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GESTÃO DE CUSTOS NA FABRICAÇÃO DA LAJE: um estudo de caso na empresa Lajeana Lajes Promissão / SP MANAGEMENT OF COSTS IN LAJE MANUFACTURING: a case study at the company Lajeana Lajes Promissão / SP Lisandra Silva Pinheiro - [email protected] MBA em Gerência contábil, financeira e auditoria Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium Prof. Máris de Cássia Ribeiro Vendrame - [email protected] Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium RESUMO A necessidade de alcançar crescimento constante das empresas, seja esta grande ou pequena, faz com que os administradores utilizem ferramentas essenciais, um desses mecanismos principais apresenta-se de forma fundamental para capacitar seus gestores do controle de gastos e ganhos que é a gestão de custos, que se apresenta para esclarecer os planejamentos das empresas fazendo com que estas conquistem seus lucros. Esses custos podem ser diretos, indiretos, fixos e variáveis. Todos os custos são distribuídos no alcance do produto final, cada um com sua aplicabilidade auxiliando nos resultados. Outra função dos custos é trabalhar os métodos de custeio, que visam identificar de maneira minuciosa tudo o que está ligado a produção até a obtenção dos resultados finais do produto. Esses indicadores permitem que os gestores possam nortear-se em busca de tomadas de decisões assertivas. Com o objetivo de verificar a importância da gestão de custos no processo de fabricação de lajes, foi realizada uma pesquisa de campo descritiva com abordagem qualitativa na empresa Lajeana Lajes de Promissão. 1

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GESTÃO DE CUSTOS NA FABRICAÇÃO DA LAJE: um estudo de caso na empresa Lajeana Lajes Promissão / SP

MANAGEMENT OF COSTS IN LAJE MANUFACTURING: a case study at the company Lajeana Lajes Promissão / SP

Lisandra Silva Pinheiro - [email protected] em Gerência contábil, financeira e auditoriaCentro Universitário Católico Salesiano Auxilium

Prof. Máris de Cássia Ribeiro Vendrame - [email protected] Universitário Católico Salesiano Auxilium

RESUMO

A necessidade de alcançar crescimento constante das empresas, seja esta grande ou pequena, faz com que os administradores utilizem ferramentas essenciais, um desses mecanismos principais apresenta-se de forma fundamental para capacitar seus gestores do controle de gastos e ganhos que é a gestão de custos, que se apresenta para esclarecer os planejamentos das empresas fazendo com que estas conquistem seus lucros. Esses custos podem ser diretos, indiretos, fixos e variáveis. Todos os custos são distribuídos no alcance do produto final, cada um com sua aplicabilidade auxiliando nos resultados. Outra função dos custos é trabalhar os métodos de custeio, que visam identificar de maneira minuciosa tudo o que está ligado a produção até a obtenção dos resultados finais do produto. Esses indicadores permitem que os gestores possam nortear-se em busca de tomadas de decisões assertivas. Com o objetivo de verificar a importância da gestão de custos no processo de fabricação de lajes, foi realizada uma pesquisa de campo descritiva com abordagem qualitativa na empresa Lajeana Lajes de Promissão.

Palavras-chave:Gestores. Ferramentas. Custos.

ABSTRACT

The need to achieve constant growth of companies is large or small, makes the administrators use essential tools, one of these key mechanisms is presented in a fundamental way to enable their managers to control costs and earnings that is the management of costs, which presents itself to elucidate the plans of the companies making that they conquer their profits. These costs can be direct, indirect, fixed and variable. All costs are distributed in the scope of the final product, each with its applicability aiding in the results. Another function of the costs is to work the costing methods, which aim to identify in detail everything that is linked to the production until the final results of the product are obtained. These indicators allow managers to move towards assertive decision-making. With the objective of verifying the

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importance of cost management in the slabs manufacturing process, a descriptive field research with a qualitative approach was carried out at Lajeana Lajes de Promissão.

Keywords: Managers. Tools. Costs.

INTRODUÇÃO

Uma das grandes preocupações das empresas, sejam elas grandes ou

pequenas, é a eficiência no controle de seus custos. Essas empresas vêm buscando

identificar como e onde os custos estão ocorrendo, ou seja, suas causas e seus

efeitos, e por isso vão atrás de dados e informações de modo a permitir a

competitividade empresarial. (MARTINS,1998)

A gestão de custos fornece subsídios para os administradores de maneira

estratégica, em um mundo cada vez mais competitivo, mostrando-se muito eficiente

na corrida por mercado. Os gestores passaram a ter necessidade de informações

variadas para conseguir sobreviver nesse novo ambiente e a competitividade fez

com que as empresas buscassem conhecimentos diversos sobre os produtos e

serviços produzidos e comercializados. Nesse contexto, a contabilidade de custos

passa a ser fundamental para um melhor controle na gestão empresarial.

Com o objetivo de verificar a importância da gestão de custos foi realizada

uma pesquisa de campo descritiva com abordagem qualitativa no processo de

fabricação de lajes na empresa Lajeana Lajes de Promissão.

A empresa Lajeana Lajes é uma empresa com pouco mais de um ano de

existência e foi fundada na cidade de Promissão em 21 de Março de 2016 por

Wivian Sales Zanzini e conta com 4 funcionários.

A pergunta que norteou o artigo foi:

O gerenciamento dos custos no processo de fabricação de lajes contribuiu

para um controle efetivo nos resultados da empresa?

Diante de tal pergunta levantou-se a seguinte hipótese:

Uma eficiente gestão de custos é uma ferramenta que controla os ganhos e

gastos gerando importantes informações para a obtenção do lucro e

sustentabilidade da empresa.

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1 GESTÃO DE CUSTOS

Horngren; Foster; Datar (1997), definem custos como um recurso sacrificado

ou que tenha que se abrir mão para um determinado fim.

Já para Martins (2010), custo é um gasto relativo ao bem ou serviço utilizado

na produção de bens ou serviços.

A contabilidade de custos é uma técnica utilizada para identificar, mensurar e

informar os custos dos produtos ou serviços. Tem a função de gerar informações

precisas e rápidas para a tomada de decisões que é voltada para a análise de

gastos da entidade no decorrer de suas operações. (CREPALDI, 2004).

Uma empresa, independente do setor que atua, realiza uma série de gastos

vinculados à administração, vendas e produção de bens ou realização de serviços.

Independente da classificação dos gastos, é importante que as empresas tenham

um controle e gerenciamento eficiente sobre eles, inclusive para correta

discriminação dos custos, despesas e investimentos (SEBRAE/SP, 2002).

A contabilidade de custo é utilizada como um instrumento de registro, onde

analisa e controla os fatores de produção conduzindo a produtividade a sua

capacidade máxima. É também um poderoso auxiliar da administração para medir a

eficiência, a economia, a qualidade e a quantidade produzida, os serviços ou

atividades em geral. Sua aplicação pode ser vasta, podendo produzir bons

resultados mesmo nas empresas estreitamente comerciais ou que prestam serviços,

como por exemplo, hospitais, lojas, serviços de utilidade pública, institutos

educacionais, repartições públicas, entre outros. É de suma importância que se leve

em consideração as peculiaridades de cada organismo econômico para se obter o

melhor resultado. (NETTO,1968).

O eficaz processo de gestão de custos passa necessariamente pela

eficiência e eficácia das atividades de planejamento, execução e controle. As

empresas estão buscando a redução de custos e o aumento da produtividade de

diversas formas. Ele coloca a liderança em custo como uma das alternativas

estratégicas.

1.1 Classificação dos custos

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Segundo Wernke (2008), os custos podem ser classificados em relação a

identificação do produto (diretos e indiretos) e em relação ao volume de produção

(fixos e variáveis).

1.1.1 Custos diretos

Segundo Martins (2003), os custos diretos são os que podem ser diretamente

apropriados aos produtos sem a necessidade de rateio. Ressalta que no momento

da sua aplicação basta haver uma medida de consumo (quilogramas de materiais

consumidos, embalagens utilizadas, horas de mão-de-obra utilizadas e até

quantidade de força consumida).

A classificação desse custo como direto é a possibilidade de saber a parcela

aplicada em cada um dos diferentes produtos que recebem esse custo no momento

de sua aplicação. (DUTRA,2003)

1.1.2 Custos indiretos

Os custos indiretos são aqueles que não oferecem condição de medida

objetiva e qualquer tentativa de alocação tem que ser feita de maneira estimada e

muitas vezes, arbitrária como o aluguel, a supervisão, as chefias, dentre outros.

(MARTINS, 2003).

Segundo Ferreira (2007), os custos indiretos são aqueles apropriados aos

produtos fabricados mediante rateios ou as estimativas, por não poderem ser

identificados de forma precisa na composição dos custos dos produtos.

De acordo com Crepaldi (2004), são os que, para serem incorporados aos

produtos, necessitam da utilização de algum critério de rateio.

1.1.3 Custos fixos

Custos fixos são aqueles cujos valores totais independem da quantidade

produzida, ou seja, não sofrem variações em razão do volume de produção.

(FERREIRA,2007).

Segundo Oliveira; Perez Junior (2007), uma alteração no volume de produção

para mais ou para menos não altera o valor dos custos fixos.

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Os custos fixos são aqueles gastos que tendem a se manter constante nas

alterações de atividades operacionais, independentemente do volume de produção e

têm seu montante fixado não em função de oscilações na atividade, ou seja, sem

vínculo com o aumento ou diminuição da produção. (WERNKE,2008).

Com a finalidade de uma melhor visualização e entendimento do

comportamento dos custos fixos, apresenta-se a figura 1:

Figura 1: Custos Fixos

Fonte: Wernke, 2008.

1.1.4 Custos variáveis

De acordo com Wernke (2008), os custos variáveis são os que estão

diretamente relacionados com o volume de produção ou venda. Quanto maior for o

volume de produção, maiores serão os custos variáveis totais.

Segundo Martins (2003), os custos variáveis que são os que tem seu valor

determinado em função da oscilação na atividade.

Crepaldi (2004), complementa expondo que variam proporcionalmente ao

volume produzido.

Com a finalidade de uma melhor visualização e o entendimento do

comportamento dos custos variáveis, apresenta-se a figura 2:

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Figura 2: Custos Variáveis

Fonte: Wernke, 2008.

1.2 Métodos de custeio

Segundo Alves (1997), os métodos de custeio visam determinar os critérios

para apuração dos custos dos fatores produtivos a determinados níveis de interesse

das entidades como produto, atividade, departamento, empresa, dentre outros.

Howell e Soucy (1987), defendem que um único sistema de custos não pode

atender todas às necessidades dos administradores. Mas ainda, afirmam que um

sistema de custos deve ser capaz de identificar outros custos que não apenas os de

fabricação, tais como: custos de projeto, compras, marketing e vendas. Concluem

que pelo menos dois sistemas são necessários: um para controle de custos com

base em tempo real (indicadores operacionais de eficiência) e outro para

determinação do custo do produto, indo além da fabricação.

Dentre os métodos de custeio tem-se: custeio por absorção, custeio variável,

custeio baseado em atividades e o custeio RKW.

1.2.1 Custeio por absorção

O custeio por absorção é o método derivado da aplicação dos princípios de

contabilidade geralmente aceitos, consistindo na apropriação de todos os custos de

produção aos bens elaborados, e só os de produção são distribuídos para todos os

produtos elaborados, as despesas administrativas, comerciais e financeiras não

integram o custo do produto. Como ponto positivo, esse é o único método aceito

para fins fiscais e legais. (MARTINS, 2003)

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Conforme Crepaldi (1998), no custeio por absorção, todos os custos são

alocados aos produtos, tanto os custos diretos como os indiretos incorporam-se aos

produtos, os primeiros pela apropriação direta e os indiretos, por sua atribuição por

meio de critérios de rateio. O autor ainda defende que os custos diretos são aqueles

que possuem uma relação direta com os produtos ou serviços e podem ser

identificados e distribuídos a cada produto ou serviço sem a necessidade de rateios,

e os custos indiretos, são os gastos que não podem ser identificados diretamente

com os produtos ou serviços, necessitando de critérios de rateio para sua

distribuição.

Segundo Martins (1998), os custos indiretos fazem parte do produto da

mesma forma que os diretos, porém não podem ser determinados com a mesma

facilidade, necessitando-se de técnicas para incorporá-los aos produtos. O autor

defende que todos os custos indiretos só podem ser apropriados pela sua própria

definição de forma indireta aos produtos, isto é, mediante estimativas, critérios de

rateio e previsão de comportamento de custos.

1.2.2 Custeio variável

Esse método prevê uma apropriação de caráter gerencial, considerando

apenas os custos variáveis dos produtos vendidos, enquanto os custos fixos ficam

separados e são considerados como despesas do período. (WERNKE, 2008).

Segundo Megliorini (2007), o método de custeio variável, corresponde aos

produtos que receberão somente os custos decorrentes da produção.

No método de custeio variável, somente os custos variáveis são atribuídos

como custos dos produtos, enquanto os custos fixos indiretos são considerados

como custos do período. (MARTINS,1998).

De acordo com Berti (2006), a técnica do custeio variável ou direto, leva em

conta o princípio de não ratear e não distribuir ao custo dos produtos ou dos serviços

as parcelas de custos fixos. O autor ainda frisa que na técnica do custeio direto

todos os custos diretos ou variáveis são imputados aos custos dos produtos ou

serviços mediante sistemas de apuração e medição.

Este procedimento destaca que os custos fixos, pelo fato de existirem mesmo

que não haja produção, não são considerados como custo de produção e sim como

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despesas, são encerrados diretamente contra o resultado do período.

(CREPALDI,1998).

1.2.3 Custeio baseado em atividades

A atividade é uma ação que utiliza recursos humanos, materiais, tecnológica

e financeira para se produzirem bens e serviços. É composta por um conjunto de

tarefas necessárias ao seu desempenho. Todo o esforço realizado com a intenção

de produzir bens e serviços, seja feito por pessoas, materiais diversos, máquinas, é

chamado de atividade. (MARTINS,2003).

De acordo com Nakagawa (1994), esta atividade pode ser definida como um

processo que combina, de forma adequada, pessoas, tecnologias, materiais,

métodos e seu ambiente, tendo como objetivo a produção de produtos. Para ele, o

objetivo do custeio ABC é rastrear as atividades relevantes da empresa ou de cada

departamento e ver os respectivos direcionadores de custos que queiram alocar os

diversos custos dentro dessas atividades, observando assim, a relação entre estas e

os produtos.

O custeio ABC permite a evidenciação de custos de forma mais acurada,

tornando-se eficaz para a gestão econômica das empresas, uma vez que podem

antecipar as ações dos gestores com o objetivo de minimizar e/ou eliminar os erros

de decisões e contribuir para a otimização do lucro da empresa. Nessa

análise,também é possível identificar as atividades que não agregam valor ao

produto e eliminá-las. (NAKAGAWA,1994).

1.2.4 Custeio RKW

O Reichskuratorium Fur Wirtschaftlichtlceit - RKW surgiu na Alemanha no

início do século XX através de um órgão semelhante ao antigo Conselho

Interministerial de Preços - CIP. (MARTINS, 2003).

Este método de custeio é uma técnica que se baseia na contabilidade de

custos para calcular e fixar o preço de venda. (MARTINS, 2003).

“Consiste no rateio não só dos custos de produção como também de todas as

despesas da empresa, inclusive financeiras, a todos os produtos”. (MARTINS, 2003,

pg.158)

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Após proceder ao rateio dos produtos encontra-se o custo de produção e

venda, evidenciando desta forma o gasto total do processo empresarial para

geração de receitas da empresa, bastando adicionar o lucro desejado para encontrar

o preço final de venda. (MARTINS, 2003).

Considera em sua apuração que para fixar o preço precisa-se fixar a base de

distribuição dos custos, despesas e lucro e, prefixar o volume de cada produto que

dependerá de seu preço que poderá ser arbitrado ou estimado sobre seu volume.

(MARTINS, 2003).

Ainda segundo Martins (2003), há certos produtos que não é a empresa quem

estabelece seu preço com base na alocação dos gastos e lucro desejado, mas sim,

o mercado quem define e cujos são afetados pela lei da oferta e procura. Por isso,

torna-se necessário proceder ao método de custeio RKW como forma de saber se a

produção de determinado produto torna-se viável ou não.

2 O PROCESSO DE FABRICAÇÃO DE LAJES NA EMPRESA LAJEANA LAJES DE PROMISSÃO

Em visita em local da empresa e entrevista com a proprietária teve-se os

seguintes posicionamento sobre a fabricação das lajes.

2.1 O atendimento

Na empresa Lajeana Lajes existem dois tipos de atendimento o externo e o

interno. O atendimento externo, funciona com os vendedores buscando e visitando

as novas obras que precisam do produto, apresentando e oferecendo o produto e

coletando os dados necessários (dados do dono da obra, mestre de obras, endereço

e contato) e as medidas de toda a edificação.

No atendimento interno, são as vendas onde o cliente procura a empresa e

logo após coleta-se os dados da edificação na obra do mesmo.

2.2 A Laje

A Laje é uma primeira parte da cobertura da casa, que é feita de concreto,

ferragens e lajota de cerâmica ou IPC (isopor).

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No processo de fabricação a empresa pega as medidas da edificação e

projeta-se a planta baixa do cliente e realiza-se o quantitativo de medidas dos

materiais a serem usados e, com isso, chega-se ao orçamento e no custo para o

cliente, que assim que o mesmo aprova, é iniciado o processo de fabricação da laje.

A laje é vendida sobre a medida de vãos horizontal e vertical, portanto, cada

edificação tem uma fabricação própria.

Após serem coletados os dados e identificado o sentido dos trilhos (horizontal

ou vertical) chega-se na quantidade e no comprimento desse trilho. Com a medida

definida, é realizado o processo da fabricação e os materiais que serão usados são:

a) Treliça Gerdau(com o comprimento do trilho desejado).

b) Argamassa, com os produtos abaixo:

- Cimento Votoram CP5 50 kg;

- Areia grossa;

- Brita nº 1; e

- Água.

Esta argamassa é misturada em um betoneira de 400 litros e o traços é

1:2:2:10% sendo:

a) 1 medida de cimento;

b) 2 medidas de areia grossa;

c) 2 medidas de brita; e

d) 10% de água.

Em uma mesa que tem o formato dos trilhos, distribuí-se a argamassa obtida

na betoneira sobre toda a forma, treme-se a mesa para retirar todos os vazios de ar

na argamassa e retira-se o excesso. Após, coloca-se a treliça já na medida e

quantidade desejada, a qual dura em torno de 4 horas. Após o término do

enchimento das formas, aguardam-se no mínimo 24 horas para que a argamassa

esteja firme o suficiente para ser retirada da forma. Coloca-se o trilho na cura úmida

por no mínimo mais 7 dias, molhando por pelo menos três vezes ao dia. Após esse

processo, ela estará pronta para ser entregue para o cliente.

A Lajeana Lajes tem um prazo de entrega de no máximo de 10 dias.

Para essa fabricação conta-se com os esforços de dois colaboradores e as

ferramentas são:

a) uma betoneira de 400 litros;

b) uma lixadeira de 9 Polegadas; e

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c) mesa vibratória.

2.3 Custos na fabricação da laje

Na empresa Lajeana Lajes sua receita é de 0,04 m3 de água que é igual a

0,22 centavos, 1 saco de cimento especial que o valor corresponde a R$ 18,00,

0,16 m3 de areia que corresponde a R$: 8,80, 0,16m3 de pedra que o valor

corresponde R$ 9,85.

O custo hora/homem é de R$ 12,00; o custo de ferragem, é de R$ 120,00 e a

energia é de R$ 55,00.

Esta receita obtém-se em torno de 50 metros lineares de laje treliça H 8 (laje

forro).

Portanto, somando tudo vai dar um custo de R$ 223,87 e vai ser divido por 50

metros que vai dar um custo aproximado de R$ 4,50 por metro.

2.4 Precificação da Laje

A Lajeana Lajes formula sua precificação da laje através do metro quadrado.

Cada metro quadrado corresponde a 2 trilhos que custa R$ 4,50 cada um (2 trilhos

tem seu custo no total de R$: 9,00) mais 12 lajotas que tem o custo 0,60 centavos

cada um. (O custo total das 12 lajotas são R$: 7,20 reais), que equivale ao custo de

R$: 16,20 reais.

O custo da laje médio é de R$ 16,20 mais R$ 5,50 aos demais custos fixos

(vendedores, projetista, aluguel, combustível) e energia que dará o custo de R$

21,70 reais mais uma margem de 25% no produto final que sairá por R$ 27,00 reais

o metro quadrado.

2.5 Método de custeio

Conforme foi observado, a empresa Lajeana Lajes não usa nenhum método

de custeio em específico, e sim, a técnica do rateio, onde ela soma todos os seus

custos de compra de materiais e os custos de produção com suas despesas, como

folha de pagamento dos funcionários, transporte e energia e divide pela quantidade

que aquela soma de esforços consegue produzir do produto final.

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Feito isso, a empresa acrescenta uma margem de lucro aceita pelo mercado,

buscando atender às necessidades de sua rentabilidade e sustentabilidade.

CONCLUSÃO

Conclui-se que, diante do cenário exposto no mercado, conhecer a

contabilidade de custos oferece informações aos gestores que proporciona uma

visão mais ampla de sua empresa, resultando em tomada de decisões mais

coerentes. A competitividade também é um dos fatores que influenciam na gestão

de custos de cada empresa, pois somente conhecendo com clareza todos os

ganhos e gastos tem a possibilidade de alavancar seus negócios.

Conhecer os custos dentro de uma empresa e saber empregá-los é de suma

importância para manter-se no mercado, pois através deste conhecimento é que

poderá ser definida sua estabilidade, crescimento, planejamento, investimento

futuro, táticas, dentre outros.

A empresa Lajeana Lajes, estruturada na cidade de Promissão/SP, está

recentemente no mercado e é uma organização de pequeno porte, a qual busca o

alcance de suas metas por meio das ferramentas utilizadas na contabilidade,

evidenciando seu comprometimento com o mercado externo e interno. Atende suas

demandas e esforça-se para obter novos clientes. Possui um diferencial, oferece seu

produto personalizado, possibilitando uma aproximação, conhecimento e

crescimento no ramo dos negócios.

Sabe-se que é preciso estar sempre atento às mudanças no mercado para

não deixar lacunas para a concorrência, deste modo, a organização deve-se

preocupar em estar sempre inovando e aperfeiçoando-se.

Diante do exposto, pode-se afirmar que a utilização das ferramentas da

gestão de custos, sejam esses diretos ou indiretos, fixos ou variáveis, e ou seus

métodos de custeio, quando utilizada de maneira precisa e correta, trará grandes

benefícios à empresa, permitindo um constante e devido crescimento.

REFERÊNCIAS

ALVES, N. J. Modelo conceitual de mensuração de resultados para micro e pequenas indústrias – um enfoque em gestão econômica, 1997. Dissertação

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(Mestrado) - Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade, Universidade de São Paulo.

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CREPALDI, S. A. Curso básico de contabilidade de custos. São Paulo: Atlas, 1998.

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DUTRA, R. G. Custos: uma abordagem prática. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2003.

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WERNKE, R. Gestão Financeira: ênfase em aplicações e casos nacionais. Rio de Janeiro: Saraiva, 2008.

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