Carne in vitro
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Carne in vitro
Engenharia de Bioprocessos e Biotecnologia
Trabalho Interdisciplinar Orientado I (TIO-I)
Unesp-Araraquara | Junho-2013
Carne in vitro
• Introdução• Relevância• Etapas de Produção• Estruturação do TIO• Fundamentos Básicos• Perspectivas• Referências Bibliográficas
Introdução
O que é “carne in vitro”?
Relevância
Relevância de Demanda
Relevância Ambiental
Relevância Social
Outros Pontos de Relevância
• Ética:– Criação de uma forma de produção livre da necessidade
de abate animal;• Industrial:– Possibilidade de criação de novos produtos, permitindo,
inclusive, expansão do mercado consumidor;• Científica:– Aprimoramento de técnicas de diferenciação e cultivo
celular;– Novas culturas para ensaios biológicos;
Economia de Recursos
(http://calmariatempestade.wordpress.com/2012/06/22/carne-de-laboratorio/)
Etapas de Produção
Etapas de Produção - Simplificado
Etapas de Produção - Diferenciação II
Fundamentos eDetalhes do Processo
Tecido Muscular - Tipos
Tecido Muscular Esquelético(ou Estriado)
Miogênese
Células Tronco
O processo de diferenciação se dá em muitas etapas, nas quais diferentes conjuntos de proteínas regulam a expressão gênica que determina a diferenciação posterior.
Esse processo também é influenciado por interferências ambientais.
Células Satélites
• Vantagens:– Tem maior tendência à proliferação;
• Desvantagens:– Adicionam uma fase de diferenciação a mais no
processo;– São escassas no tecido muscular;
Célula Diferenciada - Mioblastos
• Vantagens:– Já são diferenciadas;– São abundantes;
• Desvantagens:– Necessitam de engenharia genética para
formarem colônias imortalizadas;– Proliferam-se mais lentamente;
Proliferação Celular da Cel. Satélites
• Métodos bem estabelecidos em placas de petri;
• Necessidade de novos biorreatores específicos para o cultivo de células animais;– Dificuldades:• Oxigenação;• Transporte de Nutrientes;
Proliferação Celular
http://www.fai.ufscar.br:8080/FAI/noticias/invento-possibilita-cultivo-de-celula-animal
Máquina Desenvolvida pela UFSCAR
Diferenciação Celular - Fundamento
• Se o código genético é o mesmo em todas as células de um mesmo organismo, por que as células diferenciam-se?
Embrião de Drosophila marcado por anticorpos para proteínas. Cada cor representa uma proteína diferente, evidenciando a diferenciação celular nessa fase de desenvolvimento.
Mecanismos de Regulação Gênica em Eucariotos
http://genmol.blogspot.com.br/2011/09/genetica-molecular-sinopse-do-controle.html
Eucariotos – Controle por Condensação da Cromatina
- Eucromatina (E): região descondensada da cromatina, ativa;- Heterocromatina (H): região condensada da cromatina, inativa;
-Proteínas específicas podem alterar a conformação da cromatina em diferentes fases dociclo celular;- A estrutura da cromatina pode ser herdada para a célula filha em divisão mitótica;
Histonas e Proteínas Reguladoras
Proteínas de regulação gênica podem agir sobre as histonas, alterando aconformação da cromatina.
Proteínas Reguladoras
Muitas vezes, a expressão de um gene é controlada por mais de uma proteínareguladora (podendo chegar a centenas).
Como cada proteína reguladora é, por sua vez, controlada por outras proteínas, osistema adquire um grau muito alto de complexidade.
Diferenciação do Tecido MuscularIn Vitro
• Necessidade de Estímulos Químicos:– Proteínas reguladoras;– Fatores de crescimento;– Nutrientes e oxigênio;
• Necessidade de Estímulos Físicos:– Ancoramento doas células;– Alinhamento correto para a fusão dos
Mioblastos;– Contração das células para a
formação dos Sarcômeros;
Meio de Cultura
Telas de Fixação
Meio de Cultura
• Deve conter:– Nutrientes;– Hormônios e proteínas de regulação gênica;– Fator de crescimento;– Carregadores de ôxigênio;
• Desafio:– Custo viável;
Fator de Crescimento
• Soro do sangue:– Meio mais utilizado e barato;– Problemas:• Origem animal;• Inviável em larga escala;• Risco de contaminação;
Fator de Crescimento
• Substâncias que controlam o ciclo celular (transição da fase G0 para G1);
• Necessárias à proliferação e manutenção de colônias animais;
Fator de Crescimento - Soro
• Soro Fetal:– Meio mais utilizado e barato;– Problemas:• Origem animal;• Inviável em larga escala;• Risco de contaminação;
Fator de Crescimento - Ultroser G
Fator de Crescimento - Ultroser G
• Fator químico que substitui o Soro.
• Problemas:– É caro;– É protegido por patente;
Fator de Crescimento – Extrato de Cogumelos
• Estudos com células de peixes sugerem que podem ser uma alternativa viável;
Fatores de Regulação Gênica
• Podem ser obtidos por meios de engenharia genética em bactérias;
• Necessita de melhores estudos para a definição de quais fatores são realmente necessários;
• Poderiam ser fornecidos em larga escala por células co-cultivadas com os mioblastos e cel. satélites (hepatócitos, por exemplo);
Transportadores de Oxigênio
• Atuariam no lugar do sangue para manter concentrações adequadas no meio;
• Opções:– Versões modificadas de hemoglobina
(produzidas a partir de plantas e micro-organismos geneticamente alterados);
– Versões químicas inertes(produzidas artificialmente);
Tela de Fixação
• Promove a ancoragem da célula;
• Deve possuir uma textura adequada para promover o alinhamento dos mioblastos;
• Poderia ser comestível ou não comestível;
Tela “comestível”
• As células não precisariam ser removidas;
• Poderia ser útil para dar textura ao produto;
• Poderia ser feita de diversos polímeros orgânicos:– Colágeno– Celulose– Alginato– Quitosano– ...
Tela “não-comestível”
• É necessário um método que retire as folhas de células do tela sem danificá-las;
• Foi desenvolvido um método baseado na biodegradação da tela;
Mecanismos de Contração
• Necessários para a diferenciação celular;
• Poderiam ser:– Mecânicos;– Químicos (um material que contraísse com variações no PH e
Temperatura);– Elétricos (choques no tecido);
• Estudos sugerem que estímulos elétricos são a melhor opção, não sendo difíceis de reproduzir em escala industrial;
Espessamento do Tecido – Sistema Vascular Artificial
• Células começam a morrer por falta de nutrientes quando o tecido atinge de 2 a 3 mm de espessura;
• Para superar esse problema, é necessário a criação de um sistema vascular artificial (a partir de colágeno);
• Esse sistema foi possível por meio de processos de microfabricação, difíceis de reproduzir em escala industrial;
Perspectivas – Da Carne in vitro
Muitos grupos interessados
Muitos grupos interessados
Primeiro Hambúrguer US$ 250.000,00
Perspectivas – Do TIO
Perspectivas – Do TIO
• Conhecer melhor cada etapa do processo de produção da carne in vitro, e os conceitos práticos e teóricos relacionados;
• Contribuir de alguma forma para o desenvolvimento de novas tecnologias no Brasil;
Referências Bibliográficas
• Alberts, B.; Johnson, A.; Lewis, J.; Raff, M.; Roberts, K.; Walter, P. “Biologia Molecular da. Célula”
• I. Datar, M. Betti. “Possibilities for an in vitro meat production system”
• Mark J. Post. “Cultured meat from stem cells: Challenges and prospects”
• Scientific American, Junho de 2011, “Inside the Meat Lab”
Grupo
• Caio Ricardo• Camile Pedrosa• Euclides Formica• Larissa Gomes
• Lucas Nakamura• Lucas Zamian• Lucas Henares• Murilo Oliveira
Unesp Araraquara
Engenharia de Bioprocessos e Biotecnologia
1° Semestre - 2013