Budismo

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Ensinamentos Budistas, em Português.

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Conteúdo

1 Capa 1

2 Introdução 22.1 Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2

3 As quatro nobres verdades 33.1 Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4

4 O caminho dos oito passos 54.1 Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5

5 Cinco preceitos 65.1 Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6

6 Quatro sinais 7

7 Meditação 87.1 Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8

8 História do Budismo 98.1 Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12

9 Escrituras budistas 139.1 Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13

10 Seitas budistas 1510.1 Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16

11 Monasticismo 1711.1 Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17

12 Locais de peregrinação budista 18

13 Símbolos do Budismo 2013.1 Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23

14 As três qualidades do universo 2414.1 Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26

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ii CONTEÚDO

15 O Budismo e as outras religiões 27

16 Último nascimento 28

17 Os três venenos 2917.1 Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29

18 Os seis domínios da existência 3018.1 Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30

19 As três joias 3119.1 Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31

20 Budismo e ecologia 3220.1 Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32

21 Budismo e felicidade 3321.1 Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33

22 Críticas ao budismo 3422.1 Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34

23 O caminho do meio 3523.1 Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35

24 Referências 3624.1 Fontes, contribuidores e licenças de texto e imagem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37

24.1.1 Texto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3724.1.2 Imagens . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3824.1.3 Licença . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39

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Capítulo 1

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Capítulo 2

Introdução

Estátua de Buda em mosteiro no Reino Unido

O budismo é um conjunto de escolas e ensinos que sefocam na figura de Buda. Buda (sânscrito-devanagari:बुद्ध, transliterado Buddha, que significa “Desperto”[1],do radical Budh-, “despertar”) é um título dado na filoso-fia budista àquele que despertou plenamente para a verda-deira natureza dos fenômenos, reconhecendo a origem dosofrimento e como superá-lo atingindo o nirvana. Geral-mente, este título é relacionado à Siddhartha Gautama,o fundador do budismo, mas diversas escolas do bu-dismo reconhecem outros budas em diversas eras. Ape-sar da veneração prestada por algumas escolas budistas,um buda não é considerado como uma divindade, sendoque a condição de buda pode ser atingida por qualquerser humano que se proponha a isto (a forma de se obtereste estado é que varia de escola para escola).

2.1 Referências[1] http://super.abril.com.br/religiao/

budismo-remedio-dor-619197.shtml

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Capítulo 3

As quatro nobres verdades

Cruz suástica ou gamada, um dos símbolos do budismo

A banda inglesa de rock Rolling Stones escreveu, em 1969, acanção You can't always get what you want (“Você não podeter sempre aquilo que quer”), que ilustra bem a Segunda NobreVerdade budista: a da origem do sofrimento[1]

A base do ensino de Siddharta Gautama são as Quatro

A visão realista do budismo diante dos sofrimentos da vida possuimuitos pontos de contato com autores realistas como o brasileiroMachado de Assis[2].

Verdades Nobres e o Nobre Caminho Óctuplo. As Qua-tro Verdades Nobres são quatro afirmações que descre-vem a natureza do sofrimento dos seres no universo:

• A Natureza do Sofrimento (Dukkha)

"(..) esta é a nobre verdade do so-frimento: nascimento é sofrimento, en-velhecimento é sofrimento, enfermidadeé sofrimento, morte é sofrimento; tris-teza, lamentação, dor, angústia e deses-pero são sofrimentos; a união com aquiloque é desprazeroso é sofrimento; a se-paração daquilo que é prazeroso é sofri-mento; não obter o que queremos é so-frimento; em resumo, os cinco agrega-

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4 CAPÍTULO 3. AS QUATRO NOBRES VERDADES

dos influenciados pelo apego são sofri-mento.(..)"

• A Origem do Sofrimento (Samudaya)

"(..) esta é a nobre verdade daorigem do sofrimento: é este desejoque conduz a uma renovada existência,acompanhado pela cobiça e pelo pra-zer, buscando o prazer aqui e ali; istoé, o desejo pelos prazeres sensuais, odesejo por ser/existir, o desejo por nãoser/existir.(...)"

• A Cessação do Sofrimento (Nirodha)

"(..) esta é a nobre verdade da cessa-ção do sofrimento: é o desaparecimentoe cessação sem deixar vestígios daquelemesmo desejo, o abandono e renúncia aele, a libertação dele, a independênciadele.(...)"

• OCaminho (Mārga) para a Cessação do Sofrimento

"(..) esta é a nobre verdade do ca-minho que conduz à cessação do sofri-mento: é este Nobre Caminho Óctu-plo: entendimento correto, pensamentocorreto, linguagem correta, ação correta,modo de vida correto, esforço correto,atenção plena correta, concentração cor-reta.(...)"

3.1 Referências[1] http://letras.terra.com.br/the-rolling-stones/33926/

traducao.html

[2] http://guiadoestudante.abril.com.br/estudar/historia/machado-assis-genio-amargo-434408.shtml

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Capítulo 4

O caminho dos oito passos

Dharmachakra, a roda da lei budista

É ométodo em oito etapas criado por Buda para conduziro praticante até a sua iluminação espiritual. É simboli-zado pela roda de oito raios, o dharmachakra.

• Primeiro passo: a perfeita compreensão. Consisteno estudo da doutrina budista.

• Segundo passo: a perfeita aspiração. O praticantedeve adquirir a firme intenção de perseverar no ca-minho budista até alcançar a iluminação espiritual.

• Terceiro passo: a perfeita fala. O praticante deve fa-lar de ummodo agradável, verdadeiro, cortês e tran-quilo.

• Quarto passo: a perfeita conduta. Implica em seguiros cinco mandamentos budistas: não ser agressivo,não roubar, não ser sensualmente impuro, não men-tir e não consumir substâncias intoxicantes[1].

• Quinto passo: o perfeito meio de subsistência. Opraticante deve possuir um meio de subsistência quenão seja contra a doutrina budista. Por exemplo: serassaltante contraria o segundo mandamento budista,logo não é um meio de subsistência compatível coma doutrina budista.

• Sexto passo: o perfeito esforço. O praticante devese esforçar para melhorar sua conduta e sua perso-nalidade segundo os ideais budistas.

• Sétimo passo: a perfeita atenção. O praticante deveexaminar sua conduta e seus pensamentos constan-temente, procurando verificar eventuais erros queesteja cometendo.

• Oitavo passo: a perfeita contemplação. O praticantedeve meditar frequentemente sobre os ensinamentosde Buda[2].

4.1 Referências[1] GAARDER, J., HELLERN, V. e NOTAKER, H. O livro

das religiões. São Paulo: Companhia das Letras, 2000. p.62

[2] SCHULBERG, L. Índia histórica. Rio de Janeiro: Livra-ria José Olympio, 1979. p. 59

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Capítulo 5

Cinco preceitos

Exemplo de uma típica refeição vegetariana zen-budista japo-nesa (em japonês, shôjin ryôri)[1]

1) Não cometer violências contra qualquer ser vivo. Al-guns budistas interpretam este preceito como uma con-denação ao consumo de carne[3].2) Não roubar.3) Não ser sensualmente impuro. Neste preceito, Budaé vago, pois a definição do que é “sensualmente impuro”pode variar de acordo com o contexto cultural do prati-cante. Por exemplo, existem países nos quais a poligamiaé uma prática habitual e legalizada, enquanto que em ou-tros países a bigamia é crime. Alguns budistas interpre-tam este preceito de modo estrito, condenando o estupro,o incesto, o adultério e o homossexualismo.4) Não mentir.5) Não ingerir substâncias intoxicantes. De novo, a defi-nição do que seja “substância intoxicante” varia de acordocom a sociedade em questão. Geralmente, as seitas bu-distas interpretam este preceito como uma condenaçãoao álcool e a drogas como a maconha, a cocaína, o cracketc.[4]. Embora a definição do que seja “droga” possa va-riar ao longo do tempo e de acordo com cada sociedade.

5.1 Referências

[1] http://www.vegetarianismo.com.br/sitio/index.php?

Apetrechos utilizados na cerimônia do chá, que é uma tradiçãojaponesa influenciada pelo budismo[2]

option=com_content&task=view&id=2077&Itemid=112

[2] Japão. São Paulo: Publifolha, 2000. p. 322

[3] GAARDER, J., HELLERN, V., NOTAKER, H. Tradu-ção de Isa Maria Lando. Revisão técnica e apêndice deFlávio Pierucci. São Paulo. Companhia das Letras. 2000.p. 61

[4] GAARDER, J., HELLERN, V. e NOTAKER, H. O Livrodas Religiões. São Paulo: Companhia das Letras, 2000. p.62

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Capítulo 6

Quatro sinais

• O primeiro sinal: Sidarta viu um velho e perguntouao cocheiro quem era ele. O cocheiro respondeu queera um velho e que era destino de todos os homensenvelhecer.

• O segundo sinal: Sidarta viu um homem doente,com úlceras e malária. Então Sidarta soube que oshomens sofrem doenças.

• O terceiro sinal: Sidarta viu um homemmorto. Des-cobriu então a certeza da morte.

• O quarto sinal: Sidarta viu um asceta que possuíaapenas um pano amarelo como vestimenta e uma ti-gela para pedir comida. Apesar de sua miséria ma-terial, ele era um homem feliz. Então Sidarta con-cluiu que este era o caminho para superar a dor cau-sada pela velhice, pela doença e pela morte: o desa-pego.

• Velho tadjique

• Criança com varíola

• Cemitério japonês

• Monge budista japonês

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Capítulo 7

Meditação

Crianças tailandesas meditando

A meditação é crucial dentro do budismo. Mas o que émeditação? Meditar significa pensar. No contexto bu-dista, significa refletir sobre a doutrina budista. Para fa-cilitar esta atividade meditativa, foram desenvolvidas, aolongo da história, pelas diversas seitas budistas, váriastécnicas. O budismo tibetano, por exemplo, se utiliza demantras (sons místicos), iantras e mandalas (símbolos ge-ométricos).A escola japonesa do zen prefere se utilizar de enigmasde solução impossível (os coans) ou da prática do “vaziomental”[1]. Existem muitas posturas idealizadas especial-mente para a meditação. A maioria das estátuas de Buda,por exemplo, são em postura de lótus.

• Mandala tibetana de metal

• Templo zen Eigen-ji, no Japão

• Iogui em padmasana, a postura de lótus

7.1 Referências[1] http://www.kosmografias.com/?p=628

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Capítulo 8

História do Budismo

Local tido como o do nascimento de Buda em Lumpíni, no Nepal

Sidarta Gáutama[1] nasceu em 563 a.C.[2], no Bosque deLumpíni, no atual Nepal[3]. Era filho de um governantelocal, mais especificamente do rajá de Capilvasto, pro-víncia pertencente ao reino de Côssala, território atual-mente dividido entre Índia e Nepal[4]. Seus pais se cha-mavam Sudôdana e Maia[5] e, durante vinte anos, não ti-veram filhos. Uma noite, porém, a rainha Maia sonhouque um elefante branco penetrara seu ventre através desua axila direita. Em outra versão da lenda, o elefante atocara no flanco esquerdo com um lótus branco que car-regava na tromba. Neste instante, ocorrera a concepçãode Sidarta. Ainda segundo a lenda, Sidarta nasceu numjardim, quando sua mãe estava em viagem até a casa dopai dela. Nesse instante, o menino deu sete passos na di-reção de cada um dos pontos cardeais, nascendo uma florde lótus em cada uma de suas pegadas. Nesse instante,declarou que aquele era seu último nascimento. Algumtempo após o nascimento de Sidarta, a rainha Maia fale-ceu, fazendo com que Sidarta fosse criado pela irmã maisnova da rainha, Magnapajápate[6]. O bebê foi então visi-tado por um ermitão de nome Asita, que profetizou queo menino poderia ter dois destinos: ou seria um grandegovernante, ou seria um grande líder espiritual.O pai de Sidarta, querendo que seu filho optasse pela pri-

Representação birmanesa do rigor ascético de Buda

Bandeira da Índia, com a Roda da Lei de Asoca ao centro

meira opção, procurou criar o menino afastado de toda amiséria do mundo, para que não brotassem nele questio-namentos espirituais que poderiam conduzi-lo ao destinode líder espiritual. No entanto, tal cuidado foi em vão.

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10 CAPÍTULO 8. HISTÓRIA DO BUDISMO

Brasão da Índia

Mesmo vivendo em meio ao luxo e conforto do paláciode seu pai, um dia Sidarta, ao passear fora do palácio,testemunhou os Quatro Sinais: um velho, um doente, ummorto e um monge. Este contato de Sidarta com a reali-dade da vida chocou-o de tal forma que o levou a abando-nar o palácio de seu pai, sua esposa (chamada Iassôdara) eseu filho (chamado Ráula, termo que, traduzido, significa“amarras”[7]) e a se lançar numa jornada de busca espiri-tual nas selvas indianas. Ele tinha 29 anos. Sua primeiratentativa foi tornar-se discípulo de um guru, um mestreespiritual indiano. Porém, este caminho não o satisfez eele procurou o caminho do ascetismo, junto com outroscinco companheiros. Sidarta ultrapassava em rigor a dis-ciplina de seus colegas e comia apenas um grão de feijãopor dia. Tornou-se tão magro que dizia poder tocar a es-pinha quando colocava a mão sobre o estômago. Ao fimde seis anos desse regime, Sidarta, um dia, perdeu os sen-tidos e somente se recobrou quando uma moça que pas-sava se compadeceu dele e lhe deu um pouco de mingaupara comer. Raciocinando, Sidarta concluiu que o asce-tismo não estava lhe trazendo o esclarecimento espiritualque buscava e procurou outro caminho, o da meditaçãosolitária. Seus companheiros de ascetismo não concorda-ram com ele e o abandonaram.

Imagem de Buda da Escola de Gandara dos séculos I-II

Borobodur, na Indonésia

Sidarta sentou-se debaixo de uma figueira-dos-pagodes(Ficus religiosa)[8][9] nos arredores da vila de Gaia pertoda cidade indiana de Benares e iniciou uma medita-ção que durou 49 dias. Segundo outro mito, teriamsido sete dias e sete noites. Após ter resistido a demô-nios e tentações, teria alcançado a iluminação espiritual,

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Estadunidenses praticando kung-fu

tornando-se um buda, termo que pode ser traduzido como“desperto”[10]. Teria passado, então, mais 49 dias soba árvore, meditando sobre a iluminação. Em seguida,teria procurado seus antigos cinco companheiros asce-tas e proferido-lhes, em Saranate, perto da atual cidadede Varanássi (a antiga Benares), seu primeiro discurso,que ficaria conhecido na história do budismo como o“Discurso do Parque dos Cervos”, ou “Iniciando o mo-vimento da roda do darma”[11]. Nesse discurso, Budateria enunciado as Quatro Nobres Verdades e o Cami-nho de Oito Passos. Durante os 45 anos seguintes, Budateria percorrido a Índia pregando sua doutrina. Aos oi-tenta anos, em Cussínara[12], teria vindo a falecer, apóscomer uma comida estragada oferecida por um ferreirode nome Txanda[13]. Antes de morrer, teria deixado umarecomendação a seus discípulos: “Talvez alguns de vósestejam pensando: 'As palavras do mestre pertencem aopassado, não temos mais mestre'. Mas não é assim quedeveis ver as coisas. O darma (“lei”) que vos dei deve sero vosso mestre depois que eu partir”. Após o falecimentode Buda, sua doutrina se firmou como mais uma dentreas inúmeras doutrinas religiosas no nordeste da Índia.A comunidade monástica fundada por Sidarta continuoupraticando seus ensinamentos por um século, até que umacisão dividiu a comunidade em dois grupos: um delesquis preservar intocáveis os ensinamentos de Sidarta, for-mando a chamada Escola Teravada. Outro grupo quis in-troduzir modificações na doutrina visando a aperfeiçoá-la, dando origem à Escola Maaiana[14]. Sua grande ex-pansão começou sob o impulso de Asoca, o famoso im-perador indiano, que, no século III a.C., se tornou o pri-meiro governante a unificar a Índia. Cansado das atroci-dades da guerra, Asoca se converteu ao ensinamento denão violência do budismo e o tornou a religião oficial doImpério Mauria. Com isto, o budismo se propagou porgrande parte da Ásia. Hoje, a bandeira da Índia apre-senta o símbolo da Roda da Lei de Asoca em seu centro.E o brasão indiano é representado por um capitel de umadas inúmeras colunas com inscrições budistas que Asocamandou construir em seu império. Com o fim do ImpérioMauria, outros reinos continuaram a apoiar o budismo,como por exemplo os reinos formados pelos descendentes

dos conquistadores macedônios de Alexandre Magno naÁsia. Estes reinos passaram para a história com o nomede reinos grecobactrianos e reinos hindu-gregos. Famosoentre estes reinos foi o reino de Gandara, na fronteira dosatuais Paquistão e Afeganistão e que originou uma escolade arte com o mesmo nome, responsável provavelmentepela primeira representação humana de Buda.Até então, não se considerava respeitoso representarBuda sob uma forma humana, mas a influência culturalgrega de Gandara legou à criação de imagens de Budacom roupas e feições gregas. Tais imagens foram as pre-cursoras de todas as imagens posteriores de Buda. Estesreinos de origem grega foram eventualmente destruídospor invasores turcos, os cuxanas, que, por sua vez, conti-nuaram a apoiar o budismo. Um de seus soberanos, cha-mado Canixca, passou inclusive para a história budistacomo o realizador do quarto concílio budista, em Puru-xapura (atual Peshawar, no Paquistão) ou em Srinagar, naCaxemira, por volta do ano 100, e que traduziu o Tipitacado prácrito para o sânscrito. Por esta realização, Canixcaé conhecido como “o segundo Asoca”. Embora escolasrivais tenham realizado um quarto concílio budista pró-prio, no Sri Lanca, em 29 a.C., sob o patrocínio do reiVatagamani e que resultou no primeiro registro escritoda doutrina budista: o Cânone Páli, a versão em páli doTipitaca, que até então se conservava exclusivamente porvia oral.[15]

Da Índia, o budismo atingiu Bangladexe, Miamar, SriLanca, Paquistão, Afeganistão e oeste da China. Do oesteda China, se expandiu para o leste da China, a Coreia eo Japão. No ocidente, o budismo teve escassa penetra-ção nessa época. Constitui um exemplo célebre a visí-vel influência budista na lenda cristã de Josafá e Barlaão,do século VI, que relata a descoberta por parte de umpríncipe indiano (Josafá) da amarga realidade da vida esua posterior conversão ao cristianismo por Barlaão[16].O budismo ainda penetrou na Indochina e na Indonésia,onde fez surgir o templo hindu-budista de Borobodur, porvolta do século IX. Porém, esta expansão do budismo so-freu um revés a partir do século VII, com a expansão doislamismo. Os muçulmanos somente toleraram cristãos ejudeus, que seguiam a Bíblia, mas não budistas, por con-siderarem que o budismo não se baseava na Bíblia. Comisto, em sua expansão, os muçulmanos destruíram impor-tantes centros budistas, como Nalanda, na Índia. Somadoao ressurgimento do hinduísmo na Índia, isto ocasionoua virtual extinção do budismo na Índia, em Bangladexe,na Indonésia, no Paquistão, no Afeganistão e no oeste daChina. Nos países em que o budismo sobreviveu, ele so-freu influências das religiões nativas. Por exemplo, noTibete, ele se fundiu à religião bon nativa, originando aversão tibetana do budismo, também chamada lamaísmo.Na China, o budismo foi influenciado pelo culto taoistada natureza, originando a seita Chan, que recebeu, naCoreia, o nome Sun e, no Japão, o nome Zen. Esta es-cola budista originou importantes elementos da tradici-onal cultura oriental, como o iquebana, o bonsai, a pin-

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12 CAPÍTULO 8. HISTÓRIA DO BUDISMO

tura sumi-e e artes marciais como o kung-fu, o caratê, ojudô, o quendô, o iaido, o aiquidô e o tae kwon do, assimcomo a figura dos samurais. O budismo somente conse-guiu penetrar no ocidente por volta do século XIX, atra-vés do interesse de intelectuais europeus, particularmentedo filósofo Arthur Schopenhauer (1788-1860), pela cul-tura oriental. Das vertentes do budismo, foi o zen quepenetrou primeiro, através de escritores japoneses comoDaisetzu Teitaro Suzuki e Taisen Deshimaru. A partirdo final do século XX, com a ascensão da figura do dalailama Tenzin Gyatso ao posto de celebridade mundial, obudismo tibetano passou a ocupar a liderança entre as sei-tas budistas em termos de projeção e expansão mundial.Em março de 2001, o movimento fundamentalista islâ-mico afegão Talibã, que detinha o poder no Afeganistão,destruiu um importante monumento histórico budista noAfeganistão, os chamados Budas de Bamiyan, que eramduas gigantescas estátuas de Buda esculpidas na rocha.A alegação do Talibã era a de que o islamismo proibia oculto a imagens. Tais estátuas testemunhavam o impor-tante passado budista na região, hoje majoritariamentemuçulmana. Logo em seguida aos ataques terroristas aosEstados Unidos em 11 de setembro do mesmo ano, ocor-reu a invasão do Afeganistão por tropas internacionais li-deradas pelos Estados Unidos, derrubando o regime doTalibã. Existem planos, atualmente, de restaurar as duasestátuas destruídas.

8.1 Referências[1] A doutrina budista em versos. Tradução do páli, intro-

dução e notas de Fernando Cacciatore de Garcia. PortoAlegre, RS: L&PM Editores, 2010. p. 16.

[2] A doutrina budista em versos. Tradução do páli, intro-dução e notas de Fernando Cacciatore de Garcia. PortoAlegre, RS: L&PM Editores, 2010. p. 16.

[3] A doutrina budista em versos. Tradução do páli, intro-dução e notas de Fernando Cacciatore de Garcia. PortoAlegre, RS: L&PM Editores, 2010. p. 16.

[4] A doutrina budista em versos. Tradução do páli, intro-dução e notas de Fernando Cacciatore de Garcia. PortoAlegre, RS: L&PM Editores, 2010. p. 16.

[5] A doutrina budista em versos. Tradução do páli, intro-dução e notas de Fernando Cacciatore de Garcia. PortoAlegre, RS: L&PM Editores, 2010. p. 16.

[6] A doutrina budista em versos. Tradução do páli, intro-dução e notas de Fernando Cacciatore de Garcia. PortoAlegre, RS: L&PM Editores, 2010. p. 16.

[7] A doutrina budista em versos. Tradução do páli, intro-dução e notas de Fernando Cacciatore de Garcia. PortoAlegre, RS: L&PM Editores, 2010. p. 16.

[8] FERREIRA, A. B. H. Novo Dicionário da Língua Portu-guesa. Segunda edição. Rio de Janeiro: Nova Fronteira,1986. p.776

[9] http://books.google.com.br/books?id=KizUvneBVMoC&pg=PA114&lpg=PA114&dq=%C3%A1rvore+ficus+religiosa+buda&source=bl&ots=Jn6oHssGM8&sig=whSl3gAOyc7eD4kDKKrQT1wOFto&hl=pt-BR&sa=X&ei=zHwYT4K7FYTo2gXWxp2qBA&sqi=2&ved=0CGEQ6AEwCA#v=onepage&q=%C3%A1rvore%20ficus%20religiosa%20buda&f=false

[10] http://www.nossacasa.net/shunya/default.asp?menu=998

[11] A doutrina budista em versos. Tradução do páli, intro-dução e notas de Fernando Cacciatore de Garcia. PortoAlegre, RS: L&PM Editores, 2010. p. 17.

[12] A doutrina budista em versos. Tradução do páli, intro-dução e notas de Fernando Cacciatore de Garcia. PortoAlegre, RS: L&PM Editores, 2010. p. 17.

[13] A doutrina budista em versos. Tradução do páli, intro-dução e notas de Fernando Cacciatore de Garcia. PortoAlegre, RS: L&PM Editores, 2010. p. 17.

[14] Revista Terra. O avanço do budismo. Agosto de 2003.nº136. São Paulo: Peixes, 2003. p.52

[15] http://www.berzinarchives.com/web/pt/archives/study/history_buddhism/buddhism_india/history_buddhism_india_before.html

[16] http://auladeliteraturaportuguesa.blogspot.com/2008/10/novelstica-religiosa.html

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Capítulo 9

Escrituras budistas

Versão tailandesa do Tipitaca

Buda transmitiu seus ensinamentos unicamente por viaoral: não existe menção histórica a nenhum texto didáticoou filosófico que Buda tenha escrito de próprio punho.Após a morte de Buda, esses ensinamentos se perpetu-aram igualmente de forma exclusivamente oral ao longode cinco séculos. Foi somente pouco antes do advento daEra Cristã que surgiu o primeiro registro escrito da dou-trina budista: o Tipitaca (termo que, traduzido do páli,significa “Três Cestos”, numa alusão às três partes emque se divide a obra)[1]. À medida que foram surgindoas diversas escolas budistas, foram sendo escritos textosque procuravam condensar e registrar os ensinamentos datradição oral do budismo, acrescidos de novos desenvol-vimentos filosóficos.Diferentemente de religiões como o cristianismo, o ju-daísmo, o islamismo, o hinduísmo e o zoroastrismo, obudismo não possui textos que sejam adotados universal-mente entre os adeptos da religião[2]. Ou seja, cada seitabudista possui seus próprios textos sagrados. As seitasligadas à tradição Teravada, por exemplo, seguem o Ti-pitaca, que contém a conhecida coleção de aforismas co-nhecida como Darmapada (em páli, Dhammapada; emsânscrito, Dharmapada)[3], nome que pode ser traduzidocomo “versículos do darma”[4]; as seitas ligadas à escolaMaaiana seguem sutras como o do Lótus, o do Diamantee o do Coração[5]; os budistas tibetanos seguem, entreoutros livros, o Livro Tibetano dos Mortos, que contémritos fúnebres[6].Existem ainda os Contos Jatacas, que são relatos de comoteriam sido as encarnações de Buda antes de sua última

Página de sutra budista chinês da época da Dinastia Song (960a 1279)

encarnação, como Sidarta Gautama. Muitos desses con-tos são baseados no folclore tradicional dos países queadotaram o budismo, adaptados à moral budista[7].

9.1 Referências[1] WILKINSON, P. O Livro Ilustrado das Religiões. Pri-

meira edição. São Paulo: Publifolha, 2001. p.58

[2] MATTAR, J. Introdução à Filosofia. São Paulo: PearsonPrentice Hall, 2010. p.276

[3] WILKINSON, P. O Livro Ilustrado das Religiões. Pri-meira edição. São Paulo: Publifolha, 2001. p.58

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14 CAPÍTULO 9. ESCRITURAS BUDISTAS

Versão tailandesa ilustrada dos Contos Jatacas

[4] A doutrina budista em versos. Tradução do páli, intro-dução e notas de Fernando Cacciatore de Garcia. PortoAlegre, RS: L&PM Editores, 2010. p. 35.

[5] WILKINSON, P. O Livro Ilustrado das Religiões. Pri-meira edição. São Paulo: Publifolha, 2001. p.59

[6] WILKINSON, P. O Livro Ilustrado das Religiões. Pri-meira edição. São Paulo: Publifolha, 2001. p.65

[7] WILKINSON, P. O Livro Ilustrado das Religiões. Pri-meira edição. São Paulo: Publifolha, 2001. p.57

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Capítulo 10

Seitas budistas

Almofadas para meditação em centro zen de Salt Lake City, emUtah, nos Estados Unidos

Mandala do budismo xingon

Na sua difusão pelo continente asiático, a doutrina deBuda foi sendo adaptada às diferentes culturas locais.Neste processo, surgiram diferentes escolas ou seitas,como:

• o Zen

Chamado de chan na China e son na Coreia. Deriva dotermo indiano dhyana, que significa a concentração men-tal necessária à meditação. Foi trazido da Índia para aChina em 520 pelo patriarca budista Bodidarma. De lá,difundiu-se para a Coreia e o Japão. Baseia-se na medi-tação (em japonês, zazen) e no estudo de enigmas conhe-cidos como “coans”. Ambos têm, por finalidade, inter-romper o pensamento e alcançar a pureza mental. Era aescola budista preferida dos guerreiros samurais japone-ses. Pertence aoMahayana (“Grande Veículo”, em sâns-crito), o grupo de seitas budistas que se propõe a levaro maior número possível de fiéis para a iluminação, nemque para isso seja necessário efetuar adaptações na men-sagem original de Buda.

• O Xingon

Seita japonesa de forte influência indiana. Fundada no sé-culo IX pelomonge japonês Cucai. Baseia-se em elemen-tos indianos como mandalas (figuras geométricas utiliza-das na meditação), mudras (posições especiais de mãosque auxiliam a meditação), mantras (sons místicos úteisà meditação) e divindades de muitos braços. A sede daseita fica no Monte Coia, no Japão. Também relacionadaà seita é a peregrinação aos 88 templos da ilha japonesade Xicocu[1]. Pertence também ao maaiana.

• O Tendai

Trazida da China, onde era chamada de tiantai, para oJapão no século IX por Saixo. Baseia-se na devoção aBuda e no estudo do sutra do Lótus. Sua sede fica noMonte Hiei, no Japão. Dentro da seita, existem váriassubseitas, como o Jodo (também chamado Terra Pura), oJodo Xin e o Nixirem[2]. Pertence ao maaiana.

• O Budismo Tibetano

Trazido da Índia para o Tibete e o Butão no século VIIIpor Padmasambava, também conhecido como guru Rin-poche (que, traduzido do tibetano, significa “Mestre Pre-cioso”). Baseia-se na fusão do budismo indiano com tra-

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16 CAPÍTULO 10. SEITAS BUDISTAS

Estátua japonesa do Buda Amida do século XIX. O Buda Amidaé especialmente venerado na seita Terra Pura.

dições tibetanas como danças, roupas típicas e incorpo-ração de deuses através de médiuns. Subdivide-se em vá-rias escolas, como a nyingma, a kagyu, a gelug e a sakya.Atualmente, é a escola budista de maior projeção mun-dial devido à diáspora de monges tibetanos ocasionadapela invasão chinesa ao Tibete na década de 1950. Oatual dalai lama (líder religioso da escola gelug) TenzinGyatso ganhou o Prêmio Nobel da Paz de 1989.Alguns autores classificam o Budismo tibetano como fa-zendo parte doMahayana; outros o consideram um ramopróprio dentro do budismo chamadoVajrayana (“Veículodo Diamante” em sânscrito).

• O Teravada

Em páli, significa “Doutrina dos Anciões”[3]. É a maisantiga das atuais escolas do budismo. Faz parte, tradi-cionalmente, do Hinayana, que significa “Pequeno Veí-culo”, em sânscrito e que se propõe a permanecer o maispossível fiel à doutrina original de Buda, mesmo que issosignifique um número menor de fiéis devido ao rigor exi-gido dos mesmos. Baseia-se no Tipitaka (Tripitaka, emsânscrito), que significa “Três Cestos”, em páli e que é oprimeiro registro escrito da doutrina budista (foi escritopor volta de 25 a.C.[4]). É a escola tradicional do sul daÁsia, ou seja, de países como Sri Lanca, Miamar, Tailân-dia, Camboja, Laos e Vietnã.

• Lama Gonpo Tetsen Rinpoche

• Estante com a coleção completa do Tipitaka em tai-landês

10.1 Referências[1] Japão. São Paulo: Publifolha, 2000. p.269

[2] Japão. São Paulo: Publifolha, 2000. p.269

[3] http://www.acessoaoinsight.net/theravada.php

[4] WILKINSON, P. O Livro Ilustrado das Religiões. Pri-meira edição. São Paulo: Publifolha, 2001. p.58

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Capítulo 11

Monasticismo

Monges budistas rezando em Borobodur, em Java, na Indonésia

Buda foi o criador das ordens monásticas budistas[1]. Asescolas budistas mais tradicionais, como as ligadas à tra-dição Teravada, defendem que o pleno despertar espiri-tual somente é possível aos monges, não sendo acessível,portanto, ao fiel budista leigo. As escolas ligadas à tradi-ção Maaiana, no entanto, defendem que o despertar es-piritual é possível a qualquer pessoa, independente de elaser monge ou não[2].Como nas demais religiões, o monasticismo budista pres-supõe o celibato, o desapego aos bens materiais e a obedi-ência aos superiores hierárquicos. Existem outras regrastradicionalmente adotadas pelos monges budistas (em-bora muitas delas tenham sido alteradas com o tempo),como: vestir-se apenas com trapos jogados fora por ou-tras pessoas; alimentar-se apenas de comida ofertada poroutras pessoas; não escolher a casa onde se pede comidaetc.[3].Em alguns países budistas, como a Tailândia, leigos po-dem passar temporadas relativamente longas em mostei-ros, adotando temporariamente um estilo de vida monás-tico com a finalidade de evolução espiritual. Tambémsão considerados meritórios do ponto de vista espiritualos donativos materiais para os mosteiros[4]. Segundo acrença popular, tais atos podem melhorar o carma dospraticantes, possibilitando uma futura encarnação maisfavorável, talvez até como um monge budista[5].

11.1 Referências[1] GAARDER, J. O livro das religiões. São Paulo: Compa-

nhia das Letras, 2000. p.64

[2] WILKINSON, P. O livro ilustrado das religiões. Primeiraedição. São Paulo: Publifolha, 2001. pp.58,59

[3] Darmapada: a doutrina budista em versos. Tradução dopáli, introdução e notas de Fernando Cacciatore de Gar-cia. Porto Alegre, RS. L&PM Editores. 2010. p. 153.

[4] WILKINSON, P. O livro ilustrado das religiões. Primeiraedição. São Paulo: Publifolha, 2001. p.62

[5] GAARDER, J. O livro das religiões. São Paulo: Compa-nhia das Letras, 2000. p.65

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Capítulo 12

Locais de peregrinação budista

Lumbini, no Nepal

Bodigaia, na Índia

Toda religião possui locais de especial significado. A vi-sita a estes locais muitas vezes é reconhecidamente ummeio legítimo de acumular méritos espirituais e obtergraças. Com o budismo, isto não é diferente. Muitoslocais, por estarem relacionados com eventos importan-tes da história de Buda, de santos budistas ou do budismo,ou simplesmente por despertarem a devoção popular, sãotradicionalmente visitados por peregrinos.

• No Nepal, localiza-se um dos mais importantes lo-cais de peregrinação budista: Lumbini, a cidade na-tal de Buda.

Estátua de Buda em Galviara

• Na Índia, muitas cidades têm especial interesse paraos budistas: Buda alcançou a iluminação em Bo-digaia, local onde atualmente existem muitos tem-plos budistas mantidos pelas principais seitas. EmSarnati, Buda realizou seu primeiro sermão após ailuminação, conquistando seus primeiros discípulos,justamente os companheiros que o haviam abando-nado anteriormente. Em Kusinagara, Buda morreu.Em Sanci, localiza-se uma famosa e antiga estupa.Em Elora e em Ajanta, existem grutas com impor-tantes esculturas hindus, budistas e jainistas.

• O Sri Lanca possui locais com importantes ruínasbudistas, como Polonnaruva (com as estátuas dosbudas de Galviara), as antigas cidades de Sigiria eAnuradapura, Candi (o centro do budismo cingalês)etc.

• O Camboja possui o patrimônio histórico mundialAngkor Vat, da antiga Civilização Quimer. Merecedestaque, ainda, o antigo Templo de Baion, nas ruí-nas de Anguicor Tom.

• A Indonésia possui o maior templo budista domundo, Borobodur.

• O Japão possui a famosa estátua do Buda de Cama-cura. É importante, ainda, a Peregrinação aos 88Templos da Ilha de Xicocu.

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• A China possui a maior estátua de Buda do mundo,o Buda de Lexam. Localiza-se ainda, na China, oMosteiro de Xaolim, famoso centro de kung-fu. NoTibete ocupado pelos chineses, se localiza a antigaresidência do dalai lama, o Potala e o famoso Tem-plo Jocangui, ambos na capital, Lhassa.

• No Afeganistão, localizavam-se as imensas estátuasdos Budas de Bamiam, as quais foram destruídaspelo regime Talibã em 2001. Planeja-se atualmentereconstruí-las.

• No Brasil, uma referência importante dentro do bu-dismo tem sido o templo budista do município deTrês Coroas, no estado do Rio Grande do Sul.

• Anguicor Vati

• Borobodur

• Estátua do Buda Amida em Camacura, no Japão

• Local onde ficavam as estátuas destruídas dos Budasde Bamiam

• Estátua de Buda em Lexam

• Templo Budista Chagdud Khadro Ling, em TrêsCoroas, no Rio Grande do Sul, no Brasil

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Capítulo 13

Símbolos do Budismo

Roda do dharma

Bandeira da república da Índia

Ao longo de sua história, o budismo incorporou muitossímbolos dentro de sua prática. Por exemplo:

• A roda da lei (ou dharmachakra, em sânscrito, a lin-guagem da antiga Índia). Corresponde ao ciclo demorte e renascimento ao qual está preso todo ser,até o instante em que alcança a iluminação e se li-berta do ciclo. Também corresponde à lei que regulatodo o universo, ou seja, ao Dharma. Tal lei move-ria todo o universo, daí o simbolismo da roda. Ou-

Brasão da república da Índia

tra interpretação possível seria que, através da prá-tica do Dharma (“lei”, em sânscrito) budista, o fielconseguiria avançar no caminho da evolução espiri-tual. Convém ainda lembrar que a roda é um dossímbolos de Vixenu, o deus hindu da conservação.Segundo os hinduístas, Buda teria sido o nono avatar(encarnação) de Vixenu. A roda, como símbolo dotransporte, ainda é uma referência ao esforço missi-onário de difusão do budismo pelo mundo.

A roda da lei costuma ser representada com oito raios,numa referência ao caminho budista dos oito passos. Ou-

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O nó infinito

Estátuas representando a roda da lei e cervos no Templo de Jo-cangui, em Lhassa, no Tibete

tra versão da roda da lei é a roda da lei de Asoca, quepossui 24 raios, em referência às 24 horas do dia, sim-bolizando que o praticante budista deve levar uma vidacorreta durante as 24 horas do dia. Tal tipo de dharma-chakra foi representado emmuitosmonumentos da épocado imperador indiano Asoca e serviu como modelo paraos atuais brasão e bandeira da Índia.

• O nó infinito. Lembra que todos os eventos e seresno universo estão inter-relacionados.

• Cervos. Buda proferiu seu primeiro discurso apósatingir a iluminação espiritual em Sarnath, no Par-que dos Cervos. Emmuitas construções budistas, selocalizam representações de cervos em lembrança

Estátua de Buda com cruz suástica no peito

deste fato.

• Cruz suástica. Ainda que este símbolo seja mais co-mumente associado ao nazismo, ele em realidade éum símbolo antiquíssimo, tendo surgido muito an-tes do nazismo. Os antigos romanos já o represen-tavam em suas construções. Atualmente, é um sím-bolo usado no hinduísmo, budismo e jainismo. Étido como um sinal de boa sorte. Representa o solcom seus raios. No cristianismo, recebe o nome decruz gamada, por ser formada pela junção de quatroletras gregas gama.

• Lóbulos da orelha alongados. As estátuas de Budaapresentam os lóbulos da orelha anormalmente lon-gos, simbolizando a nobreza de Buda[1]. Uma ex-plicação possível para este símbolo é a de que osnobres da época de Buda utilizariam muitos orna-mentos nas orelhas como forma de ostentar riquezae poder. O peso destes adornos poderiam causar ogradual alongamento dos lóbulos. Buda, devido asua origem nobre, teria usado estes ornamentos, de-formando seus lóbulos. Os lóbulos alongados e sembrincos de Buda lembrariam o fato de que Buda erarico e nobre, mas que decidira abandonar tudo issopara buscar o sentido da vida. Isto seria um exemplode vida para todas as pessoas.

• Saliência no alto da cabeça. É uma referência, nasestátuas de Buda, ao pleno desenvolvimento do cha-

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22 CAPÍTULO 13. SÍMBOLOS DO BUDISMO

cra saharasra, que se localiza no alto da cabeça. Se-gundo a filosofia hindu, o ser humano possuiria setechacras, ou centros de energia, ao longo de sua co-luna vertebral. Ao longo de seu processo de evolu-ção espiritual, o homem iria despertando e desen-volvendo estes chacras, começando pelo primeiro,na base da coluna, até o sétimo e último, no alto dacabeça[2]. Esta saliência no alto da cabeça nas está-tuas de Buda significaria que Buda era um ser que jáhavia alcançado o máximo desenvolvimento espiri-tual possível ao homem.

• O terceiro olho. O chamado “terceiro olho”, que selocaliza entre as sobrancelhas das estátuas de Buda,é uma referência ao pleno desenvolvimento do cha-cra ajna em Buda, o que lhe conferiria uma inteli-gência superior.

• O pé de Buda. É frequente a representação dos pésde Buda. Normalmente, ele apresenta-se marcadopela Roda da Lei budista.

• As três joias budistas: Buda, a doutrina budista(Dharma) e a comunidade de monges budistas(Sangha). Recebem o nome de joias porque se man-tém imutáveis em seu valor, ignorando o tempo, talcomo as jóias. São uma verdadeira reserva de valor,nos quais os devotos budistas encontram refúgio nosmomentos difíceis.

• A aura de Buda. Representa a santidade de Buda esua condição de iluminado.

• A postura deitada de Buda. É uma referência aosúltimos momentos de vida de Buda.

• Amão direita aberta de Buda. É o gesto chamado deabhaya, “sem medo”. Simboliza que o devoto podese aproximar de Buda sem medo.

• A postura de meditação de Buda. É uma referênciaà importância da meditação dentro do Budismo.

• Buda tocando o solo com a mão. Simboliza queBuda está pedindo à terra que testemunhe sua de-terminação em atingir a iluminação espiritual atra-vés da meditação[3].

• A magreza extrema de Buda. É uma referência aoperíodo no qual Buda praticou o jejum extremo,como forma de tentar atingir a compreensão espi-ritual. Mas Buda acabou por rejeitar este caminho,por considerá-lo ineficaz e substituí-lo pelo caminhoda meditação.

• O círculo formado pelo dedo polegar e o indicador.É uma referência ao principal símbolo do budismo,a roda da lei. Simboliza que Buda está em atitudedocente, ou seja, está ensinando sua doutrina aos dis-cípulos.

• A flor do lótus. É um símbolo não só do budismomas de todo o oriente. Simboliza a pureza espiritual,que não é maculada pelo cotidiano, assim como asflores de lótus não se mancham com o lodo sobre oqual crescem.

Na simbologia oriental, o ser humano deve se inspirar noexemplo da flor de lótus para permanecer puro, mesmoem meio à toda a corrupção do mundo.

• Cabelo anelado de Buda. É uma referência à inteli-gência superior de que Buda era dotado.

• O leão. Era o símbolo do clã do qual fazia parteSidarta: o clã Shakya.

• O cavalo. O cavalo lembra a partida de Sidartado palácio de seu pai, montado em seu cavalobranco, Kanthaka, acompanhado de seu único cri-ado, Xandaca[4]. Portanto, o cavalo é um símboloda renúncia de Sidarta aos valores mundanos.

• O elefante. A rainha Maya sonhou que um elefantebranco penetrava em seu ventre pela sua axila direitae, logo em seguida, ela percebeu que estava grávidade Sidarta. Deste modo, o elefante é um símbolo daencarnação de Buda[5].

• O touro. Junto com o elefante, o cavalo e o leão, otouro é um dos quatro animais fundamentais dentrodo budismo. O touro alude à grandeza e à impor-tância de Buda[6].

• A estupa. É o tipo de construção que guarda os res-tos mortais de Buda e de grandes mestre budistas.Corresponde aos pagodes do leste asiático, aos cheditailandeses e aos chorten do Himalaia.

• A Árvore Bodi. Nas construções budistas, é muitocomum a representação de árvores, numa alusão àfigueira-dos-pagodes (Ficus religiosa)[7][8] sob a qualBuda meditou e alcançou a iluminação, em Bodi-gaia, na Índia. Nos primeiros tempos do budismo,era considerado desrespeitoso retratar Buda sob aforma humana, de modo que o Iluminado era nor-malmente representado sob a forma de uma árvore,a Árvore Bodi.

• Estátua birmanesa de Buda, com os lóbulos das ore-lhas alongados

• Estátua tailandesa de Buda com o chacra saharasrasimbolicamente representado no alto da cabeça

• Representação dos pés de Buda em Camacura, noJapão

• Estátua do Buda Amida em Camacura, no Japão,com o “terceiro olho” simbólico visível entre as so-brancelhas

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13.1. REFERÊNCIAS 23

• Representação das Três Joias do budismo

• A aura de Buda

• Estátua birmanesa de Buda deitado

• Estátua de Buda na República da China em posiçãode abhaya

• Estátua de Buda achada na fronteira afegã-paquistanesa

• Estátua birmanesa de Buda tocando o solo com amão

• Pintura em Tuanti, noMiamar, retratando o períodode magreza extrema de Buda

• Pintura retratando o círculo formado pelo polegar eo indicador

• Flor de Lótus

• Flor de Lótus

• Estátua de Buda em Borobudur, na Indonésia

• Leão representado num pilar construído pelo reiAsoca em Vaixali, em Biar, na Índia, em 250 a.C.

• Elefante

• Touro

• Cavalo

• A grande Estupa de Sanxi, na Índia

• Pagode chinês do século XII

• Chedi de Wat Phra Kaew, em Chiang Rai, na Tai-lândia

• Chorten tibetano

• Figueira-dos-pagodes (Ficus religiosa) ao lado doTemplo Maabodi, o local onde Buda teria alcançadoa iluminação

• Monges budistas meditando sob a Árvore Bodi deAnanda, em Sravasti, na Índia

• Figueira-dos-pagodes (Ficus religiosa)

13.1 Referências[1] WILKINSON, p. O Livro Ilustrado das Religiões. São

Paulo: Publifolha, 2000. p. 37

[2] HERMÓGENES. Autoperfeição com hatha yoga. 35ªedição. Rio de Janeiro: Record, 1995. p. 61

[3] WILKINSON, P. O livro ilustrado das religiões. SãoPaulo: Publifolha, 2001. p. 57

[4] GAUTAMA, S. A Doutrina de Buda. São Paulo: MartinClaret, 2003. p. 19

[5] GAUTAMA, S. A Doutrina de Buda. São Paulo: MartinClaret, 2001. p. 17

[6] ALBANESE, M. Índia Antiga. Barcelona: Folio, 2006.p. 204

[7] FERREIRA, A. B. H. Novo Dicionário da Língua Portu-guesa. Segunda edição. Rio de Janeiro: Nova Fronteira,1986. p.776

[8] http://books.google.com.br/books?id=KizUvneBVMoC&pg=PA114&lpg=PA114&dq=%C3%A1rvore+ficus+religiosa+buda&source=bl&ots=Jn6oHssGM8&sig=whSl3gAOyc7eD4kDKKrQT1wOFto&hl=pt-BR&sa=X&ei=zHwYT4K7FYTo2gXWxp2qBA&sqi=2&ved=0CGEQ6AEwCA#v=onepage&q=%C3%A1rvore%20ficus%20religiosa%20buda&f=false

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Capítulo 14

As três qualidades do universo

Cemitério de High Wood, na França: uma ilustração da quali-dade universal da impermanência

Folhas secas de outono: outra manifestação do princípio budistada impermanência

Existem três qualidades básicas que caracterizam o uni-verso, segundo o budismo:

• Primeira qualidade: a impermanência (em páli,anicca. Lê-se /anit-txá/.[1]). Nada no universoperdura para sempre, tudo se transforma continua-mente e caminha para a própria dissolução. Isto noslembra que não devemos nos apegar às coisas, poistodas as coisas são temporárias. O apego gerará,inevitavelmente, sofrimento, pois nada perdura. Ao

Terremoto de 2008, na República Popular da China: uma ilus-tração da qualidade universal da dor

Floresta, quadro de 1902-1904 de Cézanne: uma ilustração daqualidade universal do não eu. Os limites entre um ser e outrosão imprecisos, as imagens se fundem umas às outras. Qualquerseparação entre elas é puramente arbitrária.

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mesmo tempo, essa impermanência generalizadanão é necessariamente dolorosa, pois o inverso daimpermanência, ou seja, a permanência generali-zada das coisas, tenderia a ser algo extremamentetedioso, enfadonho. É justamente essa imperma-nência que possibilita a renovação do universo[2].

• Segunda qualidade: a dor (em páli, dukkha. Lê-se/dúk-kha/, com o h aspirado, como no inglês.[3]).O universo está impregnado pela dor, que é cau-sada pelo nosso apego a coisas que são imperma-nentes. O sofrimento é generalizado, está por todaa parte. A consciência desta qualidade do universonos torna mais preparados para lidar com a dor e osofrimento e nos torna mais aptos a evitá-los, ou aomenos, amenizá-los. Também nos torna mais com-passivos e atentos para com o sofrimento das outraspessoas.

• Terceira qualidade: o não eu, ou a insubstanciali-dade (em sânscrito, anatman. Em páli, anatta (lê-se /anat-tá/.[4]). Segundo o budismo, não existe um“eu” permanente: nós estamos em permanente pro-cesso de mutação. Após a nossa morte, nada restade nós, a não ser nosso carma (as nossas intenções,desejos). E é esse carma que provoca nossa reencar-nação, oumelhor, a reencarnação do nosso carma[5].É importante observar que o conceito de “carma”do budismo é diferente do conceito de “carma” deoutras religiões, como o hinduísmo. No budismo, ocarma se refere apenas aos desejos, às intenções dosindivíduos[6], enquanto que, no hinduísmo, o carmarefere-se às ações dos indivíduos[7].

Portanto, no budismo, o conceito budista de anatman de-fende que não existe um espírito nosso que sobreviva ànossa morte. Após a nossa morte, nada restaria de nós,a não ser o nosso carma (ou seja, as nossas intenções edesejos), acumulado ao longo da vida e que geraria a for-mação de um novo ser, no processo que é vulgarmenteconhecido como reencarnação. Como se pode ver, o con-ceito de carma no budismo se aproxima do conceito jurí-dico de intencionalidade e boa-fé[8]. Ao mesmo tempo, aideia de que somos uma individualidade separada do uni-verso não passa de ilusão. Todos estamos conectados unsaos outros, não se pode dizer onde termina um ser e ondecomeça outro. O bem-estar das outras pessoas influenciao nosso bem-estar, o mal-estar das outras pessoas influ-encia o nosso mal-estar. Esta qualidade do universo trazcomo consequência prática a necessidade de se combatero egoísmo, o qual reflete uma compreensão imperfeita darealidade do universo: um universo no qual, na verdade,todos os seres estão inter-relacionados e são interdepen-dentes.A ilusão de que somos uma individualidade distinta emrelação ao universo é a responsável pelos nossos incon-táveis renascimentos. Após a nossa morte, é essa crença

ilusória na nossa individualidade que determina a agre-gação dos cinco componentes budistas do ser e a reen-carnação. O ser plenamente esclarecido espiritualmente(o buda) compreende a natureza ilusória de sua indivi-dualidade, não reúne os cinco componentes do ser apóssua morte, não reencarna e se funde ao universo, abando-nando o ciclo de morte e reencarnação[9].Em outras palavras: o universo é, na verdade, um imensocontinuum. É o homem que o divide em entes separados,com o fim de melhor compreendê-lo. Porém essas divi-sões são arbitrárias e artificiais, variando de cultura paracultura. Não têm existência real[10]. Por exemplo: na lín-gua portuguesa, existem as cores verde e azul. Porém,na língua tupi, essas duas cores são englobadas por umúnico termo, oby[11]. Isso demonstra a artificialidade e ainconsistência das divisões que adotamos para entendero universo: os “recortes” que usamos para classificá-losão arbitrários e podem variar de infinitas formas, depen-dendo da sociedade em questão.Apesar de pertencer a outra religião, a judia, o famoso fí-sico alemão Albert Einstein tinha uma visão do universocomo uma realidade unitária e sem fronteiras que se en-caixa perfeitamente no conceito budista de não eu. Eins-tein comparou o egoísmo do ser humano como uma espé-cie de “alucinação ótica de sua consciência”, que somenteconsidera importante o seu próprio bem-estar ou, no má-ximo, o de algumas poucas pessoas de seu círculo íntimo.Segundo Einstein, é tarefa do ser humano alargar esse cír-culo íntimo através do desenvolvimento da compaixão,até chegar a abarcar todo o universo, restabelecendo, emnossa consciência, a natureza como ela realmente é: semfronteiras definidas entre um ser e outro[12].Outro exemplo da artificialidade das divisões entre os se-res é a questão da diferença entre língua e dialeto: nemsempre é fácil determinar se um determinado linguajaré um dialeto de uma língua ou se é uma língua indepen-dente. Em tais casos, a decisão implica em certo grau dearbitrariedade, exatamente porque a distinção entre essesdois seres (os linguajares) não é nítida, ocorrendo tantopontos de contato quanto pontos de diferença entre os lin-guajares em questão. Como exemplo, podem ser citadoso caso do valenciano e do catalão e o do mandarim e docantonês: o valenciano pode ser visto tanto como um di-aleto do catalão[13] ou como uma língua independente[14]e o cantonês pode ser visto tanto como um dialeto dochinês[15] ou como uma língua independente[16], depen-dendo do ponto de vista.Outros exemplos: numa torcida de futebol, ou nummovi-mento político, vários indivíduos distintos passam a agire pensar como se fossem um só ente. Também neste caso,a noção de “eu” é polêmica: a torcida, ou o movimentopolítico, são vários seres ou é um ser apenas? A respostaa esta questão não é tão simples.

• Aedes aegypti, o mosquito transmissor da dengue eda febre amarela. As epidemias são um exemplodo inter-relacionamento entre todos os seres e uma

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26 CAPÍTULO 14. AS TRÊS QUALIDADES DO UNIVERSO

ilustração da qualidade universal do não eu.

• Encontro do verde da mata com o azul do mar emVancouver, no Canadá: dentro da língua tupi, overde e o azul são uma cor única chamada oby. Umexemplo da artificialidade das divisões que coloca-mos entre os entes do universo, pois a divisão queexiste na língua portuguesa entre azul e verde sim-plesmente não existe na língua tupi.

• Água poluída em Ribeira, na Galícia, na Espa-nha. As preocupações ecológicas mundiais atuaistêm muitas afinidades com a visão budista do inter-relacionamento entre os todos os seres do universo[1]

• Albert Einstein possuía uma concepção do universomuito semelhante à concepção budista do não eu

• Valência, na Espanha: o valenciano pode ser consi-derado tanto um dialeto do catalão quanto uma lín-gua própria, dependendo do ponto de vista

1. ↑ http://paraserzen.blogspirit.com/archive/2007/01/21/a-ecologia-no-budismo.html

14.1 Referências[1] Darmapada: a doutrina budista em versos. Tradução de

FernandoCacciatore deGarcia. Porto Alegre, RS. L&PMEditores. 2010. p. 23.

[2] BESSA, M. Viver para amar. Revista O Flu. Suplementodo jornal O Fluminense de 24 de junho 2012. Número172. pp. 4-5.

[3] Darmapada: a doutrina budista em versos. Tradução deFernandoCacciatore deGarcia. Porto Alegre, RS. L&PMEditores. 2010. p. 21.

[4] Darmapada: a doutrina budista em versos. Tradução deFernandoCacciatore deGarcia. Porto Alegre, RS. L&PMEditores. 2010. p. 23.

[5] Darmapada: a doutrina budista em versos. Tradução dopáli, introdução e notas de Fernando Cacciatore de Gar-cia. Porto Alegre, RS: L&PM Editores, 2010. p. 26.

[6] Darmapada: a doutrina budista em versos. Tradução dopáli, introdução e notas de Fernando Cacciatore de Gar-cia. Porto Alegre, RS: L&PM Editores, 2010. p. 39-40.

[7] WILKINSON, P. O livro ilustrado das religiões: o fasci-nante universo das crenças e doutrinas que acompanhamo homem através dos tempos. Texto de Philip Wilkin-son. Consultoria do Departamento de Teologia e Estu-dos Religiosos, Roehampton Institute, Londres. Tradu-ção de Margarida e Flávio Quintiliano. Primeira edição.São Paulo. Publifolha. 2001, p. 38.

[8] GONZAGA, M. A. R. L. Princípio da boa-fé: da inten-ção à conduta exigível no novo código civil. Disponívelem http://www.viannajr.edu.br/site/menu/publicacoes/publicacao_direito/pdf/edicao4/Art04200709.pdf.Acesso em 28 de junho de 2012.

[9] http://blog.opovo.com.br/yoga/psicologia-budista/

[10] MATTAR, J. Introdução à Filosofia. São Paulo: PearsonPrentice Hall, 2010. pp.171-186

[11] http://www.grifon.com.br/Portal/Griffon/noticiaDetalhe.aspx?nCdConteudo=4616&nCdCategoria=65&nCdSite=3

[12] http://www.monjacoen.com.br/textos-budistas/textos-diversos/108-albert-einstein-e-buda

[13] http://www.docv.gva.es/datos/2008/06/10/pdf/2008_7155.pdf

[14] http://www.loratpenat.org/index.php?option=com_content&task=view&id=3&Itemid=48

[15] http://www.ninhao.com.br/artigo-lingua-chinesa.html

[16] http://www.guiageo-china.com/cultura.htm

Page 30: Budismo

Capítulo 15

O Budismo e as outras religiões

Rio

Buda compara o budismo com uma jangada que é utili-zada para cruzar um rio. O rio representa a dor, o so-frimento. A jangada do budismo permite-nos superaro sofrimento e alcançar a outra margem, a margem dafelicidade e da bem-aventurança. Nesse sentido, qual-quer jangada é válida, desde que consiga fazer com quea pessoa alcance a outra margem em segurança. Ou seja,não importa se a pessoa siga o budismo, o cristianismo,o islamismo, ou mesmo se não siga religião alguma. Oimportante é que a pessoa consiga superar o sofrimento,da forma que ela achar melhor ou que for mais apropri-ada para ela. O destino final é a iluminação. Segundo obudismo, os seres humanos possuem todas as condiçõespara chegar a este destino final, desde que se libertemdas impurezas do mundo. A palavra (os ensinamentosdas religiões) é coisa dos homens, válida como auxílio najornada, mas somente a própria pessoa pode realizar asua jornada. É uma visão profundamente não sectária,essencialmente ecumênica.

• A cruz, o principal símbolo do cristianismo

• A lua e a estrela: o símbolo do islamismo

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Page 31: Budismo

Capítulo 16

Último nascimento

Representação do nascimento de Buda feita entre os séculos II eIII em Gandhara, na atual fronteira afegã-paquistanesa

Segundo a doutrina budista, todos os seres morrem e emseguida reencarnam em outro corpo, num ciclo conhe-cido como samsara. Tal ciclo dura incontáveis vidas,num longo processo de aprendizado espiritual que cul-mina na iluminação (nirvana, satori ou samadhi), mo-mento no qual o ciclo acaba e o ser não mais reencarna,por já ter atingido a perfeição . Este era o caso de Buda.Os nascimentos anteriores de Buda são tema de nume-rosas narrativas folclóricas conhecidas como jataka. Elasnarram o processo de aperfeiçoamento espiritual de Budaao longo de suas encarnações anteriores.

• Mural dos séculos XVIII e XIX em PhajodingGonpa, em Thimphu, no Butão, representando epi-sódios das encarnações anteriores de Buda

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Page 32: Budismo

Capítulo 17

Os três venenos

Segundo a doutrina budista, são três os fatores que enve-nenam a humanidade e a encaminham para o erro:

• o ódio, representado pela serpente;

Cobra-coral

• o desejo, representado pelo galo;

Galos indianos de rinha

• a ignorância, representada pelo porco.

[1]

Porcos em Münster, na Alemanha

17.1 Referências[1] WILKINSON, P. O livro ilustrado das religiões. São

Paulo: Publifolha, 2001. p. 61

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Page 33: Budismo

Capítulo 18

Os seis domínios da existência

Os seis domínios da existência estão representados no interior daroda: o inferno está no extremo inferior e, em sentido horário,estão o mundo dos animais, o dos humanos, o dos deuses, o dosasura e o dos fantasmas

Segundo o budismo, a alma pode reencarnar em seis tiposde mundo:

• o inferno, um reino de muito sofrimento com calorou frio devido a raiva;

• o mundo dos animais, um reino com ignorância;• o mundo dos fantasmas famintos, um reino com de-sejo de comida e bebida;

• o mundo dos asura, um reino de seres poderosos emguerras eternas e frustradas com os deuses;

• o mundo dos humanos, o melhor reino para se pra-ticar o Darma;

• o mundo dos deuses, lugar de grande felicidade, masonde ainda se morre.

Ameta do budismo é se libertar da reencarnação em qual-quer um destes mundos, pois todos eles implicam emeventual ruína, decadência e morte. A felicidade com-pleta somente é possível fora destes seis mundos, no nir-vana[1].

18.1 Referências[1] WILKINSON, P. O Livro Ilustrado das Religiões. São

Paulo: Publifolha, 2001. p. 61

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Page 34: Budismo

Capítulo 19

As três joias

Símbolo das três joias budistas

O budismo reconhece três “joias”, ou seja, três bonitos evaliosos bens que mantêm seu valor ao longo do tempo:

• o Buda;

• o darma (dharma), ou seja, a doutrina budista;

• o sanga (sangha), ou seja, a comunidade de mongesbudistas[1].

19.1 Referências[1] WILKINSON, P. O Livro Ilustrado das Religiões. São

Paulo: Publifolha, 2001. p. 62

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Page 35: Budismo

Capítulo 20

Budismo e ecologia

Derramamento de óleo no mar. A ambição humana excessivapossui uma relação direta com a degradação ambiental.

As atuais preocupações ecológicas mundiais encontramgrande sintonia com a filosofia budista. Segundo obudismo, todos os elementos do universo estão inter-relacionados, formando a grande teia da vida. Cada umdesses elementos é importante para a manutenção da teia.O que acontece com cada um desses elementos, afeta to-dos os demais, de alguma forma[1].Dentro desse contexto, o elemento desestabilizador é aambição humana desmedida, que exaure os recursos na-turais do planeta sem que este tenha condições de repô-los adequadamente[2].

20.1 Referências[1] BESSA, M. Viver para amar. Revista O Flu. Suplemento

do jornal O Fluminense de 24 de junho 2012. Número172. pp. 4-5.

[2] ALMEIDA, L. A sociedade de consumo e o meio am-biente. Disponível em http://www.cenedcursos.com.br/a-sociedade-consumo-meio-ambiente.html. Acesso em25 de junho de 2012.

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Page 36: Budismo

Capítulo 21

Budismo e felicidade

Tenzin Gyatso durante uma visita a Cologno Monzese, na Itália,em 2007

Um dos grandes mestres contemporâneos do budismo, odalai lama Tenzin Gyatso, enfatiza que o sentido da vida ébuscar a felicidade[1]. Para alcançar esse fim, Tenzin res-salta o aspecto mental, no sentido de ser necessário, pri-meiramente, se identificar os fatores que causam a nossainfelicidade e os fatores que causam a nossa felicidade.Uma vez identificados esses fatores, bastaria extinguir osprimeiros e estimular os segundos, em nossas vidas diá-rias, para se atingir a felicidade[2].

21.1 Referências[1] CUTLER, H. C. e LAMA, D. A Arte da Felicidade. São

Paulo: Martins Fontes, 2000. p.13

[2] CUTLER, H. C. e LAMA, D. A Arte da Felicidade. SãoPaulo: Martins Fontes, 2000. p. 14,15

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Page 37: Budismo

Capítulo 22

Críticas ao budismo

Thomas Hobbes

O budismo tem, como fundamento de sua doutrina, a ex-tinção do desejo. Porém muitos pensadores renomadosdefendem que tal objetivo é simplesmente impossível emesmo não desejável, dada a natureza do homem. O fi-lósofo inglês Thomas Hobbes (1588-1679), por exemplo,relacionava a felicidade ao desejo, o qual nunca seria to-talmente satisfeito, pois sempre mudaria de um objetopara outro [1]. No mesmo sentido, o filósofo neerlandêsEspinoza (1632-1677) afirmou que o desejo é a essênciado homem e que negá-lo seria negar a própria condiçãohumana[2]. O filme estadunidense de 2004 “Antes do pôrdo sol” (Before sunset), dirigido por Richard Linklater,faz a personagem Celine criticar o budismo, ao afirmarque a falta de desejo preconizada pelo budismo é um sin-toma de depressão.[3]

É oportuno, aqui, lembrar que o próprio Buda encorajavaos seus discípulos a terem sempre uma atitude crítica emrelação a sua doutrina, questionando aquilo que não lhesparecesse correto ou condizente com a realidade. Se-gundo Sidarta, nenhum aspecto da doutrina deveria serimposto à força, mas somente pela exposição lógica e

convincente de ideias.[4]

• Retrato do século XVII de Baruch de Espinosa

22.1 Referências[1] COMTE-SPONVILLE, A., DELUMEAU, J., FARGE,

A. A mais bela história da felicidade. Tradução de Ed-gard Assis de Carvalho, Mariza Perassi Bosco. Segundaedição. Rio de Janeiro. Difel. 2010. p. 47

[2] COMTE-SPONVILLE, A., DELUMEAU, J., FARGE,A. A mais bela história da felicidade. Tradução de Ed-gard Assis de Carvalho, Mariza Perassi Bosco. Segundaedição. Rio de Janeiro. Difel. 2010. p. 160.

[3] Before sunset. Warner Bros. Entertainment Corp. 2004.

[4] Darmapada: a doutrina budista em versos. Tradução deFernandoCacciatore deGarcia. Porto Alegre, RS. L&PMEditores. 2010. p. 18,19.

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Page 38: Budismo

Capítulo 23

O caminho do meio

Violão

Caminho

Em resumo, pode-se dizer que o budismo prega o ca-minho do meio. Um ponto equidistante entre os extre-mos. Assim como um violão com a corda frouxa nãoproduz som algum e um violão com a corda muito rete-sada acaba por arrebentar a corda, um ser humano so-mente conseguirá produzir bons frutos espirituais se semantiver equidistante entre o rigor excessivo e a excessivapermissividade.[1] Diz a doutrina budista que Buda che-gou a esta conclusão após desmaiar de fome devido a seurigoroso jejum e ter somente recuperado a consciênciaapós ser alimentado com uma tigela de mingau por umacamponesa caridosa que passava casualmente por perto.Após meditar sobre este fato, Sidarta concluiu que o con-trole excessivo é tão ruim e ineficaz em termos espirituais

quanto a excessiva permissividade e optou por seguir umcaminho intermediário entre os dois.O famoso físico alemão Albert Einstein (1879-1955),apesar de ser de origem judia, deixou algumas frases alta-mente elogiosas para o budismo, louvando suas virtudeslógicas condizentes com a era tecnológica e cientificistaque vivemos. Segundo ele, o budismo pode ser uma espé-cie de “religião cósmica do futuro”, pois baseia-se numalógica rigorosa, sem precisar apelar para dogmas impos-tos à base da força[2].

23.1 Referências[1] Darmapada: a doutrina budista em versos. Tradução de

FernandoCacciatore deGarcia. Porto Alegre, RS. L&PMEditores. 2010. p. 27,28.

[2] http://www.monjacoen.com.br/textos-budistas/textos-diversos/108-albert-einstein-e-buda

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Page 39: Budismo

Capítulo 24

Referências

• Albanese, Marilia. Índia antiga. Barcelona: Folio,2006. 288 p.

• . Darmapada - a doutrina budista em versos.Porto Alegre: L&PM, 2009. 160 p. ISBN9788525419620

• Deshimaru, Taisen. A tigela e o bastão. São Paulo:Pensamento. 220 p.

• Gaarder, Jostein; Hellern, Victor; Notaker, Henry.O livro das religiões. São Paulo: Companhia das Le-tras, 2000. 320 p. ISBN 9788571649941

• Gautama, Siddharta. A doutrina de Buda. SãoPaulo: Martin Claret, 2003. 200 p. ISBN8572325875

• Hermógenes, José. Autoperfeição com hatha yoga.35ª.ed. Rio de Janeiro: Record, 1995. 282 p. ISBN8501000442

• Introdução ao Budismo, curso daWikiversidade Lu-sófona

• Schulberg, Lucille. Índia histórica. Rio de Janeiro:Livraria José Olympio, 1979. 189 p. v. 15. (bibli-oteca de história universal life)

• Usarski, Frank. O Budismo e as outras: encontrose desencontros entre as grandes religiões mundiais.Aparecida: Ideias & Letras, 2009.

• Velte, Herbert. Dicionário ilustrado de budô. Riode Janeiro: Tecnoprint.

• Wilkinson, Philip. O livro ilustrado das religiões:O fascinante universo das crenças e doutrinas queacompanham o homem através dos tempos. 1ª.ed.São Paulo: Publifolha, 2001. 128 p. ISBN8574022098

Estátua de Buda no pôr do sol

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Page 40: Budismo

24.1. FONTES, CONTRIBUIDORES E LICENÇAS DE TEXTO E IMAGEM 37

24.1 Fontes, contribuidores e licenças de texto e imagem

24.1.1 Texto

• Budismo/Capa Fonte: http://pt.wikibooks.org/wiki/Budismo/Capa?oldid=213436 Contribuidores: Jorge Morais, Master, He7d3r.bot,Erico e Anónimo: 3

• Budismo/Introdução Fonte: http://pt.wikibooks.org/wiki/Budismo/Introdu%C3%A7%C3%A3o?oldid=268278 Contribuidores: Ozy-mandias, Jorge Morais, Master, He7d3r, He7d3r.bot, Erico, Alguém, Erico Tachizawa e Anónimo: 11

• Budismo/As quatro nobres verdades Fonte: http://pt.wikibooks.org/wiki/Budismo/As%20quatro%20nobres%20verdades?oldid=268279 Contribuidores: Ozymandias, Jorge Morais, Master, He7d3r, He7d3r.bot, Erico, Erico Tachizawa e Anónimo: 11

• Budismo/O caminho dos oito passos Fonte: http://pt.wikibooks.org/wiki/Budismo/O%20caminho%20dos%20oito%20passos?oldid=273852Contribuidores: Marcos AntônioNunes deMoura, Ozymandias, JorgeMorais, Master, He7d3r, He7d3r.bot, Erico, Erico Tachizawae Anónimo: 15

• Budismo/Cinco preceitosFonte: http://pt.wikibooks.org/wiki/Budismo/Cinco%20preceitos?oldid=237133Contribuidores: JorgeMorais,Master, PatiBot, He7d3r.bot, Erico, Erico Tachizawa e Anónimo: 3

• Budismo/Quatro sinais Fonte: http://pt.wikibooks.org/wiki/Budismo/Quatro%20sinais?oldid=239931 Contribuidores: Master,He7d3r.bot, Erico, Analfabeta, Erico Tachizawa e Anónimo: 5

• Budismo/Meditação Fonte: http://pt.wikibooks.org/wiki/Budismo/Medita%C3%A7%C3%A3o?oldid=229328 Contribuidores: JorgeMorais, He7d3r.bot, Erico, Erico Tachizawa e Anónimo: 10

• Budismo/História do Budismo Fonte: http://pt.wikibooks.org/wiki/Budismo/Hist%C3%B3ria%20do%20Budismo?oldid=237084 Con-tribuidores: Ozymandias, Jorge Morais, Master, CommonsDelinker, He7d3r.bot, Erico, Erico Tachizawa e Anónimo: 18

• Budismo/Escrituras budistas Fonte: http://pt.wikibooks.org/wiki/Budismo/Escrituras%20budistas?oldid=271183Contribuidores: Com-monsDelinker e Erico Tachizawa

• Budismo/Seitas budistas Fonte: http://pt.wikibooks.org/wiki/Budismo/Seitas%20budistas?oldid=233984 Contribuidores: He7d3r.bot,Erico, Erico Tachizawa e Anónimo: 1

• Budismo/Monasticismo Fonte: http://pt.wikibooks.org/wiki/Budismo/Monasticismo?oldid=237135 Contribuidores: Erico Tachizawa

• Budismo/Locais de peregrinação budista Fonte: http://pt.wikibooks.org/wiki/Budismo/Locais%20de%20peregrina%C3%A7%C3%A3o%20budista?oldid=229120 Contribuidores: Jorge Morais, He7d3r.bot, Erico, Erico Tachizawa e Anónimo: 8

• Budismo/Símbolos do Budismo Fonte: http://pt.wikibooks.org/wiki/Budismo/S%C3%ADmbolos%20do%20Budismo?oldid=271116Contribuidores: Ozymandias, Jorge Morais, Master, CommonsDelinker, He7d3r, He7d3r.bot, Erico, Kelvin Samuel, Erico Tachizawa,The Photographer e Anónimo: 25

• Budismo/As três qualidades do universo Fonte: http://pt.wikibooks.org/wiki/Budismo/As%20tr%C3%AAs%20qualidades%20do%20universo?oldid=265791 Contribuidores: Thiago, Ozymandias, Jorge Morais, CommonsDelinker, He7d3r.bot, Erico, Erico Tachizawae Anónimo: 11

• Budismo/O Budismo e as outras religiões Fonte: http://pt.wikibooks.org/wiki/Budismo/O%20Budismo%20e%20as%20outras%20religi%C3%B5es?oldid=229123 Contribuidores: Jorge Morais, He7d3r.bot, Erico, Usarski, Erico Tachizawa e Anónimo: 9

• Budismo/Último nascimento Fonte: http://pt.wikibooks.org/wiki/Budismo/%C3%9Altimo%20nascimento?oldid=229124 Contribuido-res: Jorge Morais, Master, PatiBot, He7d3r.bot, Erico, Erico Tachizawa e Anónimo: 5

• Budismo/Os três venenos Fonte: http://pt.wikibooks.org/wiki/Budismo/Os%20tr%C3%AAs%20venenos?oldid=218138 Contribuidores:He7d3r.bot, Erico, Erico Tachizawa e Anónimo: 2

• Budismo/Os seis domínios da existência Fonte: http://pt.wikibooks.org/wiki/Budismo/Os%20seis%20dom%C3%ADnios%20da%20exist%C3%AAncia?oldid=270259 Contribuidores: He7d3r.bot, Erico, Erico Tachizawa, Marcioseno e Anónimo: 2

• Budismo/As três joias Fonte: http://pt.wikibooks.org/wiki/Budismo/As%20tr%C3%AAs%20joias?oldid=237091 Contribuidores:He7d3r.bot, Erico, Erico Tachizawa e Anónimo: 1

• Budismo/Budismo e ecologia Fonte: http://pt.wikibooks.org/wiki/Budismo/Budismo%20e%20ecologia?oldid=237081 Contribuidores:Erico Tachizawa

• Budismo/Budismo e felicidade Fonte: http://pt.wikibooks.org/wiki/Budismo/Budismo%20e%20felicidade?oldid=240162 Contribuido-res: Erico Tachizawa

Page 41: Budismo

38 CAPÍTULO 24. REFERÊNCIAS

• Budismo/Críticas ao budismo Fonte: http://pt.wikibooks.org/wiki/Budismo/Cr%C3%ADticas%20ao%20budismo?oldid=262357 Con-tribuidores: Erico Tachizawa

• Budismo/O caminho do meio Fonte: http://pt.wikibooks.org/wiki/Budismo/O%20caminho%20do%20meio?oldid=262356 Contribuido-res: Jorge Morais, Master, He7d3r, He7d3r.bot, Erico, Erico Tachizawa e Anónimo: 10

• Budismo/Referências Fonte: http://pt.wikibooks.org/wiki/Budismo/Refer%C3%AAncias?oldid=268275 Contribuidores: Thiago, Ozy-mandias, He7d3r, He7d3r.bot, Erico, Erico Tachizawa e Anónimo: 11

24.1.2 Imagens• Ficheiro:Amaravati_Buddhist_Monastery_(UK)_3.jpg Fonte: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/4/4a/Amaravati_

Buddhist_Monastery_%28UK%29_3.jpg Licença: CC BY 2.0 Contribuidores: Autumn Buddha Artista original: Jake Barnes• Ficheiro:Birthplacebuddha.jpg Fonte: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/e/e2/Birthplacebuddha.jpg Licença: CC BY-

SA 2.5 Contribuidores: Obra do próprio Artista original: myself• Ficheiro:BodhgayaStreet.jpg Fonte: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/0/03/BodhgayaStreet.jpg Licença: Public do-

main Contribuidores: Obra do próprio (Own photo) Artista original: Teemu Kiiski• Ficheiro:Borobudur-perfect-buddha.jpg Fonte: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/6/66/Borobudur-perfect-buddha.

jpg Licença: CC-BY-SA-3.0 Contribuidores: Obra do próprio Artista original: Photo by Jan-Pieter Nap, 2004.• Ficheiro:Borobudur_monks_1.jpg Fonte: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/5/5a/Borobudur_monks_1.jpg Licença:

CC BY 2.0 Contribuidores: Flickr Artista original: frank wouters de antwerpen, belgium• Ficheiro:Bouddha_Amida_01.JPG Fonte: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/1/10/Bouddha_Amida_01.JPG Licença:

CC BY-SA 3.0 Contribuidores: Obra do próprio Artista original: Traumrune• Ficheiro:Bouddha_de_jardin.JPG Fonte: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/b/b9/Bouddha_de_jardin.JPG Licença:

FAL Contribuidores: Obra do próprio Artista original: Mariuslemarie• Ficheiro:Buddha_00014.JPG Fonte: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/d/d7/Buddha_00014.JPG Licença: CC BY-SA

3.0 Contribuidores: Obra do próprio Artista original: YashiWong• Ficheiro:Buddha_image_-_stone_-_with_disciple.jpg Fonte: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/0/0f/Buddha_image_

-_stone_-_with_disciple.jpg Licença: CC BY 1.0 Contribuidores: Transferred from en.wikipedia Artista original: Original uploader wasNat Krause at en.wikipedia

• Ficheiro:Buddha_sunset.jpg Fonte: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/e/e7/Buddha_sunset.jpg Licença: CC BY 2.0Contribuidores: ? Artista original: ?

• Ficheiro:Buddhist_child.jpg Fonte: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/2/2c/Buddhist_child.jpg Licença: CC BY 3.0Contribuidores: Captured by uploader. Artista original:ผู้สร้างสรรค์ผลงาน/ส่งข้อมูลเก็บในคลังข้อมูลเสรีวิกิมีเดียคอมมอนส์ - เทวประภาส มากคล้าย

• Ficheiro:Caminho_rural.JPG Fonte: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/1/13/Caminho_rural.JPG Licença: CC BY-SA3.0 Contribuidores: Transferred from en.wikipedia; transferred to Commons by Béria Lima using CommonsHelper.Artista original: Alchimista (talk) Original uploader was Alchimista at en.wikipedia

• Ficheiro:Chinese_printed_sutra_page,_dated_to_the_Song_dynasty.jpg Fonte: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/2/2d/Chinese_printed_sutra_page%2C_dated_to_the_Song_dynasty.jpg Licença: Public domain Contribuidores: Originally fromen.wikipedia; description page is/was here. Artista original: Original uploader was Iwanafish at en.wikipedia

• Ficheiro:Cocks_Fighting.jpg Fonte: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/e/ef/Cocks_Fighting.jpg Licença: CC BY 2.0Contribuidores: Flickr Artista original: Felix Francis

• Ficheiro:Dalai_Lama_1471_Luca_Galuzzi_2007.jpg Fonte: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/2/26/Dalai_Lama_1471_Luca_Galuzzi_2007.jpg Licença: CC BY-SA 2.5 Contribuidores: Photo taken by Luca Galuzzi - www.galuzzi.it Artista original:Luca Galuzzi (Lucag)

• Ficheiro:Dharma_Wheel.svg Fonte: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/d/df/Dharma_Wheel.svg Licença: CC-BY-SA-3.0 Contribuidores: Obra do próprio Artista original: Shazz, Esteban.barahona

• Ficheiro:Dharmacakra.PNG Fonte: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/a/a8/Dharmacakra.PNG Licença: Public domainContribuidores: ? Artista original: ?

• Ficheiro:Emblem_of_India.svg Fonte: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/5/55/Emblem_of_India.svg Licença: Publicdomain Contribuidores: www.supremecourtofindia.nic.in Artista original: Defined by the Indian government as national emblem

• Ficheiro:EndlessKnot03d.png Fonte: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/1/14/EndlessKnot03d.png Licença: Public do-main Contribuidores: en:Image:EndlessKnot03d.png , Created by en:User:Rickjpelleg in Paint Shop Pro 7 for the “Endless Knot” articles(to replace the simpler drawing EndlessKnot.png) Artista original: en:User:Rickjpelleg, first uploaded to en.wikipedia on 20:13, 28 October2005

• Ficheiro:Flag_of_India.svg Fonte: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/4/41/Flag_of_India.svg Licença: Public do-main Contribuidores: <a href='//commons.wikimedia.org/wiki/File:FIAV_111000.svg' class='image'><img alt='FIAV 111000.svg'src='//upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/6/6f/FIAV_111000.svg/23px-FIAV_111000.svg.png' width='23' height='15'class='thumbborder' srcset='//upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/6/6f/FIAV_111000.svg/35px-FIAV_111000.svg.png1.5x, //upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/6/6f/FIAV_111000.svg/46px-FIAV_111000.svg.png 2x' data-file-width='320'data-file-height='210' /></a>↑ Artista original: User:SKopp

• Ficheiro:Forest,_a_painting_by_Paul_Cézanne,_circa_1902-1904.png Fonte: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/a/a3/Forest%2C_a_painting_by_Paul_C%C3%A9zanne%2C_circa_1902-1904.png Licença: Public domain Contribuidores: ? Artista ori-ginal: ?

Page 42: Budismo

24.1. FONTES, CONTRIBUIDORES E LICENÇAS DE TEXTO E IMAGEM 39

• Ficheiro:Galvihara-sunny2.jpg Fonte: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/c/cb/Galvihara-sunny2.jpg Licença: CC BY2.5 Contribuidores: Obra do próprio Artista original: Lankapic

• Ficheiro:Hakuunan.jpg Fonte: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/a/a9/Hakuunan.jpg Licença: Public domain Contribui-dores: “hakuunan’s file” Artista original: hakuunan

• Ficheiro:High_Wood_cemetery,_France.jpg Fonte: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/4/49/High_Wood_cemetery%2C_France.jpg Licença: CC-BY-SA-3.0 Contribuidores: ? Artista original: ?

• Ficheiro:Illuminated_manuscript_of_Jataka_Tales_and_the_Story_of_Phra_Malai’{}s_Visit_to_Heaven_and_Hell,_Thailand,_Bangkok_style,_1813,_ink,_color_and_gold_on_paper,_HAA.JPG Fonte: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/f/f8/Illuminated_manuscript_of_Jataka_Tales_and_the_Story_of_Phra_Malai%27s_Visit_to_Heaven_and_Hell%2C_Thailand%2C_Bangkok_style%2C_1813%2C_ink%2C_color_and_gold_on_paper%2C_HAA.JPG Licença: CC0 Contribuidores: Obra do próprioArtista original: Hiart

• Ficheiro:MarcFerrez_MachadodeAssis.jpg Fonte: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/f/f5/MarcFerrez_MachadodeAssis.jpg Licença: Public domain Contribuidores: Desconhecido Artista original: Marc Ferrez (1843-1923)

• Ficheiro:Micrurus_tener.jpg Fonte: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/c/cb/Micrurus_tener.jpg Licença: CC BY-SA2.5 Contribuidores: Originally from en.wikipedia; description page is/was here. Artista original: Original uploader was Dawson aten.wikipedia

• Ficheiro:Nepal_DSCN2126a.jpg Fonte: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/a/a7/Nepal_DSCN2126a.jpg Licença: CCBY-SA 3.0 Contribuidores: Obra do próprio Artista original: Yves Picq http://veton.picq.fr

• Ficheiro:Oil-spill.jpg Fonte: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/2/2e/Oil-spill.jpg Licença: Public domainContribuidores:US Gov NOAA Artista original: US Gov NOAA

• Ficheiro:Ornamentation,_drapes,_and_flags_decorating_Jokhang.jpg Fonte: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/d/d1/Ornamentation%2C_drapes%2C_and_flags_decorating_Jokhang.jpg Licença: CC BY-SA 2.0 Contribuidores: ? Artista original: ?

• Ficheiro:Red_autumn_leaves.jpg Fonte: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/0/0d/Red_autumn_leaves.jpg Licença: CCBY-SA 2.0 Contribuidores: http://www.flickr.com/photos/alphageek/57100167 Artista original: Jim

• Ficheiro:Samsara.jpg Fonte: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/8/80/Samsara.jpg Licença: Public domain Contribuido-res: http://posneg.wordpress.com/2009/01/25/liberated-infostream-infodump-datawell-datamine/ Artista original: Desconhecido

• Ficheiro:SeatedBuddha.jpg Fonte: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/c/ce/SeatedBuddha.jpg Licença: CC-BY-SA-3.0Contribuidores: Fotografia própria Artista original: en:User:PHG

• Ficheiro:Seattle_Pride_1995_-_7_Star_Women’{}s_Kung_Fu_02A.jpg Fonte: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/6/61/Seattle_Pride_1995_-_7_Star_Women%27s_Kung_Fu_02A.jpg Licença: CC-BY-SA-3.0 Contribuidores: Photo by Joe Mabel Artistaoriginal: Joe Mabel

• Ficheiro:Sichuan_earthquake_victims_dujiangyan.JPG Fonte: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/1/12/Sichuan_earthquake_victims_dujiangyan.JPG Licença: Public domain Contribuidores: Obra do próprio Artista original: Courtesy of Miniwiki.org

• Ficheiro:SiddhartaBirth.jpgFonte: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/3/3d/SiddhartaBirth.jpgLicença: CC-BY-SA-3.0Contribuidores: ? Artista original: ?

• Ficheiro:Swastika1.svg Fonte: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/0/01/Swastika1.svg Licença: Public domain Contribui-dores: ? Artista original: ?

• Ficheiro:Taizokai.jpg Fonte: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/a/a2/Taizokai.jpg Licença: Public domain Contribuido-res: ? Artista original: ?

• Ficheiro:Tea_tools_on_daisu.jpg Fonte: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/b/b9/Tea_tools_on_daisu.jpg Licença: CC-BY-SA-3.0 Contribuidores: from Italian Wikipedia it:Image:Chado3.jpg Artista original: it:User:Adriano

• Ficheiro:Thomas_Hobbes_by_John_Michael_Wright.jpg Fonte: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/d/dd/Thomas_Hobbes_by_John_Michael_Wright.jpg Licença: Public domain Contribuidores: National Portrait Gallery: NPG 225 Artista original: JohnMichael Wright

• Ficheiro:Threejewels.svg Fonte: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/8/8e/Threejewels.svg Licença: CC-BY-SA-3.0 Con-tribuidores: Obra do próprio Artista original: Frater5

• Ficheiro:Tripiṭaka_in_Ubosot_of_Wat_Kungtaphao.jpg Fonte: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/0/00/Tripi%E1%B9%ADaka_in_Ubosot_of_Wat_Kungtaphao.jpg Licença: CC BY 3.0 Contribuidores: Captured by uploader. Artista original:ผู้สร้างสรรค์ผลงาน/ส่งข้อมูลเก็บในคลังข้อมูลเสรีวิกิมีเดียคอมมอนส์ - เทวประภาส มากคล้าย

• Ficheiro:Violão.jpg Fonte: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/d/d4/Viol%C3%A3o.jpg Licença: CC BY 2.0 Contribui-dores: originally posted to Flickr as Tension Artista original: Silvio Tanaka

• Ficheiro:Vista_del_riu_Fluvià_a_Sant_Pere_Pescador.jpg Fonte: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/c/cc/Vista_del_riu_Fluvi%C3%A0_a_Sant_Pere_Pescador.jpg Licença: CC BY-SA 2.5 Contribuidores: ? Artista original: ?

• Ficheiro:Wood&Jagger.jpg Fonte: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/c/cb/Wood%26Jagger.jpg Licença: CC BY-SA2.0 Contribuidores: http://www.flickr.com/photos/lorenz_l/189936691/ Artista original: Lorenz Loidl

• Ficheiro:XN_Sus_domesticus_Animal_husbandry_912.jpg Fonte: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/0/0f/XN_Sus_domesticus_Animal_husbandry_912.jpg Licença: CC-BY-SA-3.0 Contribuidores: Personal photograph taken by Author, URL: Ex :: Na-tura - Freies Portal für Umweltbildung (Environmental Education) Artista original: Guido Gerding

• Ficheiro:Zafus_(Kanzeon_Zen_center).jpg Fonte: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/6/60/Zafus_%28Kanzeon_Zen_center%29.jpg Licença: CC BY-SA 2.0 Contribuidores: ? Artista original: ?

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