Carlos Roberto

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Rev. Bras. Ciênc. Esporte, Florianópolis, v. 34, n. 2, p. 433-448, abr./jun. 2012 433 NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA E BARREIRAS PERCEBIDAS PARA A PRáTICA DE ATIVIDADES FÍSICAS ENTRE POLICIAIS MILITARES MS. GILMAR MERCÊS DE JESUS Mestre em Saúde Coletiva pela Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS) Professor da Universidade Estadual de Feira de Santana e Líder do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Atividade Física e Saúde (NEPAFIS) (Feira de Santana – Bahia – Brasil) E-mail: [email protected] GRAD. ÉRIC FERNANDO ALMEIDA DE JESUS Licenciado em Educação Física pela Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS) Membro do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Atividade Física e Saúde (NEPAFIS) (Feira de Santana – Bahia – Brasil) E-mail: [email protected] RESUMO O estudo descreveu o nível de atividade física e as barreiras percebidas para a prática de atividades físicas em uma amostra de 316 policiais militares de Feira de Santana, Bahia. Houve 37% de indivíduos insuficientemente ativos, sem diferença significante entre os sexos e a idade. Entre as barreiras percebidas para a prática de atividade física destacaram-se: compromissos familiares (39,2%), jornada de trabalho (36,7%), falta de equipamento (30,4%), ambiente inseguro (26,9%), falta de companhia (25,6%), tarefas domésticas (20,6%) e falta de recursos financeiros (20,3%). A prevalência de policiais insuficientemente ativos foi maior entre os que percebem barreiras pessoais, ajustado pelo sexo, idade e pelas barreiras ambientais, sociais e financeiras (RP: 1,5; IC 95% : 1,00-2,26). PALAVRAS-CHAVE: Atividade física; policiais militares; percepção; adultos.

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Verificação das saúde dos policiais militares.

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  • Rev. Bras. Cinc. Esporte, Florianpolis, v. 34, n. 2, p. 433-448, abr./jun. 2012 433

    NVEL DE ATIVIDADE FSICA E BARREIRAS PERCEBIDAS PARA A PRTICA DE ATIVIDADES

    FSICAS ENTRE POLICIAIS MILITARES

    MS. GILMAR MERCS DE JESUSMestre em Sade Coletiva pela Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS)

    Professor da Universidade Estadual de Feira de Santana e Lder do Ncleo de Estudos e Pesquisas em Atividade Fsica e Sade (NEPAFIS) (Feira de Santana Bahia Brasil)

    E-mail: [email protected]

    GRAD. RIC FERNANDO ALMEIDA DE JESUSLicenciado em Educao Fsica pela Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS)Membro do Ncleo de Estudos e Pesquisas em Atividade Fsica e Sade (NEPAFIS)

    (Feira de Santana Bahia Brasil)E-mail: [email protected]

    RESUMO

    O estudo descreveu o nvel de atividade fsica e as barreiras percebidas para a prtica de atividades fsicas em uma amostra de 316 policiais militares de Feira de Santana, Bahia. Houve 37% de indivduos insuficientemente ativos, sem diferena significante entre os sexos e a idade. Entre as barreiras percebidas para a prtica de atividade fsica destacaram-se: compromissos familiares (39,2%), jornada de trabalho (36,7%), falta de equipamento (30,4%), ambiente inseguro (26,9%), falta de companhia (25,6%), tarefas domsticas (20,6%) e falta de recursos financeiros (20,3%). A prevalncia de policiais insuficientemente ativos foi maior entre os que percebem barreiras pessoais, ajustado pelo sexo, idade e pelas barreiras ambientais, sociais e financeiras (RP: 1,5; IC95%: 1,00-2,26).

    PALAVRAS-CHAVE: Atividade fsica; policiais militares; percepo; adultos.

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    INTRODUO

    A prtica regular de atividades fsicas, h muito tempo, vem sendo apontada como fator positivamente associado sade, contribuindo na preveno, reduo e/ou controle de dislipidemias, doenas cardiovasculares, obesidade, diabetes, cncer, osteoporose, transtornos mentais e taxas de mortalidade (HASKELL et al., 2007; HILL; WYATT, 2005).

    Mesmo assim, o nmero de pessoas com nveis insuficientes de atividade fsica, sobretudo no lazer, tem aumentado por todo o mundo (CASPERSEN; PEREIRA; CURRAN, 2000). No Brasil, tal tendncia semelhante, havendo variabilidade significativa entre as prevalncias estimadas, com maiores taxas entre homens e entre as pessoas mais velhas (MALTA et al., 2009; DUMITH, 2009).

    importante destacar que muitas hipteses sobre o crescimento da inatividade fsica remetem a mudanas no estilo de vida das pessoas, associadas s transfor-maes no mundo do trabalho e s facilidades trazidas pela revoluo tecnolgica, como a macia utilizao de transportes motorizados (como automveis, escadas rolantes e elevadores) e pelo lazer hipocintico (como assistir televiso, usar com-putadores e vdeo games), em detrimento de deslocamentos a p ou de bicicleta, e da ocupao do tempo livre com atividades fsicas recreativas.

    Contudo, deve-se considerar a variabilidade de motivos para a adeso prtica de atividades fsicas, conforme o nvel econmico, o grau de escolaridade, o sexo, a idade, o estado civil, a profisso e o tempo despendido com atividades laborais e de estudo, a disponibilidade de espao fsico, de equipamentos e de instruo profissional, o excesso de peso, questes climticas e a poluio atmosfrica (SILVA; PETROSKI; REIS, 2009; AMESTY, 2003; CAMES; LOPES, 2008; DASKAPAN; TUZUN; EKER, 2006; DUNTON; SCHNEIDER, 2006).

    Os policiais militares representam uma classe de trabalhadores diferenciados, por conta de vrios fatores que influenciam o exerccio da sua profisso, dentre os quais podem ser destacados a convivncia com a violncia e o risco de morte, a carga e condies de trabalho e o estresse (COSTA et al., 2007). Ademais, bons nveis de aptido fsica so necessrios para o desempenho do servio policial militar, no cumprimento do dever constitucional de preservar a ordem pblica e executar o policiamento ostensivo.

    Os aspectos relacionados sade dos policiais, contudo, tem sido pouco estudados na Amrica Latina, sobretudo no Brasil. Isto foi constatado ao se buscar, nas bases de dados cientficas do Scientific Electronic Library Online (Scielo) e Latin American and Caribbean Health Sciences (LILACS), publicaes sobre a sade de policiais, utilizando como descritores policiais e atividade fsica. O nmero de publi-

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    caes aumenta se for utilizado o descritor militares no lugar de policiais, pois so gerados trabalhos que envolvem tambm militares das foras armadas.1 Estes, no entanto, apresentam rotinas diferentes dos policiais militares, portanto, diferentes determinantes de sade. Esses estudos focalizam questes gerais sobre sade fsica e mental, mas so escassos, especialmente os estudos com enfoque nos determi-nantes da prtica habitual de atividades fsicas.

    Assim, o objetivo deste estudo foi descrever o nvel de atividade fsica e as barreiras percebidas para a prtica de atividades fsicas entre policiais militares de Feira de Santana, Bahia.

    MATERIAIS E MTODOS

    Este um estudo de corte transversal, realizado com um grupo de policiais do 1 Batalho de Polcia Militar (1 BPM) em Feira de Santana, Bahia. Na ocasio da coleta de dados, o 1 BPM contava com 1095 policiais em seu efetivo, dos quais 901 eram homens. Atualmente, o efetivo de policiais militares da cidade foi dividido em seis companhias independentes, e o 1 BPM tem se responsabilizado pela formao de novos soldados, funcionando como Batalho Escola.

    Esta pesquisa faz parte do projeto de pesquisa Indicadores Antropomtricos de Risco Cardiovascular e Barreiras Manuteno da Aptido Fsica em Policiais Militares, da Universidade Estadual de Feira de Santana, Bahia.2

    O projeto original avaliou diversos desfechos relacionados sade, tais como excesso de peso, obesidade abdominal, nvel de atividade fsica, estresse e barreiras para a prtica de atividades fsicas, que, reconhecidamente, apresentam prevalncias distintas na populao. Portanto, foram adotados os seguintes parmetros no cl-culo amostral: prevalncia estimada de 50,0%, erro de estimao de 5,0% e nvel de 5,0% de significncia estatstica. Assim, a amostra calculada foi 285, mas foram obtidos dados de 316 policiais.

    A seguinte frmula foi utilizada para o clculo amostral:

    Em que, p=50,0%; z21-/2=1,96, referente ao intervalo de 95% de confiana, ou nvel de 5% de significncia estatstica; 5%. Logo aps a obteno de n0, houve correo para uma populao finita, segundo a frmula a seguir, na qual N=1095.

    n = n0 x {N/[n0 + (N 1)]

    1. Busca realizada em 10 de junho de 2011.2. O presente trabalho no contou com apoio financeiro de nenhuma natureza para sua realizao.

    n0 = [z21-/2 p(1 p)]/

    2

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    As variveis analisadas na presente pesquisa foram: sexo, idade, nvel de atividade fsica, alm das barreiras percebidas para a prtica de atividades fsicas. A coleta de dados foi realizada no prprio 1 BPM, no perodo de junho a agosto de 2009, especificamente no horrio em que os policiais se concentram para apa-nharem equipamentos, viaturas e serem designados ao servio, de acordo com a escala do dia.

    O nvel de atividade fsica foi investigado com o uso do International Phy-sical Activity Questionnaire (IPAQ) verso curta, sendo o nvel de atividade fsica classificado, conforme critrios de tempo e de intensidade em: inativos, insufi-cientemente ativos, ativos e muito ativos (DUMITH, 2010). Posteriormente, o nmero de indivduos classificados como inativos e insuficientemente ativos foi agrupado, compondo a categoria insuficientemente ativos. Os demais foram considerados ativos.

    Todas as informaes sobre as variveis do estudo foram digitadas e armaze-nadas em um banco de dados do Statistical Package for Social Sciences (SPSS) para Windows, verso 10.0, que viabilizou a fase inicial da anlise de dados.

    Para a avaliao das barreiras percebidas para a prtica de atividades fsicas, foi utilizado o questionrio proposto e validado por Martins e Petroski (2000). Tal instrumento lista 19 motivos que dificultam ou impedem a prtica de atividades fsicas, em uma escala de pontuao ordinal com os itens: sempre (4), quase sempre (3), s vezes (2), raramente (1) e nunca (0), que permite avaliar quantitativamente a percepo de barreiras, assim como a importncia de cada barreira, separadamente. No estudo de validao, o questionrio foi apresentado como adequado para ser utilizado em populaes de adultos, devido aplicabilidade e ao bom ndice de reprodutibilidade de respostas. As informaes sobre as demais variveis foram coletadas atravs de um questio-nrio estruturado.

    Na anlise dos dados, inicialmente, foi realizada a descrio das variveis, atravs da contagem de frequncias e das propores, estratificando-se as barreiras percebidas para a prtica de atividades fsicas por sexo e por idade. O nvel de ativi-dade fsica dos policiais foi descrito conforme as barreiras percebidas para a prtica de atividades fsicas, e de acordo com o sexo e a idade.

    Para evidenciar a importncia de cada barreira investigada na anlise bivariada, observou-se o valor correspondente ao percentual de casos em que cada barreira foi citada como sempre ou quase sempre, como a categoria barreira percebida; e s vezes, raramente e nunca, que no foram consideradas empecilhos para a prtica de atividade fsica, como barreira no percebida.

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    A comparao das propores foi feita com a utilizao do teste Qui-Quadrado para variveis dicotmicas e independentes (X2), isto , o sexo e as barreiras para a prtica de atividades fsicas; e o teste Qui-Quadrado para tendncia (X2tendncia), para variveis independentes com mais de duas categorias, ou seja, idade. Adotou-se, em ambos os testes, nvel de 5% de significncia estatstica.

    Posteriormente, foi realizada a anlise simultnea do efeito das barreiras para a prtica de atividades fsicas, sobre o nvel de atividade fsica dos policiais, atravs da regresso logstica, ajustando por sexo e idade. As razes de prevalncia e respec-tivos intervalos de confiana, no modelo final, foram estimados pelo Mtodo Delta (OLIVEIRA; SANTANA; LOPES, 1997), utilizando o pacote estatstico R 2.12.2.

    Para viabilizar a anlise por regresso logstica, as barreiras foram categorizadas em ambientais (falta de clima adequado), sociais (falta de equipamento disponvel, falta de espao para a prtica e ambiente insuficientemente seguro), financeiras (falta de recursos financeiros) e pessoais (jornada de trabalho extensa, compromissos familiares, tarefas domsticas, falta de companhia, falta de incentivo da famlia e/ou amigos, mau humor, medo de se lesionar, limitaes fsicas, dores leves e mal estar, falta de energia, falta de habilidade fsica, falta de conhecimento ou orientao sobre atividade fsica, preocupao com a aparncia durante a prtica e falta de interesse em praticar).

    O estudo seguiu as normas previstas na Resoluo 196/96 do Conselho Nacional de Sade, acerca das pesquisas realizadas com seres humanos, tendo sido aprovado no Comit de tica em Pesquisa da Universidade Estadual de Feira de Santana, com protocolo de nmero 056/2009. Todos os indivduos efetivaram sua participao mediante a assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido.3

    RESULTADOS

    A Tabela 1 descreve as caractersticas da amostra. Nota-se que a maioria dos policiais do sexo masculino e tem idades a partir de 30 anos (mdia de idade: 36,2 anos; desvio padro: 5,7 anos; amplitude: 34 anos; valor mnimo: 20 anos; valor mximo: 54 anos). A avaliao do nvel de atividade fsica revelou 9,5% de policiais inativos, 27,5% insuficientemente ativos. Isto indica uma proporo de 37% de indivduos que no atingem as recomendaes internacionais quanto prtica de atividades fsicas na amostra. No houve diferena na proporo de indivduos insuficientemente ativos, considerando o sexo e a idade (Tabela 2).

    3. No houve conflitos de interesses para realizao do presente estudo.

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    Tabela 1 - Caracterizao da amostra

    Varivel F %

    SexoMasculino 252 79,7Feminino 64 20,3

    Idade40 anos 79 25

    Nvel Habitual de Atividade fsicaInativos 30 9,5Insuficientemente ativos 87 27,5Ativos 119 37,7Muito ativos 80 25,3

    Tabela 2 - Nvel de atividade fsica de policiais militares de Feira de Santana, Bahia em 2011, estratificado pelo sexo e idade

    VARIVEIS

    Nvel de atividade fsica

    Total de policiais

    Policiais insuficientemente ativos

    % X2 p

    Sexo

    Masculino 252 94 37,30,041 0,84

    Feminino 64 23 35,9

    Idade

    < 30 anos 36 14 38,9 0,061 0,806

    30 anos 280 103 36,8

    A avaliao das barreiras percebidas para a prtica de atividades fsicas eviden-ciou compromissos familiares, jornada de trabalho, falta de equipamento, ambiente inseguro, falta de companhia, tarefas domsticas e falta de recursos financeiros como principais motivos que impedem ou dificultam os indivduos da amostra de se engajarem na prtica de atividades fsicas (Tabela 3).

    Quando as barreiras foram estratificadas pelo sexo, motivos como compro-missos familiares, tarefas domsticas e falta de interesse foram significantemente mais frequentes entre as mulheres. Por outro lado, o medo de leses, a falta de conhecimento ou de orientao sobre atividades fsicas, foram motivos mais fre-quentes entre os homens. Embora no tenha sido atingida a significncia estatstica estabelecida (p

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    Quando as barreiras foram estratificadas pela idade, foi notada uma tendn-cia de aumento da frequncia de percepo de compromissos familiares, falta de recursos, limitaes fsicas, falta de habilidade e de conhecimento, com o avano da idade (Tabela 4).

    Ao agrupar as barreiras em pessoais, ambientais, sociais e financeiras, na anlise bruta observou-se maior prevalncia de nvel insuficiente de atividade fsica entre os policiais que percebem barreiras pessoais e sociais. Entretanto, quando foi feito o ajuste para sexo e idade, atravs da regresso logstica, apenas as barreiras pessoais permaneceram associadas atividade fsica insuficiente entre os indivduos pesquisados (Tabela 5).

    Tabela 3 - Identificao das barreiras percebidas para a prtica de atividades fsicas entre policiais militares de Feira de Santana, Bahia em 2011

    Motivo Barreira percebidaBarreira no percebida

    f % f %

    Jornada de trabalho extensa 116 36,7 200 63,3

    Compromissos familiares (pais, cnjuge, filhos, etc.) 124 39,2 192 60,8

    Falta de clima adequado (vento, frio, calor, etc.) 21 6,6 295 93,4

    Falta de espao disponvel para a prtica 62 19,6 254 80,4

    Falta de equipamento disponvel 96 30,4 220 69,6

    Tarefas domsticas (para com sua casa) 65 20,6 251 79,4

    Falta de companhia 81 25,6 235 74,4

    Falta de incentivo da famlia e/ou amigos 56 17,7 260 82,3

    Falta de recursos financeiros 64 20,3 252 79,7

    Mau humor 17 5,4 299 94,6

    Medo de lesionar-se 10 3,2 306 96,8

    Limitaes fsicas (p. exemplo, muscular ou Articular) 18 5,7 298 94,3

    Dores leves ou mal estar 20 6,3 296 93,7

    Falta de energia (cansao fsico) 26 8,2 290 91,8

    Falta de habilidade fsica 25 7,9 291 92,1

    Falta de conhecimento ou orientao sobre AF 45 14,2 271 85,8

    Ambiente insuficientemente seguro (criminalidade) 85 26,9 231 73,1

    Preocupao com a aparncia durante a prtica 10 3,2 306 96,8

    Falta de interesse em praticar 36 11,4 280 88,6

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    Tabela 5 - Razes de prevalncia (RP) de nvel insuficiente de atividade fsica, de acordo com a per-cepo de barreiras para a prtica de atividades fsicas.

    Barreiras percebidas RP bruta (IC95%) RP ajustada (IC95%)

    Pessoais 1,64 1,11-2,43 1,51 1,00-2,26

    Ambientais 1,31 0,82-2,11 1,11 0,64-1,92

    Sociais 1,45 1,09-1,92 1,34 0,96-1,87

    Econmicas 1,24 0,93-1,66 0,99 0,70-1,42

    Ajuste: sexo e idade. p

  • 442 Rev. Bras. Cinc. Esporte, Florianpolis, v. 34, n. 2, p. 433-448, abr./jun. 2012

    A prtica regular de atividades fsicas na populao determinada por in-meros fatores demogrficos, sociais, fsicos, ambientais, econmicos e psicolgicos, que podem ser estimuladores ou, quando inibidores, constituem-se como barreiras (CASSOU et al., 2008).

    A falta de tempo e a jornada de trabalho ou de estudos so motivos fre-quentemente apontados em estudos cientficos, como principais coibentes da adeso prtica de atividades fsicas, entre indivduos de diversas faixas etrias e categorias profissionais (DUNTON; SCHNEIDER, 2006; DASKAPAN; TUZUN; EKER, 2006; MARTINS, 2000; CASTRO-CARVAJAL et al., 2008; REICHERT et al., 2007), incluin-do praticantes regulares de atividades fsicas (TAHARA; SCHWARTZ; SILVA, 2003).

    No atual estudo, quanto s barreiras para a prtica de atividades fsicas, os resultados revelaram os compromissos familiares como o principal motivo percebido como barreira para a prtica de atividades fsicas entre os policiais, seguido da jornada de trabalho, da falta de equipamento, do ambiente inseguro, da falta de companhia, das tarefas domsticas e da falta de recursos financeiros.

    Esse resultado foi semelhante ao encontrado entre professores universitrios da Universidade Federal de Santa Catarina (MARTINS, 2000). Entre outras barrei-ras percebidas por esses professores, destacaram-se a falta de interesse, as tarefas domsticas, a falta de companhia e a jornada de trabalho. J no estudo de Reichert et al. (2007), falta de dinheiro foi a barreira mais frequente (40,3%), seguida pelo cansao (38,1%), falta de companhia (32,2%) e de tempo (31,5%).

    Entre os policiais de Feira de Santana, a jornada de trabalho foi o segundo motivo mais frequente percebido como barreira para a prtica de atividades fsicas. Isto pode estar relacionado com a baixa remunerao, que uma situao que obriga os policiais a terem outros empregos informais (bicos ou biscates); e os professores universitrios a darem aulas em mais do que uma Instituio de Ensino Superior, o que origina sua falta de tempo para atividades fsicas, por conta dos compromissos de trabalho.

    Outra observao importante que uma jornada de trabalho extensa pode influenciar os indivduos a perceberem como barreira para a prtica de atividades fsicas, motivos como a falta de energia, a ocorrncia de dores e mal estar, o mau humor, em funo da exigncia fsica e psicolgica da atividade laboral apresentada como altamente estressante, tanto para professores quanto para policiais (OLIVEI-RA; SANTOS, 2010; LIMA; OLIVEIRA FILHO, 2009; COSTA et al., 2007). Mas possvel, tambm, que os compromissos familiares sejam influenciados da mesma maneira, j que o fato de o indivduo ter pouco tempo livre devido ao trabalho pode lev-lo a optar por ficar em casa, na companhia de sua famlia, o que termina dificultando a prtica de uma atividade fsica.

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    Observou-se que, entre os policiais investigados, os compromissos familiares e as tarefas domsticas foram significantemente mais frequentes entre as mulheres. Esse resultado ilustra questes relacionadas ao, ainda predominante, papel de cuidadora da famlia e de principal executora das tarefas domsticas, atribudo mulher. Tal papel est alicerado na reproduo biolgica, com nfase na maternidade, e consagra o que se pode chamar de diviso sexual do trabalho (MELO; CONSIDERA; DI SABBATO, 2007).

    Um apontamento importante a ser feito sobre a tendncia de aumento da frequncia de percepo de compromissos familiares, falta de recursos, limitaes fsicas, falta de habilidade e de conhecimento, com o avano da idade entre os policiais pesquisados. Esse achado contrrio queles relatados no estudo de Martins (2000), realizado com professores da Universidade Federal de Santa Catarina, em que se constatou maior frequncia de percepo de barreiras para atividade fsica entre os indivduos de at 34 anos, com tendncia a decrscimo com o avano da idade.

    Outro fator que se deve realar a percepo de ambiente inseguro como barreira para a prtica de atividades fsicas na amostra. Isto pode estar relacionado com os elevados ndices de violncia nas cidades de mdio e grande porte do Brasil como Feira de Santana , mesmo considerando a possibilidade de os policiais realizarem atividades fsicas ao ar livre armados. No caso especfico de policiais, existe a probabilidade de que eles sejam identificados por bandidos enquanto praticam atividades fsicas nas ruas da cidade, o que, portanto, traria riscos s suas vidas. No foi possvel, todavia, avaliar se este resultado se deve a uma percepo comum a todas as pessoas, devido violncia nos grandes centros urbanos, ou a uma questo prpria dos policiais.

    Conforme dados do Centro de Documentao e Estatstica Policial (CEDEP), da Secretaria de Segurana Pblica da Bahia (SSP-BA), entre os 23 municpios que integram a 1 Coordenadoria Regional do Interior (1 COORPIN), s em Feira de Santana foram registrados 71,9% de todas as ocorrncias policiais no ano de 2008, entre homicdios e tentativas de homicdios, estupros, latrocnio, furto de veculos, roubo a nibus urbano, apreenso de armas de fogo, entre outros (BAHIA, 2010). Esses altos ndices de violncia e criminalidade podem estar influenciando a percepo desses policiais.

    Sabe-se que a segurana pblica pode ser fator estimulador ou inibidor da pr-tica de atividades fsicas, principalmente ao ar livre. Dados de uma pesquisa realizada com frequentadores de um parque pblico do Paran, colocam a segurana pblica como um fator estimulador da prtica de atividades fsicas (SILVA; PETROSKI; REIS, 2009). Por outro lado, um estudo realizado com uma populao norte-americana, apontou que a atividade fsica no lazer significantemente inibida quando existem altas taxas de criminalidade urbana (MCGINN et al., 2008).

    Outras barreiras frequentes na percepo dos policiais investigados foram a falta de equipamento e de recursos financeiros. A falta de equipamento pode

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    ser interpretada, por exemplo, como a escassez de aparelhos de ginstica, que podem ser disponibilizados em espaos pblicos; ou, de outro modo, como a falta de objetos pessoais, como tnis e vestimentas adequadas para realizar atividades fsicas. Na primeira interpretao, essa barreira pode ser apresentada como uma questo social; j na segunda, como de ordem pessoal (econmica ou financeira), pois remete a questes individuais. Os indivduos pesquisados podem ter encarado esse motivo de um modo ou de outro, o que dificulta uma anlise mais precisa. Encontra-se, nesse ponto, uma limitao do instrumento de coleta utilizado, que no define o tipo de equipamento ao qual se refere.

    Finalmente, a anlise do efeito das barreiras percebidas sobre o nvel de ativi-dade fsica dos indivduos, revelou que a prevalncia de policiais insuficientemente 1,5 vezes maior entre os que percebem barreiras pessoais, ajustado por sexo, idade e pelas barreiras ambientais, sociais e financeiras. No estudo realizado por Reichert et al. (2007), aps o ajuste para gnero, idade, cor da pele e nvel econmico, falta de tempo, desinteresse por exerccios, cansao, falta de companhia, falta de dinheiro e pelas demais barreiras, permaneceram associados com a inatividade fsica. Embora a estratgia de anlise do estudo de Reichert et al. (2007) tenha sido distinta da opo feita na presente pesquisa o agrupamento das barreiras percebidas em quatro categorias os motivos associados inatividade fsica entre adultos de Pelotas, Rio Grande do Sul, so, evidentemente, de cunho pessoal e, portanto, semelhante ao que foi encontrado entre os policiais militares de Feira de Santana.

    Entre os motivos que representam barreiras de cunho pessoal, os mais frequentes, independente do sexo e da idade, foram jornada de trabalho, com-promissos familiares, tarefas domsticas, falta de companhia e mau humor. Esses motivos esto relacionados, em primeira instncia, falta de tempo dos policiais para se engajarem na prtica de atividades fsicas, em funo da jornada extensa de trabalho possivelmente por realizarem bicos ou biscates para complementar sua renda , dos compromissos familiares e das tarefas domsticas; mas revelam, tambm, no caso do mau humor e da falta de companhia, a coexistncia de motivos que dizem respeito a questes psicolgicas possivelmente associadas aos nveis de estresse desses trabalhadores e da inexistncia de uma poltica de promoo da prtica de atividades fsicas, esportivas e de lazer na corporao.

    A importncia verificada quanto percepo de ambiente inseguro como barreira para a prtica de atividades fsicas, neste estudo, suscita a realizao de uma nova pesquisa, que envolva outras categorias profissionais (no militares), para avaliar se existe diferena na percepo desse motivo na populao de Feira de Santana, e que elementos possibilitam que cada indivduo perceba o ambiente como inseguro.

    Os resultados desta pesquisa possibilitaram concluir que, entre as barreiras per-cebidas para a prtica de atividades fsicas pelos policiais militares de Feira de Santana,

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    predominam as de cunho pessoal, que so influenciadas, entre outros motivos, pela falta de tempo, em funo dos compromissos familiares e da jornada de trabalho. No entanto, podem ser tambm influenciadas pela falta de uma poltica de promoo da prtica de atividades fsicas, esportivas e de lazer na Polcia Militar no municpio.

    Portanto, aes que visem intervir na remoo desses empecilhos no devem focalizar apenas os indivduos. Mais que isso, devem constituir uma poltica institu-cional de ateno sade e qualidade de vida desses trabalhadores, no sentido de promover a prtica de atividades fsicas, o que pode auxiliar na diminuio dos desgastes fsicos e psicolgicos, na preveno de doenas crnicas e melhorando, tambm, o desempenho nas atividades policiamento.

    Level of physical activity and perceived barriers to practice physical activities among military police

    ABSTRACT: This research describes levels of physical activity and perceived barriers to phy-sical activities of military police in Feira de Santana, Bahia. This is a cross sectional study, with a sample of 316 subjects. The results showed that in regard to physical activity, 37% of the military police are inactive, no significant difference related to gender and age. Among perceived barriers to practice physical activity stood out: family commitments (39.2%), the workday (36.7%), lack of equipment (30.4%), unsafe environment (26.9%), lack of company (25.6%), housework (20.6%) and lack of financial resources (20.3%). The prevalence of inactive police was higher among those who perceived personal barriers, adjusted by gender, age, and by environmental, social and financial barriers (OR: 1.5; CI95%: 1.00-2.26).

    KEYWORDS: Physical activity; military police; perceived barriers; adults.

    Nivel de actividad fsica y barreras percibidas para la prctica de actividades fsicas entre los polica militares

    RESUMEN: El objetivo del estudio fue describir el nivel de actividad fsica y barreras percibidas a practicar actividades fsicas en una muestra de 316 polica militar de Feira de Santana, Bahia. Hubo 37% de los oficiales de polica con el nivel de actividad fsica insuficiente, pero ninguna diferencia significativa entre los sexos y la edad. Entre las barreras percibidas para la prctica de actividad fsica se situ: compromisos com la familia (39.2%), la jornada laboral (36.7%), falta de equipo (30.4%), entorno inseguro (26.9%), carencia de la compaa (25.6%), tarefas del hogar (20.6%) y la falta de recursos financieros (20.3%). La prevalencia actividad fsica insuficiente fue mayor entre los que se dan cuenta de las barreras personales, ajustadas por sexo, edad y por barreras ambientales, sociales y financieras (RP: 1.5; IC95%: 1.00-2.26).

    PALABRAS CLAVE: Actividad motora; policia; percepcon; adultos.

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    Recebido: 11 mar. 2010Aprovado: 13 maio 2011

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