Caracteristicas das parcelas e tratamentos utilizados no milheto

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CARACTERISTICAS DAS PARCELAS E TRATAMENTOS UTILIZADOS NO MILHETO Para a semeadura da cultura, foram utilizados a cultivar ADR 300 da empresa Sementes Adriana. O tratamento de sementes (TS) foi feito com Standak Top 50ml por hectare (dosagem utilizada na cultura do sorgo), o espaçamento entre linhas é de 0,45m, com a profundidade de 2cm, sendo logo desbastadas deixando uma população de 20 plantas por metro linear. No dia seguinte a semeadura foram instaladas as placas de identificação com o nome do material e tratamentos que serão trabalhados. Após a semeadura foram realizadas diversas irrigações intercaladas, não havendo necessidade nos dias em que choveram e dias posteriores a grandes volume das mesmas. As principais doenças observadas na região do Parecis e também no campus foram : Helmintosporiose, Mancha da pyricularia e Ferrugem puccinia. Figura 1 - Área experimental do Instituto Federal de Mato Grosso, Campus Campo Novo do Parecis. Demarcação das parcelas experimentais.

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Page 1: Caracteristicas das parcelas e tratamentos utilizados no milheto

CARACTERISTICAS DAS PARCELAS E TRATAMENTOS

UTILIZADOS NO MILHETO

Para a semeadura da cultura, foram utilizados a cultivar ADR 300 da empresa Sementes

Adriana. O tratamento de sementes (TS) foi feito com Standak Top 50ml por hectare

(dosagem utilizada na cultura do sorgo), o espaçamento entre linhas é de 0,45m, com a

profundidade de 2cm, sendo logo desbastadas deixando uma população de 20 plantas

por metro linear.

No dia seguinte a semeadura foram instaladas as placas de identificação com o nome do

material e tratamentos que serão trabalhados.

Após a semeadura foram realizadas diversas irrigações intercaladas, não havendo

necessidade nos dias em que choveram e dias posteriores a grandes volume das

mesmas.

As principais doenças observadas na região do Parecis e também no campus foram :

Helmintosporiose, Mancha da pyricularia e Ferrugem puccinia.

Figura 1 - Área experimental do Instituto Federal de Mato Grosso, Campus Campo Novo do

Parecis. Demarcação das parcelas experimentais.

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HELMINTOSPORIOSE- Helminthosporium spp.

ETIOLOGIA

SINTOMAS

Nas folhas os sintomas aparecendo nas folhas, em forma de lesões alongadas de comprimento variável, com

bordos bem definidos e de coloração marrom.

EPIDEMIOLOGIA

O agente causal da doença é o fungo Helminthosporium spp., pela temperatura amena, com o fungo

sobrevivendo de um ano para outro nos restos de cultura e em sementes na forma de micélio, conídios ou de

clamidósporos. O patógeno é disseminado principalmente por vento, respingo de chuva,

restos culturais, sementes contaminadas.em condições de alta umidade e pela temperatura amena.

CONTROLE

Uso de cultivares resistentes, rotação de cultura, incorporação dos restos de cultura e eliminação das plantas de

milheto remanescente ajudam a reduzir o inoculo primário do patógeno.

Figura 2. Sintoma foliar de Helmintosporiose Fonte: Fábio Fernandes, 2016 – IFMT - Campus Campo Novo do Parecis.

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Ferrugem (Puccinia substriata var. penicillariae)

Importância e distribuição

A ferrugem é considerada uma das mais importantes doenças da cultura do milheto no Brasil.

Atualmente, encontra-se amplamente disseminada, com maior severidade nas áreas de plantio da região

central do Brasil. Os danos causados pela ferrugem podem resultar em perdas superiores a 70% na

produção de grãos e afetam significativamente a qualidade de forragens.

Sintomas

Os sintomas da doença aparecem inicialmente nas folhas próximas ao solo, em forma de pequenas

manchas de coloração avermelhada. Essas manchas se desenvolvem, formando pústulas de até 3mm e de

aspecto ferruginoso. A epiderme sobre as pústulas se rompe, liberando uma massa de uredósporos de cor

avermelhada.

Epidemiologia

Temperaturas na faixa de 17 a 20ºC, elevada umidade relativa do ar e longos períodos de molhamento

foliar são considerados como condições ótimas para o desenvolvimento da ferrugem. No entanto, a

ocorrência de curtos períodos de condições climáticas favoráveis é suficiente para permitir a ocorrência

de elevada severidade dessa doença, como tem sido observado em regiões áridas onde esta cultura tem

sido cultivada.

Controle

A principal estratégia de manejo dessa doença consiste na utilização de cultivares resistentes. Em locais

onde a doença ocorre em elevada severidade, recomenda-se a realização do plantio em época

desfavorável ao desenvolvimento da doença. Não existem fungicidas registrados no Ministério da

Agricultura, Pecuária e Abastecimento para o controle da ferrugem do milheto.

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Figura 3. Sintoma foliar de Ferrugem

Fonte: Fábio Fernandes, 2016 – IFMT - Campus Campo Novo do Parecis.

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Mancha foliar de Pyricularia (Pyricularia grisea Sacc.)

Importância e distribuição

O fungo P. grisea é um dos principais patógenos causadores de queima foliar na

cultura do milheto no Brasil. Sob condições climáticas favoráveis ao

desenvolvimento da doença, as perdas na produtividade podem ser superiores a 50% em genótipos suscetíveis.

Sintomas

s sintomas iniciais da Mancha de Pyricularia são caracterizados pelo aparecimento

de numerosas pontuações (“flecks”) de coloração marrom que aumentam de

tamanho e adquirem a coloração marrom escura. Com o desenvolvimento da

doença, as lesões, de formato circular a elíptico, apresentam as bordas de

coloração marrom escura e o centro variando de cinza a marrom claro. É frequente

a presença de um halo amarelo-clorótico em torno das lesões (Figura 4). Com o

tempo, o número e o tamanho das lesões aumentam, causando uma extensiva

necrose da área foliar. Os sintomas podem ser também observados no colmo, na panícula e no pedúnculo.

Epidemiologia

O desenvolvimento da Mancha de Pyricularia é favorecido por condições de clima

quente (> 25°C), elevada umidade relativa do ar e ocorrência de chuvas

frequentes. A severidade da doença é variável de estação para estação de plantio e

é favorecida por plantios adensados.

Controle

As principais medidas recomendadas para o manejo da Mancha de Pyricularia são

utilização de cultivares resistentes, rotação de culturas, incorporação de restos

culturais, época de plantio visando a evitar períodos cujas condições de clima são

mais favoráveis ao desenvolvimento da doença, manejo de irrigação e utilização de

sementes sadias e tratadas.

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Figura 4. Sintoma foliar de Mancha foliar de Pyricularia

Fonte: Fábio Fernandes, 2016 – IFMT - Campus Campo Novo do Parecis.