Cartilha - SAE - 2008 - Coren SP

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!2®®~ Sistematização da Assitência de Enfermagem

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!2®®~

Sistematizaçãoda Assitência

de Enfermagem

André
Material de Enfermagem
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A enfermagem é, por definição e por objeto de es­

tudo, uma das ciências biológicas. Desnecessário

explicar ou esmiuçar a questão, mas existe umaspecto da enfermagem que aproxima a profissãoda perfeição cartesiana, da exatidão matemática:

a SAE - Sistema da Assistência de Enfermagem.

Na Lingua Portuguesa, sistematizar é, dentre

diversas definições, executar um conjunto orga­

nizado e planejado de ações e meios que visema um objetivo. Sistematizar a assistência de enfer­magem é inter-relacionar os diferentes elementos

que fazem o cuidar, de modo que funcionem como

uma estrutura organizada.

É somar um mais um e esperar como resultado da

operação um seguro e confiável número dois. Naassistência responsável ao paciente não cabe o

improviso, não cabe a imprecisão. Ciência bioló­

gica exata é o que se espera da atuação do en­fermeiro.

Mas, nos dicionários não escritos de conceitos

de enfermagem, sistematizar também significahumanizar. O cuidar planejado com critério e dis­

cernimento pelo enfermeiro é o que faz a SAE tão

importante e tão especial para o paciente. A SAEé o enfermeiro ofertando o melhor de seu conheci­

mento áqueles sob seus cuidados.

O COREN-SP trabalha para consolidar entre os

profissionais a excelência na execução dos pre­

ceitos e conceitos da SAE, aliando enfermagem

ciência biológica á enfermagem ciência exatapara juntas fazerem brotar a enfermagem, ciênciahumana.

Plenário COREN-SP

Conselho Regional de Enfermagemde São Paulo

Plenário 2005 - 2008

Sérgio Luz - Presidente em exercícioMaria Antônia de Andrade Dias - Primeira-secretária

Vanderli de Oliveira Outra - Segunda-secretáriaAkiko Kanazawa - Primeira-tesoureira

Aldaiza Carvalho dos Reis - Segunda-tesoureira

Conselheiros efetivos

Francinete de Lima de Oliveira

Lindaura Ruas Chaves

Magdália Pereira de Sousa

Maria Aparecida MastroantonioMalvina S. da Cruz

Sônia Regina Delestro Matos

Terezinha Aparecida dos Santos MenegueçoTomiko Kemoti Abe

Comissão de Tomada de Contas

Rita de Cássia Chamma - Presidente CTC

Guiomar Jerônimo de Carvalho - Membro CTC

Wilson Florêncio Ribeiro - Membro CTC

Conselheiros SuplentesAlmerinda Juliani

Anelise Cardoso de Lemos Boltari

Carlos Luis Benites Canhada

Ivone Martini de Oliveira

Hyader Aparecido Luchini MelloJanete Vieira de Moura Freitas

Marcelo Brisolla de BarrosMaria Rita Tamborlin

Paula Andréa Shinzato Ferreira Martins

Zaida Aurora Sperli GeraldesAnna Hilda Xavier

Elzira Rodrigues FranciscoJairton Cavalcante Bastos

Margarida Gomes EstevesMarisa Stribl

Nilce Rosa da Silva dos Santos

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,Indica

SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEMCOMO DIFERENCIAL 02

CONSULTA DE ENFERMAGEM 03

HiSTÓRiCO 03

EXAME FísiCO 04

DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM (PARCIAL) 04

PRESCRiÇÃO DE ENFERMAGEM 04

EVOLUÇÃO DE ENFERMAGEM 04

AÇÕES PREVENTIVAS 06

AÇÕES CURATiVAS 06

André
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A sua negação, implica em equiparar,rigorosamente, o trabalho do Enfermeiro

A SAE, como processo de trabalho paraa equipe de Enfermage, representa todaa ciência do trabalho do Enfermeiro,sendo fundamental diferencial entre esteprofissional e os demais profissionais quecompõem a categoria profissional.

A SAEcomo diferencial na atuaçãodo enfermeiro e da equipe

de enfermagem:•...-..:. ."

ao do Técnico e/ou Auxiliar de

Enfermagem, tendo como conseqüência,a exposição desta equipe às iatrogeniastécnicas e ético-profissionais, deixando oEnfermeiro, de assumir o papel que a Leilhe determina como responsabilidade.

Quando é citado que o Processo deEnfermagem é fundamentado em ummétodo sistemático do cuidar, quer sedizer que o trablho executado em termossistematizado constitui-se num trabalhoorganizado, planejado e científico ondeas 4 dimensões da Enfermagem sãoplenamente atendidas, quais sejam:

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Esta é a essência e a razão da existênciado Enfermeiro na equipe de Enfermagem,e o que lhe dá a privativa competênciade dirigir, coordenar, planejar, delegar,supervisionar e avaliar.

aspectos essenciais em cada umadas etapas citadas acima, conformedescriminados a seguir:

Histórico

adaptação do mesmo a unidade e aotratamento, além de identificar osproblemas passíveis de serem abordadosnas intervenções de enfermagem. Caberessaltar que este é o único impressodo SAE que pode ser preenchido pelopaciente e/ou seu parente, cabendo aoenfermeiro observar cuidadosamentese o paciente e/ou parente apresentamcondições culturais para preenchimentode todos os itens e se o desejam fazê-Io.Em caso positivo, deverá o Enfermeiroverificar se os dados foram devidamentepreenchidos e de acordo com o relato

Finalidade: conhecer hábitos individuaisdo paciente que possam facilitar a

Instrumentos que compõem asistematização da assistência deenfermagem:

Para a compreensão da ciência do trabalhoda Enfermagem, torna-se necessária aleitura detalhada de algumas das maisimportantes Teorias de Enfermagemexistentes, desenvolvidas com plenosucesso em países onde a Enfermagem,devido a este trabalho, obteve o respeito,reconhecimento e a valorização dasociedade a que serve.

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o Enfermeiro ausente ou carente destesaber, transforma-se no "Enfermeiro"que a nossa população identifica, semfazer a diferença e sem mostrar ao queveio, enquanto profissional, comandandouma equipe que não o reconhece e queconsegue exercer sua autoridade somentepor uma abordagem autoritária.

Consulta de Enfermagem

Compreende as fase de histórico(entrevista e exame físico), diagnóstico,prescrição e implementação da assistênciae evolução de enfermagem. Torna-seimprescindível que o enfermeiro estejaciente de que estas ações são privativas,não devendo em hipótese alguma seremdelegadas a outros profissionais.Para a implantação da Assistência denfermagem devem ser considerados

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verificar se é necessário algumaintervenção para levantamento de dadosque possibilitem maior elucidação dohistórico. Cabe lembrar que a entrevistacompreende os aspectos biopsicossocial eainda, que estes dados são fundamentaispara a elucidação do diagnóstico deEnfermagem.

Exame Físico

Prescrição de Enfermagem

É a determinação global daAssistência de Enfermagemque o paciente deve receberdiante do diagnósticoestabelecido.

A prescrição é resultanteda análise do Diagnósticode Enfermagem,examinando-se os

problemas de enfermagem,as necessidades básicas

afetadas e o grau dedependência.A prescrição de enfermagemé o conjunto de medidasdecididas pelo enfermeiro, quedireciona e coordena a Assistência

de Enfermagem ao paciente de formaindividualizada e contínua.

Evolução de Enfermagem

A área de SaÚde PÚblica, por exemplo, éuma das áreas mais ricas onde podemosapl icar o processo de En fermagem.

Lembremos que o I':nfermeiro de SaÚdePÚblica deve, priori7.ar, suas ações para osníveis de alenção à saÚde, ou seja, atuando

É o registro feito pelo Enfermeiroapós a avaliação do estado geral dopaciente. Desse registro devem constaros problemas novos identificados, umresumo sucinto em relação aos resultadosdos cuidados prescritos e os problemasa serem abordados nas 24 horas

subseqüentes.

Atuando na área de saúde pública

Diagnóstico de Enfermagem (parcial) ,l e saúde da família

Finalidade: levantamento de dados sobre

o estado de saúde do paciente e anotaçãodas anormalidades encontradas para tersubsídios para o diagnóstico e posteriorprescrição e evolução da Assistência deEnfermagem.O Enfermeiro deverá realizar as seguintestécnicas: inspeção, ausculta, palpação epercussão, de forma criteriosa.

o cnlCrmeiro após ter ~

analis,ldo os dados colhidos

no hislÚrico, identificará os

prohll:I1I,IS de Enfermagem.ESlcs, Cl1lnova análiselevam 1I idcnl ilicação dasnccessidlldcs hÚsicas afetadas e do graude dcpcndCncia do paciente em relação aEn ICI'1I1ugCl11, para o seu atendimento.

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na promoção, prevenção, proteção,recuperação e reabilitação da saúde,segundo os ensinamentos de Leavell &Clark.

Estas ações exigem, do Enfermeiro, nãouma postura passiva, atuando sobre ademanda do posto, mas, sobretudo, umaatitude pro-ativa, atuando no modeloassistencial de oferta, ou seja, indo àcomunidade em que está vinculado oposto de saúde, levantando e identificandoos agravos à saúde, os agentes edeterminando programas que visemminimizar estes agravos e os riscos àplena saúde da comunidade.

Importante papel deste Enfermeiro,também pode ser desenvolvido junto aoshospitais do município, identificandoas causas de internação provocadaspor Doenças crônico-degenerativasou não, determinando através do seuconhecimento científico, as formasde intervenção previstas nos níveis deatenção à saúde.

Enfermagem aliadaa comunidade

Enfim, poderíamos ficar aqui discorrendopor um sem fim de atividades eresponsabilidades a serem assumidaspelo Enfermeiro de Saúde Pública, não sejustificando, sob qualquer hipótese, umaatitude passiva aguardando o paciente,agindo e intervindo assistencialmente, emnível de pronto atendimento, sem qualqueratuação de saúde pública.

Como sugestão de programas, quepodem ser desenvolvidos no processosistematizado, entre muitos, citamos a

Hipertensão, Cardiopatias, Diabetes,Hanseníase, Tuberculose, Saúde daMulher, Saúde do Idoso, Saúde da Criança,Desenvolvimento Infantil, e por aí vai.

No caso específico de Saúde daFamília é de fundamental importânciaa implantação de todo o processo deEnfermagem, tendo em vista que oEnfermeiro pode e deve trabalhar juntoa comunidade principalmente no quediz respeito a prevenção e promoção dasaúde, e desta forma evitar o acúmulo deconsultas nas Unidades de Saúde

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e de agravos a saúde dos indivíduos porfalta de orientação em tempo hábil.Desta forma colabora o Enfermeiro paraa diminuição de agravos e ao aumentoda qualidade de vida dos munícipes,diminuindo inclusive os gastos comatendimento de patologias agudas e pormuitas vezes crônicas por pura falta deinformação.

Ações Preventivas

É imprescindível que o Enfermeiroatue, fazendo valer o seu papel diante dacomunidade e para isso é essencial queeste profissional esteja atualizado técnicae cientificamente, conheça a população, aestrutura sócio econômica, as condiçõesde moradia, escolaridade e profissão eou ocupação atual quanto as pregressas,Jazer e conhecimento da realidade doseu município, assim como os recursosexistentes.

Ações Curativas

Principalmente no caso de PSF, onde ocliente ou paciente é atendido em suaresidência é de suma importância queo Enfermeiro aplique o Processo deEnfermagem em todas as suas etapas,para que a equipe possa ter sucesso emsuas ações, lembrando que a Enfermagemalém de efetuar a prescrição de cuidadoscom base na patologia instalada ediagnosticada pelo médico, prescrevetambém com base nos Diagnósticosde Enfermagem que se baseiam nasnecêssidades básicas afetadas e em muitocolaboram para que a equipe obtenhasucesso. O acompanhamento através daevolução do quadro dá mostras de comoo atendimento realizado desta maneira éextremamente bem aceito pelas pessoas,pois quando nos preocupamos com oindivíduo como um todo, incluindo as

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dificuldades que o cercam, cuidamos eorientamos também a sua família, e comos recursos que nos são oferecidos e oupor muitas vezes por nós criados com baseem conhecimento científico, conseguimosvisualizar um plano de cuidados muitomais completo, desta forma estaremosefetivamente exercendo nosso papel. Aatenção dispensada ao indivíduo e suafamília, o interesse na sua recuperaçãoe na melhora na qualidade de vida,certamente fará com que este indivíduoperceba seu real direito ao exercícioda cidadania e possa exercê-Ia, tendocomo direito o que vale na Constituiçãodo nosso País e a nós Profissionais deEnfermagem o fiel cumprimento do nossojuramento e o resgate da nossa profissão.

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A SAE, quando devida e efetivamenteincorporada ao trabalho do Enfermeiro,transforma-se em importante instrumentoestatístico administrativo, técnico,cientifico e epidemiológico, como porexemplo:

A SAE como instrumento de investigaçãoepidemiológica, como importanteinstrumento de evitar prejuízos àinstituição e como instrumento estatísticodo trabalho do enfermeiro e da~quipede enfermagem

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planejamento estratégico institucional ea otimização dos recursos necessários aocumprimento da missão institucional.

Também possibilita a justificativatécnica e científica de todos osprocedimentos realizados pela equipe,justificando materiais, equipamentos einstrumentais utilizados, minimizandoa omissão de registros, de lançamentos,e consequentemente, garantindo a justaremuneração da instituição, minimizandorisco de glosas. Isso significa maiorcrescimento institucional, beneficiandoprofissionais, pacientes, instituição e todaa sociedade.

1. Em um hospital: possibilita que oEnfermeiro tenha em mãos, quandoexistir a SAE informatizada, um bancode dados que demonstre o quanto seutiliza de horas/Enfermagem para cadatipo de procedimento, proporcionando­lhe o conhecimento real e otimizado desuas necessidades operacionais, de RH,de equipamentos, de materiais, enfim,de toda a estrutura operacional de umaunidade ou setor de serviço.

Possibilita ainda, um fundamentalbanco de dados que constituirá operfil epidemiológico da unidade,setor e instituição, proporcionando o

2. Em uma Unidade de SaúdePública ou Privada, além dos fatoresacima e anteriormente citados,possibilitará a diminuição da demandaassistencial na unidade, otimizandosua operacionalização institucional.Possibilitará também, a consolidaçãodo processo de Referência e Contra­Referência entre a unidade e a instituiçãode referência, proporcionando aantecipação de medidas e condutasvoltadas para a promoção e a proteção dasaúde.

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Organização: Departamento de Fiscalização COREN-SPRevisão: Mirela Bertoli Passador

Demais Editoração e Publicação LtdaAv. Morumbi, 7938 - Brooklin - São Paulo - (11) 5042-3428

Impressão: Cly

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Subseções do COREN-SP

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