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    Escola Politcnica da Universidade de So PauloDepartamento de Engenharia de Construo CivilBoletim Tcnico - Srie BT/PCC

    Diretor: Prof. Dr. Antnio Marcos de Aguirra MassolaVice-Diretor: Prof. Dr. Vahan Agopyan

    Chefe do Departamento: Prof. Dr. Alex Kenya Abiko

    Suplente do Chefe do Departamento: Prof. Dr. Joo da Rocha Lima Junior

    Conselho EditorialProf. Dr. Alex AbikoProf. Dr. Francisco CardosoProf. Dr. Joo da Rocha Lima Jr.Prof. Dr. Orestes Marraccini GonalvesProf. Dr. Antnio Domingues de FigueiredoProf. Dr. Cheng Liang Yee

    Coordenador Tcnico

    Prof. Dr. Alex Abiko

    O Boletim Tcnico uma publicao da Escola Politcnica da USP/Departamento de Engenharia deConstruo Civil, fruto de pesquisas realizadas por docentes e pesquisadores desta Universidade.

    Este texto faz parte da teste de doutorado, de mesmo ttulo, que se encontra disposio com os autores ou nabiblioteca da Engenharia Civil.

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    O procedimento para a determinao da composio e dosagem dos materiais de uma

    argamassa, atravs de uma curva granulomtrica, formada por todos os seus materiais

    constituintes, ainda no foi abordada em nossos dias. No entanto, este procedimento j

    era utilizado por pesquisadores no comeo deste sculo para dosagem de concreto e

    argamassas. E, todos tinham como base o trabalho pioneiro de WILLIAM FLLER(FLLER, 1907), que determinou, a partir de dosagens experimentais, o perfil ideal de

    uma curva, para obter a mxima compactao do concreto, englobando essa curva o

    aglomerante e o agregado.

    Em nossos dias, a composio e dosagem das argamassas adotadas no Brasil, feita

    com base em traos descritos (massa ou volume) ou especificados em normas

    internacionais (ASTM - U.S.A.; BSI - Inglaterra; AFNOR - Frana; DIN - Alemanha; ASA

    - Austrlia e etc.) e nacionais ABNT, IPT e cadernos de encargo. Para as argamassas

    de revestimento, tem-se adotado com mais freqncia os traos de dosagem: 1:1:6 e

    1:2:9 (cimento: cal: areia) em volume, numa proporo aglomerante: agregado de 1:3 A

    escolha de um desses traos est de acordo com o desempenho esperado da

    argamassa ao longo do tempo, ou seja sua durabilidade. No entanto, na prtica

    identifica-se o emprego de traos mais pobres, como 1:6 a 1:9 (aglomerante:

    agregado) em volume seco, no dando qualidade ao revestimento. Assim, o objetivo

    deste boletim tcnico contribuir com um mtodo de dosagem de argamassas pormeto de curva granulomtrica, gerada atravs da equao geral de uma progresso

    geomtrica P. G..

    Uma argamassa pode ser definida como um material composto por duas fraes: uma

    ativa (aglomerante) e outra inerte (agregado) que compem uma curva de distribuio

    granulomtrica. Neste trabalho, a frao composta por cimento e cal hidratada,

    admitindo-se o cimento como responsvel por grande parte da resistncia mecnica e,

    a cal, pela sua capacidade de deformao. A composta por areia, que

    no participa das reaes qumicas de endurecimento, interferindo no estado fresco a

    composio granulomtrica e o formato dos gros na trabalhabilidade e na reteno de

    gua e, no estado endurecido, nas resistncias mecnicas, na capacidade de

    deformao e na permeabilidade.

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    Existe tambm, a cultura de adicionar nas argamassas tipos variveis de saibro

    (existem outras denominaes: argila, barro, etc.) e materiais pozolnicos. O saibro, ao

    contrrio do que lhe atribudo, no um material ativo na argamassa, e, sim, material

    inerte de elevada finura que, ao ser adicionado, melhora a trabalhabilidade. O seu uso

    no recomendado por ser um material natural em transformao, a qual pode

    prosseguir na argamassa aplicada. Quanto aos materiais pozolnicos, deve-se verificar

    qual a sua procedncia e se realmente possui atividade pozolnica, pois, do contrrio,estes sero mais um constituinte da frao inerte da argamassa. Outros materiais

    podem ser adicionados, como por exemplo: os aditivos e os pigmentos.

    O princpio para a composio e dosagem de uma argamassa com base na curva

    granulomtrica est em obter uma argamassa trabalhvel no estado fresco e que

    possua, no estado endurecido, uma compacidade elevada, com reduo do volume de

    vazios e com capacidade de deformao.

    Da tecnologia de concreto, FLLER (1907) a partir de experimentos empricos de

    dosagens, mostrou praticamente que para uma mesma porcentagem de cimento num

    dado volume de concreto, havia uma certa distribuio de tamanhos de gro do

    agregado que dava a maior resistncia de ruptura, e no lanamento a melhor

    trabalhabilidade; concluindo que a distribuio granulomtrica influncia na

    compacidade da mistura, pois observou que quanto maior for a compacidade maior aresistncia mecnica.

    Para a avaliao de curvas de distribuio granulomtricas de areias utilizadas em

    argamassas, adota-se o conceito de uniformidade uma distribuio granulomtrica

    expresso por um coeficiente C. Este calculado a partir da equao (1), pela relao

    entre os dimetros correspondentes a 60% e 10% passante, tomados da curva

    granulomtrica traada em papel mono-log, como sugerido por Allen-Hazem

    (VARGAS, 1978),

    Segundo esse critrio so consideradas areias muito uniformes quando C < 5, de

    uniformidade mdia 5 < C < 15 e desuniforme, quando C > 15 (CAPUTO, 1983). Este

    parmetro no considerado suficiente para se definir a granulometria de uma areia,

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    pois duas areias de composio granulomtrica diferentes podem ter o mesmo

    coeficiente de uniformidade. Desta forma, associa-se o coeficiente continuidade da

    curva de distribuio granulomtrica, assim, quanto maior o coeficiente de

    uniformidade maior continuidade da curva distribuio granulomtrica.

    A influncia da distribuio granulomtrica do agregado areia nas argamassas pode

    ser observado a partir de suas propriedades nos estados fresco e endurecido. Assim,

    partindo-se da idia que a argamassa composta por materiais considerados ativos e

    inertes, a interao desses denomina-se de efeito sinrgico, onde cada componente da

    argamassa contribui para o desempenho do conjunto com ao sinrgica.

    tm seu potencial energtico ativado quando em contato com a

    gua de amassamento formam uma pasta - cimento, cal e gua, podendo ainda ter

    outros componentes. Caracterizam-se pelas reaes qumicas.

    tm seu potencial energtico ativado quando misturados na

    pasta e comea a ser misturada por ao mecnica ou manual, e as partculas do

    agregado comeam a ser envolvidas pela pasta, pois sendo sua atuao de natureza

    fsica, pode contribuir para o desempenho das argamassas da seguinte maneira nos

    estados fresco e endurecido:

    - formam capilares entre os vazios dos gros da areia, so responsveis por parte da

    reteno da gua de amassamento.

    - reduzem o consumo da gua de amassamento sem perder a trabalhabilidade, se a

    distribuio granulomtrica dos gros for contnua.

    - atenuam as tenses oriundas do endurecimento da frao ativa e solicitaes

    exteriores;

    - reduzem a permeabilidade quanto maior for sua continuidade, por reduzir os vazios

    entre os gros;

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    - contribuem para o aumento das resistncias mecnicas e do mdulo de

    deformao o aumento da continuidade da curva granulomtrica, pois melhoram o

    empacotamento da mistura.

    O estudo sobre a influncia da distribuio granulomtrica nos estados fresco eendurecido de argamassas e concretos, pode ser remontado ao incio deste sculo,

    quando FLLER (1907) a partir de trabalhos experimentais e empricos, variando as

    composies de argamassas e concretos, dos agregados e do cimento, obteve

    resultados que indicavam reduo do consumo de gua de amassamento e aumento

    da compacidade. Como os ensaios eram realizados por tentativas, foi necessrio um

    mtodo para a correo dos agregados naturais, a partir das suas curvas

    granulomtricas; primeiramente as correes dos perfis dos agregados naturais foram

    feitas segundo perfil da curva de uma parbola, e posteriormente com o avano em

    seus estudos, FLLER (1907) concluiu que o perfil da curva que melhor representaria

    a distribuio granulomtrica, a curva da elipse. Isto , a correo da distribuio

    granulomtrica do agregado natural feita de forma que a sua curva fique o mais

    prximo possvel da curva que representa da elipse.

    Apesar do estudo de natureza emprica, FLLER (1907) tinha como objetivo obter uma

    relao entre os valores de resistncia com a compacidade da argamassa ou concreto.

    Mantendo as propores de aglomerante/agregado constantes e com as variaes

    descritas a seguir, chegou s concluses descritas em seqncia.

    Os agregados grados de forma arredondada, do concretos mais densos que os

    preparados com agregado britado; no entanto, o agregado britado ou de formato

    irregular fornece concreto com maior resistncia mecnica, em funo de uma maior

    aderncia maior da pasta de cimento com o agregado, para uma mesma dosagem decimento e tipo de areia. No caso da areia ser tambm de formato irregular, o concreto

    com agregado grado arredondado e esse agregado fino fornecem resistncia elevada,

    provavelmente em funo da alta compacidade obtida, atravs do preenchimento dos

    vazios do agregado grado, pela areia fina; a concluso indica que se pode obter

    concretos de alta resistncia em funo da aderncia pasta-agregado e tambm de

    uma compactao eficiente da mistura, atravs de uma dosagem racional da frao

    inerte.

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    Portanto, os agregados bem graduados, quando misturados com cimento, produzem

    concreto com grande compacidade e resistncia mecnica. Comparando-se os testes

    de resistncia compresso de concretos com diferentes teores de cimento, foi

    observado que para valores prximos de resistncias, o agregado com melhor

    graduao, requer menor quantidade de cimento, em torno de 12% a menos, secomparado ao concreto com agregado de distribuio granulomtrica natural. Assim,

    uma substituio de 12% do cimento por areia, pode no afetar a compacidade e a

    resistncia mecnica da mistura. Outrossim, o fato da distribuio granulomtrica. do

    agregado ser bem graduado, favorece o rolamento das partculas maiores entre as

    menores, reduzindo o consumo da gua de amassamento para uma mesma

    trabalhabilidade estipulada.

    Substituies de cimento por areia fina, levam a um aumento no teor de gua de

    amassamento; duas areias de distribuio granulomtrica completamente diferentes,

    mas com a mesma massa unitria, quando misturadas com cimento e gua, na mesma

    proporo em massa ou volume seco, daro rendimentos diferentes a saber: a areia

    fina ter rendimento de aproximadamente 20% maior em relao areia com menor

    quantidade de finos, atribuindo este resultado ao fato dos gros de areia e de cimentoserem envolvidos pela gua de amassamento, aumentando o volume da mistura. A

    areia que fornece uma elevada massa unitria no estado seco no necessariamente

    dar a maior massa unitria quando misturada com cimento e gua, pois, quando uma

    areia muito fina, pode no permitir a acomodao dos gros de cimento, sem

    aumentar o volume; a gua por sua vez envolve os gros de areia fina e cimento

    contribuindo para o aumento de volume. Observa-se que essa concluso pode estar

    afetada pela finura do cimento da poca, menor do que dos cimentos atuais.

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    A partir das concluses de FLLER (1907), FURNAS (1931) props uma equao

    matemtica para gerar curvas de distribuio granulomtrica contnuas e obter

    concretos de mxima compacidade. De acordo com FURNAS (1931), o modelo

    matemtico que representa uma distribuio granulomtrica contnua a equao do

    termo geral do somatrio de uma progresso geomtrica (P.G.). Esta equao

    representa a idia de que a compacidade mxima obtida a partir do preenchimento

    parcial dos vazios entre camadas sucessivas, cuja dimenso das partculas de cadacamada imediatamente menor que as partculas da camada sobre a qual est

    assentada, ou seja, os vazios da primeira camada so preenchidos parcialmente pelas

    partculas da segunda camada, os vazios da segunda camada pelas partculas da

    terceira camada e assim sucessivamente, sem alterao no volume. Como resultado, a

    curva contnua fornece um concreto com boa trabalhabilidade.

    A equao geral da P.G. (2)que representa a idia de que o agregado grado tem seus

    vazios preenchidos pelo agregado mido que, por sua vez, tem seus vazios

    preenchidos pelo cimento a seguinte:

    Sendo:

    o primeiro termo do somatrio, correspondente quantidade de material retido na

    peneira de abertura mxima, logo abaixo da peneira de abertura mxima

    caracterstica;

    , a razo entre os retidos em cada peneira. O valor de P r, nunca poder ser

    igual a 1;

    o nmero de peneiras da srie adotada que podem ser as sries de peneiras

    normal com razo de abertura de malha 1,19 e a principal, com razo de abertura

    de malha 1,41 da NBR 5734 (ABNT, 1988) ou ainda a srie normal da NBR 7211

    (ABNT, 1987) de razo de abertura de malha 2,0.

    O primeiro termo do somatrio calculado a partir da equao (2), admitindo-se Sn=

    100; logo, substituindo-se na equao (2), tem-se a equao (3):

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    Por definio, os prximos termos da srie geomtrica correspondentes aos valores de

    percentagem de material retido nas peneiras subsequentes so obtidos atravs da

    equao (4):

    Com base neste modelo matemtico foram compostas curvas granulomtricas de

    argamassas discutidas no item seguinte.

    Neste item procura-se descrever todas os passos necessrios para gerar as curvas

    granulomtricas de argamassas compostas neste trabalho. Foi utilizado o programa

    Excel para Windows 97.

    1 passo:

    Para a obteno de curvas granulomtricas das argamassas utilizada o clculo

    matemtico do somatrio de um progresso geomtrica de dimetros. Para

    exemplificar so adotados alguns parmetros e variveis, mas que podem ser

    modificados de acordo com a finalidade da argamassa.

    Adotou-se o dimetro mximo caracterstico 2,4mm, que representa um tamanho

    mdio da areia empregado em argamassas e, o valor considerado do ltimo dimetro

    de 0,001mm, pois este o valor limite mnimo obtido da granulometria a leiser dos

    aglomerantes, cimento CPI - S e cal dolomtica CHI. O dimetro de 0,075mm foi

    considerado como o limite entre a frao ativa e a inerte nas argamassas produzidas

    2 Passo:

    O nmero de termos, ou de peneiras, da progresso geomtrica 46 para as

    argamassas compostas com peneiras da srie normal NBR 5734 (ABNT, 1998), cuja

    razo de abertura de malhas 1,19, em que, as 21 primeiras peneiras correspondem

    aos agregados e as demais aos aglomerantes.

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    Para as argamassas compostas com a srie de peneiras principal NBR 5734 (ABNT,

    1988), cuja razo de aberturas de malhas 1,41, o nmero de termos ou de peneiras

    23, sendo as 11 primeiras correspondentes aos agregados e as demais aos

    aglomerantes.

    3 Passo

    A imposio da quantidade total de material passante na # 100 (frao fina), com 0,15

    mm de abertura de malha, incluindo a areia e o aglomerante, com relao frao

    definido:35%, somente para as argamassas produzidas segundo a srie

    normal de peneiras, denominado de grupo I.

    A imposio da frao originou nas curvas um ponto de flexo,

    correspondente peneira # 100 (0,15 mm); a partir deste ponto, inicia-se uma nova

    curva, em que o ponto correspondente peneira imediatamente abaixo do ponto de

    flexo ser o valor do primeiro termo da P.G., sendo que o somatrio geral dos termos

    ser o valor correspondente frao de fino.

    Outros dois grupos, denominados II e III, sem imposio de variao da frao

    fina/grossa, foram gerados a partir da srie de peneiras normal e principal,

    respectivamente.

    4 Passo:

    Em cada grupo determinou-se os tipos de argamassas caracterizados pelo valor da

    razo de porcentagens retidas (Pr) entre peneiras sucessivas, de modo a atender o

    objetivo de se ter uma distribuio granulomtrica contnua.

    Por tentativas de clculo, a partir da equao (5. 1) concluiu-se que a distribuio

    contnua possvel para Pr, acima de 0,7. Quanto mais prximo de 1 for o valor de P

    r,

    maior ser a compacidade e continuidade no perfil da curva granulomtrica. No

    entanto, o aumento da continuidade poder diminuir a trabalhabilidade em funo do

    enrijecimento da mistura; assim, de acordo com a finalidade de uma argamassa o valor

    ideal de P, dever ser determinado. Os valores de P r, adotados para a gerao

    das curvas de argamassas so: 0,7; 0,85; 0,9 e 0,95 para o grupos I; 0,9, 0,92;

    0,93 e 0,95 para o grupo II e 0,82; 0,84; 0,85 e 0,90 para o grupo III. Os intervalos

    de Pr, nos grupo II e III so diferenciados porque os valores fora

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    dessas faixas originavam curvas de argamassas com consumos de aglomerantes

    impraticveis, pelo excesso ou falta de aglomerantes.

    5 Passo:

    A partir da formulao terica das curvas granulomtricas obtm-se as relaes

    aglomerante/agregado, considerando-se como aglomerante toda a frao de materialpassante na # 200 (0,075 mm); e as fraes de material retido calculado nas peneiras

    acima e, inclusive a # 200, so considerados como agregados.

    Para a relao entre os aglomerantes utilizados, cimento e cal, adotou-se proporo de

    1:1, pois desta maneira, espera-se eliminar a influncia da maior ou menor

    concentrao de cimento ou cal na argamassa. Como sabido, uma das variveis com

    influncia sobre o grau de fissurao de uma argamassa.

    6 Passo

    A determinao dos traos em massa ocorre por lgebra elementar, por exemplo, o

    trao da argamassa I - 0, 8 5 (1:1:8,98):

    - da curva granulomtrica tem-se que o retido acumulado at a # 200 (0,075mm)

    81,88 e abaixo quanto falta para 100%, isto , 18,12%;- a proporo de aglomerante: agregado 18,12:81,88;

    - como a relao de cimento e cal 1: 1, no valor de 18,12% constam o cimento e

    cal, assim, o trao em porcentagem de cimento: cal: areia 9,1:9,1:81,88;

    - por simplificao, dividindo-se toda a relao por 9,6, tem-se o trao em massa:

    1:1:8,98;

    - o consumo de aglomerantes ser expresso em porcentagem e obtido da seguinte

    maneira: divide-se a proporo em massa de aglomerantes, neste caso 2, pela

    proporo de agregado, 8,98., o valor calculado multiplicado por 100, obtendo-se22,2%;

    - este procedimento foi repetido para todas as curvas de argamassas.

    No anexo constam as tabelas de clculo e as curvas granulomtricas das argamassas

    utilizadas como exemplo neste boletim.

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    As curvas citadas como exemplo foram compostas, sendo a quantidade de gua

    adicionada a necessria para obter um espalhamento de 265 15mm. Os perfis das

    curvas e as tabelas de dados para gerar as curvas esto no anexo e, os dados obtidos

    esto descritos nos grupos de tabelas 2 e 3. 1 - Tabelas com dados preliminares das

    argamassas, das areias que as compe, quantidade dos materiais constituintes ecaractersticas no estado fresco.

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    Dos dados obtidos tem-se as seguintes concluses:

    A srie de peneiras, com a razo 1,19 fornece argamassas com maior

    compacidade, com menor consumo de gua.

    Quanto maior for a frao de finos maior ser o consumo de aglomerantes, sendo

    maior o preenchimento dos vazios da frao grossa da argamassa anidra.

    Quanto maior o coeficiente de uniformidade, maior a continuidade da curva de

    distribuio granulomtrica

    A massa especfica aparente da argamassa pode ser prevista a partir da massa

    unitria da areia que a compe.

    Os maiores ndices de reteno de consistncia so nas argamassas produzidas

    com a srie de peneiras completa, pois fornecem a maior quantidade de

    aglomerantes.

    O aumento da massa especfica da argamassa inversamente proporcional ao da

    areia, devido ao aumento do consumo de aglomerantes que preenchem os vazios

    da frao inerte a areia.

    As argamassas produzidas com a srie de peneiras com razo entre a abertura de

    malha de 1,19 apresentaram as maiores resistncias mecnicas e mdulo de

    deformao.

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    ASSOCIAO BRASILEIRA DE NORMAS TCNICAS.

    NBR 7211. Rio de Janeiro, ABNT, 1983.

    __. determinao da massa unitria - NBR 7251. ABNT,

    Rio de Janeiro, 1982. 3p.

    __. - NBR

    5734. Rio de Janeiro, ABNT, 1988.

    __. -

    Mtodo de ensaio - NBR 3324. Rio de Janeiro, ABNT, 1990

    __. -Mtodo de ensaio - NBR 3388. Rio de Janeiro, ABNT, 1991

    CAPUTO, H.P. Rio de

    Janeiro, LTCE S. A, 5 edi., 1983

    FLLER, Willian B. e THOWPSON, Sanford E. The Laws of Proportioning Concrete.

    os Civil Engineers, N.3. Vol. XXXIII, March,

    1907, p.223 - 298.

    FURNAS, C. C. Grading Aggregates, I - Mathematical Relations for Beds of Broken

    Solids of Maximum Density. Vol. 23, n. 9;

    September, 1931. p. 1052 - 1058.

    FURNAS, C. C., Mixtures of sizes: Two-component Systems (Voids in binary systems:

    normal packing) 2894,7 (1928); Bur.Mines, Bull.

    307, 74-83 (1929).

    VARGAS, M. So Paulo, McGraw-Hill do Brasil,

    Ed. Da Universidade de So Paulo, 1977.

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    BT/PCC/218 Formao da Taxa de Retorno em Empreendimentos de Base Imobiliria. JOO DAROCHA LIMA JUNIOR. 36 p.

    BT/PCC/219 Ligao de Peas Estruturais de Madeira com Tubos Metlicos. CARLOS ROBERTOLISBOA, JOAO CESAR HELLMEISTER. 28 p.

    BT/PCC/220 Contribuies para a Estruturao de Modelo Aberto para o Dimensionamento Otimizadodos Sistemas Prediais de Esgotos Sanitrios. DANIEL C. SANTOS, ORESTESMARRACCINI GONALVES. 12 p.

    BT/PCC/221 Implantao de um Sistema de Gesto da Qualidade em Empresas de Arquitetura.JOSAPHAT LOPES BAA, SILVIO BURRATTINO MELHADO. 21 p.

    BT/PCC/222 Proposta de Classificao de Materiais e Componentes Construtivos com Relao aoComportamento Frente ao Fogo - Reao ao Fogo. MARCELO LUIS MITIDIERI,EDUARDO IOSHIMOTO. 25 p.

    BT/PCC/223 Contribuio ao Estudo das Tcnicas de Preparo da no Desempenho dos Revestimentosde Argamassa. MRIO COLLANTES CANDIA. LUIZ SRGIO FRANCO. 13 p.

    BT/PCC/224 A Influncia da Temperatura na Hidratao cios Cimentos de Escria de Alto-Forno.MARISTELA GOMES DA SILVA, VAHAN AGOPYAN. 20 p.

    BT/PCC/225 A Influncia do Fator de Forma da Fibra na Tenacidade Flexo do Concreto Reforadocom Fibras de Ao. NELSON LUCIO NUNES, VAHAN AGOPYAN. 18 p.

    BT/PCC/226 Implementao de Sistemas de Gesto da Qualidade em Pequenas e Mdias Empresasde Construo de Edifcios: Estudos de Caso. PALMYRA FARINAZZO REIS, SILVIOBURRATTINO MELHADO. 18p.

    BT/PCC/227 As Juntas de Movimentao na Alvenaria Estrutural. ROLANDO RAMIREZ VILAT. LUIZSRGIO FRANCO. 11 p.

    BT/PCC/228 Painis em Cimento Reforado com Fibras de Vidro (GRC). VANESSA GOMES DASILVA, VANDERLEY MOACYR JOHN. 20 p.

    BT/PCC/229 Derivao de Fundos para Investimento em Empreendimentos de Infra-Estrutura no

    Brasil: A Viabilidade da Securitizao nas Concesses Rodovirias e de GeraoIndependente de Energia Hidreltrica. CLUDIO TAVARES DE ALENCAR, JOO DAROCHA LIMA JUNIOR. 25 p.

    BT/PCC/230 Influncia da Dosagem na Carbonatao dos Concretos. FABOLA LYRA NUNES,PAULO ROBERTO DO LAGO HELENE. 26 p.

    BT/PCC/231 Resistncia ao Cisalhamento do Concreto Fresco por Compresso Triaxial. LEVY VONSOHSTEN REZENDE, JOO GASPAR DJANIKIAN. 30 p.

    BT/PCC/232 Mecanismos de Transporte de Agentes Agressivos no Concreto. CARLOS EDUARDOXAVIER REGATTIERI, PAULO ROBERTO DO LAGO HELENE. 20 p.

    BT/PCC/233 Influncia do Tipo de Cal Hidratada na Reologia de Pastas. FABIOLA RAGO, MARIA

    ALBA CINCOTTO. 24 p.

    BT/PCC/234 A Insero do Campus da Cidade Universitria " Armando de Salles Oliveira" na MalhaUrbana da Cidade de So Paulo. VERA ADELINA AMARANTE MACHADO MARQUES,WITOLD ZMITROWICZ. 34 p.

    BT/PCC/235 Aspectos de Desempenho da Argamassa dosada em Central. ANTONIO A. A. MARTINSNETO, JOO GASPAR DJANIKIAN. 25p.

    BT/PCC/236 Contratao de Performance: Modelo Norte-Americano nos Anos 90 na AutomaoPredial. ENIO AKIRA KATO, RACINE TADEU ARAUJO PRADO. 22p.

    BT/PCC/237 Dosagem de Argamassas atravs de Curvas Granulomtricas. ARNALDO MANOELPEREITA CARNEIRO, MARIA ALBA CINCOTTO. 37p.

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