CAPACIDADE ANTIOXIDANTE TOTAL DO PLASMA: … · sem muito conhecimento da minha vivência...

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE MESTRADO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE JAMILLE OLIVEIRA COSTA CAPACIDADE ANTIOXIDANTE TOTAL DO PLASMA: ASSOCIAÇÕES COM COMPONENTES DO RISCO CARDIOMETABÓLICO E CONSUMO ALIMENTAR EM JOVENS NÃO OBESOS E CLINICAMENTE SAUDÁVEIS ARACAJU 2015

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE

PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE

MESTRADO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE

JAMILLE OLIVEIRA COSTA

CAPACIDADE ANTIOXIDANTE TOTAL DO PLASMA:

ASSOCIAÇÕES COM COMPONENTES DO RISCO

CARDIOMETABÓLICO E CONSUMO ALIMENTAR EM JOVENS

NÃO OBESOS E CLINICAMENTE SAUDÁVEIS

ARACAJU

2015

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JAMILLE OLIVEIRA COSTA

CAPACIDADE ANTIOXIDANTE TOTAL DO PLASMA:

ASSOCIAÇÕES COM COMPONENTES DO RISCO

CARDIOMETABÓLICO E CONSUMO ALIMENTAR EM JOVENS

NÃO OBESOS E CLINICAMENTE SAUDÁVEIS

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-

Graduação em Ciências da Saúde da Universidade

Federal de Sergipe como requisito para obtenção do

grau de Mestre em Ciências da Saúde.

ARACAJU

2015

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JAMILLE OLIVEIRA COSTA

CAPACIDADE ANTIOXIDANTE TOTAL DO PLASMA: ASSOCIAÇÕES COM

COMPONENTES DO RISCO CARDIOMETABÓLICO E CONSUMO ALIMENTAR

EM JOVENS NÃO OBESOS E CLINICAMENTE SAUDÁVEIS

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-

Graduação em Ciências da Saúde da Universidade

Federal de Sergipe como requisito para obtenção do

grau de Mestre em Ciências da Saúde.

Data da aprovação: ______________________________________________

______________________________________________________________

Profª. Drª. Kiriaque Barra Ferreira Barbosa (Orientadora)

Universidade Federal de Sergipe

______________________________________________________________

Profª. Drª. Danielle Goes da Sílva (Examinador I)

______________________________________________________________

Profª. Drª.Amélia Ribeiro de Jesus (Examinador II)

PARECER

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

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___________________________________________________________________________

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À todos que compartilharam das alegrias

e dos trabalhos proporcionado nesses

dois anos e assim contribuíram com mais

uma vitória na minha vida.

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AGRADECIMENTOS

Agradecer, oba, oba, obaê...

Hoje finalizo mais uma etapa da minha vida. Serei mestre em Ciências da Saúde pela

Universidade Federal de Sergipe. Que a lembrança dos nomes de vocês expresse o meu

sincero e profundo muito obrigada por tornar possível este sonho.

“Deus é o dono de tudo. Devo a Ele a oportunidade que tive de chegar aonde cheguei. Muitas

pessoas têm essa capacidade, mas não têm essa oportunidade. Ele a deu para mim, não sei por

quê. Sei que não posso desperdiçá-la.”

Ayrton Senna

E não desperdicei. Agradeço à Deus por me iluminar, encorajar, dar sabedoria e

discernimento durante toda a minha caminhada, sempre mostrando que sou capaz de ir além.

Por Ele me colocar no lugar e na hora certa para dar largada desta realização profissional. E

por colocar pessoas certas que garantiram o sucesso deste trabalho.

Aos meus pais, irmão e familiares por sempre acreditarem e apoiarem minhas decisões,

sempre dizendo que sou capaz de ir além. Por sempre escutar minhas reclamações de cansaço,

dividir minhas preocupações e minhas alegrias. Vocês são meu porto seguro. Ao meu

namorado Weslley que também dividiu esses momentos e com sua compreensão me ajudou

nessa vitória.

À Prof.ª Dr.ª Kiriaque, por toda amizade, confiança, carinho, dedicação, orientação e

conforto durante esses dois anos de trabalho. Um Ser incrível que acreditou no meu potencial

sem muito conhecimento da minha vivência acadêmica. O sim para participar da minha banca

de TCC e o nascimento de uma grande parceria, pois realmente você foi parceira no

desenvolvimento desta pesquisa.

À minha eterna mestra e hoje amiga Profª Dr.ª Raquel Simões por sempre incentivar o

caminho da docência e as raqueles (Bruna, Diva, Dayanne) pelo exemplo a ser seguido e

apoio dado durante a pesquisa.

Aos meus amigos Cecília, Natanael e Gleiciane que compartilharam os dias de coletas,

tabulação e análises dos dados. À Juciene por nos auxiliar nas coletas de sangue, dedicando

um tempo da sua pesquisa. À Luana Celina por nos auxiliar no ensaio tão temido, rsrsrs. Suas

mãos, concentração e dedicação foram responsáveis pelo grande sucesso.

Às amigas Gizelle (desde a infância) e Christiane por dividirem os dias de aula, os trabalhos,

seminários, dificuldades e conquistas. Por escutarem e compartilharem as dificuldades

especificas de cada uma. As aulas não seriam as mesmas sem vocês.

Às minhas amigas “Nutrilindas”, grande presente da graduação pelo carinho, confiança e

pelos momentos de diversões.

Ao Laboratório de Biologia Molecular por possibilitar a realização das análises bioquímicas.

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À Faculdade Estácio de Sergipe, em nome da coordenadora do curso de nutrição Carla

Bamberg, por permitir o desenvolvimento da pesquisa na instituição. E aos docentes amigos

da nutrição que também incentivaram a obtenção deste título.

À Lusimary, Taynnara e Eronildes que sempre ouviram minhas reclamações, suportaram meu

estresse e proporcionaram grandes risadas. Vocês foram fundamentais na união dos meus

objetivos e fazem parte dessa vitória.

Aos professores que aceitaram compor a banca avaliadora deste trabalho.

Aos voluntários desta pesquisa que seguiram todas as recomendações para realização das

coletas de dados e estivem prontamente no horário marcado tornando possível a realização do

trabalho.

“Quando penso que cheguei ao meu limite, descubro que tenho forças para ir além”.

Ayrton Senna

Então que venha o doutorado .

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RESUMO

CAPACIDADE ANTIOXIDANTE TOTAL DO PLASMA: ASSOCIAÇÕES COM

COMPONENTES DO RISCO CARDIOMETABÓLICO E CONSUMO ALIMENTAR

EM JOVENS NÃO OBESOS E CLINICAMENTE SAUDÁVEIS. JAMILLE

OLIVEIRA COSTA, ARACAJU/SE, 2015.

Os biomarcadores oxidativos desempenham importante papel na gênese de processos

relacionados ao risco cardiometabólico. O presente estudo teve como objetivo investigar, em

indivíduos jovens, não obesos e clinicamente saudáveis, a capacidade antioxidante total do

plasma e suas associações com os parâmetros antropométricos, de composição corporal,

clínicos, bioquímicos e dietéticos, relacionados ao risco cardiometabólico. Foram avaliados

indivíduos com idade entre 18 e 25 anos, de duas instituições de ensino de nível superior do

estado de Sergipe. Os parâmetros antropométricos e de composição corporal foram aferidos

mediante técnicas, previamente padronizadas e descritas na literatura. Esfigmomanômetro

mecânico de coluna de mercúrio foi utilizado para a aferição da pressão arterial sistólica e

diastólica. Após jejum de 12 horas, mediante punção venosa, foram coletadas amostras de

sangue, separadas em soro e plasma e acondicionadas a -80°C As concentrações séricas de

glicose, colesterol total, lipoproteína de alta densidade, triacilgliceróis e capacidade

antioxidante total do plasma foram analisadas por ensaios colorimétricos ou turbidimétricos.

A ingestão dietética diária foi estimada mediante aplicação de questionário de frequência

alimentar semi-quantitativo. As comparações entre grupos, categorizados pelo percentil 25 da

capacidade antioxidante total do plasma, foram realizadas utilizando o teste de U-Mann-

Whitney. Foi utilizado o teste de Spearman para rastrear as correlações existentes entre a

capacidade antioxidante total do plasma e as demais variáveis estudadas. O intervalo de

confiança foi de 95% e o nível de significância estatística de 5%. Participaram do estudo 139

indivíduos com idade média de 21,4 ± 1,9 anos, sendo 77% pertencente ao sexo feminino.

Não houve diferença estatística entre os grupos estabelecidos pelo valor do percentil 25

(2,635 mM) da distribuição da CAT. Quanto aos componentes do risco cardiometabólico

quase 25% da amostra apresentou mais de um componente, 7,9% mais de dois e 0,7% mais de

três, sendo o mais prevalente o HDL-colesterol reduzido (15%). O valor de CAT não diferiu

entre os grupos para os componentes do risco cardiometabólico. A CAT do plasma se

correlacionou positivamente com as variáveis PCSI (r=0,15, p=0,04) e glicemia de jejum

(r=0,15, p=0,03) e negativamente com a PAS (-0,18, p=0,01). Tratando-se de indivíduos

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jovens, não obesos e clinicamente saudáveis, diferente do que ocorre em populações com

doenças já instaladas, a CAT não foi capaz de predizer os componentes do risco

cardiometabólico, possivelmente, em razão da instauração do mecanismo compensatório

atuante em condições fisiológicas.

Descritores: Antioxidantes; DCV; EO, Risco Cardiometabólico

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ABSTRACT

TOTAL ANTIOXIDANT CAPACITY OF PLASMA: POSSIBLE ASSOCIATION

WITH CARDIOMETABOLIC RISK COMPONENTS AND FOOD CONSUMPTION

IN HEALTHY, NON-OBESE YOUNG ADULTS. JAMILLE OLIVEIRA COSTA,

ARACAJU, 2015.

The oxidative biomarkers play an important role in the genesis of cardiometabolic risk related

processes. This study aimed to investigate in clinically healthy young non-obese subjects, the

total antioxidant capacity of plasma and its possible associations with anthropometric, body

composition, clinical, biochemical and dietary related to cardiometabolic risk. This study

evaluated individuals between the ages of 18 and 25 y, of two college of the state of Sergipe.

Anthropometric parameters and body composition were measured using standardized

techniques and previously described in the literature. Mechanical sphygmomanometer

mercury column was used for the measurement of systolic and diastolic pressure. After

fasting for 12 hours, by venipuncture, blood samples were collected to make biochemical

parameters analysis and plasma antioxidant capacity. The samples (serum and plasma) were

conditioned at -80°C until assay. Serum glucose, total cholesterol, high density lipoprotein,

triglycerides and total antioxidant capacity plasma was evaluated by colorimetric or

turbidimetric assays. The daily dietary intake was assessed by food frequency questionnaire

semi-quantitative. Comparisons between groups categorized by the 25th percentile of total

antioxidant capacity plasma were performed using the Mann-Whitney- U test for numerical

variables. The Spearman correlation were used to track the between total antioxidant capacity

plasma and other variables. The results were presented as mean ± SD or absolute frequency

and relative. The confidence interval was 95% and the level of statistical significance of 5%.

The study included 139 subjects with a mean age of 21,4 ± 1,9 years, with 77% belonging to

the female sex. There was no statistical difference between the groups established by

percentile value 25th (2,635 mM) of the distribution of CAT using established groups.

Regarding the components of cardiometabolic risk almost 25% of the sample had more than

one component, 7.9% over two and 0.7% more than three, the most prevalent being reduced

HDL cholesterol (15%). The value of CAT did not differ between the groups for the

components of cardiometabolic risk. With regard to nutrient intake, individuals showed

higher CAT less of trans fat consumption values, vitamin D, iodine and zinc. Inadequacies in

energy intake, saturated fat, fiber, and vitamin D were substantial though not significant.

There was no statistical difference to the daily dietary intake of any food groups according to

the categorization of CAT. The CAT plasma was positively correlated with the PCSI

variables (r =0,15, p =0,04) and glucose (r = 0,15, p = 0,03) and negatively with SBP (-0,18, p

= 0,01). In the case of young people, non-obese and clinically healthy, unlike what occurs in

people with diseases already installed the CAT was unable to predict the components of

cardiometabolic risk, possibly because of the introduction of active compensatory mechanism

in physiological conditions.

Key-words:Antioxidants; Cardiovascular diseases; Oxidative stress; cardiometabolic risk.

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LISTA DE QUADROS, FIGURAS E TABELAS

Quadro 1. Classificação e nomenclatura das espécies reativas de oxigênio e nitrogênio.......18

Quadro 2. Ações e mecanismos dos antioxidantes.................................................................20

Quadro 3. Critérios de diagnóstico da Síndrome Metabólica por diferentes entidades..........28

Quadro 4. Critérios de diagnóstico dos componentes do RCM..............................................37

Figura 1. Fluxograma do delineamento do estudo..................................................................35

Tabela 1: Características demográficas, antropométricas, clínicas e bioquímicas (X ± DP) de

adultos jovens, não obesos e clinicamente saudáveis, categorizados pelo percentil 25 (2.635

mM) da Capacidade Antioxidante Total do Plasma (CAT)...….......…………………………39

Tabela 2: Componentes do Risco Cardiometabólico [n(%)] entre adultos jovens, não obesos e

clinicamente saudáveis, categorizados pelo percentil 25 (2.635 mM) da Capacidade

Antioxidante Total do Plasma (CAT)......………………………………….............................40

Tabela 3: Ingestão dietética diária de adultos jovens, não obesos e clinicamente saudáveis,

categorizados pelo percentil 25 (2.635 mM) da Capacidade Antioxidante Total do Plasma

(CAT). ...........………………………………………………………………...........................41

Tabela 4: Inadequação energética, de consumo alimentar e variáveis de estilo de vida [n(%)]

entre adultos jovens, não obesos e clinicamente saudáveis, categorizados pelo percentil 25

(2.635 mM) da Capacidade Antioxidante Total do Plasma (CAT)..........................................42

Tabela 5: Ingestão dietética diária de acordo com grupos alimentares de adultos jovens, não

obesos e clinicamente saudáveis, categorizados pelo percentil 25 (2.635 mM) da Capacidade

Antioxidante Total do Plasma (CAT).......................................................................................43

Tabela 6: Associação (coeficiente de correlação de Spearman:r) entre a CAT (mM) e os

parâmetros demográficos, antropométricos e bioquímicos adultos jovens não obesos

clinicamente saudáveis............................................................................................................43

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

8-isoPGF2α 8-isoprostagladin F2α

8-OHdG 8-Hidroxyl-2’-deoxyguanosine

ABTS 2,,2’-Azino-di-[3-ethylbenzthiazoline sulphonate

ABTS+

2,,2’-Azino-di-[3-ethylbenzthiazoline sulphonate oxidado

ADA Associação Americana de Diabetes

AGL Ácido graxos livres

ATP Adenosina Trifosfato

CAT Capacidade Antioxidante total

CAt Catalase

CC Circunferência da Cintura

CELAFISCS Centro de Estudos do Laboratório de Aptidão Física de São Caetano

do Sul.

DAC Doença arterial coronarianas

DASH Dietary Approaches to Stop Hypertension

DCNT Doenças Crônicas Não Transmissíveis

DCV Doença Cardiovascular

DM Diabetes Melitus

DMED Dieta do mediterrâneo

DNA Ácido desoxirribonucleico

EAR Necessidade Média Estimada

EDTA Ethylene-diaminetetra-acetic-acid

EO Estresse Oxidativo

ERO’s Espécies reativas de oxigênio

ERON’s Espécies reativas de óxidos de nitrogênio

FRAP Ferric reducing ability of plasma

GPx Glutationa peroxidase

GSH Glutationa reduzida

H2O2 Peróxido de hidrogênio

HDL-c Lipoproteína de alta densidade

HEI Health Eating Index

IDF Federação Internacional de Diabetes

IHME

IL-6 Interleucina 6

IMC Índice de Massa Corporal

IPAQ Questionário Internacional de Atividade Física

LDL-c Lipoproteína de baixa densidade

LDL-ox Lipoproteína de baixa densidade oxidada

MDA Malondialdeído

MG Massa gorda

MLG Massa livre de gordura

NADH Nicotinamida adenina dinucleótido

NADPH Nicotinamida adenina dinucleótido fosfato

NCEP-ATP III National Cholesterol Education Program´s Adult Treatment Panel III.

NEE Necessidade Energética Estimada

O2•

Superóxido

OH•

Hidroxila

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ORAC Oxygen radical absorbance capacity

PAD Pressão arterial diastólica

PAS Pressão arterial sistólica

PCB Prega cutânea bicipital

PCR Proteína C reativa

PCSE Prega cutânea subescapular

PCSI Prega cutânea supre-ilíaca

PCT Prega cutânea tricipital

PTP’s protein-tyrosine phosphatase

QFA Questionário de frequência alimentar

RCM Risco Cardiometabólico

RCQ Relação cintura-quadril

RL Radical Livre

SERBP-1C Sterol regulatory element-binding transcription factor 1C

SM Síndrome Metabólica

SOD Superoxido dismutase

TAC Total antioxidant capacity

TAS Total antioxidant status

TBARS Substâncias reativas do ácido tiobarbitúrico

TEAC Trolox equivalente antioxidant capacity

TNF-α Fator de necrose tumoral

WHO/OMS Word Health Organization/Organização Mundial de Saúde

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 15

2 OBJETIVOS .......................................................................................................................... 17

2.1 Geral ............................................................................................................................... 17

2.2 Específicos ..................................................................................................................... 17

3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA .............................................................................................. 18

3.1 Estresse Oxidativo ......................................................................................................... 18

3.1.1 Biomarcadores do EO ................................................................................................. 21

3.1.2 Fatores Modulatórios do EO ....................................................................................... 22

3.1.2.1 Consumo Alimentar .......................................................................................... 22

3.1.2.1.1 Vitaminas e Minerais ................................................................................. 23 3.1.2.1.2 Fitoquímicos .............................................................................................. 23 3.1.2.1.3 Padrões dietéticos ...................................................................................... 24

3.1.2.2 Atividade física, tabagismo e alcoolismo ......................................................... 26

3.1.3 Estresse Oxidativo e Risco Cardiometabólico ............................................................ 27

3.1.3.1 Componentes do RCM ..................................................................................... 27

3.1.3.2 Relação entre EO e RCM ................................................................................. 29

3.1.4 O papel dos componentes do RCM no desenvolvimento das DCNT’s ...................... 30

4 CASUÍSTICA E MÉTODOS ................................................................................................ 34

4.1 Desenho, período e local do estudo ............................................................................... 34

4.2 População e critérios de elegibilidade ........................................................................... 34

4.3 Perda de seguimento ...................................................................................................... 35

4.4 Parâmetros antropométricos e de composição corporal ................................................ 35

4.5 Pressão arterial ............................................................................................................... 36

4.6 Análise de amostras biológicas ...................................................................................... 36

4.7 Componentes do RCM ................................................................................................... 37

4.8 Consumo Alimentar e Variáveis de Estilo de Vida ....................................................... 37

4.9 Análise estatística .......................................................................................................... 38

5 RESULTADOS ..................................................................................................................... 39

6 DISCUSSÃO ......................................................................................................................... 44

7 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................................ 50

APÊNDICE A - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO ................... 70

APÊNDICE B - QUESTIONÁRIO DE FREQUÊNCIA ALIMENTAR ................................ 71

APÊNDICE C - QUESTIONÁRIO DE ESTILO DE VIDA ................................................... 76

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1 INTRODUÇÃO

O desequilíbrio entre os sistemas oxidantes e antioxidantes em favor dos primeiros, o

estresse oxidativo (EO), tem sido considerado ponto chave na patogênese dos componentes do

Risco Cardiometabólico (RCM) (SCHIFFRIN, 2008; WADSWORTH, 2008; DAI et al.,

2009; BARBOSA et al., 2010; CHENG et al, 2010; GOTTLIEB et al, 2010 e 2011;

ARANDA et al., 2013).

Marcado pela presença de alguns componentes como hipertensão arterial sistêmica,

hiperglicemia, obesidade abdominal e alterações do perfil lipídico como elevação dos

triglicérides e redução do HDL-c (IDF, 2005; LEITER, 2011), o termo RCM tem sido

utilizado, ultimamente, em substituição a Síndrome Metabólica (SM) devido as fragilidades

do conceito desta síndrome na literatura científica. Para garantir uma melhor compreensão e

manejo clínico dos riscos cardiovasculares e metabólicos estes devem ser considerados,

analisados e tratados de forma individual, ao contrário do estabelecido pela SM (KAHN et al.,

2005; LEITER, 2011; REAVEN, 2011; SAAD, 2011).

A Capacidade Antioxidante Total do plasma (CAT) é um importante biomarcador do

EO por expressar a ação sinergética entre os vários compostos antioxidantes presentes na

amostra (CREWS et al. 2000; KAMPA et al. 2002; BLAUZ, et al. 2008). Estudos têm

demonstrado menores níveis de CAT em indivíduos com componentes do RCM e Doenças

Crônicas não Transmissíveis (DCNT) já instalados (VENTURINI et al. 2012; GAWRON-

SKARBEK et al. 2014; OKUBO et al., 2014). Nestes indivíduos os compostos antioxidantes

são encontrados em menores proporções quando comparados aos produtos oriundos das

reações oxidantes, e logo, apresentam CAT reduzida (ARMUTCU et al., 2008; WHITING et

al., 2008; ANTUNES NETO e DE PAULA, 2011; VASCONCELOS et al., 2011; KAEFER

et al. 2012; HAN et al., 2013).

A relação entre o EO e o RCM tem sido atribuída a produção intensa de Espécies

Reativas de Oxigênio (ERO’s) decorrentes das alterações metabólicas associadas à instalação

dos componentes do RCM como adiposidade visceral e resistência à insulina (HABER et al.,

2001; URAKAWA et al., 2003; CHIARUGI, 2005; PARK et al., 2006; BEDARD e

KRAUSE, 2007; NDISANG et al, 2009; D’ARCHIVIO et al., 2012).

A presença de componentes do RCM em indivíduos com DCNT’s é previsível e,

suficientemente, descrita na literatura, uma vez que estes componentes são fatores,

comprovadamente, predisponentes das DCNT’s (FERDINAND et al, 2014;

MIRRAKHIMOV et al, 2014; PINHO et al, 2014). Do mesmo modo que condições como o

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EO e inflamação vem sendo associados ao RCM e DCNT (DRÖGE et al., 2002; NDISANG

et al, 2009; D’ARCHIVIO et al. 2012). Porém, estudos sobre a frequência dos componentes

do RCM, no Brasil, em populações sadias e com dados representativos, ainda são

insuficientes.

Dessa forma, a associação da CAT com indicadores do desenvolvimento de alterações

metabólicas como os parâmetros antropométricos e de composição corporal, bioquímicos,

clínicos e dietéticos, componentes do RCM, em indivíduos clinicamente saudáveis e não

obesos não se encontra estabelecida na literatura científica. Assim, avaliar a presença desses

componentes, bem como, de seus fatores predisponentes, em jovens saudáveis pode ser uma

medida preventiva ao surgimento de DCNT’s. Alterações dos componentes para o RCM

nesses indivíduos ainda são passíveis de intervenção no sentido de evitar os desfechos

clínicos das doenças, tais como aumento da prevalência da mortalidade prematura, suas

complicações e custos sociais e econômicos (ANDERSON & TAYLOR, 2011; KASSI et al.,

2011).

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2 OBJETIVOS

2.1 Geral

Avaliar a associação existente entre a capacidade antioxidante total do plasma e

componentes do risco cardiometabólico e consumo alimentar em jovens, clinicamente

saudáveis e não obesos.

2.2 Específicos

Analisar a Capacidade Antioxidante Total do Plasma (CAT), um importante

biomarcador do estresse oxidativo, em indivíduos jovens, clinicamente saudáveis e

não obesos;

Avaliar a associação da CAT com os parâmetros antropométricos e de composição

corporal;

Identificar a presença de componentes do risco cardiometabólico em indivíduos

jovens, clinicamente saudáveis e não obesos;

Avaliar a associação da CAT com parâmetros clínicos e bioquímicos do risco

cardiometabólico;

Estimar a ingestão diária habitual de calorias e nutrientes e sua associação com a CAT;

Avaliar indicadores de estilo de vida (tabagismo e prática de atividade física) e sua

associação com o risco cardiometabólico.

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3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

3.1 Estresse Oxidativo

Processos contínuos e fisiológicos como produção de energia (ATP) por meio da

cadeia transportadora de elétrons, fertilização do óvulo, expressão gênica e ativação de

mecanismo de defesa durante o processo de infecção são realizados com a produção de

radicais livres (RL) e espécies reativas não radicais (Quadro 1) em proporções adequadas sem

causar danos oxidativos (FERREIRA e MATSUBARA, 1997; HALLIWELL e WHITEMAN,

2004; HICKS, TORRES-RAMOS e SIERRA-VARGAS et al., 2006). Na tentativa de limitar

os níveis intracelulares dessas espécies, e assim, controlar a ocorrência de danos decorrentes,

são desenvolvidos mecanismos de defesa antioxidante (SHAMI e MOREIRA, 2004).

Quadro 1. Classificação e nomenclatura das espécies reativas de oxigênio e nitrogênio

ESPÉCIES REATIVAS

RADICAIS LIVRES NÃO RADICAIS

ESPÉCIES REATIVAS DE OXIGÊNIO (ERO’s)

Superóxido (O2•) Peróxido de Hidrogênio (H2O2)

Hidroxila (OH•) Ácido Hipobromoso (HOBr)

Hidroperoxila (HO2•) Ácido hipocloroso (HOCl)

Peroxila (RO2•) Ozônio (O3)

Alcoxila (RO•) Oxigênio Singlet (1O2)

Carbonato (CO3•) Peróxidos Orgânicos (ROOH)

Dióxido de Carbono (CO2•) Peroxinitrito (ONOO)

Ácido Peroxinitroso (ONOOH)

ESPÉCIES REATIVAS DE ÓXIDOS DE NITROGÊNIO (ERON’s)

Óxido Nítrico (NO•) Ácido Nitroso (HNO2)

Dióxido de Nitrogênio (NO2•) Cátion Nitroxil (NO

+)

Anion Nitroxil (NO–)

Trióxido de Dinitrogênio (N2O3)

Tetróxido de Dinitrogênio (N2O4)

Peroxinitrito (ONOO)

Ácido Peroxinitroso (ONOOH)

Cátion Nitril (NO2+)

Peroxinitritos Alxil (ROONO)

Fonte: Barbosa et al., (2008).

O EO se instaura com o desequilíbrio entre a maior expressão de substâncias oxidantes

em detrimento das antioxidantes. As biomoléculas (principalmente lipídeos, proteínas e DNA)

são os principais alvos dessa oxidação que resulta em alterações de suas estruturas e/ou

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função biológica (HALLIWELL e WHITEMAN, 2004; HICKS, TORRES-RAMOS e

SIERRA-VARGAS et al., 2006). Constantemente as células do organismo humano estão

expostas à ação de oxidantes que podem ser de origem endógenas (mitocôndria,

peroxissomas, lipoxigenases, NADPH oxidases, citocromos P450, citocinas inflamatórias) e

exógenas (Raios UV, radiação ionizante, quimioterápicos, xenobióticos, tabagismo e

componentes dietéticos). A magnitude de tal processo é influenciada pela presença de vários

fatores intervenientes (MAYNE, 2003; VASCONCELOS, 2007).

Os RL, espécies que contém um elétron desemparelhado na última camada eletrônica,

são produzidos pela redução univalente, que ocorre em cerca de 2 a 5% do oxigênio

metabolizado na cadeia transportadora de elétrons (FERREIRA E MATSUBARA, 1997;

KOURY e DONANGELO, 2003; SCHINEIDER e OLIVEIRA, 2004). A formação dos

radicais superóxido (O2•) e hidroxila (OH

•) e a espécie reativa não radical, peróxido de

hidrogênio (H2O2) são intensificadas pela alta capacidade catalizadora dos íons ferro e cobre

(BARBOSA et al., 2010; KOURY e DONANGELO, 2003; SCHINEIDER e OLIVEIRA,

2004). O H2O2 apesar de não ser um radical livre, tem alto potencial reativo e está envolvido

na formação do radical OH• que apresenta maior poder deletério, uma vez que é inexistente

enzima antioxidante específica para sua defesa. Além disso, sua meia-vida curta dificulta sua

estabilização por antioxidantes, sendo necessária altas concentrações destes compostos

(FERREIRA e MATSUBARA, 1997; BARREIROS, DAVID e DAVID, 2006; BARBOSA et

al., 2010).

Outro mecanismo de formação importante dos RL é desencadeado pelas NADPH

oxidases (Nicotinamide Adenine Dinucleotide Phosphate Oxidases), enzimas responsáveis

por transferir os elétrons através das membranas celulares para o receptor final, o oxigênio,

que ao ser desviado gera o radical O2• (FERREIRA E MATSUBARA, 1997).

Simultaneamente à produção dessas espécies reativas ocorre a produção de substâncias

antioxidantes, cujo papel é inibir, atrasar ou reverter os efeitos deletérios promovidos pelas

espécies reativas, seja por inibição de sua produção (sistema de prevenção), impedimento de

sua ação (sistema varredores) ou reparando e reconstituindo as estruturas biológicas lesadas

(sistema de reparo) (BARBOSA et al., 2010; KOURY e DONANGELO, 2003). Esse sistema

de defesa é dividido em enzimático, compreendido pela atividade das enzimas glutationa

peroxidase (GPx), superóxido dismutase (SOD) e catalase (CAt) e não-enzimático,

representado pelas substâncias endógenas (bilirrubina, ceruloplasmina, hormônios sexuais,

melatonina, coenzima Q e ácido úrico) e fatores dietéticos: ácido ascórbico (vitamina C), α-

tocoferol (vitamina E), β-caroteno (precursor de vitamina A) e grupos fenóis de plantas

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(flavonoides) (HALLIWELL e WHITEMAN, 2004; SCHINEIDER e OLIVEIRA, 2004;

VINCENT, INNES e VINCENT, 2007; BARBOSA et al., 2008). No quadro 2 estão

expressas as ações de antioxidantes.

Quadro 2. Ações e mecanismos dos antioxidantes

ANTIOXIDANTES AÇÕES

Enzimáticos

SOD SOD-Cu/Zn (citoplasma), SOD-Mn (mitocôndria).

Catalisa a conversão do radical superóxido (O2•) em

peróxido de hidrogênio (H2O2).

Cat Catalisa a conversão de H2O2 em O2 e H2O

GPx Catalisa a redução do H2O2 a H2O

Dietéticos

Vitamina E (α-tocoferol) Inibição da peroxidação lipídica e estabilização de

membranas.

Carotenoides Atenua a peroxidação lipídica

Vitamina C Inibição das EROs, regeneração da vitamina E e proteção

da LDL-ox.

Selênio e Zinco Co-fatores das enzimas antioxidantes SOD-Cu/Zn, SOD-

Mn e GPx.

Fonte: Barbosa et al., (2010).

SOD-Cu/Zn: Superóxido dismutase dependente de cobre (Cu) e zinco (Zn); SOD-Mn:

Superóxido dismutase dependente de manganês; GPx: glutationa peroxidase; CAt: catalase;

EROs: Espécies Reativas de Oxigênio; LDL-ox: Lipoproteína de baixa densidade oxidada.

O dano oxidativo tem sido associado à instalação de alterações metabólicas na

população cujos mecanismos causais tem sido alvo de diversos estudos, uma vez que a

presença destes pode preceder o desenvolvimento do RCM e das DCNT’s decorrentes

(FURUKAWA et al., 2004; TORRES-RAMOS e SIERRA-VARGAS, 2006; GALILI et al.,

2007; VINCENT et al., 2007; WADSWORTH, 2008; DAI et al., 2009; CHENG et al, 2010;

HICKS, FERRARI, 2010; BARBOSA et al., 2010 e 2011; ARANDA et al., 2013).

Assim, a mensuração de marcadores do EO é de extrema importância, pois estes se

revelam importantes ferramentas tanto na elucidação dos mecanismos e implicações

biológicas do dano oxidativo, bem como, no possível planejamento de ações eficazes no

controle e prevenção de tais processos e suas consequências.

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3.1.1 Biomarcadores do EO

Os biomarcadores do EO se baseiam na análise do processo de oxidação das

biomoléculas. Entre os marcadores de maior relevância destacam-se: malondialdeído-MDA,

substâncias que reagem com o ácido tiobarbitúrico - TBARS, Prostaglandin F2-Alfa-8,

Isoprostane-8-epiPGF2α, hidrocarbonetos voláteis etano e pentano e LDL oxidada (baseados

na oxidação de lipídios); grupos carbonilas e 3-nitrotirosina (baseados na oxidação de

proteínas); 8-Hidroxyl-2’- Deoxyguanosine - 8-OHdG e 5-Hidroxymetil-2’- Desoxyuridine -

5-HMdU (baseados na oxidação de DNA); Asymmetric dimethylarginine – ADMA e aqueles

baseados na capacidade antioxidante do sistema biológico (HALLIWELL e WHITEMAN,

2004; VINCENT et al., 2007; BARBOSA et al., 2008).

Desenvolvido pelo grupo de Nicholas J. Miller em Londres nos anos 90, o teste de

CAT, que foi designado de Total Antioxidant Capacity” (TAC) tem como principal vantagem

medir a capacidade antioxidante de todos os componentes (dietéticos e endógenos) de uma

amostra biológica (sangue, urina ou fezes), extrato vegetal ou alimento, e não de somente um

único composto (BARTOSZ, 2003; FERRARI, 2008).

São três os principais testes para mensurar a CAT: Poder antioxidante redutor total ou

“ferric reducing – antioxidant power” (FRAP); Capacidade de absorção do radical oxigênio

ou “oxygen radical absorbance capacity” (ORAC) e Capacidade antioxidante total

equivalente ao trolox “Troloxequivalent antioxidant capacity” (TEAC) ou “total antioxidant

status” (TAS). O FRAP está relacionado com a redução de íons férricos em ferrosos pela

adição de uma amostra (plasma, urina, extrato vegetal ou alimento) com atividade redutora. O

ORAC tem como princípio a capacidade dos constituintes plasmáticos em remover radicais

peroxilas formados pela decomposição térmica de iniciadores azo. Já o TEAC se baseia na

formação do radical cátion ABTS•+ [2,2’-azino-di-(3-etilbenzotiazolina sulfonato)], de

coloração verde-azulada, e sua remoção (pelos constituintes da amostra, isto é, soro,

medicamento ou alimento) (RICE-EVANS, 2000; FERRARI, 2008).

Devido ao fato da CAT mensurar a cooperação entre os vários antioxidantes, em

detrimento da sua ação isolada, este tem sido considerado como um importante biomarcador,

cuja medida expressa, sensivelmente, a ação de defesas destes componentes (CREWS et al.

2000). Esta ação simultânea dos antioxidantes proporciona uma maior proteção contra o

ataque das espécies reativas de oxigênio (KAMPA et al. 2002).

Da mesma forma que o EO a CAT sofre grande influência do consumo alimentar. Ao

avaliar a CAT em estudos nutricionais, Ferrari (2010) apontou estudos onde indivíduos com

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elevada aderência ao cardápio da dieta mediterrânea (caracterizada pelo alto consumo de

frutas, verduras e gorduras mono e polinsaturadas) ou consumo de frutas e vegetais isolados

apresentaram maiores valores séricos de CAT. Resultados semelhantes foram encontrado ao

avaliar o consumo de vitamina C, fibras (HERMSDORFF et al., 2012), vegetais (ROMEU et

al., 2013) e ácidos graxos n-3 (SIMIÃO et al. 2010). Em contrapartida, Barbosa et al. (2014)

demonstram, ao estratificar jovens saudáveis pela mediana da CAT, que o grupo com valor

abaixo da mediana apresentaram maior ingestão total e por kg de peso corporal de

macronutrientes.

3.1.2 Fatores Modulatórios do EO

Além dos dietéticos, o EO é modulado por diversos outros fatores, entre eles: a

atividade física, o alcoolismo, e o tabagismo (Barbosa et al., 2010).

3.1.2.1 Consumo Alimentar

A relação entre o consumo alimentar e o EO se dá pelo balanço entre a ingestão de

nutrientes que se comportam como antioxidantes (Vitaminas C, E, carotenóides, Zn, Se,

polifenóis, etc.) ou oxidantes, que favorecem a produção das espécies reativas (gorduras

saturadas, trans, açúcares). Estudos tem demonstrado que a suplementação de forma isolada

ou combinada de vitaminas e minerais antioxidantes tem reduzido os biomarcadores do EO ou

aumentado a ação antioxidante em indivíduos saudáveis (LI et al. 2012; GARLIPP-PICCHI et

al. 2013) e com patologias instaladas (NASSER et al. 2011; LIMA et al. 2011; NOGUEIRA

et al. 2013; BLASS et al. 2013; GRBIC et al. 2014). Em relação aos polifenóis o uso da uva e

seus derivados (SÉFORA-SOUSA E DE ANGELIS-PEREIRA, 2013; DI RENZO et al.

2014), azeite de oliva (BAYRAM et al. 2012) e licopeno (VALERO et al. 2011;

MACKINNON et al. 2011; HARMS-RINGDAHL, JENSSEN e HAGHDOOST, 2012)

foram protetores dos danos oxidativos. Ressalta-se que o efeito da suplementação sobre a

instauração do EO, depende, em grande parte, de outros fatores como o tempo e a dose de

suplementação, a absorção e a biodisponibilidade dos nutrientes (BARBOSA et al. 2008).

Em outra revisão de literatura, Barbosa et al., (2010) corroboram com os achados

anteriores e destacam a participação da alta densidade energética na maior expressão dos

marcadores do estresse e no desenvolvimento de DCNTs. Esta associação foi ratificada em

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estudos posteriores que associaram dietas com restrição calórica à melhora dos biomarcadores

do EO (MEYDANI et al., 2011; BUCHOWSK et al., 2012; MOHAMMADI et al., 2014).

Altos níveis de lipídeos e carboidrato, provenientes das refeições hipercalóricas, estão

associados ao EO devido à alta liberação de glicose, ácidos graxos livres (AGL) e

triglicerídeos na circulação, o que gera a fuga de elétrons da cadeia respiratória e,

consequentemente, a geração acelerada de superóxidos (NISHIKAWA et al., 2000; O’KEEFE

e BELL, 2007). A redução do fluxo de energia e da sua metabolização são responsáveis pela

diminuição da produção de ERO’s e da taxa de dano oxidativo (SOHAL e WEINDRUCH

1996). Além disso, a ingestão calórica e a distribuição de macronutrientes tem papel

fundamental no controle do peso corporal. A redução deste está associada ao efeito protetor

(HERMSDORFF, VOLP e BRESSAN, 2007; DE LA IGLESIA et al., 2013; LOPPEZ-

LEGARREA et al., 2013).

3.1.2.1.1 Vitaminas e Minerais

A participação de algumas vitaminas e minerais estão associadas a capacidade destes

em doar ou receber elétrons nas reações oxidativas e/ou modular a atividade das enzimas

antioxidantes, minimizando assim a oxidação das biomoléculas (OPARA, 2002). Este efeito

antioxidante das vitaminas e minerais tem sido associado como fator de proteção de doenças

crônicas causadas pelo dano oxidativo (FARBSTEIN, KOZAK-BLICK e LEVY 2013;

KANG et al., 2009; VOLP et al., 2010).

A redução nos biomarcadores de EO por estes nutrientes tem sido demonstrado em

estudos, no entanto os resultados são conflitantes e a maioria utilizam suplementação, e

divergem em relação ao tempo e dosagem. A ingestão de vitaminas antioxidantes foi

associada à redução de MDA (NOGUEIRA et al., 2013; GRBIC et al., 2014), hidroperóxido

(GRBIC et al., 2014) e TBARS (GARLIPP-PICCHI et al., 2013) e aumento da CAT

(NASSER et al., 2011; GRBIC et al., 2014) e dos níveis de GSH (GARLIPP-PICCHI et al.,

2013). Quanto aos minerais, o zinco foi associado a maior atividade da SOD (LIMA et al.,

2011) e menores níveis de MDA (ZOUAGHI et al., 2014). Em população jovem saudável a

suplementação de polivitamínico e minerais (Vitaminas A, C, E, Ca, Zn, Fe e Sn) aumentaram

as atividades das enzimas GPx, CAt e da CAT (LI et al., 2012).

3.1.2.1.2 Fitoquímicos

Os fitoquímicos (ácidos fenólicos, resveratrol, catequinas, quercetinas, etc.)

desempenham papel antioxidante por proteger a peroxidação lipídica e oxidação das

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moléculas de DNA (FITO et al., 2007). Dentre eles, os polifenóis, moléculas que apresentam

grupos fenólicos em sua estrutura, possuem maior poder antioxidante (MANACH et al., 2004,

FITO et al., 2007 e D’ARCHIVIO et al, 2007). Sua atuação se dá pela capacidade de captar

os radicais altamente reativos (alcoxila (RO•), alquilperoxila (ROO•), O2•, NO•, O2-, H2O2 e

OH∙) e o oxidante peroxinitrito (ONOO-/ONOOH) e realizar a transferência de elétrons para

estabilizá-los formando com estes, radicais menos reativos (VASCONCELOS, 2007;

SENGER et al., 2010; SÉFORA-SOUSA e DE ANGELIS-PEREIRA, 2013). Além disso, os

polifenóis podem quelar metais, como Fe e Cu quando em excesso, e assim inibir a formação

de RL por meio da reação de Haber–Weiss/Fenton.

O consumo de alimentos fontes de polifenóis tem sido associado a maior atividade

antioxidante e, consequentemente, à proteção no desenvolvimento de doenças. Em 1992,

Renaud e Lorgeril estabeleceram o Paradoxo Francês ao verificarem que o consumo de vinho

tinto protegia os franceses de doenças coronarianas, mesmo com o alto consumo de gorduras

saturadas por esta população. A partir daí, vários estudos foram desenvolvidos para avaliar o

papel dos polifenóis na expressão dos biomarcadores do EO; do resveratrol (SCHRIEKS et

al., 2012; NOGUER et al., 2012; JANIQUES et al., 2014; DI RENZO et al., 2014); das

catequinas, utilizando como principal fonte o chá verde (PANZA, 2007; BARBOSA et al.,

2008, BASU et al., 2010; FENERCIOGLU et al., 2010); do azeite de oliva (POUDYAL,

CAMPBELL, BROWN, 2010; BAYRAM et al. 2012; BULLOTA et al., 2014) e dos

carotenoides, em especial, o licopeno (VALERO et al., 2011; MACKINNON et al., 2011;

HARMS-RINGDAHL, JENSSEN e HAGHDOOST, 2012; CRUZ BOJÓRQUEZ,

GONZÁLEZ GALLEGO E SÁNCHEZ COLLADO, 2013). Os resultados apontaram para a

diminuição dos produtos oriundos da oxidação das biomoléculas e aumento dos componentes

do sistema antioxidante.

3.1.2.1.3 Padrões dietéticos

Assim como a participação isolada de nutrientes e alimentos na prevenção do EO, os

padrões dietéticos também têm sido alvo de estudos que revelam sua capacidade antioxidante,

uma vez que, o consumo alimentar deve ser considerado no contexto da interação entre os

diversos fatores dietéticos.

A dieta do Mediterrâneo (DMED) tem sido um dos principais padrões dietéticos

associado à proteção das DCNT principalmente as doenças cardiovasculares (DCV)

(ESTRUCH et al., 2006; BUCKLAND et al., 2009; ESTRUCH et al., 2013; CHIVA-

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BLANCH et al., 2014). Lopez-Garcia et al., (2014) ao avaliarem a associação da DMED à

mortalidade por DCV e câncer em indivíduos do Nurses’ Health Study, observaram que após

o seguimento (7 anos para homens e 5 para mulheres) houve aumento em 2 pontos no score

de adesão a DMED, e este foi associado com a redução em 7% (IC95%: 3%-11%) do risco de

mortalidade por todas as causas. Esse padrão dietético inspirado nos hábitos alimentares de

países Mediterrâneos é caracterizado pelo alto consumo de azeite de oliva, frutas, vegetais e

cereais; moderado consumo de peixes, aves e vinho (junto às refeições) e pelo baixo consumo

de carnes vermelhas, processadas, doces e produtos lácteos (WILLET et al., 1995). São esses

alimentos que atribuem a DMED seu papel antioxidante.

Em revisão, Barbosa et al. (2008) atribuíram a participação da DMED na redução dos

danos oxidativos à existência da interação entre os macros e micronutrientes que compõe a

dieta. Estudos tem demonstrado que a ingestão da DMED esteve associada à redução dos

níveis plasmáticos de MDA, TBARS, 8-epiPGF2 e aumento das atividades da GPx, GSH,

SOD, CAt, além da CAT do plasma (GASKINS et al., 2010; AZZINI et al., 2011; YUBERO-

SERRANO et al., 2011; MIRANDA, 2014).

As doenças do aparelho circulatório ocupam lugar de destaque nas taxas de

morbimortalidade no Brasil. Em 2011 elas foram responsáveis por 31.3% das causas de morte

da população (BRASIL, 2011). Devido aos altos custos dos alimentos que compõe a DMED

para população brasileira, principalmente, para os usuários do Sistema Único de Saúde (SUS)

e a existência de alimentos que fazem parte da cultura alimentar típica brasileira,

potencialmente, benéficos ao tratamento das DCV foi realizado o Programa Alimentar

Brasileiro Cardioprotetor (DicaBR), um ensaio piloto randomizado e controlado, cujo

objetivo foi avaliar a efetividade da adesão ao programa na prevenção de recidiva de eventos

cardiovasculares (WEBER et al., 2012). Como resultado, o estudo apontou que a DicaBR que

continha alimentos regionais (óleo de soja, feijão, arroz integral, frutas, legumes, atum,

sardinha) apresentou maior redução nos níveis de pressão arterial sistólica (PAS) e diastólica

(PAD), glicemia de jejum e índice de massa corporal (IMC), apesar de não significativo,

quando comparado aos grupos com a dieta prescrita pelos guias brasileiros com alimentos

típicos da DMED (azeite de oliva, amêndoas, nozes, peixe de água fria). Os autores atribuem

esse resultado ao fácil acesso e menor custo dos alimentos da DicaBR que é baseada na

ingestão aumentada de fibras, baixa densidade energética e equilíbrio das gorduras poli e

monoinsaturadas, saturadas e colesterol.

Não existe referência na literatura a respeito da participação da DicaBR no EO, porém

estudos associam o consumo dos alimentos principais desta dieta no dano oxidativo. A

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castanha-do-brasil (Bertholletia excelsa) um dos alimentos-chefe da DicaBR é uma excelente

fonte de selênio e gorduras mono e poliinsaturadas que resultam na sua função antioxidante

(FERREIRA et al, 2006, COSTA e JORGE, 2011), são responsáveis pelo sequestro de

radicais (BURATTO et al., 2011), aumento dos níveis plasmáticos da GPx (COMINETE,

2010) e redução dos níveis de TNF-α, IL-6, 8-OHdG e 8-isoprostano (STOCKLER-PINTO et

al., 2013).

A Dietary Approaches to Stop Hypertension (DASH) também tem mostrado

associação com a diminuição do dano oxidativo, aumentando a CAT (FRAP) e reduzindo os

níveis do F2isopropano (LOPES et al., 2003). Caracterizada pelo alto consumo de frutas,

vegetais e laticínios desnatados e com baixo teor de gordura saturada e colesterol, a dieta

DASH foi proposta por um estudo multicêntrico, randomizado e controlado que associou a

dieta com a redução nos níveis pressóricos (KARANJA et al., 1999).

Salehi-Abargouei et al., (2013) em meta-análise com 06 estudos de coorte mostraram

que a dieta DASH reduziu significativamente o risco de DCV (RR=0.71 IC95%:0.58-0.88,

p<0.001), infarto (RR=0.81, IC95%:0.72-0.92, p<0.001) e insuficiência cardíaca (RR=0.71,

IC95%: 0.58-0.88, p<0.001) sendo as taxas de redução 20%, 19% e 29% respectivamente.

Diante desses resultados a dieta DASH também é recomendação da VI Diretriz da Sociedade

Brasileira de Hipertensão para o tratamento da hipertensão arterial e DCV.

3.1.2.2 Atividade física, tabagismo e alcoolismo

Estudos analisados na revisão de Barbosa et al. (2010) demonstraram que os grupos de

indivíduos ativos sempre apresentam maior concentração de substâncias oxidantes, devido ao

alto consumo de oxigênio durante a atividade física ou por outro lado, elevação de

antioxidantes na tentativa de minimizar os efeitos deletérios promovidos. A prática de

atividade física tem sido relacionada ao aumento das substâncias oxidantes e redução das que

compõe o sistema antioxidante resultando na menor expressão da CAT plasmática (SAHLIN

et al. 2010; BERZOSA et al. 2011). Porém, Scheffer et al. (2012), observaram que após os

níveis máximo e submáximo de atividade houveram aumentos da CAT e dos níveis das

enzimas de atividade antioxidantes, corroborando com a teoria profilática quanto aos efeitos

deletérios causados pelo exercício.

A participação do tabagismo na geração do EO, resulta da presença de substâncias

com ação potencialmente deletéria como o H2O2, presente na fumaça do cigarro, sobre as

macromoléculas, especialmente, os lipídeos (LYKKESLELDT, 2007). Além disso, o ferro,

também presente no cigarro, catalisa a oxidação da lipoproteína de baixa densidade (LDL-c)

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tornando-a um grande agente pró-aterogênico (LDL-ox) (HALLIWELL e GUTTERIDGE,

1990).

Ainda em relação ao tabagismo, estudos com ratos têm apontado associação entre a

exposição à fumaça do cigarro e o aumento dos níveis de TBARS, níveis de carbonilas e

redução nos níveis de sulfidrilas nos ratos expostos (CARLOS et al. 2014). Em humanos tem

sido observado redução significativa dos níveis de GPx, vitaminas C e E e aumento do MDA

no sangue de fumantes, além da correlação positiva entre o tempo que fumavam e a

concentração de MDA (BIZON e MILNEROWICZ 2012; BATISTA et al., 2009). Tal

impacto pode ser manifestado até em fumantes passivos como mostra o estudo de Yıldırım et

al., (2011), que ao estudarem o efeito da exposição de crianças a fumaça do cigarro

observaram que o grupo estudo (exposto a 5-50 cigarros/dia) apresentou maiores

concentrações de CAT (1.01±0.09 vs. 0.95±0.13 mmol equivalente de Trolox/L; p= 0.039) e

do estado antioxidante total (28.6±7.9 vs. 18.5±6.3 μmol H2O2 equivalente/L; p < 0.001).

A atuação do álcool no EO se dá por meio da redução dos níveis séricos e plasmáticos

dos antioxidantes dietéticos (α-tocoferol, ácido ascórbico e selênio), seja por sua ação direta

ou de seus metabólitos secundários (WARD, JUTLA e PETERS, 1989). Quanto às alterações

em biomarcadores do EO pelo alcoolismo foi observado que durante a desintoxicação precoce

em pacientes alcoólatras, os casos (dependentes de álcool) apresentaram maior nível de MDA,

sendo as taxas normalizadas durante o tratamento (FUCILE et al., 2013; HUANG et al.,

2009). Além disso, Huang et al., (2009) verificaram também menores expressões da SOD e

GPx e correlação entre o nível de MDA e CAT em alcoólatras (r=0.29; p<0.01), quando

comparados aos não alcoólatras.

3.1.3 Estresse Oxidativo e Risco Cardiometabólico

3.1.3.1 Componentes do RCM

O termo RCM tem sido utilizado atualmente em substituição a SM devido a não

elucidação na literatura cientifica sobre o conceito desta síndrome. Assim, surge a

importância de não se ater aos critérios de diagnósticos específicos da SM, mas sim,

considerar, analisar e tratar individualmente os fatores de risco para o desenvolvimento de

doenças cardiovasculares e diabetes mellitus tipo 2, decorrentes dos componentes do RCM

(JUNQUEIRA, COSTA e MAGALHÃES, 2011; KAHN et al., 2005; CHATTERJEE et al.,

2012; REAVEN, 2011; SAAD, 2011).

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O conceito estabelecido por Reaven (1988) ao identificar a existência de

anormalidades metabólicas e vasculares, que em conjunto culminavam no desenvolvimento

de diabetes tipo 2 e DCV, sofreu grandes alterações nos últimos tempos. Inicialmente esse

quadro foi denominado como “Síndrome X” ou “Síndrome de resistência à insulina” por se

acreditar que a resistência à insulina e hiperglicemia eram a sua principal causa (REAVEN,

1988).

Em 1990, a Organização Mundial da Saúde (OMS) a definiu como SM e junto com a

Associação Americana de Diabetes (ADA), estabeleceram novos critérios para o diagnóstico

(WHO, 1999) sendo estes modificados em 2001 pelo “National Cholesterol Education

Program´s Adult Treatment Panel III” - NCEP-ATPIII (GRUNDY et al., 2005) e atualizados

pela Federação Internacional de Diabetes (IDF, 2005). No quadro 3 são apresentados os

critérios de diagnósticos estabelecidos por cada entidade.

Quadro 3: Critérios de diagnósticos da Síndrome Metabólica por diferentes entidades.

OMS, 1999 NCEP-ATPIII, 2001 IDF, 2005

Intolerância à glicose,

resistência à insulina ou

diabetes, juntamente com

duas ou mais alterações:

- Hipertensão (PAS >

140mmHg e/ou PAD >

90mmHg);

- Hipertrigliceridemia (> 150

mg/dL;

- HDL-c < 35mg/dL em

homens e <39 mg/dL em

mulheres.

-Obesidade central:

Relação C/Q >0,9 para

homens e >0,85 mulheres.

- Microalbuminúria: >

20µg/min ou relação

albumina/creatinina >30

mg/g.

Presença de três ou mais das

seguintes alterações:

- Intolerância à glicose com

glicemia de jejum > a 110

mg/dL;

- Obesidade abdominal: CC >

102 cm para homens e > 88

cm para mulheres;

-Hipertrigliceridemia (>150

mg/dL);

-HDL-colesterol < 40 mg/dL

para homens e < 50 mg/dL

para mulheres; e

-Terapia anti-hipertensiva

vigente ou pressão arterial >

a 130/85 mmHg.

Presença de três ou mais das

seguintes alterações:

- Intolerância à glicose com

glicemia de jejum > a 100

mg/dL;

- Obesidade abdominal: CC >

94 cm para homens e > 80

cm para mulheres;

-Hipertrigliceridemia (>150

mg/dL);

-HDL-colesterol < 40 mg/dL

para homens e < 50 mg/dL

para mulheres; e

-Terapia anti-hipertensiva

vigente ou pressão arterial >

a 130/85 mmHg

OMS, Organização Mundial de Saúde; PAS: Pressão Arterial Sistólica; PAD: Pressão Arterial

Diastólica; HDL-c: Proteína de baixa densidade; C/Q: Cintura/quadril; CC: Circunferência da

Cintura. NCEP-ATPIII: “National Cholesterol Education Program´s Adult Treatment Panel

III; IDF: Federação Internacional de Diabetes.

inserir as siglas de NCEP e IDF

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29

Em revisão sobre a definição do termo SM, Kahn et al. (2005) e Saad (2011) suscitam

fragilidades. De acordo com a definição do NCEP-ATP III, os critérios são incompletos. Não

é claro se é necessário alteração na pressão sistólica e diastólica ou apenas em uma das duas;

não são definidos critérios padrões para aferição da pressão arterial e da circunferência da

cintura; a resistência à insulina como hipótese etiológica unificadora é questionável, uma vez

que estudos mostram que há considerável dúvida se todos os pacientes com a SM são,

efetivamente, resistentes à insulina, além de não existir maneira objetiva e efetiva para

classificar um indivíduo como sendo resistentes à insulina; não são claras as razões para a

inclusão ou exclusão de outros fatores de risco cardiovascular; a associação do risco

cardiovascular associado à SM parece não ser maior que a soma das partes (fatores de risco

individuais); e o tratamento da SM não é diferente do tratamento individual dos seus critérios.

Assim, a substituição do termo “SM” pelo termo guarda-chuva “RCM” proporcionará

melhor compreensão e manejo clínico dos riscos cardiovasculares e metabólicos, devendo

seus componentes como a elevação da pressão arterial sistêmica, a resistência insulínica, a

obesidade abdominal, alterações do perfil lipídico (elevação dos triglicérides e redução do

HDL-colesterol) serem analisados e tratados de forma individual (IDF, 2005; CHATTERJEE

et al., 2012; REAVEN, 2005; SAAD, 2011).

3.1.3.2 Relação entre EO e RCM

A associação entre o EO e os componentes do RCM tem sido evidenciada por estudos

em modelos experimentais com o aumento da resistência à insulina e da adiposidade

(URAKAWA et al., 2003; NDISANG et al, 2009; D’ARCHIVIO, et al. 2012).

O dano oxidativo pelo tecido adiposo está relacionado à produção de ERO’s pelos

adipócitos via NADPH oxidases (NOX) e maior mobilização da enzima glicose-6-fosfato

desidrogenase envolvida na estimulação das enzimas oxidantes (BEDARD e KRAUSE, 2007;

PARK et al., 2006). Quanto a resistência insulina, a geração de ERO’s via NOX exerce efeito

inibitório sobre as PTP’s (protein-tyrosine phosphatase) necessária na sub-unidade β do

receptor de insulina responsável pela ativação da sinalização (HABER et al., 2001;

CHIARUGI, 2005). A disfunção endotelial, característica chave da SM, está intimamente

relacionada com a resistência à insulina; essa relação funcional parece ser resultado, em parte,

da indução do EO pela hiperinsulinemia (ARCARO et al, 2002; COSTA-HONG et al., 2009;

LOFFREDO et al, 2012; LIMBERG et al., 2013).

Segundo Armutcu et al. (2008) pacientes com RCM têm elevados níveis de dano

oxidativo (peroxidação lipídica, níveis aumentados de MDA, carbonilação de proteínas e

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30

aumento da atividade da xantina oxidase), evidenciados pela diminuição da proteção

antioxidante (diminuição da concentração de vitamina C, α-tocoferol, da atividade da enzima

superóxido dismutase). Estudos demostram que indivíduos que apresentam obesidade

(ANTUNES NETO e DE PAULA, 2011), hipertensão arterial (VASCONCELOS et al., 2011;

HAN et al., 2013) e a hiperglicemia (WHITING et al., 2008; KAEFER et al. (2012)

apresentam maiores produtos das reações oxidativas por reduzir o nível das substâncias que

compõe o sistema antioxidante. Dessa forma, estudos tem observado, também, que a CAT do

plasma tem apresentado valores reduzidos em indivíduos com excesso de peso (VENTURINI

et al. 2012), doença arterial coronariana (DAC) (GAWRON-SKARBEK et al. 2014), além de

estar associada inversamente as concentrações de glicemia e insulina (OKUBO et al., 2014).

Para Dröge et al. (2002) a hipótese mais aceita é que as DCNT estão relacionadas com

EO por dois caminhos. O primeiro é decorrente do EO mitocondrial participando desse grupo

a Diabetes mellitus tipo 2 (DM2) e as neoplasias, uma vez que apresentam comumente

mudanças pró-oxidativas no estado redox sistêmico. Já o segundo é associado às condições

inflamatórias oxidativas, por apresentar, frequentemente, uma excessiva estimulação da

atividade da enzima nicotinamida Adenina dinucleotídeo/nicotinamina fosfato oxidase

(NADH/NADPH) em um sistema biológico específico, por meio de citocinas ou outros

agentes.

Outra relação tem sido evidenciada por estudos que têm mostrado que o EO pode ser

um determinante dos níveis de PCR-us e promover processos inflamatórios pró-aterogênicos

em estágios iniciais do desenvolvimento da doença coronariana, e tem sido previamente

associado com SM e DM2 (KEANY et al, 2003; KASAP et al, 2007).

3.1.4 O papel dos componentes do RCM no desenvolvimento das DCNT’s

A presença dos componentes do RCM na população tornou-se um importante

problema de saúde pública. As transições epidemiológica e nutricional caracterizadas,

respectivamente, pela alta prevalência das DCNT’s em detrimento das doenças infecciosas e

parasitárias, e o aumento do excesso de peso têm expressado grande impacto nos índices de

mortalidade da população mundial (LOPEZ-JARAMILLO, LAHERA, e LOPEZ-LOPEZ,

2011; FERDINAND et al. 2014; MALTA, 2014). Esse quadro já é visível também em

crianças e adolescentes, sendo o maior número de componentes encontrados nos indivíduos

classificados como obesos (KLUNDER-KLUNDER et al., 2013), com resistência insulínica

(GOLBATO et al., 2014) e a elevação da pressão arterial (PINTO et al. 2011).

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31

Atualmente 2,1 bilhões (30%) de pessoas no mundo apresentam excesso de peso,

enquanto que no Brasil esta prevalência é de 68,3% na população com mais de 18 anos

(IHME, 2014; BRASIL, 2014). Em relação às causas de mortes, das 57 milhões de mortes no

mundo em 2008, 36 milhões (63%) foram atribuídas as DCNT’s nas quais as DCV foram a

principal causa (48%), seguida do câncer (21%), doenças cônicas respiratórias (12%) e

diabetes (3,5%) (WHO, 2012). Em 2011, elas foram as responsáveis por 72% das causas de

mortes no Brasil, com destaque para doenças do aparelho circulatório (31,3%), câncer

(16,3%), doença respiratória crônica (5,8%) e diabetes (5,2%) (BRASIL, 2011).

Estudos têm demonstrado que a presença dos componentes do RCM como obesidade

abdominal (GONZÁLEZ, 2010; LEE et al., 2008), hipertrigliceridemia, redução do HDL-c e

hipertensão arterial (ARSENAULT et al. 2010; SANTOS et al., 2013; KAPLAN et al.,

(2014), tem sido associada ao desenvolvimento das DCNT com destaque para as DCV, DM2

e câncer. No Brasil, um estudo realizado para avaliar a associação entre fatores de risco

cardiovascular e indicadores antropométricos em pacientes portadores de DCNT, observou

que 74% apresentaram glicemia > 100mg/dL, 56% HDL-c reduzido, 82% elevada CC e 78%

excesso de peso (MENDES et al., 2012).

O RCM tem como fatores desencadeantes, mecanismos genéticos, história familiar,

excesso de peso, metabolismo lipídico anormal, inflamação, hipertensão, resistência

insulínica, tabagismo e inatividade física (BRUNZELL et al., 2008; CHATTERJEE, 2012; LI

et al, 2013). O hábito alimentar da população tem contribuído em sobremaneira para o

aparecimento de alguns fatores causais expressivos no desenvolvimento dos componentes do

RCM.

Atualmente a população brasileira apresenta um consumo baseado na dieta ocidental,

caracterizado pelo alto valor calórico, maior consumo de carnes, leite e derivados ricos em

gorduras e, baixo consumo de frutas, cereais, verduras e legumes (IBGE, 2010). De acordo

com a Organização Mundial de Saúde (OMS) aproximadamente 2,7 milhões de mortes por

ano em todo mundo podem ser atribuídas a esse consumo alimentar inadequado, estando entre

os dez principais fatores de risco para a carga total global de doença em todo o mundo (WHO,

2003).

A I Diretriz sobre o consumo de gordura e saúde cardiovascular expõe sobre a

participação das gorduras e do carboidrato simples na gênese das DCV. Segundo a Diretriz, o

alto consumo de lipídeos saturados e trans se correlaciona com a elevação do LDL-c e,

consequentemente, com o aumento do risco cardiovascular. Além disso, o tipo de gordura

consumido pode influenciar também outros fatores de risco, como a resistência à insulina e a

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pressão arterial. Quanto aos carboidratos simples, de rápida absorção, a alta ingestão favorece

um desequilíbrio entre a oferta de lipídeos e os demais nutrientes, possibilitando o

estabelecimento de hipercolesterolemia, excesso de peso, desenvolvimento da obesidade e

alterações pós-prandial como hiperglicemia, hiperinsulinemia e hipertrigliceridemia, todos

associados ao risco cardiovascular aumentado (SANTOS et al., 2013). Unger e Scherer

(2011) ratificaram que a presença dos componentes do RCM está associada ao excesso de

calorias e alta ingestão de gordura e carboidrato simples sendo a glicose promotora de

substrato para de lipogênese de novo. Eles ainda relatam que estes nutrientes potencializam a

resposta secretora de insulina, o que leva a hiperinsulinemia que regula positivamente a

expressão do fator de transcrição lipogênico (SREBP-1c) e suas enzimas.

O padrão do consumo alimentar de pacientes com componentes do RCM tem sido

marcado pelo baixo consumo de frutas, legumes e hortaliças, leites e derivados e altos valores

de sódio, colesterol e gordura total (GADGIL et al, 2013; ADAIR et al., 2014; LIMA, 2014;

COSTA, BRITO e LESSA (2014). Dessa forma, a adoção de hábitos alimentares saudáveis

tem se destacado entre as estratégias utilizadas por diversos programas que objetivam reduzir

ou prevenir a instalação dos componentes do RCM resultando nas melhorias na curva de

insulina e glicose, redução de gordura visceral, fator de necrose tumoral, circunferência da

cintura, triglicérides, pressão arterial sistólica e diastólica e maior concentração de

adiponectina, podendo este efeito variar entre 15 a 40% (KANT, 2010; ALMEIDA-PITITTO

et al., 2012; BOUCHONVILLE et al, 2014).

Assim, a adoção do padrão ocidental da dieta marcada por uma maior ingestão

energética de gordura saturada e alimentos processados e a baixa ingestão de fibras dietéticas

associa-se ao maior risco de desenvolvimento dos componentes do RCM (TAKAHASHI,

2011; DE OLIVEIRA, 2013). Além disso, a maior oferta calórica à célula está associada a

maior produção de EROs desencadeando a instalação dos componentes do risco também pelo

EO (DEVARAJ et al., 2008).

Estudos demonstram que indivíduos jovens saudáveis já apresentam fatores

modulatórios do EO, em especial a alimentação inadequada, que resultam na redução da CAT

do plasma podendo contribuir para instalação dos componentes do RCM e,

consequentemente, das DCNT decorrentes. A prevalência de sedentarismo, excesso de

peso/obesidade e o alto consumo de sal, álcool, energia e gordura saturada tem contribuído

para este quadro (PETRIBU, CABRAL e ARRUDA, 2009; CORREIA, CAVALCANTE e

SANTOS, 2010; GOMES et al., 2012).

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33

Em Sergipe, o baixo consumo de frutas e legumes e verduras foram encontrados,

respectivamente, em 67,7% e 84,4% dos universitários. Além disso, as mulheres

demonstraram inadequação para o consumo de frituras, embutidos e doces e na troca de

principais refeições por lanches (p<0.05). Entre os homens observou-se menor preocupação

com a retirada de gordura aparente das carnes e maior frequência de consumo de bebidas

alcoólicas (p<0.05) (FEITOSA et al. 2011). Esses resultados corroboram com Amor, Ferreira

e Barbosa (2012) que ao avaliarem o Health Eating Index (Índice de Qualidade da Dieta,

varia de 0 a 10) desses universitários observaram que 85,5% necessitavam modificar sua

alimentação, uma vez que houve baixo consumo de hortaliças (3,2±2,0 pontos), leites e

derivados (4,6±2,8 pontos), leguminosas (5,92±3,0 pontos) e cereais (6,0±2,5 pontos). Ao

utilizar a EAR como ponto de corte, as principais inadequações encontradas foram para o

ácido fólico (98,5%), ferro (83,1%), fibras (76,9%), magnésio (92,3%), potássio (96,9%),

cobre (100%), vitamina D (100%) e E (61,5%). Por fim, em relação à adequação energética e

de macronutrientes, vale ressaltar que a população com dieta inadequada possuiu uma dieta

hiperprotéica (369%) e hiperlipídica (231%).

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4 CASUÍSTICA E MÉTODOS

4.1 Desenho, período e local do estudo

Trata-se de um estudo observacional, transversal, de seleção de amostra por demanda

espontânea sendo a coleta de dados realizada no período de maio/2013 a outubro/2014 em

duas instituições de ensino superior (uma pública e outra privada) no município de

Aracaju/SE.

4.2 População e critérios de elegibilidade

Participaram do estudo indivíduos jovens, clinicamente saudáveis e não obesos, de

ambos os gêneros e com idade entre 18 e 25 anos, inseridos no âmbito universitário, da área

de saúde. Foram considerados como critérios de exclusão a evidência de qualquer doença

relacionada ao EO, inflamação crônica, gestação, lactação, desequilíbrios hídricos eletrolíticos

e auto relato de mudanças na composição corporal ou presença de alterações na absorção e/ou

metabolismo de nutrientes. Outros critérios de exclusão se referiram ao uso de medicamentos

e/ou suplementos nutricionais, realização de tratamento nutricional que afetasse o balanço

energético, consumo alimentar, perfil lipídico, concentrações plasmáticas de insulina e

metabolismo da glicose; o início do uso regular de anticoncepcionais nos 2 meses anteriores à

participação no estudo; peso instável nos últimos 6 meses (permitindo flutuação de até 10%

do peso corporal), ser atleta de elite ou estar planejando modificar sua atividade física e/ou

alimentação durante o estudo; aderir à pratica de dietas especiais (dieta vegetariana, dieta

Atkins, etc.) nos três meses anteriores ao estudo.

Em conformidade com os princípios da declaração de Helsinki e após explicação clara

sobre o protocolo do estudo, cada participante assinou o termo de consentimento livre e

esclarecido (APÊNDICE A), permitindo sua participação voluntária. O voluntário foi

informado sobre os métodos e técnicas a serem utilizados para a coleta de dados, os possíveis

benefícios e inconveniências, a forma de divulgação dos resultados e a voluntariedade da

participação. O presente estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres

Humanos da Universidade Federal de Sergipe (C.A.A.E.: 0113.0.107.000-11).

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4.3 Perda de seguimento

Foram avaliados 147 indivíduos havendo, no entanto, oscilação do número de

avaliados para algumas variáveis devido a omissão de informações ou desistência de

participação na etapa pertinente a avaliação (Figura 1).

Figura 1. Fluxograma do delineamento do estudo.

4.4 Parâmetros antropométricos e de composição corporal

A estatura foi aferida utilizando-se estadiômetro (Altura Exata, Minas Gerais, Brasil),

com marcações em milímetros. Para a aferição do peso corporal foi utilizada balança digital

eletrônica (Líder, P 180M, São Paulo, Brasil) com capacidade máxima de 180 quilogramas e

aproximação de 100 gramas. O IMC foi calculado pela razão entre o peso corporal

(quilogramas) e a estatura ao quadrado (metros) com base nos pontos de corte de IMC

propostos pelo Ministério de Saúde (OMS, 1997).

147 indivíduos recrutados

Excluídos 24- Excesso de peso

ETAPA I

(Assinatura do Termo de Consentimento

Livre Esclarecido e coleta de sangue)

139 indivíduos

ETAPA II

(Composição corporal, consumo

alimentar e estilo de vida)

123 indivíduos

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36

A circunferência da cintura foi aferida na menor curvatura entre a última costela e a

crista ilíaca utilizando-se fita métrica flexível e inelástica, subdividida em milímetros

(MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2004).

As pregas cutâneas tricipital, bicipital, subescapular e suprailíaca foram aferidas

utilizando-se adipômetro (Lange caliper, Cambridge Scientific Industries Inc., Cambridge,

Maryland, USA) com aproximação de 1 milímetro, conforme técnica previamente

padronizada (DURNIN e WOMERSLEY, 1974). O percentual de gordura troncular foi

calculado pela razão entre o somatório das pregas cutâneas subescapular e suprailíaca e o

somatório das 4 pregas cutâneas (WARNBERG, et al., 2006).

O percentual de gordura corporal total foi obtido mediante análise da bioimpedância

elétrica horizontal (Biodynamics 310 model, Washington, USA), a partir da qual também

foram estimados a massa de gordura e livre de gordura corporal em quilogramas.

4.5 Pressão arterial

Os níveis de pressão arterial sistólica e diastólica foram aferidos mediante

esfignomamômetro mecânico de coluna de mercúrio, com aproximação de 2 mmHg,

conforme técnica descrita por Perloff et al., (1993).

4.6 Análise de amostras biológicas

A coleta de sangue foi realizada por punção venosa, após jejum de 12 horas. As

amostras de plasma heparina e soro foram separadas do sangue total mediante centrifugação

a 2465 g a 5°C por 15 minutos. As amostras foram imediatamente armazenadas a -80°C até o

momento das análises.

As concentrações séricas (mg/dL) de glicose, colesterol total, lipoproteína de alta

densidade (HDL-c) e triacilgliceróis foram analisadas por ensaio colorimétrico ou

turbidimétrico, mediante analisador automático, utilizando-se kits de análise específicos.

A capacidade antioxidante total (CAT) do plasma foi aferida por ensaio colorimétrico,

por meio de kit de análise específico (Cayman Chemical, Ann Arbor, MI, catalog no.

709001). O ensaio foi baseado na habilidade de todos os antioxidantes presentes na amostra

(plasma) em inibir a oxidação do substrato oxidável ABTS (2,2`- Azino-di-[3-

ethylbenzthiazoline sulphonate]) a ABTS•+

pela metimioglobina. A quantidade de substrato

oxidado (ABTS•+

) foi monitorada por leitura de absorbância a 750 nm. O decaimento da

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37

absorbância a 750 nm foi diretamente proporcional à concentração de antioxidantes no

plasma, expressa em mM de trolox equivalente, antioxidante sintético, hidrossolúvel, análogo

a vitamina E.

4.7 Componentes do RCM

Os componentes do RCM foram diagnosticados na amostra estudada pelos seguintes

critérios:

Quadro 4. Critérios de diagnóstico dos componentes do RCM

COMPONENTES DO RCM PONTOS DE CORTE

1. Obesidade Abdominal (circunferência da cintura) Mulheres- >80 cm

Homens- >94 cm

2. Hiperglicemia de jejum > 100 mg/dL

3. Hipertrigliceridemia > 150 mg/dL

4. HDL-c reduzido Mulheres - <50 mg/dL

Homens- <40 mg/dL

5. Hipertensão arterial Sistêmica PAS > 130mmHg

PAD > 85mmHg

Fonte: IDF, 2005.

4.8 Consumo Alimentar e Variáveis de Estilo de Vida

A ingestão dietética diária habitual foi obtida mediante aplicação do questionário de

frequência alimentar-QFA semi-quantitativo (APÊNDICE B) elaborado para a amostra em

estudo. O software Virtualnutri foi utilizado para quantificar o consumo energético e de

nutrientes. A inadequação da ingestão foi determinada segundo a proposta da Dietary

References Intake (NRC, National Research Concil, 1997, 2000 e 2011; Trumbo et al., 2001)

utilizando os valores de Necessidade Média Estimada (EAR) ou Ingestão Adequada (AI)

como ponto de corte. A inadequação do consumo energético foi estabelecida para a ingestão

<90% ou >110% da Necessidade Energética Estimada (NEE), calculada por equações

preditivas proposta pelo Institute of Medicine (2005). Os alimentos foram classificados em

nove grupos alimentares: cereais, frutas, verduras e legumes, feijões, carne, laticínios,

açúcares, óleos e álcool. Foram adotados alguns cuidados metodológicos em torno da

avaliação do consumo alimentar, como a utilização de recursos visuais para auxiliar na

estimativa do tamanho das porções referidas mediante a aplicação do QFA; treinamento dos

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entrevistadores, teste piloto para sanar dúvidas e inadequações no QFA e padronização de

preparações de receitas.

Variáveis de estilo de vida tais como: uso de suplementos vitamínicos, tabagismo

(fumantes ou não-fumantes), número de cigarros por dia, prática regular de exercício físico

(sim ou não) e a sua intensidade, também foram coletados. Para caracterizar e quantificar o

exercício físico foi utilizado o Questionário Internacional de Atividade Física (IPAQ),

instrumento preconizado Organização Mundial de Saúde (1998) e validado no Brasil pelo

Centro de Estudos do Laboratório de Aptidão Física de São Caetano do Sul – CELAFISCS

(MATSUDO et al., 2001). O questionário é constituído por 8 perguntas, contempla a prática

ou não de atividade física, o tempo de duração e a frequência da atividade, seja ela

programada ou não-programada, levando em consideração sua intensidade (APÊNDICE C).

4.9 Análise estatística

Em razão do tamanho amostral e da natureza das variáveis firam adotados testes não

paramétricos. Teste de Mann-Whitney-U, para a comparação entre os grupos categorizados

pelo percentil 25 da capacidade antioxidantes total do plasma da amostra estudada (CAT de

2.635 mM) e pela presença dos componentes do risco cardiometabólico.

O teste de Spearman foi utilizado para rastrear a correlação entre a CAT e as demais

variáveis de interesse, relacionadas aos componentes do risco cardiometabólico e ao consumo

alimentar.

Os resultados foram apresentados em média ± desvio padrão ou em frequências

absoluta (n) e relativa (%). Foi considerado o nível de significância estatística de 5% de

probabilidade (p < 0,05). As análises estatísticas foram realizadas utilizando o software

Statistical Package for Social Science, SPSS, for Windows, versão 20.0.

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39

5 RESULTADOS

Participaram do estudo 139 indivíduos, jovens, não obesos e clinicamente saudáveis,

com idade de 21,4 ± 1,9 anos. Na distribuição de gênero predominaram as mulheres (77%). A

Tabela 1 expressa as características demográficas, antropométricas, clínicas e bioquímicas

categorizadas pelo valor do percentil 25 (2.635 mM) da distribuição da CAT. Não houve

diferença estatística entre os grupos para as variáveis investigadas.

Tabela 1: Características demográficas, antropométricas, clínicas e bioquímicas (X ± DP) de adultos

jovens, não obesos e clinicamente saudáveis, categorizados pelo percentil 25 (2.635 mM) da

Capacidade Antioxidante Total do Plasma (CAT). TOTAL

(n=139)

CAT

≤ 2.635 mM

(n=35)

CAT

> 2.635 mM

(n=104)

p

Idade (anos) 21.4 ± 1.9 21.4 ± 2.2 21.3 ± 1.9 0.87

Peso (kg)a 55.9 ± 7.4 56.8 ± 8.8 55.6 ± 6.8 0.78

IMC (kg/m2)

a 20.6 ± 2.1 20.4 ± 2.0 20.6 ± 2.1 0.70

CC (cm)a

71.1 ± 5.6 71.9 ± 6.5 70.9 ± 5.3 0.54

PCT (mm)a

18.6 ± 6.8 18.4 ± 7.3 18.7 ± 6.6 0.63

PCB (mm)a

9.6 ± 5.4 10.2 ± 6.6 9.4 ± 4.9 0.94

PCSI (mm)a

16.1 ± 6.5 15.4 ± 7.2 16.3 ± 6.3 0.33

PCSE (mm)a

14.8 ± 4.4 15.1 ± 4.7 14.7 ± 4.4 0.82

Gordura Total (%)a 23.0 ± 9.7 21.6 ± 7.4 23.4 ± 10.3 0.29

Gordura Troncular (%)a 53.2 ± 7.0 52.9 ± 7.1 53.3 ± 7.0 0.97

MG (kg)a 12.7 ± 5.5 12.2 ± 4.6 12.9 ± 5.7 0.34

MLG (kg)a 43.1 ± 8.6 44.5 ± 8.8 42.6 ± 8.6 0.62

PAS (mmHg)b

108.8 ± 8.0 111.3 ± 7.3 108.0 ± 8.1 0.07

PAD (mmHg)b

74.8 ± 7.8 74.6 ± 8.9 74.8 ± 7.4 0.83

Glicemia (mg/dL)c

85.6 ± 8.4 84.7 ± 10.5 86.0 ± 7.6 0.38

Colesterol total (mg/dL)d 170.7 ± 38.5 160.4 ± 27.6 174.2 ± 41.1 0.10

HDL-c (mg/dL)d 56.0 ± 10.9 55.4 ± 10.7 56.2 ± 11.0 0.71

LDL-c (mg/dL)d 98.9 ± 33.0 90.7 ± 22.5 101.8 ± 35.5 0.19

Triacilglicerol (mg/dL)d 78.4 ± 35.2 70.7 ± 25.0 81.0 ± 37.9 0.40

Colesterol total/HDL-cd 3.0 ± 0.7 2.9 ± 0.6 3.1 ± 0.8 0.27

IMC, Índice de Massa Corporal; CC, Circunferência da Cintura; PCT, prega cutânea tricipital; PCB, prega cutânea

bicipital; PCSE, prega cutânea subescapular; MG, massa gorda; MLG, massa livre de gordura; PAS, pressão arterial

sistólica; PAD, pressão arterial diastólica; HDL-c, Lipoproteína de alta densidade; LDL-c, lipoproteína de baixa

densidade.

Nível de significância estatística de 5%; Teste U-Mann Whitney; Dados apresentados em Média ± Desvio padrão (X ±

DP) a n= 123 para amostra total; n= 31 para CAT < 2.635 mM; n= 92 para CAT >2.635 mM

b n= 122 para amostra total; n= 30 para CAT < 2.635 mM; n= 92 para CAT >2.635 mM

c n= 136 para amostra total; n= 35 para CAT < 2.635 mM; n= 101 para CAT >2.635 mM

d n= 137 para amostra total; n= 35 para CAT < 2.635 mM; n= 102 para CAT >2.635 mM

Apesar de jovens, clinicamente saudáveis e não obesos, os indivíduos do presente estudo já

apresentavam componentes do RCM. Cerca de 15% da amostra apresentou concentrações de

HDL-c reduzido. Seguido pelas frequências, de níveis elevados de pressão arterial diastólica

(7,4%), séricos de triacilglicerol (5,8%) e glicose (4,4%) e ainda, obesidade abdominal (2,4%).

Ainda, 24,5% apresentaram mais de um componente do RCM, seguidos de 7,9% e 0,7%

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40

apresentando 2 ou mais e três ou mais componentes do RCM, respectivamente (dados não

apresentados em tabela). No entanto, o valor médio da CAT não diferiu entre os grupos para os

componentes do Risco Cardiometabólico (Tabela 2).

Tabela 2: Capacidade Antioxidante Total do Plasma (X ± DP) segundo Componentes do Risco

Cardiometabólico entre adultos jovens, não obesos e clinicamente saudáveis. Presente Ausente p

Obesidade abdominala

2,8±0,4 3,1±0,7 0,34

Hiperglicemiab 2,9±0,6 3,1±0,7 0,52

Hipertrigliceridemiac

3,0±0,4 3,1±0,7 0,60

HDL-c reduzidod

2,9±0,8 3,1±0,6 0,67

PAS elevada

- 3.1±0,7 -

PAD elevadae

3,2±0,9 3,1±0,7 0,63

Mais de 1 componente do RCMf

2,9±0,7 3,1±0,6 0,19

Mais de 2 componentes do RCMg

3,2±0,5 3,0±0,7 0,61

Mais de 3 componentes do RCMh

3,1±0.0 3,1±0,7 0,91

HDL-c, Lipoproteína de alta densidade; PAS, pressão arterial sistólica; PAD, pressão arterial diastólica; RCM, Risco

Cardiometabólico; Nível de significância estatística de 5%; Teste U-Mann Whitney; Dados apresentados em Média ±

Desvio padrão (X ± DP). an= 123 para amostra total; n= 03 para presença; n= 120 para ausência

b n= 136 para amostra total; n= 06 para presença; n=130 para ausência

c n= 137 para amostra total; n= 08 para presença; n=129 para ausência

d n= 137 para amostra total; n= 20 para presença; n=117 para ausência

en= 122 para amostra total; n= 09 para presença; n=113 para ausência

f n= 139 para amostra total; n= 34 para presença; n=105 para ausência

g n= 139 para amostra total; n= 11 para presença; n=128 para ausência

i n= 139 para amostra total; n= 01 para presença; n=138 para ausência

Obesidade abdominal: circunferência da cintura > 94 cm em homens e > 80 cm em mulheres; Hiperglicemia: glicemia

em jejum ≥ 100 mg/dL; Hipertrigliceridemia: triglicérides ≥ 150 mg/dL; HDL-c reduzido: lipoproteína de alta

densidade < 40 mg/dL em homens e < 50 mg/dL em mulheres; PAS elevada: pressão arterial sistólica ≥ 130 mmHg;

PAD elevada: pressão arterial diastólica ≥ 85 mmHg. Pontos de corte preconizados pela International Diabetes

Federation (IDF, 2005).

Os indivíduos com menor CAT apresentaram maior consumo de gordura trans,

vitamina D, iodo e zinco. Não foram observadas diferenças estatísticas para os demais

nutrientes (Tabela 3).

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41

Tabela 3: Ingestão dietética habitual diária de adultos jovens, não obesos e clinicamente saudáveis,

categorizados pelo percentil 25 (2.635 mM) da Capacidade Antioxidante Total do Plasma (CAT).

TOTAL

(n=124)

CAT

≤ 2.635 mM

(n=32)

CAT

> 2.635 mM

(n=92)

p

Ingestão energética (kcal)b 2959.0 ± 1295.4 3276.4 ± 1528.2 2848.6 ± 1193.7 0.20

Carboidrato

g/dia 408.8 ± 208.8 438.5 ± 233.8 398.5 ± 199.7 0.41

g/kg de pesoa

7.4 ± 4.2 7.8 ± 4.6 7.3 ± 4.1 0.61

%VET 54.8 ± 7.6 53.2 ± 8.0 55.4 ± 7.4 0.13

Proteína

g/dia 122.8 ± 51.5 138.8 ± 64.5 117.2 ± 45.2 0.12

g/kg de pesoa

2.2 ± 0.9 2.4 ± 1.0 2.1 ± 0.8 0.24

%VET 16.8 ± 3.6 17.1 ± 3.1 16.8 ± 3.8 0.41

Lipídio

g/dia 98.2 ± 45.9 112.4 ± 57.2 93.2 ± 40.4 0.13

g/kg de pesoa

1.7 ± 0.8 1.9 ± 0.9 1.6 ± 0.8 0.18

%VET 29.9 ± 5.8 30.9 ± 6.2 29.5 ± 5.6 0.12

Saturada (g) 36.0 ± 19.2 41.6 ± 25.9 34.0 ± 16.0 0.19

Monoinsaturada (g) 23.6 ± 12.72 24.5 ± 10.1 23.3 ± 13.5 0.33

Poliinsaturada (g) 17.5 ± 13.9 20.8 ± 17.9 16.3 ± 12.1 0.14

Colesterol (g) 505.7 ± 313.2 576.1 ± 329.6 481.2 ± 305.4 0.11

Trans 0.0 ± 0.3 0.1 ± 0.7 0.0 ± 0.1 0.03*

Fibras

Total (g) 28.5 ± 15.5 29.7 ± 17.7 28.0 ± 14.7 0.65

Solúvel (g) 5.4 ± 4.2 5.8 ± 6.4 5.2 ± 3.1 0.88

Insolúvel (g) 7.6 ± 5.0 8.1 ± 7.3 7.5 ± 3.9 0.95

Vitamina A (mg) 1907.0 ± 1157.3 2032.3 ± 1284.9 1863.5 ± 1113.7 0.42

Vitamina C (mg) 318.7 ± 275.7 361.6 ± 385.5 303.7 ± 226.4 0.46

Vitamina D (mcg) 6.8 ± 13.0 9.1 ± 17.7 6.0 ± 11.0 0.04*

Vitamina E (mg) 19.2 ± 10.5 21.4 ± 11.6 18.5 ± 10.1 0.12

Vitamina B1 (mg) 2.2 ± 1.3 2.4 ± 1.3 2.2 ± 1.3 0.36

Vitamina B2 (mcg) 2.2 ± 1.0 2.5 ± 1.2 2.1 ± 0.9 0.08

Vitamina B3 (mg) 31.1 ± 15.5 34.1 ± 17.5 30.0 ± 14.7 0.31

Vitamina B5 (mg) 6.7 ± 3.6 7.5 ± 3.9 6.4 ± 3.4 0.14

Vitamina B6 (mg) 3.6 ± 2.4 3.6 ± 2.6 3.6 ± 2.3 0.89

Vitamina B9 (mcg) 259.8 ± 119.2 288.2 ± 140.0 249.9 ± 110.2 0.20

Vitamina B12 (mcg) 9.6 ± 7.5 10.5 ± 8.2 9.3 ± 7.3 0.39

Cálcio (mg) 952.3 ± 505.7 1106.2 ± 575.4 898.8 ± 470.8 0.05

Cobre (mg) 1.4 ± 0.7 1.5 ± 0.9 1.3 ± 0.6 0.22

Ferro (mg) 67.0 ± 118.6 74.1 ± 120.1 64.5 ± 118.6 0.43

Fósforo (mg) 1377.3 ± 580.5 1567.2 ± 677.8 1311.2 ± 530.9 0.06

Iodo (mcg) 118.0 ± 79.5 147.7 ± 91.9 107.7 ± 72.4 0.02*

Magnésio (mg) 338.6 ± 185.3 361.0 ± 202.6 330.8 ± 179.4 0.41

Manganês (mg) 1.9 ± 1.2 2.0 ± 1.4 1.9 ± 1.1 0.79

Potássio (mg) 3983.2 ± 2235.4 4202.7 ± 2536.3 3906.9 ± 2130.7 0.44

Selênio (mg) 109.5 ± 52.1 126.1 ± 64.7 103.7 ± 45.9 0.11

Sódio (mg) 3196.2 ± 1515.1 3586.5 ± 1891.1 3060.5 ± 1346.2 0.28

Zinco (mg) 9.9 ± 4.5 11.4 ± 5.0 9.4 ± 4.3 0.03*

Kcal,(quilocalorias); g (grama); mg (miligrama), mcg (micrograma)

* Nível de significância estatística de 5%; Teste U-Mann WhitneyDados apresentados em Média ± Desvio padrão (X ± DP) an= 121 para amostra total; n= 31 para CAT < 2.635 mM; n= 90 para CAT >2.635 mM

Apesar de não terem sido observadas diferenças estatísticas entre os grupos da CAT, as

inadequações de ingestão alimentar foram consideráveis, sobretudo, as relativas ao consumo

energético, de gordura saturada, fibras e vitamina D (Tabela 4).

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42

Tabela 4: Inadequação energética, de consumo alimentar e variáveis de estilo de vida [n(%)] entre

adultos jovens, não obesos e clinicamente saudáveis, categorizados pelo percentil 25 (2.635 mM) da

Capacidade Antioxidante Total do Plasma (CAT).

TOTAL

(n=124)

CAT

≤ 2.635 mM

(n=32)

CAT

> 2.635 mM

(n=92)

p

Energia **a

Abaixo de 90% 30(24.4) 7(22.6) 23(25.0)

0.93 Adequado(90 a110%) 25(20.3) 6(19.4) 19(20.7)

Acima de 110% 68(55.3) 18(58.1) 50(54.3)

Lipídios

Saturados 114(91.9) 31(96.9) 83(90.2) 0.23

Monoinsaturados 1(0.8) - 1(1.1) 0.55

Colesterol 90(72.6) 23(71.9) 67(72.8) 0.91

Trans - - - -

Fibras Alimentar 89(71.8) 23(71.9) 66(71.7) 0.98

Vitamina A 7(5.6) 2(6.5) 5(5.4) 0.86

Vitamina C 2(1.6) 1(3.1) 1(1.1) 0.43

Vitamina D 107(86.3) 27(84.4) 80(87.0) 0.71

Vitamina E 29(23.4) 6(18.8) 23(25.0) 0.47

Vitamina B1 5(4.0) 2(6.3) 3(3.3) 0.45

Vitamina B2 7(5.6) 2(6.3) 5(5.4) 0.86

Vitamina B3 3(2.4) 1(3.1) 2(2.2) 0.76

Vitamina B5 46(37.1) 10(25.8) 36(39.1) 0.42

Vitamina B6 2(1.6) 1(3.1) 1(1.1) 0.43

Vitamina B9 23(18.5) 6(18.8) 17(18.5) 0.97

Vitamina B12 8(6.5) 1(3.1) 7(7.6) 0.37

Cálcio 62(50.0) 12(37.5) 50(54.3) 0.10

Cobre 16(12.9) 5(15.6) 11(12.0) 0.59

Ferro 5(4.0) 3(9.4) 2(2.2) 0.07

Fósforo 9(7.3) 2(6.3) 7(7.6) 0.79

Iodo 57(46.0) 10(31.3) 47(51.1) 0.05

Magnésio 58(41.7) 15(46.9) 43(46.7) 0.98

Manganês 65(52.4) 18(56.3) 47(51.1) 0.61

Potássio 77(62.1) 19(59.4) 58(63.0) 0.71

Selênio 9(7.3) 3(9.4) 6(6.5) 0.59

Sódio 16(12.9) 3(9.4) 13(14.1) 0.48

Zinco 38(30.6) 6(18.8) 32(34.8) 0.90

Estilo de vida

Atividade Físicab

43(35.2) 11(40.7) 32(33.7) 0.49

Kcal, quilocalorias; g, grama; mg, miligrama, mcg, micrograma

Nível de significância estatística de 5%; Teste X2 Qui-Quadrado; Dados apresentados em Média ± Desvio

padrão (X ± DP). a n= 123 para amostra total; n= 31 para CAT < 2.635 mM; n= 92 para CAT >2.635 mM

b n= 122 para amostra total; n= 27 para CAT < 2.635 mM; n= 95 para CAT >2.635 mM

Não houve diferença estatística para a ingestão dietética diária de nenhum dos grupos

alimentares segundo a categorização da CAT (Tabela 5).

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43

Tabela 5: Ingestão dietética habitual diária de acordo com grupos alimentares de adultos jovens,

não obesos e clinicamente saudáveis, categorizados pelo percentil 25 (2.635 mM) da Capacidade

Antioxidante Total do Plasma (CAT). CAT

≤ 2.635 mM

(n=32)

CAT

> 2.635 mM

(n=93)

p

Cereais (g) 477.5 ± 327.0 421.7 ± 229.8 0.37

Frutas (g) 829.0 ± 653.6 645.4 ± 394.7 0.13

Verduras e legumes (g) 111.0 ± 63.5 127.5 ± 86.7 0.49

Feijões (g) 124.2 ± 149.9 90.6 ± 59.2 0.34

Carne (g) 223.1 ± 112.1 187.8 ± 103.6 0.12

Laticínios (g) 461.1 ± 427.0 334.2 ± 297.5 0.21

Açúcares (g) 172.0 ± 148.8 181.9 ± 230.2 0.90

Óleo(mL) 98.5 ± 76.4 88.6 ± 61.6 0.65

Álcool (mL) 5.5 ± 11.1 6.6 ± 16.2 0.80

Nível de significância estatística de 5%; Teste U-Mann Whitney; Dados apresentados em Média ± Desvio

padrão (X ± DP).

Frutas: frutas e sucos in natura ou industrializados.

O coeficiente de correlação de Spearman entre as variáveis idade, antropométricas e

bioquímicas estão apresentados na Tabela 6. A CAT do plasma se correlacionou

positivamente com as variáveis PCSI (r=0.15, p=0.04) e glicemia (r=0.15, p=0.03) e

negativamente com a PAS (-0.18, p=0.01).

Tabela 6: Correlação entre a CAT (mM) e os parâmetros demográficos, antropométricos e

bioquímicos adultos jovens não obesos e clinicamente saudáveis. R p

Idade (anos) -0.70 0.20

Peso (kg)a -0.45 0.31

IMC (kg/m2)

a 0.08 0.16

CC (cm)a

-0.03 0.34

PCT (mm)a

0.10 0.12

PCB (mm)a

0.03 0.34

PCSI (mm)a

0.15 0.04*

PCSE (mm)a

0.02 0.40

Gordura Total (%)a 0.14 0.05

Gordura Troncular (%)a 0.00 0.46

MG (kg)a 0.11 0.11

MLG (kg)a -0.09 0.14

PAS (mmHg)b

-0.18 0.01*

PAD (mmHg)b

-0.40 0.31

Glicemia (mg/dL)c

0.15 0.03*

Colesterol total (mg/dL)d 0.63 0.23

HDL-c (mg/dL)d 0.02 0.40

LDL-c (mg/dL)d 0.06 0.23

Triacilglicerol (mg/dL)d -0.43 0.30

Colesterol total/HDL-c 0.02 0.39

IMC, Índice de Massa Corporal; CC, Circunferência da Cintura; PCT, prega cutânea tricipital; PCB, prega cutânea

bicipital; PCSE, prega cutânea subescapular; PCSI, prega cutânea suprailíaca; MG, massa gorda; MLG, massa

livre de gordura; PAS, pressão arterial sistólica; PAD, pressão arterial diastólica; HDL-c, Lipoproteína de alta

densidade; LDL-c, lipoproteína de baixa densidade. an= 123 ;

b n= 122;

c n= 136;

d n= 137.

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44

6 DISCUSSÃO

O excesso de ERO tem sido um fator associado à presença dos componentes do RCM

e, consequentemente, ao surgimento das DCNT decorrentes (HOPPS et al., 2010; WHALEY-

CONNELL, MCCULLOUGH, e SOWERS 2010; MATSUDA e SHIMOMURA, 2013).

Diversos estudos têm identificado associações entre a CAT do plasma e alterações nos

parâmetros antropométricos, clínicos e bioquímicos, componentes do RCM (VENTURINI et

al., 2012; GAWRON-SKARBEK et al., 2014; HA et al. 2014; OKUBO et al., 2014). Cabe

ressaltar, que todos estes estudos foram conduzidos com indivíduos com DCNT’s. São raros

os estudos realizados com indivíduos saudáveis, e quando existem são estudos de

comparação. Em pacientes com DAC, Gawron-Skarbek et al. (2014) observaram que a CAT

apresentou correlação positiva e significante com variáveis antropométricas (peso corporal,

IMC, CC e RCQ e percentual de gordura corporal), clínicas (PAS e PAD) e bioquímicas

(colesterol total e triglicérides). Okubo et al. (2014) observaram que a CAT (TEAC) foi

associada inversamente a concentração de insulina em jejum e glicemia pós-prandial nos

homens e glicemia de jejum, pós-prandial e insulina pós-prandial em mulheres, sendo esta

associação mais forte em mulheres com IMC > 30Kg/m2. Amirkhizi et al. (2010) apontaram

menor valor de CAT plasmática em mulheres com elevada CC quando comparada a mulheres

com distribuição normal de adiposidade (2.41±0.59 vs. 3.16±0.84 µmol/L, p<0.01). Foi

observado que indivíduos pré-diabéticos (MOHIELDEIN et al., 2014), com presença de

componentes do RCM (HOPPS et al., 2014 e ODUM et al., 2012) e com hipertensão (HAN et

al., 2013) tem apresentado menor valor de CAT plasmática quando comparados a indivíduos

saudáveis.

A inexistência de associações entre o CAT e variáveis antropométricas, clínicas e

bioquímicas no presente estudo pode ser justificada pela pequena prevalência de alterações

nos parâmetros avaliados, em relação aos valores de referência propostos, uma vez que, trata-

se de uma população jovem, não obesa e clinicamente saudável . Não obstante, ressalta-se o

elevado valor da CAT encontrado na amostra avaliada do presente estudo (3.10 ± 0.71;

mediana = 3.09 mM), quando comparado ao valor de referência de 1.41 mM estabelecido por

Rice-Evans (2000) e os encontrados por Barbosa et al. (2014) e Ha et al. (2014) em adultos

jovens e mulheres clinicamente saudáveis (1,60mM e 1,70±0,52 mM, respectivamente). Esse

resultado pode estar associado às características dos indivíduos estudados, uma vez que esta é

ativa quanto a prática de exercícios físicos (64,8%) além de ser composta por não fumantes,

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45

com baixo consumo de álcool e por universitários de cursos da área de saúde com destaque

para nutrição (39,3%).

Mesmo se tratando de jovens, clinicamente saudáveis e não obesos, foi possível

constatar as correlações existentes entre o CAT e a PCSI, indicador indireto de distribuição de

gordura central (r=0.15; p=0.04) e glicemia de jejum (r=0.15; p=0.03) e negativa com a

pressão arterial sistólica. A direção positiva das correlações não corrobora com a literatura

(DEMIRBAG et al. 2005; KURBAN, MEHMETOGLU et al. 2008). Estudos tem mostrado

correlação negativa entre a CAT do plasma e parâmetros como CC (AMIRKHIZI et al., 2010;

HERMSDORFF et al., 2011), glicemia de jejum (BITLA et al., 2012), PAS e PAD (HAN et

al., 2013). Apesar de que , estes estudos foram conduzidos com indivíduos com DCNT.

Diante das características dos participantes do presente estudo e da elevada CAT, seria

possível sugerir a instauração de um mecanismo adaptativo, que explicaria tais correlações. O

aumento da glicemia, num sistema biológico em homeostase, determinaria um aumento

compensatório da CAT. Do mesmo modo ocorreria para a gordura corporal. Diversos autores

defendem que a obesidade visceral (padrão de distribuição centralizado da gordura corporal) é

uma condição inflamatória e oxidante, gerando O2•

e H2O2, e logo, maior demanda para o

sistema de defesa antioxidante (VINCENT et al. 1999; KUKREJA et al. 1992; LEE et al.

2008; BRENNER et al. 2010; GONZÁLEZ, 2010). Os achados de Demirbag et al., (2005) e

Kurban, et al., (2008) corroboram tal pressuposto, demonstrando que diante de condições

patológicas já instaladas, associadas ao EO, torna-se inviável o aumento da CAT como

mecanismo compensatório, diferente do que ocorre em indivíduos saudáveis.

O estudo dos componentes do RCM tem despertado a atenção, uma vez que, estão

fortemente, relacionados ao desenvolvimento de doenças associadas à resistência à insulina e

eventos cardiovasculares, principais causas de morbimortalidade na população (WHO, 2012;

BRASIL, 2011). Além disso, essas patologias apresentam impacto direto e indireto na

economia, social e governamental. Merecem destaque a redução da produtividade, perda de

dias trabalhados, prejuízos para o setor produtivo e custos intangíveis, como os efeitos

adversos na qualidade de vida das pessoas afetadas (BLOOM et al. 2011; WHO, 2013).

Estudar a presença de componentes do RCM em população jovem tem sua

significância no diagnóstico precoce e estabelecimento de intervenções específicas e medidas

preventivas. Apesar de jovens, clinicamente saudáveis e não obesos, 24,5% dos indivíduos do

presente estudo já apresentavam mais de um componentes do RCM e 7,9% mais de dois

Dentre eles o mais prevalente foi o HDL-c reduzido (14,6%), seguido por níveis elevados da

pressão diastólica (7,4%) triacilglicerol sérico (5,8%) e glicose (4,4%) e ainda, obesidade

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abdominal (2,4%). Estudos, tanto no Brasil (DA SILVA et al. 2014 e DI FREITAS et al.

2012) como em outros países encontraram prevalências ainda maiores, o que pode estar

associado a característica da população do presente estudo (MURGIA-ROMERO et al. 2012;

MORREL et al. 2012; TOPÉ e ROGERS, 2013; DALLECK e KJELLAN, 2012).

Da Silva et al. (2014) encontraram ao avaliar a prevalência dos componentes do RCM

em universitários do Piauí, que 64.4% apresentaram pelo menos um componente, 11.6%

tinham dois e 3.5% tinham três ou mais, prevalecendo também o HDL-c reduzido encontrado

em 64.5% dos avaliados. Em Fortaleza/CE Di Freitas et al., (2012) apontaram que 30.4% dos

universitários manifestaram um e 12.4% dois componentes do risco, sendo o HDL-c e a

elevação da pressão sanguínea mais presente nas mulheres e homens, respectivamente.

Murgia-Romero et al. (2012) estabeleceram que 15.8% da população jovem (18 a 24

anos) do México, com IMC médio de 24.1 Kg/m2, apresentavam mais de três componentes do

RCM. No ano seguinte (2013), os mesmos autores observaram a presença em estudantes

universitários eutróficos (IMC médio=24,3 Kg/m2) de CC (38,4%), PAS (6,1%) e PAD

(7,6%) elevadas, hiperglicemia (11%), hipertrigliceridemia (20,2%) e HDL-c reduzido (37%).

Nos EUA, a presença de três componentes do RCM na população universitária variou de 3 a

9,9%, enquanto que até 77,4% e 13% apresentaram um ou dois componentes do risco,

respectivamente. Entre os componentes mais prevalentes destacam-se a pressão arterial

elevada (62,1%) e o HDL-c reduzido (23,7% a 47,3%) (MORREL et al. 2012; TOPÉ E

ROGERS, 2013; DALLECK e KJELLAN, 2012).

A instalação desse quadro tem sido atribuída aos hábitos alimentares inadequados,

comuns em populações jovens, devido à nova fase de vida que vem acompanhada de

independência, inabilidade nas escolhas alimentares, falta de tempo, conveniência, fator

financeiro e influência do ambiente físico e social (CLUSKEY e GROBE et al., 2009;

FEITOSA et al., 2011; FERNANDES e LOFGREN, 2011; GREENE et al., 2011; GOMES et

al., 2012; RACETTE et al., 2005). O resultado dessa combinação, , é o maior ganho de peso

no primeiro ano de universidade quando comparado ao da vida adulta, podendo este ganho ser

até 11 vezes mais rápido (GROPPER et al., 2012; HOLM-DENOMA et al., 2008;

FINLAYSON et al., 2012).

Pan e Pratt (2008) observaram maior prevalência de componentes do RCM na

população jovem universitária que apresentaram menores pontuações do Índice de Qualidade

da Dieta -HEI (p<0.0001) e tendência para os que apresentavam baixo nível de atividade

física.

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Em Londrina, foi observado que 62,5% da amostra estudada com RCM necessitavam

de melhoria na dieta, uma vez que, 94,2%, 85,5% e 71,0% apresentaram baixo consumo de

frutas, legumes e hortaliças, leites e derivados, respectivamente. Em contrapartida, valores

altos foram encontrados para o consumo de sódio (100%), colesterol (79,7%) e gordura total

(91,3%), estando associada esta última com altos níveis plasmáticos de colesterol total

(p<0,03), LDL-c (p<0,04) e baixo HDL-c (p<0,01) para os homens (LIMA, 2014). Costa,

Brito e Lessa (2014) verificaram que a frequência diária de consumo de frutas (≥3) e

leguminosas (≥2) e o não consumo de gordura saturada esteve associado com o baixo RCM

em mulheres obesas.

O consumo alimentar exerce efeito importante na instalação do EO, quer seja por

promover maior produção espécies reativas, ou pela ingestão deficiente de nutrientes

antioxidantes (BARBOSA et al., 2008 e 2010). Estudos tem demostrado que a restrição

calórica tem sido benéfica na oxidação das biomoléculas enquanto que, a oferta de refeições

com alto teor de carboidrato, lipídeos e proteínas tem aumentado a expressão do EO e,

consequentemente, a inflamação (BUCHOWSK et al., 2012; LOPEZ-LEGARREA et al.,

2014; MEYDANI et al., 2011; MOHAMMADI et al., 2014; PEREZ-MARTINEZ et al.,

2010). Esse processo é estabelecido pela maior produção do ânion superóxido devido ao alto

nível de substratos oxidantes e aumento do peso corporal, provenientes da alta ingestão de

energia e macronutrientes (O’KEEFE e BELL, 2007; NISHIKAWA et al., 2000; DE LA

IGLESIA et al., 2013; HERMSDORFF, VOLP e BRESSAN, 2007; LOPPEZ-LEGARREA et

al., 2014). Já a participação das vitaminas e minerais, está associada respectivamente, a

capacidade destes em doar ou receber elétrons nas reações oxidativas e/ou regular ações das

enzimas antioxidantes, minimizando assim a oxidação das biomoléculas (OPARA, 2002).

Barbosa et al. (2014) apontaram que a maior ingestão de lipídeos, carboidrato e

proteína, por indivíduos jovens saudáveis, esteve associada ao grupo com maior CAT. Odum,

Ejilemele e Wakwe et al. (2012) e Romeu et al. (2013) observaram correlações positivas entre

a CAT e o consumo de frutas, vitamina C e E, e negativa com a ingestão de ácidos graxos

monoinssaturados.

No presente estudo, foi observado que o grupo com menor CAT apresentou a maior

ingestão de gordura trans, Zn, iodo e vitamina D O alto consumo de gordura trans tem sido

relacionado a condições que predispõe o EO como resistência insulínica, obesidade e

inflamação sistêmica, estando o seu consumo associado ao aumento nos níveis de IL-6 e

TNF-α (MOZAFFARIAN et al., 2004; LOPEZ-GARCIA, et al., 2005; SUN et al., 2007).

Além disso, a presença das duplas ligações nos ácidos insaturados deixa a gordura trans

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altamente suscetível ao ataque dos RL, colaborando para sua oxidação (WANDER e DU,

2000). A maior estabilidade dos ácidos graxos saturados pode justificar a inexistência de

associações entre a CAT e o consumo de gordura saturada. Quanto ao consumo de Zn, o

achado do presente estudo discorda com a literatura que aponta o Zn como um dos nutrientes

de maior ação antioxidante, devido a sua participação como cofator da enzima SOD e como

quelantes do Fe e Cu, metais altamente reativos (POWELL, 2000; PRASAD, 2009). No

entanto é importante notar que a prevalência de inadequação da ingestão de zinco na

população do presente estudo (30,6%) não é das mais notórias, uma vez que entre os

micronutrientes estudados variou de 86.3% para a vitamina A e 4% para ferro. Não obstante,

estudos tem apontado maiores percentuais (38 a 57,5%) de inadequação na ingestão deste

mineral (PANZIERA et al. 2011; SOUZA et al. 2012; FISBERG et al. 2013; TAVARES et

al. 2014). Em adição, a CAT encontrada entre os indivíduos do presente estudo (3,10 ± 0,71;

mediana = 3,09 mM), superou tanto o valor de referência (1,41 mM), proposto por Rice-

Evans (2000) quanto os valores observados em outros estudos conduzidos com jovens

saudáveis (1.06 mM e 1.70±0.52 mM BARBOSA et al., 2010 e HA et al., 2014,

respectivamente). Sendo assim, poderia tratar-se de um mecanismo compensatório, atuante

em condições de homeostase, resultando no aumento da CAT diante da menor ingestão de

zinco. Em relação ao Iodo e Vitamina D, não foram encontrados na literatura estudos que

apresentem associações com o EO.

Apesar da inadequação da ingestão de energia e nutrientes, bem como das variáveis de

estilo de vida não terem se associado a CAT, estas foram relevantes na população despertando

atenção, uma vez que, hábitos alimentares e de estilo de vida inadequados têm sido

fortemente associados ao desenvolvimento de doenças (WHO, 2003; SANTOS et al. 2013;

UNGER e SCHERER, 2011; LIMA, 2014; GADGIL, 2013). Merece destaque o consumo de

energia acima de 110% da NEE, em mais que 75% da população. Quanto a ingestão de fibras,

gorduras saturadas e colesterol houve inadequação em mais de 70%, 90% e 70% da

população, respectivamente. Além de contribuir com o EO, o consumo de refeições

hipercalóricas pode contribuir para o aumento do peso corporal e desenvolvimento da

obesidade e suas consequências. Já a baixa ingestão de fibras tem sido associada a elevados

níveis glicêmicos, ganho de peso e gordura corporal, aumento de LDL-c e pressão arterial e

aumento na incidência de DCV, doença renal e diversos tipos de cânceres (MENTE et al.

2009; KRANZ et al. 2012; SAWADA et al. 2015; KRISHNAMURTHY et al. 2012; PARK

et al. 2011; KACZMARCZYK, MILLER e FREUND, 2012; POST et al. 2012).

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Os achados supracitados são corroborados por diversos estudos, conduzidos entre

universitários. As influências psicossociais, estilo de vida e situações acadêmicas tornam

corriqueira a inadequação na ingestão diária de energia e nutrientes na população

universitária, que frequentemente, omitem refeições ou substituem por lanches que são muitas

vezes, nutricionalmente desequilibrados (EVES et al., 1995; VIEIRA et al., 2002). Feitosa et

al., (2011) observaram que 41.0% dos estudantes da Universidade Federal de Sergipe (UFS)

tem o hábito de substituir almoço e jantar por lanches não saudáveis, sendo esta prática mais

prevalente no sexo feminino. Ainda em relação a UFS, Amor, Ferreira e Barbosa (2012) ao

utilizarem a EAR como ponto de corte para avaliar adequação nutricional desses estudantes,

encontram como principais inadequações a ingestão de ácido fólico (98,5%), ferro (83,1%),

fibras (76,9%), magnésio (92,3%), potássio (96,9%), cobre (100%), vitaminas D (100%) e E

(61,5%). Além disso, vale ressaltar que a população com dieta inadequada possuiu uma dieta

hiperproteica (36,9%) e hiperlipídica (23,1%). Petribú, Cabral e Arruda (2009) observaram

em estudantes de uma universidade pública no Recife/PE a presença de sedentarismo

(41,7%), excesso de peso (40,8%), história familiar de hipertensão (35,5%), DM (11,3%) e

obesidade (20,2%). Com relação ao consumo alimentar, dieta hipercalórica e hiperlipídica,

com ingestão elevada de colesterol e gordura saturada. Gomes et al. (2012) e Correia,

Cavalcante e Santos (2010) encontraram prevalências significativas de sedentarismo (57,3% e

44%) e sobrepeso (19,4% e 24,4%) em adultos jovens no interior do nordeste brasileiro e em

universitários paulistas, respectivamente.

No presente estudo a ausência de diferenças entre os grupos estratificados pelo

percentil 25 CAT ao avaliar o consumo por grupos de alimentos pode estar relacionada a

adequada ingestão habitual diária (g ou mL) quando comparado às recomendações. Alimentos

envolvidos no sistema de defesa do organismo como as frutas e verduras e legumes tiveram

consumo adequado. O que pode também justificar o alto valor da CAT encontrada. Ambos os

grupos consumiram mais de 400g/d de frutas e vegetais (5 porções), valor preconizado pela

OMS para prevenção das DCNT (WHO, 2003). Essa recomendação tem sido adotada por

alguns países como, por exemplo os EUA que em 2010 lança a campanha USDA 5 A Day

recomendando em seu guia alimentar o consumo de 5 porções diárias para redução da

ingestão calórica e manutenção do peso corporal saudável (US, 2010). A influência dessa

recomendação na proteção do organismo em relação ao dano oxidativo tem sido investigada

por alguns estudos. Suwimol et al. (2013) avaliaram se a ingestão de 5 e 8 porções de frutas e

verduras melhorava o perfil do EO em adultos jovens saudáveis da universidade de

Chulalongkorn na Tailândia, e encontraram redução nos níveis de MDA apenas para o

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consumo de 8 porções durante 4 semanas (-0.15 µmol/L, p<0.05). Root et al. (2012)

apontaram que o consumo de > 5 porções diárias frutas e verduras esteve associado ao

aumento da CAT, seja pelo método FRAP ou ORAC (p<0.0001 e p=0.047 respectivamente),

e redução na concentração plasmática do 8-isoprostano (p<0.0001) da população de

Appalachian nos EUA. Em adultos jovens saudáveis brasileiros e espanhóis Hermsdorff et al.,

(2012) observaram também que o consumo no tercil mais alto de frutas e vegetais (>705g/d, >

8 porções) se correlacionou com o aumento da CAT e atividade da GPx e com a redução na

concentração plasmática da LDL-ox (p para tendência <0.05).

A despeito dos resultados supracitados que divergem do presente estudo, cabe ressaltar

que no grupo das frutas foram incluídos também os sucos in natura e industrializados que

podem propiciar uma maior ingestão de carboidrato simples, pelo açúcar de adição. Além

disso, o valor da CAT nesta amostra supera os valores de referência (RICE-EVANS, 2000) e

aqueles encontrados em estudos também conduzidos com jovens saudáveis (BARBOSA et

al., 2010; HA et al., 2014). Sendo possível sugerir que diante da adequação da ingestão de

frutas e vegetais e da repleção da CAT, a inexistência da associação entre estas variáveis

poderia refletir a situação de homeostase entre os jovens, saudáveis e não obesos estudados.

O presente estudo teve como limitações: a perda amostral em relação a algumas

variáveis em razão de informações incompletas e/ou desistência no momento das avaliações.

Vale ressaltar que os métodos utilizados para avaliar a CAT do plasma refletem estritamente

as reações químicas in vitro sem similaridade com os sistemas biológicos devendo seus

resultados serem interpretados com cautela, uma vez que eles não medem biodisponibilidade,

estabilidade in vivo, retenção de antioxidantes pelos tecidos e nem reatividade in situ

(VASCONCELOS et al. 2007; WAYNER et al. 1985).

7 CONCLUSÃO

A amostra do presente estudo, apesar de jovem, clinicamente saudável, isenta de

desvios do estado nutricional e com elevada CAT já apresentou manifestados componentes do

RCM.

A correlação negativa entre a capacidade antioxidante total do plasma e a pressão

arterial sistólica assim como a baixa capacidade antioxidante no grupo com alto consumo de

gordura trans corroboram com a literatura, uma vez que essas alterações demandam mais do

sistema antioxidante. Porém, as correlações positivas observadas entre a capacidade

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antioxidante total do plasma e a glicemia e a prega cutânea suprailíaca, indicador indireto de

distribuição de gordura central, além da baixa ingestão de zinco no grupo de maior capacidade

sugerem a instauração de um mecanismo adaptativo. O aumento da glicemia, num sistema

biológico em homeostase, determinaria um aumento compensatório da capacidade

antioxidante total do plasma. Do mesmo modo ocorreria para a gordura corporal e para

ingestão de zinco. Nesta amostra de indivíduos jovens, não obesos e clinicamente saudáveis,

diferente do que ocorre em populações com doenças já instaladas, a CAT não foi capaz de

associar-se os componentes do risco cardiometabólico, possivelmente, em razão da

instauração do mecanismo compensatório atuante em condições fisiológicas. Além disso, a

CAT pode não ser sensível como avaliação do estresse oxidativo, por ser uma forma indireta

de avaliá-la.

Dessa forma, faz-se necessário a condução de estudos com população jovem,

clinicamente saudável e isenta de desvios do estado nutricional no sentido de avaliar

biomarcadores capazes de predizer o RCM, possibilitando assim o planejamento de ações de

intervenção capazes de evitar os desfechos clínicos da instalação precoce das DCNT.

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APÊNDICE A - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

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APÊNDICE B - QUESTIONÁRIO DE FREQUÊNCIA ALIMENTAR

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE

CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE (CCBS)

NÚCLEO DE NUTRIÇÃO (NUNUT)

PROJETO BIOMARCADORES DO ESTRESSE OXIDATIVO:

POSSÍVEIS ASSOCIAÇÕES COM DETERMINANTES DA SÍNDROME METABÓLICA

ENTREVISTADOR DATA ______/______/______ CÓDIGO

Pense sobre sua alimentação no último ano. Desde [mês de aplicação do questionário] do ano passado, com que freqüência você comeu cada um dos seguintes alimentos?

ITEM ALIMENTAR PORÇÃO

REFERÊNCIA FREQUENCIA QUANTAS VEZES TAMANHO

DA PORÇÃO

Macarrão/ Macarronada/ Lasanha/

Miojo

1 escumadeira

rasa / ½ prato

(115g) / 1 pacote

(85g)

D S M A N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 P M G

Arroz cozido/integral 4 colheres de

sopa

(100g)

D S M A N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 P M G

Pão Jacó/Pão Fatia/Pão Integral 1 unidade/

2 fatias

(50g)

D S M A N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 P M G

Pão de Queijo/Pão de Batata

(pequeno)

2 unidades

(60g)

D S M A N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 P M G

Cuscuz de Milho 1 pedaço/1

colher de servir

(135g)

D S M A N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 P M G

Batata Doce 1 unidade média

(120g)

D S M A N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 P M G

Macaxeira/Inhame 1 unidade média

(100g)

D S M A N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 P M G

Batata Inglesa (Cozida/Purê) 1 unidade

média/1 colher

de servir

(140g)

D S M A N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 P M G

Farofa/Farinha de Mandioca 1 colher de servir

(37g)

D S M A N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 P M G

Biscoito sem recheio ( tipo água e

sal / bolachão/ cream cracker/

maisena)

6 unidades/

1 unidade

(28g)

D S M A N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 P M G

Biscoito recheado 4 unidades

(60g)

D S M A N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 P M G

Bolo comum 1 fatia média

(60g)

D S M A N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 P M G

Bolo com recheio e cobertura 1 fatia média

(100g)

D S M A N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 P M G

Alface 3 folhas médias D S M A N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 P M G

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(30g)

Repolho (Cru/Refogado) 1 colher de servir

(25g/45g)

D S M A N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 P M G

Couve (Crua/Refogada) 1colher de sopa

(15g/18g)

D S M A N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 P M G

Tomate 4 fatias/2

colheres de sopa

(60g)

D S M A N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 P M G

Beterraba (Crua Ralada/Cozida

Picada)

1 colher de sopa

(16g/20g)

D S M A N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 P M G

Cenoura Crua (Ralada/Cozida

Picada)

1 colher de sopa

(12g/25g)

D S M A N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 P M G

Milho verde (Espiga/Enlatado) 1 espiga (100g)/1

colher de sopa

(24g)

D S M A N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 P M G

Pepino 2 fatias/

1 colher de sopa

(18g)

D S M A N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 P M G

Sopa 1 concha média

(130g)

D S M A N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 P M G

Abacate 1 fatia

(92g)

D S M A N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 P M G

Abacaxi (Suco Natural/Suco

Adoçado)

1 fatia (75g)/1

copo de

requeijão

(240mL)

D S M A N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 P M G

Banana 1 unidade

(140g)

D S M A N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 P M G

Laranja/Mexerica (Suco

Natural/Suco Adoçado)

1 unidade média

(190g) /1 copo de

requeijão (240mL)

D S M A N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 P M G

Goiaba (Suco Natural/Suco

Adoçado)

1 unidade média

(170g) / 1 copo de

requeijão (240mL)

D S M A N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 P M G

Maçã 1 unidade média

(130g)

D S M A N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 P M G

Mamão (Suco Natural/Suco

Adoçado)

1 fatia média (70g)

/1 copo de

requeijão (240mL)

D S M A N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 P M G

Melancia (Suco Natural/Suco

Adoçado)

1 fatia média

(200g) /1 copo de

requeijão (240mL)

D S M A N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 P M G

Manga (Suco Natural/Suco

Adoçado)

1 unidade média

(140g)/ 1 copo de

requeijão (240mL)

D S M A N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 P M G

Uva (Suco Natural/Suco Adoçado) 1 cacho médio

(176g)/ 1 copo de

requeijão (240mL)

D S M A N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 P M G

Suco Natural/Adoçado de

(Maracujá/Limão/Acerola)

1 copo de

requeijão

(240mL)

D S M A N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 P M G

Suco Natural/Adoçado (Caju, Cajá,

Mangaba, Umbu, Graviola)

1 copo de

requeijão

(240mL)

D S M A N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 P M G

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73

Suco com leite/Vitamina de Fruta 1 copo de

requeijão

(240mL)

D S M A N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 P M G

Suco industrializado (caixinha, em

pó, Guaramix, Kapo, Ades)

1 copo de

requeijão

(240mL) /

1 caixinha

(200 mL)

D S M A N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 P M G

Carne de boi frita no óleo

(Torrada)/Carne no molho (Carne

cozida, Carne de panela)/Carne

Moída/Bife/Bife rolê/Assada

1 fatia (80g)/1

colher de servir

(60g)/1 bife

médio (100g)

D S M A N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 P M G

Frango

(Cozido/Assado/Grelhado/Frito)

1 pedaço

médio/1 porção

(120g)

D S M A N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 P M G

Carne de porco (Torrada/de

panela/Assada)

1 pedaço médio

(80g)

D S M A N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 P M G

Carne de carneiro torrada/de

panela/Assada

1 pedaço médio

(80g)

D S M A N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 P M G

Peixe (Cozido/Assado/Frito) 1 filé médio

(130g)

D S M A N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 P M G

Miúdo/Vísceras (Fígado, Rim,

Coração, Moela)

1 colher de servir

(60g)

D S M A N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 P M G

Proteína de Soja 1 colher de servir

(60g)

D S M A N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 P M G

Ovo frito/Cozido/Mexido/Omelete 1 ovo

(50g)

D S M A N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 P M G

Fritada Frango/Carne/Aratu 1 pedaço médio

(90g)

D S M A N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 P M G

Linguiça/Salsicha/ Presunto/

Salame/ Peito de peru

1 gomo ou 4

fatias (40g)/1

unidade (20)/2

fatias (40g)

D S M A N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 P M G

Leite integral / Semidesnatado /

Desnatado / Soja

1 copo de

requeijão

(240mL)

D S M A N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 P M G

Leite em pó integral /

Semidesnatado/ Desnatado/ Soja

2 colheres de

sopa (32g)

D S M A N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 P M G

Iogurte Integral / Desnatado 1 copo de

americano

(150mL)

D S M A N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 P M G

Requeijão Cremoso/de Copo 1 ponta de faca

(5g)/colher de

sopa (15g)

D S M A N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 P M G

Requeijão de Manteiga 1 fatia média

(78g)

D S M A N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 P M G

Queijo

Coalho/Mussarela/Prato/Cheddar

1 pedaço médio

(100 g)/1 fatia

(20g)

D S M A N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 P M G

Feijão Cozido 1 concha

pequena (70g)

D S M A N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 P M G

Feijoada Sergipana/Feijoada Carioca 1 concha média

(225g)

D S M A N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 P M G

Amendoim torrado / cozido 1 pacotinho (35g) / D S M A N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 P M G

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1 copo americano

Margarina/Manteiga 1 ponta de faca

(5g)

D S M A N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 P M G

Maionese 1 colher de

sobremesa (5g)

D S M A N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 P M G

Azeite de oliva 1 colher de

sobremesa (17g)

D S M A N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 P M G

Refrigerante (Normal/Diet/Light) 1 copo de

requeijão

(240mL)

D S M A N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 P M G

Sorvete/Picolé 1 bola (80g)/1

unidade (60g)

D S M A N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 P M G

Chocolate/Brigadeiro/Bombom 1 tablete (10g)/

1 colher de

sobremesa (50g)/ 1

bombom (30g)

D S M A N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 P M G

Achocolatado em pó 2 colher de sopa

rasa (14g)

D S M A N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 P M G

Bala 2 unidades

(10g)

D S M A N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 P M G

Sobremesas tipo Mousse/Pudim 1 fatia média

(90g)

D S M A N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 P M G

Doce de leite 1 colher de sopa

(60 g)

D S M A N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 P M G

Goiabada Pasta/de Corte 1 colher de

sobremesa (35g)

/1 fatia média

(60g)

D S M A N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 P M G

Catchup/Mostarda 1 colher de sopa

(10g)

D S M A N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 P M G

Batatinha tipo chips ou salgadinho ½ pacote

(25g)

D S M A N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 P M G

Hambúrguer/X-Burguer 1 unidade

(125g)/(140g)

D S M A N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 P M G

Misto 1 unidade

(85g)

D S M A N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 P M G

Sanduíche natural 1 unidade

(120g)

D S M A N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 P M G

Cachorro quente 1 unidade

(125g)

D S M A N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 P M G

Pizza 1 fatia média

(140g)

D S M A N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 P M G

Açaí 300 ml D S M A N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 P M G

Barra de cereal 1 unidade

(25 g)

D S M A N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 P M G

Pipoca Salgada/Doce 1 tigela média

(50g)

D S M A N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 P M G

Tapioca Doce/Salgada 1 unidade (100g) D S M A N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 P M G

Salgado frito (Coxinha / Pastel /

Risole)

1 unidade (100g) D S M A N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 P M G

Salgado assado (Pastel / Empada /

Enroladinho / Torta de forno)

1 unidade (100g) D S M A N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 P M G

Café Adoçado/Não Adoçado 1 cafezinho

(50 mL)

D S M A N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 P M G

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Bebida com Álcool

(Vinho/Cerveja/Batida/Destilado)

1 taça (150mL)/1

copo (150 mL)/1

dose (40 mL)

D S M A N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 P M G

D=Diário; S=Semanal; M=Mensal; A=Anual; N=Nunca; P=Pequena (1/2 média); M=Média; G=Grande (2x média).

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APÊNDICE C - QUESTIONÁRIO DE ESTILO DE VIDA

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE

CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE (CCBS)

NÚCLEO DE NUTRIÇÃO (NUNUT)

PROJETO BIOMARCADORES DO ESTRESSE OXIDATIVO:

POSSÍVEIS ASSOCIAÇÕES COM DETERMINANTES DA SÍNDROME METABÓLICA

NOME CÓDIGO

PERGUNTAS SOBRE ATIVIDADE FÍSICA Para responder as questões lembre que:

Atividades MODERADAS são aquelas que precisam de ALGUM esforço físico, fazem você respirar UM POUCO mais forte do que o normal e o coração bater UM POUCO mais rápido.

Atividades VIGOROSAS são aquelas que precisam de um GRANDE esforço físico, fazem você respirar MUITO mais forte do que o normal e o coração bater MUITO mais rápido.

Para responder as perguntas pense somente nas atividades que você faz por pelo menos 10 minutos seguidos de cada vez, sem parar:

1. Em quantos dias de uma semana comum, você faz atividades VIGOROSAS, por pelo

menos 10 minutos seguidos? Em caso de dúvida, veja os exemplos. Exemplo de atividades vigorosas: correr, fazer ginástica aeróbica, jogar futebol, pedalar rápido na bicicleta,

jogar basquete, fazer serviços domésticos pesados na casa, no quintal, carregar grandes pesos ou trabalhos como usar enxada, britadeira, marreta, etc.

N° de dias por semana |__|__| Nenhum |__|

2. Nos dias em que você faz essas atividades VIGOROSAS, por pelo menos 10 minutos

seguidos, quanto tempo ao todo, você gasta fazendo essas atividades? |__|:|__|__| Horas e minutos por dia

3. Em quantos dias de uma semana comum, você faz atividades MODERADAS, por pelo menos 10 minutos seguidos? Por favor, não inclua caminhada.

Exemplo de atividades moderadas: pedalar leve na bicicleta, nadar, dançar, jogar vôlei recreativo, fazer

ginástica aeróbica leve, carregar pesos leves, fazer serviços domésticos na casa ou no quintal, como varrer, aspirar, cuidar do jardim ou trabalhos como soldar, operar máquinas, empilhar caixas etc.

N° de dias por semana |__|__| Nenhum |__|

4. Nos dias em que você faz essas atividades MODERADAS, por pelo menos 10 minutos seguidos, quanto tempo ao todo, você gasta fazendo essas atividades? |__|:|__|__| Horas e minutos por dia

5. Em quantos dias de uma semana normal você caminha por pelo menos 10 minutos seguidos em casa ou no trabalho, como forma de transporte para ir de um lugar para outro, por lazer, por prazer ou como forma de exercício?

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N° de dias por semana |__|__| Nenhum |__|

6. Nos dias em que você caminha, por pelo menos 10 minutos seguidos, quanto tempo

no total você gasta caminhando?

|__|:|__|__| Horas e minutos por dia

Estas últimas perguntas são em relação ao tempo que você gasta sentado no trabalho, em casa, na faculdade e durante o tempo livre. Isto inclui o tempo que você gasta sentado no escritório ou estudando, lendo, visitando amigos e assistindo televisão.

7. Quanto tempo por dia você fica sentado em um dia da semana?

|__|:|__|__| Horas e minutos

8. Quanto tempo por dia você fica sentado no final de semana?

|__|:|__|__| Horas e minutos

PERGUNTAS SOBRE TABAGISMO

1. Alguma vez você já experimentou ou tentou fumar cigarros, mesmo uma ou duas

tragadas?

|__| SIM |__| NÃO (encerrar perguntas sobre tabagismo) 2. Somando todos os cigarros que você fumou na vida inteira, o total chega 100 cigarros

(5 maços)?

|__| SIM |__| NÃO 3. Atualmente, você fuma cigarros?

|__| SIM (pular para pergunta 5) |__| NÃO 4. Há quanto tempo você parou de fumar? (preencher apenas uma opção)

|__|__| Dias |__|__| Meses |__|__| Anos 5. Há quanto tempo você fuma / fumou cigarro? (preencher apenas uma opção)

|__|__| Dias |__|__| Meses |__|__| Anos 6. Você fuma / fumava cigarros diariamente?

|__| SIM |__| NÃO (encerrar perguntas sobre tabagismo) 7. Em média, quantos cigarros você fuma / fumava por dia? (preencher apenas uma opção)

|__|__| Cigarros por dia |__|__| Maços por dia

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