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Universidade Sénior Contemporânea PATRIMÓNIO CULTURAL E PAISAGÍSTICO PORTUGUÊS Professor Doutor Artur Filipe dos Santos

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Roteiro das Aldeias de Montanha do Concelho de Seia – Serra da Estrela. Matéria leccionada no âmbito da Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português da Universidade Sénior Contemporânea:

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Universidade Sénior Contemporânea

PATRIMÓNIO CULTURAL E

PAISAGÍSTICO PORTUGUÊS

Professor Doutor Artur Filipe dos Santos

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Roteiro das Aldeias de

Montanha do Concelho de Seia –

Serra da Estrela

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Loriga

 Loriga é considerada uma vila e freguesia portuguesa do concelho de Seia que pertence ao distrito da Guarda. De acordo com os censos de 2005 esta vila situada em plena montanha tem uma área de 36,52 km², com 1 367 habitantes e uma densidade populacional de 37,51 hab/km².

Loriga, a Suiça Portuguesa

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Loriga

 A Vila de Loriga fica situada na Serra da Estrela a cerca de 770 metros de altitude como que protegida por duas sentinelas vigilantes e altivas que parecem tocar no céu e, que são a Penha do Gato com cerca de 1800 metros e a Penha dos Abutres com mais de 1800 metros. 

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Loriga

 Loriga encontra-se a 20 km de Seia, 80km da Guarda e 300km de Lisboa. A vila é acessível pela EN 231, e tem acesso directo ao ponto mais alto da Serra da Estrela pela EN338, estrada concluída em 2006, seguindo um traçado pré-existente, com um percurso de 9,2 km de paisagens deslumbrantes, entre as cotas 960m (Portela do Arão ou Portela de Loriga) e 1650m, junto à Lagoa Comprida, onde se liga com a EN339.

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 É conhecida como a "Suíça Portuguesa" devido à sua extraordinária paisagem e localização geográfica. Está situada a cerca de 770m de altitude, na sua parte urbana mais baixa, rodeada por montanhas, das quais se destacam a Penha dos Abutres (1828m de altitude) e a Penha do Gato (1771m), e é abraçada por dois cursos de água: a Ribeira de Loriga ou "Courelas ou "Nave", e a Ribeira de S.Bento, que desagua naquela depois da E.T.A.R.. .

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Loriga

 A Ribeira de Loriga, é um dos maiores afluentes do Rio Alva.. 

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Loriga

 No livro «A MAGIA DAS ALDEIAS DE MONTANHA», Loriga é a «Rainha da Serra», povoação milenar com caminhos romanos por onde também passavam os Lusitanos, uma paisagem esplendorosa, a enigmática «Cama da Moura», e uma praia fluvial que é uma verdadeira Maravilha Natural. Os mais aventureiros não deverão perder a caminhada pela Garganta de Loriga.

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Loriga

Fundada originalmente no alto de uma colina entre ribeiras onde hoje existe o centro histórico da vila. O local foi escolhido há mais de dois mil e seiscentos anos devido à facilidade de defesa, uma colina entre ribeiras, à abundância de água e de pastos, bem como ao facto de a as terras mais baixas providenciarem alguma caça e condições mínimas para a prática da agricultura. 

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Desta forma estavam garantidas as condições mínimas de sobrevivência para uma população e povoação com alguma importância.

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Loriga

O nome veio da localização estratégica da povoação, do seu protagonismo e dos seus habitantes nos Hermínios (actual Serra da Estrela) na resistência lusitana, o que levou os romanos a porem-lhe o nome de “Lorica” (antiga couraça guerreira). Os Hermínios eram o coração e a maior fortaleza da Lusitânia. 

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Loriga

É um facto que os romanos lhe deram o nome de “Lorica”, e deste nome derivou Loriga, designação iniciada pelos Visigodos e que tem o mesmo significado. É um caso raro, em Portugal, de um nome bi-milenar, sendo de grande importância histórica, e justifica que a Lorica seja a peça central e principal do brasão da vila.  

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Situada na parte Sudoeste da Serra da Estrela, a sua beleza paisagística é o principal atractivo de referência.

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Loriga

Os socalcos e sua complexa rede de irrigação são um dos grandes ex-libris de Loriga, uma obra gigantesca construída pelos loriguenses ao longo de muitas centenas de anos e que transformou um vale belo mas rochoso num vale fértil.

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É uma obra que ainda hoje marca a paisagem do belíssimo Vale de Loriga, fazendo parte do património histórico da vila e é demonstrativa do génio dos seus habitantes.

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Loriga

Crê-se que o nome veio da localização estratégica da povoação, do seu protagonismo e dos seus habitantes nos montes Hermínios (actual Serra da Estrela) na resistência lusitana, o que levou os romanos a porem-lhe o nome de Lorica, designação geral para couraça guerreira romana; deste nome derivou Loriga, designação iniciada pelos Visigodos, que tem o mesmo significado.

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Loriga

Destacam-se também a ponte e a estrada romanas, século I a.C., uma sepultura antropomórfica, século VI a.C., a Igreja Matriz século XIII, reconstruída, o Pelourinho, século XIII, reconstruído, o Bairro de São Ginês (São Gens) com origem anterior à chegada dos romanos e a Rua de Viriato, herói lusitano que a tradição local e alguns documentos apontam como sendo natural desta antiquíssima povoação.

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A Rua da Oliveira, pela sua peculiaridade, situada na área mais antiga do centro histórico da vila, recorda algumas das características urbanas da época medieval.

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O Bairro de São Ginês (S.Gens) é um ex-libris de Loriga e nele destaca-se a capela de Nossa Senhora do Carmo, construída no local de uma antiga ermida visigótica precisamente dedicada àquele santo.

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Loriga

Quando os romanos chegaram, a povoação estava dividida em dois núcleos. O maior, mais antigo e principal, situava-se na área onde hoje existem a Igreja Matriz e parte da Rua de Viriato e estava fortificado com muralhas e paliçada. No local do actual Bairro de S.Ginês (S.Gens) existiam já algumas habitações encostadas ao promontório rochoso, em cima do qual os Visigodos construíram mais tarde uma ermida dedicada àquele santo..

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Loriga

Loriga era uma paróquia pertencente à Vigararia do Padroado Real e a Igreja Matriz foi mandada construir em 1233 pelo rei D. Sancho II. Há alguns escritos que dão conta que até 1713 a igreja era orago de Nossa Senhora da Conceição, no entanto, parece manter-se a ideia de que foi sempre orago de Santa Maria Maior e que se mantém.

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Loriga

O sismo de 1755 provocou enormes estragos na vila, tendo arruinado também a residência paroquial e aberto algumas fendas nas robustas e espessas paredes do edifício da Câmara Municipal construído no século XIII.

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Loriga

Um emissário do Marquês de Pombal esteve em Loriga a avaliar os estragos mas, ao contrário do que aconteceu com a Covilhã, outra localidade serrana muito afectada pelo terramoto, não chegou do governo de Lisboa qualquer auxílio.

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Loriga

Loriga é uma vila industrial (têxtil) desde a primeira metade do século XIX, em termos de indústria moderna, sendo também influenciada pela chamada revolução industrial. No entanto, já no século XV os loriguenses se dedicavam aos lanifícios, embora de forma artesanal.

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Loriga

Chegou a ser uma das localidades mais industrializadas da Beira Interior, e a actual sede de concelho só conseguiu suplantá-la quase em meados do século XX. Num passado recente, só a Covilhã ultrapassava Loriga no número de empresas.

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Loriga é um exemplo das consequências que uma guerra civil pode ter numa localidade e numa região. Loriga tinha a categoria de sede de concelho desde o século XII, tendo recebido forais em 1136, João Rhânia, senhorio das Terras de Loriga durante cerca de duas décadas, no reinado de D. Afonso Henriques), 1249 (D. Afonso III), 1474 (D. Afonso V) e 1514 (D. Manuel I). ~

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Loriga

Apoiou os Absolutistas contra os Liberais na guerra civil portuguesa e isso custou-lhe deixar de ser sede de concelho em 1855 após a aplicação do plano de ordenação territorial levada a cabo durante o século XIX, curiosamente o mesmo plano que deu origem aos Distritos.

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Loriga

Património Histórico e Cultural

A vila de Loriga possui inúmeros monumentos religiosos como as capelas de Nossa Senhora da Auxiliadora, na Rua da Redondinha; Nossa Senhora da Guia, no Recinto do Santuário da Nossa Senhora da Guia; Nossa Senhora do Carmo, no Bairro de S.Ginês e São Sebastião no princípio da Rua de São Sebastião.

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Em Loriga encontramos um número considerável de Fontaneiros que a tornam diferente de outras vilas beirãs. O Adro, situado no Adro da Igreja; Almas na Rua Sacadura Cabral no local conhecido por "Almas", Porto, na Rua do Porto e finalmente Vinho, situado no local conhecido por "Vinhô".

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A Pedra Visigótica da Igreja de Loriga

Na parte superior de uma das portas laterais da Igreja de Loriga, está colocada uma pedra com a data de 1233, que estudos elaborados, deram a conhecer que se trata de uma pedra dos tempos do Visigodos que reinaram na Península Ibéria de 418 até 711, logo após a queda do Império Romano.

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Loriga

A Pedra Visigótica da Igreja de Loriga

Essa pedra pertenceria algum templo Visigótico, sendo depois aproveitada para a Igreja onde ainda hoje se encontra. Igreja de Loriga que foi mandada construir pelo rei D. Sancho II em cima das ruínas de um pequeno templo visigótico, tudo levando a crer portanto, que foi então nessa altura da construção da igreja que foi gravada a data do ano de 1233.

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Loriga

A Pedra Visigótica da Igreja de Loriga

Assim, essa pedra colocada por cima de uma das portas laterais da igreja actual confirma a sua longa existência, correspondendo à data da construção. Construção por decisão real nesse sentido pelo facto de Loriga pertencer à Vigariaria do Padroado Real.

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Loriga

A Pedra Visigótica da Igreja de Loriga

Pedra Visigótica que se encontra numa das portas da Igreja de Loriga, cuja leitura foi feita por um considerado arqueólogo Alemão. Só é conhecida outra igual em Braga e por ele considerada uma enorme preciosidade de grande valor.

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Loriga

A Pedra Visigótica da Igreja de Loriga

A data 1233 que tem gravada não corresponde à antiguidade da pedra, pelo que se admite que lhe tenha sido aposta aquando da construção naquele local da Igreja em substituição do pequeno templo visigótico ali existente, ou mesmo avançando-se ter sido aposta quando da mudança da primitiva Loriga (no chão do Souto) para o Lugar actual.

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Festas e Romarias Ao longo do ano celebram-se de maneira especial o Natal, a Páscoa com a Amenta das Almas cantos nocturnos masculinos, que evocam as almas de entes falecidos por altura da Quaresma, festas em honra de Sto. António, durante o mês Junho e S. Sebastião no último Domingo de Julho, com as respectivas mordomias e procissões.

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Loriga

Porém, o ponto mais alto das festividades religiosas é a festa dedicada à padroeira de Loriga, Nª. Sr.ª. da Guia, que se realiza todos os anos, no primeiro Domingo de Agosto. No segundo Domingo, tem lugar a festa em honra de Nª. Sr.ª. da Ajuda, no Fontão de Loriga (consultar anexo II- Homenagens a nossa Senhora da Guia).

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Memórias e Lendas

Loriga é uma vila onde as memorias e as lendas se destacam e fazem parte da vida da população. Nesta pequena vila podemos recordar a lenda do “Monte de São Bento”; A lenda da "Pedra do Ribeiro das Tapadas" e por fim a Lenda do "Fragão da Pêssega".

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Aldeia de Sabugueiro

O Sabugueiro é uma freguesia portuguesa do concelho de Seia, com 46,47 km² de área e 478 habitantes (2011). Densidade: 10,3 hab/km².

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Aldeia de Sabugueiro

O Sabugueiro é por vezes denominada a aldeia mais alta de Portugal, contudo esta designação não é correcta, uma vez que o Sabugueiro está a 1053 m de altitude e existem mais 3 aldeias sede de freguesia que se situam a altitudes superiores, sendo duas na Serra de Montemuro (Gralheira, alt 1103 m) e Panchorra, alt 1088 m) e uma na Serra do Gerês (Pitões das Júnias, alt 1100 m)..

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Aldeia de Sabugueiro

Para além das referidas, existem também algumas povoações que não são sede de freguesia e que se encontram a altitudes ainda maiores. A mais alta de todas é Curral do Gonçalo, situada na freguesia de Castro Laboreiro, concelho de Melgaço, em plena Serra do Soajo. Fica situada a uma altitude de 1166 metros..

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Aldeia de Sabugueiro

Oferece aos turistas paisagens magníficas, bem como um variado conjunto de produtos regionais, onde se destaca o famoso queijo da serra, o presunto, os enchidos, o mel, a aguardente zimbrada, o pão de centeio, as mantas, os tapetes de lã de ovelha, os famosos cães da serra que é um dos simples da Serra da Estrela.

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Aldeia de Sabugueiro

Actualmente a principal referência não é a pastorícia, mas sim o turismo. O Sabugueiro é identificado como centro de turismo serrano, local de passagem e paragem de muitos que visitam e que percorrem a Serra da Estrela, nomeadamente, em direcção à Torre.

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Aldeia de Sabugueiro

A aldeia do Sabugueiro foi habitada em tempos idos por pastores transumantes e camponeses que, enquanto permaneciam na aldeia, semeavam, lavravam, ceifavam e malhavam o centeio, ocupando o resto do tempo com a pastorícia.

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Aldeia de Sabugueiro

Com as limitações do clima agreste, neve e frio durante alguns meses e o acidentado do terreno, os pastores foram obrigados a procurar melhores pastos, praticando a transumância de Inverno para zonas mais baixas, regressando no Verão para os altos da serra. Esta prática de nomadismo pré-histórico ainda é utilizado nesta aldeia.

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Aldeia de Sabugueiro

Atendendo às condições naturais, a pastorícia e a agricultura eram as actividades principais.

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Aldeia de Sabugueiro

Presentemente, o turismo e o comércio são o motor económico da aldeia. Contudo, as rotinas diárias são marcadas pelas práticas antigas.

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Aldeia de Sabugueiro

Os laços comunitários que ainda se fazem sentir aparecem patentes nas tarefas referentes ao forno, ceifa e malha do centeio e no apascentar do gado em rebanhos únicos no alto da serra.

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Patrimonio Histórico Cultural

Embora o turismo e o comércio constituam as principais actividades económicas das suas gentes, os usos e costumes de outrora marcam, ainda, o ritmo diário da aldeia.

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Aldeia de Sabugueiro

Patrimonio Histórico Cultural

Sabugueiro é a terra do centeio e da pastorícia. Hoje em dia as gentes da aldeia reúnem-se no forno comunitário para fazer o centeio do Sabugueiro que é vendido e dado a provar nas lojas de artesanato.

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Aldeia de Sabugueiro

Patrimonio Histórico Cultural

É importante destacar a existência do Cão da Serra que é um elemento precioso na guarda dos rebanhos, contra os eventuais predadores e o símbolo da Serra da Estrela.

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Aldeia de Sabugueiro

Patrimonio Histórico Cultural

Esta aldeia oferece ao visitante paisagens deslumbrantes e locais pitorescos de curiosidades múltiplas. Os moinhos de água e o forno comunitário são exemplos de memórias de um passado que não quer ser esquecido.

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Aldeia de Sabugueiro

Patrimonio Histórico Cultural

A cascata da Fervença e o covão do Urso, ampla depressão de origem glaciária, constituem exemplos de valores paisagísticos.

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Aldeia de Sabugueiro

Patrimonio Histórico Cultural

Constitui um dos melhores pontos de partida para conhecer algumas das estruturas do aproveitamento hidroeléctrico da serra da Estrela, de que são exemplo as barragens do Lagoacho, do Vale do Rossim e da Lagoa Comprida, o maior reservatório de água em toda a serra. No aglomerado urbano há aspectos pitorescos que marcam a história.

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Aldeia de Sabugueiro

Festa e Romarias

No sabugueiro há duas festas que se destacam, a festa da Nossa Senhora da Graça e a Festa do Santíssimo Sacramento.

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Aldeia de Sabugueiro

Festa e Romarias

A Nossa Senhora da Graça é a padroeira do Sabugueiro. Esta festa celebra-se no 3º fim-de-semana de Setembro e constitui o ponto alto das festas locais que se realizam ao longo do ano. “A festa” contempla procissões de andores, comunhões solenes das crianças, concertos e leilões de quermesse.

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Aldeia de Sabugueiro

Memórias e Lendas

Tento em conta que o Sabugueiro tem poucas lendas escolhi a lenda da Serra da Estrela porque o Sabugueiro fica localizado num dos pontos mais alto da Serra da Estrela. Também há uma lenda que surgiu em volta de Santa Clara que é a Padroeira da Aldeia do Sabugueiro.

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Aldeia de Sabugueiro

Memórias e Lendas

Conta-se que Santa Clara apareceu num local que ainda hoje se chama Monte do Outeiro. Os aldeões ergueram uma capela, a capela de Sabugueiro para lá colocarem a imagem, mas, ela não gostava de lá estar e continuava a aparecer no monte do Outeiro. .

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Aldeia de Sabugueiro

Memórias e Lendas

Os aldeões fizeram uma capela nova perto de uma fonte perto do monte e colocaram lá a imagem de santa Clara. Um dia, passou lá um malvado e picou os olhos da Santa e logo a fonte secou.

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Aldeia de Sabugueiro

Locais de Interesse

No Sabugueiro há locais que não podem deixar de ser valorizados e mostram um pouco da nossa Cultura Serrana. Nomeadamente, a Cascata da Fervença Cascata, a Fonte do Ferreiro, o Cemitério Velho, o Forno Comunitário, o Polidesportivo, as Barragens, a Praia Fluvial, o Museu Etnográfico, o Largo da Igreja; a Central Hidroeléctrica, a Capela de Nª. Senhora de Fátima e a Ponte sobre o Rio Alva.