Caderno Pedagógico Matemática SC

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    ESTADO DE SANTA CATARINA

    SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAO

    CADERNO PEDAGGICO

    MATEMTICA

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    GOVERNADOR DO ESTADO DE SANTA CATARINAJoo Raimundo Colombo

    VICE-GOVERNADOR DO ESTADOEduardo Pinho Moreira

    SECRETRIO DE ESTADO DA EDUCAOMarco Antnio Tebaldi

    SECRETRIO ADJUNTOEduardo Deschamps

    DIRETORA DE EDUCAO BSICA E PROFISSIONALGilda Mara Marcondes Penha

    GERENTE DE ENSINO MDIOMaike Cristine Kretzschmar Ricci

    GERENTE DE EDUCAO PROFISSIONALEdna Corra Batistotti

    GRUPO DE TRABALHO - SEDPatrcia de Simas Pinheiro - CoordenadoraSinara Luiza Troina Maraslis

    CONSULTOR

    Gilvan Luis Machado Costa

    PROFESSORES TUTORESJos Humberto Dias de ToledoMario SelhorstMarleide Coan CardosoMaria Salete de Miranda

    ESTADO DE SANTA CATARINA

    SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAO

    DIRETORIA DE EDUCAO BSICA E PROFISSIONAL

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    PROFESSORES COAUTORES

    Adriana Salete GalupoAndria Meurer Restelatto

    Anivar Dall AgnolAuria M. Dill TonetCarla Regina RemboskCezar Augusto UsanovichClaudir Kell dos SantosDbora Regina WagnerDelires Moresco BellattoDomingos LamonattoEdenilson Slavieiro

    Edevilson SacconEliete F. B. Pagliari

    Fbio Jos CorGilmar DalmolinHelena Maria SimonJice Helena Bortot CadoreLauro SperottoLucia Teresinha AdamczukMarivoni PozzerMarliTeresinha Primo TibolaNeiva F. PiaceskiOjanes Maria Bagio Daga

    Register Andreola

    Romana BeckenkampRosane M. SchernerRoselei Tonetti CostaSandra D. dos SantosSandro Rogrio BagnaraSilvestre FavaroTaniamara Zanata Guaragni

    Valdir Padova

    Vandir Camilo Gnero

    Zeli Scalcon

    REVISODulce de Queiroz Piacentini

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    Carssimos professores

    Inexiste pas, estado ou municpio que tenha alcanado nveis de desenvolvimento

    humano satisfatrios, para o aproveitamento de todas as potencialidades que se pretendem

    no alcance da justia social, como sujeitos crticos, livres e participantes ativos na formaoda democracia que sonhamos para todos ns, sem faz-lo por meio de uma educao

    voltada, exatamente, para estas finalidades.

    Educar, em sua etimologia latina, traz o significado de fazer brotar da terra para a vida,

    para a gerao de frutos. Na qualidade deste trazer para o crescimento est definido o fruto

    que se ir produzir. E, neste momento, coloca-se o papel do ser humano que, com sua

    formao e sua vontade, aliadas s possibilidades que encontra para uma ao educativa

    competente, torna-se o artfice na formao de seres capazes de fazer de Santa Catarina um

    estado sempre modelar, por estar sedimentado em procedimentos voltados exatamente para

    os seres humanos que o formam. o que todos esperamos de cada educador que faz do magistrio o caminho a ser

    trilhado para o crescimento de nossas crianas, jovens e adolescentes, como construtores de

    um mundo em que todos possamos caber com justia e dignidade.

    E os gestores da educao pblica estadual, em que me coloco como Secretrio da

    Educao, temos a responsabilidade de possibilitar uma estrutura, fsica e terica, com a

    sinalizao de caminhos que, com a competente ao de todo o coletivo docente, corrija

    distores e, no conhecimento de cada meio em que nos envolvemos, transforme cada

    aluna e aluno em atores vivos para uma Santa Catarina que desejamos cada vez mais bela,humana e humanizante.

    Com o envolvimento do conjunto de profissionais que atuam em nossas estruturas

    administrativas, especialmente por meio da Diretoria de Educao Bsica e Profissional e

    Gerncias Regionais de Educao, com o assessoramento de educadores e educadoras,

    produzimos estes cadernos pedaggicos para os componentes curriculares de Biologia,

    Filosofia, Fsica, Geografia, Histria, Matemtica, Qumica, Sociologia, Ensino Mdio

    Integrado Educao ProfissionalEMIEP e um especial sobreInterdisciplinaridade.

    Com o olhar voltado para uma educao de qualidade que torne cada catarinense um

    ser pleno de senso humano e esprito democrtico, envolvemo-nos para fazer chegar aosprofessores e professoras um material significativo na construo de uma escola cada vez

    mais voltada para o povo catarinense, possibilitando-nos a conscincia de que pela

    educao que trilhamos os caminhos da justia, da dignidade, do progresso e da felicidade.

    Marco Antonio TebaldiSecretrio de Estado da Educao

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    APRESENTAO

    Entre os anos de 2004 a 2007, a Secretaria de Estado da Educao reuniu professores,

    gestores e demais profissionais da educao, diretamente envolvidos com o currculo dos

    cursos de Ensino Mdio e de Ensino Mdio Integrado Educao Profissional, em eventos

    de formao continuada, com a finalidade de discutir e propor encaminhamentos terico-

    metodolgicos para a prtica pedaggica em sala de aula.

    Desses encontros de formao continuada resultou a produo de cadernos

    pedaggicos para os componentes curriculares de Biologia, Filosofia, Fsica, Geografia,

    Histria, Matemtica, Qumica, Sociologia, alm de um caderno com atividades de

    aprendizagem interdisciplinares, envolvendo todos os componentes curriculares do Ensino

    Mdio, e um caderno voltado para o currculo do Curso de Ensino Mdio Integrado

    Educao Profissional.A relevncia terica, a legitimidade para a prtica pedaggica em sala de aula, a

    vinculao aos encaminhamentos terico-metodolgicos da Proposta Curricular de Santa

    Catarina, expressos nos documentos datados de 1991, 1998, Diretriz 3/2001, Estudos

    Temticos 200, com a competente autoria dos professores e gestores da rede pblica

    estadual de ensino, validam e do legitimidade a estes cadernos como fonte de reflexo e

    planejamento dos tempos e espaos curriculares voltados educao integral dos

    adolescentes e jovens catarinenses do Ensino Mdio.

    Caro professor, trazemos esse documento para sua considerao quando do planejar edo fazer curricular, vinculados aos interesses, s diversidades, s diferenas sociais dos

    estudantes e, ainda, histria cultural e pedaggica de sua escola. No pretendemos que

    eles se constituam como fontes nicas e inquestionveis para a educao que o Estado

    catarinense tem implementado com foco no ser humano, em todas as suas dimenses. Faz-

    se essencial o trabalho de cada ente educativo no olhar pleno para a realidade que reveste

    cada meio, em suas especificidades humanas e culturais, que transforma Santa Catarina em

    modelo pluritnico, garantindo-nos estar situados como exemplo para todos os que desejam

    uma educao centrada na formao humana e cidad. Assim sonhamos a educao que nostransforme em sujeitos crticos e cientes de nosso papel na transformao do mundo. Temos

    certeza de que este material, produzido por meio de um trabalho coletivo, ter bom proveito

    e aplicabilidade no seu dia a dia escolar.

    Gilda Mara Marcondes Penha Maike Cristine Kretzschmar RicciDiretora de Educao Bsica e Profissional Gerente de Ensino Mdio

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    SUMRIO

    Introduo........................................................................................................................7

    Parte IEducao ambiental e educao e sade..........................................................11

    I Atividade de aprendizagem a natureza pede socorro.................11

    II - Atividade de aprendizagem alimentao....................................16

    III - Atividade de aprendizagem gua: fonte de vida.......................28

    Parte II

    Pluralidade cultural, tica e cidadania............................................................ 34

    I - Atividade de aprendizagem consuma com moderao e evite pagar

    juros ....................................................................................................... 34

    II - Atividade de aprendizagem fazer o bem sem olhar a quem .... 42

    III - Atividade de aprendizagem a fora do futsal em So Miguel do

    Oeste........................................................................................................ 51

    Parte III

    Educao e tecnologia, educao e trabalho................................................... 59

    I - Atividade de aprendizagem criao de aves: uma fonte alternativa

    de renda .................................................................................................. 59

    II - Atividade de aprendizagem o reflorestamento de eucaliptos na

    regio de Chapec................................................................................... 70

    III - Atividade de aprendizagem mquinas agrcolas....................... 82

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    INTRODUO

    consensual a importncia da Matemtica na contemporaneidade. Entretanto, o

    ensino desta disciplina apresenta muitos problemas. As dificuldades relacionadas ao ensinare aprender Matemtica passa, entendemos, pela concepo desta Cincia que permeia as

    pessoas que a ensinam, as quais muitas vezes a concebem como uma cincia pronta e

    acabada e a apresentam como um corpo de conceitos estticos, a-histricos e infalveis,

    supervalorizadas as frmulas e regras. Esta maneira de ver e conceber a Matemtica,

    nomeadamente a concepo formalista, tem sua origem no mundo das ideias; , portanto,

    fundamentada no pensamento filosfico de Plato. Este pensamento se caracteriza por uma

    viso esttica e dogmtica das ideias matemticas, como se essas existissem independentes

    dos homens (FIORENTINI, 1995).

    O professor, ao transmitir o conhecimento, se coloca como o nico conhecedor;

    a autoridade do saber e o apresenta ensinando o contedo, fazendo exerccios e passando

    outros para que os alunos repitam o que ele ensinou. A aprendizagem se d

    individualmente, com o estudante recebendo o conhecimento de forma passiva. A

    disciplina rgida, predominando a voz e o comando do professor. A arquitetura da sala

    retangular com os alunos dispostos em fileiras. O ambiente de repetio, cpia,

    reproduo, com destaque ao quadro, ao livro, ao caderno e ao giz. A avaliao

    excessivamente seletiva e excludente, centrada em testes e provas (FIORENTINI, 1995).

    Entretanto, a Matemtica pode ser vista de uma forma distinta da formalista e ser concebida

    como uma produo de homens e mulheres; portanto, em constante desenvolvimento,

    buscando resposta a problemas colocados pela sociedade.

    Emerge a concepo histrico-cultural da Matemtica, a qual aponta elementos

    para a superao de uma prtica pedaggica tradicional que h mais de meio sculo

    mantm nos currculos os mesmos contedos matemticos (CERYNO, 2003). Amatemtica passa a ser percebida como um organismo vivo, impregnado de condio

    humana, com suas foras e suas fraquezas e subordinado s grandes necessidades da

    humanidade na sua luta pelo entendimento e pela libertao (MOURA, 2001). Aqui a

    Matemtica aparece como um grande captulo da vida humana social e tem seus

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    fundamentos mergulhados tanto como os de outro qualquer ramo da Cincia na vida real

    (CARAA, 1998).

    Como esse entendimento, nos aproximamos dos pressupostos terico-

    metodolgicos explicitados na proposta curricular de Santa Catarina. Esta obra, fruto de

    uma caminhada histrica de produo dos educadores catarinenses, apresenta os temas

    multidisciplinares concebidos como articuladores entre as realidades prximas e distantes e

    os conceitos essenciais das diferentes disciplinas escolares. Prope o planejamento

    intencional de atividades de aprendizagem, estas fundamentadas principalmente em

    Vygotsky e Leontiev, como uma possibilidade de colocar o conhecimento cientfico em

    jogo no espao educativo.

    Nesse panorama, o ensino de Matemtica pode se transformar em Educao

    Matemtica, esta entendida como uma postura poltico-ideolgica de quem se prope aensinar Matemtica, o que implica na compreenso de que todos tm o direito de se

    apropriar do conhecimento matemtico sistematizado, e de que dever da Escola a sua

    socializao (SANTA CATARINA, 1998, p. 106). Para tal intento, faz-se necessrio levar

    em conta as possibilidades dos estudantes, seus interesses e inclinaes, lembrando que eles

    no apenas se preparam para a vida, mas j a vivem. Ao professor compete apresentar os

    conceitos e contedos conectados com a vida do estudante e com o que ele conhece como

    condio para a elaborao/apropriao do conhecimento cientfico, a qual passa,

    necessariamente, pelo suporte do outro, ou seja, o caminho do conhecimento at o

    estudante e deste at o conhecimento passa atravs de outra pessoa (VYGOTSKY, 1984).

    A interao com o outro, a socializao das diferentes formas de pensar sobre um mesmo

    objeto, a interveno intencional do professor, podem permitir que os estudantes se

    apropriem de forma significante de ideias e conceitos matemticos.

    Vale destacar a importncia de todos os conceitos para a formao do homem deste

    tempo histrico. Este entendimento implica rever algumas prticas que privilegiam os

    conceitos de Nmero e lgebra em detrimento dos conceitos de Geometria, Medidas e

    Estatstica. Reiteramos que todos os conceitos matemticos devam ser abordados com a

    mesma intensidade e, preferencialmente, contextualizados com ludicididade e com a plena

    utilizao da tecnologia disponvel (DAMBROSIO, 2001). Vale destacar que os conceitos

    de Nmero, Geometria, Medidas, Estatstica e lgebra devem ser abordados contemplando

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    PARTE I

    EDUCAO AMBIENTAL E EDUCAO E SADE

    I ATIVIDADE DE APRENDIZAGEM A NATUREZA PEDE SOCORRO

    Professores coautores

    Zeli Scalcon

    Andria Meurer Restelatto

    Taniamara Zanata Guaragni

    Vandir Camilo Genero

    INTRODUO

    Msica: Terra Tombada (Chitozinho & Xoror)

    SITUAO-PROBLEMA

    A manuteno/preservao da sade e da vida so hoje pontos de pauta das grandes

    discusses mundiais. As questo ambientais em suas diversas manifestaes precisam serdiscutidas. Quais as vantagens, desvantagens e viabilidade de substituir o uso de

    agrotxicos pela agroecologia em pequenas propriedades rurais?

    OBJETIVOS

    Oportunizar ao educando subsdios para que ele compreenda a importncia de uma

    vida saudvel.

    Buscar o equilbrio ambiental, local e global para a melhoria da qualidade de vida

    em todos os nveis.

    Proporcionar uma educao crtica da realidade vivenciada, favorecendo a formao

    da cidadania.

    Redescobrir novos valores que garantam uma sociedade humana mais justa.

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    CONCEITOS ESSENCIAIS DA MATEMTICA

    Estatstica e nmeros.

    TEMAS MULTIDISCIPLINARES

    Educao ambiental

    Educao e sade

    AES E OPERAES

    Anlise de custos para produo de milho em um hectare

    Levantamento do custo para plantar um hectare de milho no mtodo convencional:

    ESPECIFICAO UNIDADE QUANTIDADE R$ UNITRIO TOTALRONDAP LITRO 1,5 22,00 33,00PASSAR DIA 0,5 15,00 7,50SEMENTE SC 13-22 kg 178,00 178,00PLANTAR DIA 1,5 15,00 22,50ADUBO SC 6 53,00 318,00PASSAR DIA 0,5 15,00 7,50SEMENTEIRO GALO 1 65,00 65,00PASSAR DIA 0,5 15,00 7,50GRAMOCIL LITRO 1 38,00 38,00PASSAR DIA 05 15,00 7,50UREIA SC 6 52,00 312,00PASSAR DIA 0,5 15,00 7,50QUEBRAR OMILHO

    DIA 3 15,00 45,00

    TRANSPORTAR DIA 1,5 15,00 22,50TRILHAR DIA 3 15,00 45,00

    COMBUSTVEL LITRO 6 2,35 14,10FUNRURAL ETRANSPORTE

    95,00

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    Levantamento do custo de produo de milho de forma alternativa:

    ESPECIFICAO UNIDADE QUANTIDADE R$ UNITRIO TOTALLAVRAR DIA 3 15,00 45,00ADUBO AVI RIO TONELADA 1,5 40,00 60,00PASSAR DIA 1 15,00 15,00SEMENTE Kg 20 kg 15,48 5,16PLANTAR DIA 1.5 15,00 22,50CAPINAR DIA 4 15,00 60,00SUPER MAGRO LITRO 3 2,50 7,50QUEBRAR O MILHO DIA 3 15,00 45,00TRANSPORTE DIA 1.5 15,00 22,50TRILHAR DIA 3 15,00 45,00COMBUSTVEL LITRO 6 2,35 24,10FUNRURAL ETRANSPORTE 59,00

    Oramento do custo da produo convencional:

    QUANTIDADE PREO UNITRIO TOTALPRODUO 140 SACAS 15,80 2.167,20CUSTO 8,75 1.225,60LUCRO 941,60

    Oramento do custo da produo de forma alternativa:

    QUANTIDADE PREO UNITRIO TOTALPRODUO 90 SACAS 15,80 1.422,00CUSTO 4,56 410,76LUCRO 1.011,24

    O custo de produo no modo alternativo tem custo menor e lucratividade maior deacordo com os dados obtidos; o diferencial est na produtividade, bem maior no modo

    convencional.

    Anlise de custos com adubos e insumos para uma rea cultivada de 27 hectares

    Clculo do valor dos gastos em adubo em 27 hectares em cada um dos sistemas deproduo a partir da tabela:

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    Convencional Alternativo

    Hect R$ Hect R$______1

    318,00 1 60,0027 x 27 x

    ___________________________________________________________________X= 8.686,00 X= 1.620,00

    Clculo da porcentagem de insumos gastos na produo em cada um dos mtodos:

    Convencional

    Rondap: Semente:R$ % R$ %__

    944 100 944 10033 x 178 x________________________ ______________________

    X= 3,5 % X= 18,9 %

    Adubo: Sementeiro:944 100 944 100318 x 65 x

    X= 33,7% X= 6,9%

    Gramocil: Ureia:944 100 944 10038 x 312 x

    X= 4,0 % X= 33,0 %

    Alternativo

    Supermagro Adubo72,66 100 72,66 1007,5 x 60 x

    X= 10,32 % X= 82,58 %

    Sementes72,66 1005,16 x

    X= 7,1 %

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    Construo do grfico de setores, usando o mtodo convencional:

    Insumos Fi (R$) Fr (%) Arcos ()Rondap 33,00 3,5 12,58

    Semente 178,00 18,9 67,88Adubo 318,00 33,7 121,27Sementeiro 65,00 6,9 24,79Gramocil 38,00 4 142,49Ureia 312,00 33 118,99Total 944,00 100 360

    Grfico de Setores

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    II - ATIVIDADE DE APRENDIZAGEM:

    ALIMENTAO

    Professores coautores

    Carla Regina Rembosk

    Dbora Regina Wagner

    Lucia Teresinha Adamczuk

    Sandro Rogrio Bagnara

    Silvestre Favaro

    INTRODUO

    Msica: Semente (Almir Sater)

    SITUAO-PROBLEMA

    Para uma vida longa e saudvel dependemos da vitalidade dos alimentos que

    consumimos. Qual a importncia das hortalias na alimentao?

    OBJETIVOS

    Objetivo geral

    Proporcionar aos estudantes elementos para que compreendam a importncia da

    utilizao das verduras e legumes na alimentao, bem como desenvolvam uma atitude

    positiva em relao Matemtica.

    Objetivos especficos

    Retomar conceitos de rea, permetro e ngulos.

    Relacionar grandezas e medidas, atravs da construo da planta baixa da horta.

    Desenvolver o conceito de funes.

    Compreender a aplicabilidade da funo logartmica e exponencial.

    Proporcionar ao educando condies para a interpretao de tabelas e grficos.

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    CONCEITOS ESSENCIAIS DA MATEMTICA

    Geometria, Medidas, Nmeros, lgebra e Estatstica

    TEMAS MULTIDISCIPLINARES

    Educao ambiental

    Educao e sade

    AES E OPERAES

    Levantamento do nmero de alunos que tm horta em casa.

    Medies do espao disponvel na escola para construo da horta.

    Desenho da planta baixa da horta usando a escala 2:100 (cada 2 cm no desenho

    equivale a 1 m no real).

    Levantamento dos dados na comunidade escolar para projetar uma horta.

    O que plantado: alface, beterraba, repolho.

    Qual a quantidade: 70% de alface, 10% de beterraba e 20% de repolho.

    Distncia entre os canteiros: 50 cm. Distncia entre as mudas:

    Alface: ordem quadrada de 30 cm x 30 cm

    Beterraba: ordem retangular de 10 cm x 15 cm

    Repolho: ordem quadrada de 50 cm x 50 cm

    Tamanho dos canteiros: 1,20 m de largura x 4,80 m de comprimento.

    Definir a rea total plantada:

    10 canteiros: 1,20 m x 4,80 m8 corredores: 0,50 m x 4,80 m

    1 corredor: 0,40 m x 8 m

    A partir dos dados coletados acima, os alunos desenham uma nova planta baixa da

    horta, com a mesma escala (2:100).

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    Construo da nova planta:

    AL

    FACE

    AL

    FACE

    AL

    FACE

    AL

    FACE

    AL

    FACE

    ALFACE

    ALFACE

    REPOLHO

    REPOLHO

    BETERRABA

    Determinao das seguintes reas e permetros:

    rea do terreno

    rea = comprimento xlargura

    A= 8 m x10 m

    A= 80 m

    Permetro do terreno

    Permetro = Soma dos quatro lados

    P = 2 x comprimento + 2 xlargura

    P = 2 x 8 m + 2 x 10 m

    P = 36 m

    rea de cada canteiro

    rea = comprimento x largura

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    A = c x l

    A = 4,80 m x1,20 m

    A = 5,76 mrea total de alface

    rea = Nmero de canteiros xrea de cada canteiroA = 7 x 5,76 m

    A = 40,32 m

    rea total de beterraba

    rea = Nmero de canteiros xrea de cada canteiro

    A = 1 x 5,76 m

    A = 5,76 m

    rea total de repolho

    rea = Nmero de canteiros x rea de cada canteiro

    A= 2 x 5,76 m

    A = 11,52m

    rea total plantada

    rea total = Soma das reas plantadas

    At = 40,32 m + 5,76 m + 11,52 m

    At = 57,6 m

    rea que sobra: (corredores)

    rea = rea do terrenorea total plantada

    A = 80 m - 57,6 m

    A = 22,4 m

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    Clculo do nmero de mudas para cada canteiro

    Mudas de Alface: 16 mudas x4 mudas = 64 mudas por canteiro

    Obs.: Foram deixados 15 cm entre a muda e final do canteiro, tanto na largura quanto nocomprimento, e entre as mudas um espao de 30 cm.

    Mudas de Beterraba: 11 mudas por 31 mudas = 341 mudas

    Obs.: Foram deixados 10 cm entre a muda e o final do canteiro tanto na largura quanto nocomprimento. Na largura sero usados 10 cm entre mudas; j no comprimento, entre asmudas ser deixado um espao de 15 cm.

    Mudas de Repolho: 3 mudas por 10 mudas = 30 mudas por canteiro

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    Obs.: Foram deixados 15 cm entre a muda e o final do canteiro, tanto na largura quanto nocomprimento, e entre as mudas um espao de 50 cm.

    Produo de grficos

    Os alunos percebem que possvel calcular o nmero de mudas em mdia por metroquadrado, dividindo o nmero de mudas por canteiro e a rea encontrada para cadacanteiro. Temos o seguinte resultado:

    N(rea) = nmero de mudas por canteirorea de cada canteiro

    Alface N (rea) = 64 = 11,15,76

    1m = 11,1 mudas em mdia de alface

    Beterraba N (rea) = 341 = 59,25,76

    1m = 59,2 mudas em mdia de beterraba

    Repolho N (rea)= 30 = 5,25,76

    1m = 5,2 mudas em mdia de repolho

    Construo de uma tabela e um grfico relacionando o nmero de mudas por m.

    Alface

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    Tabela 1

    Beterraba

    rea (m) Mudas/mdia

    Figura 2

    1 59,22 118,43 177,64 236,8

    5 2966 355,27 414,48 473,6

    9 532,810 592

    Tabela 2

    Repolho

    rea(m) Mudas/mdia

    Figura 3

    1 5,22 10,43 15,64 20,85 266 31,27 36,48 41,69 46,810 52

    Tabela 3

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    Escrever a funo que corresponde quantidade de mudas por metros quadrados

    Modelo: Funo Linear y = ax + b

    Funo: AlfaceY = mudas = M

    X = rea = A

    M(A) = a A + b

    22,2 = a2 + b11,1 = a1 + b .(-1)

    22,2 = a2 + b-11,1= -a1b11,1 = a

    a = 11,1

    Logo: b = 0

    M(A) = 11,1 a + 0

    M(A) = 11,1 a

    Consequentemente, pelo fato de que em todas as situaes o valor de b zero,teremos:

    Funo: Beterraba

    M(A) = 59,2a

    Funo: Repolho

    M(A) = 5,2 a

    Avaliao do crescimento das mudas.

    Coleta dos dados do crescimento dirio das mudas.

    Tabulao dos dados.

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    Durante 11 dias os alunos, aps terem plantado algumas mudas de alface, beterraba e

    repolho, observam o seu crescimento diariamente, anotando os valores encontrados em

    uma tabela. Chegamos seguinte concluso:

    Alface

    Crescimento em cm Mdia geralde

    crescimentoDias 2 5 6 7 9 11 12

    01 Nasc. Nasc. Nasc.02 0,2 Nasc. Nasc. Nasc. 0,2 0,203 Nasc. 0,5 0,3 0,2 0,3 0,6 0,504 0,3 0,7 0,5 0,5 Nasc. 1 1 0,705 0,5 0,8 0,7 0,7 0,3 1,4 1,3 0,8

    06 0,9 1,1 1 1 0,7 1,9 1,6 1,107 1,1 1,8 1,4 1,5 0,9 2,6 2 1,808 1,4 2,1 1,6 1,8 1,1 2,8 2,3 2,109 1,8 2,9 1,9 2,3 1,2 3,3 3,2 2,910 2,3 4 2,2 2,8 1,3 3,9 4,2 411 3,3 4,8 2,9 3,8 1,7 5 5,1 4,812 4,3 5,2 3,5 4,8 2 6,1 6,3 5,2

    Obs.: os nmeros na horizontal (coluna da tabela) representam as sementes que ocupam

    determinada posio na bandeja de plantio. Os nmeros no existentes representamsementes que no nasceram.

    Construo do grfico do crescimento das mudas, demonstrando aos alunos atravs

    do programa excel, fornecendo as possveis funes do crescimento, ou seja, a que

    melhor se adapta aos dados coletados.

    Para fins de anlise, construmos apenas dois grficos, sendo o primeiro da muda que teve o

    maior nmero de observaes, ou seja, aquela que nasceu primeiro, e o segundo referente

    mdia de crescimento:

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    Neste momento, discute-se com os alunos o que representa o grfico, bem como a

    funo definida nele, introduzindo o contedo de funes exponenciais e logartmicas.

    Construo do grfico da mdia do crescimento de todas as mudas:

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    Beterraba

    Crescimento em cm Mdia geralde

    crescimentoDias 3 4 5 6 7 8 10 11 12

    01 Nasc. Nasc.

    Nasc.

    0

    02 0,9 Nasc. 1,0Nasc.

    0,5 0,8

    03 Nasc. 2,4 1,0 Nasc. 1,8 1,2 2,3 1,704 Nasc. 1,2 Nasc. 3,0 1,7 1,0 2,0 1,4 2,9 1,8

    05 1,0 1,4 1,1 3,2 2,0 1,3 2,2 1,6 3,1 1,806 1,4 2,0 1,6 4,0 2,7 1,7 3,0 1,8 3,3 2,307 1,9 2,8 2,3 5,2 3,3 2,5 3,5 1,8 3,9 3,008 2,3 3,5 2,9 6,2 4,4 3,0 4,3 1,8 4,3 3,609 2,4 3,7 3,2 6,7 4,9 3,5 5,0 2,0 4,9 4,0

    10 2,5 3,9 4,0 7,0 5,3 4,1 5,4 2,2 5,0 4,311 2,9 4,9 4,6 7,5 6,9 5,3 6,1 2,2 5,9 5,112 3,2 6,0 5,1 8,1 7,4 6,0 6,7 2,4 6,4 5,7

    Analisamos a muda que ocupa a posio de nmero 10 por ter sido uma das

    primeiras a ter nascido.

    Verificamos tambm que fazendo a mdia do crescimento das nove sementes que

    germinaram originou-se um grfico do tipo:

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    Notamos que todas as funes so parecidas. Porm, no sendo possvel umaaproximao a uma funo, ficou indefinido se ela uma funo exponencial, logartmicaou polinomial.

    Repolho

    Crescimento em cm Mdia geralde

    crescimentoDias 1 3 5 6 7 8 12

    01 Nasc.02 0 Nasc. 0,9 Nasc. 0,9 0 Nasc.03 Nasc. 1,1 1,9 Nasc. 1 1 Nasc. 1,104 0,9 1,7 2,4 1 1,3 1,36 0,9 1,705 1,2 2,1 2,5 1,4 1,5 1,54 1,2 2,106 1,6 2,4 3 1,9 2,1 1,98 1,6 2,407 2,4 2,8 3,5 2,2 2,3 2,42 2,4 2,8

    08 2,7 3,4 4 2,6 3 2,91 2,7 3,409 3,3 3,9 4 2,9 3,9 3,1 3,5 3,5110 4,6 4,4 4 3,3 4,3 3,91 4,6 4,411 4,8 5 4,6 3,8 4,8 4,38 4,8 512 5,1 5,5 5,3 4,3 5,5 4,91 5,1 5,5

    Sugerimos fazer os grficos referentes aos dados acima.

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    III - ATIVIDADE DE APRENDIZAGEM

    GUA: FONTE DE VIDA

    Professores coautoresLuciene A. Larentis

    Nicolau BuraseskaNoeli Alessi SolettiOrnlio Joo Wenzel

    INTRODUO

    Msica: Planeta gua (Guilherme Arantes)

    SITUAO-PROBLEMA

    Considerando que a gua um recurso natural fundamental para o desenvolvimento

    econmico e social, elementar para a continuidade da vida no planeta que habitamos, e

    sendo a poluio da gua uma preocupao em debate em nvel nacional e mundial, nosso

    dever, como integrantes deste territrio em que se encontra a maior parte do Aqufero

    Guarani discutir, o tema. O Aqufero Guarani o conjunto de rochas armazenadas de gua

    com cerca de 1,2 milho de quilmetros quadrados, rea equivalente aos territrios

    somados da Frana, Espanha e Inglaterra. Representa a principal reserva subterrnea degua doce da Amrica do Sul e uma das maiores do mundo, sendo que cerca de 71% de sua

    rea est localizada no territrio brasileiro. Portanto, fundamental buscar mecanismos

    eficazes para a preservao dos mananciais, de modo que se possa fazer a explorao

    racional dos recursos hdricos.

    De maneira geral, a utilizao da gua deve ser feita com conscincia e

    discernimento para que no se chegue a uma situao de esgotamento e deteriorao da

    qualidade das reservas atualmente disponveis. Por isso, a gua no deve ser desperdiada,

    nem poluda, nem envenenada, pois a gua no uma doao gratuita da natureza, ela tem

    um valor econmico.

    De onde vem gua que consumimos? Qual a importncia da gua para a vida?

    Qual a perspectiva de gua para o futuro? Voc desperdia gua em sua casa? Voc sabe

    quando poluda e potvel? Que tipo de gua usamos em nossa escola?

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    OBJETIVOS

    Proporcionar uma reflexo sobre a importncia da gua para a vida no dia a dia de

    cada um de ns.

    Reconhecer que o desperdcio da gua um mal para a nossa e a futura gerao.

    Verificar o tipo de tratamento que a gua recebe nas casas dos educandos.

    Conhecer como so feitas as anlises da gua que recebemos em casa.

    Verificar o procedimento tomado quando detectada alguma irregularidade com a

    gua.

    Identificar a procedncia da gua que distribuda para o consumo em nossas

    casas.

    Solucionar matematicamente questes que envolvam gua.

    CONCEITOS ESSENCIAIS DA MATEMTICA

    Geometria, lgebra, Estatstica, Medidas e Nmero.

    TEMAS MULTIDISCIPLINARES

    Educao ambiental

    Educao e sade

    AES E OPERAES

    Discusso das questes:

    a) Qual o procedimento da gua consumida em casa?

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    b) Utiliza-se algum equipamento ou tcnica especial para a purificao da gua antes

    do consumo pela famlia?

    c)

    Voc conhece os mtodos utilizados pela escola no tratamento da gua a ser

    consumida?

    d)

    Voc se preocupa com a gua a ser consumida na escola? O que tenta fazer a

    respeito deste tratamento?

    Observou-se que a maior parte dos educandos e pais participantes da atividade

    usufruem da gua encanada proveniente da CASAN e que mesmo assim um nmero

    pequeno de pessoas utiliza um outro equipamento para maior purificao (filtro).

    Convite a um profissional da CASAN para um debate e questionamento sobre:

    a) Qual a procedncia da gua que distribuda para o consumo na escola?

    b)

    Que tipo de tratamento a gua que consumida na escola recebe?

    c)

    Como so feitas as anlises da gua consumida na escola e pelos demais usurios?

    d)

    Qual o procedimento tomado quando detectada alguma irregularidade?

    e)

    Que tipos de anormalidade so mais frequentes?

    No que se refere gua tratada e consumida na escola, alguns j tinham

    conhecimento e outros adquiriram atravs de uma explanao feita por parte de um

    responsvel sobre o funcionamento da CASAN, mostrando os cuidados e as formas de

    tratamento.

    Visita caixa d`gua da escola, estando ela completamente cheia e colocando-se um

    dispositivo que marca o seu volume de gua. Por intermdio de uma vlvula, esvaziar a

    caixa, anotando o volume de gua que sai, conforme tempo estabelecido na tabela abaixo,

    considerando o dispositivo fixado.

    Conforme indicado na atividade de aprendizagem, esta no foi realizada em sua

    ntegra, pois o levantamento de dados e preenchimento da tabela que consta a seguir foi

    obtido com o auxlio de uma cronmetro, o que foi mais conveniente devido ao tempo

    disponvel para a atividade.

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    * Considerando que a altura da gua na caixa era bastante reduzida, no foi possvel

    perceber a influncia da presso atmosfrica no escoamento da gua da caixa. Assim,

    obteve-se um escoamento linear, contrariando o conceito fsico da vazo de um lquido.

    Tempo em minutos Volume em litros0 432

    4,28 4068,81 37813,35 35018,01 32222,68 29427,48 266

    32,23 23836,86 21041,63 18246,41 15451,21 12656,05 9860,93 7065,86 4270,83 1473,76 0

    Obteno das medidas da caixa, comprovando sua capacidade.

    Conforme desenvolvimento, obtivemos as seguintes medidas da caixa:

    Comprimento: 1,20 m

    Largura: 0,60 m

    Altura: 0,60 m

    De acordo com essas dimenses a caixa possui uma capacidade para 432 litros degua, ou seja, V = comprimento xlargura x altura

    v = 1,20 x 0,60 x 0,60v = 0,432 m

    c = 0,432 x 1000 = 432 litros

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    Desenho de uma caixa dgua idntica caixa observada, usando escada 10:100

    10 = c c =12 cm100 120

    10 = l l = 6cm100 60

    10 = h h = 6 cm

    100 60

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    Representao das medidas da tabela graficamente

    Volume x Tempo

    Busca da funo que representa esta atividade; comprovar os dados da tabela.

    De acordo com os valores obtidos e registrados na tabela anterior, obtivemos umafuno linear, do tipo f(x) = ax + b, sendo:

    t = o tempo em minuto observado e l = o volume em litros; portanto, se: t = 0, temos:

    a .0 + b = 432b = 432

    t = 4,28; temos:

    4,28 .a + b = 406

    4,28a + 432 = 406

    4,28 a = 406432

    a = -264,28

    a = -650 ou a = -6,07107

    Logo L(t) = -6,07t + 432

    Os dados da tabela representados por t (tempo em minutos), os quais determinam ovolume de gua a cada instante estabelecido, foram substitudos na funo encontrada.

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    PARTE II

    PLURALIDADE CULTURAL, TICA E CIDADANIA

    I - ATIVIDADE DE APRENDIZAGEM

    CONSUMA COM MODERAO E EVITE PAGAR JUROS

    Professores coautores

    Lauro Sperotto

    Jice Helena Bortot Cadore

    Marivoni Pozzer

    Claudir Kell dos Santos

    Anivar Dall Agnol

    INTRODUO

    Prosseguimos. Reinauguramos. Abrimos olhos gulosos a um sol diferente

    que nos acorda para os descobrimentos. Esta a magia do tempo .

    (Carlos Drummond de Andrade)

    SITUAO-PROBLEMA

    H uma grande incidncia de pessoas em situao de endividamento. Planejar

    financeiramente a vida essencial ao homem, contribuindo para gerar renda e torn-lo um

    cidado. O que leva as pessoas a se endividarem? Quais situaes propiciam a iluso das

    propagandas enganosas? Como a aquisio do conhecimento matemtico pode servir como

    ferramenta para uma tomada de conscincia a respeito dessas situaes e sua resoluo?

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    OBJETIVOS

    Proporcionar aos educandos uma reflexo sobre a gesto das finanas para que, a partir da

    organizao, planejamento e disciplina, passem a controlar o impulso consumista, evitando

    endividamentos desnecessrios.

    Oportunizar uma educao crtica da realidade vivenciada, favorecendo a formao dacidadania.

    CONCEITOS ESSENCIAIS DA MATEMTICA

    Estatsticas, lgebra, Geometria, Medidas e Nmeros.

    TEMAS MULTIDISCIPLINARES

    Pluralidade Cultural

    tica e Cidadania

    AES E OPERAES

    Coleta de dados entre alunos e outras pessoas atravs de questionrio-pesquisa

    sobre qual a aplicao de seus ganhos; de que maneira efetuam suas compras, se

    possvel sobrar algum dinheiro no final do ms.

    Coleta de panfletos de lojas para anlise de preo vista ou a prazo e percepo da

    propaganda enganosa.

    Verificao na compra de um produto de qual a diferena de preo vista ou a

    prazo.

    Promoo de palestra com convidados (gerentes de bancos, SEBRAE e outros)

    sobre o tema economia.

    Anlise dos dados coletados na pesquisa de forma individual e em grupo.

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    01 O que juro?

    As respostas estiveram todas seguindo a mesma linha de pensamento, ou seja, o

    lucro obtido pelo emprstimo de algo (dinheiro, casa).

    02 O que leva as pessoas ao endividamento?

    Aqui as respostas j foram mais divergentes, tendo grupos que atriburam o

    endividamento das famlias aos juros excessivos, falta de planejamento, m

    administrao dos recursos, falta de conhecimento, ao consumo exagerado etc.

    03 Quais as taxas de juros praticadas: para depsito? para emprstimo?

    Eles pesquisaram com o gerente do banco local, obtendo juros de 0,6419% a.m. napoupana e at 0,92% a.m. em outra modalidade de aplicao. Para emprstimo as taxas

    variam de 4% a.a. (Pronaf) a 8,75% a.a. (Proger Rural). J nos emprstimos com prestaes

    fixas, as taxas foram em torno de 2,995% a.m. (crdito pessoal) e 2,25% a.m. (compra de

    veculos). A utilizao do limite do cheque especial tambm foi tomada como um

    emprstimo, e sua taxa foi de 5,5% a.m.

    04 mais vantajoso comprar vista ou a prazo?

    As respostas foram variadas, porm a maioria respondeu pela compra vista. Neste

    caso houve bastante discusso, concluindo-se que a questo estava mais relacionada s

    necessidades do indivduo e sua capacidade de organizao e administrao.

    05 Qual o motivo para que as lojas vendam a prazo?

    Foram citados vrios motivos, entre os quais esto: os baixos salrios do

    consumidor, os juros cobrados, a falta de organizao, planejamento e administrao, a

    iluso e o impulso por uma compra que ser paga aos poucos, etc.

    06 O que marketing?

    Marketing uma funo gerencial que busca ajustar a oferta da organizao a

    demandas especficas do mercado, utilizando como ferramental um conjunto de princpios e

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    tcnicas. Pode ser visto, tambm, como um processo social pelo qual so regulares a oferta

    e a demanda de bens e servios para atender s necessidades sociais. , ainda, uma

    orientao da administrao, uma filosofia, uma viso. Essa orientao reconhece que a

    tarefa primordial da organizao satisfazer o consumidor, atendendo suas necessidades,

    levando em conta seu bem-estar a longo prazo, respeitadas as exigncias e limitaes

    impostas pela sociedade e atendidas as necessidades de sobrevivncia e continuidade da

    organizao.

    O termo marketing pode ser usado, ento, nesses trs sentidos, o que tem originado

    grande confuso, refletindo-se em diferentes conceituaes, como indicado a seguir.

    Marketing ...

    - O processo pelo qual a economia integrada sociedade para servir s necessidades

    humanas. (Peter Drucker)

    - Criar e manter clientes. (Theodore Levitt)

    - A atividade humana dirigida satisfao de necessidades e desejos por meio de

    processos de troca. (Philip Kotler)

    1 Supondo que uma pessoa tome emprestado R$ 40.000,00 a juro simples de 6,5% a.a.

    para um perodo de 20 anos (Banco da Terra):

    a) Qual ser o montante?

    J = 40.000x6,5%x20

    J = 52.000,00 logo m = 40.000,00 + 52.000,00 = 92.000,00

    b) Construa o grfico mostrando o crescimento da dvida.

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    Essa atividade nos remete para a possibilidade de abordar o conceito de jurosimples. No grfico podemos trabalhar noes de trigonometria, geometria analtica e reas.

    * Supondo que uma pessoa tome emprestado R$ 40.000,00 a juro composto de 6,5% ao anopara um perodo de 20 anos:

    a) Qual ser o montante?

    C = 40.000x(1+6,5%)20C = 140.945,80

    Tempo(anos)

    Juro (R$)

    0 0,00

    2 5.200,00

    4 10.400,00

    6 15.600,008 20. 800,0010 26.000,0012 31.200,0014 36.400,0016 41.600,0018 46.800,0020 52.000,00

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    Demonstrar a funo do juro composto (lgebra e propriedades das potncias) edefinio de juro composto.

    b) Qual a taxa mensal?

    (l + i) = (1 + 6,5%)l + i = 12 065,1

    i = 1,0052621i = 0,005262.100i = 0,5262%

    c) Construa o grfico mostrando o crescimento exponencial da dvida.

    Tempo Juro

    0 40.000,002 45.369,004 51.458,656 58.365,698 66.199,8310 75.085,5012 85.163,8514 96.594,9716 109.560,40

    18 124.266,2020 140.945,80

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    40

    d) Considerando trs anos de carncia, com pagamento parcelado, qual ser o montante da

    dvida? C = 40.000 x (1 + 6,5%)

    C = 48.317,98

    A partir de qual montante sero divididas as parcelas, se foram usados os trs anos decarncia?

    2Qual a taxa de juros cobrada num investimento de R$ 40.000,00 que num perodo de

    18 meses rendeu um montante de R$ 43.037,19?

    43.037,19 = 40.000 x(l + i)

    43.037,19 = (l + i) 40.000

    18 07592975,1 = l + i

    1,004074121 = i

    i = 0,00407412 x100

    i = 0,407412% ao ms

    3Durante quanto tempo ficou investido um capital de R$ 52.000,00 taxa de 6,5% a.a.para render R$ 60.484,26?

    60.484,26 = 52 000 x (1 + 6,5%)

    60.484,26 = 1,06552.000

    1,163158846 = 1,065

    log1,163158846 = log1,065

    log1,163158846 = n xlog1,065

    log1,163458846 = nlog1, 065

    n = 2,4 anos ou seja 28,8 meses.

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    Nesta atividade foi necessria a utilizao dos conceitos e propriedades dos

    logaritmos, alm da transformao das unidades de tempo.

    * Um calado custa R$ 140,00 no preo de tabela. Em compras vista seu valor R$100,00 ou em 1 + 1 de R$ 70,00 sem juros. Qual a real taxa de juros cobrada pela loja?

    10070 = 30,00

    Em relao ao preo vista, o cliente ficou com dbito de R$ 30,00.

    Calcule o juro real, sabendo que a parcela de R$ 70,00.

    70,00 / 30,00 = 2,333...

    Se o cliente tivesse que pagar uma parcela de R$ 30,00 teramos 30,00 / 30,00,

    resultando em 1, que corresponde a 100% do valor, estando portanto sem juros.

    Agora no caso 70,00 / 30,00 = 2,333... corresponde a 233,00%, o que representa uma

    taxa de juros de 133,33% sobre o saldo devedor.

    Fv = Pv*(1+i) Fv = valor futuro Pv = valor presente i = taxa n =perodo

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    II - ATIVIDADE DE APRENDIZAGEM

    FAZER O BEM SEM OLHAR A QUEM

    Professores coautores

    Adriana Salete Galupo

    Cezar Augusto Usanovich

    Fbio Jos Cor

    MarliTeresinha Primo Tibola

    INTRODUO

    Filme: A corrente do bem ( Pay it Foward, 2000, EUA. Dir. Mimi Leder, Warner Bros)

    Sinopse do filme:

    Eugene Simonet um professor de Estudos Sociais que em todo o incio de ano

    letivo prope um desafio s classes: observar o mundo sua volta e consertar aquilo de que

    no gostam.

    Simonet nunca achou que algum de seus alunos pudesse levar a srio esta tarefa, atouvir a ideia de Trevor. O garoto de 11 anos prope uma espcie de corrente da caridade:

    cada um faz um favor a trs pessoas e cada uma destas trs faz caridade a mais trs, e assim

    sucessivamente. Porm Trevor diz que deve ser algo difcil de algum fazer sozinho. Ele

    resolve colocar seu projeto em prtica. O que o menino no esperava que a corrente fosse

    chegar to longe, a ponto de um reprter seguir o rastro da corrente at encontrar Trevor.

    SITUAO-PROBLEMA

    Se fosse possvel desenvolver uma corrente para praticar o bem, que propores

    numricas dessa corrente iriam atingir a sociedade?

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    OBJETIVOS

    Objetivo geral

    Desenvolver situaes de aprendizagem a partir do filme A corrente do bem,envolvendo a aplicao de conceitos de Matemtica.

    Objetivos especficos

    Construir, a partir da relao matemtica abordada no filme, modelos matemticos

    que possam expressar relaes ou funes que nos levam a:

    desenvolver o conceito de sequncia;

    construir rvore de probabilidade;

    retomar o conceito de potncia;

    elaborar o conceito de funo exponencial e de funo logartmica;

    analisar graficamente as funes exponenciais e logartmicas;

    diferenciar variveis dependentes de independentes;

    diferenciar variveis discretas de contnuas;

    estabelecer o domnio e a imagem das funes trabalhadas;

    desafiar os alunos a criar novas situaes-problema dentro do tema abordado.

    CONCEITOS ESSENCIAIS DA MATEMTICA

    lgebra, Nmeros e Estatstica.

    TEMAS MULTIDISCIPLINARES

    Pluralidade cultural

    tica e cidadania

    AES E OPERAES

    Debate do filme

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    Roteiro para debate:

    * Qual a proposta do professor Simonet?

    * Qual a proposta de Trevor para responder questo proposta pelo seu professor?

    * Como era a escola de Trevor?

    * O que mais o marcou no filme?

    * Que relao tem este filme com a vida real?

    Representao da proposta de Trevor atravs de um desenho, ou seja, de uma rvore

    de probabilidade:

    Atravs de uma proposta de criar novas aplicaes sobre o mesmo conceito, os

    alunos propuseram o seguinte: se fssemos passar para duas pessoas? Ou ainda se

    tivssemos que passar adiante para quatro pessoas, como ficaria a sua representao?

    Organizao dos dados da rvore em uma tabela relacionando o nmero de etapas a

    quantas pessoas participam da etapa:

    Relao Etapas x Pessoas

    Etapa Pessoas0 11 32 93 274 81... ...

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    Voc identifica um padro de evoluo dos dados contidos na tabela?

    Discutimos com os alunos sobre como aumenta cada uma das sequncias. As respostas

    dadas por parte de alguns alunos foi imediata: a primeira aumenta de um em um e a

    segunda sempre o triplo do nmero anterior, quer dizer cresce multiplicando cada nmero

    por 3.

    Representao no plano cartesiano das coordenadas dos pontos da tabela acima e

    construo de um grfico de colunas baseado na mesma tabela:

    Durante a execuo desta atividade de construo dos grficos, no foi dada

    nenhuma dica dos elementos que iriam no eixo x e no eixo y. Muitos alunos fizeram o

    grfico com a inverso dos componentes, colocando no eixo x as pessoas e no eixo y as

    etapas. Outro erro foi o fato de os alunos juntarem os pontos por meio de uma linha e

    desenharem as colunas justapostas. Todos estes aspectos foram levados em considerao

    para dar incio discusso sobre os componentes do grfico, as variveis, se so discretas

    ou contnuas, quais so as variveis dependentes e quais as variveis independentes.

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    Para um nmero qualquer de etapas, qual a relao matemtica que podemos

    escrever do nmero de pessoas em funo das etapas?

    Etapas X Pessoas

    Etapas (E) Pessoas P(E)0 1 = 31 3 =32 9 = 33 27 = 34 81 = 3... ...E P(E) = 3

    Ento a relao matemtica : P(E) = 3E

    Analisando a tabela e o grfico, estamos trabalhado com variveis discretas oucontnuas? Por qu?

    As variveis so discretas porque estamos trabalhando com pessoas. Quandotrabalhamos com este tipo de situao no possvel tratarmos de valores fracionrios oudecimais.

    Analisando a tabela e o grfico, qual a varivel dependente e qual a varivelindependente?

    A varivel dependente so as pessoas porque depende da formao de uma etapa.A varivel independente so as etapas.

    Quantas pessoas estaro participando da corrente na 10 etapa?

    P(E) = 3E

    P(10) = 3

    P(10) = 59.049 pessoas

    Os alunos propuseram uma nova situao querendo saber quantas pessoas estariamna 20, 30, 35 e 40 etapa. Calculando, chegaram a nmeros relativamente grandes quenecessitavam de notao cientfica para serem representados.

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    Escreva o domnio e a imagem desta funo:

    Para escrever o domnio e a imagem da funo, retomamos a discusso feitaanteriormente para verificarmos se as variveis so discretas ou contnuas. Se as variveisso discretas, qual o melhor conjunto numrico para representar as etapas e o melhor

    conjunto para representar as pessoas?Pelas discusses com os alunos, conclumos que o melhor conjunto o dos

    Naturais, mas que tambm possvel usar o conjunto dos inteiros positivos, ficando assim anotao do domnio e da imagem:

    D = N ou E N ou E Z+

    Im = {P N/P>1} ou PZ* +

    Em que etapa da corrente estaremos quando houver 2.187 participantes?

    P(E) = 3E

    2.187 = 3E

    3 = 3 E

    E = 7 Estaremos na 7 etapa da corrente.

    Para 243 pessoas comearem a participar da corrente, em que etapa elas estariam?

    E para um nmero P de pessoas participarem da corrente, quantas etapas seriamnecessrias? Represente por meio de uma tabela esta situao.

    PESSOAS x ETAPAS

    Pessoas (P) Etapa (E)243 581 427 39 23 11 0... ...

    Represente graficamente a tabela acima.

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    Encontre a lei da funo que melhor representa esta funo.

    A lei que melhor representa a funo parte de:

    y = log bx tomado os pontos: (27,3) e (9,2)a

    E = log bP e substituindo temos:

    3 = log 27 b

    2 = log 9 ba

    a = 27 b a = 27 b

    a = 9 b dividindo 3 = 27 ba = 3 b = 1

    Logo: E = log P

    Durante a execuo da atividade surgiu o questionamento: em que etapa estaria umaturma de 30 alunos? Para solucionar esta questo, sugere-se a aplicao da equaoanterior:

    30loglog 33 EPE

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    Mudando para base 10, temos:

    3log

    10log3log

    3log

    10.3log

    3log

    log EE

    PE

    Assim temos

    09,3477,0

    1477,0

    EE

    Conclumos, portanto, que sero necessrias quatro etapas para que todos os alunos

    da turma sejam inseridos na corrente.

    Um aluno levantou o seguinte questionamento: como eu poderia encontrar o

    nmero total de pessoas participantes de vrias etapas da corrente?

    Etapa (E) Pessoas (P)

    1 1

    2 1+3= 4

    3 1+3+9= 13

    4 1+3+9+27= 40

    ... ....

    Aps discusso, a turma concluiu que a expresso matemtica que representa o

    somatrio dos participantes da corrente :

    P(E) = 3E1

    2

    A frmula encontrada pelos alunos, sem que houvesse a meno de Progresso

    Geomtrica, a frmula para calcular a soma dos termos de uma Progresso Geomtrica

    finita.

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    Baseados nestas observaes e anlise dos dados contidos nas diferentes tabelas

    obtidas e nos questionamentos dos alunos, conclumos que possvel ampliar a

    aplicabilidade desta atividade envolvendo outros conceitos matemticos que aparecem de

    uma forma ou outra no decorrer do seu desenvolvimento. Estes conceitos so:

    Funo de primeiro grau: quando um aluno prope calcular o deslocamento feito pelo

    reprter;

    Sequncia: na representao do nmero de pessoas;

    Progresso Geomtrica: na representao do nmero de pessoas e no clculo da soma

    das pessoas que formam a corrente;

    Binmio de Newton: ao analisarmos a tabela que representa a soma das pessoas que

    formam a corrente;

    1

    1 + 3

    1 + 3 + 9

    1 + 3 + 9 + 27

    1 + 3 + 9 + 27 + 81

    1 + 3 + 9 + 27 + 81 + 243

    1 + 3 + 9 + 27 + 81 + 243 + 729...

    Combinaes: combinar diferentes possibilidades de quem comea a corrente em uma

    turma de alunos;

    Probabilidades: quando um aluno questionou qual a probabilidade de todos os alunos da

    escola participarem da corrente;Estatstica: representaes grficas, consumo de lcool entre os jovens...

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    III - ATIVIDADE DE APRENDIZAGEM

    A FORA DO FUTSAL EM SO MIGUEL DO OESTE

    Professores coautoresAuria M. Dill Tonet

    Neiva F. Piaceski

    Rosane M. Scherner

    INTRODUO

    Msica: uma partida de futebol (Skank)

    SITUAO-PROBLEMA

    Entendemos que o esporte uma produo humana criada pela necessidade de

    contatos interpessoais e com o meio, assim como um instrumento de bem-estar fsico,

    mental e social do indivduo, manifestado de diferentes formas, sendo desenvolvido com

    regras que o normatizam.

    O surgimento do futsal ocorreu a partir de outras modalidades e manifestou-se como

    fenmeno cultural, sendo atualmente um produto poltico-econmico em nvel mundial.

    Nos Jogos Olmpicos de 2004, foi inserido como experincia para posterior implantao.

    No Brasil a modalidade bastante prestigiada pela populao, sendo praticada em todos os

    Estados.

    Qual o papel desempenhado pela equipe de futsal da UNOESC para a cidade de So

    Miguel do Oeste? E qual sua influncia no cotidiano dos migueloestinos?

    OBJETIVOSDiscutir o papel da atividade de aprendizagem como ao formadora do educando

    no Ensino Mdio.

    Utiliza-se da modalidade de atividade desportiva FUTSAL para a apropriao dos

    conceitos matemticos propostos e a formao do indivduo para o pleno exerccio da

    cidadania.

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    CONCEITOS ESSENCIAIS DA MATEMATICA

    Nmeros, lgebra, Estatstica, Geometria e Medidas.

    TEMAS MULTIDISCIPLINARES

    Pluralidade cultural

    tica e cidadania

    AES E OPERAES

    Ouvir a msica do Skank: uma partida de futebol no grande grupo.

    Discusso com os alunos sobre a importncia do futebol em nvel nacional e em

    particular o futsal da equipe da UNOESC de So Miguel do Oeste.

    Promovemos uma discusso com a turma sobre a importncia do futsal em nosso

    municpio e o desempenho da equipe de futsal de So Miguel do Oeste nos jogos estaduais.

    Fizemos uma comparao dos salrios dos jogadores de futsal com os jogadores de futebol

    de campo em nvel mundial, constatando-se uma grande disparidade salarial.

    Organizao de grupos de trs alunos para medir a quadra de futsal no ginsio da

    escola. Em seguida, fazer um esboo registrando as medidas na escala 1:200.

    Para realizar a atividade, formamos grupos de trs alunos e, em seguida, com o

    auxlio de uma fita mtrica, medimos a quadra de futsal da escola.

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    Utilizando-se de conceitos matemticos, os alunos promoveram os seguintes

    clculos:

    rea do retngulo: 41 m x16m = 656m

    Permetro do retngulo: 2 x41m + 2 x 16m = 114m

    rea do crculo:A = r = 3,14 x (1,5m) = 7,065m

    Comprimento da circunferncia: C = 2r = 2 x 3,14 x 1,5m =9,42m

    Clculo da quantidade de tela (m) necessria para cercar a quadra, sendorespeitadas as seguintes condies:

    1. considerar 1 m de afastamento da linha da quadra;2. mais 2 m que ficar revestido de grama;3. a altura da cerca ser de 1,8 m.

    Para calcular a quantidade de tela, os alunos fizeram o desenho da quadrarespeitando as condies acima, ou seja, mais 1 m em cada lado para o afastamento e mais2 m em cada lado para o gramado. Portanto, o terreno a ser cercado o seguinte:

    Considerando a altura da cerca, 1,8 m e as medidas do terreno, a quantidade em mde tela para cercar o terreno ser:

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    A =2 x (47m x 1,8m) + 2.(22m x 1,8m) = 248,4m

    Qual a medida de uma corda que foi usada para dividir a quadra em doistringulos?

    Para desenvolver essa atividade utilizamos o teorema de Pitgoras, ou seja,d =b + cAdotaremos d como comprimento da corda, b e c como os lados da quadra.

    d = (16m) + (41m) = 44,01m

    Que tipo de tringulo foi formado quanto ao ngulo? E quanto aos lados? Qual asua rea?

    Os alunos concluram que os tringulos formados quanto ao ngulo so retngulos equanto aos lados escalenos.

    A rea obtida foi de:A = 41m x 16m = 328m 2

    Que tipo de figura geomtrica forma a bola de FUTSAL?

    Os alunos confeccionaram uma bola com papel duplex usando duas cores. Aoobservar a construo da bola de futsal, identificaram as seguintes figuras: uma esfera

    formada de pentgonos e hexgonos. Usando uma trena, medir o comprimento da circunferncia da bola. Em seguida,

    determinar o seu raio, o volume e a rea de superfcie.O comprimento obtido foi de 75 cm. Usando as frmulas matemticas para clculo

    do raio, volume e da rea de superfcie, chegamos aos seguintes resultados:

    Clculo do raio:C = 2 r r = 75 cm 12cm2x3,14

    Clculo do volume: v = 4 r = 4 x 3,14 . (12cm) = 7.234,6cm 3 3

    Clculo da rea de superfcie:A = 4 r = 4 x 3,14 x (12cm) = 1.808,6cm

    Pesquisa de dados sobre os atletas (nome, altura e massa corporal) da equipe defutsal da UNOESC de S.M.O. e calcular o IMC (ndice de massa corprea) dosatletas.Os alunos conseguiram os dados solicitados com o preparador fsico da equipe.

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    Nome Massa (kg) Altura (m) IMC*

    Adevilson 62,6 1,71 21,4

    Andr 57,9 1,61 22,1

    Evandro Carlos 63,1 1,64 23,3

    Evandro Urnau 69,4 1,70 23,8

    Fbio Luis 82,1 1,76 26,5

    Gelson 72,7 1,72 24,6

    Jecson 85,7 1,72 28,8

    Maikel 80,9 1,82 24,4

    Marcus 76,6 1,74 25,2

    Maycon 69,1 1,74 22,7

    Odirelei 66,5 1,73 22,1

    Rodrigo 68,7 1,75 22,4

    Thiago 65,5 1,69 22,8

    * O IMC foi calculado em sala de aula usando a frmula:IMC = peso(kg)[altura(m)]

    A seguir cada aluno calculou o seu IMC e o comparou com a tabela do IMCfornecida pelo Ministrio da Sade:

    IMC Situao2025 Saudvel (normal)

    2530 SobrepesoAcima de 30 Obesidade

    Fazendo uma comparao entre as tabelas de IMC, os alunos verificaram que trsatletas da equipe de Futsal da UNOESC esto com sobrepeso.

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    Com os dados coletados no item anterior, usando a altura dos atletas, construo de

    uma tabela de frequncia.

    Admitindo um intervalo de classe com 5 cm, construmos a seguinte tabela:

    Intervalo de classes Fi Fi(acum) Fi(%) Fi(%)(acum)

    [1,60; 1,65[ 2 2 15,38 15,38

    [1,65; 1,70[ 1 3 7,69 23,07

    [1,70; 1,75[ 7 10 53,86 76,92

    [1,75; 1,80[ 2 12 15,38 92,3

    [1,80; 1,85] 1 13 7,69 100

    Total 13 100,00

    Clculo da mdia, da moda e da mediana das alturas dos atletas.

    A moda das alturas : 1,72 m e 1,74 m

    A mediana das alturas : 1,72 m

    A mdia das alturas : 1,72 m

    Imagine que a mdia salarial dos atletas de R$ 700,00 e que ao final do ms elestm uma sobra de 30%. Quanto eles tm disponvel ao final do ms?

    Utilizando-se da regra de trs, os alunos verificam que o valor disponvel R$ 210,00.

    Se o atleta decidir aplicar o valor disponvel em uma caderneta de poupana a jurosde 0,64% a.m. (fixo) durante 12 meses, qual o montante obtido aps esse perodo?

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    Tempo (meses) Montante (reais)1 211,342 212,703 214,064 215,435 216,816 218,197 219,598 221,009 222,4110 223,8311 225,2712 226,71

    Tabela

    Grfico Exponencial

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    PARTE III

    EDUCAO E TECNOLOGIA, EDUCAO E TRABALHO

    I - ATIVIDADE DE APRENDIZAGEM CRIAO DE AVES:

    UMA FONTE ALTERNATIVA DE RENDA

    Professores coautores

    Eliete F. B. Pagliari

    Roselei Tonetti Costa

    Domingos LamonattoSandra D. dos Santos

    Valdir Padova

    INTRODUO

    Filme: A fuga das galinhas (EUA/Gr-Bretanha, 2000)

    SITUAO-PROBLEMA

    Qual o papel da avicultura enquanto alternativa de renda para pequenos e mdios

    agricultores do municpio de Xaxim, no oeste catarinense, que ainda se mantm no meio

    rural?

    OBJETIVOS

    Propor alternativas pedaggicas para o ensino de matemtica, utilizando situaes reais

    para compreenso e simplificao com relao ao objeto investigado.

    Estabelecer conexes entre temas matemticos de diferentes campos e entre esses temas e

    conhecimentos de outras reas curriculares.

    Valorizar o aluno no contexto em que ele est inserido, proporcionando-lhe condies para

    ser uma pessoa crtica e criativa capaz de superar suas dificuldades.

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    CONCEITOS ESSENCIAIS DA MATEMTICA

    lgebra, Geometria, Medidas, Estatstica e Nmeros.

    TEMAS MULTIDISCIPLINARES

    Educao e tecnologia

    Educao e trabalho

    AES E OPERAES

    Coleta de dados junto Secretaria da Agricultura e tcnicos da rea destacando:

    Qual o nmero de avirios do municpio, empresas de integrao e quais os custos

    para implantao dos diferentes tipos de avirio?

    De posse dos dados, verificou-se que existem no municpio 541 avirios (dados de

    2003), sendo 134 avirios de matrizes e 407 de frangos de cortes. Destacam-se vrios tipos

    de avirios, que obedecem a determinados padres de acordo com cada empresa de

    integrao.

    O presente trabalho destaca vrios tipos de avirio. No entanto, apresentamos os

    clculos referentes ao avirio 12 m x 50 m com um custo de implantao aproximado de R$50.000,00 para a produo de frangos agross-misto com previso de abate para 45 dias.

    1Clculo da rea da planta baixa e o permetro de cada avirio.

    Obs.: Os clculos foram desenvolvidos para um avirio de 12 m x 50 m, mas podem

    ser ampliados para os demais tamanhos de avirio.

    Clculo da rea:

    A = b xhA = 50 x12A = 600 m

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    Clculo do permetro.

    Sendo o comprimento y e a largura x, ento o permetro ser:

    P = x + x + y + y ou P = 2x + 2yP = 12 + 12 + 50 + 50

    P = 124 m

    2Sendo que um avirio de 12 m x 50 m tem a capacidade de alojamento de 7.500 frangos

    (levando-se em considerao a rea de servio de 2 m x 2 m), verificar a quantidade de

    frangos por m.

    Obs.: para fazer os clculos foi desconsiderada a mortalidade que pode ocorrer durante oprocesso de produo e foram usados critrios de arredondamento.

    rea = 600 m

    rea de servio = 2 m x 2 m = 4 m

    rea disponvel = 600 m - 4 m = 596 m

    Frangos por m = 7.500 / 596 12 frangos

    m por frango = 596 / 7.500 0,0795 m por frango

    3 Sabendo que cada lote do avirio de 12 m x 50 m consome aproximadamente 35

    toneladas de rao, calcular a quantidade de rao consumida por frango:

    35.000 / 7.500 = 4,6 kg de rao por frango.

    4Considerando a renda bruta de R$ 1.700,00 para um avirio de 12 m x 50 m, e que as

    despesas com energia, mo de obra, gs, lenha, maravalha e carregamento so em torno de

    R$ 720,00, determine o lucro:

    R$ 1.700,00R$ 720,00 = R$ 980,00 de lucro.

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    62

    5Observando o lucro, quanto ganha o avicultor a cada frango vendido?

    R$ 980,00 / R$ 7.500,00 = R$ 0,13 cada frango.

    6 Dadas as figuras abaixo correspondentes a alguns tipos de silos utilizados para

    armazenar a rao nos avirios, observe as dimenses e calcule a capacidade, sabendo que a

    densidade da rao de 0,6 g/cm:

    Silo 1

    R = raio do cilindro R = 1,5 mr = raio do cone r = 30 cmh1 = altura do cilindro h1= 2,8 mh2 = altura do cone h2= 1 m = densidadem = massa

    Vt = volume totalV1 = volume do cilindroV2 = volume do tronco do coneV = volume

    Clculo do volume do cilindro.V1 = R h1V1 = 3,14x (1,5) x 2,8V1 = 19,782 m

    Sendo 1 m = 1x 106

    cm3

    V1 =19,782 x 1 x 106

    logoV1 = 19.782.000 cm

    Clculo da massa em gramas e suas transformaes para toneladas.

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    63

    = m0,6 = mV 19.782.000

    m = 0,6 x 19.782.000

    m = 11.869.200 g / 1.000m = 11.869,2 kg / 1.000

    m 11,8 toneladas

    Clculo do volume do tronco do cone em m e suas transformaes para toneladas:

    V2 = h2 (R + Rr + r)3

    V2 = 1 x 3,14 x(1,5) + 1,5 x 0,3 + (0,3)3

    V2 = 3,14 / 3 x (2,25 + 0,45 + 0,09)

    V2 = 3,14 / 3 x 2,79

    V2 = 2,9202 m

    2,9202 x 1 x 10 = 2.920.200 cm

    = m/V0,6 = m/2.920.200m = 1.752.120 g / 1.000 = 1.752,12 kg / 1.000m = 1,752 toneladas.

    Vt = V1 + V2Vt = 11,8 + 1,752Vt 13,552 toneladas.

    Silo 2

    h1 = altura do paraleleppedo = 3 m

    h2 = altura do tronco = 1,5 m

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    a = aresta do paraleleppedo = 2,5 m

    B = rea da base maior = 6,25

    b = rea da base menor = 0,09

    Paraleleppedo V1 = h1 x a x a

    h1 = 3 m V1 = 3 x 2,5 x 2,5a = 2,5 m V1 = 18,75 mV1= ?

    18,75 x 1 x 106= 1,875 x 106cm

    = m / V0,6 = m / 1,875 x 106cm

    m = 1,125 x 106g / 1.000 = 11.250kg / 1.000 = 11,25 toneladas.

    Tronco da pirmide

    V2 = h2/3 x ( B +( Bxb ) + b)

    V2 = 1,5/3 x (6,25 + 09,025,6 x + 0,09)

    V2 = 1,5/3 (6,25 + 0,75 + 0,09)V2 = 3,545 m

    Transformao da unidade de medida metro cbico para centmetro cbico:

    3,545 x 1 x 106= 3.545.000 cm

    Clculo da massa e suas transformaes de unidade de grama para tonelada:

    = m / V0,6 = m / 3.545.000m = 2.127.000 g / 1.000 = 2.127 kg / 1.000

    m = 2,127 toneladas.

    Clculo do volume total do silo em toneladas:

    Vt = V1 + V2

    Vt = 11,25 + 2,127 = 13,377 toneladas.

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    Estudo de alguns dados do crescimento das aves

    Considerando o desempenho do frango agross-misto com 45 dias de vida para o abate:

    1.Construir o grfico relacionando tempo de vida em relao ao ganho de massa nos

    dez primeiros dias de vida.

    Tempo de vida x ganho de massa

    0; 0

    1; 7

    2; 11

    3; 14

    4; 185; 20

    6; 23

    7; 268; 28

    9; 31

    10; 34

    0

    5

    10

    15

    20

    25

    30

    35

    40

    0 5 10 15Tempo de vida

    Ganhodemassa

    2. Determinar a funo que representa tempo de vida em relao ao ganho de massa.

    Observe que esta funo pode ser representada por uma nica expresso, linear ou

    polinomial, ou ainda uma sequncia de segmentos de reta que determine uma funo

    definida por vrias sentenas, do tipo:

    Tempode vida(dias)

    Ganhode massa(gramas)

    1 72 113 144 185 206 237 268 289 3110 34

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    f(x) =

    109,,

    98,,

    87,,

    76,,

    65,,54,,

    43,,

    32,,

    21,,

    10,,

    xsebax

    xsebax

    xsebax

    xsebax

    xsebax

    xsebax

    xsebax

    xsebax

    xsebax

    xsebax

    Obs.: Estas funes tambm podem ser determinadas utilizando-se de recurso

    computacional.

    Determinaes da funo em cada intervalo.

    Funes determinadas nos intervalos:

    a) ]1, 2] Pares ordenados (1, 7) (2, 11)

    y = ax + b, ento:

    112

    7

    ba

    ba a + b = 7 4 + b = 7 b = 3

    a = 4 f(x) = 4x + 3

    b) ]2, 3] Pares ordenados (2, 11) (3, 14)

    y = ax + b, ento:

    143

    112

    ba

    ba 2a + b = 11 2 x 3 + b = 11 b = 5

    a = 3 f(x) = 3x + 5

    c) ]3, 4] Pares ordenados (3, 14) (4,18)

    y = ax + b, ento:

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    67

    184

    143

    ba

    ba 3a + b = 14 3 x 4 + b = 14 b = 2

    a = 2 f(x) = 4x + 2

    d) ]4, 5] Pares ordenados (4, 18) (5,20)

    y = ax + b, ento:

    205

    184

    ba

    ba 4a + b = 18 4x 2 + b = 18 b = 10

    a = 2 f(x) = 2x + 10

    e) ]5, 6] Pares ordenados (5, 20) (6,23)

    y = ax + b, ento:

    236

    205

    ba

    ba 5a + b = 20 5 x 3 + b = 20 b = 5

    a = 3 f(x) = 3x + 5

    f) ]6, 7] correspondente funo anterior f(x) = 3x + 5

    g) ]7,8] Pares ordenados (7,26) (8,28)

    y = ax + b, ento:

    288

    267

    ba

    ba 7a + b = 26 7 x2+ b = 26 b = 12

    a = 2 f(x) = 2x + 12

    h) ]8, 9] Pares ordenados (8, 28) (9, 31)

    y = ax + b, ento:

    319

    288

    ba

    ba 8a + b = 28 8 x 3 + b = 28 b = 4

    a = 3 f(x) = 3x + 4

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    i) ]9, 10] Corresponde funo anterior f(x) = 3x + 4.

    3. Determine e construa o grfico da funo que representa a rea total em funo donmero de frangos de um avirio de 12 m x 50 m, considerando a rea de servio interna aoavirio.

    A rea depende do nmero de frangos.

    rea = yN de frangos = x

    Y = 4 + 0,0795x

    N de frangos rea1 4,07952 4,1593 4,2384 4,3185 4,397

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    4. Represente graficamente as empresas de integrao existentes no municpio em relao

    a avirios de corte.

    Atravs de levantamento de dados, identificamos quatro empresas no municpio, as quais

    sero denominadas A, B, C e D.

    Empresa Avirios decorte

    A 9B 10C 318D 70

    Total 407

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    II - ATIVIDADE DE APRENDIZAGEM

    O REFLORESTAMENTO DE EUCALIPTOS NA REGIO DE CHAPEC

    Professores coautoresEdevilson Saccon

    Helena Maria Simon

    Ojanes Maria Bagio Daga

    Register Andreola

    INTRODUO

    Msica: Terra TombadaChitozinho e Xoror

    SITUAO-PROBLEMA

    Na regio de Chapec, uma questo muito presente est relacionada ao

    reflorestamento enquanto preservao ambiental e tambm como fonte alternativa de renda.

    A cultura de reflorestamento de eucaliptos nesta regio j histrica. Espaos de terra

    ociosos so em sua maioria ocupados pelo reflorestamento.

    O eucalipto uma planta originria da Austrlia, onde existem mais de 600espcies. No incio do sculo XX, o eucalipto teve seu plantio intensificado no Brasil,

    sendo usado principalmente nas ferrovias. Atualmente tudo se aproveita: das folhas

    extraem-se leos essenciais empregados em produtos de limpeza, em perfumes e at em

    remdios; a casca oferece tanino, usado no curtume de couro; o tronco oferece madeira para

    sarrafo, lenha, alambrados, vigas, postes, varas, esteios e outros; sua fibra utilizada como

    matria para fabricao de papel e celulose.

    De que forma podemos recuperar uma rea de terra devastada?

    O reflorestamento pode ser considerado uma forma de renovao da natureza? Por

    qu?

    Como podemos fazer o uso racional da terra na plantao de eucalipto?

    De que forma o reflorestamento de eucalipto fonte alternativa de renda?

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    OBJETIVOS

    Objetivo geral

    Conscientizar os alunos quanto importncia do reflorestamento de eucaliptos paraa preservao da natureza, bem como fonte alternativa de renda, de forma a utilizar os

    conceitos matemticos em beneficio da transformao da sociedade em que vivem.

    Objetivos especficos

    Proporcionar momentos de reflexo a respeito do reflorestamento como prtica de

    preservao ambiental e produo alternativa de renda.

    Construir um modelo matemtico que defina a relao rea x nmero mdio de mudas.Aplicar o modelo matemtico em outras situaes cotidianas para o melhor entendimento

    das situaes-problema.

    CONCEITOS ESSENCIAIS:

    lgebra, Estatstica, Nmeros, Geometria e Medidas.

    TEMAS MULTIDISCIPLINARES

    Educao e tecnologia

    Educao e trabalho

    AES E OPERAES

    Discusso das questes apresentadas na introduo

    Coleta de dados relacionados

    Utilidade dos eucaliptos na regio oeste de Santa Catarina

    reas de Reflorestamento no Municpio de Chapec

    Espcies que se adaptam regio

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    Os dados levantados na pesquisa foram:

    Quanto utilidade dos eucaliptos e suas espcies

    Para lenha e carvo:espcies que do grande quantidade de lenha a curto

    prazo (Eucaliptus grandis, Eucaliptus urophylla, Eucaliptus torilliana)

    Para papel e celulose: espcies que apresentam cerne branco e macio

    (Eucaliptus grandis, Eucaliptus saligua, Eucaliptus urophylla)

    Para postes, moires, dormentes e estacas: espcies com cerne duro (para

    resistir ao tempo) (Eucaliptus citriodora, Eucaliptus robustus, Eucaliptusglobulus)

    Para serrarias: espcies de madeira firme em que no ocorram rachaduras

    (Eucaliptus dunnii, Eucaliptus viminalis, Eucaliptus grandis).

    Quanto s reas de reflorestamento no municpio de Chapec

    Na regio de Chapec encontramos a Floresta Nacional de Chapec, com rea total

    de 1.606,56 ha, situada em dois locais: em Chapec, com uma rea de 315,88 ha e em

    Guatambu, com uma rea de 1.297,68 ha. Apresenta espao fsico para recreao, lazer e

    turismo ecolgico. Entre outras atividades, a Floresta Nacional de Chapec realiza a

    explorao de produtos e subprodutos com empresas pblicas (Epagri/SC) e privadas

    (SADIA, entre outras), atividades de educao ambiental, pesquisa, conservao e

    preservao do patrimnio natural.

    Quanto s espcies que mais se adaptam regio

    Em nossa regio, encontramos a produo de Eucaliptus dunnii (prefere solos frteis

    e mido, possui baixa tolerncia em relao falta de gua, possui boa capacidade de

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    rebrota, bom crescimento), Eucaliptus viminalis (busca solos midos e drenados, tolerante

    s geadas, possui baixa tolerncia em relao falta de gua, possui boa capacidade de

    rebrota e bom crescimento), Eucaliptus grandis (prefere solos profundos e bem drenados,

    possui mdia tolerncia a geadas severas, possui baixa tolerncia em relao falta de

    gua) e Eucaliptus saligna (prefere solos frteis, midos, mas, bem drenado, possui baixa

    tolerncia em relao falta de gua, alta capacidade de rebrota, bom crescimento).

    Comentrios: A pesquisa construda pelos alunos nos possibilitou levantar dados

    necessrios para a construo do modelo matemtico. Atravs dela foi possvel identificar

    que no municpio de Chapec e regio encontramos vrias espcies de eucaliptos

    plantadas, sendo que mais se sobressaem as espcies: Eucaliptus viminalis, Eucaliptus

    grandi, Eucaliptus dunniis e Eucaliptus grandis. Quando utilidade, a maior parte daproduo de eucalipto est relacionada produo de lenha, tendo em vista o municpio

    possuir trs empresas de grande porte na rea de criao e abate de aves. Na nossa

    regio, planta-se eucalipto que seja resistente a geadas, por ser uma regio de perodos no

    ano com baixas temperaturas.

    Busca da relao nmero mdio de mudas x rea cultivada

    A partir dos dados coletados pelos alunos em pesquisa com engenheiros-agrnomos

    da Epagri, o plantio de eucaliptos para lenha corresponde a aproximadamente 1.600

    mudas/hectare. Ao se estabelecer esta relao, percebeu-se que so plantadas 1.600 mudas

    em 1 hectare de terra; isso representa, utilizando regra de trs:

    1 hectare10.000 m - 1.600 mudas

    1 m - N mudas

    N mudas = 1.600 / 10.000

    N mudas = 4 mudas / m25

    Na sequncia, realizamos com os alunos a anlise das variveis. Constatamos quetemos a varivel rea, que se utiliza dos nmeros reais no negativos e representa umagrandeza contnua. E a varivel nmero mdio de mudas, que se utiliza dos nmeros reaisno-negativos e por isso representa uma grandeza contnua.

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    Se 4/25 mudas ocupam um espao de 1 m, aplicando novamente a regra de trs

    podemos estabelecer o espaamento necessrio para cada muda de eucalipto:

    4/25 mudas1 m1 muda - A

    A = 1_4/25

    A = 6,25 m

    Isto representa que cada muda plantada utiliza, em mdia, um espaamento de 6,25

    m, como indica a representao feita pelos alunos com rea de 1 hectare, que equivale a10.000 m:

    ( 50mudas)

    aprox. 2m

    aprox. 3m

    Comentrio: Quando solicitamos aos alunos que estabelecessem a relao entre mudas e a

    rea cultivada, percebemos que eles direcionaram-se para o plantio relacionado produo de lenha, tendo em vista ser o seu maior uso, ou seja, na relao pesquisada por

    eles com os engenheiros-agrnomos da Epagri, que identifica a quantidade de 1.600 muda/

    hectare, que representa o distanciamento aproximado de 2m x 3m.

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    A relao hectare/m foi trabalhada com os alunos de forma a possibilitar a

    compreenso da relao estudada.

    Na construo do esboo percebemos que os alunos que so provenientes da zona

    rural tm maior facilidade em construir corretamente os espaamentos entre as mudas,

    tendo em vista a sua experincia no cultivo de eucaliptos e outras plantaes.

    Alguns alunos mostraram interesse por perceberem que o plantio de eucalipto

    previne o desmatamento da mata nativa. Porm um grupo pequeno de alunos no participou

    ativamente, pois o assunto no fazia parte da sua realidade.

    Organizao dos dados na tabela

    Resoluo:rea (m)

    Nmero Mdio de Mudas (N)

    0 01 4/25 = 0,162 8/25 = 0,32

    6,25 25/25 = 17 28/25 = 1,12

    1.000 4.000/25 = 160

    10.000 40.000/25 = 1.60050.000 200.000/25 = 8.000100.000 400.000/25 = 16.000

    Comentrio: Os alunos tiveram facilidade em produzir a tabela, tendo em vista terem

    construdo a relao rea x n mdio de mudas cultivadas bem como a representao

    atravs de desenho da situao anteriormente. Foi preciso estabelecer a

    proporcionalidade da representao em 1 hectare de terra para poder confeccionar a

    tabela e para tanto foi utilizada a mesma relao rea x nmero mdio de mudas.

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    Construo do grfico

    Comentrio: Os alunos foram incentivados a fazer cuidadosamente a construo do

    grfico e puderam visualizar e analisar os dados construdos previamente na tabela, bem

    como registrar com mais nitidez a questo trabalhada. Percebemos que na construo osalunos no apresentaram dificuldades, considerando j possurem conhecimento prvio

    para a sua construo, trabalhados na 8 srie do Ensino Fundamental e tambm na 1

    srie do Ensino Mdio.

    Anlise do grfico

    Resoluo: uma funo do 1 grau do tipo y = ax + b, onde, na situao proposta, teramos N =

    a.A, ou seja, N = 4/25.A, considerando que os valores de N correspondem s mudas e os

    valores de A correspondem rea plantada. Alguns alunos chegaram funo atravs da

    relao: o nmero de mudas por hectare representa a relao 1.600 mudas em cada hectare,

    ou seja, 1.600 mudas em cada 10.000 m.

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    N = 1.600/10.000 .A, simplificando ficaria:N = 4/25 . A

    Tendo em conta que nosso objetivo era trabalhar as mais variadas formas de

    resoluo, propusemos a seguinte resoluo atravs do sistema de equao de 1 grau:

    ba

    ba

    7.25/28

    2.25/8

    25/287

    )1(25/82

    ba

    ba

    25/287

    25/82

    ba

    ba

    5a = 20/25 logo a= 20/125 = 4/25

    2a + b = 8/252 x4/25 + b = 8/25b = 8/258/25b = 0

    Logo: N = 4/25.A

    Comentrio: Na realizao desta atividade, os alunos tiveram dificuldades pela

    necessidade de abstrair dos dados coletados as informaes necessrias para a

    formulao da lei de formao da situao proposta. Na construo da lei de formao,

    incentivamos os alunos a realizar a anlise a partir dos itens:

    Os pontos apresentam proporcionalidade entre si.

    So variveis contnuas tendo em vista estarmos considerando o nmero mdio demudas e rea.

    Dois pontos determinam uma reta (teorema da reta na geometria plana).

    Os pontos esto alinhados (geometria analtica).

    Quando crescem os valores de x, os valores de y tambm crescem.

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    Portanto, uma equao de 1 grau, do tipo afim, onde f(x) = ax, ou seja, N = 4/25. A

    Construir o modelo matemtico do plantio das mudas de eucalipto para uso em

    indstria de celulose.

    Resoluo:

    1) Relao rea x mudas plantadas

    Partindo dos dados coletados pelos prprios alunos de que o plantio se realiza de

    acordo com a relao 1.300 mudas/hectare:

    1 hectare10.000 m - 1.300 mudas

    1m - N mudas

    N mudas = 1.300 / 10.000

    N mudas = 13 mudas / m

    100

    Se 13/100 mudas ocupam um espao de 1 m, aplicando novamente a regra de trspodemos estabelecer o espaamento necessrio para cada muda de eucalipto:

    13/100 mudas1 m

    0 mudaA

    A = 1__13/100

    A = 7,7 m

    Isto representa que cada muda plantada utiliza, em mdia, um espaamento de 7,7 m.

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    2) Construo da tabela

    rea (m) Nmero Mdio de Mudas (N)

    0 01 13/100 = 0,13

    2 26/100 = 0,267,7 100/100 = 150 650/100 = 6,5

    1.000 13.000/100 = 13010.000 130.000/100 = 1.30050.000 650.000/100 = 6.500100.000 1.300.000/100 = 13.000

    3) Construo do grfico

    4) Anlise do grfico

    uma funo do 1 grau do tipo y = ax , onde, na situao proposta, N = 13/100 x A,

    considerando que os valores de N correspondem s mudas e os valores de A correspondem

    rea plantada. Alguns alunos chegaram funo atravs da relao: o nmero de mudas

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    por hectare representa a relao 1.300 mudas em cada hectare, ou seja, 1.300 mudas em

    cada 10.000 m.

    N = 1.300/10.000 . A, simplificando ficaria:

    N = 13/100.APropusemos a seguinte resoluo atravs do sistema de equao de 1 grau:

    y = ax + b

    ba

    ba

    50.100/650

    2.100/26

    100/65050

    )1(100/262

    ba

    ba

    100/65050

    100/262

    ba

    ba

    48 a = 624/100

    2a + b = 26/100

    a = 624/4.800 2 x 13/100 + b = 26/100

    a = 13/100 b = 26/10026/100a = 13/100 b = 0

    Logo: N = 13/100 xA

    I)Anlise das situaes diferenciadas para o plantio de mudas de eucaliptos em

    diferentes reas de terras (medidas agrrias).

    I.1) Supondo que um agricultor disponha de 15.000 mudas para plantio com a

    inteno de produo de lenha, qual ser a rea de terra necessria?

    Os alunos conseguiram identificar com facilidade qual a funo que deveriam utilizar,

    que era N = 4/25.A. Fazendo a relao, os alunos chegaram ao seguinte clculo:

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    N = 4/25.A

    15.000 = 4/25.A

    A = 15.000 / 4/25

    A = 93.750 m ou 9,375 hectares.

    I.2) Se a rea disponvel fosse de 4.000 m, quantas mudas seriam necessrias para o

    plantio de eucaliptos visando a venda para a indstria de celulose?

    Rapidamente os alunos identificaram que deveriam utilizar a funo especfica para a

    produo de eucaliptos dirigidos venda na indstria de celulose. Desta forma:

    N = 13/100 x A

    N = 13/100 x 4.000

    N = 520 mudas

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    III - ATIVIDADE DE APRENDIZAGEM

    MQUINAS AGRCOLAS

    Professores coautores

    Romana Beckenkamp

    Delires Moresco Bellatto

    Edenilson Slavieiro

    Gilmar Dalmolin

    INTRODUO

    NOVA TRAGDIA NA BR 282

    (Irresponsabilidade sem limite a principal causa de mortes naquela rodovia federal)

    No final da tarde do ltimo domingo, dia 7, por volta das 17 h, um terrvel acidente

    voltou a manchar de vermelho a BR 282 na altura do quilmetro 601, proximidades do

    entroncamento dessa rodovia com a BR 158. Ao todo, cinco carros envolvidos e duas

    pessoas morreram.

    Segundo populares, uma colheitadeira trafegava no acostamento, mas devido a

    largura do veculo, parte dela se encontrava sobre a pista. E por ser um trecho prximo aum entroncamento, de viso limitada e de faixa contnua (proibida a ultrapassagem em

    qualquer dos lados), uma pequena fila se formou atrs da colheitadeira. Foi quando um dos

    carros forou a ultrapassagem e bateu violentamente de frente com outro que vinha em

    sentido contrrio.

    Os veculos envolvidos foram o Vectra CIO 4632, conduzido por Artur da Silva, que

    apresentou ferimentos graves; Fiat tipo LWW 0692, Astra LCR 2944, Chevette LZM 0758

    e Fusca LEM 3885.Devido violncia do impacto, os passageiros do Fusca, Paulo Adriano Almeida

    Maia, 31 anos, que conduzia o veculo, e a caroneira Rosemar Schefer dos Santos,

    morreram no local. Mais duas vtimas que foram ceifadas de maneira estpida e

    irresponsvel! At quando teremos que conviver com notcias desse tipo a pergunta que

    fica! (Fonte: Jornal A SEMANA, 13 de novembro de 2004, p. 9)

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    SITUAO-PROBLEMA

    O tema mquinas agrcolas faz parte do dia a dia de uma parcela significativa de

    estudantes do Ensino Mdio da Regio Oeste de Santa Catarina. As mquinas duram parasempre?

    OBJETIVOS

    Discutir situaes reais atravs de uma atividade de aprendizagem, como ao formadora

    do estudante do Ensino Mdio.

    Oportunizar a troca de experincia e promover a socializao do conhecimento matemtico.

    Identificar, dentro desta temtica, os diferentes conceitos essenciais que contribuem para o

    desenvolvimento do pensamento e da linguagem matemtica.

    CONCEITOS ESSENCIAIS

    Nmeros, Estatstica, lgebra, Geometria e Medidas.

    TEMAS MULTIDISCIPLINARES

    Educao e tecnologia

    Educao e trabalho

    AES E OPERAES

    Pesquisa do ndice de acidentes envolvendo mquinas agrcolas nas rodovias

    brasileiras.

    De posse dessas informaes, faa uma anlise dos dados obtidos e em seguidaelabore uma tabela, construa o grfico e elabore o modelo matemtico que representa a

    situao.

    Coleta de dados relacionados depreciao de mquinas agrcolas.

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    A coleta de dados efetuou-se junto a revendedoras de mquinas agrcolas da regio

    oeste, na internet e na Receita Federal. Os modelos de mquinas pesquisadas foram os mais

    diversos; entretanto, fizemos a opo por trabalhar no desenvolvimento dessa atividade

    com o modelo trator traado 4x4, por ser o mais usado na regio. O preo dessa mquina,

    bem como a sua depreciao, foi coletado pelos alunos na revendedora da cidade de So

    Miguel do OesteSC, ou seja: preo: R$ 90.425,00; depreciao: 12% a.a. ; vida til: 10

    anos (dado aproximado para a Regio Oeste).

    A partir dos dados coletados, construir uma tabela que relaciona tempo,

    depreciao, valor residual, depreciao acumulada.

    Tabulando os dados coletados numa planilha de clculo, obtivemos a seguinte

    tabela:

    Tempo (anos) Depreciao (%) Valor residual (R$) Depreciao Anual Depreciao Acumulada