Brasil Rotário - Nº 1063

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ROTARIO BRASIL A REVISTA REGIONAL DO ROTARY NO BRASIL JANEIRO 2011 ANO 86 Nº 1063 www.brasil-rotario.com.br Prevenção e solidariedade Luta contra o HIV

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Edição nº 1.063 da revista Brasil Rotário. Janeiro de 2011.

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ROTARIOBRASIL

A REVISTA REGIONAL DO ROTARY NO BRASIL JANEIRO 2011 ANO 86 Nº 1063

www.brasil-rotario.com.br

Prevenção e solidariedadeLuta contra o HIV

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Sumário

050505

Seções

Sucessora de “Notícias Rotárias” e “Rotary Brasileiro”. Publicação mensal dedicada à divulgação do Ideal de Servir. Revista regional do Rotary International para os rotarianos do Brasil.ROTARIO

BRASIL

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MENSAGEM DO PRESIDENTE

Tempo de avaliar!Ray Klinginsmith

COLUNA DO DIRETOR DO RITransformando informação em açãoAntonio Hallage

CONSCIENTIZAÇÃO ROTÁRIA

Uma conversa através do tempoPaul Harris e Ray Klinginsmith

DESAFIOS DO NOSSO TEMPO

Os novos senhores da guerraHugh Gusterson

GASTRONOMIA

Sucesso na mesa rotária brasileiraRenata Coré

ARTIGO

Os valores e o crescimentoHipólito Ferreira

COMEMORAÇÃO

Para nós, o ano novo chegou mais cedo

MEIO AMBIENTE E SOCIEDADE

É muito lixo!Luiz Renato D. Coutinho

COLUNA DA ABTRFUm breve retrospecto do semestreThemístocles A. C. Pinho

VEJA NO SITE DA BRASIL ROTÁRIO

CAPA

A esperança em nossas mãosNuno Virgílio Neto

COLUNA DOS COORDENADORES REGIONAIS DA FRBoas notícias para a causa rotáriaAltimar Augusto Fernandes e Henrique Vasconcelos

COLUNA DO CHAIR DA FUNDAÇÃO ROTÁRIA

Aumentando a conscientização sobre aFundação RotáriaCarl-Wilhelm Stenhammar

Capa: iStockphoto

202020

222222

242424

04 Cartas e recados Saudades06 Curtas38 Cultura42 Reconhecimentos da Fundação Rotária43 Interact e Rotaract47 Distritos em revista67 Autores rotarianos Novos clubes, novos amigos68 Senhoras em ação70 Rotarianos que são notícia Os 50 mais71 Aconteceu na Brasil Rotário...72 Relax

O QUE há de novo na luta contra oHIV e como osRotary Clubs podem ajudar a enfrentareste problema

PágPágPág... 333333333333

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2 Janeiro de 2011

ÉTICA. Um princípio que não pode ter fim. Campanha em prol de mais ele vados padrões de ética. Apoio dos Rotary Clubs do Brasil

Governadores de distrito no Brasil em 2010-11Conselho diretor 2010-11

Curadores da Fundação rotária 2010-11

PRESIDENTERay Klinginsmith

PRESIDENTE-ELEITOKalyan Banerjee

VICE-PRESIDENTEThomas M. Thorfinnson

TESOUREIROK.R. Ravindran

DIRETORESAntonio HallageBarry MathesonDavid C.J. LiddiattEkkehart PandelElio CeriniFrederick W. Hahn Jr.Kenneth W. GrabeauKyu Hang LeeJohn C. SmargeJohn T. BlountMasahiro KurodaMasaomi KondoNoel A. BajatSamuel F. OworiStuart B. Heal

SECRETáRIO-gERaL Edwin H. Futa

CHaIRCarl-Wilhelm Stenhammar

CHaIR ELEITOWilliam B. Boyd

VICE CHaIRJohn F. Germ

CURaDORESAnne L. MatthewsAshok M. MahajanDavid D. MorganDoh BaeDong Kurn LeeJosé Antonio Salazar-CruzKazuhiko OzawaLouis PiconiLynn A. HammondSamuel A. OkudzetoStephen R. BrownWilfrid J. Wilkinson

SECRETáRIO-gERaLEdwin H. Futa

DISTRITO 4310Humberto de LucenaRotary Club de Itu-Convenção, SP

DISTRITO 4390Hugo da Cruz DóreaRotary Club de Feira de Santana, BA

DISTRITO 4410Sebastião Ventury BatistaRotary Club de Cachoeiro-Oeste, ES

DISTRITO 4420Marcos anselmo Ferreira FrancoRotary Club de Santos-Oeste, SP

DISTRITO 4430Paschoal Flavio LeardiniRotary Club de São Paulo-Vila Alpina, SP

DISTRITO 4440Serafim Carvalho MeloRotary Club de Cuiabá, MT

DISTRITO 4470José adalberto Rodrigues gonçalvesRotary Club de Birigui-XIX de Abril, SP

DISTRITO 4480Silvio Roberto Ribeiro de LimaRotary Club de Olímpia, SP

DISTRITO 4490José Expedito de Sousa araújoRotary Club de Limoeiro do Norte, CE

DISTRITO 4500Tereza Neuma de Castro DantasRotary Club de Natal-Sul, RN

DISTRITO 4510Joamyr CastroRotary Club de Adamantina, SP

DISTRITO 4520José Luiz Scaglioni FilhoRotary Club de Itabira-Cauê, MG

DISTRITO 4530Daltono Umberto de SouzaRotary Club de Taguatinga-Norte, DF

DISTRITO 4540andré Luiz giustiRotary Club de São Carlos-Norte, SP

DISTRITO 4550Valdomiro Oliveira Jr.Rotary Club de Brumado, BA

DISTRITO 4560Walmor ZambrotiRotary Club de Guaxupé, MG

DISTRITO 4570antonio Carlos CoutinhoRotary Club de Nova Iguaçu, RJ

DISTRITO 4580Cristóvão Mauricio Mesquita FerreiraRotary Club de Visconde do Rio Branco, MG

DISTRITO 4590José Carlos de LimaRotary Club de Jundiaí-Leste, SP

DISTRITO 4600Moacyr Pereira PeixotoRotary Club de Taubaté, SP

DISTRITO 4610altamiro Ribeiro DiasRotary Club de São Paulo, SP

DISTRITO 4620José Carlos MiguelRotary Club de Sorocaba-Manchester, SP

DISTRITO 4630José Manoel Martin Hernandes FilhoRotary Club de Maringá-Aeroporto, PR

DISTRITO 4640adair CasagrandeRotary Club de Pato Branco-Sul, PR

DISTRITO 4650adalberto RoederRotary Club de Timbó, SC

DISTRITO 4651Oscar guilherme Bremer NettoRotary Club de Balneário Camboriú-Praia, SC

DISTRITO 4660antonio Carlos FilippeRotary Club de Santa Maria-Dores, RS

DISTRITO 4670Eduardo Muniz WerneckRotary Club de Porto Alegre-Alto Petrópolis, RS

DISTRITO 4680alice Maria Polacchini Rotary Club de Porto Alegre-Independência, RS

DISTRITO 4700Daniel ViuniskiRotary Club de Passo Fundo-Norte, RS

DISTRITO 4710Claudinei de OliveiraRotary Club de Santo Antonio da Platina, PR

DISTRITO 4720geraldo Rocha Cavaleiro de Macedo Pereira FilhoRotary Club de Belém-Sul, PA

DISTRITO 4730alcir SperandioRotary Club de Curitiba-Água Verde, PR

DISTRITO 4740ademir SeminRotary Club de Campos Novos, SC

DISTRITO 4750Marcos Oliveira RosaRotary Club de Itaboraí, RJ

DISTRITO 4760Wilson Caixeta de CastroRotary Club de Patos de Minas, MG

DISTRITO 4770João Maluf FrancoRotary Club de Frutal, MG

DISTRITO 4780Júlio Ernesto Hecker KappelRotary Club de Uruguaiana-Leste, RS

RotaRy InteRnatIonalOne ROtaRy CenteR 1560 SheRman avenue evanStOn, IllInOIS, uSa

www.rotary.org

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3Brasil rotário

Leia Ano 86 Janeiro, 2011 nº1063Revista de Propriedade da Cooperativa Editora Brasil Rotário

CNPJ 33.266.784/0001-53 Inscrição Municipal 00.883.425Av. Rio Branco, 125, 18º andar CEP: 20040-006 – Sede própria

Rio de Janeiro – RJ Tel: (21) 2506-5600 / FAX: (21) 2506-5601Site: www.brasil-rotario.com.br E-mail: [email protected]

Conselho sUPeRIoR(Colégio de Diretores do RI – Zonas 22 e 23 A)

Conselho De ADMInIsTRAÇÃo 2009-11Diretoria ExecutivaPresidenteCarlos Henrique de Carvalho FróesVice-Presidente de Operações Edson Avellar da SilvaVice-Presidente de AdministraçãoWaldenir de BragançaVice-Presidente de FinançasWilmar Garcia BarbosaVice-Presidente de Planejamento e ControleBemvindo Augusto DiasVice-Presidente de MarketingJosé Alves FortesVice-Presidente de Relações InstitucionaisCarlos Jerônimo da Silva GueirosVice-Presidente JurídicoJorge Bragança

MeMBRos eFeTIVosAdelia Antonieta VillasFernando Antonio Quintella RibeiroHertz UdermanJosé Luiz FonsecaJosé Moutinho DuarteJosé Ubiracy SilvaMarcos Oliveira RosaRicardo Vieira Lima Magalhães Gondim

MeMBRos sUPlenTesAntônio VilardoAroldo Mendes de AraújoHerlon Monteiro Fontes

GeRenTe eXeCUTIVoGilberto Geisselmann

AssessoResAlberto de Freitas Brandão Bittencourt Dulce Grünewald Lopes de Oliveira Eduardo Alvares de Souza Soares Eduardo de Barros PimentelFausto de Oliveira CamposFernando Teixeira Reis de SouzaFlávio Antônio Queiroga MendlovitzGedson Junqueira BersaneteGeraldo da ConceiçãoIvo Arzua Pereira

Joper Padrão do Espírito Santo Milton Ferreira TitoTaketoshi HiguchiVicente Herculano da Silva

Conselho FIsCAlMembros efetivosRil Moura Sebastião PortoWanderley ChiezaSuplentesJoão Carlos de CarvalhoOrlando GraneiroRenato Manuel Azevedo Pereira

Conselho ConsUlTIVo De GoVeRnADoResMembros natos efetivosGovernadores 2010-11RepresentanteMarcos Oliveira RosaCoMIssÃo eDIToRIAl eXeCUTIVA PresidenteCarlos Henrique de Carvalho FróesMembrosBemvindo Augusto DiasEdson Avellar da SilvaGilberto Geisselmann José Alves FortesLuiz Renato Dantas CoutinhoNuno Virgílio NetoRenata Coré

Conselho eDIToRIAl ConsUlTIVoPresidenteCarlos Henrique de Carvalho FróesMembrosBemvindo Augusto DiasCarlos Jerônimo da Silva GueirosEdson Avellar da Silva Fernando Antonio Quintella RibeiroJorge BragançaJosé Alves FortesJosé Ubiracy SilvaMarcos Oliveira RosaMário César de CamargoWaldenir de BragançaWilmar Garcia Barbosa

Mário de Oliveira Antonino(Recife-PE)EDRI 1985-87

Gerson Gonçalves(Londrina-PR)EDRI 1993-95

José Alfredo Pretoni(São Paulo-SP)EDRI 1995-97

Hipólito Sérgio Ferreira(Belo Horizonte-MG)EDRI 1999-01

Alceu Antimo Vezozzo(Curitiba-PR)EDRI 2001-03

Luiz Coelho de Oliveira(Limeira-SP)EDRI 2003-05

eXPeDIenTeEDITOR: Carlos Henrique de Carvalho Fróes JORNALISTA RESPONSÁVEL: Luiz Renato D. Coutinho – Jorn. Prof. 25583RJREDATOR-CHEFE: Nuno Virgílio NetoREDAÇÃO: Alex Mendes, Armando Santos, Luiz Renato D. Coutinho, Manoel Magalhães, Maria Cristina Andrade, Maria Lúcia Ribeiro de Sousa, Nuno Virgílio Neto e Renata CoréIMPRESSÃO: Log & Print Gráfica e Logística S.A.DIGITALIZAÇÃO: Alex Mendes e Armando SantosTIRAGEM DESTA EDIÇÃO: 55.700 exemplaresENDEREÇO: Av. Rio Branco, 125 – 18º andar – Rio de Janeiro – RJCEP 20040-006 – Tel.: (21) 2506-5600E-MAIL DA REDAÇÃO: [email protected]: www.brasil-rotario.com.br*As matérias assinadas são de inteira responsabilidade dos seus autores.

A Brasil Rotário, consciente de sua responsabilidade ambiental e social, utiliza papéis com certificado FSC (Forest Stewardship Council) para a impressão desta revista. A Certificação FSC garante que uma matéria-prima florestal provenha de um manejo considerado social, ambiental e economicamente adequado. Impresso na Log & Print Gráfica e Logística S.A. – Certificada na Cadeia de Custódia – FSC.

Themístocles A. C. Pinho(Niterói-RJ)EDRI 2007-09

Antonio Hallage (Curitiba-PR)DRI 2009-11

José Antônio Figueiredo Antiório(Osasco-SP)DERI 2011-13

Em 1983 uma estranha doença começou a chamar a atenção da mídia. Eram 13 pessoas atingidas pelo mal em São Paulo, sendo que destas, nove

morreram em outubro. O Estado de São Paulo era en-tão o único a ter os casos reportados, isso graças a um Sistema de Vigilância Epidemiológica, o que permitiu que se acompanhasse o início da propagação da Aids. Em abril de 1984, já são 43 casos, 20 deles fatais.

Houve preocupação? A imensa maioria da popu-lação no Brasil e no mundo assistia aos primeiros capítulos da epidemia acreditando que aquele era um infortúnio que bateria apenas na porta do outro.

Mas se o preconceito dos homens é uma coisa, a história da humanidade é bem outra. No começo de 1985 já havia um caso novo por dia em todo o Brasil, com quatro mortos por semana.

2011. De repente se passaram 26 anos. Hoje se sabe que a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida é um problema que pode acometer qualquer pessoa e o termo grupos de risco, usado nos anos 80, foi subs-tituído por outro: comportamentos de risco. Médicos brasileiros, por exemplo, têm alertado para o cresci-mento da Aids na população em geral com mais de 50 anos. A doença pode atingir homens, mulheres e crianças indiscriminadamente. O genocídio na África atesta isso: em muitos países o HIV abarca mais de 15% da população adulta. No Zimbábue a expectativa de vida despencou de 60 para 38 anos no período de 1990 a 2008.

Por isso, a Brasil Rotário traz ao leitor um pano-rama do mundo diante da Aids e alguns projetos que o Rotary tem realizado, principalmente entre os jovens, para enfrentar a atual fase da epidemia. Assim é que somos levados a conhecer o trabalho do ex-diretor do Rotary International Bill Cadwallader, uma liderança dentro da organização na luta contra o HIV.

Assim como no início a Aids permitiu a ilusão de que se tratava de uma realidade distante a não merecer muita consideração, o mesmo ocorreu com diversos aspectos da política ambiental. A questão do lixo, por exemplo, demorou muito a ser encarada com a devida importância. Felizmente, hoje apenas uma minoria pensa que a reciclagem é uma tarefa a ser promovida exclusivamente por governos e empresas. Como a Brasil Rotário demonstra em reportagem sobre o assunto, cidadãos e corporações são duas pon-tas de uma corda onde um planeta viável se equilibra. E, sim, pode se fazer muito no dia a dia para a garantia de um futuro limpo para nossos filhos e netos.

Se a sua revista traz este mês assuntos muito sérios, nem por isso ela deixa de ter como móvel a esperança de tempos melhores e felizes. Um tempo que começa agora, com bons pensamentos e boas ações, pois o futuro é aqui.

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4 JANEIRO DE 2011

Escritório do RI no Brasil Home page: http://www.rotary.org.brEndereçoRua Tagipuru, 209São Paulo – SP – BrasilCEP: 01156-000Tel: (11) 3826-2966Fax: (11) 3667-6575Horário: 2ª a 6ª, de 8h às 17hGerenteCelso [email protected] Social (Assistência aos Governadores de Distrito e aos Clubes)Débora Watanabe<[email protected]>Supervisor da Fundação RotáriaEdilson M. Gushiken<[email protected]>Supervisor FinanceiroCarlos A. Afonso<[email protected]>Encomendas de Publicações, Materiais e Programas AudiovisuaisClarita [email protected].: (11) 3826-2966Fax: (11) 3667-6575Rotary InternationalSecretaria (Sede Mundial)1560 Sherman Avenue,Evanston,Il 60201 USAPhone: 00-21-1847 866-3000 Fax: 00-21-1847 328-8554Horário: 8h30 às 16h45 (horário de Washington)

A Seu Serviço

SaudadesSaudades

As correspondências para esta seção podem ser enviadas para o e-mail [email protected] ou para a Avenida Rio Branco, 125/18º andar – Centro – Rio de Janeiro/RJ; CEP: 20040-006. Em razão do seu tamanho ou para facilitar a compreensão, os textos poderão ser editados.

Cartas e recados

ERRATA Diferente do que publicamos na página 51 da edição de novembro (nº 1.061), o clube responsável pela organição da palestra com o especialista em direito ambiental Luís Carlos Silva de Moraes no Teatro Municipal de Fernandópolis foi o Rotary Club de Fernandó-polis-22 de Maio, SP (D. 4480).

OS 86 ANOS DA BRASIL ROTÁRIOEm nome de toda nossa equipe, parabenizo a Brasil Rotário por seus 86 anos. Mais do que uma revista rotária, ela é uma fonte de inspiração para todos os rotarianos brasileiros. A prova dessa inspiração é que a Brasil Rotário é a grande responsável pelo sucesso do atendimento às vítimas das enchentes no Nordeste brasileiro em 2010. Conheci a ShelterBox por meio de uma reportagem de capa da Brasil Rotário, em maio de 2008. Naquele mesmo ano, as chuvas que arrasaram Santa Catarina deixaram milhares de vítimas desabrigadas. Foi quando lembrei da matéria e entrei em contato com o projeto, na Inglaterra. Na ocasião, eles enviaram dois membros da equipe de atendimento para analisar a situação das vítimas. Infelizmente, naquela ocasião a burocracia impediu que a ajuda fosse realizada, mas ali começava tudo. Desde então, centenas de e-mails foram trocados, até surgir a ideia de implementar uma fi lial da ShelterBox em nosso país. Em junho do ano passado, quando o Nordeste foi arrasado pelas enchentes, conseguimos vencer a barreira burocrática e garantir abrigo, calor e dignidade às vítimas. Ao todo, enviamos 1.059 kits às áreas atingidas, totalizando ajuda para mais de 10 mil pessoas. Mas nada disso seria possível se não fosse a Brasil Rotário. Nada disso seria realizado se não fosse a reportagem de capa de maio de 2008, motivo de minha inspiração. A Brasil Rotário já faz parte da história do Rotary em nosso país e dos milhares de projetos que surgiram em nossas comunidades por conta da inspiração que a revista transmite – e agora podemos afi rmar que ela também faz parte da existência da ShelterBox Brasil.Obrigado por todo o apoio e parabéns. Conrado Orsatti, presidente da ShelterBox Brasil e associado ao Rotary Club de São Caetano do Sul-Olímpico, SP (D. 4420).

Estimado amigo e efi ciente presidente Carlos Fróes,No transcurso do 86o aniversário de sua fundação, a revista merece justas homena-gens por sua qualidade editorial, inquestionável formatação gráfi ca e pelo signifi cante serviço que oferece à família rotária brasileira.Ivan José Antunes Ribeiro, presidente do Rotary Club de Campinas, SP (D. 4590).

OUTRAS CORRESPONDÊNCIASNosso clube fi cou muito honrado em fazer parte do painel ilustrativo publicado na seção “Curtas” da edição de novembro de 2010 (página 8, sobre o apoio dos clubes às vítimas das enchentes no Nordeste). Agradecemos o presidente e editor Carlos Fróes e toda a direção da revista pela oportunidade de mostrar nossos trabalhos e a solida-riedade dos rotarianos nesta tragédia que abalou os estados de Alagoas e Pernambuco. José Ferreira da Silva, presidente do Rotary Club de União dos Palmares, AL (D. 4390).

Gostaria de parabenizar a revista pelo importante serviço prestado aos associados dos Rotary Clubs brasileiros e também elogiar a excelente qualidade de seu conteúdo. Sou rotariano há pouco tempo, desde agosto do ano passado, mas já descobri o quão especial é ser rotariano. O orgulho de levar comigo o emblema do Rotary não tem tamanho, nem explicação.Alessandro Alfredo Androukowitch Segundo, associado ao Rotary Club de Araraquara-Leste, SP (D. 4540).

A Brasil Rotário acertou na matéria de capa que fala das mídias sociais [“Um novo tempo”, edição nº 1.061]. Há meses temos feito uso dessas ferramentas e a reportagem só veio corroborar a ideia. Rotary Club de Descalvado, SP (D. 4540) – @RDescalvado

Alberto Gentile Filho, presidente do RC do Rio de Janeiro-Leblon, RJ (D. 4570).

Alfredo Mota Franco, associado ao RC de Mirandópolis, SP (D. 4470). Ele era rotariano há mais de 40 anos.

José da Cunha Simões, associado ao RC do Rio de Janeiro-Méier, RJ (D. 4570), há 36 anos. Ex-presidente do clube, ocupou todos os cargos no Conselho Diretor.

Roberto Duarte, governador 1997-98 do distrito 4760. Foi um dos fundadores e o primeiro presidente do RC de Contagem-Cidade Industrial.

Sarah Kaczan, presidente 2004-05 do RC do Rio de Janeiro-Jardim Botânico, RJ (D. 4570).

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NA REDE

Leia os pronunciamentos e as notícias do presidente do RI Ray Klinginsmith

acessando o site www.rotary.org/president

5BRASIL ROTÁRIO

RAY KLINGINSMITH

PRESIDENTE DO ROTARY INTERNATIONAL

Mensagem do presidente

5BRASIL ROTÁRIO

Estamos no meio do ano rotário, e agora é o momento de avaliar os pontos

fortes e fracos de nossos clubes. Isto talvez soe estranho para alguns

rotarianos, mas de que outra forma poderemos saber como as ativi-

dades e programas dos nossos respectivos clubes se alinham com os de outros

clubes do distrito – e até de outras partes do mundo? Por isso, estimulo todos

os rotarianos, não somente os dirigentes de clube, a se reunirem para avaliar

seus clubes no mês de janeiro.

O programa da Menção Presidencial de 2010-11 foi elaborado na forma de

uma folha de pontuação para todas as Avenidas de Serviços. Funciona também

como uma lista de checagem para muitas das atividades e programas empre-

endidos pela maioria dos clubes. E os presidentes são solicitados a entregarem

o formulário completo ao governador de distrito até 31 de março a fi m de que

seus clubes sejam elegíveis aos prêmios de Menção Presidencial. As pontuações

devem ser compartilhadas com todos os associados, seja através de relatórios

escritos ou de apresentações durante as reuniões dos clubes.

Iniciar o trabalho da Menção Presidencial neste mês de janeiro representa

uma oportunidade de descobrir eventuais defi ciências nas atividades dos clubes

antes do prazo fi nal, em 31 de março. Desta forma, os líderes dos clubes fi carão

sabendo que neste ano haverá um prêmio de Menção Presidencial com Distin-

ção para os clubes que apresentem um bom balanço de atividades em todas as

Avenidas de Serviços.

Neste ano, recomendo a todos os clubes que revejam seus procedimentos para

avaliar se eles se constituem efetivamente nos melhores ou se são meramente

práticas tradicionais. A avaliação anual do clube está certamente no rol das

melhores práticas, e é preciso que mais rotarianos participem desta avaliação.

As folhas de pontuação da Menção Presidencial são uma boa forma de iniciar

o processo. De que outra maneira nós poderíamos saber se nossos clubes estão

realmente se tornando maiores, melhores e mais fortes?

Tempo de avaliar!

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6 JANEIRO DE 2011

Curtas

Janeiro é o Mês da Conscientização Rotária, e essa é uma grande oportunidade para compartilhar o que signifi ca ser um rotaria-no. Lembremos que a força do Rotary International está

em seus mais de 34 mil clubes em 213 países e áreas geográ-fi cas. Então, anote estas dicas para envolver o seu clube: Assista e compartilhe vídeos sobre o Rotary com outros rotarianos em seu clube ou distrito. Apresente uma conferência para a imprensa local durante uma sessão de suas reuniões em janeiro. Grave um vídeo de uma reunião do seu clube ou de algum projeto e publique-o online. Depois, faça um anúncio às pessoas no Facebook ou no Twitter. Coordene um projeto de serviço comunitário com outra organização local e convide a imprensa local. Escreva um texto para o editor do jornal local falando sobre seu clube ou projeto humanitário desenvolvido. Convide um amigo ou colega de trabalho para uma próxima reunião.

ÓPERA DE Sidney, na Austrália, iluminada para as comemorações do ano passado

O Mês daConscientização Rotária

Com o dia 23 de fevereiro – aniversário de 106 anos do Rotary – se aproximando, todos os clubes e distritos

são incentivados a iniciar o planejamento de eventos em torno dessa data.

No ano passado, os clubes e distritos fi zeram um es-forço tremendo para reconhecer o trabalho do Rotary e compartilhar a mensagem End Polio Now (Eliminemos a Pólio Já). Apesar de 23 de fevereiro ser a data ofi cial do aniversário do Rotary, qualquer dia pode ser designado por sua comunidade rotária como um dia do Rotary.

Lembre-se de que o plano de relações públicas do seu clube para a celebração do nosso aniversário deve se focar no que é o Rotary e no que ele faz ao redor do mundo.

Clubes e distritos que estão planejando iluminar um ponto turístico com uma mensagem durante a semana de aniversário do Rotary devem visitar o endereço eletrônico www.rotary.org/lightings, página ofi cial com várias dicas sobre esse tipo de realização.

Comemore o Dia do Rotary

oportunidade para compartilhar o que signifi ca ser um rotaria-no. Lembremos que a força do Rotary International está

em seus mais de 34 mil clubes em 213 países e áreas geográ-fi cas. Então, anote estas dicas para envolver o seu clube:

outra organização local e convide a imprensa local.Escreva um texto para o editor do jornal local falando

sobre seu clube ou projeto humanitário desenvolvido.Convide um amigo ou colega de trabalho para uma

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7BRASIL ROTÁRIO

Os Rotary Clubs do Líbano tinham um propósito: convidar rotaria-nos de todo o mundo para descobrir – ou redescobrir – o país e apoiar os projetos libaneses. Por isso, foi promovido o Juntos no

Líbano, um encontro de rotarianos, cônjuges e amigos nos dias 6 a 10 de outubro do ano passado.

Rotarianos de 17 distritos e 35 Rotary Clubs compareceram, sendo que a comitiva brasileira foi formada por 11 rotarianos. No caso do distrito 4480, o governador Silvio Roberto Ribeiro de Lima esteve representado por Marco Antonio Medlij, atual secretário do Rotary Club de Fernando Prestes, SP, sua mulher, Edna Caroni Medlij, e familiares. Já o distrito 4610 se viu representado por sete associados do Rotary Club de São Paulo.

A partir de 7 de outubro, dia seguinte à cerimônia de abertura do evento, ocorreram reuniões e passeios turísticos promovidos pelos Rotary Clubs libaneses de cada região do país. Entre os fatos que pontuaram essas visitas e reuniões, dois se destacaram. No Rotary Club de Saida, o ex-primeiro ministro do Líbano Fouad Siniora traçou um panorama po-lítico e social do país. Em Zahlé, capital da província libanesa de Beqaa, o ex-presidente de clube Joseph Maalouf, que é membro do parlamento libanês, falou da situação econômica do Líbano.

Do evento Juntos no Líbano, o maior resultado foi o estreitamento dos laços de companheirismo, o caminho preconizado pelo Rotary para promover a paz e a compreensão entre os povos.

Redescobrindo o LíbanoRedescobrindo o LíbanoRedescobrindo o Líbanoe promovendo a paze promovendo a paze promovendo a paz

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GRUPO DE rotarianos visita as ruínas da cidade de Balbek

VISTA DA capital Beirute

OS ROTARIANOS Marco Antonio Medlij e Ronald Farra, ex-presidente do RC de Beirute-Cedars

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8 JANEIRO DE 2011

Curtas

Quantos somospaíses); Núcleos Rotary de Desen-volvimento Comunitário: 6.975 (em 80 países); Voluntários: 160.425.

No BrasilRotarianos: 53.830; Clubes: 2.350; Distritos rotários: 38; Número de rota-rianas: 11.087; Rotaractianos: 15.686;

Rotaract Clubs: 682; Interactianos: 17.089; Interact Clubs: 743; Núcleos Rotary de Desenvolvimento Comu-nitário: 300; Voluntários: 6.900.

Fonte: Escritório do Rotary Internatio-nal no Brasil (dados de 1º de dezem-bro de 2010).

No mundoRotarianos: 1.214.070; Clubes: 34.025; Distritos rotários: 534; Países e regiões: 213; Número de rotarianas: 206.662; Rotaractianos: 192.809; Rotaract Clubs: 8.383 (em 171 países); Interactianos: 295.895; Interact Clubs: 12.865 (em 135

US$ 500 mil contra a pólio no Congo

Rotary International

Com o intuito de ajudar o Unicef e a Orga-nização Mundial da Saúde a enfrentar a erupção do vírus selvagem da poliomie-

lite que atingiu recentemente a República do Congo, na África, o Rotary está levantando 500 mil dólares em subsídios de emergência. O mon-tante será utilizado para custear campanhas de imunização contra a doença, de modo a livrar mais uma vez aquele país da pólio.

A reincidência da poliomielite no Congo se deve à importação do vírus de outra região, uma vez que o último caso de pólio nativa de que se

tem notícia no país africano data do ano 2000. “As erupções de pólio salientam a vulnerabilidade do mundo em relação a doenças infecciosas”, afi rmou o presidente do Comitê Internacional Polio Plus, Robert Scott. Segundo ele, “a disseminação reforça o fato de que ‘controlar’ a pólio não é uma opção e que só o sucesso na erradicação mundial poderá manter as próximas gerações livres da doença”.

Para interromper o contágio, de acordo com Scott, são essenciais uma resposta rápida – em larga escala e boa qualidade na imunização – e forte vigilância.

Page 11: Brasil Rotário - Nº 1063

9BRASIL ROTÁRIO

O Rotary Club de Lajeado-Engenho, RS (D. 4700), se dedica a estimular a criação literária de estu-dantes dos ensinos fundamental e médio, além

de incentivar a leitura. Para isso, desenvolve o projeto Os Jovens Poetas de Lajeado, com o apoio dos professores, que encorajam os alunos a escrever poemas. “Queremos oportunizar aos alunos momentos de refl exão e criação literária e, consequentemente, de crescimento pessoal e intelectual”, explica o presidente do clube, Régis Kussler.

Anualmente, os poemas são reunidos em um livro. Um escritor local é convidado a prefaciar cada edição e o clube homenageia um professor no lançamento. O título referente à 15ª edição do projeto foi lançado em dezembro último, com o apoio da Univates e homenagem à pro-fessora Renate Schreiner. No livro de 2010, o prefácio é assinado pelo escritor e professor Roque Danilo Bersch.

Zsuzsanna Kilian/stock.XCHNG

Impulsionando jovens poetasImpulsionando jovens poetasImpulsionando jovens poetas

O 7º Encontro de Rotarianos de Língua Portuguesa, ocorrido em Santos, no mês de setembro de 2010, poderá resultar em uma profícua colaboração em

benefício da educação de surdos nos países africanos de língua ofi cial portuguesa. No mês de outubro, tal questão foi discutida pelo diretor do Departamento da África do Itamaraty, ministro Nedilson R. Jorge; seu assessor, Paulo Rocha Cypriano; o presidente da CIP-PLOP, ex-governador distrital Carlos Jerônimo da Silva Gueiros; e a diretora da Escola para Crianças Surdas Rio Branco

(ECS), Sabine Antonialli Arena Vergamini, em uma reunião em Brasília.

Mantida pela Fundação de Rotarianos de São Paulo, desde 1977 a ECS atende a bebês, crianças e jovens sur-dos até o quinto ano do ensino fundamental. A escola se preocupa com a efetiva inclusão dos alunos na sociedade ouvinte e atua numa perspectiva educacional bilíngue – en-volvendo Libras (Língua Brasileira de Sinais) e a língua por-tuguesa –, na qual o idioma é concebido como atividade de natureza sociocognitiva e promotor da interação humana.

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10 Janeiro de 2011

Antonio Hallage

Coluna do diretor do Rotary International

Cada vez mais, es-tamos sendo bom-bardeados por uma enxurrada de in-

formações. Este é um dos maiores desafios dos nossos tempos: dis-criminar as informações que podem nos ser úteis e transformá-las em co-nhecimento para que, por sua vez, este seja o alicerce que nos permita tomar decisões ou pro-duzir ações concretas, positivas e úteis.

Neste processo, entra o apurado senso crítico do ser humano, algo que nenhum computador pode superar, capaz de selecionar quais informações serão transformadas em conhecimento e quais devem ser descartadas.

A rede mundial gerada pela internet e seus derivados mais re-centes (as chamadas redes sociais) permitem-nos acessar uma quanti-dade infindável de bases de dados, democratizando a informação. De certa forma, o advento da internet pode ser comparado com a impres-são da Bíblia por Gutemberg, o homem que, numa época de enorme sincretismo religioso, democratizou o conteúdo deste livro sagrado, permitindo que ele fosse lido nos lares e não somente no interior dos conventos.

Transformando informação em ação

Por conta desse excesso de infor-mações a que hoje estamos expostos, corremos o risco de ver nosso dis-cernimento turvado e de ter nossos sentidos embotados. Tudo isso torna mais difícil avaliar o que é realmente relevante. A ansiedade por infor-mação deve ser minimizada, assim como o trato dessa informação (para transformá-la em algo que resulte em aprendizado) deve ser discipli-nado. Estas informações devem ser analisadas para determinar quando e onde elas podem ser utilizadas, e que valor e conhecimento resultam de sua análise e divulgação.

Três pilares são importantes nesse processo: consultar, compartilhar e

colaborar. Por exemplo: quando preparamos uma tabela com infor-mações a respeito da evolução do quadro associativo ou das contri-buições à Fundação Rotária ao lon-go dos últimos anos, tudo deve ser organizado para permitir que esse conteúdo seja consultado, podendo gerar algum conhecimento que nos permita gerar uma ação concreta.

Um bem mecânicoA informação é um bem dinâmico e tem valor associado ao seu ciclo de vida. A tecnologia da informação é apenas uma ferramenta de suporte. Portanto, de nada vale um dado que retrate um determinado momento

iStockphoto

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11Brasil rotário

Para fazer comentários e sugestões sobre o tema deste artigo, escreva para [email protected] fazer comentários e sugestões sobre o tema deste artigo, escreva para [email protected]

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se ele não puder ser comparado com outros, se sua tendência não puder ser avaliada ou se suas anomalias não puderem ser apreciadas. No Rotary, são muitas as informações que recebemos ou vemos publica-das, mas que precisam ser melhor trabalhadas. Somente assim essas informações poderão ser consulta-das e refletir uma análise, gerando conhecimento.

Outro aspecto relevante é o compartilhamento da informação e do conhecimento adquiridos. De nada adianta alguns terem o traba-lho de se debruçar em uma análise de informações e adquirir algum conhecimento através delas se isto ficar guardado para si mesmo, se não for compartilhado. A informa-ção transformada em conhecimento gera competência, e o conhecimen-to adquirido quando compartilhado produz ação.

A informação adquirida sobre a comunidade a que servimos pode ser aglutinada e classificada de di-versas formas, mas o que importa é podermos conhecer as suas ne-cessidades e priorizá-las para criar projetos – ou, ainda, classificar seus membros para avaliar quem são seus potenciais rotarianos e para que esse grupo possa ser representativo dessa mesma comu-nidade. Por isso, é absolutamente necessário que compartilhemos este conhecimento com as comis-sões do nosso clube, gerando ações pró-ativas.

Outro pilar igualmente impor-tante é aquele que permite que o conhecimento adquirido com a análise das informações colabore para o aperfeiçoamento das nossas decisões e ações. No caso do Rotary, só para citar um exemplo, a infor-mação coletada sobre a comunidade a que servimos (ou deveríamos

servir) deve colaborar para o aperfei-çoamento dessa mesma comunidade, para a ampliação da capacidade de servir dos nossos associados e para o desenvolvimento do clube, do distrito e do Rotary International, ajudando-os a cumprir seu objetivo e gerando uma inteligência coletiva (business inteligence, ou “inteligência empre-sarial”, em português).

Informar para mobIlIzarO conceito de business inteligence não é recente. Há mais de 6.000 anos, os povos antigos cruzavam informa-ções fornecidas pela natureza para a tomada de decisões que possibilitas-sem melhorar a vida em comunidade. É preciso avaliar sempre quando e de que maneira uma informação gerada irá colaborar.

Assim como em qualquer organi-zação, a informação que prestamos no Rotary deve ter um propósito: mobilizar as pessoas para a ação. Uma simples listagem do quadro associativo dos clubes publicada nas inúmeras “Cartas Mensais” de nada adianta se essa ação não gerar outras, capazes de evitar a evasão com a ajuda dos melhores processos de admissão. É preciso entender o desempenho desses clubes e como eles ficam limitados para realizar sua missão quando possuem um baixo efetivo de associados, assim como é preciso entender como eles poderiam melhorar este desempenho, mesmo que este seja bom, se admitissem

A informação no Rotarydeve ter um propósito:

mobilizar as pessoas para a ação

mais pessoas comprometidas com os nossos valores.

Se necessário, devemos modifi-car a forma de apresentação dessas informações para que cumpram uma tarefa mais nobre que sim-plesmente informar. Além disso, a informação publicada deve permitir a visualização de uma mensagem e expor um processo investigativo, apresentando dados complexos de forma simples e pragmática, per-mitindo que as pessoas perguntem e evoluam através das respostas que obtiverem, fazendo uso da inteligência coletiva, amplificando as histórias pessoais, avaliando tendências e gerando alarmes.

Este não pode ser apenas um ato mecânico e repetitivo. As fotos, por exemplo, que muitos dizem ser mais importantes que mil palavras, devem revelar algo, e não simples-mente satisfazer a vontade pessoal de ser visto, mas apresentando uma ação e instigando outras.

Acima de tudo, as informações veiculadas devem contribuir com algo de novo, que amplie nossa ca-pacidade de servir e de sermos úteis. Para suprir este tipo de informação, é necessário ter o cuidado de ana-lisar a sua utilização efetiva. Você será lembrado e terá contribuído para melhorar a perspectiva de ação e de vida de alguém se, ao produzir uma informação, estiver gerando conhecimento e promovendo uma ação construtiva.

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12 JANEIRO DE 2011

Conscientização rotária

Uma conversa através do tempoRay Klinginsmith busca inspiração num texto de Paul Harris

para tentar decifrar a verdadeira fi losofi a do movimento rotário

Rotarismo racionalPaul Harris*

Se por alguma providência divina eu fosse colocado no meio de um grande coliseu, recebendo a atenção de todos os rotarianos de uma só vez, eu lhes per-guntaria: “Qual é a fi losofi a do Rotary?”. Posso até

ver inúmeras pessoas levantando a mão para responder e me pego desiludido ao constatar que não há como se chegar a conclusões concretas utilizando um processo aleatório, que se baseia na opinião individual.

Poderia até fazer outra pergunta: “Quantos de vocês acham antiético se associar a um clube para fi ns comer-ciais e profi ssionais?”.

Eu pediria então ao “Sr. Alto Padrão Ético” que respondesse a esta pergunta, ao que ele prontamente atenderia: “Eu pertenço a vários clubes e associações de destaque em nossa cidade, e tenho certeza de que em pelo menos um deles é expressamente proibida a solicitação de negócios, e nos demais esse assunto é evitado, um verdadeiro tabu. Eu sou da opinião de que se associar com esses fi ns não é algo bom”.

Então eu reformularia minha pergunta: “O Rotary representa algo além da oportunidade de fazer negócios com os companheiros de clube?”.

Nesta hora então o “Sr. Pechincha” diria: “Eu me as-sociei porque sabia que o clube era formado por homens que trabalhavam em diferentes segmentos e se reuniam para tratar de negócios, o que me pareceu bastante ra-cional. Para mim é como se eu tivesse 200 ou 300 asses-sores comerciais, todos eles procurando oportunidades de negócios para mim o tempo todo. Há muitos clubes com fi ns sociais, mas não existe outro Rotary”.

Eu agora procuraria ouvir alguém que ainda não tivesse se manifestado. Pediria agora a opinião do “Sr. Equilíbrio Altruísta”, ao que ele sensatamente diria: “Tenho pensado sobre o Rotary e acho que é um acor-

do de compensação pelo qual a pessoa pode, ao mesmo tempo, fazer algo pela comunidade e conseguir o capital necessário para cus-tear suas despesas pessoais e profis-sionais – e quem sabe ganhar algo a mais. Acredito que o Rotary colherá os melhores resultados, sejam eles medidos em dinheiro, se optar por não desperdiçar tempo contabilizando e contando o dinheiro ganho por sua infl uência. O crescimento do Rotary será maior e duradouro se for bem planejado nos lugares em que es-tiver operando. A forma de uma pessoa ou de um clube serem benquistos na comunidade é fazendo o bem a ela”.

Talvez um desses pontos de vista tenha sua essência no que aceitamos como sendo a verdadeira fi losofi a do rotarismo, compreendida e respeitada por rotarianos e não rotarianos. O que vocês têm a dizer, rotarianos dos Estados Unidos e do Canadá? De que lado do debate vocês escolhem fi car e por qual motivo? Queremos saber o que vocês pensam.

* O autor foi o criador do Rotary e o primeiro presidente do Rotary International. Texto publicado originalmente na The National Rotarian, a revista da secretaria da National Association of Rotary Clubs of America, em sua edição de estreia, em janeiro de 1910.

PAUL HARRIS em foto de 1945, tirada na sede

do Rotary International

The Rotarian Staff/Rotary Images

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13BRASIL ROTÁRIO

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Alyce Henson/Rotary Images

RAY KLINGINSMITH durante a Assembleia Internacional do ano passado

Ray Klinginsmith*

Se pela tecnologia moderna eu fosse colocado numa sala de bate papo da internet, onde eu pudesse inte-ragir com todos os rotarianos do mundo ao mesmo tempo, eu perguntaria a eles: “Qual é a mágica do

Rotary que o fez alcançar tanto sucesso mundialmente?”. No meu monitor eu veria uma enxurrada de respostas

com comentários válidos sobre o valor do Rotary. As respostas seriam tantas que não poderiam ser compi-ladas em uma única afi rmativa. A esta altura eu faria uma outra pergunta: “Será que abandonamos um dos principais propósitos do Rotary Club, de se associar com fi ns de fazer negócios?”.

Eu pediria primeiro àqueles que fossem contra qual-quer vínculo de negócios que expressassem sua opinião. Seus comentários remeteriam ao fato de que o Rotary tomou uma decisão bem clara de descartar interesses pessoais de negócios ao adotar, há vários anos, o lema Dar de Si Antes de Pensar em Si, e que qualquer vestígio dessa prática antiga macula o bom nome da organização.

Eu então pediria àqueles que veem mérito em co-nexões de negócios que fi zessem seus comentários, e eles afi rmariam que se associar a um clube com o objetivo de fazer contatos de negócios é algo natural e sempre foi um componente importante da associação. Eles tam-bém me lembrariam de que o segundo lema do Rotary International, Mais se Benefi cia Quem Melhor Serve, foi lançado em 1911, na mesma época do lançamento do lema Dar de Si Antes de Pensar em Si.

Chegaria então a vez de pedir aos indecisos que me falassem onde estamos e o que devemos fazer com relação à questão do interesse pessoal na associação ao Rotary. Em comparação aos dois primeiros grupos, os comentários deles demorariam mais a chegar, pois esses rotarianos estariam refl etindo na pergunta para dar uma resposta bem pensada. Quando as respostas começassem a aparecer, elas diriam que um dos valores no Rotary é o companheirismo, e que todos nós preferi-mos fazer negócios com quem conhecemos e confi amos.

Assim, as amizades feitas no Rotary frequentemente levam a relações de negócios, não como um fi m em si, mas como uma consequência natural. Eles também con-fi rmariam que os jovens preferem a palavra networking em vez de companheirismo, e que networking inclui a oportunidade de conhecer profi ssionais e pessoas do mundo de negócios.

O terceiro grupo endossaria e valorizaria o que está expresso no artigo “Rotarismo racional”, escrito por Paul Harris há 100 anos, sobre um meio termo em relação à questão dos interesses pessoais. Eu gosto particular-mente quando aquele texto afi rma: “A forma de uma pessoa ou de um clube serem benquistos na comunidade é fazendo o bem a ela”.

Há mais de 100 anos, os rotarianos têm seguido o conselho de Paul Harris, fazendo com que o movimento chegasse ao seu apogeu — a conquista de um lugar na arena mundial. É o compromisso dos rotarianos com o servir, ao lado de sua energia e engenhosidade, que me faz acreditar que os melhores dias do Rotary ainda estão por vir.

O que disse sobre essa sala de bate papo imaginária refl ete meu conceito sobre a verdadeira fi losofi a do rotariano, entendida e respeitada tanto por rotarianos como por não rotarianos.

E vocês, o que têm a dizer? Participe da discussão sobre o assunto no grupo do Rotary no LinkedIn, em www.rotary.org/socialnetworks.

* O autor é o presidente 2010-11 do Rotary Interna-tional.

Rotarismo racional: 100 anos depois

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14 JANEIRO DE 201114 JANEIRO DE 2011

Desafios do nosso tempo

Os novos senhores da guerraCom a redução dos arsenais de Estados Unidos e Rússia, o medo agora é de que outros países e grupos terroristas entrem na corrida nuclear

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15BRASIL ROTÁRIO

Em janeiro de 2007, o Wall Street Journal publicou uma matéria opi-nativa, alertando que as armas nucleares representam um tremendo perigo hoje em dia – e clamava pelo fi m delas.

É importante esclarecer que a matéria não foi escrita por ativistas antinucleares, mas por Henry Kissinger, ex-assessor de Segurança Na-

cional dos Estados Unidos e secretário de Estado de Richard Nixon; Georg Shultz, secretário de Estado de Ronald Reagan; William Perry, secretário de Defesa de Bill Clinton; e Sam Nunn, ex-presidente da Comissão de Serviços Armados do Senado. Sobre os arsenais nucleares, esses homens passaram o período da Guerra Fria dizendo que era impossível “colocar o gênio de volta na garrafa”. Agora eles alertam justamente para fazermos isso.

Durante a Guerra Fria, muita gente se preocupava com o fato de que duas superpotências pudessem disputar uma guerra nuclear que causaria dezenas de milhões de mortes em ambos os lados. De 1940 a 1996, os Estados Uni-dos despenderam cerca de 6 trilhões de dólares (isso em valores de 1996) na construção de um estoque nuclear que, em seu auge, continha mais de 30 mil armas. Elas variavam desde a ogiva de 0,1 kiloton do rifl e nuclear Davy Crockett até a bomba de 25 megaton B-41, mais de mil vezes superior à que destruiu Nagasaki durante a Segunda Guerra. No ponto alto dessa disputa, os Estados Unidos chegaram a fabricar quase 20 novas armas nucleares por dia. Após seu primeiro teste nuclear, em 1949, os soviéticos passaram a realizar um esforço semelhante.

Os novos senhores da guerra

Hugh Gusterson*

Encerrada a corrida armamentista que marcou a Guerra Fria, os estoques de armas nucleares dos Estados Unidos e da Rússia estão encolhendo. No entanto, na atualidade há outros países testando a bomba atômica. Quando peço aos meus colegas professores uma opinião sobre as armas nucleares, eles dão de ombro. “São notícias de ontem”, dizem. Se pergunto quais países têm arsenais nucleares, poucos sabem responder.

Mas se o assunto tem mesmo pouca importância hoje em dia, por que um grupo de veteranos estadistas anunciou que ainda corremos o risco de um desastre nuclear?

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16 JANEIRO DE 2011

Em janeiro de 2007, o Wall Street Journal publicou uma matéria

opinativa, alertando que as armas nucleares

representam um tremendo perigo

hoje em dia

A preocupação de todos tinha sentido. Houve momentos em que pareceu que as armas seriam mesmo empregadas. A crise dos mísseis cuba-nos de 1962 é o mais conhecido deles, mas aconteceram também ameaças durante as crises de Berlim, em 1948 e 1961, durante as guerras da Coreia e do Vietnã, e em outras ocasiões.

Nos Estados Unidos, a população oscilava entre o preparo para a guerra e o protesto contra a corrida arma-mentista. No fi nal dos anos 1950, em-bora tivessem começado a construir abrigos antibomba e aprendido a se preparar para um ataque nuclear, os americanos assistiam a movimentos como os liderados pelo Prêmio Nobel Linus Pauling e pelo pacifi sta Norman Cousins, que protestavam contra a chuva radioativa provocada pelos testes nucleares realizados na atmos-fera. Sabemos agora que, naquela mesma época, Andrei Sakharov, o pai da bomba de hidrogênio soviética (e que se transformaria mais tarde num celebrado dissidente) também protestou perante o Soviete Supremo contra os efeitos nocivos à saúde dos testes nucleares. Tais protestos leva-ram à assinatura do primeiro acordo sobre o controle das armas atômicas, o Tratado de Interdição Parcial de Testes Nucleares, de 1963, que não os eliminou, mas forçou os testes subterrâneos.

Mas apesar desses tratados que regulavam a corrida armamentista, as duas superpotências continua-ram fabricando mais e mais armas nucleares nas décadas seguintes.

NOVOS CENÁRIOSFoi apenas com a chegada de Mikhail Gorbachev à liderança da União Soviética, em 1985, que se tornou possível acabar com a corri-da armamentista. Os russos não tes-tam uma arma nuclear desde 1990, e os Estados Unidos, desde 1992. De acordo com o tratado Start, re-centemente negociado, os estoques americanos e russos serão reduzidos para 1.500 armas nucleares de cada

lado – uma quantidade ainda capaz de matar milhões de pessoas, mas em níveis muito inferiores aos dos megaestoques das décadas de 1960, 70 e 80.

Numa visita ao site Global Zero (www.globalzero.org), é possível ver que o clamor pelo fi m das armas nucleares é endossado por muitas personalidades internacionais, que incluem o escritor e ex-presidente

da República Tcheca Václav Havel, a rainha Noor da Jordânia, e os ga-nhadores do Nobel da Paz Desmond Tutu e Muhammad Yunus, além de diversos ex-secretários de Defesa e chanceleres de todo o mundo. Em abril de 2009, durante um discurso em Praga, Barack Obama anunciou que a extinção das armas nucleares era um objetivo de longo prazo da política externa dos Estados Unidos.

Americanos e russos detêm 95% do estoque nuclear mundial. No entanto, o ressurgimento desse es-forço contra os arsenais nucleares explica-se, em grande parte, como resposta aos 5% do total das armas nucleares que não estão em mãos russas ou americanas – e à seguran-ça defi ciente em alguns locais onde estão armazenadas as armas russas. Atualmente, além de Estados Unidos e Rússia, outros sete países têm bom-bas atômicas: China, França, Índia, Israel, Coreia do Norte, Paquistão

Desafios do nosso tempo

MIKHAIL GORBACHEV e Ronald Reagan, os principais res-ponsáveis pela articulação política que levou ao fim da Guerra Fria

Mike Sargent/AFP/Agência O Globo

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17BRASIL ROTÁRIO

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e Reino Unido. Alemanha e Japão possuem as matérias-primas e a tecnologia necessárias para a fabri-cação de armas nucleares, e podem fazê-lo em poucos meses, se assim desejarem. Mais preocupante é a in-tenção do Irã em se capacitar para a produção de armamento nuclear. Se os iranianos tiverem sucesso, dizem muitos especialistas, outros países do Oriente Médio lhes seguiriam.

O lado bom disso tudo é que, pelo menos assim, essas novas armas nu-cleares estariam nas mãos de países e seus governos – pois a grande preocu-pação em relação às armas nucleares neste século 21 está justamente na possibilidade de que elas caiam nas mãos de grupos terroristas.

Esta perspectiva é particularmen-te assustadora, considerando-se que os grupos extremistas operam nas frestas dos sistemas estatais e não têm controle sobre territórios nacionais contra os quais possa haver ameaça de retaliação. Em outras palavras, a dissuasão nuclear é improvável contra grupos terroristas, tal como funcionou entre as nações.

Diante da perspectiva de um mun-do, num futuro nem tão longínquo, onde armas nucleares estejam nas mãos de uma dúzia de nações, mas também de grupos terroristas como a Al-Qaeda, muitos decidiram que é mais realístico ambicionar mesmo o fi m das armas nucleares do que correr o risco de ver cidades inteiras apaga-das do mapa por conta delas.

Os problemas enfrentados pelos novos grupos desarmamentistas são assustadores. Como convencer Israel e Paquistão, dois países que têm moti-vos para temer seus vizinhos, a aderir à abolição das armas nucleares? Como se certifi car de que cada país desmantelou mesmo todas as suas ar-mas, sem esconder uma ou duas num bunker? O que fazer com os estoques globais de urânio e plutônio, que são grandes o suficiente para fabricar mais de 100 mil artefatos nucleares? E como garantir que o material utili-zado na fabricação de novas bombas

não está sendo desviado de usinas nucleares?

Se superar a Guerra Fria foi o maior desafi o da geração passada, o desafi o da próxima consiste em descobrir como interromper a proliferação des-sas armas em outros países e também nos grupos terroristas, repetindo a visão de Ronald Reagan de que é preciso jogarmos as armas nucleares

defi nitivamente no lixo da história.

* O autor é antropólogo pela Univer-sidade George Mason, nos EUA, e já escreveu livros sobre segurança in-ternacional e a cultura de cientistas nucleares e ativistas desarmamentis-tas. Artigo publicado originalmente pela The Rotarian. Tradução de Eliseu Visconti Neto.

Henny Ray Abrams/AFP/Agência O Globo

TORRES GÊMEAS instantes antes da queda: escalada do terrorismo em nível internacional trouxe de volta o medo de ataques nucleares

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18 JANEIRO DE 2011

Sucesso na mesa rotária brasileiraSucesso na mesa rotária brasileiraSucesso na mesa rotária brasileiraPorco no rolete está entre os pratos típicos mais preparados pelos clubes

Gastronomia

Renata Coré*

Promover eventos gastronômicos com o objetivo de levantar verba para as ações sociais do clube ou simplesmente se confraternizar é uma praxe entre os rotarianos. Nessas festividades, os associados se juntam para organizar almoços ou jantares nos

quais oferecem os mais diversos pratos típicos: feijoada, boi no rolete, leitão à pururuca e light no carrossel, coste-lão, peixe na cerâmica, picanha na chapa, arroz carreteiro, polenta com galinha, carneiro no buraco e à caçadora, para citar algumas das iguarias que costumam compor o cardápio na seção Distritos em revista. Há fartura de opções, mas – como é comum acontecer quando a oferta é bem variada – alguns pratos aparentam ser servidos com mais frequência do que outros. É o caso do porco no rolete, uma das refeições mais presentes na seção da Brasil Rotário que publica os projetos desenvolvidos pelos clubes.

Para Cláudio Conte, presidente da Comissão de Relações Públicas do Rotary Club de Pederneiras, SP (D. 4510), o sucesso do porco no rolete se deve ao fato de o prato ter um excelente sabor, bastante diferente de outros também preparados com carne suína. Há 14 anos, o clube realiza a Festa do Porco no Rolete. O evento, iniciado com metade da dimensão atual, hoje recebe um público estimado em 1.200 pessoas e entrou para o calendário da cidade. “As pessoas aguardam a festa. Há um ritual para pururucar o couro do porco e no dia o pessoal fi ca olhando isso acontecer. Nos-so clube tem um pessoal bom de cozinha. Foi o clube que trouxe o porco no rolete para a cidade”, revela o rotariano.

TRADIÇÃOO grande diferencial do porco no rolete é o fato de que o animal é assado inteiro. A modalidade surgiu em Toledo, município localizado no oeste do Paraná e detentor do maior rebanho suíno daquele estado. Na década de 1970, um grupo de associados do Clube de Caça e Pesca da ci-

dade fez uma aposta. “Foi uma brincadeira entre sócios. Um desafi ou o outro, dizendo que teria a capacidade de assar um porco inteiro. Desafi o feito e aceito, depois do primeiro, no segundo ano já foram assados mais cinco”, conta Marcos Antônio Zolet, presidente da Comissão Or-ganizadora da Festa Nacional do Porco Assado no Rolete do Clube de Caça e Pesca.

O que começou como uma brincadeira deu tão certo que a festa nacional tendo o porco no rolete como tema é organizada anualmente na cidade desde 1974, no mês de setembro, e faz parte do calendário do estado. O evento

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19BRASIL ROTÁRIO

Sucesso na mesa rotária brasileiraSucesso na mesa rotária brasileiraSucesso na mesa rotária brasileira

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recebe de 25 mil a 30 mil pessoas e cerca de 300 porcos são assados para atender ao público que comparece ao Clube de Caça e Pesca de Toledo. Até hoje se respeita a tradição de organizar o concurso para eleger o melhor porco assado. A escolha da comissão de degustadores leva em conta requisitos como pele pururucada, aroma, cozi-mento da carne e recheio. “É um prato diferenciado desde o nascimento ao abate. No cozimento, o porco realmente gira em cima do fogo e o recheio é o complemento dele. Você tem de mostrar ser capaz de assar sem romper a parte da textura do couro e ainda cozer o recheio”, ensina Zolet.

Por conta do concurso, as receitas de porco assado no rolete variam ano a ano. A base são temperos básicos usados em carne suína e o recheio pode ser composto por carnes, legumes, defumados e frutas cristalizadas, tudo ao gosto da criatividade do assador. Uma vez que o prato principal já reúne uma variedade de ingredientes, Zolet recomenda como acompanhamentos apenas arroz, mandioca e saladas.

SUCESSO NO ROTARYHá mais de dez anos, a Festa Nacional do Porco Assado no Rolete é uma oportunidade de confraternização para os associados do Rotary Club de Toledo, PR (D. 4640), segundo Edilson José Homa, responsável pelo protocolo e pela imagem pública do clube. No evento, os associados cuidam de um estande onde também assam o porco para a competição. Mas os admiradores do prato não estão ape-nas no Paraná. A fama da iguaria cruzou a fronteira rumo ao Estado de São Paulo, onde inúmeros clubes a servem.

No Rotary Club de Pederneiras, a Festa do Porco no Rolete é um de seus eventos benefi centes. Isso é possível, segundo o rotariano Valentim Botari, porque uma estru-tura especial foi desenvolvida com o intuito de tornar o preparo do prato o mais economicamente viável. “O grande pulo do gato é conseguir assar”, afi rma Botari, há 17 anos responsável por eventos de porco no rolete na região, atividade a que se dedica apenas nos fi nais de semana. “A nossa estrutura é totalmente diferente. Te-mos, por exemplo, uma máquina pneumática para injetar tempero”, conta.

Botari precisa de 12 horas para assar porcos que pesem entre 50 e 60 quilos. Por isso, o fogo é aceso à meia-noite, para que o almoço esteja pronto ao meio-dia. Em um evento para cerca de 1.000 comensais, o rotariano e sua equipe preparam de 16 a 17 porcos. Por ano, eles assam uma média de 400. Em 17 anos, Botari já comandou 2.800 eventos de porco no rolete.

Há 15 anos, o apreço pelo porco no rolete saiu das mesas para a passarela do samba. No carnaval carioca de 1995, a tradicional festa de Toledo foi mencionada em um samba-enredo da Unidos da Ponte. Uma ala de foliões cruzou a Marquês de Sapucaí fantasiada em homenagem ao prato, no desfi le das escolas de samba do grupo especial. Quando lançaram o desafi o em forma de brincadeira, há mais de 30 anos, como os criadores poderiam prever que o prato alcançaria tanta fama?

*A autora é jornalista da Brasil Rotário.

Rodrigo

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20 JANEIRO DE 2011

Os valores e o crescimentoOs valores e o crescimentoOs valores e o crescimentoPode existir o desenvolvimento de uma naçãoou do Rotary sem os princípios éticos?

Artigo

Hipólito Ferreira*

O homem de hoje não vive como uma árvore no meio da fl oresta amazônica, onde, há milhares de anos, existe um equilíbrio entre as espécies.

Acreditamos que o homem moder-no vive num ambiente mais parecido com uma estufa, subordinado a um entorno em mutação. Ele é depen-dente de todos os serviços, tais como água, alimentação, educação, alimento espiritual.

Esta dependência significa que todo o tempo o homem interage com o que ocorre à sua volta e diríamos que a cada segundo ele é suscetível a mudar de ideia, se corromper e crescer. Re-centemente, duas publicações chama-ram a nossa atenção. A primeira, uma revista de tiragem nacional, informava que uma cidade da Inglaterra tornou legal o sexo público, desde que um pouco afastado das escolas. A parceria é descomprometida e muitas vezes buscada através de sites de relacio-namento. Esta novidade é chamada de dogging.

A outra publicação se referia à pro-posta de um referendo na Califórnia para a utilização recreativa de drogas.

Aí, perguntamos: o mundo perdeu a noção de valores? A moral ainda existe? Banalizamos os valores ou a vida? O educador Haim Grünspun afirma que valores existem como algo concreto e estão na natureza das coisas. Dizer que existem não valores seria absurdo. Na realidade, o que existe é a patologia dos valores.

Os valores são indispensáveis por-que determinam o modo de agir de cada indivíduo diante da organização à qual pertence. O homem, pelos seus dons, é um criador de valores e por meio deles realiza suas aspirações. Sem

eles o homem contradiz seu destino.O homem interage, infl uencia e é

infl uenciado. Depende de seus pró-prios valores e, naturalmente, dos va-lores daqueles com quem se relaciona.

CINCO VALORESConsideramos que o Rotary é ação comprometida, cuja bússola só tem um norte verdadeiro chamado valores. A admissão ao quadro associativo não é baseada no poder, no quanto se tem, e sim no quanto é o indivíduo. Do contrário, como o poder é uma escada com sobes e desces, o Rotary não teria quadro associativo permanente.

Como nascemos com os instintos de interação e aprendizagem, devemos ter cuidado especial com a palavra, pois ela é transformadora. Assim, os poucos que dizem “meu Rotary Club não está bom” criam para si mesmos e transmitem para os outros uma mensagem distorcida da imagem da organização. Como as pessoas têm o hábito, à mesa do jantar, de fazer co-mentários sobre tudo o que acontece

em suas vidas, há o risco dos fi lhos psicologizarem conceitos inapropria-dos da organização. Temos a convic-ção de que se somente falarmos com amor dos companheiros, o Rotary se tornará objeto de desejo. Neste caso, ocorrerá lista de espera para admissão, o que, aliás, já se verifi ca em algumas cidades.

Quando o Rotary International leva os governadores distritais eleitos para o treinamento na cidade de San Diego, na Califórnia, EUA, o maior legado é obtido por meio dos dons inatos da interação e do aprendizado. Todos vol-tam mudados, tal como São Paulo no caminho de Damasco, porque aprende-ram uns com os outros. É exatamente o somatório de diferentes experiências que confere a plenitude ao todo.

Em escala menor ocorre o mesmo semanalmente em cada Rotary Club. No Rotary ninguém chega produto acabado. Como escola, o Rotary destaca cinco valores: servir, compa-nheirismo, diversidade, integridade e liderança.

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21Brasil rotário

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Dentro da axiologia, esses valores podem ser classificados como adqui-ridos, ou seja, se diferenciam dos inatos. Consideramos que integrida-de é um recurso inestimável para a humanidade. Está no bojo da moral e não implica em algo religioso ou sagrado, e tem consequências objeti-vas, pois o homem é o conjunto das relações humanas realizadas numa existência moral.

Desde que ingressamos no Rotary, o crescimento do quadro associativo é um objetivo permanente. Já ouvimos centenas de recomendações para se atingir esse objetivo, recorrendo-se a frases e conceitos como: profissio-nalizar, rotarianos só contribuintes, rotarianos cônjuges, categoria pessoa jurídica, rotarianos juniores etc.

Sabemos que nada se processa aos saltos e tudo depende de persistente e constante busca de caminhos. Quando Karl Marx analisou as desigualdades trazidas pela Revolução Industrial, ele preconizou a necessidade de mudança do modelo econômico. Imaginou que a expropriação da classe econômica, queda do poder político e a socializa-ção dos meios de produção levariam a sociedade a uma maior felicidade do homem. Mas ele se esqueceu que o homem é sempre homem e que por sua natureza intrínseca não prescinde de liberdade.

Assim, devemos aperfeiçoar os ca-minhos do Rotary com a preocupação da valorização do homem, ao contrário de modelos econômicos que colocam em primeiro plano a materialidade do progresso.

O bem-estar do homem não se pereniza com o palácio dos bens que amealhou pelo sucesso profissional. A razão de que é dotado lhe permite perceber imediatamente que o es-pírito de liberdade e a carência do sentido da vida o colocam no caminho da busca. A liberdade, por seu lado, é sempre frágil e exige uma conquista constante.

Todos têm liberdade de serem admitidos, de permanecerem e até de saírem do Rotary ou de qualquer outra organização. A grande pergunta é: pode existir o desenvolvimento de uma nação ou do Rotary sem os prin-cípios éticos?

Despertar interiorNenhuma organização luta para de-saparecer e cada um investe o melhor do seu talento para prosperar naquilo em que acredita.

O papa Bento 16, na encíclica “Ca-ridade na Verdade”, imprime cor forte na tendência atual de alijar os valores éticos: “Quando prevalece o primado da técnica, a consequência é uma tre-menda confusão entre meios e fins: o empresário busca o máximo lucro; o político, a consolidação do poder, e assim por diante”.

Qualquer transformação de uma organização passa pelo crescimento sustentado e este só é perene se a transformação ocorre de dentro para fora, ou seja, a partir do homem.

O despertar interior do associado é capaz de potencializar sua área de atuação. Uma simples, mas profunda Prova Quádrupla, quando incorpora-da, estimula o ideal de servir para o desenvolvimento e a manutenção dos elevados padrões éticos nas relações humanas.

O crescer não é como virar uma página de um livro ou como ver a roda do tempo marcar mais um ano em nossas vidas. O tempo que passou, passou – e soma mais um na marca da temporalidade.

O associado que é admitido não é mais um, mas pode se tornar apenas uma nuvem a ser levada pelo vento da insustentabilidade.

Uma das causas da queda do pode-roso império romano foi o excesso de cerimonialismo associado à decadên-cia dos valores.

O protocolo no Rotary é importante, pois confere ordem e reconhecimento. Contudo, em primeiro lugar vem o

primado dos valores. Quando o Con-selho Diretor, no Plano Estratégico, endossou como valores principais o serviço, a liderança, o companheirismo, a diversidade e a integridade, ficou formalmente estabelecido que devemos incorporá-los como princípios guias da cultura da organização para o servir.

Felizmente, pertencemos a uma organização que privilegia o homem e não a transitoriedade do poder ou a temporalidade material.

Toda Conferência Distrital é um momento mágico na vida dos partici-pantes e, ao longo destes anos, temos testemunhado muitas transformações e despertares interiores que conduzem à solidificação dos Rotary Clubs e dis-tritos. Uma boa conferência consolida e estimula o quadro associativo porque envolve e estimula a família como parte da alma do Rotary.

Em nossa opinião, cada conferência deve ser planejada para estabelecer a contribuição aos seus associados abrindo espaço destacado para o tema: “Valores do Rotary para Fortalecer a Organização, a Comunidade e Unir Continentes”.

No ano passado, comemoramos os 86 anos de ativa participação da Brasil rotário. Desde alguns anos temos feito um esforço pela imagem pública do Rotary e a nossa revista tem se posicionado de maneira politicamente correta. A função de um instrumento de comunicação, entre eles a Carta Mensal e a Brasil rotário, comprometido com uma causa, como a erradicação da pólio, é informar e persuadir. A tarefa mais delicada é sempre o persuadir, pois mexe diretamente com o interior das pessoas. Por isso mesmo, comuni-car é ação refinada.

No nosso caso, o que interessa é o crescimento sustentado. Crescer não é só admitir novos associados, mas tam-bém reter felizes os associados atuais.

O sentido da vida no Rotary passa pelo crescimento como instrumento destinado a mudar para melhor a vida das pessoas, para fortalecer comunida-des e unir continentes.

* O autor é diretor 1999-01 do Rotary International e associado ao RC de Contagem-Cidade Industrial, MG (D. 4760).

Devemos aperfeiçoaros caminhos do Rotary com

a preocupação davalorização do homem,

ao contrário de modelos econômicos que colocam

em primeiro plano amaterialidade do progresso

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22 JANEIRO DE 2011

O aniversário de 86 anos da Bra-sil Rotário foi comemorado no dia 24 de novembro em uma cerimônia na sede da revista, no

Rio de Janeiro. Entre os convidados, estiveram presentes o diretor do Ro-tary International, Antonio Hallage, e o ex-diretor Themístocles A. C. Pinho.

A programação começou com a reunião do Conselho Editorial Consultivo, no período da manhã. À

Brasil Rotário celebrou seus 86 anos em novembrocom homenagens a amigos e colaboradores

ComemoraçãoFotos: Sérgio Afonso

NA REUNIÃO da Diretoria Executiva, os ex-governadores distritais Bemvindo Augusto Dias (1º à esquerda), Carlos Je-rônimo da Silva Gueiros, José Alves Fortes e Edson Avellar; o diretor do Rotary International, Antonio Hallage; o presidente e editor da Brasil Rotário, Carlos Henrique de C. Fróes; o ex-diretor do RI Themístocles A. C. Pinho; e o ex-governador Wilmar Garcia Barbosa

Para nós, o ano novochegou mais cedo

tarde, após as reuniões da Diretoria Executiva e do Conselho de Admi-nistração da revista, foram prestadas homenagens a dois ex-diretores da Cooperativa Editora Brasil Rotário: o ex-governador do distrito 4570 Pedro Maes Castellain e o também rotariano Cleofas Paes de Santiago.

Em seguida, Carlos Henrique de C. Fróes, presidente da Cooperativa e edi-tor da revista, homenageou o casal An-

tonio Hallage e Rose. Eles descerraram uma placa, agora afi xada no Centro de Informações Alberto Pires Amarante, a biblioteca da Brasil Rotário, ao lado de outras que já foram entregues pela revista a presidentes do Rotary Inter-national, diretores e outras lideranças rotárias do Brasil e do exterior.

A Brasil Rotário também home-nageou o grupo de alunos do curso de editoração das Faculdades Integradas

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23Brasil rotário

BR

l COUBE AO ex-governador do distrito 4570 Augusto Menezes (à direita) prestar a homenagem a Cleofas Paes de Santiago

l O AUDITÓRIO da revista lotado de convidados de diversos estados do país

l O GRUPO do curso de editoração das Faculdades Integradas Rio Branco com os diplomas entregues pela revista. Em pé, Carlos Fróes e Carlos Jerônimo da Silva Gueiros, vice-presidente da diretoria e presidente do Conselho Superior da Funda-ção de Rotarianos de São Paulo, representando o presidente da entidade, Eduardo de Barros Pimentel

l PEDRO CASTELLAIN recebendo a homenagem das mãos de Carlos Fróes

l ANTONIO HALLAGE e Rose e o

descerramento da placa em sua homenagem, na companhia de Carlos Fróes

Rio Branco, de São Paulo, que produ-ziu um trabalho com propostas para a reformulação do projeto gráfico da re-vista. O vice-presidente de Operações, Edson Avellar, entregou diplomas ao professor Fabrício Marangon e aos alunos Guilherme Paula Fernandes, Luis Cianfanelli, Luiz Fernando Campos e Mariane Brandão Barbosa de Oliveira.

A programação teve ainda uma apresentação sobre o novo site da revista, inaugurado no mês passado, e outra sobre a história de 86 anos da Brasil Rotário, tendo como fio condutor algumas de nossas mais de 1.000 capas.

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25BRASIL ROTÁRIO

Luiz Renato D. Coutinho*

O célebre economista canadense John Kenneth Gal-braith, considerado um iconoclasta por muitos de seus colegas, dedicou um pequeno momento de seu livro mais popular, “A Era da Incerteza”, para falar sobre o que ele considerava o maior dos

problemas a ser enfrentado pela humanidade no futuro: o lixo. E Galbraith aproveitava também para comentar o grande lixo gerado pela Guerra Fria, e que ia se depo-sitando nos desertos norte-americanos, o mais famoso deles no Estado do Colorado, o Deserto de Mojave – o local abriga atualmente cerca de 4.400 aeronaves civis e militares. “A Era da Incerteza”, que se tornou também uma séria para a televisão norte-americana, é de 1977.

Hoje, passados 34 anos, o que se pode dizer é que aquele futuro anunciado chegou mais cedo do que se esperava. O trecho da obra de Galbraith, que para alguns soou como mera curiosidade, dispõe atualmente da força dos números.

Pois vejamos: os EUA produziram 254 milhões de to-neladas de lixo em 2007, uma média anual de 835 quilos por habitante. Isso signifi ca que cada habitante gerou uma média de 2,2 quilos por dia.

No Brasil, são geradas cerca de 230 mil toneladas de lixo por dia. Segundo a Pesquisa Nacional de Saneamento Básico, do IBGE, realizada em 2000, 73% dos resíduos vão parar nos aterros sanitários, que permitem maior controle da poluição ambiental, ou nos aterros controlados, onde o lixo é coberto com uma camada de terra. O restante é lan-çado em lixões, terrenos baldios, matas e margens de rios.

Calcula-se que a União Europeia, por sua vez, gere 1,3 bilhão de toneladas de resíduos por ano. São 535 quilos de lixo doméstico produzido por pessoa. Há 20 anos, a média era de 325 quilos por europeu.

O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), a agência da Organização das Nações Unidas responsável por promover a conservação do meio am-biente e o uso efi ciente de recursos no contexto do desen-volvimento sustentável, tem alertado para o fato de que o consumo de recursos naturais já supera em 20% ao ano a capacidade do planeta de regenerá-los.

O “Estado do Mundo 2004”, parecer da organização não governamental The Worldwatch Institute, afi rma que “o consumismo desenfreado é a maior ameaça à huma-nidade”. Os pesquisadores da Worldwatch denunciam que “altos níveis de obesidade e dívidas pessoais, menos tempo livre e meio ambiente danifi cado são sinais de que o consumo excessivo está diminuindo a qualidade de vida de muitas pessoas”.

Seu relatório mais atual, do ano passado, recebeu o apoio do Rotary Club de Salvador-Baía de Todos os Santos (D. 4550) e foi publicado sob o título de “Transformando Culturas – do Consumismo à Sustentabilidade”. Erik As-sadourian, responsável pelo relatório, declara no texto: “O consumo teve um crescimento tremendo nos últimos cinquenta anos, registrando um aumento de 28% em relação aos 23,9 trilhões de dólares gastos em 1996 e seis vezes mais do que os 4,9 trilhões de dólares gastos em 1960 (em dólares de 2008). Parte desse aumento é resultante do crescimento populacional, mas o número de seres humanos cresceu apenas a uma razão de 2,2 entre 1960 e 2006. Sendo assim, os gastos com consumo por pessoa praticamente triplicaram.”

E o crescimento do consumo mundial está concentra-do: 60% dele somente nos EUA, no Canadá e na Europa, onde vivem menos de 12% da população. Se forem soma-dos o Japão e outros países industrializados, chega-se aos 80% da produção, do consumo e da renda concentrados em nações com menos de 20% da população mundial.

E todo consumo vira lixo mais adiante. Uma situação inviável a longo prazo em termos ambientais, sociais e políticos, como apontaram vários líderes mundiais na Cúpula Mundial do Desenvolvimento Sustentável, que reuniu mais de 150 países em agosto de 2002, em Joha-nesburgo, na África do Sul.

RECICLANDO O QUE FOR POSSÍVELAté as décadas de 70 e 80, as pessoas conscientes eram aquelas que assistiam a fi lmes, documentários e liam artigos em defesa do meio ambiente e se indignavam com o que estava sendo feito contra o planeta. Fora isso, no dia a dia, qualquer atitude contra o estado de coisas

Hoje ele ameaça a sociedade e o meio ambiente tanto quanto o terrorismo, as guerras ou o desmatamento. E o Rotary está atento

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É muito lixo!iS

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Meio ambiente e sociedade

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parecia quixotesco. A partir dos anos 90, o cidadão co-mum descobriu que a solução estava também dentro da sua casa, e não apenas nos escritórios inacessíveis de um grupo de homens. O consumo responsável e a reciclagem da produção industrial consumida tornaram-se uma luta diária e pessoal.

A reciclagem se tornou um grande negócio, que gera um faturamento anual de 160 bilhões de dólares apenas nos EUA e emprega 1,5 milhão de pessoas em todo o mundo. Mas o processo, que deveria começar em casa, não começa na casa de todos. Em 11 capitais brasileiras, selecionadas por apresentarem tendências crescen tes em relação ao consumo per capita, somente 47% das pessoas declaram fazer a separação de resíduos domésticos em lixo seco e lixo molhado, enquanto 53% misturam seus resíduos em um mesmo recipiente para a coleta. É o que informa o relatório Sustentabilidade Aqui e Agora, a par-tir de pesquisa realizada entre os dias 27 de setembro e 13 de outubro de 2010 por encomenda do Ministério do Meio Ambiente.

Cerca de 70% dos entrevistados ainda jogam pilhas e baterias no lixo comum, enquanto, mesmo com alta dis-posição para abandonar o uso de sacolas plásticas, 90% dos pesquisados ainda fazem uso cotidiano desse produto. Para se ter uma ideia do problema, cerca de 12 bilhões de sacolas plásticas são descartadas anualmente, sem manejo adequado, causando estragos no ambiente. Como reação, o Ministério do Meio Ambiente tem realizado a campanha Saco é um Saco, que está em curso há mais de um ano.

Outras constatações sobre os hábitos do brasileiro foram igualmente preocupantes: 66% descartam remédios no lixo doméstico; 33% jogam tintas e solventes no lixo doméstico; 39% descartam óleo usado na pia da cozinha; 17% têm lixo eletrônico guardado em casa.

Ainda assim, é ampla a in clinação da sociedade para programas ou ações de substituição de sacolas plásticas: 60% manifestam-se a favor de uma lei que institua seu banimento.

Quase 60% dos pesquisados também acham que as pre-ocupações existentes no país sobre problemas ambientais são pertinentes. Quando se confronta crescimento econô-mico e meio ambiente, 59% das pessoas acreditam que a preservação dos recursos naturais deve estar acima das questões relacionadas à economia. O mesmo percentual, 59%, revela não acreditar que os problemas ambientais possam ser solucionados com pequenas mudanças de hábitos. A maioria acredita que só grandes mudanças nos hábitos de consumo, transporte e alimentação po dem propiciar um ambiente saudável no futuro.

No entanto, a reciclagem é antes de tudo um conceito atrelado à oferta de serviços de coleta seletiva. E é aí que a porca torce o rabo. No universo das 11 cidades pesqui-sadas, apenas 40% das pessoas afi rmam existir coleta seletiva de lixo em seu bairro.

Vejamos essa outra amostra envolvendo todo o Brasil e não apenas aquelas 11 cidades: o IBGE informa, a partir de pesquisa de 2008 publica da em 2010, que somente 17% dos municípios brasileiros, a maioria no Sudeste – um pouco mais de 900 municípios – têm coleta seletiva. Pouco mais de 40% possuem aterro sanitário e, para completar, somente 11% dos lares brasilei ros costumam separar o lixo doméstico.

Hoje, mais de 75% da população brasileira vive nas ci-dades, que são verdadeiras usinas de consumo de energia, bens, serviços ambientais e matérias-primas.

OS ROTARY CLUBS EM AÇÃOA seção Distritos em revista da Brasil Rotário divulga quase todos os meses iniciativas dos Rotary Clubs voltadas para a questão do lixo. Ora aparecem notícias de palestras e campanhas de conscientização sobre a necessidade da coleta seletiva de resíduos, ora aparecem mutirões en-volvendo os clubes e as comunidades locais na tarefa de selecionar e coletar lixo para reciclagem.

Um trabalho emblemático é dado pelo Rotary Club de Campos, no Estado do Rio de Janeiro (D. 4750). Em 1991, os rotarianos locais resolveram criar a Sociedade de Apoio à Criança e ao Idoso (Saci), e para manter tal iniciativa

Meio ambiente e sociedade

No universo das 11 cidades pesquisadas, apenas 40% das

pessoas afi rmam existir coleta seletiva de lixo em seu bairro

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27Brasil rotário

foi necessário se pensar em uma fonte de recursos. Esta fonte apareceu sob a forma de um programa permanente de reciclagem de materiais, que contou com uma usina de seleção e prensagem do lixo. É o que explica um de seus principais apoiadores, o governador 1996-97 do distrito 4750, Nylson Macedo, associado ao clube: “No princípio, conseguimos o apoio de algumas lojas, restaurantes e supermercados, que nos disponibilizaram seus reciclá-veis, como papelão, plástico, vidro e metal. Entretanto, tínhamos a responsabilidade de fazer o transporte. Para isso, contávamos com veículos de carga de companheiros empresários. O sistema evoluiu quando compramos um furgão através de um Subsídio Equivalente.”

O capítulo posterior foi outra vitória para esse pro-grama de reciclagem. Em 2003, a prefeitura de Campos firmou um convênio com a Saci e passou a ceder o seu caminhão de coleta de lixo para o recolhimento de reciclá-veis. Assim, nas noites de quinta-feira o veículo passava e levava o lixo para a triagem e o beneficiamento sob a coordenação do Rotary Club de Campos.

Para que o processo funcionasse havia uma peça im-portante: a usina de seleção e prensagem do lixo, mencio-nada no início dessa história. Como explica Macedo, as empresas que compram o lixo reciclado somente o aceitam

devidamente separado e prensado – no caso de plásticos e papelões –, ou picado – no caso dos vidros.

“Nós tínhamos um terreno grande na área rural da cidade, onde construímos uma escola. Sobrou um pedaço desse terreno e foi nele que fizemos a usina de processa-mento.”

O maquinário da usina foi adquirido graças às doações e aos recursos financeiros originados do próprio trabalho de beneficiamento. Como resultado, mensalmente são distribuídas pelo menos duas toneladas de alimentos a dez entidades filantrópicas dentre as 20 cadastradas pelo clube.

E o trabalho de conscientização para o armazenamento seletivo do lixo?

“Nós estamos há quase 20 anos nesse projeto. É um trabalho contínuo, de paciência. Já realizamos campanhas nos supermercados para conscientizar as pessoas, mas ainda temos muito o que fazer. Do total de lixo coletado das casas, apenas 25% vem separado e pode ser encami-nhado para a usina. Mas, a cada ano, temos tido uma maior conscientização”, explica o ex-governador.

O óleO de cOzinha também?Muita gente boa não sabe, mas o óleo de cozinha é um grande estorvo para o meio ambiente. Jogado no ralo ou na pia, ele impermeabiliza caixas de passagem, fossas sépticas e entope o encanamento. Na sequência, ao ser levado pelo esgoto, chega aos rios e lagos. Ali, ele, que é mais leve que a água, forma uma camada sobre a super-fície, impedindo a oxigenação e prejudicando a vida de peixes e plantas aquáticas.

Para desentupir os canos são necessários produtos químicos altamente tóxicos. Além disso, o óleo de cozi-nha não se degrada facilmente no ambiente. Basta dizer que um litro do produto pode poluir milhares de litros de água – algumas fontes falam em 10 mil litros, outras falam em muito mais.

Foi o que descobriu a advogada Célia Marcondes, presidente da Sociedade de Amigos, Moradores e Em-preendedores de Cerqueira César, bairro da cidade de São Paulo: “Eu fiz o primeiro projeto de coleta seletiva de lixo de porta em porta e foi um sucesso. Ele gerou mais de 100 postos de trabalho. Aí pensei: agora é a vez do óleo de cozinha. Porque eu também não sabia o que fazer com ele, mas certamente ele era poluente. Foi a curiosidade: para onde vai o óleo?”

Então, o produto passou a ser incorporado à coleta seletiva a partir de 2007. Para ampliar a adesão ao projeto, Célia convidou a Companhia de Saneamento do Estado de São Paulo e a Secretaria do Verde e do Meio Ambiente. Em pouco tempo a iniciativa ultrapassou o município, o estado e até o país.

Assim surgiu a Ecóleo, Associação Brasileira para Sensibilização, Coleta e Reciclagem de Resíduos de Óleo Comestível, presidida por Célia Marcondes.

“O que nós procuramos fazer é criar uma rede nacio-nal de conscientização e de coleta do resíduo de óleo de cozinha. A Ecóleo é uma associação nacional sem fins

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28 JANEIRO DE 2011

lucrativos dos coletadores de óleo e a gente atua no país inteiro. Nossa preocupação é preservar o meio am-biente, principalmente as águas dos rios e mares”, ela comenta.

Segundo a Ecóleo o produto é o maior poluidor de águas doces e salga-das das regiões mais povoadas do país. O Brasil produz três bilhões de litros de óleo comestível por ano, sendo que 200 milhões de litros do produto vão parar mensalmente em rios e lagos.

Para a Ecóleo, a solução começa com a conscientização em casa, ba-res e restaurantes para que o óleo de cozinha seja separado e guardado de forma correta. Com isso, ele poderá ser encaminhado a um local de cap-tação – os ecopontos –, nos quais empresas beneficiadoras poderão pegá-lo e levá-lo de forma segura até um local de reciclagem. Lá o produto passará por aquecimentos e fi ltragens

a fim de ser purificado. Ao fim do processo, o antigo óleo comestível poderá ser adquirido por usinas como matéria-prima para biodiesel, tinta, verniz, ração animal, massa de vidro, acendedor ecológico de churrasquei-ra, defensivo agrícola, vela, entre outros produtos.

“Todo óleo e gordura de origem animal ou vegetal usados para frituras devem ser separados em recipientes seguros e, quando cheios, devem ser levados a um ecoponto mais próximo. A cada dia encontramos mais utilidades para o óleo”, comenta a advogada, que já fez palestras em alguns Rotary Clubs de São Paulo.

Mas, dissemos logo no início, a reciclagem tem que estar atrelada à oferta do serviço de coleta seletiva. Existem ecopontos por todo lugar? Célia responde: “Onde não há nós estamos ajudando a criar. Temos procurado as prefeituras e os órgãos públicos e privados, bares e restau-rantes. Fizemos parcerias com as associações de bares e restaurantes, associação de hotéis e supermer-cados para que eles sejam um polo de recepção desse óleo. E estamos cobrando políticas públicas nesse sentido. Indústrias de benefi ciamen-to estão surgindo a cada dia.”

A Ecóleo calcula que são arreca-dados dois milhões de litros de óleo

Meio ambiente e sociedade

Para saber mais como armazenar o óleo de cozinha, evitando que ele desça pelo ralo ou pela pia, e onde entregá-lo para reciclagem, acesse o portal da Ecóleo: www.ecoleo.org.br

O Brasil produz três bilhões de litros de óleo comestível por ano, sendo que 200 milhões

de litros do produto vão parar mensalmente em rios e lagos

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29BRASIL ROTÁRIO

BR

Vem em boa

hora o livro de

Waldenir de

Bragança que é um

verdadeiro guia para

rotarianos, empre-

sários e executivos

desenvolverem ações

eficazes de mar keting.

Todos os passos

a serem seguidos no

moderno conceito de Marketing constam desta

obra, desde o seu Planejamento Estratégico,

passando pelo Planejamento de Comunicação

e Propaganda, o Marketing Interativo, o Marke-

ting de Relacionamento e o Marketing Interno

ou Endomarketing.

O livro traz ainda vários capítulos para uso

dos companheiros rotarianos, com destaque

para os que focalizam a Imagem Pública do

Rotary, a Fundação Rotária, Rotary e a Paz,

Rotary e a Responsabilidade Social, os 20 anos

da Mulher Associada ao Rotary, a Família Rotá-

ria, o Analfabetismo, a Erradicação da Pólio e

demais ênfases do Rotary International.

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PARA ADQUIRIR “MARKETING SOCIAL –

RELEVÂNCIA E RESULTADOS”Preço: R$ 34,00

E-mail: [email protected].: (21) 2509-8142 – Fax: (21) 2509-8130Parte da receita é destinada à Fundação Rotária

Como projetar a imagem pública do Rotary e tornar nosso trabalho

mais conhecido?

Por todo o país pessoas bem intencionadas e em busca de economia vêm fazendo sabão caseiro. Ora, um dos ingredientes para sua fabricação é o óleo de cozinha, que encontraria assim um bom caminho de reciclagem. O problema está no outro ingrediente: a soda cáustica, substância alta-mente corrosiva. Como alerta Célia Marcondes, presidente da Ecóleo, adultos e crianças estão sofrendo queimaduras graves e até morrendo por conta dessa prática, que encontra incentivo na in-ternet. Portanto, deixe a feitura do sabão para um profissional capacitado. Coletando corretamente o óleo de cozinha você já estará fazendo bastante pelo planeta.

* O autor é jornalista da Brasil Rotário. Colaboração: Edson Avellar da Silva, vice-presidente de Operações da revista.

doméstico por mês somente na Grande São Paulo. São 56 coletadores-benefi ciadores na região.

Como era de se esperar, nessa história do óleo o Rotary também não cochilou. O produto vem ganhando a atenção dos clubes há algum tempo, como revela a citada seção Distritos em revista.

E pode se recorrer a trabalhos emblemáticos, como ocorreu ao se falar dos resíduos sólidos.

No período rotário de 2009-10, o Rotary Club de Se-verínia (D. 4480) conseguiu arrecadar 3.150 litros de óleo de cozinha usado e converter o produto em renda para a Associação Voluntária de Combate ao Câncer de Severínia, município de São Paulo. O clube pretende atingir a marca de 5.000 litros neste período de 2010-11.

Já os Rotary Clubs de Três Lagoas e Três Lagoas-Cidade das Águas, MS (D. 4470), se uniram para criar o Projeto Óleo Limpo, iniciado em abril de 2009, tendo como parceiras várias empresas da cidade. A iniciativa vem conscientizando lanchonetes, bares e restaurantes para o armazenamento correto, em tambores com o símbolo do Rotary, do óleo comestível residual. Uma empresa faz então a coleta do produto para reciclagem. Para cada três litros de óleo residual encaminhado, a usina de benefi ciamento entrega um litro de óleo novo, que recebe o selo do projeto e o símbolo do Rotary e é doado a uma das instituições fi lantrópicas do município de Sete Lagoas.

Como nos lembrava o então presidente do Rotary In-ternational William Bill Boyd em uma mensagem de 2007: “Pode ser difícil divisar como a reciclagem de jornais, de um recipiente de plástico, andar a pé em vez de dirigir ou economizar água poderiam signifi car um futuro melhor. Mas se muitas pessoas perfazem estas mesmas ações, estas pequenas mudanças acabarão por fazer uma grande diferença para nossos fi lhos e netos.”

O perigo de fazer sabão em casa

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31Brasil rotário

* O autor é ex-diretor do RI e pre-sidente da ABTRF.

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1º – Apoiar programas ligados à educação, saúde e assistência social, especialmente aqueles que beneficiam crianças, adolescentes e idosos carentes.2º – Apoiar esforços de outras entidades nas áreas de saúde e educação.3º – Distinguir todos os contri-buintes/doadores, observada a filosofia de reconhecimentos da Fundação Rotária.

LogomarcaNum rápido exame destes primei-ros seis meses, podemos afirmar que o trabalho foi produtivo, com o recebimento de doações acima de 95 mil dólares e a aplicação de recursos em projetos, no Brasil, da ordem de 100 mil dólares, desta-cando-se na obtenção de doações os distritos 4420, 4730 e 4610.

Internamente, vimos procuran-do adotar medidas que permitam uma maior visibilidade da ABTRF.

Dentre elas, destacamos o lançamen-to de sua logomarca, que encima esta nossa mensagem. Uma criação do companheiro Sérgio Richiden e que esperamos possa bem representar e fixar a imagem da Associação junto àqueles que com ela vierem a compar-tilhar seus esforços para “fomentar o bem no mundo”, como nos pediu Arch Klumph, ao lançar as sementes da Fundação Rotária, em 1917, em Atlanta.

Amigos, é nossa intenção que cada um, de alguma forma, possa se engajar cada vez mais nas atividades

da ABTRF junto ao seu Rotary Club e através do nosso representante em seu distrito, o seu governador, que está apto e em condições de prestar-lhes todos os esclareci-mentos e suporte necessários para a obtenção das doações. E nós, da diretoria, estamos sempre prontos ao diálogo franco e sadio em prol do crescimento da nossa Asso-ciação Brasileira da The Rotary Foundation.

Num rápido exame destes primeiros seis meses,

podemos afirmar que o trabalho foi produtivo,

com o recebimento de doações acima de 95 mil

dólares e a aplicação de recursos em projetos, no

Brasil, da ordem de 100 mil dólares

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30 Janeiro de 2011

Coluna da ABTRF

Um breve retrospecto do semestreThemístocles A. C. Pinho*

Fundada há seis anos, por ini-ciativa do ex-diretor do RI José Alfredo Pretoni e com o apoio e a participação do secretário-

geral da Fundação Rotária, Ed Futa, e do seu gerente geral, John Oster-lund, a Associação Brasileira da The Rotary Foundation (ABTRF), nestes primeiros tempos, se firmou, passando a desfrutar do necessário respeito, reconhecimento e apoio, especialmente dos rotarianos e rotarianas brasileiros.

Ao assim se posicionarem, os rotarianos permitiram à ABTRF se consolidar e cumprir com seus objetivos, passando a exercer pa-pel relevante nas doações feitas por pessoas jurídicas à Fundação Rotária, com significativo aporte de recursos que vêm sendo aplicados em projetos elaborados pelos clu-bes dos distritos brasileiros.

Mas, amigos, os desafios não cessam e novas metas nos impulsio-nam para o futuro, que dependerá do esforço e apoio de todos nós, para um fim ainda mais promissor. Assim, na oportunidade em que convidamos você para uma parti-cipação mais interativa e dinâmica junto à ABTRF, não podemos dei-xar de reconhecer aqueles que já vêm dando provas de sua crença nos nossos objetivos.

Nesta oportunidade, queremos destacar a atitude do ex-diretor do RI Alceu Antimo Vezzozo, que, consciente das reais finalidades de nossa associação e dos ideais que sempre animaram e animam aqueles que a dirigem, se uniu ao grupo dos grandes doadores. Uma demonstração de sua confiança e certeza de que doar para a ABTRF

é proporcionar um futuro melhor e menos sofrido para aqueles mais necessitados, através dos projetos humanitários patrocinados pela nos-sa Fundação Rotária, uma das mais respeitadas e prestigiadas em todo o mundo.

Novidades Nos programasCompanheiros e companheiras, cumprimos o primeiro semestre de atuação da nova diretoria buscando dar continuidade às ações já imple-mentadas, mas também procuramos abrir frentes novas de atuação através de contatos com potenciais doadores, além de incentivar o crescimento dos dois programas já estruturados: o Seguro Solidário e o Empresa Cidadã.

Em relação ao primeiro, a base foi ampliada com a inclusão das segura-doras Itaú e Unibanco nos mesmos moldes já adotados pela Porto Seguro. E, em relação ao segundo programa, ainda em fase de reestruturação, es-tamos trabalhando na elaboração de

algumas normas mais claras e com maior comprometimento e partici-pação dos Rotary Clubs e distritos rotários brasileiros.

Nesta oportunidade, não po-demos deixar de destacar o inte-resse, apoio e divulgação que a ABTRF tem merecido dos atuais governadores, integrantes do seu Comitê de Assessoramento, não só na motivação dos rotarianos de seus respectivos distritos, mas, especificamente, na busca de mais doadores, especialmente junto às pessoas jurídicas de qualquer porte e regime fiscal, ampliando o nosso universo de doadores.

Acreditamos que será com este trabalho desenvolvido pelos rota-rianos em suas comunidades, junto às suas bases de influência e rela-cionamento, que encontraremos o ponto de equilíbrio necessário para que a ABTRF possa realizar e desenvolver sua missão, focada nos seguintes procedimentos:

Flávio Takemoto/stock.XCHNG

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32 JANEIRO DE 2011

Sua revista não acaba mais na página 72.Acesse nosso novo site e conheça o que preparamos para você.

Na estreia da seção Artigos, textos escritos pelosrotarianos J.B. Oliveira, Júlio César Malinverni e Valdemar Lopes Armesto.

Na seção Clubes em ação, projetos inéditos dos Rota-ry Clubs de Colatina e Marília-Pioneiro, entre outros.

E assista à primeira reportagem em vídeo feita pela Redação, contando a história do adolescente que teve seu maior sonho realizado por rotarianos de Niterói.

Acesse www.brasil-rotario.com.br e confi ra. Agora você tem muitos motivos para fi car com a gente também na internet.

Tudo isso integrado às redes sociais, podendoser compartilhado com seus amigos por e-mailou através de ferramentas como o Twitter eo Facebook.

Na área dedicada ao acervo da revista, leia ou faça o download da histórica edição número 1 da Brasil Rotário, publicada em 14 de novembro de 1924.

Servindo através da comunicação. 32 JANEIRO DE 2011

ROTARIOBRASIL

www.brasil-rotario.com.br

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33BRASIL ROTÁRIO

A esperança em nossas mãosA esperança em nossas mãosA esperança em nossas mãosA esperança em nossas mãosA esperança em nossas mãosA esperança em nossas mãosNovos relatórios trazem boas notícias sobre a Aids e mostram a necessidade de mudarmos algumas estratégias de combate ao HIV. Mas uma coisa permanece intocada: a participação da sociedade civil nessa luta continua fundamental – e o Rotary tem muito a contribuir.

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33BRASIL ROTÁRIO

Três décadas depois do início da epidemia, temos, enfi m, boas notícias sobre a Aids. Divulgado em novembro pelo Programa Conjunto das Nações

Unidas sobre HIV/Aids, um relatório mostra que as novas infecções caíram 20% em todo o mundo na última década – foram registrados 2,6 milhões de novos casos em 2009, contra 3,1 milhões em 1999. O documento aponta ainda que, entre as pessoas mais jovens, a taxa de prevalência do HIV caiu em mais de 25% nos 15 países mais afetados pelo vírus.

O anúncio revigorou os esforços globais contra o HIV, mas precisa ser recebido com cautela. A luta contra a Aids ainda impõe grandes obstáculos, que vão desde o antigo preconceito contra os portadores

do vírus até a importância de se popularizar os testes de HIV. Nesta guerra, a participação dos movimentos civis e das organizações não governamentais tem sido decisiva, seja pressionando os governos para a melhoria das políticas públicas ou na expansão dos direitos para os portadores do vírus – ou, num espectro mais sen-sível dessa atuação, criando uma consciência capaz de derrubar julgamentos e moralismos que só atrapalham uma abordagem racional e humanitária do assunto.

Na reportagem que você vai ler nas próximas pá-ginas, a Brasil Rotário mostra o panorama atual da luta contra o HIV e alguns projetos que o Rotary tem feito para enfrentar os novos desafi os impostos pela epidemia.

Nuno Virgílio Neto*

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34 JANEIRO DE 2011

Hoje, cerca de 630 mil brasileiros vivem com o HIV, mas 40% deles ainda não sabem disso (nos EUA, este percentual é de 20%).

Divulgados pelo Ministério da Saúde em 1o de de-zembro, Dia Mundial de Luta Contra a Aids, estes dados ilustram um dos grandes desafi os no combate à doença em nosso país: mesmo com o aumento do número de testes de HIV feitos em unidades do Sistema Único de Saúde (SUS), que passaram de 3,3 milhões em 2005 para 8,9 milhões em 2009, o Brasil ainda precisa resolver o pro-blema do diagnóstico tardio, um fato que, ao retardar o início do tratamento, expõe o organismo dos pacientes às complicações provocadas pela Aids, reduzindo a efi cácia das drogas antirretrovirais.

Por este motivo, a campanha lançada pelo Ministério da Saúde em dezembro procura chamar a atenção para a importância da realização de testes periódicos, que possibi-litem a descoberta precoce da doença. Esses exames devem ser feitos principalmente após a exposição a algumas situ-ações de risco, como o uso compartilhado de seringas por usuários de drogas ou relações sexuais sem preservativos.

O ENTÃO ministro da Saúde, José Gomes Temporão, no lançamento da nova campanha contra a Aids, em dezembro

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Uma das metas do ministério é ampliar o número de testes de HIV por meio do programa Fique Sabendo. Os exames para detectar o vírus são realizados pelo SUS de forma sigilosa e gratuita. Eles também podem ser feitos nos laboratórios da rede particular.

No dia 1o de dezembro, a Fundação Oswaldo Cruz lançou um teste de HIV cujo resultado pode fi car pronto em até 25 minutos – o método convencional leva até um mês. O teste Confi rmatório Imunoblot Rápido, que tam-bém tem margem mínima de erro e um custo cinco vezes menor para o governo federal, estará disponível na rede pública de saúde a partir deste ano.

NOVOS FOCOS DE PREVENÇÃO Como informação e preservativo ainda são a melhor ma-neira de se prevenir a contaminação, o diretor adjunto do Programa Nacional de DST/Aids do Ministério da Saúde, Eduardo Barbosa, ressalta a importância da expansão dos programas de prevenção nas escolas. Ele afi rma que, embora os jovens tenham um alto grau de conhecimento a respeito do HIV e da importância do uso da camisinha,

Capa

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35BRASIL ROTÁRIO

muitos ainda mantêm relações sexuais sem o preservativo. Os jovens, no entanto, não são mais o principal foco da

prevenção. Com a experiência de seis anos de trabalho no ambulatório de idosos soropositivos do Instituto Emílio Ribas, em São Paulo, o infectologista Jean Gorinchteyn lançou no ano passado o livro “Sexo e Aids Depois dos 50” (Ícone Editora), no qual mostra o avanço do HIV nesta faixa etária e apela para a necessidade de campanhas de prevenção direcionadas a ela.

Até 2002, a média de pessoas com mais de 50 anos contaminadas pelo HIV era de 17 para 100 mil. Naquele mesmo ano, esta proporção pulou para 40 por 100 mil, patamar em que vem se mantendo (ao tempo em que, nas outras faixas etárias, esta média tem diminuído).

Se este é um dado novo a ser considerado na elabora-ção de novas políticas de combate, outros desafi os, como o preconceito em relação aos soropositivos, são antigos – e dependem mais de avanços no bom senso das pessoas do que da medicina ou dos programas de governo.

“O preconceito em relação àqueles que convivem com o HIV é muito grande”, afi rmou o presidente do Fórum de Organizações Não Governamentais Aids do Estado de São Paulo, Rodrigo de Souza Pinheiro, em reportagem da Agência Brasil sobre o Dia Mundial de Luta Contra a Aids. Composto por mais de 120 entidades, o fórum trabalha em parceria com os municípios paulistas para

atender populações que o poder público não consegue atingir. Cada ONG associada atua de forma específi ca, seja com atividades ligadas à prevenção, aos direitos humanos ou fazendo um trabalho de articulação das políticas públicas. “Uma das questões que temos tra-balhado é para que realmente venha a diminuir essa discriminação”, disse Rodrigo.

O papel das ONGs e dos movimentos civis na luta contra o HIV é inegável. Eles são, em grande parte, os responsáveis por pressionar os governos, exigindo a me-lhoria e a democratização dos programas de tratamento, e ajudaram a derrubar tabus e preconceitos, mudando a mentalidade das pessoas sobre o problema.

Em seu artigo “A Sociedade Civil Contra a Aids: De-mandas Coletivas e Políticas Públicas”, Adriana Jimenez Pereira, mestre em Ciências da Saúde pela Universidade de São Paulo, vincula o sucesso do programa brasileiro de combate à doença, hoje uma referência mundial, a essa movimentação do Terceiro Setor: “A experiência do Brasil é exemplo de articulação entre a sociedade civil e o Estado para a construção de políticas públicas no enfrentamento da Aids, tanto nas estratégias de prevenção, com modelos adequados às realidades locais, quanto no tratamento e cuidado.”

E o Rotary? Que contribuição tem dado a esses esforços?

Criado com o objetivo de mobilizar mundialmente os rotarianos em torno de estratégias contra o HIV, o Rotarians For Fighting Aids (RFFA – Grupo de

Rotarianos em Ação pelo Combate à Aids, em inglês) é uma iniciativa surgida no Rotary Club de Dunwoody, nos EUA, a partir da experiência pessoal de uma de suas associadas. Em 1994, Marion Bunch perdeu um fi lho em decorrência da Aids. Três anos depois, ela lançou um

Tudo começou com MarionRede de projetos inspirada por rotariana dos EUA atendeórfãos da Aids e organiza missões médicas na África

projeto de educação sobre a doença. Não demorou para que o trabalho de Marion extrapolasse as fronteiras de seu clube e chamasse a atenção do Conselho Diretor do Rotary International.

No começo da década passada, Marion foi convidada para colaborar na elaboração de um plano global para ajudar as vítimas da Aids. Um dos desdobramentos dessa iniciativa foi a criação do RFFA.

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36 JANEIRO DE 2011

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Desde então, o grupo vem desenvolvendo projetos autos-sustentáveis de combate ao HIV, particularmente na Áfri-ca. Entre os parceiros dos rotarianos, estão organizações como a FHI e a Hope Worldwide.

ALGUMAS INICIATIVASEpicentro do drama provocado pela Aids em nossos tem-pos, com mais de 22,5 milhões de pessoas contaminadas pelo HIV, a África é o principal foco desse trabalho (ape-nas na África Subsaariana, vivem 70% dos infectados em todo o mundo). Entre os projetos desenvolvidos na região, estão o Orphan Rescue, que mobiliza o apadrinhamento de crianças cujos pais morreram vítimas da Aids, garan-tindo-lhes escola (que costuma não ser gratuita na África),

CRIANÇAS ATENDIDAS pela missão médica realizada no Quênia em 2008

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roupas, material escolar e apoio nutricional. Para que uma criança tenha tudo isso ao longo de um ano, o padrinho tem um custo de apenas 450 dólares (cerca de 750 reais).

Em 2008, a RFFA ajudou o Rotary a levar ao Quênia a maior missão médica da organização até então, feita com o apoio da Fundação Rotária e um grupo de parcei-ros. A mobilização envolveu 70 voluntários médicos e não médicos, a maioria deles rotarianos, oriundos de 11 países (inclusive o Brasil). Em solo queniano, o grupo se juntou a outro, formado por 150 rotarianos, rotaractianos e médicos voluntários. Em oito dias de trabalho, mais de 10 mil crianças receberam atendimento médico.

Para conhecer e apoiar estas e outras iniciativas do RFFA, acesse o site www.rffa.org.

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BILL CADWALLADER (à esquerda) e o editor da Brasil Rotário, Carlos Fróes

BILL CADWALLADER (à esquerda) e o

Um novo diálogo com os adolescentesEx-diretor do RI esteve no Brasil divulgando experiênciabem-sucedida feita por rotarianos em escolas venezuelanas

Sérgio Afonso

Apoiado numa vasta experiência em projetos de campo contra a Aids na África, o ex-diretor do Rotary International Bill Cadwallader é uma das

grandes lideranças de nossa organização na luta contra o HIV. Americano de Homer, no estado de Nova Iorque, ele esteve no Brasil em setembro articulando meios para implantar aqui um projeto que já está em andamento há três anos na cidade de Barquisimeto, na Venezuela.

Feita por rotarianos, a iniciativa benefi cia 6.000 alunos, levando às escolas um programa com informações para prevenir as doenças sexualmente transmissíveis, entre elas a Aids, e a gravidez na adolescência (em algumas regiões da América Latina, de acordo com as estatísticas, as mães com idades entre 10 e 18 anos são as responsáveis por 70% do número total de partos).

Neste projeto de Barquisimeto, a transmissão dessas informações em sala de aula é feita pelos próprios alunos, treinados pelos rotarianos em conjunto com os professores. A experiência tem demonstrado que, pelo menos em relação a esses assuntos, os jovens ouvem mais os seus compa-nheiros de sala do que qualquer adulto. Ao fi nal do ciclo de palestras, os alunos que se sentirem à vontade podem, voluntariamente, fazer um teste de HIV rápido e simples, a partir de amostras da mucosa bucal. O resultado sai em cerca de 20 minutos.

Tratados de maneira absolutamente confi denciais, os resultados são informados aos adolescentes num hospital mantido pelos rotarianos. Sejam negativos ou positivos, os resultados são informados por uma junta médica, que conta com o apoio de psicólogos e assistentes sociais. No caso dos resultados positivos, os pacientes são submetidos a exame de confi rmação, segundo as normas da Organização Mun-dial da Saúde. Se for confi rmado, os procedimentos passam a ser realizados em unidades do sistema público de saúde.

ENCARANDO O RISCOMas por que as novas estratégias de combate à Aids que orientam o trabalho desses rotarianos na Venezuela têm estimulado não apenas a prevenção, mas a realização frequente de testes de HIV, mesmo em pessoas tão jovens como os alunos de Barquisimeto?

“Uma pessoa contaminada pelo HIV pode levar até 10 anos para apresentar os sintomas da Aids. Antigamente, o tratamento começava apenas nesta fase, quando surgiam

os sinais clínicos. Hoje em dia já se sabe que, quanto mais cedo o tratamento com antirretrovirais for iniciado, antes mesmo do surgimento de qualquer sintoma, melhores se-rão os resultados e a sobrevida do paciente”, explicou Bill Cadwallader em sua visita à Brasil Rotário. “Por isso, o nosso desafi o agora é criar condições para que as pessoas façam o teste, o quanto mais cedo possível – e, em especial, nas áreas onde se tem verifi cado o avanço do HIV. O que realmente freia a epidemia é criar condições para que as pessoas façam o teste com frequência e desde o início de sua vida sexual”.

Outra vantagem que se verifi ca no projeto adotado na Venezuela é que, quando o teste passa a ser realizado por via oral, sem a coleta de sangue, o número de indivíduos dispostos a fazê-lo aumenta em até 60% – sem contar que a estrutura clínica exigida para a realização é bem mais simples.

Além disso, essa experiência de lidar com os riscos da Aids desde cedo, de forma aberta e sincera, desenvolve nas novas gerações uma postura mais responsável em relação ao sexo e mais consciente do problema. “Às vezes, somos levados a acreditar que a contaminação pelo HIV é algo que acontece apenas com os outros – e isto é um grande equívoco”, disse o ex-diretor do RI.

* O autor é jornalista da Brasil Rotário.

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38 JANEIRO DE 2011

Renata CoréCultura

Antes de ganhar o mundo como um dos líderes de uma das bandas de rock mais famosas do século 20, John Lennon era um adolescente inteligente e perturbado, fi lho de uma família cheia de se-gredos, desejoso de fugir da mentalidade peque-

na da Grã-Bretanha pós-guerra. Aos 15 anos de idade, vislumbrou na música – especialmente no rock’n’roll, chegado dos Estados Unidos – sua rota de fuga da vida que não queria e formou sua primeira banda, o gérmen dos Beatles.

Os cinco tumultuosos anos que separam o músico novato e adolescente perdido do ídolo por vir são a matéria-prima de “O Garoto de Liverpool” (“Nowhere boy”, no original), longa baseado no livro escrito por Julia, irmã mais nova de Lennon. O filme mostra cir-cunstâncias chave da biografia do músico, vivido por Aaron Johnson, como o controverso relacionamento com a mãe, Julia (Anne-Marie Duff), por quem fora abandonado, e a criação por sua tia Mimi Smith (Kris-tin Scott Thomas); os rebeldes dias de escola e a men-te criativa, porém sem foco; a influência do rock’n’roll

A saga particular de Lennon

americano; a criação da banda The Quarrymen; e o primeiro encontro com Paul McCartney, papel de Tho-mas Sangster.

O que “O Garoto de Liverpool” tenta captar e trans-mitir são os cruciais anos de formação da adolescência de John Lennon, passando pelos processos familiares subjacentes que formaram e moldaram as qualidades criativas e inspiradoras do ex-beatle. O filme, por si-nal, termina antes de The Quarrymen se transformar no famoso quarteto, com o jovem Lennon saindo de casa rumo a Hamburgo com a banda.

Apesar de ter como base principal o livro escrito pela irmã caçula de Lennon, “O Garoto de Liverpool” foi em busca também de outras fontes. Para contar a história do adolescente John, a diretora Sam Taylor-Wood e o roteirista Matt Greenhalgh cruzaram detalhes e infor-mações de diversos livros, artigos e citações do próprio Lennon. McCartney e Yoko Ono também contribuíram com pequenos detalhes, além de terem concordado em liberar, respectivamente, as canções “Mother” e “In Spi-te of All The Danger” para o fi lme.

AARON JOHNSON interpreta John Lennon no filmeque mostra parte da adolescência do ex-beatle

Divulgação

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39BRASIL ROTÁRIO

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Aliando seu gosto por quadrinhos a suas limitações como dese-nhista, como o próprio autor gosta de explicar, Luis Fernan-do Verissimo criou a tirinha “As Cobras”, em 1975. Segundo o escritor, cobra é muito fácil de desenhar por ter apenas pes-

coço. Foi assim, valendo-se da economia de traços, que Verissimo deu vida à inteligente dupla de répteis. Inicialmente no jornal Folha da Manhã, de Porto Alegre, as duas cobras discutiam temas como a vida, o universo, Deus, e até eleições e futebol.

Em 1997, Verissimo aposentou a metafísica dupla. Na bem-hu-morada opinião do escritor, não fi cava bem um sexagenário dese-nhando cobrinhas. Naquela época, a tirinha que começara semanal era publicada diariamente e, ao fi m de quase 30 anos, o escritor deve ter feito as personagens divagarem mais de 2.000 vezes. Entre todo esse volume de produção, a editora Objetiva selecionou 470 para o livro “As Cobras, Antologia Defi nitiva”. A seleção é a primeira que sai pela Objetiva, mas a segunda de “As Cobras”, já que a L&PM lan-çou uma antologia em 1977.

Uma dica para os fãs das existencialistas cobras é visitar o site de Verissimo no endereço http://literal.terra.com.br/verissimo/. Na seção Baú, há versões animadas das tirinhas.

As cobras, uma antologia defi nitivaLuis Fernando Verissimo

Objetiva

‘As Cobras’ voltam em livro

Caixa organiza obra de Gal

Os 15 álbuns gravados por Gal Costa na antiga Philips – mais tarde Polygram e hoje Universal Music – nos primeiros 15 anos de sua carreira estão reeditados na caixa “Gal Total”. O box abrange os

anos que vão de 1967 a 1983 e inclui também o álbum que a cantora lançou em dupla com Caetano Veloso, há 43 anos.

O principal atrativo da caixa, no entanto, talvez seja o CD duplo “Divina, Maravilhosa”, montado especialmente para o box. O novo álbum contém 28 fonogramas raros, quase todos inéditos em compact disc até agora. São faixas gravadas por Gal para discos de festivais, trilhas sonoras, compactos e projetos coletivos em geral. Há também três dos diversos duetos que a cantora fez em discos de amigos. O CD duplo reúne faixas como as tropicalistas “Domingo Antigo” e “Ora, Acho que Vou-Me Embora”, e as até então raríssimas “Canção da Moça”, “Homem de Neanderthal” e “Show de Me Esqueci”, gravadas para a trilha do fi lme “Brasil Ano 2000”, de Walter Lima Jr.

Todos os CDs do box trazem as letras das respectivas canções. A caixa vem também com textos históricos assinados pelo coordenador do projeto, Marcelo Fróes, que os escreveu após longas entrevistas nas quais Gal falou sobre os bastidores de cada disco.

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40 JANEIRO DE 2011

Coluna dos coordenadores regionais da Fundação RotáriaAltimar Augusto Fernandes e Henrique Vasconcelos*

Boas notícias para a causa rotária

crianças. Destas, aproximadamente 55,7 milhões rece-beram a bOPV.

Por permitir a simplifi cação dos aspectos logísticos das campanhas de vacinação, a bOPV se tornou o principal recurso para erradicar a doença.

“Esta vacina pode nos levar ao fi m da luta contra a pólio”, acrescenta Sutter.

PROJECTLINK: VOCÊ SABE O QUE É? O ProjectLINK é um banco de dados online do Rotary International que lista projetos rotários que precisam de assistência e projetos já concluídos que podem ser-vir como exemplo de melhores práticas. Basta acessar www.rotary.org/projectlink.

Lá você encontrará um formulário para divulgar pro-jetos de seu clube ou distrito que precisam de subsídios, doações não monetárias, voluntários e/ou parceiros para Subsídio Equivalente da Fundação Rotária.

A inclusão de um projeto no ProjectLINK não garante recebimento de fi nanciamento de Programa de Subsídios Humanitários da Fundação Rotária. Para tal, é necessário preencher o formulário apropriado e enviá-lo à entidade.

Todo projeto inscrito constará do banco de dados pelo período de dois anos, a menos que o clube ou distrito res-ponsável decida retirá-lo ou o Rotary International seja informado de que a atividade foi concluída.

Eis as diretrizes para inscrição de um projeto em busca de assistência:

Este mês trazemos duas novidades bem distintas, mas que têm em comum o fato de serem resul-tado da modernidade. De um lado, a ciência

mostrando seus resultados práticos em uma história que muito nos interessa: o combate fi nal à poliomie-lite. O outro assunto diz respeito a um instrumento online que tem como fi nalidade unir forças e promover a integração em torno de iniciativas rotárias: o Pro-jectLINK. Se você está procurando um parceiro para o seu projeto, é vital que você se informe sobre ele e faça a sua inscrição o mais rápido possível.

VACINA ORAL BIVALENTE CONTRA A PÓLIO É UM SUCESSOA vacina oral bivalente contra a pólio (bOPV) está provando ser uma arma poderosa na batalha para erradicar a doença.

Criada para cessar a transmissão dos vírus tipos 1 e 3 simultaneamente, a bOPV foi introduzida nos países endêmicos – Afeganistão, Índia, Nigéria e Paquistão – entre 2009 e 2010. Como resultado, o número de casos na Índia caiu de 498 em outubro de 2009 para somente 39 no mesmo período de 2010. O mesmo aconteceu na Nigéria, onde o número de casos caiu de 382 para apenas oito.

“Com o uso da bOPV, registramos a maior que-da já vista no número de casos da doença de um ano para outro”, explica o médico e epidemiologista Bruce Aylward, diretor da Iniciativa Global de Erradicação da Pólio na Organização Mundial da Saúde.

Na reunião da Comissão Internacional Polio Plus de outubro, Aylward declarou que o Rotary Interna-tional contribuiu muito para essa realização. “Os Sub-sídios Polio Plus outorgados pela Fundação Rotária foram decisivos para que tivéssemos os ganhos desses últimos 12 meses”, observa ele. “O mais incrível foi observar o que os fundos do Rotary proporcionaram à Nigéria. Mais de 23 milhões de dólares foram destina-dos a gastos operacionais. A queda de 98% nos casos de pólio não teria sido atingida se não tivéssemos os fundos para vacinar as crianças.”

Em 26 de outubro, 15 países africanos lançaram uma campanha simultânea de imunização, a terceira no continente durante o ano passado. Cerca de 290 mil agentes de saúde imunizaram 72 milhões de

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41BRASIL ROTÁRIO

Coluna do chair da Fundação Rotária

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CARL-WILHELM STENHAMMARPresidente do Conselho de Curadores

da Fundação Rotária

Conscientização é um componente importante no trabalho da Fundação Rotária. É crucial que os associados estejam conscientes sobre as metas

2010-11 da Fundação Rotária: erradicação da pólio, Plano Visão de Futuro, Todos Os Rotarianos Todos Os Anos e o Fundo Permanente.

Devemos, ainda, ter consciência sobre a Iniciativa Doações Extraordinárias para os Centros Rotary, que apoia os Centros Rotary de Estudos Internacionais na Área de Paz e Resolução de Confl itos e o nosso Desafi o de 200 Milhões de Dólares do Rotary.

É importante saber que somos 1,2 milhão de rotarianos em cerca de 200 países ou regiões geo-gráfi cas. Saber, igualmente, que somos divididos em zonas geográfi cas, cada uma das quais tem um ou mais coordenadores da Fundação Rotária, coorde-nadores regionais assistentes da Fundação Rotária e coordenadores de bolsistas graduados pela Fundação Rotária. Saber, além de tudo, que as fi nanças da Fundação Rotária são inteiramente se-paradas das do Rotary International, e que a Fundação Rotária é dirigida por um con-selho de 15 curadores, liderados por um cura-dor presidente. E que existem escritórios regionais na Argentina, Brasil, Austrália, Índia, Japão, Coreia e Suíça. Juntamente com o escritório central dos EUA, eles se encontram à disposição para servir não só ao Rotary International, mas também à Fundação Rotária.

Um outro componente essencial da consciência sobre a Fundação Rotária é compartilhar as informa-ções externas à nossa organização. Somos um grupo de líderes interligados de forma notável. É tempo de mostrar ao mundo tudo o que fi zemos de bom ao lon-go de tantos anos. Os rotarianos têm a oportunidade de criar – e devem criar – conscientização sobre os problemas mundiais e a maneira de resolvê-los, for-talecendo comunidades e unindo continentes, através do Dar de Si Antes de Pensar em Si.

Aumentando a conscientizaçãosobre a Fundação Rotária

* Os autores são coordenadores regionais da Fundação Rotária para as Zonas 22A e 23A, e para a Zona 22B, respectivamente.

1. Responsável — Clube ou distrito situado no país do projeto que o registra no banco de dados. Rotary Clubs e distritos que não estejam localizados no país onde desejam conduzir um projeto deverão estabe-lecer plano de cooperação com um clube ou distrito local, o qual poderá, então, inscrever o projeto no ProjectLINK.2. O clube ou distrito responsável deve notifi car ime-diatamente a sede mundial do RI quando o projeto for concluído ou houver alguma alteração nas infor-mações de contato. 3. O contato do projeto deve atender prontamente a todas as solicitações de informação.4. Cada clube ou distrito pode cadastrar até cinco projetos por vez no ProjectLINK.5. O Rotary Club ou distrito responsável pelo projeto deve cumprir os requisitos dos Subsídios Humanitá-rios da Fundação Rotária para entrega de relatórios.

Outro site para buscar parcerias: www.matchinggrants.org.

ESTABELEÇA AS METAS DE ARRECADAÇÃODE SEU CLUBE PARA 2011-12Para terminar, este lembrete: o formulário Metas do Clube, quanto a Captação de Recursos em 2011-12, está disponível para ajudá-lo no planejamento das contribuições anuais de seu clube. O endereço é www.rotary.org/RIdocuments/pt_pdf/erey_club_goal_report_form_pt.pdf.

O estabelecimento dessas metas é essencial à inicia-tiva Todos os Rotarianos, Todos os Anos, que visa for-talecer o Fundo Anual para Programas, a principal fonte fi nanceira para os programas educacionais e humanitários da Fundação Rotária.

Além do formulário online, versões impressas estarão inclusas no kit Sucesso Todos os Rotarianos, Todos os Anos, que será distribuído no Seminário de Treinamento de Presidentes Eleitos de Clube (Pets) de seu distrito. Os governadores eleitos devem ajudar a garantir que os presidentes eleitos recebam uma cópia do formulário com antecedência, para que compare-çam ao Pets com suas metas já estipuladas.

Depois de receberem os formulários preenchi-dos, os governadores eleitos podem enviar as metas à Fundação Rotária ou encaminhá-las pelo site do Rotary International – www.rotary.org. As metas e porcentagens alcançadas serão divulgadas no District Montlhy Contribution Report [Relatório de Contri-buição Mensal do Distrito]. Para mais informações, envie um e-mail para [email protected].

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42 JANEIRO DE 2011 MILHÕES DE CRIANÇAS AGUARDAM SUA DOAÇÃO À FR

D. 4310RC de São Manuel, SP Ednaldo Gomes Flavio De Osti Patrícia Coelho De Osti Paulo Justo Rosa Mara De Osti Dega

D. 4390RC de São Miguel dos Campos, AL Carlos Roberto Cavalcante Tenório, ex-presidente Geraldo Correia de Sá, in memoriam João Cristiano Ribeiro de Souza Aprígio, ex-presidente Serafi m Alves da Silva, ex-presidente

D. 4420RC de São Paulo-Anchieta, SP Frederico Pazini, com a quinta safi ra Janete Gonçalves De Martini, com a primeira safi ra Leonardo Weissmann, com a quinta safira Marcos Antonio Nogueira dos Santos, com a primeira safira

D. 4440RC de Juína, MT Gaspar Dorneles Iracy Armeliato Sidnei Lui, com uma safi ra

D. 4470RC de Naviraí-Integração, MS Antônio Maurílio Pires de Campos, com uma safi ra

D. 4510RC de Pederneiras, SP Cláudio Conte Cleuto José Magnani, ex-governador, com o cristal de Major Donor Daniela Creado da Silva, da Casa da Amizade José Antonio Camargo Lima, presidente, com dois rubis José Franco da Rocha Luiz Carlos Fávero, ex-presidente, com duas safi ras Ricardo Augusto Aversa Rubens Constantino Sebastião Pereira Tangerino Filho

D. 4590RC de Santa Cruz das Palmeiras, SP Gianpaolo Marangon

D. 4650RC de São Bento do Sul, SC Anibal Erico Pinto Cordeiro, com uma safi ra Condemir Silva Filho, com uma safi ra Dejacir Wolff Monteiro, com uma safi ra Elói Stockschneider, com uma safi ra Emerson Hinke, com uma safi ra Fábio Alexandre Schmidt, com cinco safi ras Glênio Luiz Denardim Dotto, com uma safi ra Heinz Walter Zulauf, com duas safi ras Joel Honório de Lima, com uma safi ra Jorge Adriano Peters, com uma safi ra Marcos Aurélio Scheid Prass, com uma safi ra Uwe Stortz, com uma safi ra

O que significam

Companheiro Paul HarrisUma pessoa, rotariana ou não, que contribui com o valor de 1.000 dólares rotários à Fundação Rotária, ou em cujo nome é feita tal contribuição, recebe como reconhecimento o título de Companheiro Paul Harris (), que consiste de certi fi cado e distintivo – com a opção de medalha, ao custo de 15 dólares rotários.

Contribuições múltiplasO Companheiro Paul Harris que faz contribuições múltiplas de 1.000 dólares rotários à Fundação Rotária, ou em cujo nome elas são feitas, recebe safi ras (), rubis () ou Major Donors (), de acordo com o valor do aporte acumulado.

Os fundosTais doações formam diversos fundos. São eles: o Fundo Anual de Programas, o Fundo Polio Plus ou Parceiros Polio Plus e o Fundo Permanente. As contribuições ainda podem servir aos Projetos de Subsídios Humanitários ou, se vierem de empresas, à Associação Brasileira da The Rotary Foundation.

Reconhecimentos da Fundação Rotária

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43BRASIL ROTÁRIO

Interact & Rotaract

O Rotaract Club de São Manuel, SP (D.4310), promoveu a Festa do Dia das Crianças na Casa Santa Maria, em Botucatu. Os meninos e meninas receberam brinquedos e foi servido um lanche.

Foi fundado o Interact Club de Santos-Porto, SP (D.4420). A posse contou com a presença do governador 2003-04 do distrito, Dirceu Vieira.

O Interact Club de Itápolis, SP (D.4480), realizou o sétimo Interagindo, com a presença de 300 pessoas. No evento, 700 caixas de leite foram arrecadadas e doadas ao Instituto São Pelegrino, que auxilia pessoas com câncer. Em outra ocasião, os jovens do Interact Club participaram do Dia das Crianças, realizado pelos rotarianos do município.

Os jovens do Interact Club de Ibitinga, SP (D.4480), apoiaram a campanha da Loja Estrela Maçônica, com o objetivo de arrecadar e doar alimentos. O projeto é deno-minado Arrastão Solidário.

O Rotaract Club de Pindorama, SP (D.4480), realizou a Festa da Paz e da Humanização, no Lar dos Velhinhos de Pindorama. O evento contou com muita música, comida e decoração especial.

Os jovens do Rotaract Club de Auriflama, SP (D.4480), organizaram uma comemoração no Dia das Crianças para os estudantes da Apae do município. O evento contou com churrasco, música e dinâmica realizada pelo professor de educação física da Apae, Antônio Bispo dos Santos. Em outra ocasião, o clube recebeu a edição 2010 da Assembleia Distrital de Rota-ract Clubs, com a presença de clubes de toda a região.

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44 JANEIRO DE 2011

Interact & Rotaract

O Rotaract Club de Pains, MG (D.4560), realizou a primeira edição da Gincana Ecológica do Projeto Suma, evento que contou com 150 participan-tes, divididos em três equipes, que disputaram um prê-mio de 600 reais.

O Rotaract Club de Santa Cruz das Pal-meiras, SP (D.4590), premiou o advogado Fer-nando Badin com o título de Jovem Profissional do Ano. A premiação seleciona um jovem profis-sional de destaque durante o ano rotário vigente.

Os jovens do Rotaract Club de Campinas-Sul, SP (D.4590), em parceria com o Interact Club de Campinas-Sul, realizam mensalmente a campanha de arrecadação de alimentos Sábado Solidário, que reúne cerca de duas toneladas por edição. Os alimentos são doados para a Associação Esperança e Vida, que ajuda dependentes químicos e portadores do vírus HIV.

Foi fundado o Rotaract Club de Tatuí-Nascer do Sol, SP (D.4620). Os jovens receberam das mãos do governador do distrito, José Carlos Miguel, o certi-ficado de fundação.

O Rotaract Club de Toledo, PR (D.4640), realizou a Noite do Peixe, evento beneficente que recebeu cerca de 200 convidados.

Os integrantes do Rotaract Club de Foz do Iguaçu-Terra das Águas, PR (D.4640), em parceria com alunos do curso de design de moda do município, produziram ecolixeiras e ecobolsas para distribuição na 12ª Expoflor.

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46 JANEIRO DE 2011

Brasil Rotário: servindo através da comunicação

Você quer entrar em contatocom a Brasil Rotário? Escreva para nossos e-mails.

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ações do seu clube, escreva para

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da revista, alterar o endereço de envio ou

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45Brasil rotário

O Rotaract Club de Santo Ângelo, RS (D.4660), realizou campanha de incentivo à doação de sangue para o Hemocentro do município.

Os jovens do Ro-taract Club de Campo Bom, RS (D.4670), em parce-ria com o Interact Club de Campo Bom, realizaram evento para mais de 70 meninos e meni-nas do Lar Colmeia, em comemoração ao Dia das Crianças.

O Rotaract Club de Taquara, RS (D.4670), realizou o projeto Busaract, no qual manicures, cabeleireiras e maquiadoras voluntárias realizaram tratamentos estéti-cos em meninas da entidade assistencial Lar das Meninas. A ação foi patrocinada pela empresa Citral.

Os jovens do Ro-taract Club de Cachoeirinha, RS (D.4670), realiza-ram a limpeza do marco rotário do município.

O Rotaract Club de São José dos Pinhais-Afonso Pena, PR (D.4730), realizou a revitalização dos dois marcos rotários da cidade.

Foi fundado o Inte-ract Club de Pon-ta Grossa-Sabará, PR (D.4730).

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47BRASIL ROTÁRIO

Distritos em revistaCorrigindo lábios, devolvendo infânciasRotary Club do Paraná encabeçou projeto para ampliaratendimento aos portadores de fissura labiopalatalD. 4710

No Brasil, estima-se que a cada 650 nascimentos, uma criança nasça com fissura labiopalatal, popularmente conhecida como

lábio leporino. O problema consiste em uma abertura na região do lábio ou palato, ocasionada pelo não fechamento dessas estruturas, que ocorre entre a quarta e a décima semana de gestação.

As fi ssuras não tratadas podem provo-car sequelas graves, como perda de audi-ção, problemas de fala, défi cit nutricional e sofrimento com o preconceito. Por isso, o nosso destaque do mês vai para a iniciativa do RC de Arapongas-Beija-Flor, PR, que adquiriu 11 equipamentos, entre eles um nasofaringolaringoscópio fl exível, para o Centro de Reabilitação dos Portadores de Fissura Lábio Palatal de Londrina (Cefi l), no valor de 23 mil dólares.

O Cefi l atendia a mais de 800 pacientes e, com as aquisições, o número de bene-fi ciados tende a se expandir. Além disso, pacientes que antes esperavam até um mês para serem examinados, agora poderão passar por mais de uma avaliação em um mesmo dia.

Tudo isso foi possível graças a um pro-jeto de Subsídios Equivalentes da Fundação Rotária que uniu em parceria os distritos 4710, do Paraná, e 6540, do Estado de Indiana, EUA. O projeto contou ainda com o apoio de outras 24 unidades rotárias do distrito paranaense.

DE PÉ, a partir da esquerda, o governador 2009-10 do distrito 4710, José Botelho, o presidente do clube, Gutemberg Henrique Costa, o médico do Cefil, Álva-ro Fagotti Filho, e,

à direita, nesta ordem, o governador 2009-10 do distrito 6540, Floyd Lancia, e os companheiros norte-americanos Justin Brugger e Douglas Risser. Ao centro, sentado, encontra-se o atual gover-nador do 4710, Claudinei de Oliveira. A presidente 2009-10 do clube, Maria de Lourdes Campos, de branco, aparece no canto direito. Demais rotarianos do clube também estão na foto.

OS RO-TARIANOS norte-ame-ricanos, entre eles o ex-governa-dor distrital Floyd Lan-cia, apro-

veitaram a visita ao projeto e conheceram a creche do município de Arapongas mantida pelo Rotary Club e pela Casa da Amizade.

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48 JANEIRO DE 2011

Distritos em revista

D. 4310 RC de Itu-Convenção, SP – Em parceria com a Secretaria de Saúde de Itu, lançou o projeto Saúde do Homem, iniciativa de exames preventivos para o público masculino e encaminha-mento para tratamento. Na foto, tirada durante o evento de lançamento (do qual participaram todos os companheiros do clube), aparecem o secretário de saúde Marco Aurélio Bastos, a presidente do clube, Maria Célia Bombana, o prefeito Herculano Passos Junior, o rotariano Michel Cutait e o gover-nador do distrito, Humberto de Lucena.

D. 4310 RC de Piracicaba, SP – Doou 1.800 reais à Associação de Pais e

Amigos de Surdos de Piracicaba (Apaspi) para a aquisição de microcomputador. A enti-

dade atende diariamente mais de 70 crian-ças e adolescentes com deficiência auditiva

de Piracicaba e região. Na foto, Maria de Fátima Esteves, presidente da Apaspi, João

Almeida, presidente do clube, e José ArefSabbagh Esteves, associado ao RC.

D. 4390 RC de Aracaju-Treze de Julho, SE – Comemorou o Dia da Árvore em evento que reuniu a Polícia Militar de Sergipe e as crianças do Projeto Amigui-nhos, iniciativa que pretende

resgatar a cidadania de crianças carentes do Conjunto Tamandaré, no bairro Santos Dumont. Houve plantio de muda.

D. 4390 RC de Itapo-

ranga D’Ajuda, SE – Prestou

ajuda às vítimas das enchentes

do Nordeste atendidas pela iniciativa Shel-

terBox no muni-cípio de União

dos Palmares, em Alagoas. Na foto, detalhe do

acampamento ShelterBox.

D. 4410 RC de Vitória-Praia do Canto, ES – Organizou festa para crianças carentes com direito a lanches, brincadeiras e gincana. O clube contou com o apoio de integrantes do programa de Intercâmbio de Jovens, voluntários da comunidade e da Faculdade Saberes, de Vitória.

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49BRASIL ROTÁRIO

D. 4430 RC de São Paulo-Vila Carrão, SP – Esteve à frente do 12º Projeto Rumo, que promoveu palestras sobre profissões para mais de 130 alunos da Escola Estadual Coronel Pedro Arbues. Entre as carreiras destacadas estavam a de oficial da Polícia Militar (foto), enge-nheiro, psicólogo, professor de educação física e administrador, entre outras.

D. 4410 RC de Vitória-Praia Comprida, ES – Registra a passagem de Adriana Dias de Oliveira pela Finlândia no final de outubro. A jovem cumpre inter-câmbio de longa duração na Estônia.

D. 4410 RC de Cachoeiro de Itape-mirim, ES – Entregou 85 cobertores ao Hospi-tal Evangélico de Cachoeiro de Itapemirim.

D. 4420 RC de São Vicen-te-Antônio Emmerich, SP – Pro-moveu, em parceria com o Rotary Kids local, o Dia dos Dentes Limpos na Creche Escola Ana Paiva. Na foto, a presidente Simone de Oliveira Cavalcanti, as integrantes do Rotary Kids e as crianças da creche.

D. 4420 RC de Guarujá-Vicente de Carvalho, SP – Home-nageou a funcionária Heloina Freitas, funcionária do Núcleo Joaquim Fernan-des, que atende crianças carentes. O projeto, mantido e administrado pelo clube desde 2003, se localiza no bairro Morrinhos, do município de Guarujá.

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50 JANEIRO DE 2011

Distritos em revista

D. 4470 RC de Nova Alvorada do Sul, MS – Ofereceu uma festa para os integrantes da Apae. Os alunos tiveram uma tarde animada com atividades recreativas e show de palhaços. A ini-ciativa teve a parceria da Casa da Amizade local.

D. 4470 RC de Campo Gran-de-Alvorada, MS – Está promovendo a imagem pública do Rotary desde 2008. A atual Comissão de Relações Públicas do clube, por exemplo, uti-lizou diversas frentes de divulgação: na Rádio Blink, de Campo Grande, foram veiculados spots, propagandas e entrevista com o governador distrital assistente Milton Miranda. Na cadeia de cinemas Cinemark houve a inserção de 4.000 vídeos promocionais, enquan-to a logomarca do clube foi exibida em 46 painéis instalados em importantes estabelecimentos comerciais de Campo Grande. O trabalho de divulgação tam-bém utilizou 12 outdoors espalhados pela cidade.

D. 4430 RC de São Paulo-Pirituba, SP – O companheiro Antônio Roberto Risson, ao

comemorar 60 anos, fez um pedido: não queria presentes, e sim que fossem feitas doações para o programa Polio Plus, de combate à poliomielite.

Antônio é uma vítima da doença e teve a grata surpresa de ser atendido em seu apelo. O valor

arrecadado para a Fundação Rotária, que promove o Polio Plus, equivaleu a quatro títulos de Compa-nheiro Paul Harris. Suas filhas Andréia e Roberta

Risson foram agraciadas com um título cada.

D. 4440 RC de Alta Floresta-Centro, MT – Por meio do 3º Leilão Solidário, arrecadou fundos para os projetos comunitários do clube, tais como: Banco de Cadeiras de Rodas e Colchões, campanha contra a diabetes, de doação de sangue, conscienti-zação no trânsito e Natal Solidário.

D. 4440 Os Rotary Clubs das cidades de Cuiabá, Várzea Gran-de, Livramento e Poconé, de Mato Grosso, homenagearam profissionais de diversas áreas no mês de outubro. Cada clube indicou três profissionais de sua cidade que se destacaram por relevantes serviços prestados à comunidade. Promovido pela Comissão Distrital de Serviços Profissionais, que é presidida pelo rotariano Zozoel de Paula, do RC de Cuiabá-CPA, o evento foi prestigiado pelo casal governador do distrito, Serafim Carvalho Melo e Sônia, pelo governador eleito 2011-12 do 4440, João Mário Silva Maldonado, e pelos presidentes dos clubes.

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51BRASIL ROTÁRIO

D. 4470 RC de Araçatuba-Centenário, SP – Ficou responsável pela Barraca Brasil, que divulgou a culinária nacional na 3ª Festa das Nações, ocorrida no Recinto de Exposições Clibas de Almeida Prado em 15 e 16 de outubro. A renda obtida teve como destino o Sanatório Benedita Fernandes e a Funda-ção Rotária. Vale ressaltar que o evento foi promovi-do por todos os Rotary Clubs de Araçatuba.

D. 4480 RC de São José do Rio Preto-Novas Gerações, SP – Realizou o 1º Festival da Pizza em parceria com o Lar Esperança, que abriga idosos no município. Na ocasião, graças ao trabalho de 60 voluntários, foram produzidas e vendidas 2.500 pizzas.

D. 4480 RC de São José do Rio Preto-Norte, SP – Organizou a 12ª Campanha de Doa-ção de Órgãos e Tecidos entre os dias 25 e 30 de setembro. A ação contou com o apoio do Rotaract e da Casa da Amizade locais.

D. 4480 RC de Jales, SP – Promoveu uma grande festa para as crianças do bairro do Jacb, reunindo mais de 600 pessoas e 30 voluntários. Hou-ve diversas atividades recreativas e lanches para toda a garotada. No total, foram 150 litros de refrige-rantes, 20 quilos de salgadinhos e 700 cachorros-quentes.

D. 4480 RC de Votuporan-ga, SP – Entre-gou 3.124 reais à Associação de Bairros Colinas, entidade que gere uma biblioteca co-munitária. O valor será utilizado na conclusão do prédio da biblioteca, onde ocorrerão, entre outras atividades, cursos de computação para jovens e idosos e funcionará uma farmácia de remédios doados. O clube também está à frente do projeto Nota Fiscal Paulista, que incentiva a arrecadação de cupons fiscais em estabelecimen-tos comerciais para registro em nome de entidades de interesse social. Graças a esse projeto, a Santa Casa de Votuporanga recebeu 252.686,38 reais.

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52 JANEIRO DE 2011

Distritos em revista

D. 4480 RC de Ibitin-ga, SP – Reali-zou em sua sede a cerimônia de formatura da turma de 2010 do Programa de Alfabetização para Trabalhado-res Rurais sem Escolaridade, promovido junto

com o Sindicato Rural de Ibitinga, o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) e a prefeitura. Durante o curso, os alunos que apresentaram dificuldade visual receberam ócu-los, oferecidos pelas Óticas Carol. Na foto, o coordenador do Senar/SP, André Racy, a formanda Matilde das Neves Batis-ta, a professora Carla Antonelli e o presidente do clube, Luiz Aguinaldo Granella. Em outra ocasião, os rotarianos também promoveram o 1º Enduro Ecológico, com o apoio da prefeitura e a colaboração do secretário de Esporte e Lazer Francisco das Chagas Azevedo, do CCAA e do Ibiti Palace Hotel, entre outros. O Interact Club participou da iniciativa, que recolheu leite para o Grupo de Apoio aos Portadores de Câncer.

D. 4480 RC de Pindora-ma, SP – Organizou a 2ª Noite

Mineira da Família Rotária de Pindorama, com o auxílio da Casa

da Amizade e do Rotaract Club. O cardápio incluiu saladas, tor-resmo, arroz carreteiro, tutu de

feijão e bisteca. Em outra oportu-nidade, junto com as senhoras e

os rotaractianos, o clube iniciou a campanha de doação de sangue

Um Braço pela Vida.

D. 4490 RC de Juazeiro do Norte-Padre Cíce-ro, CE – Organizou uma comemoração para 150 crianças do bairro Aeroporto no Núcleo Rotary de Desenvolvimento Comunitário-Nova Esperança.

D. 4490 RC de Oei-ras, PI – Entregou uma moto Honda Fan zero quilômetro ao empresário Grigório Mar-cos, ganhador do Bingo da Amizade 2010, organizado com o objetivo de arrecadar fundos para as ações do clube. Na mesma ocasião, homenageou o farmacêutico Darci Mendes de Carvalho e o mecânico Deusdete Paixão de Araújo pelos serviços prestados à comunidade. No

mês de setembro de 2010, em parceria com a subsecção Oeiras da OAB, promoveu o projeto Cidadania Ativa. Os advogados Joaquim Santana e Daniel Oliveira debateram temas como o processo eleitoral e a Lei da Ficha Limpa, entre outros. Cerca de 400 estudantes, educadores e autoridades do Poder Judiciário local prestigiaram o evento.

D. 4490 RC de Parnaíba, PI – En-

tregou alimentos para o projeto Fazenda

Reviver, na praia do Maramar. A instituição trabalha na recupera-

ção de dependentes químicos. Por conta de

um convênio firmado com o Juizado Espe-

cial Criminal, o su-primento de gêneros

alimentícios à Fazenda Reviver ocorrerá todos

os meses, por meio das penas alternativas.

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53BRASIL ROTÁRIO

D. 4510 RC de Marília-Pio-neiro, SP – Homenageou o fotó-grafo Manuel Joaquim Pires (foto), em reconhecimento aos seus mais de 50 anos de atividade profissional em Marília. Em outra oportunidade, o clube indicou o Lar da Criança como beneficiado no trabalho da editora Epil, responsável pelas listas telefônicas da cidade. Desde 2004, a empresa recicla as listas antigas e, com o valor arrecadado na reci-clagem, entrega alimentos, material de limpeza, higiene pessoal e fraldas, entre outros produtos, a instituições locais. Outra iniciativa do clube foi a 12ª edição do Festival de Prêmios, nas dependências do Marília Tênis Clube, beneficiando sete institui-ções da cidade. Em outra ocasião, o clube também homenageou o comerciante Webber Jo Ibara, o maior colaborador do Dia da Alegria, evento promovido pelos rotarianos no Dia das Crianças.

D. 4490 RC de Jua-zeiro do Norte-Cariri, CE – O clube adquiriu cadeiras de rodas que serão destina-das à comunidade.

D. 4500 RC de João Pessoa-Tambaú, PB – Os associados patro-cinaram o uniforme dos 14 alunos da Escola-Teatro Anjos de Deus, da Comu-nidade São Luiz Gonzaga. A foto registra a comemoração do dia do patrono da comunidade, que contou com palestras e apresentações de teatro, entre outras atividades. Recentemente, o clube tam-bém desenvolveu um trabalho educacio-nal em parceria com a Escola Municipal Agostinho Fonseca Neto, com o objetivo de alertar os alunos para o desperdício e o mau uso da água.

D. 4500 RC do Re-cife-Treze de Maio, PE – Para come-morar seu 30º aniversário de funda-ção, o clube organizou o casamento comunitário de 24 casais nas dependências da creche Nossa Senhora da Ajuda. Os noivos ganharam bolo e espumante, e participaram de um almoço de con-fraternização com sorteio de presentes. As come-morações do aniversário foram encerradas com um jantar no restaurante Adega, do Clube Português. Na oportunidade, foram prestadas homenagens aos fundadores do clube e aos ex-presidentes.

D. 4510 RC de Pederneiras, SP – Realizou a 14ª edição da festa Porco no Rolete para mais de 1.000 pessoas. Os rotarianos destinaram à Casa da Criança da Vila Paulista de Pederneiras parte do lucro obtido com o evento.

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54 JANEIRO DE 2011

Distritos em revista

D. 4510 Para divulgar a imagem pública da instituição, o distrito está produzindo a série de programas Rotary Comunidade, exibida na TV Cidade. Na foto, o rotariano Eliseu Visconti Neto, associado ao RC de Presidente Prudente-Leste, SP, e apresentador do programa, entrevista o ex-governador 2005-06 José Giometti (à direita).

D. 4510 RC de Tupi Paulista, SP – Os rotarianos inauguraram na sede do

Projeto do Leais-Espaço Amigo a brinque-doteca Nícia Fernandes Nanni, assim nome-

ada em homenagem à saudosa associada do clube. Visitantes, autoridades locais e

colaboradores, além de familiares e amigos da rotariana, prestigiaram a inauguração e

doaram brinquedos.

D. 4520 RC de Ipatinga, MG – Orga-nizou uma festa para as crianças da comunida-de do Achado.

D. 4520 RC de João Monlevade, MG – Re-cebeu Moção de Aplausos durante reunião da Câmara Municipal de João Monlevade. No discurso de agrade-

cimento, a presidente do clube, Ângela Maria Costanzo Soares, destacou algumas das ações realizadas pelos

rotarianos, como distribuição de kits escolares e auxílio às entidades locais. Na oportunidade, o clube ainda doou uma cadeiras de rodas à Câmara, cujo prédio passou por melhorias para se tornar acessível aos deficientes físicos.

D. 4530 RC de Taguatinga-Norte, DF – Com a participação da Associação de Senhoras de Rotaria-nos e do Rotaract Club, os rotarianos plantaram árvores no Centro de Ensino Especial número três, em Samam-baia. Em outra oportunidade, o clube visitou o viveiro de árvores ornamentais e do cerrado da Terracap, quando recebeu doações de mudas. Os rotarianos também participaram do 1º Congresso Iberoamericano de Banco de Leite Humano e do 5º Congresso Nacional de Banco de Leite Humano.

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55BRASIL ROTÁRIO

D. 4530 RC de Goiânia-24 de Outubro, GO – Junto com outras instituições locais, o clube organizou uma festa para 2.700 crianças no bairro Santa Rita. Mais de 6.000 pessoas participaram da comemoração. Os meninos e meninas puderam brincar, lancharam e ganharam brinquedos.

D. 4530 RC de Sa-mambaia,

DF – Ofereceu uma festa

para crianças no Centro de

Projetos e Assistência

Integral, com recreação, almoço, lanche e distribuição de brinquedos. Em outra

ocasião, o clube homenageou os cidadãos escolhidos como profissionais do ano na

comunidade.

D. 4530 Com o apoio da Fundação de Rotarianos de Brasília e do distrito, os Rotary Clubs do Distrito Federal e

das cidades vizinhas realizaram a 11ª Ação Social, no Centro Educacional Dona América, no bairro de Araponga, em Pla-

naltina. O evento reuniu público estimado em 3.000 pessoas e foram realizados 1.441 atendimentos, incluindo aferição de pressão arterial, orientação de higiene bucal com doação de escovas de dentes, emissão de documentos, e cortes de ca-

belo, entre outros serviços. Além disso, foram oferecidos café da manhã e almoço. O Samu, Juizado Especial Itinerante,

Senac e Procon foram alguns dos parceiros na ação social.

D. 4540 RC de São Carlos-Pinhal, SP – Participou do plantio de 35 mudas de árvores na praça da Associa-ção Comercial e Industrial de São Carlos (Acisc), no bairro Jardim Cardinalli. Foram plantados manacás, ipês amarelos e jaca-randás, representando os 35 anos do clu-be. O prefeito Oswaldo Barba; o governa-dor do distrito, André Giusti; o secretário de Desenvolvimento Sustentável, Ciência e Tecnologia, Marcos Martinelli; e o pre-sidente da Acisc José Eduardo Casemiro, prestigiaram a iniciativa.

D. 4540 RC de Ipuã, SP – Promoveu o 1º Almoço Típico de Comitivas, com o objetivo de levantar verba para a compra de cadeiras de rodas e de banho. O evento recebeu o apoio da Casa da Dinda, em Ipuã, e 350 pessoas estiveram presentes no almo-ço, preparado por três componentes da Associação de Muladeiros de Santa Helena de Goiás. Em outra ocasião, os rotarianos visitaram as crianças assistidas pelo Centro de Atenção de Necessidades Especiais de Ipuã, levando guloseimas. A visita também contou com a apresentação de um casal de palhaços.

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56 JANEIRO DE 2011

Distritos em revista

D. 4550 Os RCs de Santo Amaro, Cachoeira-São Felix, Cruz das Almas, Santo Antonio de Jesus e Valença, BA, promove-ram uma comemoração para crianças com distribuição de 1.500 brinquedos.

D. 4560 RC de Itaúna-Cidade Universi-tária, MG – Realizou o 1º Festival de Chopp, com a presença de aproximadamente 400 pessoas. Os rota-rianos utilizaram parte da renda obtida com o evento na doação de um colchão d’água a um deficiente acamado. Outra parte foi investida no andamento do projeto de construção da sede própria do clube.

D. 4560 RC de Extrema, MG – Fundado recentemente, o clube é o primeiro da cidade mi-neira de Extrema. Na festiva de fundação, estive-ram representados os RCs de Bragança Paulista, SP (D. 4590), Osasco, SP (D. 4610), Cambuí, MG (D. 4560), e Guaxupé, MG (D. 4560), entre outros. Na foto, o presidente Ricardo Dalle Lucca recebe a Carta Constitutiva, ladeado pelo ex-governador distrital Luiz Araújo e pelo governador Walmor Zambroti.

D. 4570 RC do Rio de Janeiro-Laranjeiras, RJ – Com um Subsídio

Equivalente da Fundação Rotária – e em parceria com o RC de Puisaye-Forterre,

França (D. 1750) –, o clube entregou um gabinete odontológico ao Centro de Educa-

ção Infantil Cristo Redentor. A instituição dá assistência a 147 crianças.

D. 4580 RC de Juiz

de Fora-Dis-trito Indus-

trial, MG – Por ocasião da visita oficial do governador Cristóvão Maurício

Mesquita Ferreira, os rotarianos inauguraram a Ala-meda Rotary EGD Antônio Celso, em homenagem

ao associado do clube. Na oportunidade também foram plantadas 180 mudas de árvores nativas da mata atlântica na fazenda Santa Rita, de proprie-

dade do associado honorário Luiz Geraldo Soranço. Foi o terceiro plantio realizado pelo clube, totalizan-

do 360 mudas.

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57BRASIL ROTÁRIO

D. 4590 RC de Limeira-Sul, SP – Em parceria com a Casa da Amizade, no mês de outubro o clube organizou uma festa em comemoração ao Dia das Crian-ças no Centro de Recuperação Nutricio-nal João Ometto, entidade que oferece reforço alimentar e assistência médica e educacional a 50 crianças.

D. 4590 RC de Cam-pinas-Sul, SP – Em mais uma edição do pro-jeto Dia D-Dia Feliz, desta vez realizado numa creche do bairro Íris 1, os rota-rianos ofereceram atendimento médico gratuito aos participantes (com testes de hepatite e glicemia), orientação jurídica e odontológica (foto), doação de mais de 200 kits com escova e creme dental, e atividades recreativas – incluindo aí a participação do canil da Polícia Militar.

D. 4590 RC de São Pedro, SP – Depois de reunir um total de 4.250 quilos

de alimentos, 6.048 litros de leite e mais de 500 pacotes de fralda geriátrica (trabalho feito em parceria com o Hotel Fazenda São João), o clube repassou as doações a diversas entidades assistenciais da cidade, como Apae, Lar dos Velhinhos, Casa das Crianças, Legião Mirim e Pastoral das Crianças.

D. 4590 RC de Campinas-Carlos Gomes, SP – Doou um computador à Casa da Sopa, entidade que conta com o apoio do clube para servir refeições e oferecer reforço escolar e aulas de esporte às crianças da comunidade. Vivendo de doações para se manter, a instituição foi invadida recentemente e teve seu antigo microcomputador roubado.

D. 4600 RC de São José dos Campos-Leste, SP – Em cerimônia que contou com a presença do governador distrital Moacyr Pereira Peixoto, o clube celebrou seus 25 anos de funda-ção. Em parceria com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente, fo-ram plantadas 25 árvores nativas num bosque da cidade.

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58 JANEIRO DE 2011

Distritos em revista

D. 4600 RC de Jacareí-Flórida 3 de Abril, SP – Em novembro, como faz todos os anos, o clube homenageou os profissionais mais destacados da cidade em sua área de atuação. Receberam diplomas a cabelei-reira Isaura Cassal, a podóloga Teresa Vong, o capitão da PM Relder Fialho e o engenheiro civil Oswaldo Corat. Na mesma reunião, o clube firmou uma parceria com a Associação dos Ex-Combatentes de Jacareí. O objetivo do projeto é perpetuar as histórias dos 133 jacareienses que lutaram na Segunda Guerra Mundial. Treze deles ainda estão vivos.

D. 4610 RC de São Paulo-Perdizes, SP – Foi o responsável pela organização do Superipa em 2010, evento que há 27 anos ininterruptos reúne este clube paulistano e os Rotary Clubs de São Paulo-Sumaré e Rio de Janeiro-Ipanema. Desta vez, o encontro acon-teceu na cidade paulista de Guararema. Além das atividades de lazer e companheirismo, o Superipa deste ano foi animado por um bingo, com recursos destinados à Fundação Rotária.

D. 4610 Em parceria com a OAB de São Paulo, a Associação Comercial de São Paulo e a Sociedade Amigos da

Cidade, o distrito realizou o 1o Fórum Segurança e Cidadania. Ao final do encontro, foi aprovada a Carta de São Paulo Sobre Segurança e Cidada-nia. Diversas autoridades estiveram presentes ao debate, entre elas o presidente da Comissão de Segurança Pública da OAB-SP, Arles Gonçalves Júnior (1o à esquerda); JB Oliveira, presidente da Sociedade Amigos da Cidade; o governador do distrito, Altamiro Ribeiro Dias; o coronel Luiz Edu-ardo Pesce de Arruda, comandante do Centro de Altos Estudos de Segurança; e a governadora assis-tente do distrito, Maria Lucia Giancoli Strazzeri.

D. 4610 RC de São Paulo-Armando Arruda Pereira, SP – Este novo clube do distrito foi fundado no dia 13 de outubro, du-rante uma cerimônia com quase 200 pessoas. Na foto, os associados fundadores do clube posando jun-tamente com o governador distrital Altamiro Ribeiro Dias.

D. 4610 RC de São Paulo, SP – Em seu se-minário anual sobre drogas, gravidez na adolescência, Aids e outras doenças sexualmente transmissíveis, o clube recebeu 474 jovens, na faixa etária de 14 a 21 anos, todos ligados à Associação de Ensino Social Profissionalizante (Espro). A dinâmica do seminário privilegiou a participação dos alunos, num clima de diálogo bastante produtivo. O evento foi organizado com a parceria da Fundação de Rota-rianos de São Paulo, a Faculdade de Medicina da Universi-dade de São Paulo e o Espro.

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59BRASIL ROTÁRIO

D. 4620 RC de Soro-caba-Norte, SP – Doou uma máquina de lavar e uma máqui-na de secar industriais à Asso-ciação Beneficente Oncológica de Sorocaba. Na foto, associa-dos ao clube no dia em que os equipamentos foram entregues.

D. 4620 RC de Araçoiaba da Serra, SP – O passeio ciclístico

promovido pela Guarda de Araçoiaba no Dia da Criança terminou na sede

do Rotary, onde os participantes ganharam pipoca, sorvete e brindes. Posteriormente, foi feito o sorteio de

uma bicicleta.

D. 4620 RC de Sorocaba-No-vas Gerações, SP – Feijoada organiza-

da pelo clube com renda destinada à

compra de uniformes para a Associação

Amor em Cristo.

D. 4630 RC de Cianorte-Fur-quim de Castro, PR – Participou das atividades realizadas na cidade duran-

te a Semana Nacional do Trânsito.

D. 4630 RC de Maringá-No-vo Centro, PR – Entre as ações que realizou recentemente, o clube para-

naense plantou um total de 40 árvores em quatro escolas municipais; distri-buiu brinquedos no Dia das Crianças no Hospital Universitário e na Escola Infantil Bom Samaritano; e doou uma

cadeira de rodas a um asilo da cidade.

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60 JANEIRO DE 2011

Distritos em revista

D. 4640 RC de Foz do Iguaçu-Catara-tas, PR – Com a parceria da Asso-ciação Recreativa e Esportiva da Segurança Física e o apoio da Itaipu Binacional, o clube promoveu no dia 10 de outubro o 3º Torneio Sul-Ameri-cano de Arremes-

so de Celular. O objetivo do evento é, de forma descontraída, conscientizar a população sobre a destinação correta do lixo eletrônico na região da tríplice fronteira entre Brasil, Paraguai e Argentina. Os rotarianos foram os responsáveis por receber os alimentos não perecíveis arrecadados nas inscrições e destiná-los às entidades assistenciais de Foz do Iguaçu.

D. 4640 RC de Francisco Bel-trão-Urio Park, PR – Em evento pro-movido pelo clube, o palestrante Pedro de Jesus Colaço falou aos alunos de uma escola pública da cidade de Marmeleiro, no Paraná, sobre prevenção ao uso de drogas. Mais de 200 jovens assistiram à palestra, promovida em parceria com a Secretaria Municipal de Educação.

D. 4640 RC de Santa Izabel do Oeste, PR – Nos dias 11 e 12 de outubro, o clube ajudou a recep-cionar e orientar os cerca de 40 mil romeiros que passaram pela cidade em visita ao Santuário Diocesano Nossa Senhora Aparecida.

D. 4650 RC de Campo Alegre, SC – Comemorando o Dia das Crianças, os rotarianos promoveram duas sessões de cinema do filme “Ratimbum” para 180 meninos e meninas do bairro Vila Cedro. O evento foi organizado em parceria com a Associação de Senhoras de Rotarianos e a Rádio Cidade FM. As crianças também ganharam cachorro-quente e refrigerante.

D. 4650 RC de Presidente Getúlio, SC – Em uma de suas reuniões, o clube homenageou o setor de arte-sanato do Vale Norte do Itajaí, tendo como convidadas especiais pessoas e entidades vinculadas a esta atividade nos municípios de Ibirama, Presidente Getúlio e Witmarsum. O programa da noite contou com a presença da colecionadora Milene Müller, que expôs parte do seu acervo de peças ar-tesanais (foto) e palestrou sobre artesanato colecionado e suas aplicações.

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61BRASIL ROTÁRIO

D. 4660 RC de Tu-panciretã, RS – Assinou um termo de cooperação técnica com a Fundação Es-tadual de Pesquisa Agrope-cuária (Fepagro), pelo qual ambas as partes obrigam-se a realizar atividades con-juntas para preservar um bosque da cidade, tombado por lei municipal. O proje-to prevê o cercamento de

toda a área, que possui seis hectares e a continuidade do plantio de 1.000 mudas de árvores nativas. A foto mostra o presidente da Fepagro, Benami Bacaltchuk, assinando o documento. Em agradecimento à parceria, o clube o presenteou com um título de Companheiro Paul Harris.

D. 4650 RC de Joinville-Cidade das Flores, SC – Doou uma bomba excretora de leite e frascos para coleta do líquido ao banco de leite humano da Maternidade Darcy Vargas (MDV). Com estes novos equipamentos, avaliados em mais de 3.500 reais, a unidade de saúde poderá expandir o número de atendimentos. “Para abas-tecer não só Joinville, mas também as cidades vizinhas, nós precisamos manter um estoque mensal de 140 litros”, comentou o diretor da MDV, Armando Dias. “Mas com apenas um equi-pamento, atingir essa meta ficava bem difícil.”

D. 4651 RC de Floria-nópolis-Lagoa, SC – Durante a assinatura do convênio com a Secretaria de Saúde de Flo-rianópolis para a realização do projeto Olhar Melhor, idealizado e executado pelos rotarianos, foi feito ao clube o repasse da primeira parte da verba que vem sendo empregada na aqui-sição de óculos para as crianças do ensino funda-mental das escolas públicas da cidade. Adultos que participam de cursos de alfabetização e pessoas da terceira idade também estão sendo beneficiados. Na foto, aparecem o secretário de Saúde João José Candido da Silva (1º à esquerda); o prefeito da cidade, Dario Berger; Luiz Carlos Echevarrieta, presidente do clube; e Gean Loureiro, presidente da Câmara de Vereadores.

D. 4660 RC de São Miguel das Missões, RS – Durante a visita do governador Antônio Carlos Filippe, o clube doou uma cadeira de rodas especial a uma aluna da Apae local. Também foram adquiridos cinco cadeiras de rodas, dois andadores e duas cadeiras de banho, além de muletas e tipoias, para que esses equipamentos sejam colocados à disposi-ção da população.

D. 4651 Foi lançada em Florianópolis, SC, a segunda etapa do Projeto Rotary na Escola, uma parceria de todos os clubes da capital catarinen-se. Desta vez, os professores de duas escolas da cidade receberam o treinamento da campanha Crack Nem Pen-sar, cujo objetivo é alertar os jovens sobre os devastadores efeitos desta droga. O traba-lho tem a parceria da Central Única das Favelas de Florianó-polis e a RBS. Para conhecer melhor a iniciativa, acessewww.cracknempensarteen.wordpress.com

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62 JANEIRO DE 2011

Distritos em revista

D. 4670 RC de Alvorada, RS – Entregou uma cesta básica a uma família do município. O clube realiza mensalmen-te este tipo de doação em pontos distintos da cidade.

D. 4680 RC de San-ta Cruz do Sul-Avenida, RS – Inaugurou sua cabana no parque de eventos da cidade. O espaço abrigará algumas reuniões e eventos do clube.

D. 4680 RC de Rio Grande-Cassino, RS – Entre-gou um par de óculos à estudan-te Thalia Pastorini. A ação faz parte do projeto Veja Bem, que já beneficiou mais de 30 jovens de escolas públicas do município com este tipo de iniciativa.

D. 4700 O distrito realizou seu terceiro Ryla, iniciativa de treinamento do Rotary para jovens, com o objetivo de fomentar a liderança, cidadania e cres-cimento pessoal. O encontro reuniu 172 pessoas na cidade de Sarandi, RS.

D. 4710 RC de Pri-meiro de Maio, PR – Realizou, em parceira com a Secretaria Municipal de Educação, o Concurso de Reda-ção da Semana da Pátria, com o tema “O que faria para melhorar a minha comunidade”. Seis alunos do ensino fundamental das escolas municipais da cidade receberam certificados de honra ao mérito.

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61BRASIL ROTÁRIO

D. 4660 RC de Tu-panciretã, RS – Assinou um termo de cooperação técnica com a Fundação Es-tadual de Pesquisa Agrope-cuária (Fepagro), pelo qual ambas as partes obrigam-se a realizar atividades con-juntas para preservar um bosque da cidade, tombado por lei municipal. O proje-to prevê o cercamento de

toda a área, que possui seis hectares e a continuidade do plantio de 1.000 mudas de árvores nativas. A foto mostra o presidente da Fepagro, Benami Bacaltchuk, assinando o documento. Em agradecimento à parceria, o clube o presenteou com um título de Companheiro Paul Harris.

D. 4650 RC de Joinville-Cidade das Flores, SC – Doou uma bomba excretora de leite e frascos para coleta do líquido ao banco de leite humano da Maternidade Darcy Vargas (MDV). Com estes novos equipamentos, avaliados em mais de 3.500 reais, a unidade de saúde poderá expandir o número de atendimentos. “Para abas-tecer não só Joinville, mas também as cidades vizinhas, nós precisamos manter um estoque mensal de 140 litros”, comentou o diretor da MDV, Armando Dias. “Mas com apenas um equi-pamento, atingir essa meta ficava bem difícil.”

D. 4651 RC de Floria-nópolis-Lagoa, SC – Durante a assinatura do convênio com a Secretaria de Saúde de Flo-rianópolis para a realização do projeto Olhar Melhor, idealizado e executado pelos rotarianos, foi feito ao clube o repasse da primeira parte da verba que vem sendo empregada na aqui-sição de óculos para as crianças do ensino funda-mental das escolas públicas da cidade. Adultos que participam de cursos de alfabetização e pessoas da terceira idade também estão sendo beneficiados. Na foto, aparecem o secretário de Saúde João José Candido da Silva (1º à esquerda); o prefeito da cidade, Dario Berger; Luiz Carlos Echevarrieta, presidente do clube; e Gean Loureiro, presidente da Câmara de Vereadores.

D. 4660 RC de São Miguel das Missões, RS – Durante a visita do governador Antônio Carlos Filippe, o clube doou uma cadeira de rodas especial a uma aluna da Apae local. Também foram adquiridos cinco cadeiras de rodas, dois andadores e duas cadeiras de banho, além de muletas e tipoias, para que esses equipamentos sejam colocados à disposi-ção da população.

D. 4651 Foi lançada em Florianópolis, SC, a segunda etapa do Projeto Rotary na Escola, uma parceria de todos os clubes da capital catarinen-se. Desta vez, os professores de duas escolas da cidade receberam o treinamento da campanha Crack Nem Pen-sar, cujo objetivo é alertar os jovens sobre os devastadores efeitos desta droga. O traba-lho tem a parceria da Central Única das Favelas de Florianó-polis e a RBS. Para conhecer melhor a iniciativa, acessewww.cracknempensarteen.wordpress.com

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63BRASIL ROTÁRIO

D. 4710 RC de Ibiporã, PR – Realizou, em parceria com a Escola Municipal Rotary Club, projeto de reco-lhimento de lixo eletrônico.

D. 4720 RC de Ananin-deua, PA – Realizou o último encontro do projeto Ministério Público e a Comunidade, no qual o público foi atendido e informa-do sobre questões relativas ao MP no estado.

D. 4730 RC de São José dos Pinhais-Afonso Pena, PR – Levou alunos da Escola Rural Onofre Soares ao cinema. A maioria das crianças visitava um cinema pela primeira vez.

D. 4730 RC de Curitiba-Santa Felicidade, PR – Doou 152 latas de leite em pó para o

banco de leite do Hospital Univer-sitário Evangélico de Curitiba.

D. 4710 RC de Jataizinho, PR – Co-memorou os 50 anos de sua fundação com a presença de 27 ex-presidentes e do ex-diretor do RI Gerson Gonçalves.

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64 JANEIRO DE 2011

Distritos em revista

D. 4750 RC de Campos-Goitacazes, RJ – Realizou o projeto Yellow Submarine 2010, oferecendo 49 bolsas de línguas estrangeiras para jovens da região.

D. 4730 A equipe de Inter-câmbio de Grupos de Estudos do

distrito visitou a conferência do distrito 1040, que aconteceu em

Harrogate, EUA. O grupo brasilei-ro preparou um estande sobre o

Brasil e o Paraná.

D. 4740 RC de Cha-pecó-São Cristóvão, SC – Realizou ação na Creche Municipal CEI, com brincadei-ras e lanche para as crianças da instituição.

D. 4740 RC de Chapecó-Sul Cen-tenário, SC – Doou suplementos alimentares ao setor de oncologia do Hospital Regional do Oeste. A doação é proveniente dos recursos arrecadados com a segunda edição do Yakiso-ba do Ano, evento realizado pelo clube.

D. 4750 RC de Niterói-Icaraí, RJ – Inaugurou uma biblio-teca na Creche Munici-pal Dona Orione, com o apoio da Casa da Amizade de Niterói.

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65BRASIL ROTÁRIO

D. 4750 RC de Nova Friburgo-Impera-dor, RJ – Realizou evento de encerramento do projeto Outubro é das Crianças, com a presença de 400 meninos e meninas do município, distribuição de presentes e o sorteio de 25 bicicletas. Em outra ocasião, o clube homenageou seis profissionais de destaque na cidade com o certificado de mérito profissional. Os agraciados foram Nelmo Ricardo, Pedro Temóteo Rocha, Nadir Batista Lamblet, Mar-co Antonio da Silva, Rosa Auxiliadora Fernandes da Rocha e William de Oliveira da Silva.

D. 4760 RC de Belo Horizonte-Pampulha, MG – Organizou projeto de

arrecadação de brinquedos e material de higiene pessoal para doação às entidades Abrigo Menino Jesus, Creche Nosso Lar,

Leuceminas, Maternidade Odete Valadares e Orfanato Santo Antônio.

D. 4760 Os seis Rotary Clubs de Contagem, MG, realizaram o

projeto Banco de Leitos. A ação foi organizada com o objetivo de fornecer cadeiras de rodas e camas hospitala-

res a moradores do município.

D. 4770 RC de Alto Taquari, MT – Rea-lizou o sexto Jantar Italiano Dançante, evento

com renda destinada à escolinha de futebol man-tida pelo clube. Em outra ocasião, organizou uma

triagem oftalmológica com crianças de escolas municipais. As que apresentaram problemas

passarão por oftalmologistas e ganharão óculos doados pelo Rotary Club.

D. 4780 RC de Arroio Gran-de, RS – Doou 62 camisas à Escola Estadual de Ensi-no Fundamental Maria da Silva Soares, e também participou do Desfile da Independência ao lado dos alunos. Em outra ocasião, o clube organi-zou a Campanha do Brinquedo, com entrega de doações à Escola Rotary, Apae e Santa Casa de Misericórdia.

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66 JANEIRO DE 2011

Como enviar material para a Brasil RotárioPara que os companheiros de todo o país conheçam os projetos que seu clube vem realizando, é importante que as notícias cheguem à redação contendo as seguintes infor-mações: o nome completo e o distrito de seu clube a data e local em que foram realizadas as ações um breve relato sobre o projeto, explicando sua importância e o alcance dele junto à comunidade os nomes dos parceiros, no Brasil e no exterior e os nomes e sobrenomes de todos os que apare-cerem nas fotos com até seis pessoas, relacionados a partir da esquerda.

FOTOS: as imagens digitais precisam ter pelo me-nos 300 DPI de resolução e 9 cm de largura. Na dúvi-da, selecione a opção alta resolução de sua câmera. Se o envio for feito por e-mail, pedimos que o tamanho dos anexos não supere 1 MB. Não cole suas imagens em documentos de Word: anexe-as ao e-mail.

A publicação é gratuita. Basta apenas que o assunto se encaixe em nosso perfil editorial e que seu clube esteja em dia com a assinatura da revista. A Brasil Rotário não publica posses ou outros fatos que possam obter o merecido destaque nos boletins de seu clube.

MUITO IMPORTANTE: informe também um te-lefone de contato (com o código de DDD) para que possamos falar com você no caso de qualquer dúvida.

Anote os nossos endereços: Avenida Rio Branco, 125 – 18o andar Rio de Janeiro, RJ CEP: 20040-006 e-mail: [email protected] O telefone da redação é (21) 2506-5600.

Estamos esperando para ver seu clube na revista!

Sobre o uso e a publicação de textos e imagensO leitor que contribui com a Brasil Rotário por meio do envio de conteúdo – tais como fotos, informações, textos e frases, entre outros – aceita e se responsabiliza pela autoria e originalidade do material enviado à revista, bem como pela obtenção da autorização de terceiros que eventualmente seja necessária para os fins desejados, respondendo dessa forma por qualquer reivindicação que venha a ser apresentada à Brasil Rotário, judicial ou ex-trajudicialmente, em relação aos direitos intelectuais e/ou direitos de imagem, ou ainda por eventuais danos morais e/ou materiais causados à Brasil Rotário, à Cooperativa Editora Brasil Rotário ou a terceiros.

Entre os direitos da Brasil Rotário incluem-se, também, os de adaptação, condensação, resumo, redução, compi-lação e ampliação dos textos e imagens enviados à revista.

D. 4780 RC de Bagé-Sul, RS – Durante a visita oficial do casal governador do distrito, Júlio Kappel e Cecília – na foto ao lado do presidente Antonio Carlos Coradini e dos rotarianos Sergio Barbieri e Cleusa Fernandez –, o clube doou fral-das à Fundação Geriátrica José e Auta Gomes. Em outra ocasião, o clube promoveu o sexto Baby Fashion, desfile de moda infanto-juvenil.

D. 4780 RC de Herval, RS – Realizou a 1ª Noite de Queijos e Vinhos do clube, prestigiada por número expressivo de con-vidados.

D. 4780 RC de São Sepé, RS – Organizou o Festival do Frango, evento anual que, em 2010, reuniu mais de 400 pessoas. A renda foi destinada a entidades beneficentes da região.

Distritos em revista

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67BRASIL ROTÁRIO

BR

Novos clubes, novos amigos

Aqui damos as boas-vindas aos Rotary Clubs recentemente fundados. É a oportunidade de saudarmos novos amigos, que cer tamente terão muito a contribuir.

Perícia JudicialPedro SchubertIndependenteEste livro dá soluções para contraditó-rios nas varas cíveis e está organizado em dois capítulos. No primeiro é abor-dado o tema do juro composto, o qual, segundo o autor, alguns erroneamente consideram responsável por cálculos estratosféricos. Também é dada aten-ção detalhada ao anatocismo, que consiste na cobrança de juros sobre juros. No segundo capítulo é analisada a ação de cobrança realizada pelas instituições fi nanceiras nos con-tratos de fi nanciamento da casa própria. Com isso, Pedro Schubert, que é administrador, contador, perito judicial e professor da Fundação Getúlio Vargas, mostra como os mutuários estão pagando saldos devedores indevidos. Ele é associado ao RC do Rio de Janeiro-Urca, RJ (D. 4570).

Perícia ContábilJudicial e ExtrajudicialRil MouraFreitas Bastos EditoraA obra em questão se debruça sobre o Código de Proces-so Civil e as modifi cações surgidas no universo da prova pericial e na redação de vários artigos correlatos. Moura aborda também as normas e procedimentos das legisla-

ções pertinentes à perícia. O texto, en-riquecido com diversos exemplos reais da atividade do perito, pretende-se não só ao aluno da especialização como também ao público em geral. O autor tem currículo extenso. Nele constam as atividades de economista, contador, professor da UFRJ, membro da Acade-mia Brasileira de Ciências Econômicas, fundador da Fundação Nacional de Apoio Gerencial, entre outras. Além disso, ele é associado ao RC do Rio de Janeiro-Botafogo, RJ (D. 4570).

O Sonho de AnaSusana Fochesato MinuzzoEditora CorreaPsicopedagoga clínica e alfabeti-zadora, Susana, que é rotariana do RC de Vacaria dos Pinhais, RS (D. 4700), traz para os leito-res mirins a história de Ana, uma menina que tinha paixão pela tarefa de ensinar. A família a incentiva em sua vocação e um dia ela se torna uma professora bem-sucedida. O livro é ilustrado pelo cartunista Ronaldo Cunha Dias. Para adquiri-lo, basta entrar em contato com a autora pelo e-mail [email protected].

RC de Ibiúna, SP (D. 4620)Admissão: 26/11/2010

E-mail: celio@tayfl on.comPresidente: Célio de Souza

Clube padrinho: RC de Piedade-Cerejeiras, SP (D.4620)

RC de Lajinha, MG (D. 4580)Admissão: 17/11/2010

E-mail: [email protected]: Alexandre Edson Oliveira Alvim

Clube padrinho: RC de Manhuaçu, MG (D. 4580)

RC de Manoel Ribas, PR (D. 4640)Admissão: 13/04/2010

E-mail: [email protected]: Everaldo Cayres Minatti

Clube padrinho: RC de Ivaiporã, PR (D. 4640)

RC de São Paulo-Armando de Arruda Pereira, SP (D. 4610)

Admissão: 02/12/2010E-mail: [email protected]

Presidente: Fernando Calderon Alemany

RC de Santa Rosa-Cruzeiro, RS (D. 4660)Admissão: 30/11/2010

E-mail: [email protected]: Arcanjo Schossler

Clube padrinho: RC de Santa Rosa-Júnior, RS (D. 4660)

RC de Terra Roxa, PR (D. 4640)Admissão: 01/11/2010

E-mail: [email protected]: Fernando Francisco Ferreira

Clube padrinho: RC de Palotina-Pioneiro, PR (D. 4640)

Autores rotarianos

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68 JANEIRO DE 2011

Senhoras em ação

Com o apoio do comércio local e a ajuda dos rotaria-nos, a Casa da Amizade de Nova Alvorada do Sul, MS (D. 4470), realizou seu 1o Jantar

Dançante da Primavera, com renda destinada ao Banco de Cadeiras de Rodas mantido pelo Rotary Club.

Nos meses de julho, agosto e setembro, a Casa da Amizade do Rotary Club de Pederneiras, SP (D. 4510), doou produtos de higiene

pessoal (como barbeadores, xampu e sabonetes) ao Asilo São Vicente de Paulo. A ideia é estender esse apoio ao longo do ano rotário 2010-11, inclusive com a realização de ações que promovam entrete-nimento e iniciativas de cuidado pessoal junto aos vovôs e vovós.

Em parceria com o Rotary Club e as crian-ças da Creche Cantinho da Amizade, em Samambaia, a Associação de Senho-ras de Rotarianos de Taguatinga-Sul, DF (D. 4530), plantou 20 mudas de árvore. A iniciativa fez parte do projeto Verde É Vida, desenvolvido pelo distrito.

Fundada em 1940, a Asso-ciação das Senhoras de Rotarianos de Campinas, SP (D. 4590), completou 70 anos em novem-bro. Num jantar festivo, todas as ex-presidentes e a atual, Roberta Bittar (à frente, na foto), foram homenagea-das. Recentemente, entre os projetos que realizou, a entidade distribuiu mais de 500 balões às crianças que participaram da segunda etapa da Campanha Nacional de Vacinação em 2010 nos postos de saúde da cidade; organizou a 28a Festa Alemã; e fez a entrega de um andador e alimentos à Associação Bem Me Quer, que cuida de pacientes portadores de tuberculose.

A Sociedade de Senhoras de Rotarianos de São João da Boa Vista, SP (D. 4590), comemorou seu aniversário de 62 anos com um chá beneficente. Os recursos arrecadados durante o evento foram destinados à compra de enxovais para as gestantes que frequentam um curso mantido pela entidade e também para a Santa Casa local.

Numa palestra organizada pela Associação das Senho-ras de Rotarianos de Campo Mourão, PR (D. 4630), o psiquiatra e escritor Içami Tiba (ao centro, na foto) falou sobre adolescentes, drogas e família. O evento foi um su-cesso, com público superior a 1.000 pessoas. A renda obtida foi repassada a uma entidade que trabalha na prevenção ao uso de drogas e no tratamento de jovens e adolescentes dependentes químicos.

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68 JANEIRO DE 2011

Senhoras em ação

Com o apoio do comércio local e a ajuda dos rotaria-nos, a Casa da Amizade de Nova Alvorada do Sul, MS (D. 4470), realizou seu 1o Jantar

Dançante da Primavera, com renda destinada ao Banco de Cadeiras de Rodas mantido pelo Rotary Club.

Nos meses de julho, agosto e setembro, a Casa da Amizade do Rotary Club de Pederneiras, SP (D. 4510), doou produtos de higiene

pessoal (como barbeadores, xampu e sabonetes) ao Asilo São Vicente de Paulo. A ideia é estender esse apoio ao longo do ano rotário 2010-11, inclusive com a realização de ações que promovam entrete-nimento e iniciativas de cuidado pessoal junto aos vovôs e vovós.

Em parceria com o Rotary Club e as crian-ças da Creche Cantinho da Amizade, em Samambaia, a Associação de Senho-ras de Rotarianos de Taguatinga-Sul, DF (D. 4530), plantou 20 mudas de árvore. A iniciativa fez parte do projeto Verde É Vida, desenvolvido pelo distrito.

Fundada em 1940, a Asso-ciação das Senhoras de Rotarianos de Campinas, SP (D. 4590), completou 70 anos em novem-bro. Num jantar festivo, todas as ex-presidentes e a atual, Roberta Bittar (à frente, na foto), foram homenagea-das. Recentemente, entre os projetos que realizou, a entidade distribuiu mais de 500 balões às crianças que participaram da segunda etapa da Campanha Nacional de Vacinação em 2010 nos postos de saúde da cidade; organizou a 28a Festa Alemã; e fez a entrega de um andador e alimentos à Associação Bem Me Quer, que cuida de pacientes portadores de tuberculose.

A Sociedade de Senhoras de Rotarianos de São João da Boa Vista, SP (D. 4590), comemorou seu aniversário de 62 anos com um chá beneficente. Os recursos arrecadados durante o evento foram destinados à compra de enxovais para as gestantes que frequentam um curso mantido pela entidade e também para a Santa Casa local.

Numa palestra organizada pela Associação das Senho-ras de Rotarianos de Campo Mourão, PR (D. 4630), o psiquiatra e escritor Içami Tiba (ao centro, na foto) falou sobre adolescentes, drogas e família. O evento foi um su-cesso, com público superior a 1.000 pessoas. A renda obtida foi repassada a uma entidade que trabalha na prevenção ao uso de drogas e no tratamento de jovens e adolescentes dependentes químicos.

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69BRASIL ROTÁRIO

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O Dia das Crianças também foi comemorado na Vila São Miguel, em Paranaguá, cidade do Paraná, numa festa pa-trocinada pela Casa da Amizade de Parana-guá, PR (D. 4730).

Seguindo uma tradição inicia-da em 2002, em outubro as integrantes da Associação de Senhoras de Rotaria-nos de Rea-leza, PR (D. 4640), comemoraram o Dia das Crianças distribuindo doces e brinquedos aos 97 meninos e meninas dos quais elas são “madrinhas” no Centro de Educação Infantil Pequeno Prínci-pe. A prefeitura completou a festa patrocinando um lanche.

Todos os meses, a As-sociação de Senho-ras de Rotarianos de Itapoá, SC (D. 4650), desenvolve o projeto Pizza Solidária, que consiste na produ-ção de pizzas que são previamente vendidas à comunidade local. O resultado financeiro das vendas dá sus-tentação aos projetos sociais da entidade.

A foto mostra as integrantes da Casa da Amizade de Rio Grande, RS (D. 4680), que organizaram um almoço beneficente para 300 pesso-as. A renda foi destinada a entidades assistenciais da cidade.

Comemoran-do a Semana Nacional da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla, a Associação de Senhoras de Rota-rianos de Bela Vista do Paraíso, PR (D. 4710), ofereceu uma tarde recreativa para os mais de 120 alu-nos da Escola de Ensino Especial Maria Mendes Valente (APAE). A festa foi realizada na Casa da Amizade e teve lanche com refrigerante, pipoca, algodão doce, piscina de bolinha, cama elástica e até bolo de aniversário.

Em outubro, a Casa da Amizade de Ananindeua, PA (D. 4720), pro-moveu uma festa com brincadeiras e distribuição de presentes para come-morar o Dia das Crianças. Mais de 200 meninos e meninas da comuni-dade participaram. O evento foi feito em parceria com o Rotary Club.

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69BRASIL ROTÁRIO

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O Dia das Crianças também foi comemorado na Vila São Miguel, em Paranaguá, cidade do Paraná, numa festa pa-trocinada pela Casa da Amizade de Parana-guá, PR (D. 4730).

Seguindo uma tradição inicia-da em 2002, em outubro as integrantes da Associação de Senhoras de Rotaria-nos de Rea-leza, PR (D. 4640), comemoraram o Dia das Crianças distribuindo doces e brinquedos aos 97 meninos e meninas dos quais elas são “madrinhas” no Centro de Educação Infantil Pequeno Prínci-pe. A prefeitura completou a festa patrocinando um lanche.

Todos os meses, a As-sociação de Senho-ras de Rotarianos de Itapoá, SC (D. 4650), desenvolve o projeto Pizza Solidária, que consiste na produ-ção de pizzas que são previamente vendidas à comunidade local. O resultado financeiro das vendas dá sus-tentação aos projetos sociais da entidade.

A foto mostra as integrantes da Casa da Amizade de Rio Grande, RS (D. 4680), que organizaram um almoço beneficente para 300 pesso-as. A renda foi destinada a entidades assistenciais da cidade.

Comemoran-do a Semana Nacional da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla, a Associação de Senhoras de Rota-rianos de Bela Vista do Paraíso, PR (D. 4710), ofereceu uma tarde recreativa para os mais de 120 alu-nos da Escola de Ensino Especial Maria Mendes Valente (APAE). A festa foi realizada na Casa da Amizade e teve lanche com refrigerante, pipoca, algodão doce, piscina de bolinha, cama elástica e até bolo de aniversário.

Em outubro, a Casa da Amizade de Ananindeua, PA (D. 4720), pro-moveu uma festa com brincadeiras e distribuição de presentes para come-morar o Dia das Crianças. Mais de 200 meninos e meninas da comuni-dade participaram. O evento foi feito em parceria com o Rotary Club.

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70 JANEIRO DE 2011

Rotarianos que são notícia

Nesta seção abrimos espaço para os rotarianos que foram eleitos ou nomeados para cargos de governo, da ad-ministração direta ou indireta, ou que ainda receberam homenagens ou assumiram função em organizações da sociedade civil nas esferas federal (1o, 2o e 3o escalões), estadual (1o e 2o escalões) e municipal (1o escalão).

Eduardo de Meira Coelho, go-vernador 2002-03 do distrito 4310 e associado ao RC de São Manuel, SP, é o atual presidente do Lar Anália Fran-co, entidade fundada há 86 anos e que abriga meninas.

Francisco Machado da Silva, do RC de Brasília, DF (D. 4530), foi nome-ado presidente da Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva do Distrito Fe-deral para o biênio 2010-12. O rotariano também assumiu a diretoria médica da entidade filantrópica Casa do Ceará.

Três rotarianos do RC de Conceição de Macabu, RJ (D. 4750), são destaque naquela cidade. José Paulo Bersot preside o Conselho de Segurança e é membro do Conselho de Saúde da prefeitura. Maria Dulce Ábila Bersot é membro titular do Conselho Municipal de Educação e suplente do Conselho Municipal do Idoso, no qual Lenilza de Oliveira Pinto é membro titular.

Membro do RC de Guarulhos-Sul, SP (D. 4430), Eduardo Kamei Yukisaki foi eleito o vereador do ano de 2010 pelo jornal Expressão.

A rotariana Oacy Denyse Pissini Casarotti, do RC de Ivinhema, MS (D. 4470), recebeu a Medalha do Mérito Legislativo, na Assembleia Legislativa do Mato Grosso do Sul, por indicação da deputada estadual Dione Hashioko.

Associada ao RC de Paracambi, RJ (D. 4600), Maria de Lourdes Costa Ro-drigues foi agraciada com uma placa de prata, na comemoração pelos 50 anos de emancipação do município. A indicação para a homenagem partiu do vereador Sebastião Geraldo José Pe-reira, em reconhecimento aos serviços prestados pela rotariana à comunidade.

Associado ao RC de Pelotas-Norte, RS (D. 4680), Armando Teixeira Primo foi homenageado pelo Centro Nacional de Recursos Genéticos e Biotecnologia da Embrapa de Brasília e dará nome ao prêmio que será concedido ao Curador do Ano na Área de Recursos Genéticos Animais, no congresso anual da entidade.

Se você tem 50 anos de Rotary ou mais, envie para a Brasil Rotário uma foto em que apareça sozinho: E-mail: [email protected]

Endereço postal: Avenida Rio Branco, 125 – 18o andar – Centro – Rio de Janeiro – CEP: 20040-006

Os 50 MaisAssociado ao RC de Pederneiras, SP (D. 4510), o advogado Jayme Cestari tem 59 anos de vida rotária. Ele presidiu o clube por dois anos rotários consecutivos – de 1953 a 1955 –, tendo passado também por outros cargos. Em agosto de 2004,

recebeu o título de Companheiro Paul Harris.

Em outubro último, Edson Morbin, do RC de São Paulo-Penha, SP (D. 4430), completou cinco décadas de dedicação ao Rotary. No ano rotário 1965-66, foi presidente do clube, no qual ingressou ainda no segundo ano

de fundação, na classificação medicina.

Sueli de Souza Lima, do RC de Araru-ama, RJ (D. 4750), é a atual presidente do Conselho de Segurança Pública daquele município.

José Marcos Pereira, associado ao RC de Naviraí-Integração, MS (D. 4470), foi eleito presidente da Apae local para um mandato de três anos.

Presidente do Rotary Club de Lins-Sul, SP (D. 4480), Madeleine Nascimento foi homenageada pelo Grupo Linense de Combate ao Câncer com um diploma de Honra ao Mérito. Na mesma ocasião, a ex-presidente Grasiela Tamião rece-beu uma placa de agradecimento.

Associado ao RC de São Paulo-Barra Funda, SP (D. 4610), Cesar Romão recebeu o título de Doutor Honoris Causa de Iberoamérica, concedido pelo Conselho Iberoamericano em Honra à Qualidade Educativa, que representa 20 das maiores entidades educacionais iberoamericanas.

Adrian Marchi, associado ao RC de Hermann Blumenau, SC (D. 4650), recebeu o Prêmio Nacional para Jovens em Destaque, na categoria Liderança Humanitária e Voluntária. O Prêmio TOYP – The Outstanding Young Person of The World é outorgado pela JCI (Ju-nior Chambers International) Brasil.

O rotariano Carlos Mário de Moraes, do RC de Belo Horizonte-Oeste, MG (D. 4760), assumiu a presidência do Sindica-to das Indústrias de Produtos Farmacêu-ticos e Químicos para Fins Industriais no Estado de Minas Gerais.

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71BRASIL ROTÁRIO

Luiz Renato D. CoutinhoAconteceu na Brasil Rotário......em janeiro de 1934

Era um tempo de muitas mudanças políticas e econômicas aqui e lá fora. No Brasil, a Assembleia Nacional Consti-

tuinte finalmente promulgava a nova Constituição, inspirada na doutrina social democrática. Com ela era criada a Justiça do Trabalho e Getúlio Vargas garantia um mandato de mais quatro anos (na verdade, ele ficará até 1945). Juscelino Kubitschek se elegia deputado. Alguém imaginaria que ele iria tão longe?

No dia 3 de janeiro ia ao ar pela primeira vez o pro-grama “Hora do Brasil”. O sucesso do ano era “O Orvalho Vem Caindo”, de Noel Rosa. E a atriz mirim Shirley Temple começava a fazer sucesso em 1934, quando foi lançado o filme “Bright Eyes”, feito especialmente para ela.

A Brasil Rotário, sob o nome de Rotary Brasileiro, trazia:

Importância social da alimentação

Em reunião no Rotary Club do Rio de Janeiro, o professor J. P. Fontenelle fez as seguintes críticas

aos hábitos alimentares brasileiros:“De accordo com as mais modernas verifi cações

scientifi cas, póde-se dizer que o maior defeito da nu-trição do nosso povo provém da monotonia alimentar a que está condemnado por ignorância e por habitos inveterados. De facto, o systema carne-arroz-feijão — que é, por exemplo, a alimentação typica do carioca — é nitidamente caracterisado por lamentável defi ciência de leite, de verduras e legumes e de frutas. (...) É uma vergonha a quota miseravelmente pequena de leite que cabe diariamente a um carioca, em comparação com semelhante quantidade per capita em Buenos Aires ou em Nova York, por exemplo.”

“Valha citar o valioso contingente que podem re-presentar os peixes e outros productos alimentares de origem marinha, mas somente pela boa qualidade de suas proteínas como pela contribuição de mineraes, principalmente o iodo, cuja defi ciência tem tão grande signifi cação na moderna medicina. Paiz de dilatadas costas marítimas, não soubemos até hoje industrializar a riqueza que representa o mar e conduzir ao nosso in-terior, onde ha largas zonas de papudos a attestarem a defi ciência de iodo, abundancia de productos marinhos de que a alimentação necessita imprecindivelmente.”

EM 1934, Shirley Temple apareceu em vários filmes. No ano seguinte, o presidente Franklin Roosevelt agradeceu publica-mente a atriz por sempre levar um sorriso para as pessoas naqueles anos da Grande Depressão

Infância desamparada

Agora um dos temas apresentados em reu-nião do Rotary Club do Rio Grande, no

Rio Grande do Sul, unidade rotária fundada em 1929.

“O companheiro Alfredo Nascimento refere-se ao problema da vagabundagem infantil, dos menores que perambulam pelas ruas completa-mente desprotegidos, pervertendo-se nesta li-berdade excessiva que se torna, por isso mesmo, verdadeira escola de crimes e desatinos. O com-panheiro Jorge Amaral commenta o assumpto, apresentando como solução radical o recolhi-mento desses menores a uma casa onde lhes possa ser dado ensino e pão. Lembra a lacuna deixada pela extincção da Escola de Aprendizes Marinheiros. Trava-se interessante palestra em torno do assumpto. O companheiro Manuel Ernesto de Castro cita os processos usados na Alemanha para o combate desse mal, sobretudo em Hamburgo. O consocio Jorge Amaral, vol-tando a commentar o assumpto e ressalvando a responsabilidade paterna que em muitos casos não existe, affirma que a origem do mal reside inteiramente no problema da educação basica, infelizmente descurada entre nós.” BR

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72 JANEIRO DE 2011

Relax Rodrigo

“ ”Entre aspas

ModernidadesO caipira volta para casa com a câmera digital que acaba de comprar na cidade grande. A família fi ca maravilhada: nunca ninguém tinha visto aquilo. Para mostrar que sabe mexer na máquina, ele junta todo mundo no quintal, apoia a câmera num toco de madeira, liga o automático e corre para se juntar ao grupo. Nesta hora, vendo-o correr, todo mundo sai em disparada também. A mãe cai no chão, o pai atropela a irmã mais nova, um verdadeiro caos. Sem entender nada, o caipira pergunta:— Mas que diabo deu nocês? Tá todo mundo doido???E uma tia, ainda ofegante e com a roupa toda rasgada, responde:— Uai! Se ocê que conhece esse trem

Frases de Clarice Lispector, escri-tora brasileira nascida na Ucrânia (1920-1977), autora de livros como “A Hora da Estrela”, “A Paixão Segundo G.H.” e “Perto do Coração Selvagem”. Site ofi cial: www.clari-celispector.com.br

“Se uma pessoa fi zesse apenas o que entende, jamais avançaria um passo.” “Passei a minha vida tentando cor-rigir os erros que cometi na minha ânsia de acertar. Ao tentar corrigir um erro, eu cometia outro. Sou uma culpada inocente.” “Liberdade é pouco. O que desejo ainda não tem nome.” “Mas o que é verdadeiramente imoral é ter desistido de si mesma.” “Uma das coisas que aprendi é que se deve viver apesar de. Apesar de, se deve comer. Apesar de, se deve amar. Apesar de, se deve morrer. Inclusive muitas vezes é o próprio apesar de que nos empurra para a frente.” “Fique de vez em quando sozinho, senão você será submergido. Até o amor excessivo dos outros pode submergir uma pessoa.”

ficou com medo, imagina nóis, que nunca vimo isso na vida!!! Colaboração de Simone Korndorfer, integrante da Associação das Senhoras de Rotarianos de Barra do Garças, MT (D. 4440).

Poesia de autor anônimo, supostamente insano mental:“Estive doente. Doente de tudo.Doente dos olhos, doente da boca, dos nervos até.Dos olhos que viram mulheres perfeitas.Da boca que disse palavras em brasa.Dos nervos manchados de fumo e café.Eu quero um punhado de estrelas maduras,Eu quero a doçura do verbo viver!”Colaboração de Carlos Henrique de C. Fróes, presidente e editor da Brasil Rotário.

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