! Área! e! o! coordenador! do! agrupamento! começaram! a!telefonar!para!um!número!de!crentes!antes!da!reunião!de!reflexão!para!encorajá\los! a! se! juntar! a! uma! equipe!de! ensino.!A! reunião!de! reflexão! em! si! reforçou! os!apelos!anteriores!inspirando!e!animando!os!crentes.”!!“Nós! estamos! aprendendo! que! as! equipes! não! devem! ser! muito! grandes;! caso!contrário,! torna\se! muito! difícil! reunir! e! planejar! as! atividades.! Entretanto,! as!equipes!podem!convidar!outros!para!se!unirem!a!eles,!se!eles!não!estão!confiantes!para! formar! sua! própria! equipe.! Em! seu! devido! tempo,! conforme! as! equipes!ganham!experiência!e! tamanho,!devem!se!dividir!em!duas!equipes!e! continuar!o!processo.”!!“Nós!reconhecemos!as!fortalezas!e!interesses!uns!dos!outros.!Compreendemos!que!um!de!nós!era!muito!bom!em!fazer!contatos!e!perceber!sua!disposição!para!entrar!nas! atividades! básicas.! Um! outro! membro! gostava! de! consolidação! e! construir!relacionamentos.!Um!terceiro!membro!gostava!de! levar!nossa!equipe!para!novas!áreas!das!atividades!básicas!comunitárias.!Nossa!equipe!agora!distribui!sua!carga!de!trabalho!a!ser!enfrentada!dentre!as!fortalezas!de!cada!indivíduo.”!

!Foco&no&ensino&

!

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12 !“As!equipes!que!mantiveram!um!foco!claro!em!indivíduos!que!eles!iriam!atingir!a!

cada! dia! da! fase! intensiva,! juntamente! com! um! planejamento! de! atividades! de!ensino,!foram!capazes!de!manter!o!impulso.”!!!“Há!muitas!formas!para!as!equipes!se!engajarem!em!atividades!de!ensino;!é!muito!importante!identificar!as!atividades!rotineiras!dos!membros!da!equipe!e!fazer!uma!conexão!com!possíveis!oportunidades!de!ensino.”!!“Os!amigos! também!precisaram!de! lembretes! gentis!de!que!eles!não!precisavam!esperar! pelos! outros! membros! da! equipe! para! compartilhar! a! Mensagem;! eles!podiam!ainda!usar!sua!iniciativa!individual.”!!“As!equipes!de!ensino!recebem!treinamento!e!orientação.! Isto!ajuda!as!equipes!a!serem!mais!focadas!e!terem!um!senso!de!posse!do!processo.!Eles!são!encorajados!a!considerar!o!ensino!como!a!construção!de!um!relacionamento!de!longo!prazo!ao!invés!de!um!simples!encontro!ou!evento.”!

!A&necessidade&de&“acompanhar”&as&equipes&e&uns&aos&outros.&

!“O! foco! deste! ciclo! para! o! Comitê! de! Crescimento! do! Agrupamento! (CCA),!Coordenadores!de!Área,!e!membros!do!Corpo!Auxiliar!têm!sido!caminhar!ao!lado!das! equipes! de! ensino! a! fim! de! participar! do! aprendizado,! gerar! confiança,! e!prover!encorajamento.!Todas!as!equipes!de!ensino!formaram!pares!com!membros!individuais! do! CCA,! com! Coordenadores! de! Área,! e! membros! do! Corpo! Auxiliar!para! que! todos! aprendessem! juntos! e! ajudassem! aconstruir! equipes! de! ensino!mais!efetivas.”!!“Em! situações! onde! os!membros! individuais! da! tríade! no! nível! do! agrupamento!mantiveram! um! contato! próximo! durante! a! fase! intensiva,! o! aprendizado! foi!disseminado! e! colocado! em! prática! imediatamente! no! campo! com! resultados!frutíferos.”!

!Bênçãos&descem&sobre&as&equipes&

!“O!que!eu!aprendi!é!sobre!a!força!da!equipe.!Que!a!proposta!de!equipe!realmente!sistematizou!o!processo!de!ensino!para!mim.!Nas!ocasiões!em!que!minha!energia!estava! realmente! minguando! e! eu! estava! bastante! desencorajado,! através! do!processo! de! leitura! das! Escrituras! com! os! membros! de! minha! equipe,! minha!energia!era!renovada.”!!“Durante! a! fase! intensiva,! as! equipes! focaram!na! habilidade! de! identificar! almas!receptivas;!isto!foi!adquirido!através!de!profundas!orações!diárias!e!um!foco!para!manter!um!estado!de!oração.”!!“Uma! vez! que! equipes! começaram! a! direcionar! esforços,! elas! rapidamente!descobriram!a!alegria!que!vem!das!confirmações!Divinas,!as!quais!davam!a!eles!um!ímpeto! e! coragem! adicionais.! Com! sucesso,! seu! entusiasmo! inspirou! outros! a!participarem.”!

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!Preparado! sob! os! auspícios! do! Centro! ! Internacional! de! Ensino! ! para! a! Instituição! dos! Conselheiros.! Extratos! dos! relatórios!citados!podem!ser!editados!para!melhor!correção!gramatical,!clareza!ou!extensão!do!texto.!!Sua!reprodução,!total!ou!parcial,!pode!ser!distribuída!dentro!da!comunidade!baha'i!sem!permissão!prévia!do!Centro!Internacional!de!Ensino.!!!//SEDENET/groups/secnac/carta_noticiosa_cie/Reflexões sobre Crescimento, nº 13, Agosto 2006 .doc

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REFLEXÕES SOBRE O CRESCIMENTO - Número 14 – Outubro

2006 Visitas aos Lares (II) – Contribuindo para uma Cultura Espiritual.

Em maio de 2004, a segunda edição deste noticioso focalizou nas visitas aos lares. Esta atividade no Plano de Cinco Anos anterior surgiu de um componente prático do Livro 2 do Instituto Ruhi, e então evoluiu para tornar-se um elemento chave tanto para o trabalho de expansão e como de consolidação em agrupamentos avançados. Desde o nosso enfoque inicial sobre este assunto em 2004, muitas experiências foram ganhas sobre como realizar as visitas aos lares. O ambiente familiar de um lar tornou possível compartilhar a Mensagem de Bahá´u´lláh com amigos e vizinhos, como também tratar de outros temas de aprofundamento com os crentes recém declarados. Laços de amizade foram criados com buscadores e bahá´ís mais antigos foram reavivados.

A importância das visitas aos lares na atual estrutura de crescimento chega ao âmago do que significa construir uma comunidade bahá´í e uma nova civilização. Embora a criação de uma nova ordem mundial esteja preocupada com governança e outros princípios sociais, ela consiste, fundamentalmente, da construção de uma sociedade global baseada em justiça e amor. Seria suficiente convidar as pessoas a uma sede e esperar que compareçam, ou precisamos visitar uns aos outros e falar sobre assuntos e aspirações espirituais? As visitas aos lares provaram ser efetivas porque permitem a promoção de uma conversação bahá´í – a abordagem de assuntos espirituais que fortalecem os laços de amizade, amor e unidade.

Visitar os amigos é uma prática bem estabelecida na Fé, mas durante o último Plano assumiu dimensões adicionais e tornou-se um processo mais sistemático. Em um relato de serviços prestados por um crente, no livro Tributo aos Fiéis, ´Abdu´l-Bahá escreveu: “Ao longo do caminho em sua viagem com seus dois filhos... ele parou em todas as montanhas, em todas as planícies, aldeias e povoados para visitar os amigos.” Shoghi Effendi, repetidamente refere-se a “visitas” como um elemento de consolidação e de desenvolvimento sistemático de uma comunidade.

Através da guia, ajuda, encorajamento e visitas freqüentes sempre que possível, a comunidade dos crentes de ... deve ser nutrida e preparada para desincumbir-se adequadamente de suas sagradas responsabilidades... Ele (o Guardião) urge que você faça um esforço especial para visitar os amigos em outros lugares onde você parar, não importa quão curto seja o tempo, porquanto as notícias sobre o progresso da Fé em geral irão encorajar e acalentar os amigos.

Embora nos primeiros dias da Fé, os instrutores viajantes fossem mais freqüentemente os crentes que realizavam um programa de visitas, Shoghi Effendi, ao tratar dos desafios do

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Plano global, deixou claro que “todo crente, por mais humilde e inexperiente que seja, deve sentir a obrigação de fazer o seu papel”, e convocava os amigos a apoiarem o trabalho de ensino “através da freqüência de suas visitas.”

O Guardião enfatizou o ponto de que nenhum sentimento de superioridade deve transparecer na atitude de um crente quando realiza uma visita com o propósito de aprofundar um companheiro de fé:

Instrutores viajantes... sua tarefa é encorajar e inspirar os crentes, ampliar e aprofundar sua visão sobre a tarefa a ser feita. E isso não em virtude de qualquer direito espiritual inerente, mas em espírito de simples e sincera cooperação.

A citação acima destaca a importância de se cultivar atitudes apropriadas para realizar este ato de serviço. Este aspecto é tratado em profundidade no Livro 2, que prepara os participantes para realizarem visitas aos lares com “eficiência e amor.” Não somente é importante visitar os buscadores e crentes para compartilhar com eles os ensinamentos da Fé, mas os amigos devem também exemplificar com humildade a alegria que sentem tendo o privilégio de compartilhar a Mensagem de Deus com os outros.

A experiência dos últimos cinco anos demonstrou que quando os bahá´ís visitam os lares dos buscadores, os novos crentes ou crentes que atualmente não participam das atividades comunitárias, freqüentemente outros membros da família e amigos estão presentes ou se juntam ao grupo e se tornam atraídos à Fé. Muitos deles desejam ingressar em um curso do instituto. Desta forma, ficou claro que as visitas aos lares têm grande potencial como um meio de atingir e ampliar nossa comunidade de interesse e para o trabalho de ensino em geral. Mais e mais crentes que completaram os Livros 4 e 6 tem percebido que as visitas aos lares lhes oferecem um ambiente favorável para compartilharem histórias sobre Bahá´u´lláh ou, por exemplo, o material da “apresentação de Ana”. Assim, o ato de serviço praticado em conexão com o Livro 2 criou a base para inúmeras atividades de expansão e consolidação, tanto em áreas urbanas como em áreas rurais, e em agrupamentos em diferentes estágios de desenvolvimento.

Os relatos de visitas aos lares que se seguem representam uma variedade de contextos. Algumas visitas foram realizadas para aprofundar novos crentes, outras, para atrair contatos às atividades centrais, e ainda outras, são componentes dos esforços de ensino direto em programas intensivos de crescimento.

* * * * * * O serviço de compartilhar temas de aprofundamento apresentados no Livro 2 do Instituto Ruhi tem sido a motivação para muitas visitas aos lares e tem provado ser um forte componente do trabalho de ensino e consolidação em muitos países. A experiência mostrou que as visitas aos lares têm sido eficazes mesmo em situações em que os amigos estavam inicialmente inseguros de sua habilidade de realizar este ato de serviço.

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Reino Unido

Esta história demonstra que quando os amigos decidem realizar a prática dos componentes associados com os cursos do instituto e são ajudados por seus facilitadores, eles ganham confiança e habilidade, e conseguem resultados surpreendentes.

Como muitos facilitadores, quando eu era participante em um círculo de estudo do Livro 2, não fazíamos as visitas aos lares. Talvez nenhum de nós se dava conta de quão importante era tal prática, ou talvez porque não sabíamos por onde começar. Alguns de nós pensavam que não era muito “britânico” se convidar para a casa de alguém, e muitos de nós não conhecíamos nenhum novo bahá´í para visitar. Assim, quando fui facilitadora do Livro 2 pela primeira vez, repeti o mesmo padrão com meus participantes. Falei para eles que visitas aos lares eram uma parte essencial do curso, mas deixei a cargo deles encontrar e organizar as visitas. Não foi surpresa que dos dez participantes, nenhum deles realizou a prática. Com o gradual aprendizado compartilhado através da Inglaterra e da guia amorosa e paciente oferecida em encontros de facilitadores e em conferências de facilitadores, ganhei mais confiança quanto às visitas aos lares. A próxima vez que facilitei o Livro 2, dediquei algum tempo para consultar com os participantes como funcionariam as visitas aos lares. Juntos, chegamos à conclusão que seria perfeitamente aceitável na Inglaterra visitar o lar de outra pessoa, mas é usual esperar, primeiro, por um convite da pessoa. Assim, superando temores de estar quebrando um costume cultural, eles visitaram uma nova crente e compartilharam com ela um dos temas de aprofundamento. A nova crente havia sido recentemente eleita para a Assembléia Espiritual Local e perguntou se os visitantes poderiam voltar na semana seguinte e ajudá-la a aprofundar-se naquele tópico! Esses mesmos participantes, ao chegarem ao Livro 4, estavam muito menos hesitantes para tentar o elemento da prática e dirigiram-se ao lar de um casal recém declarado para compartilhar a história da vida do Báb. O casal ficou muito entusiasmado com a apresentação, demonstrando-se ansioso pelo retorno dos visitantes para compartilhar, então, a história da vida de Bahá´u´lláh. Como facilitadora, meu papel em tudo isso era prover aos participantes tempo e espaço para conversarem sobre seus planos e temores, e então lhes assegurar que identificassem pessoas para visitar e que marcassem a data da visita. A experiência mais útil que tive com as visitas aos lares, porém, foi com as que eu mesma fiz. Quando realizava este ato de serviço, achava sempre maravilhoso e pleno de confirmações. Um exemplo em particular merece destaque. Durante a recente campanha intensiva de ensino na Grande Londres, consegui arranjar um tempo e visitei uma amiga que sempre demonstrava razoável interesse na Fé. Durante vários anos fiz convites a essa amiga para participar de vários eventos bahá´ís e ela demonstrava interesse, mas nunca aproximou-se da Fé. Desde que o foco de nossa atividade era visitar lares, fui à sua casa e passei o dia inteiro com ela. Levara comigo um livro de orações, e sugeri que lêssemos uma oração para seu

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novo bebê. Ela ficou tão feliz, e lemos juntas várias orações. Então me disse estar muito interessada na Fé, após o que tivemos uma longa conversa a respeito. Na semana seguinte, visitei-a novamente. Falamos sobre suas dúvidas restantes (eu tentando responder como “Ana” faria) e então na outra semana ela se declarou bahá´í! Ela e seu marido participam agora de um círculo de estudo do Livro 1.

Hungria

A história seguinte descreve como os amigos de um círculo de estudos atuaram em equipes para realizar uma visita a um lar. Oferece também um exemplo inspirador de uma nova crente que foi aprofundada através das visitas ao lar, seguiu avante e ingressou nos cursos do Instituto, tornando-se eficiente na apresentação dos temas de aprofundamento quando ela mesma realizou visitas aos lares.

Tive a alegria de ser facilitador do Livro 2 em um círculo de estudo. Embora ame esse livro, para ser franco, dei-me conta de que, na realidade, não tínhamos aprofundado um participante sequer usando todos os temas de aprofundamento. Como resultado de nossas consultas, uma das participantes de nosso círculo de estudo contatou uma bahá´í recentemente declarada que fazia o Livro 1 num círculo de estudo com seu esposo, que ainda não é bahá´í. Para estimular a ambos, decidimos fazer palestras em duplas. O marido de uma de nossas participantes, recentemente declarado bahá´í, que normalmente viaja a serviço, coincidiu de estar em casa. Perguntou se podia trazer a mãe dele, que é católica mas se sente bem próxima dos bahá´ís. Éramos seis presentes na visita ao lar, incluindo os dois buscadores. Havíamos combinado que faríamos as apresentações dos primeiros dois temas de aprofundamento do Livro 2. Eu falaria sobre “O Convênio Eterno de Deus” e outra amiga falaria sobre a “Vida de Bahá´u´lláh.” Apoiando-nos, encontrava-se minha esposa (também integrante do círculo de estudo), que se ofereceu para cuidar de nosso filho de dois anos e de outra criança presente, possibilitando que todos os adultos ficassem livres para realizar a visita programada. A atmosfera era calorosa e amistosa, e o casal que visitamos demonstrou grande alegria com nossa visita. Após alguns salgados e um delicioso chá verde, fizemos orações e cantamos algumas canções. Isso elevou realmente a atmosfera. Então, após algumas palavras sobre o nosso círculo de estudo e as coisas que estamos aprendendo juntos, comecei com o primeiro tema. Eu não queria apenas ler o texto, mas falar sobre o mesmo com palavras do fundo do meu coração. Mas certamente queria ater-me às idéias e pensamentos expressados de forma tão bela no livro sobre aquele tema de aprofundamento. Quando contemplamos a introdução ao texto, que exalta ser Deus o Criador de todas as coisas, pensei na oração “Bem-aventurado é o lugar....” porquanto menciona tantas coisas que Deus criou, a mais importante delas o coração humano. Assim, entoamos também essa oração. A mãe, que era buscadora, ficou muito comovida com as orações e com a beleza e simplicidade das idéias e analogias contidas no tema de aprofundamento. Durante a

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apresentação, ela compartilhou muitas experiências de sua vida, inclusive sobre o falecimento de seu esposo. Naquele momento, fizemos uma reflexão sobre o significado do sofrimento dos Manifestantes de Deus, e todos sentimos a potência das Palavras de Bahá´u´lláh. Após a primeira palestra, nossa querida amiga, uma bahá´í recém declarada, fez a sua apresentação sobre a “Vida de Bahá´u´lláh.” Antes, ela falou que estava nervosa, pois era a primeira vez que falaria sobre a Fé, embora estivesse bem preparada e tivesse reunido algumas citações dos Escritos de Bahá´u´lláh e uma descrição, em Suas próprias palavras, dos dias que passou no Siháh-Chál. No momento em que começou a falar, seu nervosismo desapareceu completamente. Foi realmente maravilhoso. Ela falou do coração mas com coerência e clareza cristalina. Ouvindo-a fala, era como estar vendo um filme, tão vívida foi a forma como referiu-se aos eventos inspiradores da vida do Manifestante de Deus para o nosso dia e época. Aqui, encontrava-se alguém que ficara tão emocionada com a majestade da vida de Bahá´u´lláh que ela extraiu as aplavras, internalizou, tomou-as para si e, então, compartilhou conosco o mais significativo dos temas de uma forma sincera, envolvente e natural. Tanto quanto sei, ela é uma das primeiras amigas da Hungria que recebeu visitas aos lares após ter se tornado bahá´í, incluíndo alguns temas de aprofundamento do Livro 2. Agora, ela alcançou o Livro 2 e faz apresentações em visitas a outros lares, usando os mesmos materiais.

Estamos planejando a próxima visita à casa desse mesmo casal e também a outros lares. Tendo passado por essa experiência, nosso nível de energia é muito elevado. Não importa qual seja a experiência de outra pessoa, por fim, sente-se que o coração humano está sedento e buscando a verdade, a beleza e o conhecimento. Uma visita a um lar é uma arena na qual o coração pode reconhecer e receber a verdade quando esta é compartilhada de uma forma bondosa, radiante e com pureza de intenção. Nossos esforços estão longe da perfeição e precisamos fazer essas coisas muitas e muitas vezes, mas à medida que “fazemos”, e não apenas falamos em fazer, as confirmações do alto vêm, nossos olhos se abrem a novas realidades e crescemos em confiança, entendimento e efetividade.

Cidades Nórdicas

Uma série de campanhas de visitas aos lares em alguns países da Europa foi realizada, revelando as seguintes reflexões daqueles que delas participaram: • “Eu estava nervoso, mas acabei comprovando não ser difícil e doravante será fácil.” • “Conhecer o exato propósito da realização da visita tornou fácil.” • “Estava pensando em fazer uma visita ao lar – agora que fiz, estou determinado a

continuar.” • “Sensibilidade e flexibilidade são importantes com relação às necessidades daqueles

que visitamos.” • “O que parecia ser algo chocante e impossível em nosso país provou ser inteiramente

possível.” • “As pessoas estão anelando tais visitas e prontas para conversar sobre orações.”

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• “É importante que o propósito da visita seja claramente definido, enfatizando que não se trata de uma visita social.”

De acordo com a recomendação da Casa Universal de Justiça às Assembléias Espirituais Nacionais, as visitas aos lares têm provado serem eficazes para reavivar amizades com bahá´ís que não são vistos há algum tempo e para reacender sua fé. Kênia

O coordenador do Instituto nacional relatou que no agrupamento de Ndivisi Webuye, as visitas aos lares foram realizadas para compartilhar os temas de aprofundamento sobre o “Convênio Eterno” e sobre a “Festa de Dezenove Dias” com crentes menos ativos. Três comunidades locais que haviam sido desativadas foram reavivadas, uma aula para crianças e dois grupos de pré-jovens formados, e ensinados 20 membros da comunidade de interesse. Dez deles foram recrutados para participar de círculos de estudo e agora estão estudando o Livro 3. Outros foram convidados para firesides, para ensino adicional. Dez dos bahá´ís estão agora participando integralmente das atividades centrais após as visitas feitas aos seus lares. O relatório também descreve o impacto das visitas aos lares no agrupamento Bumula, onde três Assembléias Espirituais Locais foram eleitas no último ano. Depois das visitas aos lares, cinco Assembléias Espirituais Locais foram eleitas este ano. O coordenador acrescenta: “uma campanha de instituto [foi] estabelecida e agora os crentes [estão] seguindo inteiramente a seqüência.” Cinco aulas de crianças foram também formadas como resultado das visitas aos lares, e três buscadores ingressaram num curso do instituto. O coordenador do instituto conclui:

As visitas aos lares estão servindo como um meio de reunir e unir os bahá´ís e um meio para atingir o mundo externo... A visita ao lar, para mim, é uma forma de despertar os bahá´ís adormecidos e também um caminho para ensinar às massas que estão a espera.

Ilhas Marshall

Existe um espírito renovado em ação no agrupamento de Majuro. Durante algum tempo, o progresso das atividades centrais tinha sido moderadamente lento e o padrão de círculos de estudo de alguma forma irregular. Porém, os eventos começaram a mudar com a introdução do conceito de visita aos lares. Na reunião do agrupamento, as consultas resultaram em um plano de visita aos lares que focalizou primeiro a visita aos bahá´ís que estavam inativos há algum tempo. A resposta deles às visitas aos seus lares foi de entusiasmo. Em vários casos, membros não-bahá´ís das famílias bahá´ís participaram das conversações e, também, se envolveram, desta forma expandindo a comunidade de interesse. Algumas das comunidades deram prosseguimento a este sucesso, iniciando círculos de estudo, outras deram início a aulas para as crianças, e ainda outras desenvolveram ambas as atividades, além das reuniões devocionais. Era comum encontrar cinco ou seis círculos de estudo em andamento numa única noite.

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Na comunidade de Rairok, o sucesso das visitas aos lares produziu vários resultados

significativos. Trouxe ao processo de instituto a participação de um número relativamente grande de pessoas, incluindo adultos, jovens e crianças, quase que dobrando o número de crentes ativos na comunidade. Do novo grupo de crentes surgiu um coral que escreveu e interpretou suas próprias músicas e canções baseadas nos Escritos Sagrados constantes dos livros do Instituto Ruhi. Um resultado adicional das visitas aos lares foi a descoberta de receptividade entre o grupo minoritário do povo de I-Kiribati que vive nas Ilhas Marshall. Outro resultado alentador foi que cinco dos crentes que não eram ativos foram reavivados e agora participam regularmente das Festas de Dezenove Dias, dos Dias Sagrados e das reuniões devocionais. As visitas aos lares proporcionaram um ambiente confortável para ampliar os convites aos amigos, famílias, vizinhos e colegas de trabalho para participarem das atividades centrais. Azerbaijan A meio caminho do terceiro ciclo de seu programa intensivo de crescimento, os amigos do agrupamento de Baku começaram uma campanha de visita aos lares com a meta de visitar 80 lares. O relatório inicial após somente seis dias de atividades revelou que 18 equipes tinham visitado 28 lares, resultando em três novos círculos de estudo. Romenia

A fase de expansão de duas semanas do primeiro ciclo do programa intensivo de crescimento em Bucareste concentrou-se principalmente em visita aos lares. Mais de 91 lares foram visitados por 13 equipes de ensino, levando de imediato a um aumento na comunidade de interesse de 31 pessoas, o começo de 6 novos círculos de estudo, e a outros 25 buscadores que ingressaram em atividades centrais um pouco mais tarde no ciclo, elevando o número da comunidade de interesse para 56. Muitos dos relatórios agora recebidos sobre as visitas aos lares descrevem as visitas realizadas em conexão com os projetos de ensino. Os crentes estão demonstrando a confiança e as habilidades ganhas ao terem completado o estudo dos Livros 2 e 6. Colômbia

Um relatório chegou, provindo de uma área predominantemente rural, que demonstrou receptividade especial à Fé por muitos anos e que tem 49 Assembléias Espirituais Locais. Ao final de três semanas de ensino intensivo no agrupamento do Norte de Cauca, foi relatado que 94 instrutores tinham visitado 530 pessoas e 292 novos crentes abraçaram a Causa. Essas realizações foram o resultado de esforços em cinco comunidades. Uma comunidade havia superado suas próprias metas em dois dias e meio da fase de expansão.

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Reino Unido

Um relatório sobre o programa intensivo de crescimento em Londres compartilhou este testemunho de uma bahá´í:

Perguntamos a uma amiga, que se encontrava já bem próxima da Fé, se podíamos lhe fazer uma visita no sábado de manhã. Como ela não se sente muito confortável com suas colegas de apartamento, perguntamos se não preferia vir à nossa casa. Planejamos seguir o modelo da “Apresentação de Ana” com ela e nos preparamos para isso na noite anterior. Estávamos conscientes de que ela iria nos fazer algumas perguntas de seu interesse. Quando ela chegou, algo aconteceu que começamos a falar da Fé de imediato e, embora não tenhamos seguido exatamente o padrão da seqüência como está no Livro 6, pudemos mencionar todo o texto da “Apresentação de Ana” e muito mais. Foi tudo muito natural e entremados com seus comentários e perguntas. Foi extraordinário para nós vermos como alguém pode tão facilmente cobrir toda a “apresentação de Ana” em poucas horas. Nossa amiga ficou muito feliz com nossa conversa. Está ansiosa para fazer o Livro 1 conosco e concordou em perguntar a algumas de suas amigas se teriam interesse em participar.

Tanzânia

Membros de uma família bahá´í de origem hindu que se tornou bahá´í recentemente, estavam estudando o Livro 2 quando desejaram realizar um ato de serviço em apoio ao programa intensivo de crescimento de seu agrupamento. Sentaram juntos e fizeram uma lista com nomes de pessoas que podiam visitar e compartilhar com elas alguns temas sobre a Fé. Os nomes eram de pessoas que já haviam convidado para reuniões devocionais e que demonstraram algum interesse. Antes de realizarem as visitas, a família se reuniu e orou pedindo ajuda divina. Das três famílias que visitaram, uma delas – o marido, a esposa e o filho – mostraram-se especialmente atraídos pela beleza dos ensinamentos e fizeram muitas perguntas. Trataram dos temas do “Convênio de Deus”, e “Deus e Seus Manifestantes”. Como a família que visitavam era também de origem indiana, levaram consigo fotos do Templo do Lótus na Índia. Na visita seguinte, os bahá´ís convidaram outros amigos para irem juntos. Toda a família, incluindo um filho de 14 anos, tornou-se bahá´í. Os pais começaram o estudo do Livro 1 e o filho está freqüentando uma aula para jovens. Agora que a fase de consolidação do programa intensivo de crescimento começou, a família que está estudando o Livro 2 já marcou outra visita à família recém-declarada para compartilhar outros temas espirituais. Os seguintes relatos sobre dois programas intensivos de crescimento mostra exemplos de quando as visitas aos lares são utilizadas como parte da fase de consolidação após uma campanha de ensino. Neste enfoque, os amigos compartilharam com os novos crentes os temas de aprofundamento apresentados no Livro 2, os quais, então, mostraram-se inspirados a também participar dos cursos de Instituto.

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India

No estado de Tamil Nadu na Índia, os amigos que haviam completado o Livro 2 foram sistematicamente alocados para realizar visitas aos lares, sendo excelentes os resultados alcançados:

Durante o recente ciclo de crescimento nos agrupamentos de Sivakasi e Thiruvannamalai, observou-se haver ainda um bom número de novos crentes que tinha que ser matriculado nos cursos de Instituto, e sentimos a necessidade de sistematizar campanhas de visitas aos lares. As seguintes medidas foram então adotadas: (1) Compilar as listas de novos crentes moradores em vilas que deviam ainda ingressar nos cursos do Instituto; (2) Compilar uma lista dos que haviam concluído o Livro 2 do Instituto Ruhi nas áreas onde residiam os novos crentes; e (3) Organizar um programa para estudar novamente os sete temas de aprofundamento com esses graduados, seguido de um planejamento detalhado de quem poderia visitar quais novos crentes, as datas das visitas e como compartilhar cada um dos temas de aprofundamento. Em Ramalingapuram (Sivakasi), um crente que atuava como facilitador em um círculo de estudo do Livro 2 em uma vila próxima, levou os participantes com ele para visitarem quatro novos crentes e compartilhar com eles o tema de aprofundamento sobre o Convênio e parte do segundo tema sobre a Vida de Bahá´u´lláh. Isso resultou em que todos os quatro crentes inscreveram-se para fazer o Livro 1. Da mesma forma, dois outros amigos levaram três dos que haviam concluído o Livro 2 para visitar oito crentes e compartilhar com eles o primeiro dos temas de aprofundamento. Todos os oito crentes expressaram pronto interesse em começar o estudo do Livro 1 e esses amigos irão em breve estabelecer um círculo de estudo para eles. Em outra parte de Sivakasi, Almarathupatti, três amigos compartilharam o primeiro tema de aprofundamento sobre o Convênio com 12 novos crentes, os quais se mostraram muitos felizes e interessados. Enquanto sete deles iniciaram o estudo do Livro 1, cinco outros começaram a participar de reuniões devocionais. Um programa similar de visita aos lares foi organizado no agrupamento de Thiruvannamalai durante a recente fase de consolidação de seu programa intensivo de crescimento. Seguindo-se a um curso de revisão dos primeiros três temas de aprofundamento do Livro 2, oito pessoas que concluíram este livro criaram um plano para visitar 60 novos crentes da vila de Pandithapattu, cada um deles planejando visitar quatro a nove novos crentes com os quais compartilhariam os primeiros três temas de aprofundamento durante três visitas. Até agora visitaram 40 novos crentes e estudaram junto com eles os temas de aprofundamento. Vinte e cinco desses novos crentes estão agora prontos para estudar o Livro 1 e seus nomes foram dados ao coordenador do instituto. Igualmente, na vila de Nallavanpalayam, cinco pessoas que concluíram o Livro 2 se reuniram com 25 crentes e até agora compartilharam com eles três temas de aprofundamento. Agora, quinze desses novos crentes estão prontos para o Livro 1.

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Mongólia

Ao final da fase de ensino intensivo do primeiro ciclo do programa intensivo de crescimento no agrupamento Murum, a Fé havia sido ensinada a 780 pessoas. Desses, 140 adultos se declararam e 60 jovens e pré-jovens expressaram o desejo de fazer parte da comunidade. Esforços foram feitos para começar imediatamente o aprofundamento desses 200 novos crentes e integrá-los nas atividades centrais.

Durante as semanas seguintes da fase de consolidação, atenção particular foi dada à visita aos lares. Durante um período de 21 dias, 19 grupos de ensino visitaram 59 lares, compartilhando temas de aprofundamento com 247 pessoas. Isso provou ser um meio eficaz de gradualmente levar estes novos amigos ao processo de Instituto. Preaparado sob os auspícios do Centro Internaional de Ensino para a Instituição dos Conselheiros. Extratos dos relatórios citados podem ser editados para melhor correção gramatical, clareza ou extensão do texto. Sua reprodução, total ou parcial, pode ser distribuída dentro da comunidade bahá’í sem permissão prévia do Centro Internacional de Ensino.

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Tradução

REFLEXÕES SOBRE O CRESCIMENTO –Número 15 – Fevereiro

2007

Programas Intensivos de Crescimento -- O Caminho para a Sustentabilidade

Ao final do Plano de Cinco Anos, programas intensivos de crescimento haviam sido lançados em aproximadamente 300 agrupamentos em todos os cinco continentes. Os ciclos de atividade que os amigos realizaram seguiram um padrão similar, mas os resultados variaram de acordo com o tipo de agrupamento, a natureza do planejamento, o grau de envolvimento dos crentes, a eficácia do trabalho de ensino, e a proximidade de colaboração entre as instituições no agrupamento. Todas essas variáveis afetam o potencial de um programa dessa natureza para alcançar um número significativo de novas declarações. Além disso, o desafio não é somente trazer novos crentes, mas também chegar a um índice de crescimento que gradualmente se acelere e efetivar um processo sistemático através do qual novos amigos sejam continuamente consolidados. Esta dinâmica garante a sustentabilidade, que é o objetivo de um programa intensivo de crescimento. Uma apreciação dos programas intensivos de crescimento em andamento revela padrões de progresso que envolvem sucessos e reveses, fortalezas e fraquezas relativas e graus diferentes de expansão. Como poderia ser de outra forma em um processo orgânico que é baseado na aprendizagem? Os crentes têm enfrentado os desafios de lutar pela sustentabilidade de várias maneira. Como sempre, a experiência alcançada nos agrupamentos mais avançados, especificamente aqueles cujos programas de crescimento já completaram diversos ciclos de atividade, provêm o aprendizado mais valioso de como superar determinados obstáculos, quando modificar os enfoques e que elementos reforçar. Esta edição do noticioso será é a primeira de uma série, que ao longo do tempo irá explorar alguns dos discernimentos obtidos em muitos dos agrupamentos com relação aos fatores que contribuem para a sustentação dos programas intensivos de crescimento. Neste noticioso, iremos focalizar quatro itens críticos: 1) o desafio e o benefício da descentralização; 2) a necessidade de equipes de ensino mais efecientes; 3) a importância de um forte e contínuo processo de instituto e; 4) a necessidade do envolvimento da juventude.

**** Descentralização: Focalizando nos Bairros. Administrar atividades que envolvem centenas de pessoas espalhadas sobre uma vasta área geográfica exige uma organização e supervisão cuidadosas. Os amigos estão experimentando enfoques que envolvem a descentralização do trabalho e distribuição de responsabilidades de maneiras mais ampla. O bairro têm provado ser uma arena natural de atividades num agrupamento. Estados Unidos No agrupamento Cidade de Nova York, durante os dois últimos ciclos do programa intensivo de crescimento, as Festas de Dezenove Dias realizadas nos bairros tem sido utilizadas para promover a descentralização das atividades centrais e para encorajar a comunidade a focalizar no ensino. A Assembléia Espiritual Local e o Comitê de Ensino de Área (CEA) colaboraram para assegurar que

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parte da consulta da Festa fosse dedicada à uma discussão sobre crescimento, às vezes com um tema específico. O Comitê de Ensino de Área designou indivíduos, em cada bairro, que facilitam aquela discussão em suas respectivas Festas. Os amigos são encorajados a falar sobre o significado do estágio do ciclo em andamento de seu programa intensivo de crescimento, refletem sobre as estatísticas da cidade como um todo e do bairro, que foram coletadas desde a última Festa. Os indivíduos são também encorajados a compartilharem suas experiências e relatos de ensino das atividades das equipes de ensino. As atividades centrais que terão início são anunciadas de forma a que outros amigos possam transmitir esta informação aos buscadores no bairro. Embora esta iniciativa de usar as Festas descentralizadas para promover um foco maior no crescimento nos bairros seja recente, os resultados têm sido positivos em termos de criar uma consciência maior quanto ao progresso do programa intensivo de crescimento e nutrir um aumento das atividades centrais e do ensino. Índia No agrupamento Bihar Sharif, os coordenadores de instituto a tempo integral e o secretário do Comitê de Ensino de Área (chamado de facilitador de área) trabalham muito próximos e viajam constantemente pelo agrupamento visitando os amigos. As estradas são precárias e eles têm de caminhar ou viajar de bicicleta – muitas vezes percorrendo 20 quilômetros por dia. Cada comunidade no agrupamento é visitada pelo menos uma vez por semana. Os coordenadores e facilitadores compartilham informações semanalmente e não traçam linhas rígidas entre suas responsabilidades prescritas. Assim, por exemplo, o facilitador de área pode visitar os círculos de estudo do Livro 1 do Instituto Ruhi para encorajar os participantes a iniciarem reuniões devocionais regulares, e os coordenadores podem comunicar-se com as equipes de ensino para assegurar que os novos crentes e os buscadores sejam apresentados ao processo de instituto. Esta colaboração e constante atenção às necessidades do agrupamento têm resultado num contínuo crescimento no número de amigos que completam a seqüência dos cursos, como também o ingresso de centenas de novos crentes. As agências de Bihar Sharif desenvolveram também um método sistemático de descentralização e promoção do processo de crescimento dentro do agrupamento. Quando uma área tem dois ou três bahá´ís residentes, as agências do agrupamento ajudam esses crentes a planejarem uma reunião para a qual eles podem convidar seus amigos, vizinhos, parentes e outras pessoas interessadas. Os crentes de outras áreas do agrupamento ajudam os amigos residentes a realizarem tal atividade. Esta reunião serve como um fireside introdutório e normalmente resulta no estabelecimento de uma nova aula bahá´í para crianças, e talvez outras atividades centrais. Através deste enfoque simples e planejado o processo se inicia, e com o tempo e com a ajuda amorosa das agências do agrupamento, buscadores se declaram e a área se transforma em um forte e participativo segmento do agrupamento. Até agora, tal enfoque foi aplicado em sete áreas, gerando grupos bahá´ís ativos em quatro deles. Mongólia O agrupamento Murun (Khuvsgul) cobre uma vasta área rural que tem um grande número de crentes, contando com três coordenadores de instituto a tempo integral. Foi constatado que as distâncias dentro do agrupamento e a falta de um bom sistema de comunicação tornou difícil a qualquer um dos coordenadores a supervisionarem uma determinada atividade central no agrupamento inteiro. Desta forma, os amigos encontraram um enfoque diferente para organizar o trabalho dos coordenadores. Ao invés de cada um coordenar uma única atividade central, suas tarefas são divididas entre eles geograficamente. O agrupamento está agora dividido em nove comunidades e cada coordenador supervisiona todas as atividades centrais em três comunidades.

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Além disso, o agrupamento conta com um secretário, membro do Comitê de Crescimento do Agrupamento, a tempo integral e um ajudante. Quênia Um exemplo de um agrupamento bem administrado é o Tiriki West, na área rural do Quênia. Cobrindo 92 quilômetros quadrados e com 42 Assembléias Espirituais Locais funcionando, a tarefa de acompanhar mais de 2.500 crentes é uma tarefa formidável. O coordenador de instituto do agrupamento viaja de bicicleta de vilarejo em vilarejo para acompanhar os círculos de estudo, apoiar os facilitadores e prover a orientação necessária e o encorajamento a outros crentes chaves. Este constante monitoramento e ajuda é um fator muito importante no sucesso do agrupamento. É parte de um enfoque sistemático e descentralizado para o monitoramento do processo de instituto, que inclui todos os níveis do instituto. O processo começa com uma íntima interação entre o coordenador de instituto e os facilitadores dos círculos de estudo. Quando um tutor começa a facilitar um novo círculo de estudo, ele, ou ela, é solicitado(a) a informar ao coordenador de instituto a data do início do curso e a data prevista para seu término, de forma a evitar o problema dos círculos de estudos demorarem demasiadamente no estudo de um livro e os participantes perderem o interesse. O coordenador de instituto faz uma visita a uma das reuniões do novo círculo de estudo e garante que ele tenha todos os materiais de que necessita. Tais visitas possibilitam ao coordenador de instituto trabalhar com os facilitadores, ajudando-os a se aprimorarem. Reuniões de reflexão trimestrais de facilitadores são, então, promovidas a nível de agrupamento, as quais servem também para aperfeiçoar suas habilidades. No nível seguinte, os coordenadores do agrupamento encontram-se também a cada três meses com o coordenador nacional de instituto, a fim de assegurar a evolução contínua de sua compreensão sobre o processo de instituto e um crescente desenvolvimento de suas capacidades. Este enfoque eficiente e sistemático está produzindo uma abundante colheita em Tiriki West. Em outubro de 2006, o agrupamento contava com 116 aulas para crianças, servindo a 696 crianças; 30 grupos de pré-jovens, com um total de 362 participantes, 215 reuniões devocionais regulares com a participação de 1.310 pessoas. O número daqueles ativamente engajados em atividades de ensino, 210, é quase o dobro do número daqueles que concluíram o estudo do Livro 7. O trabalho de ensino foi também descentralizado e os líderes de cada equipe de ensino vivem nos bairros servidos por suas equipes. Mais de 400 visitas aos lares foram realizadas durante o sexto ciclo no agrupamento Tiriki West, e entre o Ridván de 2005 ao Ridván de 2006 ocorreram 164 declarações, 89 delas foram rapidamente integradas nas atividades centrais.

********

Melhorando a eficácia das Equipes de Ensino. Os amigos em diversos agrupamentos urbanos descobriram que as equipes de ensino mais eficazes são aquelas que atuam em bairros com populações receptivas. Outras lições foram também aprendidas sobre equipes de ensino. Normalmente, descobriu-se através da experiência que as equipes que são grandes demais são difíceis de se administrar. Equipes menores são mais provaveis a reunir e realizar o trabalho de ensino. Azerbaijão Os crentes no agrupamento de Baku, que alcançou a distinção de estabelecer o primeiro programa intensivo de crescimento durante o último Plano de Cinco Anos, completou recentemente seu oitavo ciclo. Os resultados refletiram um marcante crescimento no impulso, quando comparado

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a ciclos anteriores, onde o nível de participação no ensino havia diminuído a apenas algumas equipes ativas. O maior catalisador desta mudança foi um esforço consciente para descentralizar a formação de equipes de ensino para o nivel do bairro ao invés do nivel de agrupamento. As agências do agrupamento chegaram à conclusão que quando as equipes de ensino eram formadas entre os crentes de todo o agrupamento, ficava difícil para eles reunirem-se e colaborarem efetivamente. O enfoque de organizar as equipes de acordo com os bairros gerou entusiasmo e levou à formação de 15 equipes de ensino, 12 das quais permaneceram ativas. Estas são formadas em sua maioria de famílias jovens. Um exemplo foi de uma equipe de ensino composta de uma mãe e suas duas filhas que são jovens. Os esforços da equipe começaram com a visita a um parque local onde a família é conhecida, e iniciando um grupo de pré-jovens. Isto levou a um círculo de estudo que as filhas conduziram, principalmente com os irmãos mais velhos daqueles no grupo de pré-jovens, o qual, por sua vez, proporcionou uma oportunidade natural para que a mãe estabelecesse um círculo de estudo com os pais tanto dos pré-jovens como daqueles irmãos mais velhos. Neste caso, as equipes de ensino estenderam seus esforços para a fase de consolidação de três meses. O desenvolvimento comunitário foi também realçado através de reuniões devocionais e com as Festas de Dezenove Dias nos bairros, que substituíram muitas das atividades que antes abrangiam toda a comunidade nesta grande área metropolitana. O resultado tem sido um crescimento na participação dos amigos nas atividades. Enquanto os dois ciclos anteriores haviam resultado em um total de 4 declarações e 75 buscadores envolvidos nas atividades centrais, os frutos resultantes deste oitavo ciclo incluíram 19 declarações e 113 buscadores ativos. Malawi Cada uma das equipes de ensino no agrupamento Mulanje conta com participantes que completaram o estudo do Livro 2, e outros amigos, que completaram o Livro 6. Quando possível, eles tentam também assegurar que um facilitador – alguém que tenha completado a seqüência – integre a equipe e esteja disponível para servir como facilitador. Até o sétimo ciclo, que começou em setembro de 2006, as equipes eram grandes, com cerca de 12 até 20 membros, mas ficou comprovado que muitos desses amigos não participavam ativamente. O tamanho das equipes foi então reduzido para três ou quatro amigos. A maioria dos integrantes das equipes são jovens. O que provou eficás no sétimo ciclo para a metade das equipes foi realizar ensino de porta-a-porta à famílias nas novas áreas, enquanto as outras equipes faziam visitas aos lares em áreas onde já haviam ocorrido atividades de ensino em ciclos anteriores. Estas últimas equipes puderam dar seguimento com aqueles indivíduos que haviam expressado interesse anteriormente, mas que não haviam se declarado ou participado das atividades centrais. República Democrática do Congo Lubumbashi é um agrupamento urbano com 11 Assembléias Espirituais Locais e está localizado na parte sul do país. Seu programa intensivo de crescimento está atualmente em seu oitavo ciclo. Nos ciclos anteriores as equipes eram formadas por bahá´ís de uma mesma Assembléia Espiritual Local, os quais ensinavam dentro da área de jurisdição de sua Assembléia. O fluxo de informações era pobre, e o Comitê de Crescimento do Agrupamento tinha dificuldade em acompanhar o que estava ocorrendo. Em um esforço para melhorar o ritmo de crescimento, para o sexto ciclo o Comitê fez diversas modificações nas equipes de ensino: eram agora compostas de

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amigos de áreas de diversas Assembléias Locais; o ensino foi focalizado nos bairros receptivos escolhidos pelo Comitê, em vez de abranger toda as áreas das Assembléias Locais; o número de pessoas em cada equipe aumentou a partir dos dois ou três participantes que já existiam anteriormente em cada equipe; e o Comitê de Crescimento do Agrupamento começou a organizar reuniões de consulta com todos os instrutores antes dos mesmos começarem seu trabalho na fase de expansão. Todos esses passos contribuíram para um aumento na eficácia do trabalho das equipes. Índia As aulas de crianças e os grupos de pré-jovens demonstraram ser excelentes portais na Índia para conseguir novos participantes nos círculos de estudo, pois provêem uma oportunidade para se alcançar novas famílias. Isto está bem ilustrado na recente fase de expansão do programa intensivo de crescimento na capital Nova Delhi. Em maio de 2006, após diversos ciclos com apenas poucos resultados, a comunidade decidiu realizar um esforço intensivo e consistente para a realização de aulas de crianças, aulas para pré-jovens e círculos de estudo. Identificaram seis bairros e começaram a estabelecer as aulas para crianças e pré-jovens, principalmente com crianças de famílias não-bahá´ís. Os bahá´ís trabalharam intensamente para manter regularidade nas aulas de crianças e seguir o currículo prescrito. Este enfoque cuidadoso criou um forte laço entre os professores das aulas para crianças, os monitores de pré-jovens e os facilitadores em cada um dos seis bairros. Naturalmente, um componente essencial das aulas era o serviço. Conforme os pais testemunharam a transformação ocorrida em seus filhos e eram impressionados com seus atos de serviço, tornaram-se mais abertos à Fé. Durante a fase de expansão do sétimo ciclo (em janeiro de 2007), grandes reuniões devocionais foram realizadas em cada um dos seis bairros. As crianças e os pré-jovens entoaram orações, apresentaram esquetes, deram palestras sobre o que haviam aprendido. As palestras dos pré-jovens particularmente comoveram os corações dos pais e de outros presentes. Após o oferecimento de refrescos para as crianças, elas foram liberadas; os adultos em cada reunião foram divididos em pequenos grupos de cinco ou seis pessoas, com um instrutor em cada grupo. Os instrutores começaram a ensinar a Fé diretamente a seus pequenos grupos. Um participante relatou o que aconteceu:

Foi algo sem precedente para a comunidade de Delhi. Não tínhamos experiência em fazê-lo. Porém, havíamos decidido – e o fizemos com muitas, muitas orações e toda a coragem e audácia que pudemos reunir. Os adultos foram divididos em pequenos grupos, e cada grupo contava com um bahá´í que ensinava diretamente a Fé com a ajuda do “álbum de ensino.” Descobrimos que o álbum era uma ferramenta efetiva de ensino. Ele impedia que perdêssemos nosso foco e nos possibilitava apresentar a Fé em uma seqüência lógica e a citar textos dos Escritos de Bahá´u´lláh. Em nossos ciclos de atividades anteriores realizávamos reuniões devocionais em larga escala; porém, elas não eram seguidas de ensino direto em pequenos grupos. Dávamos palestras – e o enfoque era mais “impessoal” – então, esses eventos resultaram apenas em um aumento de nossa comunidade de interesse. Nesta fase de expansão, o ensino direto em pequenos grupos permitia um contato mais pessoal e uma atmosfera mais intima. O instrutor sentava-se ao lado de cinco ou seis pessoas e mantinha um contato olhos-nos-olhos com eles. Os buscadores sentiam-se mais confortáveis em um pequeno grupo para fazer perguntas, e se sentiam à vontade quando lhes era perguntado se eles gostariam de se registrar como bahá´ís.

Como resultado deste enfoque de ensino direto em bairros, durante a fase de expansão de duas semanas do sétimo ciclo, 206 pessoas se declararam bahá´ís em Nova Delhi. Durante os quatro ciclos do ano anterior, este agrupamento tivera um total de 100 declarações. A maioria dos novos

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crentes são os pais das crianças e dos pré-jovens que participam das aulas bahá’ís, e agora eles aumentaram o número daqueles que estão iniciando o Livro 1. Devido às estreitas relações de trabalho desenvolvidas entre os professores de aulas de crianças, os monitores das atividades de pré-jovens e os facilitadores, círculos de estudo foram formados com os novos crentes nos seis bairros meta com relativa facilidade. A Tarefa de Construir uma Pirâmide de Recursos Humanos Sempre em Expansão. As comunidades estão enfrentando desafios à medida que se esforçam para expandir continuamente o processo de instituto, um elemento essencial para o crescimento sustentável. Vários desafios precisam ser enfrentados. Por exemplo, algumas comunidades esgotaram suas reservas de crentes e por isso precisam dedicar-se mais para atrair uma comunidade mais ampla, mas ainda não sabem como conseguir isso. Outros, têm dificuldade para estimular os participantes a avançarem de um curso para o próximo. Finalmente, numerosas comunidades verificam que um número significativo daqueles que completaram toda a seqüência dos cursos mostram-se inseguros para facilitarem novos círculos de estudo. Nova Zelândia Encontrar novas pessoas para passarem por toda a seqüência é o primeiro desafio. No agrupamento Aukcland foi descoberto que quando as atividades centrais se concentram mais em bairros, torna-se mais fácil encontrar novos participantes para o processo de instituto e aumentam os níveis de participação. Em particular, o foco em bairros tornou mais fácil envolver crentes menos ativos. Colômbia Levar um constante fluxo de amigos através da seqüência de cursos é um desafio adicional. O agrupamento Norte de Bolívar começou a ter facilitadores que dão uma visão geral do processo de instituto e da inteira seqüência dos cursos quando um novo círculo de estudo do livro 1 se inicia. Isso dá aos participantes uma visão daquilo no qual estão embarcando, isto é, que eles estão aptos a se envolverem em uma série de cursos e não apenas estudar só um livro. Ao prover uma visão geral do conhecimento e das habilidades que irão adquirir, os facilitadores também explicam como os participantes estarão realizando os atos de serviço em cada curso. Ainda mais, os amigos neste agrupamento estão desenvolvendo grande flexibilidade. Por exemplo, se os participantes de um círculo de estudo precisam de algum tempo entre o término de um curso e o início do seguinte, o coordenador do instituto planeja paa atender a esta necessidade. Kiribati Levantar-se para realizar atos de serviço associados com os cursos do instituto é uma questão de motivação. Em uma reunião de reflexão no agrupamento South Tarawa, a importância de se levantar para servir como facilitador foi enfatizada. O coordenador de instituto no agrupamento falou sobre como os facilitadores são “a chave para o crescimento.” Compartilhou o exemplo de uma comunidade num vilarejo do agrupamento que era muito fraca até que os facilitadores foram convocados e utilizados; agora existe muito entusiasmo e os amigos daquela comunidade estão começando a atingir suas metas. Dois crentes relataram suas próprias experiências na esperança de motivar os outros:

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Primeiro facilitador: ... “a coisa necessária é ter devoção de todo coração para servir e amar à Fé e a Bahá´u´lláh. Não sou um facilitador (inteiramente capacitado), pois não completei ainda a seqüência dos cursos. Fiz apenas os primeiros Livros, mas a despeito disso tentei fazer o que podia com os jovens e vi que o trabalho que fiz foi frutífero, pois os jovens se levantaram para servir...” Segundo facilitador:... “fui inspirado a estabelecer um círculo de estudo após a última reunião do agrupamento em Marakei Mwaneaba, em Betio. Naquela reunião os crentes de Bonriki solicitaram um facilitador para ajudá-los... Pensei muito sobre seu pedido e decidi atender àquela necessidade... Sou deficiente fisico... mas por causa do meu desejo de ajudar a cumprir a necessidade apresentada e porque havia recebido um pequeno treinamento como facilitador... tudo isso me motivou a levantar-me e deixar meu lar para ir viver em Bonriki e estabelecer um círculo de estudo...”

Falando de forma prática, motivar os amigos já capacitados como facilitadores significa acompanhá-los até que eles tenham confiança em si mesmos e a capacidade de realizar as práticas dos Livros para que possam, por sua vez, ajudar outros a fazerem o mesmo. Em Kiribati o foco está sendo colocado em acompanhar os jovens a se tornarem facilitadores efetivos. Quando estiverem motivados e confiantes, os jovens demonstram a energia e o entusiasmo para servirem como facilitadores, atuando também como professores de aulas de crianças e monitores de pré-jovens. Turquia Os Conselheiros e os membros do Corpo Auxiliar servindo na Turquia recentemente promoveram o conceito de reuniões de “atualização ativa”. Isto ajuda os amigos a fazer um curso de atualização para identificarem os obstáculos que estão lhes impedindo de realizar algum ato de serviço específico e encontrar soluções para superar tais impedimentos. Eles então, imediatamente no mesmo final de semana, colocam em prática o treinamento de atualização. O seguinte depoimento de primeira mão, do agrupamento Istanbul Anatolia, demonstra quão eficaz esse enfoque pode ser:

Implementamos os métodos que havíamos aprendido no dia anterior de nosso Conselheiro durante a atividade preparatória que chamamos de “atualização ativa”. Começamos tentando determinar os obstáculos. Inicialmente, foi perguntado aos participantes se era problema para eles fazer visita aos lares ou conseguir agendar uma visita. A resposta foi que não existia tal problema. A próxima pergunta foi se havia alguma dificuldade de levar os temas a um nível espiritual durante as visitas. Isso também não era problema. A pergunta seguinte foi se tinham dificuldades em convidar participantes para o Livro 1, e a resposta então foi “sim”. Decidimos trabalhar sobre como convidar pessoas para os cursos de instituto e para a Fé. Estudamos o segundo parágrafo do noticioso “Reflexões sobre Crescimento n° 14”. Aprendemos, então, o significado da expressão “construção de uma comunidade global baseada na justiça e no amor” e decidimos explicar esse conceito ao convidarmos as pessoas para os cursos do Ruhi.

No dia seguinte, os amigos imediatamente começaram a organizar as visitas aos lares para praticarem as habilidades que haviam aprendido no curso de atualização. Eles não somente registraram mais participantes para os cursos de instituto como também conseguiram novas declarações.

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Envolvendo os jovens no processo. – Universalmente está sendo relatado que os jovens são uma das mais receptivas de todas as populações alvo, e que são melhor atraídos à Fé através dos esforços de outros jovens. Nos agrupamentos mais avançados, foram os jovens que inicialmente abraçaram o processo de instituto. Além do mais, em muitos dos programas intensivos de crescimento, os jovens são os instrutores mais ativos durante a fase de expansão. Austrália Em Perth, um estudante universitário iniciou um círculo de estudo intensivo do Livro 7, durante o período de férias escolares, para outros estudantes do ensino médio e universitários que desejavam completar a seqüência dos cursos. Tirando proveito deste intervalo no calendário acadêmico resultou em 14 novos entusiastas facilitadores – todos jovens. Cambódia No Cambódia, ênfase especial foi dada ao levantamento de jovens ativos como servos da Causa. Concentrando-se sistematicamente sobre crianças e pré-jovens, em um tempo relativamente curto, esses jovens cresceram e se tornaram capazes a assumirem tarefas de expansão e consolidação. No agrupamento Battambang, assim que os adolescentes se tornaram jovens, foram treinados para ensinar seus companheiros mais jovens – e agora o agrupamento conta com um crescente e bem capacitado grupo de jovens adultos. Este enfoque também facilita o movimento ininterrupto de pré-jovens para a seqüência principal dos cursos do instituto, pois quando eles vêem como os jovens mais velhos estão assumindo responsabilidades como professores de aulas de crianças e monitores de grupos de pré-jovens – eles desejam emular seus exemplos e buscam completar a seqüência dos Livros. Vanuatu Durante os períodos de férias escolares acampamentos de pré-jovens tem sido frequentemente organizados no agrupamento Efate, os quais são coordenados por jovens bahá´ís mais velhos. Agora acampamentos especiais estão sendo realizados para aqueles que já completaram 15 anos de idade, ou estão para completar, a fim de serem apresentados ao Livro 1. Estes acampamentos e aulas para pré-jovens, não somente atrairam com sucesso aquela faixa etária e os integram para continuar o processo de instituto, mas também têm provido aos jovens mais velhos um papel valioso de serviço à comunidade e para o avanço do Plano de Cinco Anos. A maioria dos 16 novos crentes registrados durante o ciclo mais recente em Efate foram participantes do programa de pré-jovens. ________________________________________________________ Preparado sob os auspícios do Centro Internaional de Ensino para a Instituição dos Conselheiros. Extratos dos relatórios citados podem ser editados para melhor correção gramatical, clareza ou extensão do texto. Sua reprodução, total ou parcial, pode ser distribuída dentro da comunidade bahá’í sem permissão prévia do Centro Internacional de Ensino.

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Reflexões sobre o Crescimento – Número 16, maio 2007 1

Tradução

REFLEXÕES SOBRE O CRESCIMENTO – Número 16 – Maio

2007 !

Aprendendo com os Novos Crentes.

Algumas das mais inspiradoras e instrutivas histórias do Plano de Cinco Anos falam das experiências de novos crentes. Dessas almas recebemos uma impressão de primeira mão sobre o que os atraiu à melodia da voz de Bahá´u´lláh e o que os motivou a trilharem o caminho do serviço. Este é um tipo de aprendizado que deveria nos estimular a ampliarmos nosso interação com a comunidade em geral e nos dá maior confiança em nosso trabalho de ensino. Pois, na realidade, nosso maior objetivo no Plano é ajudar para que “um número crescente de pessoas do mundo encontrem o Objeto de sua busca”, como os novos bahá´ís, nos relatos a seguir, foram guiados a alcançar.

Muitas das histórias neste número provêm de agrupamentos em países do Ocidente, onde algumas vezes parece que as pessoas são menos receptivas à Fé. As emocionantes respostas dos novos crentes nessas áreas são testemunhos do fato de que efetivamente existem “almas prontas” em todas as cidades e que as aflições diárias que estão se abatendo sobre a humanidade estão preparando os corações para receberem a mensagem de Bahá´u´lláh, se apenas nós a oferecermos diretamente. Em uma mensagem do Ridván, a Casa Universal de Justiça nos lembra de termos “um dever sagrado a realizar com cada alma que não esteja consciente do chamado mais recente do Manifestante de Deus”. Esse dever é ensinar.

Temos agora a instrumentalidade do processo de instituto, de forma que, ao ensinarmos a Fé a buscadores, estes adquirem percepções, tornando-se comprometidos com a Causa para servi-la com o melhor de suas capacidades. Conforme se constata das histórias a seguir, um equilíbrio entre expansão e consolidação está sendo alcançado, mesmo em áreas onde grandes números de declarações estão ocorrendo. É entusiasmante testemunhar, cada vez mais no trabalho de ensino, o cumprimento dessas inspiradas palavras da Casa de Justiça, descrevendo a verdadeira natureza e propósito do processo de ensino.

Ensinar pode ser também comparado com o acender de um fogo, o fogo da Fé, nos corações humanos. Se um fogo queima apenas enquanto o fósforo se mantém em chama, não pode, na verdade, ser dito que acendeu inteiramente; para isso precisa continuar a queimar por si mesmo.

Este é o “estado de iluminação” que esperamos seja mantido “pela continuidade das ações no

campo de serviço” por milhares e milhares durante o curso do Plano.

*****

Começando a trilhar a Senda do Serviço. As seguintes histórias ilustram como os novos crentes começam, de forma natural, a trilhar o caminho do serviço quando sua fé é iluminada e nutrida através do estudo da Palavra Criativa e decorrente de suas experiências com o processo de instituto. Estados Unidos

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Reflexões sobre o Crescimento – Número 16, maio 2007 2

Estes relatos dos Estados Unidos representam duas áreas bem diferentes do país – Easley, na Carolina do Sul, e São Francisco, Califórnia. No entanto, em ambos os casos, a atenção amorosa dos amigos e a experiência transformadora dos círculos de estudo despertaram nos buscadores o desejo de se levantar e servir, tão logo abraçaram a Fé.

Califórnia. O caminho no qual me encontrei nestes últimos seis meses é glorioso, começando com uma busca e culminando em fé. Tinha visto lampejos da luz da Fé Bahá´í durante toda a minha vida e fui abençoado ao conhecer minha amiga Mona, quem se veste com a beleza da religião bahá´í como a jóia preciosa que esta é. Ensinou-me muito sobre a Fé e, ao mudar para a área de São Francisco, decidi pesquisar mais profundamente sobre a Fé e sua comunidade passou a ser prioridade máxima para mim. A lembrança de minha primeira visita ao Centro Bahá´í de São Francisco jamais será esquecida. Entrei não conhecendo ninguém e sai sentindo-me imersa e parte integrante de uma comunidade aberta e calorosa. Dentro de um semana já estava registrada para participar do primeiro do que tornar-se-iam muitos círculos de estudo. Este círculo de estudo, particularmente, foi estruturado em torno do Livro 1, Reflexões sobre a Vida do Espírito. Conforme constatei através de minha participação no programa Ruhí, cada livro foi concebido para prover a seus leitores com um entendimento mais lúcido e concreto da própria Fé, começando com os contatos com alguns excertos dos escritos da Revelação de Bahá´u´lláh e continuando com perguntas penetrantes e investigativas sobre os conceitos dentro da revelação bahá’í. No círculo de estudo do Livro 1 do Instituto Ruhí, tive a oportunidade de entender a natureza da religião bahá´í e, também, da comunidade bahá´í. Dois maravilhosos facilitadores conduziram nossas aulas semanais, ambos exercendo uma função formadora para o meu entendimento da beleza e profundidade da Fé. Sua capacidade de responder às minhas intermináveis indagações, com paciência e sabedoria, jamais deixaram de me supreender, e espero que um dia eu adquira também a habilidade de ensinar como eles ensinaram.

Após a conclusão do Livro 1, declarei-me bahá´í, pois este era meu caminho para trilhar.

Algo incrível é que a pessoa não precisa ser bahá´í para se sentir como se fosse parte da comunidade. Senti-me tão bem recebida no primeiro dia, quando passei no primeiro dia pelas portas do Centro, como na noite de minha declaração. São portas e corações abertos que Bahá´u´lláh nos convoca a compartilharmos uns com os outros, e eu, como recepiente de tais favores, posso tão somente, esperar dar, da mesma forma que me deram.

*****

Carolina do Sul. A história de uma amiga, Melanie, começou quando ela e eu nos

encontramos numa biblioteca na hora da história. Ambas estávamos grávidas de nossas filhas, agora com 5 anos de idade. Como novas amigas, mantivemos contato e, de vez em quando, nos encontrávamos para almoçar e juntas irmos ao cinema. Era verão. Dois anos atrás, ao conversamos por telefone sobre instrução no lar (que Melanie realiza com suas filhas), o assunto da Fé Bahá´í surgiu casualmente. Melanie vira a placa bahá´í na estrada em Easley e decidira telefonar no dia seguinte, mas ainda não o fizera. Agi imediatamente, levei livros e informações para Melanie no outro dia, convidando-a para trazer seus filhos às aulas de crianças. Melanie com prazer veio com seus três filhos.

As oportunidades de ensinar Melanie fluíram naturalmente. Praticamente todas as semanas

meu filho e eu íamos à casa de Melanie, bem próxima de onde minhas filhas tinham aulas de ginástica. As visitas ajudaram a consolidar uma amizade, possibilitando a Melanie a oportunidade de fazer mais perguntas ou compartilhar o que ela estava aprendendo. Melanie foi convidada para participar de um círculo de estudo do Livro 1 em Easley, ao qual aderiu também

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seu esposo, Steve. Os bahá´ís locais trabalharam juntos para nutrir e apoiar Melanie. Muitas orações foram feitas a Bahá´u´lláh para guiá-la e ajudá-la. Melanie declarou sua fé em Bahá´u´lláh em maio de 2005.

Ela continua com muito entusiasmo participando de círculos de estudo, indo às Festas e

apoiando as aulas de crianças e, até mesmo, uniu-se a outra bahá´í para começarem um grupo de orações de visita aos lares. Juntas, com os filhos (10, 8 e 4 anos de idade, respectivamente) Melanie visita os bahá´ís isolados ou doentes, fazendo orações junto com eles.

Melanie está também ensinando! Um desafio para ela tem sido as respostas que precisa dar

a amigas da instrução no lar nesta área conhecida como Cinturão Bíblico. Melanie tem permanecido firme, compartilha sua fé com os outros e continua a aprofundar seu conhecimento da Bíblia e seu cumprimento na Fé Bahá´í.

Austrália

Tudo aconteceu cerca de quatro anos atrás. Foi numa manhã de um sábado ensolarado. Eu tinha um compromisso marcado para pintar meu cabelo. Estava sentada ao lado de uma senhora cuja visão da vida era tão refrescante e elevada que me fizeram sentir espiritualizada. E assim começou minha jornada rumo a Bahá´u´lláh e à Fé.

Como resultado desse encontro (e alguns deliciosos chás matinais com outros amigos), fui

convidada a participar de um círculo de estudo. Não estava segura sobre o que isso significava, mas achei a idéia cativante.

Meus novos amigos me apresentaram conceitos religiosos que até então eu desconhecia. A

liberdade de comentar, em um ambiente seguro, era encorajada e valorizada, e esta premissa foi o início de meu despertar.

Através de um contato contínuo com as Palavras de Bahá´u´lláh, do Báb e de ´Abdu´l-

Bahá, meu conhecimento sobre outras religiões mundiais e sua evolução começou a se tornar bem claro. Foi a coisa mais emocionante que jamais me aconteceu, pois estes eram, de fato, os questionamentos que vinham levantano durante toda a minha vida. Finalmente, encontrava-me em um ambiente que não somente possuía o conhecimento que eu buscava, como também, havia aqueles que estavam preparados para discutir e responder a todas as minhas indagações.

Estar exposta regularmente às orações começou a enriquecer e mudar minha vida. As

passagens semanais e suas traduções foram um deslumbramento constante para mim, e comecei a observar uma mudança em minha visão de relacionamentos, trabalho, na minha vida e em meus atos.

O grupo não somente preenchia as lacunas, mas oferecia também um aprofundamento ao

meu espírito através da dinâmica das consultas. Era algo que eu não podia alcançar sozinha. Participei de educação à distância durante sete anos, por isso posso falar por experiência própria. Estudar sozinha, não é o mesmo tipo de aprofundamento necessário para se alcançar todas as riquezas da Fé! A excelência das idéias colocadas pelo grupo de estudo, o entusiasmo por trás de cada resposta ou pergunta, foram por si sós uma aceleração para meu crescimento espiritual e me forneciam uma riqueza de conteúdo para considerar e meditar, até meu próximo encontro com o grupo dentro de uma semana.

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Uma das coisas que me deslumbrava era os amigos com os quais me reunia no círculo de estudo. Essas pessoas eu chamaria de “evoluídas”. Encantava-me que, finalmente, depois de algum tempo no planeta, eu encontrava pessoas afins, que estavam preparadas para discutir assuntos sobre os quais eu apenas imaginava.

Como resultado do estudo do Livro 1, fui capaz de realizar minha primeira reunião

devocional. Estava insegura sobre o que representava tal reunião de orações, mas recebi algumas idéias em apoio. A coisa maravilhosa sobre o processo devocional é que ele me deu a oportunidade de convidar pessoas para virem ao meu lar, pessoas que se mostravam curiosas sobre as mudanças que haviam observado em minha pessoa, e que, por isso, estavam interessadas em conhecer meus novos amigos.

Descobri que isso despertava interesse e tornava mais fácil conseguir reunir algumas

pessoas para participarem no Livro 1 – Reflexões sobre a Vida do Espírito. Isto me permitiu compartilhar e apoiar sua jornada espiritual, assim como, usufruir do progresso de todos nós estarmos unidos, trabalhando juntos.

Novos crentes tornando-se servos ativos da Causa. Nunca devemos subestimar a

capacidade dos novos crentes em assumir tarefas de expansão e consolidação tão logo entrem na Fé. De fato, muitos buscadores são motivados a realizar suas atividades quando ainda participando de um círculo de estudo e, frequentemente, esses atos de serviço os levam a uma maior convicção e a uma declaração de fé. Índia

Um dos visitantes da Casa de Adoração próxima à Nova Déli ficou muito interessado em estudar a Fé após ter visitado o Centro de Informações nas dependências do Templo Bahá´í. Ele e um de seus amigos começaram a participar regularmente de um círculo de estudo que se realizava às 7 horas da manhã, quando terminavam sua jornada noturna de trabalho. Após completar o estudo desse livro, ambos se declararam bahá´ís e continuaram com o estudo a fim de completar o Livro 2 do Instituto Ruhí.

Ao completar o segundo curso, o novo crente prometeu ensinar uma pessoa a cada dia; porém,

logo após ter tomado tal decisão, seu trabalho o levou por alguns meses a um outro lugar, onde não tinha condições de cumprir com sua promessa. Quando regressou ao seu lar, estava determinado a recuperar o tempo perdido e começou a fazer três a quatro visitas por dia para ensinar a Fé a seus amigos. Durante um mês, visitou 90 lares. Seu trabalho de ensino levou 16 de seus amigos a abraçarem a Causa. Fazendo uso do que aprendeu no processo de instituto, continuou a visitar esses novos crentes e os acompanhava à Casa de Adoração para as orações matinais. Está, também, procurando engajar a todos na seqüência dos cursos. França

A história abaixo ilustra de forma brilhante o poder espiritual e a forte influência das crianças quando aceitam servir a Bahá´u´lláh.

Luc, um menino francês, uma gracinha de olhos azuis, tem sido o melhor amigo de meu filho desde que nos mudamos há cinco anos para a cidade onde hoje residimos. Luc tem agora 10 anos de idade. Decidi organizar uma aula de crianças em nosso lar. Os pais de Luc se

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consideravam ateus, mas quando propusemos que Luc participasse de nossa aula, eles aceitaram prontamente.

Pouco a pouco, os pais notaram que Luc estava mudando; estava mais educado e calmo, e

bastante interessado em recitar orações. Depois de alguns meses, sua mãe, Anne, disse-nos que Luc tinha uma pergunta que ela não sabia como responder, sugeriu então, que ele a fizesse a mim. Ele parecia bem sério. Jamais poderia imaginar que sua pergunta seria: “Diga-me, Roxana, como posso ser bahá´í?”

Foi um dos dias mais felizes de minha vida! Seus lindos olhos brilhavam e ele se mostrava

ansioso, esperando por minha resposta. Assim, comecei explicando a ele o que significava ser bahá´í, no que isso implicava e que seus pais precisavam ter conhecimento de sua decisão. Sua mãe afirmou que ela concordava inteiramente com sua decisão porque seu filho jamais fôra tão feliz como agora, desde que encontrou a Fé Bahá´í. E que ela iria, até mesmo, trazê-lo às Festas e viria buscá-lo ao final.

Desde aquele tempo, todos nós o consideramos como membro de nossa comunidade. Pouco

a pouco Anne foi transformada também; ela comprou uma foto de ´Abdu´l-Bahá e a colocou na sala. Já fez o Livro 1, organizou uma reunião devocional em seu lar, afirmou acreditar em Deus e recita orações bahá´ís todos os dias. A primeira palavra que ensinou à sua pequena filha foi: “Alláh´u´Abhá!”. E ainda, ajudou-me nas aulas de crianças, estudou o Livro 3 e sentiu que também poderia ser uma professora.

No último Naw-Rúz, dois anos depois da declaração de Luc, Anne aceitou a Fé durante

uma aula de crianças. Seu filho reagiu em voz alta: “Oh! Graças a Deus, por fim você se declarou!” Ela sempre dizia que foi seu filho quem a levou à fé e à Fé.

A declaração de sua mãe ajudou Luc a adquirir uma identidade bahá´í ainda mais forte. No

dia seguinte, disse a seus amigos na escola que ele era bahá´í e desejava usar o símbolo do Máximo Nome. “Este símbolo irá me proteger para sempre”, disse aos seus colegas.

Anne foi designada minha ajudante. Fiz tudo o que me foi possível para acompanhá-la em

seu entendimento do Plano e em suas atividades. Sua tarefa específica era acompanhar as aulas de crianças.

Na última semana, Luc organizou, com a ajuda da mãe, uma reunião de orações em sua

casa para as crianças de ambas as aulas bahá´ís. Cerca de 12 crianças participaram. Todos voltaram às suas casas com uma cópia das orações e uma explicação por escrito sobre a revelação progressiva. Como estávamos nos dias de Ayyám-i-Há, Luc disse à sua mãe que deviam ir visitar sua bisavó, que reside numa casa de repouso, e realizar uma reunião de orações para ela.

Posso atestar que Anne e Luc estão entre os bahá´ís mais ativos do agrupamento. Agora

Anne está acompanhando outros bahá´ís na organização de suas próprias aulas de crianças em suas vizinhanças. Na semana passada, seu marido perguntou-lhe sobre todas as atividades que ela realizava. Ela simplesmente explicou a ele que os bahá´ís têm um plano com quatro atividades específicas para espiritualizar a humanidade. Ele disse: “OK, continue. Estou orgulhoso de você e Luc.”

Austrália

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Uma mãe de dois filhos, solteira, renomada artista local, ficou interessada na Fé como resultado da participação de seus filhos no programa das Escolas Estaduais de Educação Bahá´í (BESS). Seu interesse a motivou a participar de um círculo de estudo do Livro 1. Ao terminar, decidiu dar continuidade, fazendo também o Livro 2. Durante suas investigações sobre a Fé, começou a ajudar nas aulas da BESS, na escola onde seus filhos estudavam. A demanda pelas aulas crescera a um ponto tal que foi necessário dividir as classes em grupos menores, mas, então, o problema agora era encontrar professores, pois havia uma exigência legal que somente bahá´ís poderiam lecionar, sem a ajuda de outro professor. Esta mãe, reconhecendo essa necessidade, percebeu que seria tanto um desafio como uma responsabilidade e decidiu não adiar o dia de sua declaração como bahá´í. Ela é agora um membro pleno do grupo de professores bahá´ís na escola.

À medida que novos crentes entram na Causa através de um projeto de ensino em uma área receptiva, o desafio é consolidá-los e mobilizá-los para o serviço ativo. A experiência decorrente de projetos de ensino em dois agrupamentos urbanos principais demonstrou que o processo de instituto é a chave para atingir essa meta. Índia

Os seguintes relatos são de novos crentes em Nova Déli, que entraram na Fé após um projeto de ensino direto nos bairros onde viviam. É claro que entenderam seu comprometimento com a Fé recém-assumida e estão ansiosos para adquirir as capacidades para servir à Causa.

Tive a oportunidade de visitar a Casa de Adoração Bahá´í com minha família. Gostei tanto

da atmosfera que decidi saber mais. Depois de alguns meses, visitei novamente o Templo e, então, sempre que tinha a oportunidade costumava visitá-lo e adorava passar meu tempo lá. Agora estou trabalhando próximo dele e posso, com mais freqüência, visitar meu lugar favorito e me nutrir de uma edificante espiritualidade. Então, comecei a ir ao Templo todos os domingos, recebendo informações, primeiro através de folhetos e, em seguida, na biblioteca, onde podia ler livros bahá´ís e outros livros religiosos.

Adorava participar das sessões de orações no Templo. Depois de algum tempo tive a

oportunidade de visitar o centro de informações. Lá, uma senhora voluntária, me ajudou e me deu todas as informações que precisava. Fiquei sabendo dos círculos de estudo em Déli e em minha área, onde aderi a um deles. Após concluir três quartas partes do Livro Ruhi 1, senti que minha vida havia mudado totalmente. Tentei viver de acordo com o Livro Ruhi 1; me senti muito calmo e aprendi como harmonizar com minha família, meus vizinhos, parentes, amigos e colegas de trabalho.

Recentemente, em abril, entrei na comunidade bahá´í e meu sonho agora é concluir todos os livros do Instituto Ruhi com a adequada compreensão e servir à Fé e à humanidade como um todo.

*****

Depois que o sr. Mukherjee aceitou a Fé em outubro de 2006, imediatamente entrou no

processo de instituto. Durante a fase de expansão dois meses mais tarde, realizou um pequeno fireside em seu lar, convidando seus amigos mais íntimos a participarem. Cinco pessoas se declararam em sua casa. Ele também se ofereceu para promover em sua área uma reunião devocional em larga escala que foi seguida por uma apresentação de ensino direto. Esta foi a primeira atividade central em sua área. E como conhecia muitas pessoas em sua vizinhança, estava confiante de que poderia convidar um grande número de buscadores. Após o ensino direto naquela

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noite, 13 pessoas se declararam. Aconteceu também que, depois que o grupo de ensino deixou a reunião, chegaram quatro amigos do sr. Mukherjee. Ele não queria perder a oportunidade e então telefonou a alguns dos amigos do grupo de ensino pedindo para ensinarem a Fé por telefone a seus amigos recém-chegados. O membro do Corpo Auxiliar, que era também seu facilitador, disse ao sr. Mukherjee que ele ouvira várias vezes nos últimos meses a apresentação de Ana e que devia recitar uma oração e ir adiante com confiança. O membro do Corpo Auxiliar em questão disse a ele para confiar em Bahá´u´lláh e ensinar seus amigos com base no conhecimento que já adquirira. O que aconteceu foi o seguinte, o sr. Mukherjee telefonou de volta meia hora depois para dizer que seus quatro amigos também haviam se declarado. Este novo crente ajudou a conduzir 17 almas à Causa. Estados Unidos

Frank, de 83 anos de idade, foi a primeira pessoa a se declarar durante o projeto de ensino no College Park em Atlanta, Georgia. “Jamais esquecerei de quando me tornei bahá´í. Foi o dia mais glorioso da minha vida!” disse Frank quando ele e seis outros membros da Assembléia Espiritual Local de College Park participavam de uma conferência de assembléias recentemente realizada pelo membro do Corpo Auxiliar.

Lembro-me quando, em um determinado dia estava sentado na varanda, ouvindo música, quando chegaram dois crentes ao meu apartamento e explicaram-me sobre a Fé. A palavra que mais me impressionou foi ‘unidade’. Deram-me alguma literatura para ler e o endereço das reuniões devocionais onde poderia ir. É claro que, alguns dias depois, eu fui. Estava realmente maravilhado. Nunca vira tantos rostos diferentes e felizes. Desde então, comecei a investigar a Fé, vindo a declarar-me bahá´í.

Frank fez o Livro 1 duas vezes e então o Livro 2, e 18 meses mais tarde foi eleito para a

Assembléia Espiritual Local. Ele tem realizado reuniões devocionais para buscadores, servindo-lhes comidas preparadas por ele. Para sua mais recente reunião, não somente gastou tempo para fazer os preparativos, mas, também, visitou vários amigos para convidá-los. Oito buscadores participaram. Frank há muito deseja fazer uma peregrinação ao Centro Mundial Bahá´í. Como não conseguia esperar até chegar a sua vez, decidiu ir por três dias. Para realizar esse sonho e a despeito da falta de recursos e de transporte, fez duas viagens ao Alabama para buscar seu registro de nascimento e obter um passaporte. Quando alguém pergunta a Frank sobre a Fé, sua resposta é sempre a mesma: “Tem sido uma jornada gloriosa!”

Aqui estão alguns outros breves exemplos de novos crentes que se levantaram para servir e colocar em ação suas recém-adquiridas habilidades. • El Salvador. Uma jovem que participou de um grupo bahá´í de pré-jovens se declarou e agora

é professora de aulas para crianças, ajudando também um monitor de um grupo de pré-jovens. Seu desejo de ensinar outras pessoas fez com que sua mãe também se declarasse bahá´í e seu entusiasmo e exemplo de vida têm inspirado outros jovens na área onde reside.

• Mauricius. Depois que um novo bahá´í participou de uma reunião de reflexão, deu-se conta

da importância de iniciar, ele também, alguma das atividades centrais. Visitou seus vizinhos, a família e amigos, convidando-os para uma reunião devocional em sua casa. Noventa e seis (96) pessoas têm participado em suas reuniões devocionais. Como fruto de seus contatos com cerca de 500 pessoas, quatro novos círculos de estudo foram formados e o número de crianças não bahá’ís nas aulas aumentou de 9 para 35.

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• Reino Unido. Um novo crente mergulhou na seqüência dos cursos logo após ter se declarado bahá´í e concluiu a seqüência em alguns meses. Depois disso, saiu como pioneiro para a Colômbia onde está servindo como coordenador de instituto do agrupamento para o Instituto Ruhi.

Receptividade dos buscadores. São inúmeras as histórias de bahá´ís que estão se dando conta de que seus conhecidos são mais abertos à Fé do que eles pensavam e que tal receptividade existe mesmo entre grupos onde eles não esperavam. Devemos nos supreender com o fato de que o poder da Palavra Criativa de Deus é nosso maior instrumento no trabalho de ensino? Os amigos estão também aprendendo que as almas receptivas precisam ser calorosamente convidadas a ingressarem na Fé. Bélgica

Um facilitador mantinha um relacionamento muito afetuoso com os participantes de seu círculo de estudo, visitando-os freqüentemente. Costumava contar a eles episódios da vida de Bahá´u´lláh e de ´Abdu´l-Bahá, a fim de trazer as Figuras Centrais da Fé mais próximas de seus corações.

Quando seu círculo de estudo do Livro 1 estava chegando ao final do estudo, ele decidiu

dedicar uma sessão inteira sobre as quatro últimas perguntas do Livro 1, que tratam do reconhecimento da posição de Bahá´u´lláh. Fez a cada um dos participantes quatro perguntas, separadamente, às quais a maioria deles respondeu com um “sim”. Perguntou-lhes, então, quais conclusões tiravam de suas respostas. Alguns, segundo o relato do facilitador, estavam assustados ou tímidos para admitir o óbvio, mas, delicadamente, o facilitador insistia em perguntar: “Se seu coração responde “sim” a todas essas perguntas, não podemos considerar que você foi tocado pelos Escritos de Bahá´u´lláh? Poderíamos dizer que seu coração foi iluminado pelo amor à Sua Mensagem? Isso não significa que podemos lhe considerar como bahá´í?” Três dos participantes daquele círculo de estudo se declararam bahá´ís. Austrália Um membro de um círculo de estudo (Chris) tinha um amigo em seu escritório que era persa como ele e de origem muçulmana. Ele veio do Canadá e havia dito a Chris que, no Canadá, ele também tinha um amigo bahá´í, mas que este não iria lhe falar muito da Fé. Assim, Chris decidiu que esta era a oportunidade certa, agora que os bahá´ís são estimulados a ensinar a amigos muçulmanos confiáveis. Chris explicou estar fazendo um curso e que desejava compartilhar com ele algumas palavras de ´Abdu´l-Bahá. Explicou quem era ´Abdu´l-Bahá e começou a trocar idéias sobre o texto que selecionara. A passagem discorre sobre como devemos tratar uns aos outros.

O amigo do escritório ficou bem impressionado e achou que isso era certamente algo que ele também acreditava. Ficou grato quando Chris mencionou que o belo texto impresso dos Escritos era um presente para ele. No dia seguinte, sentindo-se desanimado depois de um dia de trabalho estressante, Chris encontrou seu amigo muçulmano no corredor do escritório. Ficou reanimado quando o amigo lhe disse que achara a citação dos Escritos Bahá´ís muito bela e relevante. E continuou dizendo que havia amado tanto a passagem que fizera fotocópias, compartilhando-as com a maioria de seus colegas do escritório e perguntou se Chris se importava. Naquele momento, outro colega do escritório passou por eles, este de origem judáica, e mencionou sua alegria ao receber a citação e descreveu sua relevância.

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Pareceu-lhe como se ´Abdu´l-Bahá tivesse aberto um jornal, lido as chocantes notícias do dia e prescrito um remédio para os males que encontrara.

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Reflexões sobre o Crescimento – Número 16, maio 2007 10

Reino Unido

Um dos exercícios do Livro 4 envolve a memorização de uma longa passagem dos Escritos do Báb. Um participante do círculo de estudo do Livro 4 decidiu que precisava de ajuda e, assim, pediu a uma colega de trabalho para ser sua “companheira de estudo”. Essa amiga dedicou de 10 a 15 minutos por dia durante vários meses ajudando o bahá´í a memorizar e recitar as palavras do Texto Sagrado. O contato diário com a Palavra Criativa tocou o coração da amiga, que decidiu participar também de um círculo de estudo do Livro 1. Ao concluir o estudo desse Livro, declarou-se bahá´í. Três meses depois, concluía o estudo do Livro 2. Sua meta declarada é servir a Causa, tornando-se facilitadora e professora de aulas de crianças. Indonésia

Certo dia, uma jovem senhora contatou um grupo de bahá´ís e afirmou que gostaria de ser registrada na Fé. Os crentes ficaram muitos supresos porque a jovem senhora jamais fora vista numa reunião bahá´í. Ela explicou que havia ouvido sobre a Fé através da parede de sua casa, onde, ao lado, realizava-se um círculo de estudo, e por isso desejava também ser bahá´í. ________________________________________________________ Preparado sob os auspícios do Centro Internaional de Ensino para a Instituição dos Conselheiros. Extratos dos relatórios citados podem ser editados para melhor correção gramatical, clareza ou extensão do texto. Sua reprodução, total ou parcial, pode ser distribuída dentro da comunidade bahá’í sem permissão prévia do Centro Internacional de Ensino.

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Reflexões sobre o Crescimento – Número 17, agosto 2007 1

Tradução

REFLEXÕES SOBRE O CRESCIMENTO – Número 17 – Agosto

2007 !

Programas Intensivos de Crescimento – o Caminho para Sustentabilidade (II).

Na sua mensagem do Ridván de 2007 a Casa Universal de Justiça explicou que onde uma “estrutura de ação” do Plano de Cinco Anos tiver sido “aplicada de forma coerente em todas as suas dimensões em um agrupamento, um constante progresso vem sendo alcançado.” A edição n. 15 deste boletim começou a explorar algumas destas dimensões, focalizando-se na relação para a construção de programas de crescimento intensivo sustentáveis. Nesta edição o foco estará sobre a aprendizagem alcançada em relação a dois aspectos importantes da estrutura do plano: reuniões de reflexão do agrupamento e o envolvimento das Assembleias Espirituais Locais.

Em ambos os tópicos, alguns dos relatos são de agrupamentos onde os crentes estão se preparando para programas intensivo de crescimento e não apenas daqueles já com programas em andamento. Amigos destes agrupamentos “B” têm avaliado cuidadosamente as fortalezas e fraquezas de suas reuniões de reflexão e aplicado o aprendizado para a sua melhoria, uma orientação que ajuda a sedimentar uma base sólida para o lançamento de seu programa de crescimento. Muitos agrupamentos avançados com programas intensivos de crescimento em andamento ainda irão adotar um modo de aprendizagem em relação às suas reuniões de reflexões, as quais, às vezes, têm resultado em encontros com foco e espírito diminuído. Uma coisa é reconhecer que há necessidade de “sérias consultas” e “celebração alegre e festiva”, outra coisa é realizá-las devidamente. Estes não são elementos que podem ser deixados ao acaso. Que tipo de perguntas devem ser preparadas com antecipação para estimular e guiar a consulta dos crentes? Como podem ser compartilhadas experiências de modo a reforçar as habilidades e as percepções que precisam ser adquiridas? Quais realizações são celebradas e de que maneira? Como as artes podem ser utilizadas para aumentar a compreensão e elevar os espíritos e não meramente servir como entretenimento?

Quanto ao segundo tópico, o envolvimento das Assembleias Espirituais Locais, está se tornando

uma parte mais integral da estrutura de ação na medida em que estão nutrindo os processos de crescimento sistemático. A experiência varia conforme a natureza da comunidade local e ainda de uma forma bem preliminar. Contudo, fica aparente à partir das histórias desta edição que, quando os membros da Assembleia Local captam a visão do Plano e trabalham “ombro a ombro” com os crentes em sua localidade, o processo de crescimento ganha uma nova dinâmica. As Assembleias Locais percebem que não estão competindo com as agências do agrupamento e, de igual modo, as agências do agrupamento compreendem que seu trabalho se torna mais fácil e mais bem-sucedido quando as Assembleias estão ativamente engajadas neste empreendimento comum.

* * * * *

Aprimorando as Reuniões de Reflexão: Nos relatos de primeira mão a seguir, os amigos

descrevem como o planejamento colaborativo, uma atmosfera de encorajamento e um foco na participação podem levar a reuniões de reflexão mais produtivas, agradáveis e com maior número de pessoas.

Niger

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Este relato destaca a necessidade de boa colaboração e planejamento, incluindo a identificação prévia dos crentes que têm experiências relevantes e iluminadoras para compartilhar.

Os amigos aprenderam muito nas reuniões de reflexão em Niamey durante os últimos cinco anos. Começamos sem saber exatamente o que fazer com os poucos recursos humanos que tinhamos ou como criar entusiasmo nestas reuniões. No início, o Comitê de Ensino de Área reuniu-se para preparar um plano de médio prazo e determinar quais os objetivos a serem alcançados; contudo, frequentemente, saíamos das reuniões muito desapontados ao perceber quão diferente era nossa compreensão do processo de crescimento em andamento. Também, os amigos frequentemente focalizavam-se sobre o que não havia funcionado bem, de acordo com o plano que havia sido preparado na reunião de reflexão anterior.

À medida em que o número de amigos envolvidos no processo de instituto cresceu, uma

unidade de visão começou a emergir no agrupamento e, finalmente, “deu um click” após um estudo profundo da mensagem da Casa Universal de Justiça de 27 de dezembro de 2005, durante uma reunião de agrupamento com o Conselheiro, no final de janeiro de 2006. A primeira reunião de reflexão, dois meses depois dessa reunião, foi um sucesso total. Vários novos elementos foram introduzidos:

• Uma reunião prévia com o Comitê de Desenvolvimento do Agrupamento e os

coordenadores de instituto e o membro do Corpo Auxiliar; • Uma ênfase no encorajamento através da identificação antecipada de amigos que tiveram

experiências bem sucedidas com as atividades, pedindo a eles compartilharem essas experiências com os demais;

• Uma escolha cuidadosa de textos a serem lidos com a finalidade de fortalecer uma visão unificada; e

• Uma apresentação em powerpoint sobre as atividades sendo realizadas.

Então, os objetivos do próximo plano foram divulgados e compromissos foram feitos em uma atmosfera alegre e espiritual. Tudo o que vemos no agrupamento hoje – o número de faciltadores mais do que dobrou em menos de um ano, as atividades centrais têm multiplicado, e um grande entusiasmo prevalece entre os amigos – é o resultado deste processo de aprendizagem.

Republica Democrática do Congo

Um Conselheiro relata sobre os fatores que contribuem para reuniões de reflexão efetivas em

um agrupamento engajado em um programa intensivo de crescimento.

O sucesso das reuniões de reflexão em Lubumbashi é devido, em primeiro lugar, ao preparo feito pelas agências do agrupamento e, em segundo, a um aumento de consciência dos crentes através das Assembleias Espirituais Locais em seus esforços para assegurar maior participação. Também a atmosfera é muito animada graças à participação de três corais do agrupamento. As Assembleias apóiam financeiramente não apenas a parte social da reunião de reflexão, mas, também, todas as campanhas de ensino. Durante a reunião de reflexão, evitamos apresentar muitas planilhas de estatísticas aos participantes. Limitamo-nos somente aos resultados alcançados durante o ciclo anterior e propomos os objetivos do ciclo seguinte para permitir que os participantes se envolvam mais ativamente nas consultas.

Tonga

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Reflexões sobre o Crescimento – Número 17, agosto 2007 3

Neste agrupamento da ilha do Pacífico, um Conselheiro relata que os amigos deram uma atenção especial sobre “o que” e “como” eles gostariam de celebrar durante sua reunião de reflexão.

No domingo, 22 de julho de 2007, o agrupamento Tongatapu celebrou o final do terceiro ciclo de seu programa de crescimento, com cerca de 170 participantes adultos, jovens, pré-jovens e crianças. Foi verdadeiramente uma celebração festiva à medida que os relatórios eram apresentados pelo oficial de estatística e mostraram que 20 das 21 equipes de ensino haviam ultrapassado suas metas. Lágrimas de alegre emoção eram derramadas, enquanto os relatórios eram apresentados. O grupo organizador havia comprado 21 tortas com uma vela em cada um. Quando os nomes das equipes eram chamados, cada uma foi presenteada com uma torta. Finalmente, todos os representantes das equipes estavam segurando tortas com velas acesas, as quais foram então compartilhadas com todos. Outro ponto interessante é que entregaram livros de orações e outros materiais como presente aos novos crentes, sendo mais de 25 neste ciclo, incluindo duas ou três reconfirmações. Infelizmente, vários dos novos crentes não estavam presentes, o que indica que uma maior atenção precisa ser dada aos mesmos, assegurando que os novos crentes sejam buscados e trazidos para tais programas. Ainda assim, muitos deles estavam presentes e uma família de convidados até mesmo assinou seus cartões durante a reunião de reflexão. Nunca estive em um programa bahá’í com tantas pessoas que eu não conhecia. Foi por demais emocionante ver os amigos avançando com o Plano e testemunhar os frutos de suas ações.

Paquistão

Após uma reunião de reflexão desapontadora no ciclo anterior, as agências do agrupamento

deram maior atenção aos preparativos. Uma parte devocional bem planejada, histórias de ensino bem preparadas e o apoio ativo da Assembleia Espiritual Local contribuíram ao sucesso da próxima reunião de reflexão.

Conforme planejado pelas agências do agrupamento, tivemos nossa reunião de

reflexão em Islamabad em 18 de maio de 2007. Todo esforço foi feito para tornar a ocasião uma “celebração alegre e festiva” e para “consultas sérias” sobre o Plano de Cinco Anos. Apesar da chuva e da tempestade de granizo, mais de quarenta pessoas participaram da reunião. Os participantes eram membros das instituições – incluindo sete membros da Assembleia Espiritual Local – além de outros amigos bahá’ís.

A reunião começou com um programa devocional, seguido de uma seção de

aprofundamento sobre a importância das reuniões de reflexão. O coordenador de instituto e o facilitador do agrupamento apresentaram as estatísticas atuais do agrupamento. O compartilhamento de experiências foi uma parte atraente da reunião, onde os amigos relataram suas atividades de ensino mais recentes. Antes do jantar, que foi organizado pela Assembleia Local, os amigos consultaram sobre as metas do terceiro ciclo. Comprometemo-nos a ensinar 130 almas durante a fase de expansão de duas semanas.

O salão foi especialmente decorado com citações da mensagem do Ridván de 2007

sobre a importância do ensino da Causa. As cadeiras foram reorganizadas em círculo, o que fez com que os amigos se sentissem mais próximos uns dos outros e as consultas foram mais eficazes. Foram feitas apresentações de vídeos inspiradores sobre ensino e o Plano de Cinco de Anos. Os jovens prepararam canções para a ocasião e um recitou um poema de sua autoria. Tudo isto contribuiu para o entusiasmo e alegria do encontro.

Estados Unidos

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Reflexões sobre o Crescimento – Número 17, agosto 2007 4

Este relato demonstra o valor de utilizar a reunião de reflexão para focar em um aspecto particular da estrutura de ação do Plano.

No agrupamento de Boston, escolhemos as reuniões devocionais como o foco de nossa reunião de reflexão já que à correlação entre aqueles que completaram o Livro 1 e o número de anfitriões de reuniões devocionais é a mais fraca entre as atividades centrais, e devido ao fato de que as reuniões devocionais constituem um meio mais fácil e mais rápido de expor novos amigos à Palavra Criativa do que, talvez, os círculos de estudo, os quais têm sido mais fácil de começar no agrupamento.

Iniciamos a última reunião de reflexão, colocando pequenas mesas e pedindo aos amigos que orassem em pequenos grupos. Esta foi uma mensagem bastante efetiva das agências do agrupamento e uma experiência importante para muitos dos amigos que podem esquecer o quão simples é ser anfitrião de uma reunião devocional. Esta parte foi seguida de uma sessão, na qual todos os amigos escreveram suas reflexões sobre reuniões de orações no agrupamento e sobre como eles vêem seu apoio para o desenvolvimento das mesmas nos próximos três meses. Estes passos iniciais, combinados com histórias de sucesso e oferecimentos para acompanhar os amigos de parte das agências do agrupamento, resultaram em grande parte nos avanços vistos até agora. Seguem alguns breves textos sobre abordagens usadas em agrupamentos para tornar suas

reuniões de reflexão mais efetivas e alegres:

• Colômbia. No agrupamento do Norte de Bolivar os crentes sentiram que suas reuniões focavam apenas nas falhas do agrupamento. Tentaram, então, focalizar nas vitórias e perceberam que o número de participantes aumentou e que os encontros tornaram-se mais frutíferos.

• Índia. Nos agrupamentos onde os amigos têm que viajar longas distâncias para a reunião, tais

como em Bihar Sharif, uma refeição festiva é incluída como parte do programa, o que, é claro, aumenta o sentimento de camaradagem permeando o evento.

• Reino Unido. Os amigos no agrupamento da Grande Londres fazem uso extensivo das artes e

criaram filmes especificamente para as reuniões de reflexão. Ainda mais, descobriram ser de util ter um programa para as crianças ocorrendo em paralelo ao programa de jovens e adultos. As crianças e os pré-jovens também fazem apresentações na reunião, o que eleva o espírito de todos.

Envolvimento das Assembleias Espirituais Locais: a crescente participação das Assembleias

Locais na promoção dos planos dos agrupamentos não apenas ajudou a estimular a iniciativa individual e a aumentar as atividades centrais nos agrupamentos que estão esforçando-se em direção a um programa de crescimento intensivo, mas, também, provou ser importante em agrupamentos avançados onde está ocorrendo expansão em larga escala. Nestes lugares, as agências do agrupamento estão transferindo para as Assembleias a implementação de um crescente número de linhas de ação e estão confiando a elas o acolhimento e aprofundamento dos novos crentes.

Brasil

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Um membro do Corpo Auxiliar compartilhou o relatório de um ajudante que descreve como a comunidade tornou-se revigorada através do forte comprometimento da Assembleia Local com a estrutura de ação do Plano.

Qualquer um que participe agora das atividades da comunidade de Lauro de Freitas sente um novo espírito, uma nova energia espiritual... As aulas de crianças, reuniões devocionais, grupos de pré-jovens e Festas de 19 Dias cresceram em felicidade e radiância... Os amigos sentem a diferença e entendem a razão para esta maravilhosa atmosfera. Todos os nove membros da Assembleia Local estão totalmente envolvidos em todas estas atividades. E este envolvimento institucional é como um imã que atrai os amigos da comunidade para se tornar parte das atividades que são realizadas.

Os membros dessa abençoada Assembleia são professores de aulas de crianças, monitores de grupos de pré-jovens, facilitadores de círculos de estudo, anfitriões de reuniões devocionais; eles realizam visitas aos lares, participam de equipes de ensino e estudam juntos em cursos intensivos a fim de avançar na sequência. Seis dos membros já terminaram a seqüência, cinco estão estudando o Livro 5 de forma intensiva para se tornarem monitores e dois estão estudando o Livro 6.

O assunto principal nas reuniões da Assembleia é o crescimento da Fé no

agrupamento. O foco dessas consultas é o Plano de Cinco Anos. Todos em Lauro de Freitas estão sentindo mais amor e unidade de visão. Quem poderia duvidar que isto é fruto das confirmações divinas resultantes do foco visto em nossa Assembleia Local?

Camboja Quase todos os membros das Assembleias Locais no agrupamento de Battambang são participantes ativos nas atividades centrais. A maioria dos membros terminou a sequência completa de cursos e utiliza as capacidades adquiridas nos cursos para servir à comunidade. As Assembleias estão promovendo a multiplicação das atividades centrais em sua área. Elas facilitam os esforços dos amigos, encorajam e guiam, e alocam recursos para as atividades. Cada Assembleia Local tem um fundo local e é auto-sustentável. Como as casas em Battambang são pequenas, realizam as Festas de Dezenove Dias por setores. A Assembleia Local deputiza seus membros para participarem nas reuniões dos setores para compartilhar notícias e relatórios. Em algumas comunidades, um boletim é preparado para que as notícias sobre o programa intensivo de crescimento sejam compartilhadas com todos os setores. Estados Unidos

Este extrato do boletim North Star confirma que não se deve substimar o impacto do processo de instituto sobre a perspectiva da Assembleia Local e seus membros e sobre sua eficácia para promover a solidariedade comunitária e crescimento.

Ao passar pelos cursos do instituto, os membros da Assembleia Local de Filadélfia,

gradualmente, começaram a ver o desenvolvimento da comunidade de novas maneiras – e o funcionamento da Assembleia começou a mudar. “Começamos a olhar cada item em nossa agenda em termos dos princípios espirituais envolvidos e sua relação com o crescimento,” explicou um membro da Assembleia. “A capacitação da sequência Ruhi nos deu esta perspectiva.”

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Ao priorizar com vista ao crescimento, a Assembleia começou a se distanciar de uma estrutura organizacional complexa para outra que envolvia atos de serviços simples com membros da comunidade e buscadores. “A Assembleia Espiritual Local está tentando desenvolver uma relação mais próxima com a comunidade. Queremos sair de um modelo congregacional de liderança para um modelo de serviço, onde a Assembleia e a comunidade trabalham juntos e ensinam juntos,” diz o secretário.

Na medida em que a Assembleia permitiu que o Plano de Cinco Anos impactasse suas

prioridades, ela passou a fazer ajustes e mudanças em suas operações, por exemplo: o Unidade: A Assembleia vê, agora, cada oportunidade ou desfaio como uma chance para

aprender sobre unidade e fazer avançar o progresso do agrupamento. o Agenda: Em vez de começar com atas e relatórios, a Assembleia começa com um

aprofundamento sobre as recentes cartas da Casa Universal de Justiça ou Reflexões sobre o Crescimento do Centro Internacional de Ensino. Depois, a Assembleia consulta sobre o avanço do agrupamento e ensino. Em seguida, a Assembleia trata de itens específicos da comunidade, tais como, assuntos pessoais ou solicitações de indivíduos.

o Comitês: A Assembleia reduziu o número de seus comitês para liberar pessoas para as atividades centrais. Pequenos grupos tarefas de uma ou duas pessoais tratam das funções comunitárias chaves, tais como Festas ou Dias Sagrados. Estruturas são criadas apenas como uma resposta às necessidades reais.

o Orçamento: O Orçamento é visto no contexto do Plano. O custo de sua Sede Bahá’í continua sendo um tema mensal, mas a Assembleia prioriza fundos para o Comitê de Ensino de Área, aulas de crianças nos bairros e projetos de ensino.

o Festas de Dezenove Dias: As consultas melhoraram e são agora uma troca real de idéias e das melhores práticas entre a comunidade e os membros da Assembleia, os quais estão ativamente engajados em atividades centrais. Os jovens estão participando regularmente e existe uma atmosfera calorosa e amorosa.

o Alocando Recursos Humanos: Em vez de nomear um Comitê e esperar dele o melhor, agora a Assembleia utiliza a visita aos lares e contato pessoal para acompanhar os membros de sua comunidade em suas atividades.

• Fatos e Estatísticas: A Assembleia usa os dados e os recursos humanos disponíveis para direcionar a tomada de decisões, em vez de confiar em suas teorias favoritas ou precedentes históricos. Colaborando regularmente com o Comitê de Ensino de Área, o coordenador de instituto e os membros do Corpo Auxiliar, agora se tornou uma parte regular da atividade da Assembleia.

A seguir encontram-se alguns breves trechos de relatórios que ilustram como as Assembleias Espirituais Locais estão guiando os amigos na realização das atividades do Plano, frequentemente através de seu próprio exemplo: • Austrália. Depois que muitos membros da Assembleia Espiritual Local de Holdfast Bay

participaram de um pequeno workshop sobre equipes de ensino e da reunião de reflexão de seu agrupamento (Adelaide), a Assembleia teve consultas detalhadas sobre equipes de ensino. As equipes foram reformuladas de modo que cada membro fizesse parte de uma delas. E, na Festa a Assembleia passou a dar bastante tempo durante o período das consultas às atividades das equipes de ensino e sobre como avançar sistematicamente.

• Quênia: Quando a Assembleia Espiritual Local de Nairobi convidou os novos declarados e

suas famílias para uma recepção, isto levou a mais cinco novas declarações, porque os familiares e amigos dos novos crentes decidiram aceitar a Fé.

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• Estados Unidos. A Assembleia Espiritual Local de South DeKalb, Geórgia, havia planejado

passar cinco horas do domingo à tarde para limpar sua agenda, de modo a mais tempo para o Plano de Cinco Anos. Contudo, no sábado pela tarde, os membros da Assembleia ouviram uma palestra de um Conselheiro, na qual ele disse que se uma Assembleia Local sente que não tem tempo suficiente, o que deve fazer é virar sua agenda de cabeça para baixo e tratar primeiro do último item da agenda que normalmente é o ensino. Assim, um dos membros da Assembleia veio para a reunião com uma agenda de cabeça para baixo. Os outros membros perguntaram “O que é isto?” Ele disse, “A agenda recomendada pelo Conselheiro.” Então a Assembleia Local passou quatro ou cinco horas consultando sobre o Plano de Cinco Anos, analisou a lista dos membros da comunidade, e dividindo-a entre seus membros para realizarem visitas aos lares.

________________________________________________________ Preparado sob os auspícios do Centro Internaional de Ensino para a Instituição dos Conselheiros. Extratos dos relatórios citados podem ser editados para melhor correção gramatical, clareza ou extensão do texto. Sua reprodução, total ou parcial, pode ser distribuída dentro da comunidade bahá’í sem permissão prévia do Centro Internacional de Ensino.

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Tradução

REFLEXÕES SOBRE O CRESCIMENTO –Número 18 – Novembro 2007 !

Encontrando Almas Receptivas e Ensinando-lhes Diretamente

Ao descrever um programa intensivo de crescimento, a Casa Universal de Justiça, em sua mensagem de 27 de dezembro de 2005, explicou que o objetivo da fase de expansão é “ampliar o círculo daquelas pessoas interessadas na Fé, encontrar almas receptivas e ensiná-las.” A pergunta que pode surgir é “Qual é a melhor maneira para ensinar a estas almas?” Isto é respondido no mesmo parágrafo daquela mensagem: “A experiência recomenda que quanto mais diretamente as abordagens e métodos de ensino estiverem alinhados com a capacidade adquirida através do estudo dos cursos de instituto, mais compensadores serão os resultados.”

Quando estudamos o Livro 6 do Instituto Ruhi, “Ensinando a Causa”, aprendemos a distinguir entre

compartilhar informações sobre a Fé e transmitir conceitos que ajudarão um buscador a reconhecer a posição de Bahá’u’lláh e a abraçar a Causa. O método de ensino que os participantes se esforçam para emular é aquele que informalmente nos referimos como a “apresentação de Ana”. Isto é oferecido como um modelo de como ensinar a Fé diretamente, com o objetivo de convidar um indivíduo a abraçar a Fé ao final da apresentação. Crentes em todas as partes do mundo têm se esforçado para alinhar as abordagens de ensino com a aprendizagem adquirida no Livro 6 e estão relatando resultados destacados deste método de ensino direto.

Umas poucas palavras devem ser ditas em relação ao termo ensino direto. Shoghi Effendi caracterizava o

ensino direto como “uma audaciosa declaração das verdades fundamentais da Causa” enquanto que, ele escreveu, ensino indireto é “um método de ensino menos direto e mais cauteloso,” consistindo em “apresentar alguns dos ensinamentos sociais e humanitários da Causa.” Assim, ensino direto relaciona-se com o método de ensino e não com o lugar. Não é sinônimo de ensino de “ensino na rua,” o que pode envolver ensino direto ou pode, por exemplo, apenas consistir de uma campanha para distribuir folhetos. Apresentar a mensagem diretamente pode acontecer em um fireside, numa visita ao lar, ou num outro encontro pessoal. Contudo, frequentemente, o caso tem sido de que os amigos não utilizaram estas oportunidades para compartilhar diretamente a mensagem de Bahá’u´lláh, têm sido indiretos em sua abordagem, nunca abertamente ensinando a buscadores sobre a posição e missão de Bahá’u’lláh e, assim, não respondendo à receptividade que a Casa de Justiça nos diz existir atualmente na sociedade em geral.

A edição deste boletim focaliza sobre “os resultados recompensadores” que os crentes em diversos

agrupamentos têm alcançado quando mudam o foco de seus esforços para uma abordagem de ensino direto e aplicam os conceitos aprendidos nos cursos do instituto. O aumento no número de declarações tem ultrapassado suas expectativas e seus sucessos os têm imbuído de crescente confiança. As histórias confirmam em termos comoventes o sentimento do Guardião de que “cada um é um instrutor em potencial.”

* * * * *

Um passo importante na implementação de esforços de ensino direto tem sido a preparação. Às vezes os crentes praticam exercícios simples de interpretação sobre como abordar a outros, mas, frequentemente, eles tem tentado memorizar tudo ou partes da apresentação de ensino do Livro 6. As reuniões deste tipo mais eficazes têm sido de “revisão ativa” – oficinas de revisão de três a quatro horas seguidas de ação, tais como uma atividade direta de ensino no mesmo dia. Canadá

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Em países onde historicamente tem parecido ser difícil falar abertamente sobre a Fé, os amigos têm se espantado com quão ansiosas muitas pessoas estão para ouvir sobre os ensinamentos bahá’ís quando estes são apresentados de maneira sistemática. Isto foi a compreensão do agrupamento de Vancouver, Canadá, onde quatro membros do Corpo Auxiliar realizaram uma conferência para seus ajudantes e dedicaram um dia do programa para construir a capacidade para ensino direto. Naquele dia, a manhã foi dedicada a um pequeno treinamento de revisão da “apresentação de Ana” e, na parte da tarde, 27 crentes, divididos em 11 equipes, realizaram visitas aos lares. As visitas haviam sido programadas com antecedência com os participantes não-bahá’ís das atividades centrais de Vancouver e das áreas subjacentes, os quais haviam concordado em receber visita para aprender mais sobre a Fé.

Quando as equipes voltaram para a conferência, à noite, para compartilhar suas experiências, seus espíritos

estavam verdadeiramente revigorados. Equipe após equipe, relatou histórias incríveis de como a ansiedade e hesitação e, até mesmo, relutância profunda em participar, havia dado lugar à confiança e alegria à medida que as conversações sobre ensino progrediam.

Antes deste final de semana, eu não havia entendido. Aí quando olhamos a “apresentação de Ana” eu

pensei, “entendi!” e então saímos e aí realmente entendi!! O casal fez perguntas e no final eles declararam. Sai de lá querendo fazer outra visita ao lar.

Esta foi minha primeira visita ao lar com a “apresentação de Ana.” É muito direta. Ana não faz

rodeios – vai direto ao assunto. Isto é o que o torna tão poderoso. No passado, tenho feito da Fé um conjunto de ideais e explicava o que nós acreditamos, mas muitas outras pessoas também fazem isso. Contudo, desde o início, Ana fala sobre Bahá’u’lláh. Ela é impressionante. Eu adoro Ana! Ainda que você ache que não é capaz ou que não é tão eloqüente como Ana, basta ter fé neste processo – funciona!

Enquanto os amigos relataram o que haviam experimentado, o ambiente ficou mais alegre e cheio de

espírito. O que ficou claro foi que as conexões espirituais com os buscadores, o desejo sincero para entregar a mensagem, bem como as belas explanações durante a apresentação, tinham se combinado para criar encontros profundos de ensino. Dos relatos daquela noite se tornou evidente a operação da ajuda divina. Ficou claro que cinco das almas visitadas haviam abraçado à Fé, quando foram convidadas para assim o fazer!

Um fruto igualmente marcante do esforço do dia foi o aumento acentuado de audácia e coragem para

ensinar a Fé diretamente. Foi também maravilhoso ver quão rapidamente a capacidade para o ensino eficaz pode ser ampliada. Os ajudantes foram urgidos a continuar praticando suas habilidades recém descobertas e a acompanhar outros amigos para assim o fazer. O resultado tem sido de que, nos agrupamentos onde estes ajudantes residem, eles têm ajudado outros a ganharem essas habilidades e o nível de declarações nestas áreas tem dobrado.

França

Os amigos na França concluíram que era essencial que aqueles que estavam coordenando o trabalho de instituto ganhassem experiência e confiança com o ensino direto utilizando a “apresentação de Ana.” Assim, o programa para a Conferência Nacional de Coordenadores foi revisado para poder incluir oportunidades para os 40 participantes praticarem ensino direto nos arredores de Paris. Depois de revisar os estudos de caso sobre as equipes de ensino e realizar uma capacitação de mais de três horas sobre os conceitos da “apresentação de Ana,” os participantes da conferência estavam prontos para entrar no campo de ação. Graças a arranjos feitos pelas comunidades anfitriãs, puderam realizar visitas aos lares de 20 buscadores na área e participar em vários firesides bem organizados, que casavam buscadores com participantes da conferência, incluindo um fireside com um crente que falava árabe para buscadores de países muçulmanos. Os amigos aprenderam que não era tão difícil como pensavam convidar buscadores para se tornarem bahá'ís. Três indivíduos declararam e alguns outros disseram que só precisavam de mais tempo para pensar, e quatro novos buscadores concordaram em participar de um círculo de estudo!

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Os participantes aprenderam várias outras lições através de suas experiências durante o final de semana da conferência. Viram que era possível cobrir toda a “apresentação de Ana” durante um fireside, inclusive com tempo dedicado a perguntas. Quanto mais íntimo o grupo, mais eficaz era o esforço. Também provou ser útil organizar previamente como a apresentação seria feita e dividi-la entre dois ou três palestrantes. Nos firesides, os amigos tomaram cuidado para criar uma clara separação entre uma socialização casual e a apresentação em si mesma. Os buscadores ficaram especialmente comovidos pelas citações dos Escritos. Auxílio visual também provou ser eficaz.

Talvez o maior aprendizado foi que os buscadores não se sentiram surpresos ou desconfortáveis com os

convites para se unirem à Fé ou para participarem de um círculo de estudo no final da apresentação de ensino. Frequentemente, o convite era feito da seguinte maneira: “Se você escolher se tornar bahá'i...”

Austrália

Uma iniciativa corajosa no agrupamento de Perth, durante o ciclo atual, envolveu visitas aos lares na vizinhança do prédio do instituto, um ponto de referência no bairro. Apreensões iniciais foram vencidas quando 33 das 84 conversas realizadas, durante os primeiros quatro dias da fase de expansão, geraram um interesse significativo pela Fé. Além de oferecer um convite para participar de uma noite de informação na sede, um número expressivo de conversas conduziram à apresentação baseada no material do Livro 6, a qual os membros da equipe tinham estudado e praticado anteriormente. Uma crente compartilhou um relato comovedor da experiência de sua equipe de ensino:

Deus abençoe minha companheira da equipe de ensino de ontem. Ela e eu experimentamos pela

primeira vez, depois de morar 24 anos na Austrália, como almas receptivas podem ser achadas em todo lugar. Não acreditei na receptividade das pessoas e na maneira com que elas receberam a informação. Quando encorajei minha colega apreensiva a bater na porta de uma das casas, eu falei: “Faça isso em memória de seu falecido marido.” Ela assim o fez. O resultado foi que a mulher que atendeu à porta conhecia a Fé, lembrava de ter participado de uma das reuniões com uma amiga e o quão agradável havia sido. Ela queria saber mais e estava esperando por outra oportunidade para participar novamente. Nessa noite ela participou da reunião!

Macau

Descobriu-se que normalmente é mais eficaz primeiro compartilhar algo dos ensinamentos da Fé e depois convidar para participar de uma atividade bahá'í, em vez de simplesmente fazer um convite. O problema para muitas pessoas está em como dar início à conversa. Vários instrutores do agrupamento de Macau relataram como eles abordavam seus contatos. Estas sugestões emergiram de uma sessão de avaliação que 16 amigos fizeram após participarem de um projeto de ensino. Estas reflexões foram valiosas ao se prepararem para a próxima fase de expansão de seu programa intensivo de crescimento.

• A introdução que usei mais frequentemente ao fazer apresentações para contatos foi mencionar que eles já me conheciam ou conheciam outro bahá'í ou tinham ouvido falar da Fé, e, então, falar que eu desejava compartilhar os Ensinamentos sistematicamente com eles como nunca havia feito antes. Ninguém dizia “Não.”

• Percebi que falar sobre a natureza humana da seção do livro 1 “Vida e Morte” e fazer perguntas aos

buscadores sobre estes conceitos principais conduzem de maneira natural à parte em que a alma precisa de um Educador Divino para poder progredir plenamente. Isto, então, conecta-se facilmente ao tema do Convênio Eterno da apresentação de ensino do Livro 6. Quando usei esta abordagem, funcionou bem com vários amigos de diferentes origens.

• Eu aprendi várias maneiras de abordar pessoas ao estar em equipes com diferentes parceiros no

trabalho de ensino.

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• De forma geral, a “apresentação de Ana” provou ser muito apropriada para as pessoas em Macau que estavam familiarizadas com religião. Para aqueles que haviam chegado recentemente do continente, percebi que era mais fácil começar com uma introdução sobre o amadurecimento da humanidade e, então, entrar em religião e a Manifestação. Não tentei usar a “apresentação de Ana”, mas pode ser que funcione também. Para os filipinos, uma ênfase na vida de Bahá’u’lláh parecia ser especialmente importante e comovedora.

Durante o decurso da campanha intensiva de ensino, os amigos em Macau aprenderam a importância de flexibilidade, sabedoria, trabalhar juntos em equipe, paciência e adequar a apresentação às necessidades e interesses dos ouvintes. Eles fizeram perguntas para descobrir como os ouvintes viam os tópicos que estavam sendo apresentados. Como um dos instrutores disse “Aprendi que nem todos os conceitos precisavam ser compartilhados de uma só vez, e que era melhor manter os buscadores com vontade de querer saber mais que falar demasiado em uma única vez.” Se o instrutor não pudesse completar a apresentação, isso criava uma oportunidade para agendar outra visita ou para convidar o buscador para uma reunião bahá’í para aprender mais. Os amigos estão aprendendo que um elemento crítico para o sucesso de seus encontros de ensino direto é falar sem rodeios sobre a posição de Bahá’u’lláh e, também, desenvolver a confiança para convidar amorosamente os buscadores para se tornarem bahá’ís. Este ato é um privilégio e um serviço que o próprio Bahá’u’lláh nos conclama: “... convida tu as almas receptivas para a Santa corte de Deus, a fim de que elas, por ventura, não permaneçam privadas da Fonte celestial de água vivificadora.” Kiribati Às vezes são os próprios buscadores que nos ajudam a compreender que o tema central de nossa apresentação deve ser a posição de Bahá’u’lláh e Sua mensagem redentora. !

Eu estava num fireside aqui em South Tarawa, o qual era conduzido por dois bahá’ís, durante a parada do almoço junto ao estaleiro, onde eles trabalhavam. Muito do ensino que tinha ocorrido aqui no passado havia sido baseado na Bíblia, onde os bahá'is liam citações da Bíblia para explicar a vinda de Bahá'u'lláh, e, foi assim como este fireside se iniciou. Havia um grande grupo de trabalhadores da construção de navios com aparência rude, sentados, ouvindo estes dois homens explicarem sobre revelação progressiva e lerem seções da Bíblia para respaldar o que estavam dizendo. Havia algumas perguntas, mas a audiência permanecia muito quieta, até que um homem (que parecia ser o maior e o mais rude de todos) começou a falar. Como era tudo na língua I-Kiribati, eu não entendi exatamente o que estava acontecendo e, somente depois, compreendi quando alguém traduziu para mim. Mas, como todos os outros homens começaram a rir e os bahá’ís pareciam um pouco embaraçados, presumi que o homem estava fazendo gozação deles. Na realidade o homem estava dizendo que eles já haviam ouvido tudo sobre a Bíblia; eles estavam cheios da Bíblia. O que realmente queriam ouvir dos bahá’ís era quem foi Bahá’u’lláh. A esta altura, os bahá’ís recomeçaram a ler a Bíblia e o homem lhes interrompeu novamente dizendo que eles já tinham o suficiente da Bíblia, eles queriam ouvir sobre Bahá’u’lláh. Logo, outra bahá’í entrou na conversa e relatou o sonho que o pai de Bahá'u'lláh teve sobre o oceano e os peixes. Ela também falou sobre os livros Ruhi e como através deles você pode aprender mais sobre a vida de Bahá’u’lláh e Seus ensinamentos. Os estivadores sentaram e ouviram atentamente e, quando a história terminou, o grande estivador sorriu e agradeceu. Ele disse que era exatamente isto o que ele queria ouvir. Estava curioso sobre Bahá’u’lláh e queria saber tudo sobre Ele, então, será que poderia ele participar de um destes cursos Ruhi?

Filipinas No agrupamento Ormoc, um professor havia começado a ensinar a Fé diretamente para um de seus alunos. Anteriormente ele havia compartilhado com alguns deles seções do Livro 1. Mas, encorajado pelos planos de seu agrupamento para uma campanha intensiva de ensino, falou mais diretamente da Fé e os convidou para se tornarem bahá’ís. Cinco aceitaram a Fé imediatamente. Uma semana depois, quando estes novos crentes se reuniram para estudar o Livro 1, o professor teve uma surpresa.

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Hoje, às 16h, reuni com os cinco jovens recém-declarados em nossa escola. Para minha surpresa, alguns de seus colegas participaram da reunião. Ao começarmos, falei para eles que se realmente quisessem se unir à Fé, o que fazemos é aceitar Bahá'u'lláh como a Manifestação de Deus para a nova era, aplicar Seus ensinamentos em nossas vidas e ensinar aos outros. Também lhes disse que se voce se torna bahá’í, voce não deixará Jesus Cristo e Seus ensinamentos porque estes alcançam seu cumprimento na Fé Bahá’í. Depois que falamos, os 9 alunos do terceiro ano do segundo grau, escreveram seus nomes em uma folha de papel como prova de sua aceitação à Fé. Agora temos 14 alunos recém-ingressados, incluindo os 5 novos declarados de ontem. Já fizemos uma programação para o estudo do Livro 1, durante às tardes, em meu escritório. Outro dia, tivemos uma reunião, ao meio dia, com os 14 novos crentes em meu escritório. Eles trouxeram mais três colegas e, claro, falei para eles sobre alguns conceitos e princípios da Fé. Após algum tempo, aqueles três jovens também abraçaram a Fé!

Burkina Faso A mais recente fase de expansão na capital, Ouagadougou, testemunhou 32 declarações – um aumento em seis vezes sobre o mais exitoso ciclo anterior. Os amigos atribuíram este aumento dramático de novos crentes a uma abordagem mais audaciosa de parte de várias das equipes de ensino. Um total de mais ou menos 160 pessoas foram abordadas durante a campanha e 31 daqueles que declararam sua crença em Bahá’u’lláh vieram das cerca de 50 [pessoas] que receberam uma apresentação direta da Fé baseada no material do Livro 6.

Uma crente recém-declarada, que é de origem cristã, se voluntariou para ensinar a tempo integral durante a fase de expansão. Ela foi designada para a equipe coordenada pelo coordenador do instituto e, com a concordância de seu marido muçulmano, ela mudou-se para a casa da família do coordenador durante a semana da fase de expansão. Ainda que, inicialmente, ela se sentisse totalmente inadequada para ensinar a Fé, ela provou ser uma fonte de encorajamento e alegria para todos os membros de sua equipe. Esta crente também contou para os outros membros da equipe que ela vinha orando fervorosamente para seu marido reconhecer Bahá'u'lláh. Durante o decurso da fase de expansão, vizinhos bahá'is visitaram este senhor muçulmano, que conhecia a Fé e gostava de orações bahá'is. Foi feita uma apresentação sistemática da Fé para ele, usando o álbum de ensino. No final do encontro, ele estava pronto para assinar o cartão de declaração que havia recebido e assim o fez antes que a esposa voltasse. Ele foi a 32º nova declaração da campanha de ensino! Quando sua esposa voltou para casa após a celebração na Sede Nacional, ele disse para ela, “Agora eu sou bahá'í!”

Malásia O agrupamento de Sungei Petani tinha testemunhado entrada em tropas anos atrás, quando os crentes ensinaram apaixonadamente e milhares de almas receptivas declararam. Contudo, as dificuldades na consolidação destes crentes desencorajaram muitos [amigos] a ensinar como haviam feito antes. Tiveram a sorte de receber uma pessoa recurso, jovem e entusiasta da Índia, quem trabalhou bem próxima ao facilitador de desenvolvimento do agrupamento para construir a capacidade para as fases de expansão e consolidação. Um grupo central de 35 crentes envolveu outras pessoas a fim de formar 13 equipes e listaram contatos que haviam demonstrado receptividade. Os bahá’ís decidiram ensinar diretamente e convidar estes indivíduos para se declararem, ao invés de apenas convidá-los para as atividades centrais como era de costume. As equipes utilizaram diferentes maneiras para dar início a conversações significativas, a fim de introduzir o propósito de sua visita. Então usaram um flipchart para compartilhar a primeira seção da “apresentação de Ana”, porque haviam descoberto que o tempo de atenção para a maioria das pessoas era de mais ou menos 20

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minutos. Após cobrir os temas de Deus, o Convênio, as Manifestações de Deus e Bahá’u’lláh como o Manifestante de Deus para hoje, eles perguntaram aos buscadores se gostariam de se tornar membros da comunidade bahá’í e compartilhar os ensinamentos de Bahá'u'lláh com os outros. Usando esta abordagem, 106 pessoas abraçaram a Fé. O relatório compartilha esta experiência:

A maior parte das equipes percebeu radiância e um brilho nos olhos buscadores, espelhando a centelha de fé em seus corações quando declararam sua aceitação de Bahá'u'lláh e sua disposição de se juntarem aos bahá’ís na construção de um mundo melhor.

Uma equipe de ensino encontrou-se com o pai de um participante de um grupo de pré-jovens que os parou e com excitação e impaciência disse:

Por que não compartilharam esses ensinamentos maravilhosos comigo antes? Temos visto as mudanças em nosso filho e aprendemos as orações e os Escritos Sagrados com ele. Como podemos aprender mais e servir como vocês?

______________________________________________________ Preparado sob os auspícios do Centro Internacional de Ensino para a Instituição dos Conselheiros. Extratos dos relatórios citados podem ser editados para melhor correção gramatical, clareza ou extensão do texto. Sua reprodução, total ou parcial, pode ser distribuída dentro da comunidade bahá’í sem permissão prévia do Centro Internacional de Ensino.

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Tradução

REFLEXÕES SOBRE O CRESCIMENTO – Número 19 – Fevereiro 2008 ! Encontrar almas receptivas e ensiná-las diretamente (II) Um crente dos Estados Unidos relatou que depois de fazer a “apresentação de Ana” a seu cunhado, ele disse que “se ele tivesse escutado esta apresentação dois ou três anos antes, quando ele ouviu pela primeira vez sobre a Fé, isto o teria ajudado a poupar tempo buscando informação por todos os lados. Ele gostou como a apresentação cobriu vários temas e ajudou as coisas a se encaixarem.” Seu cunhado declarou sua fé em Bahá’u’lláh alguns dias mais tarde. Durante os últimos meses esta resposta tem se repetido em inúmeros ambientes – urbanos e rurais, em sedes bahá’ís ou em visitas aos lares – através dos cinco continentes, e com resultados muito similares. Visto que a experiência no campo do ensino direto é tão rica e o aprendizado está aumentando tão rapidamente, esta edição do boletim continua tratando sobre o tema do ensino direto. Os esforços dos amigos para alinhar suas abordagens de ensino com as habilidades adquiridas nos cursos do instituto continuam a produzir destacados resultados. Os relatos apresentados nesta edição demonstram o impacto dos esforços coletivos no ensino direto. Vários deles tratam do sucesso na utilização de uma pessoa recurso externa, que ajuda a guiar e organizar um projeto de ensino. Alguns dos projetos se focalizam no ensino aos buscadores que estão participando nas atividades centrais, frequentemente com seus amigos e familiares, através de organizadas visitas aos lares; outros projetos estão baseados nos esforços sistemáticos para estabelecer atividades de crianças e pré-jovens como um caminho para alcançar outros membros da familia, e alguns projetos de ensino realizam campanhas para contatar novas almas que vivem nos bairros onde as agências do agrupamento consideram ser um campo fértil. Mas todos estes projetos são eficazes quando “empregam métodos de ensino direto baseados nos Escritos para oferecer a mensagem de uma maneira tanto aberta quanto amorosa.” *****

Aulas de Crianças e grupos de pré-jovens: Estas duas atividades centrais, uma vez estabelecidas, promovem oportunidades ilimitadas para alcançar os pais e vizinhos dos jovens e rapidamente estão provando ser um dos mais efetivos portais para a entrada em tropas. Mianmar No agrupamento de Yangon, a fase de expansão do sétimo ciclo envolveu 19 amigos que começaram visitando selecionadas comunidades em equipes. Eles focalizaram o ensino nos pais dos participantes de grupos de pré-jovens e das aulas para crianças, assim como de seus amigos pessoais. Um relatório do Conselheiro e do membro do Corpo Auxiliar relata:

Tivemos algumas experiências e aprendizagens memoráveis nesta campanha sobre como abordar os pais, sobre o uso da apresentação de Ana com desenhos, formação de equipes, convite a buscadores e sobre o registro das declarações. Abordar os pais das crianças em nossas classes era mais fácil. Uma mãe disse: “Todos os dias eu ouvia palavrões e brigas em meu

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bairro. Mas hoje, ouvindo os ensinamentos pacíficos, logo meu coração sentiu-se calmo e tranquilo.”

Um total de 34 indivíduos aceitaram Bahá’u’lláh durante a fase de expansão, a maioria deles eram pais de crianças e pré-jovens das aulas bahá’ís. O ciclo terminou com 44 novos crentes! Estados Unidos

No agrupamento de San Diego, Califórnia, o estabelecimento de grupos de pré-jovens e aulas de crianças criou um ambiente receptivo para um projeto de ensino direto.

Nós estávamos em nosso quarto ciclo de crescimento e depois de analisar nossos recursos, depois de ter feito visitas aos lares de nossos amigos, famílias, vizinhos e colegas de trabalho com êxito, percebemos que estava na hora para atingir uma população receptiva. Como escolher esta população? Todo mundo é tão receptivo em nosso agrupamento! Escolhemos um bairro que tinha as equipes de ensino mais fortes em seu entorno e que poderiam prover um poderoso grupo de recursos humanos. Além disso, tínhamos iniciado um grupo de pré-jovens duas semanas antes de nossa reunião de reflexão, com uma resposta muito entusiasta dos pré-jovens do bairro de City Heights. Queríamos interligar todas as quatro atividades básicas; assim decidimos lançar aulas de crianças no bairro, a fim de que os irmãos mais novos destes pré-jovens também recebessem educação espiritual. Naturalmente poderíamos, então, convidar os pais para o curso do livro 1 do Ruhi e para reuniões devocionais. Estávamos entusiasmados! Descobrimos que City Heights é talvez o bairro com a maior diversidade do agrupamento, onde se fala mais de 35 idiomas. O próximo passo foi o de visitar os lares. Nosso objetivo foi o de apresentar a Fé, ao convidar os membros das famílias para as aulas de crianças e grupos de pré-jovens que estavam sendo oferecidas. Após orações e devoções fervorosas, dez equipes de duas pessoas cada saíram para visitar os lares nas seis ruas que cercam o parque e a experiência foi maravilhosa! Não tínhamos a mínima ideia de quão calorosamente seriamos bem-vindos. “Isto é o que precisávamos em nossa comunidade", falou uma senhora. "Nem precisei sair de minha casa -- Deus enviou vocês diretamente à minha porta! Obrigado por ter vindo para minha casa", disse um outro homem.

Os resultados do projeto de ensino eram vários: houve duas declarações, 5 novas aulas de crianças com 25 crianças do bairro, um grupo de pré-jovens, dois círculos de estudo do Livro 1 do Instituto Ruhi em espanhol e oito reuniões devocionais, quatro delas nas casas de buscadores!

No agrupamento de Phoenix, Arizona, a Assembleia Espiritual Local de Phoenix teve grande êxito quando tomou a decisão de descentralizar as aulas regionais de crianças e focalizar em aulas nos bairros. Para assegurar o sucesso da abordagem de ensino na vizinhança, um esforço foi feito para estudar o Livro 3 com os possíveis professores de crianças e estabelecer equipes de ensino para apoiar os professores das aulas, fazendo visitas sistemáticas aos lares das famílias participantes, o que resultou na multiplicação das reuniões devocionais. Toda essa atividade naturalmente criou laços de amizade e um senso mais forte de comunidade. Os amigos no agrupamento começaram a desenvolver

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uma orientação voltada para fora da comunidade bahá’í, procurando receptividade entre todas as pessoas com quem tiveram contato.

As atividades nos bairros provaram ser uma base firme para os esforços de ensino durante a fase de expansão do programa intensivo de crescimento, que foi lançado em dezembro 2007. Foram selecionados quatro bairros e equipes de ensino foram enviadas para fazer visitas aos lares utilizando-se da "apresentação de Ana” com pessoas que já tinham mostrado interesse na Fé, assim como com outras. As pessoas chaves das equipes foram bem treinadas na abordagem de ensino direto, tendo participado, algumas semanas antes, em um treinamento de reforço. As equipes também tinham copias impressas da “apresentação de Ana", cartões de declaração para adultos e crianças, mapas e materiais, cartões com orações, convites para reuniões devocionais e aulas de crianças, formulários para se anotar cada visita, e nomes e endereços de contatos potenciais.

As equipes foram imediatamente alocadas no campo após uma reunião de reflexão inspiradora e energizante no agrupamento. No primeiro dia as equipes visitaram 203 lares. Das 104 pessoas que abriram as portas, 70 eram receptivas às equipes. Houve quatro declarações no primeiro dia! Ao final do período de ensino intensivo, havia 34 declarações de adultos e jovens e o registro de 34 crianças e pré-jovens. Mais de um terço das pessoas declaradas eram os pais de crianças das aulas bahá'ís.

Pessoas recurso: A alocação de pessoas recurso externas para a expansão, a qual ajuda os amigos dos agrupamentos a organizar esforços de ensino direto tem tido um efeito catalítico sobre o trabalho de ensino em uma variada gama de agrupamentos. Não apenas dá um ímpeto ao crescimento, como também ajuda a construir a capacidade dos amigos locais para avançar o processo de entrada em tropas com maior confiança e vigor.

Bangladesh

O agrupamento de Dhaka teve um programa intensivo de crescimento desde o início de 2005, mas os esforços dos amigos não estavam dando resultados proporcionais com o potencial do agrupamento. O número de declarações, medida tangível importante de sucesso, era constante, porém relativamente pequeno, apesar da população ser geralmente receptiva. Uma pessoa recurso, membro do Corpo Auxiliar do Paquistão, foi convidada a ajudar com a fase de expansão do sétimo ciclo do programa de crescimento em novembro de 2007. Este instrutor experimentado trabalhou com um pequeno número de equipes de ensino e as ajudou a fazer seus planos e praticar suas apresentações. Ele pôde oferecer percepções e encorajamento para estimular os crentes locais a realizarem o ensino direto de forma mais eficaz, dando, assim, um impulso à intensidade e qualidade de seus esforços.

A primeira parte da fase de expansão foi um projeto de ensino de 10 dias que envolveu 16 instrutores e que resultou em 26 declarações -- uma grande melhoria em comparação com os ciclos anteriores do programa intensivo de crescimento, o qual, em 2006, teve uma média de quatro novos crentes por ciclo. Durante este período, os participantes aprenderam a importante lição, isto é, se eles respondessem ao chamado do ensino e perseverassem, seus esforços seriam confirmados. Também descobriram que ao alinhar seus métodos de ensino com as abordagens aprendidas nos cursos do instituto, eles alcançariam resultados muito melhores.

Baseando-se no sucesso dos primeiros dez dias, uma campanha de cinco dias foi realizada, desta vez com 31 participantes. Foram descentralizadas as atividades do segundo projeto ao nível de bairro, gerando maior entusiasmo e consequentemente mais declarações. Durante estes cinco dias,

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declararam outros 58 adultos e jovens e mais 15 crianças e pré-jovens. Essas pessoas eram de origem muçulmana e hindu. A maioria dos novos crentes eram pessoas de capacidade, especialmente estudantes universitários. Seis mães de crianças que assistiram às aulas de crianças baha'is abraçaram a Fé. Oito parentes de dois crentes, que nunca antes tentaram ensinar a outros membros da família, agora se declararam. Descobriram que o único motivo pelo qual estes parentes nunca tinham se tornado baha’is, foi porque ninguém os tinha convidado antes! República Central Africana

Os baha'is no agrupamento de Bangui começaram o nono ciclo do programa intensivo de crescimento com muita expectativa. Uma pessoa recurso do agrupamento de Lubumbashi da República Democrática do Congo viria para ajudar com a próxima fase de expansão. Embora os ciclos iniciais do programa de crescimento tivessem uma média de 17 novos crentes, nos últimos quatro ciclos só tiveram uma média de 6 declarações. O trabalho de ensino precisava de um estimulo! Havia eletricidade no ar, enquanto os amigos se preparavam para receber a visita do instrutor -- as instituições de agrupamento se reuniram, atualizaram suas estatísticas e se organizaram para uma grande participação na reunião de reflexão.

A pessoa recurso de Lubumbashi viajou durante sete dias, pegando dois voos de avião, fazendo uma viagem difícil de oito horas de motocicleta, e terminando com uma travessia de canoa para chegar em Bangui. Sem perda de tempo, ele se reuniu imediatamente com as agências do agrupamento para revisar a situação e compartilhar as experiências de seu próprio agrupamento. Juntos, planejaram um projeto de ensino para as áreas periféricas do agrupamento, selecionando os bairros e populações a serem focalizadas, consultando sobre o número de equipes a serem formadas, discutindo o orçamento e os materiais de ensino necessários e fixando as metas de declarações. Uma atenção cuidadosa foi dada ao horário diário de cada equipe e às responsabilidades dos coordenadores. Em seguida, a pessoa recurso acompanhou as equipes individuais diariamente durante a fase de expansão, consultando regularmente com os coordenadores e com as agências do agrupamento.

Durante a fase de expansão de duas semanas, 42 almas abraçaram a Fé e as declarações continuaram durante a fase de consolidação, com um total final de 72 novos crentes durante o nono ciclo. Isto era 12 vezes maior que os quatro ciclos anteriores! Afirmativas tais como "Isto nunca aconteceu antes em Bangui!” foram ouvidas, enquanto os espíritos estavam elevados. As agências do agrupamento tiveram que contar com todos os recursos disponíveis para ajudar com a consolidação de tantos novos bahá'ís. Um grande quadro foi feito listando os novos crentes com seus níveis de alfabetização e outras informações, de modo que cada um fosse inserido numa atividade apropriada ou visitado para ser integrado na comunidade bahá'í.

Três meses depois, o instrutor de Lubumbashi voltou a Bangui para o começo do décimo ciclo, a fim de assegurar que as preparações estavam bem encaminhadas. Com a experiencia do ciclo anterior, este ciclo seguinte teve uma organização muito melhor. Novamente, aproximadamente 40 pessoas entraram na Fé durante a fase de expansão. A experiência e a inspiração trazidas pela pessoa recurso mudou o trabalho de ensino para sempre. Tanzânia

Os crentes no agrupamento de Nyaruyoba, área rural da Tanzânia, lançaram um programa intensivo de crescimento em outubro de 2005. Embora muitos amigos tivessem avançado

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continuamente na sequência de cursos, o número de declarações obtidas durante os primeiros quatro ciclos foram modestas e claramente não representou o potencial do agrupamento para o crescimento. Uma pessoa recurso do agrupamento de Tiriki Ocidental no Quênia rural foi solicitado para visitar Nyaruyoba durante o seu quinto ciclo. Ele chegou três dias antes da reunião de planejamento e de reflexão do agrupamento e logo visitou algumas das comunidades.

Tendo começado a se familiarizar com a área, a pessoa recurso e as agências do agrupamento revisaram as estatísticas do agrupamento e os resultados dos ciclos anteriores. Depois de revisar estas informações e as lições apreendidas nos ciclos anteriores, eles

• identificaram os desafios e exploraram novos métodos para superar as dificuldades; • identificaram populações potencialmente receptivas; • estabeleceram metas baseadas em uma avaliação real dos recursos humanos disponíveis; • tentaram identificar as pessoas com talentos especiais, por exemplo, com habilidade artística,

que poderiam servir para ajudar com o trabalho de ensino; • escolheram os membros das novas equipes de ensino; e • identificaram as pessoas chaves dentro de cada equipe que a poderia coordenar no campo.

A própria sessão de planejamento foi uma revelação para os amigos locais. Com a ajuda da pessoa

recurso, perceberam que, apesar de ter levado 70 amigos através da sequência de cursos, muito poucos tinham se tornado os promotores ativos nos processos do Plano de Cinco Anos. Foram formadas quatro equipes de ensino, cada uma com cinco a sete membros e quatro áreas do agrupamento foram escolhidas para se focalizar a campanha de ensino intensivo.

Preparados e entusiasmados, os amigos se encontraram no primeiro dia da campanha de ensino às 6:00 da manhã para dizer a Epístola de Ahmad e receber as tarefas para cada equipe de ensino. No decorrer do dia viram a grande utilidade do álbum de ensino. O amigo do Kenya encorajou e ajudou os crentes a ensinar e também a colher informações dos coordenadores das equipes. Ao final do quarto dia, contabilizaram 57 novas declarações! A meta era de 65, a qual foi baseada no nível de recursos disponível para a consolidação dos novos crentes.

No sexto dia atingiram a meta de 65 novos crentes, assim as agências do agrupamento se encontraram urgentemente para consultar sobre os passos seguintes. Durante todos os quatro ciclos anteriores, só tiveram 60 declarações. Foi decidido parar a fase de expansão e começar imediatamente com a consolidação. Um aspecto importante foi que a maioria dos novos crentes eram pessoas de capacidade -- jovens e professores. A pessoa recurso do Quênia continua mantendo contato com as agências do agrupamento e voltará para ajudar em um novo ciclo. Resultados de Recentes Projetos de Ensino ao redor do Mundo • Azerbaidjan. O 13° ciclo do programa intensivo de crescimento no agrupamento de Baku resultou

em mais de 200 novos crentes, incluindo165 pré-jovens matriculados no programa de empoderamento espiritual. Duas características notáveis destes esforços foram a participação de pré-jovens baha'is no trabalho de ensino e o fato que muitos dos pais, mesmo não estando prontos para se declarar, desejavam que seus filhos abraçassem a Fé. Usando o material do Livro 6, as equipes de ensino apresentaram a Fé aos residentes dos prédios residenciais localizados em três bairros. Mesmo tendo uma forte oposição no bairro de maior receptividade, o que dificultou inicialmente dar início às atividades de consolidação, os amigos agiram com sabedoria e perseveraram em seus esforços para ganhar a confiança das famílias dos novos crentes, como

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também a dos líderes comunitários, através de visitas aos lares. Eles reportam agora um nível saudável de participação nos círculos de estudo, grupos de pré-jovens e nas reuniões devocionais.

• Bolívia. Uma pessoa recurso da Colômbia foi enviada ao agrupamento de Cochabamba para ajudar com o projeto "Revivificando o Espírito de Ensino”. O projeto foi planejado a nível nacional com a finalidade de treinar os crentes e as agências dos agrupamentos em todo o país sobre como implementar uma campanha de ensino direto. A meta de 35 declarações foi ultrapassado com a entrada de 52 novos crentes.

• Costa do Marfim. A fase de expansão do primeiro programa intensivo de crescimento em Costa do Marfim, lançado no agrupamento de Danané em 24 de dezembro de 2007, foi encerrada após apenas três dias de ensino concentrado, quando 76 novos crentes se declararam! A abordagem empregada pelos 35 amigos que participaram no projeto de ensino direto focalizou na utilização de um álbum baseado na "Apresentação de Ana”. A fase de consolidação começou imediatamente com 53 novos crentes matriculados em círculos de estudo do Livro 1; 24 aulas formadas para 161 crianças, 65 pré-jovens ingressando num já vibrante programa de empoderamento espiritual, e 98 participantes nas reuniões devocionais. O trabalho de ensino também continuou com 11 reuniões “firesides” para 70 buscadores.

• República Dominicana. As pessoas recurso que participaram na altamente exitosa campanha de ensino direto no agrupamento de Santo Domingo não só ajudaram as equipes de ensino durante o projeto, como também continuaram a se reunir com as equipes e coordenadores de agrupamento depois da fase de expansão, para guiar seu planejamento para a rápida consolidação dos novos crentes . Eles também acompanharam algumas das equipes durante as primeiras visitas de aprofundamento aos 100 novos crentes! Ao final da primeira semana da fase de consolidação, tiveram 11 declarações adicionais.

• França. A França viu um aumento impressionante nas declarações durante os últimos meses. Considerando que durante os primeiros seis meses, entre abril e outubro de 2007, 37 novos crentes nacionalmente abraçaram a fé. Estatísticas recentes indicam que desde novembro de 2007 houve 50 novas declarações. Destas, 46 eram nos agrupamentos prioritários e entre estas, 16 resultaram de atividades do programa intensivo de crescimento do agrupamento de Créteil. Os novos crentes deste agrupamento começaram ensinar com muito vigor, usando um método direto e convidando seus amigos a se declararem.

• Tailândia. Duas pessoas recurso de Camboja ajudaram os amigos do agrupamento de Yasothon para revitalizar o programa intensivo de crescimento através de ensino direto usando a apresentação do Livro 6 com a ajuda de um álbum de ensino. Estas pessoas recurso acompanharam as crentes locais para ensinar seus amigos e vizinhos, e os buscadores que participam nas atividades centrais, um esforço que resultou em 28 declarações! O aprendizado desta experiência inovadora para a Fé na Tailândia foi transferida rapidamente a outros agrupamentos pelo membro do Corpo Auxiliar, resultando em 7 declarações no agrupamento de Bangkok e 6 no de Chiangmai, os quais como Yasothon não tinham visto crescimento durante muitos meses.

• Estados Unidos. No agrupamento de Colorado Springs no estado do Colorado, as agências dk agrupamento planejaram cuidadosamente o Projeto de Ensino Varqá, que lançava a fase de expansão do primeiro ciclo do programa intensivo de crescimento. Dedicado à memória da Mão da

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Causa de Deus Dr. 'Alí-Muhammad Varqá, o projeto de ensino direto foi focalizado no bairro ao redor do Centro Bahá'í local. Se os amigos não se sentissem prontos para se unir às equipes de ensino, eles eram envolvidos em numerosas tarefas de apoio; alguns crentes de idade avançada vieram diariamente ao Centro só para rezar para o sucesso do projeto. No final, quase todos se entusiasmaram com o trabalho de ensino. No quarto dia já haviam tantos buscadores que decidiram focalizar apenas no acompanhamento. Durante a fase de expansão de nove dias, 10 almas abraçaram a Fé!

• Ilhas Virgens. Com a assistência de uma pessoa recurso da República Dominicana, os amigos do agrupamento de St. John/St. Thomas levaram a cabo com grande êxito uma campanha de ensino direto de quatro dias, resultando na declaração de três adultos, dois pré-jovens e uma criança. Isto ultrapassou o nível de declarações dos 18 meses anteriores. A campanha também instilou um senso de compromisso mais profunda para com a Fé de parte de um grupo de pré-jovens da comunidade mais ampla, que já estava participando em atividades de pré-jovens bahá'ís.

______________________________________________________ Preparado sob os auspícios do Centro Internacional de Ensino para a Instituição dos Conselheiros. Extratos dos relatórios citados podem ser editados para melhor correção gramatical, clareza ou extensão do texto. Sua reprodução, total ou parcial, pode ser distribuída dentro da comunidade bahá’í sem permissão prévia do Centro Internacional de Ensino.

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Tradução

REFLEXÕES SOBRE O CRESCIMENTO –Número 20 – Maio

2008

Estabelecendo Centros de Aprendizagem para o Levantamento de Pessoas Recurso

Recrutar a ajuda de pessoas recurso para as fases de expansão e consolidação tem provado ser uma estratégia efetiva para dar impulso no trabalho de ensino em um grande número de agrupamentos. O sucesso desta estratégia tem sido confirmado por uma crescente onda de declarações nos agrupamentos onde as pessoas recurso têm sido utilizadas. O fato de que instrutores bahá’ís de outras áreas possam ter um impacto catalisador e galvanizador nos esforços de ensino dos amigos locais, não é uma novidade. Todos nós estamos familiarizados com a declaração de Bahá’u’lláh de que “o próprio movimento de lugar em lugar, quando empreendido por amor a Deus, tem sempre exercido... sua influência.” E nós provavelmente experimentamos pessoalmente a verdade desta afirmação. Recentemente, no entanto, começamos a aprender como formar e alocar instrutores bahá’ís capazes de atuar “além das fronteiras” de forma a intensificar significativamente o ciclo de atividade de ensino nos agrupamentos e criar dinâmicas para ampliar o crescimento sustentável. Tendo reconhecido o potencial desta estratégia, a pergunta é como podemos rapidamente levantar um número crescente de pessoas recurso em todos os continentes e assegurar um progresso acelerado em direção ao cumprimento da meta mundial de atingir 1.500 programas intensivos de crescimento. A forma de implementação que tem provado ser bem sucedida é levar potenciais pessoas recurso - indivíduos totalmente engajados no marco do Plano de Cinco Anos, que possuem as habilidades e qualidades necessárias para empoderar outros no trabalho de expansão e consolidação – para um agrupamento avançado durante sua fase de expansão e orientá-los para este papel especializado. Esses agrupamentos se tornaram centros valiosos para que pessoas recurso aprendam como podem atuar quando visitam um agrupamento para ajudá-lo na implementação de um projeto de ensino direto e na subseqüente consolidação. Através de um treinamento que combina um estudo de guias relevantes com as práticas correspondentes no agrupamento anfitrião, os participantes adquirem uma compreensão da relação entre aprendizagem e ação. Esses centros de aprendizagem estão emergindo em números crescentes em todos os cinco continentes, desde Los Angeles a Lubumbashi. Essa edição do boletim destaca a experiência de uns poucos agrupamentos chaves onde o aprendizado gerado está sendo irradiado para mais e mais agrupamentos e está envolvendo uma crescente equipe de pessoas recurso prontas para abanar a centelha do ensino e torná-la uma labareda de crescimento em larga escala.

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Colômbia Um dos primeiros agrupamentos escolhidos para servir como centro de aprendizagem foi, também, o berço do Instituto Ruhi, o agrupamento Norte del Cauca. Indivíduos de outros

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Reflexões sobre Crescimento – Número 20, Maio de 2008 Pág. 2

agrupamentos da Colômbia e da América Central foram selecionados para passar um tempo neste agrupamento modelo, não somente para observar suas atividades, mas, também, participar ativamente delas. Uma vez treinados na Colômbia, estes instrutores foram então enviados a outros agrupamentos para ajudá-los com o trabalho da fase de expansão. Havia uma expectativa de que a maioria dos que participaram do treinamento permaneceria por três semanas – duas semanas devotadas à reunião de reflexão, planejamento e à fase de expansão, e a primeira semana da fase de consolidação. Os workshops para os participantes, combinaram aprofundamento nas citações das Escrituras e guias do Centro Mundial Bahá’í com a revisão da situação atual do Plano de 5 Anos. Aqueles que vinham de fora do agrupamento anfitrião, também compartilharam o que estava acontecendo em suas próprias áreas, tanto as conquistas como os desafios. Eles foram ensinados a avaliar as forças de um agrupamento ao empreender uma análise através dos dados do Norte del Cauca. Foi-lhes oferecido, também, tanto a orientação como a prática nos métodos de ensino direto promovidos no livro 6 do Instituto Ruhi. Os participantes visitaram as atividades do Instituto, acompanhados por um coordenador do Instituto e participaram de reuniões com as agências do agrupamento e da reunião de reflexão do agrupamento. Eles foram engajados ativamente na fase de expansão e foram envolvidos no planejamento e implementação dos trabalhos na fase de consolidação. Os resultados positivos do seminário de treinamento na Colômbia foram imediatos. Por exemplo, um dos participantes da Costa Rica foi enviado para o agrupamento Aguascalientes no México. O apoio dele aos amigos resultou em 38 declarações. Essa mesma pessoa recurso depois apoiou o plano piloto do projeto de ensino no agrupamento Greater Metropolitan , na Costa Rica, o que trouxe 10 novos crentes em 5 dias. Um Conselheiro observou que os dois primeiros crentes a retornarem à sua área após o treinamento na Colômbia tinham adquirido “um ‘modo’ de servir totalmente novo e ritmo de atividade”. As lições aprendidas no Norte del Cauca foram também transferidas para outras áreas por pessoas recurso da Colômbia que foram enviadas para apoiar outros países. Por exemplo, um membro do Corpo Auxiliar da Colômbia energizou os amigos do Peru e do Equador. Um outro serviu como pessoa recurso na Bolívia. Ele treinou membros das agências do agrupamento e outros indivíduos chave de todas as partes do país durante a fase de expansão no agrupamento Cochabamba. Após o treinamento e a experiência de primeira mão em Norte del Cauca, as pessoas recurso geraram uma onda de 1.000 novos crentes nos diversos agrupamentos da região. República Democrática do Congo Uma estratégia parecida foi seguida na África com resultados similarmente impressionantes. O agrupamento Lubumbashi foi escolhido para ser um centro de aprendizagem para a região central do continente, pois já era um agrupamento forte e teve recentemente uma aceleração no ensino, crescendo de uma média de 42 novos crentes no 9º ciclo para 63 no 10º ciclo. O primeiro período de 3 semanas de treinamento aconteceu em novembro, durante o décimo primeiro ciclo de Lubumbashi. Era um projeto piloto que reunia 27 participantes de 18 agrupamentos diferentes de nove províncias da República Democrática do Congo. A atmosfera espiritual da grande e vibrante reunião de reflexão na qual os amigos convidados participaram foi realçada pelas apresentações de 4 corais de diferentes partes do agrupamento e a recitação de poemas e citações por talentosos pré-jovens. A meta de ensino foi então elevada de 100 para 150 e a meta financeira para US$ 2.650,00. Ambas foram ultrapassadas. Um dos relatos diz, “Os amigos estavam fora de si com entusiasmo e animação”.

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Como mais de 160 novos crentes entraram na Fé na primeira semana, a fase de expansão foi concluída antecipadamente. A consolidação foi sistemática e prontamente realizada. Foi feita uma lista daqueles que deveriam continuar a ser visitados, bem como uma dos novos crentes e os tipos de atividades que agora lhes deveriam ser oferecidas. Uma grande reunião foi convocada para que cada amigo presente pudesse se oferecer como voluntário para uma ou duas atividades centrais para ajudar na integração de um grande número de novos crentes. Cinco novas aulas de crianças foram estabelecidas, bem como um novo grupo de pré-jovens. Foram planejadas 190 visitas aos lares dos novos crentes e amigos da Fé, e cinco novos círculos de estudos foram iniciados. Devido aos contatos feitos durante a fase de consolidação, o número de novos crentes subiu para 211. Os participantes dos outros agrupamentos no centro de aprendizagem em Lubumbashi ficaram profundamente impressionados com o que testemunharam, especialmente o planejamento sistemático feito pelas agências do agrupamento, a eficácia da “apresentação de Ana” e, acima de tudo, o espírito que permeou o agrupamento Lubumbashi. Um deles comentou que “todos os instrutores estavam animados por um espírito de serviço e humildade, abençoados pela ajuda divina, tendo tudo isso criado um ambiente indescritível nesta fase”. Quando os amigos retornaram para os seus próprios agrupamentos, o aprendizado do décimo primeiro ciclo do agrupamento de Lubumbashi rapidamente foi disseminado em outras partes do país. Por exemplo, no agrupamento Nur (Kinshasa) houve 37 declarações durante a primeira semana de sua próxima campanha de ensino, enquanto que nos ciclos anteriores tinham uma média de 10. Um agrupamento que recém havia alcançado a meta de lançar um programa intensivo de crescimento, Badi, teve 15 declarações em menos de três dias. O agrupamento Kamal registrou 23 declarações em dois dias. Mais recentemente, o agrupamento Bandundu relatou 15 declarações, e o agrupamento Salman 34. Um dos Conselheiros que serve na República Democrática do Congo escreveu após ter recebido muitos telefonemas relatando vitórias, “Estes dias, eu sempre vou dormir muito feliz.” Baseados em sua experiência como um centro de aprendizagem durante o décimo-primeiro ciclo, os amigos em Lubumbashi realizaram um segundo treinamento durante o décimo segundo ciclo em fevereiro de 2008, desta vez estiveram presentes 17 participantes de Ruanda, Burundi, e novamente diferentes partes do Congo. Nos primeiros 5 dias da fase de expansão, 143 almas em um bairro abraçaram a Fé. Apesar dos crentes tentarem refrear as atividades de ensino, outros continuaram a declarar sua fé, de forma que o número de novas declarações subiu para 252. Os 17 participantes vindos de fora foram imediatamente colocados para trabalhar e ajudar nos esforços hercúleos necessários para planejar e implementar a consolidação de mais de 500 amigos que adentraram a Fé nos meses recentes. Em adição às atividades de consolidação mencionadas anteriormente, cerca de mais 50 pré-jovens foram colocados em grupos pré-juvenis e 150 novas crianças em aulas de crianças. Claramente, os amigos que participaram do treinamento no centro de aprendizagem de Lubumbashi tomaram parte de uma experiência intensa e vibrante, não só nas atividades de expansão e consolidação, mas também no planejamento cuidadoso e na estreita colaboração com as agências e instituições do agrupamento, necessários para o sucesso. Quirguistão Seguindo a experiência e sucesso do treinamento para pessoas recurso em Almaty, Kazaquistão, em novembro de 2007, um seminário similar para potenciais pessoas recurso da Rússia, Ásia central, Cáucaso, e Europa foi realizado em Bishkek, Quirguistão, em fevereiro de 2008. Mais de 120 crentes de 10 países participaram no seminário. Ao final do programa, as recém-

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treinadas pessoas recurso foram alocadas não somente na Ásia Central, mas também na Lituânia, Moldova, Ucrânia e Rússia Européia. A cada dia os participantes estudavam as guias recentes do Centro Mundial sobre o processo de crescimento e compartilhavam sucessos e desafios de suas experiências de ensino em seus próprios agrupamentos. Neste contexto, eles particularmente se beneficiaram do aprendizado adquirido por aqueles amigos que já haviam servido como pessoas recurso – aprendizado que englobava os detalhes práticos e o planejamento envolvidos na orquestração de um período intensivo de expansão e da resultante fase de consolidação. Durante o seminário os participantes também dedicaram tempo preparando as linhas gerais das campanhas de ensino e, em particular, dos esforços de consolidação que deveriam se seguir – um exercício que focalizou seus pensamentos e os preparou para consultar e se basear em suas experiências prévias de campo. Uma característica do programa que provou ser extremamente útil em intensificar a capacidade dos participantes para ensinar e acompanhar aos demais neste sagrado ato, foi uma análise detalhada do conteúdo e estrutura da “apresentação de Ana”. Indo muito além da memorização, os amigos foram capazes de identificar os conceitos e princípios envolvidos em oferecer esta clara e convincente apresentação da Fé e refletir sobre as poderosas dinâmicas espirituais envolvidas ao se convidar uma alma à abraçar a Causa de Deus. Trinta dos participantes do seminário permaneceram em Bishkek por alguns dias extras para ajudar a comunidade com a campanha de ensino que seria lançada imediatamente após o seminário, e 10 ficaram durante toda a semana da fase de expansão. A atividade de ensino aconteceu na vizinhança onde o treinamento havia ocorrido e onde a sede do projeto de ensino estava localizada. Nos dois primeiros dias, a meta de registrar 50 crentes adultos foi atingida e os próximos cinco dias foram dedicados à consolidação. Sem demora, 21 novos crentes e buscadores foram integrados nos círculos de estudo. O bairro no qual o ensino foi tão bem sucedido, nunca tinha sido considerado como uma área particularmente receptiva. Mais de 90 pessoas já expressarem interesse em participar de cursos do instituto. Estados Unidos Quando um instrutor ensina a Causa freqüentemente aprende mais do que aquele que foi ensinado. Isto também é verdade no que se refere às comunidades que servem como centros para a disseminação do aprendizado; os amigos de lá são tão beneficiados quanto, se não mais do que aqueles que vêm aprender deles. Isto já foi comprovado nos centros de aprendizagem dos Estados Unidos, dos quais até aqui há quatro: Dallas, Texas; East Valley, Arizona; Los Angeles, Califórnia; e Metro Atlanta, Geórgia. O processo de treinamento e utilização de pessoas recurso para conduzir campanhas de ensino direto resultaram em um novo espírito de ensino e um avanço significativo no crescimento do país. As repercussões destas conquistas estão agitando os Estados Unidos e além, e as lições aprendidas já estão sendo aplicadas em agrupamento após agrupamento. O seminário, “Renovando o Espírito do Ensino”, recém-realizado no agrupamento de Dallas, demonstra os benefícios da colaboração internacional no estabelecimento de centros de aprendizagem e levantamento de pessoas recurso para expansão e consolidação. Este esforço nos Estados Unidos recebeu um grande impulso em março último quando dois Conselheiros da América Latina e uma pessoa recurso da Colômbia, junto com um Conselheiro americano, conduziram uma capacitação de 4 dias para 25 participantes, que incluiu 17 membros do Corpo Auxiliar bem como membros das instituições e agências de outras partes do país. Três agrupamentos na área de Dallas foram “anfitriões” para as atividades de ensino: Dallas City, Dallas Northeast e Tarrant County.

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A Assembléia Espiritual Local de Dallas generosamente ofereceu sua Sede Bahá’í como centro de operações e proveu todas as refeições para os participantes. O objetivo principal do seminário era renovar o espírito do ensino nos agrupamentos servidos pelos participantes e trazer uma compreensão mais profunda dos fatores envolvidos no planejamento e implementação de um projeto de ensino coletivo. O programa incluiu o estudo de textos sobre ensino, uma análise dos perfis de crescimento dos agrupamentos meta, consulta sobre como planejar sistematicamente e conduzir projetos coletivos de ensino, prática da “apresentação de Ana” e o planejamento de um projeto de ensino. Todas as sessões eram práticas e interativas e ajudaram a preparar os participantes para dois dias de ensino direto e intensivo, depois dos quais uma sessão de revisão final foi realizada. O projeto de ensino incluiu visitas para buscadores conhecidos, mas, principalmente, foi focalizado em atingir novos vizinhos. Em dois dias o projeto registrou 58 declarações nos três agrupamentos de Dallas: 35 adultos e 23 pré-jovens e crianças. É previsto que 19 outros agrupamentos serão diretamente afetados pelo treinamento, pois cada participante partiu com um plano de ação para implementar um projeto de ensino coletivo em um determinado agrupamento, por duas semanas, em algum momento entre medos de abril e meados de maio. Gradualmente alguns destes crentes se tornarão pessoas recurso experientes por esforço próprio e serão capazes de reaplicar este programa de treinamento em suas próprias áreas. A retroinformação vinda dos participantes foi uniformemente positiva. Um amigo agradeceu aos organizadores pela “experiência de mudança de vida”, e outro participante expressou seu sentimento de que “conforme ensinamos indivíduos, entram famílias. Os bairros mudam e o nosso trabalho conjunto como colaboradores, durará por toda a eternidade.” Resultados dos Esforços Recentes de Expansão e Consolidação através do Globo

Sarawak. A visita de pessoas recurso da Indonésia e Malásia Oeste trouxeram um impacto profundo no trabalho de ensino desta comunidade do sudeste da Ásia. Em adição, os crentes locais também foram alocados como pessoas recurso em áreas selecionadas. Num curto período de tempo, agrupamentos em Sarawak começaram a experimentar uma expansão acelerada – mais de 120 declarações em cerca de um mês; isto comparado a 29 declarações durante a inteira primeira metade do ano passado. Com números crescentes de ativos crentes treinados e conduzindo às atividades centrais, a comunidade está agora em seu caminho para sistematicamente atingir a expectativa de 500 novos crentes entre sua reunião institucional de dezembro de 2007 e Ridván de 2008.

Andaman e Ilhas Nicobar. Durante o primeiro ciclo do programa intensivo de crescimento

no agrupamento Port Blair, 35 crentes foram divididos em 7 equipes de ensino depois de revisarem o livro 6. Nos três primeiros dias da fase de expansão, eles alcançaram 10 declarações e começaram a implementar seus planos para envolver estes novos amigos no processo do instituto. Durante o ano anterior houve apenas 12 declarações em todo o território.

Austrália. No agrupamento Central e Sudeste de Sydnei, os crentes visitaram lares em uma

área receptiva para convidar as pessoas interessadas para noites de informação que incluíam uma reunião devocional realizada em uma sala alugada naquele mesmo bairro. No final do programa, os participantes foram divididos em pequenos grupos e acompanhados por instrutores bahá’ís que individualmente facilitavam discussões mais íntimas sobre a Fé. Os instrutores apresentavam uma série de temas do livro 6, usando um flip chart, respondiam perguntas, ou então envolviam os buscadores em uma conversação espiritual. Esta abordagem mais direta criou um maior avanço no trabalho de ensino para aquele

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agrupamento. Em duas semanas, houve 8 declarações. Em Brisbane, os esforços de ensino de 90 amigos atrairam cerca de 80 buscadores a um total de 15 firesides musicais durante a recente fase de expansão. O uso das artes no oferecimento da “apresentação de Ana” nos firesides provou ser altamente eficaz como evidenciado pela declaração sem precedentes de 16 pessoas em duas semanas e 40 buscadores e novos crentes se inscrevendo para estudar o livro 1.

Camboja. Este país está bem em direção de lançar um programa intensivo de crescimento

em todos os seus agrupamentos. Pessoas recurso de agrupamentos avançados estão sendo sistematicamente recrutados, treinados e enviados para agrupamentos menos avançados onde são auxiliados pela visita de equipes de ensino dos agrupamentos “A”, para estabelecer um grupo central de novos crentes e buscadores em sua nova comunidade. Estes indivíduos são então acompanhados por pioneiros de frente interna e equipes de instrutores viajantes para levar a cabo as práticas dos cursos do instituto, estabelecendo, então, as atividades centrais sobre uma base firme nos agrupamentos menos desenvolvidos. Esta abordagem está efetivamente movendo avante os agrupamentos menos avançados num forte ritmo.

Croácia. Um mini-projeto de ensino de três dias foi realizado em Zagreb, um agrupamento

“B” com 67 novos crentes. As atividades durante o final de semana incluíram 11 visitas aos lares e o compartilhar de orações, temas de aprofundamento e da “apresentação de Ana” com buscadores. Este esforço resultou em 4 declarações em três dias e a atração de diversas pessoas à Fé, enquanto que nos últimos dois anos a comunidade só havia tido duas declarações.

Trinidade e Tobago. Os amigos do agrupamento North East começaram a se reunir para

estudar a “apresentação de Ana” e então sair para ensinar. Esta abordagem resultou, recentemente, em 26 novos crentes, incluindo 8 crianças e pré-jovens. Destes, a maioria foi rapidamente integrada nas atividades centrais, especialmente as crianças e jovens. Estes avanços têm “gerado um renovado entusiasmo dentro do agrupamento.”

________________________________________________________ Preparado sob os auspícios do Centro Internaional de Ensino para a Instituição dos Conselheiros. Extratos dos relatórios citados podem ser editados para melhor correção gramatical, clareza ou extensão do texto. Sua reprodução, total ou parcial, pode ser distribuída dentro da comunidade bahá’í sem permissão prévia do Centro Internacional de Ensino.

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Tradução

REFLEXÕES SOBRE O CRESCIMENTO – Número 21 – Agosto

2008 !

Buscando o Equilíbrio: Aprendendo sobre Consolidação Efetiva

Na mensagem do Ridván de 2008, a Casa Universal de Justiça confirmou que no ano passado “o avanço alcançado no processo de entrada em tropas foi realmente significativo”. As atividades de ensino direto que conduziram a este impulso no crescimento têm sido o foco das últimas três edições deste noticioso. Embora seja tão excitante esta onda de novos ingressos, não é possível nem aconselhável manter uma longa expansão sem considerar os pré-requistos da consolidação; dois processos que estão, claramente, intrinsecamente relacionados.

A Casa Universal de Justiça declarou na mensagem do Ridván de 2007 que “levar avante o

trabalho de expansão e consolidação lado a lado” é “a chave para o crescimento sustentável”. O que essa declaração sugere em termos práticos? Claramente, “lado a lado”, implica que estas duas áreas vitais de atividades devem ser trabalhadas desde o inicio do projeto de ensino, em vez de considerar a consolidação somente para depois que a fase de expansão tiver sido realizada. Isto significa começar com um plano para o ciclo de atividades, que leve em consideração os recursos humanos disponíveis e identifique os amigos que estão prontos para “realizar atos de serviço que sustentariam a expansão e consolidação em larga escala”, o que em determinados contextos podem levar a um aumento de 10 a 20 novos crentes e, em outros, a um influxo de 200.

“Lado a lado” também sugere que expansão e consolidação se reforçam mutuamente: a

efetividade no ensino contribui para o trabalho de consolidação e, através das atividades de consolidação, o trabalho de ensino é sustentado. É compreensível que os crentes sintam-se entusiasmados quando suas campanhas de ensino resultam em novos declarados, mas é ainda mais gratificante quando estes novos crentes tornam-se instrutores ativos e servos da Causa. Como o Guardião explicou em uma carta escrita em seu nome:

Não é suficiente que nossos números devam aumentar; queremos pessoas cuja fé se

mantenha firme como uma rocha e que nenhuma aflição as possa abalar. Queremos pessoas que irá, por sua vez, se levantar e levar a Mensagem a outras pessoas e guiar outras almas. No coração da consolidação efetiva está o processo de instituto. Um número significativo dos

novos declarantes necessita avançar pela sequência de cursos de modo que um número suficiente de crentes seja treinado para levar a cabo os atos de serviço que estão associados com cada curso e que são necessários para construir uma vida comunitária vibrante. Junto com o programa do instituto de capacitação, aprendizagem está sendo ganha sobre como reuniões devocionais, visitas aos lares e outras abordagens ajudam a confirmar a fé dos novos crentes de modo que “se mantenham firmes como uma rocha.” Enfim, este processo depende da conexão cada vez mais profunda deles com Bahá’u’lláh e Sua Revelação e, ao assim o fazer, compreendam o propósito de Deus para a humanidade neste estágio da história.

Esta edição do noticioso explora os desafios enfrentados e as realizações bem sucedidas no

trabalho de consolidação em vários agrupamentos. Os temas principais incluem planejamento, acompanhamento, o processo de instituto e visitas aos lares para aprofundamento.

* * * * *

Planejando Antecipadamente: Para alcançar uma relação contínua entre expansão e

consolidação, os amigos estão se esforçando para elaborar seus planos para a fase de expansão com a devida consideração para com os recursos humanos prontos para implementar atividades

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de consolidação. A aprendizagem dos exemplos abaixo confirma que embora cada fase tenha seu foco, os processos de expansão e consolidação “precisam avançar simultâneamente.”

Burkina Faso

As agências do agrupamento em Zecco, que ainda se encontram nos estágios iniciais de aprendizagem sobre o que será necessário para estabelecer um progama intensivo de crescimento, analisaram cuidadosamente quantas reuniões devocionais, aulas de crianças e grupos de pré-jovens poderiam ser iniciadas com os recursos humanos disponíveis, antes de estabelecer suas metas de ensino. A campanha de ensino seguinte não foi apenas bem-sucedida em atrair muitas novas almas para a Causa de Deus – só no primeiro dia testemunharam 25 declarações e o registro de 62 crianças – mas, também, resultou no estabelecimento de atividades centrais suficientes para assegurar que o crescimento fosse sustentável. Antes do lançamento da campanha de ensino, os amigos se prepararam para imediatamente oferecer visitas aos lares para os novos crentes e aulas de crianças e grupos de pré-jovens para os mais jovens, as quais foram organizadas sem demora. Este planejamento avançado, o que incluiu um curso de recaptulação do livro 3 do Instituto Ruhi, assegurou que, ao final do segundo dia da fase de expansão, quatro novas aulas de crianças fossem abertas para 30 filhos dos novos crentes. Uzbequistão Após vários ciclos de crescimento, os amigos no agrupamento Tashkent aprenderam a começar o trabalho de consolidação imediatamente, começando o Livro 1 com novos crentes e buscadores durante a fase de expansão. O relato a seguir reflete não apenas o valor do planejamento bem elaborado, mas um foco no ensino efetivo e no acompanhamento sistemático:

O coordenador de instituto, com a ajuda do membro do Corpo Auxiliar, organizou para que facilitadores estivessem disponíveis no quartel general do projeto para facilitar o Livro 1 quando necessário. Normalmente um curso intensivo do Livro 1 era oferecido na oitava, nona e décima noite da fase de expansão. Ao implementar os componentes práticos, os novos participantes seriam acompanhados por seus facilitadores para realizar reuniões devocionais com seus amigos e familiares, uma atividade que conduz a mais declarações. Foi interessante, mas não surpreendente, observar que a prontidão dos novos crentes em participar dos cursos Ruhi e ativamente engajar-se no ensino, estava diretamente relacionada com a qualidade do trabalho de ensino. Durante o projeto, quando a dinâmica espiritual do trabalho de ensino estava acontecendo, através da cuidadosa execução da guia provida no Livro 6 e ao se esforçar para alcançar coerência entre nossas condições exteriores e interiores, nós iríamos testemunhar não apenas um aumento das declarações, mas, também, um sucesso imediato nos esforços para consolidar os novos crentes. O Livro 1 começaria imediatamente e os novos crentes nos levariam a outras almas e os facilitadores se sentiriam mais capazes de acompanhar outras pessoas. É claro que de importância vital era o conteúdo da Mensagem dada. Os amigos iriam compartilhar “a apresentação de Ana” com uma compreensão melhor da sequência de conceitos e do convite para juntar-se à comunidade bahá´í e participar da construção de uma nova civilização, o que se tornaria uma mensagem empoderadora tanto para o instrutor quanto para o buscador. O novo declarado veria o Livro 1 como um segmento natural de tal compromisso e participaria ativamente a fim de explorar as condições necessárias e aprender os atos de serviço que ajudariam a transformar o próprio indivíduo e sua participação na transformação da sociedade. Os crentes comentaram: “quão coerente é ‘a apresentação de Ana’ com o Livro 1 e com os demais cursos do instituto Ruhí!” Após este tipo de ensino, os círculos de estudo também ficaram diferentes. Um dos facilitadores comentou: “nunca tive um grupo de jovens tão motivados.” Outro facilitador mencionou: “foi muito fácil e natural falar desde o começo sobre o ensino com os participantes. Toda

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discussão girava em torno do ensino da Fé. Sempre consultávamos sobre como fazer isto de uma maneira melhor. E os participantes estavam ansiosos para completar todos os livros o mais rápido possível, desenvolver suas capacidades para o serviço, e cumprir com sua missão especial na vida. Havia desafios quando alguns participantes diziam que se sentiam inadequeados para ensinsar a Fé da maneira que foram ensinados. Éramos lembrados do exemplo do Livro 6 de que mesmo pequenas velas iluminam e aquecem.” Ao final do ciclo este grupo de sete jovens havia completado o Livro 4. Eles participaram do projeto de ensino seguinte e foi uma das mais ativas e entusiásticas equipes de ensino.

Acompanhamento Sistemático: Ao acompanhar os novos crentes ou buscadores após um projeto de ensino, uma abordagem personalizada e calorosa é sempre o que há de mais efetivo para guiar estas almas em sua recém-encontrada jornada espiritual e conduzi-las gradualmente para os círculos de estudo e outras atividades centrais. França Durante a fase de expansão, indivíduos bahá´is são designados para acompanhar cada novo crente, bem como aqueles buscadores que estão próximos da Fé. O “respectivo”, como a função indica em francês, nutre o novo crente ao interagir com ele regularmente, construindo laços de amizade, realizando visitas aos lares e outras atividades de aprofundamento, e engajando-os no processo de instituto. Esta abordagem, a qual requer perseverança durante os estágios iniciais do trabalho com declarados e buscadores, tem resultado em 73 por cento dos 104 novos crentes declarados entre novembro de 2007 a junho de 2008, participando nos cursos de instituto. A experiência pessoal de um novo crente no agrupamento de Créteil atesta a efetividade do trabalho de consolidação:

Meu primeiro contato durou mais de três horas e até agora tem sido o dia mais importante da minha vida. Durante aquelas três horas [da “apresentação de Ana”], eu compreendi conceitos tais como o Convênio Eterno, uma Causa universal, uma Fé comum, e a vida e o sofrimento de Bahá´u´lláh; graças a isso fui capaz de volver meu coração ao Sol da Verdade e reconhecer Sua Manifestação, Bahá´u´lláh. Nesta primeira sessão eu também tomei conhecimento sobre um livro que era o primeiro da sequência de cursos do instituto. Enquanto estudava o Livro 1, também fui convidado a participar de um acampamento de pré-jovens que estava acontecendo simultaneamente. Tornou-se difícil para eu viver como antes. Eu havia descoberto que a oração é de importância primária, porque nutre nossa alma e através dela demonstramos nossa condição de servitude a Deus. Senti o quanto através da recitação da oração obrigatória curta todo dia, estava atraindo as bênçãos de Deus. Quando completei o Livro 1 eu queria terminar os outros livros e avançar o mais rápido possível para o Livro 5 para ser capaz de ajudar a estabelecer um grupo de pré-jovens, já que eu tinha visto e sentido tanto sobre a transformação que estes jovens estavam experimentando. A comunidade bahá´í e os crentes em meu agrupamento são unidos. De fato, essa comunidade me acolheu como um deles, como se já nos conhecêssemos há muito tempo, o que aumentou em muito meu desejo de trabalhar no Plano Maior de Deus.

Os crentes no agrupamento descobriram que aqueles novos na Fé não apenas respondem

bem à consolidação sistemática, mas também, apreciam receber visitas regulares de aprofundamento e desejam que estas ocorram com maior freqüência – até mesmo diariamente. Este desejo de aprender entre os novos crentes demonstra que o amor à Fé e engajamento no processo do Plano de Cinco Anos pode transcender a falta de tempo e outras limitações que nós às vezes assumimos que existam.

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Acompanhando os Novos Crentes no Processo de Instituto: trazer os novos crentes para o processo de instituto obviamente maximiza e sistematiza os esforços de aprofundamento e de consolidação dos crentes no agrupamento. Isto é alcançado mais facilmente quando instrutores bahá´is auxiliam os novos crentes e buscadores a compreenderem que, como bahá´is, estão embarcando em um caminho de transformação espiritual e em uma vida de serviço. Canadá Esforços de ensino direto no agrupamento de Toronto têm resultado em sucessos significativos durante os últimos meses, indo de uma média de 20 novos declarados por ano para 43 em menos de nove meses. Enquanto que alguns destes foram resultados da nutrição de amigos, familiares e colegas de trabalho, a maioria (trinta e dois) foi resultado de iniciativa de ensino direto coletivo nos bairros. Os membros das equipes de ensino residem em três dos quatro bairros. Um relatório que analisa a experiência deles na expansão e consolidação destaca algumas áreas importantes de aprendizagem.

Enquanto que um crescente número de amigos aumentou sua habilidade e confiança para ensinar e para ajudar uma alma a reconhecer Bahá´u´lláh, isto ficou mais evidente no aprofundamento e consolidação. Reconhecemos que a qualidade do primeiro encontro de ensino e da abordagem para compartilhar a mensagem tem um impacto importante em nossa habilidade para consolidar. Observamos que alguns dos novos declarados frequentemente não participavam das atividades centrais, ainda que respondessem positivamente aos convites. Quando perguntados por que não participavam, seus motivos geralmente não eram consistentes. Eles haviam saído com seus amigos ou estavam participando de suas atividades costumeiras. Os instrutores reconheceram, então, em retrospectiva, que o encontro inicial de ensino não havia sido capaz de elevar suficientemente a consciência do novo crente. Em seu trabalho de ensino os amigos começam agora a tentar perceber quando os buscadores reconhecem ou não que receberam uma profunda verdade, algo que irá impactar o seu dia-a-dia. Além da experiência inicial de ensino, a importância de não apenas convidar, mas sim de ajudar aqueles que abraçaram a Causa a iniciarem o Livro 1, tornou-se mais evidente e é agora central em todas as iniciativas de ensino/consolidação. Revendo os resultados dos esforços de ensino ao longo dos últimos nove meses, torna-se claro que a totalidade daqueles que entram no Livro 1 permanecem envolvidos na Fé e muitos destes têm se levantado para servir. Aqueles que não entram no Livro 1, que frequentemente apenas recebem uma apresentação introdutória, em geral se afastam. Refletindo um pouco mais sobre isso, um elemento importante abordado na primeira unidade do Livro 1 é o de que os novos crentes precisam desenvolver o hábito de ler as Escrituras regularmente e com certo grau de reflexão e meditação, e a consciência de que devam buscar compreender como a Palavra de Deus impacta e altera seu dia-a-dia. Independente do fato de se o novo crente começa o Livro 1, é importante que o instrutor dê atenção a este elemento espiritual.

Estados Unidos Um relatório do agrupamento de San Jose na Califórnia fala sobre o desafio enfrentado pelos instrutores bahá´is – a relutância inicial de alguns dos novos crentes em se integrar aos cursos do instituto ou em outras atividades. Este problema foi superado quando os instrutores bahá´ís explicaram o propósito subjacente dos cursos, como uma preparação para o serviço à comunidade e à humanidade.

Um jovem, de vinte e três anos: Nós batemos na porta da frente. Ele abriu, mas não pareceu estar muito animado de nos ver novamente. Ele já havia recebido seu primeiro

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tema de aprofundamento e visivelmente não estava muito entusiasmado para receber o segundo. Pensei comigo mesmo, os temas de aprofundamento não devem ser vistos como uma pílula desagradável que o novo crente tem que engolir após se tornar bahá´í. Disse-lhe, então, que precisávamos de jovens como ele para ajudar uma geração mais jovem a fazer boas escolhas e para contribuir com a melhora do mundo, em vez de se envolver em drogas e/ou gangues. Ele se iluminou e compartilhou algo pessoal. Disse, “Eu participava de uma gangue e parei após ver dois de meus amigos morrerem devido a seu envolvimento.” Após uma pausa, ele acrescentou em um tom sério, [referindo-se a se tornar um monitor de pré-jovens], “eu realmente quero ajudar com isto.” Marcamos uma hora para conversar sobre o treinamento necessário para se tornar um monitor de pré-jovens e para apresentar o segundo tema de aprofundamento. Uma jovem, de vinte e três anos: Batemos à sua porta e ela falou conosco pela janela aberta de seu quarto. Ela ainda não havia recebido nenhum dos temas de aprofundamento. Essa jovem é muito conhecida pelas crianças do seu condomínio como sendo um tipo de “irmã mais velha.” A primeira coisa que lhe dissemos foi de que uma aula de crianças estaria começando em sua vizinhança no próximo sábado. Ela imediatamente começou a chamar as crianças pela janela para que pudéssemos falar sobre a aula. Enquanto falávamos sobre a aula com as crianças, esta nova bahá´í parecia agora sorrir com orgulho. Ela entrou na conversação, por alguns momentos, para encorajar as crianças a participarem. Ela também concordou em distribuir nossos folhetos sobre a aula para seus vizinhos. Ela havia concordado inicialmente de nos encontrar na próxima semana para aprender mais sobre a Fé, mas depois ela disse, “encontro vocês no sábado para ajudar com a aula de crianças”. Falamos, também, brevemente sobre ela se tornar uma monitora de pré-jovens. Ela se iluminou e disse, “eu costumava atuar como trabalhadora social e aconselhava os jovens. Quero escutar mais sobre isso”.

As agências do agrupamento de Phoenix, Arizona, perceberam que alguns dos novos crentes não estavam confortáveis com a idéia de “fazer um curso”. Através de tentativa e erro foram elaboradas abordagens que diminuíram a ansiedade dos novos crentes sobre “estudo” e para estarem mais abertos à participação no processo de instituto.

Inicialmente nós simplesmente convidaríamos os novos crentes para participar do círculo de estudo, mas aprendemos que esta abordagem necessitava de alguma mudança. Muitos deles tinham apenas educação básica e a idéia de estudar parecia intimidá-los. Aprendemos que para gerar interesse, é preciso primeiro conhecê-los e, então, enquanto direcionamos a conversa para temas espirituais (uma habilidade do Livro 2), ter à mão uma cópia das primeiras duas páginas do Livro 1, e, então, perguntar, “Podemos compartilhar este parágrafo com você?” Através das visitas seguintes os novos crentes passaram naturalmente a integrar um círculo de estudo. Estes círculos de estudo são pequenos, com um novo crente e membros da família e/ou amigos próximos.

Visitas aos Lares para Aprofundamento: Um dos métodos reconhecidos de consolidação é visitar os novos crentes e oferecer lições de aprofundamento em suas casas. Quando o número de declarações é grande, esta abordagem requer um bom número de amigos comprometidos para se levar a cabo as visitas aos lares sistemática e frequentemente. Além de construir laços de amor e amizade, um dos objetivos é atrair um número significativo destes novos crentes para os cursos do instituto. Os relatos abaixo de países em três continentes compartilham o aprendizado sobre os esforços dos amigos ao executar o programa de visitas aos lares usando os seis temas do Livro 2.

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Malásia A comunidade bahá´í produziu cinco panfletos cada um dos quais reproduz um dos temas de aprofundamento apresentado no Livro 2, incluindo os correspondentes excertos das Escrituras. Cada um é belamente ilustrado com imagens que ajudam o instrutor a explicar o tema espiritual. O instrutor com freqüência pede ao novo crente ou buscador para ler em voz alta partes do panfleto e juntos eles exploram o significado da passagem. Antes que estes recursos estivessem disponíveis, os instrutores frequentemente esqueciam elementos importantes dos temas em suas apresentações ou não conseguiam apresentá-los de forma lógica e flúida. Outros membros da família com freqüência se juntavam durante as apresentações. Os instrutores deixavam o panfleto com os novos crentes para que pudessem estudar mais. Ilhas Virgens Uma instrutora em St. Thomas visitou um casal bahá´í que havia recentemente aceitado a Fé, com o propósito de compartilhar com eles o tema do Convênio Eterno. Durante o decurso desta visita inicial, ela também relembrou a oração obrigatória curta, discorreu sobre informações gerais da Fé, encorajou a participação deles num círculo de estudo e marcou uma série de próximas visitas aos lares. Os amigos das Ilhas Virgens estão percebendo que visitas aos lares são especialmente úteis para consolidação daqueles cujas agendas ocupadas de trabalho os impedem de participar de eventos comunitários regulares.

Durante o período de consolidação temos aprendido muito ao realizar nossas atividades. Temos aprendido a importância da paciência, flexibilidade e prontidão para buscar novas maneiras da fazer face às necessidades de nossos buscadores e novos bahá´ís. Acima de tudo, estamos aprendendo a confiar na oração e no poder da assistência divina para nos ajudar a enfrentar nossos desafios em sustentar a ação através do tempo, para executar as atividades centrais e para aumentar nossa base de instrutores ativos da Fé.

Austrália Os amigos no agrupamento de Brisbane também têm usado os panfletos da Malásia com os temas do Livro 2, como um primeiro passo na consolidação dos novos crentes. As visitas aos lares são cuidadosamente coordenadas pelas agências do agrupamento que trabalham de perto com as equipes de ensino. O segundo passo após receberem as visitas aos lares é o de engajar o novo crente ou buscador, quando possível, em um círculo de estudo do Livro 1. Entretanto, as visitas aos lares não terminam necessariamente quando o novo crente entra em um círculo de estudo. Empregando esta abordagem todos os novos crentes do agrupamento, até agora, se engajaram em um círculo de estudo. O sucesso dessa abordagem sistemática tem aumentado a confiança dos membros do Comitê de Ensino de Área e dos coordenadores de instituto no potencial de crescimento em larga escala do agrupamento. Como comentou um dos membros das agencias do agrupamento:

Embora inicialmente coordenar o progresso deste amplo corpo de declarantes e buscadores através da sequência de cursos do instituto parecesse uma tarefa assustadora, estamos confiantes em nossa habilidade de ultrapassar este excitante desafio. Nossa confiança advém do fato de que sabemos que temos um vasto conjunto de recursos humanos que foram treinados através dos anos para enfrentar o desafio de consolidar estes buscadores e declarados. De repente, tudo faz sentido. Agora verdadeiramente entendemos a razão do processo de instituto.

______________________________________________________ Preparado sob os auspícios do Centro Internacional de Ensino para a Instituição dos Conselheiros. Extratos dos relatórios citados podem ser editados para melhor correção gramatical, clareza ou extensão do texto. Sua reprodução, total ou parcial, pode ser distribuída dentro da comunidade bahá’í sem permissão prévia do Centro Internacional de Ensino.

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Tradução

REFLEXÕES SOBRE O CRESCIMENTO –Número 22 – Novembro

2008

Pioneiros de frente interna – Estabelecendo-se em “Agrupamentos Que São o Foco de Atenção Sistemática”

Ao se discutir as várias abordagens necessárias “para cumprir a ambiciosa meta de estabelecer 1.500... programas intensivos [de crescimento],” a Casa Universal de Justiça em sua mensagem de 27 de Dezembro de 2005 afirma que “igualmente importante será o apoio a ser dado a um agrupamento através de um influxo de pioneiros.” Mais adiante a mensagem torna claro onde os pioneiros, de curta e longa duração, devem ser assentados e como eles devem ser utilizados. A Casa de Justiça explica que os pioneiros devem ser “estrategicamente alocados” em agrupamentos onde seu serviço será “um meio para reforçar os esforços, a fim de estabelecer as bases para um crescimento acelerado ou para dar estabilidade aos ciclos de atividades em andamento.” Assim, como toda atividade que é realizada para o avanço do movimento dos agrupamentos, pioneirismo é um elemento a ser integrado na estrutura para a ação.

Durante o ultimo Plano de Cinco Anos, a Casa Universal de Justiça indicou que pioneiros “experientes em programas de instituto” seriam capazes de trabalhar com os amigos locais para avançar o processo de crescimento na área deles. Tal experiência seria fundamental para os esforços de um pioneiro “para sustentar o trabalho nas raízes [da comunidade]”. Juntamente com isso, muitos amigos ganharam habilidades e percepções relacionadas às atividades centrais, visitas aos lares, e campanhas de ensino, tornando-os melhor preparados para estimular ou reforçar a dinâmica necessária para mover um agrupamento em direção a um programa intensivo de crescimento. Com a guia das instituições, para que, então, eles estejam alocados estrategicamente em áreas meta, os pioneiros dedicados e que são experientes com a estrutura do Plano podem fornecer ao processo de entrada em tropas “um ímpeto que não deveria ser subestimado.”

As seguintes histórias ilustram os resultados positivos decorrentes dos esforços consagrados de pioneiros de frente interna que se levantaram para ajudar a atingir as metas em seus países. Essa edição compartilha apenas o aprendizado inicial nesta área, mas os relatos testificam o impacto exercido pelos pioneiros no progresso do Plano, geralmente num curto espaço de tempo. É esperado que as histórias relembrem vividamente aos amigos das palavras que a Casa de Justiça fez em seu chamado aos pioneiros, em 2007: “Que aquelas almas capazes de se juntarem aos seus companheiros de trabalho na vanguarda das atividades não hesitem por um momento sequer.”

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Filipinas

Dois jovens rapazes, de 18 e 20 anos, que se levantaram duas vezes como pioneiros de frente interna de curta duração, têm exemplificado a verdade de que conduzir atividades dentro da estrutura para ação, constrói capacidade e fortalece o amor por Bahá’u’lláh. Depois de servirem de forma capaz como pioneiros no agrupamento Santo Tomás que possui um programa intensivo de crescimento, eles foram convidados pelas agências do agrupamento para se mudarem para o adormecido agrupamento de Magpet, o qual tinha um pequeno numero de crentes que haviam completado o livro 1 do Instituto Ruhi, mas com muito pouca atividade Bahá’í.

Esses dois devotados jovens rapidamente trouxeram um novo espírito ao seu segundo posto de pioneirismo. Eles iniciaram quatro grupos de pré-jovens, estabeleceram círculos de estudo, e rapidamente moveram um punhado de crentes locais através da seqüência. Quando vários dos amigos locais alcançaram o Livro 3, os pioneiros os assistiram em estabelecer aulas de crianças. Dez famílias foram inspiradas a conduzir reuniões devocionais regulares, as quais atraíram aproximadamente 70 pessoas. Aqueles estudando o Livro 2 realizaram visitas aos lares acompanhados pelos pioneiros. Todas essas atividades foram realizadas com o amoroso e constante apoio das agencias regionais bahá’ís, assim como dos membros do Corpo Auxiliar, os quais trocavam freqüentes mensagens de texto com os pioneiros para transmitir guia e encorajamento e para ajudá-los na avaliação do progresso da área.

Apesar de não terem idade suficiente para servir na Assembléia Espritual Local, os jovens pioneiros foram capazes de ajudar a Assembléia a conduzir Festas de Dezenove Dias de forma mais regular e a celebração de um Dia Sagrado. Esses encontros espirituais, que atraíram até 40 pessoas de todas as idades, ajudaram a reavivar e galvanizar os membros da comunidade. Olhando em retrospectiva para essas conquistas, um dos pioneiros comentou:

Alguns amigos diriam que essa [comunidade] é como uma alma se despertando e se elevando para sua “altamente carregada atmosfera espiritual.” Todos estão profundamente comovidos pelas orações entoadas e as Palavras de Deus que são recitadas. Alguns amigos poderiam compartilhar sobre como essas palavras tocaram seu mais íntimo ser e como eles poderiam aplicar os Ensinamentos em suas vidas diárias e em sua participação na comunidade Bahá’i. Nós nos regozijamos com muita alegria ao compartilhar esse alimento espiritual preparado para nós pela Abençoada Beleza.

O maior presente que esses dois consagrados crentes deram para a sua nova

comunidade é a visào do Plano de Cinco Anos. Eles utilizaram toda oportunidade desde sua chegada ao seu posto para iluminar os amigos locais acerca da natureza de um programa intensivo de crescimento e como seu agrupamento pode atingir tal estágio de desenvolvimento comunitário. Através de discussões sobre tópicos espirituais iniciados pelos pioneiros, os amigos no agrupamento agora reconhecem a necessidade de prosseguir com os livros mais elevados [na sequencia] para tornarem-se animadores e facilitadores.

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Os pioneiros já promoveram e estabeleceram ciclos sistemáticos de 3 meses de

atividades alinhados com o Plano. Sua própria excitação sobre o processo de crescimento tornou-se contagiosa, de modo que agora os demais estão motivados a se prepararem para participar nas próximas campanhas de ensino, que levarão ao lançamento de um programa intensivo de crescimento. Apenas poucos meses depois de se estabelecerem em seu posto, os dois jovens pioneiros relataram que não é possível expressar a benção que tem sido testemunhar, em primeira mão, o ressurgimento de sua adotada comunidade, através de sua “confiança na assistência divina e nas confirmações de Bahá’u’lláh.” Colômbia O agrupamento número 6 na região Sucre está situado em uma área que recebeu ondas de atenção da Fé desde os anos 70 e provou ser receptiva. Mas o potencial da área não tem sido explorado por conta das dificuldade ao se tentar levantar recursos humanos; dessa forma, com o tempo o trabalho da Fé enfraqueceu no agrupamento.

No começo de 2007, as agencias da Fé na região examinaram cuidadosamente o agrupamento e escolheram duas comunidade para ser o foco de sua atenção. Uma das cidades, Chinú, foi rapidamente reavivada pelos esforços do membro do Corpo Auxiliar, ajudado por outro crente. Trabalhando como um time, esses dois fizeram visitas à cidade para facilitar um grande e bem sucedido círculo de estudo do Livro 1. Dois pioneiros de frente interna, ambos crentes treinados e devotados, foram despachados à segunda cidade para trabalhar em tempo integral a fim de levantar aquela comunidade Bahá’í.

A segunda cidade, Sampués, já tinha duas famílias seguindo através da seqüência de cursos. Eles alcançaram o Livro 4. Os pioneiros começaram o seu trabalho centralizando esforços naquelas famílias e em suas crianças, parentes, vizinhos, e amigos. Novos círculos de estudo foram estabelecidos e dentro de um ano sete pessoas completaram a seqüência e quase todos eles estavam ativamente engajados nas atividades centrais.

Desde o começo, as agências do agrupamento monitoraram de perto o trabalho nas duas cidades e asseguraram que os pioneiros, visitantes e crentes locais ativos tivessem os recursos que eles necessitassem, especialmente livros do instituto e materiais. Um orçamento foi estabelecido e fundos colocados à disposição. Avaliação do progresso do agrupamento está em andamento, incluindo consultas semanais. No ponto mediano de 2007, a área estava progredindo mas faltava clareza no foco e intensidade. Portanto, campanhas sistemáticas de ensino foram instituidas, aproveitando-se do considerável número de buscadores gerados pelas atividades centrais. Esse último elemento – o espírito de ensino – deu ao agrupamento o impulso necessário para gerar entusiasmo entre os crentes, incluindo os pioneiros. Deu nova vida aos círculos de estudo nos livros mais altos [na sequencia], levando-os ao estabelecimento de círculos de estudo adicionais. Em apenas um ano, haviam 24 crentes que haviam completo a seqüência, uma base sólida para se lançar um programa intensivo de crescimento.

Ao avaliar essa abordagem bem sucedida de mover um agrupamento a

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estágios mais elevados de desenvolvimento, foi notado que isso era possível por conta do que já foi aprendido por agrupamentos avançados em outras partes do pais. Ao aplicar essas percepções, tornou-se possível elevar essa área, em um período relativo curto, através de cuidadoso planejamento e alocação de pioneiros, os quais foram, então, bem apoiados em seu trabalho. Camboja

A comunidade cambojana está determinada a alcançar seu objetivo de lançar programas intensivos de crescimento em todos os seus agrupamentos até o fim do Planos de Cinco Anos. Um de seus instrumentos mais potentes para atingir esse objetivo ambicioso tem sido a alocação estratégica de pioneiros de frente interna. A comunidade acumulou anos de experiência com pioneiros de frente interna e conseqüentemente tem sido capaz de refinar sua abordagem no uso deles, baseado em ação e reflexão.

Inicialmente, apelos gerais foram feitos aos crentes para se levantarem como pioneiros de frente interna, mas agora os pioneiros são cuidadosamente selecionados antes de serem alocados em agrupamentos meta. As agências e instituições buscam indivíduos que tem mostrado possuir a visão do Plano, que são ágeis e que desejam tomar iniciativa, e que têm previamente demonstrado que estão desejosos de servir abnegadamente.

O agrupamento Pursat tem sido desenvolvido como um local de aprendizagem para pioneiros de frente interna, de modo que todos os prospectivos pioneiros, antes de prosseguirem para seus postos, recebem treinamento lá, suplementando o que eles já aprenderam nos cursos do instituto. Se pioneiros potenciais tem parentes em qualquer área virgem do pais, eles são alocados naquelas áreas e inicialmente moram com seus familiares. Se não, eles visitam possíveis postos na companhia de um membro do Corpo Auxiliar para buscar por uma população receptiva. A experiiencia tem mostrado que os grupos mais receptivos no Camboja são pré-jovens, jovens, e professores de escola pública; assim, os pioneiros são normalmente estabelecidos próximos a uma escola.

Esses pioneiros treinados não apenas são capazes de iniciar e sustentar atividades centrais; eles são capazes de fazer e implementar planos. Eles tem aprendido como alcançar os pais para explicar como a Fé pode beneficiar seus filhos e filhas. Eles sabem como visitar seus vizinhos e engaja-los em conversações significativas. Eles são capazes de dar a seus novos amigos uma visão de como sua comunidade pode se elevar através dos Ensinamentos de Bahá’u’lláh. Enquanto eles providenciam a base estável para crescimento comunitário, eles não trabalham sozinhos. As agencias da Fé asseguram-se de que os pioneiros recebam apoio de equipes de ensino, vindo de outras comunidades, os visitam para ajudá-los a projetarem-se [ao encontro de outras pessoas] e para o ensino. Essa alocação sistemática de recursos humanos treinados resulta no estabelecimento da Fé sobre uma base sólida em áreas ainda não abertas e num rápido progresso em outros agrupamentos em desenvolvimento. É uma estratégia chave para a vitória no Plano.

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Outros Exemplos do Uso Efetivo de Pioneiros Turquia: Um pioneiro de frente interna para o agrupamento prioritário de Amasya começou seu trabalho formando círculos de estudo com baháis menos ativos. Ela também focalizou seus esforços num buscador que recentemente havia ficado viuvo e estava buscando respostas espirituais. Através de seu amor e ensino paciente, o homem tornou-se um crente. Ela continuou a trabalhar com ele e acompanhar esse novo crente através do Livro 1. Mais importante, ela o envolveu numa campanha de ensino em outra vila, onde ele experimentou, pela primeira vez, a doçura do ensino ao conduzir, com a ajuda de um pioneiro, um jovem a aceitar a Bahá’u’lláh. Um observador comentou que “ser capaz de ver esse irmão espiritual recem nascido tentando se sustentar sob seus próprios pés foi algo lindo.” Etiópia: Oito pioneiros de curta duração, após um programa de treinamento de duas semanas, estabeleceram-se nos agrupamentos prioritários de Adama, Badawacho, e Debre Zeit. Eles tem sido capazes de conduzir campanhas de instuto e cículos de estudo, e tem acompanhado os amigos locais na realização das atividades centrais e nos esforços de ensino coletivo. O Conselheiro reportou que a os pioneiros estão orientando crentes jovens para a estrutura do Plano e estão “instilando na juventude um novo vigor para servirem a Fé.” Estados Unidos: Quando uma área de baixa renda no agrupamento San Diego, Califórnia tornou-se o foco de uma campanha de ensino direto, dois jovens crentes levantaram-se abnegadamente como pioneiros de frente interna e se mudaram para lá para servir como âncoras para aquela vizinhança. Não demorou muito para suas casas se tornarem o centro das atividades para o que está rapidamente se tornando uma “vila Bahá’í”. Os crentes e outros naquela vizinhança estavam comovidos por esses amigos terem mudado suas residências para estar com eles e para ajudá-los a crescer espiritualmente. Os pioneiros colocaram suas casas à disposição para as atividades, incluindo orações particulares, mesmo em momentos quando eles não estão em casa. A presença deles na vizinhança tem aumentado a freqüência das atividades centrais e tornou possível interagir com novos crentes e buscadores em uma forma mais natural, como parte da vida diária. ________________________________________________________ Preparado sob os auspícios do Centro Internaional de Ensino para a Instituição dos Conselheiros. Extratos dos relatórios citados podem ser editados para melhor correção gramatical, clareza ou extensão do texto. Sua reprodução, total ou parcial, pode ser distribuída dentro da comunidade bahá’í sem permissão prévia do Centro Internacional de Ensino.

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Tradução

REFLEXÕES SOBRE O CRESCIMENTO –Número 23 – Fevereiro 2009

“Que não subestimem o poder inerente ao sistema...”

O significado daquelas palavras da mensagem da Casa Universal de Justiça, datada de 20 de outubro de 2008, foi enfaticamente demonstrado nas apresentações das 41 conferências regionais pelos crentes que relataram suas experiências pessoais ao implementar a estrutura do Plano de Cinco Anos. Para muitos dos que estavam assistindo, esta parte do programa foi o segmento mais inspirador – ao mesmo tempo comovente e confortador – e os amigos entenderam que se eles seguissem o caminho desses amigos bahá’ís, seus esforços, também, dariam frutos maravilhosos.

A experiência das conferencias regionais teve um impacto eletrizante e

galvanizador sobre milhares de milhares de crentes em todos os continentes. Estamos felizes em compartilhar com vocês uma pequena amostra dos relatos pessoais apresentados nas conferências. Eles estão organizados de acordo com os três tópicos do primeiro dia das conferências, que estão relacionados com o esclarecimento dos conceitos centrais: o processo do instituto como o motor do crescimento, os elementos de um padrão saudável de crescimento, e programas intensivos de crescimento. Sem dúvida, essas histórias, cada uma delas e todas, testificam “o poder inerente ao sistema que [os bahá’ís] estão implantando para a propagação de Sua Fé.”

* * * * * *

I. O Processo do Instituto como Motor do Crescimento

Estados Unidos

Vários dos crentes que fizeram uso da palavra nas conferencias eram recentes bahá’ís e eram frutos tangíveis do processo de instituto e da estrutura para a ação. Por exemplo, uma senhora falou aos mais de 2200 amigos reunidos na conferencia regional realizada em Dallas, Texas, e relatou como ela se tornou uma crente ativa através dos cursos do instituto. Na época da conferencia, ela já estava servindo no Comitê de Ensino de Área de seu agrupamento.

Uma de minhas amigas ouviu sobre a Fé Bahá’í na televisão. Como ela nunca havia ouvido antes, ela entrou na internet e começou a pesquisá-la. Ela gostou do que leu e compartilhou conosco no trabalho. Nós descobrimos que havia uma Sede bahá’í em Plano. Ninguém tinha coragem o suficiente para ir lá conferir, exceto eu. Eu realmente gostei do que ouvi e fiquei especialmente impressionada com a amizade e o amor dos bahá’ís que conheci. Quando eu comecei o Livro 1 do Instituto Ruhi, era como se eu tivesse começado a me apaixonar por Deus novamente. Veja, eu havia desistido de Deus e estava muito brava com Ele. Eu

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tinha tido uma experiência muito ruim com a Igreja que eu freqüentava já por muitos anos. O Livro 1 conectou meu coração a Bahá’u’lláh e a Deus. Eu não conseguia me saciar o suficiente das Escrituras! Eu estou muito feliz por ter conhecido a Fé Bahá’í, não apenas por mim, mas pelos meus dois filhos. O maior presente que eu posso dar a meus filhos é criá-los dentro dos ensinamentos e padrões bahá’ís. Eu apenas sinto por não ter encontrado a Fé antes. Meu conselho aos amigos é que, por favor, abram suas bocas e falem para as pessoas sobre Bahá’u’lláh. Há muitas pessoas como eu lá fora que estão esperando para encontrá-Lo.

Malásia

Mais de 3.300 amigos que participaram da conferencia regional realizada em Kuala Lumpur se emocionaram com a história de um senhor de 70 anos de uma cidadezinha na Malásia Peninsular, que se inspirou em ser um facilitador através do seu estudo do Livro 4. Ele decidiu visitar uma cidade vizinha a 20 km com a intenção de iniciar um círculo de estudo. Como ele não conhecia ninguém na cidade, ele se sentou na beira da estrada e orou por ajuda e assistência. Pouco depois, um antigo conhecido veio e o convidou até sua casa. Através deste encontro fortuito o bahá’í pode encontrar outros cidadãos e iniciar um círculo de estudos com quatro participantes. Assim que ele iniciou seu serviço como um facilitador, esse crente idoso não se esqueceu das palavras de seu próprio facilitador, que havia lhe dito que um facilitador deveria conduzir seu grupo por todo o caminho até o livro 7. Sua visita à cidade vizinha aconteceu dois anos antes da conferência. Quando ele participou naquele encontro, a comunidade bahá’í na cidade aumentou de 2 para 50 crentes em 14 famílias! A cidade tem agora uma Assembléia Espiritual Local, e ele ainda está servindo como facilitador de um círculo de estudo do livro 6.

India

Os mais de 1.500 amigos reunidos na conferencia regional de Bangalore na Índia ouviram breves relatos de um grupo de crentes que haviam participado de uma campanha de instituto de 45 dias conduzida pelo instituto de capacitação para Maharashtra e Goa em um residencial. Depois de passar pelos cursos do instituto e fazer as práticas, os participantes da campanha de instituto retornaram a seus lares como novas pessoas. Durante a capacitação intensiva, eles adquiriram capacidades que agora os levaram a transformar o agrupamento onde residiam.

Duas jovens, parentes próximas, relataram aos amigos na conferência como o instituto de capacitação teve efeito sobre elas e como elas eram agora capazes de contribuir para um desenvolvimento sistemático de seu agrupamento.

Nós duas participamos no curso intensivo de 45 dias em Panchgani durante o mês de julho e agosto de 2008. Nós fomos treinadas nos livros de 1 a 7, incluindo o livro 3-A e os materiais de empoderamento espiritual de pré-jovens. O estudo dos livros inspirou uma grande transformação espiritual em nós duas. Nós realizamos as práticas do componente de serviço dos livros nas vilas nos arredores de Panchgani, e esta experiência trouxe a alegria do serviço para nós. Fizemos todas

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as atividades centrais com a nossa família anfitriã. Organizamos reuniões devocionais, fizemos visitas aos lares para compartilhar temas de aprofundamento, conduzimos aulas para as crianças, iniciamos um grupo de pré-jovens e ajudamos no ensino na vizinhança de nossa família anfitriã. Pudemos sentir a capacidade se desenvolvendo dentro de nós mesmas. Nosso poder de compreensão e expressão cresceu. Bahá’u’lláh estava confirmando nossos serviços à Sua Causa. Ao voltarmos para casa, nosso entusiasmo não nos deixou descansar. Iniciamos 2 classes de crianças em nosso vilarejo com cerca de 40 crianças e um grupo pré juvenil com 17 pré-jovens. Começamos a ensinar os membros de nossa família, parentes e amigos, o que resultou em 16 declarações. Nossa alegria não conhecia limites. Começamos um círculo de estudos do livro 1, no qual 5 dos novos crentes completaram seu estudo e começaram a realizar reuniões devocionais. Começamos o livro 2, o qual três amigos puderam completar. No momento, estamos fazendo um círculo de estudo do livro 1. Participamos de uma campanha de ensino coletiva durante a primeira fase de expansão do ciclo de atividades do nosso agrupamento. Agora nosso agrupamento tem um programa intensivo de crescimento. Estamos felizes em ser participantes ativas do crescimento de nosso agrupamento.

Austrália

Um jovem de Sidney, Austrália, relatou como a aplicação do aprendizado e das percepções adquiridas em um curso do instituto podem levar a transformação de um bairro.

Aprendemos em Sidney que a construção de uma comunidade não começa a partir de um outro país, cidade ou subúrbio, começa no nível do bairro. Nossa experiência começou com uma visita a um lar que levou a uma amizade, a qual, por sua vez, levou ao estabelecimento de uma aula de crianças. Tivemos uma aula de criança que era realizada uma vez por semana, mas havia algo que não parecia estar bem. Através da reflexão, percebemos que não estávamos conduzindo as aulas na maneira descrita pelo livro 3; então, refletimos mais uma vez para garantir que estivéssemos conduzindo-a exatamente de acordo com o livro 3 – seguindo os planos de aula, passamos a anotar o progresso das crianças e trabalhar com os pais, a fim de garantir que juntos desenvolvêssemos as qualidades espirituais das crianças. Como aconselhado no livro 3, iniciamos a acompanhar o progresso das crianças, incluindo o que elas estavam memorizando e como seu caráter estava sendo modificado. Estendemos isso para ver o quão bem elas conseguiam expressar e entender conceitos espirituais profundos, o que havíamos subestimado no começo. Após interagirmos com os pais e encorajá-los a trabalhar com suas crianças em casa, vimos a influência que isso teve não apenas nas crianças, mas também na vida familiar. Nós também começamos a ver uma comunidade sendo construída, e a razão para isso foi que nós intensificamos as aulas, passando de uma vez por semana para aulas diárias. À medida que nós focalizamos na qualidade das aulas, a

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quantidade cresceu. Vimos melhoras dramáticas em todos os aspectos da vida comunitária. Por exemplo, no parque onde nós tínhamos aulas, no início éramos apenas nós e um violão e uma esteira e agora há pessoas andando ao redor, sentindo o perfume das flores, fazendo piqueniques e conversando uns com os outros. As aulas, na verdade, começaram a mudar os padrões da vida comunitária. Então, uma visita ao lar levou a uma amizade, o que levou a uma aula de crianças e, então, a um grupo de pré-jovens e a um círculo de estudos, e também levou a freqüentes firesides, que aconteciam simultaneamente com as aulas de crianças. O que estamos vendo é que essas aulas de crianças são centros de atração que fortaleceram as raízes da Fé nesta comunidade.

II. Elementos de um Padrão Saudável de Crescimento

México

Um novo crente de Colima e sua esposa foram inspirados pelo estudo da seqüência de cursos. Após completar o livro 3 e iniciar o livro 5, eles compreenderam a importância de trabalhar com crianças e pré-jovens. Como todos bons pais, eles estavam preocupados com seus próprios filhos. No entanto, por eles estarem ansiosos em estabelecer tais aulas, foi organizado para eles apoio de um grupo de jovens que eram de sua própria cidade e de outras partes do país. Estes jovens os acompanharam, enquanto iam de porta em porta em sua vizinhança, conversando com outros pais e convidando seus filhos a participarem nas aulas bahá’ís. A esposa é agora uma professora de aulas de crianças e o marido um monitor de pré-jovens, e eles estão agradecidos aos jovens pela ajuda que deram nos primeiros passos. O marido concluiu, “Tem sido empolgante para nós que outras pessoas observam as mudanças nas crianças.”

Uma nova crente de Ensenada também falou sobre abrir aulas de crianças. Ela se

tornou bahá’í depois de iniciar o livro 1, cerca de 2 anos atrás. No entanto, ela tinha diversos receios com relação a ensinar a Fé. “O que os vizinhos iriam dizer?” Finalmente, ela decidiu assumir o compromisso de iniciar uma aula de crianças. O coordenador de aulas de crianças no seu agrupamento a convidou para sua própria aula de crianças, a fim de que ela pudesse praticar e se acostumar a trabalhar com crianças. Após este período de prática, elas foram juntas convidar as crianças de sua própria vizinhança a participarem em uma nova aula. A nova bahá’í disse, “Nós nos colocamos nas mãos de Deus.” Sua aula tem agora 12 participantes e ela acrescenta, “Qualquer um que tenha uma aula de criança se torna criança novamente. É muito divertido!” Zâmbia

Quando a comunidade da Zâmbia mudou sua ênfase de ensino em áreas rurais para ensino em distritos mais densamente povoados, rapidamente foi descoberto que as comunidades urbanas eram ricas em pré-jovens. Tornou-se, então, imperativo que um programa bahá’í para pré-jovens fosse estabelecido o mais rápido possível. A resposta ao primeiro grupo que teve início no distrito de Chamboli, no agrupamento de Kitwe, foi tão grande que foi decidido estabelecer outro grupo no setor de Dacecurse, onde um grupo central de 4 jovens viviam e poderiam se tornar monitores capazes. Estes 4 foram

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treinados no livro 5 sem terem passado inicialmente pelos primeiros livros, a fim de rapidamente estabelecerem um grupo de pré-jovens. Eles imediatamente começaram seu serviço com a ajuda de amigos do instituto de capacitação. Os grupos começaram a crescer nas duas primeiras semanas, com um dos grupos atraindo 28 participantes. Com tamanho interesse gerado por estes grupos de pré-jovens, era aparente que o setor tinha uma necessidade crítica de recursos humanos adicionais.

Um facilitador itinerante foi enviado ao setor de Dacecurse para conduzir círculos

de estudo para os 4 monitores, a fim de conduzi-los através da seqüência de cursos, assim como para conduzir círculos de estudos para os novos crentes na vizinhança onde os grupos pré-juvenis estavam funcionando. Atenção especial foi dada àquelas pessoas que pareciam ser capazes tornarem-se facilitadores ou monitores. Com a necessidade particularmente gritante de monitores, indivíduos que não eram bahá’ís, mas que eram conhecidos e que demonstraram interesse em ombrear aquele serviço, foram convidados para o treinamento do livro 5. Cinco deles completaram o curso e começaram a conduzir grupos pré-juvenis, incluindo um grupo especialmente de sucesso, que continua com aproximadamente 25 participantes, agora por cerca de 2 anos!

Um crente da Zambia ao relembrar este processo contou aos mais de 800 amigos

presentes na conferencia regional de Lusaka como as aulas de pré-jovens evoluíram a círculos de estudos para a seqüência de cursos.

Sentamos novamente com o grupo coordenador e membro do Corpo Auxiliar para discutir um plano com o intuito de incluir em círculos de estudo os jovens se aproximando aos 15 anos. Honestamente falando, quando os pré-jovens chegam aos 15 anos, eles desejam continuar em grupos de outro tipo. Por exemplo, quando 5 membros do meu grupo concluíram, eles me perguntaram o que vinha na seqüência, já que eles tinham agora 15 anos. Então, com um sorriso e rosto radiante, eu lhes disse que há outro programa para vocês – um círculo de estudo. “Vocês irão estudar os materiais do Instituto Ruhi com monitores não bahá’ís,” eu disse. A próxima pergunta foi, “O que nós precisamos para nos tornarmos monitores?” Então, calmamente eu respondi: “Vocês precisam passar por treinamento para ganhar as habilidades e confiança para este ato de serviço.” Eu podia ver a alegria em suas faces. Nós organizamos o treinamento para eles e após alguns meses servindo como monitores, todos eles se declararam bahá’ís. Atualmente o agrupamento de Kitwe tem 15 grupos pré-juvenis e 18 monitores treinados.

Canada

Uma história inspiradora contada aos mais de 4000 participantes da conferencia regional de Toronto veio de uma jovem de origem Tamil que tem sido ativa em servir crianças com necessidades especiais num centro comunitário, como voluntária. Uma bahá’í a recrutou para ajudar com um grupo pré-juvenil , o que mudou sua vida e a levou à Fé.

A primeira vez que eu fui a um grupo pré-juvenil, eu realmente me senti confusa e não conseguia entender o que estava acontecendo. Eu me senti mais como uma pré-jovem do que como uma monitora. Após a primeira lição do livro Brisas de

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Confirmação, eu compreendi que este programa era realmente diferente, pois em todos os programas que eu voluntariei antes não envolvia lições com livros. A princípio eu pensei que o programa não seria tão efetivo, pois os pré-jovens pensariam que livros são para a escola, mas com o passar do tempo eu compreendi que o livro dá propósito ao programa. Quando no início eu vim para o programa de pré-jovens, eu tinha a visão de que os monitores decidiam pelos pré-jovens. Quando nós planejamos o primeiro projeto de serviço, eu compreendi que era exatamente o contrário, pois foram os pré-jovens que decidiram limpar o parque. Os pré-jovens decidiram e os monitores estavam ali apenas para guiá-los. Eu não pensava que isso iria funcionar, mas quando se tornou um sucesso, eu fiquei muito surpresa e foi aí que eu me conectei ao programa. Quando estou co-monitorando um grupo pré-juvenil, eu descubro que eles são muito dinâmicos e cheios de energia. O entusiasmo e energia dos pré-jovens são incríveis! Eles tem menos pré concepções do mundo, são capazes de aceitar mudanças mais facilmente, e estão prontos para crescer se lhes dada a oportunidade. Este programa nos dá a oportunidade de moldar a próxima geração de líderes – pessoas que saberão como tomar decisões que beneficiarão não somente eles mesmos, mas também aqueles que estão ao seu redor. Eles ficam muito entusiasmados quando chegam os projetos de serviço. Fizemos uma lista de projetos de serviço e já realizamos 3 ou 4: limpamos o parque, realizamos um show de talentos, organizamos um jantar comunitário e encenamos uma peça sobre o Brisas. Eles estão sempre pensando grande. Eles queriam ir de bicicleta para Montreal, a fim de levantar fundos para caridade; então, tivemos de ajudá-los a pensar no nível da vizinhança. Eles têm grandes corações!

Índia

Uma bahá’í na conferência regional de Nova Deli contou como seus simples atos de serviço dentro da estrutura para a ação se tornou uma fagulha, que incendiou sua própria vizinhança e estabeleceu o alicerce para um padrão de crescimento saudável.

Eu me tornei bahá’í em 1998 e por muitos anos eu era a única bahá’í em minha área, em Deli. Depois de completar o livro 3, iniciei uma aula de crianças em minha vizinhança. Já que sou médica, fico muito ocupada durante o dia, mas as crianças gostaram tanto da aula que elas vêm à minha casa às 6h:00 da manhã. Logo eles imploraram que eu fizesse as aulas diariamente! Então, todas as manhãs eu realizei a aula com eles. Em 2005 um círculo de estudo do livro 1 foi adicionado e durante a primeira campanha de ensino direto daquele ano, 8 das 12 jovens participantes no círculo de estudos aceitaram a Fé! Todos os jovens que completaram o livro 1 começaram a organizar reuniões devocionais em seus lares e por eu ser a única bahá’í experiente, eu precisava ficar ligando para a Sede Bahá’í de Deli, dizendo, “Esta semana nós teremos 4 reuniões devocionais. Vocês poderiam mandar alguns amigos?” Na semana seguinte havia 6 reuniões devocionais.

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Todos estavam gostando de realizar as reuniões devocionais em seus lares. Alguns meses mais tarde um grupo pré-juvenil teve início. Três meses depois, com a ajuda dos pré-jovens e membros do círculo de estudo, nós convidamos todos os membros de nossas famílias, vizinhos e amigos para uma grande reunião devocional seguida pela “Apresentação de Ana.” Naquela noite, 25 dos convidados se tornaram bahá’ís. O mesmo padrão foi seguido durante as fases de expansão seguintes; cada vez nós tivemos entre 25 e 30 novos crentes. Agora há 167 crentes na minha vizinhança, com 3 aulas de crianças e um grupo pré-juvenil. A cada mês realizamos entre 6 a 10 reuniões devocionais. Como vivemos perto da Casa de Adoração, um grande número de crentes vão às orações matinais no Templo cada domingo pela manhã. Muitos de nossos jovens participaram em campanhas de instituto. Desde julho de 2007 temos realizado nossa própria Festa de 19 Dias na vizinhança, e também contribuímos regularmente ao Fundo. Tudo começou com um bahá’í e agora somos uma grande comunidade.

III. Programas Intensivos de Crescimento Kazaquistão

Os mais de 700 amigos que participaram da conferencia regional de Almaty, no Kazaquistão, foram inspirados pela seguinte história de dois pioneiros de curta-duração que serviram em um agrupamento “C” - Kokshetau, Kazaquistão. Depois de participarem em um seminário de orientação para pessoas recurso em Almaty, o centro de aprendizagem da região, os pioneiros dedicaram dois meses ajudando a desenvolver o agrupamento de forma que avançasse em direção ao estagio de lançamento de um programa intensivo de crescimento.

Depois de participar em uma orientação de 18 dias para pessoas recurso em Kok-keinar, Almaty, Kazaquistão, nós chegamos em Koshetau onde ficamos na casa de um dos amigos. Primeiro estudamos as estatísticas da comunidade bahá’í de Kokshetau recebidas do secretário da Assembléia Espiritual Local. Naquela época apenas duas pessoas tinham completado os cursos do Instituto Ruhi. Nenhum deles estava ativo. Três meses antes de nossa chegada, um indivíduo tinha um círculo de estudo e uma aula de crianças. Planejamos visitas aos bahá’ís de Kokshetau e pudemos encontrar quase todos eles, com a ajuda de alguns bahá’ís ativos de comunidade local. Durante os dois meses de nossa visita, realizamos as seguintes atividades: 28 reuniões devocionais; 9 círculos de estudo com 21 participantes; 1 aula de crianças; e 24 firesides com 55 participantes, dos quais 44 tinham entre 16 e 27 anos. Completamos os livros 5, 6 e 7 com dois amigos, os quais agora estão prontos para levar avante a estrutura para a ação em Kokshetau. Participamos também de 3 Festas de 19 Dias. Um resultado dessas atividades foram 9 declarações! Estava claro para nós que as pessoas em Kokshetau são receptivas à Fé, particularmente os jovens.

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Estados Unidos

Os participantes da conferencia regional de Dallas ouviram uma história inspiradora de como o agrupamento do Condado de Harris (Houston) alcançou um padrão saudável de atividade em seu programa intensivo de crescimento através de ação e reflexão sistemáticas. O agrupamento de Condado de Harris cobre 4.604 quilômetros quadrados e tem cerca de 700 bahá’ís, mais de 50 círculos de estudo, 13 aulas de crianças e mais de 100 amigos que terminaram os livros 6 e 7. O secretário do Comitê de Ensino de Área relatou o progresso do agrupamento.

Nós iniciamos, cerca de um ano atrás, a aprender sobre como aprender. Nós queríamos ser estudantes do Plano de 5 Anos, estudando a guia e constantemente atuando, refletindo, consultando e depois agindo novamente dentro da estrutura do Plano que a Casa Universal de Justiça nos deixou. A única maneira de aprender era sair e fazer. Temos um mapa, então, vamos sair, agir e ver o que acontece. Faremos alguns erros e a partir deles aprenderemos para o próximo ciclo. A primeira campanha há um ano atrás, na verdade, foi uma campanha para convidar os amigos para as atividades centrais e não para ensinar diretamente a Fé. Ela provou ser ineficiente, e nós aprendemos rapidamente que precisávamos encontrar uma população receptiva e lhes expor a “Apresentação de Ana”. Então, na próxima campanha de ensino coletiva, encontramos uma área receptiva e obtivemos mais de 10 declarações. No ciclo seguinte, nós tivemos 15 declarações. No último ciclo, houve só 4 declarações. Este foi um ponto de aprendizagem. Por que apenas 4 declarações? Bem, após reflexão, havíamos focalizado apenas na campanha de ensino coletiva e não havíamos integrado os outros componentes do Plano. Então, o Comitê de Ensino de Área, em consulta com o membro do Corpo Auxiliar e os coordenadores de instituto do agrupamento, voltaram a planejar e se asseguraram de integrar todos os componentes do Plano. Como resultado, na reunião de reflexão no dia 14 de novembro, os amigos foram solicitados a comprometer esforços individuais para ensinar a Fé de diversas maneiras e não se apoiar apenas na campanha de ensino coletivo para gerar buscadores. Os amigos se comprometeram a realizar reuniões devocionais e firesides, buscar almas receptivas, conduzir aulas de crianças e grupos de pré-jovens e iniciar o livro 1 com buscadores e terminar a seqüência de cursos em 6 meses. No atual ciclo tivemos 10 declarações até agora! Nossa meta é 20, então, não vamos nos relaxar!

Reino Unido

Um destaque da conferência regional em Londres para uma audiência de 3,200 amigos do noroeste da Europa e da Groelândia foi o relato de um dos primeiros projetos de ensino na região focalizado num bairro específico. A seguir está a história dos crentes do agrupamento West Midlands, onde realizaram um projeto de ensino em Hillfields

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durante a fase de expansão de seu 12º ciclo e o rico aprendizado por eles ganho.

Nossa experiência no bairro de Hillfields tem sido uma tentativa modesta e simples de implementar os conceitos de crescimento sistemático, iniciando com uma atividade central, à qual gradualmente são adicionados os outros componentes da estrutura para a ação. Nesta jornada as confirmações de Bahá’u’lláh são sempre tão precisas, proveram a real energia e ímpeto para o progresso. Os esforços começaram com uma série de reuniões devocionais, nas quais cinco buscadores participaram. Esta é talvez a mais simples das atividades centrais, mas esta pode ter um efeito muito profundo. Enquanto sentávamos na sala, simplesmente compartilhávamos orações relacionadas aos problemas e preocupações que afligiam nossas almas. Gradualmente era possível ver os corações dos buscadores se elevando à medida que começavam a experimentar uma sensação de calma e paz e uma nova perspectiva, conforme começavam a aprender a volver seus corações para Deus. Gradualmente os conceitos do livro 1 foram introduzidos a eles, e num curto espaço de tempo, três dos participantes começaram o livro e declararam sua fé ao final do estudo. Mas seguindo a guia da Casa e Justiça, reconhecemos a necessidade de desenvolver a capacidade desses três novos crentes; portanto, concordamos em completar a seqüência juntos. Agora, aquele grupo original progrediu até o livro 6. Durante esse processo de treinamento nós encorajamos esses novos crentes a convidar seus amigos para uma série de reuniões devocionais – o mesmo portal pelo qual eles mesmos haviam entrado. Sete pessoas começaram a participar regularmente, e isso foi uma clara indicação de o quão confortáveis estavam os novos crentes em adotar as atividades centrais e como era simples para eles fazê-lo. Estes sete agora estão envolvidos com o livro 1 e alguns já se declararam. Mas o processo de crescimento ganhou uma nova energia e impulso quando o Comitê de Ensino de Área decidiu realizar dois projetos de ensino direto no bairro. De repente uma nova onda de aulas de pré-jovens e crianças foi estabelecida, e eu tive a sorte de poder apoiá-las com uma pioneira de frente interna no bairro. No mês seguinte tivemos 3 declarações adicionais, as quais agora estão participando de um outro círculo de estudos do livro 1. O que também surgiu naturalmente destes passos foi um projeto simples de desenvolvimento social visando servir a comunidade local. Este ganhou a forma de uma aula de línguas, que junto com as aulas de crianças e grupos pré-juvenis, agora atraem cerca de 30 crianças e pré-jovens como participantes regulares. Este processo tem sido orgânico, crescendo firmemente e sem um plano grandioso. A simples reunião devocional, apoiada pelo processo de capacitação do instituto, no nosso caso, foi a semente para 9 declarações, 12 buscadores empoderados, que estão servindo ao nosso lado e 30 famílias da comunidade mais ampla, as quais estão envolvidas nas atividades bahá’ís.

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Eu gostaria apenas de compartilhar com vocês alguns pontos de aprendizado que começaram a surgir:

• Amizade é a base. Nós tivemos um vislumbre através dos conselhos nas Escrituras sobre a necessidade de amor e bondade genuínos por todos aqueles que cruzarem o nosso caminho. Encontrar tempo para as pessoas é uma expressão prática de nosso amor pelos outros.

• Em toda comunidade existe pessoas de capacidade. Em toda população receptiva num bairro há pessoas que são respeitadas, que podem influenciar outras e que podem mobilizá-las.

• Projetos de ensino direto são empoderadores. Eles criam coragem naqueles envolvidos no projeto do bairro e estabelece a presença da Fé na localidade.

• Pioneiros de frente interna apóiam o esquema de crescimento dentro do agrupamento. Incontáveis bênçãos podem chegar a uma pessoa, quando ela se levanta como pioneiro em seu próprio agrupamento. Ser pioneiro num bairro receptivo e viver lado a lado com os novos crentes criam laços fortes de conexão com estas almas e ajuda a sustentar o processo de crescimento e a construção da comunidade.

• Uma visão holística de engajar a família inteira é crítica. A primeira tentativa para estabelecer aulas de crianças e pré-jovens provou ser insustentável, pois nossa visão só abraçava os jovens participantes. Depois, foi proporcionada aos pais uma compreensão dos programas e sua capacidade de influenciar positivamente seus filhos. Agora os níveis de participação não só são sustentáveis, mas crescentes.

• Os próprios buscadores são capazes e desejam ombrear responsabilidades. Para que nossos recursos “estejam em sincronia” com o crescimento, estamos aprendendo a convidar e, então, acompanhar desde o início os novos crentes – e até mesmo os buscadores – a nos ajudarem a sustentar as atividades. O que isto requer é uma crença fundamental na capacidade das outras almas.

Estados Unidos

O agrupamento da cidade de Oklahoma, um dos muitos a lançar no Ridván de 2008, proveu um excelente exemplo aos amigos na conferência regional de Dallas sobre quais são os passos que devem ser tomados para se alcançar um programa intensivo de crescimento de sucesso.

O agrupamento da cidade de Oklahoma foi solicitado a se tornar um agrupamento “A” até o Ridván de 2008. O agrupamento aceitou o desafio sem hesitação, e as coisas começaram a acontecer rapidamente. Nós estávamos felizes e confortáveis em ser um agrupamento “B”, até que os membros do Corpo Auxiliar tocaram fogo em nós. Assim que começamos, já não tinha mais volta. A equipe central se reunia freqüentemente, mas as reuniões mudaram; tornamos-nos mais focalizados e sentíamos que tínhamos um propósito. Eu sequer consigo me lembrar sobre o que falávamos antes quando nos encontrávamos. Rapidamente

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passamos de “ser” para “fazer”. As coisas começaram a se mover rapidamente, e no início nós não sabíamos o que estávamos fazendo ou como conseguiríamos ter o trabalho realizado; tudo que sabíamos era que tínhamos a meta de nos tornarmos “A” até o Ridván, e tínhamos que atingir esta meta. No início cometemos uma porção de erros, porque começamos a nos comparar com comunidades maiores, que já haviam se tornado agrupamentos “A”, em vez de realmente trabalhar nossa capacidade e nossos próprios recursos humanos e pararmos de comparar nosso agrupamento com o dos outros. Precisávamos ser realistas em nossas metas, e ao mesmo tempo deveríamos aprender nos esforçar para sair da nossa zona de conforto. E como nos esforçamos!!! Começamos planejando nosso primeiro projeto de ensino coletivo onde formamos equipes de ensino e escolhemos um bairro. Começamos a analisar os nossos recursos humanos e a área escolhida. Nossa primeira campanha coletiva de ensino usou uma estratégia de convites. Compreendemos que havíamos cometido o erro de voltar aos métodos de ensino antigos de bater de porta em porta e convidar as pessoas para um evento. Logo se tornou óbvio que eventos não é o que atrairia as pessoas. As pessoas eram gentis, mas a resposta não produziu o resultado desejado. Relutantemente, nós compreendemos que deveríamos fazer o que nos foi solicitado fazer: praticar, praticar, praticar a “Apresentação de Ana”, até que nos sentíssemos confortáveis com ela e saíssemos para apresentá-la. Nossa coordenadora de instituto do agrupamento fez um trabalho impressionante oferecendo revisões do livro 6, a qual incluía a prática constante da “Apresentação de Ana”. Não era só a “Apresentação de Ana” que tínhamos que praticar. Nós tínhamos de praticar realizar reuniões devocionais efetivas, firesides, aulas de crianças, e visitas aos lares para compartilhar temas de aprofundamento em preparação às campanhas de ensino. Tínhamos também firesides marcados durante a semana, e eles eram realizados próximos às áreas onde estávamos ensinando. Quanto mais ensinávamos, mais compreendíamos que uma parte importante do ensino são as avaliações coletivas finais. As equipes de ensino se reuniam após o ensino e falavam sobre as lições aprendidas. Analisávamos os sucessos e fracassos das equipes, refinávamos e redefiníamos métodos. Alguns métodos foram mantidos, enquanto outros foram descartados rapidamente. Nós tínhamos que aprender a ser flexíveis e as estratégias eram modificadas quando as condições exigiam. Após o primeiro projeto de ensino coletivo, começamos a planejar novos projetos de ensino com mais e mais participantes. Começamos com 10 indivíduos, o que cresceu rapidamente quando começamos a ter sucesso, e houve ocasiões em que tínhamos cerca de 35. Os jovens adultos, jovens e pré-jovens eram elementos-chave. Nos finais de semana você poderia esperar que os jovens fossem ficar com seus amigos, mas eles estavam ali com as equipes, e eles eram freqüentemente os que faziam a “Apresentação de Ana”. Amigos persas com capacidade limitada para fazer a apresentação em inglês se tornaram recursos tremendos, sendo eles os que ficavam ali orando silenciosamente, enquanto a mensagem era dada. Conforme o ensino prosseguiu, as pessoas começaram a superar seus medos e tornaram-se entusiasmadas para vir para os projetos de ensino. Uma vez que saiam e viam a resposta, elas se tornavam ansiosas para sair novamente.

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Todos começaram a encontrar seu próprio papel no plano. Amigos traziam a comida, ofereciam suas casas para firesides e reuniões devocionais, oravam pelo sucesso do agrupamento, e mais pessoas começaram a se engajar nos livros do instituto Ruhi. A participação de não bahá’ís nos círculos de estudo também cresceu o que resultou em declarações. Conforme nossos recursos humanos cresceram, nós tivemos que refinar ainda mais nossa estratégia. A equipe central compreendeu que as reuniões de reflexão eram nosso salva-vidas para reabastecer nosso espírito, nosso entusiasmo, e os recursos humanos. Elas são também uma oportunidade para manter o agrupamento atualizado em relação às metas, os sucessos, o aprendizado e os próximos planos. Outro componente que é chave para o sucesso de um programa intensivo de crescimento é a oração. Compreendemos que nunca as orações são bastante. Orávamos antes de sair para ensinar, quando voltávamos e ao andar pelos bairros. Os indivíduos que ficavam em suas casas, usadas como pontos de encontro, oravam enquanto os demais saiam e ensinavam. Tivemos diversas campanhas de ensino, mas tivemos apenas duas declarações. No entanto, realizar diversas campanhas de ensino coletivo enquanto éramos um agrupamento “B” foi o que nos levou a nos tornarmos agrupamento “A”. Nunca pensem que é tarde demais ou cedo demais para lançar uma campanha coletiva de ensino. As campanhas permitiram ao agrupamento experimentar o aprendizado, as emoções, a alegria, os desafios, e a prática nos levou a iniciar o nosso programa intensivo de crescimento como um agrupamento “A”, no qual tivemos 16 declarações! Nosso agrupamento está para lançar seu terceiro ciclo e eu posso dizer-lhes que ainda estamos aprendendo, ainda cometendo erros e ainda, por vezes, nos sentindo desafiados.

_____________________________________________________________________ Preparado sob os auspícios do Centro Internaional de Ensino para a Instituição dos Conselheiros. Extratos dos relatórios citados podem ser editados para melhor correção gramatical, clareza ou extensão do texto. Sua reprodução, total ou parcial, pode ser distribuída dentro da comunidade bahá’í sem permissão prévia do Centro Internacional de Ensino.

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Tradução

REFLEXÕES SOBRE O CRESCIMENTO –Número 24 – Maio 2009

“Nós Nos comprometemos a segurar Teu triunfo na terra...” Em sua mensagem para o Ridván 2009, a Casa Universal de Justiça descreveu os participantes das históricas 41 conferências regionais como uma “comunidade segura e resoluta.” O senso de propósito e comprometimento dos aproximadamente 80.000 amigos participantes foi demonstrado na efusão de oferecimentos que marcou as horas finais das conferências. Nos três meses desde que a última das conferências foi realizada, uma seqüência de relatórios tem fluido sobre a nova dinâmica que agora é evidente em muitos agrupamentos, graças ao aumento da compreensão e entusiasmo evidenciado pelos participantes após retornarem aos seus lares. Eles se tornaram “sumamente seguros da eficácia dos métodos e instrumentos do Plano e notavelmente hábeis em utilizá-los com maestria....” Além do novo espírito com o qual eles têm reanimado suas comunidades, estes crentes têm iniciado a cumprir com os oferecimentos feitos e têm aumentado de forma notável as atividades em seus agrupamentos, acelerando o progresso em direção aos programas intensivos de crescimento. Esta edição do boletim trata sobre esses oferecimentos. A primeira parte desta edição apresenta dois relatórios sobre como as agências de agrupamentos do Canadá e de El Salvador acompanharam efetivamente os oferecimentos feitos em suas respectivas conferências. Os relatos da segunda parte apresentam alguns dos resultados já alcançados em um número de países. Essas estórias demonstram que a resposta dos crentes foi imediata, enérgica e resoluta. Suas ações foram decisivas para o sucesso alcançado no Ridván, ao ultrapassar a meta de 1.000 programas intensivos de crescimento no mundo. As conferências regionais não apenas inspiraram os crentes a se levantar em grandes números para apoiar as atividades do Plano de Cinco Anos, mas também instilaram neles o espírito de consagração que os permitiu cumprir com a injunção de Bahá’u’lláh: “Sê... preserva sagrada a tua promessa.”

****** I. O Resultado Imediato: O primeiro desafio após retornar à casa foi, para as agências a nível regional e de agrupamento, o de acompanhar sistematicamente os oferecimentos feitos nas conferências. Esse esforço, de modo geral, envolveu um leque de contatos – cartas individuais enviadas pelas Assembléias Espirituais Nacionais, Conselhos Regionais Bahá’ís e Assembléias Espirituais Locais; ligações telefônicas pessoais feitas pelas agências do agrupamento; e visitas aos crentes, para entender como eles poderiam ser ajudados especificamente a cumprir seus oferecimentos. As experiências relatadas a seguir provêem bons exemplos originados de esforços imediatos e bem organizados. Canadá. Logo após a conferência regional de Toronto, os oferecimentos daqueles participantes provindos da Província de Ontário foram distribuídos entre as agências regionais e dos agrupamentos para acompanhamento. Este passo requereu novos níveis de cooperação e organização entre as várias instituições e agências da região, para assegurar que ninguém que havia feito um oferecimento fosse esquecido e para que os esforços não fossem duplicados.

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Campanhas de visitas aos lares dos crentes que fizeram oferecimentos na conferência regional provaram ser um meio efetivo de acompanhamento de seus serviços. Estas campanhas de visitas aos lares foram realizadas de uma maneira metódica. Um dia inteiro foi reservado para o agendamento prévio de horários para as visitas, seguido de um período de treinamento dos participantes na parte da manhã e blocos de tempo na parte da tarde para as visitas agendadas, e, finalmente, uma reunião conjunta logo em seguida para reflexão. Esses dias de visitas aos lares foram novidade para muitos agrupamentos “B”. Porém, eles propiciaram oportunidades de consultar com os crentes, orar com eles e encorajá-los a se tornarem participantes ativos no empreendimento espiritual do Plano de Cinco Anos. Em muitos casos, os membros das agências do agrupamento reuniram-se semanalmente com os crentes que estavam acompanhando. Esta abordagem resultou não apenas em um aumento de oferecimentos, mas também no desenvolvimento de capacidade, tanto daqueles visitados quanto das próprias agências do agrupamento. Além disto, quando os membros das Assembléias Espirituais Locais participaram das visitas aos lares, eles se tornaram mais capazes de identificar e de fazer uso da diversidade de talentos existente na comunidade. Durante as noves semanas após a conferência de Toronto, em sete agrupamentos “B” de Ontário, 105 crentes que ainda não estavam realizando atividades centrais começaram a realizá-las, resultando em 115 novas atividades centrais e 9 firesides. Este aumento nas atividades gerou 132 novos buscadores e 5 declarações. El Salvador. O planejamento para o acompanhamento depois da conferência regional de Manágua iniciou-se antes mesmo de que a própria conferência houvesse ocorrido. Os participantes de cada oficina realizada durante a conferência foram cuidadosamente selecionados em antecipação, de modo a assegurar que aqueles que tinham o potencial para ajudar um agrupamento meta pudessem ser incluídos na oficina designada, especialmente antigos pioneiros que estiveram em uma área meta ou outros que tivessem experiências anteriores com a área meta ou possuíssem familiares e outros laços por lá. O espírito da conferência motivou os amigos a se oferecerem sem hesitação a servir e à cumprir com as metas do Plano com entusiasmo. As oficinas instilaram nos amigos uma identidade de grupo que foi levada na bagagem ao retornarem ao campo de ação. Quando os amigos retornaram aos seus lares, vindo da conferência de Manágua, uma das primeiras realizações em El Salvador foi a criação de um banco de dados com todos os oferecimentos de modo que as instituições pudessem estar habilitadas a acessar e mobilizar seus recursos humanos. Setenta crentes do agrupamento Metropolitana, o qual já tinha um forte programa intensivo de crescimento, se comprometeram a apoiar outros três agrupamentos prioritários. No segundo final de semana após a conferência, um grupo de 25 almas auto-intituladas “Exército de Luz” (Ejército de Luz) se levantaram e viajaram para o agrupamento prioritário Central Norte, onde eles sistematicamente avaliaram vizinhanças e fizeram orações. Os membros deste grupo comprometeram-se uns com os outros a visitar este agrupamento a cada fim de semana e a se manter em contato sobre suas atividades através da internet. No final de semana seguinte, a mesma equipe encontrou-se com os amigos do agrupamento meta para criar um plano de ação e para estabelecer um esquema de visitas aos lares. Esse grupo composto de diversas idades, capacidades e experiências consagrou-se a apoiar o agrupamento através de atividades de ensino e consolidação, incluindo visitas às autoridades locais e instituições educacionais e em levar adiante o ensino em parques públicos. Esse grupo esteve sempre consciente da necessidade de integrar e desenvolver as capacidades dos amigos residentes no agrupamento meta em direção ao Plano. Logo houve duas declarações, uma grande fonte de alegria, já que não havia uma única declaração na área já por algum tempo. Este

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agrupamento “C” está agora em seu caminho para o lançamento de um programa intensivo de crescimento em Janeiro de 2010. II. O Impacto dos Oferecimentos: Uma vez que o processo de mobilização e acompanhamento dos amigos que fizeram oferecimentos nas conferências estava em andamento em diferentes partes do mundo, o aumento das iniciativas, particularmente no campo do ensino, promoveu um impacto imediato no progresso dos agrupamentos e no cumprimento das metas em direção a um programa intensivo de crescimento. Áustria. O agrupamento de Viena estava movendo-se gradualmente em direção ao lançamento de seu programa intensivo de crescimento, mas a participação dos amigos na conferência regional de Frankfurt acelerou dramaticamente o ritmo. O programa de crescimento foi iniciado com sucesso neste agrupamento em 28 de Março, um pouco mais de um mês após a conferência. O relatório desse lançamento captou o espírito gerado pela conferência e seu impacto sobre o agrupamento de Viena:

A reunião de reflexão para marcar o início do programa intensivo de crescimento teve uma participação de 40 a 45 amigos. Este número de participantes foi claramente acima da média, comparado com as outras reuniões de reflexão em Viena. Todas as nove equipes de ensino do agrupamento estavam representadas na reunião, e cada uma falou brevemente sobre os planos de sua equipe para a fase de expansão e consolidação, os quais foram feitos algumas semanas antes da reunião em consulta entre os membros das equipes e agências do agrupamento. Um total de 33 amigos se juntou aos esforços das equipes de ensino, com uma esmagadora maioria de participantes jovens e jovens adultos. De fato, desde 2007, as agências do agrupamento têm seguido a estratégia de trabalhar intimamente com a juventude e tem identificado os jovens, potencialmente, como o principal grupo que poderia promover e sustentar um padrão de crescimento no agrupamento.

O nível de participação dos amigos no agrupamento em estabelecer planos pessoais e de equipe foi sem precedentes. A colaboração entre as agências do agrupamento têm sido “íntima, harmoniosa, produtiva e alegre”. Tanto os membros da comunidade quanto das instituições foram notavelmente encorajados e mobilizados pela enriquecedora experiência da conferência de Frankfurt, a qual estimulou os crentes a darem o passo final para lançar um programa intensivo de crescimento. “Nós todos sentimos privilegiados de sermos testemunhas de um marco e momento histórico no desenvolvimento de nossa amada Fé na cidade de Viena, a qual foi anteriormente enobrecida pelos passos do Mestre”. Burkina Faso. Após a conferência regional de Accra, membros das instituições nacionais servindo Burkina Faso fizeram visitas a muitos dos agrupamentos que haviam sido identificados na conferência como meta para lançamento de programas intensivos de crescimento. Tal como descrito no relatório que se segue, eles descobriram que uma área adormecida, o agrupamento Fara-Silly, particularmente, tinha sido despertada pela conferência.

O fato de que na conferencia de Acra os amigos deste agrupamento se comprometeram a lançar um programa intensivo de crescimento até Agosto 2009 pareceu ter atraído as bênçãos divinas e revelado capacidades inesperadas. O segundo ciclo de atividades resultou em 40 novos crentes, uma grande porção dos quais eram estudantes de segundo grau que podem ser treinados pelo instituto. Neste agrupamento, crentes antes inativos estão agora demonstrando um entusiasmo renovado. Nós visitamos três localidades, acompanhados por um pioneiro de frente interna, e tivemos reuniões com os amigos com o objetivo de aumentar sua consciência sobre como eles podem chegar a um programa intensivo de crescimento. Na vila de Kaso, senhoras

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bahá’ís ativas prometeram apoiar e encorajar os crentes mais jovens treinados pelo instituto a iniciarem aulas de crianças. Na vila de Nabou, onde 14 pessoas tinham se declarado recentemente, alguns amigos comprometeram-se a iniciar atividades centrais, incluindo círculos de estudo. A vila de Fara costumava ter muito poucos crentes, mas tem agora 8 adultos e 18 jovens. Durante nossa visita, esta nova comunidade realizou sua primeira Festa de Dezenove Dias na casa de um novo crente, que também ofereceu jantar aos amigos. A maioria dos novos crentes se comprometeu em participar de círculos de estudo e um deles já deu inicio a uma reunião devocional.

Ilhas Canárias. Apesar de que os amigos nas Ilhas Canárias foram capazes de lançar dois programas intensivos de crescimento logo no começo do Plano de Cinco Anos, eles tiveram dificuldade em sustentar o nível inicial do trabalho de ensino e das atividades centrais. Os amigos das Ilhas Canárias que participaram da conferência regional de Madrid voltaram à casa “em chamas”. Rapidamente, as agências do agrupamento de Tenerife organizaram um seminário de treinamento sobre ensino direto, seguido de uma campanha de ensino de seis dias. Vindos de todas as partes do país, 32 amigos comprometeram-se a participar a semana inteira. A seguir, um relato de suas experiências:

As apresentações sobre a Fé foram feitas nos centros bahá’ís e nas casas dos crentes e de seus amigos. Em apenas três dias de ensino direto, foram registradas 30 declarações, das quais cinco foram de jovens. Estas declarações são o resultado de apenas 60 apresentações. O número de buscadores, incluindo aqueles muito próximos de confirmarem sua fé em Bahá’u’lláh, cresceu notavelmente. No dia após o final da campanha, nós coletamos todas as informações dos coordenadores regionais, compilando-as em diagramas consolidados, realizamos uma primeira avaliação e o plano de consolidação. Alguns dias mais tarde, uma festa de unidade foi celebrada por aproximadamente 100 amigos, incluindo 20 novos bahá’ís e outros 20 convidados – celebramos nossos sucessos em um ambiente de camaradagem e unidade.

República Centro-Africana. Um dos membros do Corpo Auxiliar relatou que, após a conferência regional de Bangui em Novembro de 2008, os amigos do agrupamento de Pissa “estavam entusiasmados e determinados a acelerar as atividades de ensino em seu agrupamento e a lançar seu programa intensivo de crescimento imediatamente após o Ridván de 2009.” Apesar de que tinham aproximadamente 60 amigos no Livro 1, o problema era que “no topo da pirâmide havia um facilitador,” e isto era em uma área rural, onde a taxa de analfabetismo era alta. Ciclos sistemáticos de atividades foram iniciados imediatamente, junto com uma agenda rigorosa de campanhas de ensino e de instituto. Os números, tanto de declarações como de atividades centrais, aumentaram constantemente. Em 19 de Abril de 2009, o programa de crescimento foi lançado, com 21 pessoas tendo completado o livro 7. Três coisas parecem ter feito a diferença: 1) reuniões de reflexão mensais que aceleraram o aprendizado e aumentaram o entusiasmo dos amigos; 2) selecionando crentes que poderiam se tornar professores de aulas de criança, monitores de pré-jovens e facilitadores, e acompanhando-os durante os quatro meses; e 3) a formidável determinação e sacrifício dos amigos. Este último foi caracterizado da seguinte forma pelo membro do Corpo Auxiliar: “De acordo com o calendário agrícola da região, todo o importante trabalho de limpar os campos é feito entre Dezembro e Março. Nossos amigos de Pissa escolheram dedicar seu tempo para um trabalho ainda mais importante durante este período.” México. No agrupamento de Aguascalientes, a resposta aos apelos feitos na conferência regional de Guadalajara para que se complete a sequência de cursos foi impressionante. Antes da conferência, havia poucas atividades. Nos últimos dois meses, apenas oito pessoas completaram algum livro do Instituto Ruhi. Nos 10 dias subseqüentes à conferência, 25 pessoas finalizaram um livro, e outras mais ainda esperavam terminar antes da próxima reunião de reflexão do agrupamento. Uma pessoa comentou:

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A melhor parte é que todos estão muito preocupados em fazer as práticas dos livros do Instituto Ruhi. Hoje, temos 75 pessoas estudando os cursos do instituto. Sempre foi difícil atrair pessoas para o Livro 5 - é como arrancar dentes. Porém, desde a conferência, temos 10 pessoas estudando o Livro 5. Parece-me que o exemplo dos jovens e pré-jovens durante a conferência inspirou aos outros.

Ainda mais, outras mudanças foram notadas desde a conferência. A assembléia Local decidiu diminuir o número de suas reuniões pela metade para que os membros tivessem mais tempo para ensinar e para apoiar a iniciativa individual. As consultas da Assembléia com as agências do agrupamento, após a participação na conferência, apresentaram uma visão mais unificada. Equipes de ensino da comunidade se levantaram para fazer ensino porta-a-porta e já há quatro novos crentes no agrupamento. Papua Nova Guiné. Durante a conferência regional de Lae, os amigos foram encorajados a começar a atuar em seus oferecimentos dentro de 24 a 48 horas, e a evitar quaisquer distrações ou obstáculos. Um crente de Madang voluntariou-se como pioneiro de frente interna. Sem desperdiçar um instante sequer, ao invés de retornar a casa depois da conferência, ele seguiu diretamente ao agrupamento Goroka, na região montanhosa ocidental, junto com os participantes que retornavam àquela cidade. Logo após sua chegada, os amigos enfrentaram oposição. Membros de um grupo religioso estavam perturbados, pois o filho de seu pastor havia se tornado bahá’í e ido à conferência. Os bahá’ís esperaram pacientemente a oposição passar e começaram a ensinar na vizinhança. Em apenas um dia, 25 novas almas abraçaram a Causa. O pioneiro de frente interna foi aconselhado a parar de ensinar e a envolver estes novos amigos no Livro 1 do Instituto Ruhi. Não havia livros suficientes, então o encarregado de distribuir os livros nacionalmente teve de enviar por transporte aéreo mais exemplares para suprir a demanda. Em pouco tempo, o número de declarações cresceu para 76, e 45 novos crentes e buscadores começaram a estudar o Livro 1. Dois instrutores viajantes foram alocados ao agrupamento como facilitadores para ajudarem os amigos nos seguintes livros da sequência de cursos. Antes da conferência de Lae, por anos não havia declarações no agrupamento de Goroka. Venezuela. Os crentes do agrupamento Costa Oriental del Lago (COL) que participaram da conferência regional de Quito retornaram a casa com um grande entusiasmo e um forte desejo de levar avante o Plano em seu agrupamento. Com o apoio dos amigos do agrupamento de Maracaibo, que se ofereceram durante a conferência a ajudar o agrupamento COL, eles começaram a fazer visitas aos lares e três cursos intensivos do instituto. O seu relatório transmite o espírito da conferência de Quito:

Ao falar sobre planos concretos, nós lemos as mensagens de 20 de Outubro e 22 de Novembro – e que faíscas apareceram na consulta! – e sentamos para planejar as metas específicas para cada um de nós. Muito foi dito sobre sacrifício e sobre como as nossas vidas cotidianas devem ser imbuídas desta virtude para que alcancemos a meta de nos tornarmos um agrupamento “A” até o Ridván! Foi encorajador ver os amigos levantarem-se alegre e confiantemente – os seus olhos tinham aquele brilho de sentir o poder da Causa a qual estão servindo. Cada um sentiu que tinha um papel a desempenhar. Foi lindo; nós vimos fotos, cantamos, e partilhamos de refrescos. Nós estamos fazendo uma cadeia de orações todas às noites às 20 horas para o avanço do agrupamento COL.

Reino Unido. A conferência regional de Londres pode ser considerada um ponto de transformação para o desenvolvimento do agrupamento de North-West Midlands. Foi lá que a decisão foi feita de que seu programa intensivo de crescimento seria lançado em 4 de Julho de 2009 (ao invés da data planejada, em Ridván de 2010!).

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Imediatamente após a conferência, os ajudantes servindo no agrupamento se reuniram com o membro do Corpo Auxiliar e avaliaram o agrupamento em termos dos quatro critérios para o lançamento de um programa intensivo de crescimento que foram mencionados na conferência, em particular a necessidade de haver 30 a 40 amigos ativamente comprometidos com servir o Plano. Algumas estratégias foram implementadas – incorporando os oferecimentos feitos durante a conferência pelos amigos no agrupamento – incluindo pequenos projetos de ensino, visitas aos lares, e o lançamento de mais atividades centrais. Isto resultou em um dilúvio de atividades e uma pessoa se declarou. Algumas semanas depois, em Fevereiro, a reunião de reflexão do agrupamento foi vibrante. Os amigos compartilharam os feitos ocorridos desde a conferência de Londres, e foi extraordinário ver que, em tão curto espaço de tempo, tanto foi alcançado. Neste encontro, os amigos refletiram mais uma vez sobre as condições necessárias para o lançamento, e consultaram sobre em que eles deveriam se focar. Agora eles estão confiantes de que no começo de Julho poderão lançar seu programa intensivo de crescimento. Por causa deste progresso no agrupamento, um Comitê de Ensino de Área foi nomeado e, em breve, os coordenadores de instituto também serão designados. Estados Unidos. Um crente que participou da conferência regional de Los Angeles disse que agora, pela primeira vez, ela começou a entender o Plano de Cinco Anos e o que a Casa Universal de Justiça estava convocando os bahá’ís do mundo a fazerem. Esta é sua estória, de como ela retornou ao seu agrupamento em Arizona determinada a se tornar uma participante ativa do Plano.

Eu me decidi. Eu iria voltar para casa, em Scottsdale. Eu iria fazer todos os livros do Instituto Ruhi que ainda não havia feito. Eu iria organizar imediatamente uma aula de crianças, e, apesar de que eu fui monitora de pré-jovens por três anos, eu iria fazer algo diferente nisso também. Minhas orações foram respondidas imediatamente. Encontrei uma amiga que poderia facilitar os Livros 4 e 6 para mim e mais outras amigas em minha casa. Eu mandei um e-mail para elas (mães das crianças que são amigas das minhas duas filhas). As respostas foram surpreendentes, imediatas, receptivas, amorosas e encorajadoras. Então agora eu tenho em casa uma aula de crianças do Livro 3A para onze crianças de 10 e 11 anos de idade, nove das quais não são bahá’ís. Eu também tenho em casa uma aula de crianças do Livro 3 para sete crianças de 6, 7 e 8 anos de idade, quatro das quais não são bahá’ís. Ironicamente, no último momento, eu não pude encontrar ninguém para ser a professora da turma do Livro 3 e uma grande amiga minha (que não é bahá’í) se ofereceu, apesar de que ela não tinha nenhuma experiência anterior dando aulas bahá’ís. Até então tivemos 2 sessões. Na segunda sessão havia mais crianças do que na primeira. Os pais (todos os quais não eram bahá’ís) foram extremamente apoiadores, oferecendo-se para trazer o lanche, e até mesmo a serem professores. Eu perguntei se alguém estaria interessado em fazer o Livro 1, mas até agora não temos ainda um grupo de mães e pais... Eu planejei minha primeira reunião devocional deste ano e sei que meus amigos virão. Eu perdi meu medo porque eu sei que dar um presente aos outros não é um ato assustador. É um ato de amor, bondade e serviço ao próximo. Com relação ao grupo de pré-jovens que faço parte – bem, mais uma vez Deus sabe melhor. Eu estou contente de fazer o Livro 5, que por sinal é brilhante!! Eu não posso esperar por retornar ao grupo de pré-jovens que faço parte e discutir com eles sobre a capacidade e o futuro incrível que eles têm, ajudando a transformar a sociedade.

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Preparado sob os auspícios do Centro Internaional de Ensino para a Instituição dos Conselheiros. Extratos dos relatórios citados podem ser editados para melhor correção gramatical, clareza ou extensão do texto. Sua reprodução, total ou parcial, pode ser distribuída dentro da comunidade bahá’í sem permissão prévia do Centro Internacional de Ensino.

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REFLEXÕES SOBRE O CRESCIMENTO – Número'25'–'Agosto'2009'

Acelerando o Segundo Movimento:

Estabelecendo um Programa Intensivo de Crescimento após Dois ou Três Ciclos

Quando a Casa Universal de Justiça, em sua mensagem de 20 de Outubro de 2008 convocou as 41 conferências regionais, ela clamou em oração que os seguidores de Bahá'u'lláh possam "ser concedidos a coragem de fazer quaisquer sacrifícios que sejam necessários para garantir o sucesso retumbante do Plano." Em nenhum lugar os sacrifícios têm sido mais evidentes do que nas notáveis histórias dos pioneiros de frente interna, que foram inspirados pelas conferências a levantarem-se e saírem de suas casas, e mudarem para agrupamentos onde eles poderiam contribuir para o "retumbante sucesso" do Plano de Cinco Anos. Em momentos anteriores temos compartilhado as experiências dos pioneiros de frente interna no avanço de seus agrupamentos. O que é especialmente notável sobre as histórias que seguem é o esforço dedicado e sistemático dos pioneiros de frente interna, "com experiência nos programas do instituto," a levarem um saudável e coerente padrão de crescimento para que os programas intensivos de crescimento sejam lançados em agrupamentos depois de apenas dois ou três ciclos de atividades.

Da mesma forma que essas histórias são inspiradoras e instrutivas, o que é particularmente encorajador é que elas representam apenas uma pequena parcela do extraordinário esforço levado a cabo pelos pioneiros de frente interna em muitas partes do globo. Eles têm realmente aprendido "através de ações consistentes e sistemáticas em como estabelecer um ritmo de crescimento" que leve a um programa intensivo de crescimento, e fazendo-o de forma acelerada.

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Camarões

O que segue é o relato de uma pioneira cuja dedicação, perseverança e confiança na assistência Divina, juntamente com uma estreita colaboração com as instituições da Fé, permitiram-lhe ajudar a estabelecer um programa intensivo de crescimento em um período notavelmente curto de tempo. Esta pioneira foi inspirada a oferecer-se como pioneira de curta duração na conferência regional, realizada em Yaoundé, Camarões, em Novembro de 2008. Ela se encontrou com os amigos do agrupamento Kalfou durante a conferência e, juntos, eles resolveram lançar um programa intensivo de crescimento até o Ridván 2009. Deixando para trás sua família, ela partiu quase que imediatamente para Kalfou.

Deixei Yaoundé e cheguei ao meu posto alguns dias mais tarde, acompanhada do membro do Corpo Auxiliar e um membro do Conselho Regional Bahá'í do

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Extremo Norte. Fui bem recebida e tudo parecia apontar para a vitória. Na primeira manhã eu acordei muito cedo e, depois de algumas orações, juntamente com um instrutor viajante, saímos para apoiar a campanha de ensino que tinha sido lançada anteriormente. Nós visitamos um bairro localizado a 4 quilômetros do Centro. Havia uma grande multidão de crianças, idosos e jovens. Fiquei muito feliz! Nós iniciamos círculos de estudo. No dia seguinte fomos para outro bairro onde também envolvemos os amigos nos círculos de estudo. No terceiro dia, visitamos outra aldeia e fizemos o mesmo e, depois, o instrutor viajante teve que voltar para casa.

Todos os amigos do agrupamento Kalfou com quem tinham consultado na conferência abandonaram o trabalho de ensino. Eles se desculpavam, dizendo que tinham que trabalhar e ganhar o sustento para viver. Os demais deixaram a vila. E os mais ousados disseram que eu estava perdendo o meu tempo, e que não era possível levantar uma comunidade bahá'í, pois a aldeia era animista, e que no passado, o chefe tinha conduzido pessoas religiosas para fora [da aldeia], e que não havia ninguém, nem mesmo os muçulmanos que estavam ali há pouco tempo e, além disto, de que eu era mulher, e as mulheres na tradição Tupuri não podem falar na frente dos homens. Basicamente, nada era possível!

Depois de ouvir atentamente os amigos, perguntei-lhes porque tinham prometido perante Deus a trabalhar pelo Plano, porém após a Conferência de Yaoundé estavam pensando o contrário. Como nenhuma resposta foi dada à minha pergunta, eu lhes disse que nada poderia impedir Deus à alcançar Seu Plano e que, enquanto a Casa Universal de Justiça havia aprovado, tudo ia dar certo, mesmo que ninguém se levantasse. Logo em seguida, uma enorme força tomou conta de todo o meu ser, eu nunca havia sentido isso na minha vida! E este vigor manteve-se presente durante todo o projeto.

Dois dos amigos decidiram juntar-se há mim dia e noite na realização dos trabalhos de expansão e consolidação. Durante três semanas, um ou outro me ajudaria a realizar círculos de estudo. Grandes crises surgiram. O principal desafio foi a elevada taxa de analfabetismo e a necessidade de envolver as pessoas na seqüência de cursos. Eu rapidamente analisei a situação e conclui que eu deveria consultar o membro do Corpo Auxiliar e alguns membros do Conselho Regional. Durante nossa consulta, pedi para ser apoiada por alguém de fora do agrupamento que falasse francês e Tupuri. Então, o membro do Corpo Auxiliar solicitou a um crente em particular de uma área próxima para nos ajudar. Ele veio de sua aldeia todas as manhãs durante 10 dias. Após a próxima reunião de reflexão, lançamos a primeira campanha de instituto logo após a campanha de ensino, o que nos permitiu envolver mais de 30 pessoas.

Quando o Conselheiro me chamou para perguntar como o trabalho estava progredindo, eu lhe disse que havia um monte de gente na base, mas ninguém

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estava avançando, porque a maioria deles era analfabeta. Eu nunca vou esquecer de sua firme e segura voz dizendo, "Senhora, você não veio para Kalfou para iniciar uma rede de intelectuais. Você deve encontrar uma maneira de ajudar os amigos a avançar." Eu estava doente, estressada, com medo, e chorei. Estava triste, mas havia uma voz dizendo: "Preciso continuar!" Fiquei acordada a noite toda orando fervorosamente, e na manhã seguinte, o Todo-Poderoso me inspirou! O milagre era que havia um monte de gente na reunião de reflexão, entre os quais buscadores. Mas, durante a consulta, quando falamos sobre ter uma campanha do instituto que duraria duas semanas, os amigos não concordaram com a idéia. Cada um deles deu razões pelas quais eles não poderiam participar na campanha.

Finalmente, um dos buscadores, que se declarou Bahá'í depois desta consulta levantou-se durante a sessão e disse que ele estava pronto para participar todos os dias das 7 da manhã às 6da tarde, e seu amigo disse que iria acompanhá-lo. Alguns outros amigos timidamente também concordaram em participar, somando um total de 15 pessoas que se comprometeram a participar na primeira campanha do instituto. No entanto, no primeiro dia do curso do instituto, apenas cinco pessoas compareceram.

Assim que atingimos o Instituto Ruhi livro 7, um dos novos crentes, que havia permanecido em silêncio durante os primeiros seis cursos e que eu pensava que não tinha entendido nada me surpreendeu. Ele começou a ler corretamente, enquanto que antes ele tinha dificuldade. Ele explicava as coisas e fazia comentários interessantes. Quando saímos para visitar a casa de sua família, ele falou coisas em uma língua que eu senti profundamente meu coração, e foi assim que eu comecei a entender sua língua materna. Esse amigo estava incendiado!

A fim de realizar o nosso plano, aquele mesmo novo crente nos levou de uma aldeia para a seguinte, que não foi fácil. Apenas os adultos analfabetos responderam à mensagem. Foi um outro desafio, porque precisávamos encontrar pessoas para a segunda campanha do instituto que sabiam ler. Apesar de todos os nossos esforços, ao analisar a situação, nós percebemos que iríamos perder a data para o lançamento de nosso Programa Intensivo de Crescimento. Mais uma vez, a voz do Conselheiro ao telefone disse: "Vá para todas as escolas da região, conversar com os professores, alunos e diretores." A coisa maravilhosa era que nós estávamos todos unidos e compartilhávamos a mesma visão o tempo todo. Quando fomos a uma escola para conversar com os professores, o diretor não concordou. Felizmente, no entanto, já tínhamos alguns alunos daquela escola que participavam nas atividades. Eles conversaram com os outros colegas de 17 anos, e muitos deles vieram juntar-se a nós. No final, contamos com 20 pessoas para esta segunda campanha do instituto.

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Como aconteceu na primeira campanha, no primeiro dia apenas algumas pessoas apareceram. Isso foi terrível porque tínhamos colocado todas as nossas energias nisto, e nós estávamos cansados e decepcionados. Mas a crise não durou muito. Nós consultamos e decidimos levar a campanha do instituto, simultaneamente a campanha de ensino. Nós revisitamos os lugares onde havíamos ensinado, e nada! Então, nos sentamos debaixo de uma árvore, e as pessoas que estavam passando começaram a perguntar o que estávamos fazendo o dia inteiro debaixo de uma árvore. Nós respondemos que Deus tinha lançado um programa naquela aldeia e que estamos à procura de almas puras para realizar este plano, e que não nos restava muito tempo, e , se estavam interessados, poderiam estudar um curso de duas semanas. Eles juntaram-se a nós! Outros nos paravam na estrada e diziam que eles sabiam que eu estava na aldeia e queriam saber a razão da minha presença. Então nós explicamos para eles a importância do programa. Desta forma, através de crise e vitória, nós conseguimos lançar o nosso programa intensivo de crescimento.

Eu não podia acreditar que esses amigos pudessem alcançar tal façanha! Depois de reconhecerem a Abençoada Beleza, eles se levantaram para organizar uma festa para o lançamento do programa intensivo de crescimento. Quase 250 pessoas participaram! O que mais me tocou foi a extensão das consultas realizadas entre os amigos recém-declarados e os representantes das instituições - o Conselheiro, o membro do Corpo Auxiliar, e o membro do Conselho Regional. Em suma, eu compreendi a importância de trabalhar juntos em consulta, e em particular, a importância de obedecer às instituições. Eu nunca vou esquecer esta experiência! Tivemos 110 declarações; duas Assembléias Espirituais Locais foram eleitas; todas as atividades centrais estavam em andamento, e na aldeia todas as crianças recitam a oração: "Ó Deus, guia-me, protege-me...".

Nepal

A experiência no agrupamento Chitwan demonstra como através da união de esforços, reforçado pelo estabelecimento de um pioneiro eficaz, pode fazer milagres. Essa conquista é muito gratificante em muitos dos novos crentes ativos que vêm de uma minoria indígena marginalizada, que anteriormente tinham pouca ou nenhuma representação entre os crentes.

O agrupamento Chitwan era essencialmente um agrupamento "D" com uns poucos crentes na lista de adeptos, mas sem nenhuma atividade. O agrupamento foi escolhido para ser o foco de uma campanha intensiva de ensino como parte de um intensivo curso do instituto em uma localização central. Dentro de aproximadamente um mês após a campanha, uma pioneira de frente interna de curta duração se estabeleceu em uma nova aldeia no agrupamento onde ela residia com os parentes. Seu objetivo era de permanecer

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por três meses e durante esse tempo estabelecer o processo de instituto. Dentro de algumas semanas, ela havia começado um círculo de estudo e uma reunião devocional regular, atraindo principalmente estudantes. Eles deveriam ir diariamente após a escola por duas horas. Ela também começou aulas de crianças com 12 crianças.

Após pouco mais de três semanas, os participantes do círculo de estudo haviam concluído o Livro 1 e iniciaram o Livro 2. Visitas aos lares foram realizadas pelos participantes. Três semanas mais tarde, o círculo de estudo passou para o Livro 3 e começou a observar e ajudar nas aula de crianças anteriormente estabelecidas. Este livro foi concluído em pouco menos de três semanas e assim os amigos iniciaram o estudo do Livro 4. Quando os oito participantes do círculo de estudo estavam prontos para iniciar o estudo dos Livros 6 e 7, foram enviados para um local central para treinamento, onde completaram de forma intensiva em aproximadamente duas semanas.

Depois que estes oito amigos entusiasmados retornaram para suas casas, não demorou a levarem a Fé para as aldeias próximas, onde eles iniciaram círculos de estudo e aulas para crianças. Quando membros da família ouviam suas crianças cantando canções Bahá'ís e recitando orações bahá'ís, eles foram impelidos a se reunir com os professores Bahá'ís para aprenderem mais sobre o que eles estavam ensinando a seus filhos, porque eles gostaram muito do que ouviram. Muitas oportunidades apareceram para ensinar as famílias. A Fé começou a se expandir muito rapidamente na área. Os crentes começaram a receber pedidos para realizar novos círculos de estudo em outras aldeias.

Os crentes no agrupamento Lalitpur, que já haviam lançado um programa intensivo de crescimento, decidiram durante a conferência regional em Nova Deli a apoiar as atividades em Chitwan, e ajudar os amigos a alcançar o seu objetivo de estabelecer um programa intensivo de crescimento. Foi definido durante a conferência de que o lançamento deveria ocorrer até o Ridván 2009, e os crentes de Lalitpur não perderam tempo em, nos finais de semana visitar e ajudar a pioneira e outros amigos em Chitwan para atingirem esta meta. O apoio foi recíproco; amigos de Chitwan também ajudaram com as campanhas de ensino e visitas aos lares em Lalitpur.

A meta foi atingida em 11 de Abril de 2009, com 115 amigos presentes para comemorar o lançamento do programa intensivo de crescimento. Nos primeiros dois dias da fase de expansão, 20 novos crentes se declararam!

Reino Unido

Localizado a 12 horas de barco do continente escocês, a bela desarborizada e selvagem Ilha Shetlands, tem uma população total de 23.000 habitantes e apenas 37 bahá'ís. Dois jovens da Inglaterra levantaram-se para servir como pioneiros de frente interna e, mudaram-se

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para este remoto agrupamento um pouco antes da conferência regional de Londres, onde os amigos da Shetlands estabeleceram o ambicioso objetivo: o de avançar seu agrupamento de "C" para "A" em menos de três ciclos.

Os pioneiros preparam-se para acompanhar os amigos no estabelecimento das atividades centrais e envolver mais participantes da comunidade em geral. Eles constantemente se volviam para as orientações do Plano de Cinco Anos e para os cursos do instituto. Eles descobriram maneiras de fazer amigos e ensinar a Fé. Um deles começou a freqüentar um clube de basquete.

As instituições da Fé têm dado atenção focada para estas ilhas. O membro do Corpo Auxiliar fez viagens mensais, geralmente permanecendo por uma semana, enquanto ela acompanhava os amigos durante o serviço, estudava as guias com eles, visitava os lares e ajudava-os a fazerem planos. Entre as visitas, as consultas por telefone com os jovens pioneiros os ajudaram a seguir em seus planos. O Conselho Regional canalizou recursos para que os seus membros pudessem realizar visitas, consultar, e incentivar os amigos. Dedicados e capazes professores itinerantes emprestaram seus apoios. Um projeto de verão de três meses de ensino permitiu que 13 jovens do Reino Unido, todos treinados e experientes, pudessem dar curtos períodos de serviço e assistência a este agrupamento.

Amigos no agrupamento comentaram que os pioneiros de frente interna "trouxeram amor e energia" e que eles eram "focados e bons modelos." Eles "ajudaram as pessoas a se tornarem energizadas" e foram "bem treinados nas atividades centrais e capazes de iniciá-las."

Um dos pioneiros disse que inicialmente achava as coisas mais difíceis em um novo ambiente onde ele não conhecia ninguém. Mas as coisas mudaram rapidamente. Ele disse com alegria: "Foi o melhor ano da minha vida". O outro pioneiro escreveu: "Quanto mais eu apresento a fé, mais me sinto como um novo Bahá'í! Eu gostaria de transmitir corretamente a você o que está acontecendo aqui e que estou aprendendo, porque é diferente de tudo que já experimentei. Você está tão certo; é um privilégio ser capaz de servir desta maneira".

Entre março e agosto de 2009, o número de indivíduos que participam ativamente no trabalho de expansão e consolidação têm aumentado de 9 para 19, o número de buscados envolvidos nas atividades centrais aumentou de 27 para 40, e houve 5 novas declarações. Uma nova aula de crianças, um grupo de pré-jovens, e 5 novos círculos de estudos foram iniciados. E os amigos estão a caminho de lançar seu programa intensivo de crescimento já em Novembro!

Índia

Um bem preparado pioneiro de frente interna pode afetar a vida de muitas pessoas e se tornar o catalisador para rapidamente acelerar o desenvolvimento de uma comunidade. Um exemplo admirável é relato abaixo.

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Um curioso jovem de 16 anos notou um grupo de pessoas em outra aldeia estudando juntos. Quando ele perguntou sobre o que estavam fazendo, ele ficou intrigado com os textos que eram discutidos e perguntou ao facilitador, se um curso semelhante poderia ser realizado em sua própria aldeia. Ele e o facilitador organizaram uma campanha de 22 dias do Instituto, e assegurou que seus amigos e parentes comparecessem. No entanto, este mesmo jovem não foi capaz de assistir às sessões regularmente. Assim, determinaram que ele fosse seguir corretamente a seqüência completa de cursos num intensivo curso do instituto em Panchgani.

A experiência deste jovem em Panchgani provou ser extremamente útil, pois lá o componente do serviço foi enfatizado, permitindo que ele e seus colegas construíssem diferentes capacidades. Durante seu tempo ali, este jovem decidiu dar três meses de serviço para a Fé ao terminara seqüência. Depois de apenas alguns dias de volta para casa com sua família, ele os deixou para servir como um pioneiro de curto prazo em um agrupamento vizinho.

No início, esse corajoso jovem enfrentou muitos desafios em seu posto. Os participantes do primeiro círculo de estudo que ele iniciou não foram sérios. Em seguida, com outro Bahá'í ele ensinou a Fé para 10 pessoas em uma localidade diferente. Eles começaram um círculo de estudo com os 10 e foi possível encerrar o Livro 1 em quatro dias, mas os participantes não compareceram regularmente. Então eles começaram a ter as aulas de forma semanal. Seis participantes passaram pela seqüência de cursos até o Livro 6. Lentamente ele estava aprendendo como manter os participantes motivados para atravessar todo programa.

Este jovem pioneiro também garantiu que, juntamente com o estudo dos textos de cada livro, seus participantes realizassem atos de serviço. Assim, quando eles terminaram o Livro 1, ele pediu-lhes para iniciar reuniões devocionais. Depois do Livro 3, ele incentivou-os a iniciar aulas de crianças. Alguns deles se juntaram no ensino quando estavam estudando o Livro 6.

Depois, o pioneiro iniciou outro círculo de estudo em uma terceira localidade. Havia quatro participantes neste círculo que seguiram na seqüência até o livro 3. Consequentemente, dentro de alguns meses, este pioneiro estava trabalhando diretamente com 10 pessoas: seis no Livro 6 e quatro no Livro 3. Mas esse não era o círculo completo da influência deste inspirador jovem - através dessas 10 pessoas ele foi capaz de influenciar a vida de mais de 100 outras! O total de atividades estabelecidas pelos participantes dos círculos incluiu 6 reuniões devocionais regulares, 3 aulas de crianças e 1 círculo de estudo adicional, que todos juntos atraíram um total de 104 participantes. Além disso, muitos desses amigos estão agora participando em equipes de ensino durante as campanhas coletivas.

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Claramente, os esforços consagrados de um indivíduo têm o poder de mudar uma comunidade. Seus três meses de serviço transformaram-se em nove e, no fim, ele decidiu não deixar o posto de pioneirismo até que um programa intensivo de crescimento tenha sido firmemente estabelecido.

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REFLEXÕES SOBRE O CRESCIMENTO – Número'26'–'Dezembro'

2009'

Construindo Capacidade: “A Preocupação Dominante nos Próximos Anos”

Próximo ao final da mensagem de 27 de Dezembro de 2005, na qual foi apresentado o marco deste Plano de Cinco de Anos, a Casa Universal de Justiça explicou que “a capacidade de manter o crescimento no agrupamento deve permanecer como a preocupação dominante nos próximos anos”. Experiências nos agrupamentos com o programa intensivo de crescimento têm demonstrado que quer os amigos considerem o fortalecimento do processo de instituto, a qualidade das atividades centrais, o ritmo do ensino ou a efetividade do esquema de coordenação, a chave para a sustentabilidade em todas estas áreas é a construção de capacidade – a capacidade dos facilitadores, coordenadores, professores e das agências do agrupamento.

Ainda que a importância da construção de capacidade seja geralmente reconhecida, as reais implicações desta, ou mais especificamente, quais ações devem ser realizadas para gradualmente aumentar a capacidade nos indivíduos e instituições é algo menos compreendido. Sem dúvida, isto constituirá uma área crítica de aprendizagem no próximo ano e muito depois de se alcançar a meta do lançamento dos 1500 programas intensivos de crescimento. Nas seleções que se seguem podemos aprender de primeira mão dos relatos dos crentes que compartilham percepções de sua própria experiência sobre a construção de capacidade em outros, os quais estão servindo no nível do agrupamento.

Na primeira história, um crente que havia sido uma facilitadora e participante ativa nas atividades do agrupamento descreve como foi acompanhada de perto após ter recebido uma desafiadora tarefa de servir como coordenadora de instituto no nível de agrupamento. O segundo relato apresenta a experiência de um coordenador nacional de pré-jovens no apoio e desenvolvimento da capacidade de um coordenador de agrupamento. No terceiro bloco, uma pessoa recurso para expansão e consolidação compartilha pensamentos de sua experiência em acompanhar as agencias do agrupamento para um nível mais elevado de funcionamento. E, na última história, um coordenador regional de pré-jovens reflete sobre seus esforços para reconhecer e construir capacidade tanto nos coordenadores no nível de agrupamento quanto nos monitores.

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Colômbia

Um crente relata como a nutrição e o acompanhamento que recebeu do membro do Corpo Auxiliar para levar avante as atividades centrais efetivamente a preparou para servir como coordenadora do agrupamento. Ela entrou no processo de instituto quando era jovem e rapidamente desenvolveu sua capacidade para servir. Ela se esforçou em transmitir aos crentes, com quem ela interagia, a visão do Plano, a atitude de

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aprendizagem e o espírito de encorajamento que ela havia adquirido através do membro do Corpo Auxiliar.

O membro do Corpo Auxiliar, quem naquele tempo estava servindo como coordenador da seqüência dos cursos, sempre me acompanhou e lhe sou grata por isto, do fundo do meu coração. Para mim, ele tem sido como um pai guiando sua filha, dando a mim a oportunidade de consultar livremente com ele. Eu sempre espero uma resposta sincera e amorosa, a qual é sempre focalizada no caminho do serviço.

Um dia fui convidada para uma reunião, a fim de avaliar o ciclo de três meses do nosso agrupamento e fui informada que o instituto havia pensando em mim para servir como coordenadora dos círculos de estudo. Pareceu-me uma tremenda responsabilidade. Eu sabia que a seqüência dos cursos é vital para o processo de preparação dos indivíduos de diferentes comunidades para o serviço. Algumas vezes à noite eu estava tão nervosa que não conseguia nem dormir, mas era uma oportunidade que eu não poderia perder; uma oportunidade para aprender e agradecer a Deus e a Bahá´u´lláh por poder servi-Lo. Era um desafio único. Eu estava comovida; chorei; eu não pude acreditar. Senti a necessidade de explorar muitas coisas que estavam ocultas dentro de mim e que eu nunca havia desenvolvido. Finalmente aceitei e agora percebo que aprendemos à medida que trabalhamos. Quanto mais trabalhamos, mais aprendemos e as Hostes Divinas nos acompanham se trabalharmos com pureza de motivo, se mantiver uma atitude de aprendizagem. Este é um ponto importante para qualquer coordenador que deseja realmente avançar. Se perdermos esta atitude, não nos beneficiamos das contribuições de todos a nossa volta.

A meta era clara: sustentar o que tínhamos; esforçar-nos para manter a dinâmica dos círculos de estudos, seguir crescendo, mobilizar mais facilitadores, manter um fluxo constante no avanço de recursos humanos na “pirâmide”, acompanhar os facilitadores para que mantenham sua regularidade e entusiasmo, e para utilizarem a oportunidade de ajudar outros a crescerem até onde nós crescemos. Eu estava ciente de que se eu mesma não estivesse disposta e entusiasmada, não seria capaz de transmitir nada aos demais, nem de encorajá-los. Este era um requisito para estar próximo e acompanhar os facilitadores, os participantes e aos pais dos participantes. Neste processo, descobri que é muito importante ser amiga de todos – até mesmo do homem da loja, do motorista, de todos – para sentir, em qualquer comunidade que chegamos que nossa identidade é a de ser um Bahá´í, que todos saibam disto, e que nós não somos estranhos dentre eles. O coordenador não está em um nível diferente; nós todos somos iguais. Devemos nos sentir iguais a todos, especialmente em comunidades nas quais as pessoas levantam-se para realizar serviços meritórios, e ser sempre grata e fazer com que sintam que isto, de

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fato, é o propósito da vida – ser capaz de servir aos outros, tanto dentro quanto fora da comunidade em que residam.

Para manter a dinâmica dos círculos de estudos, bem como o fluxo constante de recursos, o coordenador deve sempre estar alerta a tudo, ser organizado, e delinear um plano de trabalho para ser sistematicamente desenvolvido durante o ciclo. Ele ou ela também deve ser amigos dos participantes, cumprimentá-los amorosamente, perguntar-lhes sobre o seu progresso nos estudos, e ver se estão felizes. Se alguém não estiver participando do círculo de estudo, visite-o na sua casa e sempre transmita à sua família a importância dos círculos de estudos. Isto é altamente útil para a manutenção da dinâmica dos cursos em andamento.

O acompanhamento deve ser realizado tanto para os facilitadores quanto para os participantes. Facilitadores não podem ser deixados por muito tempo sozinhos; eles precisam de muito apoio, tanto na atividade quanto em geral. Aprofundamento nas citações sobre os diferentes temas com os facilitadores, os ajuda a ampliar sua perspectiva e a compreender ainda mais o valor da oportunidade de servir. Quando visito facilitadores, tento ajudá-los a refletir sobre a importância de ajudar aos demais; deveríamos todos nos lembrar que em algum momento alguém fez o mesmo por nós, foi paciente conosco e nos ajudou a crescer. Não aprendemos para nós mesmos, mas para oferecer isso aos demais e servir a humanidade.

Algumas vezes sentimos cansados porque requer muita vontade, confiança em Deus e sacrifício. Mas é uma oportunidade e um privilégio dado a nós. Quando penso sobre a promessa de Bahá´ú´lláh para este dia e Seu amor, isto me dá forças para esquecer o meu descanso e continuar me esforçando e avançando.

Malásia

O coordenador nacional de pré-jovens relata a abordagem que ele utilizou para estimular a efetividade da coordenadora de pré-jovens em um agrupamento particular. As sugestões específicas dadas por ele, somadas com seu apoio pessoal, ajudou a desenvolver capacidade dela e também estabeleceu um exemplo de como acompanhar aos monitores.

Quando o coordenador nacional visitou o agrupamento, a primeira coisa que ele fez foi se reunir com a coordenadora do agrupamento e discutir sobre sua experiência na implementação do programa de pré-jovens. Ele descobriu que os monitores em sua área pareciam não estar dispostos em participar das reuniões de monitores, assim foi um desafio desenvolver suas habilidades. Ele ofereceu ajudá-la a desenvolver uma relação mais próxima aos monitores e juntos desenvolveram um plano de ação. Segue o seu relato:

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Eu sugeri que se ela fosse construir relacionamentos fortes com os monitores, ela deveria deixar de ser uma “estatística” para se tornar uma amiga. Visitas regulares aos monitores poderiam auxiliar na construção de um relacionamento com boa amizade.

Passamos por todos os nomes dos participantes atualmente engajados na seqüência do instituto e listamos aqueles que haviam completado o Livro 5 do Instituto Ruhi e aqueles que estavam em andamento. Listamos os nomes daqueles que já estavam servindo como monitores e aqueles que no passado já haviam servido como monitores e, então, planejamos nossas visitas a esses amigos.

Durante as primeiras visitas, auxiliei a coordenadora do agrupamento a pensar em possíveis tópicos para serem discutidos durante as nossas visitas: projetos de serviço, atividades complementares, visitas aos pais, problemas com os encontros de monitores, o nível de envolvimento dos pré-jovens na formulação das atividades do grupo e suas discussões, e assim por diante. Ela aprendeu rapidamente e introduziu estes elementos nas suas conversas com os monitores nas visitas subseqüentes. Sua sinceridade e humildade tocaram os corações dos monitores, e eu puder ver que, como resultado, eles agora consultaram com ela sobre os seus problemas. Um, em particular, expressou que precisava de ajuda com a expansão do grupo e também nas visitas aos pais, e ela rapidamente planejou uma campanha de visita com ele.

Com indivíduos que pensamos que poderiam iniciar grupos de pré-jovens, fomos diretos e honestos sobre o propósito de nossa visita. Perguntamos se eles gostariam de se tornar monitores e se poderíamos lhes ajudar a formar o grupo acompanhando-os na realização dos convites aos participantes e na explicação do programa aos pais. Com aqueles que concordaram em iniciar novos grupos, definimos as datas para realizar os convites.

Sobre como melhorar as reuniões com os monitores, eu sugeri que realizássemos um treinamento de habilidades sobre o “papel de um monitor” durante o tempo da minha visita. Naquele dia, 13 monitores e potenciais monitores vieram. Durante a reflexão, um dos monitores disse que agora entendeu que o trabalho de um monitor não era o de planejar atividades para os grupos de pré-jovens, mas de ajudá-los no seu planejamento e apoiá-los nos seus esforços. Eu oro e espero que os futuros encontros continuem a ter uma grande participação e que os monitores percebam a importância de adotar uma postura de aprendizagem.

Papua Nova Guiné

Uma pessoa recurso da Austrália foi solicitada despender um tempo num agrupamento de uma remota ilha da Papua Nova Guiné. O agrupamento, designado como potencial centro

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de aprendizagem tem demonstrado um alto nível de receptividade, mas não conseguiu sustentar suas atividades centrais e o trabalho de ensino sem apoio externo. Este crente focalizou sua atenção no fortalecimento da capacidade das agências do agrupamento. Dentro de poucas semanas, os crentes locais foram capazes de assumir total propriedade do plano.

Durante este período as agências do agrupamento foram acompanhadas pela pessoa recurso na medida em que iniciaram a planejar, coordenar e facilitar as atividades para a próximo ciclo de crescimento. Além do acompanhamento um a um, ele proveu treinamento com um forte foco no processo de instituto e o processo e as implicações de realização de um programa intensivo de crescimento. O treinamento incluiu o estudo dos principais documentos do Centro Mundial Bahá´í.

O crente ajudou os amigos locais a refletirem sobre os ciclos anteriores de crescimento e seus desafios da consolidação de grandes números de novos crentes. Um número de deficiências foram identificadas e debatidas. Os amigos também conseguiram ver claramente que os planos sistemáticos precisavam ser realizados no próprio local onde o crescimento estava ocorrendo – nos bairros – e não através de eventos com ampla abrangência no agrupamento. A pessoa recurso relatou como ele auxiliou os crentes locais a analisarem seu agrupamento.

Eu tive uma encantadora experiência com as análises. A forma com que a análise foi abordada foi a de inicialmente refletir sobre as lições aprendidas e a identificar o que precisava ser ajustado e que aprendizados devem ser levados adiante. Em segundo lugar foi o estudo dos documentos pertinentes do Centro Mundial. Desta forma, os amigos estavam conscientes das estratégias e suas implicações básicas no processo de crescimento. Estas estratégias foram escritas num quadro visível durante todo o processo de análise. Pergunta por pergunta, cada membro da agência passou pelo marco para análise, num processo de consulta guiada, respondendo pergunta por pergunta, investigando suas implicações, e como aplicar a estratégia requerida. Durante esse processo, perguntas adicionais foram identificadas, como necessárias à análise. Uma vez que o marco para a análise tinha sido completado, uma lista de todas as estratégias necessárias foi compilada em outro quadro. Um diagrama do ciclo de atividades foi desenhado, e as estratégias, uma a uma, foram colocadas no cronograma do ciclo; durante as consultas algumas atividades foram identificadas como tendo que ocorrer mais de uma vez durante o ciclo. Neste ponto, as responsabilidades para as atividades foram designadas para as respectivas agências do agrupamento, as quais, de agora em adiante, iriam planejar.

Uma das percepções obtidas durante este exercício foi que o segmento mais receptivo da população, o qual também seria um dos que mais rapidamente levantar-se-ia para servir, seria o segmento dos jovens. Os membros das agências do agrupamento

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também perceberam que a idéia de que a capacidade estava unicamente associada à escolaridade era falsa. Após a reflexão, eles vieram a considerar a capacidade de serviço não apenas como a capacidade intelectual, mas também as qualidades que levarão os crentes ao serviço abnegado.

Outro fruto do aprendizado da análise foi a decisão de mudar os métodos empregados durante as campanhas de ensino. Ao invés de grupos de instrutores saírem para visitar famílias inteiras à noite, como tinha sido realizado no passado, o ensino iria ser realizado por equipes de ensino de apenas duas pessoas cada. As equipes buscariam jovens durante o dia e os ensinaria uma pessoa de cada vez. Eles iriam levar cópias do Livro 1, a fim de que o buscador ou novo crente pudesse ser introduzido imediatamente no processo de instituto. A cada entardecer, aqueles ensinados durante o dia seriam visitados e auxiliados a compartilhar a nova Fé com suas famílias. As equipes iriam refletir freqüentemente sobre suas ações e realizariam ajustes na medida em que a campanha de ensino progredisse. Quando este método foi testado, ele provou ser muito mais eficaz que as abordagens anteriores.

Além disso, pela primeira vez, a consolidação foi planejada desde o início. Em preparação para a segunda fase do ciclo, cursos de revisão para aqueles que já haviam passado pela seqüência dos cursos do instituto foram planejados para o período anterior a campanha intensiva de ensino. Isto construiu capacidade para o serviço entre os crentes do agrupamento e ajudou as agências do agrupamento para preparar um ambiente, no qual novos crentes podiam rapidamente ser nutridos. Visitas aos lares e ciclos de estudo intensivos foram planejadas para a fase de consolidação, naturalmente transformando a campanha de ensino em uma campanha do instituto.

Até a data em que a pessoa recurso deixou o agrupamento, havia 50 novos crentes, dos quais 15 concluíram o Livro 1. Outros 30 crentes, que haviam entrado na campanha de 50 dias do instituto, avançaram até o Livro 6.

Reino Unido

O coordenador regional para programa de pré-jovens na Inglaterra explica como um dos desafios nesta fase de desenvolvimento das atividades centrais é a identificação de crentes que possuam tanto a capacidade quanto experiência requerida para servir como coordenador do agrupamento. Ela descreve como se esforça para construir capacidade nos coordenadores de pré-jovens e, ao mesmo tempo, nutrir monitores que demonstram potencial para servirem, no futuro, como coordenadores de agrupamento.

Os coordenadores com quem eu mais aprendi foram aqueles com os quais eu posso agir, refletir e consultar. Assumir um modo de aprendizagem tem me ajudado a desenvolver um melhor relacionamento com os coordenadores e aprender o que estão fazendo.

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Houve diversos desafios no desenvolvimento de uma estreita colaboração com alguns dos coordenadores. Muitos têm uma agenda muito cheia e não são capazes de priorizar a participação nas reuniões regionais e outras atividades relacionadas à coordenação. Alguns deles não possuem experiência como monitor de um grupo regular de pré-jovens e não sentem que eles têm tempo suficiente para ser tanto monitor seu próprio grupo de pré-jovem como coordenar o serviço de outros monitores. Com experiência limitada, eles lutam para acompanhar os outros nas atividades nas quais eles não têm experiência. O desafio agora é aumentar a capacidade dos demais para servirem como futuros coordenadores.

À luz destes desafios, as perguntas que temos feito a nós mesmos são: Como identificamos coordenadores de agrupamento? Quais são as qualidades vitais de um bom coordenador? E, como acompanhar os monitores de pré-jovens para tornarem-se coordenadores?

Um dos benefícios de se realizar reuniões regionais tem sido interagir com monitores que, creio eu, poderiam potencialmente servir no futuro como coordenadores de agrupamento. No início deste ano, uma reunião regional para monitores experientes foi realizada, com a participação de 45 pessoas. Os monitores fizeram planos detalhados de como iriam desenvolver o seu grupo de pré-jovens ou o programa de pré-jovens nas suas áreas. Mantive contato próximo aos monitores que senti serem os mais receptivos ao encorajamento e que tinham os planos mais realistas. Após quatro meses, foi realizada uma reunião de follow-up, onde os monitores que fizeram um esforço significativo foram convidados a participar. Adicionalmente, alguns novos monitores que demonstraram dedicação e comprometimento a estas atividades foram também convidados a participar. Das aproximadamente 50 pessoas que participaram das duas reuniões, se tornou claro quais dos monitores foram capazes de planejar, agir e refletir à luz da experiência. Alguns dos amigos mais experientes foram encorajados a aprender como expandir os seus grupos de pré-jovens e a desenvolver relacionamentos com as famílias; outros foram encorajados a treinarem outros e acompanhá-los no estabelecimento de grupos de pré-jovens.

Comecei a trabalhar mais de perto com os monitores que demonstravam maior potencial. Alguns daqueles que tenho visitado regularmente têm vindo a ficar comigo em Oxford, onde os tenho levado a realizar visitas aos lares para aprenderem a trabalhar com outros jovens da comunidade. Interagindo com estes monitores por quase um ano, isto tem me dado a oportunidade para ver quais os amigos são capazes de criar o tempo em suas vidas para direcionar suas energias em direção ao crescimento dos programas de pré-jovens.

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Preparado(sob(os(auspícios(do(Centro(Internaional(de(Ensino(para(a(Instituição(dos(Conselheiros.(Extratos(dos(relatórios(citados(podem(ser(editados(para(melhor( correção(gramatical,( clareza(ou(extensão(do( texto.( Sua( reprodução,( total(ou(parcial,( pode( ser(distribuída(dentro(da(comunidade(bahá’í(sem(permissão(prévia(do(Centro(Internacional(de(Ensino.!

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REFLEXÕES SOBRE O CRESCIMENTO – Número 27 – Setembro 2011

Fortalecendo o Instituto de Treinamento: A Importância de Encontros para Reflexão

Em sua mensagem do Ridván de 2010, a Casa Universal de Justiça conclamou os crentes e as instituições a fortalecer o processo de instituto, o instrumento crítico para a realização do potencial de populações locais para criar a “dinâmica de um movimento irreprimível.”.

Em resposta a esse chamado, no ano passado, os Conselheiros, em íntima colaboração com o Centro Internacional de Ensino, realizaram encontros de coordenadores de círculos de estudo, para considerar algumas das questões relacionadas ao trabalho do instituto em nível de agrupamento. Vários desses eventos, frequentemente chamados de seminários de instituto, foram realizados pelo mundo, envolvendo a aproximadamente 1.200 pessoas, provenientes de mais de 500 dos agrupamentos mais avançados.

Outros participantes nos seminários incluíram membros do Corpo Auxiliar, representantes de coordenações de instituto, e, em alguns casos, de órgãos administrativos regionais e nacionais.

Uma das principais metas dos seminários foi fortalecer a capacidade dos institutos de treinamento em organizar encontros de reflexão que permitissem aos que serviam como coordenadores rever e compartilhar o que estivessem aprendendo no campo. As principais considerações incluíam aumentar “o número daqueles capazes de agir como tutores de círculos de estudo” e a “qualidade do processo educacional fomentado no âmbito do círculo de estudo.” Atividades como o estudo da guia da Casa de Justiça, revisão dos livros do instituto, e trabalho de campo, permitiram aos participantes desenvolver adicionalmente a sua capacidade de operar em um modo de aprendizagem: consultar com propósito, agir sistematicamente e refletir eficientemente.

Encenações feitas pelos participantes provaram ser uma ferramenta altamente eficiente na revisão de livros do Instituto Ruhí e seus componentes de prática, e na aprendizagem de como auxiliar os que estudam os cursos do instituto a iniciar atos de serviço. Através de visitas ao campo, os participantes imediatamente colocavam em prática o que estavam aprendendo. O envolvimento de membros de outras instituições, especialmente membros do Corpo Auxiliar, demonstrou quão valiosas são as consultas com outros que estejam colaborando no nível do agrupamento para fomentar a unidade de visão, pensamento e ação.

Nesta edição, amigos de diferentes partes do mundo compartilham suas experiências de consulta, ação e consulta, nos seminários do instituto. Eles também relatam como as percepções que adquiriram nesses encontros estão sendo aplicadas em seus esforços em seus agrupamentos. As histórias ilustram como a reflexão bem organizada pode contribuir para fortalecer o processo de instituto, “um instrumento de potencialidades ilimitadas.”

I. Experiências durante os seminários: Participantes em seminários do instituto compartilham o que aprenderam durante os mesmos sobre acompanhar tutores, destacando o valor de visitá-los no campo e conversar com eles regularmente sobre o seu trabalho.

Austrália

Para mim, o seminário do instituto consolidou o pensamento recente sobre o que significa acompanhar alguém. Ajudou a moldar o conceito, o papel, e as atividades de um coordenador de instituto. Anteriormente, eu não tinha certeza sobre como abordar as tarefas do coordenador.

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O que um coordenador deve fazer?

No seminário, eu fui levado em uma viagem, onde tudo era abordado com uma postura humilde de aprendizagem – não recebemos fórmulas para seguir, mas, na verdade, padrões de atividade para aprender a respeito e redefinir. Isso criou uma sede e motivação para voltar aos meus agrupamentos e agir, refletir e aprender!

Poder estudar e explorar algumas das atividades de um coordenador e começar imediatamente a aprender sobre elas, indo ao campo e colocando-as em ação, foi uma experiência tão incrível – ao mesmo tempo tão apavorante, mas também tão emocionante e empoderadora. Eu fui lançada no campo de ação, com as palmas das mãos suando, sentindo-me despreparada, devido ao que acreditava ser o meu entendimento limitado. Mas essa não era a questão – eu estava lá para aprender. Palavras não podem descrever o sentimento de excitação enquanto corríamos para os carros e partíamos em diferentes direções para colocar em ação o que havíamos estudado. As visitas ao campo exigiram coragem, confiança em Deus e humildade.

Eu ficava extremamente ansioso para voltar ao seminário, querendo compartilhar minhas experiências e refletir com os outros sobre o que havíamos aprendido. O entendimento que eu havia adquirido, a coragem que pensava que nunca tinha tido, os laços que foram criados servindo ombro a ombro com outros, o amor que recebi dos amigos que visitamos – para mim esses foram os destaques do seminário. Aconteceu uma reflexão tão profunda, uma experiência tão inesquecível.

O meu entendimento avançou exponencialmente quando o estudo e a ação foram realizados simultaneamente. Essa maneira de estudar, agir, e refletir foi uma experiência tão efetiva para mim como coordenadora. Ela me deu uma percepção de como uma coordenadora pode encorajar e apoiar os tutores e como um tutor pode fazer o mesmo para os participantes de círculo de estudo.

Uganda

Outra área sobre a qual aprendemos foi a visita aos tutores e outros amigos que completaram o Livro 7. Isso me ajudou a saber como abordá-los, realizar discussões significativas sobre o progresso dos círculos de estudo que estão facilitando, identificar novas percepções e discutir o que deve ser feito em seguida. Também me ajudou a comparar observações em vários círculos de estudo e compartilhá-las com outros tutores.

Além disso, aprendi a realizar reflexões individualmente com cada tutor de como avaliar a participação e o entendimento que estão sendo adquiridos pelos membros do círculo de estudo.

Eu aprendi através de consultas, reflexão, e participando de círculos de estudo, de modo que agora eu organizo minhas visitas aos que concluíram o Livro 7 em torno dos conceitos de identificar diferentes maneiras de começar um círculo de estudo, a mobilização dos participantes e o planejamento.

Também adquiri percepções durante o seminário, sobre aumentar o entendimento dos participantes. Isso me ajudou, a partir do ponto de mobilização, até o início de um círculo de estudo, quando uma visão de um livro em particular é claramente transmitida aos participantes durante a sua primeira reunião. Isso é feito sob forma de uma orientação sobre o material que irão estudar e o que é esperado quando da conclusão do curso. Também é útil saber suas expectativas no quando iniciam o livro.

Encenações dos participantes e visitas a campo provaram ser abordagens úteis nos encontros

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e melhoraram a experiência de aprendizagem dos participantes.

Alemanha

Encenações dos participantes e trabalho de campo ajudaram a traduzir o estudo em ação, e essa experiência concreta resultou em um entendimento mais profundo. O modo como as encenações foram usadas aprimorou o nosso aprendizado, porque o que havíamos consultado no seminário podia então ser visto ao se criar uma situação real. As histórias das encenações eram bem concebidas e tinham um propósito claro, o que tornou muito útil o subseqüente compartilhamento de observações e insights.

O trabalho de campo também foi chave. Um dos participantes disse que toda a energia vinha das visitas a campo. Embora as vizinhanças estivessem em seus estágios iniciais de desenvolvimento, havia atividades centrais ocorrendo em algumas. Algumas visitas aos lares puderam ser organizadas com antecedência, enquanto outras ocorreram sem aviso prévio. Também participamos em atividades com a comunidade e ensino – e as revisitas surgiram naturalmente. A maioria dos participantes pareceu inspirar-se ao obter um senso do que poderia ser a construção de comunidades. Foi igualmente útil o fato de que alguns deles, a depender do tipo de vizinhança que visitaram, também experimentaram os desafios envolvidos.

Mongólia

As encenações são efetivas porque os facilitadores podem ver quanto do tópico ainda precisa ser discutido. Por exemplo, quando estávamos discutindo o parágrafo 10 da mensagem do Ridván de 2010 e a Unidade 2, Seção 21, do Livro 7 (sobre respeitar o conhecimento das pessoas em qualquer momento e a dinâmica de um movimento irreprimível), disseram que os participantes de círculos de estudo devem falar mais e que os tutores não devem ser palestrantes. Encenações mostraram que, na realidade, os coordenadores atuando como tutores estavam fazendo o mesmo que antes, estavam falando mais do que os participantes e dando palestras, ao invés de escutar. Após analisar os resultados da encenação, tornou-se claro que um tutor não deve agir assim.

Visitas a campo ajudaram os participantes a ver que a principal tarefa dos coordenadores durante os próximos seis meses seria se encontrarem com os tutores em suas casas, em círculos de estudo e em reuniões de reflexão de tutores, ao invés de ficar sentado num escritório e telefonar para perguntar por que não estava em andamento um círculo de estudo. Já que havia muito poucos círculos de estudo no agrupamento anfitrião e não pudemos visitá-los, então tivemos que ir ao agrupamento e ajudar os tutores a iniciar círculos de estudo com seus vizinhos. Ao mesmo tempo, os coordenadores praticaram como convidar amigos para o Livro 1. Essa habilidade havia sido esquecida e, após estudar a mensagem do Ridván de 2010, os participantes tentaram usar a linguagem adequada.

II. Experiências no Campo, após os Seminários: Após retornar aos seus agrupamentos, os coordenadores de círculos de estudo organizaram encontros de reflexão de tutores para compartilhar as percepções que haviam adquirido de seus seminários, e para oferecer oportunidades semelhantes para os tutores refletirem em conjunto e aprenderem uns com os outros.

Estados Unidos

Em um seminário, aprendi muito sobre criar um ambiente que conduz à reflexão. Os

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facilitadores do seminário demonstraram como criar tal atmosfera.

Nós, os participantes, tivemos muitas perguntas, mas os facilitadores sempre passavam as perguntas para o grupo e nos deixavam explorar as respostas. Assim, foi um aprendizado coletivo ao invés de “uma abordagem passo a passo.” Também aprendi que tutores davam uma resposta definitiva quando necessário. Então, quando eu voltei para o meu agrupamento, segui esse exemplo, sendo anfitriã de um encontro de tutores sem programação – “apenas uma oportunidade para reflexão.” Pedimos aos tutores que sentassem em círculo e começamos o estudo da guia e as perguntas de reflexão sobre os desafios e sucessos do trabalho de tutor. Eu me esforcei muito para me conter e não ficar falando e respondendo perguntas, já que era meu costume anterior falar demais e dar todas as respostas. Eu sempre me relembrava de como os tutores agiram como modelos e criaram um ambiente para reflexão. O encontro correu muito bem, e os participantes aprenderam das experiências e abordagens uns dos outros. Foram formulados planos de como aumentar o número de círculos de estudo. No final do encontro, pedi um retorno aos tutores e um participante disse: “Esse é um dos melhores encontros de tutores aos quais eu já participei. Realmente senti que refletimos bastante e aprendemos muito”.

Papua Nova Guiné

Em Papua Nova Guiné, o coordenador de instituto do agrupamento percebeu que, além de reuniões ocasionais com os tutores para refletir sobre seu trabalho, muito poderia ser realizado através de visitas a eles no campo e conversas individuais, refletindo sobre o seu trabalho e auxiliando na realização das tarefas associadas a apoiar um círculo de estudo.

Após retornar do seminário do instituto, o coordenador nacional de instituto e eu acompanhamos um tutor que estava voltando a estudar o Livro 1, com o objetivo de melhorar a qualidade da sua atuação como tutor, para auxiliá-lo a acompanhar seus participantes em realizar a o componente prático da unidade que estavam estudando. Após o círculo de estudo, o tutor, o coordenador nacional do instituto e eu refletimos sobre o círculo de estudo.

Com uma apreciação mais profunda do impacto da reflexão, o coordenador de instituto do agrupamento começou a buscar oportunidades para os envolvidos no processo de instituto refletirem sobre suas ações em conjunto. Na reunião de reflexão de tutores que ele organizou, os tutores estudaram os parágrafos 1 e 9 da seção introdutória, “Aos Colaboradores,” do Livro 1, e os parágrafos 7 a 10 da mensagem do Ridván de 2010.

Após o encontro, o coordenador do agrupamento, trabalhando em conjunto com o coordenador nacional, visitou alguns dos que haviam completado o Livro 7, para ajudá-los a começar seus próprios círculos de estudo, em um caso, provendo auxílio em encontrar participantes. Esses esforços levaram à formação imediata de um círculo de estudo com quatro jovens.

Quando os coordenadores visitaram um tutor cujo círculo de estudo do Livro 7 havia parado há algum tempo, puderam, naquela mesma tarde, visitar os participantes e organizar a volta às reuniões do grupo. As percepções adquiridas pelos coordenadores, através dessas visitas, foram compartilhadas em uma reunião de reflexão de tutores subsequente.

Após visitar os tutores, ajudando-os com os círculos de estudo, e tendo conversas com alguns dos amigos que haviam completado o Livro 7, eu organizei um encontro de tutores. O tema do encontro foi o conceito de motivação. Discutimos o que motiva os participantes a frequentar círculos de estudo regularmente, para termos círculos de estudo regulares e efetivos, e para ajudarmos os participantes a realizar as práticas e atos de serviço.

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Todos no encontro haviam concluído o Livro 7; entre eles estavam o membro do Corpo Auxiliar, membros da Assembléia Espiritual Local, e participantes de um dos círculos de estudo do Livro 6.

A participação dos membros das instituições locais e do agrupamento no encontro de tutores tem tido resultados positivos, gerando uma ampla base de apoio para o processo de instituto.

A Assembléia Espiritual Local deu um passo à frente para auxiliar coordenador de instituto do agrupamento, tutores, e participantes, e alocou fundos para apoiar o trabalho do instituto de treinamento. O Comitê de Ensino de Área está apoiando plenamente o coordenador de instituto do agrupamento, para auxiliar os tutores em seus atos de serviço. Após consulta com as instituições, os crentes no agrupamento tomaram a inciativa de buscar contato com a comunidade em geral, especialmente seus vizinhos, e começar suas próprias atividades.

Zâmbia

Um membro do Corpo Auxiliar em Zâmbia compartilhou suas experiências na organização de um encontro de reflexão de coordenadores de agrupamentos em dois fins de semana sucessivos.

Havia mais de 30 pessoas presentes, reunindo tutores de dois agrupamentos. A reciclagem/reflexão foi de natureza participativa, pois nos dividimos em pequenos grupos para discussão e prática. Embora alguns dos tutores estivessem tímidos no início, começaram a se abrir com o progresso do primeiro fim de semana. Desenvolver a habilidade de nos expressarmos em reflexões é um processo que devemos perseguir conscientemente. O fim de semana serviu como um começo muito importante para criar laços entre tutores e oportunidades para reflexão, onde pudemos aprender da experiência uns dos outros e adquirir percepções. Tornou-se claro que, embora muitos tivessem concluído o Livro 7, havia os que sentiam que conseguiriam atuar como tutores de um círculo de estudo e aqueles que sentiam que precisavam de mais apoio para faze-lo. No final do fim de semana, os tutores foram emparelhados, o que esperamos que ajude na sustentabilidade dos círculos de estudo. A reciclagem/reflexão serviu como uma oportunidade para os menos experientes ganharem coragem e a convicção de que poderiam fazê-lo! As encenações pelos participantes e visitas a campo foram chaves. As encenações ajudaram a todos – os que sentiam que sabiam como convidar pessoas a um círculo de estudo e os que não tinham tanta certeza.

Como resultado do primeiro fim de semana, temos um total de 20 tutores que agora estão comprometidos com os círculos de estudo que foram iniciados durante as nossas visitas a campo. Um total de 11 novos círculos de estudo foi formado – e com os atuais, alcançamos agora o número mais alto de círculos de estudo que já tivemos em qualquer ciclo. A participação ativa de um grande contingente de tutores, todos com a meta de aprender a facilitar o Livro 1 mais efetivamente, foi o ponto alto para mim. É tão encorajador ver alguns dos amigos que nunca antes serviram como tutores começarem agora a iniciar círculos de estudo.

Uma participante nos encontros de tutores descritos acima explica como a experiência que adquiriu lhe deu a coragem para convidar seus vizinhos para um círculo de estudo e como ela se sentiu mais capaz de criar o ambiente previsto nos cursos do instituto.

Participei de um encontro de tutores de dois fins de semana em que refletimos sobre como atuar como tutor do Livro 1 e experimentamos facilitar o livro em conjunto. Examinamos o livro, identificamos temas, abordamos algumas das perguntas que convidam à discussão e consultamos sobre como lidar com tais situações. Praticamos o que dizer quando convidássemos alguém para um

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círculo de estudo, que informações ofereceríamos para remover obstáculos e quais conceitos compartilharíamos em relação ao serviço. A reflexão me ajudou a adquirir conhecimento, habilidades e atitudes que me prepararam para facilitar um círculo de estudo de uma maneira que fomente o entendimento em um ambiente espiritual.

A revisão do Livro 1 não apenas relembrou o que eu havia aprendido quando o estudei há muito tempo, mas também ofereceu um canal para o meu profundo anseio de servir a Fé (que não estava se materializando). Ajudou-me a me tornar mais confiante e começar um círculo de estudo. Parte do programa era sair e praticar o que tínhamos aprendido, isto é, realmente ir e encontrar participantes. Então, meu círculo de estudo nasceu deste exercício. Encontrei meus participantes dentre nossos vizinhos e seus contatos.

Muitos fatores contribuíram para o sucesso de meu círculo de estudo. Primeiro, a reflexão de tutores refrescou o meu espírito e me deu a oportunidade de desenvolver a linguagem para descrever o que é o Livro 1. Em segundo lugar, amizades se desenvolveram e os participantes passaram a sentir-se confortáveis uns com os outros. Havia alegria, riso e comida. Grande ênfase foi posta sobre colocar em ação o que os participantes haviam aprendido, tal como orar, ler as Escrituras, e, é claro, servir.

Outro aspecto importante do círculo de estudo foi o componente de prática. Saímos para visitar nossos amigos bahá’ís para compartilhar uma oração. A visita foi ótima. A tarefa foi dividida em três partes: introdução, discussão sobre o que é oração, e o compartilhamento da própria oração. Correu tão bem que houve uma troca de idéias entre os participantes e os bahá’ís que visitamos. Foi tão natural que outras orações e passagens dos Escritos foram compartilhadas e recitadas. Um participante decidiu facilitar o Livro 1 para todos nós e o fez com excelência. Foi uma prática maravilhosa! No final, dois dos participantes declararam-se como resultado de nosso círculo de estudo.

Preparado sob os auspícios do Centro Internacional de Ensino para a instituição dos Conselheiros. Excertos dos relatos citados podem ter sido editados por motivos de gramática, clareza ou extensão. Esta publicação pode ser reproduzida ou distribuída, na íntegra ou em partes, dentro da comunidade Bahá’í, sem permissão prévia do Centro Internacional de Ensino

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REFLEXÕES SOBRE O CRESCIMENTO – Número 28 – Dezembro 2011

Programas de Crescimento: Movendo-se para o primeiro marco e “a multiplicidade de maneiras pelas quais pode ser alcançado”

No decorrer do ultimo ano, os crentes têm estudado zelosamente a mensagem de 28 de dezembro da Casa Universal de Justiça e agido com base em sua guia, de acordo com as circunstâncias de seus agrupamentos. Já são muitas as histórias inspiradoras sobre como os amigos “sob uma grande diversidade de condições”, estão lutando para nutrir um programa de crescimento nascente em seus agrupamentos e vivenciando, em primeira mão, sua “natureza fundamentalmente orgânica”.

Nesta edição do boletim, os relatos de diferentes realidades sociais notavelmente diferentes apresentam um retrato de como os amigos estão aproveitando as “oportunidades oferecidas pelas (suas) circunstâncias pessoais” e buscando aqueles que estão “ávidos de melhorar as condições espirituais e materiais” * em suas comunidades. Embora as histórias ilustrem as diferentes maneiras em que foi iniciado o processo de crescimento e o seu desdobramento nesses agrupamentos, também têm em comum um elemento crítico – elas sublinham a observação da Casa Universal de Justiça de que os amigos estão crescendo em sua capacidade de “interagir com pessoas com pessoas de todas as esferas da vida e conversar com elas sobre a Pessoa de Baha'u'lláh e Sua Revelaçao .”

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Iniciar o um Programa de Crescimento com o Auxílio de Pioneiros de Frente Interna: A localização estratégica de pioneiros, muitas vezes vindos de agrupamentos avançados, que tenham experiência no processo de instituto, representa uma das maneiras de estimular um processo de crescimento em um agrupamento emergente. Estados Unidos Um membro do Corpo Auxiliar encorajou dois ajudantes a se mudarem como pioneiros para um agrupamento, para ajudar a iniciar um processo de crescimento e movê-lo em um contínuo em direção ao primeiro marco. Quando começaram a buscar contato com outras pessoas, eles descobriram que a vida em uma cidade pequena oferecia possibilidades inesperadas.

Tendo nos mudado recentemente para uma cidadezinha no Colorado com pouquíssimos Afro-Americanos, não tínhamos certeza de como seríamos recebidos, e saíamos com relutância para comer ou fazer compras na cidade, preferindo frequentar lugares em uma cidade maior a seis milhas de distância. Uma manhã, decidimos: CHEGA de nos isolarmos! Era hora de nos livrarmos das limitações auto impostas e conhecermos pessoas na comunidade. Decidimos começar visitando a feira local de agricultores e, em seguida, realizar algumas tarefas enquanto estávamos na cidade. A caminho de encontrar o outro pioneiro em uma loja de consertos de computadores, percebi um carro com a logomarca da loja e um adesivo em que estava escrito “Coexist Religions” (Religiões Coexistam). Na loja, falei com a dona do carro e lhe contei sobre as reuniões devocionais inter-religiosas que estávamos planejando. Ela disse que gostaria de receber informações sobre a data e hora, assim que começássemos a realiza-las. Então vimos um centro de saúde e decidimos ver o que encontrávamos lá. Conhecemos uma mulher maravilhosa que disse que tinha estado doente por vários dias e, durante suas meditações e orações, havia pedido um grupo espiritual para participar. Acontecia que ela tinha tido uma colega de apartamento, na faculdade, que era bahá’í! Ela está muito interessada em vir e nos convidou para uma cerimônia Japonesa do chá em sua casa. Ela e uma colega nos convidaram para almoçar e nos apresentaram a várias pessoas, enquanto

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andávamos duas quadras até um café. Enquanto o meu colega bahá’í estava falando sobre a Fé Bahá’í com um homem que havia acabado de se juntar a nós, um colega disse, “Eu tenho estudado o Baghavad Gita” e “eu acredito nas mesmas coisas que ele está dizendo. Posso ir a uma reunião?” Que confirmações! 'Realizamos a nossa primeira reunião devocional com a presença de dois buscadores e juntou-se a nós um bahá’í de outra comunidade. Os dois buscadores sugeriram outras pessoas que talvez se interessassem e nos convidaram para uma casa aberta em um café local na noite seguinte. É claro que nós fomos! Nossa anfitriã nos apresentou a quase todos os presentes e os convidou para as nossas devoções. Ela tinha ficado tão tocada com a leitura de “Bem aventurado é o lugar”, a qual havia encerrado a nossa reunião na noite anterior, que começou a recitar o que lembrava para os outros. Nós a surpreendemos com uma cópia emoldurada de “Bem aventurado é o lugar” e ela leu em voz alta para os que estavam em volta. Continuamos a fazer contatos maravilhosos! Eu estava explicando em um pouco mais de detalhe, para uma mulher no café, sobre as devoções e ela comentou, “Isso parece Bahá’í”. Ficamos espantados, no mínimo! Descobrimos que ela era cabeleireira que havia vivido em Colorado Springs há cerca de cinco anos e havia recebido materiais bahá’ís de um de seus clientes. Ela ficou felicíssima aos nos conhecer, disse que ainda tem as orações e pensava que nunca conheceria um bahá’í depois de se mudar para essa cidadezinha. Falamos sobre nossas reuniões devocionais e concordamos em nos encontrar para conversar sobre a Fé Bahá’í. As ligações espirituais continuaram a acelerar em velocidade fenomenal! Após a nossa próxima visita à feira de agricultores, partimos com calafrios, literalmente. Uma mulher aproximou-se de nós e disse que sabia tudo a nosso respeito. Ela disse que havia nos visto na primeira semana no mercado e se perguntado quem eram esses dois que pareciam estar “andando no ar”. Ela disse que gostaria de vir para as nossas reuniões (antes mesmo de as mencionarmos). Na nossa segunda reunião devocional o número de buscadores aumentou para três e a terceira chegou a quatro. Eu acabei de receber uma ligação de uma das buscadoras dizendo que trará outra amiga para as devoções da semana que vem. É ótimo ter buscadores tão receptivos que estão buscando outras almas receptivas na cidade! Tanto interesse foi demonstrado, do nas reuniões devocionais, em aprender mais sobre a Fé Bahá’í, que distribuímos literatura Bahá’í e reservamos as quintas à noite, a cada 15 dias, para os que gostariam de aprender mais. Pretendemos começar com uma reunião de amigos (fireside) e então oferecer um círculo de estudo do Livro 1. Estamos começando a obter um vislumbre do poder dos relacionamentos espirituais e da significância das conversas de teor espiritual na construção de uma comunidade. Ao descrever como emerge um programa de crescimento, a Casa Universal de Justiça escreve que "equipes visitantes podem ser chamadas para dar impulso ao incipiente conjunto de atividades." Uma vez que os pioneiros de frente interna tenham desenvolvido relacionamentos com as pessoas da localidade e algumas atividades estejam em andamento, uma equipe de amigos das redondezas pode prover apoio e encorajamento bem vindos.

Índia Um membro do Corpo Auxiliar relata sobre como os amigos em um agrupamento avançado estão auxiliando um agrupamento vizinho em seus esforços para iniciar um programa de crescimento e ultrapassar o primeiro marco.

Foi decidido na nossa primeira reunião em Nashik que uma equipe visitaria o agrupamento de Surgana para auxiliar dois rapazes dedicados que haviam ido lá como pioneiros há cerca de três meses .Formamos uma equipe de cinco – três homens e duas mulheres – e fomos a

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Surgana, para podermos ajudar com algumas visitas naquela noite. Tivemos uma conversa maravilhosa com os pioneiros sobre as atividades atuais, a visão apresentada na mensagem de 28 de dezembro, e como realiza-la. Senti que essas duas almas haviam evoluído muito nos últimos três meses de pioneirismo, pois haviam alcançado tal clareza de pensamento. Também expressaram amor pelo seu posto de pioneirismo e pelas pessoas, e um pioneiro disse, “eu não me importaria se meus ossos fossem enterrados aqui”. Fizemos um plano para as visitas aos lares e o ensino e então saímos para visitar famílias em Surgana. No total, fizemos seis visitas aos lares, e as famílias eram todas grandes, instruídas e muito receptivas s à Fé. Tenho certeza que, no futuro próximo, todos terão um grande papel na construção dessa comunidade. Eles amam os pioneiros, o que demonstra que os jovens têm servido da maneira certa e, certamente, eles logo se juntarão nos esforços da Fé. Visitamos então um vilarejo no agrupamento, Wadpara, onde vive uma família Bahá’í. No vilarejo, alguns jovens haviam participado em uma campanha de instituto e completado os livros 1 a 3. Eles sabiam que estávamos vindos e estavam nos esperando ansiosamente. Dos 14 participantes na campanha, dois eram pré-jovens e o restante tinha mais de 15 anos. Como não havia eletricidade, sentamos na luz fraca das lâmpadas de querosene, mas podíamos ver claramente a luz da fé em seus olhos. Um dos pioneiros disse que era hora de fazer orações. Foi inacreditável quantas orações, em seis línguas diferentes, foram entoadas sem um momento de hesitação, uma após a outra! Ver esses jovens tão alegres e recitando orações, algumas longas e difíceis, com reverência, trouxe lágrimas aos nossos olhos. Foi uma experiência impressionante e fomos lembrados do que a Casa de Justiça escreveu sobre o potencial existente nos vilarejos. Perguntei então a um dos pioneiros se ele havia pensado em convidar esses jovens a juntarem-se à Fé e tornarem-se parte desse grande trabalho que estamos realizando. Ele disse que não havia pensado nisso, então perguntei se ele queria faze-lo naquela noite porque, por coincidência, eu tinha muitos cartões de declaração comigo. Após alguma conversa, 12 dos jovens alegremente declararam a sua fé. Todos eles irão para a próxima campanha do instituto a fim de continuar a sequencia dos cursos. O agrupamento tem grande potencial. Eu sei que os pés de consagrados tem trilhado esse caminho, mas tenho certeza que o crescimento sistemático que está ocorrendo agora é graças aos esforços sinceros e sistemáticos dos pioneiros de frente interna e também ao apoio dos amigos de Nashik.

Iniciar um Programa de Crescimento em um agrupamento em que já residem alguns Bahá’ís: Em muitos agrupamentos identificados para programas de crescimento, pode ser que residam alguns Bahá’ís, mas a atividade tenha sido limitada e o processo de instituto não tenha firmado raízes. Várias histórias de diferentes partes do mundo descrevem a resposta entusiasmada recebida pelos membros das instituições quando visitam tais comunidades e compartilham com os amigos uma visão do crescimento que pode se desdobrar em seus agrupamentos. Venezuela A Conselheira relata que as visitas aos amigos que vivem em agrupamentos onde esforços estão sendo feitos para estabelecer novos programas de crescimento estão trazendo “grande alegria para todos”. ”Sinto que este é um momento de colher o que foi plantado por instrutores devotados há alguns anos.” Ela compartilha uma história de um ajudante de um membro do Corpo Auxiliar sobre uma visita fecunda a um agrupamento no oeste da Venezuela. O planejamento das visitas para os agrupamentos meta havia sido feito em um encontro para ajudantes dos membros do Corpo Auxiliar.

Em nossa primeira visita a Villa del Rosario em Setembro, chegamos à casa de uma família Bahá’í às 11 da manhã. É difícil descrever a alegria gerada pela visita. Falamos sobre as

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atividades que estavam sendo realizadas na região e lembramos histórias e indivíduos que haviam deixado sua marca neste lindo agrupamento. Também estudamos a mensagem da Casa Universal de Justiça datada de 1 de janeiro de 2011, que nos ajudou a focar toda a atenção na importância de retomar as atividades. Durante a nossa consulta, foi dito que não tinha havido visitas ou atividades neste agrupamento há aproximadamente 18 meses. Os amigos disseram que gostariam de continuar a sequencia dos cursos do instituto. Eles haviam estudado até o Livro 3 há muito tempo, então concordamos em marcar um curso de reciclagem do Livro 1 no início de outubro. Durante aqueles dias, também visitamos os amigos que haviam participado de atividades em que temas de aprofundamento eram compartilhados com eles a continuar com os cursos do instituto e participar em consultas sobre desenvolver um programa de crescimento. A família Bahá’í que havíamos visitado em setembro já havia se oferecido para ser anfitriã de uma reunião devocional semanal sem casa, para a qual convidariam vários amigos da comunidade. Gostaríamos de conseguir descrever, sem a limitação das palavras, o amor e entusiasmo que esta família derramou sobre nós, por contata-los e encoraja-los a retomar suas atividades e servir sua comunidade.

Em alguns agrupamentos, um programa de crescimento nascente pode ser fomentado através dos esforços de uma família Bahá’í que seja inspirada pela visão do crescimento e encorajada a aproveitar as “oportunidades oferecidas pelas [suas] circunstâncias pessoais.” Bielorrússia Uma Conselheira compartilha a história de uma família que vive em um agrupamento que não tem recebido atenção prioritária nos últimos cinco anos, mas que agora se tornaram “acesos” e “focados na visão do Plano”. Ela escreve que até a filha de 10 anos do casal é uma trabalhadora ativa: “Ela convida outras crianças para as aulas Bahá’ís e, ás vezes, explica sobre a aula para os pais”.

A família vive em uma vizinhança muito promissora em Brest. Nele, há um grande pátio com um parque, em torno do qual há vários prédios altos de apartamentos, uma escola com um estádio e um dormitório de faculdade. Após serem anfitriões de reuniões devocionais regulares por um tempo e ter tentado reunir crianças de famílias Bahá’ís para uma aula de crianças, a esposa decidiu começar uma aula com seus dois filhos, enquanto procurava ativamente contatos a quem ensinar a Fé. Ela encontrou uma buscadora que se incorporou em um círculo de estudo do Livro 1 e, ao mesmo tempo, trouxe seu filho para a aula de crianças. Agora a buscadora está ensinando a Fé e já participou de uma reunião de reflexão. Como recursos chaves em um agrupamento meta, está família foi convidada a participar na reunião institucional regional em Moldova. Galvanizados por essa experiência, decidiram realizar atividades para crianças no pátio e contataram muitas outras crianças na área. Agora há nove crianças participando regularmente da aula. Alguns dos contatados por eles através dessas atividades são pré-jovens, e eles veem um potencial ainda maior para grupos de pré-jovens. O marido estava muito disposto a ser treinado para tornar-se um animador. Já que essa época da vida foi difícil para ele, ele sente que entende muito bem os pré-jovens. Havia um plano de eles irem para o curso do Livro 5, na Moldávia, em julho. Entretanto, eles sentiram que não poderiam esperar tanto, já que já haviam começado um relacionamento inicial com os jovens e eles queriam dar logo continuidade a isso, para que pudessem formar um grupo de pré-jovens naquela vizinhança em algumas semanas. Portanto, foi feito um plano durante a reunião para eles fazerem o Livro 5 em ritmo intensivo. O membro do Corpo Auxiliar foi convidado a passar duas semanas em Brest para atuar como tutor do círculo de estudo do Livro 5, ajudar a formar o grupo de pré-jovens e acompanhar essa família e outros amigos do agrupamento em seus esforços de ensino.

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A Conselheira escreve: “Sinto que há enorme potencial naquela família e naquela vizinhança. A esposa busca e aproveita todas as oportunidades com agilidade, entusiasmo e um espírito positivo.” Em áreas altamente receptivas, uma campanha de ensino seguida por cursos intensivos do instituto pode estabelecer uma base para um programa de crescimento sobre o qual os Bahá’ís locais possam construir. Moçambique

Na última semana de julho, ocorreu um evento histórico no agrupamento de Dondo. Um encontro reuniu o núcleo central de Moçambique para consultar sobre o caminho futuro para implementar o Plano atual e recapturar o espírito do ensino em Moçambique. O programa começou com a chegada de 37 amigos dos agrupamentos Maputo, Quelimane, Xai-Xai, Chimoio, Dondo e Beira em Moçambique, dois amigos de Angola e quatro pioneiros, sendo dois da Espanha e dois de Zimbabwe. Para esses dois últimos amigos que haviam chegado recentemente, esta reunião os ajudou a entrar em contato com os crentes em Moçambique, incluindo os da Província de Manica, onde irão residir. O membro do Corpo Auxiliar estava muito ativo preparando a campanha de ensino, mas participou durante alguns dias. Os primeiros dois dias foram dedicados ao estudo da guia da Casa Universal de Justiça e da introdução à Fé com base no Livro 6. No primeiro dia da campanha de ensino, 46 indivíduos se declararam. No final do dia, os amigos refletiram sobre continuar seus esforços de ensino ou parar para começar um processo de consolidação, já que a meta havia sido ultrapassada. Embora todos concordassem que era hora de começar o processo de consolidação, decidiram continuar com o segundo dia de ensino, mas, para não exceder a capacidade dos recursos humanos em Dondo, as equipes apenas voltariam a ensinar nas casas que haviam prometido revisitar. Nesse dia, 21 novas almas se declararam e foram iniciadas mais algumas atividades centrais. Antes de realizar atividades de consolidação, foi sugerido que todos os novos Bahá’ís fossem reunidos para travar e aprofundar o conhecimento mútuo como crentes. Isso ocorreu conforme o planejado e cerca de 40 dos 67 novos crentes estiveram presentes na reunião. Vários já se conheciam da vizinhança e ficaram alegremente surpresos ao se conhecerem como Bahá’ís. Três círculos de estudo, quatro aulas de crianças e um grupo de pré-jovens iniciaram! No dia seguinte, foi organizado um curso de reciclagem para tutores, professores de aulas de crianças e animadores de pré-jovens, para intensificar as atividades que estavam iniciando em Dondo. As pessoas de outros agrupamentos também foram convidadas para esse curso de reciclagem, para poderem começar programas de crescimento em suas áreas. Uma festa de dezenove dias foi organizada na casa de um dos novos crentes, e todos os novos amigos foram convidados a participar. Mais tarde, os participantes de cada agrupamento reuniram-se e fizeram planos sobre o que fazer quando voltassem para seus próprios agrupamentos com o objetivo de estabelecer programas de crescimento. Foi espantoso verificar, a partir de seus planos, como os amigos estavam focados após estudar a guia e participar em uma campanha de ensino, a maioria pela primeira vez. Para muitos dos amigos reunidos, foi também a primeira vez que ouviram falar das mensagens da Casa Universal de Justiça ou entenderam as instituições e agências em Moçambique.. A partir dessa experiência, sabemos que, com a combinação de uma população altamente receptiva com multidões ansiando para juntar-se ao abrigo dos seguidores da Abençoada Beleza, e o enorme entusiasmo gerado entre os participantes nesta campanha de ensino, coisas grandiosas e maravilhosas podem ser realizadas em Moçambique e os resultados virão com trabalho duro e confirmações de Bahá’u’lláh.

Iniciar o Programa de Crescimento – Qualquer Atividade Central “pode servir como um estímulo para o crescimento”: Em agrupamentos em que os crentes estão lutando para por em marcha

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programas de crescimento, buscando contato com vizinhos e outros amigos, estão recebendo confirmações da rapidez na qual as atividades centrais criam um padrão de atividade que conduz ao crescimento. Canadá Uma crente de Port Albertini, um agrupamento em British Columbia, Canadá, nos conta como seu pequeno agrupamento passou de tentativas esporádicas para envolver outras pessoas no processo de crescimento para uma abordagem sistemática que está dando frutos.

Eu me casei recentemente e me mudei de um agrupamento com um programa intensivo de crescimento para um que ainda não atingiu o primeiro marco. Eu havia sido membro das agências do agrupamento em meu agrupamento anterior. Meu marido estava pensando em começar uma aula de crianças em seu bairro, mas sentia que, como um homem solteiro, ele estaria em uma posição delicada para aproximar-se dos vizinhos. Ele orou por uma parceira para ajuda-lo, mas não sabia que a parceira viria em forma de esposa! De qualquer maneira, algumas semanas após o casamento e a mudança, consultamos juntos, fizemos brochuras e planejamos a aula de crianças. Ambos tínhamos experiência como professores de aulas de crianças no passado. Procuramos nossos vizinhos e colegas e agora temos uma aula semanal com quatro crianças e três pais que vêm toda semana. Nossa meta é começar um Livro 1 com os pais. Nós já falamos um pouco com eles sobre o propósito as atividades centrais e todos os três adultos parecem muito receptivos à Fé. Pouco depois do meu casamento e da mudança para o novo agrupamento, nosso membro do Corpo Auxiliar me enviou um e-mail e sugeriu os nomes de dois amigos que talvez quisessem formar uma equipe comigo. Ela sugeriu que nós estudássemos algumas guias, estabelecêssemos metas e então refletíssemos sobre o andamento a cada semana. Eu contatei essas pessoas e agora estamos nos reunindo regularmente, estabelecendo metas para o ensino individual, e já estamos vendo resultados – um círculo do Livro 1 voltou a se reunir, parece que outro Livro 1 provavelmente começará logo e também está iniciando um Livro 4. É impressionante o que pode acontecer quando apenas duas ou três pessoas estudam as guias, consultam, agem e refletem em conjunto, com constância e propósito. A guia da carta de 28 de dezembro de 2010 da Casa Universal de Justiça tem sido particularmente inspiradora.

Além de se tornarem mais sistemáticos em sua abordagem, os amigos em agrupamentos-meta estão aprendendo com outros que ganharam experiência útil durante o último Plano. Estados Unidos Um Conselheiro relatou uma reunião de membros de uma comunidade de três agrupamentos semirrurais próximo a St. Luis, Missouri, que se reuniram para discutir como poderiam fazer esforços neste Plano de Cinco Anos para por em marcha programas de crescimento. A conversa foi aberta com a leitura da mensagem de primeiro de Janeiro de 2011, refletindo-se sobre ela através da ótica de seu próprio agrupamento e comentando sobre o que havia sido aprendido e realizado no Plano anterior.

Os amigos de um dos agrupamentos, em particular, tinham feito esforços constantes no último Plano e têm visto um movimento inicial entre a população local. Eles compartilharam a história de como se iniciaram seus esforços há alguns anos, quando um casal do agrupamento participou de uma campanha de instituto em Saint Luis. Eles voltaram para a sua comunidade e convidaram outros a começar o estudo dos cursos do instituto de treinamento em conjunto. À medida que esses poucos amigos progrediram através da sequencia de cursos, foram encorajados pelo exemplo e espírito de seus tutores e se perceberam aproveitando mais oportunidades para compartilhar a Fé Bahá’í com outros e travar conversas mais profundas.

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Uma reunião devocional ofereceu o estimulo inicial ao movimento. Gradualmente, um círculo de estudo foi formado com alguns dos participantes da reunião devocional. Após alguns meses, os amigos começaram uma aula de crianças e envolveram residentes locais como professores. A aula continua há dois anos e os amigos da Fé que são professores de aulas de crianças refletem em conjunto com os pais regularmente. Um grupo de pré-jovens e uma segunda aula de crianças começaram nos últimos dois ciclos. Famílias inteiras estão discutindo os ensinamentos Bahá’ís e orando em conjunto. Esses esforços constantes têm continuado com visitas ocasionais de um membro do Corpo Auxiliar e um ajudante, e de um membro do Conselho Regional Bahá’í que vive nas proximidades. Quando visitam, eles se juntam aos Bahá’ís locais em seus esforços de ensino – de visitas aos lares a reuniões de amigos – ou participam em círculos de estudo. Amigos de outros dois agrupamentos semirrurais, que estão mais no início do processo, compartilharam parte de suas experiências e desafios, e fizeram perguntas. “Vocês não ficaram desencorajados pelo seu pequeno número no começo? “Como a Assembleia Local de vocês fez mudanças em sua maneira de administrar a comunidade”?” Respondendo a essas perguntas, os amigos descreveram como tentaram ser pacientes, continuar fazendo esforços, aprofundar relacionamentos com indivíduos e atrair mais pessoas para as atividades. O espírito de otimismo, a fé na capacidade crescente dos novos colaboradores, assim como o exemplo de confiança na oração, inspiraram a todos. Quando o grupo considerou o que poderia ser o fruto de mais cinco anos de esforço, com cada vez mais pessoas contribuindo, nas muitas cidadezinhas e vilarejos nesses agrupamentos, o silêncio tomou conta da sala. Havia uma consciência do caráter sagrado desse processo, e de como cada vez mais lugares estão sendo tocados pela luz do amor de Deus.

Taiwan Embora este pioneiro de frente interna relate uma experiência que começou no Plano anterior, oferece uma percepção de como se desdobrou o processo de crescimento no decorrer de um período de dois anos, em um agrupamento quase virgem, e de como o pioneiro entendeu bem a dinâmica da construção de capacidades.

Tudo aconteceu há cerca de dois anos, quando toda a minha família mudou-se para a segunda maior cidade de Taiwan, Kao-hsiung, como pioneiros de frente interna. Embora fique apenas a uma hora de distância da minha cidade natal, por trem de alta velocidade, é uma área estranha para mim, devido às diferenças culturais e linguísticas em relação à minha parte de Taiwan. Assim que chegamos a Kao-hsiung, começamos visitando a lista de Bahá’ís que nos havia sido dada pela Assembleia Espiritual Nacional. Conhecemos dois Bahá’ís que haviam completado dois cursos do instituto há muito tempo e eles mostraram interesse em atividades. Portanto, decidimos que precisávamos voltar ao início. Assim que percebemos que o ambiente cultural era diferente em Kao-hsiung, não nos apressamos em ensinar a Fé, mas tentamos aprender e entender a cultura local. Fomos aos parques e a grupos ou associações para ouvir o que eles diziam e perceber como agiam. Então decidimos que deveríamos nos integrar na cultura e prestar serviços para ganhar a confiança do povo local. Voluntariamos como membros do comitê no edifício onde morávamos. Esse é um serviço voluntário, mas nos deu acesso fácil para conhecer todos os inquilinos no edifício. Após três meses, conversamos com o comitê sobre realizar um encontro para apresentar a ideia de círculos de estudo Bahá’ís para todos os inquilinos. Apenas dois de nossos vizinhos vieram para a reunião e, embora expressassem interesse no curso, disseram que não tinham tempo. Não nos sentimos desencorajados, e oramos pela ajuda de Deus. Em alguns dias, uma das vizinhas ligou para nos dizer que na escola onde ela trabalhava haveria uma reunião dos voluntários, à qual ela me convidou para apresentar os nossos cursos. Após a apresentação, a

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maioria das mães não reagiu, mas notei que havia duas mães que pareciam interessadas. Eu disse a elas: “Se vocês quiserem realizar este curso, tentem encontrar mais alguns amigos para formar um círculo de estudo”. Se vocês não souberem apresentar o curso para os seus amigos, tudo bem, vocês só precisam reuni-los e eu faço a apresentação. Desse modo, foi formado o nosso círculo de estudo. Esse processo nos permitiu entender que, devido à alienação entre as pessoas nas cidades, para ensinarmos precisamos passar tempo com as pessoas para ganhar a sua confiança. Se dependermos de procurar pessoas para ensinar, isso não só leva tempo, mas também é limitado. Mas se fizermos isso através de cada participante que vem para um círculo de estudo, então as possibilidades são ilimitadas, porque cada participante tem um grupo. Eles se conhecem bem e já têm confiança entre si. Além disso, podem acompanhar facilmente uns aos outros e a consolidação se torna mais efetiva. Então, sempre que eles vêm estudar, desde o primeiro dia, os preparamos para se tornarem instrutores da Fé e a sua própria transformação é o elemento mais importante para o sucesso do ensino. O estudo das mensagens da Casa Universal de Justiça foi importante para o desenvolvimento deste agrupamento, especialmente a de 28 de dezembro de 2010. Quando eu li, “uma ou duas centenas estejam facilitando a participação de um ou dois milhares”, percebi que o desenvolvimento da comunidade não pode depender somente da nossa família. Então, sempre que realizo algum tipo de serviço, sempre levo em consideração quem vai assumir a tarefa da próxima vez. Tento olhar os serviços necessários e dividi-los em vários outros menores, selecionando então amigos para realiza-los e os apoiando e educando até que possam trabalhar independentemente. Dessa maneira, cada pessoa tem a bênção de servir a Fé e receber confirmação divina por si mesma.

Ao final dos dois anos, esse agrupamento não apenas havia ultrapassado o primeiro marco, mas havia ultrapassado o segundo, com dezenas de novos crentes, uma Assembleia Espiritual Local, Festas de Dezenove Dias e Dias Sagrados, e reuniões de reflexão. “Preparado sob os auspícios do Centro Internacional de Ensino para a Instituição dos Conselheiros. Trechos dos relatórios citados podem ser revisados e modificados em termos de gramática, clareza, ou tamanho. Esta publicação, ou partes dela, podem ser reproduzidas ou distribuídas dentro da comunidade Bahá’í sem permissão prévia do Centro Internacional de Ensino.”

*: Tradução provisória

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REFLEXÕES SOBRE O CRESCIMENTO – Número 29 – agosto de 2012

Avançando o Programa de Pré-jovens “numa Diversidade de Cenários e Circunstâncias”

Nas suas mensagens recentes, a Casa Universal de Justiça referiu-se à “rápida expansão” e

“aumento na capacidade” do programa de empoderamento espiritual dos pré-jovens. Não é de surpreender que o programa tenha sido capaz de engajar o idealismo e o interesse de pré-jovens, pois a visão bahá’í do potencial de pré-jovens é tão contrária aos conceitos predominantes mantidos pela sociedade sobre essa faixa etária. Conforme a Casa Universal de Justiça explicou em sua mensagem do Ridván de 2010, as comunidades bahá’ís veem “altruísmo no pré-jovem, um agudo senso de justiça, anseio por aprender acerca do universo e um desejo de contribuir para a construção de um mundo melhor”. Na verdade, a experiência dos amigos num crescente número de agrupamentos confirma que “somente a capacidade da comunidade bahá’í limita a amplitude de sua resposta à demanda pelo programa”.

Desde seu início, a implementação do programa foi sistemática como também progressiva, um processo que promoveu a aprendizagem desde o nível global até o de agrupamento. Numa tentativa de disseminar a aprendizagem mais amplamente, estamos dedicando duas edições sucessivas deste boletim para compartilhar a experiência referente a várias dimensões do programa de pré-jovens, um componente crucial do processo de construção de comunidades.

Nessa questão, os relatos de diferentes partes do mundo destacam a experiência relacionada a quatro aspectos específicos do programa de pré-jovens: formar grupos de pré-jovens e aumentar seu número, convidar jovens da sociedade em geral para servirem como monitores, construir relacionamentos com os pais e a comunidade, e ter benefício do poder transformador do programa.

* * * * *

Formando Grupos de Pré-Jovens e Aumentando Seu Número: Até mesmo em agrupamentos em que não há nenhum ou poucos pré-jovens bahá’ís, os grupos de pré-jovens se formam e florescem. Num crescente número de grupos, a experiência vem mostrando que os pré-jovens participantes de grupos existentes são alguns dos melhores promotores do programa. Ilhas Canárias

No seguinte relato, um monitor de grupos de pré-jovens descreveu como o programa de empoderamento espiritual começou no agrupamento Gran Canária.

Um dia, eu decidi iniciar um grupo de pré-jovens em minha comunidade. Agora estou ciente de que esta foi uma das decisões mais importantes da minha vida. Não havia sequer um único pré-jovem na minha comunidade para iniciar o grupo. Assim, decidi mencionar na Festa de Dezenove Dias que caso houvesse algum amigo interessado ou que conhecesse pré-jovens que pudessem ter interesse, eu estaria presente no centro juvenil na sexta feira às 18 horas. Chegou sexta feira e ninguém apareceu. Esperei 45 minutos e voltei para casa. Quando estava colocando a chave na fechadura, recebi um telefonema; dois pré-jovens haviam chegado ao centro juvenil e queriam me ver! Voltei correndo e cheguei lá em cinco minutos. Eu não os conhecia, mas, com eles começou uma nova fase da minha vida, a que eu chamei de “furacões de confirmação”. Durante duas semanas eu me encontrei com três pré-jovens – conhecemo-nos uns aos outros, estudamos e brincamos juntos. Um carinho do outro mundo logo começou a surgir entre nós. Cada passo que eu dava era confirmado com um grande passo em direção ao serviço. Os meninos encantaram-se com o grupo, e em pouco tempo começaram a convidar seus amigos. Logo éramos 10! Comecei também a receber chamadas de suas mães, que estavam completamente surpresas pelas mudanças positivas que estavam vendo em seus filhos.

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O grupo continuou a crescer. Éramos 15, depois 20; alguns jovens vinham e saíam, mas permaneceu um grande núcleo de participantes que estavam passando por uma transformação significativa. O programa estava tendo efeito. O entusiasmo dos jovens era realmente contagioso. Eles aprenderam o conceito de confirmação e estavam desenvolvendo grande percepção espiritual. Começaram a relacionar-se com os participantes de grupos de pré-jovens do agrupamento e desenvolveu-se uma nova dinâmica no programa de pré-jovens. A comunidade era vibrante nas reuniões de reflexão, em que os pré-jovens contribuíam com sua visão, alegria e força. Já havia quatro grupos de pré-jovens bem fortes, com 28 participantes, quando decidimos iniciar uma campanha para expandir o programa. Nessa ocasião fomos abençoados com a visita de um amigo que veio para o agrupamento e começou a servir como coordenador de grupos de pré-jovens. A campanha foi planejada no primeiro seminário para coordenadores de grupos de pré-jovens do qual eu pude participar. Tal era o amor dos amigos do agrupamento aos pré-jovens que era fácil visitar indivíduos e encorajá-los a se tornarem monitores. Visitamos seis pessoas, e todas aceitaram receber capacitação. Durante as visitas oramos juntos, lemos trechos da mensagem da Casa Universal de Justiça e consultamos sobre oportunidades de crescimento dos grupos nas comunidades. Depois de completar o Livro 5, monitores recém treinados participaram da campanha para promover novos grupos. Os pré-jovens que estavam realmente participando do programa eram a chave para o sucesso na abertura de novos grupos. Familiarizados com o discurso do programa, eles foram a praças, conversaram com pré-jovens, e convidaram-nos a participar. Em seguida cada monitor marcou a data e a hora das atividades. Isso foi feito durante uma semana e em consequência disso iniciaram-se seis novos grupos!

Portugal

A pessoa-recurso para o programa de pré-jovens da Península Ibérica visitou Portugal e relatou as iniciativas bem sucedidas dos amigos na formação de grupos de pré-jovens.

O primeiro agrupamento que visitei foi o Centro Litoral, no qual um bahá’í, que é professor universitário, estava treinando três de seus alunos no Livro 5, os quais estavam agora ávidos para começar a servir como monitores. Eles visitaram algumas salas de aula numa escola em que um dos monitores trabalha e, depois de falar com a diretora da escola, apresentaram o programa aos alunos. Eu pude participar de uma dessas apresentações e tive a feliz surpresa de ver como eles explicaram bem os conceitos de serviço e excelência, e interagiram com os pré-jovens. Davam aos alunos um pedaço de papel sobre o qual eles podiam escrever seus nomes caso tivessem interesse em participar de um grupo. Embora aquele agrupamento não tivesse qualquer experiência anterior com o programa, eu achei tão interessante e encorajador ver esse tutor acompanhando os novos monitores e quão ávidos eles estavam por servir. O agrupamento é dividido em três setores com cinco comunidades locais principais. O coordenador de pré-jovens identificou sua própria cidade e uma comunidade próxima como aquelas nas quais focará sua energia e tempo. Ele está treinando e acompanhando seis jovens de ambas as localidades, de modo que eles possam iniciar seus próprios grupos em seus bairros. Alguns dos jovens são de origem bahá’í, mas alguns não são. Ele disse que conheceu dois deles, que vivem em seu bairro, há apenas um ano, e eles já estão servindo como monitores! Eu também participei de um grupo de pré-jovens que estava sendo realizado ao mesmo tempo que outro grupo de pré-jovens, uma aula bahá'í para crianças e dois círculos de estudo, todos mantidos pelos amigos locais, sendo que apenas um tutor vinha de uma comunidade próxima para nos ajudar. Ao final do anoitecer, todas as crianças, pré-jovens e

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jovens saíram juntos para coletar lixo como uma atividade de serviço. Foi maravilhoso ver a alegria e a unidade que isso produziu.

Estados Unidos

O seguinte relato de um Conselheiro analisa algumas das lições aprendidas na região sudoeste em relação à formação e expansão de grupos de pré-jovens e a importância em estabelecer reuniões de grupo em um caráter mais formal.

Começando no último verão, nossas reflexões sugeriram que poderia ser proveitoso explorar a formação de grupos de pré-jovens em espaços mais formais como um meio de aumentar a participação nos grupos de pré-jovens. A maior parte da experiência durante anos havia sido adquirida na formação de grupos informais. Em muitos casos, a hora e o local de encontro de grupos de pré-jovens não eram determinados até que participantes potenciais se empenhassem, e a ideia era que eles ajudassem a combinar a hora e o local da reunião. Entretanto, tal abordagem frequentemente levava à formação de pequenos grupos de pré-jovens sem a definição de um local para reuniões. Não é de surpreender que fosse difícil manter grupos em tais condições. Além disso, a maioria dos grupos de pré-jovens havia sido tipicamente formada por uma ampla faixa etária. No decorrer do último ano, pensou-se sobre a formação de grupos com base em idade ou nível escolar. Embora a ideia tivesse sido ventilada, os coordenadores e monitores haviam encontrado dificuldade em imaginar trabalhar com pré-jovens por faixa de idade quando o grupo contava com apenas cinco participantes ou algo assim. A ideia existia em teoria, porém, não era possível considerar a formação de grupos de pré-jovens por idade até que os agrupamentos desenvolvessem a capacidade de trabalhar com grande número de participantes. E, certamente, é muito difícil imaginar trabalhar com grande número de participantes quando os monitores esforçam-se até para manter pequenos grupos. No decorrer dos últimos seis a nove meses, enfatizou-se a exploração de parcerias com organizações em vizinhanças para oferecer o programa de pré-jovens em escolas e centros comunitários. À medida em que oportunidades se materializavam e mais grupos começavam a se encontrar nesses lugares, ajudou os amigos perceberem as possibilidades. Por exemplo, enquanto para um monitor poderia parecer quase impossível trabalhar com mais de 10 pré-jovens de modo informal num ambiente de vizinhança, devido às distrações, a ideia de trabalhar com 15 a 20 pré-jovens numa sala de aula ou num centro comunitário parece bem mais realística. Com essa percepção, os amigos começaram agora a pensar em formar grupos maiores de pré-jovens divididos por faixa de idade (12-, 13-, e 14- anos de idade) num único ambiente amplo. Explorar essas ideias ajudou os amigos a considerar como trabalhar na prática em prol de maiores números. Sem mencionar que a mensagem de 12 de dezembro de 2011 da Casa Universal de Justiça tem tanto possibilitado que as agências de agrupamentos percebam que estão todos trabalhando para o avanço do mesmo processo, como também as têm ajudado – especialmente os Comitês de Ensino de Área – a entender a importância de um vigoroso programa de pré-jovens num agrupamento. Os agrupamentos em que esta consciência já estava surgindo foram capazes de colocá-lo em ação mais rapidamente. No agrupamento East Valley, Arizona, por exemplo, os amigos puderam canalizar a energia de suas mais recentes fases de expansão para ampliar significativamente o programa de pré-jovens em algumas vizinhanças-chave. O Comitê de Ensino de Área valeu-se de sua experiência, planejando campanhas efetivas de ensino para sistematicamente registrar um grande número de pré-jovens. O fato de espaços formais para grupos de pré-jovens terem sido identificados antes da fase de expansão ajudou o Comitê de Ensino de Área a estruturar uma expansão sistemática em torno desses locais. Ademais, confiantes de que uma equipe de três a seis monitores poderiam trabalhar efetivamente, se adequadamente acompanhados, com um grupo de 60 pré-

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jovens dividido por idade, num ambiente conducente à aprendizagem, os amigos conseguiram definir metas audaciosas, porém realísticas, de registrar 60 pré-jovens para cada um dos contextos mais formais. No East Valley, na fase de expansão, os esforços foram concentrados em Mesa e Tempe. Os amigos conseguiram registrar cerca de 120 novos pré-jovens em Mesa e mais de 60 em Tempe. Esses grupos se reúnem em diversos locais, inclusive em um Clube de Meninos e Meninas, um Centro Ativo de Aprendizagem, um centro comunitário da vizinhança, e nas áreas comuns dos apartamentos. Antes da fase de expansão no East Valley, cerca de um terço dos participantes do programa de pré-jovens concentrava-se nas vizinhanças de Tempe e Mesa, enquanto os outros dois terços dos participantes pertenciam a grupos espalhados pelo agrupamento. Embora a participação ainda esteja se estabilizando em muitos dos novos grupos, está claro que a participação no programa de pré-jovens como um todo agora está muito mais concentrada em Mesa e Tempe. Consequentemente, cada um dos assistentes de coordenadores de pré-jovens trabalha com alguns monitores em cada uma dessas áreas específicas. Os esforços para aumentar a participação e formalizar o programa de pré-jovens levaram a outros acontecimentos positivos. Por exemplo, monitores que trabalham com diversos grupos num mesmo local agora estão funcionando como equipes, encontrando-se antecipadamente para preparar cada seção, revendo lições dos textos para pré-jovens e planejando atividades complementares como projetos de serviço. Os coordenadores de pré-jovens trabalham em estreita colaboração com as equipes de monitores, auxiliando-os a se preparar para cada reunião, visitando os grupos regularmente e refletindo após cada seção. Isso evidentemente ajuda a fortalecer a qualidade do programa de pré-jovens e a aumentar a capacidade tanto dos coordenadores como dos monitores. Curiosamente, como os esforços que têm sido feitos para os grupos de pré-jovens se reunirem em ambientes mais formais, está ajudando a focar atenção na qualidade do trabalho dos monitores. Quando os grupos de pré-jovens se encontram em ambiente informal, pode-se frequentemente encobrir a habilidade dos monitores de engajar os pré-jovens em conversas profundas já que grande parte de sua energia se direciona em minimizar distrações - caminhões de sorvete, amigos passando, jogos no parque, ou irmãos mais novos.

Convidar Jovens da Sociedade em Geral a Servirem como Monitores: A fim de satisfazer as demandas para o Programa de Empoderamento Espiritual de Pré-jovens em muitos agrupamentos, os crentes têm feito contato com indivíduos da sociedade em geral, especialmente jovens, para serem treinados como monitores. Conforme demonstram os relatos seguintes, não é difícil “encontrar aquelas almas ansiosas por abandonar a letargia que lhes foi imposta pela sociedade” e “iniciar um processo de transformação coletiva”. Austrália

Num relatório sobre o desenvolvimento do programa de pré-jovens no agrupamento Brisbane Bayside, o Conselheiro descreve como os amigos aprenderam a efetivamente apresentar o programa à população de uma vizinhança selecionada e de que modo, após uma grande reação positiva, eles se organizaram para acompanhar aqueles que se ofereceram para serem treinados como monitores. O relato também ilustra como esse esforço serviu para fortalecer as instituições e agências da região.

Através do ímpeto do centro de aprendizagem para aprender sobre o desenvolvimento do programa de pré-jovens em meio a populações receptivas, foram feitos planos em 2011 para observar alguns dos diferentes bairros. Grande parte do esforço foi feito por coordenadores de pré-jovens com um grupo de monitores. Durante essa observação o grupo focou seus esforços no bairro Woodridge, que mostrou alguma receptividade ao programa. Com base nessa avaliação, durante o seminário de maio realizado no centro de aprendizagem, os participantes, juntamente com monitores do agrupamento, organizaram uma campanha. O resultado dessa

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campanha foi que 12 indivíduos iniciaram o Livro 1 com o objetivo de se tornarem monitores. Em junho, quatro jovens saíram como pioneiros em um bairro para ajudar a consolidar esses 12 indivíduos. Nos dois ciclos seguintes, foram feitos planos sistemáticos pelas agências do agrupamento, em colaboração com os centros de aprendizagem, para engajar ainda mais a população. Esse esforço resultou na participação de 70 indivíduos no Livro 1, além de centenas de pessoas mostrando interesse em apoiar o programa. O desafio imediato que as agências do agrupamento enfrentaram foi a magnitude do trabalho de consolidação. Oito tutores visitantes além de um pioneiro residente estavam registrados para apoiar o trabalho de consolidação, que incluía facilitar círculos de estudo e também visitar os participantes e outros que haviam mostrado interesse durante as campanhas. Ainda outros quatro pioneiros residentes estarão se mudando para outros bairros em poucos meses. Há também uma equipe que está sendo formada para coordenar o trabalho de consolidação, ou seja, ajudar a sistematizar ainda mais as visitas aos lares e apresentação de reuniões devocionais. Atualmente, há cerca de 60 indivíduos que estão sendo acompanhados através de círculos de estudo e/ou visitas aos lares. Com a chegada do novo pioneiro residente, o plano é acompanhar mais 20 a 30 indivíduos. Para responder à intensidade da aprendizagem que está sendo adquirida e o acompanhamento exigido em Woodridge, o coordenador de círculos de estudo, dois membros do Comitê de Ensino de Área, o coordenador dos pré-jovens, e os membros do Corpo Auxiliar e seus ajudantes vêm trabalhando em estreita colaboração para apoiar as atividades de expansão e consolidação. Isso inclui reuniões plenárias regulares coletivas e também reuniões individuais entre essas diferentes pessoas. O papel dos membros do Corpo Auxiliar em trabalhar ombro a ombro com pioneiros residentes e agências do agrupamento tem sido decisivo para o desenvolvimento nesta área.

Com cada campanha de ensino, no decorrer dos ciclos, os amigos vêm aprendendo efetivamente a manter conversas com a população e ajudá-la a perceber a visão de construir comunidades e encorajá-la a trilhar um caminho de serviço. As conversas iniciais em Woodridge focavam-se grandemente em convidar a população para participar de atividades. O sucesso desta abordagem foi limitado, porém, conforme o conteúdo das conversas evoluiu até incluir alguns dos conceitos-chave do livro 5 e a visão de construção de comunidades, o interesse e a resposta da população aumentou. O entendimento dos instrutores e seu comprometimento com ações de longo prazo têm sido decisivos para transmitir esses conceitos efetivamente e para convidar indivíduos a se tornarem partes do processo. Ser capaz de comunicar a natureza dos cursos do instituto de capacitação como sendo a de trilhar o caminho de serviço tem sido valioso para diferenciar este curso de outras abordagens educacionais com as quais a população pode estar familiarizada. Vanuatu

Há alguns meses, um casal, que não é bahá’í, envolveu-se com o programa de empoderamento espiritual de pré-jovens. Ambos completaram os Livros 1 e 5 do Instituto Ruhi, e a esposa atualmente serve como monitora. Uma pessoa recurso para o programa de pré-jovens teve a oportunidade de visitá-la e compartilhou a história contada por ela.

Estou tão feliz em poder acompanhar os pré-jovens na minha aldeia. Sou cristã e meu marido segue as crenças tradicionais de Tanna. Desde que me casei, não tenho tido sucesso em atrair meu marido a Deus e à religião. Porém, desde que ambos nos envolvemos com o programa de pré-jovens, o desejo de meu coração foi satisfeito e agora meu marido está atraído a assuntos espirituais. O programa de pré-jovens foi a causa dessa transformação em meu marido. Estou tão contente e satisfeita por ser capaz de fazer atos que são importantes e significativos. Agora estou servindo como monitora e acompanhando diversos pré-jovens na minha aldeia. O grupo acabou de executar um projeto de serviço. Construíram uma pequena casa no cruzamento em que se encontram as estradas provenientes do sul, norte e leste. Esta pequena casa é como um abrigo em que os viajantes que caminharam longas distâncias podem

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descansar um pouco e depois continuar sua viagem. Podem também se refugiar na casa se estiver chovendo forte, este é um dos projetos de serviço que os meus pré-jovens executaram. Tenho visitado muitos pais e tenho falado a eles sobre a importância do programa de pré-jovens para transformar a vida da nossa futura geração. Reuni também um grupo de jovens adultos para estudar o Livro 1. Depois de completar o Livro 1, eles estudarão o Livro 5, de modo que também possam servir como monitores. Desde que me envolvi com o programa, tenho encontrado oposição da parte dos meus próprios parentes, pois sou cristã. Eles me dizem: “Por que você está fazendo isso? Você não é bahá’í. Está promovendo um programa que pertence aos bahá’ís”. Mas eu jamais tive dúvida. Decidi dedicar minha vida a este programa. Não sou muito bem instruída. Só completei a sexta série, mas a pouca instrução que tenho, estou usando para ajudar os pré-jovens de minha comunidade e minha ilha.

Granada

Um jovem pioneiro era amigo do diretor de um colégio comunitário que mantinha um conteúdo de serviço à comunidade para seus alunos. Ele apresentou o programa de empoderamento espiritual de pré-jovens como uma possibilidade de serviço, e foi aceito. Esperava-se que os alunos que se inscreveram para este “serviço à comunidade” estudassem os Livros 1 e 5. Ao final de seu estudo do Livro 1, o colégio pediu-lhes que compartilhassem seus comentários sobre o curso. Eis alguns desses relatos:

Durante meu período de serviço à comunidade, a cada dia aprendi algo novo. Além de “Reflexões sobre a Vida do Espírito”, deram-nos “Orações Bahá’ís” e “Palavras Ocultas”. No meu serviço à comunidade, senti-me como um novo eu. Via tudo ao meu redor de um modo diferente. Sentia-me mais calmo e quando era provocado, não me aborrecia. Depois de algum tempo, comecei a compartilhar minha experiência com minha família e amigos. Agora, quando vejo um amigo ou parente se debatendo, lembro-me do que aprendi e corro para socorrê-los. Compartilho com eles “Ó Filho do Ser! Não te ocupes com esse mundo, pois com o fogo experimentamos o ouro e com o ouro pomos à prova os Nossos servos.” Depois do meu serviço à comunidade, posso concluir que descobri a maior dádiva que Deus nos deu, a oração. Conforme disse ‘Abdu’l-Bahá, “Nada há mais doce no mundo da existência do que a oração”.

A capacitação no programa de empoderamento espiritual de pré-jovens foi uma experiência de transformação da vida para mim. Todos os aspectos da palavra “serviço” mudaram para mim. Este programa me ensinou a servir de modo abnegado, considerar a opinião dos outros e ser grato pela situação da minha vida. Aprendi a tratar as pessoas de modo apropriado, com “língua bondosa”, sem desprezo e sarcasmo, e ser sincero. É assim que Deus quer que tratemos uns aos outros, e vivamos nossa vida, em paz e sem dissensão.

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Nos livros “Reflexões sobre a Vida do Espírito” e “Orações Bahá’ís” aprendi muitas coisas que preciso colocar em prática. Essas incluem orar regularmente para que no dia a dia se tenha uma relação com Deus; perdoar as pessoas que me tenham tratado injustamente; mostrar bondade, amor e consideração às pessoas; remover todos os atos de pecado da minha vida; e também compartilhar o que aprendi com outras pessoas, de modo que elas também possam estar conectadas a Deus. Este serviço à comunidade foi muito benéfico para mim, ajudando-me a desenvolver características espirituais.

Construir Relacionamentos com os Pais e a Comunidade: Uma característica essencial do programa de pré-jovens é trabalhar com os pais dos participantes no contexto da participação de seus filhos no programa. Os pais prezam grandemente o fato de o programa procurar moldar a capacidade dos pré-jovens para o serviço à humanidade, liberando suas energias para uma vida significativa e

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construtiva. Os dois relatos desta seção são exemplos do impacto que o programa pode ter sobre os pais e uma vizinhança. Índia

Tivemos uma campanha para o Livro 5 num povoado no agrupamento Cuddalore, Tamil Nadu, e nove grupos de pré-jovens foram estabelecidos em consequência da campanha. Sunita era uma das monitoras e seu grupo começou há uma semana. Seu pai ingere bebida alcoólica regularmente e nosso coordenador observa isso frequentemente. Um dia, quando os pré-jovens estavam do lado de fora da casa de Sunita, discutindo a personagem Musonda e lendo a segunda lição do “Brisas de Confirmação”, o pai de Sunita (que naquele dia específico não havia bebido e estava sóbrio) ouviu toda a conversa entre os pré-jovens. Ele saiu de casa e perguntou à Sunita o que ela estava fazendo. Ela falou-lhe sobre Musonda e juntos eles estudaram a lição. O pai de Sunita ficou muito impressionado com a lição. Sentiu-se mal quanto à sua vida, pensando como uma menina como Musonda estava tendo pensamentos mais profundos que ele. Ele prometeu à sua filha que pararia de beber a partir daquele dia e pediu-lhe que estudasse as lições junto com ele. Também pediu à Sunita para fazer orações por ele. Sunita respondeu que em vez de fazer orações somente para seu pai, achava que eles deveriam fazer orações por toda a humanidade. Ao ouvir isso, o pai de Sunita expressou sua alegria devido aos cursos Ruhi terem transformado sua filha numa pessoa responsável que se preocupa com a sociedade. Expressou também seu desejo de fazer os cursos Ruhi.

Austrália

Em dois bairros do agrupamento Sydney Metro (Bidwill and Westmead), alguns pioneiros e outros jovens estão engajados no processo da construção de comunidades. Ambos os bairros possuem populações receptivas, o primeiro habitantes das Ilhas do Pacífico, e o segundo de indígenas. Em Westmead, como um ato de serviço, um dos grupos de pré-jovens organizou um piquenique no parque local para reunir as crianças que participam de aulas para crianças na vizinhança e suas famílias. Os pré-jovens (todos da comunidade mais ampla) conduziram os procedimentos e facilitaram um debate sobre o impacto das aulas nas crianças da vizinhança. Os pais foram muito positivos em seus comentários. Os pré-jovens serviram lanche, ajudaram a organizar brincadeiras, e auxiliaram na limpeza. As crianças e pré-jovens, todos falam avidamente em procurar as oportunidades de servir como monitores, e seus pais dão muito apoio a essas aspirações. O piquenique mostrou-se um simples ato de serviço, mas teve implicações mais profundas para a vizinhança. Reuniu pais que não conheciam uns aos outros e, para a alegria de várias mães, fez os pais manterem contato uns com os outros e com as aulas. A qualidade das interações dos pioneiros com os pais foi admirável, inclusive seu amor genuíno pela população em todas as suas conversas e atos. Os amigos indígenas parecem ter os pioneiros em alta estima e falam deles com grande afeto.

O Poder Transformador do Programa de Pré-Jovens: Há uma abundância de histórias que ilustram como o programa de pré-jovens está “estimulando sua percepção espiritual, aumentando seu poder de expressão, e reforçando a estrutura moral que os servirá durante suas vidas”. Itália

A pessoa recurso para o programa de pré-jovens na Itália compartilhou uma história de como o material de pré-jovens pôde exercer uma profunda influência na vida de um grupo de meninas que participam do programa no agrupamento de Mantova.

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O grupo é composto de uma turma bem sólida de amigas, 10 meninas que estiveram juntas desde o jardim da infância. Elas são muito unidas, inteligentes e dedicadas, mas, com o tempo tornaram-se conhecidas, em sua escola, como um grupo “fechado” que não deixava mais ninguém “entrar no clube”. Elas eram realmente admiradas pelas meninas e meninos da escola, mas sua atitude era exclusivista, e os outros frequentemente se sentiam inferiorizados. Os monitores, no entanto, perceberam que as meninas do grupo eram sinceras e dispostas a melhorar o mundo em volta delas. Elas acreditavam nas qualidades espirituais e não olhavam para o seu atual comportamento, mas nos seus atributos concedidos por Deus. Uma mudança na atitude e comportamento das meninas ficou clara quando estudaram “Brisas de Confirmação”. Elas começaram a falar sobre o significado de observação da aparência, sobre conceitos de atenção às necessidades das pessoas que nos cercam, e também do amor às pessoas que não pertencem à nossa família ou a um grupo de amigos íntimos, como Chishimba e Godwin haviam feito, ajudando a mulher com o peso sobre os ombros. As meninas desse grupo estavam frustradas por causa de outra menina, que denominaremos Maria. Elas não se conformavam com a timidez dela e o fato de sempre estar sozinha, usando roupas escuras e demostrando pouco cuidado com sua aparência física. Por terem sido tocadas pela história no “Brisas”, elas decidiram aprender a fazer o mesmo em suas vidas. Imediatamente se lembraram de Maria. Perceberam quão imaturas haviam sido em seu comportamento e que Maria certamente tinha qualidades positivas. Levantaram-se para uma missão de uma semana: fazer amizade com Maria. No dia seguinte, na escola, elas a circundaram (e Maria ficou um pouco assustada) e começaram a lhe fazer muitas perguntas. Começaram a passar mais tempo com ela e mostrar-lhe mais e mais atenção. Vendo apenas as suas qualidades, elas aprenderam a amá-la ainda mais do que esperavam. Na hora do intervalo a convidaram a dar uma volta pela escola. Isso encheu Maria de alegria por ter novas amigas, ela nunca havia se sentido tão enturmada. O grupo percebeu que não queria mais ser um “clube”. Sim, elas queriam manter sua unidade, mas também desejavam abrir-se a outras pessoas, construindo unidade com todos. Em uma semana elas passaram mais tempo com muitas amigas e essa mudança foi percebida pelas outras alunas da escola, que começaram a lhes perguntar o que havia acontecido! Como consequência, Maria também decidiu participar do grupo de pré-jovens. Ela está feliz por contribuir para a mesma transformação pela qual ela passou e ser causa de amizade com outros.

Ilhas Canárias

O monitor, cuja experiência em formar um grupo é descrito na página 1, escreveu também: “Muitos milagres e transformações ocorreram durante esse processo que nos inspirou e nos deu força para continuar. Sem dúvida, as transformações que vimos nos próprios pré-jovens foi a maior inspiração”. Ele compartilha pequenas histórias sobre o impacto que o programa teve sobre pré-jovens, dos quais outros haviam desistido algumas vezes.

Carlos era uma criança-problema, ou assim era chamado. Na verdade, tal percepção a seu respeito não havia ajudado de forma alguma para melhorar sua situação. Carlos usava linguagem imprópria e não conseguia falar a respeito de seus sentimentos. Ele tinha tido certos problemas com a lei e havia sido expulso de diversas escolas. Seu relacionamento com o programa de pré-jovens o transformou de um modo que pôde ser visto por todos. A primeira mudança significativa ocorreu durante o projeto. Um dia, involuntariamente ele interrompeu a conversa de dois adultos e disse: “Desculpem por interrompê-los”. Então ele gelou e exclamou: “Eu acabei de pedir desculpas? Será que estou ficando louco?” Ele estava percebendo sua própria transformação inevitável. Desde então, ele vem mostrando seu zelo em melhorar e sua natureza extremamente solidária. Ele tem sido uma fonte de inspiração para todos nós. Carlos tem dito: “Vocês são minha segunda família”.

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Elena é uma menina com muitos problemas de relacionamento porque seus colegas estavam constantemente debochando dela. Na primeira vez que chegou ao grupo, não ousou olhar diretamente nos olhos de ninguém e não pronunciou uma única palavra. Lentamente começou a adquirir autoconfiança até o ponto de aceitar o papel principal numa apresentação teatral na reunião de reflexão. No dia da apresentação, uma mulher apresentou-se, pedindo para encontrar o monitor de pré-jovens. Fiquei com medo, pois pensei que estivesse aborrecida. Ela olhou diretamente nos meus olhos, e pude ver uma expressão de profunda emoção em sua face. Ela disse: “Eu lhe agradeço imensamente. Não sei o que está fazendo com minha filha, mas agradeço por tudo”. Para essa mãe, foi um milagre ver sua filha tão bem integrada com outros jovens de sua idade e estar pronta para se apresentar diante do público. Jorge é um jovem muito gentil que desde o início, imediatamente se entrosou com os valores e ideias do grupo de pré-jovens. Ele sempre está disposto a melhorar, enfrentar desafios, e tentar fazer o melhor que pode. Ele costumava gaguejar quando lia ou falava em público, mas estabeleceu a meta de entrar numa competição de recitação de poemas em seu colégio. No grupo, nós o encorajamos e apoiamos inteiramente. Jorge melhorou tanto a sua fala que ganhou o primeiro lugar!

Preparado sob os auspícios do Centro Internacional de Ensino para a Instituição dos Conselheiros. Os extratos de relatórios citados podem ter sido alterados em termos de gramática, claridade e extensão. Esta publicação pode ser integral ou parcialmente reproduzida ou distribuída dentro da comunidade bahá’í sem permissão prévia do Centro Internacional de Ensino.

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REFLEXÕES SOBRE O CRESCIMENTO – Número 30 – novembro de 2012

Progresso do Programa de Pré-Jovens (II) O programa de empoderamento espiritual de pré-jovens incorpora uma série de elementos que são complementares e, para cada um, um processo sistemático de aprendizagem é necessário. Na edição anterior deste boletim, percepções foram compartilhadas com base na experiência de amigos na implementação de alguns aspectos fundamentais do programa, como a formação de grupos de pré-jovens e forjar relações com os pais e com a comunidade. Esta questão considera outro importante elemento do programa de empoderamento espiritual – e muitas vezes a principal fonte de atração para os pré-jovens – o projeto de serviço. Monitores e pré-jovens juntos aprendem a planejar e aumentar as suas capacidades de realizar um serviço significativo e, às vezes, projetos cada vez mais complexos. Além de juntar o grupo no serviço à comunidade, tais projetos ajudam os jovens a traduzirem a sua compreensão crescente em ações, uma capacidade que se torna mais forte à medida que avançam através do programa. Um segundo tema é o avanço dos pré-jovens na sequência principal de cursos. O objetivo é dar aos jovens uma oportunidade para reforçar as capacidades morais e espirituais que vêm desenvolvendo para que possam continuar “a direcionar suas energias para o avanço da civilização”. A partir dos relatos desta edição, está claro que os monitores e coordenadores de pré-jovens estão refletindo sobre questões importantes: qual é a forma mais adequada de abrir este caminho à juventude no contexto do desenvolvimento contínuo de suas capacidades espirituais? Qual é a natureza da conversação entre os monitores e pré-jovens que torna a passagem para a sequência principal de cursos um passo natural para os jovens que buscam construir um mundo melhor? Como os amigos oferecem aos pré-jovens a oportunidade de avançar para a sequência de cursos do Instituto de uma forma que não comprometa a finalidade do programa de pré-jovens de fomentar o serviço desinteressado à humanidade? Que capacidades são exigidas dos tutores que devem acompanhar jovens altamente motivados? Os relatos da última seção discutem um terceiro aspecto do programa: a importância da colaboração entre instituições e agências nos níveis de agrupamento e local em promover e apoiar o programa de pré-jovens. Esforços neste sentido têm sido fortemente auxiliados pela iluminadora análise da Casa Universal de Justiça, na sua mensagem de 12 de dezembro de 2011, que esclareceu como as atividades relacionadas com o processo educacional e com a expansão e a consolidação representam uma realidade com um objetivo comum: a construção de uma civilização divina.

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Projetos de Serviços Cultivam as Manifestações de Altruísmo entre os Pré-jovens: pré-jovens têm um desejo natural de contribuir para o bem-estar de suas comunidades. Sua participação no programa de empoderamento espiritual os ajuda a desenvolver as atitudes e capacidades necessárias para servir as suas comunidades de forma significativa. Através de um processo de consulta com o monitor de seu grupo, o pré-jovem pode identificar projetos de serviços de benefício a suas vizinhanças e, com a experiência vão aumentando a sua confiança e capacidade de serviço. Guiana Um pioneiro de frente interna do agrupamento Georgetown relata sua experiência como monitor. Depois de formar um grupo de pré-jovens, ele ajudou os jovens a refletir sobre a sua situação e decidir sobre uma atividade de serviço para melhorar sua comunidade.

Durante a nossa primeira reunião do grupo de pré-jovens, decidimos fazer exploração mais ampla. Quando alcançamos o número de seis pessoas, tivemos nossa primeira reunião onde falamos sobre as regras, o que gostaríamos de realizar e assim por diante. Eles estavam muito tímidos e raramente falavam, portanto em nosso terceiro encontro perguntei: – O que há de errado? Por que não estamos falando? Vocês estão com medo de mim ou algo parecido? Um

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dos pré-jovens levantou a mão e disse: “Sim”. Isso me fez rir, mas também me fez amá-los tanto por sua honestidade em admitir que estavam com medo. No sistema escolar você está sempre receoso de dizer a coisa errada. Mais uma vez expliquei que isso não era uma escola e que estamos todos aqui para ajudar uns aos outros e não devemos ter medo. Também tive que lembrá-los várias vezes para não me chamarem de “senhor”, mas pelo meu primeiro nome. Após essa conversa, falamos sobre projetos de serviço. Olhamos ao nosso redor e o que poderíamos fazer. Sugeri que olhassem para as coisas que gostariam de mudar. Ficaram quietos e disseram achar que tudo estava bem na região. Perguntei se não havia realmente nada que os incomodava. Em seguida, um pré-jovem disse: – Não gosto de como os caras do começo da rua provocam minha irmã. Meu coração amoleceu. Conversamos, então, sobre as mulheres e como o mundo seria sem elas, o que aconteceria se nossas mães e irmãs fossem embora e, mais importante, sobre como somos todos iguais. Decidimos então fazer uma faixa e pendurá-la cruzando a rua para que todos pudessem vê-la. Fomos juntos na semana seguinte e fizemos a faixa: “Parem de importunar nossas irmãs e mães; se elas se forem, não teremos ninguém para nos amar”. Continuamos nos reunindo semanalmente e os pré-jovens ficaram felizes que o vizinho comentou como a faixa era bonita. Em seguida, conversamos a respeito de qual seria nosso próximo projeto de serviço. Os jovens decidiram que queriam colocar placas de sinalização na rua e discutimos como isso ajudaria a comunidade. Eles disseram que iria ajudar a senhora do correio a identificar onde fica cada rua e facilitar seu trabalho. Todos disseram que poderiam fazer os sinais com zinco velho se o achatassem e pintassem. Durante o tempo que passei com esse grupo, visitei os pais “todas as tardes e compartilhei informações de como o grupo estava”. Portanto, eu estava na comunidade todos os dias, fosse aos fins de semana com os pré-jovens e aulas para crianças, ou nos dias da semana, para os círculos de estudo, reuniões devocionais ou visitas aos pais.

Índia Uma pessoa-recurso para o programa de pré-jovens no subcontinente indiano informou que os projetos de serviço foram um dos principais temas em suas recentes consultas com monitores. Os resultados dessas discussões são apresentados em um relato de um monitor na região de Tamil Nadu. Projetos de serviços tornaram-se uma característica regular de seu grupo de pré-jovens em Pudukulam, um povoado no Conjunto Tirunelveli. Seu primeiro projeto foi limpar a fazenda de gado leiteiro que haviam identificado como um local para as reuniões de grupo. Depois da monitora participar de uma reflexão de monitores no nível do agrupamento, onde foram novamente discutidos projetos de serviço, e analisar a experiência de outros grupos de pré-jovens, ela voltou para o seu povoado para aprofundar as conversações com seu grupo.

Os jovens decidiram que a cada semana iriam limpar uma ou duas ruas do seu povoado. Por duas semanas eles limparam ruas – coletavam o lixo e a sujeira espalhados pelas ruas e recolhiam o lixo do esgoto. Costumavam fazê-lo antes de suas reuniões. Uma vez, um pai disse para seu filho não limpar os esgotos, mas o jovem explicou que aquele é o lugar onde vivem e que não deve se sentir mal a respeito de limpar os drenos de seu povoado. No verão muitas pessoas em Tirunelveli foram afetadas pela dengue. Em suas reuniões de grupo, os pré-jovens também falaram sobre a dengue, fazendo perguntas ao monitor e compartilhando o que aprenderam na escola. O monitor encontrou alguns médicos, perguntou-lhes sobre a doença e então foi capaz de fornecer informações adicionais aos pré-jovens. Seu interesse nos casos de dengue cresceu e perceberam que sua região estava infestada de mosquitos que carregavam a doença. Um dos médicos decidiu que iria visitar o povoado, juntamente com alguns estudantes de medicina, e ver o que poderia fazer para ajudar. Ele disse ao monitor que seu grupo também poderia ajudar. Ela compartilhou este plano com o grupo e com o coordenador do programa pré-jovens. Ela também visitou os pais

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e explicou a importância do projeto, para que permitissem que seus filhos tirassem uma licença da escola naquele dia para ajudar os médicos na campanha de conscientização. No dia do projeto de serviço, cinco estudantes de medicina e um médico chegaram. Os pré-jovens estavam prontos e esperando por eles. Para preparar os pré-jovens, o médico e sua equipe falaram primeiro sobre a dengue e as formas de prevenir a reprodução dos mosquitos. Compartilharam com os pré-jovens o processo pelo qual mosquitos depositam os ovos que se disseminam através de resíduos e da água parada. A equipe também contou com os pré-jovens, pois por conhecerem cada família pessoalmente, deveriam ajudar a equipe em explicar os fatos às famílias. Os pré-jovens e a equipe médica formaram pequenos grupos e visitaram mais de 50 casas. Juntos, eles observaram como as famílias armazenavam água em vasos e baldes e conversaram sobre como a dengue ocorre e como podem tomar precauções. Também ajudaram a tratar a água que as famílias armazenaram fora de suas casas. Ao final das visitas, ficou claro que os pré-jovens ficaram muito felizes com a campanha e a experiência. O médico e os alunos disseram o quão satisfeitos estavam pelos jovens haverem se envolvido e por verem um programa tão maravilhoso. Ver pré-jovens servindo em uma idade tão tenra não era comum. Isso os impressionou e levou a conversas posteriores com o monitor e coordenador sobre o programa e a Fé Bahá'í.

Guiando Pré-jovens à Sequência principal de Cursos: a Casa de Justiça explicou que quando os pré-jovens são “acompanhados por três anos, através de um programa que aumenta a sua percepção espiritual, e incentivados a entrar na sequência principal de cursos do Instituto com a idade de 15, eles representam um grande reservatório de energia e talento que pode ser dedicado para o avanço da civilização espiritual e material”. Os relatos abaixo ilustram como os monitores fomentaram a transição de maneira tranquila para esses jovens . Malásia Uma vez que um grupo de pré-jovens no agrupamento Jaya Subang estava para completar o programa de empoderamento espiritual, o coordenador de pré-jovens começou a visitar o grupo com mais frequência e consultar com o monitor sobre como ajudar este grupo de jovens a entrar na sequência de cursos e continuar percorrendo um caminho de serviço. O monitor e o coordenador proveram oportunidades para que os pré-jovens facilitassem algumas partes das lições para que pudessem experimentar ser um monitor. Ao mesmo tempo, mantinham conversas regulares com eles sobre qual o caminho de serviço que poderiam escolher. No momento em que os jovens entraram na sequência de cursos, já haviam escolhido seu caminho de serviço e a maioria quis servir como monitor. O Instituto e os coordenadores de pré-jovens consultaram sobre essa transição para os pré-jovens e concordaram que quem iria ensiná-los teria que ser um monitor experiente ou pelo menos alguém que entende bem a visão do programa. Um grupo de jovens completou o Livro 3 do Instituto Ruhi e em breve iniciaria o Livro 4, enquanto o outro estava estudando o Livro 2. Enquanto os jovens estão avançando através da sequência principal, também estão sendo acompanhados em atos de serviço por monitores de quem são co-monitores e por professores das aulas de crianças a quem estão ajudando.

***** Em suas visitas ao agrupamento Johor Bahru, os coordenadores de pré-jovens notaram que alguns dos jovens em breve completariam 15 anos. Então consultaram com o coordenador do instituto e decidiram organizar um acampamento no nível do agrupamento para estudar o “Recorrendo ao Poder da Palavra” e convidaram vinte jovens de 14 a 15 anos para participar. Eles também identificaram tutores potenciais que poderiam trabalhar com estes grupos. Nove jovens puderam participar do acampamento e o material foi facilitado pelo coordenador do agrupamento. No último dia do acampamento, os coordenadores convidaram os tutores que iriam trabalhar com eles

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para participar. Os tutores explicaram a sequência de cursos e fizeram planos com os respectivos jovens que acompanhariam no decorrer da sequência. Um coordenador de pré-jovens compartilhou a visão de que o estudo de "Recorrendo ao Poder da Palavra”, antes dos jovens entrarem na sequência de cursos, os ajuda a ver as dimensões materiais e espirituais da construção da comunidade e melhora sua experiência ao estudar os cursos do Instituto. Observou que os formandos do programa de empoderamento espiritual se distinguem no processo de instituto por seu entusiasmo e iniciativa. Alguns convidaram seus amigos para se juntarem a eles nos círculos de estudo e, como resultado, vários outros círculos foram formados. Muitos deles já tinham concluído os dois primeiros livros da sequência principal. Tajiquistão Um dos primeiros esforços em estabelecer o programa de empoderamento espiritual de pré-jovens foi no agrupamento Khujand. Um relatório recente do Conselheiro descreve como a transição dos pré-jovens para a sequência de cursos do Instituto tem ocorrido ao longo dos anos.

O programa de pré-jovens começou em 2003 e, depois de três anos, cerca de 15 jovens do programa entraram na sequência principal de cursos. Esses jovens estiveram em grupos diferentes, mas tinham fortes laços de amizade com os monitores e não queriam se separar deles. Queriam se tornar monitores ou servir suas comunidades de alguma forma. Geralmente eram os monitores que estudavam os livros Ruhi com eles. Muitos desses primeiros graduados do programa de empoderamento espiritual eram de famílias bahá'ís, mas um que era da comunidade mais ampla tornou-se membro da Assembleia Espiritual Nacional. À medida que o programa cresceu, em vizinhanças, povoados e escolas, os monitores aprenderam a se envolver em conversas com os pré-jovens de uma forma que facilitou seu movimento para a sequência de cursos. Uma vez que o conceito de serviço estava claro para os pré-jovens devido à sua participação no programa e nos projetos de serviço, a conversa enfatizou que o estudo dos livros Ruhi representaria uma continuação de seu compromisso de servir as suas famílias e as suas vizinhanças e capacitá-los para servir em diferentes funções, como professores de aulas para crianças ou monitores. Outra dimensão da conversa foi que os livros ajudariam os jovens a progredir espiritualmente e torná-los pessoas melhores. Alguns jovens enfrentaram dificuldades em seu estudo dos cursos da sequência principal, mas não importa o quão difícil fosse para eles, eles continuaram. Foram os participantes mais entusiasmados. Alguns até memorizaram a Epístola de Ahmad em sua língua nativa e, quando entoavam em uma reunião, os membros da comunidade ficavam em lágrimas. Em uma escola do povoado havia um grupo de pré-jovens que participava do programa há três anos e, no décimo ano, por volta dos 16 anos de idade, naturalmente seguiram para a sequência de cursos. Seu discurso era de que os cursos iriam ajudá-los a progredir e prepará-los melhor para servir a sociedade. Continuar o estudo também os ajudaria a se tornarem espiritualmente mais fortes e a entender como contribuir ainda mais para a melhoria de seu povoado. Os monitores estavam preocupados sobre como os jovens e as suas famílias reagiriam a essa transição por causa da natureza conservadora do povoado e porque lá todos sabem tudo uns dos outros. Os monitores foram cautelosos e o processo foi muito bem conduzido porque os pré-jovens disseram que nenhuma das suas aulas na escola havia trazido tanta alegria e que nos círculos de estudo são capazes de ter discussões muito profundas sobre suas vidas e sobre como gerar mudanças. Ao longo dos anos, quase 70% dos pré-jovens que completaram o programa de empoderamento espiritual em Khujand passaram a estudar a sequência principal de cursos e muitos estão agora na vanguarda do trabalho no agrupamento. Enquanto, inicialmente, os pré-jovens haviam contribuído para a melhoria do ambiente físico e social de sua escola por meio do plantio de árvores, por exemplo, e participando ativamente na vida escolar, aqueles

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que continuaram na sequência de cursos agora estavam contribuindo na melhoria de seu vilarejo. Seis dos jovens passaram a formar seus próprios grupos de pré-jovens.

Brasil A breve história que se segue ilustra como o programa de pré-jovens no agrupamento Rouxinol do Paraíso gerou compromisso de longo prazo nos pré-jovens e as medidas tomadas para garantir a sustentabilidade do programa.

No final de 2011, tínhamos 13 grupos com 138 pré-jovens em São Luis. Dezenove completaram o programa e, destes, nove completaram o Livro 1, seis dos quais já estão fazendo o Livro 5. Além do tempo despendido em estudar os textos, sempre enfatizamos que eles estavam sendo capacitados para servir e que haveria materiais que os preparariam para o serviço como professores de aulas para crianças, monitores de grupos de pré-jovens ou tutores. Sempre dizíamos que “vivemos para servir”. Desta forma, a partir de “Brisas de Confirmação” em diante, nós os prepararíamos de modo que, aos 15 anos de idade, teriam a chance de estudar outros livros. Notamos que os jovens que foram os mais comprometidos com prosseguir com a sequência eram aqueles que tinham completado todo o programa de pré-jovens. Um grupo de pré-jovens mais velhos tinha estudado apenas “Recorrendo ao Poder da Palavra” e apenas um destes jovens entrou na sequência e expressou o desejo de se tornar monitor. Uma coisa que aprendemos no ano passado é que, quando os grupos se movem em um ritmo lento, sua motivação diminui. O ritmo de estudar e passar de um livro para o outro deve ser mais intenso. Com uma dinâmica mais rápida, os grupos são sustentados de modo mais eficaz. O problema foi que o programa foi realizado em uma escola apenas uma vez por semana e durante a última hora do dia na escola. Uma hora era um tempo muito curto e a escola não tinha como oferecer um período mais longo. Assim, em consulta com as instituições, decidimos alugar um lugar próximo e estabelecer uma “casa do instituto”. Este espaço permitiu aumentar a intensidade do estudo, permitiu mais tempo para planejar outros elementos do programa, tais como atividades de serviço e lazer, e permitiu aos jovens começar um livro em ritmo mais intenso do que era possível na escola.

Colaboração no nível de agrupamento: Na sua mensagem do Ridván de 2010, a Casa de Justiça refere-se ao “processo de consulta nas raízes” que está acontecendo e como permite o planejamento de “se tornar mais sensível às circunstâncias em campo” e contribuir para a coerência. Os relatos que se seguem descrevem como espaços adicionados para reflexão resultaram em maior unidade de pensamento e ação entre os envolvidos no processo educativo, em suas relações com os Comitês de Ensino de Área e também com os membros das Assembleias Espirituais Locais. Canadá Um dos primeiros passos na conquista de estreita colaboração das instituições e agências que trabalham no nível do agrupamento é a construção de uma visão unida. Como descrito no relato abaixo do agrupamento Toronto, estes amigos promovem tal processo no início de cada ciclo. Atenção concentrada no programa de empoderamento espiritual de pré-jovens ao longo do tempo tem influenciado suas conversações e relacionamentos, reforçando a colaboração e estabelecendo sinergia entre os coordenadores, Comitê de Ensino de Área e Membros do Corpo Auxiliares.

As agências de agrupamento agora se reúnem uma vez por ciclo, durante um dia inteiro, para desenvolver uma visão para o ciclo seguinte. O Secretário do Conselho Regional Bahá'í, os Membros do Corpo Auxiliar, as pessoas- recurso e o Conselheiro também estão presentes para esta reunião. Primeiro, tempo é dedicado ao estudo das guias da Casa de Justiça. A atenção, então, é voltada para rever as realizações do ciclo anterior, tentando compreender melhor como o padrão de ação promovida pelo Plano está evoluindo em vizinhanças e em

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suas interligações. Como parte dessa revisão, as agências convidaram os coordenadores de vizinhança para participar da reunião por um período de tempo, criando um espaço para as agências de agrupamento aprenderem com as vizinhanças mais avançadas [no processo], e uma oportunidade para os coordenadores de vizinhança para refletir. A última parte da reunião é dedicada para delinear objetivos audaciosos, mas realistas, e para elaborar estratégias específicas e recursos para alcançá-las. Esse amplo esboço do próximo ciclo em seguida orienta o trabalho do secretário do Comitê de Ensino de Área e dos coordenadores que, com o apoio dos membros do Corpo Auxiliar, começam a operacionalizar o plano. No passado, os coordenadores de aulas para crianças, grupos de pré-jovens, e círculos de estudo planejavam o crescimento em relativo isolamento um do outro. Uma razão para isso era que essas atividades centrais variavam em intensidade, dependendo da vizinhança, e assim os coordenadores concentravam-se em diferentes vizinhanças e recursos humanos. A situação mudou quando os que estão familiarizados com o programa de pré-jovens e com o ensino em vizinhanças foram nomeados como coordenadores das aulas para crianças e coordenadores dos círculos de estudo. Agora, quando planejam o crescimento do programa, a pessoa-recurso e coordenadores olham a vizinhança e tentam compreender como avançar os três imperativos educacionais do instituto de capacitação. Deste modo, as estratégias para o crescimento são concebidas e executadas em conjunto. Por exemplo, o coordenador de sequência principal e a pessoa-recurso estão ajudando o coordenador das aulas para crianças a acompanhar egressados do programa de pré-jovens para formar aulas de crianças, bem como introduzir aulas para crianças em áreas onde existem somente grupos de pré-jovens. Visitas às vizinhanças também são coordenadas de forma que, dentro de uma semana, os coordenadores são capazes de visitar cada das cinco vizinhanças. Os coordenadores e pessoas-recurso também participam das reuniões de reflexão uns dos outros e consultam sobre o conteúdo de cada uma. Desta forma, os coordenadores agora compartilham da aprendizagem e do progresso das atividades, em vez de apenas fornecer informações. Eles veem o processo educacional como um, e da maneira em que criam e executam linhas de ação, estão se esforçando para colocar esse entendimento em prática. Uma relação colaborativa similar está surgindo entre o secretário do Comitê de Ensino de Área e os coordenadores de agrupamento. O secretário trabalha com um grupo de oito pessoas, em quatro diferentes vizinhanças, que ajudam a planejar os Dias Sagrados, os encontros de reflexão da vizinhança e reuniões da comunidade. Eles, por sua vez, trabalham com os coordenadores para garantir que os participantes do Instituto estão frequentando e, quando necessário, fazem contribuições, tais como apresentações durante encontros de reflexão. Recentemente, os coordenadores e o secretário do Comitê de Ensino Área também começaram a consultar a fim de apoiar os jovens que tenham concluído o programa de pré-jovens para sediar e participar de reuniões devocionais de jovens, como uma forma de aumentar o caráter devocional de suas vizinhanças e criar um espaço onde podem convidar seus semelhantes.

França Um forte padrão de cooperação surgiu entre os dois coordenadores de pré-jovens em tempo integral e suas respectivas agências de agrupamento. Este compreende planejamento regular e reuniões de reflexão com o membro do Corpo Auxiliar, facilitador de crescimento do agrupamento, Comitê de Ensino de Área, e outros coordenadores. No agrupamento de Paris, esta colaboração foi evidente na fase de expansão anterior, quando o coordenador de pré-jovens e o Comitê de Ensino Área planejavam a abertura de um grupo de pré-jovens em uma nova vizinhança, e o Comitê mobilizou a participação de amigos no projeto de ensino para apoiar esta meta. No agrupamento Creteil-Nogent, durante a última fase de expansão, o coordenador de pré-jovens e o Comitê de Ensino Área planejaram um esforço para alcançar jovens de toda a sociedade para treiná-los como futuros monitores. O coordenador e o facilitador de crescimento do agrupamento juntos fizeram várias visitas aos lares para falar com os jovens sobre o processo de instituto e seus objetivos. Eles

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também co-tutoraram a primeira sessão do círculo de estudo em conjunto. Os Comitês de Ensino de Área em ambos os grupos têm contribuído para o crescimento de grupos e outras atividades centrais do núcleo ao planejarem projetos de ensino em torno das metas estabelecidas em consulta com coordenadores de pré-jovens, e de acordo a isso, organizando equipes de ensino. Atenção é dada ao desenvolvimento de um sistema coerente de atividades e a aprender como um grupo de pré-jovens pode exercer influência sobre o desenvolvimento de outras atividades no agrupamento. Vanuatu A reunião foi realizada no agrupamento Tanna para instituições e agências desenvolverem uma visão unificada e uma compreensão mais profunda das prioridades do Plano de Cinco Anos. Logo depois, a Assembleia Espiritual Local de Lenakel se reuniu e decidiu chegar a Isini, povoado na sua localidade. Através dos esforços da Assembleia, há agora dois grupos de pré-jovens no povoado e uma aula para crianças. Participantes para cinco círculos de estudo estão esperando tutores para ajudá-los a começar o estudo do Livro 1. Embora este povoado tradicionalmente tenha sido contrário à entrada da Fé, um número de seus líderes está entrando no processo de instituto, enquanto seus filhos estão participando de aulas para crianças e grupos de pré-jovens. Eles expressaram a sua gratidão à comunidade Bahá'í por oferecer-lhes a oportunidade de realizar esses programas que estão transformando seu povoado. Um segundo seminário de dois dias para as instituições foi realizado em Tanna alguns meses mais tarde. A participação de 13 Assembleias Espirituais Locais foi particularmente notável. O programa foi dividido em quatro partes: estudo de seções do Livro 5, estudo sobre o papel das instituições no avanço do programa de empoderamento espiritual de pré-jovens e sua obrigação de promover o processo de transformação em suas comunidades, a partilha de experiências adquirida deste último seminário, e planejamento. O tema principal das consultas foi “Alcançando 1.000 pré-jovens em três ciclos”. O programa de pré-jovens em Tanna já está chegando a mais de 500 pré-jovens e vai chegar a outros 500, para atingir esse objetivo. Isso será possível se o programa nas escolas puder ser expandido para envolver outros 200 jovens até o final do primeiro semestre do próximo ano e grupos da comunidade estenderem-se até outros 300 jovens formando 10 novos grupos de pré-jovens durante cada um dos próximos três ciclos. Durante o seminário, as Assembleias compartilharam suas experiências em alcançar a sociedade como um todo para promover o programa de pré-jovens. Esses relatos eram muito inspiradores e permitiram aos amigos apreciar as possibilidades de que dispõem. Ouviram em primeira mão como, recorrendo ao poder da ajuda divina e ao alinhar os seus esforços com os objetivos do Plano Divino, os amigos têm sido capazes de penetrar até as comunidades tradicionalmente antagônicas à Fé. Também ouviram outros membros da Assembleia sobre o imperativo de criar laços de amizade com indivíduos da sociedade em geral, especialmente os líderes da comunidade, tais como os chefes. Algumas das Assembleias informaram que, desde o último seminário, têm aprendido a consultar sobre questões relacionadas ao Plano e que estão começando a desenvolver um senso de responsabilidade com a saúde espiritual de toda a comunidade e não somente da população bahá'í. Essas Assembleias também estão gradualmente ganhando a confiança da sociedade em geral, à medida que os chefes estão se voltando a elas para orientação, especialmente no que se refere ao desenvolvimento da moral dos jovens em suas comunidades. Embora o foco inicial das Assembleias Locais fosse avançar com o programa de pré-jovens, a sociedade em geral logo exigiu que os bahá'ís oferecessem aulas para crianças e círculos de estudo também, e agora estão começando a ver o processo de transformação se enraizando em suas comunidades. Preparado sob os auspícios do Centro Internacional de Ensino para a Instituição dos Conselheiros. Trechos dos relatórios citados podem ser revisados e modificados em termos de gramática, clareza, ou tamanho. Esta publicação, ou partes dela, podem ser reproduzidas ou distribuídas dentro da comunidade Bahá’í sem permissão prévia do Centro Internacional de Ensino.

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REFLEXÕES SOBRE CRESCIMENTO – NÚMERO 31, FEVEREIRO DE 2013 Avançando no Programa de Pré-­Jovens (III) – Centros de Disseminação de Aprendizagem

Durante o Plano de Cinco Anos anterior, o Escritório de Desenvolvimento Social e Econômico do Centro Mundial Bahá’í seguiu o progresso do programa de empoderamento espiritual de pré-­jovens através de uma rede de pessoas-­recurso que ajudaram na promoção e desenvolvimento deste empreendimento em diversos agrupamentos em suas regiões. Durante o ano de 2008, algumas pessoas-­recurso escolhidas estiveram focando seus esforços na melhora do esquema de coordenação em agrupamentos que tiveram avanços significativos na implementação do programa de pré-­jovens. Vários desses agrupamentos emergiram gradativamente como centros de disseminação de aprendizagem e agora estão promovendo treinamento para coordenadores e coordenadores em potencial. Enquanto nesses agrupamentos desenvolvem a capacidade de expandir o programa e manter um número relativamente grande de grupos durante três anos, as pessoas-­recurso têm oferecido também capacitação regular para um crescente número de coordenadores e começaram a sistematizar um processo de aprendizagem que estabeleceu o programa de pré-­jovens numa base mais firme no mundo todo.

Ao reconhecer “o contingente acumulado de conhecimento e experiência” que já “produziu em diversos agrupamentos, espalhados pelo mundo todo, a capacidade de cada ummanter mais de mil pré-­jovens no programa”, em sua mensagem do Ridván de 2010 a Casa Universal de Justiça pediu que se expandisse a rede de centros de aprendizagem para assegurar nos agrupamentos o aumento da capacidade de multiplicar sistematicamente o número de grupos. Com cerca de 40 centros para disseminação de aprendizagem ora em funcionamento, os quais servem cerca de 400 agrupamentos avançados, essas estruturas estão desempenhando um papel decisivo no avanço do programa de empoderamento espiritual de pré-­jovens no mundo todo. Além de prover orientação e capacitação através de seminários e suas visitas com coordenadores nos âmbitos de região e agrupamento, as pessoas recurso são capazes de tranferir as lições que estão sendo globalmente geradas pelo Escritório de Desenvolvimento Social e Econômico.

As duas edições anteriores deste noticioso compartilharam em primeira mão a experiência de amigos que aprendiam a implementar diferentes elementos do programa de pré-­jovens com maior eficiência. Os relatos nesta edição, retirados principalmente dos relatórios de pessoas-­recurso, enfatizam o papel dos centros de aprendizagem na sistematização dessa experiência e a construção de capacidade de coordenadores para expandir e manter o programa.

*********

Um Centro Gera Aprendizagem ao longo deMuitas Dimens~~ões:Valendo-­se da experiência adquirida no próprio Centro e nos agrupamentos de sua rede, o centro de aprendizagem gera conhecimento e então dissemina-­o. Este relato do centro em Gana apresenta uma visão geral dos elementos do programa de pré-­jovens que tem sido o foco de sua aprendizagem. Gana

O agrupamento de Accra-­Tema é um centro de aprendizagem da África que apoia uma rede de 13 agrupamentos, não somente em Gana, mas também na Gambia, Libéria, Nigéria e Serra Leoa. A relato a seguir

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compartilha histórias que salientam áreas de aprendizagem a respeito do programa de pré-­jovens que o centro disssemina através de seminários e de colaboração com os institutos de capacitação.

O programa de pré-­jovens pode acender um compromisso de serviço por toda a vida.

Jovens que recentemente completaram o programa de pré-­jovens têm mostrado cada vez mais o desejo de servir. Em Gana, a maioria dos jovens preferem frequentar escola internata no nível secundário, o que é uma tradição. No entanto, algumas vezes o sistema de internato os impede de organizar atividades centrais. Para muitos jovens que participaram do programa de pré-­jovens, o serviço continua a ser um componente indispensável de suas vidas. Em consequência disso, muitos deles decidiram frequentar a escola diária em vez de internato, de modo a poderem continuar a servir como animadores e professores de aulas para crianças em seus agrupamentos. Quando o programa é bem explicado, não é difícil atrair pessoas da sociedade em geral.

No agrupamento de Kabonde ( Serra Leoa), enquanto procurava indivíduos que pudessem se interessar por servir como animadores, o coordenador do agrupamento encontrou um jovem comerciante e teve uma conversa com ele. Encontrando esse jovem em sua loja, o coordenador compartilhou com ele o potencial do programa em efetuar transformação tanto no indivíduo como na sociedade. Posteriormente, o coordenador fez visitas regulares a este jovem nas quais compartilhou com ele temas adicionais relacionados ao programa. Inspirado por essa visão, o jovem desempenhou um papel decisivo em ajudar o coordenador a identificar mais indivíduos para participar da capacitação de animadores. O período e o objetivo da capacitação foram estabelecidos, mas infelizmente o fundo não chegou a tempo. Não desencorajado por isso, o coordenador apresentou a situação aos participantes e sugeriu que as pessoas tentassem oferecer tudo ao seu alcance. Este jovem se apresentou como voluntário para custear as refeições por dois dias a fim de que a capacitação pudesse começar. A capacitação incluiu 18 amigos da sociedade em geral. À medida que a capacitação avançava, os participantes procuravam saber mais sobre a Fé, o que levou o coordenador a compartilhar com eles seu conhecimento e experiência pessoal. Percebendo que esse programa foi inspirado pela Fé Bahá’í, como sua contribuição para a construção de um mundo melhor, os participantes foram mais atraídos à Fé e, em consequência disso, quatro amigos, incluindo o jovem lojista, abraçaram-­na. O programa de pré-­jovens contribui para o desenvolvimento natural da comunidade bahá’í.

No agrupamento Unidade ( Nigéria), a capacitação foi organizada para 17 amigos interessados em servir como animadores. Doze desses amigos eram da sociedade em geral. Ao chegarem às seções 18 e 19 da unidade 2, os participantes refletiram sobre a história de Rúhu’lláh e os amigos bahá’ís compartilharam com eles histórias da vida de ‘Abdu’l-­Bahá e dos primeiros crentes. Descobrindo que os primeiros heróis da Fé eram jovens como eles, e inspirados por suas qualidades e a vida exemplar de ‘Abdu’l-­Bahá, os amigos da sociedade em geral indagaram sobre a história da Fé. O coordenador aproveitou a oportunidade para apresentar a história da Fé aos participantes, o que estabeleceu uma relação mais íntima entre eles e a Fé. Ao final da capacitação, três amigos abraçaram a Fé e tornaram-­se dos mais vibrantes animadores, e 14 novos grupos foram formados. Quando os pais entendem o programa, apoiam-­no com toda a sua energia.

No agrupamento Calabar ( Nigéria), ao reconhecer e apreciar o impacto do programa, um pastor tornou-­se de grande apoio. Tudo começou quando sua filha decidiu tornar-­se uma animadora, como parte do instituto de

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capacitação em Calabar, os amigos tiveram contato com membros de um grupo de teatro para lhes explicar o programa. Entre os membros desse grupo se encontrava a filha do pastor. Durante a apresentação, ela expressou grande entusiasmo e participou de uma capacitação de animadores, após o que ela foi auxiliada a formar seu próprio grupo de pré-­jovens que contava com 14 participantes.

Enquanto apoiavam a filha nesse serviço, os bahá’ís encontraram seu pai e compartilharam com ele a visão do programa. Explicaram que o programa ajudaria os pré-­jovens a desenvolver uma estrutura moral sólida, descobrir seus talentos e melhorar sua capacidade de expressão, habilidade que os capacitaria a contribuir de modo positivo para a melhora do mundo. Movido por essa visão, o pastor ajudou a mobilizar pré-­jovens apresentando o programa à sua congregação e encorajando os pais a permitirem a participação de seus filhos pré-­jovens. Posteriormente, o entendimento desse pastor e sua esposa foi ampliado através de visitas regulares do coordenador do programa. Nessas visitas, o coordenador compartilhou vários temas do Livro 5 do Instituto Ruhi com o pastor. O aprofundamento do seu entendimento levou-­o a apoiar totalmente sua filha em levar avante o programa, e seu grupo de pré-­jovens incluía dois de seus outros filhos! Projetos de serviço removem barreiras e podem levar ao aumento do interesse no programa

No agrupamento Acra-­Tema ( Gana), um pastor que havia sido antagônico em relação ao programa, modificou sua atitude depois de testemunhar os pré-­jovens executando seu projeto de serviço. Quando o programa lhe foi apresentado pela primeira vez, ele reagiu negativamente por causa de seu antecedente religioso. Mas, depois de observar os jovens executando seu projeto de serviço e soube que eles faziam isso voluntariamente, pediu ao animador que inicialmente lhe havia explicado o programa para que o reapresentasse. Dessa vez ele apreciou o valor do programa e pediu que ele fosse implementado em sua igreja após consulta com o conselho da igreja. Os amigos de Lagos ( Nigéria) aprenderam que um projeto de serviço bem sucedido pode servir como um modo de expandir os grupos de pré-­jovens e expor a Fé aos residentes da comunidade. Um grupo de pré-­jovens organizou um projeto de limpeza que foi acompanhado pelo seu animador e o coordenador do programa no agrupamento. Algumas pessoas que testemunharam essa atividade demonstraram interesse e se aproximaram para saber da origem e da importância do programa. O coordenador apresentou o programa e explicou que era uma contribuição da Fé Bahá’í para a transformação da sociedade.

O Papel das Pessoas-­Recurso: Cada centro de aprendizagem é servido por uma ou mais pessoas-­recurso.

Uma função primária das pessoas-­recurso e dos centros de aprendizagem é desenvolver a capacidade dos

coordenadores de pré-­jovens, os quais se beneficiam de “um processo que envolve não somente sua

participação da capacitação, mas também seu contínuo apoio enquanto são acompanhados em seus esforços

pelas pessoas-­recurso”.

Espanha

As seguintes reflexões da pessoa-­recurso do centro de aprendizagem de Madrid ilustra como um espírito de humildade e flexibilidade cria uma relação de mútua aprendizagem e apoio com os coordenadores.

Preparação e flexibilidade. Fiz esforços para sistematizar e planejar minhas visitas. Sei que algumas vezes visitei um coordenador sem ter dedicado tempo suficiente para me preparar para tal visita, e então senti que muito mais deveria ter sido feito durante o tempo que lá passei. Ao mesmo tempo,

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percebi que, embora o planejamento seja essencial, ser flexível também é. Por exemplo, em minha última visita ao agrupamento de Múrcia, eu havia planejado estudar alguns documentos, mas, estando lá, percebi que o coordenador tinha necessidade de conversar sobre muitas outras coisas;; assim, tentei me adaptar à situação. Depois percebi que foi bemmais fácil me readaptar e improvisar do que quando não tinha qualquer plano inicial. Portanto, planejamento e flexibilidade são ambos não somente necessários, mas também um plano minucioso permite ser flexível sem perder o objetivo da visita.

Alegria, confiança e desenvolvimento de capacidade. Outra reflexão tem a ver com o processo de capacitação pelo qual passa todo coordenador (e provavelmente todos os demais). Tenho pensado muito a respeito de como ajudar os coordenadores a aumentar sua capacidade. Certamente isso tem a ver com aprofundar seu entendimento de alguns conceitos e desenvolver a habilidade de refletir sobre suas experiências e aprender com elas, mas tem a ver também com o desenvolvimento de destrezas no campo da ação, o que nos ajuda a sentir maior confiança. Tais medidas de progresso se evidenciam na alegria que produzem na pessoa que vê o crescimento de sua própria capacidade. Compartilhar essa alegria também é parte de acompanhar outras pessoas em seu processo de capacitação e isso ajuda a pessoa a se sentir mais confiante e, portanto desenvolver mais capacidade.

Visita conjunta com um coordenador. Algumas das minhas visitas têm sido na companhia de um coordenador regional ou nacional e isso tem diversas vantagens. Dessa maneira, a unidade de visão sobre o que está acontecendo num agrupamento é maior. Diversas perspectivas interagem umas com as outras para alcançar uma maior porção da verdade. Do mesmo modo, o coordenador do agrupamento sente que o acompanhamento recebido é sólido e coerente. Aprende-­se muito mais quando se pode refletir junto com outra pessoa numa visita. Além disso, quando eu não estava familiarizado com um agrupamento, era um alívio para mim estar acompanhado por mais alguém que podia me apresentar às pessoas e me levar às comunidades e atividades-­chaves.

Relações com instituições. Poder consultar, refletir e planejar com outras pessoas me ajudou muito no último ano, e é interessante ver como uma nova estrutura está emergindo. Os envolvidos com o instituto, coordenadores, e outras pessoas me perguntaram como deveria ser sua relação comigo. Eu respondi que é algo que devemos aprender e acho que é o que estamos fazendo. Mesmo que ainda me sinto incapaz de descrever a natureza de minhas interações com instituições nacionais e regionais, estou ciente da importância dessas interações, e sinto que outros também estão. É maravilhoso ver como todos estão abertos à aprendizagem e servindo juntos.

Desenvolvendo Capacidade para Acompanhar Outros no Serviço: Ao se empenhar em promover esta capacidade em coordenadores e animadores, a pessoa-­recurso faz através de conduta exemplar e qualidades que contribuam para uma cultura de trabalho em equipe e de aprendizagem em todos os níveis – sendo bons ouvintes, nutrindo força nos outros, demonstrando companheirismo amoroso, e compartilhando conhecimento numa conversação constante com os crentes envolvidos no programa. Índia

O relato a seguir é retirado de um relatório que descreve como uma pessoa-­recurso interage estreitamente com os coordenadores e lhes dá apoio.

Nos últimos cinco meses, a pessoa-­recurso que reside no centro de aprendizagem de Banthra tem focado seus esforços no agrupamento e percebeu que a experiência é uma grande fonte de aprendizagem. A convivência com coordenadores, animadores e pré-­jovens foi muito frutífero. Os

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coordenadores e colaboradores faziam seus planos diários e juntamente com a pessoa-­recurso visitavam os animadores. Eles obtiveram bastante sucesso em ajudar a iniciar reuniões devocionais nas casas de muitos pré-­jovens com o auxílio dos animadores e facilitadores de desenvolvimento. Todos os passos que eles estão dando agora é em espírito de aprendizagem. Eles sempre estudam as mensagens juntos e levam muito a sério o serviço que estão oferecendo para a melhora do mundo.

A pessoa-­recurso e os coordenadores estão trabalhando em estreita colaboração para formar uma equipe de colaboradores incluindo animadores experientes. Eles estão trabalhando para fortalecer os projetos de serviço em todos os grupos e planejam ter capacitação para coordenadores no próximo nível dos textos.

Os coordenadores do agrupamento visitam todos os grupos regularmente, geralmente todos os meses, e visitam todos os animadores a cada semana. Estão aprendendo o que significa colaborar e passar muito tempo juntos. Isso está contribuindo imensamente para a sua amizade, o que torna a consulta muito fácil. A reunião de reflexão de seus animadores também se tornou um evento regular. Recentemente, eles começaram a estudar as mensagens da Casa de Justiça e algumas partes do Livro 5 com os animadores para melhorar seu entendimento. Há quatro animadores experientes em sua equipe de colaboradores. Esses animadores estão ajudando outros animadores a fazer a sequência de todos os livros. Estão também tentando lançar os nomes das crianças e pré-­jovens no Programa de Relatório Estatístico para o Instituto de Capacitação (SRP-­Instituto)

Os coordenadores estão gradualmente desenvolvendo suas capacidades. Por exemplo, um coordenador sempre precisava de ajuda para organizar uma reunião de animadores e para visitá-­los, mas agora ele é capaz de fazer isso por si só. Há um outro coordenador que está levando muito a sério seu serviço e está executando tais atividades sozinho. No entanto, eles ainda precisam de apoio para identificar animadores em potencial da sociedade em geral.

Malásia

Coordenadores de pré-­jovens que participam de seminários no centro de aprendizagem de Subang Jaya compartilharam a experiência de que o processo de levantar colaboradores ou assistentes para ajudar no trabalho do agrupamento não é algo isolado ou separado do processo de acompanhamento. Ele não acontece por mágica;; ao contrário, o processo se desenvolve à medida que o coordenador trabalha em estreita colaboração com os animadores.

Foi também discutido que para expandir o contingente de animadores que são capazes de ajudar com

alguma tarefa da coordenação, é necessário acompanhá-­los em cada passo do caminho. É importante observar como um animador cumpre suas responsabilidades, como facilita o texto, visita os pais e inicia uma conversa sobre projetos de serviço. Isso ajuda os coordenadores a entender como devem trabalhar com um determinado animador para continuamente aumentar a capacidade dele ou dela. Além disso, um coordenador é capaz de reconhecer a força de cada animador no processo de acompanhár de perto o serviço dele ou dela. Ao apoiar os animadores em íntima colaboração, os coordenadores precisam desenvolver a habilidade de perceber a força dos outros e as desenvolvê-­las.

Desenvolvendo a Capacidade de Planejamento: Seminários nos centros de aprendizagem ajudam os coordenadores a melhorar suas habilidades, as quais são de grande ajuda na colaboração com os coordenadores do instituto e outras agências no âmbito do agrupamento para formular planos para os ciclos de atividade.

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Samoa

A pessoa-­recurso ligada ao centro de aprendizagem em Upolu, Samoa, relatou como é evidente que as ideias e planos discutidas nos seminários periódicos para coordenadores estão sendo gradualmente implementados quando eles retornam aos seus agrupamentos. Ela comenta: “Podemos ver que mesmo quando leva mais de seis meses, talvez um ano ou mais, estamos assentando os alicerces e criando a consciência dos elementos que precisam ser estabelecidos.” Seu relato resulta de como os seminários ajudaram os coordenadores a fortalecer suas habilidades de planejamento.

Durante a seção de planejamento do seminário, visualizamos nossas metas e as linhas de ação a serem adotadas para alcançá-­las. Então os coordenadores dividiam isso emmetas e ações semanais, mensais e de ciclo. Fizemos cronogramas experimentais para quando retornássemos, sabendo que elas provavelmente seriam ajustadas após consultas com agências e animadores do agrupamento. Os coordenadores disseram-­nos que sempre se perguntam – “Será que estamos trabalhando numa postura humilde de aprendizagem?” Muitos dos participantes planejaram, refletiram, revisaram e modificaram seus planos muitas vezes, à medida que mais elementos e estratégias eram consideradas. A atmosfera era intensa e focada enquanto refletíamos sobre o progresso alcançado.

Adquiri para cada coordenador um diário simples que provou ser de grande utilidade para os coordenadores em seu planejamento e reflexão. Ele tem um calendário de 12 meses naà frente, no qual eles podem anotar seus planos e cada dia tem espaço para fazer reflexão e registar atividades. Os coordenadores de Tongatapu usaram essa ferramenta no último ano e ele foi simples, mas muito efetivo. Como grupo, com base nas nossas consultas, fizemos uma lista de coisas para serem incluídas nos nossos planos.

Estabelecer metas para os próximos seis meses

Rever cada grupo: fortalezas, necessidades, e em quais aspectos o coordenador estará acompanhando-­os (isso levará às linhas de ação a serem adotadas)

Acompanhar e animar o progresso dos grupos: progresso nos textos, projetos de serviço, atividades significativas complementares, visitas a pais e melhora da capacidade dos animadores

Trabalhar com grupos de animadores;; ajudar novos animadores na formação de grupos e visitas nas primeiras reuniões

Capacitação nos textos de pré-­jovens, mantendo dois livros adiantados dos grupos

Colaboração com as instituições: agrupamentos, agências, especialmente coordenadores de instituto, e Assembleias Espirituais Locais

Reflexão e relatórios O Papel dos Seminários na Promoção da Aprendizagem: Os centros de aprendizagem geralmente oferecem seminários de capacitação três a quatro vezes por ano. Esses são dedicados a estudo, visitas de campo e planejamento, e são fundamentais para gerar aprendizagem sobre o programa. Os seminários são então complementados com visitas da pessoa-­recurso para acompanhar e dar apoio aos coordenadores em sua rede, a fim de que exista um ritmo saudável de capacitação e acompanhamento.

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Irlanda

Um relato da pessoa-­recurso do centro de aprendizagem em Stan Wrout, Irlanda, descreve como um recente seminário para coordenadores de pré-­jovens combinou profunda reflexão e experiência de campo, ambos elementos essenciais para o fortalecimento da qualidade do programa.

Para encorajar a reflexão nos seminários, foi designada uma forma de ajudar os coordenadores a refletirem com cada animador sobre as características de seu grupo antes de irem ao seminário. Ela incluía perguntas como de que modo cada grupo foi formado e mantido, as relações entre o animador e os pré-­jovens, como os pré-­jovens estavam avançando no material, a natureza dos atos de serviço que os grupos estavam executando, e como os participantes estavam mudando. O estudo e análise dessas experiências capacitou os coordenadores a identificar áreas do programa que precisavam ser fortalecidas. Além disso, foi útil para fazer com que o “crescimento” se tornasse menos misterioso. Os coordenadores ficaram melhor capacitados a articular onde e por que estava ocorrendo o crescimento.

As visitas de campo durante o seminário incluíram experiências úteis para aprimorar a atuação dos coordenadores. Por exemplo, eles foram convidados para trabalhar junto com animadores nas vizinhanças e ganhar mais percepção para suas experiências. Houve ainda a oportunidade de estudar alguns dos mais novos textos para pré-­jovens como “O Templo Humano”, que influenciou de um modo profundo a contribuição dos coordenadores nas consultas. Eles adquiriram uma apreciação mais profunda de como o material trata conceitos fundamentais para o empoderamento espiritual de pré-­jovens. Além disso, perceberam que os materiais são constituídos de uma sequência de cursos que criam capacidade nos pré-­jovens e não são uma mera coletânea de livros, um ou dois dos quais o grupo deve estudar no decorrer de três anos. A maioria das visitas de campo também forneceram uma chance para os coordenadores experimentassem o serviço com jovens da comunidade em geral que estão avançando na sequência principal de cursos.

Quênia

No centro de aprendizagem de Matunda Soy, Quênia, os seminários têm ajudado a aprimorar a habilidade dos coordenadores de identificar e treinar animadores, planejar e manter reuniões de animadores.

Após duas semanas de capacitação de animadores, todos os coordenadores e aqueles em potencial voltaram ao centro de aprendizagem. Primeiro eles revisaram o programa para as duas últimas semanas de sua permanência. Depois, compartilharam suas experiências e percepções obtidas no campo, especificamente sobre o processo de identificar animadores para capacitação. Ficou claro que os coordenadores haviam aprendido como alcançar a juventude da comunidade em geral, qual deve ser o conteúdo de sua conversação com os jovens e seus pais, como acompanhar os animadores na formação de grupos, como facilitar de modo eficiente os textos de pré-­jovens, e como devem ser feitas as práticas. Os coordenadores aprenderam também que a eficiência da capacitação é baseada em planejamento prévio e conversa constante com a população sobre o programa. Ao revisar o Livro 5, eles aprenderam que o propósito das primeiras reuniões com o animador e o grupo de pré-­jovens é capacitá-­los a entender os diferentes aspectos do programa que contribui para manter o grupo.

Desde o início da capacitação, os coordenadores estiveram aprendendo todos os elementos do programa e isso ajudou-­os durante a sessão de planejamento, que começou desde o primeiro dia que os amigos chegaram ao centro de aprendizagem. Foi notável observar quão profundamente os

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coordenadores estavam refletindo sobre a natureza de seus agrupamentos e retornando aos seus blocos de notas de reflexão em busca de percepções para guiar seu planejamento. Os planos se beneficiaram também das experiências dos últimos ciclos em seus agrupamentos e também de percepções obtidas durante o seminário. Foi bom observar quão importante foi conversar sobre planejamento desde o início do seminário, de modo que os participantes pudessem pensar sobre seus agrupamentos enquanto estavam aprendendo. Esse processo ajudou os coordenadores a criar planos realistas. Os coordenadores tiveram tempo de compartilhá-­los em plenária, o que ajudou-­os a compartilhar seus planos com as instituições e refinar seus planos. Nós os encorajamos a compartilhar seus planos com as instituições e agências de seus agrupamentos para atrair seu apoio.

Um aspecto do programa ao qual se deu atenção no próprio agrupamento deMatunda Soy foi a reunião de animadores. O convite aos monitores era geralmente feito através de cartas formais, visitando alguns em suas casas e com a ajuda de instituições locais. Observou-­se que em alguns agrupamentos, especialmente a participação de monitores na reunião não é encorajadora. Isso ofereceu uma oportunidade de aprendizagem. Sugeriu-­se que os coordenadores compartilhassem antecipadamente com os monitores a agenda das reuniões e pedissem que alguns apresentassem suas experiências sobre aspectos específicos do programa. Isso também mostrou ser uma maneira de encorajar a participação dos monitores. Antes de participar da reunião de monitores, organizada emMatunda Soy, os coordenadores refletiram sobre como tais reuniões eram organizadas em seu próprio agrupamento, e essa foi outra oportunidade para eles aprenderem uns dos outros. A reunião de reflexão emMatunda Soy incluía monitores recém capacitados, membros do Corpo Auxiliar, monitores existentes, e todos os coordenadores do agrupamento. Foram revistas partes selecionadas do Livro 5 e discutiu-­se o progresso, os desafios e as experiências dos últimos três meses. A criatividade dos coordenadores resultou emmuita consulta que inspirou os monitores a compartilhar suas experiências abertamente, e isso conduziu a uma boa aprendizagem e planejamento. Após reflexão nas diferentes povoados, todos os monitores e coordenadores visitaram grupos nessas comunidades. Alguns grupos estavam estudando e outros estavam em seus projetos de serviço. Em seguida, todos os coordenadores se reuniram para consultar sobre como foi a reunião dos monitores, algumas percepções adquiridas e sugestões para melhorar ainda mais essas reuniões.

Preparado sob os auspícios do Centro Internacional de Ensino para a instituição dos Conselheiros. Excertos dos relatórios citados podem ter sido revisados em razão de gramática, clareza e tamanho do texto. A íntegra dessa publicação ou parte dela pode ser reproduzida ou distribuída dentro da comunidade bahá’í sem permissão prévia do Centro de Ensino.

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REFLEXÕES SOBRE O CRESCIMENTO –Número 32 –

Agosto 2014

Estratégias para o crescimento em agrupamentos emergentes

No início do atual Plano de Quatro Anos, a Casa Universal de Justiça convocou “a

comunidade do Máximo Nome... para aumentar, ao longo dos próximos cinco anos, o número total

de agrupamentos nos quais um programa de crescimento esteja em curso, em qualquer nível de

intensidade, para 5.000 - aproximadamente um terço de todos os atuais agrupamentos no mundo”.1

Cerca de três anos depois, os bahá’ís do mundo já haviam estabelecido 3.000. Com os 2.000

agrupamentos restantes da meta, na sua mensagem do Ridván de 2014, a Casa Universal de Justiça

observou que nos dois últimos anos de Plano “sinaliza-se urgência para as tarefas decisivas de

fortalecimento dos programas de crescimento já existentes e dos novos que se iniciam”.2

Indivíduos, comunidades e instituições ao redor do mundo estão aprendendo a colocar em

movimento um processo que atenda às necessidades espirituais e materiais de uma população e

refletindo sobre como esta capacidade florescente pode ser nutrida mais ainda. Esta edição de

Reflexões sobre o Crescimento compartilha experiências sobre como um agrupamento pode iniciar

seu movimento rumo ao primeiro marco em que as atividades centrais são mantidas “por aqueles

que progridem através da sequência dos cursos do instituto e estão comprometidos com a visão de

transformação individual e coletiva que aquelas atividades promovem”.3

* * * * *

Contando com a ajuda de amigos que atuam como instrutores viajantes e pioneiros internos: há

numerosos exemplos de indivíduos que, tendo adquirido experiência prática em contribuir para a

transformação material e espiritual de sua própria comunidade, levantam-se e servem em outros

agrupamentos. “O prosseguimento exitoso do Plano”, afirmou a Casa Universal de Justiça,

“requererá o serviço de... almas consagradas que, estimuladas pelo seu amor à Abençoada Beleza,

deixarão seus lares para se estabelecer em povoados, cidades e metrópoles a fim de elevar para

5.000 o número de agrupamentos com programas de crescimento”.4

Togo

Uma comunidade pode estimular suas atividades valendo-se da assistência de tutores de

outras localidades. O seguinte relato compartilha um exemplo de como estes “tutores itinerantes”

foram treinados e como agrupamentos emergentes foram encorajados a assumir a tarefa do processo

do instituto.

A maior parte dos programas de crescimento em Togo foi estabelecida com a ajuda de tutores

itinerantes. Antes de um tutor itinerante ser posicionado no campo, as instituições preparam a

comunidade de dois modos significativos: propiciando o estudo das orientações da Casa

Universal de Justiça e ajudando os membros da comunidade a arranjarem um local de

hospedagem e alimentação para o visitante.

Durante algumas visitas, membros do Corpo Auxiliar compartilharam excertos das recentes

orientações da Casa de Justiça, transmitindo a visão do instituto de capacitação e a

importância das atividades de construção de comunidade. Essa conversação aconteceu com os

membros da comunidade e, em alguns casos, com a Assembleia Espiritual Local. Juntamente

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Reexões sobre Crescimento - Número 32 – Agosto 2014Página 2

com o arranjo de hospedagem e alimentação, os amigos foram encorajados a procurar participantes em potencial para cursos do instituto e identificar o local e o horário mais adequado para a realização das sessões.

Igualmente importantes para o trabalho executado numa comunidade antes da chegada do tutor itinerante foram os esforços do instituto de capacitação para preparar indivíduos para servirem como tutores. Isso frequentemente tomava a forma de cursos de revisão dos materiais do instituto. O tutor itinerante tornou-se parte da vida diária dos amigos na comunidade, ficando nas casas dos amigos da localidade que lhe ofereciam hospedagem. Devido aos fortes laços de amizade cultivados, os membros da comunidade esperavam futurasvisitas com expectativa.

Diversos agrupamentos em Togo usaram a abordagem acima descrita. Um exemplo é Cinkassé, um agrupamento semi-urbano vizinho a Burkina Faso.

Há um ano, 4 pessoas de Cinkassé completaram o Livro 1 do Ruhi e 4 reuniões devocionais estavam sendo realizadas com cerca de 25 participantes, mais da metade dos quais eram amigos da Fé. Um tutor itinerante visitou o agrupamento, capacitou 6 pessoas do vilarejo de Nadjoundi no Livro 1 e ajudou-as a começar mais algumas reuniões devocionais. Tempos depois, esse grupo de 6 aumentou para 15 à medida que mais amigos aceitaram o convite paraestudar os cursos do instituto e contribuir para o bem-estar de sua comunidade.

Na visita seguinte, o coordenador regional e o tutor itinerante facilitaram o Livro 1 para nove novos amigos que haviam sido convidados desde a primeira visita do tutor. Eles expandiram ogrupo e o dividiram em dois, sendo que um estudou o Livro 5 e o outro o Livro 3 com a ajudade um segundo tutor itinerante. Os amigos se organizaram em duplas para conduzir grupos depré-jovens e aulas para crianças.

No ano passado, as reuniões devocionais mais que dobraram, chegando a 10 reuniões com mais de 50 participantes. Agora há 4 aulas para crianças e 3 grupos de pré-jovens, respectivamente com 50 e 36 participantes. Para unir ainda mais os membros dessa nova comunidade, foram planejadas reuniões de aprofundamento sobre a importância das Festas deDezenove Dias e da celebração de Dias Sagrados.

Os amigos de Cinkassé adquiriram valiosa experiência na promoção de um espírito devocional numa comunidade e no cuidado com a educação espiritual de crianças e pré-jovens.

Itália

Uma pequena comunidade de baha’ís adultos, com a ajuda de instrutores viajantes, conseguiu iniciar um grupo de pré-jovens e um círculo de estudo, e alcançar uma população receptiva na comunidade mais ampla. Os amigos logo descobriram que os mais jovens precisavam do apoio dos adultos, e os jovens ficaram imensamente encorajados ao perceber a confiança que os adultos tinham neles.

A cidade de Cosenza, no sul da Itália, foi aberta à Fé por uma pioneira há algumas décadas. Quando ela faleceu, deixou seu apartamento para a comunidade bahá’í. No início, a Assembleia Espiritual Nacional cogitou vender a residência e doar o valor recebido ao fundo. No entanto, depois de mais orações e consulta, a comunidade local pediu para manter a propriedade e transformá-la em uma sede bahá’í, utilizando-a para atividades de construção de comunidade. A Assembleia Nacional concordou e a decisão desencadeou um novo espírito nos corações dos poucos crentes naquela cidade.

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Certa noite, um crente local em consulta com dois instrutores viajantes decidiu convidar alguns amigos mais próximos para uma conversa sobre trilhar o caminho de serviço. Quatro amigos jovens participaram de uma reunião inicial para explorar a importância de oferecer serviço às gerações em formação, o papel dos jovens no processo de transformação, e a condição atual da humanidade. Esses amigos foram tocados pelo convite da comunidade bahá’í local para trabalhar em conjunto para promover mudança na cidade. Entusiasticamente expressaram seu desejo de servir como animadores de grupos de pré-jovens.

A comunidade consultou sobre como responder a essa oportunidade, e alguns adultos decidiram facilitar um estudo do livro 1 do Ruhí para esses amigos. Enquanto isso, os instrutores viajantes continuaram a oferecer apoio à comunidade, cultivando amizades e revezando-se para visitar a comunidade regularmente. Em seis meses, um grupo de jovens bahá’ís, seus amigos e alguns adultos completaram o estudo dos livros 1 e 5. Ao concluírem oestudo do Livro 5, a comunidade realizou uma reunião e planejou os passos seguintes.

Tomou-se a decisão de oferecer o programa de empoderamento espiritual para pré-jovens a uma organização que provê atividades pós-escolares para jovens ciganos. A organização respondeu positivamente e iniciou-se um novo relacionamento. Os instrutores viajantes continuaram suas visitas – sendo que um deles permaneceu durante dois meses – e com encorajamento, formou-se o primeiro grupo de pré-jovens. Nesse mesmo tempo, o entusiasmodos envolvidos atraiu outros que desejavam estudar a sequência principal dos cursos do instituto. Em pouco tempo, esse grupo estudou os primeiros livros da sequência e está aprendendo a contatar outras pessoas nas escolas da comunidade.

Canadá

A série de 114 conferências da juventude – que recebeu uma multidão de participantes, incluindo estudantes de ensino médio, jovens profissionais e casais – galvanizou milhares de almas para se dedicarem à melhora da sociedade. Os materiais de estudo preparados para esses históricos eventos exploraram temas como o desenvolvimento de uma cultura de apoio mútuo e a contribuiçãoque cada pessoa pode fazer para o avanço da civilização. O desejo despertado em muitos participantes de retornarem às suas cidades e servirem suas comunidades foi apoiado por equipes deinstrutores viajantes:

Um jovem casal de indígenas Innu, que tem um bebê, tem servido a Fé ativamente na comunidade Innu de Uashat, no agrupamento Côte Nord em Quebec. Alguns anos atrás o marido completou alguns cursos do instituto, inclusive o Livro 5 do Ruhí. Ele participou da conferência da juventude de Montreal que teve um efeito profundo nele. Lá ele fez muitos novos amigos, incluindo os provenientes de lugares remotos da região norte do Canadá e jovens bahá’ís que servem em Montreal.

Na conferência, ele fez planos de iniciar um grupo de pré-jovens em sua própria comunidade e teve o apoio de amigos que conheceu em Montreal. Após a conferência ele passou algum tempo em Montreal auxiliando um grupo de pré-jovens naquela cidade. Alguns meses depois, uma equipe de dois amigos foi visitar a ele e sua família. Juntos, eles começaram o primeiro grupo de pré-jovens em Uashat com 5 participantes da comunidade Innu.

Em janeiro, os dois amigos de Montreal, juntamente com um membro do Corpo Auxiliar, novamente visitaram a comunidade durante vários dias. Numa das muitas visitas aos lares, alguém expressou o desejo de começar uma reunião devocional. Houve algumas reuniões comunitárias – uma com 20 pessoas – e a comunidade teve um senso de comprometimento

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para apoiar o grupo de pré-jovens. Foi mostrado o trecho do filme Fronteiras da Aprendizagem referente à Colômbia, e os amigos tomaram parte em algumas reflexões tranquilas e profundas após assisti-lo.

Enquanto a equipe se encontrava lá, muitos falaram de esperança para suas crianças e pré-jovens, e alguns deram apoio ao grupo de várias formas. A equipe de Montreal está prontapara visitar Uashat mensalmente, permanecendo por uma semana para apoiar seus amigos no esforço de criar um ambiente em que todos possam se tornar agentes ativos de sua própria aprendizagem.

Os amigos de Uashat sentem que o novo grupo de pré-jovens é um raio de luz. Mais recentemente, iniciou-se uma aula para crianças. O agrupamento está percorrendo o caminho rumo ao primeiro marco. Agora há um animador de grupos de pré-jovens Innu treinado, bem conhecido e respeitado pela comunidade mais ampla de Uashat.

Perú

Um pioneiro de frente interna, com a colaboração de alguns jovens da localidade, estabeleceu laços de amizade e confiança com famílias bem como membros do governo local numa comunidadeno norte do Peru. Com o tempo, mais membros da comunidade se juntaram ao pioneiro e à equipe de amigos jovens para alcançarem mais e mais pessoas.

O agrupamento Sullana, na região de Piura, norte do Peru, passou da inatividade para o primeiro marco em apenas quatro meses. O processo começou com a chegada de um pioneiro que, com um dos jovens da localidade, encorajou amigos da comunidade a participar da conferência da juventude em Lima. Um grupo de 11 pessoas participou da conferência e retornou com inspiração, entusiasmo e um desejo de servir sua comunidade. No entanto, antese depois da conferência, pais e líderes religiosos locais temeram que as atividades pudessem distraí-los do trabalho escolar e de suas próprias atividades religiosas.

Com a ajuda do pioneiro, os jovens realizaram uma reunião com representantes do governo local para compartilhar suas experiências na conferência da juventude. Uma sala da escola local foi disponibilizada e cerca de 30 alunos compareceram. Com o encorajamento do vice-governador, alguns decidiram participar de círculos de estudo e grupos de pré-jovens. Organizou-se uma reunião para os pais, e aqueles que participaram ficaram ávidos e deram permissão para seus filhos participarem, sendo que até abriram suas casas para atividades.

Para construir sobre esta experiência, foi agendada uma reunião regular para estudar os cinco temas dos materiais da conferência da juventude e para alguns começarem a estudar a sequência principal de cursos. Alguns dos participantes começaram a estudar o Livro 1 do Ruhí, enquanto outros continuaram com os materiais da conferência.

Depois de uma série de crises e vitórias, incluindo a superação da relutância de alguns pais dedeixar seus filhos participarem, foi organizado um curso intensivo de duas semanas do instituto na comunidade. Com o apoio do filho do vice-governador, enviou-se às autoridades convites para o primeiro dia. Os pais foram visitados um por um e pessoalmente convidados aparticipar.

Quando a capacitação intensiva começou, pouquíssimos compareceram. O pioneiro interno e os amigos da localidade pediram permissão e apoio das escolas para visitar todas as salas de

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aula e falar com os alunos sobre a transformação social e espiritual. Em consequência disso, 18 jovens compareceram à capacitação e logo começaram o primeiro grupo de pré-jovens. Os participantes expressaram o desejo de continuar a capacitação além do período de duas semanas e o pioneiro continuou a facilitar os cursos. Com o tempo, foram formados mais doisgrupos de pré-jovens e uma aula para crianças.

Os jovens começaram também um projeto de serviço que ajudou a mostrar aos pais de que modo a capacitação poderia colocar os elevados ideais em ação por meio de serviço aos outros.

Recentemente, um evento comunitário foi organizado para apresentar o instituto de capacitação e suas atividades a todos no vilarejo e mais de 80 pessoas participaram. Na reunião, alguns sugeriram que a comunidade local poderia doar um terreno para prover um espaço para o instituto. O vice-governador percebeu que o processo educacional havia ocasionado uma transformação significativa nos jovens.

* * * * *

Aprendendo a trabalhar com um núcleo de amigos em expansão: Os esforços de construção de

comunidade em um vilarejo ou vizinhança pode inicialmente envolver um pequeno número de

amigos. Com o tempo, no entanto, mais e mais pessoas – “homens e mulheres ansiosos por

melhorar as condições materiais e espirituais à sua volta”5 – adquirem um maior senso de que o

processo desenvolvido em suas comunidades lhes pertence. O que surge gradualmente é um ritmo

de vida comunitária “correspondendo à capacidade de um crescente núcleo de indivíduos

comprometidos com a visão de Bahá’u’lláh de uma nova Ordem Mundial”.6

África do Sul

Até um ano atrás, o agrupamento Swartland tinha um grupo de cerca de dez jovens engajados nas atividades centrais, mas o grupo não estava se expandindo. Finalmente, com a ajuda de um pioneiro proveniente da Cidade do Cabo, foram dados passos concretos para expandir o grupo na esperança de iniciar o programa de crescimento.

No início, muitos amigos foram atraídos pelas artes e canções do grupo. Mas, posteriormente as conversações focaram-se em como a juventude, além de usar o poder das artes, pode contribuir para o bem-estar de sua comunidade servindo àqueles que são mais jovens do que eles.

O grupo ficou mais determinado, especialmente após a conferência, a promover um senso de propósito nos jovens de sua comunidade. O grupo teve conversações com os pais sobre as forças que afetavam seus filhos e como eles poderiam apoiar os esforços dos pré-jovens. Como consequência, os pais não só apoiaram o grupo, mas ingressaram numa reunião devocional regular organizada pelos jovens; alguns até estudaram cursos do instituto e começaram aulas para crianças. Até o momento, cinco dos jovens ingressaram na Fé, foram formadas seis aulas para crianças, dois grupos de pré-jovens, dois círculos de estudo e uma reunião devocional em andamento.

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O Conselho Regional Bahá’í e o coordenador regional estão se esforçando para compartilhar aquilo que se aprendeu da experiência com os amigos de agrupamentos vizinhos que ainda têm que iniciar programas de crescimento.

Austrália

Alguns meses atrás, membros do Corpo Auxiliar – em consulta com o Conselho Regional Bahá’í – visitaram alguns amigos e várias Assembleias Espirituais Locais para consultar sobre comose poderia iniciar um programa de crescimento no agrupamento North East Victoria. Com a ajuda de uma equipe regional, um grupo cada vez maior de amigos se envolveu e o agrupamento já passoualém do primeiro marco.

Desde o início, uma vizinhança no agrupamento North East Victoria foi identificada como receptiva aos ensinamentos de Bahá’u’lláh. Uma equipe visitou uma família bahá’í com crianças para estudar relevantes guias sobre como iniciar um programa de crescimento. Logo depois, a família abriu sua casa para um grupo estudar cursos do instituto com o apoio dos amigos do agrupamento de Melbourne. Como parte do estudo, o grupo reuniu alguns vizinhospara lhes apresentar o processo educacional do instituto de capacitação, frequentemente convidando os novos amigos à residência da família bahá’í.

Após alguns ciclos de atividade, iniciaram-se um grupo de pré-jovens, uma aula para criançase um círculo de estudo. Isso foi complementado por uma reunião devocional realizada numa comunidade vizinha. Embora inicialmente a visão do grupo tenha se focado no programa de pré-jovens, logo se ampliou incluindo outras atividades de construção de comunidade. O grupo percebeu que havia grande necessidade e receptividade em relação às aulas de educação espiritual oferecidas para crianças.

Convidar sistematicamente amigos da população local para participar de atividades centrais tornou-se parte do ritmo regular do agrupamento. O foco em entender a natureza e o propósitodo processo do instituto e envolver toda a população do agrupamento por meio de visitas regulares aos lares aumentou a participação – tanto nas reuniões de reflexão como nos cursos do instituto. Jovens e adultos estão fazendo os cursos do instituto e aprendendo a realizar atos de serviço, tanto em cursos centralizados como em círculos de estudo em todo o agrupamento.

Um fator determinante para o crescimento nessa comunidade tem sido a unidade. Ter fé na capacidade uns dos outros, perseverar nos desafios, e garantir que eles estudam regularmente os Escritos Sagrados e as orientações da Casa Universal de Justiça, tem mantido os amigos unidos. O uso efetivo dos espaços de reflexão também tem ajudado o crescimento.

O agrupamento agora realiza uma reunião de reflexão a cada três meses. Cada vez que os amigos planejam uma reunião, pedem voluntários para organizar seus diferentes aspectos. Desse modo, todos se sentem encorajados a se apropriar do processo de crescimento no agrupamento.

A reunião tem permitido aos amigos se encontrarem regularmente e consultar sobre algumas questões simples de serviço – especialmente como os amigos gostariam de servir a sua comunidade. Uma das perguntas, por exemplo, foi se todos gostariam de ajudar na educação espiritual das crianças. O foco no serviço levou mais pessoas a estudarem o Livro 1 do Ruhí, e na reunião de reflexão seguinte novos participantes compartilharam que isso lhes deu um entendimento mais profundo do serviço e uma vontade de contribuir para o Plano.

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* * * * *

Desenvolvendo a capacidade de compartilhar experiências e recursos entre agrupamentos:

Amigos de agrupamentos com programas de crescimento em andamento estão se reunindo para

identificar formas de ajudar comunidades vizinhas a se inspirarem nas forças espirituais liberadas

pelos ensinamentos de Bahá’u’lláh.

República Democrática do Congo

Mbuji-Mayi é a terceira maior cidade da República Democrática do Congo. A comunidade bahá’í vem fortalecendo um programa intensivo de crescimento há quase uma década. Recentemente, depois de refletir sobre o progresso no agrupamento vizinho de Tshilenge – que já tinha algumas atividades e dois tutores, tendo sido identificado como receptivo – os amigos de Mbuji-Mayi decidiram enviar um instrutor experiente da Fé para apoiar os esforços dos dois tutores da localidade.

Depois de consultar, os 3 amigos decidiram planejar uma campanha de ensino que resultou em 46 declarações. Ao se questionar o que precisava ser aprendido em seguida, e quais as ações necessárias, o grupo decidiu fazer algumas visitas aos lares para aprofundar os novos crentes e ajudá-los a participar dos programas de Festas de Dezenove Dias e Dias Sagrados.

Então, a consulta focou-se em criar um senso de vida comunitária, o que era importante para a comunidade em crescimento. Eles decidiram realizar uma reunião devocional toda sexta-feira, que tem sido frequentada regularmente por cerca de 50 pessoas. Em vez de considerar a fase de consolidação apenas como um conjunto de atividades para aprofundar os novos crentes, os amigos usaram-na para desenvolver um senso mais forte de comunidade.

Esses 3 amigos se reuniam a cada fim de semana para avaliar o processo e fazer novos planos. Ao proceder assim, eles formularam uma visão e identificaram as medidas para seguirem juntos em sua direção. Inicialmente, a conversação com a comunidade explorou o caráter devocional da vida comunitária e logo se expandiu, incluindo o processo do instituto ecapacitação para serviço. Foi planejada uma campanha do instituto para oferecer capacitação dos livros 1 e 5 do Ruhi, e 22 dos 46 novos bahá’ís participaram.

Após a capacitação, um coordenador do instituto de Mbuji-Mayi começou a visitar regularmente os amigos – os capacitados e os que ainda iriam iniciar os cursos do instituto – para consultarem sobre as possibilidades de serviço. Logo a comunidade cresceu para além de 50 bahá’ís e a observância dos Dias Sagrados tornou-se um aspecto importante da vida comunitária.

A equipe de Tshilenge decidiu celebrar o aniversário do nascimento de Bahá’u’lláh em 12 de novembro – era uma nova comunidade e o Dia Sagrado era uma chance de celebrar. Convidaram duas comunidades vizinhas para se juntarem a eles, e 160 pessoas participaram.

Vários amigos se declararam durante essa celebração. Os amigos notaram que a cada evento organizado havia novas declarações.

Além da capacitação nos livros 1 e 5, a equipe encorajou os amigos a estudarem o Livro 2 a fim de ajudá-los a manter conversas sobre temas espirituais. Vinte e seis amigos começaram olivro 2 e foi oferecido outro curso do Livro 5. Enquanto isso, as visitas aos lares continuaram.

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Não muito depois desta explosão de energia no agrupamento, os amigos de Tshilenge perceberam que era necessário desenvolver uma visão de como administrar e manter o crescimento. Foi organizada uma reunião para toda a comunidade para consultar sobre esse assunto decisivo, coincidindo com a celebração de Naw-Rúz. Percebeu-se que ao engajar os pais em atividades centrais, a comunidade como um todo tem maior domínio sobre o processode crescimento.

Índia

Três amigos de Kharagpur, um agrupamento do estado de Uttar Prashed que recentemente havia estabelecido um programa intensivo de crescimento, decidiu visitar um agrupamento vizinho, Maharajganj, a cada semana para abri-lo à Fé e começar as atividades de construção de comunidade. A conferência da juventude de Lucknow deu ímpeto aos seus esforços, pois 10 amigos de Maharajganj participaram juntamente com seus amigos de Kharagpur.

A conferência inspirou o grupo de Maharajganj a se comprometer em iniciar atividades em sua própria comunidade. Eles ainda não haviam estudado qualquer dos cursos do instituto, mas cada um fez um plano para começar uma reunião devocional. O membro do Corpo Auxiliar e os coordenadores do instituto em Kharagpur acompanharam de perto essa nova iniciativa.

Dos 10 que participaram da conferência de Lucknow, 6 amigos de um vilarejo reuniram suas familias estendidas para refletir sobre os conceitos da Unidade 2 do Livro 1 do Ruhi para se prepararem para uma consulta sobre a importância de desenvolver o caráter devocional de suacomunidade. As famílias começaram a convidar seus parentes, vizinhos e amigos, e 8 reuniões devocionais foram iniciadas em 2 vilarejos. Ao mesmo tempo, 2 amigos de Kharagpur continuaram a visitá-los semanalmente e contribuir para o discurso no vilarejo. Emuma semana, eles ajudaram a formar um grupo de pré-jovens e um círculo de estudo em Maharajganj.

No período de alguns meses, cerca de 8 amigos completaram o estudo do Livro 2 e campanhas intensivas possibilitaram a outros o estudo do Livro 3 e do Livro 5. Isso levou à formação de 4 novas aulas para crianças e 6 novos grupos de pré-jovens, todos iniciados pelosamigos locais. Quando em Kharagpur foi organizada uma capacitação intensiva de 15 dias, 9 pessoas de Maharajgaj participaram. Os novos amigos capacitados imediatamente começarammais 3 círculos de estudo e mais 2 grupos de pré-jovens. Durante esse tempo, as visitas semanais regulares dos amigos de Kharagpur continuaram.

Em julho, cerca de 9 meses depois da conferência da juventude, umas 28 famílias se envolveram com 26 atividades centrais com 184 participantes. À medida que o número de atividades e participantes aumentou no vilarejo, ficou clara a necessidade de um esquema de coordenação. Com o tempo uma estrutura para sustentar e expandir as atividades evoluiu naturalmente.

Um dos amigos que servem como professor de aulas para crianças foi encorajado a auxiliar outros professores, e outro amigo que serve como animador começou a acompanhar outros que servem como animadores e tutores. Cinco outros foram solicitados a servir num recém formado Comitê de Crescimento de Agrupamento. As visitas semanais de pessoas de Kharagpur continuaram a apoiar os esforços dos amigos locais.

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Este exemplo de apoio contínuo inspirou indivíduos em Maharajganj a olhar além de seu próprio vilarejo e procurar oportunidades de serviço em outras localidades. Fizeram planos para iniciar atividades num agrupamento vizinho no qual têm alguns contatos através de família e amigos. Ao mesmo tempo, os amigos de Kharagpur continuarão a dar apoio aos de Maharajganj em seus esforços para expandir, de agrupamento em agrupamento, esta crescenterede de comunidades, unidos pela amizade e serviço.

Preparado sob os auspícios do Centro Internaional de Ensino para a Instituição dos Conselheiros. Extratos dos relatórios

citados podem ter sido editados para correção gramatical, clareza ou extensão do texto. Sua reprodução, total ou parcial, pode

ser distribuída dentro da comunidade bahá’í sem permissão prévia do Centro Internacional de Ensino.

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1 Mensagem datada de 28 de dezembro de 2010, escrita pela Casa Universal de Justiça à

Conferência do Corpo Continental de Conselheiros.

2 Mensagem do Ridván de 2014, escrita pela Casa Universal de Justiça aos bahá’ís do mundo.

3 Mensagem datada de 28 de dezembro de 2010, escrita pela Casa Universal de Justiça à

Conferência do Corpo Continental de Conselheiros.

4 Mensagem datada de 23 de maio de 2011, escrita pela Casa Universal de Justiça aos bahá’ís

do mundo.

5 Mensagem do Ridván de 2010, escrita pela Casa Universal de Justiça aos bahá’ís do mundo.

6 Ibid.

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REFLEXÕES SOBRE O CRESCIMENTO – Número 33 –

Janeiro de 2015

Começando e mantendo um programa de crescimento

Restando cerca de cinco ciclos de atividade de três meses no atual Plano de Cinco Anos,comunidades ao redor do mundo estão continuando a se esforçar em contribuir com seu quinhãopara a meta de estabelecer 5.000 programas de crescimento. É encorajador saber que dos 2.000agrupamentos que ainda faltam da meta, o processo de crescimento está avançando em muitosdeles. Com base no boletim anterior, esta edição de Reflexões sobre o Crescimento compartilhaexperiências de alguns desses agrupamentos sobre a fase inicial de um programa de crescimento.

As histórias ilustram vividamente não somente os passos iniciais — como ocorre“conversação significativa e distintiva com os moradores locais”1 e como as primeiras atividadescentrais podem ser estabelecidas com o auxílio de amigos e pioneiros visitantes, dando “umestímulo para o crescimento”2 — mas também, de que modo o processo do instituto começa acriar raízes num agrupamento e como jovens e adultos, “ansiosos por melhorar as condiçõesmateriais e espirituais à sua volta”3 estão sendo capacitados para levantar para servir e iniciar suaspróprias atividades. “Mesmo que o trabalho se inicie modestamente com a ação de alguns crentesentusiastas, numa única vizinhança ou povoado, com o tempo, através de um sólido processo deinstituto, uma centelha inicial pode se transformar numa chama que atraia mais e mais indivíduosa um esforço unificado.”4

O documento Percepções das Fronteiras da Aprendizagem afirma:

Um novo programa de crescimento começa quando duas novas capacidades sãodesenvolvidas. Primeiro, um ou mais amigos de um agrupamento devem poder ajudarindivíduos a estudar a sequência de cursos do instituto e acompanhá-los quando iniciamatividades centrais. Então, esses indivíduos devem ser capazes de atrair outros paraparticipar das atividades centrais. Na medida em que os esforços nesse sentido tiveremproduzido frutos em várias partes do mundo, as instituições envolvidas deixam de ladoexpectativas exageradas daquilo que deve ser realizado, antes que se possa dizer que seestabeleceu um programa de crescimento.5

Os amigos e as instituições estão aprendendo a reconhecer o surgimento dessascapacidades “nascentes” que sinalizam o início de um programa de crescimento e a continuar anutri-las à medida que o agrupamento avança para além do primeiro marco. Através de esforço eaquisição de maior experiência, amplia-se seu entendimento de que o processo de crescimentonum agrupamento é de natureza orgânica e espiritual—requer perseverança e uma atitude humildede aprendizagem, e depende da assistência e confirmação divina.

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Os relatos a seguir ilustram como em diversos cenários os moradores locais estão sendoajudados a estudar os cursos do instituto e são acompanhados nas suas tentativas iniciais emservir.

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Reflexões sobre Crescimento – Número 33, Janeiro de 2015 pág 2

Argentina

Bahia Blanca, que significa “Baía Branca”, origina seu nome da cor de sal que cobre osolo das praias circunvizinhas desta cidade de médio porte. O agrupamento foi identificado comoum que pode iniciar um programa de crescimento até Ridván de 2016.

Em outubro de 2013, uma jovem senhora que servia como assistente de um membro doCorpo Auxiliar viu num sonho a Mão da Causa de Deus Amatu’l-Bahá Rú íyyih Khánum, que ahencorajou a se levantar e ensinar independente das dificuldades que isso possa trazer.Profundamente comovida e inspirada por isso, ela contatou o membro do Corpo Auxiliar o qualassiste e ofereceu-se para qualquer serviço que fosse necessário. Logo depois, ela e seu maridoforam convidados a visitar Bahia Blanca para ajudar a comunidade a ultrapassar o primeiromarco, certos de que as confirmações os ajudariam se apenas eles dessem o primeiro passo eaguardassem as portas se abrirem.

Com grande anseio, o casal viajou à Bahia Blanca e encontrou-se com os bahá’ís dalocalidade para consultar a respeito das necessidades da comunidade, bem como as oportunidadesdiante deles, e o que cada um podia oferecer. Durante a consulta, eles consideraram os recursosdisponíveis e perceberam que alguns dos amigos haviam estudado um ou mais dos cursos doinstituto, e havia duas entusiásticas senhoras bahá’ís, professoras na escola local, que seofereceram para contatar pré-jovens da escola. Tentar iniciar um grupo de pré-jovens foi oproximo passo natural.

Com esses esforços iniciais, eles se sentiram rodeados de confirmações. Uma das duasprofessoras contatou mais de 15 pais dos alunos de sua classe e pessoalmente visitou cada umdeles em suas casas para falar sobre o programa de pré-jovens. Seis pré-jovens se interessaram emformar um grupo e assim foi encontrado espaço para o grupo se reunir. Algumas semanas depois,foi iniciada uma reunião devocional regular e, durante a segunda visita da equipe viajante, osamigos estudaram o Livro 5 do Instituto ruhí, Liberando os Poderes dos Pré-Jovens. Durante aterceira visita, os amigos foram acompanhados pelo coordenador regional, e o grupo depré-jovens teve sua primeira reunião com nove participantes.

Embora encontrar um espaço para a reunião fosse uma clara confirmação dos esforços dosamigos, ele havia sido oferecido sem custo, o que significava que não poderiam usar a calefação.Com as temperaturas caindo, eles não conseguiriam se reunir numa sala fria; este foi o primeirodesafio do grupo. Durante a quarta visita da equipe, uma das duas animadoras ofereceu sua casa, oque calhou de ser próximo ao local em que viviam a maioria dos pré-jovens. Isso permitiu queeles continuassem a se reunir, e o grande potencial do grupo e os profundos laços de amizade eunidade que agora caracterizavam suas interações estavam claramente evidentes.

Filipinas

As Filipinas têm uma população de mais de 100 milhões, espalhada em mais de 7.000ilhas e 81 províncias. A mais setentrional, a menor e a menos populosa dessas províncias é a deBatanes, um único agrupamento com cerca de 16.000 pessoas. Há cerca de 20 anos, um pioneiromudou-se para esta província predominantemente rural, e até hoje aí vive com sua família, umadas poucas famílias bahá’ís dessa região. Esperando dar ímpeto aos esforços dessas famílias, umaequipe de amigos de outro lugar da região visitou Batanes por um período de 12 dias. Osvisitantes planejaram ajudar a impulsionar um processo de aprendizagem sobre iniciarconversações com um crescente número de pessoas a respeito dos ensinamentos de Bahá’u’lláh eestabelecer o fundamento para iniciar um programa de crescimento.

Ao chegar, a equipe reuniu-se com uma das famílias bahá’ís e consultou sobre maneirasde estabelecer o instituto de capacitação na região. Para guiar suas discussões, estudaram juntos

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sobre a evolução dos planos globais da comunidade bahá’í, considerando especialmente a meta desua região, Luzon do Norte. Reconhecendo a limitação do tempo da equipe, os amigos decidiramfocar suas energias em Basco, a capital da província. Com alegria e expectativa ansiosa, elescomeçaram a ter conversações edificantes sobre temas espirituais. Esses esforços iniciaisdespertaram em seis jovens o desejo de participar de um estudo do Livro 1 do Ruhí.

O estudo do Livro 1 foi concluído em alguns dias, e todos os seis participantes foramacompanhados para fazer orações com famílias da comunidade. Desde o início, os envolvidosconcentraram seus pensamentos em expandir o círculo de amigos empenhados no processo. Porisso, continuaram a visitar e consultar com autoridades locais e mais membros da comunidade,compartilhando com eles a visão do empoderamento espiritual e material da comunidade esolicitando seu apoio. Uma das jovens da localidade falou sobre as tentativas de construção decomunidades em que estava empenhada com um orientador da sua faculdade, o qual pediu umaapresentação sobre esse tema para os estudantes do primeiro ano. Após a apresentação, umpunhado de participantes entusiastas participou de um estudo do Livro 1.

A conversação contínua com bahá’ís e outras famílias na cidade prosseguiu dando frutos,e logo foram formados uma classe de aulas para crianças, um grupo de pré-jovens e dois círculosde estudo do Livro 1. Quando os membros da equipe visitante voltaram para sua cidade, um grupode amigos locais — comprometidos em nutrir as atividades recém iniciadas - já havia surgidonaturalmente. As consultas entre os amigos de Batanes levaram à percepção de que, embora seusesforços ainda estivessem se desenvolvendo, eles já haviam ultrapassado o primeiro marco dolongo processo de construção de comunidades. Alguns membros da equipe visitante continuarama voltar a Batanes de tempo em tempo — muitas vezes permanecendo durante mais de um mês —para ajudar a comunidade a avançar em seu progresso.

Finlândia

Rovaniemi é a capital da Lapônia, a província mais ao norte da Finlândia. Ela fica aapenas 10 quilômetros do Círculo Polar Ártico. É um lugar de dias curtos no inverno e noitesensolaradas no verão, e as radiantes cores da aurora boreal iluminam o céu de Rovaniemi cerca de120 noites a cada ano. Há uma pequena comunidade bahá'í na cidade com cerca de vinte crentes euma Assembleia Espiritual Local.

Com o chamado da Casa Universal de Justiça para as 114 conferências da juventude aoredor do mundo, um facilitador da reunião a ser realizada em Helsinque visitou Rovaniemi paraajudar a encorajar os jovens a participarem. Durante o período do verão, bahá’ís da cidade haviamaprofundado a amizade com algumas pessoas da comunidade mais ampla e haviam começado arealizar firesides para compartilhar mais sobre a Fé. Em consequência disso, seis jovens bahá’ís etrês de seus amigos participaram da conferência em Helsinque, onde foi despertado seu desejo decontribuir para o processo de construção de comunidades em Rovaniemi.

Ao retornarem, com uma esperança recém-encontrada em seus corações sobre o quepoderia ser feito, a Assembleia Espiritual Local reuniu-se com eles, ouviu seus planos easpirações, e encontrou maneiras de lhes dar apoio. Organizou-se um estudo do Livro 1 do Ruhí e,com o passar dos meses e o término do inverno, a comunidade avançou nos seus planos. Comoanteriormente muitos haviam sido capacitados como tutores, os amigos planejaram oferecerestudo dos Livros 3 e 5, sendo que o Livro 5 seria auxiliado por um animador experiente de outroagrupamento.

Em consideração aos seus recursos humanos recém capacitados, e com o encorajamento eapoio da Assembleia Local que ajudou a coordenar os esforços e mobilizar os amigos, acomunidade decidiu que seu próximo passo seria uma campanha coletiva de ensino. A campanhafoi realizada durante um final de semana em agosto e quase todos os membros da comunidade

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participaram da maneira que puderam. A campanha foi apoiada pelos coordenadores regional enacional, o Conselheiro, um membro do Corpo Auxiliar, e a Assembleia Local. A emoção e adeterminação dos participantes em criar um ambiente no qual cada um pudesse encontrar o seulugar, contribuir com seu quinhão para o processo e aprender em conjunto, galvanizou econfirmou seus esforços. Na vizinhança, iniciaram-se uma classe de aulas para crianças e umgrupo de pré-jovens. Durante sua reflexão, a comunidade, alegre e animada com a experiência dofinal de semana, percebeu que, ao tomar medidas com uma atitude humilde e aberta quanto àquiloque era possível, iniciou-se um processo de aprendizagem. À medida que o processo continuou aavançar, eles reconheceram ter avançado para além do primeiro marco.

Estados Unidos

Dos 5.000 agrupamentos a se dedicarem a ter um programa de crescimento em abril de2016, os Estados Unidos assumiram para si uma meta de 619. A região do Four Corners, situadanos estados do sudoeste, comprometeu-se com 55 da meta nacional. A história da comunidade deFlorence, do agrupamento de Pueblo, no Colorado, ilustra como o progresso em uma parte doagrupamento pode ajudar o agrupamento inteiro a mover ao longo do continuum de crescimento.

Ocorreu que um membro do Corpo Auxiliar que servia na região soube de um casalbahá’í, que mesmo aposentados continuam trabalhando, com planos de se mudar para fora doestado. O membro do Corpo Auxiliar, na esperança de que eles pudessem se levantar comopioneiros, contatou-os para consultar sobre a possibilidade de, em vez disso, eles se mudarem paraFlorence. O casal havia encontrado em Nevada uma casa que haviam gostado e estavam parafazer uma oferta por ela. Entretanto, ao conversar com o membro do Corpo Auxiliar,imediatamente mudaram seus planos, fecharam suas malas e dirigiram-se para seu novo lar emFlorence, uma cidade com menos de 5.000 habitantes localizada nos desertos do planalto do suldo Colorado, não longe da cidade de Pueblo.

O casal pioneiro entrou neste novo capítulo de sua vida com entusiasmo bem como comum certo temor, incerto se seria aceito nesta nova cidade. Confiantes na assistência divina quedesce sobre aqueles que enveredam no caminho do serviço, eles abriram seus corações e mentes anovas possibilidades. Visitavam regularmente o mercado local de agricultores e uma cafeteriapara conhecer pessoas novas e até se inscreveram em aulas de yoga. As pessoas que conhecerameram amistosas e cordiais, e eles puderam ensinar a Fé e convidar os novos amigos para umareunião devocional em sua casa. Uma dessas amigas, cujo coração foi fortemente atraído àsorações, convidou também as suas amigas e, em pouco tempo, havia 15 participantes regulares.

Depois das orações, as conversações concentravam-se em tópicos espirituais. Numambiente amoroso e aberto, as percepções sobre os Escritos de Bahá’u’lláh eram compartilhadas eo instituto de capacitação e as atividades centrais foram apresentadas. Enquanto esta comunidadeemergente continuava suas conversações sobre contribuir para a melhora da sociedade, elesdecidiram visitar outros amigos em suas casas e convidaram os pais e seus filhos paraparticiparem de um grupo de pré-jovens e um círculo de estudo do Livro 1 do Ruhí. O membro doCorpo Auxiliar pediu a alguém de um agrupamento vizinho para ajudar com um círculo de estudocom as mães dos pré-jovens. O grupo completou os Livros 1 e 2 e prosseguiu com o estudo doLivro 5, reconhecendo o benefício de aprender mais acerca do período decisivo dos pré-jovens.

Os pioneiros também se esforçaram para contatar os amigos bahá’ís de cidades vizinhas.Isso levou à primeira das reuniões regulares de reflexão que atraiu bahá’ís e seus amigos, prontospara contribuir de qualquer forma que suas condições permitissem para o desdobramento do Planode Cinco Anos em sua comunidade. Partindo de um nível inicialmente modesto de atividade, hojeo agrupamento possui reuniões devocionais, aulas para crianças, grupos de pré-jovens e círculosde estudo. O casal diz que nunca esteve tão feliz em sua vida, sendo pioneiros e podendocontribuir para o processo de construção de comunidades no agrupamento de Pueblo.

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À medida que numa comunidade os amigos avançam pela sequência de cursos e são ajudados aencontrar maneiras de servir aos outros, muitos naturalmente começam a compartilhar novaspercepções com aqueles que os cercam. O próximo conjunto de relatos ilustra como os amigoslocais estão começando a “atrair outros para participar das atividades centrais”6 e como “com otempo, através de um sólido processo de instituto, uma centelha inicial pode se transformar numachama que atraia mais e mais indivíduos a um esforço unificado”.7

Federação Russa

Primorsky Krai, também conhecida como a Província Marítima, está situada entre a costado Pacífico no longínquo leste da Federação Russa, fazendo fronteira com China e Coréia doNorte, estendendo-se para o Mar do Japão. A capital da região predominantemente montanhosa éVladivostok, cidade com meio milhão de habitantes e sede do maior porto da Rússia no OceanoPacífico. A cerca de 400 quilômetros dalí, no distrito Chuguyevsky, temos Uborka, um pequenovilarejo com uma comunidade bem unida.

Em 2013, depois de uma mudança em sua situação, uma família jovem de Vladivostokdecidiu mudar-se para Uborka, pois desejava viver mais próxima de sua mãe idosa. Contudo, elessabiam que essa mudança também lhes presentearia com uma oportunidade para atuar comopioneiros de frente interna e tentar iniciar uma aula para crianças no povoado. A jovem mãe, numatentativa de fazer novas amigas, visitou a “casa da cultura”, um clube do povoado que sediadiversas oficinas para jovens e crianças da comunidade. Ela encontrou-se com o quadro defuncionários e alguns participantes das diferentes atividades realizadas durante o dia, e falou comeles sobre o programa de empoderamento espiritual de pré-jovens e o livro Aprendendo Sobre aExcelência. A conversação atraiu o interesse dos funcionários e dos pré-jovens; e logo, com aajuda de seus novos amigos, formou-se o primeiro grupo de pré-jovens em Uborka.

Conforme se pode esperar em qualquer tentativa de ação de longo prazo, há inevitáveisavanços e retrocessos, crise e vitória. Isso ocorreu com os esforços em Uborka, pois em algumassemanas após a formação do novo grupo, não foi mais permitido eles se reunirem no clube dopovoado. Os pioneiros souberam que rumores haviam se espalhado entre os moradores dopovoado e chegado aos ouvidos do chefe, nos quais os motivos e objetivos do programa depré-jovens eram considerados negativamente. A oposição chegou a tal ponto que os pré-jovenspararam de participar.

Quando a família chegou ao povoado pela primeira vez, empenhou-se em visitar famílias,compartilhando os objetivos não somente do programa de pré-jovens, mas também da Fé Bahá’í,e percebeu que algumas famílias foram bem receptivas aos ensinamentos. Estas conversas iniciaisproduziram frutos alguns meses depois, quando, após o anúncio da Casa Universal de Justiçasobre as 114 conferências da juventude, os pioneiros contataram jovens da comunidade. Umgrupo de quatro jovens mostrou interesse e, com o apoio de suas famílias, viajou diversas vezesjunto com os baháís a Vladivostok para estudar a sequência dos cursos Ruhí de forma intensivodurante finais de semana e em campanhas mais longas. Enquanto os jovens completavam osLivros 1, 2, 3 e 5, as famílias que haviam sido visitadas no início finalmente se tornaramapoiadoras do programa de pré-jovens.

Os pioneiros e os jovens da localidade aprenderam a envolver outros no processo deconstrução de comunidades. Com diligência e esforços constantes, eles conseguiram manter umareunião devocional, círculos de estudo e uma aula para crianças, tendo esperança e potencial parareabrir o grupo de pré-jovens. Apesar dos desafios, a firmeza dos pioneiros, combinada com ocomprometimento dos jovens de contribuir para o avanço de seu povoado, ajudou a iniciar ummovimento rumo a um padrão de crescimento sustentável em Uborka.

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Zâmbia

Logo ao sul do Rio Kafue, na província de Copperbelt, está situada Chingola, uma cidadepitoresca adornada de belas árvores e flores, conhecida por ter a maior mina de cobre a céu abertona África. Em agosto de 2013, depois de quatro jovens de Chingola participarem de uma das duasconferências da juventude em Zâmbia, voltaram para sua cidade com uma visão e determinaçãorenovadas para contribuir para a melhora da sociedade. Uma das bahá’ís adultas da comunidade— testemunhando a esperança e o entusiasmo desse grupo — encorajou um jovem bahá’í aoferecer, com o apoio do instituto regional de capacitação, um curso de atualização do Livro 7 doRuhí. O objetivo desse estudo era ajudar esses jovens a fortalecerem sua capacidade de servircomo tutores.

A amiga bahá’í sabia que facilitar o curso de atualização era apenas um dos aspectos paraauxiliar os participantes a se levantarem para servir — ela ainda ajudou os participantes aconvidar outros para estudar o Livro 1, e logo se formou um novo grupo para começar a estudar asequência de cursos. Gradualmente, à medida que os participantes do círculo de estudoampliavam sua consciência individual e coletiva quanto ao poder da oração, eles expressavam seucrescente entendimento aos outros, e oportunamente algumas famílias estavam se reunindoregularmente para orar.

Enquanto isso, os amigos do agrupamento estavam ganhando a coragem a falar com aspessoas acerca do poder dos ensinamentos de Bahá’u’lláh na construção de comunidades, e ajudaros que estavam à sua volta a ver a expressão desse poder em atos práticos de serviço a todos ossegmentos da população. Esse processo continuou a se desdobrar e ganhar impulso no decorrerdos meses seguintes. Durante esse período, dois jovens declararam sua fé em Bahá’u’lláh e foramcapacitados para servir como animadores, e outro bahá’í da comunidade ofereceu um segundocurso de atualização do Livro 7.

A cuidadosa atenção prestada a construir a capacidade dos amigos do agrupamento estavacomeçando a dar frutos. O agrupamento podia agora contar com três tutores, três animadores e umprofessor de aulas para crianças. Todos estavam ansiosos em contribuir de qualquer maneira queas circunstâncias permitissem. Esses sete amigos recém capacitados foram apoiados para iniciaratividades centrais e, depois de alguns ciclos, cerca de 50 almas estavam participando de círculosde estudo, aulas para crianças, grupos de pré-jovens e reuniões devocionais.

Em consequência desse progresso, tornou-se possível designar alguém para servir comofacilitador de crescimento para coordenar e acompanhar os esforços dos que facilitavam asatividades. O facilitador de crescimento assegura também que toda a comunidade de Chingolapossa se beneficiar daquilo que está sendo aprendido sobre melhorar a qualidade dos círculos deestudo e sobre convidar os outros a contribuir para o processo de construção de comunidades.

Sri Lanka

Bandarawela, na província de Uva, ao sul de Sri Lanka, é uma região conhecida por suasplantações de chá e um clima agradável. Uma jovem senhora de uma comunidade vizinha,inspirada pelas consultas a respeito das necessidades dos agrupamentos de sua região, decidiulevantar-se como pioneira de frente interna para Gonamutawa, um povoado pertencente aoagrupamento de Bandarawela.

No dia de sua partida, ela notou que dois ônibus estavam saindo ao mesmo tempo.Surpresa com isso, ela perguntou ao condutor qual dos dois ela deveria pegar. Ele explicou queambos estavam indo para Gonamutawa, mas qual ônibus usar dependia de sua casta. Indisposta aescolher um ônibus e participar de tal divisão na comunidade, ela decidiu percorrer a pé adistância até seu novo lar. Ela sentiu-se profundamente perturbada com este aspecto de sua

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realidade social e começou a pensar de que modo isso poderia ser tratado. “Muitos pensamentosvieram à minha mente”, disse ela, inclusive pensamentos sobre Bahá’u’lláh e como Ele aincumbiu com a grande tarefa de servir como pioneira.

Uma vez em Gonamutawa, ela encontrou um lugar para alugar e começou a conversarcom jovens da localidade. Ela explica: “Fui à local em que os jovens jogavam toda noite. Noinício eu os vi jogar. No segundo dia, eles me convidaram para me juntar a eles e fiz isso durantetoda uma semana”. À medida que as amizades se aprofundarem ela foi gradualmente convidada apassar algum tempo nas casas de seus novos amigos, onde tinham conversações sobre temasespirituais, as necessidades da comunidade e como cada um podia servir. “Falamos dos nossostalentos e como ajudar uns aos outros a desenvolvê-los”, ela explica.

À medida que a pioneira de frente interna continuou a visitar os amigos, e elanaturalmente se engajou também em conversações com os pais, compartilhando com eles a Fé e asua visão de serviço à humanidade. As famílias expressaram sua crença de que isto era necessárioem seu povoado e encorajaram-na a reunir os jovens para explorar os temas espirituais sobre osquais vinham conversando juntos. No entanto, sua receptividade às ideias entesouradas na Fé —embora estivesse aumentando — ainda não estava suficientemente forte para superar a visãosecular sobre castas. Consequentemente, os pais pediram à jovem pioneira para formar doisgrupos, pois os membros de cada casta se recusavam sentar juntos. Embora entristecida com essadivisão no povoado, ela sentiu que com paciência, amor e oração tudo acabaria dando certo damelhor forma.

Em dois meses, foram formados dois grupos com um total de 11 participantes ecompletaram o estudo do Livro 1 do Ruhí, no qual seus corações foram conectados às palavrastransformadoras de Bahá’u’lláh. A combinação de estudo com serviço — uma característicaessencial do processo do instituto — nutriu a capacidade dos participantes, á medida que que cadaum foi acompanhado para promover uma reunião devocional, seu primeiro ato de serviço à luz deum crescente entendimento da Mensagem de Bahá’u’lláh. A primeira reunião devocional ocorreuna casa de um dos participantes, e os amigos de ambos os grupos compareceram e oraram juntos.A importância dessa atitude rumo à unidade, inspirada pela Palavra de Deus, trouxe imensaalegria para todos. Os dois grupos continuam a se reunir e consultar sobre as necessidades de seupovoado e servir juntos na comunidade.

À medida que este pequeno grupo aprende a criar laços espirituais de amizade quetranscendem o preconceito, e desenvolvem a capacidade de organizar reuniões com seus jovenscompanheiros para consultarem sobre as maneiras que desejam servir, o círculo de amigosaumenta e o caminho se amplia para incluir jovens, adultos e famílias. O processo que se iniciouem Gonamutawa floresceu numa vibrante comunidade com mais de uma dezena de atividades e70 participantes.

Luxemburgo

Differdange localiza-se na extremidade sudoeste de Luxemburgo, a cerca de uma hora decaminhada da Bélgica numa direção, e a uma hora de caminhada da França no sentido oposto. Éuma cidade industrial, sede de grande parte da produção de aço de Luxemburgo. Situada sobreuma colina, no centro da cidade, encontra-se o Castelo Differdange, que data do século dezesseis.O seguinte relato de Differdange mostra de que modo ação, reflexão e consulta contínuas — emque os membros da comunidade aprendem “a ler sua própria realidade, enxergar suas própriaspossibilidades, fazer uso de seus próprios recursos”8— é uma característica essencial docrescimento.

A cidade possui cerca de 20.000 habitantes. Uma crente que vive nesta comunidade —inspirada pela mensagem do Ridván de 2013 da Casa Universal de Justiça — fez algumas visitas a

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conhecidos e amigos em sua localidade com o objetivo específico de apresentar o marco

conceitual espiritual e o material educacional do Instituto Ruhí. Com o apoio de um dos bahá’ís

de uma cidade vizinha, ela visitou cerca de cinquenta de seus amigos em menos de dois meses.

Embora o processo tivesse começado com conversas iniciadas por uma única crente,

gradualmente se expandiu para abranger um núcleo de amigos refletindo e consultando em

conjunto regularmente. “Os laços de companheirismo e amor eram fortemente sentidos”,

observou ela, “enquanto nos reuníamos regularmente para avaliar a situação.” Oportunamente,

quatro atividades centrais foram iniciadas: duas classes de aulas para crianças e dois grupos de

pré-jovens, envolvendo 29 participantes. Essas atividades foram inicialmente facilitadas por

visitantes que serviam como animadores e professores.

O primeiro desafio, ainda antes do início das atividades, foi a falta de qualquer espaço

físico disponível para abrigar o grupo de pré-jovens e as aulas para crianças. Muito naturalmente,

após mais consultas, os amigos decidiram realizar uma reunião de reflexão à qual foram

convidados todos os participantes e suas famílias. A reunião teve um objetivo duplo: familiarizar

todos com os professores e animadores das atividades e consultar sobre como encontrar locais de

reunião para as crianças e pré-jovens. Em resposta, alguns dos pais abriram suas casas para as

atividades, em alguns casos, oferecendo suas casas no horário em que eles próprios se

encontravam no trabalho. Os amigos também apresentaram o programa de pré-jovens a

autoridades locais que ajudaram a providenciar a utilização de uma sala de aula numa escola local.

Atualmente, 15 pré-jovens se encontram semanalmente nesse local.

No outono, o processo foi fortalecido por reuniões regulares de reflexão com as famílias.

Tornou-se evidente que este pequeno núcleo de amigos seria capaz de manter e expandir a

participação nas atividades. Enquanto fazia uma pausa para refletir, a equipe decidiu focar sua

expansão na identificação de jovens que eles pudessem convidar para participar no processo de

instituto, de modo a aumentar o número de recursos humanos disponíveis e confiar as atividades

aos protagonistas locais. Desse modo, um grupo de jovens estudou os Livros 1, 3 e 5, e os

primeiros professores de aulas para crianças e animadores foram capacitados dentre pessoas de

Differdange. Esses novos amigos trouxeram outros para participar das atividades, especialmente

em círculos de estudo.

Uma das percepções adquiridas no processo foi a convicção de que há uma crescente

receptividade em Differdange e que as visitas aos lares, antes consideradas estranhas à cultura de

Luxemburgo, são na verdade uma abordagem de sucesso que ajudam a construir amizades

duradouras. Esse esforço colocou o alicerce de uma nova cultura a ser desenvolvida.

A iniciativa em Differdange inspirou muitos em todo o país a planejar visitas aos amigos e

conhecidos para manter conversações significativas, e fazer um franco convite para que se unam

às iniciativas da construção de comunidades. A realização de reuniões de reflexão com amigos da

sociedade mais ampla é também uma característica sobre a qual outras comunidades aprenderam

por intermédio da experiência em Differdange. Tais espaços para reflexão têm ajudado outros

agrupamentos não somente a empoderar amigos locais, mas também enriquecer o corpo de

conhecimento e experiência que está sendo adquirido no âmbito local.

Albânia

Albânia, localizada no coração da Península Balcânica, no oeste europeu, abrange uma

região que tem sido continuamente habitada por diferentes civilizações durante milhares de anos.

Esta longa e rica história resultou num conjunto de diversas línguas, músicas e comidas.

Há também diversos grupos de bahá’ís e seus amigos, espalhados em toda a Albânia,

procurando dar sua contribuição para a transformação espiritual de suas comunidades. O

agrupamento de Durrës, na Albânia, é uma dessas comunidades. No decorrer de vários anos, os

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crentes da vizinha Tirana e outras localidades têm viajado a Rrashbull, um vilarejo doagrupamento, para dar apoio aos esforços de uma família bahá’í residente com três filhaspequenas. Um amigo, movido pelo desejo de ver as três crianças crescendo em conformidade comos ensinamentos de Bahá’u’lláh, tem viajado mais de uma hora, algumas vezes semanalmente,para levar um professor à casa delas e prover aulas para as crianças e, com o passar dos anos, umgrupo de pré-jovens.

Com o apoio desses amigos visitantes, algumas vezes a família debateu com alguns deseus vizinhos os ensinamentos de Bahá’u’lláh. Em resposta, alguns expressaram seu desejo de verseus próprios filhos recebendo uma educação moral e espiritual sólida. Outros não se opuseram àparticipação de seus filhos nas aulas para crianças, embora sua participação não fosse sempreregular.

Com o passar dos anos e o crescimento das filhas da família bahá’í, eles se envolveramcada vez mais profundamente em conversas sobre o desenvolvimento da comunidade. A filhamais velha, agora uma jovem, vislumbrou a importante contribuição que sua geração deve fazernesse processo, especialmente em ajudar amigos mais novos a “atravessarem um estágio crucialde suas vidas e a se capacitarem em direcionar suas energias para o avanço da civilização.”.9

Reconhecendo que outros gostariam de fazer parte de tão nobre objetivo, ela reuniu um grupo deamigos para discutir o programa de empoderamento espiritual de pré-jovens e, com grandecoragem, contatou também o diretor de sua escola, que ofereceu espaço na escola para atividades.

Em tempo, um grupo de sete pessoas, com o auxílio de um membro do Corpo Auxiliarque os visitava regularmente, revisou o material do programa de pré-jovens. No verão de 2013, omembro do Corpo Auxiliar ajudou o grupo a organizar colônias de férias para crianças epré-jovens, e em julho o grupo decidiu participar de um estudo intensivo do Livro 1 do Ruhí.Apesar do entusiasmo nascente e um senso de progresso, ninguém do grupo participou daconferência da juventude em Tirana, realizada em agosto de 2013. Inicialmente, para alguns issopareceu uma falha, mas logo reconheceu-se que o grupo estava apenas germinando e precisava demais tempo para crescer. De fato, o grupo continuou seus estudos na sequência e, em fevereiro de2014, depois de estudar o Livro 3, o grupo decidiu começar a dar sistematicamente aulas paracrianças. Eles envolveram seus irmãos e irmãs e outras crianças do vilarejo, iniciando 3 aulas paracrianças com um total de 25 participantes. Cada aula tinha uma dupla de professores e eradividida de acordo com a idade dos participantes. O membro do Corpo Auxiliar os acompanhounas primeiras aulas, ajudando-os a revisar os materiais e preparar a lição, mas logo os professoresconduziram as aulas por si mesmos.

Então, em março de 2014, a filha mais velha reuniu um grupo de sete amigos para iniciarum estudo do livro Aprendendo sobre Excelência — um dos livros do programa de pré-jovens.Ela e o membro do Corpo Auxiliar serviram como co-animadores. As atividades incipientesinspiraram todos os envolvidos a se engajarem em a mais conversas com membros dacomunidade, os quais, por sua vez, atraíram mais algumas pessoas interessadas em estudar asequência principal, e outras que estudaram o material em sessões intensivas.

Os amigos da localidade, ao começarem a perceber em seus esforços os elementos de umprograma de crescimento sustentável, continuam a planejar e refletir em conjunto regularmente.Seu foco atual é manter as atividades existentes — as aulas para crianças e grupos de pré-jovens— e visitar as famílias dos participantes.

Preparado sob os auspícios do Centro Internacional de Ensino para a instituição dos Conselheiros. Excertos dos relatórioscitados podem ter sido revisados em razão de gramática, clareza e tamanho do texto. A íntegra dessa publicação ou parte delapode ser reproduzida ou distribuída dentro da comunidade bahá’í sem permissão prévia do Centro de Ensino.

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1 Mensagem de 28 de dezembro de 2010, escrita pela Casa Universal de Justiça à Conferência dos Corpos Continentais de Conselheiros.2 ibid.3 Mensagem do Ridván de 2010, escrita pela Casa Universal de Justiça aos bahá’ís do mundo.

4 Percepções das Fronteiras da Aprendizagem, documento preparado pelo Centro Internacional de Ensino (Haifa: Centro Mundial Bahá’í, 2013).5 Ibid. 6 Ibid.

7 Ibid.

8 Mensagem datada de 28 de dezembro de 2010, escrita pela Casa Universal de Justiça à Conferência dos Corpos Continentais de Conselheiros.9 Mensagem datada de 2 de março de 2013, escrita pela Casa Universal de Justiça aos bahá’ís do Irã.

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REFLEXÕES SOBRE O C RESCIMENTO – Número 34 – Abril de 2015 Edição Especial: Relatos de Tanna, Vanuatu, depois de um ciclone tropical

Havia pouco menos de um ano que, por ocasião do Ridván de 2014, a Casa Universal de Justiça descreveu o processo de construção de uma comunidade vibrante ocorrendo em Tanna, Vanuatu -­ uma das cinco comunidades designadas para eregir uma casa de adoração local. Na sua mensagem, a Casa de Justiça ilustrou o movimento desta comunidade: um movimento que está " especialmente em evidência nos agrupamentos em que deverá ser estabelecido o Mashriqu'l-­Adhkar local1". Deles é uma história de transformação e esperança, que é possível quando a comunidade compartilha uma visão clara para uma sociedade mais justa e solidária. Quanto a Tanna, a Casa Universal de Justiça escreve: " há muitas indicações de que, quando elementos do marco estrutural de ação do Plano são combinados num todo coerente, o impacto sobre uma população pode ser profundo2".

Em 13 e 14 de março de 2015, um severo ciclone tropical varreu o arquipélago de Vanuatu. E Tanna -­ uma das ilhas deste arquipélago -­ estava bem no caminho da tempestade. O dano foi extenso e a comunicação em toda a ilha foi cortada. Na esteira da crise, quando as famílias perderam muitos dos seus bens materiais, os afetados pela tempestade estão trabalhando em conjunto com grande coragem e determinação para fazer avançar o processo de reconstrução.

Em estreita colaboração com os seus amigos, vizinhos, organizações governamentais e não governamentais, membros da comunidade bahá'í em Tanna estão contribuindo avidamente para muitos aspectos do trabalho a ser feito. As capacidades que eles desenvolveram ao longo do tempo, por meio da participação no processo de instituto e sua aplicação de ensinamentos bahá'ís para a vida da sociedade, são evidentes. Um espírito de serviço altruísta tem caracterizado os esforços para resolver as necessidades materiais e espirituais imediatas da comunidade, no rescaldo da tempestade. Pré-­jovens, jovens e adultos estão ajudando a reconstruir as casas, trazer de volta à vida hortas danificadas e cuidar dos idosos, levando toda bondade e conforto possível aos seus vizinhos. Em todo tempo, as aulas das crianças e grupos de pré-­jovens continuam acontecendo. A profunda confiança emDeus e no poder da oração manifestam-­se nas muitas reuniões para adoração coletiva que foram realizadas, tanto durante as horas do ciclone quanto nas semanas que se seguiram. Como a tempestade estava passando, os crentes iriam continuar a acordar de madrugada para se prepararem para os dias do jejum. E alguns dias depois, o Naw-­Rúz foi alegremente comemorado com vizinhos e amigos. Na resposta da comunidade, vemos o poder latente de um processo que permite a milhares de pessoas entrarem em contato com a Palavra de Deus e de Bahá'u'lláh.

Embora a Casa de Adoração em Tanna ainda não tenha sido construída fisicamente, as condições espirituais necessárias para a sua construção tem existido na comunidade desde 2012, quando a Casa Universal de Justiça anunciou o seu estabelecimento. Ao refletir sobre a experiência da comunidade, as palavras da Casa de Justiça ao descrever a instituição da Casa de Adoração vêem à mente: "Como um local donde devem se irradiar forças espirituais, o Mashriqu’l-­Adhkár é um ponto focal para dependências a serem erigidas para o bem-­estar da humanidade e é a expressão de uma vontade comum e anseio por servir.3".

Esta edição especial de "Reflexões sobre o Crescimento" baseia-­se em relatos reunidos por dois crentes de outra região do país que visitaram Tanna nos dias após o ciclone atravessar a ilha. Esperamos que estas histórias inspirem todos os crentes, jovens ou velhos, a se levantarem para a promoção do Plano, totalmente seguros de que, ao fazerem isso, eles estarão participando da construção de uma civilização divina.

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Reflexões sobre o Crescimento – número 34, Abril de 2015 Página 2 Edição Especial

Nakayelo

Em 25 de março de 2015, chegamos à Aldeia Nakayelo, na ilha de Tanna, a aldeia onde o Instituto de Formação está situado. Caminhamos em direção à vila e ao Instituto de Capacitação desde a estrada principal. A estrada estava tão irreconhecível que perdemos o caminho para o Instituto de Capacitação. Nós finalmente encontramos Mama Sapai à uma certa distância -­-­ uma bahá'í idosa e um dos cuidadores do Instituto de Capacitação. Ela largou tudo o que estava carregando, correu em nossa direção e abraçou a todos com alegria e lágrimas em seus olhos. Ela queria saber como estávamos e estava mais preocupada conosco do que com ela mesma. Ela levou-­nos para a aldeia. Todas as casas da aldeia foram arrasadas. A casa do chefe, a casa de Tom Wapin, sua cozinha, a casa de Serah e José;; todas tinham desaparecido. Não havia ninguém para ser encontrado. Todos haviam se refugiado em uma vila próxima. Nós andamos ao redor da aldeia e não conseguimos encontrar as crianças brincando, as mães conversando, cozinhando ou tecendo seus tapetes.

Decidimos, então, ir para o Instituto de Capacitação. O caminho para o Instituto estava bloqueado por árvores quebradas em todos os lugares. Mama Sapai nos levou para o local, e vimos outra cena devastadora. O Centro Bahá'í, em que muitas atividades foram realizadas ao longo dos anos, os dormitórios, a cozinha, a casa de Mama Sapai e a casa de outro zelador foram todas arrasadas. Nada foi poupado. Nós recolhemos o sistema de energia solar restante, e Mama Sapai foi capaz de encontrar algumas de suas coisas -­ um balde, alguns pratos e uma barraca. Voltamos para a aldeia e levantamos nossa barraca para passar a noite. Estávamos todos tristes e fomos consolar uns aos outros, porém, todos nós choramos sozinhos.

Na parte da manhã, vimos um jovem bahá'í aproximando-­se da aldeia. Ele foi até o local onde uma vez sua casa estava e começou a procurar por algo sob os escombros. Parecia que ele estava à procura de algo muito importante para ele. Ele finalmente encontrou uma caixa de metal que o pertencia. Estávamos o observando à distância e nos perguntando o que estava dentro da caixa. Abriu-­a com muito cuidado e tirou um livro do instituto que estava encharcado em água. Abriu-­a e olhou para ele. Parecia que ele estava se lembrando da vez que ele estudou esse curso. Ele o colocou cuidadosamente ao sol para secar. Ele então pegou outro Livro do Instituto da caixa e colocou sob o sol, e depois outro. Ele, então, tirou o livreto da conferência de jovens e

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Reflexões sobre o Crescimento – número 34, Abril de 2015 Página 3 Edição Especial

fez a mesma coisa. Ele finalmente tirou o livro de oração. Abriu-­o commuito cuidado página da imagem de 'Abdu'l-­Bahá e o colocou ao sol com a maior reverência. Ele ficou muito feliz ao ver que alguns dos livros de pré-­jovens debaixo da caixa não estavam totalmente molhados.

Fomos para outra aldeia, onde o povo de Nakayelo se refugiara durante o ciclone. Eles haviam estado lá por mais de uma semana. Uma das mães, chamada Serah, nos disse que seu filho de quatro anos de idade, Ramu, aproximou-­se dela no outro dia e pediu para que o ensinasse o resto da citação, " Deixai vosso coração incendiar-­se de afetuosa bondade por todos aqueles que cruzarem vosso caminho", que ele tinha memorizado anteriormente. Serah ensinou-­lhe a outra parte da citação. Ele saiu para brincar e voltou mais tarde para sua mãe pedindo que o ensinasse mais. Serah nos disse que a sede de seu filho pela educação espiritual foi um despertar para ela. Ela decidiu agora voltar para sua aldeia imediatamente, construir sua casa, e retomar sua aula de crianças novamente. Também nos disse que, logo após o ciclone, os bahá'ís organizaram um encontro devocional para todos os que se refugiaram nesta aldeia. Fomos informados de que este encontro devocional foi realmente uma experiência reconfortante para todos.

Namasmetene

De um casal: "Durante o ciclone muitas pessoas perceberam que suas vidas dependem da vontade de Deus e não das coisas materiais que eles têm reunidas em torno deles. Durante o ciclone todos voltaram seus corações para Deus e suplicaram Suas bênçãos e proteção, mesmo aqueles que nunca tinham rezado.

Achamos que agora os projetos de pré-­jovens se tornarão mais significativos e mais sistemáticos, respondendo às necessidades da comunidade. Os pré-­jovens precisam continuar a pensar sobre projetos agrícolas e sociais para trazer uma mudança duradoura para a nossa comunidade.

Como os ventos estavam soprando, lemos a oração revelada por Bahá'u'lláh para calamidades. Esta oração nos lembrou que, embora o ciclone seja muito poderoso, o poder de Deus é muito maior. À medida que repetíamos esta oração, a nossa confiança em Deus multiplicou, e sabíamos que Bahá'u'lláh iria proteger nossas vidas. É verdade que o ciclone danificou nossas casas, jardins, fazendas de café, as plantações de sândalo, nossas fontes de renda. Mas o ciclone nos ajudou a perceber que não se deve estar apegado às coisas deste mundo e que devemos estar conscientes do propósito de nossa vida.

Logo após o ciclone a juventude começou a ajudar os idosos e as pessoas em necessidade. Os pré-­jovens e os graduados do programa de pré-­jovens se reuniram e começaram a construir abrigos para as pessoas. Alguns destes abrigos foram usados para a realização de reuniões devocionais. Durante anos nós estávamos planejando realizar uma reunião devocional na aldeia que abraçasse todas as pessoas, mas não foi possível -­ nem todos responderam positivamente ao nosso convite. Agora, depois do ciclone, fomos capazes de realizar uma reunião devocional em que todos participaram. Isto é um resultado positivo do ciclone. Anteriormente, alguns dos membros da nossa comunidade estavam envolvidos em disputas de terra.

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Depois, muitas dessas pessoas disseram que estavam muito longe de Deus, e agora eles percebem que eles têm que esquecer suas disputas. Agora muitas pessoas estão focadas na cooperação e harmonia. Este é mais um resultado positivo do ciclone.

Agora a nossa Assembleia Espiritual Local vai se reunir e liderar o processo de reconstrução para a comunidade seguir adiante. Sabemos que não devemos depender da ajuda de doadores, mas que devemos cuidar de nosso próprio desenvolvimento. Para o processo de reconstrução, vamos usar as mesmas ferramentas e instrumentos que usamos para a expansão e consolidação da nossa comunidade. Vamos trabalhar em ciclos de três meses. Precisamos garantir que tanto os aspectos espirituais quanto materiais de nossas vidas avancem durante o processo de reconstrução. Os animadores realizarão seu encontro de animadores, e os grupos de pré-­jovens realizarão a sua reunião de grupos e começarão seus projetos de serviço. Esses projetos vão incentivar os membros da comunidade para se levantarem e tomar conta do processo de reconstrução, em vez de esperar por uma agência de ajuda.

Durante o ciclone os pré-­jovens que participaram do programa estavam totalmente envolvidos em servir aos demais, assegurando que todo mundo estivesse em segurança, especialmente as crianças e os idosos. O programa tinha elevado sua capacidade para servir a sua comunidade e para ajudar os outros antes de ajudar a si mesmos. Os pré-­jovens têm desenvolvido a capacidade de ver as necessidades reais da comunidade e de agir para atender a essas necessidades.

Outra coisa que o grupo de pré-­jovens fez logo após o ciclone foi incentivar e ajudar as pessoas a voltarem para seus jardins e começar a replantar o que o ciclone tinha danificado, e para salvar as plantas que estavam danificadas pelo sol. O grupo iria para o jardim de cada família na parte da manhã para ajudá-­las com o replantio. Dessa forma iriam se assegurar que depois de três meses eles teriam comida suficiente para sobreviver.

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Durante o ciclone quase todas as casas da aldeia foram arrastadas, e as pessoas tiveram que se refugiar em uma escola vocacional nas proximidades. A juventude e os pré-­jovens ajudaram a carregar as crianças e os idosos para o escola. Enquanto os fortes ventos estavam soprando, pudemos ver claramente a capacidade dos pré-­jovens que tinham participado do programa. Eles demonstraram um espírito de abnegação em ajudar aos outros, garantindo que todos estivessem seguros. Quando eles trouxeram todos para as escolas, eles permaneceram perto da porta, sob a chuva, para proteger a todos. Eles acenderam fogueiras para garantir que todos estivessem aquecidos, secos e alimentados. Eles não apenas cuidaram de suas próprias famílias, mas de tudo. Muitas famílias ainda estão lhes agradecendo por seus serviços dizendo que, se não fosse pela ajuda deles, não teriam sobrevivido. Esses atos de serviço foram realizados pelos pré-­jovens mais velhos e pelos egressos do programa de pré-­jovens. Quando uma criança tinha que ir ao banheiro, eles a acompanhavam até lá fora, esperavam e, em seguida, retornavam com a criança para a escola. Eles não se importavam qual pessoa fosse, eles serviram a todos igualmente. No dia após o ciclone, um dos pré-­jovens nos disse que o ciclone aprofundou a compreensão dos amigos sobre a importância de se cuidar de todos.

O ciclone nos atingiu durante o jejum. Apesar do ciclone e de seus ventos devastadores, os crentes ainda permaneceram em jejum. Poucos dias depois do ciclone, celebramos o Naw-­Rúz em nossos bairros com os amigos. Durante a celebração sentimos que os nossos espíritos estavam tão elevados como sempre. Não foram afetados ou desencorajados pelo ciclone. Comemoramos o Naw-­Rúz com a maior alegria e felicidade. Durante a celebração, os amigos foram encorajados a iniciar o processo de reconstrução imediatamente. Fomos encorajados a permanecer felizes e contentes com a Vontade de Deus. Após o Naw Rúz, cada família bahá'í começou a reconstrução de seus jardins e casas. No dia de Naw-­Rúz visitamo-­nos uns aos outros, naquilo que havia sobrado das nossas casas".

De um animador de um grupo de pré-­jovens : "Logo após o ciclone, o meu grupo de pré-­jovens se reuniu para limpar as estradas. Elas foram cobertas com árvores quebradas. Não temos dúvida de que fomos salvos por meio das orações e das bênçãos que recebemos através delas. Os pré-­jovens ajudaram o povo a reconstruir suas casas e a limpar seus quintais. Alguns foram para o Centro Bahá'í para salvar o que restou.

Os ventos começaram a soprar mais forte no alvorecer. Sabíamos que tínhamos que correr para a escola em busca de refúgio. Mas primeiro fizemos nossas orações no alvorecer em preparação para o dia de jejum, antes de correr para a escola através dos galhos quebrados e objetos voando. Enquanto estávamos dizendo nossas orações, o telhado da nossa casa estava sendo soprado pelos ventos. Estávamos determinados a jejuar naquele dia. Poucos dias após o ciclone, comemoramos o Naw-­Rúz no nosso bairro com alegria e felicidade.

Agradecemos a Deus que ninguém em nossa comunidade morreu ou ficou gravemente ferido. As orações realmente salvaram a todos nós. Realmente agradecemos a Deus por Sua ajuda e bênçãos.

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Reflexões sobre o Crescimento – número 34, Abril de 2015 Página 6 Edição Especial

Launare

Nós visitamos uma família bahá'í em Launare. Este casal de idosos serviu como pioneiros por alguns anos na aldeia Imapusine. Sua casa foi destruída durante o ciclone, e eles tiveram que correr para uma casa vizinha, que ofereceu refúgio para muitos outros. A fim de salvar a vida de seu neto de poucos meses de idade, eles esconderam o bebê dentro de uma mala e correram para outra casa em busca de refúgio. Quando nos despedimos, a família nos deu um presente. Apesar da escassez de alimentos, sua generosidade e amor não conhecia limites.

Enquanto caminhávamos na aldeia nos deparamos com uma família bahá'í vivendo em um pequeno galpão. Tudo o que restou de sua casa eram as duas paredes feitas de bambu. Uma das paredes estava decorada com o Máximo Nome e uma foto de 'Abdu'l-­Bahá.

Imafin

Chegamos na vila Imafin, uma área fortemente afetada pelo ciclone. Os bahá'ís desta vila enfrentaram uma feroz oposição dos habitantes e chefes da aldeia cerca de 10 anos atrás. O Centro Bahá'í foi confiscado e os bahá'ís foram ameaçados a terem que negar a sua fé. Mas eles se mantiveram firmes e pacientes até que recuperaram a liberdade de praticar sua fé.

Ao se aproximar da aldeia, vimos que foi quase completamente destruída. Finalmente chegamos na seção da aldeia onde a maioria dos bahá'ís residia e onde

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Reflexões sobre o Crescimento – número 34, Abril de 2015 Página 7 Edição Especial

o Centro Bahá'í costumava estar antes do ciclone. O Centro Bahá'í e as casas das pessoas não existiam mais.

Quando os amigos nos viram se aproximando , eles correram em nossa direção chamando em voz alta, "Allah'u'Abha, Allah'u'Abha". Uma senhora bahá’í não podia parar de repetir "Allah'u'Abha" e nos abraçar com lágrimas nos olhos. Foi realmente um encontro muito emocionante. Em pouco tempo estávamos cercados por muitos crentes, todos nos saudando com emoção e amor. Fomos levados a um galpão, a única sombra que pode ser encontrada. Os amigos vieram um por um, até o galpão ficar pequeno demais para acomodar a todos. Então, nos conduziram para a casa de um dos crentes, que era a única casa que tinha resistido aos ventos violentos. Eles nos disseram que esta casa tinha salvado a vida de 157 pessoas. Os três quartos da casa ficaram tomados por pessoas, em cada quarto as pessoas estavam orando enquanto os ventos estavam soprando. Os amigos partilharam conosco a sua experiência com o ciclone e como as suas casas, jardins e pertences foram perdidos dentro de uma questão de poucas horas.

De uma mãe na aldeia: "Quando os ventos estavam soprando, meu filho de seis anos, Furútan, chamou em voz alta: "Por favor, 'Abdu'l-­Bahá, ajude-­nos. A nossa casa já se foi, por favor, faça os ventos pararem, 'Abdu'l-­Bahá." Ele, então, rezava e repetia "Yá Bahá'u'l-­Abhá" e as orações que começam com 'Há quem remova as dificuldades ...' e 'Ó Deus, guia-­me, protege-­me...' ".

Depois do ciclone, nossa Assembleia Espiritual Local fez um plano para celebrar o Naw-­Rúz. Os chefes e todo o povo da aldeia foram convidados a celebrá-­lo conosco. Muitos crentes jejuaram durante o ciclone, e as pessoas na nossa celebração de Naw-­Rúz comentaram que no próximo ano eles irão se juntar aos bahá'ís em jejum. Compramos um saco de arroz e matamos uma vaca para comemorar o Naw-­Rúz. Quando os amigos foram para o rio, eles encontraram uma grande enguia. Nós nunca tínhamos visto uma enguia neste rio. Sabíamos que era um presente de Deus. Nós a pescamos, preparamos e partilhamos entre os amigos durante Naw-­Rúz. Nós estamos tão felizes que, apesar do ciclone, jejuamos e concluímos nosso jejum com as celebrações do Naw-­Rúz. Estamos confiantes de que qualquer coisa que perdemos no ciclone vamos recuperar por meio das bênçãos de Bahá'u'lláh. Durante as celebrações, compartilhamos com as pessoas que em breve vamos reiniciar o processo educativo espiritual na vila -­ aulas das crianças, os grupos de pré-­jovens e os círculos de estudo. Logo após o ciclone, a comunidade ajudou na limpeza das estradas, replantando os jardins, e na reconstrução das casas. Amanhã nossa Assembleia Espiritual Local vai se reunir novamente para fazer planos para começar o processo educacional urgentemente. Já colocamos um pequeno galpão que está servindo como o nosso Centro Bahá'í temporário, onde as atividades serão realizadas.

***

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Reflexões sobre o Crescimento – número 34, Abril de 2015 Página 8 Edição Especial

Depois de encontrar os amigos, uma de nós foi abordada por um idoso que tinha 88 anos. Ele se aproximou com a máxima humildade e respeito. Ele sussurrou que ele queria contribuir com seu Huqúqu'lláh. Ele, então, deu um saquinho plástico com um punhado de moedas. Como estávamos prestes a sair, o mesmo idoso insistiu em nos dar um presente para nos agradecer pela visita: uma galinha.

Ehniu

De um crente local: "Durante o ciclone, eu escondi a 'foto de Abdu'l-­Bahá em um lugar seguro para que o ciclone não a prejudicasse. Como os ventos foram ficando mais fortes, eu estendi a mão para a foto, levantei-­a, e pendurei em casa novamente. Quando os ventos atingiram sua força total, segurei a foto em minhas mãos, olhei para os olhos de 'Abdu'l-­Bahá e supliquei proteção. Ao longo do ciclone, eu segurei Sua foto emminhas mãos enquanto orava. Não tenho dúvidas de que foi a proteção divina que salvou nossas vidas.”

Lowinio

De um crente local: "Quando o ciclone veio estávamos todos fazendo jejum. Todos entraram em um pequeno quarto e começaram a rezar. Todos se revezaram orando ao longo do tempo, os ventos estavam soprando. A imagem de 'Abdu'l-­Bahá foi pendurada na sala, e nós sabíamos que Ele estava conosco. Durante este tempo estávamos todos confiante de que Bahá'u'lláh iria salvar as nossas vidas. Quando passou o ciclone, nós saímos e vimos a devastação que o ciclone tinha deixado para trás. As casas e os jardins foram todos embora.

Depois de alguns dias fizemos o nosso plano para comemorar o Naw-­Rúz. Compramos três sacos de arroz e um dos amigos doou um grande porco. Convidamos todos na aldeia para se juntar a nós para o Naw-­Rúz. Fomos até o lugar onde era o Centro Baha'i para limpar e comemoramos o Naw-­Rúz. O lugar estava cheio de pessoas. Cantamos e dançamos o dia e a noite inteira. Foi um dia muito especial.

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Isla

À medida que aproximamos da aldeia Isla, vimos três jovens bahá'ís de Isla caminhando na direção oposta sob um sol forte. Perguntamos para onde estavam indo, e eles disseram que estavam indo para uma vila próxima para conduzir as aulas de crianças e grupos de pré-­jovens. Mais tarde na aldeia, vimos que suas casas haviam sido destruídas e ainda não haviam sido reconstruídas.

Tumah Mine

De três amigos locais : "Nossas casas foram sendo levadas uma a uma. Decidimos nos refugiar na escola da aldeia próxima. Tivemos de caminhar por cerca de um quilômetro. Ia ser um caminho muito perigoso como muitas árvores grandes e galhos caindo, e os objetos estavam voando por toda parte. Orei e pedi a Bahá'u'lláh para por favor nos proteger, especialmente nossos filhos. Às vezes tínhamos que correr, às vezes nos rastejamos, e outras vezes, ficamos deitados. Estavámos confiantes de que seríamos protegidos, pois sabíamos que Bahá'u'lláh estava conosco o tempo todo. Finalmente chegamos na escola. Todos estavam à salvo. Enquanto estávamos indo para a escola, os nossos pensamentos e corações estavam com Bahá'u'lláh. Quando compartilhamos a nossa experiência com os amigos que já haviam se refugiado na escola, todos choraram.

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Meu marido e eu acordamos ao amanhecer para fazer nossas orações e para tomar café da manhã, em preparação para o jejum. Os ventos foram ficando mais e mais fortes. Quando o ciclone se aproximou, eu coloquei minhas posses mais queridas na minha bolsa -­ o meu livro de orações e um livro instituto -­ e com os meus filhos corremos para a escola em busca de refúgio. Eu garanti que o meu livro de orações não ficaria molhado. Os ventos eram muito fortes. Foi uma caminhada muito perigosa. Alguns quase foram levados pelos ventos ou atingidos pela queda de árvores.

Poucos dias após o ciclone, planejamos comemorar o Naw-­Rúz. Não poderíamos usar o Centro Bahá'í, uma vez que foi completamente destruído. Levantamos um pequeno abrigo para a celebração. Um dos amigos doou um porco, e conseguimos um pouco de arroz. Comemoramos o Naw-­Rúz com nossos amigos e vizinhos da aldeia.Explicamos que o jejum é uma das leis de Bahá'u'lláh e sua observância atrai bênçãos divinas. Durante o Naw-­Ruz os amigos compartilharam suas experiências do jejum. Estávamos todos muito felizes em comemorar o Naw-­Ruz juntos.

Antes do ciclone, meu grupo de pré-­jovens tinha muitos projetos de serviço. Eles limparam a fonte de água da aldeia e plantaram árvores de nozes. Após o ciclone, os pré-­jovens ajudaram os idosos e as viúvas a construírem suas casas. Eles já construíram quatro casas. Hoje estamos planejando construir outra casa. Também limparemos a fonte de água para as pessoas usarem. Nossos outros projetos de serviço foram todos destruídos, mas vamos retomá-­los de novo, logo que o grupo se reunir. Vamos também replantar as árvores de nozes.

Isangel

De um crente local: "Depois do ciclone eu decidi, após consultar com um membro da Assembleia Espiritual Nacional, oferecer meus serviços como voluntário no Gabinete de Gestão de Desastres do Governo Provincial da Sede. Tivemos que organizar o Gabinete de Gestão de Desastres para responder eficazmente às necessidades das pessoas, distribuindo os donativos que estava sendo doados pelas organizações de ajuda. O Escritório teve de recolher estatísticas para poder distribuir os suprimentos de emergência efetivamente. Usamos as ferramentas e instrumentos que eu tinha aprendido, enquanto servia como um coordenador. Dividimos Tanna em setores e recolhemos estatísticas de acordo com bebês, crianças, pré-­jovens e adultos. Também introduzimos os princípios bahá'ís da consulta, ação e reflexão. O membro da Assembleia Nacional e eu gerimos o Desk Bahá'í no Gabinete. Muitas organizações de ajuda se aproximam de nós quando se deparam com um obstáculo. Sugerimos que eles trabalhem com os chefes e consultem as pessoas nas bases.

Também sugerimos que o Gabinete comece a sua atividade todas as manhãs com orações. Há oito seções no Gabinete. Inicialmente eles não sabiam como consultar e era difícil avançar. Quando explicamos a eles a importância da consulta e da reflexão, e os princípios que precisam ser usados pelas pessoas que consultam, isso ajudou a dar início às atividades. Há cerca de 15 organizações de ajuda de muitas partes do

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mundo, e o Desk Bahá'í ajudou a conectar essas organizações. Muitas vezes eles se aproximam para entender o que está acontecendo e como eles podem ajudar.

Os princípios da Fé, as ferramentas que aprendemos a utilizar ao longo do processo de expansão e consolidação, e nossa familiaridade com Tanna tem contribuído muito para o processo de ajuda humanitário. As qualidades que adquirimos ao longo dos anos e as capacidades que desenvolvemos enquanto servimos à Causa tem realmente nos ajudado a lidar com as consequências do ciclone. Por exemplo, a capacidade de ler a realidade de uma situação, a coleta de estatísticas, o planejamento, a consulta, a reflexão, a sistematização, a elaboração de relatórios;; tudo isso tem sido fundamental na eficácia da operação de ajuda humanitária durante as duas primeiras semanas após o ciclone. Temos consultas todas as manhãs e reflexões todas as tardes".

Preparado sob os auspícios do Centro Internacional de Ensino para a instituição dos Conselheiros. Excertos dos relatórios citados podem ter sido revisados em razão de gramática, clareza e tamanho do texto. A íntegra dessa publicação ou parte dela pode ser reproduzida ou distribuída dentro da comunidade bahá’í sem permissão prévia do Centro de Ensino.

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1 Mensagem do Ridván 2014 escrita pela Casa Universal de Justiça aos Bahá’ís do mundo. 2 Ibid. 3 Mensagem datada de 18 de dezembro de 2014, escrita pela Casa Universal de Justiça aos Bahá’ís do Irã.