Características do renascimento cultural josué lima
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ETEC JORNALISTA ROBERTO MARINHO
Caraterísticas do Renascimento Cultural
Josué Bezerra de Lima Produção de Áudio e Vídeo - Noturno História da Arte Orientação Profa. Liliana Regina Ghirardello
ETECJRM CARACTERÍSTICAS DO RENASCIMENTO CULTURAL 1
Características do Renascimento Cultural
O Renascimento ou Renascença, ocorreu no período do século XV e XVI e recebeu este nome pelo fato de intensificar-se a produção artística e cientifica com a retomada das ideias tendo como ideal a antiguidade clássica grega. O desenvolvimento mercantil entre a Europa e a Ásia com a expansão marítima permitiu o acúmulo da riqueza e a possibilidade do investimento nas artes aumentando consideravelmente a produção cultural com apoio à escultores, músicos arquitetos, escritores. Este apoio dado pelos governantes e o clero ficou conhecido como Mecenato e tinham como objetivo se tornarem mais conhecidos nas regiões que dominavam. O ideal do Renascimento pode ser entendido como a valorização do Iníciom (Humanismo) e da natureza, em oposição ao divino e ao sobrenatural, conceitos que haviam impregnado a cultura da Idade Média, no dizer de Gombrich “Os artistas em redor de Brunelleschi ansiavam com tanta veemência por uma renovação da arte que se voltaram para a natureza, a ciência e os remanescentes da antiguidade a fim de realizarem seus novos objetivos. O domínio da ciência e do conhecimento da arte clássica manteve-se por algum tempo na posse exclusiva dos artistas italianos da Renascença. Mas a vontade apaixonada de criar uma nova arte, que fosse mais fiel à natureza do que tudo o que fora visto até então, inspirou também os artistas da mesma geração no Norte.”1 A Itália veio a se tornar o principal centro do Renascimento tendo as cidades de Veneza, Florença e Gênova como berço deste movimento. Houve também a expansão desta ideias para outros países da Europa como Espanha, Portugal, Inglaterra, França, Polônia e Países Baixos.
Principais características
Valorização da cultura greco-romana, pois acreditavam que estes possuíam uma visão completa e humana da natureza, ao contrário dos homens medievais.
Conhecimento, inteligência e dom artísticos são qualidades que se buscavam.
Abandono do teocentrismo em favor do Antropocentrismo onde o homem passa a ser o centro (protagonista), contrapondo-se às ideias da Idade Média onde a vida do homem estava centrada em Deus.
O homem renascentista, principalmente os cientistas, passam a utilizar a razão como base de suas ideias. A experimentação e a observação da natureza e do universo são marcas deste período.
O mecenato foi importante na mola propulsora do renascimento e prática comum neste período que buscava sua inspiração na Antiguidade grego e romana. Ricos comerciantes investiram e intensificaram o movimento das artes, gerando desenvolvimento cultural e artístico.
1 Gombrich, E.H, História da Arte, pág. 176
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Características nas artes
Arquitetura
A ocupação do espaço pelo edifício baseia-se em relações matemáticas estabelecidas de tal forma que o observador possa compreender a lei que o organiza, de qualquer ponto em que se coloque. Buscou-se também uma inovação do ponto de vista psicológico e espiritual, como diz Bruno Zevi: “já não é o edifício que possui o Iníciom, mas este que, aprendendo a lei simples do espaço, possui o segredo do edifício”2
Ordens Arquitetônica
Arcos de Volta-Perfeita
Simplicidade na construção
A escultura e a pintura se desprendem da arquitetura e passam a ser autônomas
Construções; palácios, igrejas, vilas (casa de descanso da cidade), fortalezas (funções militares)
Principal arquiteto renascentista:
Brunelleschi – é um exemplo de artista completo renascentista, pois foi pintor, escultor e arquiteto. Além de dominar conhecimentos de Matemática, Geometria e de ser grande conhecedor da poesia de Dante. Foi como construtor, porém, que realizou seus mais importantes trabalhos, entre eles a cúpula da catedral de Florença e a Capela Pazzi.
Pintura
Perspectiva: arte de figura, no desenho ou pintura, as diversas distâncias e proporções que têm entre si os objetos visto à distância, segundo os princípios da matemática e da geometria. Dá tridimensionalidade.
Uso do claro-escuro: pintar algumas áreas iluminadas e outras na sombra, esse jogo de contraste reforça a sugestão de volume dos corpos.
Realismo: o artista do Renascimento não vê mais o Iníciom como simples observador do mundo que expressa a grandeza de Deus, mas como a expressão mais grandiosa do próprio Deus. E o mundo é pensado como uma realidade a ser compreendida cientificamente, e não apenas admirada.
Inicia-se o uso da tela e da tinta à óleo.
Tanto a pintura como a escultura que antes apareciam quase que exclusivamente como detalhes de obras arquitetônicas, tornam-se manifestações independentes.
Surgimento de artistas com um estilo pessoal, diferente dos demais, já que o período é marcado pelo ideal de liberdade e, consequentemente, pelo individualismo.
Principais Pintores
Botticelli, Leonardo da Vinci, Michelângelo e Rafael.
2 Zevi, Bruno, Saber Ver a Arquitetura, pág 97
Brunelleschi – Cúpula da Catedral
de Florença
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Escultura
Em meados do século XV, com a volta dos papas de Avinhão para Roma, esta adquire o seu prestígio. Protetores das artes, os papas deixam o palácio de Latrão e passam a residir no Vaticano. Ali, grades escultores se revelam, o mais dos quais é Michelângelo, que domina toda a escultura italiana do século XVI. Algumas obras: Moisés, Davi (4,10m) e Pietá. Outro grande escultor desse período foi Andrea del Verrochio.. Trabalhou em ourivesaria e esse fato acabou influenciando sua escultura. Obra destacada; Davi (1,26) em bronze.
Principais Características:
Buscavam representar o Iníciom tal como ele é na realidade
Proporção da figura mantendo a sua relação com a realidade
Profundidade e perspectiva
Estudo do corpo e do caráter humano
Rafael Sanzio - Biografia
Rafael ou Raffaello nasceu em Urbino, na Itália, no dia 6
de abril de 1483. Foi um mestre da pintura e da ar-
quitetura da escola de Florença durante o Renascimen-
to Italiano.
Também é conhecido por Raffaello Sanzio, Raffaello
Santi, Raffaello de Urbino ou Rafael Sanzio de Urbino.
Filho de Giovanni Santi, também pintor e bem
relacionado na corte do duque Federico da Montefeltro,
transmitiu ao filho, de precoce talento, o amor pela
pintura e as primeiras lições do ofício. Com apenas 11
anos foi colocado na corte de Urbino, que pelo apoio do
duque às artes, se tornou um centro de
desenvolvimento cultural da Itália.
Aos 17 anos Rafael já era considerado um mestre e foi
para Perugia, estudar com Pietro Perugino as técnicas
do afresco e onde também pintou em 1504 O Casamento da Vigem. Ainda neste ano
Rafael foi a Florença onde teve contatos com Leonardo da Vinci e Michelangelo, no
Auto Retrato – Óleo sobre tela
Michelângelo – Davi 1501-1504
Marmóre de Carrara
Galleria dell’Accademia, Florença
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Palazzo della Signoria. Sob influência destes mestres utilizou a técnicas por eles
desenvolvidas como o claro-escuro, contraste de luz e sombra, o esfumado, ao invés de
traços, para delinear as formas. E de Michelangelo, as possiblidades expressivas da
anatomia humana.
Por sugestão de Bramante, seu amigo e arquiteto do Vaticano, Rafael foi chamado a Roma
pelo papa Júlio II em 1508. Foi encarregado de decorar com afrescos as salas do Vaticano,
hoje conhecidas como as stanze de Rafael. Nos 12 anos em que permaneceu na cidade,
incumbiu-se de numerosos projetos de destaque, nos quais demonstra uma imaginação
variada e extremamente criativa.
Dos afrescos do Vaticano, os mais importantes são a “Disputa” (ou “Discussão do
Santíssimo Sacramento”) e a “Escola de Atenas”, ambos pintados na Stanza della
Segnatura. De 1513 a 1517 serviu ao papa Leão X e muito requisitado pela sua fama,
realizou trabalhos em diversas áreas como retratos, altares, cartões para tapeçarias,
cenários teatrais e projetos arquitetônicos de construções profanas e igrejas como a de
Sant’Eligio degli Orefici. Tamanho era seu prestígio que, segundo o biógrafo Giorgio
Vasari, Leão X chegou a pensar em fazê-lo cardeal.
Em 1514, com a morte de Bramante, Rafael foi nomeado arquiteto do Vaticano e assumiu
as obras em curso na basílica de São Pedro, onde substituiu a planta em cruz grega, ou
radial, por outra mais simples, em cruz latina, ou longitudinal. Sucedeu também a
Bramante na decoração das loggias (galerias) do Vaticano, aí realizando composições de
lírica simplicidade que pareciam contrabalançar a aterradora grandeza da capela Sistina
pintada por Michelangelo.
Sua última obra, a “Transfiguração”, encomendada em 1517, desvia-se da serenidade
típica de seu estilo para prefigurar coordenadas de um novo mundo turbulento — o da
expressão barroca.
Em conseqüência da profundidade filosófica de muitos de seus trabalhos, a reputação de
humanista e pensador neoplatônico de Rafael implantou-se em Roma. Entre seus amigos
havia respeitados homens de letras, como Castiglione e Pietro Aretino, além de muitos
artistas.
Em 1519 ele projetou os cenários para a comédia I suppositi, de Ludovico Ariosto.
Coberto de honrarias, Rafael morreu em Roma em 6 de abril de 1520, ao completar 37
anos e foi enterrado no Panteão de Roma.
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Principais Obras: Escola de Atenas – Afresco – Detalhe – 1509
Pitágoras cercado por Empédocles(?), Averroes, Hipatia e Parmênides
São Sebastião Transfiguração, 1518/20 1501-1502 Óleo sobre madeira 43x 34cm Museu do Vaticano
A Anunciação
(pradela do Retábulo Oddi) c. 1502-1504 òleo sobre madeira Transferido para tela 27 x50
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As Três Graças c. 1503/4 – Virgem com o Menino
Museu Condé, Chantilly c. 1503 Óleo sobre madeira 55,2 x 40 cm
O Casamento da Virgem, de 1504, I São Jorge e o Dragão 29 x 25cm
c. 1503-1505 Óleo sobre madeira
Basílica de São Pedro
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Análise da Obra
A VIRGEM DO PRADO c. 1505-1506 Óleo sobre madeira 113 x 88 cm Museu de História da Arte – Viena
A Virgem do prado é uma das primeiras composições em larga escala e com figuras
completas mostrando o encontro apócrifo entre Jão Batista e o Menino Jesus. A
influência das pesquisas figurativas de Michelangelo é evidente nessa composição.
Perspectiva – Aqui
também se utilizou
o sfumato para dar
noção de distancia
Uso do Claro Escuro
Uso da proporção
matemáticas e
geométricas.
Equilíbrio entre as
figuras - Harmonia
Uso do sfumato – sua-
visa as bordas com
tons esfumaçados
Uso da anatomia do
corpo bem como das
cores
Sentimento psicológico
no olhar a e na expres-
são do rosto entre as
três figuras
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Referencias
Gombrich, E.H., 1909-2001. A História da Arte / Ernst Hans Joef Gombrich – 4ª ed. – Rio de Janeiro; Zahar Editores, Rio de Janeiro, 1985
Zevi, Bruno, 1918-2000, Saber ver a arquitetura / Bruno Zevi [tradução Maria Isabel Gaspar, Gaetan Martins de Oliveira] – 5ª ed. – São Paulo; Martns Fontes, 1996. (Coleção a)
http://rafael-sanzio.blogspot.com.br/2012/06/virgem-com-o-menino.html
http://www.biografia.inf.br/rafael-sanzio-pintores-artistas-plasticos.html
http://pt.wikipedia.org/wiki/Anexo:Pinturas_de_Rafael
http://www.historiadaarte.com.br/linha/renascimento.
Capa: La Donna Velata (Retrato de moça com véu)
c. 1515-1516 Óleo sobre tela 80 x 60,5 cm Galeria Palatina - Florença