Cancer de mama completo

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Todo Câncer se caracteriza por um crescimento rápido e desordenado de células, que adquirem a capacidade de se multiplicar. Essas células tendem a ser muito agressivas e incontroláveis, determinando a formação de tumores malignos (câncer), que podem espalhar-se para outras regiões do corpo. O câncer também é comumente chamado de neoplasia. O câncer de mama, como o próprio nome diz, afeta as mamas, que são glându- las formadas por lobos, que se dividem em estruturas menores chamadas ló- bulos e ductos mamários. É o tumor maligno mais comum em mulheres e o que mais leva as brasileiras à morte, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca). Segundo a Estimativa sobre Incidência de Câncer no Brasil, 2010-2011, pro- duzida pelo Inca, o Brasil terá 500 mil novos casos de câncer por ano. Des- ses, 49.240 mil serão tumores de mama. O câncer de mama é relativamente raro antes dos 35 anos, mas acima dessa idade sua incidência cresce rápida e progressivamente. É importante lembrar que nem todo tumor na mama é maligno e que ele pode ocorrer também em homens, mas em número muito menor. A maioria dos nódulos (ou caroços) de- tectados na mama é benigna, mas isso só pode ser confirmado por meio de exames médicos. Quando diagnosticado e tratado ainda em fase inicial, isto é, quando o nódulo é menor que 1 centímetro, as chances de cura do câncer de mama chegam a até 95%. Tumores desse tamanho são pequenos demais para ser detectados por palpação, mas são visíveis na mamografia. Por isso é fundamental que to- da mulher faça uma mamografia por ano a partir dos 40 anos. Câncer de Mama

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Todo Câncer se caracteriza por um crescimento rápido e desordenado de

células, que adquirem a capacidade de se multiplicar. Essas células tendem a

ser muito agressivas e incontroláveis, determinando a formação de tumores

malignos (câncer), que podem espalhar-se para outras regiões do corpo. O

câncer também é comumente chamado de neoplasia.

O câncer de mama, como o próprio nome diz, afeta as mamas, que são glându-

las formadas por lobos, que se dividem em estruturas menores chamadas ló-

bulos e ductos mamários. É o tumor maligno mais comum em mulheres e o que

mais leva as brasileiras à morte, segundo o Instituto Nacional de Câncer

(Inca).

Segundo a Estimativa sobre Incidência de Câncer no Brasil, 2010-2011, pro-

duzida pelo Inca, o Brasil terá 500 mil novos casos de câncer por ano. Des-

ses, 49.240 mil serão tumores de mama.

O câncer de mama é relativamente raro antes dos 35 anos, mas acima dessa

idade sua incidência cresce rápida e progressivamente. É importante lembrar

que nem todo tumor na mama é maligno e que ele pode ocorrer também em

homens, mas em número muito menor. A maioria dos nódulos (ou caroços) de-

tectados na mama é benigna, mas isso só pode ser confirmado por meio de

exames médicos.

Quando diagnosticado e tratado ainda em fase inicial, isto é, quando o nódulo

é menor que 1 centímetro, as chances de cura do câncer de mama chegam a

até 95%. Tumores desse tamanho são pequenos demais para ser detectados

por palpação, mas são visíveis na mamografia. Por isso é fundamental que to-

da mulher faça uma mamografia por ano a partir dos 40 anos.

Câncer de Mama

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O câncer de mama é uma doença grave, mas que pode ser curada. Quanto mais

cedo ele for detectado, mais fácil será curá-lo. Se no momento do diagnóstico o

tumor tiver menos de 1 centímetro (estágio inicial), as chances de cura chegam a

95%, segundo a Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Sa-

úde da Mama – Femama. Quanto maior o tumor, menor a probabilidade de vencer

a doença. A detecção precoce é, portanto, uma estratégia fundamental na luta

contra o câncer de mama.

Se o diagnóstico precoce é a melhor estratégia, a principal arma para sair vitorio-

sa dessa luta é a mamografia, realizada uma vez por ano em todas as mulheres

com 40 anos ou mais. É a partir dessa idade que o risco da doença começa a au-

mentar significativamente.

A mamografia é o único exame diagnóstico capaz de detectar o câncer de mama

quando ele ainda tem menos de 1 centímetro. Com esse tamanho, o nódulo ainda

não pode ser palpado. Mas é com esse tamanho que ele pode ser curado em até

95% dos casos.

Diagnóstico Precoce

Sintomas O sintoma mais comum de câncer de mama é o aparecimento de um caroço.

Nódulos que são indolores, duros e irregulares têm mais chances de ser ma-

lignos, mas há tumores que são macios e arredondados. Portanto, é importan-

te ir ao médico. Outros sinais de câncer de mama incluem:

inchaço em parte do seio;

irritação da pele ou aparecimento de irregularidades, como covinhas ou

franzidos, ou que fazem a pele se assemelhar à casca de uma laranja;

dor no mamilo ou inversão do mamilo (para dentro);

vermelhidão ou descamação do mamilo ou pele da mama;

saída de secreção (que não leite) pelo mamilo; caroço nas axilas

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O câncer de mama – e o câncer de forma geral – não

tem uma causa única. Seu desenvolvimento deve ser

compreendido em função de uma série de fatores

de risco, alguns deles modificáveis, outros não.

O histórico familiar é um importante fator de risco

não modificável para o câncer de mama. Mulheres com parentes de primeiro grau

(mãe ou irmã) que tiveram a doença antes dos 50 anos podem ser mais vulnerá-

veis.

Entre outros fatores de risco não modificáveis estão o aumento da idade, a me-

narca precoce (primeira menstruação antes dos 11 anos de idade), a menopausa

tardia (última menstruação após os 55 anos), nunca ter engravidado ou ter tido o

primeiro filho depois dos 30 anos.

Já os fatores de risco modificáveis bem conhecidos até o momento estão relacio-

nados ao estilo de vida, como o excesso de peso e a ingestão regular (mesmo que

moderada) de álcool. Alterá-los, portanto, diminui o risco de desenvolver a doen-

ça. No entanto, a adoção de um estilo de vida saudável nunca deve excluir as con-

sultas periódicas ao ginecologista, que incluem a mamografia anual a partir dos 40

anos.

Fatores de risco

Durante muito tempo, as campanhas de conscientização para o câncer de mama

divulgaram a ideia de que o autoexame das mamas,

baseado na palpação, era a melhor forma para de-

tectá-lo precocemente. Mas o tempo passou, a medi-

cina evoluiu e as recomendações mudaram.

O autoexame continua sendo importante – mas de

forma secundária. Ele é essencial para que a mulher

conheça seu corpo, em especial sua mama, e possa

perceber qualquer alteração. O autoexame pode ser feito visualmente e por meio

da palpação, uma vez por mês, após o final da menstruação. Para as mulheres que

não menstruam mais, o ideal é definir uma data e fazê-lo uma vez ao mês, sempre

no mesmo dia. Entretanto, ele não substitui a importância do exame clínico feito

por um profissional da saúde por meio da palpação e, menos ainda, a mamografia.

É fundamental que, além do autoexame, todas as mulheres acima dos 40 anos fa-

çam seus exames de rotina, entre eles a mamografia. Só ela pode detectar preco-

cemente um nódulo pequeno e aumentar muito as chances de cura.

Auto exame

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Como fazer o auto-exame de mamas

Fonte: www.mulherconsciente.com.br

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Fonte: www.mulherconsciente.com.br

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A mamografia é um exame de raio-

X, na qual a mama é comprimida

entre duas placas de acrílico para

melhor visualização. Em geral são

feitas duas chapas de cada mama:

uma de cima para baixo e uma de

lado. Apesar da compressão da ma-

ma ser um pouco desagradável pa-

ra algumas mulheres, é importante

lembrar que ela não é perigosa para a mama. A dose de raios X utilizada

nos aparelhos modernos é também muito baixa, e não deve servir de em-

pecilho para a realização do exame.

Fundamental e insubstituível, a mamografia pode detectar nódulos de

mama em seu estágio inicial, quando não são percebidos na palpação do

autoexame feito pela mulher ou pelo profissional de saúde. Por serem

pequenos, esses nódulos têm menor probabilidade de disseminação e

mais chances de cura.

Por essa razão, as mulheres acima de 40 anos devem realizar a mamo-

grafia regularmente, em intervalos anuais. E, com a efetivação da Lei

Federal nº 11.664/2008, em vigor a partir de 29 de abril de 2009, toda

mulher brasileira tem direito a realizar pelo SUS sua mamografia anual

a partir dessa idade.

Como todo exame médico, a mamografia está sujeita a deficiências.

Acredita-se que cerca de 10% dos casos comprovados de câncer de ma-

ma não sejam detectados na mamografia, principalmente em mulheres

jovens, que têm a mama densa. A ultrassonografia pode auxiliar no diag-

nóstico quando associada à mamografia e pode ser muito útil para de-

tectar lesões duvidosas.

Dia 05 de fevereiro é

comemorado o Dia Nacional da

Mamografia. Criado em 2008

tem por objetivo conscientizar

as mu lh eres s ob re a

importância de realizar o

exame e o diagnóstico

precoce do câncer de mama.

Você sabia ??

Mamografia

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Dia Rosa:

um dia para cuidar de si mesma

Um dia por ano. Apenas um diazinho para você

pensar no seu bem-estar, na sua saúde, em

melhorar a sua qualidade de vida. A partir de

hoje, todas as mulheres estão convidadas a

escolher um dia por ano para olhar para si

mesmas

Muitas são as coisas que deixamos de lado em

função da correria das nossas vidas. O traba-

lho, o marido, os filhos, a família e tantas ou-

tras coisas vêm como prioridade e, quando

percebemos, o dia passou, a semana passou, o

mês ou até o ano, e nada fizemos por nós. Esse

já é um hábito arraigado na vida de grande

parte das mulheres, mas é hora de acordar e

mudar isso de uma vez por todas.

Imagine que um dia você acorda e tira o dia

todo para se cuidar. Toma aquele banho agra-

dável, longo (mas não muito), senta calmamen-

te para saborear um delicioso café da manhã,

sem pressa, tendo como único compromisso,

cuidar de você. Esse será o seu Dia Rosa, o

momento ideal para lembrar-se da sua saúde,

visitar seu médico e fazer aqueles exames de

rotina, incluindo, claro, a mamografia para se

prevenir do câncer de mama.

Page 8: Cancer de mama completo

Recebi o diagnóstico e agora?

O câncer de mama pode se manifestar de diversas formas, e conhecer seus principais

tipos ajuda a compreender melhor o que está acontecendo. O diagnóstico positivo é sem-

pre uma notícia impactante, mas é importante estar bem informada para conversar com o

oncologista sobre as opções de terapias disponíveis e mais apropriadas para o seu caso.

Há os tumores mais e os menos agressivos, e os que crescem mais ou menos rápido, por

exemplo. Uma série de características vai permitir ao médico indicar o tratamento mais

adequado, aquele com maior chance de trazer a cura no menor tempo possível, minimizan-

do os riscos de recaída. Muitas vezes, porém, a paciente não fica sabendo o que signifi-

cam tantos termos técnicos e quais são suas implicações, o que tende a aumentar ainda

mais sua angústia nesse momento tão delicado. Não deixe de conversar com o seu médico

para acompanhar todos os passos do tratamento.

Ductal Ou Lobular

As primeiras informações sobre o tipo de tumor costumam vir no resultado da biópsia,

que informa se o carcinoma (que é sinônimo para câncer de mama) é ductal ou lobular,

classificação que diz respeito ao local da mama onde se originou o tumor.

In Situe Invasor

Além de ser lobular ou ductal, o tumor poderá ser também in situ ou invasor. Essa classi-

ficação indica se ele está contido num ponto específico da mama ou se já começou a se

espalhar pelo órgão.

O câncer de mama pode ser ainda do tipo inflamatório, que é uma forma de apresentação

incomum dos carcinomas invasores. “É um tipo mais agressivo, com mais risco de metásta-

se”, afirma Ormonde do Carmo. O carcinoma inflamatório se diferencia dos demais pelo

fato de deixar a mama inchada e avermelhada, podendo a pele adquirir o aspecto de casca

de laranja. Isso acontece porque as células tumorais se disseminaram pelos vasos linfáti-

cos da pele que recobre a mama.

Receptores Hormonais

Seja ductal ou lobular, in situ ou invasivo, todos os tumores de mama devem ser testados

quanto à presença de receptores para os hormônios femininos estrógeno e progesterona.

Receptores são proteínas localizadas na superfície externa da célula. No caso dos recep-

tores hormonais, sua presença indica que o tecido tumoral se prolifera em resposta a es-

ses hormônios. Essa informação é muito importante para o tratamento, pois os tumores

que são positivos para receptores hormonais têm melhor prognóstico, ou seja, são mais

fáceis de curar.

Diferentes tipos de câncer de mama

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HER2 Positivo

Tão indispensável quanto o exame para receptores hormonais é o teste para o receptor

HER2, que também é uma proteína localizada na membrana das células. Em até 25% dos casos

de câncer de mama, essa proteína aparece em excesso, indicando que se trata de um tumor

mais agressivo, ou seja, o risco de recaída, após o tratamento convencional, é bem maior.

Triplo Negativo

Um tumor de mama pode ser positivo para estrógeno, progesterona e HER2. Ou pode ser po-

sitivo apenas para um ou dois desses receptores. Ou pode, ainda, ser negativo para todos

eles, o que os oncologistas chamam de tumor triplo negativo. “São tumores mais agressivos”,

afirma Ormonde do Carmo. “Como não há um receptor para atacar com medicamentos especí-

ficos, o tratamento é mais difícil”, acrescenta. Por outro lado, essas pacientes respondem

melhor à quimioterapia.

TERAPIA LOCAL E TERAPIA SISTÊMICA:

TERAPIA LOCAL:

Cirurgia e radioterapia visam tratar o tumor no local, sem afetar o resto do organismo.

Cirurgia: é a modalidade de tratamento mais antiga e, quando o tumor encontra-se em está-

gio inicial e em condições favoráveis para a retirada, a mais efetiva.

Radioterapia: utiliza a radiação ionizante. É muito utilizada para tumores localizados, para os

quais não há necessidade de retirada de grande parte da mama ou para tumores que não po-

dem ser retirados totalmente por cirurgia, ou quando se quer diminuir o risco de que o cân-

cer volte a crescer.

TERAPIA SISTÊMICA:

São medicamentos administrados por via oral ou diretamente na corrente sanguínea, para

atingir as células cancerosas em qualquer parte do corpo. A quimioterapia, a terapia hormonal

e a terapia-alvo são exemplos de terapias sistêmicas.

Quimioterapia: Tratamento que utiliza medicamentos, orais ou intravenosos, com o objetivo

de destruir, controlar ou inibir o crescimento das células doentes

Terapia Hormonal: Tem como objetivo impedir a ação dos hormônios que fazem as células

cancerígenas crescerem. Age bloqueando ou suprimindo os efeitos do hormônio sobre o órgão

afetado

Terapia alvo (anticospos monoclonais): Denomina-se de terapias-alvo drogas anti-

cancerígenas relativamente novas e que tem como alvo uma determinada proteína ou mecanis-

mo de divisão celular apenas (ou preferencialmente) presente nas células tumorais.

Page 10: Cancer de mama completo

Se não entender o que o(a) médico(a) diz, peça que re-

pita com termos mais simples ou usando desenhos;

Tenha uma agenda ou caderno em mãos durante a con-

sulta para tomar nota dos pontos mais importantes;

Leve dúvidas anotadas para as consultas;

Caso queira informações adicionais sobre seu caso peça

que seu(ua) médico(a) indique livros, sites, artigos etc;

Não se preocupe em entender tudo sobre a doença

na primeira consulta. São muitas informações.

DICAS DE PERGUNTAS QUE NÃO PODEM ESCAPAR!

INDEPENDENTE DO ESTÁGIO DA SUA DOENÇA

Onde está a doença nesse momento e qual a sua extensão?

Meu câncer é receptor de hormônio-positivo ou negativo?

Meu câncer é HER2-positivo ou negativo?

Quais são as opções de tratamentos e como funcionam?

Quais os efeitos colaterais mais comuns e menos comuns do tratamento?

Como esse tratamento me beneficiará?

Posso evitar os desconfortos do tratamento? Como?

Qual a previsão de duração do tratamento?

Precisarei visitar o(a) médico(a) e realizar exames com que frequência durante o tratamen-

to? Quais exames serão necessários?

Precisarei ficar internada?

Precisarei seguir dieta específica?

Posso fazer reconstrução mamária? Como ficará minha mama?

Posso apresentar linfedema? Quais são as chances?

Meu câncer voltará? Quais as chances?

Para quem devo ligar se tiver dúvidas e problemas relativos ao tratamento?

Quando terminar, quais são os próximos passos?

Eu tenho outras doenças concomitantes que afetam a minha capacidade de tolerar trata-

mentos?

Orientações para consulta

Fonte: www.mulherconsciente.com.br