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ANO 32 - Nº 1.635 - R$ 2 - GOIÂNIA, 5 A 11 DE AGOSTO DE 2018 Página 11 Página 10 Páginas 8 e 9 SAIBA COMO FOI A SEMANA FINAL DAS CONVENÇÕES QUE DEFINIRAM O QUADRO DA DISPUTA EM GOIÁS. CENÁRIO ABERTO CONFIRMA COBERTURA DA TRIBUNA E APONTA PARA DISPUTA CHEIA DE EMOÇÕES. Páginas 5, 6, 7 e Carta ao Leitor Caiado estável. Zé Eliton cresce DISPUTA SERÁ DECIDIDA NAS RUAS ENTREVISTA CÉSIO 137 Ainda não acabou Posse de diretores marca volta às aulas O prefeito Iris Rezende pegou uma administração muito complexa. Já conseguiu amenizar muito isso” Vinicius Cirqueira, vereador (Pros) e 1º vice-presidente da Câmara de Goiânia 35,5% Ronaldo Caiado José Eliton Brancos e Nulos Daniel Vilela Kátia Maria Weslei Garcia Não Sabem 3,28% 8,75% 2,7% 2,19% 3,9% 35,47% 34,8% 25,4% 17,3% 14,1% 7,7% 7,8% 14,69% 16,4% 19,58% 22,7% 18,1% 10,0% 12 a 31 de maio 7 a 12 de julho 25 de julho a 1º de agosto ESCOLA ESCOLA TUCANO É ÚNICO A SUBIR ACIMA DA MARGEM DE ERRO EM NOVA PESQUISA EXATA/OP. DEMOCRATA E EMEDEBISTA PERMANECEM ONDE ESTAVAM. Wildes Barbosa Divulgação Divulgação CAIADO ZÉ ELITON DANIEL

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  • ANO 32 - Nº 1.635 - R$ 2 - GOIÂNIA, 5 A 11 DE AGOSTO DE 2018

    Página 11

    Página 10Páginas 8 e 9

    SAIBA COMO FOI A SEMANA FINAL DAS CONVENÇÕES QUE DEFINIRAM O QUADRO DA DISPUTA EM GOIÁS. CENÁRIO ABERTO CONFIRMA COBERTURA DA TRIBUNA E APONTA PARA DISPUTA CHEIA DE EMOÇÕES.

    Páginas 5, 6, 7 e Carta ao Leitor

    Caiado estável.Zé Eliton cresce

    DISPUTA SERÁ DECIDIDA NAS RUAS

    ENTREVISTACÉSIO 137

    Ainda não acabou

    Posse de diretores marca volta às aulas

    O prefeito Iris Rezende pegou uma administração muito complexa. Já conseguiu amenizar muito isso”Vinicius Cirqueira,vereador (Pros) e 1º vice-presidente da Câmara de Goiânia

    35,5% Ronaldo Caiado

    José Eliton

    Brancos e Nulos

    Daniel VilelaKátia MariaWeslei Garcia

    Não Sabem

    3,28%

    8,75%

    2,7% 2,19%3,9%

    35,47% 34,8%

    25,4%

    17,3%14,1%

    7,7%7,8%

    14,69%

    16,4%

    19,58% 22,7%

    18,1%

    10,0%

    12 a 31 de maio 7 a 12 de julho 25 de julho a 1º de agosto

    E S C O L AE S C O L A

    TUCANO É ÚNICO A SUBIR ACIMA DA MARGEM DE ERRO EM NOVA PESQUISA EXATA/OP. DEMOCRATA E EMEDEBISTA PERMANECEM ONDE ESTAVAM.

    Wildes Barbosa DivulgaçãoDivulgação

    CAIADO ZÉ ELITON DANIEL

  • GOIÂNIA, 5 A 11 DE AGOSTO DE 2018 / www.tribunadoplanalto.com.br2

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    CARTA AO LEITOR

    Acabou a pré-campanha, começa a campanha. Um pequeno detalhe que faz muita diferença. Signifi ca que as alianças estão feitas e o jogo da sucessão está armado. Nos últimos meses, mostramos o andamento dessa construção de interesses que vai edifi car o futuro do Estado. Quem ganhar terá o direito, e o dever delegado pelo voto popular, de defi nir os rumos de Goiás pelos próximos quatro anos. Não é pouco. É da nossa vida que estamos falando.

    Ainda sobre o jogo, a Tribuna fez várias capas - com base em pesquisas e sem elas como referência -, apontando que, apesar das aparências para militantes e torcedores, nada estava defi nido. Com o fi m das convenções, isso fi cou evidente. Saltou aos olhos.

    Ronaldo Caiado (DEM) contrariou expectativas e continua na liderança. José Eliton (PSDB), derrubando prognósticos pessimistas e apostas de que nem conseguiria ser candidato, deixou claro que está bem vivo, ao fazer a maior convenção, que lotou o ginásio Goiânia Arena. E Daniel Vilela, desautorizando o vaticínio de isolamento inevitável, amarrou nos últimos minutos uma coligação considerável, que inspira respeito.

    Exatamente como indicado, apontado, reforçado e várias vezes enfatizado aqui, e que está expresso nas imagens que escolhemos para ilustrar este texto. Uma mostra. Vale a ênfase porque merece ser ressaltado o trabalho da equipe do jornal. Uma equipe

    pequena, porém atenta, antenada, disposta a ouvir e, então,

    escrever. Que trabalha afi nada, e motivada.

    A campanha está começando. Digo a

    campanha mesmo, pra valer. O que não para é o

    trabalho da Tribuna. A gente segue em frente. Até as urnas.

    E depois. Boa leitura.

    Até as urnasESFERA PÚBLICA

    Letícia Scalabrini Para nós mulheres a luta é cotidiana. Diaria-

    mente, enfrentamos os refl exos do preconceito, do racismo, do machismo, da homofobia e da xenofobia existentes em nossas sociedades. Es-tes refl exos são raízes do patriarcado e que fre-quentemente encontram novas formas de estar presentes nas diversas culturas sob um contexto da dominação masculina.

    Uma forma desta perpetu-ação da dominação masculina é a violência simbólica, termo usado pelo sociólogo francês contemporâneo Pierre Bour-dieu para descrever a dissemi-nação sútil – e muitas vezes in-visível – aos nossos olhos para a violência que colabora para a diferença entre corpos domina-dores e corpos dominados em todas as instituições sociais.

    Desta forma, é possível in-terpretar que as mulheres es-tão constantemente sujeitas a ações e práticas sociais que as colocam em situação de sub-missão, silenciamento, normatividade e como um ser passível de machismo. E há exemplos disso no mundo todo, quando o próprio Estado institucionaliza essas ações e práticas, como por exemplo, a criminalização parcial (dependen-do de algumas exceções) ou total do aborto em diversos países do mundo está querendo dizer que as mulheres não capazes de decidir o que é melhor para si e que seu corpo é um objeto que pode ser manipulado para atender interesses de quem está no poder, não levam em conta que o aborto acontece diariamente com as mulheres sobre diversas circunstâncias e que a sua crimi-nalização ameaça a saúde da mulher.

    A Rússia possui uma lista com mais de 400 ti-pos de trabalho que as mulheres não podem exer-cer, sob o argumento de que certos tipos de traba-lho ameaçam a saúde reprodutiva da mulher. E segundo a Organização Internacional do Traba-lho, a porcentagem de mulheres na Duma (Câma-ra dos Deputados da Rússia) é de apenas 7,7%.

    Mas também há exemplos de violência sim-bólica que se manifestam no nosso cotidiano, nas relações sociais: o assédio sexual nos trans-portes coletivos, a ideia de que uma mulher cisgênero deve buscar agradar os homens para não terminar a sua vida sozinha, a padroniza-ção imposta sob o corpo das mulheres como um ideal a ser seguido, a imposição religiosa sob a vestimenta das mulheres que dá margem para a cultura do estupro (é muito comum ouvir a frase “se estava usando roupa curta é porquê es-tava pedindo para ser estuprada”), entre diversos outros exemplos. Mas a luta das mulheres no mundo todo tem sido cada vez mais fortalecida e incansável, prova disso são os inúmeros exem-plos de mulheres que lutaram e lutam pelo que acreditam superando barreiras da tradição pa-triarcal e machista.

    No Brasil, comportamentos misóginos ame-

    açam constantemente a vida das mulheres e isso tem se agravado cada vez mais devido a nossa conjuntura política. Neste mês de julho completou-se quatro meses do assassinato de Marielle Franco. Marielle era uma mulher, ca-rioca, preta, bissexual, socióloga, ativista dos Di-reitos Humanos e a vereadora eleita pelo Rio de Janeiro – foi a quintamais bem votada pelo RJ.

    Frequentemente, encontramos difi culdades em nos posicionar e ter voz enquanto mulheres em locais que são comumente ocupados por homens. Marielle incomodava quem sempre este-ve acostumado com privilégios e estar em locais de poder: em sua maioria homens brancos, velhos e heterossexuais. Ma-rielle, enquanto representante política e ativista por uma so-ciedade mais justa e igualitária, foi silenciada, morta. Mas hoje é para mim, e para tantas outras pessoas que acreditam e lutam na nossa sociedade, um símbo-lo de resistência e de que nós

    mulheres somos, sim, agentes capazes de trans-formação social.

    No Paquistão, Malala Yousafzai desde muito jovem lutava para que as meninas de seu país ti-vessem o acesso democrático à educação, já que este era um direito negado por intervencionistas e devido a própria tradição mulçumana naquele País. Em 2012, quando estava a caminho da es-cola onde estudava, sofreu um atentado terroris-ta e levou um tiro no rosto. Malala sobreviveu e ainda sim teve força e coragem para continuar a sua luta pela educação de meninas, ainda que fora do seu país. Escreveu um livro contado sua trajetória, conquistou em 2014 o Prêmio Nobel da Paz e hoje é uma inspiração para muitas mu-lheres no que tange à superação e esperança de que a educação pode, sim, mudar o mundo.

    Recentemente, o Brasil foi o país escolhido por ela para ser sede de seus debates e ativismo, trazendo para nós, no auge de seus 21 anos de idade, a esperança da educação inclusiva e igual para todas e todos. Marielle e Malala são exem-plos memoráveis de que a resistência feminista persiste e que as mulheres podem revolucionar o mundo e ser propulsoras de uma sociedade com menos desigualdade social e violência. É preciso reconhecer a importância dos movi-mentos sociais e da atuação da juventude para que isto ocorra, junto também aos setores popu-lares de uma sociedade.

    “As rosas da resistência nascem no asfalto. A gen-te recebe rosas, mas vamos estar com o punho cerra-do falando de nossa existência contra os mandos e desmandos que afetam nossas vidas.”

    Marielle Franco (1979-2018)

    Letícia Scalabrini é militante feminista e

    estudante de Ciências Sociais na UFG.

    A resistência das mulherese a sua interculturalidade

    Opinião

    Vassil OliveiraEditor Executivo

    Mulheres vivem

    sujeitas a ações e práticas sociais que as colocam em situação de submissão, silenciamento, normatividade e como um ser passível de machismo.

    Não está fechado que ensino superior seguirá gratuito.Pode começar com pós-graduação paga.”

    Geraldo Alckmin, presidenciável tucanoFrase da semana

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    TribunadoPlanalto @Tribdoplanalto @Tribdoplanalto

  • Defi nição Ex-diretor da Faculdade de Direito da Universidade Federal de Goiás, Nivaldo Santos é o nome escolhido para ser candidato ao senador na chapa PT/PCdoB. Atualmente é professor da UFG e também da Pontifícia Universidade Católica de Goiás.

    Privatização à vista?O pré-candidato tucano à Presidência da República, Geraldo Alckmin, anunciou em entrevista concedida na última semana à GloboNews que estuda acabar com a gratuidade do ensino superior público. Começaria pelas pós-graduações.

    Expertise?A Universidade Estadual de Goiás irá assumir a gestão do Estádio Olímpico, bem como de todo o Centro de Excelência do Estado. A decisão ocorre após a criação da Universidade do Esporte, lançada pelo governador José Eliton há alguns meses.

    Boleto O deputado federal Marcos Abrão se reuniu na última semana com representantes do Sindicato dos Empresários Lotéricos em Goiás, da Caixa e da Agência Nacional de Energia Elétrica. Na pauta: Enel voltar a aceitar pagamento de contas nas Lotéricas.

    ProrrogadoO período de abertura do processo de licitação das rodovias goianas foi ampliado para mais quarenta dias, a pedido de três grupos empresariais que pretendem participar do processo. A nova data da licitação fi cou para o dia 12 de setembro.

    Começou?A Câmara Municipal de Goiânia retomou os trabalhos na última quarta-feira, 1º, mas grande parte dos vereadores pareceu não ter sido informado.

    PingadosPoucas cadeiras estiveram ocupadas nos dois dias de sessões. Um dos que não deram a cara foi o radialista Jorge Kajuru (PRP), que é candidato ao Senado.

    Confi rmadaO PCdoB confi rmou que a vereadora Tatiana Lemos (PCdoB) será novamente candidata à Câmara Federal nas eleições deste ano. Já havia sido em 2014.

    Nome Nos bastidores, membros contrários ao acerto da Rede com o PSDB afi rmavam que quem realizava as articulações era o ex-vereador Djalma Araújo.

    Paradoxo Segundo a porta-voz feminina da Rede, Eva Cordeiro, que queria acordo com PSDB, a prioridade do partido em Goiás seria dar palanque para Marina Silva.

    Defi nição O problema é que a base aliada em Goiás já tem tem candidato a quem dar palanque: o tucano Geraldo Alckmin. Quer dizer: os tucanos se garantiram.

    Nublou O ex-presidente da Agetop

    Jayme Rincón classifi cou como irresponsabilidade o corte de energia efetuado pela Enel na última semana no Estádio Olímpico, da avenida Paranaíba, e no Autódromo de Goiânia, por falta de pagamento.

    Pressão Segundo o atual

    coordenador político da campanha de José Eliton ao governo do Estado em Goiânia, as dívidas vinham sendo negociadas entre os entes. “Foi algo desnecessário em uma semana com muitos eventos”, reclamou.

    Eventos De fato, além de um jogo do

    Atlético Goianiense no Estádio Olímpico na terça-feira, 31, o Autódromo de Goiânia recebe mais uma edição da Corrida do Milhão, da Stock Car, neste domingo, 5. Com transmissão nacional.

    Com a decisão nacional do PDT em fechar apoio em Goiás à candidatura do senador Ronaldo Caiado (DEM), o palanque para os presidenciáveis fi cou praticamente defi nido em Goiás. O democrata agora dará espaço em sua chapa a três presidenciáveis no Estado: o próprio candidato do PDT, ex-ministro Ciro Gomes (foto); ao candidato do Podemos, senador Álvaro Dias; e também, possivelmente ao candidato do PSL, Jair Bolsonaro, uma vez que a sigla está fechada com Caiado. O deputado federal Daniel Vilela (MDB) dará palanque ao presidenciável de seu partido, ex-ministro Henrique Meirelles. José Eliton (PSDB) dará palanque a Geraldo Alckmin, enquanto que Kátia Maria (PT) dará espaço a Lula/Haddad(PT)/Manuela D’Ávila (PCdoB). Guilherme Boulos (Psol) terá palanque na campanha do governadoriável Weslei Garcia. A única indefi nição é em relação a Marina Silva.

    Palanques para presidenciáveis defi nidos em GO

    s

    1 2 3

    mídiasociais

    A indecisão do ministro das Cidades e presidente regional do PP em Goiás,

    Alexandre Baldy, em defi nir para qual lado seguiria a sua legenda em Goiás, incomodou tanto lideranças do MDB quanto da base aliada. As conversas

    de bastidores lembravam que o deputado federal licenciado sempre demorou muito em tomar decisões,

    vide candidatura à prefeitura de Anápolis há dois anos e

    permanência ou não no Ministério das Cidades

    neste ano.

    Indecisão

    Não sabia que Cunha tinha problemas com a Justiça”

    em entrevista ao programa Roda Viva

    JAIR BOLSONARO,PRESIDENCIÁVEL PELO PSL

    Gostei

    Após a divulgação da foto, que contava com prati-camente todos os nomes do PP em Goiás e com a maioria de membros do MDB, nas redes sociais do presidente da Câmara Municipal de Goiânia, Andrey Azeredo, a base praticamente desistiu das conversas.

    Recado

    União O PCdoB fechou o acordo com o PT na última sexta-feira. A presidente do partido, deputada estadual Isaura Lemos, acredita que, ao lado do PT, a chapa tem chances de eleger entre três ou quatro nomes na Assembleia Legislativa.

    Um dos focos de resistência dentro do PRB em relação a um acordo com o MDB de Daniel Vilela, o deputado estadual Pastor Jefferson (PRB-foto) esteve na sede emedebista na última semana. Avaliou a chapa de Daniel positivamente.

    O PP bateu o martelo para apoiar a candidatura de Daniel Vilela na última quinta-feira, quando acompanhou lideranças do MDB em Goiás em viagem a Brasília, para a convenção nacional dos dois partidos no Congresso Nacional. Aí foi costura, e quase não deu certo.

    Martelo

    IrritadodLinhaFagner Pinho - [email protected]

    iretaO ex-governador Maguito Vilela não escondeu de ninguém a irritação com que fi cou em relação à pressão exercida pelo PSDB para manter o PP, que vinha negociando apoio a candidatura de Daniel Vilela, na base aliada.

    3 GOIÂNIA, 5 A 11 DE AGOSTO DE 2018 / www.tribunadoplanalto.com.br

  • 44 GOIÂNIA, 5 A 11 DE AGOSTO DE 2018 / www.tribunadoplanalto.com.br

    O Estado de Goiás registrou queda em 11 dos 12 indicado-res criminais monitorados nos primeiros sete meses de 2018. A comparação é com igual perí-odo do ano passado. Destaque para redução de 11,98% na re-dução de homicídios.

    “O empenho das forças po-liciais foi fundamental nesta conquista”, afi rmou o secretário de Segurança Pública, Irapuan Costa Júnior, na quinta-feira, dia 2, ao apresentar os números.

    De acordo com o relatório do Observatório de Segurança Pública da SSP, tentativas de ho-micídios recuaram 22,36%, ao

    BALANÇO

    Goiás registra queda em casos de violência

    passo que latrocínios cederam 1,75%. “Temos investido cons-tantemente em aumento de viaturas e aparelhamento das nossas polícias”, explicou

    Houve queda também de roubos a transeuntes (-33,56%), roubos de veículos (-30,73%), roubos ao comércio (-45,71%) e roubos em residências (-35,51%). “O número de ações e opera-ções policiais tem sido cada vez maior. O resultado é que a sensa-ção de segurança aumenta cons-tantemente”, ressaltou Irapuan.

    Furtos a transeuntes cede-ram 20,79%, enquanto furtos de veículos recuaram 9,78%. Furtos

    ao comércio caíram 16,28%. Por fi m, furtos de residências apre-sentaram queda de 19,30%.

    De janeiro a julho deste ano, houve um aumento de três ca-sos de estupros na comparação com o mesmo período de 2017. “Estamos realizando um esforço

    constante para coibir esse tipo de crime. Outra medida impor-tante é a conscientização da im-portância de que as mulheres denunciem essa violência, mes-mo quando partir de pessoas do seu próprio convívio familiar”, assegurou o secretário.

    Secretário Irapuã Costa Jr.: investimentos em segurança

    Leandro Ribeiro: expansão do DAIA irá gerar 2 mil empregos

    Divulgação

    Divulgação

    Para garantir a infra-estrutura básica na nova área de 67 hecta-res, o correspondente a 650 mil metros quadrados, do Distrito Agroindustrial de Anápolis (Daia) o governo de Goiás irá investir R$ 11,5 milhões, através da Compa-nhia de Desenvolvimento Econômico (Codego). A in-formação é do secretário es-tadual de Desenvolvimento (SED), Leandro Ribeiro, que visitou algumas indústrias do Distrito e conversou com os jornalistas dos meios de comunicação de Anápolis.

    Segundo o secretário, o Daia deixou de receber mui-tas indústrias por falta de área, mas agora este problema está superado. A nova área do polo industrial, já conhecida como Daia 2, terá capacidade para abrigar mais 76 empre-sas de médio e grande portes que vão gerar mais de 2 mil empregos diretos. Entre elas, o grupo Foianesi, de São Paulo, que vai investir mais de R$ 200 milhões para instalar duas in-dústrias de equipamentos e de produtos farmacêuticos, cujos protocolos de intenções de in-vestimentos já foram assina-dos com o Governo.

    A área de expansão do Daia fi ca perto do Laboratório Teu-to e será entregue com todas as obras de infraestrutura básica como pavimentação de vias, instalações de redes de água e de esgoto, drenagem, ilumina-ção e toda a parte de telecomu-

    O próximo Mutirão da Pre-feitura de Goiânia será nestes dias 10 e 11, na região Noroeste de Goiânia. Os atendimentos se-rão realizados na Praça da Feira, no Jardim Curitiba I, pelas se-cretarias municipais. Essa será a terceira frente de serviços na região.

    Nesta semana, o prefeito Iris Rezende, acompanhado de se-cretários, vereadores e outras li-deranças, visita a região do Mu-tirão para conferir os trabalhos que estão sendo executados nos 13 bairros contemplados com esta edição do Mutirão. Serviços de infraestrutura, limpeza urba-na, sinalização de trânsito e re-forma de prédios públicos estão sendo executados pela Secreta-ria Municipal de Infraestrutu-ra e Serviços Públicos (Seinfra), Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg) e Secretaria Municipal de Trânsito.

    Nos dois dias de mutirão se-rão cerca de 120 serviços públi-cos oferecidos pela Prefeitura de Goiânia à população, que po-derá contar, também, com ações de embelezamento, emissão de documentos, como carteira de identidade, de trabalho e de es-tudante, cartão do idoso, além de serviços de saúde, como exa-mes e vacinação.

    A meta da Prefeitura é reali-zar duas edições dos mutirões por mês até o fi m do ano. No to-tal, já foram realizadas 15 gran-des frentes de serviços na atu-al gestão, que, juntas, fi zeram mais de 700 mil atendimentos à população. Para o prefeito Iris Rezende, os mutirões trou-xeram uma dinâmica especial para a administração e integra-ram gestão pública e população para a solução de demandas de forma mais ágil e prática.

    “Não tínhamos dúvidas do sucesso dessa forma de admi-nistrar, que trazemos conosco desde o primeiro mandato que ocupei como prefeito de Goiâ-nia. O Mutirão é, sobretudo, uma grande festa cívica, é a adminis-tração perto do povo, ouvindo e atendendo suas demandas, de forma que temos uma grande satisfação em realizá-lo”, frisa.

    ANÁPOLIS

    PREFEITURA

    Mais 76 empresas no DAIA 2

    Mutirão na Região Noroeste

    MAIOR POLO INDUSTRIAL DO CENTRO OESTE RECEBERÁ INVESTIMENTOSDE R$ 11,5 MILHÕES EM INFRAESTRUTURA PARA ATRAIR NOVAS EMPRESAS

    nicações. As novas áreas indus-triais estarão disponíveis para as empresas já a partir do pró-ximo semestre. Leandro Ribei-ro espera que, nos próximos dias, a Prefeitura de Anápolis libere as licenças ambientais da nova área do Daia para que a Codego inicie, imediatamen-te, as obras de infraestrutura.

    Ele informou, também, que todas as 170 empresas insta-ladas no polo, algumas há 40 anos, tiveram, este ano, suas áreas regularizadas junto à Prefeitura local, resultado do esforço do Governo de Goiás e do prefeito Roberto Naves. O presidente da Associação Co-mercial e Industrial de Anápo-lis (Acia), Anastácios Apóstolos Dagios, aplaudiu o anúncio da expansão do DAIA e lembrou que esta é uma antiga reivindi-cação dos empresários dentro do Pacto por Anápolis.

    “Temos certeza que, a partir

    de agora, nosso município vol-tará a crescer em ritmo mais acelerado, vai gerar mais em-pregos e renda e melhoria da qualidade de vida da popula-ção”, destacou.

    EmpregosO Daia foi inaugurado em

    1976 e ocupa uma área atual de 873 hectares (8.73 milhões de metros quadrados). É o maior polo industrial do Cen-tro Oeste onde estão localiza-das 170 empresas, que geram 20,3 mil empregos diretos. No polo estão empresas de diver-sos ramos de atividades, como indústria automobilística, o segundo maior polo farma-cêutico do País, empresas de embalagens, de logísticas, de alimentos, de bebidas e outras, além de uma Estação Aduanei-ra (Porto Seco).

    O titular da SED destacou que Anápolis tem sido o mu-

    Iris: “Mutirões são uma grande festa cívica”

    Jackson Rodrigues/Secom Goiânia)

    nicípio goiano que mais tem recebido intenções de investi-mentos privados, graças à sua localização estratégica, a sua infraestrutura e por ser servi-da com vias rodoviárias, ligan-do o Norte ao Sul do País, além deor vias ferroviárias e aéreas. O município tem mais de 40 mil empresas ativas que mo-vimentam um PIB de R$ 13,3 bilhões, de acordo com dados do IBGE e do Instituto Mauro Borges da Secretaria de Gestão e Planejamento. A maior parte da riqueza do município é ge-rada pelas empresas localiza-das no Daia.

    Anel viárioPara dar suporte ao escoa-

    mento da produção e descon-gestionar o trânsito da BR-153 e do Centro de Anápolis, o Go-verno de Goiás, por meio da SED, está concluindo as obras de 7.70 quilômetros do anel viário, com investimentos da ordem de R$ 14 milhões. Os outros 15 quilômetros são de responsabilidade do Governo Federal.

    Outra obra que também vai ajudar a atrair mais empresas para o Daia é a da ampliação da Estação de Tratamento de Esgo-tos. Os investimentos chegam a R$ 9,3 milhões. Quando conclu-ída, terá capacidade para tratar mais de 300 mil litros/hora de esgotos, atendendo mais 120 empresas, informaram o dire-tor técnico da Codego, Izelman Oliveira da Silva, e o chefe de Gabinete da empresa, Marcu Antônio Bellini.

  • O jogo das articulaçõesEM MEIO A DISPUTAS ACIRRADAS,

    COMO EM UMA FINAL DE CAMPEONATO, PARTIDOS

    ENCERRAM ETAPA DE NEGOCIAÇÕES

    As Eleições 2018 estão pro-gramadas para os dias 7 (1º turno) e 28 (2º turno) de outubro deste ano. Os pré-candidatos ao governo e vários partidos estão em um intenso jogo político. Uma fase da dis-puta chegou ao fi nal, a de con-versações entre lideranças para defi nição das alianças partidá-rias, visando uma maior competitividade no processo eleitoral.

    Ao longo da úl-tima da semana, o jogo político foi duro, intenso e até exaustivo. Usando o lin-guajar do futebol, ocorreram muitas “bolas divididas”. As candidaturas não queriam perder aliados, pelo contrá-rio, houve uma “intensa marcação”. Ninguém que-ria perder espaço para o adver-sário.

    Alianças mais robustas, além de demonstrarem força política, signifi cam estrutura para pedir votos na capital e no interior do Estado, e ainda pre-ciosos segundos na propagan-da eleitoral no rádio e na tele-visão, para que haja um pouco mais de tempo para que os can-didatos a governador consigam levar a proposta ao eleitor.

    O jogo não é composto so-mente pelos nomes que dispu-tarão o governo, ou os presiden-tes de partido. Há ainda fi guras que querem uma vaga ao Sena-do e outras que almejam um lu-gar na Câmara dos Deputados ou na Assembleia Legislativa de Goiás. Há partidos que volta-ram as atenções mais para este ponto da disputa eleitoral.

    Pelos lados da base do go-verno, o PSDB conseguiu fechar aliança com um importante partido: o PSD. Ao longo do pe-ríodo pré-eleitoral, o presidente estadual da legenda, Vilmar Ro-cha, criticou a candidatura de José Eliton pela base aliada. Ele defendia outro nome. Vilmar acenou para a oposição, chegou a conversar, mas ao fi nal não mudou de lado.

    Samuel Straioto

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    ELEIÇÕES 2018

    Deputados e prefeitos do PSD tiveram peso nas conversa-ções e prevaleceu a opinião de-les. Uma conversa entre Eliton e integrantes do partido na terça-feira, 31, colocou fi m a dúvidas em relação ao posicionamento que a legenda teria no processo. O PSD disputará mais uma elei-ção apoiando a base aliada.

    Se por um lado o PSDB se deu bem com o apoio do PSD, por outro, perdeu um aliado para o DEM de Ronaldo Caia-do. Trata-se do PDT. O partido foi bastante pressionado pelo diretório nacional que preten-dia viabilizar um palanque em Goiás para o presidenciável Ciro Gomes, sem que causasse um desconforto a ele. A justifi cativa é que o PSDB já tem candidato a presidente e o MDB também. Caso houvesse alguma aliança com esses partidos poderia ha-ver um desconforto Ciro, pois haveria divisão de palanque.

    PPNo futebol há times moder-

    nos que são competitivos, mas que não têm jogadores capazes de dar espetáculo, que jogam sem a bola no pé, marcando territórios, confundindo a mar-

    cação adversária. No jogo da política goiana, o PP foi esse tipo de equipe. O partido não teve força e estrutura para lan-çar um candidato ao governo, mas a participação dele em uma das três principais cha-pas causou dúvida a muitos.

    Presidente estadual do PP e ministro das Cidades, Alexandre Baldy estava em viagem ao ex-terior e soube “gastar bem esse tempo”. Lideranças da legenda e de outros partidos aguardavam com ansiedade o retorno do mi-nistro ao País.

    Baldy retornou. Ao colocar os pés no Brasil, foram telefo-nemas e mais telefonemas para agendar almoços, jantares para decidir o futuro da legenda. Pressionado pelo presidente Michel Temer, do MDB, o mi-nistro abriu a semana conver-sando com Daniel Vilela. Baldy também recebeu pressão do presidente da Câmara Fede-ral, deputado Rodrigo Maia, do DEM, para apoiar Caiado.

    A noite da terça-feira, 31, foi bastante esperada por depu-tados, prefeitos e outros inte-grantes do partido. As lideran-

    ças fi caram reunidas em um hotel na Rua 22, no Se-tor Oeste. A reunião rompeu a noite e avançou a madrugada. O desejo de parlamentares e representantes dos executi-vos municipais era de uma aliança com o governo. A si-

    nalização de apoio do PP para diferentes lados confundia os participantes do jogo político. O Progressista não estava com a bola no pé, mas indicava onde ela devia ser lançada.

    Na última semana em que partidos se organizavam para realizar convenções, ainda ocorreram negociações en-tre o PRB, do deputado federal João Campos. O apoio da Igreja Universal deu a ele seguran-ça e tranquilidade para adiar ao máximo uma decisão fi nal. Enquanto isso, deputados esta-duais ligados à base desejavam permanecer ao lado de José Eliton. A legenda trabalha para eleger três representantes na Assembleia Legislativa.

    Já o MDB de Daniel Vilela preferiu a estratégia do treino secreto. O partido se fechou internamente durante o fi nal do período de convenções. Da-niel Vilela atuou intensamente nos diálogos com lideranças de outras legendas. As conver-sas ocorriam tanto em Brasília, quanto em Goiânia. Nenhuma palavra saiu. Ao longo dos úl-timos dias circularam boatos

    da possível desistência do emedebista. Na convenção,

    MDB somou PP e PRB.

    EsquerdaO jogo também foi movi-

    mentado em partidos de outro campo ideológico. O PCB já ha-via feito convenção no dia 21 de julho. Marcelo Lira é o candida-to ao governo. A última semana começou com alguns partidos já com situação defi nida. O Psol realizou convenção no domin-go, dia 29, e ofi cializou o nome do professor Weslei Garcia para a disputa a governador.

    O PT da pré-candidata ao governo Kátia Maria e o PC-

    doB da deputada es-tadual Isaura Lemos conversaram exaus-

    tivamente ao longo da s e m a n a

    p a r a f o r -m a ç ã o

    de chapa que pudesse garantir espaços para o PT na Câmara Federal, por exemplo, à reeleição de Rubens Otoni e na Assembleia Legisla-tiva, com Isaura Lemos fi cando mais quatro anos como deputa-da estadual.

    ExcluídosPor fi m, ocorreram aqueles

    que foram retirados do jogo e fi cam fora da disputa política em Goiás. Uma das saídas do processo eleitoral foi do jorna-lista Paulo Beringhs. A direção do partido dele, o Patriotas, re-tirou sua candidatura, com a alegação que ele não poderia fazer conversações em nome do partido.

    Após as convenções, o jogo continua e em um verdadeiro campeonato vai avançando as fases. O próximo passo é o regis-tro de candidaturas, o prazo ter-mina em 15 de agosto. Um dia depois, os candidatos de fato podem começar a pedir votos. A campanha ofi cialmente será iniciada.

    Uma fase bastante atrativa da disputa é o início da pro-paganda eleitoral no rádio TV, marcada para o dia 31. Os par-tidos terminaram apenas uma parte da disputa. A bola, ou melhor, a eleição, ainda está em jogo.

    5 GOIÂNIA, 5 A 11 DE AGOSTO DE 2018 / www.tribunadoplanalto.com.br

  • 6 7GOIÂNIA, 5 A 11 DE AGOSTO DE 2018 / www.tribunadoplanalto.com.br GOIÂNIA, 5 A 11 DE AGOSTO DE 2018 / www.tribunadoplanalto.com.br

    Caiado estável. Eliton cresce Agora é

    rua

    PP fi ca com DanielINTENÇÃO DE VOTO PARA GOVERNADOR GOIÁS 31 JULHO 2018 - ESPONTÂNEO

    DEMRonaldo Caiado

    PSDBJosé

    Eliton

    PTKátia Maria

    N/SNão

    sabem

    B/NBrancos e

    nulos

    50%

    45%

    1%0

    5%

    10%

    15%

    20%

    25%

    30%

    40%

    35%

    REDEEdson Braz

    PRPJorgeKajuru

    14,3%

    6,8%

    PSDBMarconi

    Perilo

    2,7%

    MDBDaniel Vilela

    4,5%

    MDBIris

    Rezende

    0,6%

    PSBVanderlan Cardoso

    0,3% 0,3% 0,2%

    REDESara

    Mendes

    0,2%

    47,8%

    20,8%

    PSOLWesleiGarcia

    0,5%0,8% 0,8%

    Outros

    DEMRonaldo Caiado

    PSDBJosé

    Eliton

    MDBDaniel Vilela

    PTKátia Maria

    PSOLWesleiGarcia

    N/SNão

    sabem

    B/NBrancos e

    nulos

    11%

    3,1% 2,2%

    45,7%

    31,9%

    0,9% 0,8%

    JULHO - 7 a 12

    Com 34,8% das in-tenções de voto, o senador Ronaldo Caiado (MDB) segue líder na disputa pelo governo de Goiás,

    de acordo com o terceiro levantamento do instituto Exata Opinião Pública para a Tribuna do Planalto. No início de ju-lho, ele tinha 35,47%, e antes, 35,5%. In-decisos somam 10% e nulos e brancos, 22,7%. Isso na estimulada. Considerada a espontânea, indecisos atingem 47,2% e brancos e nulos, 20,8%.

    Em segundo continua o governador e candidato à reeleição José Eliton (PSDB), com 18,1%. Mas tendo o que comemorar: uma melhora signifi cativa em relação à pesquisa passada (14,69%) e à primeira rodada (14,1%), já que cresceu 3,41 pon-tos – portanto, acima da margem de erro, que é de 3 pontos porcentuais para mais ou para menos; e o segundo crescimen-to seguido. A diferença entre o tucano e o democrata diminuiu para 16,7 pontos (contra 19,78 pontos anteriormente).

    Daniel Vilela é o terceiro colocado. Ele tem hoje 7,8%. Antes, tinha 8,75% (início de julho) e 7,7% (maio). Kátia Maria (do PT) – com 3,9% agora e 2,19% antes – e Weslei Garcia (Psol) – 2,7% e 3,28%, res-pectivamente – completam o quadro com os principais candidatos na dispu-ta, com inversão nas posições: a petista é a quarta colocada. Não há números sobre eles de maio porque só passaram a

    constar na pesquisa a partir do segundo levantamento.

    A consolidação do quadro eleitoral no Estado só está sendo conhecido neste início de agosto, com as convenções. E, se estava indefi nido, na defi nição do dire-tor técnico do instituto Exata OP, Marcus Caldas, permanece assim, na largada da

    Vassil Oliveira

    Em um ano de peito aberto como pré-candidato a governador, Ro-naldo Caiado (DEM) liderou as pesquisas de intenção de voto, manteve coesa uma ampla aliança partidária - contra as apostas de aliados e adversá-rios -, e fez oposição em tom agudo, mas não destemperado. Seu grupo chegou a visualizar vitória no primeiro turno.Enquanto isso, Daniel Vilela (MDB) e José Eliton (PSDB) patinaram. Mal saíram do lugar nas intenções de voto. Daniel se mostrava cada vez mais sozinho. Eliton via sua base de partidos balançar. No fi m da pré-campanha, porém, o cenário é outro: Caiado segue líder, mas tanto o tucano quanto o emedebista marcaram pontos. Em vez de perdidos, estão vivos no jogo.

    Eliton segurou parcela substancial de sua base aliada como governador. E formatou uma chapa que pacifi ca os confl itos internos. Daniel somou dois partidos, o PP e o PRB, que lhe deram tempo de TV e o discurso de crescimen-to no momento mais delicado, quando

    parecia, aos olhos de aliados inclusive, que poderia até desistir. Mais que no jogo, estão fortalecidos.

    Kátia Maria (PT) conclui a primeira etapa no embate pelo governo igual-mente com o quê comemorar. Incor-porou o PCdoB e sustenta um discurso propositivo. Foi a primeira a apresentar uma diretriz para o Estado, na prévia do que será seu plano de governo. Weslei Garcia (Psol) cumpre a missão de apre-sentar-se como alternativa, ainda que consciente do poder - estrutura, dinhei-ro, alianças - dos adversários. E Marcelo Lira (PCB) se estabelece para mostrar ideias, marcar posição, como admitiu.

    A campanha começa, assim, com equilíbrio onde estavam todas as aten-ções desde o início: Caiado tem pesquisa a favor; Eliton e Daniel, estruturas am-plas, capazes de alavancar suas candi-daturas. O cenário aberto escancarado pelas convenções, e que já vinha sendo desenhado aqui, é só o começo de uma nova fase da guerra com fi m marcado para as urnas. O combate segue seu cur-so, igualmente pontuado: a decisão virá no enfrentamento das ruas.

    O fi nal de semana só não foi um mo-mento de festa e alegria, com formação das chapas, por conta do PP. O partido estava dividido entre fechar com o go-verno ou com o MDB. Na convenção, o deputado federal Roberto Balestra levantou questão de ordem: queria uma defi nição de rumo ali, na frente dos aliados. A base - ou seja, prefeitos, vices e fi liados -, esperaram, em vão.

    Queriam fi car na base de José Eliton. Mas a cúpula, liderada pelo presidente da legenda, Alexandre Baldy, já tinha defi nido apoio a Daniel Vilela, e espe-rava fazer o anúncio depois, longe da pressão. À noite, Baldy ofi cializou apoio ao MDB. Ganhou Daniel, que conseguiu aumentar seu tempo de TV e rádio no horário eleitoral e mostrar crescimento na base de apoio à sua candidatura.

    PESQUISA EXATA OP: DEMOCRATA PERMANECE NA LIDERANÇA, ESTÁVEL, ASSIM COMO EMEDEBISTA. TUCANO SOBE ACIMA DA MARGEM DE ERRO

    DEMRonaldo Caiado

    PSDBJosé

    Eliton

    MDBDaniel Vilela

    PTKátia Maria

    PSOLWesleiGarcia

    N/SNão

    sabem

    B/NBrancos e

    nulos

    50%

    45%

    1%0

    5%

    10%

    15%

    20%

    25%

    30%

    40%

    35%

    50%

    10%

    20%

    30%

    40%

    12 a 31 de maio 7 a 12 de julho 25 de julho a 1º de agosto

    35,5% RonaldoCaiado

    José Eliton

    Brancose Nulos

    Daniel VilelaKátia MariaWeslei Garcia

    Não Sabem

    3,28%

    8,75%

    2,7% 2,19%3,9%

    35,47% 34,8%

    25,4%

    17,3%14,1%

    7,7%7,8%

    14,69%

    16,4%

    19,58% 22,7%

    18,1%

    10,0%

    A 3ª rodada da pesquisa Exata OP/ Tribuna do Planalto, realizada de 25 de julho a 1º de agosto de 2018, ouviu 1.056 entrevistados em todo o Estado. A pesquisa está registrada GO-03906/2018 e tem margem de erro de 3 pontos.

    PESQUISA

    INTENÇÃO DE VOTO PARA GOVERNADOR GOIÁS ESTIMULADO

    disputa de fato. “Houve poucas varia-ções”, pondera. “Os resultados espontâ-neos confi rmam o desinteresse do elei-torado com relação às eleições. Os baixos índices comprovam que, a dois meses do pleito, a grande maioria dos entrevista-dos está indecisa ou votará nulo”, ressal-ta Caldas.

    CHAPAS PARA GOVERNADOR ESTÃO FORMADAS. É O MOMENTO DE IR A CAMPO E DISPUTAR VOTO A VOTO

    GOVERNADOR - Ronaldo Caiado (DEM) VICE - Lincoln Tejota (Pros)

    SENADOR - Wilder Morais (DEM)SENADOR - Jorge Kajuru (PRP)

    GOVERNADOR - Kátia Maria (PT)VICE - Nivaldo Santos (PCdoB)

    SENADOR - Luís César Bueno (PT)SENADOR - Geli Sanches (PT)

    GOVERNADOR - Weslei Garcia (Psol)VICE - Nildinha (Psol)

    SENADOR - Fabrício Rosa (Psol) GOVERNADOR - Marcelo Lira (PCB)VICE - Bruna Venceslau (PCB)

    SENADOR - Magda Borges (PCB)

    GOVERNADOR - José Eliton (PSDB)VICE - Raquel Teixeira (PSDB)

    SENADOR - Marconi Perillo (PSDB)SENADOR - Lúcia Vânia (PSB)

    GOVERNADOR - Daniel Vilela (MDB)VICE - Heuler Cruvinel (PP)

    SENADOR - Vanderlan Cardoso (PP)SENADOR - Agenor Mariano (MDB)

  • 6 7GOIÂNIA, 5 A 11 DE AGOSTO DE 2018 / www.tribunadoplanalto.com.br GOIÂNIA, 5 A 11 DE AGOSTO DE 2018 / www.tribunadoplanalto.com.br

    Caiado estável. Eliton cresce Agora é

    rua

    PP fi ca com DanielINTENÇÃO DE VOTO PARA GOVERNADOR GOIÁS 31 JULHO 2018 - ESPONTÂNEO

    DEMRonaldo Caiado

    PSDBJosé

    Eliton

    PTKátia Maria

    N/SNão

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    B/NBrancos e

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    35%

    REDEEdson Braz

    PRPJorgeKajuru

    14,3%

    6,8%

    PSDBMarconi

    Perilo

    2,7%

    MDBDaniel Vilela

    4,5%

    MDBIris

    Rezende

    0,6%

    PSBVanderlan Cardoso

    0,3% 0,3% 0,2%

    REDESara

    Mendes

    0,2%

    47,8%

    20,8%

    PSOLWesleiGarcia

    0,5%0,8% 0,8%

    Outros

    DEMRonaldo Caiado

    PSDBJosé

    Eliton

    MDBDaniel Vilela

    PTKátia Maria

    PSOLWesleiGarcia

    N/SNão

    sabem

    B/NBrancos e

    nulos

    11%

    3,1% 2,2%

    45,7%

    31,9%

    0,9% 0,8%

    JULHO - 7 a 12

    Com 34,8% das in-tenções de voto, o senador Ronaldo Caiado (MDB) segue líder na disputa pelo governo de Goiás,

    de acordo com o terceiro levantamento do instituto Exata Opinião Pública para a Tribuna do Planalto. No início de ju-lho, ele tinha 35,47%, e antes, 35,5%. In-decisos somam 10% e nulos e brancos, 22,7%. Isso na estimulada. Considerada a espontânea, indecisos atingem 47,2% e brancos e nulos, 20,8%.

    Em segundo continua o governador e candidato à reeleição José Eliton (PSDB), com 18,1%. Mas tendo o que comemorar: uma melhora signifi cativa em relação à pesquisa passada (14,69%) e à primeira rodada (14,1%), já que cresceu 3,41 pon-tos – portanto, acima da margem de erro, que é de 3 pontos porcentuais para mais ou para menos; e o segundo crescimen-to seguido. A diferença entre o tucano e o democrata diminuiu para 16,7 pontos (contra 19,78 pontos anteriormente).

    Daniel Vilela é o terceiro colocado. Ele tem hoje 7,8%. Antes, tinha 8,75% (início de julho) e 7,7% (maio). Kátia Maria (do PT) – com 3,9% agora e 2,19% antes – e Weslei Garcia (Psol) – 2,7% e 3,28%, res-pectivamente – completam o quadro com os principais candidatos na dispu-ta, com inversão nas posições: a petista é a quarta colocada. Não há números sobre eles de maio porque só passaram a

    constar na pesquisa a partir do segundo levantamento.

    A consolidação do quadro eleitoral no Estado só está sendo conhecido neste início de agosto, com as convenções. E, se estava indefi nido, na defi nição do dire-tor técnico do instituto Exata OP, Marcus Caldas, permanece assim, na largada da

    Vassil Oliveira

    Em um ano de peito aberto como pré-candidato a governador, Ro-naldo Caiado (DEM) liderou as pesquisas de intenção de voto, manteve coesa uma ampla aliança partidária - contra as apostas de aliados e adversá-rios -, e fez oposição em tom agudo, mas não destemperado. Seu grupo chegou a visualizar vitória no primeiro turno.Enquanto isso, Daniel Vilela (MDB) e José Eliton (PSDB) patinaram. Mal saíram do lugar nas intenções de voto. Daniel se mostrava cada vez mais sozinho. Eliton via sua base de partidos balançar. No fi m da pré-campanha, porém, o cenário é outro: Caiado segue líder, mas tanto o tucano quanto o emedebista marcaram pontos. Em vez de perdidos, estão vivos no jogo.

    Eliton segurou parcela substancial de sua base aliada como governador. E formatou uma chapa que pacifi ca os confl itos internos. Daniel somou dois partidos, o PP e o PRB, que lhe deram tempo de TV e o discurso de crescimen-to no momento mais delicado, quando

    parecia, aos olhos de aliados inclusive, que poderia até desistir. Mais que no jogo, estão fortalecidos.

    Kátia Maria (PT) conclui a primeira etapa no embate pelo governo igual-mente com o quê comemorar. Incor-porou o PCdoB e sustenta um discurso propositivo. Foi a primeira a apresentar uma diretriz para o Estado, na prévia do que será seu plano de governo. Weslei Garcia (Psol) cumpre a missão de apre-sentar-se como alternativa, ainda que consciente do poder - estrutura, dinhei-ro, alianças - dos adversários. E Marcelo Lira (PCB) se estabelece para mostrar ideias, marcar posição, como admitiu.

    A campanha começa, assim, com equilíbrio onde estavam todas as aten-ções desde o início: Caiado tem pesquisa a favor; Eliton e Daniel, estruturas am-plas, capazes de alavancar suas candi-daturas. O cenário aberto escancarado pelas convenções, e que já vinha sendo desenhado aqui, é só o começo de uma nova fase da guerra com fi m marcado para as urnas. O combate segue seu cur-so, igualmente pontuado: a decisão virá no enfrentamento das ruas.

    O fi nal de semana só não foi um mo-mento de festa e alegria, com formação das chapas, por conta do PP. O partido estava dividido entre fechar com o go-verno ou com o MDB. Na convenção, o deputado federal Roberto Balestra levantou questão de ordem: queria uma defi nição de rumo ali, na frente dos aliados. A base - ou seja, prefeitos, vices e fi liados -, esperaram, em vão.

    Queriam fi car na base de José Eliton. Mas a cúpula, liderada pelo presidente da legenda, Alexandre Baldy, já tinha defi nido apoio a Daniel Vilela, e espe-rava fazer o anúncio depois, longe da pressão. À noite, Baldy ofi cializou apoio ao MDB. Ganhou Daniel, que conseguiu aumentar seu tempo de TV e rádio no horário eleitoral e mostrar crescimento na base de apoio à sua candidatura.

    PESQUISA EXATA OP: DEMOCRATA PERMANECE NA LIDERANÇA, ESTÁVEL, ASSIM COMO EMEDEBISTA. TUCANO SOBE ACIMA DA MARGEM DE ERRO

    DEMRonaldo Caiado

    PSDBJosé

    Eliton

    MDBDaniel Vilela

    PTKátia Maria

    PSOLWesleiGarcia

    N/SNão

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    12 a 31 de maio 7 a 12 de julho 25 de julho a 1º de agosto

    35,5% RonaldoCaiado

    José Eliton

    Brancose Nulos

    Daniel VilelaKátia MariaWeslei Garcia

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    3,28%

    8,75%

    2,7% 2,19%3,9%

    35,47% 34,8%

    25,4%

    17,3%14,1%

    7,7%7,8%

    14,69%

    16,4%

    19,58% 22,7%

    18,1%

    10,0%

    A 3ª rodada da pesquisa Exata OP/ Tribuna do Planalto, realizada de 25 de julho a 1º de agosto de 2018, ouviu 1.056 entrevistados em todo o Estado. A pesquisa está registrada GO-03906/2018 e tem margem de erro de 3 pontos.

    PESQUISA

    INTENÇÃO DE VOTO PARA GOVERNADOR GOIÁS ESTIMULADO

    disputa de fato. “Houve poucas varia-ções”, pondera. “Os resultados espontâ-neos confi rmam o desinteresse do elei-torado com relação às eleições. Os baixos índices comprovam que, a dois meses do pleito, a grande maioria dos entrevista-dos está indecisa ou votará nulo”, ressal-ta Caldas.

    CHAPAS PARA GOVERNADOR ESTÃO FORMADAS. É O MOMENTO DE IR A CAMPO E DISPUTAR VOTO A VOTO

    GOVERNADOR - Ronaldo Caiado (DEM) VICE - Lincoln Tejota (Pros)

    SENADOR - Wilder Morais (DEM)SENADOR - Jorge Kajuru (PRP)

    GOVERNADOR - Kátia Maria (PT)VICE - Nivaldo Santos (PCdoB)

    SENADOR - Luís César Bueno (PT)SENADOR - Geli Sanches (PT)

    GOVERNADOR - Weslei Garcia (Psol)VICE - Nildinha (Psol)

    SENADOR - Fabrício Rosa (Psol) GOVERNADOR - Marcelo Lira (PCB)VICE - Bruna Venceslau (PCB)

    SENADOR - Magda Borges (PCB)

    GOVERNADOR - José Eliton (PSDB)VICE - Raquel Teixeira (PSDB)

    SENADOR - Marconi Perillo (PSDB)SENADOR - Lúcia Vânia (PSB)

    GOVERNADOR - Daniel Vilela (MDB)VICE - Heuler Cruvinel (PP)

    SENADOR - Vanderlan Cardoso (PP)SENADOR - Agenor Mariano (MDB)

  • 88 GOIÂNIA, 5 A 11 DE AGOSTO DE 2018 / www.tribunadoplanalto.com.br

    O prefeito Iris Rezende pegou

    uma administração muito complexa, principalmente na parte de contas públicas. Hoje, já conseguiu amenizar muito isso”

    “Lincoln tomou uma decisão naquilo que o Pros já vinha caminhando”

    Tribuna do Planalto Como foi a transição das experiências no Executivo, no Conselho Tutelar e na Prefeitura, para o Legislativo?

    Vinicius Cirqueira É uma experiência muito importan-

    te participar do Legislativo Municipal. Você vem de uma experiência do Exe-cutivo, da prática do dia a dia, do que realmente é a necessidade do povo, e tenta aplicar na Câmara com a fi scali-zação do poder Executivo e ao longo da sua atuação. Tenho quatro bandeiras importantes, com as quais sempre tra-balhei: criança e adolescente, esporte, habitação e regularização fundiária. E, logicamente, como engenheiro eu pos-so contribuir bastante com os projetos aqui. Obras paradas, alvará de aceite, projetos de moradia. Essa é a bagagem que trazemos do Executivo, lógico que de uma maneira diferente. Há discus-sões importantes na Câmara, de leis, orçamentos e, em tudo, tentamos fazer com que essa prática do Legislativo che-gue lá na ponta, na população. Temos trabalhado incisivamente para isso.

    O que o senhor apresentou de projetos nesse um ano e meio?

    Tenho orgulho grande de ser o per-cursor da criação do arranjo produtivo, primeiro polo industrial de Goiânia, no entorno do aterro. São empresas de reciclagem e lavanderias. Perdíamos es-

    sas empresas para algumas cidades por falta de espaço e hoje temos a possibi-lidade de ter uma usina de aproveita-mento dos entulhos para retorná-los à construção civil. É fruto do trabalho da comissão que montamos e da legisla-ção já aprovada. Apresentamos projeto que dá prazo de 90 dias para a Amma conceder a licença ambiental. Antes era uma burocracia muito grande. Outro projeto trata do reaproveitamento de contêineres, que estavam sem legisla-ção e que não poderiam ser reaprovei-tados na habitação, abrigos do trans-porte coletivo, salas modulares, postos de emergência. Foi muito elogiado. Ti-vemos uma série de outras emendas. Estamos brigando para colocar as artes marciais no currículo das escolas mu-nicipais e para uso da fi ação excedente dos postes de energia, TV a cabo, que é um problema grave. É grande a quanti-dade de fi os não utilizados e essas em-presas não têm essa responsabilidade. Temos 33 projetos apresentados, entre eles, alguns para o servidor público, como o dos agentes comunitários de Saúde, que podiam perder o emprego se se mudassem da localidade onde atuavam. Foi um ano e meio de muito trabalho, várias audiências públicas, vários requerimentos apresentados, discussões acaloradas na Câmara. Sem-pre com um ponto de vista e viés social e popular.

    Nesse retorno do segundo semestre, reclamaram do

    número de vetos do prefeito. Por quê?

    Tive dois projetos vetados, um foi o dos agentes comunitários de Saú-de. Derrubamos o veto, com articula-ção, com mobilização da categoria. É normal que o Executivo tenha enten-dimentos diferentes, mas a Casa tem autonomia de derrubar o veto. Seria sa-lutar para alguns projetos, e gosto bas-tante disso, dialogar com todas as for-ças antes de apresentar um projeto. Na área da moradia, nada mais justo que promover audiência pública para ouvir a todos, ouvir o poder Executivo, e que o projeto tenha um viés que contemple as duas partes. Lógico que alguns que

    não têm jeito, há o embate. Mas temos a autonomia de derrubar o veto.

    A atual legislatura é uma das com mais difi culdade na relação com o Executivo. Isso tem atrapalhado? É preciso mais sintonia?

    Não. A sintonia deve ser pelo melhor da cidade. Vejo isso com bons olhos. Se há divergência é porque a Câmara não aceita tudo que o poder Executivo pro-põe ou está executando. É exatamente isso, é o poder que o Legislativo tem. Au-tonomia para discutir, empenhar, colo-car a legislação e a fi scalização. Não vejo com bons olhos quando uma Câmara é submissa a tudo que o Executivo fala.

    Como está a pré-campanha a deputado estadual? Tem visitado o interior?

    Tenho andado bastante pelo Estado. Conseguimos manter as nossas bases no Estado, ampliamos em Goiânia, na região metropolitana e já conseguimos atingir apoiadores em 105 municípios. A perspectiva é muito boa no partido PROS, que almeja eleger no mínimo três deputados estaduais. Com muito traba-lho e o apoio da população do Estado, estou muito feliz e otimista em ser de-putado no ano que vem.

    Qual será a bandeira nesta eleição?

    Primeiro não fugir do que já faço. O esporte, a moradia, a segurança públi-ca, a juventude, os segmentos que me apoiam. Essa bandeira é primordial e tenho certeza que vamos contribuir muito, principalmente, fazendo com que o esporte possa ser um instrumen-to, uma ferramenta de inclusão social e fortalecer as lutas populares. Um líder comunitário de bairro da periferia de Goiânia assumir uma cadeira na As-sembleia Legislativa é motivo de muito orgulho, né? Filho de nordestinos, enge-nheiro civil. Isso é maravilhoso. Sonho com isso e vou poder contribuir muito com esse Estado.

    Como será a chapa de campanha, pura ou com coligação?

    A princípio seria uma chapa puro sangue do PROS, e o ponto de corte vai passar pelos 16 mil votos. A estimativa é ter de acima de 16 mil votos para brigar por uma cadeira.

    Lincoln Tejota deixou a base aliada e assumiu o papel na chapa de Ronaldo Caiado. A decisão foi acertada? Qual a avaliação do partido?

    O partido está muito unido nisso. É uma das decisões mais acertadas do PROS nos últimos tempos. São 20 anos de governo, desse Tempo Novo que não é mais tempo novo. O tempo já se pas-sou, é um tempo velho, são atitudes que há 20 anos poderiam ser novidade para o Estado. Agora, o Estado preci-sa avançar mais. Temos um índice de violência alarmante, uma companhia de saneamento totalmente sucateada, 28% de volume do Rio Meia Ponte hoje é de esgoto sanitário causado pela pró-pria companhia que deveria fazer o saneamento e falta água na capital. Os índices são alarmantes e há uma série

    Fagner Pinho

    Vinicius Cirqueira (Pros) está em seu primeiro mandato como vereador, mas nem por isso pode ser considerado um político inexperiente. Pelo contrário. Já em sua estreia como parlamentar, conseguiu se eleger 1º vice-presidente da Câmara Municipal de Goiânia, o que o levou a ter boa visibilidade na Casa. Visibilidade esta que serviu como parâmetro para que tomasse a decisão de disputar uma cadeira na Assembleia Legislativa nas eleições deste ano. Nesta entrevista concedida à Tribuna do Planalto, na quinta-feira, 2, o vereador fala sobre a decisão de seu partido em deixar a base aliada do governo estadual e seguir ao lado da pré-candidatura oposicionista de Ronaldo Caiado (DEM), explica como tem feito sua campanha e avalia a gestão do prefeito Iris Rezende (MDB). Confi ra.

    9 GOIÂNIA, 5 A 11 DE AGOSTO DE 2018 / www.tribunadoplanalto.com.br

    Eleição na Câmara sempre

    é uma surpresa muito grande”

    de fatores que apontam a necessidade de mudança. E a mudança, com certeza, vai acontecer, não tem como não acon-tecer. Tenho andado esse Estado e o sen-timento hoje é o de mudar para Goiás avançar.

    Lincoln conversou com todos antes de tomar a decisão?

    O Lincoln tomou uma decisão base-ada no que o PROS já vinha caminhan-do. Na verdade, quando Lincoln anun-ciou apoio à chapa a governista, essa, sim, foi muito contrária às bases do par-tido. A grande maioria dos presidentes do partido em nível estadual já estava comprometida com Caiado por conta do que a gente já estava fazendo. E Lin-coln, com muita sabedoria, ouvindo e vendo que o partido estava muito liga-do a Caiado, tomou essa decisão. Hoje o partido passou para outro patamar.

    Houve ressalva do presidente nacional do partido?

    Por necessidade de o partido ter de-putados federais, Lincoln teve uma con-versa muito importante com Eurípedes Júnior. Conversa assertiva e salutar. O presidente entendeu a o avanço e o crescimento que o partido terá ocupan-do a vice-governadoria do Estado.

    O sr. foi consultado sobre ser candidato a deputado federal no lugar de Lincoln?

    Sim, havia a possibilidade de eu assu-

    mir essa vaga de deputado federal. Mas pela questão de mulheres na chapa, ne-cessidade da própria chapa do Ronaldo ter mais uma força no Entorno de Brasí-lia, resolvemos lançar a dona Cida como a nossa candidata a deputada federal. Ela é presidente nacional do PROS, tem carisma fora do sério e briga muito nes-sas questões sociais, principalmente na pauta das mulheres. Por falta de atua-ção do Estado, hoje temos muitos casos de feminicídio acontecendo. Vamos lu-tar para eleger uma mulher combativa para a Câmara, o Congresso Nacional. É uma questão importantíssima e terá um peso muito forte na campanha.

    Há possibilidade do PP e PRB apoiarem Caiado?

    Acredito que PP fi cará com Daniel. Até porque se Daniel não tiver um tem-po de partido, uma coligação mínima, fi ca complicado levar essa eleição para

    o segundo turno. Até por tática eleito-ral da própria frente governista, eles têm de fortalecer a outra frente, senão Ronaldo Caiado leva isso no primeiro turno.

    A chapa de Caiado já está fechada, sem possibilidade de mudanças?

    São todos muito bem-vindos ainda. Há uma chance grande, e estamos falan-do aqui hoje, de o PDT vir também. Mas pelas conversas de bastidores que te-nho visto, creio que o PP deve fi car com o MDB e o PDT venha para a nossa chapa. Tudo ainda pode mudar até o dia 5.

    Uma das grandes possibilidades é que Ronaldo Caiado estará no segundo turno, caso haja. José Eliton ou Daniel Vilela seria o adversário?

    Bom, creio que a máquina hoje é muito forte, mas o sentimento de

    mudança é tão grande que não assusta a ideia de ver Daniel

    e Ronaldo Caiado no se-gundo turno.

    Principalmente se Daniel conseguir fechar com PP e PRB?

    Exatamente.

    Como está a administração do prefeito Iris Rezende?

    O prefeito pegou uma administração

    muito complexa, prin-

    cipalmente na parte de contas públicas. Hoje, já conseguiu amenizar muito isso e, nos últimos dois meses, já consegui-mos ver muita mudança. O prefeito acertou nessas mudanças de secretaria-do e a perspectiva é a de que a gente co-loque Goiânia nos trilhos novamente.

    Quais nomes se destacam para a eleição do novo presidente da Câmara, em breve. E, caso não seja eleito deputado estadual, o sr. aceitaria concorrer?

    Eleição na Câmara sempre é uma surpresa muito grande. Quem acompa-nha o histórico de eleição na Câmara, um dia um está muito forte, outro dia aparece alguém do nada. Esse debate, por ser um ano eleitoral, não se afuni-lou. São 35 parlamentares que podem

    ocupar a Presidência da Câmara, que podem concorrer e to-

    dos são muito capazes, já demonstraram altivez nos debates. A Câmara vem surpreendendo a população goiana po-sitivamente.

    Trocaria uma eleição na Assembleia pela presidência da Câmara Municipal?

    É uma boa pro-vocação. Ser presi-dente da Câmara é uma honra, ainda mais uma Câma-ra que você tem orgulho, mas sou pré-candidato a deputado esta-dual. Com fé em Deus e muito trabalho, sere-mos deputado. Não dá para jo-gar uma eleição fora. O futuro a Deus pertence.

    Alberto Maia

    Vereador e 1º vice-presidente da Câmara Municipal de Goiânia

    Vinicius irqueira

  • 88 GOIÂNIA, 5 A 11 DE AGOSTO DE 2018 / www.tribunadoplanalto.com.br

    O prefeito Iris Rezende pegou

    uma administração muito complexa, principalmente na parte de contas públicas. Hoje, já conseguiu amenizar muito isso”

    “Lincoln tomou uma decisão naquilo que o Pros já vinha caminhando”

    Tribuna do Planalto Como foi a transição das experiências no Executivo, no Conselho Tutelar e na Prefeitura, para o Legislativo?

    Vinicius Cirqueira É uma experiência muito importan-

    te participar do Legislativo Municipal. Você vem de uma experiência do Exe-cutivo, da prática do dia a dia, do que realmente é a necessidade do povo, e tenta aplicar na Câmara com a fi scali-zação do poder Executivo e ao longo da sua atuação. Tenho quatro bandeiras importantes, com as quais sempre tra-balhei: criança e adolescente, esporte, habitação e regularização fundiária. E, logicamente, como engenheiro eu pos-so contribuir bastante com os projetos aqui. Obras paradas, alvará de aceite, projetos de moradia. Essa é a bagagem que trazemos do Executivo, lógico que de uma maneira diferente. Há discus-sões importantes na Câmara, de leis, orçamentos e, em tudo, tentamos fazer com que essa prática do Legislativo che-gue lá na ponta, na população. Temos trabalhado incisivamente para isso.

    O que o senhor apresentou de projetos nesse um ano e meio?

    Tenho orgulho grande de ser o per-cursor da criação do arranjo produtivo, primeiro polo industrial de Goiânia, no entorno do aterro. São empresas de reciclagem e lavanderias. Perdíamos es-

    sas empresas para algumas cidades por falta de espaço e hoje temos a possibi-lidade de ter uma usina de aproveita-mento dos entulhos para retorná-los à construção civil. É fruto do trabalho da comissão que montamos e da legisla-ção já aprovada. Apresentamos projeto que dá prazo de 90 dias para a Amma conceder a licença ambiental. Antes era uma burocracia muito grande. Outro projeto trata do reaproveitamento de contêineres, que estavam sem legisla-ção e que não poderiam ser reaprovei-tados na habitação, abrigos do trans-porte coletivo, salas modulares, postos de emergência. Foi muito elogiado. Ti-vemos uma série de outras emendas. Estamos brigando para colocar as artes marciais no currículo das escolas mu-nicipais e para uso da fi ação excedente dos postes de energia, TV a cabo, que é um problema grave. É grande a quanti-dade de fi os não utilizados e essas em-presas não têm essa responsabilidade. Temos 33 projetos apresentados, entre eles, alguns para o servidor público, como o dos agentes comunitários de Saúde, que podiam perder o emprego se se mudassem da localidade onde atuavam. Foi um ano e meio de muito trabalho, várias audiências públicas, vários requerimentos apresentados, discussões acaloradas na Câmara. Sem-pre com um ponto de vista e viés social e popular.

    Nesse retorno do segundo semestre, reclamaram do

    número de vetos do prefeito. Por quê?

    Tive dois projetos vetados, um foi o dos agentes comunitários de Saú-de. Derrubamos o veto, com articula-ção, com mobilização da categoria. É normal que o Executivo tenha enten-dimentos diferentes, mas a Casa tem autonomia de derrubar o veto. Seria sa-lutar para alguns projetos, e gosto bas-tante disso, dialogar com todas as for-ças antes de apresentar um projeto. Na área da moradia, nada mais justo que promover audiência pública para ouvir a todos, ouvir o poder Executivo, e que o projeto tenha um viés que contemple as duas partes. Lógico que alguns que

    não têm jeito, há o embate. Mas temos a autonomia de derrubar o veto.

    A atual legislatura é uma das com mais difi culdade na relação com o Executivo. Isso tem atrapalhado? É preciso mais sintonia?

    Não. A sintonia deve ser pelo melhor da cidade. Vejo isso com bons olhos. Se há divergência é porque a Câmara não aceita tudo que o poder Executivo pro-põe ou está executando. É exatamente isso, é o poder que o Legislativo tem. Au-tonomia para discutir, empenhar, colo-car a legislação e a fi scalização. Não vejo com bons olhos quando uma Câmara é submissa a tudo que o Executivo fala.

    Como está a pré-campanha a deputado estadual? Tem visitado o interior?

    Tenho andado bastante pelo Estado. Conseguimos manter as nossas bases no Estado, ampliamos em Goiânia, na região metropolitana e já conseguimos atingir apoiadores em 105 municípios. A perspectiva é muito boa no partido PROS, que almeja eleger no mínimo três deputados estaduais. Com muito traba-lho e o apoio da população do Estado, estou muito feliz e otimista em ser de-putado no ano que vem.

    Qual será a bandeira nesta eleição?

    Primeiro não fugir do que já faço. O esporte, a moradia, a segurança públi-ca, a juventude, os segmentos que me apoiam. Essa bandeira é primordial e tenho certeza que vamos contribuir muito, principalmente, fazendo com que o esporte possa ser um instrumen-to, uma ferramenta de inclusão social e fortalecer as lutas populares. Um líder comunitário de bairro da periferia de Goiânia assumir uma cadeira na As-sembleia Legislativa é motivo de muito orgulho, né? Filho de nordestinos, enge-nheiro civil. Isso é maravilhoso. Sonho com isso e vou poder contribuir muito com esse Estado.

    Como será a chapa de campanha, pura ou com coligação?

    A princípio seria uma chapa puro sangue do PROS, e o ponto de corte vai passar pelos 16 mil votos. A estimativa é ter de acima de 16 mil votos para brigar por uma cadeira.

    Lincoln Tejota deixou a base aliada e assumiu o papel na chapa de Ronaldo Caiado. A decisão foi acertada? Qual a avaliação do partido?

    O partido está muito unido nisso. É uma das decisões mais acertadas do PROS nos últimos tempos. São 20 anos de governo, desse Tempo Novo que não é mais tempo novo. O tempo já se pas-sou, é um tempo velho, são atitudes que há 20 anos poderiam ser novidade para o Estado. Agora, o Estado preci-sa avançar mais. Temos um índice de violência alarmante, uma companhia de saneamento totalmente sucateada, 28% de volume do Rio Meia Ponte hoje é de esgoto sanitário causado pela pró-pria companhia que deveria fazer o saneamento e falta água na capital. Os índices são alarmantes e há uma série

    Fagner Pinho

    Vinicius Cirqueira (Pros) está em seu primeiro mandato como vereador, mas nem por isso pode ser considerado um político inexperiente. Pelo contrário. Já em sua estreia como parlamentar, conseguiu se eleger 1º vice-presidente da Câmara Municipal de Goiânia, o que o levou a ter boa visibilidade na Casa. Visibilidade esta que serviu como parâmetro para que tomasse a decisão de disputar uma cadeira na Assembleia Legislativa nas eleições deste ano. Nesta entrevista concedida à Tribuna do Planalto, na quinta-feira, 2, o vereador fala sobre a decisão de seu partido em deixar a base aliada do governo estadual e seguir ao lado da pré-candidatura oposicionista de Ronaldo Caiado (DEM), explica como tem feito sua campanha e avalia a gestão do prefeito Iris Rezende (MDB). Confi ra.

    9 GOIÂNIA, 5 A 11 DE AGOSTO DE 2018 / www.tribunadoplanalto.com.br

    Eleição na Câmara sempre

    é uma surpresa muito grande”

    de fatores que apontam a necessidade de mudança. E a mudança, com certeza, vai acontecer, não tem como não acon-tecer. Tenho andado esse Estado e o sen-timento hoje é o de mudar para Goiás avançar.

    Lincoln conversou com todos antes de tomar a decisão?

    O Lincoln tomou uma decisão base-ada no que o PROS já vinha caminhan-do. Na verdade, quando Lincoln anun-ciou apoio à chapa a governista, essa, sim, foi muito contrária às bases do par-tido. A grande maioria dos presidentes do partido em nível estadual já estava comprometida com Caiado por conta do que a gente já estava fazendo. E Lin-coln, com muita sabedoria, ouvindo e vendo que o partido estava muito liga-do a Caiado, tomou essa decisão. Hoje o partido passou para outro patamar.

    Houve ressalva do presidente nacional do partido?

    Por necessidade de o partido ter de-putados federais, Lincoln teve uma con-versa muito importante com Eurípedes Júnior. Conversa assertiva e salutar. O presidente entendeu a o avanço e o crescimento que o partido terá ocupan-do a vice-governadoria do Estado.

    O sr. foi consultado sobre ser candidato a deputado federal no lugar de Lincoln?

    Sim, havia a possibilidade de eu assu-

    mir essa vaga de deputado federal. Mas pela questão de mulheres na chapa, ne-cessidade da própria chapa do Ronaldo ter mais uma força no Entorno de Brasí-lia, resolvemos lançar a dona Cida como a nossa candidata a deputada federal. Ela é presidente nacional do PROS, tem carisma fora do sério e briga muito nes-sas questões sociais, principalmente na pauta das mulheres. Por falta de atua-ção do Estado, hoje temos muitos casos de feminicídio acontecendo. Vamos lu-tar para eleger uma mulher combativa para a Câmara, o Congresso Nacional. É uma questão importantíssima e terá um peso muito forte na campanha.

    Há possibilidade do PP e PRB apoiarem Caiado?

    Acredito que PP fi cará com Daniel. Até porque se Daniel não tiver um tem-po de partido, uma coligação mínima, fi ca complicado levar essa eleição para

    o segundo turno. Até por tática eleito-ral da própria frente governista, eles têm de fortalecer a outra frente, senão Ronaldo Caiado leva isso no primeiro turno.

    A chapa de Caiado já está fechada, sem possibilidade de mudanças?

    São todos muito bem-vindos ainda. Há uma chance grande, e estamos falan-do aqui hoje, de o PDT vir também. Mas pelas conversas de bastidores que te-nho visto, creio que o PP deve fi car com o MDB e o PDT venha para a nossa chapa. Tudo ainda pode mudar até o dia 5.

    Uma das grandes possibilidades é que Ronaldo Caiado estará no segundo turno, caso haja. José Eliton ou Daniel Vilela seria o adversário?

    Bom, creio que a máquina hoje é muito forte, mas o sentimento de

    mudança é tão grande que não assusta a ideia de ver Daniel

    e Ronaldo Caiado no se-gundo turno.

    Principalmente se Daniel conseguir fechar com PP e PRB?

    Exatamente.

    Como está a administração do prefeito Iris Rezende?

    O prefeito pegou uma administração

    muito complexa, prin-

    cipalmente na parte de contas públicas. Hoje, já conseguiu amenizar muito isso e, nos últimos dois meses, já consegui-mos ver muita mudança. O prefeito acertou nessas mudanças de secretaria-do e a perspectiva é a de que a gente co-loque Goiânia nos trilhos novamente.

    Quais nomes se destacam para a eleição do novo presidente da Câmara, em breve. E, caso não seja eleito deputado estadual, o sr. aceitaria concorrer?

    Eleição na Câmara sempre é uma surpresa muito grande. Quem acompa-nha o histórico de eleição na Câmara, um dia um está muito forte, outro dia aparece alguém do nada. Esse debate, por ser um ano eleitoral, não se afuni-lou. São 35 parlamentares que podem

    ocupar a Presidência da Câmara, que podem concorrer e to-

    dos são muito capazes, já demonstraram altivez nos debates. A Câmara vem surpreendendo a população goiana po-sitivamente.

    Trocaria uma eleição na Assembleia pela presidência da Câmara Municipal?

    É uma boa pro-vocação. Ser presi-dente da Câmara é uma honra, ainda mais uma Câma-ra que você tem orgulho, mas sou pré-candidato a deputado esta-dual. Com fé em Deus e muito trabalho, sere-mos deputado. Não dá para jo-gar uma eleição fora. O futuro a Deus pertence.

    Alberto Maia

    Vereador e 1º vice-presidente da Câmara Municipal de Goiânia

    Vinicius irqueira

  • 10 GOIÂNIA, 5 A 11 DE AGOSTO DE 2018 / www.tribunadoplanalto.com.br E S C O L AE S C O L AREDE ESTADUAL

    Posse de diretores marca volta às aulasMAIS DE 1.100 GESTORES EDUCACIONAIS FORAM DIPLOMADOS NA ÚLTIMA SEXTA-FEIRA, 3. REDE RETOMA ATIVIDADES COM MAIS DE 3.700 ALUNOS NOVATOS

    Maria José Rodrigues

    A rede pública estadual reiniciou o segundo se-mestre com 3.749 novos alunos. Com a chegada dos no-vatos, o número de estudantes matriculados nas 1.160 escolas de todo o Estado ultrapassa os 530 mil. A maior procura por vagas (2.337) foi registrada nas turmas da Educação de Jovens e Adultos (EJA) do Ensino Mé-dio seguida pela EJA Funda-mental, com 1.057. Em terceiro lugar fi cou o novo Ensino Mé-dio noturno: 355.

    As aulas foram iniciadas na última quarta-feira, 1º de agos-to, nas escolas da rede regular, nos 48 colégios da Polícia Mili-tar (CEPMG) e nas unidades con-veniadas. O calendário letivo estadual prevê 203 dias letivos, sendo 106 no primeiro semes-tre e 97 no segundo, que se en-cerrará no dia 21 de dezembro.

    A principal novidade desta volta às aulas será o fato de que

    Divulgação

    muitas escolas terão novos di-retores, escolhidos por meio de eleições diretas realizadas no dia 26 de junho, quando foram consultados alunos, pais de alu-nos ou seus responsáveis, além dos servidores administrativos e professores.

    A cerimônia de posse dos diretores eleitos aconteceu na sexta-feira, 3, no Centro de Ex-celência do Esporte (antigo gi-násio Rio Vermelho) e contou com as presenças do secretário Flávio Peixoto e dos gerentes, superintendentes e coordena-dores regionais da Secretaria de Educação, Cultura e Esporte (Seduce), além de estudantes e educadores.

    A cerimônia aconteceu no Centro de Excelência do Esporte, em Goiânia, e contou com a presença do secretário de Educação, Flávio Peixoto, e de vários professores

    Com a chegada dos novatos, o número de estudantes matriculados na rede estadual ultrapassam os 530 mil

    Mais de 102 mil alunos voltaram a rotina escolar

    Mas essas indicações

    precisam respeitar uma série de critérios estabelecidos pela Seduce Marcelo Oliveira, superintendente executivo de Educação da Seduce

    Foram diplomados mais de 1.100 gestores educacionais, que cumprirão mandato de três anos. Um fato que chamou

    a atenção no processo eleitoral foi o grande número de direto-res que já exerciam o cargo e es-tavam pleiteando a permanên-

    cia na função. Dos 854 eleitos, 405 foram escolhidos para exer-cer o segundo mandato, 160 o terceiro e 267 são estreantes. Os demais atuarão nas novas esco-las, unidades militares (CEPMG), instituições conveniadas e Cen-tros de Atendimento Educacio-nal Especializado (CAEE).

    A escolha democrática é vá-lida apenas para diretor, que tem autonomia para indicar os demais integrantes de sua equi-pe: secretário escolar, coordena-dor administrativo e fi nancei-ro, coordenador pedagógico e tutor educacional.

    “Mas essas indicações pre-cisam respeitar uma série de critérios estabelecidos pela Se-duce”, explica Marcelo Oliveira, superintendente executivo de Educação.

    Rede municipalAs escolas municipais de

    Goiânia retomaram suas ativi-dades um dia após a rede públi-ca estadual, ou seja, na quinta-feira, 2 de agosto. A rede inicia o segundo semestre letivo com cerca de 102 mil estudantes ma-triculados em 360 unidades de ensino.

    Os alunos estão distribuídos em turmas da Educação Infan-til, do Ensino Fundamental I e na modalidade de Educação para Adolescentes, Jovens e Adultos (EAJA).

    Segundo informa a Secre-taria Municipal de Educação (SME), durante as férias de ju-lho, algumas unidades educa-cionais passaram por manu-tenção predial para melhorar as condições físicas e estrutu-rais das escolas da rede.

    11 GOIÂNIA, 5 A 11 DE AGOSTO DE 2018 / www.tribunadoplanalto.com.br

    Daniela Martins

    Letras e fotografi as em um só tom. No mesmo azul que deslumbrou, naquele setembro de 1987, as pessoas que viram o pó radioativo bri-lhar no escuro. A cor marcaria tragicamente essas vidas. Para sempre. É emblemático o tom nas páginas do livro-reporta-gem Sobreviventes do Césio 137, da jornalista goiana Carla Lacerda, que será lançado nesta quinta-feira, 9, às 19h, no Coruja Café. É a segunda edição, revis-ta e ampliada, publicada pela Nega Li Editora e Selo Eclea.

    Na apresentação do livro, a jornalista Larissa Mundim, da Nega Li, ressalta que a segun-da edição cumpre a função de atualizar e redimensionar uma história que, enfatiza, ainda não terminou. “Três décadas se passaram e, somente com dis-tanciamento no tempo e espa-ço, nos será permitido compre-ender aspectos relevantes que estão vindo à superfície, à me-dida que esse terrível desastre radiológico ocorrido no planeta Terra vai ganhando contornos

    mais humanizados”, observa.Uma das sombras que per-

    manecem na memória do Césio 137 é a relação causal do aci-dente com os casos de mortes por câncer de pessoas vítimas diretas e indiretas da tragédia, ao longo desses 30 anos. Os da-dos informados ofi cialmente pelo governo do Estado, em três datas que marcaram a tragédia, são inconsistentes.

    Em 2007, quando o acidente

    completava 20 anos, o Estado falava em 12 óbitos desde 1987. Pouco depois, nos 25 anos, esse índice teria subido para 15. Em 2017, na coletiva sobre os 30 anos, o número divulgado sur-preendeu quem, como Carla, acompanha a história do Césio 137. Nesse último dado, o Estado considera que seriam apenas 6 mortes. Essa dúvida está no livro, faz parte da parte técnica sobre o acidente radioativo.

    Tribuna do Planalto O que o leitor pode esperar desta reedição? Tem personagem novo, história inédita?

    Carla Lacerda Sim, uma das novidades

    é o depoimento do Geraldo Guilherme, uma das vítimas e quem levou, junto a Maria Ga-briela, esposa do Devair, a bom-ba de Césio até a Vigilância Sa-nitária, de ônibus, dando fi m ao ciclo do acidente. Na época dos 20 anos do acidente, ten-tei encontrá-lo. Não consegui e relatei isso no livro. Agora, ele mora em Goiânia e nos deu um depoimento que é riquíssi-mo em detalhes. O livro é uma edição revista e ampliada. Há várias melhorias, a começar pelo processo da escrita, com um amadurecimento meu como autora. Nessa edição, co-meçamos com uma grande re-portagem no estilo do jornalis-mo literário, concatenando as

    histórias de três personagens centrais: Odesson, Dona Lour-des e Wagner, um dos rapazes que encontraram o aparelho no lote abandonado. A partir dos três relatos, é construída a narrativa de como ocorreu o acidente com o Césio. Já a se-gunda parte é uma reedição do conteúdo lançado em 2007, as histórias dos personagens com as atualizações necessárias. Mais novidades são as partes de informações técnicas, em que mostramos as inconsis-tências nos relatórios de óbitos por câncer entre as vítimas do Césio. Também vale destacar o making of e a colaboração que o jornalista Yago Sales deu nes-ta reedição.

    Qual a sensação de conhecer de perto, tão profundamente, a história das vítimas do Césio?

    Sinto-me privilegiada pela oportunidade de contar a his-

    tória do césio 137, um acidente que teve dimensões e conse-quências mundiais. Escolhi contar sob o ponto de vista das vítimas porque é impor-tante resgatar a história oral, a memória. No jornalismo, nós fi camos muito presos a fon-tes ofi ciais, aos especialistas. É importante dar publicidade a memorias, sentimentos e pen-samentos das vítimas, que são testemunhas involuntárias dessa tragédia.

    Essa experiência mudou você de alguma forma?

    Com certeza. Mudou a Carla aos 26 anos, quando escrevi a primeira edição e me mudou agora, aos 37. Não tem como você passar por uma história dessas sem ser sensibilizada,

    sem tentar se colocar no lugar e pensar ‘e se eu tivesse aconte-cido comigo, e se eu tivesse sido uma vítima direta, se tivesse a minha vida completamente virada ao avesso?’. A primeira parte do livro se chama ‘Duas vidas em uma’, que foi uma fala do Odesson, tio da Lady das Ne-ves. É como ele descreveu seu sentimento: existe uma vida antes do acidente, e essa vida depois. Uma vida com tudo o que eles tinham antes, e não só coisas materiais, mas a própria memória, documentos, fotos de valor afetivo... tudo foi per-dido pelas vítimas. E tem essa vida depois, o preconceito que a gente sabe que existe. E eles sem ter voz ativa. Então sem-pre tento me colocar no lugar e pensar como seria se eu es-tivesse no centro de tudo isso. Saber escutar o próximo e ter empatia são exercícios muito grandes que nós jornalistas de-vemos perseguir diariamente.

    Tem alguma história, algum relato, que tenha lhe tocado mais?

    Todos os relatos me toca-ram bastante. Esse processo de apuração, quando você faz uma imersão na história dos

    personagens, isso mexe muito com você. Eu me recordo, na primeira edição, durante as reportagens, que eu dormia e acordava pensando no aciden-te, nas entrevistas e sonhava com tudo isso. É um processo de ebulição emocional mui-to grande, tanto na primeira quanto agora na segunda edi-ção. Todas as histórias me toca-ram, considero todas histórias singulares.

    Por que conhecer e perpetuar a história de vida das vítimas do acidente do césio 137?

    É muito importante conhe-cer e perpetuar essas histórias. Primeiro por ser uma forma de respeito às vítimas, já que a gente trabalha para que es-sas histórias não caiam no es-quecimento. E para que não venham à tona apenas a his-tória desse dia e os dados ofi -ciais divulgados pelo governo, mas as recordações, memórias e sentimentos da vítimas. Que eles também possam ser per-petuados. É importante a gente difundir e divulgar a memória do acidente com o Césio para que situações semelhantes não voltem a acontecer.

    CÉSIO 137

    Ainda não acabou

    “É preciso saber ouvir, ter empatia”

    DEPOIS DE TRÊS DÉCADAS DO ACIDENTE E 10 ANOS DA PRIMEIRA PUBLICAÇÃO, JORNALISTA LANÇA EDIÇÃO AMPLIADA DE SOBREVIVENTES DO CÉSIO. LIVRO DESENHA ROSTOS, ETERNIZA AS MEMÓRIAS DOS PROTAGONISTAS E BUSCA VERDADES QUE SE ESVAEM POR TRÁS DOS NÚMEROS DA TRAGÉDIA RADIOATIVA

    Personagem decisivo para o fi m do ciclo do acidente, Geraldo Guilherme conversou, 30 anos depois, com Carla

    Mais que números

    Humanizar a história do Césio 137 é a peculiaridade da obra de Carla Lacerda, uma escrita permeada pelo jornalis-mo literário (JL). “A partir desta base conceitual e técnica, re-contei o trágico episódio do aci-dente sob o ponto de vista das vítimas”, explica a jornalista. O livro Hiroshima, de Johyn Her-sey, considerado marco do JL moderno, inspirou a produção do conteúdo inédito que marca esta segunda edição de Sobrevi-ventes do Césio 137.

    Em Hiroshima, Hersey re-constitui o dia da explosão da bomba atômica que matou 100 mil pessoas na cidade japone-sa, tudo a partir do depoimento de seis sobreviventes daquela agosto de 1945.

    Por aqui, Carla fez o mes-mo. Com três personagens do maior acidente radioativo em área urbana no mundo, ela re-constituiu o dia em que a cáp-sula de césio foi retirada de um aparelho utilizado para trata-mento de câncer. O tal aparelho foi encontrado por dois jovens

    Douglas Oliveira

    em um terreno baldio onde funcionava o Instituto Goiano de Radioterapia (IGR), área que hoje abriga o Centro de Conven-ções de Goiânia.

    A primeira versão de So-breviventes do Césio 137 data de 2007, quando Carla Lacerda era repórter do jornal Hoje. Ela rece-beu do editor Edmar Oliveira a proposta de fazer uma série de reportagens sobre os 20 anos do acidente. Mergulhou em pes-quisas, em reportagens até en-tão publicadas e escolheu seu caminho: contar a história sob o ponto de vista de Lourdes das Neves, Odesson, Wagner Mota, Marli da Costa, Maria Badia e outras vítimas, as protagonistas da tragédia.

    Nesta segunda edição, Carla contou com a colaboração do jornalista Yago Sales, que incen-tivou a releitura de Sobreviven-tes. Yago assina um dos making of do livro, que tem ainda o pre-fácio do jornalista e documen-tarista goiano Vinicius Sassine.

    Selma Cândida

  • 10 GOIÂNIA, 5 A 11 DE AGOSTO DE 2018 / www.tribunadoplanalto.com.br E S C O L AE S C O L AREDE ESTADUAL

    Posse de diretores marca volta às aulasMAIS DE 1.100 GESTORES EDUCACIONAIS FORAM DIPLOMADOS NA ÚLTIMA SEXTA-FEIRA, 3. REDE RETOMA ATIVIDADES COM MAIS DE 3.700 ALUNOS NOVATOS

    Maria José Rodrigues

    A rede pública estadual reiniciou o segundo se-mestre com 3.749 novos alunos. Com a chegada dos no-vatos, o número de estudantes matriculados nas 1.160 escolas de todo o Estado ultrapassa os 530 mil. A maior procura por vagas (2.337) foi registrada nas turmas da Educação de Jovens e Adultos (EJA) do Ensino Mé-dio seguida pela EJA Funda-mental, com 1.057. Em terceiro lugar fi cou o novo Ensino Mé-dio noturno: 355.

    As aulas foram iniciadas na última quarta-feira, 1º de agos-to, nas escolas da rede regular, nos 48 colégios da Polícia Mili-tar (CEPMG) e nas unidades con-veniadas. O calendário letivo estadual prevê 203 dias letivos, sendo 106 no primeiro semes-tre e 97 no segundo, que se en-cerrará no dia 21 de dezembro.

    A principal novidade desta volta às aulas será o fato de que

    Divulgação

    muitas escolas terão novos di-retores, escolhidos por meio de eleições diretas realizadas no dia 26 de junho, quando foram consultados alunos, pais de alu-nos ou seus responsáveis, além dos servidores administrativos e professores.

    A cerimônia de posse dos diretores eleitos aconteceu na sexta-feira, 3, no Centro de Ex-celência do Esporte (antigo gi-násio Rio Vermelho) e contou com as presenças do secretário Flávio Peixoto e dos gerentes, superintendentes e coordena-dores regionais da Secretaria de Educação, Cultura e Esporte (Seduce), além de estudantes e educadores.

    A cerimônia aconteceu no Centro de Excelência do Esporte, em Goiânia, e contou com a presença do secretário de Educação, Flávio Peixoto, e de vários professores

    Com a chegada dos novatos, o número de estudantes matriculados na rede estadual ultrapassam os 530 mil

    Mais de 102 mil alunos voltaram a rotina escolar

    Mas essas indicações

    precisam respeitar uma série de critérios estabelecidos pela Seduce Marcelo Oliveira, superintendente executivo de Educação da Seduce

    Foram diplomados mais de 1.100 gestores educacionais, que cumprirão mandato de três anos. Um fato que chamou

    a atenção no processo eleitoral foi o grande número de direto-res que já exerciam o cargo e es-tavam pleiteando a permanên-

    cia na função. Dos 854 eleitos, 405 foram escolhidos para exer-cer o segundo mandato, 160 o terceiro e 267 são estreantes. Os demais atuarão nas novas esco-las, unidades militares (CEPMG), instituições conveniadas e Cen-tros de Atendimento Educacio-nal Especializado (CAEE).

    A escolha democrática é vá-lida apenas para diretor, que tem autonomia para indicar os demais integrantes de sua equi-pe: secretário escolar, coordena-dor administrativo e fi nancei-ro, coordenador pedagógico e tutor educacional.

    “Mas essas indicações pre-cisam respeitar uma série de critérios estabelecidos pela Se-duce”, explica Marcelo Oliveira, superintendente executivo de Educação.

    Rede municipalAs escolas municipais de

    Goiânia retomaram suas ativi-dades um dia após a rede públi-ca estadual, ou seja, na quinta-feira, 2 de agosto. A rede inicia o segundo semestre letivo com cerca de 102 mil estudantes ma-triculados em 360 unidades de ensino.

    Os alunos estão distribuídos em turmas da Educação Infan-til, do Ensino Fundamental I e na modalidade de Educação para Adolescentes, Jovens e Adultos (EAJA).

    Segundo informa a Secre-taria Municipal de Educação (SME), durante as férias de ju-lho, algumas unidades educa-cionais passaram por manu-tenção predial para melhorar as condições físicas e estrutu-rais das escolas da rede.

    11 GOIÂNIA, 5 A 11 DE AGOSTO DE 2018 / www.tribunadoplanalto.com.br

    Daniela Martins

    Letras e fotografi as em um só tom. No mesmo azul que deslumbrou, naquele setembro de 1987, as pessoas que viram o pó radioativo bri-lhar no escuro. A cor marcaria tragicamente essas vidas. Para sempre. É emblemático o tom nas páginas do livro-reporta-gem Sobreviventes do Césio 137, da jornalista goiana Carla Lacerda, que será lançado nesta quinta-feira, 9, às 19h, no Coruja Café. É a segunda edição, revis-ta e ampliada, publicada pela Nega Li Editora e Selo Eclea.

    Na apresentação do livro, a jornalista Larissa Mundim, da Nega Li, ressalta que a segun-da edição cumpre a função de atualizar e redimensionar uma história que, enfatiza, ainda não terminou. “Três décadas se passaram e, somente com dis-tanciamento no tempo e espa-ço, nos será permitido compre-ender aspectos relevantes que estão vindo à superfície, à me-dida que esse terrível desastre radiológico ocorrido no planeta Terra vai ganhando contornos

    mais humanizados”, observa.Uma das sombras que per-

    manecem na memória do Césio 137 é a relação causal do aci-dente com os casos de mortes por câncer de pessoas vítimas diretas e indiretas da tragédia, ao longo desses 30 anos. Os da-dos informados ofi cialmente pelo governo do Estado, em três datas que marcaram a tragédia, são inconsistentes.

    E