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“Não posso posso esquecerum estudo rápido de nossoEmmanuel, a sós comigo, emque ele me disse que omédium é comparável a umcampo de pouso e o espíritocomunicante é comparável aoavião; sem o campo de pousocuidadosamente preparado, amáquina não consegue seajustar ao pouso necessário.Em verdade, penso eu, acomparação é só para efeitode estudo, mas é um lembreteimportante, porque muitagente julga que a entidadeespiritual só por si pode fazertoda a tarefa. Certamente quepoderia, mas na Vida Maior osproblemas e condições paraos companheiros que lá semovimentam são novos emúltiplos e creio que serámuito difícil a um amigodesencarnado desprender-sedos deveres e disciplinas deLá para despender todotempo da formação de umvolume de responsabilidadecom o público, sem que omédium lhe ofereça o auxíliopossível. A questão do tempo

na Vida Espiritual para osobreiros do bem é tão vitalquanto a nossa por aqui, nochão terrestre, em que horasparecem fugir sempre, semque possamos detê-las, não émesmo?”

***

“... lembro-me de certamensagem do escritorportuguês Eça de Queiroz,através do médium Fernandode Lacerda, em um dos quatrovolumes que ele nos legou,com o título “DO PAÍS DA LUZ”.Eça de Queiroz compara omédium ao tipógrafo que sevale da coleção de tipos daqual disponha para escreveras páginas do jornal. Quantomais tipos a caixa do tipógrafoapresente - explica omensageiro - mais recursosterá o tipógrafo para transmitiros editoriais que lhe foremencomendados. Sempre considereiessa opinião do amigoportuguês, de uma lógicainquestionável. O nossoEmmanuel costuma dizer-me:“Nada se pode fazer de nada.”

Chico e Emmanuel (O Aprendiz e o Mestre)

(Extraído de “CHICO E EMMANUEL, de Carlos A. Baccelli, ed. DIDIER)

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SUMÁRIO

Em “O EVANGELHO SEGUNDO OESPIRITISMO” cap. XVI

“Aos olhos do vulgo ignorante, todofenômeno cuja causa é desconhecidapassa por sobrenatural, maravilhoso emiraculoso; a causa, uma vezconhecida, reconhece-se que ofenômeno, tão extraordinário quepareça não é outra coisa senão aaplicação de uma lei natural. É assimque o círculo dos fatos sobrenaturais seretrai à medida que se amplia o daCiência. Em todos os tempos, oshomens exploram, em proveito de suaambição, de seu interesse e de suadominação, certos conhecimentos quepossuíam, a fim de darem a si mesmoso prestígio de um poder supostamentesobre-humano ou de uma pretensamissão divina. Estão aí os falsos Cristose os falsos profetas; a difusão dosconhecimentos lhes aniquila o crédito,por isso o número diminui à medida queos homens se esclarecem. O fato deoperar o que aos olhos de certaspessoas, passa por prodígios, não é,pois, o sinal de uma missão divina, umavez que pode resultar de conhecimentosque cada um pode adquirir, ou defaculdades orgânicas especiais, que omais indigno pode possuir tão bemquanto o mais digno. O verdadeiroprofeta se reconhece por caracteresmais sérios e exclusivamente morais”.

COMUNICAÇÃOUMA APRECIAÇÃO CRÍTICA DALITERATURA MEDIÚNICA

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SERVIÇOSÉRIE ACONTECEU COM...

(8ª PARTE)

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CIÊNCIAO ALCOOLISMO

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PANORAMAO HOMEM: UMA AVENTURAENTRE INFINITOS

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JUVENTUDEO JOVEM E SEUS PROBLEMAS

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EDUCAÇÃOTÓXICO: PROBLEMA DOSÉCULO

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Conversa BreveKardec AfirmaA Vida ContinuaChico e EmmanuelAs Lições de Chico XavierMensagens

ASSUNTOS

OUTROS...

REVISTA ESPÍRITA MENSALANO XXVIII Nº336OUTUBRO 2004

Kardec Afirma

Mensagem da capa

EXPE

DIE

NTE

“INFORMAÇÃO”:é registrada na D.C.D.P. Do D.P.F. sob n.1702(Portaria 209/73) - publicada pelo Grupo Espírita“Casa do Caminho” - Jornalista responsável:Zancopé Simões (Reg. 10.162) - Redação: Rua Souza Caldas, 343 - Fone: (11) 6097-5700Correspondência:Cx Postal: 45.307 - Ag. VI. Mariana/São Paulo (SP),

“INFORMAÇÃO” não se responsabiliza pelosconceitos e opiniões emitidos pelos seusentrevistados ou articulistas

Edição, Fotolito e Impressão: VAN MOORSEL,ANDRADE & CIA. LTDA.Rua Souza Caldas, 343 - São Paulo - SP

“Não te resignes aos hábitos da treva. Masclareia-te, por dentro, purificando-tesempre mais, a fim de que a tua presençairradie, em favor do próximo, a mensagempersuasiva do amor, para que se estabeleçaentre os homens o domínio da eterna luz”.

EMMANUEL

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As provas na Terra apresentam sempre o lado de luz de que sãomensageiras.Entretanto, para observá-lo, urge reconhecer os sinônimosespirituais de que essas mesmas provas se revestem, comosejam:

Meditemos na significação oculta dos problemas com que somosdefrontados no mundo e saibamos aproveitar, enquanto no PlanoFísico, a nossa abençoada escola de elevação.

(Psicografia F.C. Xavier)

CONVERSA BREVE

LADO DE LUZ

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EMMANUEL

encargo difícil - privilégio;dever cumprido - senda libertadora; rotina - conquista de competência;solidão - tempo de pensar; contratempo - aviso benéfico;contrariedades no cotidiano - treino de paciência;tribulação de improviso - socorro específico;moléstia súbita - apoio de emergência;lesão congênita - corrigenda no espírito;adversários - fiscais proveitosos;crítica - apelo a burilamento;censura - convite a reajuste;ofensa - invocação à tolerância;menosprezo - teste de amor;tentação - curso de resistência;fracasso - necessidade de revisão;lar em discórdia - área de resgate;parente complexo - dívida em cobrança;obstáculo social - ensino de humildade;deserção de afetos - renovação compulsória;golpes - aulas para discernimento;desilusão - visita da verdade;prejuízo - identificação de pessoas;decepções - informes claros;renúncia - rumo certo;crise - aferição de valor;sacrifício - crescimento espiritual.

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A crítica não cogita somente do que éoriginal, mas, e principalmente, do queé substancial na obra de todo escritor.

(Perilo Gomes)

No Grupo Escolar São José, de PedroLeopoldo, Chico Xavier, então com 12anos de idade (nascera a 2 de abril de1910), juntamente com seus colegas do 4ºano primário, participa duma prova deredação, num concurso promovido pelaSecretaria de Educação de Minas Gerais.Tema proposto: “Brasil”. Toma da caneta eapresta-se, vacilante, para iniciar a escrita.Surge ao seu lado o vulto de um homemque, de pronto, lhe vai “soprando” asprimeiras palavras de dissertação. Omenino, usando de lealdade, consulta aprofessora e ela, sem bem entender o queacaba de ouvir, dá de ombros e ordena: -Prossiga!Chico foi distinguido com láurea de“Menção Honrosa” e passou a ser visto detravés pelos seus companheiros declasse, que propuseram fosse elesubmetido a um exame individual. Dessafeita, escolheram o assunto: “O grão deareia”. Volta a fazer-se presente aestranha aparição, que diz: - Estou prontopara escrever.E Chico escreve no quadro-negro: “Meusfilhos, ninguém escarneça da Criação.O grão de areia é quase nada, masparece uma estrela pequeninarefletindo o Sol de Deus”.Aí já podemos identificar as primeirasexpressões de sua prodigiosa mediunidadepsicográfica.No período de 1927 a 1931, recebeucentenas de mensagens, mas, por ordemdos amigos espirituais, destruiu-as quasetodas, de vez que constituíam apenas“exercícios de psicografia”. Salvaram-sepoucas dessas produções, que forampublicadas em O Jornal, O Jornal das

Moças, Gazetas de Notícias e Aurora,do Rio de Janeiro, e no Almanaque deLembranças, de Portugal.Apesar de sua instrução deficiente,sempre gostou muito de ler e, assim commuito esforço (e a providencial ajuda deEmmanuel), conseguiu elevar um poucoseu nível cultural. Lia, aliás, os livros queconseguia por empréstimo, pois sua“biblioteca”, nos idos da juventude,limitava-se a cinco livros: O EvangelhoSegundo o Espiritismo, O Livro dosEspirítos, O Livro dos Médiuns, Memóriasdo Padre Germano e Depois da Morte.Confidenciou certa vez a Rafael Ranieri:- “Eu só tive o Grupo Escolar, mas vocêsabe, convivendo com Emmanuel, que éum excelente professor, durante tantosanos, você não acha que mesmo sendomuito burro como eu sou, apesar disso,pude aprender alguma coisa? Emmanuel,meu filho, me ensinou até gramática!”.Ensinou-lhe também datilografia, segundoouviu Elias Barbosa do próprio médium.Só se pode falar, efetivamente, em obralitero-mediúnica de Chico Xavier, a partirde agosto de 1931, quando ele começa apsicografar versos de nada menos de 56poetas desencarnados, brasileiros eportugueses. o que dá origem aoPARNASO DE ALÉM-TÚMULO, livro-impacto, editado pela Federação EspíritaBrasileira, em 1932, que explodiu comouma bomba nos arraiais da crítica literária.É certo que não faltaram os céticos e osdetratores que alardearam ser a obraapócrifa, produto de deslavadamistificação. Chico Xavier seria habilidosopastichador que teria escrito à la manièrede..., seguindo as pegadas de AlbertSorel, Paul Reboux e Charles Muller.Hipótese absurda que, afinal, importavaem promover o mocinho de PedroLeopoldo às culminânia de genialidade,como bem se expressou na época,

COMUNICAÇÃOUMA APRECIAÇÃO CRÍTICA DA

LITERATURA MEDIÚNICA

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Aureliano Alves Netto

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Monteiro Lobato: “Se o Chico produziutudo aquilo, por conta própria, entãoele pode ocupar quantas cadeirasquiser na Academia”.Manifestando-se, mais tarde, sobre orumoroso caso da ação judicial (de quetrataremos adiante) movida pela viúvaHumberto de Campos contra FranciscoCândido Xavier e a Federação EspíritaBrasileira, o escritor Mário Donatosubscreve o pensamento de Lobato: “Poisse não admitirmos que o caso é milagroso,temos que levar Chico Xavier à AcademiaBrasileira de Letras - e, naturalmente,estamos mais dispostos a reconhecer-lheamizades no Céu que direitos literários noPetit Trianon”. (Só não admitimos essaestória de “caso milagroso”, mas aexpressão é de inteira responsabilidadedo intelectual paulista).No PARNASO, exibem-se composiçõesde alcandorado estro, buriladasna técnica de várias escolas poéticas,como observa Manuel Quintão:“Romantismo, Condoreirismo, Parnasianismo,Simbolismo, aí se ostentam em louçaniasde sons e de cores, para afirmar não maissubjetiva, mas objetivamente, asobrevivência dos seus intérpretes”.Com efeito. Cada poeta, estilo que lhe erapeculiar, transmite a sua mensagem eextravasa o seu sentimento de maneirapersonalíssima. Proveniente do mundodos mortos, uma poesia muito viva ealiciante.Apreciemos, por exemplo, de CastroAlves, o canto altarneiro a lembrar “O livroe a América”:

Oh Benedito quem ensinaQuem luta, quem ilumina.Quem o bem e a luz semeiaNas fainas do evoluir:Terá a ventura que anseiaNas sendas do progredir.

E Augusto dos Anjos, no seu versejarencrespado:

Se devassássemos os labirintosDos eternos princípios embrionários,A cadeia de impulsos e de instintos,Rudentos dos seres planetários...

E a musa do “outro mundo” não-emudece.Chico psicografou vários livros de versos:LIRA IMORTAL, VOLTA BOCAGE,ANTOLOGIA DOS IMORTAIS, TROVASDO OUTRO MUNDO, O ESPÍRITO DECORNÉLIO PIRES...É interessante notar que a ANTOLOGIADOS IMORTAIS, considerada no seutodo, não prisma pelo apuro artístico epela impecabilidade da expressão verbal.É que alguns dos poetas se apresentamcomo que em traje caseiro,despretenciosamente, a modo de quemdeseja tão-somente prestar umdepoimento. Lembre-se, a propósito, quea Comissão de Divulgação do LivroEspírita classifica como de identificaçãoas poesias do PARNASO e como decomunicação as da ANTOLOGIA.Considerável, sem dúvida, a produção deChico Xavier em verso. Contudo, é emprosa que a literatura mediúnica neleencontra seu maior expoente. Quantitativae qualitativamente.O primeiro livro em prosa que psicografoufoi CARTAS DE UMA MORTA, aqueleque, talvez, mais lhe toca à sensibilidade,por ter sido transimitido por sua queridamãe Maria João de Deus.Veio em seguida PALAVRAS DOINFINITO, de autores diversos.Abre-se, então, a seqüencia luminosa dasobras de Humberto Campos, com asCRÔNICAS DE ALÉM-TÚMULO; deEmmanuel, com o livro que traz o seunome no título; e de André Luiz, comNOSSO LAR.Os escritos de Humberto causam enormeceleuma. Sua viúva reclamou judicialmenteos pretensos direitos autorais da produçãopost-mortem do marido. Indigitados réusna ruidosa questão, Franscisco CândidoXavier e a Federação Espírita Brasileira se

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defendem e a Justiça lhes dá ganho decausa.Do intempestivo affaire resultou um saltoassaz proveitoso para a Doutrina Espírita,uma vez que, a família aceitando asmensagens, inclusive requerendo osdireitos autorais, à evidência, aautenticidade das comunicaçõespsicográficas.Todos os trâmites do processo estão bemdocumentados no livro A PSICOGRAFIAANTE OS TRIBUNAIS, do causídicoMiguel Timponi.É dessa alentada peça de advocaturacível que extraímos alguns depoimentosde eminentes intelectuais patrícios:“Não discuto o modo por que foi obtido ooriginal subscrito por Humberto. Imitação?Pastiche? Mistificação? Não nosreportemos a isso. O que não me deixoudúvidas, sob o ponto de vista literário, foi aconstatação fácil da linguageminconfundível de Humberto na página queli”. Agrippino Grieco.“Não sei se foi porque li as “Crônicas”astrais em hora propícia, mas verdade queachei o estilo do morto mais vivo”.Desembargador Mário Matos.“...se se tratasse de um pastichador(extraordinário, que é esse Chico Xavier!),como pode ele escrever à maneira não sódo saudoso autor de “Carvalhos eRoseiras”, como também dentro do estiloinimitável de Augusto dos Anjos, de Eçade Queirós?”. Garcia Júnior.Humberto de Campos (Espírito)conservou suas antigas tendêncialiterárias. Quase todos os seus livrosmediúnicos são trabalhos ligeiros,autônomos: crônicas, reportagens,entrevistas, cartas. Por exceção, ditouBRASIL, CORAÇÃO DO MUNDO,PÁTRIA DO EVANGELHO, uma autênticaHistória do Brasil, que repõe em seusdevidos lugares os fatos marcantes denossa étnia e avança perspectivasalvissareiras do grandioso futuro a queestá destinada a Nação Brasileira.

Através do lápis de Chico Xavier,Emmanuel, seu guia espiritual, legou-noscom prodigalidade e brandura, ummanancial exuberante de ensinamentosvazados num estilo claro e incisivo,doutrinando sem dogmatizar, dilucidandodúvidas, esparzindo luz e infundindo fé.Revelou-se exímio historiador ememorialista nos romances PAULO EESTEVÃO, HÁ DOIS MIL ANOS,CINQÜENTA ANOS DEPOIS E AVECRISTO! Com exceção do primeiro, osdemais podem incluir-se na chamadasérie romana que, pela precisão de seusinformes, deu azo à elaboração doVOCABULÁRIO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO,de Roberto Macedo.A obra e manuelina é extensa ediversificada. A CAMINHO DA LUZ nosproporciona uma visão panorâmica daHistória universal, encarada por um novoprisma, em concordância com os sábiosimperativos da Evolução. CAMINHO,VERDADE E VIDA é um roteiro seguro decomportamento cristão; roteiro que seconfirma e se amplia em três outros livrosdo mesmo genêro: PÃO NOSSO, VINHADE LUZ E FONTE VIVA. RELIGIÃO DOSESPÍRITOS é uma interpretação judiciosa,de conotações fisiológicas, das questõesfilosóficas, das questões fundamentais deO LIVRO DOS ESPÍRITOS. NA SEARADOS MÉDIUNS compreende um examede textos escolhidos de O LIVRO DOSMÉDIUNS. JUSTIÇA DIVINA enfeixacomentários em torno das instruçõescontidas em O CÉU E O INFERNO.LIVRO DA ESPERANÇA é uma análisesistematizada de O EVANGELHOSEGUNDO O ESPÍRITISMO.Um inapreciável acervo cultural, smsombra de dúvida.As obras reveladoras de André Luizassinalam o marco de uma nova era naHistória do Espíritismo. Com oaparecimento de NOSSO LAR, rasgam-se cortinas da “eterna oficina” do MundoEspiritual. A continuação da vida noutras

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dimensões se nos apresenta em suasnuanças mais variadas, num prodigiosoespetáculo em que se movimentam osatores com maior ou menor desenvoltura,consoante suas tendências e aptidões. emcertas religiões, tristeza, sofrimento,maldade. Noutras, alegria, trabalho,abnegação. Contraste de sombra e luz.tudo, entretanto, em perfeita consônanciacom os superiores desígnios da Criação. Adesarmonia eventual a imiscuir-secompulsoriamente no grande concerto daHarmonia Universal...Toda série luisiana é um repositórioabundante de novos ensinamentos sobreas condições de existência no planoespiritual e o enfoque de transcendentesquestões científicas, notadamente na áreade Biologia e da Medicina, deconformidade com os códigos deSabedoria das Esferas Superiores.EVOLUÇÃO EM DOIS MUNDOS,psicografado por Chico Xavier em parceriacom Waldo Vieira, é o livro de André Luizque ele modestamente define como ”Umpequeno conjunto de definições sintéticassobre nossa própria alma imortal, à facedo Universo...”. Evidentemente, é muitomais do que isso. Trata-se de um estudoprofundo, erudito, altamente científico que,no dizer de Emmanuel, semeia “a idéia daevolução filogenética do Ser e, dentrodela, o corpo físico e o corpo espiritualcomo veículos da mente em suaperegrinação ascensional para Deus”.As antenas psíquicas de Chico Xaviercaptaram mensagens de mais de 500autores espirituais, em todos os gênerosliterários, inclusive literatira infantil.Impossível, nos estreitos limites destamodesta “apreciação crítica”, relacionartodos os autores e suas produções.Citemos, no entanto, para finalizar, estasdeliciosas trovas de “folcloristas do Além”.

Obrigações pequeninas...Nenhuma deixes sem trato.Picada de maribondo

Castiga onça no mato.Cornélio Pires

O samba não é pecadoSe nasce do coração.Jesus nasceu festejadoNo meio de uma canção.

Noel Rosa

Foge ao luxo de sentirPreguiça, fastio e tédioQuem desiste do trabalhoÉ doente sem remédio.

Casimiro Cunha

Quem se der ao cuidado de investigar asatividades de todos os médiunspsicográficos do mundo, há de,forçozamente, chegar a esta conclusão:Chico Xavier é primus inter pares nosetor da literatura mediúnica.Seu trabalho representa não só umesforço ingente para incurtir os sábiosprincípios evangélicos em todas asconsciências, mas também um valiosocontributo para aculturação das massas.Com seus anos bem sofridos, Chico é oservo fiel que até o presente, tem dadotudo de si para desincumbir-se dagrandiosa missão que lhe foi confiada. Ese lhe perguntássemos: - Ainda se achabem disposto para continuar servindo àexcelsa Causa que abraçou, munido deamoroso fervor espiritual? - muitoprovavelmente nos responderia com doisversos de Camões,

Dizendo: Mais serviria, se não foraPara tão grande amor tão curta a vida!

Bibliografia: PARNASO DE ALÉM-TÚMULO, 9ª edição, 1972;A PSICOGRAFIA ANTE OS TRIBUNAIS - Miguel Timponi, 4ºedição, 1961; Chico Xavier - QUARENTA ANOS DEMEDIUNIDADE - Roque Jacintho, 1967; CHICO XAVIER - O

SANTO DOS NOSSOS DIAS - R. A. Ranieri, 1970.

FONTE: Autores diversos; “UM POUCO MAIS SOBREMEDIUNIDADE”, Ed. Lar ABC do interior, 1ª edição.

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... DIVALDO PEREIRA FRANCODivaldo, ainda bem jovem, estavasaindo do trabalho em direção àMansão do Caminho, quando viu umhomem estendido no chão. Compadecidoda dor daquele homem, chamou um táxie o levou até o hospital. Já na casa desaúde, insistiu para que o doente fosseatendido apesar de estar sem osdocumentos.Foi visitá-lo mais tarde e verificando quejá estava fora de perigo, apressou-sepois havia assumido inúmeroscompromissos na Mansão do Caminho.Ao conversar na portaria sobre algunsdetalhes da internação, chamou aatenção de um dos médicos quereconhecendo a sua voz, indagou-lhe:- Você não é Divaldo Franco? Já ouvi oseu programa na rádio Educadora erádio Sociedade da Bahia...Iniciaram uma agradável conversa e omédico convida Divaldo para irem até oseu consultório a fim de conhecerem-semelhor.Numa das paredes do consultório haviaum belo quadro, óleo sobre tela,estampando uma senhora de olharsuave, olhos bem azuis como o céu, eemanando muita harmonia.Divaldo, enternecido, perguntou quemera aquela senhora.O médico comovido contou-lhe então, asua história:- Perdi meus pais muito cedo e fui criadopor minha avó, mulher excepcional, queme ofereceu todas as suas horas. Paraque eu pudesse estudar, a minhasegunda mãe submeteu-se aostrabalhos mais pesados, lavandoroupas para fora. Eram muitas asfamílias para quem trabalhava e, porvezes, ficava exaurida. O seu sonho eraver-me formado em medicina, já quedesde menino eu manifestara o desejo

de ser médico.E muito emocionado, com lágrimas nosolhos, ele continuou:- No dia de minha formatura, dia feliz docoroamento dos nossos esforços, nãopude contar com sua presença no salãonobre da faculdade. Ela morreu, diasantes, vitimada pela tuberculose. Emsua homenagem, dediquei-me aosestudos profundos sobre esta terríveldoença. Quando estou cuidando de umpaciente, sinto-me como se estivesse aolado de minha avó. Quando uma pessoaé curada, sinto-me como se estivessedando vida àquela senhora que meserviu de mãe.E mostrando o quadro a Divaldo disse-lhe comovido:- Esta é minha avó. A ela devo a minhacarreira e a oportunidade de espalhar osbenefícios da saúde e da paz.

... FRANCISCO DE ASSISCerta feita, estando Francisco de Assisem peregrinação pela cidade de Gubbio,ao norte de Assis, soube que apopulação daquela região estava emdesassossego, pois ali morava, nasencostas de determinados penhascos,um lobo feroz, que já tinha devoradomuitos animais, e mesmo algumascrianças. O lobo era remanescente deuma alcatéia, da qual ficara afastado pordoença, fazendo morada em umacaverna que encontrara, alimentando-sede animais que por ali passavam,atacando igualmente seres humanosdescuidados.Tantos foram os prejuízos verificados eo pânico espalhado pela região, que apopulação foi ao seu encontro, para queele abençoasse aquele lobo, e rogassea Deus que o fizesse desaparecer, paraque a paz se restabelecesse. As mãesaflitas imploravam a Pai Francisco que

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tivesse piedade e as ajudasse,prometendo-lhe fazer qualquer penitência,desde que se livrassem do perigosoanimal.Pai Francisco ouviu, com paciência, oapelo da população e prometeu fazeralguma coisa em benefício de todos. Iriapedir a Deus para que o lobo procurasseoutro lugar, que não fosse aglomeraçãohumana. E Francisco, como decostume, à noite, entrou em meditação eem oração ao Senhor. Nestas horas, osseus ouvidos sempre registravamcoisas fora do comum dos homens. E foio que ocorreu, ao pedir a Deus nestestermos:- Meu Deus!... Meu Senhor!... Permiteque Te peça algo, talvez inoportuno,mas que está na alma do povo, por ondeestamos passando, e a quem queremoslevar o Evangelho do Teu Filho e NossoMestre, que nos pede alguma coisa quelhes possa trazer a paz e a tranqüilidadefísica. Que afastes, Senhor, o lobo queos ataca, pois bem sabes o que eleanda fazendo, matando animais eferindo homens, amedrontando apopulação. Se for do Teu agrado, e se omerecermos, faze com que esse lobosaia desta região e procure outro lugaronde ele possa sentir-se melhor, e oshomens viverem em paz. Jesus, ajuda-nos a compreender as necessidadesdos nossos semelhantes, e fazer poreles alguma coisa; Maria, mãe de Jesus,cobre-nos a todos com o teu manto deluz, confortando os nossos coraçõestribulados, mas que seja feita a vontadedo Senhor e não a nossa.E no intervalo em que reinava o silêncio,Francisco, à espera de resposta, ouviuno fundo d'alma um cântico a lheresponder o que deveria ser feito, emum tom harmonioso e cheio de ternura:- Francisco, ouve-me!... O lobo tem o

direito de ficar onde quer que seja,arriscando também a sua vida. Paraonde devemos mandá-lo? Ele temnecessidade de algo que existe entre oshomens. Esses não procuram melhoriano bem-estar e no convívio com irmãosda mesma e de outras raças? É, pois,um direito que assiste a quem vive, aqualquer criatura nascida de e por Deus.Como expulsar e sacrificar um animal,somente para satisfazer pessoas,algumas sem piedade até para com ospróprios semelhantes? O egoísmo doshomens é que os faz sofrer, não simplesanimais, que pedem socorro, com osrecursos que possuem.Vai, Francisco, conversar com ele, olobo. Depois de entendê-lo, volta econversa com os homens, e vê se osentende, o que acho mais difícil. Procurafazer uma aliança entre um e outros,para que o que sobre, não falte a quemtem fome, e que, depois de amansada afera, não a maltratem, pois quasesempre, depois da paz, surge o abuso.O lobo tem fome, Francisco!... Francisco despertou do êxtase e sentiuo drama do velho lobo. E partiu parauma das gargantas do Monte Calvo,situado nos Apeninos. O grande animal,ao ouvir a voz cantante de um homem,saiu do seu esconderijo, talvezpensando em alimento e água,esquelético e meio fraco. Vidrou osolhos no pequeno homem de Deus, eesse lhe falou mansamente:- Irmão lobo!... Que a paz seja contigo,seja feita a vontade de Deus e não anossa! Eu sou de paz. Venho pedir-teem nome de Deus e de Jesus, quetenhas um pouco de confiança noshomens, porque nem todos sãoviolentos; muitos são bons e gostam deanimais. Podes conviver em paz comeles e comer o mesmo que eles.

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Espero que me ouças. Peço-te para ircomigo até eles e lhes pedirei para teatender nas tuas necessidades. Eutambém sou animal; nada tenho aquipara te dar, a não ser o meu carinho,mas prometo que te darei a amizade detodos, naquilo que possam te ofertar. Asmães estão chorosas, temendo porseus filhos.Vem comigo, que serás compensadopor Deus!O lobo a essa altura, já estava deitadoaos pés de Francisco, roçando seulongo pescoço nas pernas do seuprotetor, submetendo-se com confiança.Este ajoelhou-se, pôs-lhe as mãossobre a atormentada cabeça eagradeceu a Deus pela amizade. Aolado dos dois, estava uma pequenafalange de Espíritos da natureza, algunsna forma de animais, festejando aquelaaliança no sentido de despertar noshomens, o amor para com os animais, enestes, o amor para com aqueles.Francisco seguiu na frente e o lobo oacompanhou com passadas lentas, massem perder o seu guia. Ao chegar aolugarejo, o povo saiu às portasassombrado com o fenômeno. Muitos jáconheciam o feroz animal que naquelemomento tornou-se um companheiromanso e obediente, na sombra dosanto. Esse assentou-se em um cepo,ao lado de uma casa, e o loboaproximou-se de seu companheiro, quepassava levemente a mão sobre seucorpo descarnado, falando-lhe comserenidade:

- Irmão lobo, este lugar é também teu.Considera-te filho deste abençoadorebanho de ovelhas humanas que irão tetratar como se fosse filho. Nada vai tefaltar, nem água, nem comida, nem ocarinho de todos os irmãos em Cristo queaqui residem, e para tanto, vamos de casaem casa confirmar o que desejamos. Se,porventura, tiver de morder alguém aqui,faze isso comigo agora; não deves trair oque combinamos, eu te peço. JesusCristo gosta muito de animais, tanto quepreferiu nascer em uma estrebaria, anascer em palácio.As mãos do Poverello corriam no lombodo animal, inundadas de luz que só oamor pode fornecer, e os olhos do animalderam o sinal que somente os humanospodem dar, o sinal das lágrimas, porqueé mais fácil chorar do que sorrir.Francisco levantou-se, tornou a chamarseu companheiro e foi de porta emporta, em nome de Deus e de Cristo,pedindo aos moradores para que nãofaltasse água e alimento para o lobo, etodos, vendo a mansidão do animaljunto a Francisco, concordavam.O filho de Assis ficou alguns dias naregião, até o povo acostumar-se com aconvivência do animal, que ficava deporta em porta, comendo e bebendo.Engordou, tomando outras feições, mas,conservou-se sempre manso.Uivava nas madrugadas, sentindosaudades do Santo de Assis.

FONTE: 1º CASO - “PARA SEMPRE NO CORAÇÃO”2º CASO - Miramez (espírito) por João Nunes Maia,

“FRANCISCO DE ASSIS”

SERVIÇO

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Agora você pode pesquisar números anteriores de INFORMAÇÃO no site:

http://revistainformacao.anderung.com.br

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CIÊNCIA

Para a elaboração deste pequenotrabalho, além da pesquisa bibliográfica,visitamos alguns grupos que se dedicamao combate do alcoolismo eesclarecimento do alcoólatra e a seusfamiliares. Conversamos com algunsmembros de entidades empenhadasnesse mister e arrolamos uma série dedados estatísticos e outras informaçõesque passamos agora ao prezado leitor.O objetivo primordial é indicar caminhospara os alcoólatras, seus familiares,amigos e instituições, que se dedicamao trabalho de reerguimento dessesirmãos. E também sugerir à sociedade,às empresas e entidades governamentaisque se voltem, com maior empenho,para esse grave problema social.Embora não exista no Brasil, umprograma oficial de controle e prevençãodo alcoolismo, sabe-se, por estimativas,que 10 a 15% da população adulta denosso país é alcoólatra. Isto não querdizer que, também não haja, em grandenúmero, crianças dadas ao vício dabebida.Os brasileiros consomem por dia 79milhões de doses de cachaça, ou seja,dois bilhões de litros por ano.Esse vício é responsável direto e indiretopor 40% das internações hospitalares,por 80% dos leitos dos hospitaispsiquiátricos, 54% dos acidentes detrabalho e 65% dos acidentes detrânsito. Trata-se de um grave problemade saúde pública. É ele, portanto, aprimeira causa de acidentes de trabalho,e uma das principais nos acidentes detrânsito. É também a terceira causamortis no Brasil, superado, apenas,pelas doenças cardiovasculares e pelocâncer.

Mas não é só no Brasil qua a grandemaioria dos leitos psiquiátricos estáocupada por alcoólatras. A Françadetém o recorde de alcoólatras nomundo. Na Grã-Bretanha, a arrecadaçãode impostos gerados pela produção deuísque escocês, não paga os gastos daprevidência social com os alcoólatras.Em 1984, a ONU estimava em 400milhões o número de indivíduos dadosao vício do álcool no terceiro mundo,em todas as camadas sociais.O preconceito é o maior aliado doalcoolismo e dificulta muito acompreensão e o seu tratamento. Obebericador não nota que está setornando, ou já se transformou, numacriatura inconveniente. Sob os efeitosda bebida, pratica atos e fala o que nãofaria ou falaria quando sóbrio. Precisaser tratado com muito amor, carinho eatenção, principalmente pelosfamiliares.O alcoólatra não se admite como tal.Sempre encontra uma justificativa parao vício, que julga não possuir. Osdemais membros da família, via deregra, fingem não ver o fato.O álcool é uma droga solúvel emgordura e água. Por este motivo, eleinvade todas as partes do corpohumano, afetando as células e todos oscaminhos e percursos biológicos.A maioria dos especialistas, encara oalcoolismo como uma desordemprovocada por fatores psicológicos,culturais, biológicos e sociais.Em São Paulo e outras cidades, gruposde médicos já estão fazendo aintegração com os AlcoólicosAnônimos, com seminários emhospitais públicos e conveniados.

O ALCOOLISMO

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Já há empresas que estão tratando deseus funcionários alcoólatras, ao invésde demiti-los, por concluírem que setorna mais barato a recuperação deempregados com esse vício, quemantê-los sem assistência, produzindopouco, ou afastá-los e gastar comtreinamentos de substitutos.Nas reuniões abertas dos AlcoólicosAnônimos, homens e mulheres detodas as classes sociais e idades, nãohesitam em falar de seus problemas.São criaturas que perderam oemprego, o prestígio, a mulher ou omarido; que escondiam a bebida parabeber em jejum, e que, na falta desta -escondida pela família - bebiam álcoolpuro.Uma recomendação transmitida aonovo membro da A.A.,deve servir deorientação para todos os que sedispõe a ajudar um alcoólatra: “Vocêpoderá ser singularmente útil aosoutros alcoólatras. Portanto, coopere,nunca critique. Nossa única meta ésermos úteis”.São inúmeras em todo o mundo -principalmente no Brasil - asinstituições Espíritas, que abrem suasportas para as entidades quetrabalham na recuperação do viciado.Há também aquelas que mantêmdepartamentos para dialogar,orientando essas criaturas e seusfamiliares, com muito amor, contandocom o apoio da fluidoterapia espirituale magnética e das reuniõesmediúnicas especializadas. Desejamosque o número dessas instituições semultipliquem geometricamente. AndréLuiz registra, pela psicografia deFrancisco Cândido Xavier, em“ENTRE A TERRA E O CÉU”, que há

beberrões desencarnados queaderem àqueles que se fazeminstrumentos deles próprios. É opróprio André que, pelo mesmomédium, no capítulo “ForçasViciadas”, no livro “NOS DOMÍNIOSDA MEDIUNIDADE” fala”...Doisguardas arrastavam, de restaurantebarato, um homem maduro emdeploráveis condições de embriaguez.O mísero esperneava e proferiapalavras rudes, protestando... achava-seo pobre amigo abraçado por entidadeda sombra, qual se um polvo estranhoo absorvesse.Num átimo, reparamos que abebedeira alcançava os dois, portanto,se justapunham completamente um aooutro, exibindo as mesmasperturbações...- Junto de fumantes ebebedores inveterados, criaturasdesencarnadas de triste feição, sedemoravam expectantes....Muitos de nossos irmãos, que já sedesvencilharam do vaso carnal, seapegam com tamanho desvario àssensações da experiência física,que se cosem àqueles nossosamigos terrestres, temporariamentedesequilibrados nos desagradáveiscostumes por que se deixaminfluenciar..... Esses nossos companheiros situama mente nos apetites mais baixos domundo, alimentando-se com um tipode emoções que se localiza navizinhança da animalidade...”É pois o alcoolismo, como todos osvícios, válvula para a obsessão. Assimsendo, o seu tratamento deve serencarado também por esse ângulo. Aíestão os Centros e os HospitaisPsiquiátricos Espíritas bem orientados,

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que fazem um prodigioso trabalhonesse sentido.Convidamos o leitor que estejainteressado, ou venha a se interessarpelo assunto, a ler os livros citados,bem como os que versam sobre aobsessão. Por serem muitos,destacamos as obras da Codificaçãoda Doutrina dos Espíritas. E para queo leitor não precise pesquisarindicamos: “A GÊNESE”, itens 45 eseguintes, do capítulo XIV, que tratadas obsessão simples, da fascinação,da subjugação, causas da obsessão emeios de combatê-la. Dentre outrosensinamentos preciosos, lemos aí:“Em todos os casos de obsessão, aprece é o mais poderoso auxiliar paraagir contra o Espírito obsessor.“(Edição Lake).Não poderíamos deixar de citarEmmanuel, quando, em “VINHA DELUZ”, fala:”...Não faltam recursos detrabalho espiritual a todo irmão quedeseje reerguer-se, aprimorar-se,elevar-se”.Depois, com uma pesquisa maior, o

leitor encontrará muito esclarecimentosobre o assunto, quer nas obrasbásicas ou nas subsidiárias. Com umaleitura atenta, encontrará respostaspara as suas perguntas sobre aobsessão, o alcoolismo e todos osdemais vícios.Finalmente, lembramos nosso caroleitor, que a Codificação Espírita nosensina que o mal não pode impor-seao bem e que o mau fluido pode sereliminado por um fluido bom, portantodesejamos que o alcoólatra, seusfamiliares e amigos que o estimam etodos os que participam deassociações ou movimentos deesclarecimento e resistência ao vício,tenham os dados e as informaçõesacima como orientação, que elassirvam sempre de rumo, que jamaispercam a esperança, que nuncadesanimem da árdua tarefa deprocurarem a recuperação do viciado.Que nunca cruzem os braços anteesse flagelo tão inominável!

FONTE: Espelho, Raimundo Rodrigues, “A REVELAÇÃO DACHAVE”, 1º edição, Ed. ESP. Mensagem de Esperança.

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PANORAMA

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A consciência sensorial do Ser humano,que integra a unidade com o corpofísico, engana-o em dois sentidos: microe macro. Se ela fosse colocada ecircunscrita no espaço de uma célula, oseu corpo somático seria um infinito.Quando olhamos para o espaço que anossa sensorial visão descortina, vemosnebulosas, galáxias, estrelas, planetas,satélites, cometas, asteróides, etc...Aprisionada nossa percepção a umacélula do nosso corpo, veríamos outrostipos de células, que estruturam osvariados tecidos e orgãos de nossocorpo. Teríamos que usar algo como um“telescópio” para ver esse universocelular e fisiológico que é o nosso corpo.E nos parecia até um infinito. Imaginese ficássemos aprisionados aos limitesde um átomo, ou, menos ainda, de umelétron. Sem dúvida, para a multiplicidadede átomos que existem num corpo físico,este é um universo infinito.Mas, no sentido inverso, olhando nossoplaneta a partir da Lua, nenhum de nósexistiria. Do Sol, a Terra seria apenasum pontinho no horizonte. Entretanto, senos deslocássemos para algum planetaque orbita em torno da estrela Alfa doCentauro (que segundo a Astronomiasitua-se a 4,5 milhões de anos-luz denós, como estrela de primeiragrandeza), nosso Sol, que é de quintagrandeza, não seria visto. Alguém, queolhasse para o céu desse planeta deAlfa, não veria o nosso Sol, nem a Terra,nem a Lua. Portanto, conforme o ângulode observação , ou somos macro, ousomos micro. É bem verdade que, se aconsciência do Ser humano se deslocapara as percepções extrasensoriais, emespecial a clarividência, nossa noção dedimensões alterar-se-ia profundamente,principalmente em espaço e tempo, e

ausência de massa.

Como o assunto envolve o Ser humano,cito esse pensamento, que não é o meu,é de POPE, e diz mais ou menos assim:O estudo que convém à humanidade éo homem, colocado neste istmo deum estado intermediário, um Serobscuramente sábio e rudementegrande, com demasiado conhecimentopara o lado dos céticos, com demasiadafraqueza para o valor dos estóicos, eleoscila entre ambos, em dúvida se há deagir ou descansar, em dúvida de sejulgar um Deus ou uma fera, em dúvidase prefere seu corpo ou sua mente.Nasce só para morrer, e raciocina sópara errar...O estudo que convém à humanidade éo homem, único juiz da verdade, masque em infindáveis erros tropeça. É aglória, o ridículo e o enigma do mundo!

Não é de admirar pois, que o Serhumano, aqui na Terra, desejando tantofelicidade, se depare constantementecom contratempos, porque a felicidadeaqui, para um homem dessa natureza,acaba sendo apenas um ideal, não darazão, mas da sua imaginação, eassenta geralmente em basesempíricas; porque para o Ser humano, asua felicidade se depara constantementecom limitações.Às vezes queremos definir algo, masdefinir é dar um cerco ao assunto edificilmente alguma coisa aqui temlimite. Qual é o calor máximo, o frioameno, o mais gostoso; estamossempre oscilando...Como definir o maisgostoso? O menos gostoso? Paraavaliação de quem? Quem é que vai serjuiz disso? Então, temos que chegar aessa conclusão: que o Ser humano,

O HOMEM: UMA AVENTURA ENTRE INFINITOS

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ignorando-se a si mesmo em infinitosaspectos , raramente consegue umatrilha de felicidade.E para que possamos nos situar melhorem relação ao homem, essa aventuraentre infinitos, perguntamos: o que é avida? Quem é que sabe o que é a vida?Não!É muito difícil definir vida, assim comooutros princípios, principalmente Amor eDeus. E é exatamente pelo fato de nósnão podermos definir, dizer de umaforma absoluta e total, que essasalgumas coisas são infinitas. Mas issonão nos impede de darmos, às vezes,algumas idéias mais amplas sobreesses assuntos. Alguém, diante dapergunta: O que é a vida?, responde: - Avida é uma droga! Outras dizem: Não, avida é uma beleza! A vida é isso! A vidaé aquilo. Quando o indivíduo pensaestar definindo a vida, na realidade, estádefinido a vida que ele leva, poquedescreve só o que ele vive; não temcomo sair disso. Porém, podemos sairdo nosso egocentrismo de definir, epartir para um heliocentrismo.Eu digo sempre que o Ser humanopensa e fala, mas nem sempre a fala doSer humano corresponde à realidade,porque ele sabe: 1°. - mentir de acordocom as suas conveniências e 2°. -quando ele fala, exprime um ângulo devisão, o nível de evolução que atingiu; épor este motivo que as opiniões aqui naTerra, variam. Porque a humanidade éheterogênea, e daí saem conflitosgigantescos, pois cada um opina de umjeito muito particular.Portanto, a criatura na Terra, no planofísico, não conhece o seu corpo, e nema dimensão em que está situada.

Um outro aspecto sobre os infinitos, dizrespeito à origem do homem. Em

perguntas que fiz a Emmanuel, porintermédio da mediunidade de ChixoXavier e cujas respostas estão em meulivro Contos Que a Vida Conta (EditoraEME), ficou claro que nem tudo o Alémpode esclarecer.Isso escapa do alcance das nossasatuais percepções e conhecimentos.Olhemos para mais longe, sem apreocupação de ver o princípio e o fimdesses infinitos. Alguém já disse: “ Ohomem é o tudo diante do nada, e onada diante de tudo.”Quando, à noite, viajamos de carro poruma estrada, ligamos o farol alto, nãopara ver o destino que desejamosalcançar, mas para ver um poucomais longe, para podermos caminharcom mais segurança. Um dia, quando“o eu for mais tu, todos seremos nós”.Um dia, quando, conservando nossasindividualidades, deixarmos de ladonossas personalidades, veremos aindamais longe e, quem sabe, estabelecendosintonia com o Todo, possamos ter umaidéia ou imagem mais exata, maisprofunda, do príncipio e do fim, do microe do macro. Existem muitas coisas maispróximas de nós, que ignoramos, e obom-senso nos convida e orienta aconhecer, em nosso próprio benefício.Com as percepções sensoriais diantedo corpo físico vemos apenasembalagens. E, não raro, em beloenvoltório pode estar algo sem valor e,ao contrário, preciosidades podem estarenvolvidas em papel de jornal. Daí as“desilusões”, cujas vítimas colhemapenas os frutos das ilusões. Só sedesilude, quem se iludiu, pois a culpanão é do que ilude, mas do que fez deleuma imagem interior que nãocorresponde à realidade.Compareci a uma festa na ilha Fiji, noPacífico, onde estive de passagem, e

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observei algo que pode servir comoensinamento. Havia “morrido” um chefe.O cadáver estava sobre uma laje, esobre ele despejavam bebidas edançavam. Participei da festa. Lá eleslamentam os nascimentos, colocandotinta escura sobre o “recém-encarnado”.Se levarmos em conta que o corpocarnal também é de matéria, enquantoestamos nele, não estamos enterrados?Logo, na “desencarnação” há a libertação

do Espírito, e deve ser mesmo motivode festa. È o que espero que façamquando chegar a minha vez...Meuenterro, o de todos, deu-se no dia emque o espermatozóide de nosso paipenetrou no óvulo de nossa mãe, e nós,eu e você, que me está lendo,aproveitamos a oportunidade, e nossepultamos na terra carnal...

FONTE: Rodrigues, Henrique: UMA AVENTURA ENTREINFINITOS”, EME

“Ergue a esperança, ao pé dos que desfaleceram na luta. Exalta aexcelência do amor, perante aquêles que o ódio intoxica. Louvaas perspectivas da fé, ao lado dos que choram no desencanto.Aponta as qualidades nobres do amigo que caiu emdesvalimento. Destaca as possibilidades de auxiliar onde osoutros somente encontram motivos para censura. Desdobra otrabalho restaurador onde o pessimismo condena”.

Mensagens

“Qualquer estudo nobre é aquisição inapreciável, mas se moraestanque, na alma de quem aprende, assemelha-se a pãoescondido aos que choram de fome”.

“Ouvir, sim, os preceitos da Espiritualidade Superior, mas agir,segundo nos orientam, porque, se sabemos e não fazemos oque o bem nos ensina, melhor fôra não saber, para não sermostributados, com taxas de maior sofrimento, nas grades daculpa”.

“Mergulhar o divino dom da palavra no vaso lodoso da queixaé o mesmo que inflamar preciosa lâmpada no conteúdo da latade lixo. Não transformes a própria frase em lama sôbre chagasabertas”.

“Não te digas, pois inabilitado a contribuir na paz domundo. Se não admites o poder e o valor dos recursoschamados menores no engrandecimento da vida, faze umpalácio diante de vigorosa central elétrica e procura dotá-lode luz e fôrça sem a tomada”.

EMMANUEL

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JUVENTUDE

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DOMINIO DO MALNo livro " LIBERTAÇÃO" de AndréLuiz, p. 104, há a seguinte frase:"Subordinam-se-nos todos oshomens e mulheres afastados daevolução regular, e é forçosoreconhecer que semelhantesindividualidades se contam pormilhões". Eu pergunto: " Qual aexplicação do Espiritismo sobre essafrase?" CRISTIANO RICARDO ALVES- VERA CRUZ - SP)Nesse livro, "LIBERTAÇÃO", AndréLuiz, através da mediunidade deFrancisco Cândido Xavier mostra comodeterminados Espíritos perversos atuamno mundo espiritual, formandopoderosas organizações que exercemdomínio sobre encarnados e desencarnados.O personagem central desse relato éGregório - um Espírito revoltado eviolento, que se compraz em dominarpara satisfazer seu ímpeto doentio demaldade. O trecho, que você cita, fazparte de um discurso do próprioGregório, justificando suas atitudes efazendo apologia de sua própria força eatuação, em prejuízo daqueles quepretendem seguir o bom caminho.Gregório se refere, nesse trecho, àsmilhões de pessoas encarnadas na Terraque compartilham desse mesmopensamento. É com elas que ele procurase relacionar, porque nelas encontra boaacolhida. Há pessoas em que osentimento do bem, os ideais dafraternidade, da tolerância e daliberdade, ainda não encontramreceptividade. Elas são incapazes deentender uma boa ação, decompreender um gesto nobre ou deapoiar uma atitude elevada. São como oGregório - frustrados, contrariados emsuas ambições egoísticas; travam lutacontra o bem, exercendo seu poder com

intolerância e despotismo, como fazemdeterminados lideres políticos quetransformam seus governos em rios delágrimas e sangue. André Luiz pretende,com essa narrativa, mostrar que, apesarde termos caminhado muito, ao longodos séculos de civilização sobre a Terra,na busca de uma condição moral melhorpara a humanidade, ainda enfrentamosos resquícios do passado cruel e violentoem todos os meios. Um exemplo disso éo que vemos acontecer, tanto no seiodas comunidades - onde os crimeshediondos ainda acontecem comfreqüência - como também no âmbitodas relações internacionais, com aimposição do poder econômico sobre asnações pobres e do terrorismodevastador, fazendo vítimas com a fome,com os atentados e com a guerra.

EFEITOS DA PRECE" No caso de um ente querido quedesencarnou há 20 anos e que, hoje,já estaria encarnado de novo, comoficam as orações e as missas quefazemos para ele?" (VIRGINIAROSSINI - GARÇA - SP)A prece, quando proferida comsinceridade, não é mais que amanifestação de nosso mais purosentimento em relação à pessoa ouEspírito que queremos beneficiar.Quando oramos nesse sentido, segundoAndré Luiz, o que sai de nós são formas-pensamento, ondas de energiapsíquicas impregnadas de muito amor,de muito carinho e de um sentidoelevado de proteção, que vão favoreceraquele a quem amamos. Você podeperguntar: E como se dá essefavorecimento? Deus é o nossoreferencial maior, é o ponto mais alto danossa noção de Amor e Bondade, é oponto máximo de nosso sentimento, de

O JOVEM E SEUS PROBLEMAS

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onde partem as energias mais preciosasque podemos produzir pela mente.Assim, quando pedimos a Deus em favorde alguém, imediatamente nos ligamos aessa pessoa, onde ela estiver, eemitimos vibrações superiores queabrem espaço para que ela possa serfavorecida. O nosso próprio pensamentoa favorece, mas, com certeza, os Amigosda Espiritualidade intervêm para ajudá-la. É claro que essa ajuda não dependesó de nossa vontade, mas dascondições de receptividade que foremencontradas. Por isso uns recebem maisque outros. No caso de um Espírito, quejá reencarnou, ainda que o tenhamospor desencarnado, ele receberá damesma forma a nossa oração, porque aprece dirigida em favor de alguém temum destino definido e especial. Nãoimporta onde o Espírito esteja e em quecondições ele esteja. É o nossosentimento que se liga a ele e osentimento em relação a alguémespecial é um elo personalíssimo, quefunciona no sentido de beneficiar essadeterminada pessoa. O mecanismo detransmissão do pensamento não é muitosimples de entender, porque não vemoso pensamento e não sabemos como elese comporta dentro das leis da natureza.Mas o pensamento é alguma coisa dereal, de verdadeiro, que se transmite e,freqüentemente, nos atinge por viainconsciente, isto é, sem que opercebamos. Portanto, é fácil concluirque muitos dos Espíritos, para quemoramos atualmente - principalmente,familiares e parentes - possam estarreencarnados. Mas isso não impede queeles sejam beneficiados com as nossaspreces, mesmo porque na naturezanada se perde, tudo se aproveita,especialmente o pensamento. Daí aimportância da oração e daí tambémporque Jesus deu tanta importância à

qualidade de nosso sentimento quandooramos.

ESCOLHA FRUSTRADAÉ possível que um Espírito escolha,por exemplo, uma determinadaprofissão que vai exercer aqui e naTerra e que ele nasça numa famíliacom dificuldades que o impeçam deseguir essa profissão? Será que elevai ter consciência disso? O que devefazer, então?

Sempre há uma diferença entre aquiloque foi projetado antes da reencarnaçãoe o que o Espírito realmente vai fazer naTerra. Ele pode planejar uma coisa efazer outra por decisão própria. Mas elepode também planejar uma coisa, masquando aqui chega, não tem condiçõesde executá-la, embora se esforce muitopara isso. É o caso da profissão. Muitasvezes, a pessoa traz consigo uma forteaptidão para um campo de trabalho, masnão acha oportunidade de seguí-lo. Apessoa fica até frustrada e algumasacabam desgostosas da vida, porquenunca fez aquilo que queria. O fato deplanejar não assegura nada para oEspírito, assim como em nossa vida deencarnados. Muitas vezes, idealizamosum projeto com entusiasmo, achandoque ele será tudo para nós e qual não vaiser a nossa decepção, quando o projetonão é executado ou executado em parte,apesar de nossos esforços. Paciência!...Nem sempre conseguimos o quequeremos. Isso acontece em relaçãoaos encarnados e aos desencarnados;faz parte de nossa experiência. O planosignifica apenas que temos chances,mas não nos dá uma certeza absoluta.Nada é absolutamente certo nanatureza, a não ser Deus. De resto, oque vai interessar para o Espírito é a

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razão por que não conseguiu fazer o quequeria. Às vezes, porque planejou mal;de outras, porque faltaram empenho eboa vontade; de outras, ainda, porqueoutros o atrapalharam. De qualquerforma, seja por uma causa ou por outra,o que interessa ao Espírito é que eleaprenda com a frustração. Às vezes,uma frustração funciona mais do que asatisfação de um sonho realizado. CadaEspírito precisa aprender sempre mais eo maior aprendizado surge, justamente,nas ocasiões difíceis, porque, via deregra, a dor ensina com mais eficáciaque o prazer.

EVOLUÇÃO DOS ESPÍRITASQuando uma pessoa aceita oEspiritismo é sinal de que ela estáespiritualmente mais evoluída do queaquelas pessoas que ainda nãoconseguiram compreender a DoutrinaEspírita?Não, absolutamente. Não devemosestabelecer essa relação. Seria muitapretensão de nossa parte, e oEspiritismo não aceita isso. O fato deuma pessoa aceitar os princípios daDoutrina Espírita quer dizer que elaconcorda com esses princípios e nelesvê uma possibilidade de elevaçãoespiritual. Significa apenas e tãosomente que ela chegou a esseentendimento, que despertou suaconsciência para os benefícios que oEspiritismo lhe pode conferir. Mas, deforma nenhuma, quer dizer que ela éespiritualmente superior àquela queainda não aceita o Espiritismo e que, porvezes, o nega peremptoriamente. Seassim fosse, todos os espíritas estariamnuma condição moral superior aos quenão professam a doutrina, o que não éverdade. Uma coisa é o entendimento, éa compreensão intelectual de uma coisa;

outra é colocá-la em prática. Há doistipos de virtudes, já dizia Aristóteles naGrécia Antiga. Uma é a virtudeintelectual - o saber; outra é a virtudemoral - o colocar em prática aquilo quesabe. É possível que a pessoa tenhauma virtude e não tenha a outra. Hápessoas, por exemplo, que não têmreligião alguma, que se dizem ateus eque, no entanto, são modelos de virtudesmorais, são honestas, respeitosas,amigas e solidárias. Esses valores, comcerteza, elas os conquistou através desuas experiências reencarnatórias. Eles jáestão incorporados em suas personalidades,ou seja, fazem parte delas, mas nãoestão necessariamente ligadas a algumareligião. Já tivemos homens de elevadaconduta moral, na História daHumanidade, que não eram religiosos e játivemos pessoas religiosas extremamentecomprometidas com as mais vis viciaçõesmorais. Portanto, a virtude do Espiritismonão é necessariamente a virtude doespírita. O Espiritismo nos oferece umapossibilidade imensa de compreensãoda vida e de mudança. Retomando osprincípios morais ensinados por Jesus,ele nos lembra, a cada instante, que anossa felicidade depende daquilo quefizermos da vida e que, portanto, só aprática do bem nos levará à conquista dapaz e do amor. No entanto, compete acada espírita - a cada um de nós,portanto - se esforçar nesse sentido.Kardec, em O LIVRO DOS MÉDIUNS,no capítulo sobre O MÉTODO, faz umaclassificação dos espíritas, conformesuas observações naquela época e,entre os espíritas, ele coloca os espíritasimperfeitos, aqueles que admiram ateoria que o Espiritismo ensina, mas nãoa aplicam na condução de sua própriavida, ou seja, não se preocupam com oseu próprio desenvolvimento moral.

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A ciência equilibrada e honesta e ascriaturas de bom senso, vêm lançandoveemente brado de alerta contra oalarmante e indesejável vício denarcóticos entre os jovens. Além decausar danosos prejuízos nos tecidosorgânicos, conduz os indivíduosinvigilantes e destituídos de experiênciaao suicídio lento. Isso se processa aosprimeiros contatos com os agentesquímicos disseminados pela rota ilegaldo contrabando, por via dos indivíduosinescrupulosos que não têm a mínimaconsideração com seus semelhantes erespeito pela vida do próximo.A indústria da morte lenta por meio damaconha, da cocaína, da morfina edemais produtos alucinógenos exercetanto poder na mente dos jovens deestrutura moral e espiritual enfraquecidaque, sem que eles percebam, vai elaabastecendo o mercado proibido comos pós e pílulas da degenerescência,criando sérios problemas para asociedade, para a família e para oshomens de governo.Por isso, perguntamos: - Como evitar otráfico dos agentes poluidores emortíferos dos narcóticos de todanatureza, a fim de que a juventude nãoseja alvo fácil de seus tentáculosenvolventes?Uma das respostas acaba de noschegar às mãos por generosidade deuma leitora residente em Rio Vermelho(Minas Gerais). Ei-la:São dez os pontos importantes queevidenciam anormalidades a serempesquisadas nos jovens. Taisobservações foram transcritas darevista “AURORA”, nº 03/80, sob otítulo: COMO NÃO DEIXAR QUENOSSO FILHO SEJA “ADOTADO”

POR UM TRAFICANTE DE TÓXICO.1º - Mudança brusca na conduta doadolescente;2º - Uma insônia rebelde que elecomeça a apresentar;3º - Irritabilidade sem motivo (quedenota uma explosão nervosainconveniente);4º - Uma inquietação motora que façacom que o jovem não tenha paciênciapara acompanhar seus familiares nashoras das refeições... (impaciência,inquietação, irritabilidade, agressividadee violência nas atitudes);5º - Depressões e angústia semmotivos reais;6º - O jovem vem fazendo um bom ouregular currículo escolar e, de repente,sem qualquer explicação, cai oaproveitamento na escola ou, o que épior, desiste de estudar;7º - O adolescente se recusa a sair deseus aposentos, evitando qualquercontato com amigos e familiares,isolando-se de tudo e de todos,mudando de hábitos, passando adormir de dia e ficando acordado denoite, ouvindo seus discos com omáximo de volume, não sepreocupando com os ouvidos dosoutros. Com cuidado, nota-se em seuquarto a presença de seringas,comprimidos e cigarros estranhosentre seus pertences;8º - Disposição para enganar sempreaos parentes, amigos e outras pessoasque não existe nada de anormal... quetudo vai bem, etc.9º - Observação freqüente dacompanhia com que está andando ojovem que, na maioria das vezes sãoos indutores do adolescente ao redutopernicioso e nefasto do vício e,

TÓXICO: PROBLEMAS DO SÉCULOAdésio Alves Machado

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conseqüentemente, do crime.10º - Desaparecimento de dinheiro queleva ao traficante.Como é fácil de verificar-se através doexposto acima, é dever de toda criaturade bem dar combate sistemático (semcerceamento e nem violência) aotráfico dos narcóticos, a fim de queseja - senão erradicado definitivamentedo meio da juventude - ao menosminimizado esse fator desintegrante dapersonalidade humana. Entre asreligiões que cuidam desse grandeproblema a ser realizado, a DoutrinaEspírtita estribada no Evangelho doCristo - vêm prestando a suaesclarecida colaboração, através doBom Combate, procurando dessemodo orientar os pais e as pessoas

interessadas como agir por via dosrecursos da comunicação, do diálogo edos sagrados direitos da mais puramoral Cristã, no sentido de evitarmales maiores e até mesmoirreversíveis entre os jovens.Louvemos, portanto, as criaturas debem ao lançarem o brado de alerta,principalmente entre a juventudedesvairada de hoje, ao apontar-lhe ailuminada estrada do bem e documprimento do dever, dentro dorespeito a si próprio e dos que com elaconvivem, entrelaçados pela esperançada convivência num modo que tantoslazeres e beleza nos proporciona, forado âmbito denegrido do vício e docrime!

FONTE: Autores Diversos, REFLEXO DAS ATITUDES, EME

“Recorda que a segurança, dos aparelhos mais delicadosdepende, quase sempre, de parafusos pequeninos ou junturasinexcedívelmente singelas. Não haverá tranqüilidade no mundo,sem que as nações pratiquem a tolerância e a fraternidade. E sea nação é conjunto de cidades, a cidade é um agrupamento delares, tanto quanto o lar é um ninho de corações. A harmonia davida começará, dêsse modo, no íntimo de nossas almas ou tôdaharmonia aparente na paisagem humana será sempre simplesjogo de inércia. Comecemos, pois, a sublime edificação noâmago de nós mesmos”.

Mensagens

“Lideramos reclamações contra o estridor de buzinas na viapública e não nos pejamos das maneiras violentas com queabalamos os nervos de quem nos ouve”.

EMMANUEL

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Contou-nos José Jorge, grande amigo eexcelente médium de efeitos físicos,atualmente residindo na cidade de SãoJosé do Rio Preto - SP, que, certa vez, jáalta madrugada, estava na fila paracumprimentar Chico Xavier, ainda naantiga Comunhão Espírita-Cristã, aqui, emUberaba. Cansado e sonolento, JoséJorge se impacientava, aguardando ocontato com o médium, o qual, comosempre, não revelava a menor pressa noatendimento aos que o procuravam. A filaparecia não andar,e o visitante, bocejandoseguidamente, começara a ter estranhospensamentos... De pé, à ponta da mesa,onde recebia os cumprimentos, ao fim dareunião, ele dialogava com os necessitadosde uma palavra de conforto e orientação,Chico se mantinha impertubável, de vezem quando percorrendo com o olhar apequena multidão que se aglomerava norecinto, da qual o companheiro que nosreferimos se destacava dos demais pelaelevada altura.Eram já quase 2 horas da madrugada, eJosé Jorge, que não se animava a irembora, após ter consultado pela enésimavez o relógio, formulou, contrariado, umpensamento mau: - “O Chico está gordo!...E, sorrindo desse jeito, está parecendo umsapo...”Decorridos mais uns 30 minutos deespera, nosso confrade estava,finalmente, diante do Chico,. Comosucede com todos quantos dele seaproximam, José Jorge, esquecido osono, desmanchava-se em gentilezas,apertando-lhe a mão com alegria:- “Chico amigo, como é que você está?!”Continuando a sorrir com o hábito de levara mão à boca, tendo entre os dedos ainseparável esferográfica, Chico respondeu:- “Gordo, meu filho, gordo e parecendo umsapo... Mas estou bem, graças a Deus!”Desnecessário dizer que, apesar doestremo cansaço, naquela madrugada,

José Jorge, já em casa, não conseguiudormir... E quem, neste caso, oconseguiria?!

Nosso irmão Pedro Garcia, que todoschamamos carinhosamente Tio Pedro, éum dos mais assíduos colaboradores deChico no Grupo Espírita da Prece. Certavez, na fila dos cumprimentos, o médiumrecebera de um visitante daquela noiteuma caixa contendo potinhos daconhecida Pomada “Vovô Pedro”,ungüento cuja fómula espiritual devemosà mediunidade do inesquecível JoãoNunes Maia, atuante que era em BeloHorizonte.- “Pedro - pediu-lhe Chico, enquantoatendia as pessoas -, guarde esta caixapara nós... No final da reunião, você,por favor, não me deixe esquecer delevá-la.”Ora, periodicamente, o Tio Pedro visita,em Uberaba, nossos irmãos presidiários;dentre as coisas que lhes leva, está aafamada pomada, cujo uso é indicadopara qualquer espécie de úlcera oumachucadura, inclusive revelando-seexcelente no tratamento de certasinfecções internas. Naqueles dias, noentanto, seu estoque do ünguento estavazerado e ele pensou:- “O Chico bem que podia me dar umpouco desta pomada...”Pensou e... não ficou só nisso, porque, aolado de Chico Xavier, não se pensa àtoa... Então, passados uns 15 minutos, aum breve intervalo que se fez na fila, omédium virou-se para o Tio Pedro e disse:- “Pedro, quando chegarmos em casa,você tira a metade da pomada paramim e fica com a outra metade para asua tarefa junto aos presos...”O bom Tio Pedro, que não fuma, mas temo pigarro dos ex-fumantes, pigarreou maisalto que de costume e nada pôde dizer, oumelhor, nada mais pensou...

As lições de Chico Xavier

(Extraído de “CHICO XAVIER: O APÓSTOLO DA FÉ” de Carlos A. Baccelli, ed. DIDIER)

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