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Capítulo 32 Digitalização de vídeo Digitalização de vídeo Em um futuro próximo não encontraremos mais a separação entre computadores e aparelhos de TV da forma como os vemos hoje. Aparelhos híbridos irão misturar as funções de ambos. Com esses aparelhos poderemos processar dados, acessar a Internet, jogar, utilizar programas, gravar e reproduzir vídeo, assistir TV, gravar e ouvir som de alta fidelidade, etc. As tecnologias necessárias à produção desses equipamentos híbridos já existem. Apenas temos que esperar para que os preços dos equipamentos fiquem mais acessíveis, e também que tornem-se mais fáceis de usar. Neste capítulo veremos como fazer a integração de um PC com qualquer tipo de aparelho de vídeo, tais como câmeras, VCRs (Video Cassete Recorders) e aparelhos de TV. Veremos como utilizar os seguintes recursos: Assistir TV em um PC Assistir um filme reproduzido em um VCR, usando a tela de um PC Exibir na tela de um PC imagens provenientes de uma câmera Armazenar em disco imagens provenientes de uma emissora de TV, VCR ou câmera Exibir na tela do PC, imagens de vídeos digitalizados Exibir em uma TV, imagens geradas pela tela de um PC Gravar em fita de vídeo, imagens geradas pela tela de um PC Essas operações são realizadas através de placas de vídeo apropriadas. Para não causar confusão, usaremos neste capítulo, duas nomenclaturas explicadas a seguir: placas gráficas e placas de vídeo.

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Capítulo 32 Digitalização de vídeoDigitalização de vídeoEm um futuro próximo não encontraremos mais a separação entrecomputadores e aparelhos de TV da forma como os vemos hoje. Aparelhoshíbridos irão misturar as funções de ambos. Com esses aparelhos poderemosprocessar dados, acessar a Internet, jogar, utilizar programas, gravar ereproduzir vídeo, assistir TV, gravar e ouvir som de alta fidelidade, etc. Astecnologias necessárias à produção desses equipamentos híbridos já existem.Apenas temos que esperar para que os preços dos equipamentos fiquemmais acessíveis, e também que tornem-se mais fáceis de usar.

Neste capítulo veremos como fazer a integração de um PC com qualquertipo de aparelho de vídeo, tais como câmeras, VCRs (Video CasseteRecorders) e aparelhos de TV. Veremos como utilizar os seguintes recursos:

Assistir TV em um PC Assistir um filme reproduzido em um VCR, usando a tela de um PC Exibir na tela de um PC imagens provenientes de uma câmera Armazenar em disco imagens provenientes de uma emissora de TV,

VCR ou câmera Exibir na tela do PC, imagens de vídeos digitalizados Exibir em uma TV, imagens geradas pela tela de um PC Gravar em fita de vídeo, imagens geradas pela tela de um PC

Essas operações são realizadas através de placas de vídeo apropriadas. Paranão causar confusão, usaremos neste capítulo, duas nomenclaturasexplicadas a seguir: placas gráficas e placas de vídeo.

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Placas gráficas

São aquelas usadas para gerar imagens na tela do computador, podendo ser2D ou 3D. As imagens geradas são telas de texto ou gráficos no modo MS-DOS e telas gráficas no ambiente Windows, envolvendo janelas, ícones edemais elementos gráficos. Também podem ser chamadas de placas VGA eSVGA.

Placas de vídeo

São placas capazes de capturar ou exibir imagens provenientes de outrasfontes de vídeo, como emissoras de TV, VCR, câmeras, etc. Alguns modelosexecutam apenas essas funções, sendo necessário operar em conjunto comuma placa gráfica. Muitos modelos atuais possuem as funções de vídeo egráficos embutidos em uma única placa.

É claro que a maioria das pessoas ainda chama as placas VGA e SVGA deplacas de vídeo, o que não é errado. Afinal, desde os anos 70 são usadostermos como placa de vídeo, monitor de vídeo, terminal de vídeo, etc.Apenas para não causar confusão chamaremos as placas VGA e SVGA deplacas gráficas, e as placas que gravam, reproduzem, captam ou manipulamimagens provenientes de câmeras, emissoras de TV, VCRs e vídeo CDsserão aqui chamadas de placas de vídeo.

Os vários tipos de imagemNosso objetivo é ver imagens em uma tela, captá-las a partir de um aparelhoque gere sinais de vídeo, ou transmiti-las para um aparelho que recebe sinaisde vídeo. Como existem vários tipos de dispositivos para manipular imagem,sua transmissão pode ser feita de várias formas diferentes:

Super VGA

É o padrão eletrônico para transmissão de imagens geradas em uma placagráfica. Utiliza um conjunto de 5 sinais eletrônicos: Vermelho, Verde, Azul,Sincronismo horizontal e Sincronismo vertical. Esses sinais estão presentes noconector DB-15 existente na parte traseira da placa. A figura 1 mostra apinagem de um conector padrão VGA/SVGA.

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*** 35% ***Figura 32.1

Conector DB-15 usado em placas gráficas e de vídeo.

S-Video

É o padrão usado por Vídeo CD Players. Neste tipo de sinal são enviadastrês informações através de canais independentes: Luminância, crominânciae sincronismo. A luminância indica o quanto cada elemento da imagem éclaro ou escuro. A crominância indica a cor, e o sincronismo controla oposicionamento do feixe eletrônico na tela. Muitas placas de captura devídeo, mesmo sendo modelos mais simples, possuem conectores S-Vídeo(figura 2).

Figura 32.2

Conector para S-Video.

Vídeo composto

Usando um par de fios transmite-se um único sinal eletrônico que traz asinformações de luminância, crominância e sincronismo. Através de circuitosespeciais os sinais de luminância e crominância são separados dosincronismo. Existem diversas formas de transmitir vídeo composto. A maisusada é o sistema NTSC (National Television System Commitee). Sistemasde TV americanos utilizam este padrão. Outro sistema muito usado é o PAL(Phase Alternation Line). Infelizmente existem diversas variações do sistemaPAL. No Brasil é usado o PAL-M, mas existem PAL-G e diversos outros. São

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poucas as placas de vídeo que operem em PAL-M. A maioria opera comNTSC. Existe ainda o sistema SECAM, usado na França. Para ter vídeo noseu PC, você deve se preparar para adotar o NTSC.

Sinais de vídeo composto são transmitidos através de cabos coaxiais, e asligações são feitas através de conectores tipo RCA (figura 3).

Figura 32.3

Conectores RCA, macho (no cabo) e fêmea (naplaca).

Super VHS

Trata-se de uma evolução do sistema VHS que oferece imagens melhores,para uso profissional. Produtoras de vídeo fazem em geral as filmagensusando câmeras SVHS, e fazem a edição usando equipamentos SVHS,mesmo que o resultado final seja entregue ao cliente para uso em VCRscomuns, tipo VHS. Placas de captura de vídeo para uso profissionalpermitem conectar equipamentos SVHS.

RF

Esta sigla significa Radio Freqüência. Trata-se de um tipo de sinal elétricooriginário do Vídeo composto, mas modulado em alta freqüência, com oobjetivo de ser transmitido através de uma antena. Quando este sinal chega auma antena transmissora, gera ondas eletromagnéticas que se propagam noar e podem ser captadas por antenas receptoras. Quando uma antena captaessas ondas, gera sinais elétricos semelhantes aos que foram usados notransmissor, mas esses sinais são muito mais fracos que o original, e aindachegam ao receptor misturados com sinais de diversas outras emissoras.Através de um processo chamado sintonização é possível separar o sinaldesejado, e através da amplificação é aumentado o seu nível. Finalmente éusada a demodulação para que o sinal de RF seja novamente transformadoem vídeo composto.

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Figura 32.4

Conector para RF.

Observe que os sinais de RF nada mais são que uma forma diferente deconduzir sinais de vídeo composto. A diferença é que os sinais de RF podemse propagar no ar com o auxílio de antenas transmissoras e receptoras,enquanto o sinal de vídeo composto não pode ser transmitido de um circuitopara outro (ou de um equipamento para outro) sem o uso de um caboapropriado. Também no caso dos sinais de RF temos que nos preocuparcom o sistema de vídeo adotado: NTSC, PAL e SECAM.

Equipamentos de vídeoPara que o PC possa captar, transmitir ou exibir imagens, é necessário o usode equipamentos adequados. Existem várias placas que permitem que o PCseja ligado a todos esses equipamentos. Antes de estudar essas placas,vejamos quais são esses equipamentos.

Antena receptora

Pode ser um simples pedaço de fio preso na parede, ou uma antena derádio, ou uma de TV. Capta sinais de RF, porém com baixa intensidade emisturados, ou seja, em um único par de fios temos sinais de RF proveni-entes de milhares de emissoras de TV e rádio.

Televisor

Este é o mais conhecido dos aparelhos que operam com vídeo. Possui umaentrada de RF para ser ligada a uma antena. Modelos modernos possuemainda uma ou mais entradas para áudio e para vídeo composto.

Monitor de TV

É muito semelhante a um televisor, exceto por não possuir entrada de RFpara antena. Em conseqüência disso, não possui seletor de canais. A imagemé proveniente de uma entrada de vídeo composto. Normalmente possuitambém uma entrada para áudio.

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VCR

Este é o aparelho conhecido popularmente como videocassete. Os VCRs sãocapazes de receber e transmitir sinais de vídeo em RF. A entrada de RF deveser ligada à antena receptora, e a saída de RF deve ser ligada a um televisor.O televisor recebe sinais de RF do VCR como se estivesse recebendo daantena, e normalmente é sintonizado através do canal 3 ou 4. A maioria dosVCRs possui também entradas e saídas para áudio e vídeo composto.

Quando um VCR está reproduzindo uma fita, o sinal de vídeo é transmitidoem duas formas: em RF (através da saída Out to TV) e em áudio/vídeocomposto (através das saídas VIDEO OUT e AUDIO OUT). Normalmenteos VCRs nacionais usam não apenas o RF, mas também o vídeo compostono sistema PAL-M. Os modelos importados que seguem o sistema NTSCpossuem ambas as saídas (RF e vídeo composto) em NTSC. Muitos VCRspossuem também entradas para áudio e vídeo composto. Desta forma po-dem gravar, por exemplo, a imagem e o som vindos diretamente de umacâmera. Resumindo, as entradas e saídas dos VCRs são:

RF:Entrada (In from Antena)Saída (Out to TV)

Áudio:Entrada: Audio INSaída: Audio OUT

Vídeo composto:Entrada: Video INSaída: Video OUT

Normalmente os cabos que transmitem áudio e vídeo composto utilizamconectores do tipo RCA.

Câmera

As câmeras filmadoras captam imagens ao vivo e podem gravá-las direta-mente em uma fita. Muitas câmeras podem ainda transmitir as imagens esons captados através de duas saídas: Audio OUT e Video OUT (em vídeocomposto). Neste caso, podemos ligar a câmera diretamente em um VCR.Existem câmeras que não são filmadoras, ou seja, não utilizam fita. Ao invésdisso, transmitem sinais de vídeo (algumas possuem microfone e transmitemtambém áudio), em geral do tipo vídeo composto. Esses sinais podem ser

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captados por um VCR, monitor, computador ou qualquer outro aparelhocapaz de receber sinais de vídeo.

Monitor VGA

Utiliza um sistema completamente diferente dos utilizados pelos aparelhos devídeo descritos até aqui. Este aparelho que dispensa apresentações exibeimagens geradas por placas VGA e SVGA.

Transcodificador

Para que um aparelho possa entender as cores da imagem gerada por outro,é preciso que ambos utilizem o mesmo sistema de vídeo. Por exemplo, sevocê conectar a saída de vídeo composto de uma filmadora importada(NTSC) no seu VCR nacional (PAL-M), provavelmente a imagem serácaptada em preto e branco.

Quando alguém compra um VCR nos Estados Unidos, precisa enviá-lo auma assistência técnica para que seja transcodificado. Este processo consistena instalação de um pequeno aparelho no seu interior (ou fazer modificaçõesinternas) que transforma os sinais de PAL-M (vindos da antena) em NTSC(que é usado no interior do aparelho). O sinal que vai para a TV é transfor-mado novamente de NTSC para PAL-M. Se você quiser ter flexibilidade naligação de aparelhos que utilizam sistemas de vídeo diferentes, a melhorcoisa a fazer é adquirir um transcodificador (ou Transcoder) externo. Muitosdesses aparelhos fazem a conversão de PAL-M para NTSC ou de NTSCpara PAL-M, ou ambas. Muitos operam apenas com RF, outros com vídeocomposto, outros em ambos os modos.

Figura 32.5

Transcodificador.

O trabalho do PCLigando ao computador equipamentos de vídeo e usando placasapropriadas, podemos realizar operações como:

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a) Ver no monitor do PC a imagem de emissoras de TV

b) Ver no monitor do PC a imagem de fitas de videocassete

c) Ver no monitor do PC, imagens de uma câmera de vídeo

d) Ver na tela do monitor imagens originárias de filmes contidos em arquivosgravados no disco rígido, CD-ROM ou outros meios de armazenamento

e) Ouvir através de placas de som, os sons que acompanham as imagens

f) Gravar em disco arquivos que contém imagens capturadas de câmeras,VCR, emissoras de TV ou qualquer outra fonte de imagem

g) Gravar em fita de videocassete, imagens geradas pelo computador

h) Editar arquivos de imagem, aplicando diversos efeitos especiais

i) Comprimir imagens capturadas antes de gravá-las em disco, para queocupem menos espaço

j) Descomprimir imagens armazenadas em forma compactada em disco paraque possam ser exibidas na tela ou outro dispositivo que possa receber sinaisde vídeo

É difícil encontrar uma única placa capaz de realizar todas essas tarefassimultaneamente. Por exemplo, existem placas capazes de apresentar na telado monitor SVGA imagens captadas de emissoras de TV, bastando queestejam conectadas a uma antena. Outras placas não podem captar imagensde antenas (RF), apenas sinais de vídeo composto vindo de câmeras, VCR,etc. Muitas são capazes de capturar imagem para que seja comprimida egravada em disco. Normalmente quanto maior o número de funções queuma placa realiza, maior será o seu custo. O usuário deve adquirir o tipo deplaca correto para a sua aplicação específica. Por exemplo, quando a únicaaplicação desejada é assistir TV no PC, é desperdício adquirir uma placacapaz também de capturar imagens, a menos que encontremos um modeloque não seja consideravelmente mais caro pelo fato de ter a função decaptura.

Muitas placas de vídeo são também SVGA. Uma única placa pode então serusada para trabalhos com vídeo e para o uso normal do computador.Existem placas de vídeo que não possuem recursos das placas SVGA. Essas

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placas precisam portanto operar em conjunto com a placa SVGA. O queessas placas fazem é sobrepor a imagem que geram com a imagem geradapela placa gráfica. Ao projetar a placa VGA, a IBM deixou aberta apossibilidade de outras placas terem acesso aos seus recursos através de umconector chamado VGA feature connector. Na figura 6 vemos como é feita aconexão entre as duas placas através deste conector.

Figura 32.6

Conexão entre uma placa VGA e uma placa de vídeo.

Para poder enviar ao monitor tanto a imagem gerada pela placa VGA comoa imagem correspondente ao sinal de vídeo recebido, é usado um modochamado overlay. Os sinais gerados pela placa VGA são enviados à placa devídeo ao invés do monitor. Através da ligação pelo VGA feature connector,a placa de vídeo pode sincronizar a sua imagem com a que é gerada pelaplaca VGA. Desta forma pode sobrepor à imagem VGA, uma janela com asua própria imagem. A combinação dessas duas imagens é finalmenteenviada ao monitor. A figura 7 mostra a operação completa. A imagem devídeo superposta à imagem VGA é o que chamamos de overlay. Podemoster um overlay em uma janela, ou então ocupando a tela inteira (full screen).

Figura 32.7

Janela de vídeo em overlay.

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Cada vez maior é a tendência em embutir o maior número de funções emuma única placa. Existem vários modelos Super VGA com funções de vídeoembutidas. Por exemplo, as placas ATI All-in-Wonder Pro são aceleradorasgráficas 2D e 3D, fazem captura e sintonização de vídeo e ainda possuemsaída de vídeo composto para ligar em aparelhos de TV ou fazer gravaçãoem VCR. Outra placa que possui vários recursos é a PixelView. Com essasplacas não precisamos utilizar uma dupla de placa de vídeo e placa gráfica.

A seguir passaremos a discutir cada uma das diversas configurações queenvolvem vídeo e VGA em um PC, e quais são os equipamentos necessáriospara utilizá-las.

Exibição de imagens digitalizadas no monitorEste é o tipo mais simples de ligação aqui discutido. Qualquer placa gráfica écapaz de executar esta função. A exibição de filmes armazenados em disco éfeita sem o uso de placas especiais. Por exemplo, programas de multimídiafornecidos na forma de CD-ROMs normalmente contém diversos filmes eimagens em movimento. O processador é responsável pela leitura dosarquivos que contém esses filmes, decodificá-los para formar cada uma dasfiguras que compõem a imagem em movimento, e colocar o resultado namemória de vídeo.

Para que haja movimento, o programa responsável pela exibição do filmedeve ficar dedicado ao preenchimento de vários quadros sucessivos. Estatarefa requer muito poder de processamento para conseguir formar umajanela de vídeo com 30 quadros por segundo, o que seria considerada umaexcelente qualidade de imagem. Para que esta tarefa seja compatível avelocidade dos processadores mais lentos, é usado um número menor dequadros por segundo, como 15 ou 10, e a imagem é exibida em janelaspequenas, como 320x240, 240x180 ou 160x120. Quanto maior o número dequadros por segundo e maior a resolução do filme, mais veloz precisa ser oprocessador.

Imagem do PC exibida em uma TV

Esta é uma aplicação ainda considerada simples, apesar de necessitar do usode um adaptador especial, ou então de placas de vídeo especiais. Trata-se daexibição em uma tela de TV da imagem proveniente da tela do computador.A aplicação típica deste recurso é a apresentação de telas de jogos notelevisor. Com uma imagem maior, o jogo fica bem mais interessante.Também é muito comum usar este recurso em treinamento e em apre-

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sentações. Acopla-se na saída da placa VGA um aparelho que converte ossinais VGA para sinais de vídeo composto e para RF. Podemos ainda optarpor utilizar uma placa SVGA que já possua saída para TV, em geral naforma de vídeo composto NTSC. Podemos então conectar um televisor. Umexemplo de placa SVGA com saída para TV é a Trident Providia.

Placas de playback MPEG

MPEG é a abreviatura de “Motion Picture Experts Group”. Trata-se de ummétodo de compressão criado especialmente para armazenamento digital deimagens de vídeo. Utiliza diversas técnicas complexas que resultam emimpressionantes taxas de compressão, tais como 50:1. Se não usássemosnenhum tipo de compressão, todo o espaço de armazenamento de um CD-ROM (650 MB) seria totalmente preenchido com apenas 30 segundos defilme, usando resolução de 640x480 com 16 milhões de cores, e 30 quadrospor segundo. Operando com 256 cores e a 15 quadros por segundo,poderíamos armazenar em um CD-ROM cerca de 3 minutos de imagem, oque ainda é muito pouco tempo. Usando técnicas de compressão simples, épossível armazenar cerca de 60 minutos de filme com resolução de 320x240,256 cores e 15 quadros por segundo. Usando a compressão MPEG,facilmente chegamos ao mesmo tempo de filme, mas usando resolução de640x480 com 16 milhões de cores e 30 quadros por segundo. Isto é possívelpois o método usado pelo padrão MPEG comprime a imagem muito maisque outros métodos.

Para exibir a imagem MPEG com máxima qualidade é preciso utilizar umaplaca especial chamada MPEG PLAYER (ou uma placa SVGA que possuaeste recurso), que realiza a descompressão MPEG por hardware. Esta mesmadescompressão pode ser também feita por software, mas como exige umgrande volume de processamento, tem o resultado prejudicado.Processadores Pentium, mesmo os mais lentos, têm condições de exibirvídeos MPEG usando descompressão por software, com qualidade deimagem satisfatória. Assim como ocorre com qualquer sistema decompressão/descompressão de vídeo, para ter janelas de maior tamanho ecom maior número de quadros por segundo é preciso que o processador sejabastante rápido.

A exibição de filmes MPEG por software está ilustrada na figura 8. Umsoftware chamado MPEG player faz a leitura do arquivo MPEG gravado emdisco, realiza a descompressão e envia a imagem final diretamente para aplaca SVGA, sem a necessidade de hardware especial. É claro que destaforma o processador tem muito mais trabalho, e muitas vezes não consegue

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dar conta de todo este processamento, sendo obrigado a reduzir o númerode quadros por segundo (frame rate).

Figura 32.8

Descompressão MPEG por software.

Na exibição de filmes MPEG utilizando uma placa gráfica dotada dedecodificador MPEG por hardware, o processador opera em conjunto com ochip gráfico no trabalho de descompressão, mas como a maior parte destetrabalho é feita pelo chip gráfico, a velocidade da operação é bastanteelevada, e é possível exibir imagens com alta qualidade. Um exemplo típicodesse tipo de placa é a decodificadora que acompanha os kits de DVD.

As placas com hardware MPEG podem possuir circuitos de áudionecessários à apresentação dos sons que acompanham a imagem. Sua saídasonora pode ser ligada diretamente a um amplificador, ou caixas de somamplificadoras. Outra forma de reproduzir esses sons é ligar a sua saída naentrada LINE IN da placa de som. Desta forma, utilizando o MIXER daplaca de som, podemos selecionar o som vindo do LINE IN, realizandoinclusive o seu controle através de software.

Imagem de TV na tela do PC

Existem placas capazes de serem ligadas a uma antena de TV eapresentarem na tela do monitor SVGA a imagem captada de emissoras deTV. É possível assistir os filmes, novelas, telejornais, desenhos animados,partidas de futebol e tudo o mais que é exibido pelas emissoras de TV,diretamente na tela do PC. Muitas dessas placas são também capazes desintonizar emissoras de FM. Sua conexão com a placa VGA é em muitoscasos feita através do VGA feature connector, e a exibição de imagem é feitaatravés de um overlay que pode ocupar apenas uma janela ou então a telainteira. Algumas dessas placas possuem ainda os circuitos SVGA. Destaforma, uma única placa realiza ambas as funções. Existem entretanto placas

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que não utilizam esta conexão. Fazem a ligação com a placa de vídeo atravésdo próprio conector VGA, ou então não possuem ligação alguma, e cabe aoprocessador comandar a tranferência de dados entre as duas placas.

Deve ser tomado muito cuidado com a questão do sistema de TV utilizado.No Brasil os sinais de TV são transmitidos no sistema PAL-M, enquanto quea maioria das placas sintonizadoras de TV operam com sinais de RFcodificados em NTSC. Não se trata de utilizar um simples transcodificadorde PAL-M para NTSC na entrada da placa. A transcodificação não pode serfeita diretamente da antena pois existem sinais de diversas emissorasmisturadas. A melhor opção é procurar um tipo de placa que já opere nosistema PAL-M, que deve ser procurada no próprio mercado brasileiro.Placas ATI All-in-Wonder Pro e PixelView, comercializadas no Brasil, sãocompatíveis com o sistema PAL-M.

Placas de captura de vídeo

Assim como as placas de som são capazes de digitalizar sons para que sejamarmazenados em disco, existem placas capazes de realizar a mesmaoperação, mas usando imagens. Seus conversores A/D (Analógico-digitais) eD/A (Digital-analógicos) fazem a transformação dos sinais de vídeo em dadosdigitais, e vice-versa. Normalmente essas placas podem ainda apresentar natela VGA, através de um overlay, a imagem que estão captando. Possuemainda circuitos para compressão e descompressão dos arquivos de imagem,uma característica importantíssima para o armazenamento de arquivos devídeo.

Um fator muito importante nas placas de captura de vídeo é a capacidade dedigitalizar imagens em resolução de pelo menos 320x240 com 16 milhões decores (True Color) a 30 fps (frames por segundo). Muitas placas de capturade vídeo não são suficientemente velozes, e só podem digitalizar imagens naresolução de até 320x240, ou então operam em modos com menos cores, ouainda operam com frame rates mais baixos, como 15 fps. Algumas placaschegam a um meio termo, permitindo 30 fps em resoluções mais baixas, ouresoluções mais altas com frame rates mais baixos. É muito importantetambém o desempenho do processador e do disco rígido. O processadortrabalha em conjunto com a placa de vídeo, e o disco rígido deve permitir agravação do arquivo digitalizado com a mesma velocidade na qual osquadros são gerados, caso contrário ocorrerá perda de quadro (droppedframes), o que resulta em pequenos saltos periódicos na imagem. Considereuma imagem digitalizada no seguinte formato:

Resolução de 640x480

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30 fps 16 milhões de cores Compressão de imagem na razão de 10:1

Nessas condições, 1 segundo de imagem ocuparia cerca de 3 MB de espaçoem disco, e seria preciso que o disco rígido pudesse receber dados à taxa de3 MB/s. Como 1 segundo de filme ocuparia 3 MB, um minuto ocuparia 180MB. Seria preciso um disco de 12 GB para armazenar uma hora de filme. Opior ainda é que esta elevada quantidade de dados inviabiliza oarmazenamento em CD-ROM. Nos seus 650 MB, um CD-ROM armazenariaapenas pouco mais de 3 minutos de imagem.

No campo profissional, a digitalização de imagens é feita em PCs equipadoscom discos SCSI de elevadas capacidades. Discos IDE podem ser utilizadospara esta função, mas com algumas limitações, principalmente a quantidadede dropped frames. O disco rígido também precisa ter uma elevada taxa detransferência, o que não é problema para os modelos modernos que operamem Ultra DMA, Fast SCSI e superiores. Para aplicações não profissionais, nasquais podemos limitar o tamanho da janela de exibição e o frame rate,discos e processadores mais modestos podem dar conta do trabalho.

É possível capturar imagens de 640x480 com 16 milhões de cores a 30 fpsutilizando um computador bastante poderoso, mas para que esta imagemseja distribuída na forma de CD-ROM e apresentada em computadoresmenos poderosos, é necessário utilizar uma compressão de imagem maiseficiente. A compressão MPEG pode ser feita por hardware, utilizando umaplaca própria para este fim, ou então por software, usando apensa oprocessador e um programa apropriado. A compressão por software é muitodemorada, mesmo usando processadores velozes. A compressão porhardware é mais rápida, mas necessita de uma placa com esta capacidade,que normalmente é muito cara. Em ambos os casos, o resultado é o mesmo.Os arquivos MPEG obtidos podem ser exibidos em qualquer PC, mesmonos mais modestos.

Melhores resultados são conseguidos com o uso de placas MPEG players.Essas placas recebem os dados provenientes dos arquivos MPEG e fazem suadescompressão. A qualidade de imagem obtida é sensivelmente melhor quecom o uso da descompressão MPEG por software.

Placas para produção de vídeo

Muitas placas de captura são apenas capazes de receber a imagem,normalmente na forma de vídeo composto, e colocá-la na tela do

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computador através de um overlay, digitalizá-la e gravá-la em disco, e atéapresentar na tela do monitor SVGA as imagens provenientes de arquivos.Entretanto existem situações em que o objetivo não é a exibição da imagemno computador, mas sim em um televisor, a partir de uma fita usada em umaparelho de videocassete comum. A princípio isso pode parecerdesnecessário. Se a imagem estava fora do computador, originária decâmeras, VCR ou emissoras de TV, e se agora queremos novamente colocá-la em uma fita de videocassete, afinal de contas para que o computadorentrou nessa estória? E para que essas placas caríssimas? É importanteentender o papel do computador na produção de vídeo.

O processo tradicional de produção de vídeo envolve a reunião de váriostrechos de filme, o adicionamento de trilha musical e efeitos sonoros, aaplicação de efeitos especiais na imagem, o adicionamento de caracteres evinhetas. Existem programas capazes de realizar todas essas operações (Ex:Adobe Premiere e Ulead Video Studio), e o resultado final pode sertransferido para uma fita de vídeo. Apesar de ser caríssimo um computadorcom capacidade de realizar essas operações com qualidade profissional,ainda assim é muito mais barato que os equipamentos tradicionalmenteusados para executar essas tarefas (chamadas de ilhas de edição). E já que aimagem a ser gravada é proveniente do computador, podem ser tambémgravadas em fita imagens sintéticas criadas com o uso de programas deanimação. É possível por exemplo produzir vinhetas totalmentecomputadorizadas para serem usadas em anúncios a serem apresentados emtelas de TV. Note que as mais modernas e sofisticadas ilhas de edição sãoatualmente computadorizadas.

Para que seja possível gravar em fita a imagem proveniente do computador épreciso utilizar uma placa que possua uma saída em vídeo composto. Nemtodas as placas possuem esta saída. Existem placas que fazem a captura devídeo mas não possuem a saída. Placas que fazem captura e ainda tem asaída são normalmente mais elaboradas e também mais caras.

Interpolação e resolução

Como vimos, é muito comum o armazenamento de vídeo digital emresoluções baixas, como 320x240, 240x160 e até 160x120. As imagens ficammuito pequenas, principalmente quando a placa SVGA opera comresoluções altas. Quando a placa SVGA opera com 640x480, uma imagemde 320x240 ocupa a metade da largura da tela, mas quando a placa SVGAopera com 1024x768, a imagem de 320x240 tem uma largura igual a poucomais de 30% da largura da tela. Os programas usados para exibir essasimagens normalmente possuem uma opção para expandir a imagem,

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fazendo com que ocupe a tela inteira. Infelizmente esta expansão tem duasgrandes desvantagens. A primeira é que é feita através da simples repetiçãode pixels, o que faz com que seja notado claramente que a imagem é umasérie de quadrados. A outra desvantagem é que como o processador precisaperder tempo realizando esta expansão, é muito difícil manter um frame ratealto. Quanto mais uma janela de vídeo é ampliada, mais trabalho terá oprocessador, e desta forma pode não ser possível manter um frame ratesatisfatório.

Para resolver esses dois problemas, muitas placas têm a capacidade derealizar a expansão de imagens por hardware. Ao invés do processadorenviar a imagem diretamente para a placa SVGA, envia-a para o chipdescompressor, que realiza a expansão e apresenta a imagem em umoverlay, podendo inclusive ocupar a tela inteira. Desta forma o processadornão perde tempo fazendo a expansão, possibilitando assim manter um framerate alto. Outra vantagem é que esta expansão não é feita simplesmente pelarepetição de pixels adjacentes, e sim através de uma interpolação linear. Aimagem fica maior, mas sem a desagradável sensação de baixa resoluçãocausada pela repetição de pixels. Muitas placas possuem esta característica,chamada de scalling.

Instalação de hardware

As placas de captura de vídeo sempre foram difíceis de instalar, poisnecessitam utilizar muitos recursos de hardware. Nas placas mais antigas,não-PnP, o usuário precisava indicar através de jumpers o endereço de E/S, alinha de IRQ e o canal de DMA a ser utilizado. Era bastante comum aocorrência de conflitos de hardware com outros dispositivos. Graças àadoção do padrão Plug and Play a instalação das placas de captura tornou-sebem mais fácil. O Windows detecta os recursos de hardware necessários àplaca, descobre quais são os recursos livres e atribui à placa os recursosnecessários.

Certas placas de vídeo utilizam uma área de RAM entre os segmentos C000e EFFF chamada de FRAME BUFFER. Trata-se de uma janela através daqual o processador pode acessar a memória que contém a imagemdigitalizada. Como essa memória normalmente só é ativada durante o uso daplaca e não na ocasião do BOOT, os gerenciadores de memória podemutilizar a faixa de endereços a ela destinada, para criação de UMBs (UpperMemory Blocks), o que causará um conflito de endereços de memória. Paraevitar este problema temos que usar a opção exclude na ativação dogerenciador de memória. Por exemplo, para permitir o uso de uma RAMpela placa de vídeo entre os endereços D000 e D7FF, temos que reservar

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Capítulo 32 – Digitalização de vídeo 32-17

esta região na linha de comando do EMM386, adicionado o parâmetro“X=D000-D7FF”. Também é preciso colocar no arquivo SYSTEM.INI, loca-lizado no diretório \WINDOWS, logo após a linha [386Enh], o comandoEMMEXCLUDE=D000-D7FF. Essas alterações devem ser confirmadas nomanual da placa que está sendo instalada.

Um outro problema comum é a incompatibilidade com os modos gráficosSVGA. Quando uma placa de captura opera em conjunto com uma placaSVGA, muitas vezes as janelas de overlay não apresentam imagem algumaalém de uma área vazia preenchida com a cor magenta. Para resolver esteproblema temos que programar a placa SVGA para operar no modo VGAcom resolução de 640x480 com 16 cores. Uma forma de evitar essesproblemas de compatibilidade é usar placas que integram as funções SVGAcom as funções relacionadas a vídeo.

Assistindo TV no PC

Existem placas de vídeo especiais capazes de serem acopladas a uma antenade TV e exibirem no monitor sinais de imagem provenientes de emissorasde TV. Algumas dessas placas funcionam também como sintonizadoras deestações de rádio FM. Sua conexão ao PC é muito semelhante à de umaplaca de captura, e pode ser vista na figura 9. A placa recebe os sinais de RFda antena e através de circuitos sintonizadores comandados por um softwareapropriado, seleciona o canal de TV ou a emissora de rádio FM escolhidospelo usuário. A imagem é apresentada no monitor SVGA em tela cheia ouem uma janela de overlay. O som captado pela placa pode ser reproduzidoatravés de caixas de som, ou então pode ser enviado à placa de som.

Figura 32.9

Conexões de uma placa sintonizadora de rádio e TV.

O grande problema que ocorre com essas placas é que normalmente operamcom o sistema NTSC, ou então com o sistema PAL usado na Europa, ao

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32-18 Hardware Total

invés do PAL-M, que é usado pela TV brasileira. Devemos entretantoprocurar no mercado nacional, placas compatíveis com o sistema PAL-M.

Ao usar uma placa sintonizadora que opere em NTSC, não adiantatranscodificar o sinal vindo da antena pois este sinal é na verdade umamistura de sinais de diversas emissoras. Para transcodificar de PAL-M paraNTSC é preciso primeiro fazer a sintonização da freqüência desejada. Ostranscodificadores para serem conectados à saída de RF de aparelhos devideocassete operam desta forma, já que o videocassete apresenta na suasaída de RF a freqüência correspondente ao canal 3 ou 4.

Mesmo quando a placa de captura de vídeo não tem sintonizador, aindaassim podemos assistir TV no PC, com a ajuda de um VCR. Basta fazer asligações mostradas na figura 10. Este método também pode ser usadoquando a placa de captura não opera em PAL-M.

Figura 32.10

Sintonizando TV com a ajuda do videocassete.

Analisemos então a figura 10 começando pelo VCR. Sua entrada de RFdeve ser conectada à antena caso desejemos receber imagens de TV. Damesma forma sua saída de RF pode ser ligada a um aparelho de TV, casodesejemos usar o videocassete para uso normal (assistir TV e filmes). Istosignifica que em uso doméstico podemos aproveitar o videocassete jáexistente que poderá ser utilizado tanto para uso normal como para geraçãode imagens para o computador.

As conexões do videocassete para o computador são feitas pelas saídasAUDIO OUT (para som) e VIDEO OUT (para vídeo composto). A saídaAUDIO OUT deve ser conectada à entrada LINE IN da placa de som. Asaída de vídeo composto do videocassete passa por um transcoder externoque converte os sinais de vídeo provenientes do videocassete de PAL-M para

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Capítulo 32 – Digitalização de vídeo 32-19

NTSC. Lojas de material para rádio e TV normalmente oferecem esteaparelho. A saída NTSC do transcoder é conectada à entrada de vídeocomposto da placa de captura. Agora usamos o videocassete para sintonizaro canal desejado. A imagem e o som do canal selecionado são apresentadasnas saídas AUDIO OUT e VIDEO OUT, que são portanto captados eexibidos pelo computador.

Este método pode parecer um pouco complicado quando o objetivoprincipal é apenas assistir TV. Deve ser encarado entretanto como umrecurso adicional que pode ser usado por placas de captura de vídeo.Quando o objetivo principal é capturar vídeos, o VCR e a transcoder jáestarão instalados. O único trabalho que o usuário precisará ter é ligar umaantena ao VCR, e poderá assim assistir TV na tela do PC, mesmo quando aplaca de captura não é sintonizadora.

Quando a placa de vídeo já possui sintonização de canais, não precisamosutilizar a sintonização pelo VCR. Basta conectar a placa na antena e utilizar osoftware que a acompanha para selecionar o canal desejado. A figura 11mostra o ATI Player, o software de sintonização que acompanha a placa ATIAll-in-Wonder Pro. Este programa possui diversas funções. É usado para cap-turar vídeo de várias fontes, exibir arquivos de vídeo já digitalizados, tocarCDs de áudio e de vídeo, e ainda sintonizar canais de TV.

Figura 32.11

Assistindo TV com uma placa ATI All-in-Wonder Pro.

Drivers de captura e CODECs

Uma vez que o Windows possua instalado um driver de captura de vídeo(que é adicionado ao sistema durante a instalação da placa de captura),todos os programas editores de vídeo poderão comandar capturas pela

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placa. É um sistema muito parecido com o TWAIN, usado por scanners ecâmeras digitais. Quando esses dispositivos são instalados, é ativado tambémum driver TWAIN correspondente. Desta forma qualquer programa gráficopode obter imagens do scanner ou câmera digital, através do driver TWAIN.Analogamente, qualquer programa para edição de vídeo pode obter vídeosdigitalizados a partir de uma placa de captura de vídeo instalada. O driverde captura é relacionado na lista de dispositivos de multimídia, obtida pelocomando Multimídia no Painel de Controle. Usamos este comando eselecionamos a guia Dispositivos. Será apresentado um quadro como o dafigura 12, onde constam todos os drivers de multimídia instalados. Aplicamosum clique duplo sobre o item Dispositivos de captura de vídeo para ver odriver que foi instalado juntamente com a placa de captura.

Figura 32.12

O driver de captura de vídeo é apresentado noPainel de Controle e está acessível para qualquerprograma de edição de vídeo.

Neste mesmo quadro temos acesso aos codecs para compactação de vídeo(figura 13). Um codec (codificador/decodificador) é um driver que realiza acompressão e/ou a descompressão de arquivos de vídeo, usando umdeterminado padrão. Alguns codecs são 100% software, ou seja, sãototalmente executados pelo processador da placa de CPU. Outros codecsutilizam recursos de compressão e descompressão de vídeo por hardware,oferecidos pela placa digitalizadora.

Muitos desses codecs são nativos do Windows. Quando uma placa decaptura e/ou playback de vídeo é instalada, são instalados também os codecs

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Capítulo 32 – Digitalização de vídeo 32-21

que utilizam seus chips de compressão e descompressão de imagem. Nafigura 13, os dois primeiros codecs acompanham a placa ATI All-in-WonderPro. Os restantes são nativos do Windows.

Figura 32.13

Codecs instalados.

Cada codec possui características próprias como qualidade de imagem enível de compressão. A princípio bastaria ter apenas um único codecinstalado que resultasse em boa qualidade de imagem e bom nível decompressão, como o Intel Indeo 5. Entretanto, nos diversos CDs demultimídia produzidos nos últimos anos, encontramos arquivos de vídeocodificados através de vários codecs. Como vários codecs estão presentes noWindows, podemos exibir arquivos de vídeo codificados por todos essesmétodos.

Edição de vídeoAs placas capazes de realizar captura de vídeo são acompanhadas deprogramas que permitem fazer a edição dos arquivos de vídeo digitalizado.Alguns desses programas são bastante simples, possuindo apenas algumasfunções básicas. Outros são mais sofisticados para uso profissional, como oUlead Video Studio e o Adobe Premiere. Nesta seção mostraremos comoeditar vídeo usando o Adobe Premiere.

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32-22 Hardware Total

Usuários de qualquer placa de captura de vídeo podem adquirir um editorde vídeo separadamente, já que os drivers dessas placas as deixamdisponíveis para qualquer programa de edição de vídeo. O Adobe Premiereé um software considerado caro, mas existem alternativas mais econômicas,como o Ulead Video Studio. Ambos os fabricantes disponibilizam naInternet (http://www.adobe.com e http://www.ulead.com) versões DEMO dosseus programas. Apesar das suas limitações, essas versões de demonstraçãopermitem avaliar bem os programas.

A figura 14 mostra o programa Adobe Premiere em funcionamento. Existemvárias janelas para visualização dos clips de áudio e vídeo utilizados. A janelamais importante é a Timeline (linha de tempo), na qual são feitas asaplicações dos arquivos de som e vídeo, onde são adicionadas transições (aforma como uma imagem de vídeo some para dar lugar a outra) e asoperações como corte, movimentação e inserção de trechos de vídeo eáudio.

*** 100%***Figura32.14

Adobe Premiere.

A edição de vídeo consiste em abrir arquivos de vídeo e áudio, a partir dearquivos já existentes ou então usando comandos de captura para inserirdiretamente no projeto o vídeo ou áudio capturado.

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Capítulo 32 – Digitalização de vídeo 32-23

Comandando uma captura

Podemos realizar capturas de vídeo e de áudio. Para capturar áudio, usamoso comando File / Capture / Audio Capture. Será apresentada uma janela naqual devemos indicar o nome do aplicativo a ser usado na captura (porexemplo, o programa SNDREC32.EXE, o gravador de som do Windows. Oaplicativo para gravação de som será usado, e ao terminarmos, salvamos oresultado em um arquivo WAV que poderá ser usado pelo Adobe Premiere.

Mais importante ainda é o comando de captura de vídeo (File / Capture /Video Capture). Este comando usará o driver de captura que foi instaladojuntamente com a placa de captura de vídeo. Antes de comandar umacaptura devemos configurar as opções de captura. Para isto usamos ocomando Project / Settings / Capture. Será mostrado o quadro da figura 15.Note que podemos indicar o formato a ser usado pela parte de áudio doarquivo de vídeo (que na verdade tem vídeo e áudio) a ser capturado.

Figura 32.15

Opções de captura.

Usando no quadro da figura 15 o botão VFW Settings, (VFW=Video forWindows) temos acesso ao quadro da figura 16. Neste poderemos comandaropções relacionadas com o driver de captura. Note que essas opções já nãodizem respeito ao Adobe Premiere, e sim à placa de captura de vídeo.Qualquer programa para edição de vídeo terá controle sobre essas opções.

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32-24 Hardware Total

Figura 32.16

Quadro para definir as opções decaptura.

O botão Video Format dá acesso ao quadro da figura 17. Podemos escolhero formato do vídeo (no nosso exemplo escolhemos MPEG Puro) e aresolução da janela (usamos no exemplo 320x240).

*** 35% ***Figura 32.17

Definindo o formato para a captura de vídeo.

O botão Video Input dá acesso ao quadro da figura 18. Todos essescomandos são relacionados com a placa de captura de vídeo. Podemosescolher por exemplo o conector da placa pelo qual entrará o sinal de vídeo.A placa ATI All-in-Wonder Pro, usada no nosso exemplo, possui trêsentradas: vídeo composto (conector RCA), Cabo (para conexão com antena,por exemplo) e S-Vídeo. Podemos indicar o padrão usado, como NTSC,PAL, etc. No caso da conexão por cabo, podemos indicar o canal a sersintonizado. Podemos ainda fazer ajustes na imagem, como brilho, contraste,Cor e Matiz.

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Capítulo 32 – Digitalização de vídeo 32-25

Figura 32.18

Comandando o driver de vídeo.

Temos ainda um botão que comanda a compressão de vídeo. Em geral acaptura é feita sem compressão, ou utilizando o compressor de hardwaredisponível na placa de captura (figura 19). O Windows pode ter instaladosvários CODECs para compressão de imagem, mas a maioria deles não éusado durante a captura, pois requerem muito processamento, o que tornariaa captura problemática, perdendo muitos quadros. Devemos fazer a capturausando o esquema de compressão mais simples e rápido, e só quandousarmos o comando File Save do editor indicamos o método de compressãodefinitivo.

*** 35% ***Figura 32.19

Indicando o esquema de compressão de vídeo a ser usado durante acaptura.

Editando o vídeo

A maior parte do trabalho de edição de vídeo é feito através da janelaTimeline (figura 20). Temos diversas trilhas de vídeo e áudio, e podemosusar comandos para cortar, colar, inserir e remover trechos desses arquivos.Aqui podemos também adicionar transições entre as diversas fontes devídeo.

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32-26 Hardware Total

*** 100%***Figura32.20

Janela Timeline doAdobe Premiere

O comando Window / Timeline Window Options controla o modo como astrilhas de áudio e vídeo serão mostradas na janela Timeline (figura 21).Podemos escolher entre outros itens, o tamanho dos ícones querepresentarão as trilhas de vídeo. Podemos indicar também como as trilhasde vídeo serão mostradas. Por exemplo, podemos representar as trilhas devídeo por uma sucessão de quadros, ou então representando apenas oprimeiro e o último quadro, com o nome do arquivo entre eles, ousimplesmente indicar o nome do arquivo. A opção Show Audio Waveformsfará com que as trilhas de áudio sejam representadas pelas suas formas deonda, o que é útil para visualizar com mais facilidade trechos de volume altoe de silêncio dentro da trilha sonora.

Figura 32.21

Configurando o Timeline.

A edição de vídeo envolverá comandos como:

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Capítulo 32 – Digitalização de vídeo 32-27

Inserir arquivos de vídeo (AVI) Inserir arquivos de áudio (WAV) Cortar esses arquivos em várias partes Mover trechos das trilhas de áudio e vídeo Remover trechos das trilhas Aplicar transições entre trilhas diferentes

Terminada a edição, podemos salvar o arquivo resultante no formato AVI,usando um esquema de compressão de vídeo desejado. O mais interessanteé que podemos salvar o projeto. Um projeto consiste no grupo de arquivosde áudio e vídeo usados na edição, bem como os cortes e movimentaçõesfeitos pelo usuário. Podemos desta forma abrir novamente o projeto e fazernovas alterações.

Salvando o vídeo usando um CODEC

O comando File / Export / Print to video é usado para visualizar na tela ouem um monitor acoplado à placa de digitalização, o filme resultante daedição, porém sem gravar o resultado em arquivo. Desta forma podemos,por exemplo, gravar uma fita com o vídeo editado. Se quisermos gravar oresultado em um arquivo (em geral AVI), usamos o comando File / Export /Movie. Note que antes de usar este comando precisamos configurar asopções para o formato do arquivo resultante. Isto é feito pelo comandoProject / Settings / Video (figura 22).

Figura 32.22

Opções para o arquivo de vídeo geradopelo Adobe Premiere.

Neste quadro escolhemos o codec de vídeo a ser usado no arquivo resultanteda edição (aqui podemos usar qualquer um dos vários codecs instalados noWindows), o tamanho da janela (640x480, 320x240, além de outros) e onúmero de quadros por segundo (frame rate). Para cada um dos várioscodecs podemos configurar suas opções. Essas opções variam de um codecpara outro. Para alguns, não existem opções, e o botão Configure fica

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apagado. Para outros é possível regular, por exemplo, o fator de qualidade,como é o caso do Microsoft Video 1 Compressor (figura 23).

Figura 32.23

Configurando um codec.

O arquivo de vídeo salvo ao término da edição poderá ser posteriormentevisualizado no mesmo computador, ou então em outros computadores,desde que possuam o codec apropriado. Por isto, vídeos que precisam serexibidos no maior número possível de computadores precisam utilizarpreferencialmente um dos codecs nativos do Windows.

Exemplo: placa ATI All-in-Wonder ProEsta é uma excelente (apesar de cara) placa sintonizadora de TV com váriasoutras funções (figura 24). Pode ser encontrada com facilidade no mercadobrasileiro. Trata-se de uma placa SVGA com várias entradas e saídas devídeo.

Figura 32.24

Placa ATI All-in-Wonder Pro e suas conexões.

São as seguintes as funções da placa:

SVGA com aceleração gráfica 2D e 3D Sintonizadora de canais de TV, diretamente da antena Captura de vídeo, proveniente de entradas de vídeo composto, S-

Vídeo e TV

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Capítulo 32 – Digitalização de vídeo 32-29

Saída de vídeo composto, para gravação em VCR ou exibição emTV

A figura 24 mostra que na parte traseira desta placa existem diversasconexões. São elas:

Entradas de áudio e vídeo Entrada para antena Saídas de áudio e vídeo Saída para o monitor

A figura 25 mostra a utilização das entradas de áudio e vídeo da placa.Nessas entradas podemos ligar um VCR, uma câmera ou um Video LaserDisc. Dois conectores RCA são usados para os canais de áudio (estéreo). Umoutro conector RCA é usado para o sinal de vídeo composto. Existe aindauma segunda entrada de vídeo, padrão S-Video, e deve ser usadapreferencialmente caso o aparelho gerador de vídeo a possua, já que aimagem gerada é de melhor qualidade.

Figura 32.25

Entradas de áudio e vídeo.

Para possibilitar todas essas conexões, esta placa é acompanhada de cabosapropriados. Uma extremidade é conectada à entrada A/V IN da placa, enas outras extremidades temos as entradas de áudio e vídeo independentes(figura 26).

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32-30 Hardware Total

Figura 32.26

Extensões de conectores para entrada esaída de áudio e vídeo.

Na figura 27 vemos o uso das saídas de áudio e vídeo. Podemos enviar osinal de vídeo para uma TV ou para um VCR, para que seja gravado. Ossinais de som também podem ser enviados para esses aparelhos, ou entãopara a entrada LINE IN da placa de som. Também para este tipo deconexão é fornecido um cabo auxiliar como o que vemos na figura 26.

Figura 32.27

Saídas de áudio e vídeo.

Todos os recursos de vídeo da placa são acessados através do programa ATIPlayer (figura 28). Na parte superior do “aparelho de TV” representado poreste programa existem botões para selecionar o seu modo de operação. Nafigura 28 está ativo o modo sintonizador de TV. Observe na parte inferior da

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Capítulo 32 – Digitalização de vídeo 32-31

figura que existem botões para selecionamento de canais, controle devolume, tecla SAP, controles de tamanho e diversos outros.

Figura 32.28

O programa ATI Player no modo Sintonizador de TV.

Para usar a capatura de vídeo, é preciso selecionar a entrada de vídeo a serusada e pressionar o botão REC. Terminada a captura podemos salvar oarquivo AVI em um dos vários formatos disponíveis. Ao salvar o vídeocapturado é apresentado o quadro da figura 21.29. Com o uso do botãoOpções podemos escolher o codec a ser usado na compactação do arquivoresultante (figura 21.31). Temos também uma pequena “tela” para visualizaro vídeo capturado.

Figura 32.29

Quadro para salvar vídeo capturado.

Figura 32.30

Escolhendo o Codec para salvar oarquivo.

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32-32 Hardware Total

Na parte inferior direita da janela do ATI Player temos um botão que dáacesso ao quadro de configurações da figura 31. Existem diversas guias, dasquais a figura mostra a relacionada com o sintonizador de TV. Podemoscomandar uma busca automática de canais, dar nomes às emissoras, marcaros canais a serem ativados e desativados, e o mais importante: indicar aopção Antena Brasil, que possibilita a recepção a cores no sistema PAL-M.

Figura 32.31

Configurando o sintonizador de TV.

Neste mesmo quadro de configurações temos outras guias, como a Vídeo(figura 32). Aqui podemos selecionar qual das diversas entradas de vídeoserá usada para efeito de digitalização de imagem. Podemos escolher entreCabo (antena), Composto (vídeo composto, no conector RCA) ou S-Video.Podemos também regular as características da imagem: cor, matiz, brilho econtraste.

Figura 32.32

Configurando a entrada de vídeo.

Como já abordamos, um dos recursos da placa ATI All-in-Wonder Pro é asaída para TV, podendo ser na forma de vídeo composto ou S-Vídeo. Parafazer a seleção selecionamos a guia Configurações do quadro de

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Capítulo 32 – Digitalização de vídeo 32-33

propriedades de vídeo e usamos o botão Avançadas. No quadroapresentado, selecionamos a guia ATI Displays (figura 33). Podemos agoraselecionar o monitor SVGA ou o aparelho de TV.

Figura 32.33

Indicando o dispositivo para saída de vídeo.

Exemplo: Placa Pinnacle DC10Finalmente a produção de vídeo digital está chegando ao alcance do grandepúblico, através de placas como a DC10, produzida pela Pinnacle Systems eencontrada no mercado nacional. Com esta placa podemos capturar vídeoproveniente de uma câmera ou videocassete. Através de programas editoresde vídeo, podemos realizar alterações nesses arquivos, aplicar textos etransições entre as cenas, recortar e colar, adicionar trilha sonora, e aoterminar, gerar um arquivo AVI final com aparência profissional. Oresultado pode ainda ser gravado em uma fita de vídeo, caso a placa decaptura tenha saídas de vídeo, como é o caso da DC10.

Um dos primeiros pontos que deve ser conhecido pelo usuário iniciantenesta área é que existem vários sistemas de vídeo, como o NTSC (usado nosEstados Unidos), o PAL (usado em vários países da Europa) e o SECAM(usado na França). O sistema usado no Brasil é uma variação do sistemaPAL, chamado PAL-M. Todas as placas de captura de vídeo funcionam nosistema americano NTSC. A maioria dessas placas operam também nosistema PAL, mas tome muito cuidado: O sistema PAL não é igual ao PAL-M usado no Brasil. As imagens ficarão em preto e branco ou fora desincronismo quando a placa e o sistema de vídeo (por exemplo, as imagens

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32-34 Hardware Total

geradas por um VCR) são diferentes. São pouquíssimas as placas de capturaque são realmente compatíveis com o PAL-M.

Infelizmente a DC10 não traz compatibilidade com o nosso sistema, portantosomos obrigados a operar com o sistema NTSC. Para capturar imagens deuma câmera ou VCR, é preciso que estes ofereçam a opção de saída emNTSC. Uma outra opção é ligar entre a fonte do sinal de vídeo e a placadigitalizadora, um transcodificador de PAL-M para NTSC, aparelho de baixocusto e encontrado com facilidade nas lojas de produtos eletrônicos.

A placa DC10 apresenta problemas de incompatibilidade com certas placasde vídeo. Segundo seu manual, ela pode ser usada em PCs equipados complacas de vídeo ATI Mach64, Rage, Rage Pro, Rage 128, Cirrus Logic 5446,ET6000, Intel i740, Matrox Millenium, Mystique, G200 e G400, nVidia Riva128, TNT e TNT2, S3 Trio 64V+, Virge e Savage, 3DFx Voodoo 3 eVoodoo Banshee. Nos nossos testes utilizamos um PC equipado com placade vídeo com o chip nVidia TNT2 e outro com o vídeo onboard do chipsetIntel i815, ambos apresentando excelentes resultados. A placa possui duasentradas e duas saídas de vídeo, ambas em vídeo composto (conector RCA)e S-Video.

A instalação da placa é extremamente simples. Basta conectá-la em um slotPCI livre. Não é preciso realizar conexão interna com a placa de vídeo, oque é exigido por várias placas digitalizadoras. Ao ser ligado o computador,o Windows detecta a placa como um “PCI Multimedia Vídeo Device”. Bastacolocar o CD-ROM para que os drivers sejam lidos, e depois reiniciar ocomputador. A seguir instalamos o software existente neste CD, o StudioDC10 Plus, usado para fazer captura, edição e produção de vídeo. A placa étambém compatível com o Windows Movie Maker, que acompanha oWindows ME.

*** 75% ***Figura 32.34

Capturandovídeo com aDC10.

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Capítulo 32 – Digitalização de vídeo 32-35

É bom lembrar que a qualidade das imagens geradas será diretamenteproporcional ao desempenho do computador. Em PCs com processadoreslentos e disco rígido de baixo desempenho, será preciso operar com vídeosde baixa resolução e baixa taxa de quadros (frame rate), o que prejudica acontinuidade de movimentos. Processadores mais velozes (Pentium III/500 esuperiores), com discos rígidos Ultra DMA/33 e alguns Gigabytes livrespermitirão operar com maior resolução e maior frame rate. É altamenterecomendável que o PC também tenha um gravador de CDs, pois osarquivos resultantes são bastante grandes. Maiores informações podem serobtidas no site do fabricante, em www.pinnaclesys.com.

MPEG playback por softwareO Windows a partir da versão 98 possui um codec nativo para vídeosMPEG. Isto significa que é possível visualizar vídeos MPEG (extensão MPG)sob o Windows 98 e superiores, com qualquer placa de vídeo. Infelizmenteos usuários do Windows 95 não contam com esta facilidade. Para visualizarvídeos MPEG precisam instalar um MPEG player. Um bom programavisualizador de vídeos no formato MPEG é o Xing MPEG Player, que podeser obtido em http://www.xingtech.com. Observe entretanto que muitasplacas de vídeo são acompanhadas deste software. É o caso das placas quepossuem hardware para exibição de vídeo. Mesmo placas que não possuemeste recurso são fornecidas com software para visualização MPEG. Algumcolega seu pode possuir este software (ou equivalente) entre os discos queacompanham a placa de vídeo.

///////// FIM /////////////