Caderno de Produção e negócios

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NEGÓCIOS PRODUCÃO & ANO 1 - NÚMERO 41 RIO BRANCO, DOMINGO, 28.10.2012 Ceasa organiza abastecimento Principal bolsa de alimentos do Acre a Ceasa é referência comercial a pequenos e grandes produtores de alimentos para população

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NEGÓCIOSPRODUCÃO

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ANO 1 - NÚMERO 41RIO BRANCO, DOMINGO, 28.10.2012

Ceasa organiza abastecimento

Principal bolsa de alimentos do Acre a Ceasa

é referência comercial a pequenos e grandes

produtores de alimentos para população

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PRODUCÃO&NEGÓCIOS

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Abastecendo os mercados de Ma-naus, Boa Vista, Rondônia e Acre,

o grupo Hernandes tem um esquema logístico para com-prar das zonas produtoras de hortifrutigranjeiros de todo o Brasil e distribuir para as áre-as que deles necessitam para alimentar a população.

Na Ceasa de Rio Branco a Hernandes Acre Ltda é co-mandada por Matheus Her-nandes que explica: “Aqui temos um grande mercado para a comercialização de alimentos tanto na Capital quanto no interior porque a produção local ainda é muito baixa para atender as neces-sidades crescentes da popula-ção. A praça é boa para ven-der, mas o problema está na logística de transporte, pois é longe dos principais centros produtores e nós precisamos manter o abastecimento re-gular dos nossos clientes e com preços competitivos”.

Matheus esclareceu que o grupo empresarial compra hortifrutigranjeiros de todas as regiões do Brasil e, confor-me a época e a necessidade também importa de outros países. Ao longo do ano, por exemplo, compram cebolas de São Paulo, Rio Grande do Sul, Minas ou Pernambu-co, mas há períodos em que importa da Argentina, Chile, Peru e, neste momento, parte da cebola que está abastecen-do o Acre vem da Holanda.

De tudo um poucoProdutora do seringal Bagaço vende na Ceasa e na feira da Semsur produtos tradicionais, verduras e investe na fruticultura

Pés de moleque, bolo de macaxeira, jeri-muns, coco ouricu-ri, tucumã, couve e

pimenta de cheiro são alguns dos muitos produtos regio-nais que Francineide Frota Correia moradora da colônia 15 de Novembro localiza-da no seringal Bagaço a 50 quilômetros de Rio Branco traz para vender todas as se-manas na Ceasa e na feira de produtores da Semsur todas as sextas-feiras.

Na última terça-feira ela participou de um curso so-bre técnicas em vendas que aconteceu na sala de treina-mentos da Ceasa e explicou a razão de seu interesse no aprendizado: “Venho para todos os cursos que fico sa-bendo, gosto de participar porque neles a gente apren-de muita coisa importante, das quais nem fazemos idéia. Neste curso, por exemplo, aprendi o quanto é impor-tante ter um caderno para anotar tudo o que a gente vende e tudo o que a gente compra. Até hoje eu vendia, botava o dinheiro no bolso e comprava o que estivesse

precisando, desse jeito não tenho idéia nem de quanto dinheiro eu ganho ou gas-to no mês, sem isso não sei quando estou tendo lucro ou prejuízo e nem consigo planejar as coisas que quero fazer na vida. Aqui também aprendi como tratar os clien-tes, porque se não gostarem do atendimento não vão comprar mais comigo!”

Assim preocupada com o futuro, Francineide Frota Correia vai investindo como pode na melhoria da produ-ção de sua colônia. “Ano pas-sado eu comprei 15 mudas de laranja para experimentar, plantei e agora estão bonitas que só vendo. Por isso hoje estou comprando mais dez e vou comprar o mais que pu-der pra produzir muita laran-ja, limão e tangerina, quanto mais a gente produz, melhor vai ficando a nossa renda!” Mas adverte: “A gente podia produzir mais, mas o ramal Colibri que dá acesso ao Ba-gaço está ruim demais e des-se jeito o pessoal tem medo de plantar muito e perder a produção por falta de uma estrada que preste!”Francineide se aprimora no comércio e investe no aumento da produção

Mercado aberto Com mais de 40 anos de tradição na comercialização de alimentos o grupo Hernandes é um principais atacadistas da Ceasa

“O mundo está globali-zado em todos os sentidos, hoje você vai ao supermerca-do comprar batatas, cebolas ou qualquer outro alimento e já não sabe mais de onde veio porque esse comércio acontece em escala mundial. Sendo assim, também está sujeito à crise econômica in-ternacional assim todos nós dependemos uns dos ou-tros!” Esclarece.

A empresa que ocupa o maior número de espaços na Ceasa e abastece grande par-te do comércio acreano está investindo na compra de pro-dutos peruanos como cebola, uva e alho. “Fizemos algumas experiências de importação do Peru e os produtos foram muito bem aceitos. Hoje é

assim, cada um vende o que produz, então há muito espa-ço para aumentar a produção no Acre que ainda consome mais de 80% dos alimentos, mas é preciso entender que para entrar no mercado, o produto precisa se planejar e se organizar para oferecer seus produtos com qualida-de, regularidade na produção e preço competitivo”.

Ele avalia que os produto-res acreanos poderiam abas-tecer o mercado local, como já fazem os de Rondônia, com beterrabas, repolhos,

pepinos, pimentões, beringe-las, tomates e frutas cítricas como laranja, tangerina e li-mão. “Nós temos interesse em comprar a produção local, mas pelo que tenho conver-sado com os produtores, são raros os que entendem a lógi-ca do mercado onde eu tenho um planejamento para garan-tir o abastecimento dos meus clientes, se o produtor falhar na entrega eu fico numa situ-ação difícil, então é preciso trabalhar de modo consciente e muito regular para perma-necer no mercado!”Hernandes comercializa frios e hortigranjeiros

Verduras e frutas que vem de fora Hernandes diz que há espaço para produzir no Acre

Cebolas da Holanda

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Juracy Xangai

Mais de 36 mil toneladas de alimentos já passaram pela

Ceasa para abastecer a popu-lação acreana desde que ele foi inaugurado em 2010.

Foram 12 mil toneladas em 2010, mais 13 mil tonela-das em 2011 e 11. 326 tone-ladas até setembro deste ano, explica Paulo Roberto Braña o diretor geral da Ceasa pela prefeitura de Rio Branco.

Segundo ele os municí-pios que mais se destacam pela produção são Acrelân-dia com banana, mandioca e melancia, Plácido de Castro, Porto Acre e Sena Madurei-ra fornecem Banana, Melan-cia e abacaxi, já o Bujari é o maior produtor de pescado, enquanto Senador Guiomard produz praticamente tudo de hortaliças, grãos, frutas e raí-zes. Rio Branco já se destaca

Acrelândia se destaca como o principal produtor de banana prata do Acre, segui-do de Plácido de Castro e Porto Acre, a cultura que foi quase destruída pela doen-

ça da sigatoka negra vem sendo vencida pelas técni-cas de manejo e variedades resistentes desenvolvidas pela Embrapa para garantir o abastecimento de um dos produtos mais consumidos do Acre, depois da macaxeira.

Nardel Cândido Berto produtor da linha cinco no projeto de assentamento Orion, uma das princi-pais áreas de produção de bananas no municípios de Acrelândia, explica que: “Apesar da doença, nós con-tinuamos produzindo muita banana, meu irmão cui-da do plantio e da compra de banana dos vizinhos e eu fico aqui na Ceasa controlando as vendas. Tudo o que chegar aqui vende muito bem, hoje à tarde chega mais um caminhão e já está tudo vendido!”

Ele esclarece que: “Além da nossa produção e dos nossos vizinhos, nós também pegamos banana que vem de Plácido de Castro e Sena Madureira. A bana-na preferida pelas pessoas é a banana comprida por-que preparam muitas coisas com elas. O problema é que a banana comprida é a que mais sofre com essa doença da sigatoka, então a disputa é muito grande, depois vem a banana prata que é a de maior produ-ção e a mais vendida e que também não dá pra quem quer!”

Yes, nós temos banana!Ameaçada pela sigatoka negra, muitas variedades de banana sumiram do mercado,

mas há produção graças à persistência dos agricultores

Nardel cuida da comercialização da produção de sua família e vizinhos

Ceasa é referência para produtores locais

Mais de 1.300 pequenos produtores familiares vendem a maior parte de sua produção na Ceasa

pela produção da banana pra-ta, hortaliças e frutyas cítricas como laranja e limão.

“Temos 343 produto-res cadastrados que vendem permanentemente e outros mil não cadastrados que uti-lizam a Ceasa para vender sua produção. Muitos vem e pas-sam a noite vendendo seus produtos, outros preferem entregá-los aos barraqueiros que estão se especializando na comercialização”, explica Braña.

Segundo ele, a maioria dos produtores ainda não compreendeu corretamente a dinâmica de funcionamen-to da Ceasa de Rio Branco. “Quando o produtor vem se cadastrar nós explicamos que diferente da maioria das ou-tras ceasas do Brasil, aqui não há barraqueiros que se dedi-cam a receber a produção, vender e depois repassam o dinheiro dos produtores, en-tão é o produtor que deve vir

tos, num total de 32 entidades da Capital.

Braña estima que 30% das compras para a merenda es-colar são feitas diretamente dos produtores, conforme exigência da lei, passando assim pela Ceasa quando os agricultores quitam seus dé-bitos com o PAA. “Já temos uma boa produção de verdu-ras folhosas, limão, abacaxi, banana e repolho, mas é pre-ciso produzir mais porque o consumo cresce a cada dia. Nossa preocupação é a de que a maioria dos nossos pro-dutores está preocupada em atender o PAA e não aprovei-tam esse recurso para ampliar sua produção para atender o restante do mercado, o que ainda nos obriga a importar boa parte dos alimentos con-sumidos no Acre!”

Semana do Peixe e da Produção

Familiar

Mais de cem produtores rurais familiares, 20 pisci-cultores além de dezenas de vendedores de comidas típi-cas vão participar da primeira Semana do Peixe e da Produ-ção familiar que acontecerá de sete a onze de novembro das três e meia da manhã às oito da noite na Ceasa.

Também pela primeira vez, os atacadistas estarão participando desta feira ofe-recendo produtos de todo o Brasil a preços mais em conta na venda direta aos consumi-dores.

pra cá e vender sua produção diretamente aos seus clien-tes que podem ser donos de mercearias, restaurantes ou consumidores”.

Já os atacadistas repassam suas cargas para os super-mercados, mercearias e ou-tros que se dedicam à venda direta aos clientes da Capital e interior.

Também há atacadistas acreanos como a granja Cari-jó que produz e vende mais de 70 mil ovos por dia nas suas unidades de produção instaladas em Cruzeiro do Sul e em Senador Guiomard, mas precisamente na Vila Pia localizada no quilômetro 50 da BR-317 rumo a Boca do Acre.

A Ceasa também é refe-rência na execução final dos Programas de Aquisição de Alimentos, o PAA, e o Pro-grama Nacional de Alimen-tação Escolar, o PNAE, e o Banco de Alimentos, todos

bancados com recursos fede-rais. Já o Banco de Alimentos financiado pelo Ministério do Desenvolvimento Social funciona de modo comparti-lhado com o programa Mesa Brasil com recursos do Servi-ço Social do Comércio, cada órgão distribui alimentos para 16 entidades de apoio social como creches e orfana-

Produtos locais e importados garantem a mesa acreana

Produtores acreanos tem Ceasa como referência para vendas

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Com 120 mil tou-ceiras de abacaxi plantadas e em franca produção, o

agricultor Teodoro Gonçal-ves de Oliveira Neto que re-side no ramal do Seringueiro no projeto de Assentamento Tocantins, em Porto Acre se vê obrigado a programar toda sua colheita para o pe-ríodo de verão porque não tem como escoar suas safras durante o período das chu-vas.

“Só para a Nega aqui da Ceasa eu já entreguei mais de 25 mil abacaxis neste ano, mas também tenho outras lavouras, frutas, 140 cabeças de gado de corte e 40 vacas de leite. Nosso problema é a péssima condição de conser-vação do nosso ramal, se fos-se bom, a gente podia produ-zir muito mais o ano inteiro, isso eu garanto!” Reclama o agricultor.

Segundo ele, só no ramal do seringueiro existem mais dez produtores de abacaxi que se vêem na mesma situ-

ação e sofrem por causa das péssimas condições de tráfe-go no ramal.

“Durante o verão a gente vende leite para o lacticínio, mas no inverno meu pai faz queijo, cria porco, galinha, nós não paramos de produ-zir, mas não dá pra confiar em produzir muito senão o prejuízo é certo! Por isso não adianta destocar e mecanizar a terra se falta o principal que é a condição para escoar nos-sa produção”.

Já a barraqueira da Ceasa, Maria Gracilda, mais conhe-cida como “Nega” explica que: “A maior parte do aba-caxi que nós comercializamos aqui vem de Porto Acre, mas a maior parte só chega no verão, durante o inverno em que o preço é melhor, falta produto pra vender, então eu não ganho nem o agricultor. A verdade é que nosso pro-dutor sofre muito por falta de estradas que prestem!”

O freteiro Paulo Sérgio Morais, um dos que atende aos produtores da gleba To-

O amadorismo e a improvisação ainda dominam o setor produ-

tivo acreano, especialmente na área agrícola e, é justa-mente neste ponto que se destaca pela produção de mudas o viveiro instalado no assentamento da Alcoobras, no município de Capixaba que se destaca como o pri-meiro a ter sua certificação reconhecida pelas autorida-des fitossanitárias.

Suas mudas de frutas cí-tricas como limão, murcote,

tangerina, lima e variadas laranjas, além de cupuaçu e outras frutas bem adapta-das à região e até de casta-nha e sapucaia estão à venda na Ceasa todos os dias da semana. “Aqui é o melhor lugar pra gente divulgar a nossa produção de mudas porque é por aqui que pas-sa boa parte dos produtores do Acre. Mas nosso pessoal ainda não tem o costume de plantar muita coisa, a maioria compra cinco ou dez mudas, então a venda não é muito grande”, explica o produtor

e vendedor Francisco Rocha Nascimento.

Francisco trabalha no viveiro do “Zé do Fogo”, como é mais conhecido o proprietário do viveiro lo-calizado em Capixaba. Ele ganhou esse apelido por ter sido um dos agricultores mais empolgados com as técnicas de produção sem a necessidade de queimadas do chamado Projeto Fogo. Através dele, dezenas de agricultores familiares das glebas Alcoobras e Zaqueu machado aprenderam como

recuperar o solo de áreas de-gradas e fazer lavouras sem necessidade de usar o fogo, nem aração e, mesmo assim, obter ótimas colheitas. Nes-ses treinamentos também aprenderam com o agrô-nomo Frazão, da Embrapa Acre, as técnicas de enxer-tia no que Zé do Fogo se aplicou mais que os outros e criou seu viveiro que hoje vende mudas para todos os municípios do Acre.

Por isso mesmo é que Francisco declara a Ceasa como vitrine da sua produ-

ção, pois embora as vendas ali sejam bastante “picadas”, é também ali que faz con-tatos para vendas maiores, especialmente para os muni-cípios. “Agora mesmo estou com 50 mudas de laranja que acabei de vender para serem levadas a Cruzeiro do Sul, o pessoal do Juruá geralmen-te compra de 300 mudas ou mais, já aqui no vale do Acre são poucos os que estão for-mando pomar grande para ter muita laranja pra vender no futuro, mas essa mentali-dade está mudando!”

O drama dos produtoresA má conservação das estradas e ramais dificulta a vida dos agricultores

que tem medo de produzir e não conseguir escoar a colheita

cantins concorda com Teo-doro e Nega: “A falta de es-tradas é o que mais atrapalha os nossos produtores, du-rante o verão, bem ou mal, a

gente vai a todo lugar buscar a produção deles, mas no in-verno só entra carro traçado que pega pouca carga então se dedicam a produzir quei-

jo, milho verde e frutas que valem mais porque no in-verno até o frete é mais caro e tudo isso sai do bolso do produtor!”

Abacaxi é opção econômica viável para pequenos produtores

Acreditando no AcrePequeno produtor investiu na criação do primeiro viveiro certificado

para a produção de mudas cítricas e outras frutíferas no Estado

Francisco vê na venda de mudas sua contribuição para o futuro mais produtivo

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A iniciativa do den-tista Luiz Helos-man de Figueire-do ao começar sua

granja de galinhas poedeiras no município de Cruzeiro do Sul, em 1981, sobreviveu a todas as dificuldades do iso-lamento que obrigava a com-prar ração em Porto Velho, seguindo de embarcação de lá para Manaus e de Manaus para o Juruá em viagens que demoravam até três meses.

Seu filho, Diogo Luiz que cuida da unidade de produ-ção instalada em Vila Pia no município de Senador Guio-mard, estrada de Boca do Acre, também é o responsá-vel pelas vendas na Ceasa.

“Enfrentamos muitas di-ficuldades, então a criação foi crescendo aos poucos, hoje estamos com mais de 72 mil galinhas em produ-ção de ovos e mais 32 mil na recria para começar a botar. Com isso estamos gerando

Galinha dos ovos de ouroDesde 1981 Granja Carijó enfrentou todas as dificuldades do isolamento e agora cresce em ritmo acelerado

Vista aérea da Granja Carijó em Vila Pia

Granja Carijó começou em Cruzeiro do Sul e Expandiu-se para Rio Branco criando galinhas que põem mais de 70 mil ovos por dia

Ovos da Granja Carijó sendo preparados para ir ao mercado

23 empregos em Cruzeiro, 22 no Quinari e mais 25 na pro-dução de ração e venda dos ovos que acabam bem rápido, então, ainda muito espaço pra aumentar a produção!”

Traduzida em números a produção da granja vem ten-do um crescimento geométri-co, pois saltaram de um con-sumo de 12 mil sacas de 50 quilos de milho por ano, para 100 mil sacas atualmente.

“O que mais nos ajudou foi o crescimento da produ-ção de milho aqui no Acre, porque antes a gente era obrigado a comprar tudo de Rondônia e Mato Grosso. Hoje consigo comprar no Acre 95% de todo o milho que preciso para alimentar as galinhas. O que vem criando problemas é a alta de preço do milho que saltou de R$ 16 para R$ 30 a saca, já esteve bem mais caro, mas caiu gra-ças à greve dos porto, o que acabou impedindo a expor-

tação de boa parte do milho brasileiro, se não fosse isso, o milho estaria ainda mais caro!” Esclarece Diogo que concluiu: “Produção é um negócio de risco e quando dá prejuízo, quem paga é o pro-dutor!”