CADERNO DE RESUMOS - Faculdade de Engenharia · 2013-11-27 · Lucimeire Alves Ferreira Luiz...

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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JÚLIO DE MESQUITA FILHO” Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira CADERNO DE RESUMOS IX ENPEFIS Encontro de Prática de Ensino de Física de Ilha Solteira VI Encontro de Ex-alunos de Licenciatura em Física da FEIS V Encontro de Grupos de Pesquisa de professores de Ciências e Matemática em formação O sentido complementar do estágio e da pesquisa na formação inicial do professor

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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA

“JÚLIO DE MESQUITA FILHO”

Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira

CADERNO DE

RESUMOS

IX ENPEFIS – Encontro de Prática

de Ensino de Física de Ilha Solteira

VI Encontro de Ex-alunos de Licenciatura em Física da FEIS

V Encontro de Grupos de Pesquisa de professores de

Ciências e Matemática em formação

O sentido complementar do estágio e da pesquisa

na formação inicial do professor

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CADERNO DE RESUMOS

IX ENPEFIS – ENCONTRO DE PRÁTICA DE ENSINO DE FÍSICA DE ILHA

SOLTEIRA

O sentido complementar do estágio e da pesquisa na formação inicial do professor

VI ENCONTRO DE EX-ALUNOS DE LICENCIATURA EM FÍSICA DA FEIS

V ENCONTRO DE GRUPOS DE PESQUISA DE PROFESSORES DE CIÊNCIAS E

MATEMÁTICA EM FORMAÇÃO

ILHA SOLTEIRA

Dezembro – 2013

UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA

“JÚLIO DE MESQUITA FILHO”

Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira

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COMISÃO ORGANIZADORA

Coordenadores do evento

Profª. Drª. Lizete Maria Orquiza de Cavalho

Prof. Dr. Washington Luiz Pacheco de Carvalho

Docentes

Profª. Drª Nataly Carvalho Lopes

Prof. Me. Bruno Marques dos Santos

Prof. Me. Luis Eduardo Birello Arenghi

Prof. Marcos Vinicius Marcondes de Menezes

Discentes

Adriele Longo de Souza

André Polo Arrosti

Danilo de Freitas Oliveira

Érica Talita Brugliato

Josiane Alexandrino dos Santos

Juliano Antonio Dourado Malaquias

Luciano Henrique Siliano Ricco

Lucimeire Alves Ferreira

Luiz Henrique Bugatti Guessi

Thalita Antoniassi Canassa

Yuri Policei Marques

Alice Presotto

André Ramalho dos Santos

Danilo Borges Menezes

Danilo Okimoto

Diego Henrique Oliveira Barbosa

Gabriela Selingardi

Kamila Paula Santos Zuri

Makarena Cecilia Ahumada Sánchez

Taynã Mazareli Rodrigues

Wellington Shoiti Sakita

Funcionários

Thiago Nicolette - Secretário

Solange Araújo do Nascimento – Assistente administrativo

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CONVITE

Temos a honra de convidar professores e futuros professores da educação

básica e da educação superior para participarem do IX Encontro de Prática de

Ensino de Física Ilha Solteira – IX ENPEFIS. Além deste, dois outros eventos

ocorrem simultaneamente no mesmo espaço: o VI Encontro de Ex-alunos do Curso

de Licenciatura em Física da FEIS/UNESP e o V Encontro de Pequenos Grupos de

Pesquisa de Professores de Ciências e Matemática em Formação.

Trata-se de iniciativas do Conselho de Curso de Licenciatura em Física, de

pós-graduandos do Grupo de Pesquisa Educação Continuada de Professores e

Avaliação Formativa, vinculado ao Programa de Pós-graduação em Educação para

a Ciência da UNESP, e do Projeto Observatório da Educação com Foco em

Matemática e Iniciação às Ciências, financiado pela CAPES dentro do Programa

Observatório da Educação.

O principal objetivo do IX Encontro de Prática de Ensino de Física Ilha Solteira (IX

ENPEFIS) é compartilhar com a comunidade de professores e futuros professores os

Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC) realizados pelos alunos do Curso de Licenciatura,

tanto no que se refere à análise dos 15 projetos dos trabalhos que serão desenvolvidos em

2014 como da avalição dos 12 trabalhos finalizados em 2013. Neste ano, o tema escolhido

para a nossa reflexão é: o sentido complementar do estágio e da pesquisa na formação do

professor. Partimos dos pressupostos de que a atividade de ensino não é intuitiva e de que

o estágio não se resume à mera aplicação da teoria. Ora para poder teorizar sobre a práxis,

o licenciando precisa se apropriar de ferramentas teórico-metodológicas próprias da

pesquisa. Sem elas, não poderá se fortalecer enquanto tensionador da realidade em que

está mergulhado, alguém que sabe buscar olhares diferenciados e soluções adequadas a

cada particularidade das situações de ensino. Por outro, a pesquisa por si só não garante a

consciência política necessária à transformação. Para além da pesquisa, o que o estágio

precisa abarcar? Então nesse sentido que se coloca o tema do nosso debate para este ano

no IX ENPEFIS.

O VI Encontro de Ex-alunos do Curso de Licenciatura em Física da

FEIS/UNESP visa à troca de experiências profissionais desses participantes bem

com a análise conjunta de suas práticas profissionais com pretensões à futura auto-

organização. Na primeira edição do Encontro de Ex-alunos da Licenciatura em

Física de Ilha Solteira, o tema escolhido pelos participantes dizia respeito às suas

práticas e suas vidas profissionais nas Escolas de Educação Básica. Os elementos

mais característicos de suas falas eram solidão profissional, burocracia nos órgãos

públicos e imposição dos currículos. Desde então, estes agentes reúnem-se

anualmente em esfera pública para discutir, em mesas redondas e comunicações,

essas e outras pressões que compõem seus respectivos campos de atuação em

instituições públicas e, a partir daí, analisar seu próprio meio para organizar ideias e

coordenar projetos. A premissa do diálogo e das parcerias para refletir e atuar nas

escolas de educação básica ocorreu como uma consequência do preceito básico

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segundo o qual estes professores foram formados: o debate público de ideias. Isso

ocasionou a constituição do que hoje chamamos de Pequenos Grupos de Pesquisa

nas escolas, por meio dos quais os ex-alunos têm atuado na (co)formação continua

e coletiva de professores das escolas e da universidade, viabilizadas,

principalmente, pela participação em projetos como o Observatório da Educação

com Foco em Matemática e Iniciação em Ciências, que se refere o edital nº

038/2010/CAPES/INEP. Para este VI Encontro algo novo está sendo proposto, uma

vez que o curso tem também formado Licenciados em Física que seguiram nas pós-

graduações e atuam no Ensino Superior (IES) por todo o país, como docente em

licenciaturas e outros cursos e como pesquisadores em Ciências de Materiais,

Meteorologia, Química, Física Médica e Ensino de Ciências. Nesse contexto, esses

ex-alunos se depararam com um novo Campo de Força – referimo-nos aqui a um

conceito de Pierre Bourdieu–, com pressões e demandas próprias, havendo, assim,

a necessidade para a constituição de uma nova esfera pública. É em atenção a esta

necessidade que propomos o debate para esse VI Encontro de Ex-alunos.

O objetivo do V Encontro de Grupos de Pesquisa de Professores de

Ciências e Matemática em Formação é discutir os trabalhos dos Pequenos Grupos

de Pesquisa, que se desenvolvem principalmente em escolas em que atuam ex-

alunos do nosso Curso de Licenciatura em Física e que são atualmente

coordenados pelo Projeto Observatório da Educação com foco em Matemática e

Iniciação às Ciências. Passados alguns anos de trabalho coletivo, hoje já podemos

exemplificar a distribuição temporal dos trabalhos desenvolvidos nos PGP: um

tempo de estudo sobre referenciais teóricos balizadores de Questões

Sociocientíficas (QSC) e de materiais de divulgação científica relacionados; um

tempo para a eleição pelo grupo de uma questão sociocientífica com significado

local e/ou global; um tempo para a elaboração e discussão, no grupo, de sequências

didáticas, por meio de rodadas de apresentações dos professores de diferentes

disciplinas, levando em conta, não somente a QSC, mas também o currículo oficial

do Estado e os resultados das Avaliações em Larga Escala; uma tempos para a

retomada do estudo de referenciais teóricos; um tempos para a elaboração de

pesquisa do professor baseada nas sequencias didáticas um tempos para as

apresentações e discussões no grupo sobre resultados das sequencias didáticas

efetivadas nas salas de aula nas escolas; e assim por diante.

Lizete Maria Orquiza de Carvalho

Bruno Marques dos Santos

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SUMÁRIO

CONVITE ......................................................................................................................................... 3

APRESENTAÇÃO .......................................................................................................................... 9

PROGRAMAÇÃO ..........................................................................................................................11

MESAS REDONDAS.....................................................................................................................12

TRABALHOS DE CONCLUSÃO DE CURSO ............................................................................13

RESUMOS DE MESAS REDONDAS ..........................................................................................17

MESA REDONDA I - FORMAÇÃO INICIAL DE PROFESSORES: O PAPEL DO ESTÁGIO

SUPERVISIONADO SOBRE A AÇÃO REFLEXIVA DE FUTUROS DOCENTES............. 18

MESA REDONDA II: A COMPREENSÃO DOS PGP’S SOBRE AS IMPLICAÇÕES DO

PROJETO OBSERVATÓRIO FRENTE ÀS EXPECTATIVAS, DEMANDAS E

REALIDADES DA ESCOLA ............................................................................................. 19

MESA REDONDA III: PRÁTICAS E VIDAS PROFISSIONAIS DOS EX-ALUNOS NAS IES

......................................................................................................................................... 20

MESA REDONDA IV: ENCONTRO ENTRE DIFERENTES GGP: O SENTIDO

COMPLEMENTAR DO ESTÁGIO E DA PESQUISA NA FORMAÇÃO DO PROFESSOR 21

RESUMOS DE TRABALHOS DE CONCLUSÃO DE CURSO .................................................22

PERSPECTIVA(S) DO FUTURO PROFESSOR DE FÍSICA EM RELAÇÃO À DOCÊNCIA

A PARTIR DA EXPERIÊNCIA DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO .................................. 23

A SALA DE AULA COMO UMA INTERAÇÃO SOCIAL COMPLEXA: UMA PRIMEIRA

APROXIMAÇÃO POR MEIO DE UMA SEQUÊNCIA DIDÁTICA DE CUNHO

SOCIOCIENTÍFICO NO ESTÁGIO SUPERVISIONADO .................................................. 24

A BUSCA PELA CRITICIDADE DOS ALUNOS POR MEIO DAS QUESTÕES

SOCIOCIENTÍFICAS (QSC)............................................................................................. 25

EXPLORANDO AS ANALOGIAS ENTRE UM ANALISTA E UM PROFESSOR DE FÍSICA:

AÇÕES DO PROFESSOR VISANDO A ENTRADA DO ALUNO NO PROCESSO DE

APRENDIZAGEM............................................................................................................. 26

O USO DE GÊNEROS DE DISCURSO COMO POSSIBILITADORES DA LEITURA E

APRENDIZAGEM EM AULAS DE FÍSICA........................................................................ 27

INCLUSÃO, ASTRONOMIA E DIDÁTICA MULTISSENSSORIAL: QUE APONTAMENTOS

EMERGEM DESSA POSSÍVEL RELAÇÃO POR FUTUROS PROFESSORES DE

FÍSICA? ........................................................................................................................... 28

O ESTUDO DE ATOS DE FALA DE ALUNOS DE EJA, POR MEIO DE UMA SEQUÊNCIA

DIDÁTICA COM ÊNFASE EM TEXTOS DE DIVULGAÇÃO CIENTIFICA, COM A

TEMÁTICA DE USO RACIONAL DE ENERGIA ............................................................... 29

TECNOLOGIAS GERADAS PELA PESQUISA EM FÍSICA NUCLEAR: UM ESTUDO

SOBRE O ENVOLVIMENTO DE ALUNOS DO ENSINO MÉDIO COM TEMAS

CONTROVERSOS ........................................................................................................... 30

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FÍSICA NOS PRIMEIROS ANOS DO ENSINO FUNDAMENTAL: ATIVIDADES

EXPERIMENTAIS INVESTIGATIVAS E A BUSCA DE INDÍCIOS DO PROCESSO DE

ALFABETIZAÇÃO CIENTÍFICA ....................................................................................... 31

REPRESENTAÇÕES DE PROFESSORES DE FÍSICA DE UMA ESCOLA PÚBLICA

SOBRE FÍSICA E ENSINO DE FÍSICA ............................................................................ 32

O TRATAMENTO DO CONTEÚDO FÍSICO NO PLANEJAMENTO DAS AULAS DE

REGÊNCIA DO CURSO DE LICENCIATURA EM FÍSICA DE ILHA SOLTEIRA .............. 33

ENSINO DE CIÊNCIAS: PROBLEMATIZANDO ATIVIDADES DE FÍSICA MODERNA E

CONTEMPORÂNEA UTILIZANDO O ENSINO POR INVESTIGAÇÃO .............................. 34

RESUMOS DE TRABALHOS APRESENTADOS EM PÔSTER ..............................................35

POTENCIALIDADES DO USO DO “CADERNO DO ALUNO” PREVISTO PELO

CURRÍCULO DO ESTADO DE SÃO PAULO POR MEIO DA INSERÇÃO DE ATIVIDADES

PROBLEMATIZADORAS ................................................................................................. 36

FÍSICA MODERNA E CONTEMPORÂNEA COMO PROJETOS DE ENSINO: AS

DIFICULDADES ENCONTRADAS POR UM PROFESSOR INICIANTE .......................... 37

MODALIDADES ESPORTIVAS COMO SITUAÇÃO/OBJETOS REAIS PARA A

CONSTRUÇÃO DE UMA CULTURA ARGUMENTATIVA NO ENSINO DE FÍSICA ......... 38

ASPECTOS MOTIVACIONAIS NAS AULAS DE FÍSICA: UMA CONTRIBUIÇÃO DAS

QUESTÕES SOCIOCIENTÍFICAS E DA EXPERIMENTAÇÃO ........................................ 39

COMPETÊNCIAS E HABILIDADES NO ENSINO DE FÍSICA: ENTRE O DISCURSO

LEGAL E O DISCURSO DA PRÁTICA ............................................................................. 40

UTILIZAÇÃO DO TEMA “ENERGIA” NA FORMAÇÃO CONTINUADA DE

PROFESSORES DO ENSINO MÉDIO UTILIZANDO COMO PROPOSTA A

INTERDISCIPLINARIDADE ............................................................................................. 41

A IMPORTÂNCIA DA AVALIAÇÃO FORMATIVA NO INÍCIO DA PRÁTICA DOCENTE .. 42

ENSINO DE FÍSICA NOS PRIMEIROS ANOS DO ENSINO FUNDAMENTAL: ANÁLISE

DE UM TRABALHO COLABORATIVO ENTRE UM FUTURO PROFESSOR DE FÍSICA E

UM PROFESSOR DE CIÊNCIAS ..................................................................................... 43

O JOGO COMO ATIVIDADE: ENSINANDO FÍSICA POR MEIO DE UMA SEQUÊNCIA

DIDÁTICA DIFERENCIADA, ELABORADA A PARTIR DA ABORDAGEM CONTEXTUAL

......................................................................................................................................... 44

AMBIENTE ESCOLAR, UM PROBLEMA PARA OS ALUNOS COM DÉFICIT DE

ATENÇÃO ........................................................................................................................ 45

A APRENDIZAGEM DE CONCEITOS FÍSICOS ATRAVÉS DO ESTUDO DE

FENÔMENOS DO DIA A DIA UTILIZANDO O ENSINO POR INVESTIGAÇÃO............... 46

AULA TEÓRICO-PRÁTICA: CONSTRUINDO UMA SEQUÊNCIA DIDÁTICA PARA UMA

MELHOR APRENDIZAGEM DO CONTEÚDO DE FÍSICA PARA ALUNOS DO ENSINO

MÉDIO ............................................................................................................................. 47

ENSINO POR INVESTIGAÇÃO COM ABORDAGEM CONTEXTUAL ............................. 48

PERGUNTAS EM SALA DE AULA DE FÍSICA: ENTRE CONCEPÇÕES E CONTEXTOS

INTERATIVOS DISCURSIVOS ........................................................................................ 49

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EXPERIMENTAÇÃO RELACIONADA A QUESTÕES SÓCIO CIENTÍFICAS JUNTO A

ALUNOS DO ENSINO MÉDIO ......................................................................................... 50

GRUPO DE CIENCIAS LUCKESI E O SEU IMPACTO NA SOCIEDADE ........................ 51

OFICINA PEDAGÓGICA PARA PROFESSORES DA REDE PÚBLICA: TRABALHANDO

OS CONCEITOS DE ELETROMAGNETISMO E RELATIVIDADE ................................... 52

MECÂNICA QUÂNTICA PARA O ENSINO MÉDIO: ABORDANDO A FÍSICA MODERNA

POR MEIO DE EXPERIMENTOS COM DIODOS EMISSORES DE LUZ (LED’S) E

CÉLULAS FOTOVOLTAICAS .......................................................................................... 53

A EVOLUÇÃO DOS TELEVISORES: UMA PROPOSTA DE SEQUENCIA DIDÁTICA COM

ABORDAGEM CTSA ....................................................................................................... 54

ENSINO DE ASTRONOMIA PARA ALUNOS COM E SEM DEFICIÊNCIA VISUAL:

PROPOSTA DE UM ENSINO INCLUSIVO ...................................................................... 55

PROFESSORES E SUA FORMAÇÃO: SABERES EM CONSTRUÇÃO NO ENSINO DE

CIÊNCIAS ........................................................................................................................ 56

ESTÁGIO SUPERVISIONADO NA LICENCIATURA EM FÍSICA: IMPLICAÇÃO NA

FORMAÇÃO INICIAL ....................................................................................................... 57

AVALIAÇÃO COMO INSTRUMENTO DE INCLUSÃO ..................................................... 58

A FÍSICA MODERNA CONTEMPORÂNEA E OS SEUS IMPACTOS NA APRENDIZAGEM

DE UM GRUPO DE ALUNOS DO ENSINO MÉDIO: DESAFIOS E POSSIBILIDADES .... 59

UMA REFLEXÃO SOBRE O CONCEITO DE OBSTÁCULO EPISTEMOLÓGICO PARA O

ENSINO DE CIÊNCIAS: CONCEPÇÃO DO MOVIMENTO ARISTOTÉLICO ................... 60

A ABORDAGEM DAS QUESTÕES SOCIOCIENTÍFICAS EUGENIA E CÉLULA

SINTÉTICA NA FORMAÇÃO INICIAL DE PROFESSORES: COMPREENSÕES SOBRE A

CIÊNCIA .......................................................................................................................... 61

O DESENVOLVIMENTO DE UM DISPOSITIVO DE ANÁLISE DOS DISCURSOS DE

VERTENTE HABERMASIANA ......................................................................................... 62

DESAFIOS E POSSIBILIDADES DO USO DE HISTÓRIA E FILOSOFIA DA CIÊNCIA NO

ENSINO DE FÍSICA NA EDUCAÇÃO BÁSICA ................................................................ 63

DE “PROFESSORA” A “PROFESSORA-PESQUISADORA” – DILEMAS DESSA

TRANSIÇÃO EM UM GRUPO DE PESQUISA ................................................................. 64

PROCEDIMENTOS PARA IMPLANTAÇÃO DO CURSO DE FÍSICA NA MODALIDADE

EAD.................................................................................................................................. 65

RELAÇÃO DE AUTORIA COM O CONHECIMENTO: POSSIBILIDADES DA ROBÓTICA

COMO PRÁTICA PEDAGÓGICA DE INTERVENÇÃO EM CASOS DE DIFICULDADES

DE APRENDIZAGEM ....................................................................................................... 66

CAPACITAÇÃO DOCENTE NO PROJETO PIBID FÍSICA UEL – UMA PROPOSTA DE

ATIVIDADES PRÁTICAS EM SALA DE AULA ................................................................. 67

DESENVOLVIMENTO DE UMA TEMÁTICA INTERDISCIPLINAR COM ALUNOS DO

ENSINO FUNDAMENTAL ................................................................................................ 68

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PERCEPÇÕES DE UM PROFESSOR DE FILOSOFIA E SOCIOLOGIA ACERCA DO

TRABALHO DO PGP DE AREALVA-SP NO CONTEXTO DO PROJETO

OBSERVATÓRIO DA EDUCAÇÃO .................................................................................. 69

PROCESSO DE INCLUSÃO DE CRIANÇAS COM DEFICIÊNCIA AUDITIVA NA ESCOLA

REGULAR ........................................................................................................................ 70

POSSIBILIDADES DA INTERAÇÃO UNIVERSIDADE-ESCOLA NA VISÃO DA GESTÃO

ESCOLAR: O CASO DO PGP AREALVA ........................................................................ 71

TRANSFORMANDO O BLOQUEIO DE NOVOS ALUNOS DO COLÉGIO ESTADUAL

PRÉ-UNIVERSITÁRIO DO 1º ANO DO ENSINO MÉDIO EM UMA VISÃO DINÂMICA

PARA O APRENDIZADO DE UMA NOVA DISCIPLINA (ENSINO DE FÍSICA) ................ 72

A CONSTRUÇÃO DA CIÊNCIA: POR TRÁS DO QUE ACONTECE NO LABORATÓRIO

DE FÍSICA DE MATERIAIS E A SUA RELAÇÃO COM A PRÁTICA DOCENTE .............. 73

PERPECTIVAS METODOLOGICAS PARA O ENSINO DE CIÊNCIAS NO ENSINO

FUNDAMENTAL .............................................................................................................. 74

O SUBCAMPO DE PESQUISA EM ENSINO DE CIÊNCIAS CTS NO BRASIL ........................... 75

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IX ENPEFIS – Encontro de Prática de Ensino de Física de Ilha Solteira O sentido complementar do estágio e da pesquisa na formação inicial do professor Caderno de Resumos

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APRESENTAÇÃO

História dos eventos

No final do ano de 2005, uma professora da disciplina de Prática de Ensino

(hoje Estágio Supervisionado) e seus alunos formandos convidaram os docentes do

Departamento de Física e Química, para participar de uma série 13 bancas de TCC,

a ocorrer no I Encontro de Prática de Ensino de Física de Ilha Solteira, cujo nome foi

proposto pelos próprios alunos.

Em 2006, iniciamos a tradição de trazer importantes pesquisadores da área

de Ensino de Física, no caso específico daquele ano, Roberto Nardi, Eduardo Adolfo

Terrazan e Maria Lúcia Abib.

Em 2007, o evento se consagrou memoravelmente tanto como o espaço da

energia dos graduandos que realmente tomaram nas mãos a realização do evento

quanto pelo aumento da participação de pesquisadores da área de ensino de Física.

Neste ano, criamos também o primeiro Pré-ENPEFIS, quando os alunos puderam

apresentar seus trabalhos no espaço do cinema da cidade, considerando esta como

muito valiosa oportunidade. Além disso, iniciamos a parceria com grupos da UNESP

de Presidente Prudente e de Ponta Grossa, os quais estão conosco no evento até

hoje.

Mantendo todas as conquistas dos anos passados, em 2008, a novidade

principal foi a entrada dos ex-alunos na participação do evento, quando tivemos uma

mesa redonda memorável num sábado à tarde da qual fizeram parte os ex-alunos

Nataly Lopes, Ailson Vasconcelos da Cunha, Bruno Marques dos Santos, Aguinaldo

Capeletti Moura e Eduardo Gonçalves. Além disso, eles também adentraram o

processo de elaboração do evento junto conosco em intensas conversas por email.

Outra inauguração importante deste ano foi a da participação competente de um ex-

aluno, o Ailson, numa banca de TCC. Durante este ano, tivemos a primeira tese de

doutorado (Noemi Sutil) sendo produzida sobre o curso, iniciando, portanto, uma

série de pesquisas sobre a nossa Licenciatura. Além disso, com a presença dessa

doutoranda no campus, demos início à prática de contribuição dos pós-graduandos

no apoio à elaboração dos TCC pelos graduandos. Esse movimento significou um

estreitamento de laços entre a graduação e a pós-graduação.

Em 2009, houve o primeiro Encontro de Pequenos Grupos de Pesquisa das

escolas, com a apresentação de grupos de professores do ensino básico da rede

pública do Estado de São Paulo, das escolas EE José Firpo, de Lucélia, EE Noemia

Perotti, de Mirandópolis, e EE Libero de Almeida Silvares, de Fernandópolis.

Em 2010, o nosso grupo de pesquisa, vinculado à pós-graduação em

Educação para a Ciência da UNESP de Bauru, intensificou sua participação, o que

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IX ENPEFIS – Encontro de Prática de Ensino de Física de Ilha Solteira O sentido complementar do estágio e da pesquisa na formação inicial do professor Caderno de Resumos

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aconteceu por interesse, iniciativa e disposição para diálogo de ex-alunos do curso

de Licenciatura, que então cursavam essa pós-graduação. Além disso, os alunos da

disciplina de Estágio Supervisionado apresentaram resultados da Análise de Relatos

de Regência construídas durante o ano. Ainda neste ano, dois novos grupos de

outras universidades iniciaram parceria conosco, as quais também se mantêm

conosco até hoje, um grupo da Universidade Federal de Goiás e um grupo da

Universidade Estadual do Sul da Bahia. Esses dois grupos têm também se ocupado

nos seus lugares de origem com a tarefa de elaborar movimentos de inclusão numa

grande conversa dos vários interlocutores do processo educacional visando à

melhoria do ensino de Ciências na escola básica.

Em 2011, os Pequenos Grupos de Pesquisa vinculados aos Projeto

Observatório da Educação marcaram presença, o que representou também uma

maior integração entre universidade e escola, tendo em vista nossa aproximação

com duas universidades do Estado do Mato Grosso, a UFMT e a UNEMAT. Outra

importantíssima conquista deste ano foi o início da participação de professores da

escola básica nas bancas de TCC, como tinha sido sugerido no ano anterior por dois

participantes do evento, o nosso ex-aluno Fernando Modesto e um professor de

Ponta de Grossa que veio ao evento num grupo grande trazido pela professora

Rejane Mion.

Em 2012, retomamos uma ideia que se perdeu por aí na caminhada de que o

evento é, sobretudo, uma iniciativa dos graduandos, constituindo-se como um canal

para toda a criação e energia dos alunos do nosso curso. Por outro lado, como em

todas as suas edições anteriores o espaço da organização do evento tem podido ser

também um lugar para a criação do grupo de docentes (em grupo de pesquisa) que

sustenta a nossa licenciatura. Dessa forma, neste ano, tivemos uma mesa redonda

na qual docentes de dois campus da UNESP reuniram-se para analisar a própria

prática. O tipo de criação de que estamos falando depende principalmente da

articulação das vontades de muitas pessoas e, portanto, de muitas conversas e

debates.

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IX ENPEFIS – Encontro de Prática de Ensino de Física de Ilha Solteira O sentido complementar do estágio e da pesquisa na formação inicial do professor Caderno de Resumos

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PROGRAMAÇÃO

Quinta (05/12)

Sexta (06/12) 7:45 – 8:00

Abertura e credenciamento

8:00 – 9:15 TCC 1 8:00 – 9:15 TCC 4

9:15 – 10:30 TCC 2 9:15 – 10:30 TCC 5

10:30 – 11:00 Café 10:30 – 11:00 Café

11:00 – 12:00 Mesa Redonda I 11:00 – 12:00 Mesa Redonda II

12:00 – 13:30 Almoço 12:00 – 13:30 Almoço

13:30 – 16:00 Mesa Redonda: II 13:30 – 16:00 Mesa Redonda II

16:00 – 16:30 Café 16:00 – 16:30 Café

16:30 – 17:45 TCC 3 16:30 – 17:45 TCC 6

17:45 – 19:30 Palestra: Eduardo Adolfo Terrazzan

HAPPY HOUR

Sábado (07/12) Domingo (08/12)

8:00 – 9:15 TCC 7 8:00 – 9:15 TCC 10

9:15 – 10:30 TCC 8 9:15 – 10:30

TCC 11

10:30 – 11:00 Café 10:30 – 11:00

Café

11:00 – 12:00 Mesa Redonda III 11:00 – 12:15

TCC 12

12:00 – 13:30 Almoço 12:15 – 13:45

Almoço

13:30 – 16:00 Mesa Redonda III 13:45 – 16:00

Mesa Redonda IV

16:00 – 16:30 Café 16:00 – 16:30

Café

16:30 – 17:45 TCC 9 16:30 – 17:45

Encerramento

HAPPY HOUR HAPPY HOUR

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MESAS REDONDAS

MESA REDONDA I: FORMAÇÃO INICIAL DE PROFESSORES: O PAPEL DO

ESTÁGIO SUPERVISIONADO SOBRE A AÇÃO REFLEXIVA DE FUTUROS

DOCENTES

Membros: Alunos de Licenciatura em Física da Faculdade de Engenharia de Ilha

Solteira que cursaram a disciplina de Estágio Supervisionado II

MESA REDONDA II: A COMPREENSÃO DOS PGPS SOBRE AS IMPLICAÇÕES

DO PROJETO OBSERVATÓRIO FRENTE ÀS EXPECTATIVAS, DEMANDAS E

REALIDADES DA ESCOLA

Membros: Professores das escolas participantes do projeto Observatório da

Educação do polo UNESP e pós-graduandos associados aos Pequenos Grupos de

Pesquisa

MESA REDONDA III: PRÁTICAS E VIDAS PROFISSIONAIS DOS EX-ALUNOS

NAS IES

Membros: Alunos egressos do curso de Licenciatura em Física da Faculdade de

Engenharia de Ilha Solteira

MESA REDONDA IV: ENCONTRO ENTRE DIFERENTES GGP: O SENTIDO

COMPLEMENTAR DO ESTÁGIO E DA PESQUISA NA FORMAÇÃO DO

PROFESSOR

Membros: Luiz Gonzaga Roversi Genovesse, José Rildo de Oliveira Queiroz,

Moisés do Nascimento Soares, Daisi Teresinha Chapani, João Amadeus Pereira

Alves, Rejane Aurora Mion

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TRABALHOS DE CONCLUSÃO DE CURSO

_______________________________________________________________

TCC 1: ENSINO DE CIÊNCIAS: PROBLEMATIZANDO ATIVIDADES DE FÍSICA

MODERNA E CONTEMPORÂNEA UTILIZANDO O ENSINO POR INVESTIGAÇÃO

Autor: Yuri Policei Marques

Orientador: Profa. Dra. Lizete Maria Orquiza de Carvalho

Co-orientadora: Prof. Me. João Ricardo Neves da Silva

Avaliadores:

Prof. Dr. Rafael Zadorosny (Universidade Estadual Paulista - Faculdade de

Engenharia de Ilha Solteira)

Prof. Me. Alex Otávio Sanches (Programa de pós-graduação em Ciências dos

Materiais – Universidade Estadual Paulista)

Prof. Me. Paulo Gabriel Franco dos Santos (Programa de pós-graduação em

Educação para a Ciência – Universidade Estadual Paulista)

_______________________________________________________________

TCC 2: TECNOLOGIAS GERADAS PELA PESQUISA EM FÍSICA NUCLEAR: UM

ESTUDO SOBRE O ENVOLVIMENTO DE ALUNOS DO ENSINO MÉDIO COM

TEMAS CONTROVERSOS

Autor: Luciano Henrique Siliano Ricco

Orientador: Prof. Dr. Washington Luiz Pacheco de Carvalho

Co-orientador: Prof. Me. Paulo Gabriel Franco dos Santos

Avaliadores:

Prof. Dr. Haroldo Naoyuki Nagashima (Universidade Estadual Paulista – Faculdade

de Engenharia de Ilha Solteira)

Prof. Me. Luis Eduardo Birello Arenghi (Programa de pós-graduação em Educação

para a Ciência – Universidade Estadual Paulista)

Prof. Diego Silva Encarnação (Escola Estadual Manoel Garcia Leal – Paranaíba/MS)

_______________________________________________________________

TCC 3: O USO DE GÊNEROS DE DISCURSO COMO POSSIBILITADORES DE

LEITURA E APRENDIZAGEM EM AULAS DE FÍSICA

Autora: Érica Talita Brugliato

Orientadora: Profa. Dra. Fernanda Cátia Bozelli

Avaliadores:

Profa. Ana Flávia Lopes Lenharo (Escola Estadual Sebastião Inoc Assumpção –

Arealva/SP)

Profa. Dra. Daisi Terezinha Chapani (Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia)

Prof. Me. Cícero Rafael Cena da Silva (Universidade Tecnológica Federal do Paraná

– Campus Cornélio Procópio)

_______________________________________________________________

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IX ENPEFIS – Encontro de Prática de Ensino de Física de Ilha Solteira O sentido complementar do estágio e da pesquisa na formação inicial do professor Caderno de Resumos

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TCC 4: PERSPECTIVA(S) DO FUTURO PROFESSOR DE FÍSICA EM RELAÇÃO À

DOCÊNCIA A PARTIR DA EXPERIÊNCIA DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO

Autora: Adriele Longo de Souza

Orientadora: Profa. Dra. Fernanda Cátia Bozelli

Avaliadores:

Profa. Dra. Silvia Regina Vieira da Silva (Universidade Estadual Paulista –

Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira)

Prof. Me. Ailson Vasconcelos da Cunha (Programa de pós-graduação em Educação

para a Ciência – Universidade Estadual Paulista, Escola Estadual Cid de Oliveira

Leite – Ribeirão Preto/SP)

Prof. Dr. Moisés do Nascimento Soares (Universidade Estadual do Sudoeste da

Bahia)

_______________________________________________________________

TCC 5: O TRATAMENTO DO CONTEÚDO FÍSICO NO PLANEJAMENTO NAS

AULAS DE REGÊNCIA DO CURSO DE LICENCIATURA EM FÍSICA DE ILHA

SOLTEIRA

Autora: Thalita Antoniassi Canassa

Orientadora: Profa. Dra. Lizete Maria Orquiza de Carvalho

Avaliadores:

Prof. Dr. Jair Lopes Júnior (Universidade Estadual Paulista – Faculdade de Ciência –

Campus de Bauru)

Profa. Maria Rita de Castro (Escola Estadual de Urubupungá – Ilha Solteira/SP)

Prof. Me. Paulo Vinícius dos Santos Rebeque (Instituto Federal de Educação,

Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul - Campus Bento Gonçalves)

___________________________________________________________________

TCC 6: EXPLORANDO AS ANALOGIAS ENTRE UM ANALISTA E UM

PROFESSOR DE FÍSICA: AÇÕES DO PROFESSOR VISANDO A ENTRADA DOS

ALUNOS NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM

Autor: Danilo de Freitas Oliveira

Orientadora: Profa. Dra. Lizete Maria Orquiza de Carvalho

Avaliadores:

Profa. Dra. Deise Aparecida Peralta (Universidade Estadual Paulista – Faculdade de

Engenharia de Ilha Solteira)

Prof. Dr. Harryson Júnio Lessa Gonçalves (Universidade Estadual Paulista –

Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira)

Prof. Marcos Vinicius Marcondes Menezes (Programa de pós-graduação em

Educação para a Ciência – Universidade Estadual Paulista, Escola Estadual Noêmia

Dias Perotti – Mirandópolis/SP)

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TCC 7: A SALA DE AULA COMO UMA INTERAÇÃO SOCIAL COMPLEXA: UMA

PRIMEIRA APROXIMAÇÃO POR MEIO DE UMA SEQUÊNCIA DIDÁTICA DE

CUNHO SOCIOCIENTÍFICO NO ESTÁGIO SUPERVISIONADO

Autor: André Polo Arrosti

Orientadora: Profa. Dra. Lizete Maria Orquiza de Carvalho

Co-orientador: Prof. Me. Paulo Gabriel Franco dos Santos

Avaliadores:

Prof. Dr. João Amadeus Pereira Alves (Universidade Tecnológica Federal do Paraná

– Campus Curitiba)

Prof. Hiter Serafim de Oliveira (Diretoria Regional de Ensino de Andradina)

Prof. Me. João Ricardo Neves da Silva (Universidade Federal de Itajubá)

_______________________________________________________________

TCC 8: REPRESENTAÇÕES DE PROFESSORES DE FÍSICA DE UMA ESCOLA

PÚBLICA SOBRE FÍSICA E ENSINO DE FÍSICA

Autor: Luiz Henrique Bugatti Guessi

Orientadora: Profa. Dra. Fernanda Cátia Bozelli

Co-orientadora: Profa. Dra. Zulind Luzmarina Freitas

Avaliadores:

Prof. Dr. Luiz Gonzaga Roversi Genovesse (Universidade Federal de Goiás)

Prof. Me. Bruno Marques dos Santos (Faculdade de Tecnologia do Estado de São

Paulo – Garça/SP)

Prof. Me. Sebastião Ivaldo Carneiro Portella (Programa de pós-graduação em

Educação para a Ciência – Universidade Estadual Paulista)

_______________________________________________________________

TCC9: INCLUSÃO, ASTRONOMIA E DIDÁTICA MULTISSENSORIAL: COMO

FUTUROS PROFESSORES REFLETEM SOBRE ESSA REALIDADE?

Autora: Josiane Alexandrino dos Santos

Orientadora: Profa. Dra. Fernanda Cátia Bozelli

Avaliadores:

Profa. Me. Nataly Carvalho Lopes (Universidade Federal de São Carlos – Campus

Araras)

Prof. Me. Gustavo Iachel (Universidade Estadual de Londrina)

Prof. Me. Aguinaldo Capeletti Moura (Escola Estadual Profa. Lydia Helena Frandsen

Stuhr – Birigui/SP)

_______________________________________________________________

TCC 10: FÍSICA NOS PRIMEIROS ANOS DO ENSINO FUNDAMENTAL:

ATIVIDADES EXPERIMENTAIS INVESTIGATIVAS E A BUSCA DE INDÍCIOS DO

PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO CIENTÍFICA

Autora: Lucimeire Alves Ferreira

Orientador: Prof. Dr. Haroldo Naoyuki Nagashima

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IX ENPEFIS – Encontro de Prática de Ensino de Física de Ilha Solteira O sentido complementar do estágio e da pesquisa na formação inicial do professor Caderno de Resumos

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Avaliadores:

Profa. Me. Mariana Vaitiekunas Pizarro Iachel (Programa de pós-graduação em

Educação para a Ciência – Universidade Estadual Paulista)

Profa. Me. Paola Trama Alves dos Anjos (Escola Estadual de Urubupungá – Ilha

Solteira/SP)

Prof. Dr. José Rildo de Oliveira Queiroz (Universidade Federal de Goiás)

_______________________________________________________________

TCC 11: A BUSCA PELA CRITICIDADE DOS ALUNOS POR MEIO DAS

QUESTÕES SOCIOCIENTÍFICAS (QSC)

Autor: Alexsander Lourenço Pessoa

Orientador: Profa. Dra. Adriana Bortoletto

Co-orientadora: Prof. Dr. Washington Luiz Pacheco de Carvalho

Avaliadores:

Prof. Me. Danilo Antônio da Silva (Escola Estadual Álvaro Alvim - Buritama/SP)

Profa. Me. Adriana Marques de Oliveira (Programa de pós-graduação em Educação

para a Ciência – Universidade Estadual Paulista)

Profa. Me. Maria Aparecida Laurindo Polizelle (Escola Estadual Líbero de Almeida

Silvares – Fernandópolis/SP)

_______________________________________________________________

TCC 12: O ESTUDO DE ATOS DE FALA DE ALUNOS DE EJA, POR MEIO DE

UMA SEQUÊNCIA DIDÁTICA COM ÊNFASE EM TEXTOS DE DIVULGAÇÃO

CIENTIFICA, COM A TEMÁTICA DE USO RACIONAL DE ENERGIA

Autor: Juliano Antônio Dourado Malaquias

Orientador: Prof. Me. Luis Eduardo Birello Arenghi

Co-orientador: Prof. Dr. Washington Luiz Pacheco de Carvalho

Avaliadores:

Prof. Dr. Ernandes Rocha de Oliveira (Universidade Estadual Paulista – Faculdade

de Engenharia de Ilha Solteira)

Prof. Me. Thiago Mendonça (Programa de pós-graduação em Educação para a

Ciência – Universidade Estadual Paulista)

Prof. Me. Ricardo Hidalgo Santim (Universidade Federal de Minas Gerais)

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RESUMOS DE MESAS REDONDAS

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IX ENPEFIS – Encontro de Prática de Ensino de Física de Ilha Solteira O sentido complementar do estágio e da pesquisa na formação inicial do professor Caderno de Resumos

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MESA REDONDA I - FORMAÇÃO INICIAL DE PROFESSORES: O

PAPEL DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO SOBRE A AÇÃO

REFLEXIVA DE FUTUROS DOCENTES

Mediadora: Daiana Braga de Almeida Mendonça1

RESUMO

Com o entendimento de que a Formação de Professores é um momento de

investigação, de conhecimento e reconhecimento do ambiente escolar, um período

de aprendizagem por meio dos quais os futuros professores podem adquirir e

aprimorar os conhecimentos e competências, preparando-se para o exercício de

uma cidadania crítica, atuante e solidária; assumimos que a docência deve ser uma

ação reflexiva. Assim, na disciplina de Estágio Supervisionado II, do Curso de

Licenciatura em Física da Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira - SP (FEIS),

pudemos viver este tempo de formação, que nos proporcionou a investigação e

problematização da realidade, na busca de criar e estabelecer um movimento de ida

à escola e de retorno crítico para a universidade, para reflexões sobre a própria

prática, da busca pela legitimação e autonomia como professores, das relações

geradas nesse ingresso ao meio escolar e como tais relações entre os pares se

sustentaram, permitindo-nos a apropriação de ferramentas teórico-metodológicas

próprias da pesquisa em favor do ensino e de nossa própria formação. Portanto,

nessa mesa de discussão, os discentes estagiários apresentarão suas

considerações acerca das análises de conteúdo dos relatos de regência, expondo as

experiências vividas e as reflexões geradas neste período de formação inicial, de

lutas e conquistas, considerando o impacto do Estágio na atuação presente e futura

do licenciando.

Palavras-chave: Estágio Supervisionado, Formação de Professores, Práxis, Análise

de Conteúdo.

1 Universidade Estadual Paulista – Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira, [email protected]

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IX ENPEFIS – Encontro de Prática de Ensino de Física de Ilha Solteira O sentido complementar do estágio e da pesquisa na formação inicial do professor Caderno de Resumos

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MESA REDONDA II: A COMPREENSÃO DOS PGP’S SOBRE AS

IMPLICAÇÕES DO PROJETO OBSERVATÓRIO FRENTE ÀS

EXPECTATIVAS, DEMANDAS E REALIDADES DA ESCOLA

Mediadores: Luis Eduardo Birello Arenghi1, Marcos Vinícius Marcondes Menezes2

RESUMO

O Projeto Observatório da Educação previsto pelo edital: 038/2010/CAPES/INEP se aproxima do seu último ano. Nos três primeiros anos foram formados Pequenos Grupos de Pesquisas (PGP’s) em oito escolas da rede pública de ensino, desenvolvidos estudos e atividades práticas sobre Avaliações em Larga Escala (ALE) e Questões Sociocientíficas (QSC) tendo como pano de fundo a formação inicial e continuada de professores. Nesse sentido, a proposta desta mesa redonda é sistematizar o conhecimento gerado dentro da escola, tanto pelos professores, gestão e universidade de forma a vislumbramos novos objetivos para 2014. Diante disso, espera-se que PGPs se posicionem sobre suas práticas dentro da escola como um grupo de formação continuada de professores que buscam, por meio de estudos, discussões e reflexões, a melhoria da sua atividade em sala de aula baseada na construção interdisciplinar de sequências didáticas apoiadas nas questões sóciocientíficas bem como as atividades relacionadas com o eixo de ALE. Nesse sentido, serão apresentadas sistematizações das atividades no âmbito dos objetivos do projeto Observatório da Educação: como e quais objetivos foram alcançados e quais indícios disso; e os resultados alcançados que transcendem os objetivos propostos no edital e quais as relevâncias desses; como os objetivos podem auxiliar na proposta metodológica do projeto, ou seja, compreender os objetivos, alcançados ou não, nos permite refletir sobre futuras ações. Ainda a proposta foi construída para compreendermos como os PGP’s participam nas atividades da escola: como são articuladas as demandas do grupo e do campo escolar; as reflexões sobre quais as funções dos PGP’s dentro da escola; e o que podemos refletir sobre como caracterizar um PGP. A partir dessa demanda de comunicação é proposta a reflexão sobre como se dá a relação entre Universidade-Escola e quais são as possíveis iniciativas de fortalecimento dos vínculos escola-universidade após a finalização do projeto. Diante disso, a volta à teoria se faz necessária para reflexão dos fatos fomentados por essas questões, a problematização da síntese elaborada por meio das atividades teórico-práticas realizadas nos PGPs deve ser também enfatizada. Nesse sentido, teremos duas etapas para a mesa. A primeira etapa constitui na descrição e posicionamento dos PGPs em relação às questões aqui propostas. A segunda refere-se à preocupação teórica e analítica que nos possa permitir a construção de uma projeção para as nossas atividades no último ano do projeto OBEDUC.

Palavras-chave: Pequenos grupos de pesquisa, relação universidade-escola,

Observatório da Educação, esfera pública.

1 Universidade Estadual Paulista – Faculdade de Ciências, [email protected]

2 Escola Estadual Noêmia Dias Perotti, Universidade Estadual Paulista – Faculdade de Ciências, [email protected]

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MESA REDONDA III: PRÁTICAS E VIDAS PROFISSIONAIS DOS EX-

ALUNOS NAS IES

Mediadores: Bruno Marques dos Santos1, Nataly Carvalho Lopes2

RESUMO

Na primeira edição do Encontro de Ex-alunos da Licenciatura em Física de Ilha Solteira, o tema escolhido pelos participantes dizia respeito às suas práticas e suas vidas profissionais nas Escolas de Educação Básica. Os elementos mais característicos de suas falas eram solidão profissional, burocracia nos órgãos públicos e imposição dos currículos. Desde então, estes agentes reúnem-se anualmente em esfera pública para discutir, em mesas redondas e comunicações, essas e outras pressões que compõem seus respectivos campos de atuação em instituições públicas e, a partir daí, analisar seu próprio meio para organizar ideias e coordenar projetos. A premissa do diálogo e das parcerias para refletir e atuar nas escolas de educação básica ocorreu como uma consequência do preceito básico segundo o qual estes professores foram formados: o debate público de ideias. Isso ocasionou a constituição do que hoje chamamos de Pequenos Grupos de Pesquisa nas escolas, por meio dos quais os ex-alunos têm atuado na (co)formação continua e coletiva de professores das escolas e da universidade, viabilizadas, principalmente, pela participação em projetos como o Observatório da Educação com Foco em Matemática e Iniciação em Ciências, que se refere o edital nº 038/2010/CAPES/INEP. Para este VI Encontro algo novo está sendo proposto, uma vez que o curso tem também formado Licenciados em Física que seguiram nas pós-graduações e atuam no Ensino Superior (IES) por todo o país, como docente em licenciaturas e outros cursos e como pesquisadores em Ciências de Materiais, Meteorologia, Química, Física Médica e Ensino de Ciências. Nesse contexto, esses ex-alunos depararam-se com um novo Campo de Força – referimo-nos aqui a um conceito de Pierre Bourdieu–, com pressões e demandas próprias, havendo, assim, a necessidade para a constituição de uma nova esfera pública. É em atenção a esta necessidade que propomos esta mesa redonda, com duração de duas horas e a participação de ex-alunos que atuam em IES. Esperamos que o espaço para a comunicação novamente nos permita compreender o emaranhado de forças às quais cada agente está sujeito em suas respectivas instituições, por meio de cobranças de relatórios, aulas, projetos, pesquisa, relações internas e externas aos Campos. Isso certamente proporcionará a exploração de uma nova dimensão da Formação de Licenciandos em Física, aquela que se refere à formação de um profissional do Ensino Superior que seja chamado a ser competente na Prática Docente de Ensino de Ciências assim como ele é chamado no trabalho de produção de conhecimento. Os componentes da mesa são ex-alunos que atuam na formação de professores, ex-alunos que atuam como professores de ensino de ciências em cursos superiores diversos e ex-alunos que se envolveram apenas com a pesquisa científica. Como questionamentos da mesa, sugerimos: Quais as pressões que estes ex-alunos percebem nas Instituições as quais pertencem? Os egressos em licenciatura tem ideia da abrangência de oportunidades que o curso de Licenciatura em Física oferece? E os Docentes do Curso?.

Palavras-chave: Ex-alunos, profissão docente, campos de força.

1 Faculdade de Tecnologia do Estado de São Paulo, [email protected]

2 Universidade Federal de São Carlos, Departamento de Ciências da Natureza, Matemática e Educação, [email protected]

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IX ENPEFIS – Encontro de Prática de Ensino de Física de Ilha Solteira O sentido complementar do estágio e da pesquisa na formação inicial do professor Caderno de Resumos

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MESA REDONDA IV: ENCONTRO ENTRE DIFERENTES GGP: O

SENTIDO COMPLEMENTAR DO ESTÁGIO E DA PESQUISA NA

FORMAÇÃO DO PROFESSOR

Mediadora: Lizete Maria Orquiza de Carvalho1

RESUMO

O propósito desta mesa é o reencontro, que tem ocorrido anualmente, de diferentes Grande Grupos de Pesquisa - GGP, visando a dar continuidade à construção de uma rede de comunicação e de ações comuns, de modo que, por um lado, cada um dos GGP possa reconhecer e considerar as produções dos demais, possivelmente, se inspirando nelas e, por outro, que juntos possam compreender e redesenhar a caminhada comum. Todos os GGP têm em comum de uma história de cerca de 10 anos de aproximação de referenciais da Teoria Crítica, embora com diferentes ênfases. Todos aprimoram-se na busca de uma prática local articuladora das vontades dos envolvidos em torno de projetos comuns por meio de investimentos cada vez mais sistematizados no desenvolvimento de competências comunicativas e argumentativas. Assim, todos comungam um esforço deliberado para produzir convergência das ações individuais até o agir comum. Num primeiro plano, podemos considerar as ações individuais de investigação sobre temas práticos da vida escolar e universitária. Essa investigação precisa conter em si a possibilidade auto compreensão de cada um como educador ou futuro educador. Num segundo plano, estão as coordenações dos projetos individuais nas instâncias de Pequenos Grupos de Pesquisa (PGP), os quais são sediados nas escolas públicas de nível básico, podendo ser teoricamente aproximados pelo conceito de "associações livres". Trata-se de organizações pouco institucionalizadas que se encarregam da formação de conceitos. Conforme Jurgen Habermas, “são especializadas na geração e propagação de convicções práticas, ou seja, em descobrir temas de relevância para o conjunto da sociedade, em contribuir com possíveis soluções para os problemas, em interpretar valores, produzir bons fundamentos, desqualificar outros”. Por meio das associações livres, resgataríamos a possibilidade de a opinião pública voltar a informar e a criticar os direcionamentos sistêmicos tão impregnados de cientificidade técnica. Num terceiro plano, estão as coordenações dos projetos dos PGP na instância de cada Grande Grupo de Pesquisa. E, por fim, num quarto plano, estão as coordenações dos projetos dos diferentes GGP, o que tem ocorrido principalmente neste evento de final de ano em Ilha Solteira. Neste ano, o tema desta mesa será o mesmo escolhido pelos alunos de graduação o IX ENPEFIS, a saber: “o sentido complementar do Estágio e da Pesquisa na formação o professor”. Assim, esperamos que as preocupações dos GGP possam encontrar as dos demais participantes dos três eventos simultâneos, de modo que as discussões se tornem mais consistentes.

Palavras-chave: associações livres, grandes grupos de pesquisa, teoria crítica,

autocompreensão.

1 Universidade Estadual Paulista – Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira, Departamento de Física e Química, [email protected]

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RESUMOS DE TRABALHOS DE CONCLUSÃO

DE CURSO

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IX ENPEFIS – Encontro de Prática de Ensino de Física de Ilha Solteira O sentido complementar do estágio e da pesquisa na formação inicial do professor Caderno de Resumos

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PERSPECTIVA(S) DO FUTURO PROFESSOR DE FÍSICA EM RELAÇÃO À DOCÊNCIA A PARTIR DA EXPERIÊNCIA DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO

Adriele Longo de Souza1, Fernanda Cátia Bozelli2

RESUMO

O presente trabalho projetou-se em analisar e refletir sobre a(s) perspectiva(s) de atuação docente do professor de Física. O objetivo principal do trabalho foi verificar a partir das narrativas presentes nos relatórios finais da disciplina de Estágio Supervisionado I, a(s) expectativa(s)s e a(s) perspectiva(s) dos futuros professores de Física em relação à atuação docente após o contato com o ambiente escolar proporcionado pela disciplina. Além disso, em existindo tais perspectivas, como estas se “desenvolvem” no decorrer do estágio que fazem com que o futuro professor decida seu futuro profissional. Desse modo, o “foco central” foi dado aos relatórios que os estagiários produziram, como forma de avaliação final quando cursaram a disciplina de Estágio Supervisionado I, na qual é composto por todo o percurso do futuro professor no primeiro momento de “prática docente” do curso de Licenciatura em Física. A escolha desse tema decorre da experiência de vida da autora desse trabalho, a qual, no início da disciplina de Estágio Supervisionado I, as expectativas criadas ao iniciar a disciplina, o “choque de realidade” ao frequentar os primeiros dias de estágio, a discussão nas aulas presenciais sobre a relação entre teoria e prática, as perspectivas sobre a profissão, foram às reflexões que fizeram com que tal temática fosse selecionada para o trabalho de TCC. Nesse sentido, pretende-se com esse trabalho responder a seguinte questão: Que indícios podem ser extraídos da experiência do primeiro estágio supervisionado de futuros professores de Física em relação a perspectiva(s) de exercício da docência? A metodologia de desenvolvimento desse estudo foi de natureza qualitativa e composta pela análise documental dos relatórios finais da turma 2012 da disciplina de Estágio Supervisionado I, do curso de Licenciatura em Física, da Faculdade de Engenharia, UNESP, Câmpus de Ilha Solteira. A narrativa autobiográfica representou se como um recurso importante para esta investigação, como modo de produzir sentido à experiência, possibilitando um processo de reflexão e de (re)elaboração da(s) perspectiva(s) do estagiário sobre o futuro profissional, ou seja o exercício da docência. Foi possível perceber as diferentes posturas, as oscilações de decisão em ser professor no decorrer no estágio. Assim espera-se com o presente trabalho poder contribuir para as reflexões acerca do estágio supervisionado no curso de licenciatura em Física, para as discussões que envolvem a relação formação docente, bem como para o crescimento profissional do futuro professor.

Palavras-chave: Formação de Professores de Física; Estágio supervisionado;

Profissão docente

1 Universidade Estadual Paulista – Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira, [email protected] 2 Universidade Estadual Paulista – Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira, Departamento de Física e

Química, [email protected]

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A SALA DE AULA COMO UMA INTERAÇÃO SOCIAL COMPLEXA:

UMA PRIMEIRA APROXIMAÇÃO POR MEIO DE UMA SEQUÊNCIA

DIDÁTICA DE CUNHO SOCIOCIENTÍFICO NO ESTÁGIO

SUPERVISIONADO

André Polo Arrosti1, Lizete Maria Orquiza de Carvalho2, Paulo Gabriel Franco dos

Santos3

RESUMO

O presente trabalho visa fazer uma análise minuciosa das interações em uma sala de aula, especificamente em aulas da disciplina de Física, no Ensino Médio de uma Escola Pública. Procuramos traçar uma diretriz para o ensino-aprendizagem segundo uma interação social complexa. Durante todo meu processo formativo, ensino fundamental, ensino médio e ensino superior, estive a me indagar no que diz respeito às relações alunos-alunos, alunos-professor e ao conteúdo da disciplina lecionada. As observações dessa interatividade foram suficientes para me posicionar de forma reflexiva diante dos modelos de ensino utilizados, que por sua vez, em boa parte dos casos, eram de caráter tradicionalista. Este não se extinguiu até os dias de hoje. Uma das características de tal modelo seriam suas tendências pragmáticas, influenciadas pela cultura, conforme a crítica de Adorno, que busca denunciar o empobrecimento da prática e a aversão à teoria na modernidade. Essa questão torna-se um empasse, uma vez que o mundo científico e suas tecnologias avançam, enquanto que o ensino caminha em um ritmo mais vagaroso. Além disso, nos baseamos em Guba e Lincoln para evidenciar métodos avaliativos que eles consideram insuficientes, como veremos sob a égide das três primeiras gerações de avaliação, que seguem as tendências do ensino bancário e práticas empobrecidas, em um exercício de alinhar as constatações destes autores com as críticas de Paulo Freire e Adorno. Segundo a quarta geração de avaliação é proposto um modelo de interação social complexa. Neste modelo são consideradas questões sócio-políticas, o processo colaborativo no ensino e aprendizagem, resultados imprevisíveis e que criam a realidade. Para tais fins, serão considerados as propostas da avaliação de quarta geração, trazendo uma abordagem consciente e libertadora, com a possibilidade de reinstaurar a autonomia do aluno e do professor. Contaremos com questões sociocientíficas de forma a desenvolver discussões nas aulas, objetivando a conscientização dos temas sociocientíficos abordados. Considerando aspectos controversos das mídias junto a realidade dos sujeitos envolvidos, pode-se problematizar o conteúdo de física lecionado, sempre valorizando ambientes de discussão, argumentação, construção de posicionamento, com a presença de elementos éticos, morais e mais realistas do empreendimento científico. Espera-se proporcionar assim, uma formação cidadã aos alunos das aulas de regência.

Palavras-chave: Gerações de avaliação, interações sociais complexas, questões

sociocientíficas, conscientização, educação CTSA

1, Universidade Estadual Paulista – Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira, [email protected] 2 Universidade Estadual Paulista – Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira, Departamento de Física e Química,

[email protected] 3 Universidade Estadual Paulista – Faculdade de Ciências, [email protected]

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A BUSCA PELA CRITICIDADE DOS ALUNOS POR MEIO DAS

QUESTÕES SOCIOCIENTÍFICAS (QSC)

Alexsander Lourenço Pessoa1

RESUMO

Hoje na maioria das escolas públicas, há muitos alunos que não são críticos perante a sala de aula e também à sociedade na qual vive. Diversos são os fatores que dificultam o desenvolvimento do pensamento crítico no contexto escolar, um deles seria a concepção tradicional de ensino e aprendizagem de muitos professores, as quais acabam por potencializar a falta de interesse e o comodismo dos alunos frente à formação escolar. Para que ocorra o desenvolvimento da criticidade dos alunos da escola pública é importante que o professor elabore estratégias de ensino e aprendizagem fundamentadas em temáticas diferenciadas. É por este caminho que os alunos passarão a enxergar e valorizar os conhecimentos escolares e a influência destes para suas vidas. Acredito que, por meio das Questões Sociocientíficas, é possível estimulá-los, visto que as temáticas controversas trabalham na interface ciência e sociedade, problematizando e desvendando os impactos científicos-tecnológicos e ético-morais na sociedade atual.

Palavras-chave: Ensino de Física, Criticidade, Questões Sociocientíficas

1 Universidade Estadual Paulista – Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira, [email protected]

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EXPLORANDO AS ANALOGIAS ENTRE UM ANALISTA E UM

PROFESSOR DE FÍSICA: AÇÕES DO PROFESSOR VISANDO A

ENTRADA DO ALUNO NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM

Danilo de Freitas Oliveira1, Lizete Maria Orquiza de Carvalho2

RESUMO

Este trabalho apresenta um estudo sobre a relação entre professor e aluno, vista aqui como sendo de grande importância dentro do Ensino de Física. Tal visão foi reforçada por meio das experiências vivenciadas em estágios em uma escola de ensino médio, as quais também levantaram diversos questionamentos sobre a prática docente. Motivado por essas questões, buscou-se nas contribuições de Alberto Villani, as quais sugerem analogias entre psicanálise e aprendizagem, reunir saberes que conduzissem o objetivo que se tem para este trabalho. Essas analogias propostas entre processos de psicanálise e processos de ensino de ciências são pautadas nas interações entre os integrantes das partes envolvidas, e essas interações, embasadas em uma relação de confiança mútua em ambos os casos. Relação de confiança, que é difundida sobremaneira na fase inicial dos dois propósitos, cujos propósitos, a saber, são: a entrada nos processos de análise por parte do analista, e a entrada nos processos de aprendizagem por parte do professor. O que se pode resumir dessa fase inicial, é que ela é constituída, no processo que se segue no ensino, analogamente ao que ocorre na psicanálise, de quatro etapas: o contrato pedagógico, a problematização, a relação pedagógica transferencial e o diagnóstico pedagógico. Por fim, o que se pode dizer desse primeiro processo, é que o seu compromisso é promover a entrada real do aluno no processo de aprendizagem, assim como na análise, o que para o professor, como mediador entre o aluno e a obtenção do conhecimento, remete uma grande responsabilidade sobre suas ações em sala de aula. Assim sendo, questiona-se: como as ações do professor podem refletir nesse posicionamento ativo, ou não, dos alunos perante a entrada nos processos de aprendizagem? Logo, é com esse olhar que se objetiva este trabalho. O trabalho então trará um estudo de caso no qual, um professor regente, sob os termos de uma disciplina de Estágio Supervisionado II, validando-se das contribuições teóricas apresentadas, buscou responder os inquietamentos levantados.

Palavras-chave: Ações do professor, Processo de aprendizagem, Posições dos

alunos

1 Universidade Estadual Paulista – Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira, [email protected]

2 Universidade Estadual Paulista – Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira, Departamento de Física e Química, [email protected]

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O USO DE GÊNEROS DE DISCURSO COMO POSSIBILITADORES

DA LEITURA E APRENDIZAGEM EM AULAS DE FÍSICA

1Érica Talita Brugliato1, Fernanda Cátia Bozelli2

RESUMO

No âmbito das pesquisas em Ensino de Ciências, as questões sobre leitura e uso de textos em sala de aula têm despertado o interesse de pesquisadores nos últimos anos, principalmente, quanto à perspectiva da formação de sujeitos-leitores. Ao mesmo tempo, o interesse em despertar o hábito de leitura no ensino, não se dá apenas no âmbito da leitura do livro didático. Objetiva-se chegar a uma abrangência maior de gêneros de leitura, inclusive com textos alternativos, como, por exemplo, divulgação científica, originais de história da ciência, livros paradidáticos, jornais, histórias em quadrinhos, etc. Nesse sentido, a importância da leitura em sala de aula perpassa por olhar esse espaço como sendo um espaço não só de ensino e aprendizagem, mas de prática cultural. Então, buscou-se com esse trabalho verificar que efeitos de sentido emergem da leitura de gêneros de discurso por alunos do segundo ano do Ensino Médio. Foi a partir de reflexões como estas e de algumas experiências vivenciais que, ao ter que escolher um tema para o desenvolvimento do Trabalho de Conclusão de Curso, a questão da leitura e dos diferentes gêneros se mostrou promissor. O interesse maior voltou-se para a relação existente entre a leitura e a Física. Diante dessas considerações, este trabalho se preocupou e procurou investigar as seguintes questões: Que efeitos de sentido emergem da leitura de gêneros de discurso por alunos do Ensino Médio? O uso de gêneros discursivos em sala de aula pode contribuir para o aprendizado de Física? A abordagem de pesquisa utilizada foi a de natureza qualitativa tendo como instrumentos de registro de dados, questionários e diários de campo. Os gêneros considerados e trabalhados foram o imagético, o livro didático, a notícia de internet e o poema. A pesquisa foi realizada em uma turma de segundo ano do ensino médio de uma escola estadual pública. De acordo com os resultados, foi possível analisar como os alunos se apropriam culturalmente dos gêneros discursivos; um envolvimento maior com as atividades quando se trabalhava com gêneros que os alunos se identificavam. Quanto ao aprendizado de Física verificou-se que, alguns alunos apresentaram bom desenvolvimento, conseguindo relacionar os conhecimentos físicos ao gênero. Palavras-chave: Ensino de Física; Ensino Médio; Gêneros discursivos; Leitura; Produção de sentidos.

1 Universidade Estadual Paulista – Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira, [email protected] 2 Universidade Estadual Paulista – Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira, Departamento de Física e Química,

[email protected]

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INCLUSÃO, ASTRONOMIA E DIDÁTICA MULTISSENSSORIAL: QUE

APONTAMENTOS EMERGEM DESSA POSSÍVEL RELAÇÃO POR

FUTUROS PROFESSORES DE FÍSICA?

Josiane Alexandrino dos Santos1, Fernanda Cátia Bozelli2

RESUMO

A escola brasileira é marcada pelo insucesso e pela grande evasão de alunos, o que torna-se ainda mais grave quando levamos em consideração pessoas com deficiência. Sem considerarmos que o ensino recebe um tratamento enfocado em uma perspectiva visual, dificultando o entendimento de fenômenos e o processo de inclusão. Portanto o presente trabalho, baseado nas concepções de Soler, que defende um tratamento multissensorial do ensino de ciências, tem por objetivo investigar como futuros professores planejam materiais e equipamentos multissensoriais para o ensino de astronomia pensando em uma sala de aula contendo alunos com deficiência visual. Para esse propósito foi utilizado como processo de constituição de dados uma entrevista de grupo Focal, entrevista esta que contou com a participação dos alunos da disciplina de graduação “Atividades Experimentais Multissensoriais de Física como alternativa à Inclusão Escolar de alunos com Deficiência Visual”, além de relatórios, confeccionados por grupos de alunos, contendo descrições do processo de elaboração dos materiais e equipamentos. Palavras-chave: Inclusão, Didática multissensorial, Astronomia e Formação de professores.

1 Universidade Estadual Paulista – Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira, [email protected] 2 Universidade Estadual Paulista – Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira, Departamento de Física e Química,

[email protected]

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O ESTUDO DE ATOS DE FALA DE ALUNOS DE EJA, POR MEIO DE

UMA SEQUÊNCIA DIDÁTICA COM ÊNFASE EM TEXTOS DE

DIVULGAÇÃO CIENTIFICA, COM A TEMÁTICA DE USO RACIONAL

DE ENERGIA

Juliano Antonio Dourado Malaquias1, Luis Eduardo Birello Arenghi2, Washington Luiz Pacheco de Carvalho3

RESUMO

Os impactos gerados e a constante ameaça da falta de energia elétrica põem em evidência, o modo que utilizamos a energia elétrica e nos impulsiona a buscar outra maneira para um consumo mais eficiente. Nesse sentido, acreditamos que uma possibilidade de reflexão sobre este fato tem relação direta com mudanças de valores e atitudes dos cidadãos e, posto isto, cremos que o modo mais apropriado seria o Uso Racional de Energia. Assim, buscamos indicadores desta possível mudança quanto aos valores, atitudes ou mesmo compreensão dos processos e consequências envolvidos na racionalização da energia por meio da teoria dos Atos de Fala proposta por Austin, no qual focamos nossa busca pelos enunciados constatativos e performativos. Diante dessas considerações, desenvolvemos nossa pesquisa em uma escola da rede pública em uma turma de EJA do terceiro ciclo e um dos motivos para termos escolhido essa sala é que esse ciclo seria semelhante ao terceiro ano do colegial, momento em que o tema eletricidade aparece. Nossa abordagem ocorreu por meio do desenvolvimento de uma sequência didática na qual foram previstos seis encontros para a aplicação da proposta que visava compreensão do uso racional de energia elétrica. Os dados registrados e foram analisados por meio da análise de conteúdo cujo enfoque é atribuir significado às falas alunos por meio de inferências feitas das falas transcritas dos alunos que serviram como fonte para buscarmos os indicadores para responder nossa questão de pesquisa: Qual o papel que determinados atos de fala desempenham nas discussões sobre o uso racional de energia elétrica em uma sequencia didática baseada em textos de divulgação cientifica e estudo de artefatos tecnológicos?

Ao fim da pesquisa notamos diferentes formas para os usos dos atos de fala, a saber, o Locucionário, Ilocucionário e Perlocucionário. Percebemos que os locucionários são hora utilizados para valorizar alguma ideia ou descrever experiências, que por meio dos ilocucionários os pontos de vista são defendidos e podem manifestar concordância ou não com relação à discussão vigente. Além disso, percebemos que dependendo dos atos utilizados, pode haver a indicação de um ensino por meio da memorização ou pode indicar uma capacidade analítica da realidade exposta e discutida. Durante as manifestações dos alunos também pudemos observar possíveis mudanças nos valores e atitudes para com o uso da energia elétrica, além de termos percebido que os alunos compreenderam os processos envolvidos na geração, transmissão, distribuição e consumo da energia elétrica por meio do uso racional.

Palavras-chave: Uso Racional de Energia, Enunciados Constatativos e Enunciados

Performativos.

1 Universidade Estadual Paulista – Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira, [email protected] 2 Universidade Estadual Paulista – Faculdade de Ciências, [email protected]

3 Universidade Estadual Paulista – Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira, Departamento de Física e Química, [email protected]

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TECNOLOGIAS GERADAS PELA PESQUISA EM FÍSICA NUCLEAR:

UM ESTUDO SOBRE O ENVOLVIMENTO DE ALUNOS DO ENSINO

MÉDIO COM TEMAS CONTROVERSOS

Luciano Henrique Siliano Ricco1, Washington Luiz Pacheco de Carvalho2, Paulo

Gabriel Franco dos Santos3

RESUMO

A motivação para o presente trabalho surgiu devido à percepção de que a Ciência

não se desenvolve linearmente e que não pode ser desligada de questões sociais.

Pelo contrário, falar adequadamente sobre Ciência envolve a consideração de

relações complexas, que passam pela economia, política, tecnologia, impactos

socioambientais e interesses de grupos. Sendo assim, se desenvolveu uma

pesquisa que explorasse a visão de Ciência dos alunos por meio de perspectivas

mais amplas, através da elaboração e do aprimoramento de uma sequência didática,

apropriada à abordagem de questões sociocientíficas, visando à construção

argumentativa dos alunos do terceiro ano do Ensino Médio de uma escola técnica

pública. Para tal, houve a necessidade da busca de referenciais teóricos

relacionados a questões sociocientíficas, as quais podem ser um meio para a

efetivação da educação numa perspectiva crítica para formação cidadã que

relaciona Ciência, Tecnologia, Sociedade e Ambiente (CTSA) interligada a

conhecimentos da Natureza da Ciência (NdC). Por envolver atos discursivos num

contexto real, houve também a necessidade de apropriar-se de um referencial

teórico adequado, sendo criteriosamente escolhido o Modelo de Discussão Crítica

da Pragmadialética, que permitiu julgar a natureza e relevância dos atos discursivos

em sala de aula. As QSC fazem alusão aos artefatos tecnológicos provenientes da

Física Nuclear. Os dados foram coletados através de gravações em áudio das aulas

pertinentes e transcritos em íntegra. A pesquisa possuiu caráter qualitativo e os

dados foram analisados de acordo com a teoria da análise de conteúdo. As

interpretações apontaram para a dificuldade de manutenção do estágio de

argumentação nos debates e, a isso, se atribuiu dois fatores: os erros cometidos

pelo professor, tanto na elaboração da sequência didática quanto nas ações em sala

de aula, e as resistências culturais do meio escolar tradicional, onde os sujeitos não

estão habituados a argumentar sobre temas sociocientíficos. Baseados nesses

fatores, foram feitas sugestões para o aprimoramento da sequência didática.

Palavras-chave: sequência didática; questões sociocientíficas; argumentação;

pragmadialética; relações CTSA.

1 Universidade Estadual Paulista – Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira, luciano. [email protected]

2 Universidade Estadual Paulista – Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira, Departamento de Física e Química,

[email protected] 3 Universidade Estadual Paulista – Faculdade de Ciências, [email protected]

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FÍSICA NOS PRIMEIROS ANOS DO ENSINO FUNDAMENTAL:

ATIVIDADES EXPERIMENTAIS INVESTIGATIVAS E A BUSCA DE

INDÍCIOS DO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO CIENTÍFICA

Lucimeire Alves Ferreira1, Haroldo Naoyuki Nagashima2

RESUMO

Este trabalho discute as potencialidades de atividades experimentais investigativas com temas em Física, no processo de Alfabetização Científica de estudantes das séries iniciais do Ensino Fundamental. O desenvolvimento cognitivo desta faixa etária está no estágio Operatório-Concreto, neste período a criança desenvolve noções de espaço, tempo, causalidade, velocidade, etc., sendo capazes de relacionar diferentes situações e tirar conclusões por meio de observações, mas, ainda dependem do mundo concreto para chegar às conclusões. Por conta disso escolhemos como metodologia de aula as atividades experimentais investigativas, nas quais as crianças, que nesta fase são naturalmente curiosas, questionadoras e capazes de argumentar e expor o seu ponto de vista acerca do mundo ao seu redor, puderam a partir de problemas propostos pelo professor levantar e testar hipóteses a fim de solucioná-los. Desta forma, a inclusão de metodologias que propiciem aos estudantes o processo de construção do conhecimento e debate de ideias e informações relacionadas à Ciência é o ponto chave para o processo de Alfabetização Científica. A pesquisa de natureza qualitativa realizou-se numa Escola Municipal de Ensino Fundamental do município de Ilha Solteira, nas aulas de ciências de três turmas de 4º anos do período regular. As aulas foram planejadas e trabalhadas em conjunto com a professora responsável pelas aulas de ciências. A sequência de atividades objetivou temas relacionados à foguete e culminou na confecção e lançamento de foguetes de garrafa PET, tendo em vista a participação da escola na Olimpíada Brasileira de Astronomia e na Semana Mundial do Espaço. Como instrumento de pesquisa utilizaram-se gravações em vídeo das aulas, bem como relatórios confeccionados pelas crianças ao término de cada aula. Na análise de dados foi utilizada Análise de Conteúdo que permitiu destacar as potencialidades da metodologia de trabalho adotada.

Palavras-chave: Alfabetização Científica, Atividades Experimentais Investigativas,

Ensino Fundamental.

1 Universidade Estadual Paulista – Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira, [email protected] 2 Universidade Estadual Paulista – Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira, Departamento de Física e Química, [email protected]

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REPRESENTAÇÕES DE PROFESSORES DE FÍSICA DE UMA

ESCOLA PÚBLICA SOBRE FÍSICA E ENSINO DE FÍSICA

Luiz Henrique Bugatti Guessi1, Fernanda Cátia Bozelli2, Zulind Luzmarina Freitas3.

RESUMO

O trabalho tem como objetivo identificar as representações que professores que ministram aulas de Física, em uma Escola Pública do estado de São Paulo, possuem sobre Física e Ensino de Física. Para isso foram utilizadas a Teoria das Representações Sociais (TRS) de Serge Moscovici e a Teoria de Campo Social de Pierre Bourdieu como referencial teórico. A Teoria das Representações Sociais é utilizada como referencial por permitir a compreensão de formas de conhecimento, geradas e elaboradas socialmente na forma de diálogo, no cotidiano. Já a Teoria de Campo é utilizada para delimitar o transitar de cada professor entre o Campo Escolar e o Campo Científico, em sua formação inicial e continuada, com o intuito de verificar se existe alguma influência desses campos na estruturação das representações. Dessa forma, busca-se no trabalho responder a seguinte questão de pesquisa: Que representações os professores, que ministram aulas de Física em uma escola pública, possuem sobre Física e Ensino de Física? Com o intuito de identificar as representações dos professores foi realizada uma pesquisa de abordagem qualitativa tendo como instrumento de constituição de dados a gravação de áudio e a entrevista reflexiva. A pesquisa foi realizada com professores que lecionam a disciplina de Física em uma Escola Estadual Pública do estado de São Paulo. A análise dos dados foi realizada por meio da Análise de Discurso de linha francesa. Os resultados mostram que as Representações de Física estão enraizadas nos professores, pois mesmo em contato com o Campo Escolar e Científico, essas se mantiveram intactas, todavia, as Representações de Ensino de Física se moldaram de acordo com o transitar de cada professor em cada campo.

Palavras-chave: Física; Ensino de Física; Professores de Física; Representações

Sociais; Campo Científico e Campo Escolar;

1 Universidade Estadual Paulista – Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira, [email protected] 2 Universidade Estadual Paulista – Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira, Departamento de Física e Química, [email protected] 3 Universidade Estadual Paulista – Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira, Departamento de Matemática, [email protected]

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O TRATAMENTO DO CONTEÚDO FÍSICO NO PLANEJAMENTO DAS

AULAS DE REGÊNCIA DO CURSO DE LICENCIATURA EM FÍSICA

DE ILHA SOLTEIRA

Thalita Antoniassi Canassa1, Lizete Maria Orquiza de Carvalho2

RESUMO

Este trabalho tem como objetivo compreender como o conteúdo físico é tratado

pelos estagiários em suas aulas de regência. O desenvolvimento do trabalho foi

realizado frente a uma abordagem pesquisa-ação do tipo investigação-ação

educacional. Este método de pesquisa se baseia na ideia teórica de práxis, na qual

a importância da indissociabilidade entre a teoria e prática mostra como o trabalho

docente pode se tornar algo reflexivo que enriquece a teoria e a ação. A pesquisa

foi desenvolvida envolvendo um grupo de estagiários do curso de licenciatura em

física em sua fase de regência em conjunto com a professora titular responsável

pela disciplina. Nas reuniões realizadas com o grupo, a análise e obtenção de dados

tiveram como foco os momentos em que foram discutidos os planejamentos do

conteúdo físico para as aulas de regência, de maneira que os integrantes

participavam ativamente, inseridos na concepção da espiral auto-reflexiva. Nesse

tipo de concepção, ocorre entre os integrantes do grupo o desenvolvimento cíclico

de algumas etapas na produção do conhecimento. Também para chegar-se a uma

compreensão desse processo, nos baseamos nos estudos de Lee S. Shulman, o

qual se dedicou aos processos de aprendizagem profissional do professor, em que

está inserida a base do conhecimento do professor para o ensino e o processo do

raciocínio pedagógico do professor. Por meio desses encontros foi possível então

observar as dificuldades encontradas por esses estagiários, como também a

experiência que puderam adquirir nesse processo, e a importância dessas reuniões

em grupo. E dessa forma, nos ajudando a compreender as fases pelas quais

passaram.

Palavras-chave: conhecimento do professor, investigação-ação, planejamento de

conteúdo.

1 Universidade Estadual Paulista – Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira, [email protected]

2 Universidade Estadual Paulista – Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira, Departamento de Física e Química, [email protected]

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ENSINO DE CIÊNCIAS: PROBLEMATIZANDO ATIVIDADES DE FÍSICA

MODERNA E CONTEMPORÂNEA UTILIZANDO O ENSINO POR

INVESTIGAÇÃO

Yuri Policei Marques1, João Ricardo Neves da Silva2 , Lizete Maria Orquiza de

Carvalho3

RESUMO

Este trabalho é resultado das observações do pesquisador enquanto aluno do ensino médio e inquietações a respeito de como é ensinado ciência hoje em dia. As disciplinas de ciências no ensino médio são ensinadas de forma desvinculada do cotidiano e não exploram sua vertente cultural, ignorando também o papel das hipóteses nas atividades experimentais. Tais práticas reforçam uma concepção de ciência pronta, fechada e indubitável. Esta motivação nos instiga a constituir uma pesquisa que leva alunos secundaristas a uma participação mais efetiva na construção de seus conhecimentos por meio de uma atividade experimental de Física Moderna e Contemporânea, favorecendo a reflexão, o debate e principalmente a elaboração de hipóteses e suas análises. O referencial que nos guia para este propósito é o ensino por investigação que tem o intuito de construir habilidades cognitivas de questionar, investigar, organizar e comunicar. Além de favorecer uma aproximação dos conceitos físicos com o cotidiano do estudante, desenvolver aspectos importantes para qualquer indivíduo como cidadão e promover uma vinculação entre cultura humanística e cultura científica. A partir, então, de uma atividade experimental de Física Moderna e Contemporânea explorados de uma forma investigativa, pudemos analisar como os alunos interagem entre si e com os materiais, bem como as suas construções de conhecimento a luz da teoria dos modelos mentais. Os resultados apontam para uma influência muito significativa dos modelos mentais mais estáveis provenientes de outras disciplinas e do seu convívio social na construção de conhecimento no campo da Física Moderna.

Palavras-chave: Física Moderna e Contemporânea. Ensino por investigação.

Atividades experimentais. Ensino Médio.

1 Universidade Estadual Paulista – Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira

2 Universidade Federal de Itajubá, Instituto de Física e Química, [email protected] 3 Universidade Estadual Paulista – Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira, Departamento de Física e Química, [email protected]

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RESUMOS DE TRABALHOS APRESENTADOS

EM PÔSTER

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POTENCIALIDADES DO USO DO “CADERNO DO ALUNO”

PREVISTO PELO CURRÍCULO DO ESTADO DE SÃO PAULO POR

MEIO DA INSERÇÃO DE ATIVIDADES PROBLEMATIZADORAS

Alice Presotto1, Rafael Zadorosny2, Luis Eduardo Birello Arenghi3

RESUMO

A Proposta “São Paulo Faz Escola”, que busca unificar o Currículo no Estado de São Paulo, foi implantada em 2008. Essa mudança de currículo alterou a maneira na qual as aulas são ministradas, pois estas focam na resolução de exercícios do Caderno do Aluno. É previsto pelo Currículo que o Ensino de Física possibilite ao aluno a compreensão do mundo contemporâneo, no entanto creio ter sido prejudicada nesse aspecto, já que os professores tinham dificuldades em trabalhar e desenvolver as atividades propostas no novo material, pois esta proposta interferiu na organização, no planejamento e na realização das aulas, visto que os docentes da Escola de Ensino Básico não participaram da sua elaboração e tiveram poucas informações sobre o novo método de trabalho, e, devido a isso, encontraram dificuldades durante a sua execução. Atualmente, eles já possuem mais informações sobre a proposta, no entanto esta não é bem aproveitada na escola, visto que o objetivo do currículo não está sendo atingido. Diante dessas considerações, este trabalho propõe um estudo de como potencializar o uso do Caderno do Aluno e da Proposta Curricular do Estado de São Paulo, de modo a contribuir para uma maior interação dos alunos com a Física. Segundo Villani, o Ensino de Física deve ter um conteúdo que respeite a natureza como “ciências” e deve desenvolver aspectos concretos do interesse dos alunos, fornecendo conteúdos adequados e sugerindo atividades motivadoras e questionadoras. De acordo com o Currículo do Estado de São Paulo, a Física ensinada no âmbito escolar, deve fornecer subsídios para que o aluno compreenda e participe do mundo contemporâneo, sendo capaz de entender a Física contida nas novas tecnologias. Nesse sentido, visando congregar a necessidade de um bom ensino de Física e da importância que esse aspecto tem na formação do ser humano, Delizoicov discorre que as atividades em sala de aula devem ser estruturadas em três momentos pedagógicos: a problematização inicial, a organização do conhecimento e a aplicação do conhecimento. Essa maneira de organização das aulas visa favorecer o diálogo entre professor e aluno e tornar o ensino mais significativo. Com este panorama teórico apresentado, pretende-se realizar esta pesquisa em uma sala de aula de uma escola pública, durante o período de realização da disciplina de Estágio Supervisionado II, buscando acrescentar ao Caderno do Aluno, atividades problematizadoras, de modo a tornar as aulas mais dinâmicas, e aproximando a física do cotidiano dos alunos.

Palavras-chave: Caderno do Aluno, Ensino de Física, Atividades Problematizadoras

1 Universidade Estadual Paulista – Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira, [email protected] 2

Universidade Estadual Paulista – Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira, Departamento de Física e Química, [email protected] 3 Universidade Estadual Paulista – Faculdade de Ciências, [email protected]

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FÍSICA MODERNA E CONTEMPORÂNEA COMO PROJETOS DE

ENSINO: AS DIFICULDADES ENCONTRADAS POR UM

PROFESSOR INICIANTE

André Ramalho dos Santos1, Washington Luiz Pacheco de Carvalho2, Luis Eduardo

Birello Arenghi3

RESUMO

Por meio da análise de minha história de vida, procurei lembrar momentos nos quais conteúdos de física fizeram-me discernir essa disciplina como uma ciência importante para entender nosso mundo. Nesse sentido, conceitos pertencentes à física moderna e contemporânea e o eletromagnetismo se apresentam para mim, como elementos motivadores, sendo que este primeiro tema é muito pouco trabalhado no ensino médio embora seja previsto seu ensino no Currículo do Estado de São Paulo. Além disso, quando pensamos em métodos de ensino, lembro-me de algumas praticas pedagógicas peculiares. Nesse momento o ensino por projetos surge como uma alternativa, pois não apresentará o professor como o transmissor de conteúdos, transformando-o em um pesquisador e o aluno atuando como o sujeito do processo ensino e aprendizagem. Assim esse método vem a expor novas formas de trabalho e de desenvolvimento de atividades, propostas e reflexões que contribuem para minha formação. A respeito disso, Guiomar explica que os projetos são atividades que se desenvolvem em equipe e têm como objetivo compreender uma situação ou fato, partindo-se de uma situação problemática, introduzida pelos alunos ou sugerida pelo professor cujo enfrentamento vai requerer a organização de atividades de aprendizagem, que os educandos ajudam a planejar. Diante desta perspectiva, busca-se neste planejamento o envolvimento de história da física, mídias e experimentos, baseando em estudos teóricos de Castro e Carvalho, que argumentam sobre uma melhor organização dos fatos na mente do aluno possibilitando com que o mesmo entenda os mecanismos usados para a elaboração de uma hipótese. Além disso, Carrasco, a respeito de experimentações, defende o uso do laboratório aberto, o qual a participação, investigação e discussão dos alunos são ações importantes para uma aprendizagem mais apreciável. As atividades poderão ser realizadas em uma escola publica de ilha solteira com alunos do ensino médio. Pretende-se analisar o desenvolvimento dos alunos com atividades qualitativas e quantitativas, procurando sempre dar valor a argumentação do aluno. Objetiva-se assim um projeto que contribua para a formação profissional de professores. Palavras-chave: Formação, Ensino por Projetos, pesquisa sobre a própria prática,

investigação e Aprendizagem.

1 Universidade Estadual Paulista – Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira, [email protected] 2 Universidade Estadual Paulista – Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira, Departamento de Física e Química,

[email protected] 3 Universidade Estadual Paulista – Faculdade de Ciências, [email protected]

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MODALIDADES ESPORTIVAS COMO SITUAÇÃO/OBJETOS REAIS

PARA A CONSTRUÇÃO DE UMA CULTURA ARGUMENTATIVA NO

ENSINO DE FÍSICA

Danilo Borges Menezes1, Deise Aparecida Peralta2

RESUMO

O ensino na rede pública do estado de São Paulo está estruturado em termos de competências e habilidades, como previsto em documento (Currículo). Ao longo de cada bimestre espera-se que as disciplinas contemplem conteúdos que desenvolvam competências e habilidades capazes de formar o aluno capaz para se posicionar e argumentar diante do contexto social, cultural e tecnológico no qual esse está imerso. Em contrapartida as chamadas aulas tradicionais para o ensino de Física, muito enraizado no sistema, não facilitam a formação desse aluno para argumentar no contexto citado, previsto pelo Currículo. Nas chamadas “aulas tradicionais” as leis gerais da física são tratadas a revelia de possibilidades para os alunos argumentarem sobre situações reais, de forma fragmentada - dando ao aluno uma percepção errônea de que o conceito aprendido não tem ligação com mais nenhum outro, privilegiando resoluções de exercícios que comtemplem simplificações matemáticas para situações e hipóteses que fogem da realidade natural e os aspectos reais, aqueles que apresentam significado real para o aluno são deixados para segundo plano. Tendo como base o Currículo do Estado de São Paulo, pautado em suas competências e habilidades, pretendo dar um novo olhar para os objetivos de ensino de Física. Partirei de situações/objetos reais com o intuito de despertar um ambiente argumentativo/comunicativo entre alunos e professor, e assim caminhar para a abstração de leis gerais da Física. Pretendo investigar se o tema “modalidades esportivas”, como situação/objeto real que faz parte da cultura do aluno, pode propiciar o desenvolvimento de tal ambiente comunicativo. A hipótese é que ao longo do caminho entre a situação/objeto real, que será ligado a algum esporte popular, e a abstração da lei geral trabalhada o aluno possa ir gradativamente melhorando seu posicionamento argumentativo em outras situações reais ainda não colocadas em discussão. Defendo ainda a hipótese de que a minha pratica como professor é fundamental para haver esse ambiente comunicativo, e que, a aceitação dessa proposta pelos alunos dará indício da possibilidade de a termos como uma proposta metodológica diferente para o ensino de Física. Pretendo desenvolver a pesquisa com um grupo de alunos do primeiro ano do ensino médio da rede pública, usando a abordagem esportiva caminhar para a construção do conhecimento de áreas da mecânica e da cinemática, que são previstas para tal serie no currículo. Os dados deverão ser coletados na forma de áudio e vídeo, durante as aulas, e será aplicado ainda um questionário a ser respondido pelos alunos na tentativa de avaliar suas percepções sobre a proposta.

Palavras-chave: objetos reais, ensino de física, argumentação, competências,

Currículo

1 Universidade Estadual Paulista – Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira, [email protected]

2 Universidade Estadual Paulista – Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira, Departamento de Matemática, [email protected]

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ASPECTOS MOTIVACIONAIS NAS AULAS DE FÍSICA: UMA

CONTRIBUIÇÃO DAS QUESTÕES SOCIOCIENTÍFICAS E DA

EXPERIMENTAÇÃO

Danilo Okimoto1, Luis Eduardo Birello Arenghi²

RESUMO

Em meio à situação problemática relatadas em diversas pesquisas sobre ensino de física no ensino médio em escolas públicas, percebemos há a falta de interesse no que diz respeito a mudança do estilo das aulas, pois percebemos que as mesmas são predominantemente teóricas, restritas apenas a memorização de fórmulas e aplicações das mesmas em exemplos na sala de aula, o que gera o distanciamento dos conceitos físicos e dos fenômenos que o permeiam, e consequentemente acarreta na falta de interesse dos alunos quanto ao aprendizado. Pensando em estratégias de ensino que permitam motivar mais os alunos nas aulas de física, apresentamos esta proposta de pesquisa que busca encontrar elementos que possam contribuir para a mudança do estilo das aulas, sempre visando possibilitar ao aluno uma potencial motivação para aprender um novo conjunto de habilidades, permitindo o reconhecimento de sua importância porque ele entende o valor que isso tem em sua vida, o qual é caracterizado por Deci & Ryan como Motivação Intrínseca, o que segundo eles é definido como o fazer de uma atividade para as satisfações de seus inerentes ao invés de alguma consequência separável. Sendo assim uma alternativa é unir a física e a sua fenomenologia com as questões sociocientíficas. Vislumbrando esta possibilidade, é proposto neste trabalho um estudo da forma como as questões sociocientíficas, aliada a experimentação, podem acarretar na motivação dos alunos. Segundo Ratcliffe & Grace podemos considerar uma questão sociocientífica como algo que tenha uma base em científica e um grande potencial de impacto na sociedade. Assim, o objetivo das discussões das questões sociocientíficas no ensino de ciências não é encontrar a verdade moral ou científica, mas colocar os estudantes em situação de analisar as informações, construir argumentos próprios, bem como ouvir as demais argumentações dos colegas. No âmbito da experimentação nos apropriamos da discussão feita por Pinho Alves que argumenta que esta deve estar embasada por laboratório didático investigativo por ter objetivos mais amplos do que aqueles encontrados nos laboratórios permeados pelo cientificismo. Diante desses pressupostos teóricos, pretende-se desenvolver esta pesquisa utilizando as aulas de regência da disciplina de Estágio Supervisionado II em uma escola pública da cidade de Ilha Solteira realizando um estudo de uma questão sociocientifica e analisando como esses fatores influenciam na motivação dos alunos.

Palavras-chave: Laboratório didático investigativo, ensino de física, motivação

intrínseca.

1 Universidade Estadual Paulista – Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira, [email protected] ² Universidade Estadual Paulista – Faculdade de Ciências, [email protected]

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COMPETÊNCIAS E HABILIDADES NO ENSINO DE FÍSICA: ENTRE O

DISCURSO LEGAL E O DISCURSO DA PRÁTICA

Diego Henrique Oliveira Barbosa1, Fernanda Cátia Bozelli2, Luis Eduardo Birello

Arenghi3

RESUMO

Como os professores têm avaliado as políticas públicas educacionais implementadas nos últimos anos? O que levam em consideração ao tecer argumentos favoráveis ou desfavoráveis as mesmas? No dia a dia da escola é muito comum ouvir comentários a respeito de como determinadas políticas educacionais foram concebidas, implementadas e estão sendo desenvolvidas. Alguns até parecem ficar no campo da reprodução discursiva, pois ouvimos sempre os mesmos discursos, os quais, aliás, são, na maioria das vezes, destrutivos. Contudo, até que ponto tal posicionamento crítico é reflexo de algo que conhece, se domina? Essas foram algumas reflexões que fizeram com que esse trabalho de conclusão de curso fosse sendo desenhado. Ou seja, foi a partir dessas inquietações que o tema políticas públicas educacionais surgiu e com ele a particularidade de se pensar, de forma mais específica, as políticas curriculares que tratam das competências e habilidades. Como os professores avaliam o desenvolvimento curricular por meio de competências e habilidades? Como os professores têm trabalhado de forma a responder a essa demanda em sala de aula? De que forma o ENEM tem influenciado as práticas pedagógicas dos professores de Física? De forma a particularizar nesse momento a busca por algumas respostas, o trabalho a ser desenvolvido será pautado nas competências e habilidades do Exame Nacional do Ensino Médio – ENEM. De forma geral, este trabalho tem como objetivo verificar como os professores de uma escola pública enxergam a política curricular das competências e habilidades, em específico, as trazidas no ENEM. Além disso, busca-se analisar o impacto das mesmas no planejamento e no desenvolvimento das aulas visando não só a aprendizagem dos alunos, mas também a avaliação em larga escola. Busca-se, ainda, conhecer mais profundamente o que é, de fato, essa política curricular pautada nas competências e habilidades, uma vez que tais termos são polissêmicos, podendo a eles ser atribuídos diversos sentidos. O trabalho será desenvolvido tomando-se como base os referenciais teóricos que têm discutido as avaliações em larga escala, as políticas curriculares e a formação de professores numa perspectiva crítica. O trabalho é de natureza qualitativa e será desenvolvido por meio de entrevistas com os professores de Física de uma escola estadual pública do município de Ilha Solteira.

Palavras-chave: Professores de Física; ENEM; Competências e habilidades; Ensino

de Física.

1 Universidade Estadual Paulista – Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira, [email protected] 2 Universidade Estadual Paulista – Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira, Departamento de Física e Química,

[email protected] 3 Universidade Estadual Paulista – Faculdade de Ciências, [email protected]

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UTILIZAÇÃO DO TEMA “ENERGIA” NA FORMAÇÃO CONTINUADA

DE PROFESSORES DO ENSINO MÉDIO UTILIZANDO COMO

PROPOSTA A INTERDISCIPLINARIDADE

Felipe Augusto Ribeiro Barbosa Lima 1

RESUMO

Eu nasci no ano de 1981 na cidade do Rio de Janeiro, aos 5 anos fui morar em

Fortaleza e aos 7 anos ingressei no Colégio Industrial São Francisco de Assis e aos

15 ingressei no Colégio Militar de Fortaleza, onde tive acesso a um ensino

extremamente qualificado e é onde começa a minha trajetória pela escolha da

interdisciplinaridade. O fato de eu ter escolhido o caminho da interdisciplinaridade na

minha jornada vem da comparação entre o estilo que eu vi na escola franciscana e

no colégio militar, ambos de excelência, mas enquanto na escola franciscana estuda

as disciplinas separadas no colégio militar já se agrupava as matérias facilitando o

aprendizado e conhecimento de novas áreas, na qual se tornava o ensino muito

mais prazeroso. Um dos objetivos a ser alcançado é formar um grupo de professores

interessados em participar de um estudo interdisciplinar e fazer com que os mesmos

vejam as vantagens de se trabalhar com a interdisciplinaridade. Para estudar a

interdisciplinaridade precisa-se de um tema, e o tema que eu proponho é a energia,

pois o local onde o trabalho será desenvolvido é cercado de usinas hidrelétricas e de

cana de açúcar. O caminho a ser trilhado será a formação continuada de

professores utilizando como proposta de trabalho a interdisciplinaridade, pois como

diz a Fazenda “quando se trabalha com interdisciplinaridade não se pode impor

nada, tem que vim do fundo da alma e de vontade própria” e no ritmo atual de

evolução as pessoa que passarão o conhecimento tem que estar bem informada e

antenada do processo de evolução do que se passa no mundo atual.

Palavras-chave: interdisciplinaridade, formação continuada, energia.

.

1 Universidade Estadual Paulista – Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira, [email protected]

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A IMPORTÂNCIA DA AVALIAÇÃO FORMATIVA NO INÍCIO DA

PRÁTICA DOCENTE

Gabriela Selingardi1, Marcos Vinícius Marcondes de Menezes2

RESUMO

A convivência e insatisfação com as práticas avaliativas dos meus professores de

ensino médio e de graduação, baseadas em provas escritas realizadas somente ao

final do desenvolvimento de um conteúdo, despertou interesse em investigar outras

formas de avaliação que não tivesse apenas o objetivo de atribuir uma nota ao

aluno, mas pelo contrário, que avaliasse a aprendizagem do estudante e oferecesse

oportunidade ao professor, subsídios para superar as dificuldades de aprendizagem

observadas. Encontrei na avaliação formativa, referencial importante para o estudo e

prática do professor, constituindo em uma ferramenta que possibilita focalizar melhor

o aluno, pois a avaliação formativa observa cada momento vivido pelo aluno, e cada

aluno possui um ritmo de aprendizagem. Assim, constitui o objetivo deste trabalho,

investigar a minha prática avaliativa durante as regências a serem realizadas em

uma escola pública. Minha questão de pesquisa é: Quais as características da

prática avaliativa realizada por uma estagiária regente que procura orientar-se na

Avaliação Formativa para planejar aulas a serem realizadas no ano de 2014 do

ensino médio de uma escola pública? Irei coletar os dados através de gravações de

áudio, vídeos, depois transcrever cada aula e analisar cada uma delas. Por fim,

pretendo confrontar os resultados das interações ocorridas em sala de aula com o

referencial do professor reflexivo, procurando encontrar elementos que responda a

minha questão de pesquisa e descobrir em quais aspectos a prática da professora

regente se aproxima ou se distancia do que é pretendido na literatura.

Palavras-chave: Professor Reflexivo, Avaliação, Aprendizagem, Prática docente.

1 Universidade Estadual Paulista – Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira, [email protected] 2

Escola Estadual Noêmia Dias Perotti, Universidade Estadual Paulista – Faculdade de Ciências, [email protected]

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ENSINO DE FÍSICA NOS PRIMEIROS ANOS DO ENSINO

FUNDAMENTAL: ANÁLISE DE UM TRABALHO COLABORATIVO

ENTRE UM FUTURO PROFESSOR DE FÍSICA E UM PROFESSOR

DE CIÊNCIAS

Hildebrando Wilkar Betetti Machado1, Fernanda Cátia Bozelli2

RESUMO

O Ensino de Ciências nas séries iniciais do Ensino Fundamental constitui tema que

tem despertado interesse entre os pesquisadores da área de ensino e pesquisa em

Ensino de Ciências. Durante o ensino formal, espera-se que o aluno desenvolva o

conhecimento científico, mas para que isto ocorra é necessário que se comece a

orientá-lo de forma correta desde os primeiros anos de escolaridade, ou seja, desde

o Ensino Fundamental I. Porem, para que isso ocorra, um professor bem formado é

essencial. Nesse sentido, como está a formação de professores no âmbito do

Ensino de Ciências para essa faixa etária? O que há de Ciências no Ensino de

Ciências? Segundo estudos realizados os conteúdos de Ciências presentes na

formação inicial têm ficado restrito ao ensino de corpo humano; meio ambiente;

plantas e animais; água e solo; saúde e higiene. Para que se possa suprir este

déficit de formação com relação ao conteúdo de Ciências e até mesmo atualizar-se,

os professores reconhecem a importância dos cursos de formação continuada,

porém reclamam da falta de materiais de apoio e de cursos voltados ao ensino de

Ciências. Desta forma, este estudo pretende inicialmente buscar informações sobre

como está o Ensino de Ciências nas escolas municipais pertencentes ao Município

de Ilha Solteira/SP com a finalidade de subsidiar ações que possam contribuir para a

melhoria desse ensino na educação básica. De forma específica, busca-se verificar

o que há de Física no Ensino de Ciências dessas escolas? Há desenvolvimento de

ações em termos de ensino e aprendizagem com relação aos conhecimentos

físicos? Se não há, o que um trabalho colaborativo com o professor de Ciências, em

uma perspectiva de formação continuada, no desenvolvimento de ações que visam

os conhecimentos físicos, pode resultar?

Palavras-chave: Ensino de Ciências; Ensino de Física; Ensino Fundamental I;

Formação de professores.

1 Universidade Estadual Paulista – Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira, [email protected]

2 Universidade Estadual Paulista – Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira, Departamento de Física e Química, [email protected]

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O JOGO COMO ATIVIDADE: ENSINANDO FÍSICA POR MEIO DE

UMA SEQUÊNCIA DIDÁTICA DIFERENCIADA, ELABORADA A

PARTIR DA ABORDAGEM CONTEXTUAL

Kamila Paula Santos Zuri1, Lizete Maria Orquiza de Carvalho2, Darcy Hiroe Fujii

Kanda3

RESUMO

Por meio de experiências em projetos, como o OBEDUC e o PIBID, durante a graduação, conheci a ferramenta jogo didático, e também observei os alunos enquanto jogavam. Além disso, um estudo do estado da arte sobre jogos didáticos no ensino confirmou o que havia percebido nas aulas, que o jogo é motivador à participação dos alunos na aula. Sabendo que para o professor proporcionar uma aula enriquecedora quanto à aprendizagem, ele precisa criar possibilidades para os alunos participarem dela, estudarei a abordagem contextual, visto que o ensino de física não pode ser reduzido à sua parte matemática, pois há todo um contexto em cada aplicação das leis da física. Dessa maneira, a escolha pela junção do jogo didático com abordagem contextual em uma sequência didática visa a promover um ensino prazeroso e humanizador. Para tanto me apoio em Paulo Freire, para quem o verdadeiro ensino ocorre quando o aluno consegue pensar certo, ou seja, em que a curiosidade ingênua passa para uma curiosidade epistemológica. Entendo que o ponto de vista freireano pode se compatibilizar com abordagem contextual, pois, de acordo com Michael Matthews, a ciências deve ser ensinada em seus diversos contextos, ético, social, histórico, filosófico e tecnológico, o que poderá contribuir para o desenvolvimento da criticidade e da argumentação de cada aluno. Ao mesmo tempo, considero que os jogos e as brincadeiras sempre estiveram presentes na vida de todas as pessoas, quando criança, e que a infância é uma fase maravilhosa, além de ser um período especial na evolução do ser humano, segundo Kishimoto. Então, se no período da infância o jogo é grande fonte de motivação, por que na caminhada para a adolescência são deixados de lado? O jogo não pode ser apenas uma diversão ou descanso pedagógico para professor e aluno. Sendo assim, amparo-me na Teoria da Atividade de Sergey Leontiev, procurando conceber o jogo como uma atividade, cujo objetivo deve coincidir com o motivo. Se pretendo ensinar por meio do jogo tenho que promover a aprendizagem no aluno pelo mesmo meio. Então, apoiando nos benefícios desses dois recursos, almejo compreender como a relação de um futuro professor e uma sequência didática diferenciada favorecerá no enriquecimento da prática pedagógica do mesmo. Para tal análise utilizarei as aulas de estágio regência, em que trabalharei com duas sequências didáticas, cada uma envolvendo abordagem contextual, matemática da física e jogos, sendo essas filmadas e gravadas para a coleta de dados.

Palavras-chave: abordagem contextual, jogos pedagógicos, Paulo Freire, Sergey

Leontiev, práticas pedagógicas.

1 Universidade Estadual Paulista – Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira, [email protected] 2 Universidade Estadual Paulista – Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira, Departamento de Física e Química, [email protected] 3 Universidade Estadual Paulista – Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira, Departamento de Física e Química, [email protected]

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AMBIENTE ESCOLAR, UM PROBLEMA PARA OS ALUNOS COM

DÉFICIT DE ATENÇÃO

Makarena Cecilia Ahumada Sánchez1, Eder Pires de Camargo2

RESUMO

Atualmente, os professores não estão levando em consideração aspectos tais como

déficit de atenção, pois os mesmo julgam que isso é tarefa os psicólogos das

instituições de ensino. Nesse sentido, os docentes não costumam fazer qualquer

adaptação e não dão importância para estes jovens raras vezes nas quais são

propostas, provas especiais para alunos com déficit de atenção. Embora temos esse

panorama, o trabalho do professor é difícil, pois é necessária cautela e compreensão

de cada uma das realidades em sala de aula, visto que muitas vezes há jovens que

precisam de mais atenção do que outros, devido à dificuldade de adaptação e pouco

trabalham em equipe. Diante disso, esta pesquisa é direcionada para o

desenvolvimento escolar, comportamental (conduta - comportamento), com o

objetivo de responder a seguinte questão de pesquisa: "Como um professor iniciante

pode adaptar a um estudante com transtorno de déficit de atenção a seu ambiente

escolar?". Assim, iremos discutir o tema do TDAH em adolescentes da escola

secundária com e sem hiperatividade, levando em consideração algumas questões,

tais como: fatores escolares, o desenvolvimento da aprendizagem, desenvolvimento

emocional, capacidades metacognitivas (auto - regular a sua própria aprendizagem),

entre outros. Baseada nessas considerações, nossa intenção é desenvolver

estratégias de aprendizagem em uma aula de física, considerando as dificuldades

dos alunos com TDAH, preparar um material adequado que permita uma classe

eficaz, avaliar o progresso e os resultados obtidos com este tipo de alunos. O

trabalho em sala de aula será reforçado fora do horário das aulas regulares, a fim de

ajudar esses alunos na aprendizagem, permitindo o ajuste de coexistência escolar

na sala de aula. Nesse sentido o objetivo desta pesquisa é integrar os alunos com

transtorno de déficit de atenção em seu ambiente escolar, com base em autores

como Vygotsky, o que dá importância às relações entre os indivíduos e a sociedade

em que se desenvolvem, permitindo que os seres humanos compreendam as

diversas situações que ocorrem em seu ambiente em constante interação com seus

pares.

Palavras-chave: Déficit de atenção, cognição, metacognição, adaptação escolar.

1 Universidade Estadual Paulista – Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira,

[email protected] 2 Universidade Estadual Paulista – Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira, [email protected]

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A APRENDIZAGEM DE CONCEITOS FÍSICOS ATRAVÉS DO

ESTUDO DE FENÔMENOS DO DIA A DIA UTILIZANDO O ENSINO

POR INVESTIGAÇÃO

Maykon André Montanhera1, Marcos Vinícius Marcondes de Menezes2, Lizete Maria Orquiza de Carvalho3 RESUMO

Pode-se notar que ultimamente os alunos demonstram pouco interesse pelo estudo de física, além disso, apresentam muita dificuldade na aprendizagem. Enfocamos dois aspectos que, segundo as pesquisas, podem influenciar nessa postura do aluno. Um desses aspectos diz respeito a maneira com que o professor aborda o conteúdo em sala de aula. A pesquisa em ensino de ciências tem revelado que muitos professores que desenvolvem suas aulas pautadas em uma metodologia considerada tradicional, no qual o docente assume a postura de transmissor do conhecimento, não proporciona ao aluno momentos que ele possa participar ativamente da aula, questionando, argumentando, pensando para elaborar alguma hipótese e agindo. Outro ponto que provavelmente contribui para o desinteresse dos alunos pelas aulas é a falta de contextualização da Física apresentada em sala de aula com a física do seu cotidiano, muitas vezes as aulas são apenas aplicações de formulas totalmente descontextualizadas. Portanto este trabalho tem como objetivo investigar como a aprendizagem de um conteúdo da Física pode ser promovida por meio de uma metodologia didática baseada na investigação de um fenômeno físico do dia a dia. Para isso estamos adotando o referencial do “ensino por investigação”, o qual, segundo as pesquisas em ensino de física, permite que o aluno saia da sua postura passiva de receptor do conhecimento e passe a influenciar diretamente na sua aprendizagem, argumentando, pensando, criando hipóteses e deixando de ser apenas um conhecedor de conteúdos e passando a ser um investigador. Com isso pretendemos que o aluno apresente maior interesse pelas aulas de física, pois estará tratando de algo que está no seu cotidiano e não apenas em aplicação de formulas. Nessa metodologia o professor muda sua postura de transmissor de conhecimento e passa a agir como um guia que deve estar preparado para argumentar, formular questões de forma a conduzir os educandos a criar hipóteses que satisfaçam a teoria aceita pela comunidade cientifica. A sequencia didática será elaborada e aplicada em uma sala de aula do ensino médio no período de desenvolvimento da disciplina de Estagio Supervisionado II e os dados deverão ser coletados por meio de áudio ou vídeo e analisados à luz da análise de conteúdo. Assim pretendemos observar a participação dos alunos nas aulas de física e analisar as aprendizagens obtidas por meio de uma sequencia didática pautada na estratégia do ensino por investigação. Palavras-chave: Física do dia a dia, ensino por investigação, análise de conteúdo

_____________________ 1 Universidade Estadual Paulista – Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira,

[email protected] 2 Escola Estadual Noêmia Dias Perotti, Universidade Estadual Paulista – Faculdade de Ciências, [email protected] 3 Universidade Estadual Paulista – Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira, Departamento de Física e Química,

[email protected]

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AULA TEÓRICO-PRÁTICA: CONSTRUINDO UMA SEQUÊNCIA

DIDÁTICA PARA UMA MELHOR APRENDIZAGEM DO CONTEÚDO

DE FÍSICA PARA ALUNOS DO ENSINO MÉDIO

Rafael Mazzini Ramalho1, Darcy Hiroe Fujii Kanda2

RESUMO

Como os alunos do ensino médio veem as aulas de física? Seria ela uma disciplina cientifica ou apenas uma extensão da disciplina matemática? No âmbito da escola publica é muito comum à disciplina ser ministrada por professores de outras áreas do conhecimento, e em muitos casos, os mesmos não possuem conhecimentos satisfatórios tornando a disciplina algo maçante e tediosa, produzindo nos alunos grande rejeição pela área cientifica. Mas há algo que os professores possam fazer? Existe alguma metodólogo que possa ajudar esses alunos a compreender a física como uma ciência natural e a matemática como um ferramental para sua compreensão? Esse trabalho foi pensado através dessas indagações, além de um passado aonde uma metodologia envolvendo aulas teóricas e praticas mudaram minha visão sobre a física, ou seja, a questão central é: Uma aula com fundamentação teórica e experimentação pratica focada na realidade cotidiana do aluno pode contribuir para que o mesmo compreenda o fenômeno físico estudado? Este trabalho será focado no objetivo de se montar uma sequencia didática para uma turma do terceiro ano do ensino médio de uma escola publica local, obedecendo à carga horária semanal da disciplina. De um modo geral, este trabalho visa verificar se uma sequencia didática teórica prática ajuda o aluno a assimilar com qualidade o conteúdo estudado e no âmbito do professor, buscar a criação de aulas de acordo com a realidade social e cultural da turma a qual ele irá trabalhar. O trabalho será desenvolvido com base em referenciais teóricos que tratam do assunto ensino aprendizagem, além de referenciais que tratam de interações sócias culturais. Este trabalho é qualitativo e será desenvolvido por meio de analise das aulas ministradas com depoimento dos alunos e avaliações formais e informais.

Palavras-chave: instrumentação; metodologia; ensino-aprendizagem.

1 Universidade Estadual Paulista – Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira, [email protected]

2 Universidade Estadual Paulista – Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira, Departamento de Física e Química, [email protected]

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ENSINO POR INVESTIGAÇÃO COM ABORDAGEM CONTEXTUAL

Taynã Mazareli Rodrigues1, Lizete Maria Orquiza de Carvalho2

RESUMO

Observando aulas do segundo ano do ensino médio da Escola Estadual

Urubupungá como aluno da disciplina Estágio Supervisionado I, notei que boa parte

dos alunos conseguiu se desenvolver muito bem, podendo explicar alguns

fenômenos físicos que os rodeiam com um bom rigor conceitual, assuntos esses

estudados em sala de aula. Atribuí isso ao fato de que o professor utilizava a

ferramenta do ensino por investigação. Maués e Lima defendem que o ensino por

investigação auxilia o professor para fazer com que os estudantes explorem e

experimentem o mundo natural, utilizando processos investigativos, ou seja, fazendo

com que os alunos se envolvam na própria aprendizagem, elaborando hipóteses,

analisando evidências, construindo conclusões e comunicando resultados. Por outro

lado notei também que alguns alunos não se motivavam com as aulas, e,

coincidentemente, esses alunos eram na sua maioria justamente os que não se

interessavam por exatas. Vislumbrando a possibilidade de tornar as aulas de física

mais motivadoras também para esses alunos, e tomando conhecimento de uma

concepção de ensino de física chamada de abordagem contextual, isto é, uma

educação em ciência onde estas sejam ensinadas em seus diversos contextos:

ético, histórico, filosófico, social e tecnológico, percebi a possibilidade de o professor

atuar para que a física passe a fazer sentido para os alunos. Essa concepção me

chamou a atenção justamente pelo fato de que no ano inicial da minha graduação a

História da Física tinha me ajudado muito no que diz respeito à ‘’falta de

significado’’ que encontrei ao começar estudar física. Com a abordagem contextual o

professor pode utilizar a filosofia e a história da física para ‘’humanizar’’ a ciência.

Segundo Michael Mathews, com a abordagem contextual o professor pode tornar as

aulas mais desafiadoras e reflexivas e consequentemente despertar o interesses

dos alunos que não se interessam por ciências exatas. Diante desses meus dois

interesses, neste trabalho, procuro responder a seguinte questão de pesquisa:

Como a abordagem contextual pode auxiliar um professor iniciante a aprimorar seus

conhecimentos e suas ações referentes ao ensino por investigação de modo que ele

possa envolver todos os alunos da sala na construção do conhecimento em física?

Acredito que mesclando estas técnicas é possível tornar os alunos mais críticos

além de fazer com que os mesmos tenham uma base de física mais sólida.

Pretendido utilizar as aulas de regência da disciplina de Estágio Supervisionado II

para constituir os dados que serão analisados nesta pesquisa.

Palavras-chave: Ensino por investigação, abordagem contextual.

1 Universidade Estadual Paulista – Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira, [email protected]

2 Universidade Estadual Paulista – Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira, Departamento de Física e Química, [email protected]

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PERGUNTAS EM SALA DE AULA DE FÍSICA: ENTRE CONCEPÇÕES

E CONTEXTOS INTERATIVOS DISCURSIVOS

Vinícius Suzuki Souto1, Fernanda Cátia Bozelli2

RESUMO

O que é pergunta? Por que questionamos? O que significa fazer ou não perguntas durante as aulas? Qual é a importância da pergunta no processo de aprendizagem? Por que na maior parte das vezes quem pergunta é o professor? Existe pergunta bem ou mal formulada? Um aluno questionador é um problema para o professor em sala de aula? Como os professores podem agir para guiar as interações que resultam na construção de significados em salas de aula de ciências. De acordo com alguns resultados de pesquisa é a partir do questionamento que se pode buscar o conhecimento e aprendizagem. Quando é feito algum tipo de pergunta durante a aula, ela nada mais é que a manifestação de um conceito que ainda não foi aceito, aprendido pelo aluno. E, ainda, que é essencial criar situações científicas para que se possa avançar na aprendizagem do aluno, tarefa ao qual é designada ao professor. Foi a partir de reflexões como essas e um pouco de história de vida que fez com que esse tema foi escolhido para compor o núcleo central do trabalho de conclusão de curso (TCC). O questionamento durante as aulas é algo que, hoje em dia, dificilmente existe. Também estudos já apontam que nível de participação nas aulas, por parte dos alunos, tem ficado cada vez menor ao longo do processo de escolarização. Participação com perguntas, então, nem se fala. Uma vez que se atribui determinado grau de dificuldade na aprendizagem de conteúdos Física, por que há, cada vez mais, uma ausência tão grande das perguntas em sala de aula? Nesse sentido, esse trabalho pretende trabalhar com uma turma de alunos, de uma escola estadual pública, primeiramente com o objetivo de investigar a concepção de professor e alunos, de uma turma de primeiro ano do ensino médio, acerca da pergunta em sala de aula, bem como o seu papel no processo de ensino e aprendizagem de Física. Posteriormente, efetuar o acompanhamento dessa mesma turma com o intuito de verificar como tem sido o processo interativo discursivo entre o professor e os alunos e entre os alunos em uma sala de aula de aula do primeiro ano do Ensino Médio. Os mesmos têm propiciado ou não a formulação de perguntas? Dessa forma, a partir de instrumentos como questionários e entrevistas com o professor e os alunos e acompanhamento de uma turma de alunos do primeiro ano do ensino médio busca-se compreender um pouco mais sobre o tema ‘perguntas em sala de aula de Física’. Palavras-chave: Perguntas; Ensino e aprendizagem de Física; Ensino Médio;

interação discursiva.

1 Universidade Estadual Paulista – Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira, [email protected]

2 Universidade Estadual Paulista – Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira, Departamento de Física e Química, [email protected]

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EXPERIMENTAÇÃO RELACIONADA A QUESTÕES SÓCIO

CIENTÍFICAS JUNTO A ALUNOS DO ENSINO MÉDIO

Wellington Shoiti Sakita1, Zulind Luzmarina Freitas2

RESUMO

Por meio das observações que tive na escola, nota-se que a participação e a

vontade dos alunos em aprender estão diminuindo. A disciplina de Física na grande

maioria das vezes é aplicada como uma extensão da matemática, e dessa forma o

sentido real da Física acaba se desfazendo. Assim o desejo é despertar a vontade

dos estudantes em realmente querer aprender a Física, utilizando métodos como a

experimentação durante as aulas e trabalhar junto questões sócio cientificas

(QSCs). Segundo Ratcliffe e Grace QSCs são temas que abrangem a formação de

opiniões e a escolha de juízos pessoais e sociais, que implicam valores e aspectos

éticos, e relacionam-se com problemas sociais de ordem local, nacional e global e

que existem características para utilizá-las, e dessa forma a partir de uma conversa

com os alunos, buscarei relacionar questões sociais no qual eles estão envolvidos e

que os chama mais atenção, porque o tema social a ser abordado com os

estudantes é de extrema importância, é um fator primordial que pode fazer com que

eles se apeguem ao trabalho ou simplesmente deixem de participar seriamente com

o que é proposto. E em relação a experimentação de acordo com Giordan é uma

valiosa ferramenta de ensino-aprendizagem, fato há bastante tempo discutido em

inúmeros trabalhos na área de ensino de ciências. Segundo Shor os estudantes são

excluídos da busca, da atividade do rigor, as respostas lhes são dadas para que as

memorizem, o conhecimento lhes é dado como um cadáver de informação – um

corpo morto de conhecimento – e não uma conexão viva com a realidade deles, e a

partir de um trabalho que exponha experimentação e questões sócio cientificas,

pretendo romper com esse tipo de pensamento. Assim desejo que os alunos se

tornem mais críticos e que sejam capazes de levantar suas próprias hipóteses diante

de um questionamento, como por exemplo, em um experimento, no qual os

estudantes devem observar o fenômeno, e com o seu conhecimento já obtido

levantar hipóteses para o que está ocorrendo.

Palavras-chave: Experimentação, QSCs, ensino de física.

1 Universidade Estadual Paulista – Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira, [email protected] 2 Universidade Estadual Paulista – Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira, Departamento de Matemática,

[email protected]

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GRUPO DE CIENCIAS LUCKESI E O SEU IMPACTO NA SOCIEDADE

Danilo Couto Silva1, Paulo Sérgio Fiorato2, João Ricardo Neves3, Ana Maria Osório Araya4

RESUMO

Com as constatações sobre o analfabetismo cientifico da população escolar, pode-se pintar um cenário de desvalorização da educação científica. Para pensar em como apresentar conteúdo cientifico à todas as classes da população, se iniciou uma linha de estudo da Divulgação Cientifica. Tendo como objetivo de informar, alfabetizar o cidadão sobre como funciona a ciência, quais os métodos científicos, entre outros. Por muitos motivos que a Divulgação cientifica é importante para a sociedade, como alguns exemplos: poder tornar mais próximo contato das pessoas com a ciência de seu cotidiano e melhoria das políticas públicas de um país, desenvolver junto às pessoas com menor acesso às ciências uma compreensão desta, pois esta terá faculdades para opinar, discutir sobre o mesmo. Seguindo estas premissas, o Grupo de Ciências Luckesi, implantado numa escola estadual do estado de São Paulo tem como o objetivo a contribuição para o ensino em ciências na referida escola. Com as aplicações da ciência ao nosso redor, o grupo de ciências Luckesi realiza atividade sociociêntifícas das quais algumas são as expedições paleontológicas, observações astronômicas, feiras de ciências com o intuito da aproximação da sociedade com a ciência, capacitando o mesmo a discursar livremente tendo com um mínimo de noção sobre os processos e implicações da ciências no cotidiano das pessoas. Tendo como metodologia a análise de conteúdo, analisamos alguns depoimentos de alunos e ex-alunos, que na época, foram influenciados para a escolha de suas carreiras acadêmicas. Afirmaras conclusões parciais apontam que Grupo de Ciências Luckesi se realiza o seu brilhante papel como divulgador cientifico, algumas pessoas com as suas carreiras escolhidas, se sintam realizadas com a escolha e a influência que o GCL proporcionou em suas decisões.

Palavras-chave: Grupo de Ciências; Divulgação Científica; Aprendizagem.

1 Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Ciências e Tecnologia, [email protected] 2 Escola Estadual de primeiro e segundo grau, José Firpo, Diretoria de Ensino de Adamantina, SP 3 Universidade Federal de Itajubá – Instituto de Física e Química, [email protected]

4 Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Ciências e Tecnologia, Departamento de Física, Química e Biologia, [email protected]

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OFICINA PEDAGÓGICA PARA PROFESSORES DA REDE PÚBLICA: TRABALHANDO OS CONCEITOS DE ELETROMAGNETISMO E RELATIVIDADE

Gustavo da Cruz Gregório1, Moacir Pereira de Souza Filho2, Ana Maria Osório Araya3

RESUMO

A inserção da Física Moderna no Ensino Médio é um tema que tem sido muito discutido pelos pesquisadores da área de ensino, como uma forma de contextualizar os conhecimentos da Física produzidos no último século. Atualmente o Ministério da Educação passou a considerar a Física Moderna como conteúdo obrigatório e, ela está presente no novo currículo da SEE/SP. Baseado nisso o Núcleo de Ensino em Física (NEF), foi convidado a ministrar uma oficina pedagógica aos professores da Diretoria de Ensino do município de Santo Anastácio – SP, com o objetivo de ajudar os professores com os temas eletromagnetismo e relatividade em sala de aula, no curso foi apresentado a história do eletromagnetismo, mostrando desde a descoberta do magnetismo e da eletricidade, até a fusão entre as duas ciências, seguindo de demonstrações de experimentos de fácil execução, para que os mesmo experimentos pudessem ser reproduzidos pelos professores em sala de aula, cada experimentos com o objetivo de explicar uma certa área do eletromagnetismo. Depois foi apresentado vídeos sobre velocidade da luz, relatividade restrita e relatividade geral e sobre a vida Albert Einstein. Depois apresentamos uma exposição contendo 7 (sete) painéis, que trata da sua bibliografia, curiosidades sobre sua vida pessoal e profissional, o ano miraculoso de 1905 em que quando ele publica seus principais trabalhos, a teoria da relatividade especial e geral e aplicações tecnológicas. O Projeto encontra-se em sua fase inicial embora a coordenadora pedagógica tenha aplicado um questionário, ainda não foi possível analisá-lo, porém, os professores participaram ativamente e demonstraram muito interesse pelos temas abordados. A melhoria do ensino passa necessariamente pelas “mãos” dos professores e a formação continuada de professores em exercício tem sido visto como uma excelente estratégia para um dialogo entre a escola e a universidade.

Palavras-chave: Divulgação Científica, Ensino de Física, Ensino Médio

1 Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Ciências e Tecnologia 2 Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Ciências e Tecnologia, Departamento de Física, Química e Biologia, [email protected] 3 Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Ciências e Tecnologia, Departamento de Física, Química e Biologia, [email protected]

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MECÂNICA QUÂNTICA PARA O ENSINO MÉDIO: ABORDANDO A

FÍSICA MODERNA POR MEIO DE EXPERIMENTOS COM DIODOS

EMISSORES DE LUZ (LED’S) E CÉLULAS FOTOVOLTAICAS

Rodrigo Afonso La Casa de Oliveira1, Ana Maria Osório Araya²

RESUMO

A Mecânica Quântica é um tema da Física Moderna no qual a maioria dos professores do ensino médio vê a dificuldade de encontrar métodos para ensinar seus conceitos. Mesmo sendo de maneira básica e conceitual (por ser em nível de ensino médio), o tema é altamente complexo e de difícil visualização prática. Devido á isso, este trabalho propõe um método diferente para tratar a mecânica quântica com os alunos. Baseando-se no funcionamento dos LED’s (Diodos Emissores de Luz) e de LDR’s (Resistores Dependentes de Luz), foram elaborados circuitos eletrônicos, totalmente didáticos, para mostrar a Mecânica Quântica (Quantização da energia e Efeito fotoelétrico) e alguns conceitos, necessários a este assunto, de Eletromagnetismo (Ondas eletromagnéticas, semicondutores, circuitos elétricos, etc.), na prática. Mais especificamente, com o auxílio de uma abordagem teórica inicial do assunto, o trabalho apresentará um circuito simples, primeiramente, para ilustrar – por meio visual do circuito e com instrumentos de medição – como funciona um semicondutor e quais as suas características elétricas. O segundo circuito usará um LED infravermelho (tratando espectro eletromagnético) que será um transmissor de sinais elétricos (sem fio) para um receptor (um foto transistor), que estará à distância deste, para mostrar como funciona uma transmissão de ondas. O mais interessante neste circuito é que ele será um transmissor de sinais elétricos a partir de sinais sonoros, pois ele terá um microfone, que captará ondas sonoras, e estas ondas sonoras serão convertidas em ondas eletromagnéticas (transmitidas pelo transmissor), ilustrando o que acontece, fisicamente, em um circuito de um amplificador de som, por exemplo. E finalmente um circuito que usará um LDR (que têm as propriedades de uma fotocélula, possuindo uma célula fotovoltaica) para acionar uma carga através de um relé quando houver baixa luminosidade no local, sendo este experimento aproveitado para mostrar como funciona o efeito fotoelétrico. Esta é uma forma de tratar a Mecânica Quântica a um nível apenas conceitual (ideal para alunos do ensino médio), que pode ser uma boa ferramenta para o Professor de Física e um bom atrativo para o aluno, motivando-o a estudar a Física Moderna.

Palavras-chave:

1 Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Ciências e Tecnologia, [email protected]

² Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Ciências e Tecnologia, Departamento de Física, Química e Biologia, [email protected]

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A EVOLUÇÃO DOS TELEVISORES: UMA PROPOSTA DE

SEQUENCIA DIDÁTICA COM ABORDAGEM CTSA

Tais Andrade dos Santos1, Moacir Pereira de Souza Filho2, Ana Maria Osório Araya3

RESUMO

Os estudos dos parâmetros curriculares percebemos que, dentre as propostas apresentadas há parâmetros como a interdisciplinaridade, a multidisciplinariedade e a transdiciplinariedade. Entendemos que estas são propostas metodológicas para o desenvolvimento em sala do tratamento dos conteúdos das disciplinas. Nesse sentido, a formação do aluno se dá de forma interativa e o conteúdo caminha entre as várias disciplinas sendo sempre de forma adequada a cada disciplina. Em meio a estes estudos, desenvolvemos a proposta de ensino interdisciplinar intitulada “A evolução tecnológica em uma abordagem CTSA” junto ao Núcleo de Ensino de Física Moderna da FCT-UNESP que propõe a aprendizagem do conteúdo de forma interativa entre os alunos e a disciplina. Esta sequencia didática foi pensada para a introdução do conteúdo do 3º ano do ensino médio. Pois tema “A EVOLUÇÃO TECNOLOGICA DOS TELEVISORES” além de abordar os conteúdos do ensino médio como eletromagnetismo e física de partículas elementares, ainda permite a contextualização histórico-crítica do conteúdo, podendo transcender a física e entrar em assuntos que envolvem a construção de posicionamentos sobre a ciência e a tecnologia. São exemplos desses assuntos: poder de compra e impacto na sociedade, descarte de baterias e televisores antigos, o desenvolvimento das tecnologias do LCD e LED, entre outros. Quanto a metodologia CTSA (ciência, tecnologia, sociedade e ambiente) ela apoia muito bem a proposta, possibilitando maior possibilidade de discussão e contextualização do conteúdo. A sequência didática proposta é composta de quatro aulas e se organiza da seguinte forma:

I. Televisor de Tubo: História e ciência em um só televisor II. Evolução dos televisores: O que mudou? III. Conceitos físicos abordados – Parte I

IV. Conceitos físicos abordados - Parte Ⅱ

Onde todas as aulas terão a possibilidade de transitar entre a ciência tecnologia sociedade e ambiente.

Palavras-chave:

1 Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Ciências e Tecnologia, 2 Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Ciências e Tecnologia, Departamento de Física, Química e Biologia, [email protected] 3 Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Ciências e Tecnologia, Departamento de Física, Química e Biologia, [email protected]

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ENSINO DE ASTRONOMIA PARA ALUNOS COM E SEM

DEFICIÊNCIA VISUAL: PROPOSTA DE UM ENSINO INCLUSIVO

Adrian Luiz Rizzo1, Sirlei Bortolini2, Paulo Vinícius dos Santos Rebeque3

RESUMO

O aumento significativo de alunos com Necessidades Educacionais Especiais (NEE) matriculados nas escolas regulares tem colocado em debate constante a temática inclusão. Os professores, quando vivenciam essa realidade, deparam-se com a seguinte questão: como posso contornar os problemas enfrentados pelos alunos com NEE? No caso das aulas de física para alunos com deficiência visual a construção de conhecimento fica prejudicada, uma vez que essas aulas são baseadas em significados vinculados a representações visuais. Esse fato é preocupante para os profissionais da educação, pois poucos são os materiais adaptados que auxiliem no bom atendimento desse público. Nesse sentido, nosso trabalho teve como objetivo apresentar alternativas para o ensino de física de estudantes com e sem deficiência visual. Nossa proposta consistiu na elaboração de uma oficina com maquetes táteis-visuais na temática das escalas do sistema solar. Nossa coleta de dados consistiu na realização da oficina em dois momentos: com alunos com deficiência visual da Associação dos Deficientes Visuais de Bento Gonçalves (ADV-BG) e com servidores com e sem deficiência visual do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul – Câmpus Bento Gonçalves (IFRS-BG). Nossos resultados evidenciam que é possível traçar estratégias para a inclusão de alunos com deficiência visual em turma regular utilizando didáticas multissensoriais, propiciando participação de toda turma e aprendizagem mais significativa. Neste caso, as maquetes táteis visuais permitiram aos alunos terem uma noção do tamanho relativo entre o Sol e os planetas do sistema solar, além da percepção da distância entre eles.

Palavras-chave: deficiência visual; astronomia; materiais táteis-visuais.

1 Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul - Campus Bento Gonçalves,

[email protected] 2 Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul - Campus Bento Gonçalves; [email protected] 3 Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul - Campus Bento Gonçalves; [email protected]

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PROFESSORES E SUA FORMAÇÃO: SABERES EM CONSTRUÇÃO

NO ENSINO DE CIÊNCIAS

Alessandra Daniela Buffon1, Gisele Palma2, Jader da Silva Neto3

RESUMO

Esse estudo teve como objetivo à compreensão da origem e dos fatores que favorecem e estão imbricados na constituição dos saberes pedagógicos dos docentes de ciências sem formação formal específica na área de ciências. Referimos-nos aos saberes que permitem o enfrentamento dos desafios do cotidiano acadêmico, por meio de práticas docentes positivas e, assim, mediadoras da aprendizagem, uma vez que a disciplina de ciências, quase que invariavelmente é ministrada por docentes com formação em áreas diversas, tais como Licenciatura em Ciências Biológicas, Química, Física e Matemática. Buscou-se, também, dar visibilidade a tais práticas, na tentativa de minimizar o distanciamento hegemonicamente instaurado entre saber pedagógico e saber técnico/específico das mais variadas áreas do conhecimento. Sendo assim, a pesquisa teve como problema a seguinte inquietude: como se constituem os saberes dos professores de ciências dos anos finais do Ensino Fundamental que não possuem a graduação em Licenciatura em Ciências Naturais / Licenciatura em Ciências da Natureza? Para responder tal questionamento os interlocutores da pesquisa foram duas professoras da disciplina de Ciências sem graduação em Licenciatura em Ciências Naturais ou Licenciatura em Ciências da Natureza. Os dados foram coletados por meio de narrativas, gravadas em áudio, sendo que os mesmos foram analisados com base nos princípios da metodologia de análise de conteúdo, uma vez que as histórias de vida e formação se constituem como uma abordagem das metodologias hermenêuticas de pesquisa. Esta análise possibilitou a organização de seis categorias: saberes desenvolvidos junto à família; influência de professores no Ensino básico e no Ensino Superior; gosto pela profissão; consciência da necessidade de ampliação da formação em áreas específicas da docência, tais como: física e química; saber gerir o tempo escolar; comprometimento com a escola e com o desenvolvimento dos alunos por meio de metodologias facilitadoras de aprendizagem. Os fenômenos estudados permitiram pensar que os elementos destacados nas seis categorias são mobilizados pelas interlocutoras, no exercício da profissão docente. Esses elementos constituem as duas professoras, levando-as a atuarem de forma qualificada, motivando-as e comprometendo-as, enquanto profissionais da educação. Seus saberes pedagógicos são históricos e plurais, constituindo a personalidade docente de cada uma delas ao longo de suas trajetórias pessoais, acadêmicas e profissionais.

Palavras-chave: Saberes docente; Formação de Professores; Ensino de Ciências;

Concepções Pedagógicas. 1Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul, Campus Bento Gonçalves,

[email protected] 2 Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul, Campus Bento Gonçalves, [email protected] 3Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul, Campus Bento Gonçalves, [email protected]

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ESTÁGIO SUPERVISIONADO NA LICENCIATURA EM FÍSICA:

IMPLICAÇÃO NA FORMAÇÃO INICIAL

Daiane Secco1, Paulo Vinícius dos Santos Rebeque2

RESUMO

As Diretrizes Curriculares Nacionais, estabelecidas a partir dos anos 90 em função das reformas que ocorreram no ensino superior e básico, são políticas educacionais que normatizam a formação de professores no Brasil. Para o futuro professor, o estágio curricular, constitui-se um importante instrumento de reflexão sobre a realidade escolar. Os estudantes dos cursos de licenciatura, no decorrer das disciplinas de estágio, têm a oportunidade de conhecer, discutir e refletir sobre a prática docente, além do debate, sempre atual, da relação entre teoria e prática. O estágio nesse viés proporciona aos estudantes uma participação em situações reais de sua profissão, criando competências e habilidades para atuar dentro e fora da sala de aula. Relatamos neste trabalho as vivências, referentes à disciplina de

estágio supervisionado I, durante o terceiro ano do curso de Licenciatura em Física do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul – Câmpus Bento Gonçalves (IFRS-BG). Nossa proposta foi analisar as experiências, enquanto graduando, na regência do ensino de física no Colégio Estadual Landell de Moura, em Bento Gonçalves/RS. Baseados em uma abordagem qualitativa, nossos dados consistiram em documentos escolares e observações realizadas durante o estágio, registradas em um “diário de campo”. Como resultado, entendemos que o período do estágio foi um momento reflexivo de nossa ação como professores e significativo na nossa formação, durante o qual compreendemos os processos organizacionais do sistema escolar relacionando a dimensão teórica com as vivências da prática. Esperamos que as atividades observadas no estágio curricular supervisionado contribua para ampliar os debates em torno da formação e profissionalização docente na direção que nos constitua enquanto intelectuais.

Palavras-chave: Estágio Supervisionado, Diretrizes Curriculares Nacionais,

Licenciatura em Física.

1 Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul - Campus Bento Gonçalves, [email protected] 2 Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul - Campus Bento Gonçalves; [email protected]

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AVALIAÇÃO COMO INSTRUMENTO DE INCLUSÃO

Gabriela Scariot1, Paulo Vinicius dos Santos Rebeque2

RESUMO

A inclusão de estudantes com Necessidades Educativas Especiais (NEE) tem sido

tema constante de pesquisa e debate no meio acadêmico. Nos últimos anos ocorreu

um aumento considerável no número de estudantes com NEE na escola brasileira.

No entanto, o que de fato tem sido feito nas escolas brasileiras para viabilizar a

inclusão desses alunos em turmas regulares? Estudos relatam que deficientes

mentais, tais como: hiperativos, pessoas com déficit de atenção, dislexia, entre

outros, apresentam dificuldade no desempenho comunicativo e nas relações

interpessoais. Nesse sentido, acreditamos ser necessário, para promover uma

inclusão verdadeira, o desenvolvimento de atividades específicas que considerem as

dificuldades dos alunos. Com base nessas preocupações, nosso trabalho teve como

objetivo descrever instrumentos e procedimentos para a avaliação e promoção da

inclusão de deficientes mentais em aulas de física. Nosso estudo foi realizado com

alunos do 2º ano de Ensino Médio do Colégio Estadual Olga Ramos Brentano,

localizado na cidade de Farroupilha - RS. A coleta de dados consistiu no registro de

atividades como: avaliação do grupo docente de trabalho, autoavaliação do grupo

discente, utilização de materiais diferenciados, elaboração de tarefas interativas,

gincanas, pesquisas, entre outros. Os resultados indicam mudanças positivas no

sistema de avaliação proposto, além de proporcionar um maior envolvimento de

todos os alunos, inclusive os alunos regulares que não são amparados por

documentação. Por fim, ressaltamos que devido a falta de cooperação entre a

equipe de professores da escola e a falta de tempo para reuniões de planejamento

das atividades propostas, nossa pesquisa não foi estendida a toda a escola, passo

fundamental para viabilizar a inclusão desses alunos.

Palavras-chave: avaliação, educação inclusiva, deficiência mental.

1 Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul - Campus Bento Gonçalves; [email protected] 2 Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul - Campus Bento Gonçalves; [email protected]

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A FÍSICA MODERNA CONTEMPORÂNEA E OS SEUS IMPACTOS NA

APRENDIZAGEM DE UM GRUPO DE ALUNOS DO ENSINO MÉDIO:

DESAFIOS E POSSIBILIDADES

Milene Rodrigues Martins1, Gisele Palma2, José Luis Boldo3

RESUMO

O presente trabalho tem como tema os impactos da Física Moderna Contemporânea

(FMC) na aprendizagem de um grupo de alunos do Ensino Médio de uma escola

pública, situada na região serrana do Rio Grande do Sul, por meio do estudo da

espectroscopia. O objetivo da investigação foi compreender tais impactos com o

auxílio de uma atividade experimental, contextualizada à realidade dos alunos,

sendo que o questionamento central do mesmo foi compreender “De que forma a

Física Moderna Contemporânea impacta nos processos de construção de

aprendizagem dos alunos, auxiliando-os a compreender o mundo que os cerca?”. A

pesquisa foi de natureza quantitativa e qualitativa, tendo como procedimento de

coletas de dados a aplicação de questionários, entrevistas semiestruturadas,

observações e respectivos registros das mesmas. A análise dos dados se deu por

meio da metodologia de análise de conteúdo. Com base na mesma os dados foram

categorizados em quatro dimensões que apresentam potencialidades no Ensino de

FMC: atividades experimentais, relação da Física com o cotidiano, contextualização

histórica e utilização de ferramentas computacionais. Acredita-se que, por meio do

desenvolvimento desse projeto de inserção da Física Moderna Contemporânea no

Ensino Médio, foi possível constatar que a mesma impacta positivamente na

construção do conhecimento científico, uma vez que foi possível levar os alunos a

compreenderem a Física como um elemento presente em suas vidas, percebendo-a

como uma ciência próxima a eles.

Palavras-chave: Física Moderna Contemporânea; Ensino e aprendizagem;

Espectroscopia;

1 Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul – Campus Bento Gonçalves,

[email protected] 2 Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul – Câmpus Bento Gonçalves, [email protected] 3 Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul – Campus Bento Gonçalves,

[email protected]

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UMA REFLEXÃO SOBRE O CONCEITO DE OBSTÁCULO

EPISTEMOLÓGICO PARA O ENSINO DE CIÊNCIAS: CONCEPÇÃO

DO MOVIMENTO ARISTOTÉLICO

Alex Lino1, João Ricardo Neves da Silva2

RESUMO

Apresentamos aqui uma reflexão teórica acerca dos conceitos de “obstáculo epistemológico” e “obstáculo didático”, duas construções importantes e complementares que podem ser pensados no âmbito do ensino de ciências. A partir das noções de formação de conhecimento de Gaston Bachelard e dos referenciais sobre didática inspirados em Brousseau, foi possível construir uma relação entre os dois conceitos e pensa-los como apoio à investigação da aprendizagem em aulas de ciências, ressaltando, ainda, o papel do conhecimento do professor na elaboração de planejamentos de aula potencialmente facilitadores da identificação e superação dos obstáculos estudados. Como exemplo de aplicação da teoria, investigamos o conceito de movimento em Aristóteles e as ideias prévias dos alunos acerca do mesmo. Investigamos inicialmente os obstáculos epistemológicos na concepção aristotélica sobre o movimento, relativamente a ação e necessidade de força contínua durante todo o deslocamento de um projétil; e a ideia de causa e efeito, que concebe o movimento como um efeito determinado por uma causa, se cessada a causa, cessa-se o movimento, desta forma o movimento é idealizado como um processo de mudança e não como um estado. Este é um obstáculo epistemológico que está presente nas concepções prévias dos alunos no momento inicial do estudo sobre o movimento, o qual identificamos com um questionário aplicado aos alunos de 9° ano do Ensino Fundamental em uma aula de Física sobre o tema. Em seguida, elaboramos um modelo de como e quando, possivelmente, esses obstáculos poderiam surgir durante uma aula. As reflexões aqui apresentadas se baseiam em duas perspectivas importantes no estudo das aprendizagens em ciências e que se fazem necessárias à medida que podem conduzir futuras elaborações no que se refere aos obstáculos apresentados pelos estudantes na aprendizagem de ciências. A partir de Bachelard, identificamos que os obstáculos epistemológicos, por se constituírem ao longo do desenvolvimento dos conceitos são inerentes ao conhecimento e podem ser transpostos em sua relação com a sala de aula no momento do desenvolvimento do mesmo. No entanto, o professor, conhecedor dos possíveis obstáculos, pode, por meio da elaboração de determinadas sequências didáticas, reconstruir e desobstaculizar o conhecimento a ser aprendido.

Palavras-chave: Obstáculo epistemológico, obstáculo didático, movimento,

Aristóteles

1 Universidade Estadual de Maringá, [email protected] 2 Universidade Federal de Itajubá – Instituto de Física e Química, [email protected]

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A ABORDAGEM DAS QUESTÕES SOCIOCIENTÍFICAS EUGENIA E

CÉLULA SINTÉTICA NA FORMAÇÃO INICIAL DE PROFESSORES:

COMPREENSÕES SOBRE A CIÊNCIA

Diana Fabiola Moreno Sierra1, Washington Luiz Pacheco de Carvalho2, Jandira Líria

Biscalquini Talamoni3

RESUMO

Este trabalho é parte de uma pesquisa mais ampla, a qual está em andamento e pretende discutir as concepções de ciência dos licenciandos ao participar da análise das implicações sociais e científicas de pesquisas sobre a eugenia e a célula sintética. A pesquisa é justificada na formação do professor diante o desenvolvimento científico atual em especial sobre a manipulação do vivo, no qual existe uma necessidade por integrar diversos conhecimentos filosóficos, sociológicos, éticos e disciplinares que muitas vezes são deixados de lado no Ensino de Ciências. Na pesquisa participaram 14 licenciandos, 9 mulheres e 5 homens, estudantes de diferentes áreas, sendo 6 de Biologia, 4 de Pedagogia infantil, 2 de Ciências Sociais, 2 de Inglês. As idades destes licenciandos variavam entre 17 e 29 anos. Os alunos cursavam diferentes semestres e a maioria estava na finalização do curso, no entanto, uma aluna encontrava-se no primeiro semestre e outra, no segundo semestre. Os licenciandos participaram da disciplina optativa “Formação docente em questões sociocientíficas (QSC)”, oferecida no ano 2013, em uma universidade pública colombiana. Realizou-se 24 encontros de duas horas cada um. Dois professores foram responsáveis pela disciplina; um deles com formação em Filosofia e a primeira autora desta pesquisa, Licenciada em Biologia. Nesta investigação optou-se pela abordagem interpretativa e compreendeu três momentos, no primeiro caracterizou-se o grupo participante e indagou-se sobre as concepções de ciência, no segundo momento o grupo estudou as QSC de eugenia a partir do Diagnóstico Genético Preimplantacional (DGPI) e a célula sintética, finalmente possibilitaram-se reflexões sobre a relação das questões sociocientíficas e a formação do professor. A constituição de dados é realizada a partir de várias leituras das transcrições das gravações em áudio dos encontros, além das conversas com o professor e as entrevistas realizadas com o grupo participante, bem como os textos escritos produzidos pelos estudantes. Todo o processo de registro contou com a autorização dos participantes. Alguns resultados do primeiro momento indicam uma predominância de uma concepção de ciência como sinônimo de bem-estar a qual vai se confrontando ao trabalhar com as QSC de eugenia e vida sintética, trazendo elementos como: interesse no trabalho científico, relações ciência e empresa e controle da ciência. Outro aspecto importante foi a necessidade de também pensar nas ciências humanas quando se indaga pelas ciências da natureza.

Palavras-chave: Formação de professores crítica, tecnociência, ciência, tecnologia, sociedade e ambiente, manipulação genética.

1 Universidade Estadual Paulista - Faculdade de Ciências, [email protected]

2 Universidade Estadual Paulista - Faculdade de Ilha Solteira, Departamento de Física e Química, [email protected] 3 Universidade Estadual Paulista - Faculdade de Ciências, Departamento de Ciências Biológicas,

[email protected]

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O DESENVOLVIMENTO DE UM DISPOSITIVO DE ANÁLISE DOS

DISCURSOS DE VERTENTE HABERMASIANA

João Ricardo Neves da Silva1, Lizete Maria Orquiza de Carvalho2

RESUMO

Nesta pesquisa nos pautamos nas defesas do referencial habermasiano para compreender como o processo comunicativo desenvolvido entre os docentes pode influenciar nas suas práticas e concepções acerca de suas disciplinas no curso de licenciatura em física. Dessa maneira, entendemos que as premissas a partir das quais Habermas constrói sua concepção de comunicação exigem uma leitura apropriada dos dados obtidos. Ou seja, as concepções de discurso e ação comunicativa no referencial habermasiano não poderiam ser analisadas em sua completude a partir das metodologias de análise comumente utilizadas na área de ensino (Análise de Conteúdo e Análise de Discurso, por exemplo). Sendo assim, o que se apresenta aqui é um ensaio teórico de um “dispositivo de análise” das manifestações linguísticas baseado nas característica atribuídas por Hebermas ao processo comunicativo e uma proposta de sequencia de análise baseada nesse arcabouço teórico. Entendemos, então, que, neste intento, nos compete delinear os aspectos reconstrutivos da filosofia habermasiana e a teoria dos atos de fala como principais elementos na construção deste dispositivo. Assim, a partir das obras específicas “Racionalidade e Comunicação” (HABERMAS, 1996), “Ciências sociais reconstrutivas versus ciências sociais compreensivas” (HABERMAS, 1989) e “Habermas e a Reconstrução” (REPA, 2004), delineamos conceitos chave na comunicação, do ponto de vista habermasiano, tais como “atos de fala”, “pretensões de validade”, interpretação, “argumentação” e “discurso”, que são essenciais nessa tarefa.

Palavras-chave: Teoria da Ação comunicativa, Análise, Metodologia.

1 Universidade Federal de Itajubá – Instituto de Física e Química, [email protected]

2 Universidade Estadual Paulista – Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira, Departamento de Física e Química, [email protected]

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DESAFIOS E POSSIBILIDADES DO USO DE HISTÓRIA E FILOSOFIA

DA CIÊNCIA NO ENSINO DE FÍSICA NA EDUCAÇÃO BÁSICA

Lorena de Lima Auer1, Ingrid Carvalho Ferrasa2

RESUMO

O presente trabalho resulta das atividades desenvolvidas na disciplina de Estágio Curricular Supervisionado em Ensino de Física I, as quais continuarão sendo desenvolvidas no ano de 2014, via projeto de pesquisa integrado ao programa de formação de aprendizes de professores e pesquisadores numa perspectiva dialógica-problematizadora. Para a definição do tema de pesquisa, foram utilizadas três diferentes estratégias de investigação da realidade educacional: análise documental, observações na Escola, entrevistas e, especialmente, a observação direta com uso de um roteiro segundo Mion, para identificar as situações problemáticas no ensino de Física, em um Colégio da cidade de Ponta Grossa – PR. No registro de dados, realizado por meio de apontamentos em diário de campo foi possível diagnosticar com regularidade a falta de participação dos alunos na construção do conhecimento. Desta forma, pretende-se utilizar a investigação temática proposta em Freire como meio para sobrepujar este obstáculo, viabilizando a possibilidade do conhecimento ser transformador da realidade dos envolvidos. Como proposta de ensino buscamos subsídios em Matthews para o uso da História e Filosofia da Ciência (HFC) no Ensino de Física, para que as pretensões expostas sejam concretizadas. Martins argumenta sobre a visão que a HFC traz a respeito da construção e do desenvolvimento científico, as influências sociais e religiosas para que determinados resultados fossem alcançados (leis e postulados). Ainda, alguns autores propõem que o cientista deve se desvencilhar da sua imagem de detentor do conhecimento, que pode ser viabilizado pela abordagem da HFC, já que desta forma podemos estudar os insucessos das teorias, suas reestruturações e suas construções até que fossem aceitas pela comunidade científica. Desta maneira, a ação-dialógica proposta por Freire permeará todo o processo de docência supervisionada a fim de desenvolver a criticidade de aluno frente à realidade na qual se encontra, fazendo referência à importância do conhecimento científico como um dos elementos potenciais para que isto ocorra. Para o desenvolvimento dessa proposta, usaremos a investigação-ação educacional, seguida pelos momentos pedagógicos trazidos por Delizoicov e Angotti que estará presente durante toda a prática educativa desenvolvida pela professora iniciante, em momentos de planejamento, ação, observação e reflexão, na qual o objeto de estudo está direcionado a própria prática educacional.

Palavras-chave: História e Filosofia da Ciência, investigação-ação, dialogicidade,

Ensino de Física, ensino problematizador

1 Universidade Estadual de Ponta Grossa, [email protected] 2 Universidade Estadual de Ponta Grossa, Departamento de Métodos e Técnicas de Ensino,

[email protected]

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DE “PROFESSORA” A “PROFESSORA-PESQUISADORA” –

DILEMAS DESSA TRANSIÇÃO EM UM GRUPO DE PESQUISA

Maria de Lourdes Oliveira Porto1

RESUMO

Este trabalho apresenta algumas reflexões de uma professora da educação básica, que após

ingressar em um Programa de Pós-Graduação em Educação Científica, iniciou seu primeiro

contato com a pesquisa na sala de aula. Nesse contexto consideramos estar passando por um

momento de transição entre torna-se “professora” e “professora-pesquisadora”. Com base no

referencial do professor-pesquisador (LUDKE, 2006), discutiremos elementos da nossa

experiência como professora-pesquisadora, a partir do diário descritivo-reflexivo, constituído a

partir de observação participante, de acordo com Bogdan e Biklen (1997) e a partir de reflexões

provenientes de participação no grupo de pesquisa Formação e Atuação de Professores de

Ciências (FACI). Realizamos duas experiências de uma pesquisa de intervenção em duas

escolas públicas do município de Jequié, em turmas da Educação de Jovens e Adultos,

buscando identificar contribuições e limites do Enfoque CTS para o ensino de Ciências/Biologia.

Nessas duas experiências participamos como professora-pesquisadora. Trata-se de uma

pesquisa sobre a prática pedagógica, visando sua análise, compreensão e teorização. A nossa

formação inicial apresentou muitas limitações e o aprofundamento sobre o processo de pesquisa

deu-se praticamente na pós-graduação stricto-sensu. Segundo Rausch (2012), essa realidade é

a mesma de muitos professores brasileiros. O objetivo desses trabalhos foram contribuir com

área de Ensino de Ciências, principalmente com as discussões relacionadas à implementação

do Enfoque CTS em contextos reais da escola, mas também tem um forte viés formativo, pois

como a EJA se constitui como nosso campo de trabalho, essas investigações potencializam a

pesquisa como condição de desenvolvimento profissional, por meio da reflexão sobre a prática.

Em relação às potencialidades da prática de investigação da ação, destacamos: (1)

comprometimento com um ensino de Ciências mais inovador; (2) desenvolvimento de

habilidades quanto a formulação de problemas de pesquisa; (3) busca por procedimentos

metodológicos adequados para constituição dos dados e análise dos resultados; (4) controle da

subjetividade no processo de análise; (5) desenvolvimento da capacidade argumentativa.

Consideramos fundamental o processo de sistematização da pesquisa do professor, porque sua

ausência pode ser um dos motivos que contribui para a desvalorização desse tipo de pesquisa

no campo das pesquisas em educação. Além disso, entendemos a docência como um meio pelo

qual se produz conhecimento por meio da ação. Concordamos com Rausch (2012) quando

reitera que a pesquisa do professor também é um processo sistematizado que requer métodos

apropriados voltados com o fazer ciência relacionada à docência. Em relação à participação em

grupos de pesquisa consideramos esse espaço como necessário e complementar à pesquisa

desenvolvida pelo professor porque se constitui como um meio oportuno para estabelecimentos

de relações entre teoria e prática, de uma postura crítica em relação ao cotidiano da escola e

contribue para o desenvolvimento de uma práxis transformadora e de uma práxis orientada pela

pesquisa, segundo a qual os fatos deixam de ser simplesmente “o que é” (KINCHELOE;

McLAREN, 2006).

Palavras-chave: Professor-pesquisador, grupos de pesquisa

1 Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, [email protected]

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PROCEDIMENTOS PARA IMPLANTAÇÃO DO CURSO DE FÍSICA NA

MODALIDADE EAD

Moisés de Souza Arantes Neto1, Paulo Vitoriano Dantas Pereira2

RESUMO

Diante da necessidade de melhoria do Ensino Fundamental e do Ensino Médio e buscando atender às demandas submetidas a esta Universidade, a Universidade Federal do Tocantins (UFT) vem propor a oferta do curso de Licenciatura em Física a distância. Este trabalho tem como objetivo apresentar alguns procedimentos para implantação do curso de Física na modalidade à distância. A opção pelo curso de Licenciatura em Física deve-se ao fato de ser uma das áreas do conhecimento com maior deficiência de professores graduados e capacitados para o seu ensino no Estado. Prioritariamente, foi garantido um quantitativo de vagas para professores leigos em exercício na rede pública do ensino nos anos/séries finais do ensino Fundamental e/ou no Ensino Médio sem licenciatura em Física. O curso foi oferecido baseado no Projeto Pedagógico do curso (PPC) de Física na modalidade EaD, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, que cedeu à Universidade Federal do Tocantins a matriz do material didático do curso, ficando sob a responsabilidade desta instituição a adequação do material à realidade local, a reprodução do mesmo e a oferta do curso. O pólo é o espaço para as atividades presenciais, mas é, sobretudo, o local onde o aluno encontra semanalmente o seu tutor presencial, para orientação e esclarecimento de dúvidas. O projeto passou por várias adequações para ser aprovado no conselho diretor dos campi da UFT. Depois de ser aprovado no conselho diretor o PPC passou para a aprovação no Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (CONSEPE), e então o curso foi habilitado para ter seu início. Uma grande dificuldade enfrentada para a aprovação do PPC nos campi foi uma grande resistência de alguns colegas para a implantação de cursos na modalidade de ensino à distância. A maioria dos colegas professores que são contra essa modalidade de ensino é por causa da falta de informação. A escolha dos professores do curso de física passou por uma dificuldade que outros cursos em todo o país não devem ter passado, pois o curso na modalidade a distância não teve como base um curso de Física presencial já existente. Portanto, os professores que compõem o colegiado do curso física na modalidade EaD da UFT, são professores de outros cursos, mas com afinidades com algumas componentes curriculares do curso. Palavras-chave: Física, EaD, PPC

1 Universidade Federal do Tocantins, Diretoria de Tecnologias Educacionais, [email protected]

2 Universidade Federal do Tocantins, Diretoria de Tecnologias Educacionais, [email protected]

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RELAÇÃO DE AUTORIA COM O CONHECIMENTO:

POSSIBILIDADES DA ROBÓTICA COMO PRÁTICA PEDAGÓGICA

DE INTERVENÇÃO EM CASOS DE DIFICULDADES DE

APRENDIZAGEM

Sérgio do Nascimento Senna1, Deise Aparecida Peralta2

RESUMO

O registro de índices negativos nos resultados obtidos no Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (SAEB) e no Sistema de Avaliação do Rendimento Escolar de São Paulo (SARESP) têm imposto a necessidade de fomentar investigações que possam contribuir para o aprimoramento de procedimentos de ensino e de avaliação que garantam a construção de aprendizagens significativas de conteúdos curriculares de Matemática e Ciências da Natureza. Dentro desta perspectiva a Robótica na Escola pode ser entendida como metodologia alternativa ao ensino tradicional de conteúdos curriculares na escola básica, admitindo que ela (a robótica) tem o potencial de tornar o aluno produtor, e não apenas consumidor de tecnologia digital, nos processos de ensino e aprendizagem de forma interdisciplinar. Dentro desta perspectiva o presente projeto vislumbra a possibilidade de investigar a proposição da robótica na escola como prática pedagógica de intervenção em casos de dificuldades de aprendizagem, admitindo que ela (a robótica) tem o potencial de promover atividades pedagógicas interdisciplinares, experimentais e de natureza inovadoras, relativas aos principais conceitos científicos tratados na Educação Básica.

Palavras-chave: Robótica. Dificuldades de Aprendizagem. Práticas Pedagógicas.

1 Universidade Estadual Paulista – Faculdade Engenharia de Ilha Solteira

2 Universidade Estadual Paulista – Faculdade Engenharia de Ilha Solteira, Departamento de Matemática, [email protected]

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CAPACITAÇÃO DOCENTE NO PROJETO PIBID FÍSICA UEL – UMA

PROPOSTA DE ATIVIDADES PRÁTICAS EM SALA DE AULA

Vander Afonso Lima1, José Vicente Zenf2

RESUMO

Devido a grande dificuldade em ensinar e compreender Física durante o ensino médio nas escolas públicas e privadas é necessário à busca continua por metodologias, estratégias e atividades que venham contribuir por um melhor aprendizado para o aluno (CAVALCANTE, 2010). O projeto PIBID (Programa de Iniciação à Docência) contribui de maneira positiva para alunos da graduação desde o primeiro ano, ofertando preparação didática, montagem de experimentos e outras atividades que sejam possíveis de se trabalhar em sala de aula. Ele também serve para suprir a falta de professores na rede pública, principalmente na área de Exatas. Nesse ano, no Colégio Estadual Maria do Rosário Castaldi, durante o primeiro semestre, os alunos do PIBID Física participaram de uma capacitação pedagógica, incluindo dinâmicas corporais para melhorar a postura enquanto professores, bem como planejamento de aulas, montagem de experimentos de baixo custo, metodologias para facilitar a explicação matemática usada nas resoluções de problemas, incentivo a jogos lógicos para exercitar o cérebro, leituras de artigos e reportagens sobre o tema em questão, regências, entre outros. Ainda no primeiro semestre, houve uma capacitação nos encontros semanais que ocorrem na Universidade, sobre Expressões Faciais para facilitar a relação professor-aluno, visita e reconhecimento dos experimentos realizados no Museu de Ciência e Tecnologia. Já no segundo semestre, ocorreu o atendimento dos alunos no contra turno para tirar dúvidas de Física e aproveitando o tempo para demostrar experimentos. O III Encontro do PIBID/UEL realizado no começo do mês na própria Universidade proporcionou integração e conhecimento das atividades dos outros cursos visando a troca de conhecimentos e metodologias para futuras atividades interdisciplinares nas escolas. Neste trabalho apresentamos uma visão geral desse curso de capacitação, descrevendo as atividades desenvolvidas, bem como uma aplicação prática junto aos alunos de escolas da rede pública de Londrina.

Palavras-chave: Metodologias de Ensino, PIBID FÍSICA, Ensino de Física.

1 Universidade Estadual de Londrina, [email protected]

2 Colégio Estadual Maria do Rosário Castaldi, [email protected]

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DESENVOLVIMENTO DE UMA TEMÁTICA INTERDISCIPLINAR COM

ALUNOS DO ENSINO FUNDAMENTAL

Cristiane Rizzato Pavan Martins1, Daniele Karina Lenharo2, Eloiza Bueno3, Mônica

Tadeusa Vieira4, Thiago Mendonça5

RESUMO

A Escola enquanto instituição social influencia grandemente a vida dos adolescentes

e pode desenvolver ações que promovem a saúde e induz a hábitos saudáveis

através de informações fornecidas pelo seu trabalho. As iniciativas de promoção da

saúde escolar podem ser potencializadas pela participação ativa das equipes de

Saúde da Família (DEMARZO; AQUILANTE, 2008), sempre em associação com as

equipes de educação. Isso perpassa pela formação de um aluno autônomo e

emancipado (FREIRE, 2011). Os professores do Pequeno Grupo de Pesquisa (PGP)

da Escola Estadual Prof. Sebastião Inoc Assumpção (INOC), de Arealva-SP,

desenvolveram projeto interdisciplinar com os alunos das séries finais do Ensino

Fundamental, tendo como foco o “padrão de beleza, consumo e saúde”, dentro do

contexto do Projeto Observatório da Educação (OBEDUC). Tal temática foi

construída coletivamente pelos professores, e tem origem da própria realidade da

escola, que apresenta um número crescente de alunos obesos, diabéticos e com

distúrbios alimentares, como anorexia e bulimia. Foram desenvolvidas diversas

ações com o grupo descrito e o mais importante, realizadas com uma visão

interdisciplinar caracterizada pela participação de professores de disciplinas como

ciências, educação física e matemática. As ações desenvolvidas na escola incluíram

discussões dos temas estudados, aulas dialogadas, exibição do documentário

“Muito além do Peso”, leitura e interpretação de textos, cálculo do IMC,

levantamento dos hábitos alimentares dos alunos e tabulação e construção de

gráficos e análises dos mesmos. Houve construção de um mural comparativo em

relação a atitudes e comportamentos de bulimia e anorexia, trabalhando em

diferentes disciplinas com esses dados. A princípio, nota-se que tais ações

contribuíram para a tomada de consciência e reflexão sobre o tema abordado, bem

como uma maior participação dos alunos envolvidos, além dos relatos envolvendo

mudanças de hábitos alimentares e de vida. Cabe ressaltar que, por conta das

demandas do PGP se direcionarem para outros assuntos, tais resultados são

preliminares e serão complementados por análises futuras.

Palavras-chave: ensino de ciências, práticas pedagógicas, interdisciplinaridade,

questões sociocientíficas.

1 Escola Estadual Prof. Sebastião Inoc Assumpção, [email protected] 2 Escola Estadual Prof. Sebastião Inoc Assumpção, [email protected] 3 Escola Estadual Prof. Sebastião Inoc Assumpção, [email protected]

4 Escola Estadual Prof. Sebastião Inoc Assumpção, [email protected] 5 Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Ciências, Bauru/SP, [email protected]

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PERCEPÇÕES DE UM PROFESSOR DE FILOSOFIA E SOCIOLOGIA

ACERCA DO TRABALHO DO PGP DE AREALVA-SP NO CONTEXTO

DO PROJETO OBSERVATÓRIO DA EDUCAÇÃO

Michel Gustavo de Almeida Silva1

RESUMO

O encontro de Pequenos Grupos de Pesquisas (PGPs), realizados no âmbito do Grande Grupo de Pesquisa (GGP), em outubro de 2013, em Ilha Solteira, propiciou ao professor autor deste trabalho importantes reflexões acerca da problemática escolar. O objetivo desta comunicação é apresentar algumas percepções acerca do trabalho do PGP Arealva a partir do encontro supracitado sob a perspectiva de um professor de filosofia e sociologia da E.E. Prof. Sebastião Inoc Assumpção (Arealva-SP). Nesse encontro, uma das atividades consistiu na discussão da obra Racionalidade e Comunicação do filósofo Jürgen Habermas, que possibilita a compreensão do PGP como esfera pública de comunicação. Nesse sentido, o PGP oferece aos professores envolvidos uma oportunidade de reflexão em grupo sobre os problemas do cotidiano escolar, sejam estes de ordem pedagógica, disciplinar ou ainda relacionados às questões sociocientíficas, as quais constituem um dos focos do Projeto Observatório da Educação. Muitos debates têm sido realizados no contexto do PGP de Arealva e isso tem influenciado os professores a olhar de forma mais crítica para o fazer pedagógico. A adesão dos professores à essa proposta de trabalho em grupo ocorreu de forma espontânea, evidenciando-se que os professores são cônscios da importância do PGP como uma esfera pública para debates sobre o acontecer escolar. Os atores da Universidade, representados pelos pós-graduandos da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (UNESP), partícipes da teoria habermasiana, proporcionaram condições para os professores da organização escolar em questão entenderem que o debate do PGP deveria ser pautado na ação comunicativa, segundo a qual todos os indivíduos tem direito de expressar suas opiniões, respeitando a opinião do outro primeiramente, após a assunção de um consenso coletivo. O trabalho foi realizado durante os encontros presenciais realizados semanalmente às quartas-feiras, no horário da Aula de Trabalho Pedagógico Coletivo (ATPC) e por troca de informações via web. O grupo de Arealva teve como enfoque a discussão acerca dos padrões de beleza e o consumismo, sendo realizados desde debates em sala de aula, produção textual, reprodução e análise de músicas e palestras sobre o tema, pesquisas de campo com os alunos e um trabalho coletivo envolvendo os professores de várias disciplinas. No decorrer dos encontros do PGP, o autor compreendeu que além de constituir um espaço para o diálogo aberto e pluralista sobre o acontecer escolar, o PGP ainda funciona como oficina para o trabalho docente pautado na interdisciplinaridade e na transversalidade de temas.

Palavras-chave: formação de professores, trabalho coletivo, cotidiano escolar, ação

comunicativa, transversalidade.

1 Escola Estadual Professora Sebastião Inoc Assumpção, [email protected]

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PROCESSO DE INCLUSÃO DE CRIANÇAS COM DEFICIÊNCIA

AUDITIVA NA ESCOLA REGULAR

Regiane Rodrigues da Silva1

RESUMO

Na ultima década, observamos uma evolução das práticas inclusivas, ainda que os

princípios políticos e sociais que regem a inclusão não tenham sido incorporados

completamente no cotidiano da sala de aula, causando inquietação no meio

educacional e muita insegurança nos pais, talvez pela falta de conhecimento e/ou

preconceito enraizado em relação às pessoas deficientes (BUFFA, 2005). O

presente estudo tem como objetivo conhecer a vivência de professores no processo

de inclusão de crianças com deficiência auditiva em escola regular no contexto de

um Pequeno Grupo de Pesquisa (PGP). Relatamos o trabalho realizado no

acompanhamento de um aluno com deficiência auditiva na E.E. Prof. Sebastião Inoc

Assumpção (INOC) com o uso de figuras e palavras, na fase de memorização da

escrita das palavras de forma correta, o seu desenvolvimento e a sua interpretação.

O período em que estive com o aluno surdo foi de grande importância, tanto na

questão de aprender e ensinar como na questão de valorização do ser humano.

Especificamente no primeiro ano como interprete no INOC, tive dificuldades e aos

poucos fomos adaptando as estratégias e as coisas foram se adequando ao que

desejávamos, visto que a fase de adaptação com o outro e seu relacionamento

depende de vários fatores. Já no segundo e terceiro ano foi outra realidade, assim

como eu e os demais professores de cada área percebemos o esforço e a interação

do aluno com os demais colegas de sala e se comunicando com libras. Destaca-se a

importância de trabalhar com aluno focando na aquisição da língua, sendo esta

percebida como um código a ser aprendido gradativamente. Outros fatores que

contribuíram com o desenvolvimento do trabalho que a gestão escolar e o corpo

pedagógico desempenharam. É importante destacar também que a participação dos

encontros com PGP contribuíram com a aquisição e percepção dos descritores de

expectativas de aprendizagem no que diz respeito a formação e desenvolvimento da

criança e não necessariamente à inclusão.

Palavras-chave: Educação Inclusiva; Ensino fundamental e médio; competência

profissional.

1 Escola Estadual Professor Sebastião Inoc Assumpção, [email protected]

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POSSIBILIDADES DA INTERAÇÃO UNIVERSIDADE-ESCOLA NA

VISÃO DA GESTÃO ESCOLAR: O CASO DO PGP AREALVA

Viviane Almeida Silva1

A Direção e Coordenação Pedagógica da Escola Estatual Prof. Sebastião Inoc Assumpção recebe desde 2011 a Universidade através do Projeto Observatório da Educação, com a participação dos pós-graduandos da Unesp câmpus Bauru no estabelecimento e manutenção do Pequeno Grupo de Pesquisa de Arealva (PGP-Arealva). O nosso objetivo é relatar a experiência do PGP Arealva com a participação da gestão da escola no fortalecimento do grupo e a consolidação das ações do mesmo. O trabalho no grupo envolve três grandes eixos: a Formação de Professores, a Avaliação em Larga Escala e as Questões Socio-Científicas. O projeto obteve maior apoio neste ano de 2013, com a concessão de um horário semanal da Aula de Trabalho Pedagógico Coletivo (ATPC) exclusivamente para as reuniões do PGP, alcançando assim um número maior de professores. A gestão da escola participa ativamente das reuniões semanais e contribui para que as ações que o grupo elenca sejam concretizadas, pois essa parceria Universidade-Escola é gratificante tanto para os professores, quanto para os alunos, que através das questões sócio-científicas estão desenvolvendo novos conhecimentos e, como a escola é um espaço de vivências, ao aprender, apoiamos e incentivamos que as atividades aconteçam. No eixo de formação de professores foram estudados e apresentados livros de autores das indicações da Secretaria de Educação do Estado de São Paulo, pois em 2013 tivemos Prova de Mérito (Setembro/2013), Processo Seletivo Simplificado (Outubro/2013) e Concurso público para o provimento do cargo de Professor da Educação Básica (Novembro/2013). No eixo Avaliação em Larga Escala, foram detectadas algumas situações-problema dentro das disciplinas avaliadas. No eixo de questões sócio-científicas, abordamos o tema Padrões de Beleza, Saúde e Consumo, cujo público-alvo foram as séries participantes do Sistema de Avaliação de Rendimento Escolar do Estado de São Paulo (SARESP), que avalia alunos do nono ano do Ensino fundamental e terceiro ano do Ensino Médio. Os professores têm trabalhado em conjunto sobre o tema, desenvolvendo o senso crítico nos alunos e apresentações para a comunidade escolar como atividades do PGP. Consideramos como diferencial do PGP Arealva o respaldo dado pela gestão da escola, que incentiva e apoia as ações do PGP por reconhecer que é um espaço formativo e por considerar que os professores desenvolvem ações diferenciadas com os alunos.

Palavras-chave: Gestão, Formação de Professores, Avaliação em larga escala,

Questões Sócio-Cientificas.

1 Escola Estadual Professor Sebastião Inoc Assumpção, [email protected]

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TRANSFORMANDO O BLOQUEIO DE NOVOS ALUNOS DO

COLÉGIO ESTADUAL PRÉ-UNIVERSITÁRIO DO 1º ANO DO ENSINO

MÉDIO EM UMA VISÃO DINÂMICA PARA O APRENDIZADO DE UMA

NOVA DISCIPLINA (ENSINO DE FÍSICA)

Denise Pereira dos Santos1, Luiz Gonzaga Roversi Genovese2

RESUMO

Este trabalho tem como finalidade estudar o bloqueio (dificuldade) dos alunos do

Colégio Estadual Pré Universitário do primeiro ano do ensino médio na disciplina de

Física. Em um primeiro momento surge a controvérsia: Qual a melhor forma de se

repassar de maneira satisfatória ao aluno o conteúdo de ensino de ciências (Física).

Para início dos estudos foi desenvolvido um questionário. Este questionário foi

repassado para os alunos como também para todos os envolvidos direto ou

indiretamente na educação de ciência da escola. Uma controvérsia não pode ser

resolvida apenas recorrendo a fatos, dados empíricos ou vivências, pois envolve

tanto fatos como questões de valor (REIS, 2009). Á medida que uma controvérsia

científica evolui, mais variáveis que poderiam afetar os experimentos vêm á baila

(COLLINS, 2003). Em nosso referencial teórico, abordamos a qualidade da

educação no Brasil, as formas de ensinar, a definição de física, o núcleo escolar, os

professores e suas formas pedagógicas de repassar aos alunos o conteúdo do

ensino de ciência (Física). Logo em seguida temos a metodologia que trabalha com

as controvérsias (REIS e COLLINS) como também os pensamentos e ações

estudados e pesquisados durante todo o estágio I e II, e também qual será o nosso

possível resultado final diante de tal investigação cientifica. Na sequência, temos a

segunda parte, que apresenta uma análise e discussão dos fatos apurados. Com o

auxilio do professor supervisor do estágio I e II percebemos que; Controvérsias

deste tipo não podem ser resolvidas simplesmente numa base técnica, pois

envolvem outros aspectos, nomeadamente hierarquizações de valores, interesses,

necessidades e crença (REIS, 2009). Em seguida selecionamos alguns problemas

mais críticos que foram apontados pelos entrevistados e também propomos algumas

alternativas como forma de solucionar os obstáculos encontrados e finalizamos

fazendo algumas considerações e apresentando os referencias teóricos.

Palavras-chave: Bloqueio, Aluno, Física, Aprendizado e Ensino.

1Universidade Federal de Goiás – Instituto de Física, [email protected]

2Universidade Federal de Goiás – Instituto de Física, [email protected]

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A CONSTRUÇÃO DA CIÊNCIA: POR TRÁS DO QUE ACONTECE NO

LABORATÓRIO DE FÍSICA DE MATERIAIS E A SUA RELAÇÃO COM

A PRÁTICA DOCENTE

Letícia Nunes Andreatta1, Luiz Gonzaga Roversi Genovese2

RESUMO

A ciência é feita todos os dias nas universidades, nas indústrias, nos laboratórios e os resultados dela se mostram através do desenvolvimento científico e tecnológico. Entretanto, é pouco discutido sobre o que existe por trás dessa ciência, o que há por trás das decisões tomadas dentro dos laboratórios, por exemplo, qual a influência de agentes externos no desenvolvimento desta, qual a relação entre a sua construção e o dia-a-dia da sociedade. A autora participa de um grupo de pesquisa em ensino de física e faz iniciação científica com o grupo de física de materiais e, ao ser lido o livro Ciência em Ação do Bruno Latour, os autores decidiram usar a visão de Latour para analisar a dinâmica dentro do laboratório de física de materiais. Dito isso, este trabalho, que é de caráter qualitativo, irá mostrar como é o processo de construção da ciência no laboratório de física de materiais do Instituto de Física da Universidade Federal de Goiás, sinalizando a maneira como se dá tal processo, quais são as influências externas no que é feito dentro do laboratório, revelando o que há por trás das escolhas que são feitas. Vale destacar que isto será feito de um ângulo diferente, uma vez que este processo será apresentado pela visão de um agente interno, que presencia o que é feito no laboratório e que influencia nessa construção. As decisões tomadas dentro do grupo de física de materiais sofrem grande influência de agentes externos? Perceber tal influência traz alguma mudança para a prática da autora enquanto professora?

Palavras-chave: Influência externa, construção da ciência, laboratório, prática

docente.

1Universidade Federal de Goiás 2 Universidade Federal de Goiás, Instituto de Física, [email protected]

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IX ENPEFIS – Encontro de Prática de Ensino de Física de Ilha Solteira O sentido complementar do estágio e da pesquisa na formação inicial do professor Caderno de Resumos

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PERPECTIVAS METODOLOGICAS PARA O ENSINO DE CIÊNCIAS

NO ENSINO FUNDAMENTAL

Priscila Maria S. M. Teixeira1

RESUMO

A importância em estudar ciências associa-se cada vez mais a presença abundante das tecnologias em nosso cotidiano. Desse modo, democratizar o acesso aos conhecimentos tornou-se primordial para que os sujeitos possam compreender melhor o mundo, realizar escolhas conscientes e intervir responsavelmente no meio em que vivem. Este estudo investiga a importância em se ensinar e aprender ciências no ensino fundamental e as dificuldades que permeiam a aprendizagem do aluno. O ensino e aprendizagem de ciências vão além de suas aplicações cotidianas. Tornaram-se fundamentais para despertar nos estudantes o interesse pelas carreiras científicas e assim ampliar a possibilidade do país contar com profissionais capazes de produzir conhecimentos científicos e tecnológicos, que poderão contribuir para o desenvolvimento econômico e social da nação. Entretanto à medida que é reconhecido a importância do conhecimento, torna-se perceptível as dificuldades em transmitir e ensinar tal conhecimento. As tendências da educação permitem afirmar que ensinar é diferente de aprender, visto que requer interação, além de promover a transformação entre o que ensina e quem aprende. Aprender é um processo de transformação de conhecimentos, atitudes e habilidades que o aluno vivência na situação de ensino. Ensinar e aprender devem ser entendidos como ações intencionais, sistematizadas e subordinadas a aspectos socioculturais. Estudos apontam que muitos professores têm dificuldades em promover um ambiente desafiador, propício à investigação e à construção de conhecimentos em ciências. Propiciar esse ensino interdisciplinar e contextualizado nos anos iniciais constitui um desafio maior ainda para muitos docentes. Ao pesquisar formas de ensino e aprendizado para o nível fundamental tivemos por objetivo evidenciar de forma dinâmica quais fatores estimulam e proporcionam o processo de desenvolvimento metacognitivo do aluno e assim consequentemente fornecer ferramentas que auxiliam o aluno a ser um cidadão crítico reflexivo. Buscar uma melhor formação geral do aluno a fim de proporcionar conhecimentos científicos, tecnológicos e culturais, contribuindo para a formação de um cidadão consciente e sintonizado com seu tempo.

Palavras-chave: Ensino de Ciências (Física); intervenções metacognitivas; aluno;

professor.

1 Universidade Federal de Goías, [email protected]

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O SUBCAMPO DE PESQUISA EM ENSINO DE CIÊNCIAS CTS NO BRASIL

Thiago Vasconcelos Ribeiro1, Luiz Gonzaga Roversi Genovese2

RESUMO

Na busca por problematizar de forma crítica a percepção social e cultural da ciência, da tecnologia e das suas relações complexas e intrincadas com a sociedade e o meio ambiente surgiu, na área de pesquisa em ensino de ciências nos Estados Unidos e na Europa durante a segunda metade do século XX, um movimento de renovação curricular denominado de movimento CTS – Ciência, Tecnologia e Sociedade. No Brasil, as pesquisas em CTS no ensino de ciências se iniciam mais sistematicamente na década de 1990 e consolidando-se como temática de pesquisa na década de 2000. A observação de alguns elementos que permeiam o campo de pesquisa em ensino de ciências no Brasil sinaliza, em seu interior, a estruturação de um subcampo científico de pesquisa em ensino de ciências CTS. Tais elementos são: o crescimento da quantidade de publicações em periódicos e eventos nacionais; o estabelecimento de temáticas específicas CTS em importantes eventos científicos da área de ensino de ciências; a criação da Revista Brasileira de Ciência Tecnologia e Sociedade; a realização do evento internacional VI Seminário Ibérico/II Seminário Ibero-americano CTS em Brasília. O significado da noção de campo, aqui empregado, é aquele desenvolvido por Pierre Bourdieu, que é caracterizado como sendo um espaço social hierarquizado, em que atuam agentes e instituições responsáveis pela produção, reprodução e legitimação de seus valores e produtos culturais. É um espaço de relações de força e um espaço permanente de lutas pela conservação ou pela transformação das relações de força, sendo que as disputas no interior do campo ocorrem entre agentes, e/ou instituições, dotados de diferentes tipos de capitais simbólicos distribuídos de forma desigual entre eles. Desse modo, foi realizada uma pesquisa quali-quantitativa, utilizando-se a metodologia de análise de conteúdo proposta por Bardin, em que foram analisados os currículos de um conjunto de 80 pesquisadores em educação CTS em atividade no Brasil, cadastrados na Plataforma Lattes e dados acerca de seus grupos de pesquisa dentro dessa temática cadastrados no Diretório dos Grupos de Pesquisa, ambos disponíveis no portal do CNPq. A análise dos resultados permitiu identificar a estrutura de distribuição dos agentes e das instituições no interior do subcampo de pesquisa em ensino CTS, diferenciando-os e caracterizando-os de acordo com os distintos capitais acumulados, localizando quem são os grupos dominantes, os dominados, quem emprega estratégias de conservação ou de subversão da estrutura, quais os grupos que estabelecem entre si relações de trocas simbólicas, etc. Logo, a pesquisa permitiu desvelar as relações sociais invisíveis estabelecidas pelos diferentes agentes nesse campo e que influenciam as pesquisas em educação CTS e seu ensino no Brasil.

Palavras-chave: campo; capital simbólico; agentes; instituições; educação CTS.

1 Universidade Federal de Goiás, [email protected] 2 Universidade Federal de Goiás, Instituto de Física, [email protected]

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