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NOME:_____________________________________________________INSCRIÇÃO__________________ CADERNO DE QUESTÕES OBJETIVAS E DISCURSIVAS LEIA COM ATENÇÃO AS INSTRUÇÕES ABAIXO 1. Este CADERNO DE QUESTÕES contém: 1.1. 30 QUESTÕES de múltipla escolha (objetivas) correspondentes ao cargo e nível de escolaridade do candidato; 1.2. Prova Discursiva com dois temas propostos dos quais o candidato deverá optar por um e produzir uma Dissertação-Argumentativa como gênero textual. 2. Cada questão de múltipla escolha (objetiva) apresenta CINCO alternativas identificadas com as letras A, B, C, D e E; sendo apenas uma correta; 3. Confira se o seu CADERNO DE QUESTÕES contém a quantidade de questões descritas no item 1. Caso o CADERNO DE QUESTÕES esteja incompleto ou apresente qualquer defeito comunique imediatamente o fiscal de sala; 4. Observe, na FOLHA DE RESPOSTA e na FOLHA DE REDAÇÃO, se seus dados estão registrados corretamente. Caso haja alguma divergência comunique o fiscal de sala; 5. ATENÇÃO: após conferência, assine seu nome no espaço próprio da FOLHA DE RESPOSTA com caneta esferográfica de tinta preta; 6. Não é permitido, no momento da prova, o candidato permanecer com armas, aparelhos eletrônicos (calculadora, telefone celular, tablet e etc.), óculos escuros, protetor auricular, boné, relógio digital e etc.; 7. O candidato (a) só poderá se ausentar do local de prova depois de transcorrido o tempo de 1(uma) hora do início da prova, vale ressaltar, que só poderá levar o CADERNO DE QUESTÕES após 2(duas) horas do início da prova; 8. O tempo disponível para a prova é de 04 (quatro) horas; 9. Quando terminar sua prova, entregue ao fiscal de sala, o FOLHA DE RESPOSTAS, a FOLHA DE REDAÇÃO e o CADERNO DE QUESTÕES (caso não tenha decorrido o tempo de 2 horas do início da prova); 10. Os três últimos candidatos a terminar a prova só poderão sair juntos. Boa Prova! ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ANOTE SEU GABARITO ABAIXO E DESTAQUE: 1 6 11 16 21 26 2 7 12 17 22 27 3 8 13 18 23 28 4 9 14 19 24 29 5 10 15 20 25 30 PROVA PARA O CARGO: PROFESSOR DE LÍNGUA PORTUGUESA NÍVEL SUPERIOR PREFEITURA MUNICIPAL DE TERRA ALTA-PA CONCURSO PÚBLICO EDITAL 001/2015

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NOME:_____________________________________________________INSCRIÇÃO__________________

CADERNO DE QUESTÕES OBJETIVAS E DISCURSIVAS

LEIA COM ATENÇÃO AS INSTRUÇÕES ABAIXO

1. Este CADERNO DE QUESTÕES contém:

1.1. 30 QUESTÕES de múltipla escolha (objetivas) correspondentes ao cargo e nível de escolaridade do candidato;

1.2. Prova Discursiva com dois temas propostos dos quais o candidato deverá optar por um e produzir uma Dissertação-Argumentativa como gênero textual.

2. Cada questão de múltipla escolha (objetiva) apresenta CINCO alternativas identificadas com as letras

A, B, C, D e E; sendo apenas uma correta;

3. Confira se o seu CADERNO DE QUESTÕES contém a quantidade de questões descritas no item 1. Caso o CADERNO DE QUESTÕES esteja incompleto ou apresente qualquer defeito comunique imediatamente o fiscal de sala;

4. Observe, na FOLHA DE RESPOSTA e na FOLHA DE REDAÇÃO, se seus dados estão registrados

corretamente. Caso haja alguma divergência comunique o fiscal de sala; 5. ATENÇÃO: após conferência, assine seu nome no espaço próprio da FOLHA DE RESPOSTA com

caneta esferográfica de tinta preta; 6. Não é permitido, no momento da prova, o candidato permanecer com armas, aparelhos eletrônicos

(calculadora, telefone celular, tablet e etc.), óculos escuros, protetor auricular, boné, relógio digital e etc.;

7. O candidato (a) só poderá se ausentar do local de prova depois de transcorrido o tempo de 1(uma)

hora do início da prova, vale ressaltar, que só poderá levar o CADERNO DE QUESTÕES após 2(duas) horas do início da prova;

8. O tempo disponível para a prova é de 04 (quatro) horas;

9. Quando terminar sua prova, entregue ao fiscal de sala, o FOLHA DE RESPOSTAS, a FOLHA DE REDAÇÃO e o CADERNO DE QUESTÕES (caso não tenha decorrido o tempo de 2 horas do início da prova);

10. Os três últimos candidatos a terminar a prova só poderão sair juntos.

Boa Prova! ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

ANOTE SEU GABARITO ABAIXO E DESTAQUE:

1 6 11 16 21 26

2 7 12 17 22 27

3 8 13 18 23 28

4 9 14 19 24 29

5 10 15 20 25 30

PROVA PARA O CARGO: PROFESSOR DE LÍNGUA

PORTUGUESA – NÍVEL SUPERIOR

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PORTUGUÊS

Leia o texto a seguir para responder às questões de 01 a 10

A importância da comunicação

Há setecentos anos, Frederico II, imperador do Sacro Império Romano-

Germânico, efetuou uma experiência para determinar que língua crianças falariam,

quando crescessem, se jamais tivessem ouvido alguém falar: falariam hebraico (que

então se julgava ser a língua mais antiga), grego, latim ou a língua de seu país?

Deu instruções às amas e mães adotivas para que alimentassem as crianças e lhes

dessem banho, mas que sob hipótese nenhuma falassem com elas ou perto delas. O

experimento fracassou, porque todas as crianças morreram. (Paul B. Horton e Chester

L. Hunt. Sociologia. São Paulo, McGraw-Hill do Brasil, 1980. p. 77).

Esse fracassado experimento de Frederico II mostra que a comunicação é vital para

a espécie humana e para o desenvolvimento da cultura.

O principal meio de comunicação do ser humano é a linguagem. Por meio dela, os

indivíduos atribuem significado aos sons articulados que emitem. Graças à linguagem,

podemos transmitir pensamentos e sentimentos aos nossos semelhantes, assim como

nossas experiências e descobertas às gerações futuras, fazendo com que os

conhecimentos adquiridos não se percam.

Além da linguagem falada, o ser humano desenvolveu outras formas de

comunicação ao longo da História. Um grande avanço ocorreu com o surgimento da

escrita, na Mesopotâmia, por volta de 4000 a.C. A invenção dos tipos móveis de

impressão por Gutenberg, no século XV, foi outro passo importante. Nos séculos XIX e

XX assistimos à invenção do telégrafo, do telefone, do rádio, do cinema, da televisão,

do telex, da comunicação por satélite, da Internet.

Atualmente, fatos, ideias, sentimentos, atitudes e opiniões são compartilhados

por milhões de pessoas na maior parte do planeta, graças a esses meios de

comunicação. Por essa razão, o especialista em comunicação Marshall McLuhan

afirmou que o mundo contemporâneo é uma autêntica "aldeia global", pois os meios de

comunicação de massa moldam hoje as ideias e opiniões de grupos cada vez maiores

de indivíduos.

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QUESTÃO 01 – O texto acima tem a nítida intenção de:

(A) evidenciar a importância das línguas indígenas para a formação do português;

(B) informar quais pessoas foram muito importantes para o desenvolvimento das

línguas;

(C) mostrar a necessidade de comunicação humana como meio de sobrevivência e

subsistência;

(D) apresentar um fato macabro para realçar os argumentos.

(E) explicar verticalmente as idiossincrasias do fenômeno linguagem.

QUESTÃO 02 – Entre as Funções de Linguagem, esse texto traz predominantemente a

função:

(A) fática

(B) poética

(C) metalinguística

(D) referencial

(E) conativa

QUESTÃO 03 – No excerto: “Deu instruções às amas e mães adotivas para que

alimentassem as crianças e lhes dessem banho...”, há uma inferência. Qual?

(A) as crianças não tinham pais

(B) as crianças não escutavam

(C) as crianças eram muito doentes

(D) as crianças eram excepcionais

(E) as crianças eram retiradas de suas mães

QUESTÃO 04 – A respeito do uso do vocábulo porque em: “O experimento fracassou,

porque todas as crianças morreram.”, é correto afirmar:

(A) funciona como conjunção coordenativa explicativa;

(B) funciona como conjunção subordinativa adverbial causal;

(C) está mal grafada, pois deveria estar escrito separadamente: por que;

(D) está em desacordo com a ortografia vigente, pois faltou o acento gráfico: porquê;

(E) está em desacordo com a ortografia vigente, pois faltou o acento e estar separada: por

quê.

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QUESTÃO 05 – As escolhas linguísticas feitas pelo autor conferem ao texto:

(A) caráter científico;

(B) cunho apelativo, pela predominância de imagens sinestésicas;

(C) tom de diálogo com o leitor;

(D) espontaneidade, pelo uso de linguagem coloquial;

(E) caráter atual, pelo uso de linguagem própria da fala.

QUESTÃO 06 – Na passagem: “... pois os meios de comunicação de massa moldam

hoje as ideias e opiniões de grupos cada vez maiores de indivíduos.”, o uso da palavra

em negrito é:

(A) uma metáfora;

(B) uma metonímia;

(C) uma hipérbole;

(D) uma silepse;

(E) uma ironia.

QUESTÃO 07 – Em: “O principal meio de comunicação do ser humano é a linguagem.

Por meio dela, os indivíduos atribuem significado aos sons articulados que emitem.”, as

duas ocorrências do vocábulo meio constituem um caso de:

(A) sinonímia;

(B) paronímia;

(C) antonímia;

(D) homonímia;

(E) repetição lexical.

QUESTÃO 08 – O termo além de, em: “Além da linguagem falada, o ser humano

desenvolveu outras formas de comunicação ao longo da História”, confere à passagem

textual uma noção de:

(A) oposição;

(B) conclusão;

(C) adição;

(D) explicação;

(E) exclusividade.

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QUESTÃO 09 – No fragmento: “Nos séculos XIX e XX assistimos à invenção do

telégrafo, do telefone, do rádio, do cinema, da televisão, do telex, da comunicação por

satélite, da Internet”, a ocorrência do acento grave se deu porque:

(A) a regência do verbo assistir assim o pede;

(B) o substantivo invenção assim o aceita;

(C) a regência do verbo assistir assim pede a preposição a, e o substantivo invenção

assim aceita o artigo a;

(D) a locução substantiva de núcleo feminino à invenção assim o requer;

(E) o verbo assistir é Transitivo Indireto.

QUESTÃO 10 – Ainda em relação ao fragmento anterior, a repetição da preposição de,

em contração com os artigos o e a, em sequência, “do telégrafo, do telefone, do rádio,

do cinema, da televisão, do telex, da comunicação por satélite, da Internet.”, justifica-se

porque:

(A) em Norma Padrão, assim o pede a palavra invenção, regente desses termos;

(B) constitui uma estratégia desnecessária, em se tratando de Norma Padrão;

(C) é um recurso linguístico responsável especificamente pela coerência do fragmento;

(D) constitui um caso de paralelismo requerido pela forma verbal assistimos;

(E) é um expediente da linguagem escrita coloquial a que se dá o nome de regência

nominal.

MATEMÁTICA

QUESTÃO 11 - Um investidor dispõe de R$ 10.000,00 para aplicar durante 3 meses a

juros simples. Os bancos estão oferecendo uma taxa “i” variável entre 0,5% e 2%

( . Considerando que o investidor não se decidiu por uma taxa

específica, tendo em vista o risco do investimento, qual o montante “M” que ele poderá

retirar se decidir por uma taxa qualquer nesse intervalo?

(A) M = 30.000i

(B) M = 40.000i

(C) M = 10.000 + 30.000i

(D) M = 20.000i

(E) M = 30.000i – 10.000

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QUESTÃO 12 - A meta oficial da inflação anual estabelecida pelo governo é 4,5%. Este

ano, a taxa de inflação já atingiu quase 9%. Podemos afirmar que a meta oficial já foi

superada em

(A) 10%

(B) 45%

(C) 50%

(D) 60%

(E) 100%

QUESTÃO 13 - Um aluno conseguiu as seguintes notas durante um período letivo,

numa determinada disciplina: 6,5; 9,5; 7,5; 3,5; 6,0 e 9,0. No entanto, ele precisava ter

uma média igual a 7,7. Considerando essas condições, qual o percentual que faltou à

média real desse aluno, para que ele atingisse o valor de que precisava?

(A) 10%

(B) 11%

(C) 12%

(D) 14%

(E) 15%

QUESTÃO 14 - O cálculo do número de pessoas presentes em atos públicos costuma

ser feito por alguns jornais, considerando que 4 (quatro) pessoas ocupam cada metro

quadrado.

Na manifestação do último dia 16 de agosto foi contabilizado por um jornal que 465 mil

pessoas ocuparam as ruas no Estado de São Paulo. Se essas pessoas estivessem

concentradas em um único espaço, que área precisaria ter tal espaço?

(A) 1800 m2

(B) 11.645 m2

(C) 46.500 m2

(D) 116.250 m2

(E) 186.000 m2

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QUESTÃO 15 - Uma pessoa dispõe de 100 m2 de lajota para revestir o piso de um

compartimento retangular que mede 15 metros de comprimento por 11 metros de

largura. Quantos metros quadrados de lajota ainda precisa adquirir para revestir toda a

área?

(A) 60

(B) 65

(C) 70

(D) 75

(E) 80

NOÇÕES DE INFORMÁTICA

QUESTÃO 16 - Nos primeiros computadores as placas e alguns periféricos precisavam

ter suas configurações ajustadas com cuidado, já que duas placas configuradas para

utilizar o mesmo endereço entravam em conflito, fazendo com que ambas não

funcionassem corretamente. Esta configuração de endereços de IRQ, DMA e I/O era

feita por meio de jumpers, como demonstrado na figura abaixo, no entanto, atualmente

os dispositivos não necessitam destas práticas, devido a uma tecnologia denominada

de:

Fonte: Internet (Google Images)

(A) Jumpers free.

(B) No jumpers.

(C) Plug-and-play.

(D) Auto-configuration.

(E) Auto-negociation.

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QUESTÃO 17 - Uma rede de computadores pode ser conceituada como “dois ou mais

equipamentos interligados que compartilham recursos”. Com base nesta definição,

marque a alternativa que pode ser considerada um tipo de rede.

(A) Dois celulares trocando arquivos via bluetooth.

(B) Jogos instalados em um computador.

(C) Criação de planilhas eletrônicas.

(D) Cópia de arquivos para pendrive.

(E) Formatação de disco.

QUESTÃO 18 - A gerência de programas com o sistema operacional é muito

importante. Pode-se, por exemplo, controlar quais programas devem iniciar ou não, o

que impacta diretamente no desempenho durante o processo de inicialização. No

Windows existe uma ferramenta que gerencia as opções de inicialização, assinale a

alternativa que indica este utilitário.

(A) Wini.

(B) msconfig.

(C) regedit.

(D) cls.

(E) make.

QUESTÃO 19 - Sobre a Barra de Menu do MS-Word, a associação correta é:

I. Novo a - Localiza arquivos, páginas da Web e itens do Outlook com

base nos critérios de pesquisa inseridos.

II. Salvar b - Permite salvar os documentos ativos, escolhendo um

nome, local e formato para o arquivo. Permite também

duplicar um arquivo sem alterar o original, proteger um

arquivo com senhas (proteção e gravação).

III. Salvar como c - Define margens, origem e tamanho de papel, orientação

de página e outras opções de layout para o arquivo ativo.

IV. Pesquisar d - Salva as alterações de um arquivo. Lembre-se que o

arquivo já existe ou foi salvo anteriormente.

V. Configurar página e - Abre o painel de tarefas novo documento onde o usuário

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tem acesso a um histórico de arquivos acessados, poderá

abrir um novo documento em branco, página da Web em

branco, mensagem de e-mail em branco, escolher um

documento existente ou escolher entre modelos de arquivos.

(A) I-d, II-e, III-b, IV-a, V-c.

(B) I-e, II-b, III-d, IV-a, V-c.

(C) I-d, II-e, III-b, IV-c, V-a.

(D) I-e, II-d, III-b, IV-a, V-c.

(E) I-d, II-e, III-c, IV-b, V-a

QUESTÃO 20 - Ataques costumam ocorrer na Internet com diversos objetivos, visando

diferentes alvos e usando variadas técnicas. Qualquer serviço, computador ou rede que

seja acessível via Internet pode ser alvo de um ataque, assim como qualquer

computador com acesso à Internet pode participar de um ataque. Os motivos que

levam os atacantes a desferir ataques na Internet são diversos, variando da simples

diversão até a realização de ações criminosas. Alguns exemplos destes motivos são:

I - Demonstração de poder.

II - Prestígio.

III - Motivações financeiras.

IV - Motivações ideológicas.

V - Motivações comerciais.

É correto afirmar que:

(A) Todas são falsas.

(B) Todas são verdadeiras.

(C) Apenas I, II e III são verdadeiras.

(D) Apenas I, III e V são verdadeiras.

(E) Apenas II e IV são verdadeiras.

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LEGISLAÇÃO

QUESTÃO 21 - Referente a Lei nº 8.069/90 (Estatuto da Criança e do Adolescente),

assinale a alternativa correta acerca dos institutos da guarda, tutela e adoção.

(A) A guarda obriga a prestação de assistência material e moral, mas não educacional

à criança ou adolescente, não conferindo a seu detentor o direito de opor-se a

terceiros, inclusive aos pais.

(B) O deferimento da tutela independe da prévia decretação da perda ou suspensão

do poder familiar e não implica necessariamente o dever de guarda.

(C) Para adoção conjunta, é indispensável que os adotantes sejam casados civilmente

ou mantenham união estável, comprovada a estabilidade da família.

(D) O adotante há de ser, pelo menos, dezoito anos mais velho do que o adotando.

(E) Uma vez decretada guarda, esta não poderá mais ser revogada.

QUESTÃO 22 - Nos termos do que estabelece a Lei nº 12.288/10 (Estatuto da

igualdade Racial) assinale a alternativa INCORRETA:

(A) A população negra tem direito a participar de atividades educacionais, culturais,

esportivas e de lazer adequadas a seus interesses e condições, de modo a contribuir

para o patrimônio cultural de sua comunidade e da sociedade brasileira.

(B) Nos estabelecimentos de ensino fundamental e de ensino médio, públicos e

privados, é facultativo o estudo da história geral da África e da história da população

negra no Brasil, ficando a critério da escola a inclusão de tal disciplina no seu currículo

escolar.

(C) Os órgãos federais, distritais e estaduais de fomento à pesquisa e à pós-graduação

poderão criar incentivos a pesquisas e a programas de estudo voltados para temas

referentes às relações étnicas, aos quilombos e às questões pertinentes à população

negra.

(D) O poder público estimulará e apoiará ações socioeducacionais realizadas por

entidades do movimento negro que desenvolvam atividades voltadas para a inclusão

social, mediante cooperação técnica, intercâmbios, convênios e incentivos, entre outros

mecanismos.

(E) O Poder Executivo Federal, por meio dos órgãos competentes, incentivará as

instituições de ensino superior, públicas e privadas, sem prejuízo da legislação em

vigor incorporar nas matrizes curriculares dos cursos de formação de professores

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temas que incluam valores concernentes à pluralidade étnica e cultural da sociedade

brasileira.

QUESTÃO 23 - Referente a Lei nº 9.394/96 (Estabelece as Diretrizes e Bases da

Educação Nacional) assinale a alternativa correta

(A) Os Municípios incumbir-se-ão de organizar, manter e desenvolver os órgãos e

instituições oficiais do sistema federal de ensino e o dos Territórios.

(B) O sistema federal de ensino compreende as instituições de ensino mantidas pela

União, Estados, Distrito Federal e Municípios.

(C) Os sistemas municipais de ensino compreendem as instituições do ensino

fundamental, médio e de educação infantil mantidas pelo Poder Público municipal

excluídas as instituições de educação infantil criadas e mantidas pela iniciativa privada;

(D) A educação escolar compõe-se de educação básica, formada pela educação

infantil, ensino fundamental e ensino médio e educação superior.

(E) A educação infantil, primeira etapa da educação básica, tem como finalidade o

desenvolvimento integral da criança de até 12 (doze) anos, em seus aspectos físico,

psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade.

CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

PARA RESPONDER ÀS QUESTÕES DE 24 A 26, ATENHA-SE AO TEXTO A

SEGUIR.

Concepção de linguagem e ensino de Língua Portuguesa (LP)

A linguagem é lugar de constituição do sujeito. Como consequência desse fato, é

preciso refletir sobre uma concepção de linguagem que fundamente o ensino de língua

na escola e que esteja compatível com a formação de tal sujeito nas sociedades

contemporâneas. Trataremos aqui de abordar algumas concepções de linguagem,

segundo autores que têm contribuído para as pesquisas sobre ensino de língua.

Geraldi (1984), Travaglia (2000) e Koch (2002) abordam as concepções de

linguagem aliadas ao ensino de Língua Portuguesa. Os autores apresentam

fundamentalmente três concepções de linguagem: a) como expressão do pensamento;

b) como instrumento de comunicação; e c) como processo de interação. Essas três

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concepções estão aliadas a três grandes correntes dos estudos linguísticos do século

20, e em cada uma delas está implícita uma ideologia.

A linguagem como expressão do pensamento está afinada aos ideais da

gramática tradicional. Nessa concepção, temos como ideologia a representação do

mundo por meio da linguagem, cuja principal função é refletir o pensamento do sujeito,

desconsiderando seu meio social. Quando concebemos a linguagem como tal,

podemos ser levados a crer que “pessoas que não conseguem se expressar não

pensam” (Travaglia, 2000, p. 21). Para Koch (2002), nessa concepção, temos um

“sujeito psicológico”, individual, visto como um ego que constrói uma representação

mental e deseja que esta seja captada pelo interlocutor da maneira como foi

mentalizada. Nesse sentido, desconsideram-se as questões sociais.

A segunda concepção (linguagem como ferramenta de comunicação) está

relacionada aos estudos estruturalistas e à teoria da comunicação. A língua é

considerada como um código (conjunto de signos que se combinam segundo regras)

por meio do qual se transmite alguma informação. Relacionando essa concepção ao

sujeito, Koch (2002) esclarece que, concebendo a língua apenas como estrutura,

temos um sujeito “assujeitado” pelo sistema, no sentido de que ele não é dono de seu

discurso e de sua vontade: “sua consciência, quando existe, é produzida de fora e ele

pode não saber o que faz e o que diz. Quem fala na verdade é um sujeito anônimo,

social” (Koch, 2002, p. 14).

Já na terceira concepção, que está relacionada aos estudos da Linguística da

Enunciação, da Pragmática, da Linguística Textual, da Sociolinguística, da Análise do

Discurso, entre outras advindas após a década de 1960, é considerada como uma

forma de interação: para além de conceber a linguagem como forma abstrata na mente

do sujeito, ou como mensagem a ser transmitida por um código a outro sujeito, a

linguagem é idealizada como um lugar de interação humana, no qual o sujeito que fala

pratica ações, agindo no mundo e interagindo com a sociedade de forma geral via

linguagem oral e escrita. Nesse sentido, a linguagem é considerada uma atividade,

sendo possível agir pelo discurso com um objetivo específico em determinado contexto.

Koch (2002) considera que, nesta concepção, o sujeito é uma entidade

psicossocial, evidenciando seu caráter ativo. “É um sujeito social, histórica e

ideologicamente situado, que se constitui na interação com o outro. Eu sou na medida

em que interajo com o outro” (Bakhtin apud Koch, 2002, p. 15).

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Consideramos que a linguagem como forma ou processo de interação é a

concepção mais adequada para o ensino de Língua Portuguesa na escola, visto que, a

partir dela, dá-se conta de um ensino produtivo de língua materna, que analisa os

aspectos discursivos da língua numa perspectiva do uso e da reflexão linguística nos

diversos contextos sociais. Assim, conseguiremos atender à perspectiva de sujeito

anteriormente apresentada: um sujeito que se constitui pela linguagem numa dada

sociedade porque é autor de seu discurso.

Entretanto, ainda hoje, como vemos nas pesquisas recentes, há a adoção de uma

concepção inadequada, resultando daí um trabalho quase que exclusivo de

metalinguagem, com memorização de regras e domínio da norma padrão, excluindo o

desenvolvimento da competência discursiva do falante e a conscientização sobre a

legitimidade dos dialetos sociais. Perdura, até hoje, entre grande parte dos professores

de Língua Portuguesa, a ideia de que ensinar português é auxiliar os alunos a decorar

regras para passar em concurso público e vestibular. Outros até fazem considerações

sobre mudanças que ocorreram nas últimas décadas, evidenciando, principalmente, a

existência do trabalho com textos, contudo, ainda se trata de um trabalho intuitivo.

Como consequência da adoção de uma concepção de linguagem como interação,

o texto – oral e escrito –, como materialização do discurso de um sujeito situado, torna-

se o principal objeto de ensino. Assumir um trabalho contínuo de análise e produção de

textos resulta em desenvolvimento de capacidades de linguagem para a efetiva

participação social em contextos diversos. O desafio atual no ensino de Língua

Portuguesa está em colocar o texto na base do ensino de língua, considerando seus

aspectos linguísticos e discursivos, aliando seu estudo às questões de análise

gramatical, às relações entre fala e escrita e ao conhecimento das variedades

linguísticas e de seus usos sociais.

Como desdobramento da adoção dos gêneros textuais/discursivos como centrais

nos programas e currículos de Língua Portuguesa, poderemos, então, refletir sobre um

ensino de gramática alicerçado nos usos da língua, ressaltando o lugar da leitura e da

escrita no desenvolvimento de competências que atendam a todos os sujeitos. Isso

significa ampliar as habilidades que os alunos trazem de seu meio para a escola.

CYRANKA, Lúcia Furtado M. & MAGALHÃES, Tânia Guedes. Sujeito, educação e o

trabalho com a Língua Portuguesa na escola básica. IN Rev. Bras. Estud.

Pedagógicos. (online), Brasília, v. 95, n. 241, p. 662-675, set./dez. 2014.

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QUESTÃO 24 – As situações-problema abaixo descritas já foram vistas em salas de

aula de Língua Portuguesa. Combine o código abaixo com as 6 descrições que se

seguem, de acordo com a concepção de linguagem que tem o professor que assim

age. Marque a opção que as sequencia de cima para baixo:

I – ensino da Linguagem como expressão do pensamento;

II – ensino da Linguagem como instrumento de comunicação;

III – ensino da Linguagem como processo de interação.

( ) descrição total da tipologia de substantivos em frases isoladas de seus contextos

de fala;

( ) cópias de textos já publicados com o intuito de identificar e listar oxítonas,

paroxítonas e proparoxítonas;

( ) observação reflexiva do emprego dos verbos de acordo com o paralelismo verbal

pertinente à trama coesiva e coerente de um texto;

( ) descritividade da sintaxe oracional com vistas à argumentação e aos efeitos de

sentido planejados pelo usuário.

( ) ensino de pontuação à luz da sintaxe, observando também os aspectos

pragmáticos e estilísticos para futuros usos.

( ) ensino de produção de textos escritos e orais a partir de um tema atual sem mais

orientações discursivas para a escritura do texto.

(A) I, III, II, I, II, I;

(B) I, I, III, III, III, II;

(C) II, II, I, II, I, III;

(D) II, I, III, II, III, I;

(E) III, II, I, I, II, II.

QUESTÃO 25 – Depois de apresentar três concepções fundamentais da linguagem, o

autor as recorre ao longo do texto. Em relação à concepção a linguagem como

instrumento de comunicação, a passagem abaixo que a reitera é:

(A) “... como mensagem a ser transmitida por um código a outro sujeito...”;

(B) “... um sujeito que se constitui pela linguagem numa dada sociedade porque é autor

de seu discurso”;

(C) “... excluindo o desenvolvimento da competência discursiva do falante e a

conscientização sobre a legitimidade dos dialetos sociais.”.

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(D) “... temos um “sujeito psicológico”, individual, visto como um ego que constrói uma

representação mental.”

(E) “... colocar o texto na base do ensino de língua, considerando seus aspectos

linguísticos e discursivos, aliando seu estudo às questões de análise gramatical...”.

QUESTÃO 26 - Acerca dos expedientes linguístico-discursivos, das construções

semântico-pragmáticas do TEXTO, bem como das regras de escrita padrão da língua

portuguesa, é adequado afirmar que:

(A) a contração da preposição de com o pronome esse, em “...desse fato...”, na

primeira linha, deveria ter sido registrada deste fato, em se tratando de Norma-Padrão;

(B) o pronome substantivo outros, em “Outros até fazem considerações...” (7º.

parágrafo), faz referência a alunos;

(C) as expressões “ainda hoje” e “até hoje”, presentes no 7º. parágrafo, mantêm entre

si uma relação de não-repetição a serviço do encadeamento coesivo do texto;

(D) na passagem: “... aliando seu estudo às questões de análise gramatical, às

relações entre fala e escrita e ao conhecimento das variedades linguísticas e de seus

usos sociais.”, o uso da conjunção e se deu por três vezes: a terceira ocorrência

coordena de seus usos sociais à palavra variedades;

(E) em: “... agindo no mundo e interagindo com a sociedade de forma geral via

linguagem oral e escrita.”, a palavra linguagem não pode ser substituída por língua,

pois prejudicaria o sentido negociado no texto.

PARA RESPONDER ÀS QUESTÕES DE 27 A 30, ATENHA-SE AO TEXTO A

SEGUIR E AOS COMANDOS DAS QUESTÕES.

Gêneros textuais/discursivos e ensino de LP

Para abordar os gêneros do discurso, necessário se faz perpassar alguns

conceitos fundamentais à compreensão desse tema. Bakthin (2006), baseado numa

visão de língua como interação, afirma que a enunciação é o produto da interação de

dois indivíduos socialmente organizados e, mesmo que não haja um interlocutor real,

nós criamos um socialmente definido em nossa mente. Portanto, não há interlocutor

abstrato. Como consequência, propõe a enunciação dialógica, visto que toda palavra

comporta duas faces. A palavra é determinada tanto pelo fato de proceder de alguém

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como pelo fato de se dirigir para alguém. Constitui, então, o produto da interação do

locutor e do ouvinte. A enunciação é dialógica porque toda palavra serve de expressão

– um em relação ao outro. É por meio dela que um indivíduo se define em relação ao

outro, ou seja, em relação à coletividade.

De acordo com o autor, tanto a atividade mental (o conteúdo a exprimir) quanto a

objetivação externa (a enunciação) situam-se em território social. E quando a atividade

mental se realiza sob a forma de enunciação, submete-se a uma orientação social,

uma vez que se adapta ao contexto social imediato do ato de fala e aos interlocutores

concretos. Dessa forma, a linguagem nasce no social, depois é internalizada e,

consequentemente, expressa socialmente. Como consequência dessa visão de

linguagem situada no social, Bakthin teceu importantes considerações sobre gêneros

do discurso. Para ele, as esferas de comunicação humana estão sempre relacionadas

à utilização da língua, via enunciados concretos. Cada enunciado reflete as condições

específicas e as finalidades das esferas de atividade humana.

Gênero do discurso, para Bakhtin, são os tipos relativamente estáveis de

enunciados, elaborados por essas esferas de utilização da língua. As esferas de

comunicação constituem dois grandes grupos: esferas do cotidiano (familiares, íntimas,

comunitárias) e as esferas do sistema ideológico, constituído (da ciência, da arte, da

religião, da política, da imprensa etc.), que comportam os discursos. Os gêneros – que

são formas cristalizadas historicamente nas práticas sociais – constituem-se por três

elementos básicos: conteúdo temático, estilo e construção composicional. A variedade

de gêneros é infinita, uma vez que cada esfera comporta um conjunto de gêneros que

se expande à medida que tal esfera se complexifica. Na verdade, o que caracteriza o

gênero é o uso social que se faz dele: as finalidades das esferas de comunicação

determinam os três elementos que o constituem.

Assim, os gêneros, que são modelos e comuns a todos os indivíduos, fazem a

mediação entre as práticas sociais e as atividades de linguagem dos indivíduos. Nesse

sentido, Bakhtin (2006, p. 124) afirma que o estudo da linguagem deve ficar em torno

das formas e dos tipos de interação verbal em ligação com as condições concretas em

que se realiza.

Se, de acordo com Bakhtin, são os gêneros que tornam a comunicação humana

possível, concluímos que um ensino que pretenda fazer com que o aluno seja capaz de

interagir com o outro por meio da oralidade e da escrita deve tomar como objeto tais

gêneros, que permitirão aos alunos ler e ouvir compreendendo, falar e escrever com

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objetivos definidos em situações comunicativas concretas; ou seja, desenvolver a

competência discursiva que será utilizada eficazmente em situações reais.

Nas escolas, é preciso que se conheçam, estudem e apreendam os gêneros, por

meios de atividades sistematizadas, já que

quanto melhor dominamos os gêneros, tanto mais livremente os empregamos, tanto

mais plena e nitidamente descobrimos neles a nossa individualidade (onde isso é

possível e necessário), refletimos de modo mais flexível e sutil a situação singular da

comunicação (Bakhtin, 2010, p. 285).

Nessa direção, importante contribuição diz respeito à proposta de Schneuwly e

Dolz (2004), que se preocuparam com a transposição didática dos gêneros, inspirados

numa concepção baktiniana de linguagem e vygotskyana de aprendizagem. Para os

autores, o ensino de linguagem, priorizando a comunicação dos alunos, deve

prepará-los para dominar a língua em situações variadas; desenvolver nos alunos uma

relação com o comportamento discursivo consciente e voluntário, favorecendo

estratégias de autorregulação e construir uma representação das atividades escritas e

faladas em situações complexas, como produto de um trabalho e de uma lenta

elaboração. (Schneuwly; Dolz, 2004, p. 49).

Segundo esses autores, “[...] é através dos gêneros que as práticas de linguagem

materializam-se nas atividades dos aprendizes” (Schneuwly; Dolz, 2004, p. 52). Desse

modo, o desenvolvimento da linguagem se dá por intermédio da exploração das

propriedades temáticas, formais e estilísticas comuns e recorrentes nos textos.

Incluem-se aí os gêneros orais, devendo a escola tratar como objeto de ensino-

aprendizagem a fala pública, nas capacidades de escuta e produção de textos orais.

Os gêneros são megainstrumentos, pois funcionam não apenas como textos que

circulam socialmente, mas também como objeto de ensino. Assim, afirmam que a

apropriação, pelos alunos, das diferentes dimensões da linguagem ocorre por meio das

sequências didáticas (SD) nas práticas escolares. As SD são um conjunto de

atividades organizadas sistematicamente em torno de um gênero, planejadas para

ensinar um conteúdo específico. Cada etapa permite ao aluno dominar práticas de

linguagem tipificadas, cujas características se dão a partir de um modelo didático do

gênero escolhido para abordar em sala. As SD conferem ao ensino um caráter

organizador, uma vez que permitem ao professor acompanhar e orientar o aluno a ler,

escrever, falar e ouvir, explorando as características linguísticas e discursivas dos

diversos gêneros estudados.

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Consoante Pasquier e Dolz (1996), devemos adotar uma diversidade de textos no

estudo sistemático dos gêneros via SD, uma vez que eles são formados por

características linguísticas bem precisas e diversas. Ou seja, no desenvolvimento de

competências de uso da língua, os textos apresentam-se compostos por sequências

tipológicas narrativas, argumentativas, descritivas, instrucionais etc. e, por isso,

devemos ensiná-las com estratégias de ensino diferenciadas, considerando seus

contextos de circulação social. Sendo assim, devem ser relacionados aos textos

conteúdos gramaticais/discursivos próprios de tais sequências (como os tempos

verbais, os conectores, a paragrafação etc., que são peculiares a cada tipologia).

Outro aspecto importante ressaltado por Pasquier e Dolz (1996) diz respeito à

utilização de textos reais, ou seja, textos autênticos que circulam fora da escola,

retirados de jornais, revistas, blogs e outros suportes, em vez de trechos adaptados

nos livros didáticos ou textos artificiais criados com a função didática de ensinar a ler e

a escrever. Dessa forma, conseguiremos fazer com que os alunos compreendam o

contexto discursivo, tanto para a recepção quanto para a produção oral e escrita,

porquanto considerar as características discursivas (interlocutores, contexto de

circulação, objetivo comunicativo) é fundamental para os aprendizes adequarem seus

textos às situações em que são colocados para interagir por meio da linguagem.

A partir da publicação dos PCN na década de 1980 – e na década seguinte até a

atualidade, com a intensa produção de currículos e programas pelas secretarias de

educação municipais e estaduais – uma dúvida permeou os meios escolares e

acadêmicos: que gêneros eleger para o ensino? Quanto a isso, Marcuschi (2008)

esclarece que é de se indagar se há gêneros textuais ideais para o ensino de língua.

Tudo indica que a resposta seja não. Mas é provável que se possam identificar gêneros

com dificuldades progressivas, do nível menos formal ao mais formal, do mais privado

ao mais público e assim por diante. (Marcuschi, 2008, p. 207).

Mais uma vez, é preciso afirmar que devemos escolher aqueles textos que

circulam socialmente, que sejam relevantes para determinada comunidade e,

principalmente, que façam com que os alunos avancem progressivamente na

capacidade de argumentar, de narrar, de descrever etc., de sorte que, ao longo da

escolarização, não se deve abordar apenas um gênero e uma tipologia, mas uma

diversidade. As características das sequências tipológicas abordadas serão, durante os

anos seguintes, retomadas, consolidadas e aperfeiçoadas, de modo que o aluno

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apreenda as diversas dimensões textuais estudadas, percorrendo das estruturas mais

simples às mais complexas.

QUESTÃO 27 - Resumidamente, quais são as duas orientações dadas por Pasquier &

Dolz para metodologias de ensino e aprendizagem de LP por meio de gêneros?

(A) multiplicidade de textos de diferentes gêneros e trabalho sistemático com textos

retirados de jornal para as SD;

(B) variedade de gêneros de tipologias textuais diversas nas SD e estudo sistemático

com textos originais;

(C) variedade de textos sistematizados em gêneros discursivos das mais variadas

tipologias textuais e trabalho com textos de uso real na sociedade para as SD;

(D) variabilidade de textos específicos da tipologia narrativa e estudo de fato com

textos reais;

(E) multiplicidade de gêneros textuais autênticos associados à tipologia argumentativa.

QUESTÃO 28 - Qual orientação abaixo tem a ver com os Parâmetros Curriculares

Nacionais e as diretrizes metodológicas para o ensino de Português?

(A) o texto escolhido pelo professor deve sempre ser primeiro posto à compreensão e à

interpretação dos alunos para depois observar o fato linguístico que se quer colocar em

evidência, o qual deverá ser analisado à exaustão de forma que os alunos internalizem

até memorizarem;

(B) o assunto gramatical é que deve sempre começar a discussão em uma sala de aula

de Língua Portuguesa e a partir de textos reais; depois, é que se deve trabalhar a

compreensão e a interpretação do texto que serve de meio na aula de Gramática;

(C) qualquer texto serve para uma aula de Português. O que o professor deve fazer é

escolher um texto que tenha a ver com os assuntos da contemporaneidade e o tópico

gramatical que precisa ensinar, pois está no currículo que ele o faça. A ordem pode ser

da compreensão à gramática ou da gramática à compreensão do texto – tanto faz;

(D) os textos selecionados primeiramente pelo professor devem antes partir de uma

análise das necessidades dos alunos e das discussões no mundo sobre essas

necessidades. Esses textos precisarão sempre ser autênticos e serem postos à

compreensão e à interpretação, antes de qualquer outra análise deles. Os alunos

também poderão sugerir textos para aula, desde que o professor os analise e os

sequencie didaticamente como os fez com os que ele próprio selecionou e usou;

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(E) os textos usados em sala de aula precisam apenas respeitar a uma Tipologia

Textual não reiterativa, com gêneros textuais diversos. O essencial é desenvolver a

leitura e a escrita dos alunos. Por isso, o mais importante no ensino de língua é ensinar

as tipologias textuais e os gêneros discursivos, principalmente suas classificações. A

análise e a reflexão linguísticas desses textos devem ser trabalhadas sempre no ínicio

da aula.

QUESTÃO 29 - Conforme o Texto, constitui a competência discursiva:

(A) ler e ouvir com compreensão; falar e escrever em situações sociais autênticas de

uso;

(B) compreender os diversos gêneros textuais escritos que o professor levar para sala

de aula;

(C) produzir por escrito os gêneros discursivos orais e escritos que lhe são propostos

pelo professor nas SD;

(D) escrever e ler, ouvir e falar em condições escolares específicas de uso;

(E) ler e escrever, falar e ouvir explorando nas aulas as características próprias de

cada gênero textual previamente escolhido pelo professor.

QUESTÃO 30 - Todas as opções abaixo poderiam estar presentes na conclusão

desses dois textos, exceto:

(A) O domínio de um gênero significa ser capaz de atuar mais livremente no processo

de interação social que o requer como instrumento de ação sobre a realidade. E esse é

o verdadeiro sentido de ensinar: fazer com que o aluno seja capaz de interferir na

busca de outros sentidos em relação ao que ficou tradicionalmente determinado e,

dessa forma, tornar-se agente de sua própria história.

(B) O universo dos alunos se amplia pouco a pouco com as informações que vão

adquirindo nas interações, dentro e fora da escola. É com elas que eles interiorizam,

cada vez mais, a língua como objeto de construção da sua subjetividade;

(C) Os alunos agem a partir do conhecimento que já possuem e que vão

desenvolvendo, sob a orientação do professor e da escola, enquanto atuam na

sociedade, nos seus grupos de relacionamento;

(D) O trabalho escolar de desenvolvimento de competências de uso da língua, tanto na

modalidade oral quanto na escrita, precisa se constituir do ensino de textos

exclusivamente construídos para o ensino de Língua Portuguesa;

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(E) O trabalho com os gêneros textuais/discursivos constitui uma demonstração de que

a escola e o professor compreendem não ser possível levar o aluno a construir sua

identidade sem que ele seja capaz de agir pela linguagem nas diferentes instâncias

sociais que a vida lhe exigir;

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PROVA DISCURSIVA

Esta prova contém dois temas propostos pela Banca, entre os quais o candidato deve

escolher apenas um, podendo usar a área de Rascunho para elaboração do texto

(Dissertação-Argumentativa). Após isto, o candidato deve transcrever o texto para a

FOLHA DE REDAÇÃO.

Para prova discursiva o candidato deverá elaborar um texto dissertativo-argumentativo

com extensão mínima de 20 linhas e máxima de 30, com caneta esferográfica feita

em material transparente, de tinta preta. A dissertação deverá apresentar ideias

organizadas, de acordo com a norma padrão da língua portuguesa escrita,

fundamentada em argumentos consistentes.

A prova discursiva será de caráter eliminatório e classificatório, avaliada na escala de 0

(zero) a 10 (dez) pontos considerando para formulação da pontuação, as seguintes

proporções:

O critério de avaliação da redação será julgado segundo o domínio do conteúdo

baseado na Adequação à Proposta e ao Gênero (2,00 pontos), Argumentação - fuga

ao senso comum, informalidade, unidade (2,00 pontos), Coesão – ligação de ideias,

substituição, paragrafação (2,00 pontos), Coerência – clareza, organização de ideias,

progressão temática (2,00 pontos) e Gramática – acentuação, pontuação, ortografia,

estética, concordâncias e regências (2,00 pontos).

TEMA 01---------------------------------------------------------------------------------------------------------

O USO CONSCIENTE DA ÁGUA NA SOCIEDADE BRASILEIRA.

TEMA 02---------------------------------------------------------------------------------------------------------

O DESENVOLVIMENTO HUMANO E A EDUCAÇÃO ESCOLAR NO BRASIL.

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RASCUNHO

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