Cálculo Da Força Máxima Que Pode Ser Aplicada Nos Pedais do Triciclo

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Cálculo da força máxima que pode ser aplicada nos pedais Dentro dos componentes que estão sujeitos a maiores esforços, podem-se destacar os pedais que, no caso do veículo em estudo, encontram-se encastrados diretamente na roda dianteira. Na Figura 1, encontra-se representada a força que atua no pedal. Na Figura 2, encontra-se esquematizado o pedal e a divisão do veio em várias secções (AB, BC e CD), onde é possível prever o comportamento de cada secção à atuação da força. O pedal encontra-se encastrado, à roda, no ponto A levando a que, a força F sujeite as secções AB e BC a flexão e torção e a secção CD apenas a flexão. Assim sendo, é possível inferir que existirão três potenciais secções críticas: A, B e C. Para se saber qual destas três secções é a mais critica, serão calculados os esforços estruturais e respetivos diagramas para as três divisões: AB, BC e CD. Figura 1 Força que atua no pedal Figura 2 Divisão do pedal em secções

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Dentro dos componentes que estão sujeitos a maiores esforços, podem-se destacar os pedais que, no caso do veículo em estudo, encontram-se encastrados diretamente na roda dianteira.

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  • Clculo da fora mxima que pode ser aplicada nos pedais

    Dentro dos componentes que esto sujeitos a maiores esforos, podem-se destacar os

    pedais que, no caso do veculo em estudo, encontram-se encastrados diretamente na

    roda dianteira. Na Figura 1, encontra-se representada a fora que atua no pedal.

    Na Figura 2, encontra-se esquematizado o pedal e a diviso do veio em vrias

    seces (AB, BC e CD), onde possvel prever o comportamento de cada seco

    atuao da fora. O pedal encontra-se encastrado, roda, no ponto A levando a que, a

    fora F sujeite as seces AB e BC a flexo e toro e a seco CD apenas a flexo.

    Assim sendo, possvel inferir que existiro trs potenciais seces crticas: A, B e C.

    Para se saber qual destas trs seces a mais critica, sero calculados os

    esforos estruturais e respetivos diagramas para as trs divises: AB, BC e CD.

    F

    Figura 1 Fora que atua no pedal

    Figura 2 Diviso do pedal em seces

  • Para o dimensionamento deste componente, pretende-se calcular qual o valor

    mximo da fora F, ou seja, at que fora se poder aplicar no pedal sem este entre no

    domnio plstico.

    Segue-se na Figura 3, a vista de cima do pedal com as medidas (em mm)

    necessrias para o dimensionamento.

    1. DIAGRAMA DE ESFOROS NAS TRS SECES

    Seco AB Seco BC Seco CD

    X

    Y

    Figura 3 Vista de cima do pedal

    Mf = 46.25F

    Mf = 50.25F Mf = 93.75F

    Mt = 46.25F Mt = 50.25F

  • Conclui-se que a seco crtica do pedal a seco A, onde o mesmo est

    encastrado na roda.

    2. DIAGRAMA DE TENSES NA SECO CRTICA

    Legenda:

    (A) Diagrama de tenses normais devidas ao Momento Fletor

    (B) Diagrama de tenses de corte devidas aos esforos transversos

    (C) Diagrama de tenses de corte devidas ao Momento Torsor

    3. DETERMINAO DOS POTENCIAIS PONTOS CRTICOS

    A seco crtica do pedal tem dois pontos onde as tenses, quer normais

    provocadas pelo Mf quer de corte provocadas pelo momento torsor, atingem

    valores mximos nos pontos P1 e P2. Estes so os pontos por onde o veio

    dever ceder.

    Sabendo que o material que constitui o pedal, Ao ao Carbono AISI 1010,

    cede igualmente em trao e em compresso por ser um material dctil,

    pode-se concluir que ambos os pontos so crticos.

    4. DETERMINAO DAS TENSES NOS PONTOS CRTICOS

    Sabe-se que o valor das tenses normais igual, em mdulo, nos dois

    pontos, sendo que a diferena de sinais resulta da conveno estabelecida:

    compresso (-) e trao (+).

    Assim, sero feitos os clculos apenas para o caso do ponto P1.

    =

    =

    2 e =

    44

    =93.75 5.25

    4 5.25

    4= 0.825

    =

    (A) (B) (C)

  • =

    2 e =

    24

    =50.25 2.25

    2

    5.254= 0.2211

    5. REPRESENTAO DAS TENSES NUM ELEMENTO INFINITESIMAL

    6. DETERMINAO DAS TENSES PRINCIPAIS NO PONTO CRTICO

    , = +

    2 [

    2

    ]2

    + 2

    =0.825

    2 [

    0.825

    2]

    2

    + (0.221)2

    = 0.4125 0.21912

    , = 0.4125 0.4681

    1 = 0.4125 + 0.4681 = 0.8806

    3 = 0.4125 0.4681 = 0.0556

    7. CRITRIO DE CEDNCIA A ADOTAR

    O critrio de cedncia a adotar aplica-se a materiais dcteis como o caso

    do ao: critrio da tenso de corte mxima ou tambm designado de critrio

    de Tresca. Assim, para 1 e 3 com sinais opostos:

    1 3 onde =

    No caso do Ao ao Carbono AISI 1010, a = 180 e, usando um

    coeficiente de segurana n=1.5, vem:

    180

    1.5= 0.8806 (0.0556) 128.18

    Conclui-se que o pedal suportar at uma fora mxima de,

    aproximadamente, 128.18 N.

    y y

    yz

  • 8. VALIDAO DO CLCULO ATRAVS DO CIRCULO DE MOHR

    Para F=128.18 N

    = 0.825 128.18 105.75

    = 0.2211 128.18 28.34

    1 = 0.8806 128.18 112.88

    3 = 0.0556 128.18 7.13

    = 0.2191 128.182 = 60

    = = 0.4125 128.18 = 52.87

    tan(2) =2

    =

    2 28.34

    105.75= 0.536

    2 = 28.2 2 = 208.2

    Para traar o crculo de Mohr so precisos dois pontos, Y e Z

    Y (105.75; 28.34)

    Z (0; -28.34)