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Evocação de Ário Lobo de Azevedo por Adriano Moreira Gonçalo Ribeiro Telles Mário de Carvalho Carlos Portas Manuel Ferreira Patrício Francisco Castro Rego CATÁLOGO DA BIBLIOTECA DE ÁRIO LOBO DE AZEVEDO PRIMEIRO REITOR DA UNIVERSIDADE DE ÉVORA Porto Maio 2017 ORGANIZADO PARA LEILÃO PELA LIVRARIA MANUEL FERREIRA

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Evocação de Ário Lobo de Azevedo porAdriano Moreira

Gonçalo Ribeiro TellesMário de Carvalho

Carlos PortasManuel Ferreira PatrícioFrancisco Castro Rego

CATÁLOGODA BIBLIOTECA DE

ÁRIO LOBO DE AZEVEDOPRIMEIRO REITOR DA UNIVERSIDADE DE ÉVORA

PortoMaio 2017

ORGANIZADO PARA LEILÃOPELA

LIVRARIA MANUEL FERREIRA

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EVOCAÇÃO DE ÁRIO LOBO DE AZEVEDO

I

Adriano Moreira

Conheci pessoalmente Lobo de Azevedo quando nomeei, em 1964, o notável Almirante Sarmento Rodrigues para Governador-Geral de Moçambique, associado a um ambicioso programa de desenvolvimento sustentado incluindo profundas reformas sociais. Para a importante função de Secretário Provincial de Terras e Povoamento logo escolhemos, pelo prestígio académico, de professor e investigador, o jovem credenciado Lobo de Azevedo, que aliava a devoção pela “estratégia do saber”, ao culto de uma ética cívica inviolável, uma inquietação constante pelas humanidades, e uma intocável autenticidade de compor-tamento. Não transigiu por isso com impostas cedências programáticas, e por isso logo em 1964 regressou à vida universitária que interrompera apenas por civismo. Aqui teve Évora a vantagem de o ter como primeiro Reitor da Universidade, reatando com brilho a tradição e a história com inquebrantável sentido de modernidade, enfrentando com autoridade as dificuldades de percurso da época, e deixando um legado que de novo enriqueceu o patri-mónio científico e cultural português, não apenas no território nacional, mas na herança que pertence a Moçambique (1960), a Angola (1968) e de modo geral a África (1964). Ensinava o Professor Craveiro da Silva — que foi Diretor do Instituto de Ciências Sociais e Economia de Évora, e seria primeiro Reitor Eleito da Universidade de Braga — que neste mundo apenas conseguiremos deixar pegadas sobre a areia. Nenhuma brisa conseguirá apagar as pegadas de Ário Lobo de Azevedo, nem a admiração dos seus alunos, nem o respeito dos seus pares, nem a marca que ficou no coração dos seus amigos.

II

Gonçalo Ribeiro Telles

Emocionado perante a responsabilidade de escrever umas linhas sobre o meu amigo Ário Lobo Azevedo, deixo umas palavras singelas de apreço pela amizade que nos uniu desde a minha entrada para o Instituto Superior de Agronomia (ISA).Recordo o grupo restrito de alunos que, em 1940 iam ouvir, depois das cinco da tarde, no seu gabinete no ISA, o Professor Caldeira Cabral, o primeiro arquitecto paisagista portu-guês, na altura recém-formado na Alemanha, na Universidade de Friedrich Wilhelm, em Berlim. Esse grupo integrava, para além de nós os dois, o Azevedo Coutinho e o Eduardo Cruz de Carvalho, entre outros. Recordo também muitas lutas comuns, quando da discussão de planos de ordenamento do território, em particular quando nos anos noventa em Lisboa, conseguimos travar o projecto de construção da via da meia encosta na Tapada da Ajuda, e em 1999 - 2002 no Concelho de Cascais, conseguimos impedir urbanizações megalómanas no Parque Natural Sintra - Cascais e noutros corredores ecológicos do Concelho.O Ário ficará sempre na minha memória como um grande amigo e um grande aliado na luta pela defesa da paisagem e do nosso património cultural e natural.

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III

Manuel Ferreira Patrício

Ário Lobo Azevedo - Pequenas Palavras sobre um Grande Homem

1 - O meu primeiro encontro com o Professor Ário Lobo Azevedo foi com o Reitor do Ins-Ário Lobo Azevedo foi com o Reitor do Ins- Lobo Azevedo foi com o Reitor do Ins-tituto Universitário de Évora (IUE), a seu convite. Estávamos no Verão, ou já no Outono, de 1974, ele tomara posse no dia 4 de Janeiro desse ano. A conversa que teve comigo foi di-recta e natural: convidava-me para ingressar no IUE como assistente-convidado na área da Pedagogia e Educação, com abertura para o desenvolvimento da carreira nas condições es-tabelecidas na lei. Ponderando com o devido cuidado a minha situação, entendi que devia aguardar o próximo concurso para professor efectivo e só depois considerar a hipótese que me era proposta, decerto aliciante para mim. O Reitor concordou comigo, mas achou que podíamos entretanto ir avançando com ideias e projectos que desde logo adiantassem o que seria o meu trabalho quando ingressasse oficialmente no IUE, o que implicava a ligação aos elementos adequados já recrutados. Aceitei a ideia. Assim se passaram as coisas nessa reunião. Dela saí com uma excelente impressão do Professor Ário Lobo Azevedo, que foi franco e directo no convite que me dirigiu, ao mesmo tempo que compreensivo da minha situação, ficando desde logo aberto o caminho para a evolução desejada. O convidado fi-cou a saber o que devia fazer e o convidante, Reitor Ário Azevedo, ficou a saber o que este seu colaborador docente pensava a respeito da educação e da cultura, da formação humana e profissional exigida pelo Portugal democrático com que a Universidade de Évora estava comprometida. Olhámos um para o outro como viemos a fazer toda a vida: ele certo de que eu cumpriria a minha palavra, eu seguro de que ele me apoiaria sempre no cumprimento livre da sua, como veio a acontecer sem uma excepção, até ao fim da vida. Foi o encontro de duas personalidades que viveram durante as dezenas de anos seguintes uma amizade de plena fidelidade aos valores de liberdade, solidariedade, dignidade e lealdade que foram a substância das nossas vidas. Anos de entrega plena à Universidade de Évora reinstaurada.

2 - Foi �rio �obo Azevedo uma notável personalidade. �al facto viu-se sempre reconheci-�rio �obo Azevedo uma notável personalidade. �al facto viu-se sempre reconheci- �obo Azevedo uma notável personalidade. �al facto viu-se sempre reconheci-do pelos amigos e pelos adversários. O conceito de personalidade é complexo. Arriscarei dizer que o termo se refere à totalidade viva da expressão da pessoa, na unidade dinâmi-ca das facetas ou componentes da mesma. Algumas dessas facetas ou componentes são intrínsecas à pessoa; outras são, digamos, circunstanciais. No que me toca, comecei por ser sensibilizado pela faceta circunstancial de Reitor. Tendo tomado posse no início de 1974, era urgente constituir o corpo básico de docentes da instituição para estruturar as áreas científicas e pedagógicas com que esta devia começar. Pelas informações que tinha recolhido, sabia que eu podia ajudar nesse sentido, no tocante à área da Educação, desde logo com realce para a formação de professores do ensino secundário, de que o sistema educativo carecia dramaticamente. Convidava-me, nesse contexto, para ser contratado pelo IUE como assistente-convidado, a ser integrado no que designou por Divisão de Pedagogia e Educação, que organizaria e coordenaria. Fiquei lisonjeado com o convite, que agradeci. O Reitor acolheu favoravelmente a resposta ao seu convite e assim se iniciou o processo da minha integração no que veio a ser a Universidade de Évora, longa de mais de quatro décadas, no que me toca até à minha aposentação, em Março de 2006. Naquele encontro não nasceu apenas o compromisso de vir a integrar oportunamente a equipa do-cente do IUE, e logo depois a UE, aberto de imediato a prestar a colaboração que fosse desejável e compatível com a minha situação profissional oficial, o que efectivamente veio

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a acontecer. Com esse compromisso nasceu a amizade que veio a ligar-nos toda a vida, sem uma mácula ou dúvida. O Professor Ário esteve sempre disponível para trabalhar em conjunto comigo, com a racionalidade, amizade e lealdade que eram timbre da sua pessoa. Abriu-me a porta da sua casa em Valverde, sua residência na Herdade da Mitra, e em Car-cavelos, em sua casa. Abriu-me a sua família, com o centro na sua esposa, o que constituiu um privilégio para mim, consagrando e aprofundando a nossa amizade. Aquele encontro foi um momento decisivo na minha vida, na nossa vida. Em Outubro de 1975, o IUE fez chegar ao Secretário de Estado do Ensino Superior o projecto que o grupo de trabalho para o efeito constituído elaborara para avançar com a formação integrada dos professores não qualificados do ensino secundário. Uns meses mais tarde acompanhei-o ao Ministério da Educação onde foi encontrar-se com o Secretário de Estado do Ensino Superior, então o Professor António Brotas, para em conjunto ser analisado esse primeiro plano do IUE de formação integrada de professores do ensino secundário, ao mesmo tempo realista e inova-dor, que o Professor Brotas aprovou mas a que não pôde dar por si só execução. Esse plano mostra o sentido rigoroso, reformador e corajoso do Reitor Ário Lobo Azevedo. Deu-me o invejável privilégio de me associar a si no acto de análise do projecto do IUE, docu-mento honroso para a instituição que liderava. Foi em Abril de 1976 que ingressei como assistente-convidado no IUE trabalhando sempre institucionalmente em diálogo efectivo com o Reitor. Com a amizade que toda a vida nos uniu, pude acompanhá-lo na obra que ele pensou e determinadamente conduziu em prol da Universidade de Évora e benefício do Alentejo e do País.

3 - Foi Ário Lobo Azevedo um homem de cultura. Formado em Agronomia pelo Instituto Superior de Agronomia, da Universidade Técnica de Lisboa, era evidente para os que con-viveram consigo a largueza cultural com que vivia a sua formação científica e técnica e o sentido cultural que conferia à sua acção profissional. Aliás, a cultura encontra no trabalho do agro (agri-cultura) o significado original do conceito mais largo e profundo que veio a ser o da palavra cultura. Ário Azevedo tinha consciência disso, assumia isso, vivia isso. Foi, nesse sentido, desde logo um homem de cultura, considerando e valorizando com liber-dade as diversas e principais formas desta: a ciência, a técnica, a tecnologia, a arte, o mito, a religião, a literatura, o teatro, o cinema, a música, a dança, a filosofia, a educação, no sentido clássico e iluminista de paideia, a arte de viver com racionalidade e sensibilidade. Quem o conheceu de perto sabe que ele foi de facto, desta maneira plena, um homem de cultura.

4 - Embalado na aura mágica desta ideia, sou levado a caracterizá-lo também como um pedagogo, distinguindo claramente, como entre nós se fazia no período que antecedeu a República e se fez até aos anos trinta-quarenta, o pedagogo do pedagogista. Pedagogo era o que realizava a educação e o ensino, o que na realidade educava e ensinava; pedagogista era o que escrevia ou falava sobre isso. No que toca ao Professor Ário, ele era no dia-a-Ário, ele era no dia-a-, ele era no dia-a--dia um praticante da arte de ensinar e educar. Do ponto de vista da nossa formação como pessoas, cidadãos e docentes, o convívio com ele não era em vão. Com ele pensava-se: com atenção e rigor. Com verdade; consequentemente, culturalmente. Ele falava e ouvia. Fundamentava o que dizia, argumentava e contra-argumentava. Com naturalidade, sem es-magar. A conversa com ele era uma convivência racional amável. As razões vinham de um solo naturalmente cultural, numa atmosfera de óbvia inteligência, sem qualquer sinal de artificialismo cultural ou sugestão hierárquica. Isto na conversa livre, isto na conversa ins-titucional, para resolver os problemas da Universidade. O pedagogo estava sempre presen-te no diálogo com o Reitor e até nos seus silêncios. �rabalhar e conviver com o Professor Ário era aprender, era respirar saber e cultura, informação e compreensão. Com simplicidade e modéstia. Ele também ouvia, no mesmo acto de convívio. Também sabia aprender. Como é próprio do verdadeiro pedagogo. A única ideologia que ele servia era a verdade nua e crua. Serviu-a sempre com coragem, como se sabe. É o que posso dizer do que vi.

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5 - Sou pessoalmente um bibliófilo. Gosto dos livros. Gosto de livros. Só me sinto bem rodeado de livros por todos os lados. Vejo no amor aos livros um sinal inequívoco de amor à cultura, ao saber, à obra criadora do espírito humano. A fraternidade desse amor senti-a eu ao longo de anos de trabalho e amizade com o Professor Ário. Ele foi um bibliófilo, um apaixonado pelos livros. Decerto iria agora continuar a sê-lo, nesta hora duvidosa da computação, em que o livro pode estar sob ameaça. Do que posso afirmar da sua persona-lidade profunda, penso que o bibliófilo Ário Lobo Azevedo não iria dispensar o livro do seu sacrário doméstico ou académico, o texto editado em papel, fossem quais fossem as adaptações incessantemente emergentes às novidades tecnológicas, sem menosprezo des-tas. Lembro-me de uma ida ao Porto, em que o acompanhei para uma reunião académica, em que combinámos ir dar uma voltinha por uma zona de alfarrabistas que ele conhecia: o gozo que isso nos deu, o prazer visivelmente físico que vi estampado no rosto do Reitor, Professor Ário. Próprio do homem de cultura que ele inequivocamente era. Um Reitor deve sê-lo. Ele era-o. Eu vi.

6 - Não se pode dissociar a acção do Reitor Ário Lobo Azevedo da época histórica em que ela se desenvolveu: a época da revolução do 25 de Abril de 1974. Entre a tomada de posse do Reitor e da Comissão Instaladora e a Revolução de Abril não chegaram exactamente a passar 4 meses. Como era inevitável, a revolução trouxe consigo profundas mudanças políticas, sociais, académicas, culturais e outras, que introduziram instantaneamente di-nâmicas difíceis de gerir. Foi assim em todo o País, foi assim em Évora, região particular-mente aberta a dinâmicas revolucionárias radicais, que inevitavelmente se repercutiriam no projecto de instalação de uma Universidade nova - nova, mas com uma história bri-lhante e problemática de 4 séculos. Uma das dificuldades mais sensíveis que o Reitor teve de enfrentar foi a decorrente do processo de inviabilização por um grupo de estudantes politicamente organizados do Instituto Superior Económico-Social de Évora, entregue à direcção dos Jesuítas, acompanhado da pretendida criação da Escola Superior Bento de Jesus Caraça. O Reitor viu-se colocado no centro desse processo, que naturalmente se opunha à posição do Ministério da Educação. A personalidade do Reitor do então ainda Instituto Universitário de Évora manifestou-se com uma lucidez de relâmpago num episódio ocorrido numa reunião dos estudantes revolucionários a que o Professor Ário compareceu, na sede de uma sociedade operária de cultura e recreio. Em dado momento, no uso fulminante da palavra, dispara com um desafio um estudante: « Quem é o Reitor do Instituto Universitário?». �oma a palavra o Professor �rio:» Sou eu.» «Está demiti-�rio:» Sou eu.» «Está demiti-:» Sou eu.» «Está demiti-do!» - diz o estudante. Sem um segundo de demora, vem a resposta assombrosa do Reitor: «�omei conhecimento.» E assim a inanidade do pretenso golpe caiu por si. A resposta do Reitor pôs luminosamente à vista o absurdo de tudo aquilo.

7 - Faceta importantíssima da personalidade de Ário Lobo Azevedo é a da cidadania. Ário Azevedo foi intrinsecamente um cidadão. Era impensável ver nele um português vinculado ao regime do Estado Novo. Ele era um opositor à ditadura vinda do 28 de Maio e prosse-guida na Constituição de 1933. Na verdade, identificava-se com o modelo popperiano da sociedade aberta, opondo-se à sociedade totalitária. Só uma sociedade aberta é compatível com a existência e a prática da cidadania. Não pode existir cidadania nem existência cidadã numa sociedade totalitária. A esperança que aos portugueses trouxe o 25 de Abril foi a da liberdade política de criação e expressão do pensamento. Não tenho dúvidas acerca da con-vicção medularmente democrática do Professor Ário. Ele quis desde dentro de si próprio uma sociedade de cidadãos. Ele era, e queria que todos fossem, um cidadão. A cidadania é uma exigência, que nem todos vivem. É uma exigência crítica. Ele assumia-a para si e queria-a assumida por todos. Sabia que muitos a não assumiam. Fazia-o sentir

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a esses, o que lhes era desagradável. Convinha-lhes assinalar nele um défice de cidadania. Convivi com Ário Azevedo mais do que o suficiente para saber e afirmar que a vivência da cidadania era parte integrante da sua personalidade.

8 - Cidadão e homem livre: eis duas componentes indissociáveis da personalidade de Ário Lobo Azevedo. Pensava por si, livremente, agia por si, por decisão da sua vontade, livre-mente. Nunca me passou pela cabeça vê-lo a ceder cobardemente perante a força, o medo da imposição da vontade alheia. Tal medo era incompatível com o cerne psicológico e axiológico da sua personalidade. Era, do ponto de vista da liberdade, um homem exem-plar. Desde o sentir ao agir, desde o pensar ao fazer. A nossa amizade, que é conhecida e reconhecida por todos, foi sempre a de dois cidadãos e homens livres. Por isso foi tão sólida a nossa colaboração.

9 - Este é o testemunho de um amigo. De um amigo genuíno. Que sabe que teve nele um amigo autêntico. Mas não foi a amizade que distorceu fosse o que fosse a verdade das coisas no testemunho que vos deixo. Da primeira à última linha não me tremeu a mão uma só vez por estar a fugir à verdade. Acabo por ter de reconhecer que tive a felicidade de ter encontrado, convivido e trabalhado com um ser humano excepcional. Uma sorte que todos os dias agradeço a quem uma tal coisa se deve agradecer, provavelmente sem a concordância do próprio.

IV

Carlos M. Portas

O Professor Catedrático Ário Lobo de Azevedo (Professor Ário) foi uma das figuras mais destacadas (também além-fronteiras) em termos científicos, académicos, culturais e com grande capacidade realizadora, com quem eu convivi. Além disto devo-lhe boa parte do meu percurso académico e profissional.

Vi-o, ainda sem o conhecer, nos anos 50 numa prova académica no Instituto Superior de Agronomia (ISA). Eu era um jovem e desde então testemunhei o que era a sua enorme capacidade de análise e o seu invulgar conhecimento científico. Só mais tarde soube que ele era então pedologista da “escola” especializada em Ciências do Solo, criada no ISA e dirigida por outra notável figura, o Professor Catedrático Joaquim Botelho da Costa.

Foi também com a escolha dos Professores Ário Azevedo e Rui Pinto Ricardo que fui passar um ano em Angola (1960). O Professor Ário foi-nos visitar, fazendo trabalho de grande utilidade, nomeadamente no terreno, examinando os perfis de solo abertos, e analisando e clas-sificando os solos. As relações com ele aprofundaram-se na preparação do meu relatório final de Curso, em que precisamente se refletiam os resultados destes trabalhos de campo.

Entretanto, é publicado o Dec.� Lei 40.900 de 12 de Dezembro de 1956 que teve como con-é publicado o Dec.� Lei 40.900 de 12 de Dezembro de 1956 que teve como con- o Dec.� Lei 40.900 de 12 de Dezembro de 1956 que teve como con-sequência a prisão de alguns estudantes. Nesta altura, ele pertenceu ao grupo de docentes do ISA que ajudava, do ponto de vista académico os alunos presos, grupo esse liderado pelo Professor Henrique de Barros, de quem ele era um grande admirador.

O Professor Ário era já há alguns anos Catedrático de Agricultura �ropical onde funcio-nava um curso autónomo que frequentei, sobre as espécies agrícolas mais abundantes no

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Ultramar, e foram outras lições que dele recebi. Depois disso entrei para 2� assistente do ISA, Secção de Solos e Meteorologia. Mais tarde, quando ele estava a terminar a sua estadia como Secretário Provincial de Agricultura de Moçambique, sua terra natal e onde se relacionara com o Reitor da sua Universidade, Professor Veiga Simão (que mais tarde o escolheria para Reitor em Évora), convida-me a deixar solos e climas e a passar para a área da Agricultura e Culturas Agrícolas. Deste modo passo a 2º assistente do Sector de Agricultura do grupo do ISA, que tinha de facto várias lacunas (há sempre exceções) no ensino das respetivas disciplinas.

Desde então, o que aconteceu em termos de ciências da agricultura foi uma “aprendizagem moderna” com ele, que funcionou como meu padrão académico, o que significava que tinha por trás o seu empenho e esclarecimento. Deste modo, quando da sua ida para o Ins-tituto Universitário de Évora fui integrado na Comissão Instaladora. Aqui o Professor Ário teve um papel notável na restauração e como Reitor da Universidade de Évora, que passou de Instituto para Universidade, sendo pioneira nacional de vários cursos como arquitetura paisagista com licenciatura igual aos restantes ensinos. E apesar de sermos bem poucos em Évora, o interesse dele veio ajudar a que novas instituições académicas se criassem, como a de �rás-os-Montes e Minho.

Muito mais haveria a contar… Quando se iniciaram as suas dificuldades maiores de saúde, as visitas a sua casa deixaram-me lembranças inesquecíveis, não só da sua ami-zade e de sua Mulher, mas também a vontade de um singelo discípulo seu continuar a aprendizagem.

Lembrando sempre o Professor Ário.

V

Mário de Carvalho

Tenho a sorte de contar com o Professor Ário como meu mestre e meu amigo. Foi meu orientador do trabalho final de curso, tendo posteriormente iniciado a minha carreira como seu assistente. A sua capacidade de tornar simples as matérias complexas, a sua visão sistémica da actividade agrícola e a sua perspicácia na análise das consequências futuras das decisões instantâneas, marcaram de forma definitiva a minha carreira profissional. Ao Professor �rio devo também o saber conciliar três dimensões indispensáveis a um pro-�rio devo também o saber conciliar três dimensões indispensáveis a um pro- devo também o saber conciliar três dimensões indispensáveis a um pro-fessor universitário na área das engenharias. Ensinou-me a ter sempre presente a dúvida sistemática, própria da visão do cientista, que nunca pode dar nada como certo e definitivo e, assim, perante qualquer problema a necessidade de nos predispormos a estudá-lo sob perspectivas inovadoras. Ensinou-me também a resolver problemas com o conhecimento disponível, numa atitude típica de engenheiro que concilia as vertentes técnicas, econó-micas e ambientais em soluções compatíveis com as empresas agrícolas. Mas ensinou-me ainda que o saber não se esgota na ciência. A sua ânsia pelo saber em senso lato ensinou--me a olhar para além do meu interesse profissional imediato e tornaram inestimáveis as conversas que fomos tendo nos muitos momentos que passamos juntos.

Acontece que o Professor Ário, ao tempo em que fui seu assistente, era também Reitor da Universidade de Évora. Nas muitas horas que passei no seu gabinete aprendi também da responsabilidade de se assumir um cargo público. Assisti ao seu compromisso intransigente com o interesse colectivo, mas também à sua incapacidade de utilizar o seu poder em

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benefício próprio ou no prejuízo de algum opositor. A única circunstância em que assisti o Professor �rio usar o seu poder que não fosse no interesse da causa pública, foi na pro-�rio usar o seu poder que não fosse no interesse da causa pública, foi na pro- usar o seu poder que não fosse no interesse da causa pública, foi na pro-tecção de pessoas que, por algum infortúnio da vida, poderiam estar desprotegidos. Esta é uma qualidade humana que faz com que me orgulhe de, para além de ser seu discípulo, ser seu amigo.

Um bem-haja para si Professor Ário, porque é com gente assim que se vão engrandecendo as nações.

VI

Francisco Castro Rego

Os Lugares dO PrOfessOr ÁriO LObO azevedO na Minha MeMória

O Professor Ário de Azevedo tem lugares muito particulares na minha memória.

O primeiro dos lugares que, cronologicamente, o Professor Ário de Azevedo ocupa na minha memória tem a ver com o seu percurso profissional inicial. Quando, na minha ado-lescência, me iniciava no interesse pelas questões da Agronomia e da Silvicultura, através do meu Pai Zózimo Castro Rego e da minha tia Professora Teresa Cabral, o nome do Professor Ário de Azevedo começou a tornar-se também familiar, como um Engenheiro Agrónomo e Silvicultor muito respeitado nestas duas áreas, e um prestigiado Professor Catedrático do Instituto Superior de Agronomia (ISA). Depois, já como aluno do ISA, estudei a Caracterização e Constituição do Solo pelo livro do Professor Botelho da Costa, grande pioneiro dos estudos de Solos em Portugal e aprendi nessa altura que o Profes-sor Ário de Azevedo, seu colaborador, era a grande referência associada aos Estudos de Pedologia �ropical, já estabelecida a partir da dissertação sobre os “Solos de Angola e a Agricultura” com a qual prestou provas no concurso para Professor Catedrático no ISA, em 1954, um ano antes do meu nascimento.

O segundo lugar do Professor Ário de Azevedo na minha memória está absolutamente associado ao meu Pai a quem ouvia frequentemente referências sempre elogiosas e interes-santes sobre o colega e amigo Ário com quem partilhava muitas das questões agronómicas que os motivavam. Dessas interacções ficaram-me também relatos de viagens feitas na Europa pelos dois com as suas mulheres, relatos que confirmavam a minha ideia de duas personalidades muito diferentes mas que, talvez também por isso, muito se apreciavam mutuamente. �enho dessa altura a ideia de que seriam sempre muito úteis e mutuamente agradáveis discussões científicas entre duas grandes inteligências também complementa-res nas suas áreas de especialidade: os Solos e a �gua.

O terceiro lugar é já de uma apreciação mais directa. A partir de 1978, como docente do Instituto Politécnico de Vila Real, depois Instituto Universitário de �rás-os-Montes e Alto Douro e em seguida Universidade de �rás-os-Montes e Alto Douro (U�AD) não podia dei-xar de seguir com bastante atenção o percurso do Instituto Universitário de Évora, depois Universidade de Évora. Nessa altura ficou também claro o papel central do Professor Ário de Azevedo como organizador do Instituto Universitário e, depois em 1979, como primeiro

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Reitor da Universidade. Todos lhe reconheciam o mérito e demonstravam o respeito pela sua figura e acção. �ive nessa altura a oportunidade de lhe falar algumas vezes e ficou-me sempre a extraordinária impressão que se tem quando se fala com alguém que, para além de reconhecida autoridade e competência profissional, possui uma cultura geral inteligente só ao alcance de muito poucos. Claro que essa cultura estava informada por uma activi-dade e um espírito de coleccionador de livros e de temas. Mas o que mais impressionava era a grande capacidade de síntese e de ligação das muitas peças com que o puzzle da vida se constitui. Como via a Física e a Química dos Solos duas matérias indissociáveis, também olhava para a Agricultura e Florestas na sua complementaridade. Por isso, quando me lancei a escrever o livro sobre a “Tapada de Mafra: uma história natural”, (2006) em que incluía temas bem diversos associados aos quatro elementos, e sabendo-o com mais tempo, ganhei coragem para lhe pedir o Prefácio. Para além da alegria que me deu em aceitar o convite, a maior honra que tive foi a de ter agradecido “ao amigo Francisco Rego a satisfação intelectual” que teve ao ler o livro. Foi um reconhecimento de amizade que calou fundo.

O quarto e último lugar é então já o de uma relação directa e pessoal, seguramente poten-ciada pelo facto de se ter também criado uma relação de amizade entre mim e a sua filha, Anamaria Azevedo, ambos Silvicultores filhos de dois amigos e partilhando, para além disso interesses e visões muito próximas sobre as questões florestais e especiais amigos comuns como a Maria do Loreto e também o Paulo Godinho. Mas o facto é que se esta-beleceu uma relação também directa entre mim e o Professor Ário de Azevedo. E tivemos a partir daí algumas oportunidades de conversar em sua casa sobre temas de interesse comum, como as questões da mobilização mínima dos solos, de que sempre se mostrou grande defensor com argumentos constantemente actualizados. Um dos últimos temas de que falávamos era o da questão dos incêndios e da necessidade de que os responsáveis do combate conhecessem os regimes expectáveis do vento local. E chamava a atenção para o “Manual de Microclimatologia: O Clima da Camada de Ar Junto ao Solo” de R. Geiger publicado em 1961 pela Fundação Gulbenkian em tradução portuguesa por Ivone Gouveia e Francisco Caldeira Cabral, tradução em que tinha colaborado e que não tinha tido a ne-cessária utilização. Claro que me voltei a debruçar sobre o livro que conhecia mal e aí se encontravam de facto numerosas pistas muito úteis para a compreensão destas matérias.

Foi este clima de grande gosto e apreciação pelas lições inteligentes e pela cultura trans-mitida pelo Professor Ário de Azevedo que fica no último registo da minha memória. E no processo de junção das várias peças que constituem os lugares da minha memória estão sempre associados pessoas e elementos. O Ar e o Clima Junto ao Solo constituem agora temas que me interessa melhor conhecer, revisitando autores e teorias. Mas, em relação aos outros elementos são claras as influências: A �gua, fonte da Vida, devo-a naturalmente ao meu Pai, Zózimo Castro Rego. O Fogo veio, em doses variadas, através do meu Mestre José Moreira da Silva, mas também pelos Professores João Bugalho e Teresa Cabral. E a �erra, essa, com os seus Solos, estará para sempre associada no lugar da minha memó-ria ao nome do Professor e Amigo Ário Lobo de Azevedo.

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CONDIÇÕES DO LEILÃO

1. A Livraria Manuel Ferreira, Ld.ª, adiante denominada “LMF”, exerce a atividade de leiloeira de acordo com o disposto no Decreto/Lei n.� 155/2015, o qual estabelece o regime jurídico desta actividade, e ainda a quaisquer outras disposições expressas em local apro-priado, designadamente nos catálogos que elabora para apresentação dos lotes a leiloar.

2. Os clientes interessados em licitar, devem, no dia do leilão e antes do seu início, pro-ceder à sua inscrição, no sentido de fornecer a sua identificação e obter assim o número de arrematante.

a) A “LMF” reserva-se o direito de solicitar no acto de inscrição, ou posteriormente:— a apresentação de documentação de identificação original válida;— a apresentação de uma garantia que de acordo com a sua politica comercial e de

acordo com o histórico do potencial comprador ou representante, considere ra-zoável, no que diz respeito à forma ou ao respectivo montante.

b) A “LMF” reserva-se o direito de apenas reconhecer qualquer representação do potencial comprador, mediante a apresentação e entrega (até dois dias úteis antes da venda do bem) de procuração juridicamente válida para o efeito. No caso de esta ser contestada pelo su-posto representado, será considerado comprador o suposto representante e licitante.

c) A “LMF” reserva-se o direito de recusar o registo ou de ignorar qualquer licitação de qualquer potencial comprador que não tenha pontualmente cumprido as suas obrig-ações, designadamente de pagamento ou de levantamento de um ou mais lotes adquiri-dos em leilões anteriores.

3. A “�MF” poderá licitar em nome e por conta dos potenciais compradores que expres-samente o solicitem através de impresso próprio ou via email, desde que o mesmo seja recebido quatro horas antes da hora prevista para o início da respectiva sessão e este seja aceite pela “LMF”; todavia não se responsabiliza a “LMF” por qualquer erro ou omissão, ainda que culposa, que possa eventualmente ocorrer na sua execução.

4. Cabe ao pregoeiro decidir o montante em que os lances evoluem, não podendo no en-tanto exceder 10 % do valor anterior, nem qualquer lance ser inferior a 5€

a) Cabe ainda ao pregoeiro decidir com total discricionalidade sobre dúvidas postas em almoeda, incluindo retirar ou voltar a colocar um lote em praça pelo valor em que se suscitou a dúvida.

5. O comprador obriga-se a pagar à “LMF” o total do montante da arrematação acrescido de uma comissão de 12% sujeita ao respectivo IVA à taxa em vigor.

a) O comprador obriga-se não só à liquidação integral do pagamento referido na alínea 5, mas também ao levantamento dos bens adquiridos durante os três dias subse-quentes à data da última sessão do respectivo leilão, reservando-se a “�MF” ao direito de cobrar juros à taxa legal para as operações comerciais.

b) No caso de não levantamento dos bens adquiridos no prazo definido na alínea anterior reserva-se a “LMF” ao direito de enviar os respectivos bens, contra reembolso, através de transportadora ou CTT.

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c) O transporte de qualquer lote é da inteira responsabilidade do comprador, consid-erando-se qualquer ajuda ou eventual indicação de empresa ou pessoa para o fazer a título de mera cortesia, não podendo por isso decorrer qualquer tipo de responsabili-dade assumida pela “LMF”.

d) Decorrido o prazo definido na alínea a) sem que o bem seja levantado ou recepcio-nado pelo comprador, ficará este responsável por qualquer perda ou dano, incluindo furto ou roubo.

6. A “�MF” responsabiliza-se pelas descrições registadas no respectivo catálogo, sem pre-juízo de as poder corrigir pública e verbalmente até ao momento da respectiva venda.

a) Todos os lotes são vendidos no estado de conservação em que se encontram, ca-bendo aos potenciais compradores fazer a confirmação das descrições acima referidas, registadas no respectivo catálogo, através de exame prévio dos lotes descritos, design-adamente de eventuais restauros, faltas ou quaisquer outros defeitos, não se aceitando reclamações após a sua arrematação.

7. Para a resolução de qualquer conflito entre as partes sobre o cumprimento da relação comercial entre elas, bem como sobre a validade, eficácia, interpretação ou integração das presentes Condições Gerais ou quaisquer outros documentos contratuais, é competente o foro da comarca do Porto, com expressa renúncia a qualquer outro.

NOTA IMPORTANTE

Por razões técnicas as reproduções que ilustram este catálogo podem não corresponder à dimensões ou ao estado de conservação dos exemplares anunciados.

CONTACTOS

Rua Dr. Alves da Veiga, 89 4000-073 Porto

Telef. 351 225 363 237Tlm. 910 532 669

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1 — ABREU (Sebastião de) [1595-1674].- INSTITUTIO // PAROCHI // SEU SPECULUM // PAROCHORUM, // IN QUO PAROCHI, ET OMNES ANIMARUM CURAM // Exercentes videbunt obligationes muneris sui, & method~u ad eas rite implendas, // ad maiorem Dei gloriam, animarum salutem, & meritum ipsorum. // OPUS VA�DE U�I�E, // AC NECES-SARIUM OMNIBUS ANIMARUM CURAM GERENTIBUS, // sive inferioribus Curatis, sive maioribus Prælatis, sive quibuscumque Confessariis [sic], // Prædicatoribus, omnibusque proximorum salutem promovere studentibus. // AD I��A VERBA CONCI�II // TRIDENT. SESf. 23. CAP. I DE RESIDENTIA PRÆLATORUM &c. // (...) // [emblema da Companhia de Jesus] // Aucrore P. Doctore SEBASTIANO DE ABREU // Societatios JESU, Lusitano Crattensi, Sacræ Theologiæ in celebri Eborensi Academia. // Primario quondam Professore, & Cancellario. // —— // EBORÆ, Ex Typographia Academia, anno Domini. M. DCC. In-6.� de XX-898-98 págs. E.Natural do Crato [Portalegre], Sebastião de Abreu entrou na Companhia de Jesus em 1610, Estudou Filo-sofia e �eologia na Universidade de Évora onde foi lente de Filosofia, tendo-se Doutorado nesta disciplina e na mesma Universidade em 1633. Regeu �eologia Especulativa e foi Cancelário da Universidade. Em Roma exerceu a função de Revisor Geral dos livros da Companhia de Jesus entre 1644 e 1652.Entre a vasta Obra publicada do autor, destaca-se sem dúvida Institutio Parochi pela primeira vez impressa em 1665 em Évora pela Ex Typographia Academia e na mesma cidade e pela mesma oficina reimpressa em 1681 e em 1700. O excepcional êxito desta Obra verifica-se também pelas edições impressas ao longo dos séculos XVIII e XIX. Segundo apuramos, Sommervolgel indica 10 edições, estando em depósito da B. N., para além das edições de Évora, quatro impressas em Veneza nos anos de 1724, 1736, 1744 e 1799.Exemplar cansado. Com manchas de água, e assinado no frontispício. Encadernação da época, tam-bém mal cuidada.

2 — ACTAS DAS SESSÕES DO PRIMEIRO CONGRESSO AGRICOLA CELEBRADO EM �ISBOA EM FEVEREIRO DE 1888. �isboa. Imprensa Nacional. 1888. In-4.º peq. de 116 págs. B.Importante subsídio para o estudo da História da Agricultura em Portugal, em particular dos finais do século XIX durante o período da Monarquia Constitucional.

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3 — ACTO DE CONTRIÇ,AÕ // ESCRIPTO. // E // GLOSADO // PELO MAYOR PECCA-DOR, QUE A �ERRA SUS�EN�A, // E á Paciencia de JESU Christo tem dado mais que //sofrer, e á sua Misericordia que esperar, // CONSAGRADO // A’ SACRATISSIMA IMAGEM // DE NOSSO SENHOR // DA POBREZA // Venerada em esta sua muito nobre Cidade // de Evora, Sacro Erario de taõ Divino // �hesouro, // [gravura representando Jesus crucificado] // EVORA. // —— // Com todas as licenças necessarias. // Anno de M.DCCXXXVIII. In-8.º de 8 págs. inums. B.Conforme apuramos no Catálogo da BNP este opúsculo foi impresso em Évora na Oficina Rita-Cas-siana. Não nos foi possível no entanto encontrar qualquer outra referência a este invulgar opúsculo.Edição cuidada, nítidamente impressa, ornada de cabeção de enfeite com o emblema da Companhia de Jesus, florão de remate e outros ornamentos tipográficos.

4 — AGOS�INHO (Nicolau) [15??-1622].- RE�AC,AM // [Gravura com as armas do Arce-bispo de Évora, D. José de Melo] // SVMMARIA DA VI- // DA DO I��VS�RISSIMO, E� REVE- // rendissimo Senhor Dom �heotonio de // Bragãça, quarto Arcebispo de Euora. //¶ Relatada por Nicolau Agostinho seu Capellão, // Conego na Collegiada Igreja de Ourem. //¶ Dirigida ao Illustrissimo Senhor Dom Iose de Mello. Fi- // lho do Marquez de Ferreira... //¶ Impresso em Euora... //¶ Na Officina de Francisco Simões Impressor, & �iureiro // da Vniuersi-dade desta cidade de Euora. Anno de 1614. In-8.� de II-94 ff. nums. na frente. E. Frontispício ornado com o brasão eclesiático do Arcebispo de Évora, de grandes dimensões e im-presso em negativo, ou seja, com o fundo negro e o desenho em branco, ladeado por duas linhas de vinhetas tipográficas em madeira. Diz Inocêncio: “É livro raro, de que devo um exemplar ao favor do meu amigo sr. Figaniere.” Quer nos catálogos da �ivraria de Azevedo-Samodães, ou do Conde do Ameal, José dos Santos faz minuciosa descrição desta edição que considera “Obra clássica e estimada. Única edição dada a lume até hoje. MUITO RARA”.Encadernação em pergaminho, da época, com um restauro antigo na pasta posterior. As últimas folhas apresentam na margem inferior defeitos (ratado?) que só na última folha, embora que tangencialmente, ofendem a mancha tipográfica.

5 — A AGRICULTURA �A�IFUNDI�RIA NA PENÍNSU�A IBÉRICA. Seminário realizado de 12 a 14 de Dezembro de 1979. Edição coordenada por Afonso de Barros. Fundação Calouste Gulbenkian. Instituto Gulbenkian de Ciência. Centro de Estudos de Economia Agrária. Oeiras. 1980. In-4.� de 500-I-[III] págs. B.Importante seminário, contextualizado em torno da «Génese da agricultura latifundiária», do «De-senvolvimento do capitalismo e evolução da agricultura latifundiária» e do «�atifundismo e desen-volvimento», com a participação de “investigadores e professores de diversas nacionalidades, com destaque numérico de portugueses e espanhóis, e de diferentes formações científicas (sociólogos. economistas, historiadores e geógrafos), com vista a estudar e debater, em perspectiva pluridisciplinar, o sistema latifundiário na Península Ibérica.”

6 — AGUÇADOURA. Estudo Económico-Agrícola. �isboa. 1944. [�ipografia Ramos de Ra-mos, Afonso & Moita, Lda]. In-4� peq. de 192-II B.Importante estudo monográfico, documentado com inúmeras estampas a cores, em separado e muitas outras a preto, igualmente impressas fora do texto. Neste valioso trabalho se estudam os mais varia-dos aspectos da vida económica daquela região Póveira. Não é mencionado o autor ou autores deste excelente trabalho.

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7 — AGUIAR (Jorge de).- A CARTA NÁUTICA DE JORGE AGUIAR DE 1492. Academia da Marinha. �isboa 1992. Edições Inapa. I folha In-fólio máximo, conservada em estojo próprio e acompanhada do seguinte volume:

——— GUERREIRO (Inácio).- A CAR�A N�U�ICA DE JORGE DE AGUIAR DE 1492 with English translation by Manuel �eitão. Academia da Marinha. In-4.º peq. de 140-II págs. de texto e 12 estampas B.Reprodução facsimilar da preciosa Carta Nautica de Jorge de Aguiar, cujo original pertence à Biblio-teca da Universidade de Yale e pela primeira vez reproduzido nesta edição. Documento que só pos-teriormente à publicação da «Portugaliæ Monumenta Cartographica» foi descoberto e por essa razão nunca incluído na monumental obra de Armando Cortesão e Teixeira da Mota.Conforme apuramos no Prefácio que acompanha o estudo de Inácio Guerreiro, “A revelação desta car-ta foi muito importante por se tratar não só de mais uma carta portuguesa, mas por ser um documento de alta qualidade datado e assinado, uma carta elaborada na época áurea dos descobrimentos, a mais antiga carta náutica datada e assinada até hoje conhecida.“Como é sabido, a arte de desenhar cartas náuticas constituiu uma das maiores glórias dos Portugueses no século XVI, devido às inovações técnicas, à perfeição dos desenhos e à profícua e insuperável actividade dos cartógrafos lusitanos; com toda a justeza já se considerou essa época o «século de ouro» da cartografia portuguesa.” Portfólio em inteira de tela acrílica com dizeres a ouro na pasta frontal e atilho de seda.

8 — [A�AR�E (Vicêncio) Pseud.] — MORAES (Silvestre Gomes de). — AGRICU��URA // DAS // VINHAS, // �UDO O QUE PER�ENCE A E��AS A�E PERFEI- // �O RECO-�HIMEN�O DO VINHO, E RE�AÇÃO // DAS SUAS VIR�UDES, E DA CEPA, VI- // DES, FOLHAS, E BORRAS. // COMPOSTO POR // (...) // TIRADO TUDO DOS AUTHO-RES, QUE ESCRE- // VERÃO SOBRE A AGRICU��URA, E DAS // EXPERIENCIAS QUE PÔDE COLHER. // [brazão com as armas de Portugal] // LISBOA: // NA IMPRESSÃO RE-GIA. ANNO 1818 // — // Com Licença. // —— // Vende-se em Casa de João Nunes Esteves, na Rua da Gloria, N.º 14. In-8.º de 228 págs. E.Pela primeira vez publicado em 1712 sob pseudónimo Vicêncio Alarte, usado por Silvestre Gomes de Moraes, esta obra é considerada a primeira impressa em português, exclusivamente dedicada aos assuntos da vitivinicultura.O seu autor, natural de Torres Novas [1644-1723], formado em Direito Civil pela Universidade de Coimbra, foi advogado da Casa da Suplicação, procurador da fazenda da casa e estado de Aveiro, Pro-curador das Mitras de Coimbra, Algarve e Baía, tendo publicado, para além deste curioso tratado a monumental obra «�ractatus et executoribus instrumentorum et Sententiarum».Exemplar mal cuidado, a necessitar restauro.

9 — A�BUQUERQUE (�uís de).- OS GUIAS N�U�ICOS DE MUNIQUE E ÉVORA. Intro-duction by Armando Cortesão. Junta de Investigações do Ultramar. Lisboa. 1965. In-fólio de 290-II págs. E.“Neste volume são publicados os textos do “Regimento do Astrolábio e Quadrante” (segundo o único exemplar conhecido, da Biblioteca do Estado, Munique) e o “Regimento da Declinação do Sol” (de que há um exemplar, único que se conserva, na Biblioteca Pública de Évora) folhetos que são habitu-almente designados por “Guia Náutico de Munique” e “Guia Náutico de Évora” respectivamente. A reprodução dos textos é precedida de um estudo crítico, onde se faz brevemente a história das origens da navegação astronómica e se analisam os vários regimentos publicados nos dois textos, bem como a tradução do Tratado da Esfera de Sacrobosco, as listas das latitudes e outros dados que em ambos se inseriram.” Excelente edição ilustrada, publicada pelo «Agrupamento de Estudos de Cartografia Antiga» da Junta de Investigações do Ultramar.Encadernação original, com sobrecapa de protecção.

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10 — A�BUQUERQUE (�uís de).- O �IVRO DE MARINHARIA DE ANDRÉ PIRES. Intro-duction by Armando Cortesão. Junta de Investigações do Ultramar. Lisboa. 1963. In-4.� gr. de 232-II págs. E.O «�ivro de Marinharia» de André Pires é considerado como de “grande valor e extrema importância para o estudo da ciência náutica; A sua publicação impunha-se, pois era instantemente desejada por todos os estudiosos deste capítulo, tão fascinante como essencial, da história dos descobrimentos, que faz parte integrante da história da humanidade e da civilização.” Da sua publicação se encarregou Luís Mendonça de Albuquerque, “que, entre os vivos, deve hoje ser considerado, sem exagero nem favor, como a primeira autoridade na história da ciência náutica portuguesa.” O estudo de �uís de Albuquer-que desenvolve-se até à página 162, a que se segue a publicação do texto de André Pires.Encadernação editorial com sobrecapa de papel.

11 — A�EIXO (António).- QUANDO COMEÇO A CAN�AR... Círculo Cultural do Algarve. Faro. 1943. In-8.º de 61-III págs. B.Primeira edição do primeiro livro de versos deste célebre poeta popular algarvio, antecedido de uma “Explicação indispensável” de Joaquim Magalhães apresentando “O poeta António Aleixo, cauteleiro e guardador de rebanhos”. A tiragem constou de 1100 exemplares “que o próprio autor, os filhos e alguns amigos vendiam por diferentes locais, [e] se esgotaram em poucos dias”, como se lê na Grande Enci-clopédia Portuguesa e Brasileira.COM DEDICATÓRIA MANUSCRITA DO EDITOR.

12 — A�ÉM-MAR. Códice Casanatense 1889 com o �ivro do Oriente de Duarte Barbosa. Introdução de Fernand Braudel da Academia Francesa. Textos de C. Guadalupi, C. R. Boxer, R. Barchiesi. Bertrand & Franco Maria Ricci. [Esta edição foi impressa em Milão, Itália, por Franco Levi sob a direcção de Franco Maria Ricci, em Setembro de 1987...]. In-fólio de 115-I págs. e 142 estampas E.Segundo palavras extraídas da «Introdução» de Fernand Braudel: “A viagem que este livro nos convi-da a fazer é magnífica. Atravessa e acompanha os esplendores da expansão portuguesa nos séculos XV e XVI, momento em que soam as grandes horas da história europeia preocupada com a dura conquista do mundo. (...) Como as imagens se espalham do oceano Índico até aos mares que banham a China, teremos à nossa disposição dois interessantes guias: as brilhantes páginas de Charles Ralph Boxer, sem dúvida o maior historiador contemporâneo da grandeza portuguesa, e o livro antigo, escrito em 1517 e 1518, de Duarte Barbosa”.Primorosa e muito bela reprodução integral do famoso códice, constituído por 142 estampas policro-madas, com papel de duas cores e de escolhida qualidade, especialmente fabricado por Pietro Miliani, em Fabriano.Edição para bibliófilos limitada a 2000 exemplares numerados, revestida de bela encadernação edito-rial em seda, com dizeres dourados e estojo.

13 — A�MADA (André �lvares de).- �RA�ADO BREVE DOS RIOS DE GUINÉ DO CABO VERDE desde o Rio do Sanagá até aos Baixos de Sant’Anna &ª &ª. Pelo Capitão André Alva-res d’Almada, Natural da Ilha de Santiago de Cabo-Verde, pratico e versado nas ditas partes. 1594. Publicado por Diogo Köpke, Capitão da 3.ª Secção do Exercito, e Lente da Academia Polytechnica do Porto. Porto: �ypographia Commercial Portuense. 1841. In-8.º gr. de IV-XIV-II-108-VI págs. E.São raros os exemplares deste tratado, muito estimado também por se ocupar dos costumes dos vários povos da costa africana que vai do Senegal à Serra Leoa.Natural de S. �iago em Cabo-Verde, onde foi morador e capitão, André A. d’Almada, “Impellido da curiosidade penetrou com alguns soldados o continente de sua patria, e grande parte do Reino d’Angola, observando com diligente investigação a situação das terras, os ritos e costumes dos seus

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habitadores. De todas estas observações alcançadas pelo seu desvelo fez huma exacta descripção que no anno de 1594 dedicou aos Governadores do Reino, a qual mandárão fosse examinada por D. Fr. Pedro Brandão, Bispo de Cabo-Verde, como testemunha ocular do que nella se relatava; o qual teste-munhou, por huma carta, ser dignissima da luz publica (...)”A primeira edição, com título diferente, foi publicada em 1733, sendo esta edição de Diogo Köpke considerada mais conforme com o original. Edição que fundamentalmente se baseou no exemplar da Biblioteca Publica Portuense que veio do extinto Mosteiro de Tibaens mas que tinha pertencido anteriormente ao Mosteiro do Couto de Cucujães.Com um mapa em folha desdobrável.Encadernação modesta, da época.

14 — ALMEIDA (João de).- SUL D’ANGOLA — Relatorio de um governo de distrito (1908-1910). Esboço fisiografico da região. Elementos etnográficos e históricos e dados diversos. Acção militar e administrativa. Progresso moral e material. Economia e fomento. Lisboa. Composto e impresso na �yp. do Annuario Commercial. 1912. In-4.º gr. de XIX-I-648-II págs. B.�rabalho desenvolvido com notável amplitude, importantíssimo para os diversos aspectos da história de Angola e da sua colonização, abundantemente ilustrado com centenas de fotogravuras nas páginas do texto e muitos mapas e gráficos em separado e em folhas desdobráveis. Invulgar.Capa da brochura com pequenos defeitos.

15 — A�VARES (�uís) [1615-1709].- CEO // DE // GRAC,A // INFERNO // CUS�OZO. // OFFERECIDO // A Illustrissima Senhora // DONA ANNA DE AT- // TAIDE, LIMA, // E CAS-�RO, // CONDESSA DA CAS�ANHEIRA // Pello P. �UIS A�VARES DA COMPANHIA // de JESU, �ente que foi da Sagrada Escritura // no seu Collegio de Coimbra. // —— // EVORA. // Com as licenças necessarias na Officina da Univer- // sidade. Anno de 1692. In-8.� peq. de XVI-464-VI-[II] págs. E.Desta Obra possui a Bib. Nacional três distintas tiragens com o mesmo registo tipográfico. �iragens que foram devidamente individualizadas no trabalho coordenado por Alexandrina Cruz, «�ipografia Portuguesa do Séc. XVII: A Colecção da Biblioteca Nacional». O exemplar que agora apresentamos é da tiragem identificada com o n.º 143, cujo exemplar conservado na Bib. Nacional, está classificado como “Reservado”.José dos Santos no Catálogo Extraordinário 1929 da �ivraria �usitania considera esta obra clássica, livro estimado e raro.Sobre o autor, jesuíta natural de S. Romão do termo de Vila de Ceia do Bispado de Coimbra, diz Barbosa Machado que ocupou o cargo de reitor dos colégios de Angra do Heroísmo, Porto e Évora. Foi Provincial da Casa de S. Roque onde faleceu em Janeiro de 1709.Encadernação contemporânea de carneira, com alguns defeitos

16 — A�VARES (Padre Manuel). - GRAM��ICA �A�INA. Fac-símile da edição de 1572. Com introdução do Dr. J. Pereira da Costa. Junta Geral do Distrito Autónomo do Funchal. [Lisboa. 1974]. In-4.º peq. de XVI-XII págs., 243 ff. nums. pela frente e II inums. finais. E.Data de 1572 a primeira edição da «Gramática �atina» do jesuita madeirense P. Manuel �lvares, curiosamente aparecida no mesmo ano em que foi publicada a primeira edição de «Os �usíadas». Reprodução fac-similar do exmplar pertencente à Biblioteca Nacional de Lisboa.Encadernação editorial.

17 — ��VARES (Manuel).- O �IVRO DE MARINHARIA DE MANUE� ��VARES. Por Luís de Mendonça de Albuquerque. Introduction by Armando Cortesão. Junta de Investigações do Ultramar. �isboa. 1969. In-4.º gr. de VI-107-I págs. E.Edição feita a partir das duas cópias conhecidas deste importante códice, ambas do século XVI, con-

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servadas na Bibliothèque Nationale de Paris e no National Maritime Museum de Greenwich, tendo esta cópia pertencido ao historiador Charles Boxer.Excelente edição ilustrada com facsímiles de folhas dos manuscritos, reproduções de mapas do «�ivro de Marinharia» de João de �isboa, etc.Encadernação original, com sobrecapa editorial.

18 — A�VARES (P. Manuel) [1526-1583].- EMMANUE�IS // A�VARI // E SOCIETATE // JESU // DE INS�I�U�IONE GRAMMA�ICA // �IBRI �RES // Antonii Vellesii Amiensis ex eâdem Societate JESU // Eborensis Academiæ Præfecti Studiorum operâ // AUCTI, ET ILLUSTRATI. // [Brasão eclesiàstico com as armas de Portugal] // Cum facultate S Inquisitionis, Ordinarii, & Regis. // EBORÆ, ex Typographia Academiæ. Anno 1694 In-8.º de IV-323-233 págs. E.Desta edição, impressa em “ EBORÆ, ex �ypographia Academiæ. Anno 1694” existem identificadas na Biblioteca Nacional quatro variantes, correspondendo o exemplar que apresentamos ao exemplar com cota L. 15981 P.Do livro de Maria �uísa Guerra «A Universidade de Évora. Mestres e Discípulos notáveis (Séc. XVI - Séc. XVIII)», onde ficou reproduzido a cores e em plena página o frontispício da edição de 1728, extraímos o seguinte: “Manuel Álvares (...) Nasceu na Ribeira Brava (ilha da Madeira), em 1526, Pro-fessou na Companhia de Jesus e foi professor da Universidade de Évora. A pedido de Francisco Borja (Geral da Companhia mais tarde canonizado) escreveu uma obra notabilíssima que o imortalizou: De Institutione Grammatica, editada pela primeira vez em Lisboa, em 1572. Esta obra comandou, durante três séculos, o ensino e a aprendizagem do Latim em toda a Europa, embora com algumas modificações posteriores.“Até ao século XVIII, foram feitas duzentas e cinquenta e oito edições, só em latim. Devem acres-centar-se as traduções.“A Gramática de Manuel �lvares foi traduzida na Inglaterra, na Alemanha, na Itália, na Espanha, na França, na Flandres, na Polónia, na Hungria, na Croácia, na Ilíria, na Boémia, na China e no Japão. (...)”.Encadernação não contemporânea com lombada e cantos de pele, executada em Braga por Luiz Leite Vilaça. Exemplar bastante aparado, com restauros antigos e outros defeitos. Ex-libris da Biblioteca de António Cupertino de Miranda

19 — A�VARES (P. Manuel) [1526-1583].- EMMANUE�IS // A�VARI // É SOCIE�A�E // JESU // DE INSTITUTIONE GRAMMATICA // LIBRI TRES, // Antonij Vellesii Amiensis ex eádem Societate JESU // Eborensis Academiæ Præfecti Studiorum operâ // Aucti, & Illustrati. // [Brasão eclesiàstico com as armas de Portugal] // EBORÆ, Ex Typographia Academiæ. Ann. 1744. // Cum facultate S. Inquisitionis, Ordinarii, & Regis. In-8.º 365-295 págs. E.Edição cuidada, referenciada por Armando Nobre de Gusmão no Catálogo da «Exposição Bibliográ-fica. IV Centenário da Fundação da Universidade de Évora».Encadernação contemporânea em pergaminho.

20 — A�VES (Pe. Francisco Manuel) [ABADE DE BAÇA�].- MEMORIAS ARQUEO�Ó-GICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA ou Repositorio amplo de noticias cho-rographicas, hydro-orographicas, geologicas, mineralogicas, hydrologicas, bio-bibliographicas, heraldicas, etymologicas, industriaes e estatisticas interessantes tanto á historia profana como ecclesiastica do districto de Bragança. Bragança. �ipografia Académica. 1982-1983. 11 vols. In-8.� gr. B.Trata-se da mais importante obra referente à região brigantina, verdadeiramente monumental e fun-damental para o seu estudo, mas também um dos mais notáveis de quantos no seu género têm sido publicados em Portugal.A partir do 5� volume a obra apresenta os seguintes sub-títulos: V - Os Judeus no Districto de Bragança; VI - Os Fidalgos; VII - Os Notaveis; - VIII - No Arquivo de Simancas; IX, X e XI - Arqueologia, Etnografia e Arte.Exemplar da segunda edição, já esgotada.

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21 — ANDRADE (António Alberto Banha de).- O NA�URA�IS�A JOSÉ DE ANCHIE�A. Instituto de Investigação Científica �ropical. Centro de Estudos de História e Cartografia Antiga. �isboa. 1985. In-4º gr. de XXIII-I-187-I págs. E.Depois de ter estudado em Portugal sabe-se que Anchieta voltou para Angola, “de onde não sairia mais, contribuindo com suas remessas para o enriquecimento prodigioso do Museu de Lisboa, ao mesmo tempo que criava ao Dr. Barbosa du Bocage a possibilidade de escrever os dois notáveis tra-balhos sobre ornitologia e herpelogia de Angola (...). Estas glórias que ninguém regateia a Anchieta, permitem colocá-lo na linha dos grandes empreendedores do movimento científico português (...).” Edição ilustrada com estampas impressas à parte.Encadernação própria da colecção.

22 — ANDRADE (Eugénio de).- ADOLESCENTE. Poemas de Eugénio de Andrade. Desenhos de Manuel Ribeiro de Pavia. [Editorial Império. �isboa. 1942]. In-4.º de 58-VI págs. B.Segundo e raro livro de Eugénio de Andrade, poeta de relevante lugar na poesia portuguesa contem-porânea, sendo este o primeiro título que aparece na sua bibliografia. �ivro dedicado “À Memória de Fernando Pessoa”. Com dois belos desenhos de Manuel Ribeiro de Pavia.EXEMP�AR VA�ORIZADO COM DEDICA�ÓRIA DO AU�OR A �RIO DE AZEVEDO, datada de 18/XII/42.

23 — ANDRADE (Eugénio de).- DAQUI HOUVE NOME POR�UGA�. Antologia de verso e prosa sobre o Porto, organizada e prefaciada por... Editorial Inova Limitada. [Porto. 1968]. In-4.º gr. de 391-XI págs. E.Bela antologia em prosa e verso dedicados à cidade do Porto, textos assinados por Fernão Lopes, Zurara, Camões, Frei �uís de Sousa, Garrett, Herculano, Camilo, Arnaldo Gama, Ramalho, Júlio Diniz, Oliveira Martins, Eça, Alberto Pimentel, António Nobre, Raul Brandão, Pascoaes, Aquilino, Almada, José Régio, José Gomes Ferreira, Torga, Nemésio, Jorge de Sena, Agustina, etc., etc.Primeira edição, de bela concepção gráfica e impressa em bom papel, enriquecida com um admirável conjunto de algumas dezenas de fotografias assinadas por Fernando Aroso, �agôa Henriques, Foto-grafia Beleza, Pires de Castro, António Mendes, �avares da Fonseca, �eófilo Rego, etc. e ainda com numerosas reproduções de gravuras e litografias antigas, a cores e a negro.EXEMPLAR DA TIRAGEM ESPECIAL DE 1500 EXEMPLARES NUMERADOS E RUBRICADOS POR EUGÉNIO DE ANDRADE.“Destinados, exclusivamente, a acompanhar esta tiragem, reproduziram-se a cores dez quadros com motivos do Porto” da autoria de Pousão, Eduardo Viana, Abel Salazar, Dordio, Alvarez, António Cruz, Augusto Gomes, Resende e Armando Alves.Encadernação dos editores, em tela. Estojo próprio, em cartão, ilustrado a cores com a reprodução da primeira folha do foral dado por D. Manuel à cidade do Porto, com alguns pequenos defeitos

24 — ANDRADE (Eugénio de) & A�VES (Armando).- A�EN�EJO. Campo das �etras. [Fundação Eugénio de Andrade / Campo das Letras. Porto. 1997]. In-8.� gr. quadrado de 53-VII págs. B.Poesia e prosa de Eugénio de Andrade e desenhos de Armando Alves conjugados numa edição de grande pureza gráfica em papel muito encorpado.

25 — ANDRESEN (Sophia de Mello Breyner).- A MENINA DO MAR. Conto de Sophia de Mello Breyner Andresen, com ilustrações de Fernando de Azevedo. Editorial Aster Lda. [�isboa. 1961]. In-4.º de 27-III-[II] págs. E.Segunda edição, ilustrada a cores com quatro trabalhos de Fernando Azevedo. Encadernação editorial.

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26 — ARAGÃO (A. C. Teixeira de).- DESCRIPÇÃO GERAL E HISTORICA DAS MOEDAS CUNHADAS EM NOME DOS REIS, REGEN�ES E GOVERNADORES DE POR�UGA�. �omo I (a III). �isboa. Imprensa Nacional. 1874-1880. 3 vols. In-8.º gr. de 462-I, XV-I-476-I e VIII-643-I págs. E.Obra verdadeiramente importante para o estudo da numismática portuguesa, enriquecida com 77 gravuras impressas em folhas à parte, reproduzindo o verso e anverso de centenas de moedas, gravuras estas distribuídas e colocadas no final de cada um dos volumes. Além destas, numerosas reproduções de moedas vêm intercaladas no texto de toda a obra e o 3.� volume tem, impressas em folhas à parte, mais seis gravuras, representando: Uma alegoria às comemorações do Centenário de Camões; Uma reprodução, em folha desdobrável, da “Ilha e Cidade de Goa...”; A reprodução de uma gravura representando “O Leilão que se faz cada dia pola menhã na Rua Direita na Cidade de Goa...”; Em folha desdobrável uma “Planta da Cidade de Goa em 1831” a “Porta da Cidade ou Arco dos Vice-Reis em Goa” e por último, o “Monumento a Affonso d’Albuquerque Inaugurado em Pangim...”. Primeira edição.Encadernações com lombadas e cantos de pele com sinais de uso. Só aparados à cabeça e com vestí-gios de acidez nas capas da brochura.

27 — ARCANJOS (Frei António dos) [1632-1682].— SERMAM // DA IMMACV�ADA // CONCEIC,AM // DE NOSSA // SENHORA // NA CAPPELLA REAL. // Assistindo Sua Ma-gestade, e Alteza, em oito // de Dezembro de 664. // PREGOVO // M. R. P. M. Fr. AN�ONIO DOS ARCHANJOS // Lente de Prima, e Ministro Provincial da Provin- // cia do Algarve da Ordem de S. Francisco. // OFFERECIDO // Ao Conde de Castelmelhor do Conselho de Estado de Sua // Magestade, e seu Secretario da puridade. // —— // EM EVORA // Com as licenças requizitas. Na Officina desta Vniversidade // Anno de M.DC.LXV. In-8.º de IV-XVIII págs. E.Diz Barbosa Machado que o autor, “Naceo na Cidade de Evora (...). Abraçou o Instituto dos Frades Memores na Provincia dos Algarves, da qual pelo seu agudo engenho, profunda literatura, e grande authoridade foy illustre esplendor. Ensinou Filosofia, e �heologia aos seus Religiosos até que jubilou na Cadeira de Prima. Depois de ter exercitado varias Prelazias da Ordem com summa prudencia foy eleito Provincial (...) em cujo lugar descobrio mais claramente o grande talento que tinha para o governo. (...) Foy Qualificador do Sancto Officio, e Examinador das Ordens Militares, e Prègador insigne (como o intitula o P. Francisco da Fonseca na Evora Glorios. pag. 410.) da Magestade delRey D. Pedro II. naõ lhe fazendo menor elogio Fr. Joan. `D. Anton. in ‘Bib. Franc. Tomo I. pag. 93. (...)”.Primeira edição, novamente impressa em Coimbra no ano de de 1672.Encadernação modesta, de recente manufactura.

28 — ARQUI�EC�URA POPU�AR EM POR�UGA�. Edição da Associação dos Arquitectos Portugueses. �isboa. 1980. [Neogravura, �da]. In-4.º gr. de XXIII-I-763-III págs. E.É a mais bela e conceituada obra sobre arquitectura popular em Portugal, publicada como «Inquérito à Arquitectura Regional Portuguesa». Colaborada por nomes de grande prestígio como são os de Fernando �ávora, Rui Pimentel, António Menéres, Octávio �ixa Filgueiras, Arnaldo Araújo, Carlos Carvalho Dias, Francisco Keil do Amaral, José Huertas Lobo, João José Malato, Nuno Teotónio Pereira, António Pinto de Freitas, Francisco da Silva Dias, Frederico George, António Azevedo Gomes, Alfredo da Mata Antunes, Artur Pires Martins, Celestino de Castro e Fernando Torres.�rata-se da segunda das três edições publicadas, em bom papel e com inúmeras e belas reproduções fotográficas, verdadeiro inventário dos mais notáveis exemplares da nossa arquitectura popular. Além das fotografias a obra conta ainda com numerosos desenhos e plantas.Valiosa e muito invulgar.Encadernação editorial.

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31 - ver pág. 10

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29 — A��AS DE POR�UGA� U��RAMARINO E DAS GRANDES VIAGENS POR�U-GUESAS DE DESCOBRIMEN�O E EXPANSÃO. �isboa. MCMX�VIII. [Gravura e impres-são realizadas nas Oficinas do Instituto Geográfico e Cadastral]. In-fólio máx. E.Magnífico Atlas constituído por 110 minuciosas cartas geográficas impressas a cores e em folhas à parte, em papel muito encorpado e com todas as folhas encarceladas.Edição da Junta das Missões Geográficas e de Investigações Coloniais. Prefácio assinado por José Bacellar Bebiano, José Luís Teixeira Marinho e Luís Silveira.Encadernação editorial, com a lombada em pele e as pastas em percalina, com sinais de uso.

30 — ATLAS PECUARIO DE PORTUGAL. Mappas representativos do valor absoluto e relativo dos gados, por Districtos e Concelhos segundo o recenseamento a que se procedeu na confor-midade do Decreto de 22 de Junho de 1870. �ith. Maigne. �isboa. [S.d. - 1870?]. In-fólio de frontispício e 18 estampas ou mapas. E.Cada um dos mapas, assinalados a cores e com as espécies animais representadas por imagem, aparece ass. Coordenada Bettencourt / Lith. C. Maigne, Lisboa.Encadernação não contemporânea em tecido, também conhecido por pele do diabo.

31 — [A��AS VA��ARD. No fim: M. Moleiro Editor, S. A. 2008]. In-fólio de II-86-II págs. inums. E.Preciosa reprodução facsimilar do famoso A��AS VA��ARD [c. 1547], cujo original, de origem francesa e autoria desconhecida, se baseou em fontes portuguesas e se conserva na Huntington Libra-ry, em S. Martino [E.U.A.].“Realizado en Dieppe (Francia) por un cartógrafo portugués, o basado en un prototipo portugués, este atlas mundial contiene 15 cartas náuticas ricamente ilustradas, así como información náutica, tablas de declinaciones, etc. Además de los contenidos geográficos, el atlas deja ver la mano de un iluminador profesional, sin duda francés o flamenco, que pintó extraordinarias imágenes del nivel de las Atlas Miller. Cuenta con una serie de bellíssimas escenas que representan poblaciones exóticas extraeuro-peas, episodios del proceso de colonización, etc.”.Facsimile acompanhado de um volume inteiramente dedicado ao estudo deste importantíssimo docu-mento, profusamente ilustrado a cores, cuja colaboração se deve a Luis Filipe F. R. Thomaz [Director do Instituto de Estudos Orientais da Universidade Católica Portuguesa]; Dennis Reinhartz [Professor Emérito de História da Universidade do Texas em Arlington] e Carlos Miranda García-Tejedor. Prefaciado pelo então Presidente da República Portuguesa, Aníbal Cabaco Silva sublinha a impor-tância deste documento dizendo: “Tratando-se, como é o caso do Atlas de Vallard, de uma obra algo misteriosa, onde figura essa “�erra Java” que tem gerado, desde há muito, teses controversas em redor do descobrimento da Austrália — atribuído, por diversos autores, a navegadores portugueses —. o interesse de que se reveste o presente livro de estudos tende, à partida, a ser redobrado.”.“Casi-original, edición primera, única e irrepetible, numerada y limitada a 987 ejemplares autentifi-cados con un acta notarial.”Trata-se de uma preciosa peça com lugar nas mais requintadas e exigentes bibliotecas particulares dedicadas à cartografia e descobertas, indispensável em bibliotecas públicas e universitárias.Luxuosa encadernação e pasta de protecção em inteira de pele vermelha, artisticamente gravadas a ouro na lombada e pastas e seixas. (ver gravura na pág. 9)

32 — [AZEVEDO (Martim Cardoso de) [?-1614].- HIS�ORIA // DAS // AN�IGUIDADES // DE // EVORA, // PRIMEIRA PAR�E // REPAR�IDA EM DEZ �IVROS, // Onde se relatão as cousas, que acontecêrão em Evora até ser to- // mada aos Mouros por Giraldo, no tempo Del-Rey Dom // Affonso Henriquez; e o mais que dahi por diante a- // conteceo até o tempo presente, se contará na segunda // parte, que para ficar mais desembaraçada, se // poem no fim desta os Reys de Portugal, com // suas geraçoens, e descendencias. // POR // AMADOR

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PATRICIO. // PRIMEIRA IMPRESSAÕ, // e á custa de // FRANCISCO MENDEZ. // EVORA, // Na Officina da Universidade. Anno de 1739. In-4.º de XXIV págs. prels. inums., 342 nums. e II inums. finais. E.Livro muito curioso, raro e estimado, publicado sob o pseudónimo Amador Patrício, cujo intuito foi “ridicularisar as fabulas com que os antiquarios portuguezes convertiam em mythologia as origens de Portugal.”Innocêncio diz que “A promettida segunda parte naõ chegou a publicar-se. Esta que existe impressa não passa de ser uma ingenhosa mixtura de fabula e historia, de sorte que mais póde merecer o nome de novella, que o de narrativa de factos verdadeiros. (...)”.Com pequenas gravuras em madeira intercaladas nas páginas do texto.Encadernação da época em carneira, um pouco cansada. Com rótulo recentemente sobreposto. Com falta da folha de frontispício original, as páginas 337 e o verso da última folha reforçadas com papel vegetal.

33 — AZEVEDO (Vasco).- CA���OGO DAS MOEDAS DE MOÇAMBIQUE. Porto. 1969. In-8.º gr. de 78-II págs. B.Apreciável trabalho de investigação numismática, de reduzida tiragem, numerada. Com a reprodução de ambas as faces das moedas estudadas.

34 — BAHIA DE �OURENÇO MARQUES. Questão entre Portugal e a Gran-Bretanha sujeita á Arbitragem do Presidente da Republica Franceza. Segunda Memoria do Governo Portuguez. (Replica á Memoria Ingleza). �isboa. Imprensa Nacional. 1874. In-fólio de XCIX-I-59-I págs. e IV mapas desdobráveis. B.Importante documento para a História do Ultimatum Britânico de 1890, onde se afirma que “Se é de subida importancia para Portugal este pleito, o que attenuará a extensão do nosso trabalho, não é certamente de inferior curiosidade para os estudiosos a questão relativa a uma bahia, que na costa de Sofala constitue o extremo sul da provincia portugueza de Moçambique na Africa Oriental.” Ilustrado com 4 mapas desdobráveis, impressos a cores.“O governo portuguez confiou o trabalho d’esta replica ao visconde de Paiva Manso (dr. �evy Maria Jordão) do conselho de Sua Magestade e ajudante do procurador geral da corôa e fazenda, junto ao ministerio da marinha e ultramar, ao qual encarregára já a primeira memoria.” [�exto extraído de uma nota de rodapé inscrita num exemplar por nós vendido].Texto e frontispícios em português e francês.Edição documentada com três mapas desdobráveis de grandes dimensões.Com pequenos defeitos.

35 — BA�BI (Adrien).- ESSAI S�A�IS�IQUE // SUR // �E ROYAUME DE POR�UGA� // E� D´A�GARVE, // COMPARÉ AUX AU�RES É�A�S DE �’EUROPE, // E� SUIVI // D’UN COUP D’ŒI� SUR �’É�A� AC�UE� DES SCIENCES, DES // �E��RES E� DES BEAUX--AR�S PARMI �ES POR�UGAIS DES // DEUX HÉMISPHÈRES. // DÉDIÉ // A SA MAJES�É �RÈS-FIDÈ�E, // (...) // PARIS, // CHEZ REY E� GRAVIER, �IBRAIRES, // QUAI DES AUGUS�INS, Nº 55. // — // 1822. 2 vols. In-8.º de �II-480 e IV-272-CCC�XVIII págs. E.Célebre obra de Adrian Balbi, autor de valiosa bibliografia geográfica e estatística. Em 1820 visitou Portugal onde recolheu vastíssima informação que veio a utilizar no «Essai statistique sur le royaume de Portugal et d’Algarve» e nas «Variétés politiques et statistiques de la monarchie portugaise», edições publicadas em 1822, ano da Independência do Brasil.De capital importância para o conhecimento da realidade portuguesa nos seus mais variados aspectos, o Essai statistique... é hoje fonte inesgotável para o estudo da geografia, do clima e da população, do seu governo, organização militar, indústrias de manufactura, comércio, exportação, transportes, organização eclesiástica, assim como das suas relações com a Europa, a �frica, o Brasil, a Índia, �sia, Açores e Madeira.

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As CCC�XVIII págs. finais constituem um «Appendix a la Géographie �ittéraire», onde o autor for-nece preciosas informações acerca da �iteratura, Arquitectura, Belas-Artes, Música, �eatro, Dança, Esgrima, Equitação, �ipografia, etc.Neste muito extenso Appendix, o autor incluiu ainda biografias das mais destacados autores portugue-ses e brasileiros, assim como uma lista de obras publicadas em Portugal entre os anos de 1801 a 1819.Encadernação da época, em carneira, bastante danificadas.

36 — BA�BI (Adrien).- VARIE�ÉS PO�I�ICO S�A�IS�IQUES SUR �A MONARCHIE PORTUGAISE; Dédiées a M. Alexandre de Humboldt... (vinheta). Paris, Rey et Gravier, Librai-res... 1822. In-8.º de XV-232-II págs. e 13 mapas estatísticos em 7 folhas desdobráveis. E.“En travaillant à notre Essai statistique sur le royaume de Portugal et d’Algarve, nous avons eu sous les yeux une foule de mémoires et de documens sur différens sujets plus intéressans les uns que les autres, et tous entièrement nouveaux. Quelques-uns n’étant pas susceptibles d’entrer dans cet ouvrage sans altérer le plan d’après lequel nous le travaillons, et sans lui ôter cet ensemble et cette proportion entre ses différens chapitres qui sont indispensables dans tout ouvrage scientifique, nous nous sommes déterminé à en publier quelques-uns sous le titre Variétés politico-statistiques sur la monarchie portugaise.Entre os principais assuntos abordados destacamos a geografia histórica e física de Portugal, o reino mineral, suas águas, minas e salinas. Reino vegetal, vegetação das diferentes províncias, estado da agricultura, Companhia dos vinhos do Alto-Douro. Reino animal, animais domésticos, Pescas e a Companhia do Algarve. Geografia política e administrativa, população de Portugal nas diferentes épocas, governo antigo e actual, justiça, secção eclesiástica, inquisição de �isboa, Coimbra e Évora. Finanças, Casa da Moeda, Alfandegas, Real Junta do Comércio, agricultura, fábricas e navegação, Banca nacional, Junta do Tabaco, Companhia Geral de Agricultura das vinhas do Alto Douro, Junta da Companhia das Reais Pescas do Algarve, Junta da Extracção do Sal de Setúbal, Junta de admi-nistração dos fundos da extinta Companhia do Pará e Maranhão, Meza do Bem Comum dos Mer-cadores, Direcção da Real Fábrica das Sedas e Obras das �guas �ivres, Real Junta da Fazenda da Marinha. Exército. Saúde pública. �ribunais, �ribunal especial da protecção da liberdade de imprensa, Intendência geral da polícia. Obras públicas. Correio de Portugal e reinos estrangeiros, Câmaras das cidades e vilas. Direito português. Finanças. Comércio interno e externo, Comércio de Portugal com a Ásia, a África, o Brasil, os Açores e a Madeira, Espanha, Inglaterra, França, Holanda, Hamburgo, Rússia, Suécia, Dinamarca, Prússia, Itália, �ustria, Estados Unidos, etc. Navegações históricas dos portugueses. Fábricas e manufacturas de Portugal, Moeda, Pesos e Medidas, estradas e formas de viajar em Portugal. Religião dominante, �ribunal da Inquisição, Ordens religiosas, Instrução pública, Universidade e Colégio Real das Artes em Coimbra, Escolas, Dicionários, gramáticas, poesia, jornais políticos e literários, Belas-Artes, Arquitectura, pintura e desenho, escultura, gravura, música, artes dramáticas, caligrafia, dança, esgrima e equitação. �opografia. Países que constituem a monarquia portuguesa, considerações políticas sobre a monarquia portuguesa.Encadernação modesta.

37 — BARATA (António Francisco).- CANCIONEIRO GERAL. Continuação ao de Garcia de Resende. Compilado por... e avaliado pelo Doutor Theophilo Braga. Evora. Empreza Tipogra-phica Eborense. 1902. In-4.º peq. de XXV-I-271-V págs. B.�eófilo Braga termina o seu valioso prefácio dizendo: “O que ahi fica apontado basta para reconhecer o vasto campo de estudo a que se presta este documento litterario salvo agora pela imprensa”, agrade-cendo a António Francisco Barata que “excavou mais esta joia da grande epoca quinhentista”. Muito invulgar. Capa da brochura imperfeita.

38 — BARA�A (António Francisco).- EVORA AN�IGA. Noticias colhidas com afanosa diligencia... Evora. Minerva Commercial, de José Ferreira Baptista. 1909. In-8.� gr. de 236-IV págs. B.Um dos mais interessantes volumes da vasta bibliografia da velhíssima e nobre cidade de Évora, ilus-trado com estampas impressas em folhas à parte. Bastante invulgar.Capa da brochura imperfeita.

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39 — BARA�A (António Francisco).- EVORA E SEUS ARREDORES. �ypographia do “Noti-cias d’Evora”. [Évora. 1904]. In-8.º gr. de VIII-50-II págs. B.Um dos mais interessantes livros da rica bibliografia eborense, ilustrado com várias fotogravuras tiradas em separado. De muito restrita tiragem. Capa da brochura mal cuidada.

40 — BARA�A (António Francisco).- O MANUE�INHO DE EVORA. Romance historico. (1637). Coimbra. Imprensa �itteraria. 1873. In-8.º de VIII-300 págs. B.Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira: “Manuelinho de Évora. Nome de um doido que era muito conhecido em Évora no segundo quartel do séc. XVII, e de que os chefes da insurreição popular de 1637 contra o imposto lançado pelo governo de Filipe III se serviram para não serem conhecidos pelas autoridades”. Exemplar da primeira edição, impresso em papel de escolhida qualidade. Muito raro.Com manchas de acidez e a capa da brochura grosseiramente remarginada.

41 — BARATA (António Francisco).- MEMORIA HISTORICA SOBRE A FUNDAÇÃO DA SÉ DE EVORA E SUAS AN�IGUIDADES com os Esboços chronologico-biographi-cos dos Bispos e Arcebispos d’ella. Segunda edição correcta. Evora. Minerva Commercial. 1903. In-8.º gr. de 144-I págs. B.Obra de apreciável importância, de maior interesse nesta segunda edição, especialmente por vir au-mentada com os «Esboços chronologico-biographicos dos Bispos e Arcebispos» de Évora.

42 — BARATA (Antonio Francisco).- Synaxaria - Fernando Martins de Bulhões (Santo Anto-nio). Com uma carta do Santo por... Minerva Eborense. 1895 [Evora]. In-4.º de 41-II págs. E.Rara publicação de António Francisco Barata, com interesse para a bibliografia de Santo António. Edição ilustrada com uma estampa impressa à parte, cópia de um quadro de Murillo que representa Santo António de Lisboa. No final com a reprodução de uma carta de Santo António datada de Pavia 2 de Março de 1223; um poema cantado nos Festejos de Santo António em Évora e ainda a partitura de uma Canção Popular ao Santo António para voz e adufe. No cólofon: “Andando o mez de abril de mil outocentos noventa e cinco annos foi composto este livrinho em Evora, pelo typographo João Pedro Ferreira, e impresso na officina typographica de Joaquim José Baptista, o mais antigo impressor d’esta cidade.”Encadernação recente em material sintético.

43 — BARBOSA (Joaquim Casimiro).- A HORTA. Tratado das hortaliças e outras plantas hor-tenses. Sua descrição, multiplicação e cultura. Porto. 1884. In-8.º de IX-I-486 págs. E.Primeira edição de uma das célebres obras da bibliografia portuguesa da especialidade. Com numero-sas ilustrações nas páginas de texto.Encadernação modesta com a lombada de pele

44 — BARBOSA (Joaquim Casimiro).- O JARDIM. Manual do Jardineiro-amador. Porto. José Marques �oureiro - Editor. 1892-1893. 3 vols. In-4.º peq. de XI-I-516, 544 e 610-II págs. E.Obra clássica da jardinagem portuguesa, muito completa e ilustrada. Joaquim Casimiro Barbosa, natural do Porto, possuía o cursos de Farmácia pela Escola Médico-Cirúrgica do Porto e de Agri-cultura e Botânica Prática da antiga Academia Politécnica do Porto, tendo sido nomeado, em 1913, chefe dos Jardins e Arvoredos da Câmara Municipal do Porto. Este é o mais importante dos três trabalhos que publicou.Nos frontispícios e sobre a chancela do respectivo editor vem sobreposta a seguinte indicação: Porto. Li-vraria Internacional de Ernesto Chardron, Casa Editora, Successores, Lello & Irmão. 96 - Clerigos - 98.-”.Encadernações modestas com as lombadas de pele.

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45 — BARBOSA (Jorge).- CADERNO DE UM I�HÉU. Poemas. (Prémio Camilo Pessanha, 1955). Agência Geral do Ultramar. 1956. [�isboa]. In-4.º de 98-II págs. B.Livro de poesia de um dos mais representativos autores cabo-verdianos, poeta que, com outros ele-mentos do grupo «Claridade», promoveu, na década de 30, uma nova fase da história da poesia de Cabo Verde, antecipando-se ao movimento neo-realista que no Continente viria a marcar profunda-mente a literatura deste século. Livro distinguido com o Prémio Camilo Pessanha. Edição limitada a 1000 exemplares.EXEMP�AR PERSONA�IZADO COM EXPRESSIVA DEDICA�ÓRIA DO AU�OR A ADO�FO SIMÕES MÜLLER.Capa da brochura branca, com sujidade.

46 — BARREIROS (Gaspar).- CHOROGRAPHIA. Por Ordem da Universidade. 1968. [Coim-bra]. In-8.º gr. de X-XXIV-247 ff. e CXCVI págs. B.Edição diplomática deste raríssimo livro quinhentista, que, segundo César Pegado, “vai permitir o estudo de inúmeros problemas históricos, geográficos, literários, etc. que suscita”.Capa da brochura com manchas de acidez.

47 — BARROS (Henrique de) & CASCAIS (Manuel) & FIRMINO (A. Gomes).- A CULTURA ARVENSE NO CONCE�HO DE BEJA. Monografia �écnico-Económica. [FEDERAÇÃO NA-CIONAL DOS PRODUTORES DE TRIGO. Secção de Estudos Económicos]. Lisboa, 1956. In-4.º de 360-II págs. B.Importante e muito invulgar relatório, hoje com interesse para a história da agricultura no concelho de Beja, naquele tempo o maior produtor de trigo de Portugal. Com este relatório, procuraram os seus autores dar a conhecer “dados precisos e minuciosos sobre a estrutura agrária e a técnica agrícola” na cultura arvense do concelho de Beja.Edição profusamente documentada com mapas desdobráveis impressos em folhas de grandes dimensões.O Eng.º Agrónomo Henrique de Barros, filho do escritor João de Barros e irmão da mulher de Marcelo Caetano, foi professor no Instituto Superior de Agronomia da Univ. Técnica de Lisboa, ministro de Estado do I Governo Constitucional (1976), tendo-se ainda destacado como membro do Conselho de Estado (1974-1975), como Presidente do Conselho Nacional do Plano e como Presidente da Assem-bleia Constituinte (1975-1976). Em 1978 foi agraciado com a Grã-Cruz da Ordem Militar de Cristo e em 1980 com a Grã-Cruz da Ordem da Liberdade.

48 — BAS�O (A. de Magalhães).- MEMÓRIA HIS�ÓRICA DA ACADEMIA PO�I�ÉCNICA DO PÔR�O. Precedida da «Memória» sôbre a Academia Real da Marinha e Comércio, pelo Conselheiro Adriano de Abreu Cardoso Machado. Por Ordem da Universidade do Pôrto no 1º Centenário da Fundação da Academia Politécnica. [Enciclopédia Portuguesa, �imitada. Porto. MCMXXXVII]. In-4.º gr. de XII-515-I págs. E.Vasto e erudito trabalho sobre a história da Academia Politécnica do Porto, marca inconfundível de quantos e tantos trabalhos assinados pelo erudito historiador que foi Artur de Magalhães Basto, que termina a introdutória «Explicação Necessária» com o seguinte parágrafo: “�al como nos foi possível realizá-lo [este trabalho] demonstrará ao menos (...) que a Academia Politécnica do Pôrto, vítima, durante longuíssimos anos, de perseguições e invejas, e do mais descaroável abandôno, desleixo ou indiferença dos Poderes públicos, pôde tudo vencer e, sempre levantando mais alto o seu prestígio, conquistar a respeitosa admiração de todos os meios cultos nacionais e estranjeiros.“Isto o conseguiu a Academia Politécnica do Pôrto mercê da inabalável fé, do inigualável zêlo e inul-trapassável dedicação de quantos a serviram, mercê, igualmente, dos resultados que produziu e do alto valor mental e profissional dos membros do seu corpo docente, em que se contaram alguns dos nomes que mais honra e brilho deram à cátedra e ciência portuguesas.”Com numerosos retratos, estampas e facsímiles de documentos em folhas à parte e nas páginas do texto.Encadernação com lombada e cantos de pele.

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49 — BENING (Simon) [1483-1561].- [E� �IBRO DE� GO�F. No fim: M. Moleiro Editor, S. A. 2004]. In-4.º de [VI]-XXX-[V] ff. E.Preciosa reprodução facsimilar do maravilhoso códice quinhentista da autoria de Simon Bening, [co--autor, com António de Holanda da GENEALOGIA ILUMINADA DO INFANTE DOM FERNANDO], que se caracteriza pela série de iluminuras coloridas com corantes naturais e outros materiais nobres como o ouro, a prata, o lápis-lazuli, etc. que ilustram muitas das actividades quotidianas do século XVI, ao lado de cenas que representam cenas da Vida de Cristo. “Es imposible permanecer indife-rentes ante la fuerza de las imágenes en la escena del beso de Judas y la espontaneidad de San Pedro al cortar la oreja a uno de los soldados. La fragilidad y la divindad de Cristo caminam unidas ante Poncio Pilato.” [ff. 4].A par destas impressionantes representações bíblicas, são de grande valor etnográfico e artístico tam-bém as miniaturas que se encontram no pé de página e que representam alguns passatempos próprios da época. Entre estas, merece especial destaque aquela que deu nome ao códice e representa crianças num jogo de Golf [ff. 27], não sendo no entanto de menos interesse ou beleza as que representam cenas de caça, falcoaria, jogos populares, músicos, agricultores, pastores, vindimas, as matanças do porco e do boi, a tosquia das ovelhas, etc.De não menor valor artístico, são também as inúmeras letras iniciais ornamentadas, orlas, fios ou cercaduras utilizadas na composição das respectivas páginas.“Edición primera, única e irrepetible, numerada y limitada a 987 ejemplares autenticados notarialmente”.Peça de grande significado cultural e artístico, com lugar em qualquer exigente biblioteca particular e indispensável em bibliotecas públicas e universitárias.Facsimile quasi-original acompanhado de um volume inteiramente dedicado ao estudo deste impor-tantíssimo pintor e á pintura do seu tempo da autoria de Carlos Miranda García-�ejedor.Luxuosa encadernação em pele de cabra e imitativa da que protege o códice manuscrito conservado na British Library, resguardada por um estojo de pele, gravado a ouro e com nervuras.

50 — BERNARDE��E (Maria).- EU. Poemas. �uanda. 1958. [Composto e impresso nas ofici-nas da Neográfica, �da. �uanda]. In-4.º de 171-V págs. B.Obra recenseada na «Bibliografia das �iteraturas Africanas de Expressão Portuguesa», cuja poetisa supomos ser Maria Bernardete Lopes de Amorim, que em 1961 participou na Colectânea de poesia de Estudantes de Luanda.Edição muito cuidada, com capa ilustrada a cores; com um retrato da autora e ilustrações em folhas à parte do pintor Neves e Sousa. Com uma assinatura manuscrita pelo punho da poetisa.

51 — BOCARRO (António).- O �IVRO DAS P�AN�AS DE �ODAS AS FOR�A�EZAS, CI-DADES E POVOAÇÕES DO ES�ADO DA ÍNDIA ORIEN�A�. Imprensa Nacional-Casa da Moeda. [�isboa. 1992]. 3 vols. In-fólio de 170-XX, 279-IX e IV págs. e X�VIII estampas. E. O Livro das Plantas de todas as Fortalezas, Cidades e Povoações do estado da Índia Oriental é um precioso códice elaborado por António Bocarro nos últimos anos do governo filipino, por ordem do rei Filipe IV. (...)“Dada a riqueza de informações que transmite, é um documento indispensável para quem queira conhecer o Império Oriental Português, sob os seus múltiplos aspectos, quando terminava o domínio castelhano. O seu autor, além da descrição das cidades e fortalezas da Índia, efectua ainda um resumo perspicaz e judicioso de tudo o que de mais importante havia a destacar em cada uma delas, apresen-tando por vezes uma inteligente crítica aos abusos e incúrias e apontando frequentemente sensatos modos de sanar tais males. (...)“Esta obra é um documento, claro e sugestivo, de inestimável valor, para o conhecimento da Índia Portuguesa do século XVII, uma relação circunstanciada das forças de que Portugal dispunha nesta zona, numa altura em que a independência nacional se avizinhava de novo. (...)”O primeiro volume contém o Estudo histórico, codicológico, paleográfico e Índices de Isabel Cid; o segundo integra a �ranscrição feita por Isabel Cid e o último é constituído por X�VIII estampas a cores, em folhas soltas.Encadernações editoriais gravadas a ouro e a seco.

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53 - ver pág. 17

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52 — BOTELHO (José Justino Teixeira).- HISTÓRIA MILITAR E POLÍTICA DOS PORTU-GUESES EM MOÇAMBIQUE DE 1833 AOS NOSSOS DIAS. 2.ª edição, revista, com um apêndice. �isboa. Centro �ip. Colonial. 1936. In-4.º de XV-I-739-V págs. E.A obra, ilustrada, vasta e muito importante na sua especialidade, desenvolve-se em quatro partes: «Recursos militares da Província», «Campanhas militares», «Os limites da Província» e «�utas pelo domínio efectivo».Encadernação com lombada e cantos de pele. Conserva as capas da brochura.

53 — BOTELHO (Sebastião Xavier).- MEMORIA ESTATISTICA SOBRE OS DOMINIOS PORTUGUEZES NA AFRICA ORIENTAL. Por... Lisboa. Na Typ. de José Baptista Morando. 1835. In-8.º gr. de II-400-IV págs. e 6 mapas desdobráveis; no mesmo volume:

——— SEGUNDA PARTE DA MEMORIA ESTATISTICA SOBRE OS DOMINIOS PORTU-GUEZES NA AFRICA ORIEN�A�. Por... �isboa 1834 e 1835. —— Contendo a resposta á crítica feita á dita memoria e inserta na Revista de Edimburgo n.º 130 de Janeiro de 1837. [pequena vinheta com uma colmeia e as suas abelhas] �isboa —— Na �ypografia de A. J. C. da Cruz. —— (...). 1837. In.8.º de 110-[II] págs. E.Com seis gravuras desdobráveis, assim intituladas: «Planta levantada ultimamente (em 1825) pelo Capitão Owen da Marinha Britanica»; «Planta do Porto de Inhambane na Africa Oriental, 1827»; «Antiga Casa de Bartholomeu dos Martyres»; «Plano de Quelimane tirado em 1827»; «Plano dos Por-tos de Moçambique, Conducia e Mocambo levantados em 1823 a 1826 pelo Capitão Owen»; «Planta da Ilha e Perspectiva da Cidade de Moçambique».Segundo Herculano, “A MEMORIA ESTATISTICA é o mais bem escripto livro de prosa que ha vinte annos se tem escripto em Portugal.”Diz Inocêncio que, desta obra “parece que se imprimiram poucos exemplares, que o auctor destinára para com elles presentear os seus amigos, e que nenhum fôra exposto á venda publica.”; o mesmo bibliófilo regista a segunda parte desta Memoria em que se refutam os ataques que à primeira fizera a «Revista de Edimburgo», censurando-a “aspera, incivel e immerecidamente”.Primeira e única edição.As primeira e ultima gravuras apresentam um rasgão, sem que no entanto se tenha perdido qualquer bocado de papel.Encadernação antiga com a lombada de pele. Com falta das folhas de anterosto.(ver gravura na pág, 16)

54 — BO��O (António).- MO�IVOS DE BE��EZA. Portvgalia �ivraria - Editora. 1923. [�is-boa]. In-8.� de 172-II págs. B.Com uma «Notícia» da autoria de Fernando Pessoa e poemas de Pascoaes, Camilo Pessanha, Ricardo Reis, Eugénio de Castro e Fausto Guedes Teixeira. Edição original.Fernando Guimarães considera «Motivos de Belleza» um dos principais livros de poesia aparecidos em 1923.Com uma pequena assinatura de Ário Lobo de Azevedo no canto superior esquerdo do frontispício.

55 — BOURDON (�éon) & A�BUQUERQUE (�uís de).- �E “�IVRO DE MARINHARIA” DE GASPAR MOREIRA. Introduction et notes par... Junta de Investigações Científicas do Ultra-mar. �isboa. 1977. In-4.º gr. de XVI-238-II págs. E.Neste volume vem integralmente publicado o texto deste importante tratado de marinharia de Gaspar Moreira, datável de fins do séc. XVI ou princípios do séc. XVII, cujo original pertence à Bibliothèque National de Paris. Com facsimiles de algumas páginas do documento original manuscrito.Encadernação própria, protegida por sobrecapa ilustrada com uma rosa dos ventos.

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56 — BOXER (Charles Ralph).- EMBASSY OF CAP�AIN GONÇA�O DE SIQUEIRA DE SOUZA TO JAPAN IN 1644-7. With a foreword by D. José da Costa Nunes, Bishop of Macau. Macau, 1938. In-8.º de XII-172-II págs. e VIII estampas. E.Importante contribuição para a história diplomática portuguesa, a Restauração da Independência e o Império português no extremo oriente.Cuidada edição, limitada a 500 exemplares numerados.Encadernação editorial, um pouco cansada. Assinado no anterrosto.

57 — [VINHOS]. BRAVO (Pedro) & O�IVEIRA (Duarte de).- VI�ICU��URA MODERNA. Porto. Officinas de “O Commercio do Porto”. 1916. In-4.º de 745-III págs. E.Completo e muito estimado tratado de viticultura, tratando com pormenor quanto respeita a esta anti-quísima e prestigiada cultura portuguesa. Com numerosas fotogravuras gravuras abertas am medeira disseminadas no texto e ainda com cinco cromolitografias em folhas à parte. Primeira edição.Encadernação modesta com a lombada de pele gravada com ferros dourados. Assinado no frontispício.

58 — BRITO (Raquel Soeiro de).- GOA E AS PRAÇAS DO NORTE. Junta de Investigações do Ultramar. 1966. In-4.º peq. de 196-IV págs. B.Importante trabalho da bibliografia goesa [Dissertação de concurso para professor catedrático de Geografia apresentada ao Instit. Sup. de Ciências Sociais e Política Ultramarina], documentado com numerosos mapas impressos em folhas desdobráveis de grandes dimensões e ilustrado com centenas de fotogra-fias impressas a negro nas páginas de texto e a cores em folhas à parte.“O estudo geográfico agora apresentado baseia-se nos trabalhos de campo da Missão de Geografia da Índia, que se estendeu de Setembro de 1955 a Julho de 1956”, Missão que foi chefiada por Orlando Ribeiro.

59 — BRI�O (Raquel Soeiro de).- A I�HA DE SÃO MIGUE�. Estudo Geográfico. Instituto de Alta Cultura. Centro de Estudos Geográficos. �isboa. 1955. In-4.º peq. de 214-II págs. B.Valiosa e minuciosa monografia geográfica, documentada com desenhos nas páginas do texto e nume-rosas fotogravuras em folhas à parte, além de dois mapas anexos.

60 — BROTERO (Félix Avelar).- COMPENDIO // DE // BOTANICA, // OU // NOÇOENS ELEMENTARES DESTA SCIENCIA, // segundo os melhores Escritores modernos, // expostas na lingua Portugueza // POR FE�IX AVE��AR BRO�ERO. // ... // PARIS. // Vende-se em �isboa, em caza de PAU�O MAR�IN, // Mercador de �ivros. // M,DCC,�XXXVIII. 2 vols. In-8.º gr. de �XXVI-471-[I] e 411-V págs. E.É a primeira obra do autor, dada a lume aquando da sua emigração em França.“Brotero chamou a este livro “tratado elementar”; mas há nele muitas observações que são resultado dos trabalhos originais do A., tratando-se além disso de um texto que, pela cuidada ordenação das matérias e pela preocupação didática com que fora redigido, é uma das melhores ou a melhor obra do género que até então se publicara”.Primeira e mais valiosa edição da obra, ilustrada com XXXI gravuras impressas à parte e abertas em chapa de cobre, integradas no capítulo ‘Explicação das Estampas’, sendo a ‘Est. XXX’ [Ramo da Arv. do Chá] em folha desdobrável [Dim. aprox. 20 x 26 cm.].Encadernações recentes de pele inteira, decoradas com nervuras, rótulos e ferros gravados a ouro nas lombadas. Com as margens carminadas

61 — BRO�ERO (Félix Avelar).- F�ORA �USI�ANICA, // SEU // P�AN�ARUM, QUÆ IN �USI�ANIA VE� SPON�E // CRESCUN�, VE� FREQUN�IUS CO�UN�UR, EX // FLORUM PRAESERTIAM SEXUBUS SYSTEMATICÆ DIS- // TRIBUTARUM, SY-NOPIS, // ... // O�ISSIPONE. // EX �YPOGRAPHIA REGIA. // M.DCCC.IV. 2 vols.

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In-4.º peq. de XVIII-607-[I] e 557-I págs. E.�rabalho notável do mais célebre botânico português, em que são descritas e classificadas cerca de duas mil espécies. Primeira edição, muito rara.Encadernações inteiras de pele, da época. Com vestígios de traça nas lombadas.

62 — CADERNOS CO�ONIAIS. Editorial Cosmos. �isboa. [S.d.] 70 opúsculos. In-8.º E. em 7 vols.Estimada colecção ilustrada, completa, importante para a história da presença portuguesa nos seus antigos territórios coloniais, com trabalhos de interesse histórico, biográfico, etnográfico, religioso, político, etc. Colaboração de Eduardo Noronha, António Lebre, Augusto Casimiro, Maria Archer, António Carreira, Castro Soromenho, Julião Quintinha, Brito Camacho, Gastão de Sousa Dias, Manuel Ferreira, José Ferreira Martins, António Augusto Dias, Alves de Azevedo, Alves Correia, Paulo Braga, Jaime do Inso, etc. São bastante invulgares alguns opúsculos desta colecção.Encadernações editoriais.

63 — CADORNEGA (António de Oliveira de).- HISTÓRIA GERAL DAS GUERRAS ANGO-LANAS. 1680. Anotado e corrigido por José Matias Delgado. Agência Geral do Ultramar. 1972. 3 vols. In-8.º gr. de XX-629-V; VIII-595-V e XI-I-509-V págs. B.Fonte de indispensável consulta para o conhecimento do assunto tratado, tendo sido os dois primeiros volumes anotados e corrigidos por José Matias Delgado e o último por Miguel Alves da Cunha. Com numerosas estampas impressas em separado, algumas desdobráveis.

64 — CAEIRO (A. P. Fancisco) [1669-1721].- OPUSCULUM // MORALE // De Bulla Cru-ciatæ Lu- // sitana, & de Moni- // rorijs //A. P. FRANCISCO CAEYRO // Societ. JESU, // in Conimbricensi Artium // Collegio Moralis Theolo- // giæ Primario Pro- // fessore. // [Emblema da Companhia de Jesus] // EBORÆ, // Cum facultate Superiorum ex Typographia Academiæ. // Anno Domini. M. DCC. XVIII. // Cum Privilegio. In- 8.º peq. XIV-313-IV págs. E.O autor, natural da Aldeia do Mato [Reguengos de Monsaraz], entrou na Companhia de Jesus em 1686. Na Universidade de Évora, onde foi lente em filosofia, estudou retórica, filosofia e teologia. Foi também lente em Faro e Coimbra. Em Roma, onde faleceu, exerceu o cargo de Revisor-Geral dos Livros da Companhia de Jesus.Acerca desta Obra diz J. Pereira Gomes no livro «Os Professores de Filosofia da Universodade de Évora»: “A tipografia da Universidade de Évora editou-lhe, em 1718, um pequeno volume sobre a Bula da Cruzada e os Monitórios, fruto das suas aulas de teologia em Coimbra. Com os lucros esperava o P. Caeiro, quando voltasse a Portugal, construir na terra natal uma capela a fim de poupar aos mo-radores da Aldeia do Mato o incómodo de ir, aos Domingos, à sede da freguesia, que ficava distante. Obtivera para isso licença do Geral, e o P. António Franco, que tinha corrido com a edição, ia-lhe cá guardando o dinheiro apurado na venda. Na véspera da morte mandou uma carta ao P. Geral a pedir--lhe se dignasse executar aquele seu desejo, escrevendo ao P. Franco que logo fizesse construir a capela. (...) Franco não se descuidou, e a capela, dedicada a Nossa Senhora da Caridade, foi inaugurada no mês de Fevereiro de 1727.Encadernação contemporânea em pergaminho, restaurada. Entre págs. 308 até ao final, apresenta res-tauros de papel junto à lombada. (ver gravura na pág. 19)

65 — CALEPINO (Ambrogio) [1435-1511].- SEPTEM LINGUARUM // CALEPINUS. // HOC ES� // �EXICON �A�INUM, // Variarum linguarum interpretatione adjecta // IN USUM // SEMINARII PA�AVINI. // Editio septima emendatior, & auctior. // (bela gravura emblemática aberta em madeira) // PA�AVII, �ypis Seminarii. MDCC�II. // Apud Joannem Manfrè. 2 vols. In-fólio de VIII-464 e II-481-24-86 págs. E.Pela primeira vez impresso em 1502, o Dicionário de Calepino foi ao longo dos séculos XVI a XVIII

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objecto de múltiplas reedições e profundas alterações. Entre estas, a mais notável é sem dúvida a do seu percurso poliglota que terá começado na edição de Antuérpia de 1545, quando a este dicionário se acrescentou o alemão, o flamengo e o francês.Sem dúvida um verdadeiro monumento da lexicografia vernácula europeia e um dos mais importantes instrumentos da consciência plurilingue europeia.O frontispício do primeiro volume foi impresso em linhas alternadas a negro e vermelho. Os últimos grupos de páginas do segundo volume correspondem, respectivamente, a “VERBA BARBARA // Ex Calepini, Passeratii, Stephani, & Fabri �exicis expulsa” e “VOCABO�ARIO // I�A�IANO, E �A�I-NO // In questa nuova Edizione accresciuto di molte voci purgato, e ridotto // a miglior Ortografia”.Encadernações em carneira, da época, com evidentes sinais de uso.

66 — CA�IBAN. Coordenação: J. P. Grabato Dias + Rui Knopfli. Edição dos coordenadores. Impresso na �ipografia �itografia Globo, lda. �ourenço Marques. 1971 [e 1972]. 4 números em 3 cadernos In-8.� gr. B.Rara publicação moçambicana de poesia e crítica, completa, sendo duplo o último número. Colabora-dores moçambicanos: Eugénio Lisboa, Francisco de Sousa Neves, João Bettencourt da Câmara, José Craveirinha, Jorge Viegas, �indo Hlongo, Orlando Mendes, Rui Knopfli, Rui Nogar; Colaboradores portugueses; Fonseca Amaral, Glória de Sant’Anna, J. P. Grabato Dias, �eite de Vasconcelos, �ourenço de Carvalho e Sebastião Alba.

67 — CÂMARA (Manuel de Sousa da).- MONOGRAFIA DO TABACO. Lithographo Francisco H. da Costa Monteiro. �isboa. 1896. In-4.º gr. de VIII-320-�XXVI págs. E.Raríssima edição, limitada a 66 exemplares integralmente impressos pelo processo litográfico, cujo texto, manualmente desenhado, vem ilustrado com 64 estampas, duas das quais impressas em folhas desdobráveis.Martinho da Fonseca regista a edição desta Disssertação inaugural (Instituto de Agronomia e Vete-rinária) nos «Aditamentos ao Dicionário Bibliográfico Português» de Inocêncio, onde recorda que Sousa da Câmara “concluiu o respectivo curso com distinção, em 1896 (...)”.Exemplar valorizado com dedicatória do autor a Luis Filipe de Castro [2.� Conde de Nova-Gôa] engenheiro agrónomo formado pelo Instituto de Agronomia, Ministro de Estado ligado ao Partido Regenerador, deputado da Nação, vereador da Câmara Municipal de �isboa, cuja biografia se pode consultar na Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira.Encadernação recente com lombada de pele.

68 — CAMPOS (Ezequiel de).- O ENQUADRAMEN�O GEO-ECONÓMICO DA POPU�A-ÇÃO POR�UGUESA A�RAVÉS DOS SÉCU�OS. Edição «Ocidente». �ipografia da Editorial Império, �da. �isboa. [1943]. In-4º gr. de 265-VII págs. B.Obra de referência obrigatória no âmbito dos estudos da antroloplogia portuguesa desde os tempos pré-históricos a meados do século XX. Do índice: Nos tempos pré-históricos; O domínio Romano; Os germanos; O domínio Árabe; O quadro geo-económico desde o começo da conquista do território aos mouros até à ida a Ceuta; As Descobertas e Conquistas; A política do Marquês de Pombal; A polí-tica da viação; O enquadramento geo-económico actual da população portuguesa.Capa da brochura um pouco manchada.

69 — CAMPOS (Manuel Joaquim de).- NUMISMATICA INDO-PORTUGUESA. [BOLETIM DA SOCIEDADE DE GEOGRAFIA DE LISBOA. 18.ª Série. Abril a Julho de 1900. N.�s 4 a 7]. In-4.� E.Importante subsídio para a história da numismática colonial, onde o autor descreve e classifica 568 exemplares indo-porugueses cunhados entre os reinados de D. Manuel e D. Luis.Encadernação da época.

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70 — CANCIONEIRO DE ÉVORA. �ranscrito por José Pedro Machado. 1951. In-4.º peq. de 76 págs. B.�rabalho oferecido em separata do boletim «A Cidade de Évora».Dedicatória de oferta de José Pedro Machado.

71 — CAPE��O (H.) & IVENS (R.).- DE ANGO�A � CON�RA-COS�A. Descripção de uma viagem atravez do Continente Africano, comprehendendo narrativas diversas, aventuras e importantes descobertas... �isboa. Imprensa Nacional. 1886. 2 vols. In-4º peq. de XXVII-448 e XIII-490 págs. E.Uma das mais conceituadas e apreciadas obras de toda a nossa bibliografia africana de viagens, numa esmerada e muito nítida edição, impressa em excelente papel e enriquecida com numerosas gravuras talhadas em madeira e impressas nas páginas do texto e em separado, além de diversos mapas em folhas desdobráveis.Belas encadernações editoriais gravadas a negro e vermelho, com um desenhos alegóricos na lombada e nas pastas.

72 — CAPE��O & IVENS (H. - R.).- DE BENGUE��A �S �ERRAS DE I�CCA. Descrip-ção de uma viagem na Africa Central e Occidental. Compreendendo narrações, aventuras e estudos importantes sobre as cabeceiras dos rios... Lisboa. Imprensa Nacional. 1881. 2 vols. In-8.º gr. de X�V-379-I e XII-413-I págs. E.Das mais notáveis obras da bibliografia africana portuguesa, onde se descreve minuciosamente a importante expedição científica levada a cabo pelos autores, entre 1877 e 1880, organizada pela recém criada Sociedade de Geografia de �isboa.Obra bastante estimada e procurada, ilustrada com grande número de gravuras impressas no texto e em separado, mapas em folhas desdobráveis, sendo dois acondicionados nas pastas das encaderna-ções por serem de grandes dimensões.Belas encadernações originais, gravadas com ferros alegóricos a negro e a ouro. As pastas do segundo volume, apresentam no interior, junto à carcela, rasgões.

73 — CAPRICÓRNIO. Revista de Cultura, Artes e �etras. Director e peroprietário Dr. Joaquim Pereira Monteiro. [Composição e impressão Tip. Minerva Central. Lourenço Marques. 1958]. 2 números. In-4.º gr. B.Desta invulgar revista moçambicana foram publicados apenas dois números integrando colaboração activa ou passiva de Camilo Pessanha, Joaquim de Macedo, José Blanc de Portugal, Fernando de Araújo �ima, Reinaldo Ferreira, Cordeiro de Brito, João José �inoco, Fialho de Almeida, Irene Gil, Ilídio Rocha, Rui Knopfli e outros.Ilustrações a negro nas páginas do texto e a cores em folhas à parte, reproduzindo estes trabalhos de Frederico Ayres, João Ayres (retrato de Reynaldo Ferreira), José Carlos Pedrosa Pinto e Carlos Alberto (fotografia: Cristo Negro).Capas a cores de Fernando Fernandes e Antero Machado.

74 — CARACCIOLI (Louis-Antoine) [1719-1803].- A // AGRICULTURA // SIMPLIFICADA // SEGUNDO AS REGRAS // DOS ANTIGOS // Com hum PROJECTO proprio para fa- // zella reviver, como a mais proveito- // sa, e a mais facil. // Vertida em vulgar pelo �raductor // do Viajante Universal, da Historia // Romana do Dr. Goldsmith, e d’outras // Obras, no tempo de sua detençaõ em // custodia na Fortaleza de Cascaes. // �isboa. // Na �ypografia Rollandiana. // 1814. // Com Licença da Meza do Desembar- // go do Paço. In-8.º de 246 págs. E.Desconhecemos o nome do tradutor desta obra, que nelas trabalhou, como declara “no tempo de sua detençaõ em custodia na Fortaleza de Cascaes”. Primeira e cremos que única edição desta tradução.Encadernação da época, em pele, com alguns defeitos.

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75 — CARDEIRA (Luis) [1617-1684].- [Gravura com o Emblema da Companhia de Jesus cer-cado por três querubins] // SERMAM // QVE PREGOV // NA DOMINICA IN A�BIS // NO CO��EGIO DE EVORA DA COMPANHIA // de JESVS. // O R. P. MESTRE LVIS CARDEIRA // da mesma Companhia Lente de Excritura // da Universidade. // —— // EVORA // Com as licenças necessarias. // Na Suprema Officina desta Vniversidade, // Anno 1658. In-8.º de II-25-I págs. B.Innocêncio não refere este sermão, dizendo que o Padre Luis Cardeira, Jesuita, Doutor em Teologia e Lente d’Escriptura na Universidade d’Evora, nasceu na vila do Alvito, no Alentejo. Acerca dos Ser-mões dedicados ao apostolo do Oriente S. Francisco Xavier, diz o mesmo bibliógrafo: “Este volume foi publicado posthomo pelos padres do collegio d’Evora. Posto que o collector do chamado Catalogo da Academia não inscrevesse n’elle o nome do P. Cardeira, todavia os sermões d’este jesuita merecem estimação pela pureza, elegancia e propriedade de sua linguagem, e n’elles se mostra discipulo apro-veitado do P. Antonio Vieira. Este mesmo conceito ouvi fazer ha muitos annos a alguns entendidos philologos, cujo voto reputo assás auctorizado.”Primeira edição. Frontispício enquadrado por uma moldura constituída por pequenas vinhetas tipo-gráficas, encimado pelo trigrama da Companhia de Jesus inscrito em resplendor oval, cercado por três querubins. A folha 1 apresenta uma letra capital de fantasia e a última folha termina com uma xilogravura que representa um cesto de flores.

76 — CARITA (Helder) & CARDOSO (António Homem).- TRATADO DA GRANDEZA DOS JARDINS EM PORTUGAL, ou da originalidade e desaires desta arte. Círculo de Leitores [Composto em Gramond fino por Planitipo Artes Gráficas. Selecção de cores, Reproscan, Reprodução Gráfica. 1990]. In-fólio de 319-I págs. E.�lbum de luxuosa e esmerada realização gráfica, em papel de superior qualidade e ilustrado com centenas de belas fotografias a cores de António Homem Cardoso, constituindo, no seu conjunto, um trabalho fundamental para o estudo dos jardins em Portugal. Prefácio de Miguel Esteves Cardoso.

77 — CARVA�HO (António Máximo �opes de).- AGRICU��ORES I��US�RES DE POR-�UGA�. �isboa. Administração do Portugal Agricola. 1892. In-8.º peq. de 207-III págs. E.Invulgar publicação, onde o autor procurou “esboçar as biographias dos principaes agricultores por-tuguezes, fazendo ao mesmo tempo conhecer, embora mui de leve, a influencia que entre nós elles exerceram no desenvolvimento das sciencias agronomicas.”Encadernação editorial. Assinado no frontispício.

78 — CARVA�HO (Francisco Freire de) [1779-1854].- PRIMEIRO ENSAIO SOBRE HIS�O-RIA LITTERARIA DE PORTUGAL, desde a sua mais remota origem até o presente tempo, seguido de differentes opusculos, que servem para sua maior illustração. Lisboa. Na Typogra-phia Rollandiana. 1845. In-8.º de 445-I págs. B.São bastante invulgares os exemplares deste ensaio de literatura portuguesa, um dos muitos trabalhos literários publicados por Francisco Freire de Carvalho. O autor, irmão de José �iberato Freire de Carvalho, ocupou, entre outros importantes cargos, o de cónego da Sé Patriarcal de Lisboa; por razões políticas emigrou para o Brasil, tendo regressado depois de restabelecido o governo constitucional.A obra anunciada, disse José Silvestre Ribeiro, “parece principalmente destinada a mostrar a sem razão com que alguns escriptores estrangeiros tem tractado a nação portugueza, tachando-a de igno-rante, e de atrazada em todos os ramos de conhecimentos uteis. Todavia é bastante noticiosa, e revela uma grande e bem digerida erudição”.Com as margens intactas. Desconjuntado.

79 — CARVA�HO (Inácio de) [1636-1682].- COMPENDIUM // �OGICÆ // CONIMBRI-SENSIS // E SOCIETATE JESU. // [gravura com o ex-libris da Academia Eborensis] // Distribuitor in Disputationes octo. // Prima agit de Proæmialibus. Secunda de Universalibus in Genere. // Tertio de Universalibus in Specie. Quarta de Prædicamentis. // Quinta de Interpre-

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tatione. Sexta de Priori Resolutione. // Septima de Posteriori Resolutione. Octava demun, de Topicis, & Elechis. // —— // Cum facultate Superiorum. // Typographia Academiæ Eborensis. Anno Dñi M. DC. �XXXIII. In-8.º gr. de XXIV-522 [aliás 520] págs. E.Sobre o autor diz Barbosa Machado que nasceu em Montemor-o-Novo [Évora] “em cujo Colegio abraçou o instinto de Iesuita a 24 de Dezembro de 1651. a tempo que tinha 15 annos de idade, e frequentava o curso de Filosofia. Nesta Universidade aprendeo, e dictou letras humanas, Rhetorica, e Filosofia. Recebido, o grao de Doutor em a sublime Faculdade da �heologia foy �ente da Sagrada Escritura. Todas as produçoens da sua penna mereceraõ universal aplauzo naõ se conhecendo excesso de humas a outras por ser igualmente insigne nas letras amenas, e severas. Nos poemas era elegante, nas Oraçoens eloquente, e nas Postillas profundo. (...)”.No livro «Os Professores de Filosofia da Universidade de Évora», João Pereira Gomes, acerca de Iná-cio de Carvalho dá pormenorizada nota biográfica e registo das edições impressas entre 1677 e 1683 do Compendium Logicæ, salientando a existência de duas edições impressas em 1683 com o mesmo re-gisto tipográfico. �rata-se das terceira e quarta edições, indiscutivelmente com diferentes composições tipográficas que facilmente se distinguem uma vez que no frontispício da 3.ª edição diz: Ex Typographia, enquanto que na edição que apresentamos, a 4.ª, diz apenas Typographia.Edição bastante invulgar, classificada na Bib. Pub. Municipal do Porto como Impresso raro, documen-tada com uma gravura, impressa em folha própria, que ilustra o capítulo De Divisione Universalis in suas species”.Encadernação contemporânea inteira de pele, com monograma de posse na lombada “M.C.F.” e sinais de uso. Com pouco importantes vestígios de traça entre as págs. 167 a 172. (ver gravura na pág 23)

80 — CARVA�HO (Joaquim Barradas de).- �A �RADUC�ION ESPAGNO�E DU “DE SI�V ORBIS” DE POMPONIVS ME�A PAR MAI�RE JOAN FARAS E� �ES NO�ES MARGI-NALES DE DUARTE PACHECO PEREIRA. Junta de Investigações do Ultramar. Lisboa. 1974. In-4º gr. de 248-II págs. E.Estudo de assinalável interesse para a história das origens do importante livro “De Sitv Orbis” de Duarte Pacheco Pereira, documentado com facsímiles de manuscritos antigos impressos em separado. Das excelentes edições do “Centro de Estudos de Cartografia Antiga” da Junta de Inves-tigações do Ultramar.Encadernação editorial, com sobrecapa ilustrada.

81 — CARVA�HO (Porfírio Hemetério Homem de).- PRIMEIRAS �INHAS DO DIREI�O AGRARIO DES�E REINO. �isboa: Na Impressão Regia. Anno 1815. In-8.º gr. de 58-[II] págs. B.Esta rara e curiosa obra não vem registada em nenhum dos três volumes de Inocêncio onde constam outros trabalhos do autor. Do índice: Secção I. Das �erras do Soberano, Das �erras dos Vassallos, Do tombo ou Demarcação, Das Sesmarias, Dos Tributos, Das Servidões; Secção II. Das Plantas: Trigo, Palha, Arroz, Linho, Urzella, Tabaco, Assucar; Dos Arbustos: Anil; Das Arvores: Arvores em geral, Sovereiros, Sabugueiros, Oliveiras, Amoreiras, �aranjeiras; Da vinhas e suas producções: Vinhas, Vinhos; Das Pastagens; Secção III. Dos privilegios concedidos aos lavradores, Dos Damninhos; Secção IV. Dos Animaes da Pesca, Dos Animaes de Caça, Dos Animaes Bravos, Dos Animaes Domesticos: Gado, Cavallos, Egoas, Mulatos, Porcos, Cabras, Ovelhas, Lãs, Couros; Dos Insectos: Abelhas, Bichos de seda; Das Coimas.

82 — CAS�I�HO (Artur) & SÉRGIO (António).- MANUA� DE INS�RUÇÃO AGRÍCO�A NA ESCOLA PRIMÁRIA. [BIBLIOTECA DE EDUCAÇÃO]. Compilação e Adaptação de ... Advertência de António Sérgio. Edição da «Renascença Portuguesa». Porto. [1916]. In-8.º de 201-VII págs. E.A erudita e extensa «Advertência» de António Sérgio desenvolve-se até págs. 61.Encadernação editorial.

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83 — CAS�RO (Estevão de) [1575-1639].- BREVE // APPARE�HO, E MODO // facil pera ajudar a bem mor- // rer hum Christam. // Com a recopilação da materia de // testamentos, & penitencia; varias // Oraço~es devotas, tiradas da // Escriptura Sagrada, & do // Ritual Roma-no de N. S. // P. Paulo V. // Composto pello Padre Estevam de Ca- // stro, Sacerdote professo da Compa- // nhia de Jesu. Acrescentado nesta // segunda impressam pello // mesmo Autor. // –––– // EM EVORA. [sic] // Com todas as licenças necessarias. // Na Officina da Universidade. // Anno 1672. In-8.º de XXIV-336 págs. E. Pela primeira vez dada à estampa em 1621, esta muito popular e curiosa obra do jesuíta Estevão de Castro é especialmente estimada “pela correcção de sua linguagem, e limpeza de phrase”.Embora no frontispício venha a indicação de segunda impressão, sabemos que para além da edição princeps, a obra foi reimpressa em 1627, 1637 (ou 1639) e 1670, sendo esta portanto, salvo erro, a quinta ou sexta da ordem geral.Consultadas as principais fontes bibliográficas [Innocêncio, Pinto de Matos, Sommervogel, Gil do Monte, Gusmão C. Arouca, etc.] verificamos a existência de três impressões distintas, datadas de 1672 e com a indicação de terem sido impressas na Officina da Universidade de Évora. Confrontadas estas edições, constatamos evidentes diferenças, quer no frontispício, nos caracteres tipográficos ou nos elementos iconográficos utilizados. �ambém os erros de paginação distinguem as diferentes edições. Por tudo isso julgamos tratar-se de edições clandestinas ou de contrafacção da edição original. Encadernação de pele inteira, antiga, com vestígios de traça na lombada.

84 — CASTRO (D. João de) [1500-1548].- ROTEIRO DO MAR ROXO DE DOM JOÃO DE CASTRO. Ms. Cott. Tib. Dix da British Library. Introdução de Luís de Albuquerque. Edições Inapa. �isboa. 1991. In-fólio de IV-91-X�I págs. E.Primorosa edição fac-similar policromada de um grande documento da cartografia das navegações portuguesas do século XVI, acompanhado de um erudito e extremamente minucioso trabalho pre-liminar de Martim de Albuquerque. A edição, muito bela e irrepreensível como todas aquelas com que a Inapa tem vindo a enriquecer o património cultural e artístico português, assenta sobre excelente e muito encorpado papel couché de 175 gramas.Encadernação em tela com dizeres dourados e aplicação de uma estampa policromada pertencentes ao manuscrito reproduzido e estojo em cartolina também com dizeres e a mesma estampa.

85 — CASTRO (D. João de) [1500-1548].- TÁBUAS DOS ROTEIROS DA ÍNDIA DE D. JOÃO DE CASTRO. Fac-símile do Códice 33 do Cofre da Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra. Edições Inapa. �isboa. 1988. In-fólio de IV-12-XXXIX págs. E.“O álbum que neste volume se reproduz, inclui vinte e nove das trinta e uma tábuas, na sua maioria esboços hidrográficos, que deviam ilustrar os textos de duas obras de D. João de Castro, geralmente conhecidas por Roteiro de Goa a Diu (ou, alternativa menos usual Primeiro Roteiro da Costa da Índia) e Roteiro do Mar Roxo (este com muita frequência designado também por Roteiro de Goa ao Suez)”; “(...) os desenhos são de primoroso traço e bem aguarelados, mas nenhum deles foi assinado”.Edição de magnífica realização gráfica, com todas as estampas reproduzidas nas suas cores originais. �iragem limitada a 2000 exemplares, há muito tempo esgotados.Encadernação editorial inteira de seda sintética, com aplicação de títulos a ouro e uma estampa poli-cromada pertencente ao valiosíssimo códice reproduzido.

86 — CA���OGO DE MONEDAS ARABIGAS ESPAÑO�AS QUE SE CONSERVAN EN E� MUSEO ARQUEO�OGICO NACIONA�. Publicado siendo Director del mismo D. Juan de Dios de �a Rada y Delgado. Madrid. Establecimiento �ipográfico de Fortanet. 1892. In-4.º de XXIV-264 págs. E.Importante Catálogo, com interesse para o estudo das moedas árabes que circularam na Peninsula durante a dominação maometana, cremos que ainda hoje reunidas na monumental colecção do Museu Arqueológico Nacional de Madrid, um dos mais importantes museus de antiguidades do Mundo.Encadernação editorial em cartão.

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87 — CATECISMO // DE // AGRICULTURA, // EXTRAHIDO DOS ANNAES DAS SCIEN- // CIAS, DAS ARTES, E DAS LETRAS, // PUBLICADOS POR HUMA SOCIEDADE // DE PORTUGUEZES RESIDENTES EM // PARIS. // PARTE I. // [marca do editor: F. B. O. M. MECHAS] // LISBOA, // NA TYPOGRAFIA ROLLANDIANA. // 1819. // Com Licença da Meza do Desembar- // go do Paço //—— // Vende-se em Casa do Editor F. B. O. de M. Mechas, no �argo do Caes de Sodré. In-8.º peq. de II-114 págs. B.Curiosa e invulgar publicação, não registada por Innocêncio, mas cujo editor vem descrito com algum pormenor no Diccionário Bibliográphico Portuguez.“Francisco Baptista Oliveira de Mesquita, o Mechas. N. na provincia da Beira, de paes pobres, e veio para �isboa procurar fortuna pelos annos de 1804. O seu primeiro negocio foi o trafico das mechas, de que hoje poucos leitores do Dicc podem fazer idéa, mas que era pouco mais ou menos comparavel ao que tem sido modernamente o dos phosphoros. (...) Como fosse ladino e muito esperto, conseguiu náquella especie de industria lucros que em breve o habilitaram para estabelecer-se com uma casa de compra e venda de livros novos e usados, a qual teve em Lisboa por alguns annos, (...), estendendo e generalisando o seu commercio até ás provincias ultramarinas. (...) �endo-se mostrado no período constitucional de 1820 a 1823 affeiçoado ás doutrinas liberaes, creio que d’ahi lhe proveiu tal ou qual perseguição, que o obrigou a largar o trafico, e não sei se a homisiar-se ou a emigrar.Cremos que desta obra apenas foi publicada a primeira parte.Exemplar “Offerecido á Sociedade Funchalense dos Amigos das Sciencias e Artes pelo seu socio effectivo o Dr. Lourenço José Moniz (...)”.

88 — CAVAZZI DE MON�ECÚCCO�O (João António).- DESCRIÇÃO HIS�ÓRICA DOS TRÊS REINOS DO CONGO, MATAMBA E ANGOLA. Tradução, notas e índices pelo Pe. Gra-ciano Maria de �eguzzano, O. M. Cap. Introdução biobibliográfica por F. �eite de Faria. Junta de Investigações do Ultramar. �isboa. 1965. 2 vols. In-4.º gr. de �VIII-428-II e VIII-492-II págs. E.A obra, agora pela primeira vez integralmente publicada em português com abundantes notas devidas ao capuchinho italiano Graciano Maria de Leguzzano, “teve a sua 1ª edição, em italiano, no ano de 1687, e nela se referem os trabalhos missionários das Capuchinhos, de 1645 a 1670, nessas regiões, e se dão minuciosas informações, de muito valor, nos aspectos geográfico, etnográfico e histórico.” Desenvolvida introdução bibliográfica escrita por Frei Francisco �eite de Faria.Edição muito cuidada, ilustrada com as reproduções das interessantíssimas gravuras que na edição original foram abertas em chapa de cobre, edição que saíu sob a égide do “Agrupamento de Estudos de Cartografia Antiga” da Junta de Investigações do Ultramar. Encadernações editoriais, com sobrecapas de protecção.

89 — CAYON (Juan R.) & CASTAN (Carlos).- LAS MONEDAS ESPAÑOLAS DESDE LOS REYES VISIGODOS AÑO 406 A JUAN CAR�OS. I. [1983]. In-4.º de 930-II págs. E.Obra de grande utilidade para comerciantes e coleccionadores, pela primeira vez publicada em 1973 e agora ampliada.“ (...) ahora llegamos a la catalogación de las monedas previsigodas y visigodas, com lo que consegui-mos poner por primera vez en el mundo un libro que estudia las monedas acuñadas en un país en un lapso de mil seiscentos años llenos de historia. �a Hispania germana está así al alcanse de los curiosos y coleccionistas, con lo que esperamos que esta serie tenga desde ahora todo el favor que merece su enorme interés histórico.”Encadernação editorial.

90 — CHORRO (Bartolomeu Rodrigues).- CURIOSAS // ADVER�ENCIAS // DA BOA // GRAMMATICA // NO COMPENDIO. E EXPOSIC,AM // Do P.Manoel Alvares,em Lingoa Portugueza // [Gravura com a Virgem e o Menino ao colo, padroeira da cidade do Porto] // COMPOS�O // POR BAR�HO�OMEU RODRIGUES // Chorro, natural da Villa de Maçaõ. //

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—— // POR�O: // Na Officina de Manoel Pedroso Coimbra, // Anno de 1745. // Com todas as licenças necessarias. In-8.º peq. de 276 págs. E.Obra pela primeira vez impressa em 1619, em �isboa nas Oficinas de Jorge Rodrigues, cujas inúmeras reedições confirmam a utilidade que teve para o estudo da Arte do Padre Manuel Álvares. Esta, com a curiosa particularidade de ter sido impressa em Coimbra, para servir na cidade do Porto, conforme se pode depreender da leitura do frontispício.Encadernação contemporânea em pergaminho cartonado, sem qualquer restauro. Com um corte longitudinal no pé da última folha que não ofende a mancha tipográfica.

91 — CINA��I (Ruy).- ARCHEO�OGIA AD USUM ANIMAE. Com Posfácio de Jorge Fazenda �ourenço. Editorial Presença. [�isboa. 2000]. In-8.º gr. esguio de 173-III págs. B.Primeira edição de um dos bons livro de poesia de Ruy Cinatti, “o último dos livros inéditos (...) orga-nizados pelo poeta no final dos anos 60”, livro integrante da cuidada e criteriosa «Colecção forma».

92 — CINA��I (Ruy).- CONVERSA DE RO�INA. Sociedade de Expansão Cultural. �isboa. 1973. In-8.º gr. de 95-IX págs. B.Primeira edição deste estimado livro de poesia de Ruy Cinatti, figura de destaque na �iteratura Portuguesa contemporânea. Integrado na colecção «Convergência».

93 — CINA��I (Ruy).- CRAVO SINGU�AR Narrando directa & alusivamente os verídicos & notáveis Acontecimentos ocorridos em �êmporas de florida Revolução unívoca com variadas Modalidades a-propósito & outras Considerações oportunas & proféticas algo adaptáveis a Discur-sos patrióticos, Comícios, Meditações de partido, de Indivíduo & de Pessoa, Leituras escolares, Música de Café-Concerto, Marchas populares, Homenagens, Homilias, etc., etc. �udo corrigido em Estilo poético pelo dito... Autor de BORDA D’A�MA & de outros Avisos Com Afiliação política em Lisboa, na Ilha de Timor & noutras, perto ou longe, congraçadas Partes. Compõe-se de OS 25 DIAS MENOS ÍNTIMOS, AS DUAS FACES DA LUA, TESTEMUNHO PARA UM FU�URO. [vinheta de Manuela Costa]. Em �isboa, 1974, Na oficina dos antigos «Cadernos de Poesia». [Oficinas Gráficas da �ivraria Editora Pax, �da. Braga]. In-4.º de 24 págs. BSão bastante raros os exemplares deste livrinho de poesias de Ruy Cinatti publicado com motivo no 25 de Abril. Primeira edição.Vinheta da capa da brochura de Manuela da Costa.

94 — CINATTI (Ruy).- [DACTILOESCRITO]. DOMINGO DE RAMOS _ DIA DO BURRO; NOVO SA�MO 118 (VU�GA�A) (poemas 1, 3, 5, 4); DESCOBRIMEN�O. 2 ff. A4 dactilografadas.Duas folhas dactiloscritas com os poemas acima descritos, assinados pelo poeta e com um acrescento manuscrito no poema «Domingo de Ramos - Dia do Burro».

95 — CINA��I (Ruy).- [DAC�I�OESCRI�O] O MINIS�ÉRIO poema sério-jocoso em um canto só por... autor de O Borda d’Alma e outra maralha poética. Lisboa 1970. 11 ff. A4 dactilografadas.Dactiloescrito composto pelo poema «O Ministério», datado de 1970, assinado e com acrescentos manuscritos pelo autor e de outros poemas sujeitos ao título genérico «�estemunho para o Futuro», datado de Lisboa, 1974 - Depois de 25 de Abril, todos assinados pelo punho do Poeta.

96 — CINATTI (Ruy).- [DACTILOESCRITO]. 5 folhas A4 dactilografadas.Cinco folhas dactiloscritas com os seguintes poemas, todos datados de 1976-1977, assinados pelo Poeta: Singularidade; Lembrando Rilke; Continuidade; Progresso; Verificação; Destino; Virtudes da Raça; Memória Antiga; Milagre; Costumes de Agora; Apocalipse; Almas do Purgatório; Santidade;

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Políticas; Fraternidade; Espectáculo; Igualdade; O Prémio; Um Anjo da Guarda; Conversa Ouvida; Sem Título; Sinal dos Tempos; A Voz da Verdade; Condição; A Demissão de Lopes Cardoso; Discos Voadores; Romantica; Estado d’Alma; Factos; Momento num Café; Comemoração; Paisagem; No-tação Sociológica; Estado do Tempo; Canção; Declaração; Para um Cabo-Verdiano; Acontecimento.

97 — CINATTI (Ruy).- IMPORT-EXPORT Memória descritiva & caderno de encargos dos Factos, Argumentos, Suposições, Hipóteses, Boatos, Etc. que os pós-Tempos do 25 de Abril estão suscitando a muitos Portugueses e Estrangeiros com variadas Modalidades a propósito — Pessoas, Coisas e Animais — Contas à vida, adrede Fantasias & outras Considerações oportunas e proféticas Tudo disposto para Referência aos Momentos cronológicos, dialéticos e emocionais & redigido em Estilo poético dito RUY CINA��I Afiliado a dois Movimentos & a nenhum Par-tido, por enquanto, mas Cidadão eleitor desta Cidade com Firma na Ilha de Timor para sempre Autor entre outros Escritos éditos & inéditos de BORDA D’A�MA, CRAVO SINGU�AR & O A FAZER, FAZ-SE. [vinheta de Maluda]. Em �isboa, 1974. [Grafilarte, Artes Gráficas, �da. �gueda. 1976]. In-4.º de 36 págs. BReedição da primeira impressão, publicada em 1974.Edição do autor, de limitada tiragem.Vinheta da capa da brochura de Maluda.

98 — CINA��I (Ruy).- �EMBRANÇAS PARA S. �OMÉ E PRÍNCIPE. 1972. Évora. 1979. [Edição do Instituto Universitário de Évora. Composto e impresso na Evoratipo. 1979. In-4.º de 71-V págs. B.Raro livro de poesia de Ruy Cinatti, nome dos mais representativos da poeia portuguesa con-temporânea.

99 — CINA��I (Ruy).- O �IVRO DO NÓMADA MEU AMIGO. Desenhos de Hansi Stael e um poema de Sophia de Mello Breyner Andresen. Guimarães Editores. [1958]. In-8.� gr. de 74-IV págs. B.Primeira das duas edições de um dos mais importantes livros do autor, integrado na muito prestigiada «Colecção Poesia e Verdade».

100 — CINA��I (Ruy).- MEMÓRIA DESCRI�IVA. Portugália Editora. �isboa. [1971]. In-4.º de 130-X págs. B.Primeira edição, muito invulgar, integrada na «Colecção Poetas de Hoje».COM AMIS�OSA DEDICA�ÓRIA DO POE�A PARA �RIO AZEVEDO.

101 — CINATTI (Ruy).- NÓS NÃO SOMOS DESTE MUNDO. Cadernos de Poesia. Lisboa. 1941. [�ipografia da �iga dos Combatentes da Grande Guerra]. In-8.º de 119-I págs. B.Livro de estreia de um dos mais representativos e originais poetas portugueses contemporâneos, fundador dos «Cadernos de Poesia» e da revista «Aventura».COM DEDICATÓRIA DO AUTOR.Capa da brochura com vestígios de acidez.

102 — CINA��I (Ruy).- O A FAZER, FAZ-SE antes que o Cálculo nos disfarce & digamos que não é bem assim o que foi assim mesmo & O a fazer deixe de fazer-se & O que escrevi sobre esta modesta Meditação quotidiana deixe de publicar-se & Ninguém saiba o que um Poeta está ruminando sobre os pós-Tempos do 25 de Abril & os verídicos & fantasiosos Acontecimentos que Os preencheram. Com variadas Modalidades a-propósito — Pessoa, Coisas, Animais —

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& outras Considerações oportunas e proféticas Tudo disposto para Referência aos Momentos cronológicos & corrigido em Estilo poético pelo dito RUY CINATTI Testemunha atenta, vene-radora e obrigada Ci9dadão Eleitor desta Cidade com Firma na Ilha de Timor Comparticipante em dois Movimentos & Autor de BORDA D’A�MA e CRAVO SINGU�AR [vinheta de Ma-luda] �isboa, 1974. [Grafilarte, Artes Gráficas, �da. �gueda. 1976]. In-8.º gr. de 39-I págs. BReedição da primeira impressão, publicada em 1974. Edição do autor de limitada tiragem.Vinheta da capa da brochura de Maluda.

103 — CINA��I (Ruy).- PAISAGENS �IMORENSES COM VU��OS. Nota de Abertura de Jorge de Sena. Notas Aproximativas a Alguns Poemas e Uma Advertência. Poesia [Relógio d’�gua Editores. 1996]. In-8.º de 152-VIII págs. B.Da Nota de Abertura de Jorge de Sena: “Neste, como nos seus outros livros, o que importa e vale é o poeta que os escreve. Bem, mal? Isso são categorias que só servem para os poetas que falam com vozes emprestadas, e não para os que, em décadas de honestidade, criaram a sua mesma.”. IN�ERESSAN�E DEDICA�ÓRIA DO AU�OR PARA �RIO DE AZEVEDO.

104 — CINA��I (Ruy).- POEMAS ESCO�HIDOS. Selecão e Prefácio de Alberto de �acerda. Cadernos de Poesia. �isboa. 1951. In-8.º gr. de 133-III págs. B.Alberto de Lacerda: “Nesta antologia que eu organizei para Ruy Cinatty, reuni alguns dos poemas que me pareceram mais equilibrados e significativos na sua obra. Se a escolha foi justa, terei ajudado a vincar os traços essenciais do retrato do Poeta: imagem misteriosa de Beleza, itinerário de Aventura que ensina a não trair a Vida.” Edição cuidada, em papel muito encorpado e em provável reduzida tiragem.

105 — CINA��I (Ruy).- O �ÉDIO RECOMPENSADO. Guimarães Editores. [1968]. In-8.º gr. de 94-I págs. B.Primeira edição de um dos invulgares livros deste destacado poeta contemporâneo, livro que foi publi-cado na «Colecção Poesia e Verdade», alfobre de muitos e grandes poetas portugueses.

106 — CINA��I (Ruy).- �IMOR - AMOR OU DE COMO SEN�INDO O QUE FUI VEN-DO E OUVINDO PROC�AMO A��O & BOM SOM O QUE PENSO NES�E MOMEN�O HIS�ÓRICO EM QUE �ODOS DEVEM SEN�IR, OUVIR, VER, MEDI�AR PARA PODER AGIR. �UDO REDIGIDO EM ES�I�O POÉ�ICO PE�O DI�O RUY CINA��I. Autor de (...) [Vinheta de Maluda]. �isboa, 1974. [Composto e impresso na Gráfica Maiadouro - Vila da Maia - e acabou-se de imprimir em Dezembro de 1974]. In-4.º de 16 págs. B.Edição do autor, de reduzida tiragem. Vinheta da capa da brochura de Maluda.CURIOSA DEDICA�ÓRIA DO POE�A PARA SEU AMIGO �RIO DE AZEVEDO.

107 — CINA��I (Ruy).- UMA SEQUÊNCIA �IMORENSE. Editora Pax. Braga. 1970. In-8.º gr. de 90-VI págs. B.“Os poemas desta colectânea pertencem a Timor e testemunham experiências de vida que, embora passadas, ainda não deixaram de se fazer sentir com a aparência do que é actual. (...)” Volume dado a lume na «Colecção Metrópole e Ultramar».IN�ERESSAN�E DEDICA�ÓRIA DO AU�OR A SEU AMIGO �RIO AZEVEDO.

108 — CINATTI (Ruy) & PORTUGAL (José Blanc de).- BORDA D’ALMA Narrando alusiva-mente os verídicos & notáveis Acontecimentos ocorridos em �êmporas de Eleições nacionais com variadas Modalidades a-propósito — Pessoas, Coisas & Animais — & outras considera-ções oportunas & proféticas, Tudo corrigido em Estilo poético pelo dito Ruy Cinatti, Cidadão

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112 - ver pág. 32

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eleitor desta Cidade, com Firma na Ilha de Timor. Precedidos de OS MELHORES ANOS DA NOSSA VIDA, Poema grande ocorrido anteriormente ao mesmo Crónista. �udo seguido por DIVER�IMEN�O CON�RAPON�ÍS�ICO de José Blanc de Portugal, �ratadista de muitos Engenhos & Doenças, que interpolou nalguns dos Poemas acima Versos de Sua Autoria. Em �isboa, 1973 Na Oficina dos antigos «cadernos de Poesia». [Acabou de se imprimir em Setem-bro de 1973, nas oficinas Gráficas da �ivraria Editora Pax, �da. Braga]. In-4.º de 32 págs. B.No verso dos dizeres acima transcritos: «Edição d’Autor — Fora do mercado — (A 1.ª edição desta obra data de 1970 e foi ciclostiada)” Folheto de curiosa e popular apresentação gráfica, muito raro.EXEMP�AR VA�ORIZADO COM DEDICA�ÓRIA DO POE�A A �RIO AZEVEDO.

109 — COE�HO (António Domingos Simões).- NVM�RIA DA �USI�ÂNIA. A História pelas Moedas ou uma História da �usitânia, dos Romanos e dos Visigodos, como nunca se fez em língua portuguesa. Edição comparticipada e revista pelo Dr. Leonel Ribeiro. Lisboa. 1972. (Simão Guimarães. Porto). In-4.º de 267-I págs. B.“A par de lúcida compendiação de assuntos já tratados por outros autores, a obra contém novidades, quer na apreciação e classificação de certos numismas, quer naquilo que bem poderia chamar-se interessante leitura da história imperial romana nas moedas de cada um dos imperantes. Por tudo e em tudo, esta Numária da Lusitânia ocupa assinalado lugar na historiografia numismática”, segundo Damião Peres numa nota sobre “O autor e o Livro”. Profusamente ilustrado.

110 — CO�AÇO (Maria Rosa) & GAGEIRO (Eduardo).- ES�AS CRIANÇAS AQUI. Edição Especial para o Ano Internacional da Criança. [Terra Livre. Lisboa. 1979]. In-4.� quadrado de 96 págs. E.Edição cuidada, profusamente ilustrada com reproduções fotográficas de Eduardo Gageiro, desenhos e orientação gráfica de �òssan. Para além das 96 páginas acima descritas, a edição é composta por mais IV (de reduzidas dimensões) com um «Preâmbulo» e a «Declaração dos Direitos da Criança».Encadernação com lombada e cantos de pele decorada com nervuras e ferros dourados. Conserva as capas da brochura.

111 — CO�ECÇAM // DAS AN�IGVIDADES // DE EVORA // ESCRIP�AS POR // ANDRE DE REZENDE, // DIOGO MENDES DE VASCON- // CELLOS. // GASPAR ESTAÇO, // Fr. BERNARDO DE BRITO, // E MANOEL SEVERIM DE FA- // RIA. // FEITA // POR BEN-�O JOZÉ DE SOUZA FARINHA // ... // �ISB. Na Offic. de Filippe da Silva e Azev. // Anno M.DCC.�XXXV. In-8.º peq. de 180 págs. E.Nesta Obra, dedicada por Bento J. da Rosa Sousa e Farinha ao Senado de Évora, foram reimpressos alguns dos mais notáveis textos antigos sobre assuntos eborenses. De Bento Farinha, ilustre aluno da Universidade de Évora, onde concluiu em 1755 o curso de Filosofia, são as traduções de dois textos de Diogo Mendes de Vasconcelos, cónego e inquizidor em Évora, publicados em �atim em 1593 e naquela cidade por Martim de Burgos. [Vida do Lecenceado Andre de Rezende e Livro V. Do Mvni-cipio Eborense]; inclui ainda esta curiosa colecção textos de Gaspar Estaço [Varias Antigvidades de Portugal. Impressas em �isboa em 1625]; Fr. Bernardo de Brito [Chronica de Cister. �ivro V]; e um Elogio de Évora de Manoel Severim de Faria.Encadernação recente em material sintético.

112 — COLLECÇÃO DE INSTRUCÇÕES SOBRE A AGRICULTURA, ARTES, E INDUS-TRIA. (...) LISBOA, NA TYPOGRAPHIA DA ACADEMIA REAL DAS SCIENCIAS. 1831. In-8.º de II-II-IV-260 págs. e IX litografias. E.Curiosa colecção, composta por XIV números ou folhetos datados entre 1831 e 1832, num total de 260 págs. com IX litografias impressas à parte, em folhas desdobráveis. Segundo Innocêncio “Inter-

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rompeu-se a publicação no numero XVI [aliás XIV], julgo que em consequencia da mudança politica sobrevinda em 1833.“O redactor principal encarregado d’este trabalho era o academico A. A. Vandelli (...), mas consta que outros consocios o coadjuvaram, fornecendo alguns artigos para a collecção, composta na quasi totalidade de extractos e noções colhidas nos jornaes scientificos estrangeiros.”.Entre os principais trabalhos publicados, destaca-se o primeiro de A. A. Vandelli intitulado «Instrucções sobre a Cultura do Pastel e Extracção do seu Anil», ilustrado com uma bela litografia com um desenho que representa a respectiva planta; seguem-se outros artigos, alguns dos quais também ilustrados com litografias dos quais destacamos os seguintes: «Methodo de fabricar a manteiga, e de a conservar, ou salgar»; «Noticia sobre a fabricação do Azeviche»; «Modo de salgar a manteiga usado em Inglaterra»; «Apontamentos para a biographia dos artistas portuguezes»; «Noções sobre o conhecimento dos terre-nos, relativamente à agricultura»; «Notíci sobre as máquinas movidas pela maré»; «Notícia sobre alguns produtos da cultura das vinhas que se desprezão e que se devem aproveitar»; «Método usado em Italia para extrair Azeite do bagaço das uvas»; «Notícia sobre o modo de fabricar o papel com palha, e outros vegetaes, e sobre a preparação dos trapos que servem para o papel»; «Modo de tingir o papel, e de o fazer semelhante ao marroquim»; «Do plano inclinado, ou carrinho volante»; «Noções sobre a cultura, e pre-paração do linho em diferentes terras deste Reino»; Carta de embargo sobre os linhos caneves e sobre se fazerem delles as emxarcias. Provincia do Minho (Comarca de Penafiel e Guimarães), Provincia de �rás-os-Montes (Comarca de Bragança, Miranda, �orre de Moncorvo, Vila Real e Pinhel), Provincia da Extremadura (Comarca de Ourém), Provincia do Alentejo (Comarca de Elvas, Portalegre, Vila Viço-sa),»; «Máquina para varrer as ruas»; «Atafona para moer trigo»; «Máquina para espadelar o linho»; «Da conservação dos frutos da terra preservando-os da acção do ar, agua e calor»; «Instrucção sobre a água considerada como força motriz»; «Notícia sobre os poços artesianos, holandeses ou furados»; «Modo de fazer os queijos de batatas»; «De um engenho de fiar algodão que é movido com ratos»; etc.Encadernação não contemporânea com lombada de pele. Com assinaturas de posse.(ver gravura na pág. 31)

113 — CONGRESSO VINICO�A NACIONA� EM 1900 — Relatorio Geral. �isboa. Imprensa Nacional. 1902. In-4.º gr. de IV-380-IV págs. B.Importantíssimo Relatório com interesse para a bibliografia vinícola portuguesa, em particular para a história do combate à grande praga de filoxera que em meados do século XIX se abateu não só em Portugal mas em toda a Europa vitivinícola levando a indústria vinícola à ruína.Para além da transcrição das respectivas Actas e documentação, a edição transcreve em Apendice comunicações das quais destacamos: «�iberdade da venda do alcool — Sua influencia sobre o con-sumo dos vinhos e seus efeitos sobre a saude da população da região de �orres Vedras», [Hermínio Duarte Ferreira]; «Influencia do imposto do real de agua e do imposto de consumo em �isboa sobre a viticultura do país» [Silvério Botelho de Sequeira]; «Estudo comparativo entre a pasteurização e alcoolização dos vinhos da região de �orres Vedras» [Eugenio �ibanio Nogueira Dias]; «Memória sobre a cultura da vinha em �homar» (Joaquim Augusto Pessoa de Amorim Rosa].No final apresenta um muito útil «Índice dos Oradores», indexando as suas intervenções às páginas onde estas foram publicadas. Entre estes figuram os nomes de Alfredo Barjona, Cincinnato da Costa, Conde de Bertiandos, Oliveira Feijão, Henrique de Mendia, I. Emauz do Casl Ribeiro, Jaume de Séguier, J. Guilherme Macieira, M. Duarte Guimarães Pestana da Silva, M. Gomes da Silva, Mariano de Carvalho, Visconde de Chanceleiros, Visconde de Coruche, Visconde de Mangualde, Visconda da Ribeira Brava, D. Luis de castro, etc. etc.Capa da brochura imperfeita, com assinatura de posse do Prof. D. Luiz de Castro, também ele orador neste Congresso.

114 — CONS�I�UIÇOENS // DO // ARCEBISPADO // DE // EVORA, // Originalmente feitas por Mandado do // (...) // D. JOAÕ DE MELLO // Arcebispo do dito Arcebispado Año de 1565. // Novamente impressas por Ordem do // (...) // D. FR. MIGUE� DE �AVORA // Da Ordem dos Eremitas de S. Agostinho // Arcebispo de Evora. [brazão de armas eclesiástico] // EVORA // Na Officina da Universidade Anno de M.DCC.�III. // In-4.º gr. de XX págs. prels. inums. 192-284 nums. e II ff. inums. E.

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Estimada e cuidada reedição, com o frontispício impresso a negro e vermelho, ornado com o brasão eclesiástico de D. Frei Miguel de �ávora, Arcebispo Évora nomeado em 1741, cuja preocupação se distinguiu não só com a disciplina do seu clero, como com a atenção que dedicou à pobreza, aplicando nesta luta grande parte dos rendimentos da Mitra. A perseguição do Marquês de Pombal à família �ávora levou-o a mudar o seu apelido para Sousa.Da Tabuada transcrevemos os respectivos Títulos ou Partes: Do Sacramento do Baptismo; Do Sacramento da Confirmaçaõ; Do Sacramento da Confissaõ; Do Sacramento da Communhaõ; Da Extremaunçaõ; Dos Santos Oleos; Do Sacramento das Ordens; Do sacramento do Matrimonio; Das Festas de guarda; Da vida, e honestidade dos Clerigos; Dos Priores, e Curas; Dos Raçoeiros, e Beneficiados de Benefi-cios simplices; Dos Benefiocios, e serventias das Igrejas; Dos enterramentos, saimentos, e Missas de defunctos; Da Immunidade das Igrejas, e exempçaõ das pessoas Ecclesiasticas; Dos ornamentos do Altar, e como se haõ de alimpar, e concertar os Altares, e Igrejas; Da prata das Igrejas, e dos bens, e proprios dellas; Dos emprazamentos; Dos dizimos, e primicias; Dos testamentos; Dos testamentei-ros, e execuço~es dos testamentos; Dos Sacrilegios; Dos que se deixaõ andar excõmungados; Como se haõ de guardar os mandados dos Juizes, e Superiores; Dos peccados publicos; Das Procissoens; Do modo, que se deve ter ácerca do rezar, e Officios Divinos; Das querellas, e denunciaçoens, e injurias feitas aos Officios da Justiça; Dos que hão de ser presentes ao tempo da Visitaçaõ; Dos que haõ de ser presentes ao Synodo; Das cartas de excomunhaõ; Dos Vigarios da Vara, e do que a seu officio perten-ce; Quem serâ obrigado a ter Constituiço~es, e como se haõ de ler ao povo; e a quem se applicaraõ as penas, que por ellas naõ forem declaradas; Declaração da Constituiçaõ Titulo terceiro, Capitulo sexto dos casos reservados, pag. 176; Determinaço~es, que se tomaraõ, e declaraço~es, que se fizeraõ em algumas Constituiço~es no Synodo Diocesano.O segundo grupo de págs. é constituído pelos «Regimentos do Auditorio Ecclesiastico».Encadernação contemporânea de pele, com nervuras, rótulo e ferros a ouro na lombada. Com um pequeno rasgão nrótulo e outros pequenos defeitos.

115 — CONS�I�UIC,OENS // SYNODAES // DO BISPADO DO A�GARVE // NOVAMEN-�E FEY�AS, E ORDENADAS // PE�O I��US�RISSIMO, E REVERENDISSIMO SENHOR // DOM // FRÃCISCO BARRETO // SEGUNDO DESTE NOME, BISPO DO // REYNO // DO A�GARVE, E DO CONSE�HO DE SUA A��EZA; // PUB�ICADAS EM A [sic] SYNODO // DIECESANA, [sic] QUE CELEBROU // EM A SEE DA CIDADE //DE FARO // EM VINTE DOVS DE JANEYRO // DE MI� SEISCEN�OS, E SE�EN�A E �RES. // EVORA. // Com to-das as licenças necessarias, na Impressão da // Universidade. Anno de M. DC. �XXIV. In-fólio peq. de IV-24-86-II-554-98 págs. E.Cuidada edição, assente sobre papel de escolhida qualidade e de nítida impressão, decorada com letras capitais de fantasia, cabeções de enfeite e florões de remate. Frontispício impresso a negro e vermelho, enquadrado por um friso ornamental composto por pequenas vinhetas tipográficas, a que se segue 1ff. de erratas, 24 págs. com o Catálogo dos Bispos do Bispado do Algarve; 86 págs. com o Livro Único do Regimento do Auditório Eclesiástico do Bispado do Algarve; 1 ff. com o Índice do Regimento do Auditorio Eclesiastico...; 554 págs. com o Livro das Constituições do Bispado do Algarve.... [consti-tuído por 5 Livros ou Partes]; no final, as últimas 98 págs. inums. contêm o Indice das Constituições do Bispado....Pinto de Matos no Manual Bibliographico Portuguez (publicado em 1878) recorda que desta segunda edição se vendeu um exemplar por 2$300 [Sousa Guimarães]; outro por 3$350 [Figueira]; outro por 4$000 reis [Livraria de Santa Catharina]”. Referindo-se também à raridade desta edição, diz Innocên-cio: “D’esta edição, de que alguns exemplares se venderam em tempo a 4:000 réis, vi tambem um em bom estado de conservação na livraria do extincto convento de Jesus.”. Também nos Catálogos de Fernando Palha (358); Segundo Escrínio Bibliográfico ... de Rodrigo Veloso (21523) ou Samodães (844) pudemos confirmar a raridade e interesse desta edição.Encadernação da época em pergaminho, com rótulo manuscrito na lombada. Conserva os quatro ati-lhos originais, estando um destacado do volume. Com uma assinatura “Siqueira” [Prior Frei Bento de Siqueira ? responsável pela fundação da �ivraria do Mosteiro dos Jerónimos], no verso da pasta da frente. (ver gravura na pág. 34)

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116 — CORRÊA (A. A. Mendes).- ULTRAMAR PORTUGUÊS. I. Síntese da África. [II. Ilhas de Cabo Verde]. Agência Geral das Colónias. �isboa. MCMX�IX-MCM�IV. 2 vols. In-4.º de 400-XXXIII e 261-XIX págs. B.Desta importante obra apenas foram publicados os dois volumes apresentados, ambos enriquecidos com numerosas estampas impressas em folhas à parte, mapas desdobráveis e nas páginas do texto, desenhos e mapas.

117 — CORREIA (Natália).- AN�O�OGIA DE POESIA POR�UGUESA ERÓ�ICA E SA�Í-RICA. (Dos Cancioneiros Medievais à Actualidade). Selecção prefácio e notas de... Ilustrações de Cruzeiro Seixas. [�isboa. S.d. - 1965 ? Composto e Impresso na Sociedade Astória, �da.]. In-8.º de 551-I págs. B.“«Finalmente!» «Até que enfim!» «Já não era sem tempo!» — Com exclamações como estas, e outras semelhantes, será decerto recebido o aparecimento da presente Antologia por todas aquelas pessoas de boa-fé, de boa vontade, de consciência límpida, que já existem neste País. �alvez não sejam muitas; mas vão-se tornando cada vez em maior número, na luta contra os preconceitos em que foram (mal) edu-cadas, na guerra — surda ou aberta — ao tartufismo reinante, na corajosa assunção da plena dignidade dos seus sentidos.” [Palavras de David Mourão-Ferreira publicadas nas badanas da capa da brochura].Primeira edição, proibida de circular pelos serviços de censura [Relatório n.� 7677 de 30 de Dezem-bro de 1965] o que deu lugar ao processo de acusação n.� 90/966: “Para serem pronunciados em processo especial de imprensa, nos termos do Decreto n� 12.008, de 29-7-1926, e depois de julgados lhes ser aplicada a pena de prisão correccional e multa correspondente, deduzo acusação contra os arguidos”, Natália Correia, Fernando Ribeiro de Melo, Mário Cesariny, �uiz Pacheco, José Carlos Ary dos Santos, Artur Geraldo Soares, Francisco Marques Esteves e E. M. de Melo e Castro. Do processo acima referido transcrevemos ainda: “Os escritos e os desenhos do mencionado livro que, segundo o consenso da generalidade das pessoas, são pornográficos, torpes, obscenos e de lin-guagem despejada conscientemente ofenderam pùblicamente, e podem continuar a ofender, o pudor geral, e decência pública, os bons costumes, o pudor sexual, a moralidade pública, revelando até um propósito ultrajante”.Edição muito estimada e procurada, antecedida de um importante prefácio de Natália Correia, com-posto de dois textos: «O Cativeiro de Afrodite» e «O Purgatório dos Poetas» e ilustrada com 6 trabalhos de Cruzeiro Seixas originalmente concebidas para esta edição, impressos em folhas à parte. Esta edição, que se deve a Fernando Ribeiro de Melo, dada a perseguição que se verificou pelo serviços de censura, mereceu outras, feitas em contrafacção.

118 — CÔRTE-REAL (Jerónimo).- SUCESSO DO SEGUNDO CERCO DE DIU. Códice Ca-daval 31 - ANTT. Introdução de Martim de Albuquerque. Sob o Patrocínio da Academia Portu-guesa da História. Edições Inapa. �isboa. 1991. In-4.º gr. esguio de 24 págs. prels., II inums., 43 ff. e VI págs. inums. finais. E.“A reprodução agora feita permitirá ao leitor avaliar por si os méritos de Jerónimo Côrte-Real como calígrafo e iluminador. (...) A riqueza cromática, a perfeição caligráfica, a gracilidade, o cuidado posto na minudência, o realismo de algumas figuras e situações, e mesmo em certos pontos, o traço ingé-nuo, tudo confere particular frescura e encanto à arte de Jerónimo Côrte-Real. Decerto, aqui e além, o iluminador deixou-se arrastar pela fantasia (...) - que se deve, talvez, em parte a sugestão da grandeza à romana e dos modelos renascentistas italianizados, sobretudo observável nas figuras dos portugueses -, os desenhos de Côrte-Real ostentam, de facto, valor arqueológico: fortalezas, tendas de campanha, embarcações, toda a espécie de armas ofensivas e defensivas... (...)”Uma das muito prestigiadas e cuidadas edições de luxo da Inapa, em tiragem limitada a 2100 exemplares, com encadernação própria em material sintético, apresentando na pasta da frente a estampa a cores que reproduz a portada deste belo manuscrito iluminado, cuja reprodução a edição integralmente respeita..

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119 — CORTESÃO (Armando).- HISTORY OF PORTUGUESE CARTOGRAPHY. Junta de Investigações do Ultramar - �isboa. Coimbra - 1969-1971. 2 vols. In-4º gr. de XXIII-I-323-V e XV-III-469-V págs. E.Ainda hoje, obra de referência para o estudo da cartografia portuguesa antiga, numa esmerada edição ilustrada, impressa em papel de escolhida qualidade. Publicada pelo «Agrupamento de Estudos de Cartografia Antiga», secção anexa à Universidade de Coimbra, em restrita tiragem limitada a 1000 exemplares.Encadernações editoriais.

120 — COR�ESÃO (Armando).- O MIS�ÉRIO DE VASCO DA GAMA. Junta de Investiga-ções do Ultramar - �isboa. Coimbra. 1973. In-4.º de 195-V págs. E.Da «Introdução»: “Se eu não fosse avesso a longos títulos, este livro poder-se-ia chamar «Como o sig-nificado de descobrimento, o estudo da política de segredo e a análise dos preliminares do �ratado de �ordesilhas sob a orientação de D. João II poderão ajudar a desvendar o mistério de Vasco da Gama».“Existe, na verdade, um mistério acerca de Vasco da Gama: porque foi ele escolhido para capitão-mor da mais importante expedição da história marítima de Portugal? (...)” Cuidada edição em papel “especialmente fabricado pela Fábrica de Papel de Porto Cavaletiros, em �omar”, com numerosos mapas e outras ilustrações nas páginas do texto.Encadernação editorial em imitação de pergaminho.COM DEDICATÓRIA DE ARMANDO CORTESÃO.

121 — CORVO (João de Andrade).- BIB�IO�HECA DE AGRICU��URA E SCIENCIAS. (...) 1880-1883. Empresa Comercial e Industrial Agricola. Lisboa. 6 vols. In-8.� peq. B.Colecção completa desta muito interessante conjunto de livros de divulgação científica, constituída pelos seguintes volumes: I. A Agricultura e a Natureza; II. Physica Popular; III. Economia Política para todos; IV. Da �gua para as Regas; V. Chimica Popular; VI. Os Motores na Industria e na Agricultura.

122 — CORVO (João de Andrade).- ES�UDOS SOBRE AS PROVINCIAS U��RAMARI-NAS. Lisboa. Por ordem e na Typographia da Academia Real das Sciencias. 1883-1887. 4 vols. In-8� gr. E. em 2.Capítulos de variadíssima temática com interesse para o estudo da história colonial portuguesa, que são, na opinião de José Silvestre Ribeiro, como que a continuação dos «Ensaios Estatisticos» de J. J. Lopes de Lima e F. M. Bordalo.Boas encadernações com as lombadas em pele mosqueada, rótulos azuis e ferros dourados, mantendo conservadas as respectivas capas da brochura.

123 — COSTA (B. C. Cincinato da).- ELOGIO HISTORICO DE JOÃO IGNACIO FERREIRA �APA, lido na cerimonia da inauguração do seu monumento no ádito da �apada da Ajuda e da sessão solemne de abertura das Aulas do Instituto Superior de Agronomia em 18 de Novembro de 1917... [�ipografia Palhares. �isboa. 1917?]. In-4.º gr. de 23-I págs. B.Uma das mais raras publicações do autor do «Portugal Vinícola». Com duas estampas em folhas à parte.Inácio Ferreira �apa foi “professor emerito, sabio academico, admiravel escriptor, e orador brilhante, foi, por assim dizer, o fundador da sciencia agronomica em Portugal”.

124 — COSTA (B. C. Cincinato da).- AS LEZIRIAS DO TEJO E SADO E O PROBLEMA AGRARIO NACIONA�. 1912. �ypographia Palhares. �isboa. In-4.º peq. de 69-III-I págs. + 11 folhas desdobráveis e 15 fotogravuras. B.“Cartas publicadas nos jornaes «O Dia» e «O Intransigente» ácerca da Companhia das �ezirias do

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Tejo e Sado, do que sejam denominados corpos de mão morta, e deva entender-se por desamorti-sação, da questão da grande e pequena propriedade, da grande e da pequena cultura, com mappas, photo-gravuras e documentos”.Capa da brochura com imperfeições marginais.

125 — COS�A (B. C. Cincinato da).- O POR�UGA� VINICO�A. Estudos sobre a ampelogra-phia e o valor das principaes castas de videiras de Portugal. Lisboa. Imprensa Nacioonal. 1900. In-fólio máximo de X�VIII-483 págs. E.Edição verdadeiramente monumental, bilingue, em português e francês, impressa em bom papel e ilustrada com 2 mapas a cores, 10 belas cromolitografias e 74 fotogravuras, tudo impresso em se-parado, reproduzindo as mais variadas castas de uvas produzidas em Portugal. Trata-se do mais belo e um dos mais importantes ou mesmo o mais importante e completo trabalho de quantos até hoje têm vindo a lume entre nós.Encadernação contemporânea com lombada e cantos de pele. (ver gravura na pág. 38)

126 — COSTA (B. C. Cincinato da) & CASTRO (Luís de).- LE PORTUGAL AU POINT DE VUE AGRICO�E. Ouvrage publié sous la direction de... �isbonne. Imprimerie Nationale. 1900. In-4º gr. de XXXVIII-965-I págs. E.Obra de reconhecida importância e indispensável consulta a quantos se interessam pela história da agricultura em Portugal, numa edição verdadeiramente monumental, ilustrada com mapas a preto e a cores, em folhas desdobráveis e numerosas gravuras intercaladas nas páginas do texto e impressas em folhas à parte. Dividida em três partes: «La Terre Portugaise: Aperçu de la géologie du Portugal, Le sol arable et le climat, Flore agricole du Portugal, Les animaux agricoles»; «La Production Agricole: Les vignobles et les vins, L’olivier et les huiles d’olives, les céréales, Fruits et légumes, Les bois et le liège, Les plantes textiles, Les laines, Les industries du lait, La sériculture, L’apiculture, Les salines et le sel, L’agriculture aux Açores et à Madère»; «La Vie Rurale; La Population et la propriété, Le crédit agricole et le mouvement associatif rural, L’enseignement et les encouragements de l’État». Colaboradores: Conde de Ficalho, Paul Choffat, Filipe E. de Almeida Figueiredo, Júlio A. Henriques, Paula Nogueira, Cincinnato da Costa, Larchel Marçal, S. Monte Pereira, Rodrigues de Morais, Menezes Pimentel, Telles de Menezes, Pedro Roberto da Cunha e Silva, Anselmo de Morais e D. Luís de Castro.Encadernação modesta em material sintético.

127 — COUCEIRO (Henrique de Paiva).- ANGOLA. (Dois Anos de Governo. Junho 1907 - Junho 1909). Edição comemorativa do �erceiro Centenário da Restauração de Angola, que se publica precedida de um ensaio sobre Paiva Couceiro do Ex.m� General Norton de Mattos. �isboa. 1948. In-8.º gr. de XXIII-463 págs. B.Importante relatório para a história da administração de Angola de 1907 a 1909, da autoria de Henri-que de Paiva Couceiro, figura eminente do colonialismo português e autor de importantes trabalhos de diversidade temática. Na Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, que o distingue com uma extensa rubrica, lê-se que “O marechal Gomes da Costa chamou-lhe Santo Condestável e Guilherme de Faria cantou-o em versos primorosos.”Boa edição, com numerosas fotogravuras impressas em separado.

128 — COUDÉ-GAUSSEN (Geneviève).- �ES SERRAS DA PENEDA E� DO GERÊS. (Mi-nho, Portugal). Étude Géomorphologique. Centro de Estudos Geográficos. �isboa. 1981. In-4.º gr. de 254-VI págs. B.Trabalho fundamental para o conhecimento de uma das mais belas regiões de Portugal, dado a lume nas “Memórias do Centro de Estudos Geográficos”. Com ilustrações em folhas à parte e nas páginas do texto.No final com dois mapas a cores, desdobráveis, destacáveis do volume e acondicionados na capa posterior.

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129 — COU�INHO (António Xavier Pereira).- CURSO DE SI�VICU��URA. (...) �isboa. Por ordem e na �ypographia da Academia Real das Sciencias. 1886-1887. 2 vols. In-4.º de VI-425-III e IV-344-II págs. E.O autor, Lente do Instituto Geral de Agricultura [Instituto Suoperior de Agronomia] e sócio corres-pondente da Academia Real das Sciencias, leccionou também na Escola Politécnica [Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa]. Para além da sua carreira docente destacou-se como eminente botânico, fitossistemata e taxonomista. Da sua vasta Obra recordamos a «Flora de Portugal», pela primeira vez publicada em 1913, ou os seus dois primeiros trabalhos, intitulados «A Silvicultura no Distrito de Bragança» e «A quinta distrital de Bragança no ano agricola de 1875 a 1876», respectiva-mente publicados em 1882 e 1877.Edição ilustrada nas páginas de texto.Encadernações de pele inteira, contemporâneas. Com os frontispícios assinados.

130 — COUTINHO (António Xavier Pereira).- RUDIMENTOS DE AGRICULTURA (Leituras para as Escolas Primarias). Illustrados com 154 gravuras intercaladas no texto). 2.ª edição melho-rada. Aillaud & Cie. Paris-�isboa. [Porto. Imprensa Moderna. 1905]. In-8.º de 146 págs. E.Interessante manual escolar, de acordo com o Programa oficial de 1902, nesta segunda edição mais enriquecido com gravuras que “não só tornam o livro mais agradavel ás crianças, e elucidam e exem-plificam, como ainda ás vezes devem, segundo julgâmos, substituir com vantagem o proprio texto, convencidos de que a imagem do objecto, apresentada assim á vista, póde ser em certos casos mais instructiva do que uma longa e sêcca descripção.”Exemplar personalizado com dedicatória do autor.

131 — COUTINHO (Gago).- OBRAS COMPLETAS DE GAGO COUTINHO, editadas por A. Teixeira da Mota. Junta de Investigações do Ultramar. Lisboa. 1972-1975. 2 vols. In-4.� gr. de XXVII-I-602-II e XIV-I-528 págs. E.Ficou interrompido o projecto de publicação da obra integral de Gago Coutinho, “uma das maiores figuras nacionais do século XX”, contendo estes dois volumes as suas obras técnicas, científicas e históricas aparecidas entre 1893 e 1921, obras que são publicadas em facsímile e acompanhadas das suas ilustrações originais.Esmerada edição do Centro de Estudos de Cartografia Antiga, da Junta de Investigações do Ultramar.Encadernações editoriais.

132 — CUNHA (J. Gerson da).- CONTRIBUIÇÕES PARA O ESTUDO DA NUMISMÁTICA INDO-POR�UGUESA. �radução, prefácio e algumas notas de �uís Pinto Garcia. Agência Geral do Ultramar. 1955. [�isboa]. In-8.º gr. de 176-II págs. e IX ff. de estampas. B.Importante trabalho numismático, numa muito cuidada edição, ilustrada com dezenas de reproduções de moedas indo-portuguesas, impressas em folhas à parte.Capa da brochura com manchas de acidez.

133 — CUNHA (Narciso C. Alves da).- NO ALTO MINHO. PAREDES DE COURA. 1.ª edição em 1909 — 2.ª edição em 1979. In-4.º peq. de 602-IV págs. E.Minuciosa monografia de Paredes de Coura, tratando os aspectos históricos e biográficos, mas dando especial relevo à “actualidade” [dos primeiros anos deste século], pois que o autor afirmava conhecer “como poucos, o viver, as circumstancias e condições de existencia da população local, assim como os terrenos, cultivados e incultos, d’este retalho do Alto-Minho, suas communicações, commercio, industria, instrucção, estradas, rios, montes, etc”. Profusamente ilustrado em folhas à parte e nas páginas do texto.Edição facsimilada, publicada pela Câmara Municipal de Paredes de Coura.Encadernação editorial.

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134 — DALLA-BELLA (João António) MEMORIA // SOBRE A CULTURA // DAS // OLI-VEIRAS // EM POR�UGA� // OFFERECIDA // A SUA ALTEZA REAL // O SERENISSIMO // PRINCIPE // DO BRASIL. // TENDO SIDO APPRESENTADA // Á ACADEMIA REAL DAS SCIENCIAS // DE LISBOA // PELO SEU SOCIO O // DR. JOAÕ ANTONIO DALLA--BE��A // �EN�E DE FIZICA EXPERIMEN�A� NA UNIVERSIDADE // DE COIMBRA. // [vinheta tipográfica] // COIMBRA: // NA REA� OFFICINA �YPOGRAFICA DA UNIVERSI-DADE, // === // Anno M.DCC�XXXVI. In-4.º de XIX-[I]-190 págs. B. e invulgar edição deste clássico da bibliografia portuguesa sobre agricultura, em particular acerca do cultivo da oliveira. Do índice: Da Propagaçaõ das Oliveiras; Da Plantaçaõ da Oliveiras, e da sua Cultura até o tempo, em que principiaõ a dar fructo; Da Póda das Oliveiras; Do Governo das Oliveiras.Natural de Pádua, Dalla-Bella foi professor no Colégio dos Nobres em �isboa e mais tarde nomeado lente da Faculdade de Filosofia da Universidade de Coimbra por ocasião da reforma de 1772, tendo--lhe sido conferido o grau de doutor, por indicação do Marquês de Pombal em 1773.

135 — DALLA-BELLA (João António) MEMORIA // SOBRE A CULTURA // DAS // OLI-VEIRAS // EM POR�UGA� // APRESEN�ADA // � ACADEMIA REA� DAS SCIENCIAS // POR // ... // SEGUNDA EDIÇÃO CORRIGIDA E ANNOTADA // POR // SEBASTIÃO FRANCISCO DE MENDO TRIGOZO. // Socio da mesma Academia // [gravura da Academia] // LISBOA // NA TYPOGRAFIA DA ACADEMIA REAL DAS SCIENCIAS. // 1818. // Com licença de SUA MAGESTADE. In-4.º de IV-XVI-208-IV págs. E.Segunda edição, bastante invulgar e estimada pelas correcções e notas acrescentadas por Mendo Trigozo, erudito e académico, censor régio da mesa do Desembargo do Paço e membro da comissão da Academia das Ciencias, autora do projecto constitucional de 21 de Outubro de 1820.Sobre Dalla-Bella, diz Inocêncio que foi “Doutor e Lente jubilado da Faculdade de Philosophia da Universi-dade de Coimbra, para a qual veio chamado pelo Marquez de Pombal por occasião da reforma de 1722, ou pouco depois. Foi Socio da Academia Real das Sciencias de �isboa, e de outras corporações scientificas (...)”.O último grupo de págs. é um «Catalogo das Obras impressas, e mandadas publicar pela Academia (...)”Encadernação de Frederico d’Almeida, inteira de pele mosqueada, com finos ferros gravados a ouro, nervuras e rótulos na lombada, ao gosto da época.

136 — DA��A-BE��A (João António).- MEMORIAS // E // OBSERVAÇÕES // SOBRE O MODO DE APERFEIÇOAR // A MANUFAC�URA DO AZEI�E // DE O�IVEIRA EM PORTUGAL. // REMETTIDAS // Á ACADEMIA REAL DAS SCIENCIAS // DE LISBOA // PELO SEU SOCIO // DR. JOAÕ ANTONIO // DALLA BELLA // Lente de Fysica Experimen-tal na Universidade // de Coimbra // [gravura da Academia] // LISBOA. // NA OFFICINA DA ACADEMIA REA� DAS SCIENCIAS. // M. DCC. �XXXIV. // Com licença da Real Meza Censoria. In-4.º de XIII-[I]-137-I págs. E. Obra clássica da bibliografia da especialidade, ilustrada com uma bela gravura impressa em folha desdobrável [dim. aprox. 28x21,5 cm.] que representa utensílios e engenhos de moagem e extração do azeite. Dos principais capítulos: Da colheita das Azeitonas; Quanto seja nocivo conservar as Azeitonas amontoadas por muito tempo antes de espremelas; Methodo que se deve praticar para fazer o Azeite perfeito; Methodo que se deve praticar para conservar o Azeite, e vantagens da nova manufactura.Sobre o autor, italiano chamado a Portugal pelo Marquês de Pombal, diz Innocêncio que “Por ocasião da reforma de 1772, foi despachado lente para a nova faculdade de philosophia, e se lhe mandou conferir o grau de doutor por indicação, ou proposta, do marquez visitador de 2 de março de 1773”.Encadernação contemporânea, com alguns defeitos.

137 — DES�ANDES (Venancio Augusto).- ENSINO E ADMINIS�RAÇAO F�ORES�A�. Relatorio apresentado a S. Ex.ª o Ministro das Obras Publicas, Commercio e Industria. Em Setem-bro de 1858 por... �isboa. Imprensa Nacional. 1858. In-4.º de 274-II págs. E.“O Governo de Sua Magestade, reconhecendo a necessidade de que se começasse a estudar em Por-

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tugal tudo o que diz respeito ao ensino, á economia e á legislação das cousas florestaes, dignou-se de me confiar wm 13 de Julho do anno passado [1857] a missão de visitar nos paizes estrangeiros os mais celebrados e exemplares institutos do ensino florestal, e de colligir todos os dados e documentos, que se podessem obter, e que patenteassem a influencia que a instrucção, as leis e os regulamentos florestaes exercem sobre os progressos d’este importante ramo da riqueza publica.”Com dedicatória do autor na capa da brochura. Encadernação modesta.

138 — DESWARTE (Sylvie).- LES ENLUMINURES DE LA LEITURA NOVA. 1504-1552. Étude sur la Culture Artistique au Portugal au temps de l’Humanisme. Préface par André Chastel. Fundação Calouste Gulbenkian. Centro Cultural Português. Paris. 1977. In-4.� peq. de XXI-III-355-I págs. E.O trabalho, de assinalável importância na reduzida bibliografia portuguesa da especialidade, foi enri-quecido com inúmeras reproduções de iluminuras, em parte nas suas cores originais e todas em folhas à parte. Da colecção «Cultura Medieval e Moderna”.Encadernação editorial.

139 — DIAS (Jorge).- OS ARADOS POR�UGUESES E AS SUAS PROV�VEIS ORIGENS. Estudo etnográfico por... Instituto para a Alta Cultura. Centro de Estudos de Etnologia Peninsu-lar. Universidade do Porto. 1948. In-4.º de IV-169-VII págs. B.�rabalho de investigação etnográfica da mais significativa importância, da autoria de Jorge Dias, “uma das figuras mais destacadas do progresso dos estudos etnográficos entre nós e um valor altamente representativo do movimento científico recente nessa ordem de assuntos”, segundo palavras de A. A. Mendes Corrêa. Com reproduções fotográficas e desenhos, estes da autoria de Fernando Galhano.Primeira edição, dada a público em restrita separata da «Revista da Universidade de Coimbra».

140 — DIAS (Jorge).- RIO DE ONOR - Comunitarismo agro-pastoril. Cancioneiro de Margot Dias. Desenhos de Fernando Galhano. Porto - 1953. In-4.º de 610-II págs. B.Monografia de grande amplitude, “estudo vivo, funcional e orgânico de uma comunidade e dos seus prolongamentos e relações com um mundo mais amplo, cujo conhecimento é indispensável, para a perfeita compreensão da vida desta pequena sociedade humana, de tão curiosas tradições”.Trabalho muito merecidamente estimado, documentado com numerosas fotogravuras impressas em separado e desenhos nas páginas de texto. Primeira edição.Capas da brochura um pouco manchadas.

141 — DIAS (Jorge); DIAS (Margot) & GUERREIRO (Manuel Viegas).- OS MACONDES DE MOÇAMBIQUE. I - Aspectos Históricos e Económicos. II - Cultura Material. III - Vida Social e Ritual. IV - Sabedoria, �íngua, �iteratura e Jogos. �isboa. 1964-1970. 4 vols. In-4.º gr. de 180, 192, 445-I e 351-I págs. E.Monografia de altíssima importância para o conhecimento dos vários aspectos da vida e personalidade dos Macondes, elaborada com a reconhecida competência do Prof. Jorge Dias, Margot Dias e Viegas Guerreiro (este último, autor do último volume), numa excelente edição do Centro de Estudos de Antropologia Cultural da Junta de Investigações do Ultramar. Com centenas de desenhos, fotografias, gráficos e mapas nas páginas de texto e em separado.Encadernações dos editores.

142 — DIAS (Jorge), O�IVEIRA (Ernesto Veiga de) & GA�HANO (Fernando).- ESPIGUEI-ROS PORTUGUESES. Sistemas Primitivos de Secagem e Armazenamento de Produtos Agrí-colas. Publicações Dom Quixote. �isboa. 1994. In-4.º de 252 págs. B.“A possibilidade de conservar e acumular alimentos teve a maior importância na história do homem

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e da civilização humana. A variedade de processos de preservação e armazenamento relaciona-se com a própria diversidade dos produtos e é condicionada por razões climáticas das diferentes regiões.“No Portugal húmido, que compreende as províncias do Entre Douro e Minho, o distrito de Aveiro, na Beira �itoral, o distrito de Vila Real, em �rás-os-Montes e a parte ocidental da Beira Alta, o com-plexo agrícola é dominado pelo milho, que se colhe em espiga e requer secagem e armazenamento conveniente. As unidades agrícolas dessa área integram instalações adequadas a essa função - eiras, alpendres, sequeiras e espigueiros - que se revestem de uma enorme riqueza de formas, por vezes com motivos ornamentais que parecem sublinhar a natureza sagrada do pão.“A presente edição foi enriquecida com nova recolha de documentação fotográfica.”Muito cuidada edição, largamente ilustrada com fotogravuras e desenhos, integrada na excelente «Biblioteca de Etnografia e Antropologia», da colecção «Portugal de Perto».

143 — DICCIONARIO DA LINGUAGEM DAS FLORES. Ornado com estampas coloridas. �erceira edição. �isboa. �ypographia �usitana, (...) 1868. In-8.º de 252-II págs. E.Edição ilustrada com 8 litografias aguareladas, impressas em folha dupla, com a representação de 16 motivos florais.Encadernação da época, cansada.

144 — DOCUMEN�OS RE�A�IVOS AO PRIMEIRO CONGRESSO AGRICO�A CE�EBRA-DO EM �ISBOA EM FEVEREIRO DE 1888. �isboa. Imprensa Nacional. 1888. In-4.º peq. de IV-XVI-96 págs. B.Subsídio com interesse para o estudo da História da Agricultura em Portugal dos finais do século XIX. Para além de uma Relação dos Corpos Gerentes da Real Associação Central da Agricultura Portu-gueza, promotora do primeiro Congresso Agrícola, a publicação transcreve os relatórios do Congresso sobre: “Cereaes, Farinhas e �egumes”; “Gados, �ãs e Pastagens”; “Vinhos, Alcools [sic], Azeites e Oleos”; Tarifas e Serviço de Caminhos de Ferro”; “Matrizes prediaes e Tributos, seu lançamento e cobrança”; “Recrutamento, Emigração, Polícia Rural e Credito Agricola”.

145 — DONE�HA (André).- DESCRIÇÃO DA SERRA �EOA E DOS RIOS DE GUINÉ DO CABO VERDE. (1625). DESCRIP�ION DE �A SERRA �EOA E� DES RIOS DE GUINÉ DU CABO VERDE. (1625) Edição do texto português, introdução, notas e apêndices por Avelino Teixeira da Mota. Notas por P. E. H. Hair. Tradução francesa por Léon Bourdon.. Junta de Inves-tigações do Ultramar. �isboa. 1977. In-4º gr. de XIII-I-471-I págs. E.André Donelha, “vivia nas ilhas de Cabo Verde e fez várias viagens ao continente africano. Além de as-pectos geográficos, (nesta obra) se ocupa da flora e da fauna e fornece bastantes informações sobre a vida e a história das populações africanas, nomeadamente no que respeita à invasão dos Sumbas ou Manes.”Esmerada edição da responsabilidade do «Centro de Estudos de Cartografia Antiga» da Junta de Inves-tigações do Ultramar, ilustrada com facsímiles de manuscritos, reproduções de mapas e de uma “Vue de Porto grande dans l’Ille de St. Vincent”. �exto integral em português e francês.Encadernação dos editores, com sobrecapa ilustrada.

146 — DUHAME� DU MONCEAU.- EXPERIENCES // DE �A // NOUVE��E CU��URE // DES TERRES. // Faites pendant l’année 1753. // ET // REFLEXIONS RELATIVES AU // TRAITÉ DE LA CULTURE // DES TERRES; // PAR // (...) // Suivant la Copie imprimée à Paris. // A GENEVE, // Chez EMANUE� DU VI��ARD Fils // —— // M. DCC. �IV. In-12.º de IV-lxxvii-I-[II]-213-I-[II] págs. E.Henry-Louis Duhamel du Monceau, agrónomo francês por três vezes eleito Presidente da Academia Real das Ciências, um dos fundadores da agronomia e silvicultura modernas, deixou publicada importante obra científica em áreas tão diversas como a construção e arquitectura naval, pescas, exploração florestal, etc. Encadernação da época com sinais de uso. Com vestígios de humidade nas folhas de guarda que mancharam a folha de frontispício

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149 - ver pág. 45

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147 — EGUILAZ Y YANGUAS (Leopoldo de).- GLOSARIO ETIMOLÓGICO DE LAS PALABRAS ESPAÑOLAS (castellanas, catalanas, gallegas, mallorquinas, portuguesas, valen-cianas y bascongadas) de orígen oriental (árabe, hebreo, malayo, persa y turco). Granada. Imprenta de la �ealtad, Santa Ana, 12. 1886. In-4.º de XXIV-591-I págs. E.Início da extensa e erudita «Introducción» do autor: “Aunque los romances hablados en la peninsula ibérica vengan derechamente de la lengua latino-rústica, no es menos cierto que se hallan plagados de voces exóticas de todo origen y procedencia.“�rdua y dificilísima empresa es la de clasificar la parte que de estos vocablos peregrinos corresponde á cada cual de los idiomas, que en el curso de los tiempos se hablaron en ella; pero bien puede ase-gurarse que la más granada y copiosa toca de derecho al árabe. Y no ha de explicarse este fenómeno, como quiere Mr. Engelmann, por la superioridad de la civilización musulímica sobre la hispano-lati-na; porque, si de tan debatida cuestión se hubiere de juzgar por este solo dato, habría en definitiva que dictarse el fallo en pro de la segunda. Es más; la incorporación á nuestras hablas vulgares del mayor número de voces arábigas tiene lugar en una época en que los mismos autores musulmanes reconocen explícitamente la hegemonía y principado de la cultura hispano-cristiana sobre la suya propia. Por otra parte, nunca, ni en ningún período de la historia nacional, ase puede en justicia adjudicar é la raza árabe el honor que le dispensa Engelmann. La cultura hispano-musulímica, como lo advertió Masdeu, y lo han evidenciado con argumentos irrefutables el ilustre orientalista D. Francisco Javier Simonet, no fué obra de los árabes invasores, sino de los renegados cristianos de los judíos y de los mozárabes (...)”O Autor, literato espanhol nascido em Murcia, foi correspondente da Academia Espanhola, catadrático de �iteratura e decano da Faculdade de Filosofia y �etras da Universidade de Granada; deixou várias obras publicadas, sendo esta talvez a mais importante e interessante pelo tema escolhido. Raro e valioso.Palau informa que a �ivraria Vetusta, em 1947, vendeu um exemplar por 500 pesetas.Com as capas da brochura conservadas e revestido de encadernação com a lombada de pele sobria-mente decorada a ouro.

148 — ESPANCA (Joaquim José da Rocha).- MEMÓRIAS DE VI�A VIÇOSA ou Ensaio da História desta Vila �ranstagana, Corte de Sereníssima Casa e Estado de Bragança, desde os tempos mais remotos até ao presente, segundo o que pôde coligir o autor. 1880 [aliás Cadernos Culturais da Câmara Municipal de Vila Viçosa. 1983]. 36 vols. B.Colecção completa dos «Cadernos Culturais da Câmara Municipal de Vila Viçosa», que compreende as Memórias do Padre Joaquim Espanca, importante compilação de notícias pré-históricas, históricas, económicas, industriais e biográficas de Vila Viçosa.

EXEMPLAR QUE PERTENCEU A CAMILO CASTELO BRANCO E QUE POR ELE FOI ASSINADO NA FOLHA DE GUARDA.

149 — ES�A�V�OS // DA VNIVERSIDADE // DE COIMBRA. // Confirmados por el Rey // nosso Snõr Dom IOAÕ // o 4�. em o anno de // 1653. // Impressos por mandado e ord~e // de MANOE� DE SA�DANHA do // Conselho de sua Magestade // Reitor da mesma Vniuersi- // dade e Bispo eleito // de Viseo. // EM COIMBRA // Com as licenças nevessarias // Na Officina de �home Carualho Impressor // da Vniuersidade. Anno // 1654. In-4º gr. de II-14-[II]-XIV-330-IV-208-10 págs. E.O frontispício é gravado a buril em chapa de cobre, com uma elegante portada alegórica. Tem ainda uma outra gravura, assinada por «Josepha d’Ayalla», representando «A Sabedoria», antiga insígnia da Universidade de Coimbra. Composição do texto a duas colunas, valorizada com numerosas letras capitais de fantasia, cabeções de enfeite e florões de remate, tudo em gravuras abertas em madeira.As 330 págs. comportam os «Estatutos da Universidade», vindo nas 208 seguintes os respectivos «Reportorios» seguidos do «Regimento dos Medicos e Boticarios Christãos Velhos».Segunda edição, estimada e bastante rara, especialmente quando acompanhada da mencionada gra-vura de Josefa de Óbidos.

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152 - ver pág. 47

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EXEMP�AR VA�ORIZADO COM UMA ASSINA�URA DE POSSE DO GRANDE ROMANCIS-TA CAMILO CASTELO BRANCO.Boa encadernação da época, em carneira, com título dourado na lombada. Com pouco importantes cortes de traça que não ofendem o texto. (ver gravura na pág. 44)

150 — ES�A�U�OS // DA // UNIVERSIDADE // DE COIMBRA // COMPI�ADOS DE-BAIXO DA IMMEDIA�A // E SUPREMA INSPECÇAÕ // DE E�REI D. JOSÉ I. // NOSSO SENHOR // PE�A JUN�A // DE PROVIDENCIA �I�ERARIA // CREADA PE�O MESMO SENHOR // PARA // A RESTAURAÇAÕ // DAS SCIENCIAS, E ARTES LIBERAES // NES-TES REINOS, E TODOS SEUS DOMINIOS // ULTIMAMENTE ROBORADOS // POR SUA MEGESTADE // NA SUA LEI DE 28 DE AGOSTO // DESTE PRESENTE ANNO DE 1772. // LISBOA // NA REGIA OFFICINA TYPOGRAFICA // ANNO MDCCLXXIII. 3 vols. In-8� de XXII-III-374, XIII-I-584 E XIV-399-[I] págs. E.Cuidada edição, impressa sobre papel de linho.Segundo António Pereira de Figueiredo, foi seu principal coordenador o desembargador João Pereira Ramos de Azeredo Coutinho, possivelmente coadjuvado por seu irmão D. Francisco de Lemos, tendo sido a parte reservada às ciências naturais exclusivamente compilada por José Monteiro da Rocha. Encadernações da época.

151 — [ES�A�U�OS DE A�GUNS RECO�HIMEN�OS E CO�EGIOS DE EVORA E OU-�ROS DOCUMEN�OS). Manuscrito não datado, provavelmente do Séc. XVIII. [Dim. 20,5 x29 cm.]. In- fólio peq. de I-79 ff. E. Interessante manuscrito, com interesse para a história de Évora e das suas instituições religiosas, constituído pelo traslado dos seguintes documentos: Regimento do Collegio dos Mininos do coro da Sé Metropolitana de Évora; Estatutos do Collegio dos Mininos Orfaos da Cidade de Evora, instituido no anno de 1649; Estatutos do Collegio de S. Mansos da Cidade de Evora. Anno de 1625; Estatutos do Recolhimento de N.ª Sn.ª da Piedade da Cidade de Evora da obediencia da Mitra. Ordenados pello Ill.mo. e Rev.mo. Snr. D. Fr. Luis da Silva, Arcebispo desta Cidade em o anno de 1702; Estatutos do Recolhimeto das Convertidas de Santa Maria Madalena da Cidade de Evora, (...); Regimento do Celeiro Commum da Cidade de Evora.

152 — [S�A�V�OS // ordenados pelo mui alto // E excelente principe, E Serenissimo // Snor Dom Anrrique, por merce de D’s // E da santa Igreja de Roma, Cardeal do // titulo dos Santos quatro Coroados, Iffante // de Portugal legado, E Arcebispo de �xª // [?] Pera a universidade que ordenou, // E fundou na Cidade de Evora // Da invocacam do spiritu // Santo. //Com autoridade do Santo padre Paulo 4.�. In-fólio de III ff. inums. 96-[III] ff. nums. pela frente. E.Importante documento manuscrito, com interesse para a história do ensino universitário em Portugal durante os séculos XVI a XVIII, em particular no que diz respeito à vida administrativa da Univer-sidade de Évora, ao seu plano de estudos e a outros aspetos da vida académica, como a utilização da biblioteca, os costumes dos estudantes, as festas, actos públicos, etc.Cópia manuscrita, provavelmente no séc. XVIII, dos Estatutos Ordenados pelo Mui alto e excelente príncipe e Sereníssimo Senhor dom Henrique ..., cujo original, datado de Almeirim, 29 de Janeiro de 1580, se encontra depositado na Bib. Pública de Évora [Códice, CXIV/ 2 - 31].Sem frontispício próprio, o volume abre com a «�AVOADA // dos �iuros, E Capitulos dos Esta // tutos, desta Universidade.»; Segue com o título que acima transcrevemos, no verso da terceira folha preliminar, sendo a primeira letra ornamentada conforme reproduzimos neste catálogo. No verso da ff. 92 termina o Treslado dos Estatutos e provisões..., com assinatura do �abelião; segue na ff. 93 o «Me-morial de Couzas que se vião nas Escolas»; a ff. 95 /96 «Dias em que se não lee nesta Universidade, conforme aos estatutos e costumes della». (ver gravura n pág. 46)

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Entre as ff. 61/62 vem meia folha de papel manuscrita pela mesma mão com o «Cap. n.º 26 das licoes E exercicios dos cazos de consciencia»Encadernação contemporânea gravada a seco, mal cuidada.Acompanha este exemplar, a reprodução (fotocópia) da Bulla do Papa Gregorio XV para a Universi-dade de Evora. Anno 1621.

153 — ESTERMANN (Padre Carlos).- ETNOGRAFIA DO SUDOESTE DE ANGOLA. 1956-1961. [Imprensa Portuguesa, Porto & �ipografia Minerva, Vila Nova de Famalicão]. 3 vols. In-4.º de 286, 299-III e 251-I págs. B.Obra de fundamental importância, dividida da seguinte forma: «Os Povos não-Bantos e o Grupo Ét-nico dos Ambós»; «Grupo Étnico Nhaneca-Humbe» [incluídos na colecção «Memórias - Série Antro-pológica e Etnológica» e «O Grupo Étnico Herero», publicado mais tarde e integrado nas «Memórias da Junta de Investigações do Ultramar».Edição ilustrada com fotogravuras, desenhos e mapas, de difícil obtenção quando com todos os vo-lumes reunidos.

154 — ESTERMANN C. S. Sp (Carlos).- ETNOGRAFIA DE ANGOLA (SUDOESTE E CEN-TRO). Colectânea de Artigos Dispersos. (...) Coligidos por Geraldes Pereira. Apresentação de Manuel Viegas Guerreiro. �isboa — 1983. 2 vols. In-4.º de XIII-I-483-III e XVI-523-I págs. E.Colectânea de artigos de fundamental importância para o estudo da etnografia dos povos africanos disseminados pelo sudeste e centro de angola, da sua teologia, moral, medicina, jurisprudência, linguística. literatura oral, história e geografia.Edição do Instituto de Investigação Científica �ropical. Encadernações editoriais com sobrecapa de papel.

155 — EXPOSIÇÃO DE ALFAIA AGRICOLA NA REAL TAPADA DA AJUDA EM 1898. Documentos. Introducção, programma, regulamento, jurys, catalogo illustrado, lista dos pre-miados e opinião da Imprensa. �isboa. Imprensa Nacional. 1898. In-4.º de 296 págs. E. no mesmo volume:

——— O INS�I�U�O DE AGRONOMIA E VE�ERINARIA NA EXPOSIÇÃO DE A�FAIA AGRICOLA DA REAL TAPADA DA AJUDA EM 1898. Lisboa. Imprensa Nacional. 1898. In-4.� de 54-II págs.Publicações já bastante invulgares e bastante apreciadas, com interesse para a história da moderniza-ção da agricultura do século XIX e das suas práticas agrícolas. Ambos os volumes que apresentamos em conjunto foram publicados no âmbito da importante Exposição da Real Tapada da Ajuda integrada nas Comemorações do Quarto Centenário do Descobrimento do Caminho Marítimo para a Índia.O primeiro tomo abre com uma xilogravura, impressa à parte e em folha dupla, com uma vista da monumental fachada do Palácio onde se realizou a grandiosa Exposição e apresenta entre as páginas de texto, dezenas de gravuras que reproduzem máquinas e instrumentos agrícolas que no seu tempo prometiam o rápido desenvolvimento da indústria agrícola em Portugal.Encadernação com lombada e cantos de pele, decorada com nervuras, rótulos e ferros dourados. Com as margens intactas e as capas da brochura conservadas.

156 — FARIA (Manuel Severim de) [1583-1655].- NOTICIAS // DE // PORTUGAL // ESCRI-�AS POR // MANOE� SEVERIM // DE FARIA // CHAN�RE DA SÉ DE EVORA. // EM QUE SE DEC�ARAM AS GRANDES COMMODIDADES, QUE �EM // para crescer em gente, industria, commercio, riquezas, e forças militares por // mar, e terra, as Origens de todos os appelidos, e Armas das Familias // Nobres do Reyno, as Moedas, que correraõ nesta Provincia

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do // tempo dos Romanos atè o presente, e se referem varios // Elogios de Principes, e Varoens Illustres Portuguezes. // Nesta segunda Impressaõ acrescentadas, // PE�O PADRE // D. JOZÉ BARBOSA // CLERIGO REGULAR, ACADEMICO DO // Numero da Academia Real. // ... // LISBOA OCCIDENTAL, // NA OFFICINA DE ANTONIO ISIDORO DA FONSECA. // Anno M.DCC.X�. In-fólio de XXIV págs. prels. inums. e 466 [aliás 468] nums. E.Sem dúvida a Obra mais conhecida de Manuel Severim de Faria, em cujos discursos procura a “instru-ção política das artes, em que hão-de ser doutrinados os mancebos nobres da República, conforme os preceitos do filósofo”. O autor trata dos mais variados temas, desde a biografia de alguns Cardeais, a no-breza, a milícia, a moeda, as universidades, a Carreira das Naus, a evangelização, ou a peregrinação.É especialmente estimado o «Discurso IV», consagrado ao estudo da numismática portuguesa, adornado de várias reproduções de moedas em gravuras abertas em madeira e impressas nas páginas do texto.Segunda edição, de muito cuidada e nítida impressão assente sobre excelente papel de linho, adornada de letras capitais de fantasia e cabeções de enfeite em gravuras abertas em madeira. Frontispício im-presso em linhas alternadas a negro e vermelho.Boa encadernação inteira de carneira, da época, com alguns defeitos.Com duas assinaturas de posse e um restauro no canto superior direito da folha de frontispício, uma mancha de água no canto inferior das págs. 351 a 382 e cortes de traça que não ofendem a mancha tipográfica de págs. 351 até ao final do volume.

157 — FARIA (Manuel Severim de) [1583-1655].- VARIOS // DISCURSOS // PO�I�ICOS. // POR // MANOE� SEVERIM DE FARIA // CHAN�RE, E CONEGO NA SAN�A // SÉ DE EVORA. // FIE�MEN�E REIMPRESSOS // POR // JOAQUIM FRANCISCO MON�EIRO // DE CAMPOS COELHO, E SOIZA. // [armas de Portugal] // LISBOA // NA OFFIC. DE AN�ONIO GOMES. // ANNO M. DCC. �XXXXI. // —— // In-8.º peq. de VI-362-II págs. E.O autor, erudito historiador, genealogista, arqueólogo e numismata, por muitos considerado o primei-ro jornalista português, foi como seu tio André de Resende, Cónego e Chantre da Sé de Évora.Coligiu as «Notícias de Portugal» que incluem estudos de genealogia nobiliária, numismática portugue-sa, história das universidades peninsulares, organização militar e um memorial dos cardeais portugueses, podendo considerar-se os Varios discursos políticos continuação das Notícias de Portugal.Do índice transcrevemos: Do muito que importa para a conservação, e augmento da Monarchia de Hespanha assistir Sua Magestade com sua Corte em Lisboa; Das partes que ha de aver na lingoagem para ser perfeita, e como a Portugueza as tem todas, e algumas com eminencia de outras lingoas; Com que condiçoens seja louvavel o exercicio da Caça; Da origem, e grande antiguidade das Vestes que usa por habito Ecclesiastico o Clero de Portugal; Vida de Joaõ de Barros, em que se discorre sobre os preceitos da Historia, e perfeiçaõ com que escreveo as suas Decadas da Asia; Vida de Diogo do Couto, Chronista da India, com a relaçaõ de todas as suas Obras; Vida de �uiz de Camões, com hum particular juizo sobre as partes, que ha de ter o Poema heroico, e como o Poeta as guardou todas nos seus Lusiadas. Segunda edição.Encadernação da época, em carneira.

158 — FASCICULUS // EX // SELECTIORIBUS AU- // thorum viridariis ad commo- // diorem scholasticorum u- // sum industriè cõcin- // natus, // CONTINENS PARTES DVAS, // ALTERAM ORATORIAM, // Historicam alteram. // ORATORIA // PARS PRIMA // M. Tulii Ciceronis ora-tiones selectæ, Ejusdem // de Amicitia, & unica ad familiares // epistola. // —— // EBORÆ. // Cum facultate S. Inquisitionis, Ordiarii, & Regis. // Typographiâ [sic] Academiæ. Anno M. DC. �XXX. In.8.º de VIII-597-I págs. E.Raríssima edição setecentista (classificada na Biblioteca Nacional como “Reservada”), adornada de letras capitais de fantasia, cabeções de enfeite e florões de remate em gravuras abertas em madeira. Não registada nos «Subsídios para a História da �ipografia em Évora nos Séculos XVI a XVIII» de Gil do Monte.A págs. 170 e com frontispício próprio vem a segunda parte: HIS�ORICA // PARS SECUNDA

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// Ex Curtii, Salustii, Livii, // Suetoniique operibus // selecta. [gravura ornamentada, com o mo-nograma AM] // —— // EBORAE, // Cum facultate Superiorum. // Ex Typographia Academiæ. // Anno M. DC. LXXX.Encadernação de carneira, mal cuidada. Com vestígios de traça no canto superior direito do volume, entre págs, 501 a 530. Com manuscritos antigos no verso das pastas e na última folha.

159 — FASCICULUS // EX // SELECTIORIBUS // Author~u viridarijs ad com- // modiorem scholasticor~u // usum industrie con- // cinatus // CONTINENS PARTES DUAS; // ALTERAM ORATORIAM // Historicam alteram. // ORATORIA // [...] // M. Tulii Ciceronis orato es selectæ. Ejusdem // de Amicitia, & unica ad familiares // epistola. // —— / EBORÆ, // Cum facultate S. Inquisitionis Ordinarii, & Regis // Ex Typographia Academiæ, Año M. DCC.IX. In-8.� de VIII-679-[I] págs. E.Edição registada nos «Subsídios para a História da �ipografia em Évora nos Séculos XVI a XVIII», considerada por Gil do Monte, raríssima.A págs. 198 e com frontispício próprio vem a segunda parte: HIS�ORICA // PARS SECUNDA // Ex Curtij, Salustij, Livij, // Suetonijque operibus // selecta. [gravura com o monograma da Companhia de Jesus dentro de uma flor] // —— // EBORAE, // Cum facultate Superiorum. // Ex Typographia Acade-miæ. // Anno Dñi. M.DC.XC.Encadernação contemporânea em pergaminho, sem qualquer restauro. Com vestígios de traça margi-nais entre as págs. 1 a 72 e 611 a 646

160 — FASCICULUS // EX // Selectioribus Authorum viridariis ad cõmo- // diorem Scholasti-corum usum industriè // concinnatus: // CONTINENS // PARTES DUAS, // Alteram Oratoriam, Historicam // alteram. // ORATORIA // PARS PRIMA. // [...] // [emblema da Companhia de Jesus] // EBORÆ, // Ex �ypographia Academiæ Anno M.DCC X�VIII. // Cum facultate Supe-riorum. In-8.º de VIII-736 págs. E.Edição não registada por Gil do Monte nos «Subsídios para a História da �ipografia em Évora nos Séculos XVI a XVIII».A págs. 214 e com frontispício próprio vem a segunda parte: HIS�ORICA // PARS SECUNDA // Ex Curtii, Salustii, Livii, // Suetoniique operibus // selecta. [gravura ornamentada uma pomba ao cen-tro] // —— // EBORÆ, // Cum facultate Superiorum. // Ex Typographia Academiæ Anno // Domini M.DCC.X�VIII. In-8.º de

Encadernação contemporânea em pergaminho, sem qualquer restauro. Com suaves vestígios de hu-midade entre as págs. 369 e 384.

161 — FASCICULUS // EX // SELECTIORIBUS // Author~u viridariis ad com- // modiorem scholasticor~u // usum industrie con- // cinnatus, // CONTINENS PARTES DUAS // ALTERAM ORATORIAM, // Historicam alteram. // ORATORIA // PARS PRIMA // M. Tullii Ciceronis orationes selecta. Ejusdem // de Amicitia, & unica ad familiares // epistola. // —— // EBORÆ. // Cum facultate S. Inquisitionis, Ordinarii, & Regis // Ex Typographia Academiæ. Anno M. DCC. XCIX. In-8.º de VIII-679-I págs. E.Edição não registada por Gil do Monte nos «Subsídios para a História da �ipografia em Évora nos Séculos XVI a XVIII», ou no Catálogo da Biblioteca Nacional de Portugal.A págs. 198 e com frontispício próprio vem a segunda parte: HIS�ORICA // PARS SECUNDA // Ex Curtij, Salustij, Livij, // Suetonijque operibus // selecta. [gravura com o monograma da Companhia de Jesus dentro de uma flor] // —— // EBORAE, // Ex �ypographia Academiæ. // Anno Dñi. M.DC.XCVIII. Cum facultate Superiorum.Encadernação contemporânea em pergaminho, sem qualquer restauro. Com suaves vestígios de hu-midade entre as págs. 47 e 112. Com cortes de traça de págs. 665 até ao final que pouco interferm na leitura do texto, mas ofendem a pasta posterior da encadernação. Com escritos antigos no verso da última folha [branca] e no interior das pastas da encadernação.

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162 — FERNANDES (Manuel Bernardo Lopes).- MEMORIA DAS MOEDAS CORRENTES EM PORTUGAL, desde o tempo dos romanos, até o anno de 1856. Lisboa. Na Typographia da (...) Academia. 1856-1857. In-4.º gr. de II-357-VII págs. B.Obra clássica da bibliografia numismática portuguesa, profusamente ilustrada com centenas de repro-duções de ambas as faces das moedas estudadas e inventariadas. Com frontispícios para cada uma das partes, mas com a paginação continuada.Obra rara e estimada.Capa da brochura imperfeita.

163 — FERRÃO (Carlos).- HISTÓRIA DA REPÚBLICA. Editorial Século. [Sociedade Nacio-nal de �ipografia. �isboa. S.d.] In-fólio de 644-VIII págs. E.Edição monumental, comemorativa dos 50 anos da implantação da República, ilustrada com centenas de ilustrações a negro e a cores nas páginas do texto e em folhas à parte, reproduzindo fotogravuras, retratos dos mais importantes vultos políticos da época, desenhos e caricaturas assinadas por Rafael Bordalo Pinheiro, Manuel Gustavo Bordalo Pinheiro e Francisco Valença.Encadernação dos editores, com dizeres dourados na lombada e na pasta.

164 — FERREIRA (A. �. Marques).- CHARRUE POR�UGAISE. Modification realisée par... se servant de celle de Dombaste comme point de départ! Il y a une de ces Charrues à l’Exposition Universelle à Paris === Segue no mesmo folheto uma Traducção livre para Portuguez da Des-cripção da Charrua modificada por ideia de... �isboa. �ypographia de Coelho & Irmão — 1867. In-8.º de 16 págs. E.Os dizeres acima transcritos foram tresladados da capa da brochura uma vez que a edição não tem frontispício próprio.Publicação em francês e português com interese para o estudo da evolução deste antigo instrumento agrícola. Junto a este invulgar opúsculo, juntaram na mesma encaderção uma curiosa colecção de desenhos aguarelados com instrumentos agrícolas.Encadernação com lombada de chagrin, de recente manufactura.

165 — FERREIRA (Vergílio).- APARIÇÃO. Romance. Ilustrações de Júlio Resende. Com um posfácio do autor escrito especialmente para esta edição. Portugália Editora. �isboa - Editorial Inova. Porto. [1968]. 2 vols. In-4.º de 243-V e 51-I págs. B.Admirável edição comemorativa dos 25 anos da actividade literária do autor, enriquecida com nume-rosas reproduções de pinturas, todas nas suas cores originais, feitas especialmente por Mestre Resende para esta luxuosa edição, cuja tiragem total foi limitada a 1250 exemplares.Edição distinguida com o 1.º Prémio na «Exposição do �ivro e das Artes Gráficas» da X Bienal Internacional de S. Paulo 1969.EXEMPLAR DA TIRAGEM ESPECIAL LIMITADA A 250 EXEMPLARES NUMERADOS E RUBRICADOS POR VERGÍ�IO FERREIRA, ACOMPANHADOS DE UMA REPRODUÇÃO DE RETRATO DO ROMANCISTA POR JÚLIO RESENDE.Edição revestida por uma caixa editorial policromada.

166 — FERREIRA (Vergílio).- APARIÇÃO. Romance. Portugália Editora. �isboa. [S. d. - 1959]. In-8.º de 254-VI págs. B. Escreveram �ereza Azinheira e Conceição Coelho, que Vergílio Ferreira foi “Ficcionista das soluções existenciais e do empenhamento nos símbolos (...) ele projecta na sua obra fortes obsessões que vão da expressão da solidão ao sentido trágico da dimensão humana. Criando uma ordem pessoal, a ficção virgiliana constitui uma nova expressão metafísica rumo à valorização do homem e da sua liberdade de SER”. Primeira edição da obra, considerada como a mais representativa de Vergílio Ferreira.Capa da brochura ilustrada por António Charrua.VA�ORIZADO COM DEDICA�ÓRIA DO AU�OR.

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171 - ver pág. 53

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167 — FICALHO (Conde de).- FLORA DOS LUSIADAS. Lisboa. Por ordem e na Typographia da Academia Real das Sciencias. 1880. In-8.º gr. de 99-V págs. B.Primeira edição deste valioso estudo camoniano, dividido em três partes: «Flora Poetica», «Ilha dos Amores» e «Flora �ropical». Com um valioso «Índice das plantas citadas, e ás quaes allude Camões directa ou indirectamente».Com falta da capa da brochura original, tendo em sua substituição, outra não impressa.

168 — FICALHO (Conde de).- MEMORIAS SOBRE A INFLUENCIA DOS DESCOBRI-MENTOS DOS PORTUGUEZES NO CONHECIMENTO DAS PLANTAS. I. - Memoria sobre a Malagueta, apresentada á Academia Real das Sciencias de �isboa pelo... �isboa. �ypographia da Academia. 1878. In-4.º gr. de II-48 págs. B.A malagueta “foi droga muito procurada e apreciada” e “Das especiarias, que na edade média goza-vam de nomeada, foi a malagueta a primeira que os navegadores portuguezes encontraram logo no começo dos seus descobrimentos, e a primeira de cujo trafico se senhorearam desviando-o dos cami-nhos até então seguidos, e tanta importancia adquiriu nas suas mãos, que uma parte do litoral africano veiu a receber o nome de Costa da Malagueta”Curiosa dedicatória do autor [Thomaz de Mello Breyner] “Ao Professor D. Luis de Castro, Conde de Nova--Gôa (...)” [D. Luís Filipe de Castro, agrónomo e professor de agronomia ligado ao partido Regenerador.]Capa da brochura com pequenos defeitos marginais.

169 — FICALHO (Conde de).- PLANTAS UTEIS DA AFRICA PORTUGUEZA. Lisboa. Imprensa Nacional. 1884. In-8º gr. de 279 págs. E.Primeira e bastante rara edição desta obra notável do Conde de Ficalho, que no dizer do Conde de Arnoso [Elogio do Conde de Ficalho] “é por assim dizer a historia do continente negro, feita pelo estudo da botanica, mostrando como as questões botanicas historicas e ethnographicas se ligam e se pódem reciprocamente elucidar”.Juntamente encadernado com o utilíssimo «Indice para a Obra Plantas Uteis da Africa Portugueza (...). Apurado por Augusto Sant’iago Barjona de Freitas», publicado em �isboa, em 1908. Encaderna-ção da época, com sinais de uso.

170 — FIGANIER (Joaquim).- MOEDAS �RABES. Inventário e descrição por... I Parte - Da criação do emirado espanhol à conquista de Granada (711-1492). [II Parte - Da conquista de Granada aos nossos dias, com um Apêndice)] Lisboa. Tip. da Casa da Moeda. 1949-1959. 2 vols. In-8.º gr. de XIII-I-105-IX e 168-IV págs. B.Minucioso inventário das moedas árabes existentes no Museu Numismático Português da Casa da Moeda, com numerosas reproduções.

171 — FIRME (Manuel Martins).- ESPADA // FIRME, // OU // Firme tractado // Para o jogo da espa- // da preta, e branca, // SEU AUTHOR // MANOEL MARTINS // FIRME, // Natural da Cidade de Evora. // [pequena vinheta tipográfica] // EVORA, // Com as lic~eças necessarias, na Officina // da Universidade. Anno de 1744. In-8.º peq. de XXII-68 págs. E.São raríssimos os exemplares deste curioso livrinho sobre o manejo da espada, da autoria do eborense Manuel Martins Firme, acerca do qual Inocêncio não logrou obter quaisquer informações, apesar das dili-gências para isso feitas; Assinalou a existência de um exemplar deste trabalho, dizendo: “Possue um exemplar d’este curioso livrinho o sr. commendador J. C. de Figaniere”; Sousa Viterbo, no seu trabalho sobre «A Esgrima em Portugal», refere a obra, o autor e Inocêncio, dizendo não saber que destino tivesse levado o exemplar de Figanière; descreve minuciosamente o exemplar deste “rarissimo livro” que pertenceu a Fr. António Pereira da Nóbrega Sousa da Câmara, exemplar que, conforme presumiu, estava falto de um fólio com um soneto “Do Mestre em Artes Manoel Ignacio de Andrada”. O nosso está completo.Boa encadernação inteira de pele, à antiga. (ver gravura na pág. 52)

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172 — FO�GOSA (J. M.).- DICION�RIO DE NUMISM��ICA. (Bibliografia, Biografia, História, Mitologia, Gíria, Gravadores e Legendas). Livraria Fernando Machado. Porto. [S.d.] In-4.º de VIII-422-II págs. B.É o primeiro grande trabalho da sua especialidade, que, segundo Raul Gonçalves, “vem preencher uma lacuna importante da bibliografia numismática”.

173 — FOLGOSA (J. M.).- AS MOEDAS DA ÁFRICA ORIENTAL PORTUGUESA. MOÇAM-BIQUE. Porto. 1956. In-4.º de 375-I págs. E.�rabalho de grande importância para o estudo da numismática moçambicana, ilustrado em folhas à parte, impresso em bom papel e dado a lume pela «Sociedade Portuguesa de Numismática».Encadernação da época em tecido.

174 — FONSECA (Francisco da) [1668-1738].- EVORA G�ORIOSA // EPI�OGO // Dos quatro Tomos da Evora Illustrada, que compoz // o R. P. M. Manoel Fialho da Companhia // de JESU. // Escritta, acrecentada, e amplificada pello // P. Francisco da Fonseca da mesma // Companhia. // DEDICADA // Ao Eminentissimo, e Reverendissimo Senhor. // A�VARO // DO TITULO DE S. BARTHOLOMEO IN INSULA // CARDEAL CIENFUEGOS // ... // [gravura de ornamento] //ROMA. // —— // Com todas as �icenças necessarias. // Na Officina Komarekia-na. Anno de MDCCXXVIII. In-4.º gr. de XII-444 págs. E.Obra fundamental da bibliografia eborense, dividida em cinco partes: «Evora Profana. Sitio da Cida-de. Antiguidade da sua fundação. Varia fortuna de Evora, e Eborenses no tempo dos Reys Gentios, Mahometanos, e Catholicos»; «Evora Pia. Religiosa Piedade dos Eborenses: Santos, e Varões insignes na Santidade, e Virtude»; «Evora Pontificia. Bispos, e Arcebispos de Evora: Eborenses, que fora da sua Patria forão Arcebispos, e Bispos»; «Evora Religiosa. Conventos de Evora: Suas fundações, e pro-gressos: Varões illustres, que nelles florecerão»; «Evora Douta. Fundação da Vniversidade de Evora: Eborenses famosos nas letras, antes, e depois de fundada a Vniversidade».J. Silvestre Ribeiro disse que se trata de uma “composição a que presidiu um admiravel espirito de ordem, tornando a sua disposição sobremaneira methodica, regular e clara”; Inocêncio: “É estimada, e vai tornando-se rara (...). De um exemplar sei eu, que custou ao seu possuidor (...) não menos de 14:400 réis, prevalecendo-se quem lh’o vendeu da necessidade do momento, e da falta d’elles no mercado”.Sobre o autor, natural de Évora, diz Barbosa Machado na Biblioteca Lusitana: que “foy admitido à Companhia de Jesus em o Noviciado de Lisboa (...) por ser muito versado nas Humanidades as foy ensinar ao Collegio da Ilha da Madeira donde voltando a 27. de Janeiro de 1696 padeceo hum horrivel naufragio de que milagrosamente escapou. A sua prudencia acompanhada de natural afabilidade o fez digno de acompanhar no anno de 1708. com o lugar de Confessor a Fernando Telles da Sylva terceiro conde de Villamayor Embaixador Extraordinario à Corte de Vianna, para concluir os despozorios da Serenissima Arquiduqueza D. Mariana de Austria com o nosso Monarcha, e restituindo-se ao Reyno com o Embaixador segunda vez voltou àquella Corte no anno de 1715. com o Padre Alvaro Cienfue-gos Ministro em �isboa do Emperador Carlos VI. para tratar o gravissimo negocio da �estamentaria do Almirante de Castella D. Joaõ Thomaz Henriques de Cabrera, e tendo felizmente concluido este negocio, como outros de naõ menor importancia pertencentes às Missoens do Oriente de que era Pro-curador Geral, quando estava prompto para voltar ao Reyno o impedio o Eminentissimo Cienfuegos, que fora eleito Cardial (...).”Exemplar anunciado no «Catálogo de uma boa e vasta Biblioteca particular» [Salema Garção], elabo-rado por Manuel Ferreira em 1983. [Soares & Mendonça n.� 44].Encadernação inteira de pergaminho cartonado, contemporânea, com um grosseiro restauro na lom-bada. Com vestígios de humidade. Ex-libris heráldico da biblioteca de Salema Garção, gravado a seco na folha de frontispício.

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175 - ver pág. 56

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175 — FONSECA (João da) [1632-1701].- ESCOLA // DA DOUTRINA CHRISTÃ, // Em que se ensina o que he obrigado // a saber o Christaõ: // Ordenada por modo de Dialogo entre dous Estudantes, // hum Filozofo, por nome Marcellino, e outro Theo- // logo, por nome Diodoro: com exemplos ac- // cõmodados às materias que se trataõ, // composta pello // P. M. JOAÕ DA FONSECA, // Religioso da Companhia de JESU: // Dedicada à Purissima Virgem, Glorioza // Raynha dos Anjos, MARIA Santis- // sima Senhora Nossa // DA // VIC�ORIA. // —— // EVORA, // Na Officina da Vniversidade Anno de 1750. // Com todas as licenças necessarias. In-8.� gr. de VIII-478-III págs. E.Inocêncio diz que o autor, natural de Viana do Alentejo, “Jesuita, Mestre de Philosophia em Evora, e Rei-tor do Noviciado em Lisboa. Distinguiu-se em seu tempo na theologia ascetica, como se comprova das obras que nos deixou, as quaes são ainda estimaveis pela correcção e propriedade da linguagem, e pela gravidade dos conceitos.” Refere ainda que o padre Antonio Franco, na Imagem da virtude em o novi-ciado de évora, de págs. 750 a 824, trata largamente da vida e virtudes deste sacerdote. Segunda edição.Encadernação inteira de carneira, da época. (ver gravura na pág. 55)

176 — FONSECA (João da) [1632-1701].- SA�ISFAC,AM DE AGRAVOS, // E // CONFU-SAM DE VINGA�IVOS, // Por modo de Dialogo entre hum // Hermitam, & hum Soldado. // Dividido em dois tratados com exemplos, // & historias notaveis em confirma- // çam, do que praticam. // AUTHOR // O P. M. JOAM DA FONSECA // da Companhia de // [monograma da Companhia de Jesus] // (...) // EVORA, // Com as licenças necessarias na Officina // da Univer-sidade. // Anno de 1700. In-8.º gr. de XVI-458-VIII págs. E.Sobre o autor diz Barbosa Machado ser natural de Viana do Alentejo. “ (...) ensinou em a Universidade Eborense pelo espaço de quatro annos Filosofia com grande emolumento dos seus ouvintes. Impellido com o zelo da salvaçaõ das almas discorreo pelas Villas de Abrantes, Alcaçer do Sal, Castello de Vide, e a Cidade de Beja exercitando com grande fervor, e copioso fruto o ministerio de Missionario Apostolico. Pela sua prudencia acompanhada de summa afabilidade foy Mestre do Noviciado de Coimbra, Visitador do Collegio da Ilha da Madeira, Perfeito dos Irmãos do Recolhimento de Evora, e Reytor do Noviciado de Lisboa. (...) Ambicioso dos mayores desprezos levava muitas vezes penden-te dos hombros a caldeira do comer dos pobres (...). Para conservar illesa a flor da Castidade evitava precticas com mulheres ainda que fossem das mais illustres da Corte. (...) Era muito observante do silencio fugindo quanto podia do comercio humano, e passando a mayor parte do tempo escrevendo as obras em que retratou o seu espirito. Com tanto rigor se disciplinava, que avizado o Superior pelo estrondo dos golpes lhe poz preceito para naõ uzar daquella penitencia que degenerava em tyrania. (...). O Serenissimo Rey D. Pedro II. que o venerava vivo pedio alguma couza, que fosse do seu uzo, e para satisfaçaõ deste piedoso desejo se lhe deraõ as contas por onde quotidianamente rezava. (...).Ricardo Pinto de Mattos, no «Manual Bibliographico Portuguez», considera “�odos os escriptos (...) do autor estimados e não vulgares; “mas principalmente o Alívio de queixosos, e a Sylva moral.” Innocêncio refere também o autor e as suas Obras que considera “estimaveis pela correcção e proprie-dade da linguagem, e pela gravidade dos conceitos”.Encadernação em carneira, contemporânea. Com vestígios de humidade no corte superior do volume, sem prejuízo da sua leitura.

177 — FONSECA (Manuel da).- CERROMAIOR. Romance. Inquérito. [Lisboa. 1943]. In-8.� de 302-II págs. B.Segundo texto retirado do «Roteiro da �iteratura Portuguesa», o autor, “De tendência neo-realista, enveredou por um regionalismo bem caracterizado, fazendo viver nas suas obras muito da verdade e da atmosfera típica do Alentejo.”Primeiro romance do autor, logo esgotado e que mereceu segunda edição ainda no ano em que foi apresentada a edição original.Adaptado ao cinema em 1980 por Luis Filipe Rocha, Cerromaior é o nome de uma pequena cidade imaginária mas que, à excepção do mar, em quase tudo se assemelha à terra natal de Manuel da Fon-seca — Santiago do Cacém.Capa da brochura ilustrada por Ribeiro de Pavia.

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178 — FONSECA (Manuel da).- P�ANÍCIE. Poemas. Coimbra. 1941. [�ipografia da Atlânti-da]. In-4.º de 57-I págs. B.Um dos mais raros volumes do autor e da colecção «Novo Cancioneiro», esteio importante do neo--realismo português.Capa e ilustrações de Manuel Ribeiro de Pavia. Com vestígios de acidez.

179 — FONSECA (Manuel da).- ROSA DOS VEN�OS. Desenho de Manuel Ribeiro. Verão // 1940. [Imprensa Baroeth - �isboa]. In-4.º gr. de IV-71-V págs. B.Livro de poemas estimado e talvez a mais rara obra de Manuel da Fonseca.Capa da brochura com pequenos defeitos, ilustrada com um desenho de Manuel Ribeiro de Pavia.

180 — FON�ES (Edgar Sampaio Ferreira).- A VINHA NA PAISAGEM DO MINHO. [Univer-sidade Técnica de Lisboa. Instituto Superior de Agronomia. Gabinete de Arquitectura Paisagis-ta]. Relatório final dos Cursos de Engenheiro Agrónomo e Arquitecto Paisagista. 1951. In-4.º de II-II-II-145-II ff. B.Raríssima publicação, de muito restrita tiragem, policopiada ao Duplicador. Profusamente ilus-trada com a reprodução de fotografias coladas em 15 folhas de cartolina disseminadas no volume e 5 mapas desdobráveis.

181 — FRANÇA (José-Augusto) & GUIMARÃES (José de).- VARIAÇÕES CAMONIANAS. Imprensa Nacional-Casa da Moeda. [1981]. In-4.º de VIII págs., XX estampas e II págs. B.Edição para bibliófilos, integrada na colecção «Mvsarvm Officia», com texto de José-Augusto França em páginas preliminares e os trabalhos de José de Guimarães primorosamente reproduzidos a cores em folhas à parte. Realização gráfica dirigida por Armando Alves.

182 — FRANCO (Padre António).- ÉVORA I�US�RADA. Extraída da obra do mesmo nome do Pe. Manuel Fialho. Publicação, Prefácio e Índices de Armando Gusmão. Edições, Nazareth - Évora. MCMX�V. In-4.º gr. de XXIV-450-II págs. E.Armando de Gusmão, autor do extenso prefácio a este volume, termina-o dizendo: “Eis o que, resumi-damente, nos foi possível averiguar àcêrca do Pe. Manuel Fialho e do Pe. António Franco, que procu-raram enobrecer a cidade de Évora com o fruto das suas investigações históricas, nas quais muito há de aproveitável, ainda hoje.”Com um capítulo final integralmente impresso em folhas acetinadas, intitulado ÉVORA I�US�RADA NA ICONOGRAFIA ARTÍSTICA DO PASSADO onde se reproduzem mapas, gravuras, desenhos, fotografias e outro material iconográfico.Encadernação com lombada de pele, decorada com nervuras, rótulos e ferros dourados. Conserva as capas da brochura, com vestígios de acidez e está um pouco aparado.

183 — FRANCO (António) (Trad.) — POMEY (François Antoine) [1619-1673].- INDICULO // UNIVERSA� // Contêm distinctos em suas classes os nomes de // quazi todas as couzas, que hà no mundo, // & os nomes de todas as Artes, // & Sciencias. // INDICULUS // UNIVERSALIS // (...) // Pelo P. FRANCISCO POMEY // da Companhia de JESUS. // (...) // Feito novamente Luzitano. Latino, & acrescen- // tado, como mostram as estrelinhas, pelos Re- // ligiozos da Companhia de JESUS, Estu- // dantes de Rhetorica; no anno de 1697, pera o seu uzo de fallar Latim. // No fim tem Indice Portuguez, cujo numero he o dasmarg~es. // —— // EVORA, // Com as �icenças Necessarias. Na Officina da // Universidade Anno de 1716. In-8.º peq. de XVI-438-15-[I]-XX págs. E.Para além do índice que ocupa o último grupo de páginas, vem no final o “�RA�ADO BREVE // Das Medidas, Pezos, & Moedas. // Pello P. MANOE� A�VRES [sic] da Companhia // de JESUS Autor da Arte da Grammatica.”Encadernação contemporânea. Com sinais de uso e pequenos cortes de traça à cabeça do volume, entre as págs. 383 a 434.

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187 - ver pág. 61

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184 — [FRANCO (Padre António)] [1662-1732].- CONTRAMINA // GRÃMATICAL // Com ~q se desvanecen diversas notas, & ass~uptos, // que hum Curioso imprimio contra os Grãma- // ticos, em especial contra a nunca assas louva- // da Arte da Grãmatica Latina // do Doutissimo // P. MANOE� A�VRES // da Sagrada Companhia de // JESU, // pella qual estuda Gram-matica a maior parte de // Europa, & contra o Promptuario de Synta- // xe do P. Antonio Franco da mesma // Companhia. // HE ESTA OBRA // A todos Grãmaticos mui proveitosa em // ordem a perfeita intelligencia de diver- // sas difficuldades Grãmaticaes. // POR FRANCISCO DA COS�A // EBORENSE. // —— // EVORA, // Na Officina da Universidade. Anno de 1731. // Com todas as licenças necessarias. In-8.º peq. XVI-196-IV págs. E.Conforme elucida Innocêncio esta obra “Sahiu com o nome supposto de Francisco da Costa Eborense, e teve por fim defender a Syntaxe do P. Alvares e o Promptuario do auctor, contra o que a respeito de ambos escrevera Manuel Coelho de Sousa na sua Explicação das partes da Oração.”Sobre o autor diz Barbosa Machado que “Naceo na Villa de Montalvaõ do Bispado do Portalegre, (...). Na florente idade de quinze anos recebeo em Evora a Roupeta da Companhia de JESUS (...). Neste Collegio em que aprendeo as letras humanas, e divinas ensinou, tendo já dictado Rhetorica na Ilha de S. Miguel, as Humanidades por espaço de tres annos, e de cinco em o Noviciado de Lisboa sahindo da sua erudita escola insignes Grammaticos, elegantes Oradores, e suaves Poetas. Foy Mestre dos Noviços, Prefeito do Recolhimento dos Irmaõs em Evora, Reytor do Collegio de Setubal, e Instructor dos Padres do terceiro anno em Lisboa, e Coimbra experimentando todos em taõ diversos ministerios a sua natural suavidade, e brandura acompanhada de muitas virtudes Religiosas. Serà eternamente benemerita de toda a Provincia de Portugal (escreveo em seu louvor o Padre Fonseca na Evor. Glo-rios. pag. 426) pelo incansavel trabalho, e continuo estudo com que revolvendo todos os Cartorios, Archivos, e monumentos antigos desenterrou das Cinzas do esquecimento as gloriosas memorias dos Padres mais memoraveis, e famosos desta Provincia. Destas laboriosos occupaçoens saõ patentes testemunhos os muitos livros, que na lingua Latina, e materna escreveo, e imprimio, para instruir aos naturaes, e estrangeiros em o conhecimento dos grandes filhos, que produzio a Companhia em Por-tugal, derramando o sangue huns em obsequio de Christo, e immortalizando outros o seu nome pelo exercicio das virtudes, e pela profissaõ das sciencias. (...)”.Encadernação antiga de pele inteira.

185 — FRANCO (Padre António) [1662-1732].- PROMPTUARIO // DE // SYNTAXE // DI-VIDIDO EM DUAS PAR�ES; // na primeira se cõtèm a Syntaxe pela mesma // ordem da Arte; nos Escolios se poem a // significaçam do nome, ou verbo // com o caso competente. // NA SE-GUNDA SE �RA�AM A�GU- // mas noticias congruentes à mesma Syntaxe, // que se pòdem ver na pagina seguinte. // Pelo P. ANTONIO FRANCO, // Da Companhia de JESU, Mestre, que foy da // primeira classe de Rethorica em a Univer- // sidade de Evora. // EVORA, // Na Officina da Universidade // Anno de 1730. In-8.º de VIII-624 págs. E.O autor, Jesuíta e insígne mestre de humanidades, reitor no Colégio de Setúbal, professor de retórica da Universidade de Évora e um dos comentadores da gramática de Manuel �lvares, “afora outros cargos que exerceu em Evora, Lisboa, Coimbra e na Ilha de S. Miguel”, nasceu na vila de Montalvão do Bispado de Portalegre.Barbosa Machado diz que António Franco “Na florente idade de quinze anos recebeo em Evora a Roupeta da Companhia de JESUS (...). Neste Collegio em que aprendeo as letras humanas, e divinas ensinou, tendo já dictado Rhetorica na Ilha de S. Miguel, as Humanidades por espaço de tres annos, e de cinco em o Noviciado de Lisboa sahindo da sua erudita escola insignes Grammaticos, elegantes Oradores, e suaves Poetas.Encadernação em pergaminho, da época. Entre as págs. 65 a 87 um pouco ratado na margem superior e com cortes de traça, também ao alto, entre as págs. 303 a 328.

186 — FRANCO (Padre António) [1662-1732].- PROMPTUARIO // DE // SYNTAXE // DI-VIDIDO EM DUAS PAR�ES, // Na primeira se cotem a Syntaxe pela // mesma ordem da Arte; nos Escholios // se poem a significaçaõ do nome, // ou verbo, com o caso cõpetente. // NA SE-GUNDA SE TRATAÕ // algumas noticias congruentes à mesma // Syntaxe, ~q se podem ver na

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191 - ver pág. 62

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pagi- // na seguinte: // Pelo P. ANTONIO FRANCO, // Da Companhia de JESU, Mestre. que // foi da primeira. Classe de Rhetorica // na Universidade de Evora. // [gravura com o monograma da companhia de Jesus) // EVORA, // —— // Na Officina da Universidade Anno de 1750. // Com as licenças necessarias, & Privileg. Real. In-8.º de VIII-624 págs. E.O autor, Professor de Retórica da Universidade de Évora e um dos comentadores da gramática de Manuel Álvares, “afora outros cargos que exerceu em Evora, Lisboa, Coimbra e na Ilha de S. Miguel”, nasceu na vila de Montalvão do Bispado de Portalegre.Datada de 1699 a primeira edição deste Promptuario, identificamos 8 edições impressas até 1750, tendo sido esta última dada à luz em Évora nas Oficinas da Universidade, prova da ampla aceitação que a Obra teve entre os pedagogos jesuítas.Encadernação contemporânea em pergaminho cartonado, com restauros na lombada e outros defeitos. Com uma assinatura de posse antiga na folha de guarda e o ex-libris de António Cupertino de Miranda.

187 — FRANCO (Francisco Soares).- DICCIONARIO DE AGRICULTURA, Extrahido em grande parte do Cours d’Agriculture de Rosier, com muitas mudanças principalmente relativas á �heoria, e ao clima de Portugal, e Offerecido a Sua Alteza Real O Principe Regente Nosso Senhor por... Coimbra: Na Real Imprensa da Universidade. 1804-1806. 5 vols, In-8.� gr. de XVIII-392-II; IV-416-II; IV-378-II; II-431-I e IV- 499-I págs. E.O autor, figura de grande notoriedade e autoridade no seu tempo, exerceu larga e muito diversificada actividade na ciência, na política e nas letras, sendo este «Diccionario de Agricultura» o melhor que no seu tempo havia em Portugal e ainda hoje bastante procurado e de difícil obtenção. No frontispício da obra vem declaradas algumas das especialidades exercidas por Soares Franco: “Demonstrador de Anatomia, operações chirurgicas, e arte obstetricia na Universidade de Coimbra, oppositor de Medi-cina, Bacharel formado em Philosophia, etc.”Os volumes comportam, no seu conjunto 34 excelentes gravuras abertas em chapa de cobre represen-tando máquinas agrícolas e ferramentas para os mais diversos fins, árvores, flores e outras plantas, etc. e um mapa em folha desdobrável (vol. 5).O II tomo apresenta ténues vestígios de humidade no topo das primeiras folhas; O III, 2 picos de traça na margem inferior que não ofendem a mancha tipográfica; o IV tomo apresenta uma mancha de líquido, que afecta apenas o primeiro e o último cadernos.Encadernações inteiras de carneira, da época. (ver gravura na pág. 58)

188 — FREITAS (Augusto Sanches Barjona de).- A REGIÃO DE MANTEIGAS. (Solo, clima, população e agricultura). �isboa. Imprensa de Manuel �ucas �orres. 1918. In-8.º de 140 págs. B.Muito rara dissertação inaugural do curso de Engenheiro Agrónomo apresentada ao Conselho Escolar do Instituto Superior de Agronomia, acerca da região de maior altitude em Portugal, localizada no Vale Glaciário do Zêzere. Entre os assuntos tratados, discriminamos os seguintes: População: longe-vidade, indivíduos defeituosos, estado civil, instrução, profissões, natalidade, movimento migratório, etc. Agricultura: trigo, centeio, milho, batata, vinha, oliveira, culturas hortenses, pratenses e silviculas, azeite, fabrico do queijo da Serra.Com uma assinatura na capa da brochura.

189 — GAGEIRO (Eduardo) & TORGA (Miguel).- ALENTEJO, RELÓGIO DE SOL. Lisboa. 1988. [�itografia �ejo. MCM�XXXVIII]. In-fólio E.�lbum de excelente aspecto gráfico, constituído por belíssimas fotografias de Eduardo Gageiro impres-sas sobre bom e muito encorpado papel, antecedidas de um belo texto em prosa de Miguel Torga intitu-lado «Em Portugal, há duas coisas grandes, pela força e pelo tamanho: �rás-os-Montes e o Alentejo», e pequenos textos, também da sua pena, do cancioneiro e do adagário popular, legendando algumas das referidas fotografias.Encadernação editorial em tela branca, com dizeres gravados a seco revestida de sobrecapa ilustrada a cores.

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190 — GALHANO (Fernando).- O CARRO DE BOIS EM PORTUGAL. [Instituto de Alta Cultura. Centro de Estudos de Etnologia]. �isboa. 1973. In-4.º oblongo de 161-III págs. B.�rabalho de referência da etnografia portuguesa, inteiramente consagrado ao carro de bois, considera-do pelo autor como “elemento cultural muito antigo, e fundamental como alfaia rural para transportes em pequenas distâncias”. Edição muito bem concebida e realizada, ilustrada com desenhos à margem do texto e ainda com numerosas fotogravuras em folhas à parte. Edição do Centro de Estudos de Etnografia do Instituto de Alta Cultura.

191 — GARRIDO (João António).- �IVRO // DE // AGRICU��URA // EM QUE SE �RA�A COM C�AREZA, E DIS- // tinçaõ do modo, e tempo de cultivar as terras de Paõ, // Vinho, Azeite, Hortaliças, Flores dos Jardins, // e Pumares de fruta, como tambem da Criaçaõ dos // Animaes domesticos, e da Cassa dos bravios. // Com muitos segredos, e importantes avizos, para que // os homens do Campo recolhaõ mais copiozo fru- // to do seu trabalho nas obras da Agricultura. // Devidido em nove Repartimentos q~ se apontaõ // no segundo Prologo. // POR // JOAM ANTONIO // GARRIDO // OFFERECIDO AO PATRIARCA // S. JOZÉ // LISBOA: // NA OFFICINA ALVARENSE. // Anno de 1749. // Com todas as licenças necessarias. In-4.� de XVI-163-[I] págs. E.Raríssima edição, cremos que a original, desconhecida de Innocêncio e não registada na PORBASE da Biblioteca Nacional. Cremos que se trata da edição original, ignorada por Innocêncio que apenas dá notícia da tardia edição de 1814, dizendo não ter presente as “diversas edições que d’este livro se fizeram desde o meado do seculo passado” e acrescentando que possui uma de 1826, feita em �isboa, na Imp. de João Nunes Esteves.Entretanto, para além da que apresentamos, confirmamos a existência da 3.ª e 4.ª edições, impressas em 1764 e 1789, seguindo-se outras datadas de 1800 (?), 1801, 1814, 1826 e 1837.A edição que agora registamos, apresenta uma bela xilogravura da Sagrada Família que ocupa cerca de 3/4 da página que precede a folha de frontispício e dá início à Dedicatória ao Patriarcha S. José.Encadernação original inteira de carneira, cansada. Exemplar com manchas de humidade.(ver gravura na pág. 60)

192 — GIRÃO (António Lobo de Barbosa Ferreira Teixeira).- MEMORIA SOBRE OS PE-SOS E MEDIDAS DE PORTUGAL, sua origem, antiguidade, denominação, e mudanças, que tem sofrido até nossos dias, bem como sobre a reforma que devem ter. Acompanhada de varias tabellas de reducção, ou comparação de todas as medidas e pesos do mundo conhecido, antigas e modernas, com as actuaes de Lisboa. Para uso do commercio, e boa inteligencia dos historiadores e geografos antigos e modernos. Lisboa. Na Imprensa Nacional. 1833. In-2.� de IV-111-III págs. E.Com interesse para o estudo comparativo dos Pesos e Medidas utilizados ao longo dos tempos e das importantes reformas que em Portugal foram adoptadas para a sua normalização.Encadernação contemporânea.

193 — GIRÃO (António �uis Ferreira).- NO�ICIA BIB�IOGRAPHICA DO VISCONDE DE VI��ARINHO DE S. ROMÃO. Porto. Viuva Moré. 1870. In-8.º gr. de 42-[II] págs. B.Invulgar bio-bibliografia do 1.º Visconde de Vilarinho de S. Romão, destacado político, empresário agrícola, escritor e académico português.

194 — GODINHO (António).- �IVRO DA NOBREZA E PERFEIÇAM DAS ARMAS. Fac--símile do ms. 164 da Casa Forte do Arquivo Nacional da Torre do Tombo. Introdução, Notas, Direcção Artística e Gráfica de Martim de Albuquerque e João Paulo de Abreu e �ima. Edições Inapa. Sob o Patrocínio da Academia Portuguesa da História. Lisboa. 1987. In-fólio de 75-I

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págs. de texto, � ff. com a reprodução do ms. original e IV págs. finais. E.Belíssima reprodução facsimilar do original quinhentista deste esplendoroso documento da heráldica portuguesa, cujo título original é o seguinte: «�ivro da nobreza e perfeiçam das armas dos reis christãos e nobres linhagens dos reinos e senhorios de Portugal», sendo o corpo principal da obra constituído por 267 grandes brasões d’armas. A edição deste armorial iluminado, em magnífico e muito encorpado papel couché, reproduz todo o manuscrito nas suas cores e metais originais, trabalho que faz dela uma das mais formosas de quan-tas até hoje saíram dos prelos portugueses, em nada inferior ao que de melhor se produz em qualquer parte do mundo. Composição e impressão executada na �itografia Nacional, do Porto.A encadernação, com elementos em relevo imitando placas de metal sobre tecido vermelho, foi exe-cutada na mesma cidade pelas oficinas de encadernação da Imprensa Portuguesa. Conserva o estojo original de protecção.

195 — GOMES (Alberto).- MOEDAS POR�UGUESAS. Catálogo das moedas cunhadas para o Continente e Ilhas adjacentes e para os territórios do Ultramar. 1987. Edição do autor. Lisboa. Portugal. [Expressão - Artes Gráficas]. In-4º gr. de VIII-521-V págs. E.Uma das mais importantes e modernas obras da numismática portuguesa, com centenas de reprodu-ções de exemplares cunhados em Portugal desde 1128 a 1988 acompanhadas das respectivas cotações.Encadernação editorial, ilustrada a cores.

196 — GOMES (Bernardino António).- ELOGIO HISTORICO DO P. JOÃO DE LOUREIRO, lido na sessão solemne da Academia Real das Sciencias de Lisboa em 30 de Abril de 1865. �isboa. �ypographia da Academia. MDCCC�XV. In-4.º gr. de 39-I págs. B.O padre João de �oureiro foi jesuíta e notável botânico, nascido em �isboa provavelmente em 1710, tendo residido em condições adversas em missão de evangelização em Macau, Goa e Cochinchina. Este invulgar Elogio do médico Bernardino António Gomes traz muitas notícias para a sua rica biografia.

197 — GOMES (Bernardino António) & BEIRÃO (Caetano Maria Ferreira da Silva).- CATALOGUS PLANTARUM HORTI BOTANICI MEDICO CIRURGICAE SCHOLAE OLISIPONENSIS ANNO. MDCCCLII. Olisipone. Typographia Nationali. MDCCCLI. In-8� de XXVI-258-II págs. B.Catálogo botânico muito raro, da autoria de dois grandes vultos da medicina e da ciência portuguesa do século passado, cujos nomes, assinando o Prefácio, vêm assim registados: “B. A. Gomes et C. M. F. da S. Beirão”.Com falta da lombada da capa da brochura.

198 — GOMES (João Pereira).- OS PROFESSORES DE FI�OSOFIA DA UNIVERSIDADE DE ÉVORA. 1559 - 1759. Câmara Municipal. Évora. 1960. [Coimbra. Gráfica de Coimbra]. In-4.º gr. de 622-II págs. B.Obra fundamental para o estudo do ensino superior em Portugal, com as biografias e bibliografia dos professores que leccionaram Filosofia na Universidade de Évora de 1559 a 1759. Com muito interesse também para a acção docente dos jesuítas portugueses.Capas da brochura imperfeitas. Com dedicatória do autor.

199 — GROGAN (H. �.).- NUMISM��ICA INDO-POR�UGUESA. �radução, prefácio e algu-mas notas de Luís Pinto Garcia. Agência Geral do Ultramar. 1955. (Lisboa). In-8� gr. de 133-III págs. e IX ff. de estampas. B.“Com os dados colhidos no Oriente e com os exemplares que formaram a sua magnífica colecção, a maior colecção numismática indo-portuguesa, o sábio numismata inglês construiu doutrina nova,

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corrigiu velhos erros, emendou a leitura de determinadas legendas e até de datas, pôs de quarentena os coleccionadores sobre exemplares supostos autênticos e rebateu certas opiniões que ele julgou menos dignas de crédito. Para isso lançou mão, também, de narrativas de viagens de mercadores e viajan-tes célebres de outrora, donde tirou o que lhe pareceu mais acertado. Com a lógica mais aceitável demonstrou Grogan que certas afirmações de Brás de Albuquerque nos Commentarios, e de Gaspar Correia nas Lendas da India eram duvidosas.”Edição documentada com a reprodução de 141 espécies numismáticas.

200 — GUIMARÃES (José de Ascenção).- MONOGRAPHIA DAS OROBANCHACEAS POR�UGUEZAS. Dissertação... �isboa. 1904. In-4º peq. de 208 págs. E.Deve tratar-se, ainda hoje, do mais completo trabalho existente em Portugal sobre esta curiosa espécie botâni-ca da família de plantas angiospérmicas pertencente à ordem das �amiales. Edição executada com apreciável esmero, ilustrada com várias estampas impressas em papel especial. Rara separata da revista “Brotéria”.Encadernação original. Com uma pequena assinatura de posse no anterrosto.

201 — GUSMÃO (Alexandre de) [1629-1724].- ESCOLA // DE // BELEM. // JESUS // NASCIDO NO PRESEPIO. // DEDICADO // AO PATRIARCHA // S. IOSEPH. // PELO // (...) // [Gravura com o monograma da Companhia de Jesus] // EVORA. // Na Officina da Universidade. Anno M. DCC. XXXV. // —— // Com todas as licenças necessarias. In-8.� de XIV-319-[I] págs. E.Sobre o autor, diz Palmira Rocha de Almeida no Dicionário de Autores no Brasil Colonial: “Era ainda um jovem quando, em 1644, partiu com os pais para o Brasil, onde permaneceu até ao final da sua longa vida. Matriculou-se no colégio dos jesuítas no Rio de Janeiro e, em 1646, ingressou na Compa-nhia de Jesus, continuando os estudos de Humanidades, Retórica, Filosofia e �eologia. Foi professor, mestre dos noviços e reitor do colégio da sua congregação na Baía. Pregador distinto, exerceu (...) o alto cargo de provincial do Brasil, tendo apoiado com entusiasmo as missões do sertão. Fundou o seminário de Belém, em Cachoeira, na Baía, o qual dirigiu também durante longos anos, época em que nele estudaram os irmãos Alexandre de Gusmão, afilhado do reitor, e Bartolomeu �ourenço de Gusmão. (...) Escritor ascético, pode ser considerado um precursor do romance no Brasil, pois a Historia do Predestinado Peregrino, e seu Irmão Precito, novela moral alegórica, foi a primeira obra de ficção escrita em terra brasileira.Segunda edição cuidadosamente impressa, decorada com letras capitais ornamentadas, cabeções de enfeite e florõres de remate.Encadernação contemporânea em carneira, com vestígios de traça na lombada. (ver gravura na pág. 64)

202 — GUSMÃO (Alexandre de) [1629-1724].- HISTORIA // DO // PREDESTINADO // PE-REGRINO, // E SEU IRMÃO PRECITO; // Em a qual debaxo de huma misteriosa // Parabola se descreve o sucesso feliz, // do que se ha de salvar, & a infeliz // sorte do que se ha de // condenar. // DEDICADA // AO PEREGRINO CELESTIAL, // S. FRANCISCO XAVIER, // Apostolo do Oriente. // COMPOSTA // PELLO P. ALEXANDRE DE GVSMAM // da Companhia de IESV, da Provincia // do Brazil. // —— // EVORA. // Com todas as licenças necessarias na // Officina da Universidade. // Anno de 1685. In-8.º de VIII-364-X págs. E.Xavier da Cunha em «Impressões Deslandesianas» descreve com detalhe, para além da edição prin-ceps, três distintas edições cujo registo tipográfico dá indicação de terem sido impressas na Oficina da Universidade de Évora e no ano de 1685.A edição que agora procuramos descrever será na opinião daquele destacado bibliógrafo, a segunda edição (original) que terá dado origem às duas contrafacções que também descreve minuciosamente.Escritor ascético, Alexandre de Gusmão pode ser considerado um precursor do romance no Brasil, pois a Historia do Predestinado Peregrino, e seu Irmão Precito, novela moral alegórica, foi a primeira obra de ficção escrita em terra brasileira.Encadernação contemporânea em carneira. Com vestígios de humidade e outros pequenos defeitos.(ver gravura na pág. 66)

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203 — GUSMÃO (Artur Nobre de).- IV CEN�EN�RIO DA FUNDAÇÃO DA UNIVERSI-DADE DE ÉVORA. 1559 - 1959. Exposição Bibliográfica. Évora. 1959. [�ipografia Diana]. In-4.º gr. de VIII-452-IV págs. B.Vasto trabalho bibliográfico de obras relacionadas com a Universidade de Évora, incluindo 1379 entradas, muitas das quais de assinalável raridade e importância. Cuidada edição executada em papel de escolhida qualidade.

204 — GUSMÃO (Nuno Bernardino de Oliveira Botelho de).- BREVES CONSIDERAÇÕES SOBRE O ENSINO POPULAR DA AGRICULTURA. Dissertação inaugural do curso de Enge-nheiro Agrónimo, apresentada ao Conselho Escolar do Instituto Superior de Agronomia por... MCMXXIII. In-4.º peq. de 139-I págs. B.Publicação de provável restrita tiragem, de grande raridade no mercado e interesse para a história da instrucção em Portugal.Com dedicatória do autor ao Prof. Luiz de Castro.

205 — HARDUNG (Victor Eugenio).- CANCIONEIRO D’ÉVORA, publié d’aprés le manus-crit original et accompagné d’une notice littéraire-historique par Victor Eugene Hardung. �isboa. Imprensa Nacional. 1875. In-8.º gr. de 77-I págs. B.“ (...) Le Cancioneiro d’Evora appartient à la fin du XVIème siècle et fut probablement composé entre 1590 et 1600.“(... ) ce monument littéraire représente l’école da medida velha, pour ainsi dire les épigones des poëtes qui avaient assisté aux Serões do Paço, il nous fait voir le dernier restes de cette époque brillante à la cour de la reine D. Cathérine et de D. Sébastien, jusqu’à ce que l’usurpation vint mettre terme à l’indépendence nationale et à une cour splendide; d’autre, il nous offre, par des compositions insipides, le triste spectacle de la décadence littéraire.”

206 — HENRIQUES (Manuel G.).- �RA�ADO COMP�E�O DO NOVO SYS�EMA �EGA� DE PESOS E MEDIDAS. Editor - François Lallemant. Lisboa. Typ. da Sociedade Typographica Franco-Portugueza. 1863. In-8.º gr. de 282-III págs. e 5 estampas desdobráveis. E.Publicação com interesse para a história da introdução do novo sistema métrico e de pesos e medidas que veio substituir as antigas unidades de medida utilizadas em Portugal, no Brasil e em alguns dos domínios coloniais portugueses, na sua maior parte, unidades que tiveram como origem, entre outras, as medidas árabes e romanas.Edição documentada com mapas impressos nas páginas de texto e com 5 estampas desdobráveis impressas à parte que ilustram exemplos de objectos para medidas de líquidos, de secos, pesos de metais, pesos de latão, pesos de ferro [Dim. 54x25 cm] sendo a última estampa, de maiores dimensões [107x25 cm], com a representação de medidas lineares, quadradas e tridimensionais.Encadernação da época, mal cuidada.

207 — HOMEM (Diogo).- A��AS UNIVERSA�. M. Moleiro Editor, S. A. 2002]. In-fólio de XX ff. inums. E.Rigorosa reprodução facsimilar do precioso Atlas Universal de Diogo Homem, obra mestra para o desenvolvimento das navegações, do comércio marítimo e da cartografia Europeia, constituída por 19 cartas geográficas em página dupla, zelosamente conservada na Biblioteca Nacional da Rússia, em S. Petersburgo“Esta jóia do século XVI documenta um conjunto de inovações na representação da terra, de que é exemplo a primeira figuração do Japão nas cartas, e teve uma extraordinária repercussão do dealbar da época moderna.”Facsimile quasi-original acompanhado de um volume inteiramente dedicado ao estudo deste impor-

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tantíssimo documento, profusamente ilustrado a cores, cuja colaboração se deve Alfredo Pinheiro Marques [A Cartografia Portuguesa na época dos Descobrimentos]; e a �udmila Kildushevskaya [O Atlas Universal de Diogo Homem].Primeira edição, única e irrepetível, numerada e limitada a 987 exemplares autenticados com um certificado notarial.Trata-se de uma preciosa e muito rara peça com lugar nas mais requintadas e exigentes bibliotecas par-ticulares dedicadas à cartografia e descobertas, indispensável em bibliotecas públicas e universitárias.Edição protegida por uma encadernação de pele e revestida por uma caixa encadernação de cuidada e luxuosa execução.

208 — HONWANA (Luis Bernardo).- NÓS MATAMOS O CÃO-TINHOSO! [1964. Sociedade de Imprensa de Moçambique (S.A.R.�.). Moçambique]. In-8.º de 135-I págs. B.Primeira edição de um raro livro em prosa de um destacado autor moçambicano, livro que conta pelo menos três edições em língua portuguesa e que foi traduzido na Rússia, Inglaterra e Bélgica. Dedicado “à Dori que é sensível à angústia dos cães; ao José Craveirinha expressão verdadeira da poesia de Moçambique”.Edição ilustrada com fragmentos de desenhos de Bertina. Arranjo gráfico de Pancho.Referido por Geral Moser e Manuel Ferreira na «Bibliografia das �iteraturas Africanas de Expressão Portuguesa».

209 — HOPPE (Fritz).- A ÁFRICA ORIENTAL PORTUGUESA NO TEMPO DO MAR-QUÊS DE POMBA�. (1750-1777). Agência-Geral do Ultramar. �isboa. MCM�XX. In-4.º de 528-II págs. B.Esta obra “surgiu como tese de doutoramento no Seminário de História da Universidade de Hamburgo e baseia-se em numerosas fontes de material, na maior parte ainda não publicado, que foi explorado em arquivos portugueses, num trabalho de investigação de vários anos. Nesta base, o autor oferece uma panorâ-mica teórica e prática da política colonial portuguesa na �frica Oriental, no séc. XVIII, e apresenta ainda uma reconstrução minuciosa da situação de Moçambique, nessa fase da presença portuguesa”.

210 — HORIZON�E. [Director: Joel Serrão; Editor: António Garcia de Castilho; Proprietário: Assoc. dos Est. da Fac. de Letras de Lisboa.] Ano I - Lisboa, 20 de Fevereiro 1942 [a 13 de Janeiro de 1943]. 10 números. In-fólio E.Raro quinzenário da Associação de Estudantes da Faculdade de �etras de �isboa dirigido por Joel Serrão, cujo corpo redactorial inclui no número inaugural os nomes de Alberto José Pessoa, Aníbal Correia, �rio de Azevedo, Caetano �eglise Vidal, Emílio Monteiro de Almeida, E. de Sousa, Jorge Botelho Moniz, Rui Grácio e Vasco Palmeirim. Mais tarde composto também por J. José Fagundes, Jorge de Borja Freitas, Leonel Neves, Rui Tôrres, Francisco José Tenreiro, João de Freitas Branco, Teixeira de Sousa, Maria Helena Ferreira Chaves e Jorge de Macedo.O último número, publicado depois de uma interrupção de mais de 6 meses, acabou por ser publicado por Julião Azevedo e editado por José de Assis Mafra.Daniel Pires, no «Dicionário da Imprensa Periódica...», faz a descrição minuciosa desta publicação, realçando a responsabilidade de J. Serrão na crítica literária, “estando a de cinema a cargo de Rui Grácio. A nível plástico sobressaíam os desenhos de Frederico George e de Magalhães Filho. (...)”Destaca-se nesta colecção o n.º 5, dedicado a Antero de Quental, com a colaboração de Sant’Anna Dionísio, Joaquim de Carvalho e Joel Serrão assim como a publicação de correspondência do Poeta.Para além dos nomes já citados, entre a vasta colaboração, figuram ainda os nomes de Adolfo Casais Monteiro, Eugénio de Andrade, Fernando Namora, V. Magalhães Godinho, Aleixo Ribeiro, António de Navarro, A. José Saraiva, Aquilino, Calvet de Magalhães, Castro Soromenho, J. José Cochofel, J. Pedro de Andrade, Joly Braga SAntos, Jorge Barbosa, Júlio Pomar, Sidónio Muralha, e �omás Kim.Publicação não registada no Catálogo das Publicações Periódicas Portuguesas existentes na Bib. Geral da Univ. de Coimbra.Com restauros nos vincos do número inaugural.Encadernação em estopa, também conhecida como pele do diabo, com um rótulo na pasta da frente.

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211 — IAHIA (Abu Zacaria).- [LIBRO DE AGRICULTURA. (...) Traducido al Castellano y anotado por Don Josef Antonio Banqueri, Prior-claustral de la Catedral de Tortosa, Individuo de la Real Biblioteca de S. M., y Académico de número de la Real Academia de la Historia. (...) de Órden Superior, y á expensas de la Real Biblioteca. Madrid em la Imprenta Real. Año de 1802.) [aliás Ministerio de Agricultura Pesca y Alimentacion / Ministerio de Asuntos Exteriores. 1992?]. 2 vols. In-4.º gr. de 46-X-698-[II] e IV-756-[I] págs. E.Edição facsimilada do célebre «�ibro de Agricultura» de Ibn al-’Awwam (Abu Zacaria Iahia), árabe andaluz que viveu em Sevilha nos finais do século XII e provavelmente no início do século seguinte.Obra de carácter enciclopédico, onde o seu autor expõe o saber agrícola e zootécnico do seu tempo, cujo manuscrito, descoberto no século XVIII na biblioteca do Escorial , foi traduzido para castelhano por Don J. Antonio Banqueri e pela primeira vez publicado em Madrid, em 1802. Tratado da maior importância para o conhecimento da agricultura europeia medieval, mais tarde publicado também em Sevilha (1878), traduzido para o francês e publicado em Paris em 1865.

212 — IMBONDEIRO GIGAN�E. 1. Publicações Imbondeiro. Sá da Bandeira. Angola. [Grá-fica da Huíla, �imitada - Sá da Bandeira - 1953]. In-4.º de 194-VI págs. B.Primeiro e único volume publicado, dirigido por Garibaldino de Andrade e �eonel Cosme, cremos que proibido pela censura política. �extos de Alexandre Cabral, Antunes da Silva, Eduardo �eófilo, Fernando Reis, Garibaldino de Andrade, Guido Wilmar Sassi, Jorge Medauar, José Régio, Júlio Graça, �ygia Fagundes �elles, �uís Cajão, Manuel Amaral, Mário António, Óscar Ribas, Ricardo Ramos, Urbano �avares Rodrigues e Vasco Branco. Raro.

213 — IN MEMORIAM ANTÓNIO JORGE DIAS. Instituto de Alta Cultura. Junta de Investi-gações do Ultramar. Lisboa. 1974. 3 vols. In-4.� B.Obra de homenagem a Jorge Dias, grande figura da etnologia portuguesa e autor de trabalhos que alcançaram os mais altos lugares entre os da sua temática. Nesta publicação ficaram arquivados, em diferentes línguas e quase todos ilustrados, trabalhos de grande importância no campo das ciências etnológicas e antropológicas, da autoria de numerosos cientistas de diferentes partes do mundo e que com Jorge Dias mantiveram contacto.

214 — IRSAY (Stephen d’).- HIS�OIRE DES UNIVERSI�ÉS FRANÇAISES E� E�RANGÈ-RES DES ORIGINS A NOS JOURS. Paris. Éditions Auguste Picard. 1933-1935. 2 vols. In-4.º de XII-372-I [III] e VIII-451-I págs. E.�rabalho verdadeiramente monumental e de grande importância para o estudo da instrução pública no mundo ocidental.“Il est, certes, un peu présomptueux de vouloir condenser en 800 pages une grande partie de l’histoire intellectuelle du monde occidental pendant presque huit siècles. Évidemment, dans un travail de cette nature on ne pouvait entrer dans des détails minutieux, et il a fallu se borner à une vue d’ensemble des événements en indiquant leur enchaînement. Qu’on n’y cherche pas l’histoire de la pensée philosophi-que ou scientifique: on ne les trouverait pas, non plus qu’une histoire complète de l’instruction publique. L’histoire des universités tient de l’une et de l’autre, mais elle forme un sujet propre et bien limité (...)”.Edição cuidada, ilustrada em folhas impressas à parte, acompanhada de uma «�iste des Manuscrits inédits consultés», de um desenvolvido «Index Bibliographique» e de um muito útil «Index analytique».Índice: Introduction historique et bibliographique; Les écoles préuniversitaires et l’origine de l’étude des Arts libéraux; L’origine de l’Université de Paris et l’étude de la théologie; L’origine de l’Université de Bologne et l’étude du droit; Les écoles de Salerne et l’Université de Montpellier - L’étude de la mé-decine; L’expansion du mouvement universitaire; La vie universitaire au XIII siècle; Les universités au XIV siècle; �e mouvement universitaire à la fin du Moyen Age; �a Renaissance italienne; �’orbite de la Renaissance française; La Renaissance allemande; La Réforme; La Contre-Réforme; Les débuts de l’âge scientifique; �a vie universitaire au XVII siècle; Recherche libre et utilitarisme; �’âge de l’Encyclopédie; Révolution et refonte impériale; Impulsions politiques au début du XIX siècle; Le romantisme des écoles; La conquête des sciences.Encadernações com lombadas e cantos de pele, decoradas com nervuras e ferros gravados a ouro.

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215 — IS�ÃO E ARABISMO NA PENÍNSU�A IBÉRICA. AC�AS DO XI CONGRESSO DA UNIÃO EUROPEIA DE ARABIS�AS E IS�AMÓ�OGOS. (Évora - Faro - Silves, 29 Set.- 6 Out. 1982). Editadas por Adel Sidarus. Évora. 1986. In-4.º de 450-XXX págs. B.Nesta edição foram publicados textos ou resumos de várias contribuições apresentadas ao Congresso, entre os quais destacamos as Conferências de Pedro Cunha Serra [A influência árabe na Pevínsula Ibérica] e José Garcia Domingues [Presença árabe no Algarve]. Entre as comunicações publicadas destacamos, entre outros, a colaboração de Josué Pinharanda Gomes, António �osa, Velho Martim, Rachel Arié. Salvador Gomez Nogales, Robert Hillenbrand, Gustav Ineichen, Pedro Lavado Paradi-nas, Joaquim Chorão Lavajo, J. Eduardo Lopez, Anouar Louca, Manuela Marin, A. Neuwirth, �. Pouzet, Kees Versteegh, etc.Edição ilustrada em folhas à parte.

216 — IZQUIERDO (P. Sebastian) [1601-1681].- PRAC�ICA // DOS // EXERCICIOS ESPIRI-TUAES // DE // S. IGNACIO. // PELLO PADRE // SEBAS�IAÕ IZQUIERDO // da Companhia de Jesus, // TRADUSIDA // Pello P. MANOE� DE COIMBRA // Beneficiado na Magdalena: // OFFERECIDA / Ao mesmo inclyto Patriarcha S. Ignacio // de Loyola, e a seus generosos Filhos. // —— // EVORA. // Na Officina da Universidade, Anno 1749. // Com todas as licenças necessarias. In-8.º de VIII-147-[I] págs. E.Encadernação contemporânea, inteira de pele.

217 — JARDIM (Vasco) & PAIS (Francisco Cabral) .- A VI�ICU��URA DE CO��ARES. Relatorio da missão de estudo á Região Viticola de Collares realisada pelos alumnos da setima cadeira do Instituto de Agronomia em Fevereiro de 1903. — Relatores Vasco Jardim, Francisco Cabral Paes. Illustrações de Octavio Bandeira de Mello Alumnos do Instituto de Agronomia. (...). �isboa. Officina �ypographica. 1903. In-4.º de II-26 págs. B.Muito invulgar separata de «A Vinha Portugueza», ilustrada com mapas e interessantes fotogravuras impressas nas páginas de texto.Com reconhecida dedicatória dos relatores a D. Luiz de Castro, “Lente que, tão moderna e superior-mente, orienta o nosso ensino abrindo e facilitando-nos o caminho da vida pratica.”D. Luís Filipe de Castro, foi agrónomo, professor de agronomia ligado ao partido Regenerador.

218 — JESUS MARIA (José de).- BREVE // RESUMO // Para instrucção, & direcção dos // Ordinandos: // Assim para se fazer~e capazes para os exa- // mes, como para saber~e as grandes obrigaço- // ens, a ~q ficão sogeitos por razão do seu estado. // COMPOSTO // POR // D. Fr. JOZE // DE JESU // MARIA, //Da Ordem dos Prégadores, Bispo de Patara, // do Conselho de Sua Magestade, Deputado // do Santo Officio, Presidente da Re- // lação Ecclesiastica, & Chan-celler // do Arcebispado de Evora. // EVORA, // —— // Com as licenças necessarias. // Anno de M.DCC.XXXVIII. In-8.º de XXIV-183-V págs. E.Publicação invulgar, não registada por Armando Nobre de Gusmão no Catálogo da «Exposição Biblio-gráfica», comemorativa do IV Centenário da Fundação da Universidade de Évora.Acerca do autor, diz Barbosa Machado ser natural de Lisboa, onde foi “virtuosamente educado por seus Pays (...), elegeo a illustre Ordem dos Pregadores à qual foy admitido em o Real Convento de Bemfica (...) em 1683. Nesta doutissima palestra frequentou os estudos escholasticos con distinçaõ de todos os seus condiscipulos, e com enveja dos Mestres principalmente quando dictou Filosofia, e Theologia em cuja Faculdade foy Prezentado. Depois de ser Secretario da Provincia, e Prior do Con-vento de Lisboa foy nomeado (...) Bispo Coadjutor do Arcebispo de Evora D. Simaõ da Gama sendo confirmado pela Santidade de Clemente XI. com o título de Patára Cidade, e Cabeça da �icia (...). Foy Deputado da Inquiziçaõ de Evora creado a 24 de Dezembro de 1716. (...). Foy dos grandes Oradores Evangelicos do seu tempo de cujos discursos foraõ theatros os mais authorizados pulpitos. (...)”.Exemplar mal cuidado, a necessitar restauro.

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219 — JORDÃO (�evy Maria) [Visconde de Paiva Manso].- MEMORIA SOBRE �OU-RENÇO MARQUES (DE�AGOA BAY). �isboa. Imprensa Nacional. 1870. In-4.º de [II]--�XXXIX-I-149-[III] págs. E.Invulgar e muito interessante monografia, profusamente documentada com dados históricos, políticos, económicos, comerciais e etnográficos daquela colónia portuguesa. Entre muitos outros, com um capítulo inteiramente dedicado às “Pretenções Inglezas sobre parte da Bahia de Lourenço Marques”, outro intitulado «Relações do Districto de �ourenço Marques com os �ransvaal Boers». Em apêndice com «Descripções Portuguezas da Bahia de �ourenço Marques nos séculos XVI e XVII»; «Vocabu-lário da lingua Cafreal na Bahia de �ourenço Marques»; etc. etc.Edição ilustrada com dois mapas desdobráveis [P�ANO DA BAHIA DE �OURENÇO MARQUES. 1870] e [MAPPA DEMONS�RA�IVO dos limites das possessões portuguezas na africa oriental e da republica dos transvaal. 1870]. [dim. aprox. 33x39 cm.] Encadernação modesta.

220 — JUNOD (Henrique A.).- USOS E COS�UMES DOS BAN�OS. A Vida duma tribo Sul-Africana. Versão da edição francesa. (...) Repartição �écnica de Estatística da Colonia de Moçambique. Imprensa Nacional de Moçambique — 1944-1946. Lourenço Marques. 2 vols. In-4.º de 556-II e 634 págs. E.“Entre as obras destinadas a dar a conhecer as instituições e usos das sociedades chamadas «primiti-vas», à falta de melhor, há poucas que se possam colocar a par de Usos e Costumes dos Bantos. O Sr. H.-A. Junod passou quási a sua vida inteira com estes Bantos da �frica Oriental Portuguesa, tão mal conhecidos antes de êle. Fala a língua dêles familiarmente; não é entre êles um estrangeiro. (...) A obra do Sr. Junod tem por isso uma importância extraordinária para o estudo da mentalidade primitiva. Não posso mesmo dizer de quanto lhe sou pessoalmente devedor.».” [�. �évy-Brhul].Encadernações com lombada de pele, um pouco cansadas.

221 — LAGUARDA TRÍAS (Rolando A.).- EL PREDESCUBRIMIENTO DEL RIO DE LA PLATA POR LA EXPEDICION PORTUGUESA DE 1511-1512. Junta de Investigações do Ultramar. �isboa. 1973. In-4.º gr. de XII-220-II págs. E.“Hasta ahora se consideraba a la expedición española de Juan Díaz de Solis como la primera armada europea que había penetrado en el río de la Plata, en 1516. El autor muestra que cuatro años antes estu-vo en el mismo río la expedición que partió de Lisboa al mando del heraldo Diogo Ribeiro y, después de muerto a manos de los indios, llegó al estuario rioplatense bajo la dirección de Esteban Froes, o Flores.” A obra vem acompanhada de 27 documentos, inéditos na sua maior parte, que fundamentam as afirmações do autor. Com estampas impressas em separado e nas páginas do texto, reproduzindo facsímiles de documentos e mapas. Das excelentes edições do «Centro de Estudos de Cartografia Antiga» da Junta de Investigações do Ultramar.Encadernação editorial, com sobrecapa ilustrada.

222 — �APA (João Inácio Ferreira).- MEMORIA SOBRE O ES�UDO INDUS�RIA� E CHIMI-CO DOS �RIGOS POR�UGUEZES REDUZIDOS A VIN�E E NOVE �YPOS VU�GARES. Trabalho executado no Instituto Agricola, sob os auspicios da repartição de agricultura do Mi-nisterio das Obras Publicas, Commercio e Industria por... Lisboa. Typographia da Academia. M DCCC �XV. In-4.º gr. de IV-161-[III] págs. E.Publicação muito invulgar, com interesse para o estudo da agricultura em Portugal no século XIX. Edição documentada com mapas e diversas gravuras, na sua maioria impressas em página inteira, que ilustram as 29 espécies de trigo nacional.Encadernação modesta. Com restauros na margem superior do rosto e do ante-rosto.

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223 — LAPA (João Inacio Ferreira).- RELATORIO DA MISSÃO AGRICOLA NA PRO-VINCIA DO MINHO desempenhada pelo Commissario do Governo João Ignacio Ferreira �apa no anno de 1870 desde 15 de Agosto a 15 de Setembro. Lisboa. Imprensa Nacional. 1871. In-4.� gr. de 108 págs. B.Publicação bastante rara e estimada, de grande interesse para a bibliografia da agricultura na província do Minho, em particular para a cultura dos vinhos verdes e da estrumação das terras daquela província.Cuidada e nítida edição, documentada com 38 gravuras intercalaladas nas páginas do texto. Sobre a importância deste Relatório e cuidado com que foi redigido, Inocêncio transcreve o encomiástico artigo que a seu respeito foi publicado no n.º 5264 do «Jornal do Commercio».

224 — �APA (João Inácio Ferreira).- RE�A�ORIO DO ES�UDO INDUS�RIA� E CHIMI-CO DOS �RIGOS POR�UGUEZES REDUZIDOS A VIN�E E NOVE �YPOS VU�GARES. Trabalho executado no instituto agricola, sob os auspicios da repartição de agricultura do mi-nisterio das obras publicas, commercio e industria. Lisboa. Imprensa Nacional. 1862. In.8.� gr. de [II]-81-[III] págs. E.“Para satisfazer á repartição de agricultura, que deseja que a parte concluida do estudo dos trigos con-corra com outros estudos e collecções agricolas, tambem feitos e preparados no instituto, á proxima exposição universal de �ondres, reunimos á pressa os dados obtidos, acompanhados das primeiras deducções scientificas, agricolas e industriaes que nos foi possivel formular sobre elles (...)”.Encadernação modesta. Com cortes de traça junto à lombada e escritos na capa da brochura.

225 — �APA (João Inácio Ferreira).- REVIS�A DA AGRICU��URA NA EXPOSIÇÃO UNI-VERSA� DE PARIS DE 1878 PE�O COMMISARIO �ECHNICO DA AGRICU��URA NA MESMA EXPOSIÇÃO... �isboa. Imprensa Nacional. 1879. In-4-º gr. de IV-270-[II] págs. E.Publicação muito rara e de grande interesse documental para a bibliografia da especialidade.Edição cuidadosamente impressa e profusamente ilustrada, nas páginas de texto ou em plena página, com belas xilogravuras que documentam o texto e que na sua maior parte representam máquinas ou instrumentos agrícolas.“ (...) É dividida a nossa revista em duas partes. Na primeira sob o título de Agricultura propriamente dita occupar-nos-hemos dos adubos e das machinas agricolas, cujo trabalho se exerce todo ou quasi todo no campo. Na segunda parte ou Tecnologia rural revistaremos os productos agricolas mais im-portantes; cereaes, vinhos, azeites e lacticinios.Encadernação com lombada e cantos de pele. Com falta das capas da brochura.

226 — �EA� (Raul); CORREIA (Natália) & FREI�AS (�ima de).- M�RIO CESARINY. (...) Direcção-Geral da Acção Cultural - Secretaria de Estado da Cultura. Lisboa. 1977. In-4.� quadrado de 207-VII págs. E.Valioso trabalho sobre o pintor Mário Cesariny, artista fundamental do movimento surrealista portu-guês, com importantes textos de Raul �eal, Natália Correia e �ima de Freitas.Edição cuidada, em bom papel, com numerosas reproduções a negro e a cores de trabalhos do pintor, fotografias e reproduções de capas de revistas, livros e catálogos de exposições. �iragem confinada a mil exemplares. Primeira edição.COM DEDICA�ÓRIA AU�ÓGRAFA ES�RANHA A QUA�QUER DOS AU�ORES.Encadernação dos editores com sobrecapa de papel policromado.

227 — LEITÃO (Francisco) [1631-1705].- REMEDIO // DE PECCADORES, // EXERCICIO // DE JUS�OS, // Contem duas partes: a primeira tra- // ta do Exercicio da Confissão; // a segun-da do exercicio da // Communhão. // (...) // EVORA. // Com as licenças necessarias, & privi- // çegio, na Officina da Universi- // dade. Anno de 1687. In-12.º de IV-530-XVIII págs. E.

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O autor, natural de Castelo de Vide, entrou na Companhia de Jesus, no Colégio de Évora em 1647 onde professou em 1667. “Na Academia Eborense naõ sómente aprendeo as letras amenas, e severas, mas as dictou com grande applauso sendo nellas laureado com as insignias doutoraes de theologo.” [in Bibliotheca Lusitana. Barbosa Machado]. Partiu para Roma em 1686 como Revisor Geral dos livros da Companhia de Jesus tendo falecido nesta cidade em 1705. Primeira e única edição, muito invulgar. Não registada por Barbosa Machado ou Innocêncio.Encadernação contemporânea em carneira, com defeitos na lombada.

228 — �ERENO (�lvaro).- SUBSÍDIOS PARA A HIS�ÓRIA DA MOEDA EM CABO VERDE. (1460 - 1940). Agência Geral das Colónias. 1942. [�isboa]. In-8.º gr. de 254-I págs. B.Aprofundado trabalho histórico-numismático, vindo a lume numa das boas edições da Agência Geral das Colónias. Invulgar.

229 — LINO (Raul).- CASAS PORTUGUESAS. Alguns apontamentos sobre o arquitectar das casas simples. Edição de Valentim de Carvalho, �isboa. [1933]. In-4.º de 114-II-VI págs. B.�ivro clássico da arquitectura portuguesa. �em para além das páginas mencionadas uma colec-ção de 24 estampas impressas em separado, sendo algumas a cores. Primeira edição, impressa em papel avergoado da Fabrica da Abelheira.

230 — �ISBOA (Fr. Cristovão de).- HIS�ÓRIA DOS ANIMAIS E �RVORES DO MARA-NHÃO. Estudo e Notas do Dr. Jaime Walter. Prefácio de Alberto Iria. Publicação do Arquivo Histórico Ultramarino e Centro de Estudos Históricos e Ultramarinos. Lisboa. 1967. In-4.� gr. de XII-158-II págs. e IV-194-V ff. B.É a reprodução fac-similada antecedida das respectivas Leituras e Comentários do célebre códice da primeira metade do século XVII, “obra de excepcional importância para o esclarecimento da parte portuguesa no estudo da história natural do Brasil”. Com as reproduções dos peixes, aves, plantas e frutos constantes do manuscrito publicado.O autor, Frei Cristóvão de Lisboa, irmão de Manuel Severim de Faria, chegou ao Maranhão em 1624.Capa da brochura editorial reproduzindo a encadernação original em pergaminho.

231 — LISBOA (Irene).- 13 CONTARELOS que IRENE escreveu e ILDA ilustrou para a gente nova. [�ivraria Sá da Costa. �isboa. S.d. - 1926?]. In-8.º de VIII-171-III págs. B.Primeiro e mais raro livro de Irene �isboa, uma das mais singulares figuras da literatura feminina portuguesa.Segundo Ramos de Almeida, “Seja qual for o critério de escolha usado para seleccionar os dez maiores escritores vivos, o nome de Irene �isboa tem de ficar entre eles, tal o poder, a plasticidade, a economia, a beleza do seu estilo, tal o significado humanístico da sua obra.”Edição cuidadosamente ilustrada com 13 desenhos, vinhetas e capa da brochura de Ilda Moreira, colega e colaboradora da pedagoga e escritora Irene Lisboa.

232 — LISBOA (Irene).- UMA MÃO CHEIA DE NADA OUTRA DE COISA NENHUMA. (Historietas). Portugália Editora. �isboa. [S.d. - 1955]. In-8.º de 198-IV págs. B.A propósito deste livro escreveu José Régio: “... é verdadeira alegria reconhecer a gente um estilo, uma arte (que só à primeira vista parece não ter arte) de escrever, nas suas frases ora ondulosas ora, as mais das vezes, antes singelas, claras, de uma brevidade ou concisão quase telegráfica, — nesta época triste em que uns enaltecem a banalidade da escrita, outros debalde a pretendem ultrapassar, e ainda outros imbecilmente a confundem com a luminosa simplicidade dos Mestres.”Invulgar livro em prosa, ilustrado com muitos e belos desenhos de plena página assinados por Pitum Keil do Amaral. Exemplar estimado e por abrir.

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233 — �ISBOA (Irene) [(Pseud. FA�CO (João)].- COMEÇA UMA VIDA. Novela ilus-trada por Maria Keil do Amaral. Seara Nova. �isboa. 1940. [Gráfica �isbonense]. In-8.º de 134-IV págs. B.Primeira e invulgar edição de um dos primeiros e originais livros de Irene Lisboa, publicado sob pseudónimo João Falco.COM DEDICATÓRIA DA AUTORA.

234 — LISBOA (Irene) [(Pseud. FALCO (João)].- UM DIA E OUTRO DIA... [Tip. da “Seara Nova”. �isboa. 1936]. In-8.º de 339-I págs. B.Segundo livro de Irene Lisboa, este de poesia, publicado sob o pseudónimo João Falco, autora que levou Julião Quintinha a afirmar que a «Seara Nova» se podia orgulhar de haver revelado ao público uma escritora que estava escrevendo “algumas das mais belas páginas da moderna literatura portuguesa.”

235 — �IVRO PRE�O. Cartulário da Sé de Coimbra. Edição Crítica. �exto Integral. Director e Coordenador Editorial Manuel Augusto Rodrigues. Director Científico Cónego Avelino de Jesus da Costa. Arquivo da Universidade de Coimbra. 1999. In-4.º gr. de CC�-XXXVIII-1429--XXXIX págs. E.“(...) Este códice encerra uma vasta e rica série de diplomas que relatam inúmeros acontecimentos, latu sensu, nesta cidade e região centro de Portugal, bem como nos territoria dependentes de Coimbra, desde o séc. VIII até ao séc. XIII. Pode afirmar-se com toda a justiça que este tesouro, de inestimável valor pelo seu conteúdo e significado, representa a “memória” histórica mais antiga e de maior rele-vância da Urbe do Mondego. Mas o Livro Preto representa, igualmente, um eloquente testemunho de factos marcantes relativos à fase difícil da Reconquista, da formação de Portugal e da nova organização administrativo-eclesiástica da Península Ibérica. (...)”Edição verdadeiramente monumental, em papel de escolhida qualidade e com numerosas ilustrações e mapas a cores e a negro.Encadernação em inteira imitação de pele granitada, com dizeres e ferros dourados, sobrecapa de protecção e estojo no mesmo material da encadernação.

236 — IMPORTANTE COLECÇÃO DE MANUSCRITOS COM INTERESSE PARA A HIS-�ÓRIA DO CONVEN�O DE S. FRANCISCO, EM ÉVORA[�IVROS REAIS. Documentos referentes a Privilégios Reais concedidos ao Convento de S. Fran-cisco em Évora]. Pasta de manuscritos do séc. XVII com X�VI ff. das quais �I págs. manuscritas. E.

237 — �OBA�O (Alexandre).- I�HA DE MOÇAMBIQUE - PANORAMA ES�É�ICO. (e PANORAMA HISTÓRICO). Agência Geral do Ultramar. Lisboa. 1966-1967. 2 vols. In-4.� quadrado. E.Obras interessantes, em excelentes edições profusamente ilustradas a negro e a cores, constituindo ambas um apreciável contributo para o conhecimento de muitos aspectos do passado de Moçambique, então ainda sob administração portuguesa.Encadernações do editor, com sobrecapa policromada.

238 — �OBA�O (Alexandre).- �OURENÇO MARQUES, XI�UNGUÍNE. Biografia da Cidade. I - Parte Antiga. Agência Geral do Ultramar. �isboa. 1970. In-4.º gr. de 282-XXVIII págs. E.“Este livro é a primeira parte de um estudo em que se pretende dar uma explicação humana e realista da formação da cidade de Lourenço Marques, através de panoramas essenciais da sua vida social, económica e política, nos diversos tempos.”Único volume publicado, profusamente ilustrado com a reprodução de fotografias antigas ou contem-porâneas, de lugares hoje desaparecidos ou fortemente destruídos pela Guerra Civil.

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239 — LOBO (A. de Sousa Silva Costa).- HISTORIA DA SOCIEDADE EM PORTUGAL NO SECU�O XV. Secção I. População - Aspecto geral do paiz e do seu estado social - Pesos e medidas - Moeda - Os haveres individuaes. Lisboa. Imprensa Nacional. 1903. In-8.� gr. de 602-II págs. E.Trabalho ainda hoje bastante conceituado e procurado por quantos se dedicam à história da sociedade portuguesa, dizendo José Mattoso que “ninguém ainda realizou o plano que Costa Lobo sonhou. Ninguém sequer substituiu os seus estudos preliminares: Não existe ainda um panorama demográfico do país no século XV, como ele o tentou (apesar dos consideráveis avanços devidos à exploração de documentos como o Tombo da Comarca da Beira e outros do género”. Primeira edição.Boa encadernação com a lombada e cantos de pele. Conserva as capas da brochura e está só aparado à cabeça.

240 — �OPES (Baltasar).- CHIQUINHO. Romance. Edições “Claridade”. S. Vicente - Cabo Verde. [1947]. In-8.º gr. de 298-II págs. B.Diz-se no «Pequeno Dicionário de Autores de �íngua Portuguesa» de Fernanda Frazão e Maria Filo-mena Boavida, que este livro, “publicado em 1947 e reeditado em 1961, é considerado o primeiro romance moderno cabo-verdiano”. Foi seu autor o grande impulsionador da importante revista cabo--verdiana «Claridade». Muito invulgar.Capa da brochura com manchas de acidez.

241 — LOPES (Joao Baptista da Silva) [1781-1850].- COROGRAFIA OU MEMORIA ECONOMICA, ES�ADIS�ICA, E �OPOGRAFICA DO REINO DO A�GARVE. �isboa. Na �ypografia da mesma Academia [Acad. Real das Sciencias de �isboa]. 1841. In-8.º gr. de IV-528-[124]-VI-[I] + 10 mapas estatísticos impressos em folhas desdobráveis e 3 litografias. E.Sobre o autor, natural de Lagos, diz Innocêncio que “Exerceu durante alguns annos na sua patria a pro-fissão de Advogado. Seguidor das doutrinas liberaes, teve de soffrer por ellas longo e penoso martyrio, vendo-se forçado a emigrar em 1823, e sendo em 1828 preso a 24 de Maio, e lançado nos calabouços da torre de S. Julião da Barra, onde jazeu até 24 de Julho de 1833.”Diz o autor no texto de apresentação, ter-se valido de várias pessoas , “principalmente nos dignissimos parochos d’Aljezur, S. Bartholomeu de Messines, e Estoi, os Srs. José João Teixeira da Costa, Joaquim Verissimo dos Reis, e Francisco Antonio da Pureza, que muito me illustrárão ácerca de suas freguezias e vizinhas (...). Na parte historica e antiguidades, em que receava metter-me, fui animado pelo Ex.m� Sr. Bispo Conde D. Francisco de S. Luiz, que não poucos conhecimentos me forneceo, e apontou fontes em que os fui beber: examinei varios documentos na Torre do Tombo; e ao meu amigo e companheiro de prizão e trabalhos, o Ex.m� Conselheiro Bento Pereira do Carmo devo a excellente noticia dos estragos do terremoto de 1755, e outras que teve a bondade de franquear. Nas pescarias havia eu desde muito tempo tomado informações nos mesmos logares conversando com os pescadores. (...)”.Da muito interessante e extensa Obra do autor recordamos a «IS�ORIA DO CA�IVEIRO DOS PRE-ZOS D’ESTADO NA TORRE DE S. JULIÃO DA BARRA DE LISBOA durante a dezastroza epoca da uzurpasão do �egitimo Governo Constitucional deste Reino de Portugal», redigida durante o seu presídio.Para além do texto própriamente dito a edição apresenta no final dez mapas estatísticos impressos em folhas desdobráveis e quatro litografias, a saber: «Planta da armação da �orre-alta» [46 x 40 cm.]; «Planta da armação da �orre Altinha de revez e direito» [Dim. 46 x 40 cm.]; «V. N.ª de Portimaõ Na Costa do Algarve» (colorido) [13 x 20 cm.]; «Armas Reaes no Xafaris de �oulé» [Dim. 13 x 20 cm.]Encadernação inteira de pele, da época. Com alguns defeitos.

242 — �OPES (Manuel).- CHUVA BRABA. (Novela cabo-verdiana). Edição do Instituto de Cultura e Fomento de Cabo Verde. �isboa. 1956. In-8.º de 310-VI págs. B.Primeira e muito invulgar edição de um dos mais importantes livros de Manuel Lopes, distinguido com o prémio Fernão Mendes Pinto.O autor é um dos principais representantes da literatura caboverdiana, tendo fundado e dirigido a revista «Claridade», onde está arquivada grande parte da sua produção literária.Edição ilustrada pelo autor. Capa da brochura um pouco manchada.

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244 - ver pág. 77

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243 — �OPES (Manuel).- PAÚ�. S. Vicente-Cabo Verde. Sociedade de �ipografia e Publicidade, �imitada. 1932. In-4.º de II-29-I págs. B.Raríssimo livro em prosa, estreia literária de Manuel �opes, lídimo representante da literatura cabo-verdiana.

244 — LOUREIRO (João).- FLORA COCHINCHINENSIS: sistens plantas in regno Cochin-china nascentes. Quibus accedunt aliæ observatæ in Sinensi Imperio, Africa Orientali, Indiæ que locis variis. Omnes dispositæ secundum Systema Sexuale Linnæanum. Labore, ac studio Joannis de Loureiro... Ulyssipone. Typis, et Expensis Academicis. Anno M.DCCXC. 2 vols. In-4� de II-XX-353-[I]-II-[II] e II-(incluíndo o frontispício, segue a paginação de 357 a 744)-II págs. E.O Padre João de �oureiro, jesuíta e notável botânico português natural de �isboa, depois de ter vivido em Goa e se ter estabelecido em Macau, foi enviado em missão especial à Cochinchina, em 1742, onde residiu 36 anos, tendo estado ao serviço do Rei da Cochinchina como Matemático e Naturalista. Em 1779 chegou a Cantão, de onde ao fim de 3 anos voltou a Portugal, trazendo consigo a seu mais importante trabalho, a «Flora Cochinchinensis» onde descrevia cerca de “185 géneros novos e quase 1300 espécies, das quais cerca de 630 foram descritas como novas”. A publicação deste trabalho, deve-se à Academia Real das Ciências que, em 1790 o deu à luz da imprensa, causando grande impacto nos círculos botânicos Europeus.Boa encadernação inteira de pele, decorada a seco e a ouro, com rótulos nas lombadas. O segundo volume apresenta manchas de humidade. (ver gravura na pág. 76)

245 — �OURO (Estanco).- O �IVRO DE A�POR�E�. Monografia de uma Freguesia Rural — Concelho. [1929. Serviço de Publicidade Agrícola do Ministério da Agricultura]. In-4.� de XV-I-470-VIII págs. B.O volume ocupa-se da Geografia, da História, da Vida Económica, Mental e Social de S. Brás de Alportel [Algarve], seguindo-se um «Esboço Monográfico de uma Família», [a Família �ouro] e «Conclusões».Estudos sobre a dialectologia, o vocabulário, o romanceiro, as cantilenas, as orações, o adagiário, os cantares do Natal e as Janeiras, os contos, as adivinhas e os jogos, as lendas e os encantamentos, os ensalmos, as superstições e os agoiros, etc., etc.Separata do «Boletim do Ministério da Agricultura», limitada a 500 exemplares ilustrados com quatro gravuras desdobráveis e impressas em separado, sendo a primeira de grandes dimensões e represen-tando o «Mapa do Concelho de Alportel» assinado pelo autor.�rabalho premiado no Concurso de Monografias.

246 — �UDOVICUS, & S�ANIS�AUS // �RAGICOMOEDIA // SERENISSIMIS DOMINA-BUS // D. D. MARIÆ // AUGUSTISSIMÆ PRINCIPI ASTURIARUM, // ET // D. D. MARIÃNÆ // AUGUS�ISSIMÆ PRINCIPI BRASI�IÆ. // QUARUM // Nuptiales Faces Geminas // Gemini Pueri, // An Duo Sydera Cælo Recèns Addita // S. �UDOVICUS, // & // S. S�ANIS�AUS // Societ. JESU, // Præserant, & Fortunent, // Ab. Academia Eborensi Exhibenda. [no cólo-fon: EBORÆ cum facultate Superiorum ex Typographia Academiæ // Anno Domini M. DCC. XXVIII]. In-8.º de II-42 págs. Desenc.Entre as páginas 16 e 17 a edição apresenta nova folha de rosto com os seguintes dizeres: “�UIZ, E ESTANISLAO // TRAGICOMEDIA // Disposta pela Universidade de Evora // Para se representar às // SERENISSIMAS SENHORAS // D. MARIA // AUGUSTISSIMA PRINCEZA DAS ASTU-RIAS, // E // D. MARIANNA // AUGUSTISSIMA PRINCEZA DO BRAZIL, // Cujos Despozorios // DOUS NOVOS SANC�OS, Ou // Duas Estrellas da Companhia de JESUS // S. �UIZ, // E // S. S�ANIS�AO // Prosperem cõ benignas influencias.”De págs 34 até ao final o opúsculo contém uma interessantíssima e muito pormenorizada descrição, intitulada «BREVE NO�ICIA DA ARCHI�EC�URA, & FABRICA DO �HEA�RO.”, onde se des-creve com pormenor a cenografia criada para esta representação teatral.

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247 — �UÍS (�ázaro).- A��AS DE ��ZARO �UÍS. 1563. Códice da Academia das Ciências de Lisboa. Edição preparada por Luís de Albuquerque e Maria Catarina Henriques dos Santos. �isboa. 1990. [Execução gráfica de: Imprensa de Coimbra e Simão Guimarães]. In-fólio máx. [Dim. 432x613 mm.] de XII págs. de texto e X ff. com a reprodução do Atlas. E.Bela reprodução facsimilada do admirável Atlas de Lázaro Luís, verdadeira obra prima da cartografia portuguesa quinhentista, desde há muito incluída entre as preciosidades bibliográficas da Academia das Ciências de Lisboa.Luís de Albuquerque na sua esclarecedora Introdução lembra que Jaime Cortesão se ocupou “desta obra prima da Cartografia portuguesa do século XVI por duas vezes: em Cartografia e Cartógrafos Portu-gueses dos Séculos XV E XVI, (...) e em Portugaliae Monumenta Cartographica (...), sendo o segundo estudo acompanhado da reprodução integral das folhas do atlas, e duas delas nas cores originais.”Edição muito cuidada, acompanhada, para além do texto de «Introdução», de uma extensa e muito útil relação dos «�opónimos e legendas das folhas cartográficas do Atlas». O códice, nesta edição integral-mente reproduzido a cores e nas suas dimensões originais, é constituído por dez folhas de pergaminho utilizadas em ambas as faces.Tiragem limitada, numerada e assinada.Encadernação editorial.

248 — �UIS (Manuel) [1608-1682].- �HEODOSIVS // �USI�ANUS, // SIVE // PRINCIPIS // PERFEC�I // VERA EFFIGIES // Rerum sub id tempus in �usitania præclarè gesta- // rum nativis coloribus illuminata // A. P. DOCTORE EMMANUELE LUDOVICO // Pace-Juliense // SOCIE�A�IS JESV. // —— // EBORÆ. // Cum facultate Superiorum. // Ex Typographia Acade-miæ. Anno Domini // M.DC.�XXX. In-4.º de IV-XXXII-269-I-XXVI págs. E.Edição registada por Barbosa Machado, conforme a que apresentamos, datada de 1680.José dos Santos no Catálogo do Condes de Azevedo e de Samodães descreve a edição considerando-a “Obra estimada e MUITO RARA” não referindo no entanto as estampas que acompanham o exemplar que apresentamos, estampas a que Innocêncio faz especial referência. Quer Gil do Monte nos Subsídios para a História da Tipografia em Évora...; Artur da Silva no Catálogo da Biblioteca de Luiz Monte-verde ou Armando Nobre de Gusmão no Catálogo da Exposição Bibliográfica do IV Centenário da Fundação da Universidade de Évora são omissos nesta matéria, o que nos leva a supôr a raridade das mesmas, assim como a valorizar a advertência de Innocêncio: “Note-se que este livro deve conter, alem do retrato do principio [Theodosivs Lvsitanvs... (Tho: Dudley Anglus fecit Ulyssipone 1679)], outra estampa de gravura com o escudo das armas da rainha da Gran-Bretanha D. Catharina [assin. Ignati], a quem a obra foi dedicada.” Ernesto Soares na História da Gravura Artística em Portugal descreve com minúcia o retrato do Príncipe D. �eodósio.Sobre o autor diz Maria Luísa Guerra no livro A Universidade de Évora. Mestres e Discípulos Notáveis que nasceu em Baleizão (Beja), “Entrou na Companhia de Jesus, em Lisboa (...). Estudou Retórica (1624-1625) e Filosofia (1625-1629), no Colégio das Artes. Foi lente de Filosofia (1640-1643) e de Escritura (1644-1648), na Universidade de Évora,” onde se doutorou em �eologia. Foi Reitor do Co-légio de Elvas e do Colégio de Santo Antão, Cancelário da Universidade de Évora, Procurador Geral da Província do Alentejo e Reitor da Universidade de Évora entre 1674 e 1677. Encadernação da época, em pele e com sinais de uso; Com manchas de acidez na folha de frontispício e com falta da última folha de Índice que foi substituída por outra que a reproduz. Ex-libris colado no verso da pasta frontal de Aníbal Fernandes Thomaz.F. calc. com escudo de D. Teodósio, assin. “Ignati”F. calc. com retrato de D. Teodósio, assin. “Tho: Dudley Anglus fecit Ulyssippone 1679”Vinhetas xilogr.

249 — MACEDO (Bento de) [1675-1749].- PHARUS // DIA�EC�ICA, // SIVE // �OGICÆ UNIVERSÆ // BREVIS ELUCIDATIO // IN TRES PARTES DISTRIBUTA. // Pars prima agit de Proœmialibus Dialectcæ. // Secunda de materia proxima, & remota ex qua- // syllogismi; ubi de terminis, & eorum affectioni- // bus, ac proprietatibus propositionum. // Tertia de essentia; & forma syllogi- // stica; tum etiam de vitiis op- // positis, sive de Elenchis. // AUTHORE

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// P. BENECICTO DE MACEDO // Societatis JESU, in Eborensi Acade- // mia Philosophiæ Professore. // [Emblema da Companhia de Jesus] // —— // EBORÆ, Cum facultate Superiorú ex �ypogra- // phia Academiæ Anno Domini M. DCC. XX. In-8.º de VIII-418-XII págs. E.Bento de Macedo, natural de Borba, entrou na Companhia de Jesus, em Évora em 1692, onde estudou retórica, filosofia e teologia. Regeu filosofia nesta universidade entre 1713 e 1716, teologia moral, escritura e teologia especulativa, em que se doutorou em 1724. Esteve um ano em Vila Viçosa como pregador, e três, como ministro, no Colégio do Espírito Santo, em Évora. Foi Reitor da Universidade de Évora entre 1732 e 1735, Reitor do Colégio das Artes e Cancelário da Universidade de Évora.Sobre o autor, recomenda Barbosa Machado a memória do P. Francisco da Fonseca deixada em «Evora Gloriosa». No livro «A Universidade de Évora. Mestres e Discípulos Notáveis (Séc. XVI - Séc. XVIII), de Maria �uisa Guerra, para além de um breve apontamento biográfico, reproduz-se o frontispício desta primeira ediçãoEncadernação contemporânea em carneira, um pouco cansada.

250 — MADRE DE DEUS (Fr. António da) [1633-1696].- SERMAM // NAS EXEQUIAS // DO // SUMMO PONTIFICE // O SANCTISSIMO PADRE // CLEMENTE IX. // CELEBRADAS NA SEE D’EVORA // PELLO ILLUSTRISSIMO // CABIDO // Della ~e vinte, e tres de Janeiro de 1670. // PREGOUO O DOUTOR // Fr. ANTONIO DA MADRE DE DEOS // Religioso da Ordem de // SAM PAU�O // —— // EM EVORA // Com as licenças requizitas. N Officina desta // Iniversidade Anno de 1670. In-8.� gr. de 10 ff. inums.Sobre o autor diz Barbosa Machado que “foy filho do Doutor Antonio Mendes Arouca, de quem logo trataremos (...). No Collegio de Santo Antaõ dos Padres Jesuitas com tal viveza de engenho, e felici-dade de memoria se applicou ao estudo das sciencias amenas, e severas, que naõ excedendo a idade de dezoito annos se duvidava em qual fosse mais eminente. Da sua patria passou à Universidade de Evo-ra, onde com admiraçaõ de todos os Cathedraticos recebeo o gráo de Mestre em Artes, e de �icenciado em Theologia. (...) naõ sendo ainda Sacerdote com exemplo nunca practicado na sua Religiaõ foy mandado pelos Prelados que dictasse aos seus companheiros Filosofia, e �heologia, o que executor com igual fruto dos domesticos, como assombro dos estranhos, de tal sorte que naõ tendo acabado o tempo do magisterio, que prescrevem as Constituiçoens da Ordem para receber o gráo de Doutor, resolveraõ os Superiores que para credito da Mãy de que era filho naõ estivesse occulto o seu insigne talento entre os Claustros, mas se dilatasse por mayor emisferio ordenando que na Universidade de Evora recebesse as insignias doutoraes na faculdade de Theologia que recebeo antes de contar 21. annos, cujo acto aplaudio com excesso a mesma Universidade como prevendo a gloria immortal, que lhe havia resultar de tal alumno. (...) Para viver para Deos, e para os livros se retirou para o Solitario Convento de Alferrara donde continuamente estava polindo as obras que dezejava imprimir. (...)”.

251 — MAISON RUS�IQUE DU XIXe SIÈC�E. Encyclopédie d’Agriculture pratique, conte-nant les meilleures méthodes de culture usitées particulièrement en France, en Angleterre et en Flandre; — Tous les bons procédés pratiques propres a guider le petit cultivateur, le fermier, le régisseur et le propriétaire, dans l’exploitation d’un domaine rural; — Les principes généraux d’agriculture. la culture de toutes les plantes utiles; — l’éducation des animaux domestiques, lárt vétérinaire; — la description de tous les arts agricoles; — �es instrumens et batimens ruraux; — l’entretien et l’exploitation des vignes, des arbres fruitiers, des bois et forêts, des étangs, etc.; — l’économie, l’organization et la direction d’une administration rurale; enfin la législation appliqèe a l’agriculture. Terminée par des Tables Méthodique et Alphabétique, par la liste des figures et celle des abréviations et ouvrages cités; Cours élémentaire, complet et méthodique d’Economie Rurale, (...). Paris. A la Librairie Agricole, quai Malaquais, n.� 19. 1844 [a partir do 2.� vol.: A la Librarie Agricole de La Maison Rustique. 1849. 5 vols. In-4.� E. Edição ilustrada com mais de 200 gravuras inseridas nas páginas de texto, representando máquinas e instrumentos agrícolas, animais, árvores, arbustos e outras plantas, edifícios, etc.

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1.º volume: «Agriculture proprement dite» [dir.: Alexandre Bixio]; 2.º vol. «Cultures industrielles et Animaux domestiques» [dir.: MM. Bailly, Bixio et Malpeyre]; 3.º vol. «Arts Agricoles» [dir.: MM. Bailly, Bixio et Malpeyre]; 4.º vol. «Agriculture Forestière, �égislation et Administration Rurale» [dir.: MM. Bailly, Bixio et Malpeyre]; 5.º vol.: «Encyclopedie d’Horticulture» (dir.: MM. Bailly, Bixio et Malpeyre].Encadernações da época, com as lombadas de pele.

252 — MANOE� (Caetano da Câmara).- A�RAVEZ A CIDADE DE EVORA ou apontamentos sobre a Cidade de Evora e seus monumentos. Evora. Minerva Commercial. 1900. In-8.� de 104 págs. B.Primeira e muito invulgar edição desta breve monografia eborense, com pequenas fotogravuras nas páginas do texto e, em folha dupla, uma planta da plateia do �eatro Garcia de Resende.

253 — MARCADÉ (Jacques).- FREI MANUE� DO CEN�CU�O VI�AS BOAS, ÉVÊQUE DE BEJA, ARCHEVÊQUE D’EVORA. (1770-1814). Centro Cultural Português. Fundação Calouste Gulbenkian. Paris. 1978. In-4º peq. de XIV-592-III págs. E.Importante e completo trabalho sobre uma das mais notáveis figuras da cultura portuguesa do século XVIII, ilustrado com estampas em folhas à parte. Integrado na magnífica colecção «Cultura Medieval e Moderna».Encadernação dos editores.

254 — MARQUES (A. H. de Oliveira).- IN�RODUÇÃO À HIS�ÓRIA DA AGRICU��URA EM PORTUGAL. A questão cerealífera durante a Idade Média. 2.ª edição. Edições Cosmos. �isboa. 1968. In-4º de 350-II págs. Cart.Obra integrada na colecção «A Marcha da Humanidade», dirigida por Vitorino Magalhães Godinho.Cartonagem própria da colecção.

255 — MARQUES (Agostinho Sesinando).- OS C�IMAS E AS PRODUCÇÕES DAS �ER-RAS DE MA�ANGE À �UNDA. 1884-1888. �isboa. Imprensa nacional. 1889. In-4.º de 717-III págs. E.“Descripção de uma viagem na Africa occidental, desde Malange até mataba através dos valles dos rios Cuango, Uhamba, Camau, Cuengo, Cuillo, Luengue, Luchico, Luel, Chicapa, Luachimo, Quíhumbo, �uhembe e de outros de menor importancia, em geral tributarios d’estes e comprehen-dendo observações meteorologicas diarias, variadas monographias de vegetaes e de slguns animaes, doenças que se manifestaram no pessoal da expedição, qualidade dos terrenos, estado das povoações indigenas, etc., etc.”Importante monografia integrada na colecção «Expedição Portugueza ao Muata-Ianvo», ilustrada com numerosas litografias a cores representando variados espécimes vegetais e muitas e muito bem execu-tadas gravuras em madeira impressas em folhas à parte e integradas nas páginas do texto, além de um retrato do autor, também gravado em madeira e impresso em folha à parte.Com algumas das folhas de papel vegetal que protegem a cromo-litografias coladas.Encadernação com lombada de pele. Com falta das capas da brochura.

256 — MAR�E� (João Filipe �rigueiros de).- O VA�E DO �EJO SOB O PON�O DE VIS�A AGRONOMICO (Subsidios para o seu estudo). Relatorio final do Curso de Engenheiro-Agro-nomo por... 1926. �ipografia Henrique �orres. �isboa. In-4.º de V-I-102-II págs. B.Publicação com interesse para a bibliografia da especialidade, particularmente no que diz respeito ao aproveitamento dos residuos deixados pela agricultura; “orientámos o nosso estudo no sentido

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do aproveitamento completo dos oleos dos bagaços da azeitona por meio de dissolventes, chimicos e da extracção dos oleos contidos na grainha das uvas, tentativas estas que julgâmos ser de completa novidade no nosso paiz.”Com dedicatória do autor ao Conde de Nova Gôa [D. Luís Filipe de Castro, agrónomo e professor de agronomia ligado ao partido Regenerador.].

257 — MAR�INS (Francisco Ernesto de Oliveira).- ARQUI�EC�URA NOS AÇORES. Subsí-dios para o seu estudo. Região Autónoma dos Açores. Horta. 1983. [Gráfica Maiadouro. Vila da Maia]. In-4.º gr. de 347-III págs. B.Levantamento fundamental para o conhecimento e estudo da arquitectura popular e erudita, civil, mi-litar e religiosa, de todas as ilhas que constituem o arquipélago dos Açores. Edição cuidada, ilustrada com centenas de fotogravuras a negro e a cores.

258 — MAR�INS (Francisco Ernesto de Oliveira).- A ESCU��URA NOS AÇORES. Prefácio de Bernardo Ferrão. Região Autónoma dos Açores. Secretaria Regional da Educação e Cultura. 1983. [Imprensa Nacional-Casa da Moeda. �isboa]. In-4.º gr. de 400-IV págs. B.Obra de fundamental importância para o conhecimento da escultura nos Açores, tema até esta pu-blicação mal conhecido, por pouco estudado, sendo o volume um riquíssimo repositório de imagens a negro e a cores daquele valiosíssimo património artístico e cultural. O excelente prefácio de Bernardo Ferrão, ele também uma referência em temas similares, vem estampado de págs. 13 a 23.

259 — MAR�INS (Júlio da Conceição Silva).- ES�RU�URAS AGR�RIAS EM POR�U-GAL CONTINENTAL (1950). [Universidade Técnica de Lisboa. Instituto Superior de Agro-nomia]. Relatório final do Curso de Engenheiro Agrónomo. �isboa. 1969 [1970 ?]. In-4.º gr. de IV-V-I-513-II págs. A4. BRaríssima publicação mimeografada, dactilografada e impressa na Livrelco, Cooperativa Livreira de Universitários.

260 — MARTIRES (Bartolomeu dos) [1514-1590].- § CA�HECISMO // OV DOV�RI-NA // CHRIS�AAM, E PRAC�ICAS // SPIRI�VAES. // ORDENADO POR DOM // FREY BER�HO�AMEV DOS // Martyres, Arcebispo, & Senhor de Braga, // Primas das Espanhas, &c. // § Pera se lèr nas Parrochias deste nosso Arce- // // bispado, onde nam ha pregaçam. // [xilogravura representando a Virgem e o menino] // § Impresso cõ licença, em Eura, Por Manoel de Lyra // Anno M. D C.III, § // —— // In-8.º de IV-148 ff. nums. pela frente. E.Edição bastante rara, não registada por Innocêncio ou integrada no importante catálogo da «Exposição Bibliográfica» realizada em 1959 por ocasião do IV Centenário da Fundação da Universidade de Évora.José dos Santos no Catálogo da Livraria de Azevedo-Samodães descreve um exemplar da edição princeps, fazendo menção das edições publicadas entre a edição primitiva e a de 1656, conside-rando que “Todas estas edições são muito raras no mercado”. No muito importante Catalogue de la Bibliotheque de F. Palha, sob o n.º 79 e com uma classificação de “Rare”, vem descrito um exemplar da terceira edição, conforme a que apresentamos, impressa em Évora por Manuel de Lyra, em 1603.Para além de uma xilogravura impressa na folha de rosto que representa a Virgem com o Menino ao colo, esta edição vem ornamentada com inúmeras letras capitais de fantasia abertas em madeira e outros elementos de ornamento tipográfico.Encadernação antiga com lombada de pele. Com um pequeno restauro na margem inferior da folha de rosto e da folha seguinte. (ver gravura na pág. 81)

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261 — MATOS (Norton de).- ANGOLA. Ensaio sobre a vida e acção de Paiva Couceiro em Angola, que se publica ao reeditar-se o seu Relatório de Governo. Edições Gama. Lisboa. MCMX�VIII. In-4.º de XIV-128 págs. B.�rabalho fundamental para a biografia de Paiva Couceiro, figura central da história colonial portugue-sa em Angola. Edição comemorativa do �erceiro Centenário da Restauração de Angola, ilustrada com duas estampas impressas em separado.

262 — MA�OS (Norton de).- A PROVÍNCIA DE ANGO�A. Edição de Maranus. Porto. 1926. In-8.º gr. de 391-III págs. E.Trabalho de referência da autoria de Norton de Matos, personalidade de incontestada notoriedade em assuntos angolanos e da política nacional.Índice dos capítulos: I. Finalidade histórica; II. A partilha de �frica; III. Colonização; IV. Um relató-rio; V. Ocupação de Angola; VI. Os indígenas de Angola; VII. Concessões; VIII. Regime aduaneiro; IX. Situação financeira; X. Epílogo.EXEMPLAR DA TIRAGEM EM PAPEL ESPECIAL, LIMITADA A 50 EXEMPLARES NUMERA-DOS E RUBRICADOS PELO AUTOR. Encadernação editorial, gravada a ouro.

263 — MELLO - TOM (Thomaz de).- FEITIÇO. Introdução de António Lopes Ribeiro. Lisboa. 1966. (Oficinas da Casa Portuguesa. �isboa). In-fólio de 74-I págs. E.Diz António �opes Ribeiro que o pintor �homaz de Mello “assentou lápis, pena e pincéis sobre papel em branco, e compôs uma portentosa colecção de estampas coloridas em que todo o feitiço angolano se nos revela”, trabalhos que serviram para formar este belíssimo álbum impresso a cores, com dese-nhos a negro à margem do texto. Edição luxuosa, em papel muito encorpado e com tiragem limitada a 2000 exemplares numerados e assinados.Encadernação original, com sobrecapa policromada.

264 — MEMORIA DAS ARMADAS QVE DE POR�VGA� PASARAM HA ÍNDIA E ES�A PRIMEIRA E HA COM QVE VASCO DA GAMA PAR�IO AO DESCOBRIMEN�O DE�A POR MAMDADO DE E�REI DOM MANVE� NO SEGVMDO ANNO DE SEV REINADO E NO DO NACIMENTO DE XPO DE 1497. Edição da Academia das Ciências de Lisboa no Segundo Centenário da sua Fundação. 1979. [�itografia de Portugal. �isboa]. In-fólio de 25-III págs., XXXIX ff. e I págs. E.Primorosa edição fac-similar do precioso códice da Academia das Ciências de Lisboa vulgarmente co-nhecido por «�ivro das Armadas», onde, pintadas a várias cores, estão representadas as embarcações que constituíram as armadas que para a Índia foram nos anos de 1497 a 1566, com seus nomes, nomes dos seus capitães e outras informações.Com a leitura actualizada dos textos do códice. Introdução de �uís de Albuquerque. Edição única de 2000 exemplares, numerados e rubricados.Encadernação original com dizeres a ouro e estojo próprio.

265 — MEMORIAS // AN�IGAS // COM // REF�EXÕES SERIAS. // IN GENOVA MDCCX-CIIII. // Con �icenza de’ Superiori. In-8.º gr. de IV-10 ff. inums. B.Innocêncio diz acerca deste raríssimo opúsculo que “Apesar da indicação typographica, e de appa-recer anonymo, julga-se que este folheto foi impresso em Évora, na typographia que fr. Manuel do Cenaculo ali possuia, e que elle proprio o escrevêra. O estylo assimelha-se ao d’elle. (...)”.Sem capa da brochura impressa, apresenta outra com os seguintes dizeres manuscritos: Memorias antigas com Reflexões sérias relativas ao Reino de Portugal. Author anónimo: e do mesmo Huma Apologia em Crédito do Marqz. de Pombal. 1794”.No final e apenso ao exemplar vem uma não menos rara publicação, sem frontispício ou registo tipo-

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gráfico de apenas 3 folhas, onde foi impressa uma carta que diz: “Meu Amigo. Demorei a resposta por me achar na fria atmosfera dos Paizes baixos que me naõ dava lugar a cumprir os promptos officios da nossa amizade. Agora que tenho tempo satisfaço á sua pergunta sobre o juizo da Obra intitulada — MEMORIAS de Sebastiaõ Joze de Carvalho — escrita em Francez por hum Anonymo.“Este livro sem nome, e sem lugar, inculca que o A. naõ teve cara para aparecer em publico, como Reo de taõ enorme delicto; qual he este Libello infamatorio de hum REY PAI DA PATRIA, E DA RAYNHA reynante em Portugal, a quem o A. com huma maõ offerece incenso dos ultrajes que com a outra comete. He hum livro maquinado com falcidades para desacreditar ao Senhor Rey D. Joze; por se servir com o Marquez de Pombal (...)”.

266 — MEMORIAS DE AGRICULTURA PREMIADAS PELA ACADEMIA REAL DAS SCIENCIAS DE �ISBOA. Em 1787., [sic] e 1788. [II vol.: 1790]. �isboa: Na Officina da mes-ma Academia Real. Anno MDCC.�XXXVIII. [II vol.: MDCCXCI]. Com licença da Real Meza da Commissaõ Geral sobre o Exame, e Censura dos Livros. (...). 2 vols. In-8.� de [II]-X-367-[I] e [II]-VI-471-[I]-IV-II-[II] págs. E. e B.Do índice: I vol.: «Memória sobre a cultura das vinhas, e sobre os vinho», por J. Veríssimo Alvares da Silva; «Memoria Quimico-Agronómica sobre quaes saõ os meios mais convenientes a supprir a falta dos estrumes animaes nos lugares, onde he difficultozo have-los; averiguando-se particularmente, se o revolver, e expôr por varias vezes a terra á influencia da Atmosfera será hum modo sufficiente de fertiliza-la; e sendo tudo comprovado com experiencias repetidas, e autorizadas», por M. J. Henriques de Paiva; «Memoria que concorre ao assumpto extraordinario, de Agricultura proposto pela Acade-mia Real das Sciencias para o anno de 1788», por J. Veríssimo Alvares da Silva; «Memoria sobre assumpto extraordinario proposto pela Academia Real das Sciencias para o anno de 1788. Quaes saõ os meios mais Convenientes de supprir a falta dos estrumes animaes nos lugares aonde he difficultozo havellos?», por Constantino Botelho de �acerda �obo.; II vol.: «Memoria sobre o assumpto proposto pela Academia Real das Sciencias para o anno de 1790. Qual he o methodo mais conveniente, e cau-tellas necessarias para a cultura das vinhas em Portugal; para a vindima; extracçaõ, e fermentação do mosto; conservaçaõ, e bondade do vinho, e para a melhor reputaçaõ, e vantagem d’este importante ramo do nosso commercio?», por F. Pereira Rebello da Fonsecca; «Memoria sobre a Cultura das Videi-ras e a Manufactura dos Vinhos», por V. Coelho Seabra Silva e �elles.Edição bastante rara já no século XIX, o que levou Innocêncio a escrever no Diccionário que “Os dous tomos referidos são hoje raros de achar no mercado, achando-se ha annos exhausta de todo a respectiva edição.” O primeiro volume encontra-se revestido de encadernação contemporânea inteira de pele, estando o segundo ainda por encadernar e por isso com as margens intactas.

267 — MEMORIAS // ECONOMICAS // DA // ACADEMIA REAL DAS SCIENCIAS // DE LISBOA, // PARA O ADIANTAMENTO // DA AGRICULTURA, DAS ARTES, // E DA IN-DUS�RIA EM POR�UGA�, // E SUAS CONQUIS�AS. // ... // �ISBOA // NA OFFICINA DA ACADEMIA REA� DAS SCIENCIAS. // M.DCC.�XXXIX-MDCCCXV. 5 vols. In-4º págs. E.Obra clássica do pensamento económico português setecentista e importante repositório de informa-ções científicas sobre os territórios administrados pela coroa portuguesa, não só com interesse para o conhecimento da economia mas também da agricultura, das ciências, do comércio e da indústria.Entre o muitos e muito interessantes estudos publicados, destacamos alguns que nos pareceram merecer especial realce pela sua curiosidade ou interesse monográfico: os grandes benefícios do sal comum em geral e em particular do sal de Setúbal, comparado experimentalmente com o de Cadiz e por analogia com o de Sardenha e o de França; sobre a agricultura e população da Provincia do Alentejo; sobre as causas da diferente população de Portugal em diversos tempos da monarquia; sobre a transplantação das árvores mais úteis de países remotos; sobre as verdadeiras causas, por que o luxo tem sido nocivo aos Portugueses; sobre a verdadeira influência das minas dos metaes preciosos na industria das nações que as possuem, e especialmente da portuguesa; sobre a preferencia que em Portugal se deve dar à agricultura sobre as fábricas; Ensaio de descrição física, e economica de

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Coimbra e seus arredores; sobre a antiga Fábrica de Pedra Hume da Ilha de S. Miguel; Ensaio de descrição física, e economica da comarca dos Ilheos na América; Agronomica relativa ao Concelho de Chaves; sobre a Fábrica Real do Anil da Ilha de Santo Antão; sobre a preferência que entre nós merece o estabelecimento dos mercados ao uso das feiras de ano para o comércio intrinseco; sobre a cultura das vinhas de Portugal; sobre o Paúl de Otta [Alenquer], suas causas, e seu remedio; sobre os danos causados pelo Tejo nas suas ribanceiras; Observações feitas por ordem da Real Academia de �isboa ácerca do carvão de pedra, que se encontra na freguesia da Carvoeira [�orres Vedras]; acerca da cultura, e utilidade dos castanheiros na comarca de Portalegre; sobre as azinheiras, soverei-ras, e carvalhos da província do Alentejo, onde se trata de sua cultura, e dos melhoramentos, que no estado actual podem ter; sobre as fábricas de ferro de Figueiró; sobre a pesca das baleias, e extracção do seu azeite, com algumas reflexões a respeito das nossas pescarias; sobre a cultura dos terrenos baldios que há no termo da Vila de Ourém; sobre varias misturas de materias vegetais na factura dos chapéus; sobre a utilidade dos conhecimentos da química em quanto aplicados á arte de construir edifícios; sobre o encanamento do Rio Mondego; sobre as aguas-ardentes da Companhia Geral do Alto Douro; Descrição economica do território que vulgarmente se chama Alto Douro; sobre o estado da agricultura e comércio do Alto Douro; sobre os danos do Mondego no Campo de Coimbra e seu remédio; Descrição económica da Torre de Moncorvo; sobre o Tanque e Torre no sitio chamado em �isboa Amoreiras pertencente ás �guas-�ivres; Observações que seria útil para a descrição económi-ca da comarca de Setúbal; Extracto das posturas da vila de Azeitão, comarca de Setúbal; sobre o mapa da povoação do termo da vila de Azeitão; sobre as Queimadas em quanto prejudiciais à agricultura; sobre a decadência da pescaria de Monte Gordo; sobre as Águas-Livres; sobre o Malvaisco do distrito da vila da Cachoeira no Brasil; Discurso Académico ao Programa — Determinar com todos os seus sintomas as doenças agudas e crónicas que mais frequentemente acometem os Pretos recém-tirados da África, examinando as causas da sua mortalidade depois da sua chegada ao Brasil: se talvez a mu-dança do clima, se a vida mais laboriosa, ou se alguns outros motivos concorrem para tanto estrago: e finalmente indicar os métodos mais apropriados para evitá-lo, prevenindo-o e curando-o: tudo isto deduzido da experiência mais sizuda e fiel; sobre o sal-gema das Ilhas de Cabo Verde; sobre o modo de obter e de conservar água da chuva de ótima qualidade; sobre a gravidade específica das águas de �isboa e seus arredores; sobre as dificuldades das fundições e refinações nas fábricas de ferro, para ganhar este metal na maior quantidade e da melhor qualidade para os diferentes fins; sobre os hospitais do Reino; sobre a criação e vantagens do gado Cabrum em Portugal; sobre qual convem ser a Geira Portuguesa; sobre as marinhas de Portugal; sobre o papel; sobre o modo de aumentar a abundancia das fontes e de multiplicar o número delas; em que se expõe a analyse do Sal comum das marinhas de Portugal; sobre a preparação do peixe salgado e seco das nossas pescarias; sobre a decadencia das pescarias em Portugal, sobre algumas observações feitas no ano de 1789 relativas ao estado da Pes-caria de Entre-Douro e Minho; sobre a cultura e utilidade dos Nabos na comarca de Trancoso; sobre o estado das pescarias da costa do Algarve no ano de 1790; Observações botanico-meteorológicas do ano de 1800, feitas em �omar; sobre a Urzela de Cabo Verde; sobre o modo de formar um plano de estatística de Portugal; Ensaio económico sobre as ilhas de Cabo Verde, em 1797; Memoria histórica sobre a agricultura portuguesa considerada desde o tempo dos Romanos até ao presente; sobre a des-crição física e económica do lugar da Marinha Grande; sobre a preferência do leite de vacas ao leite de cabras para o sustento das crianças, principalmente nas grandes casas dos Expostos, e sobre algumas outras materias que dizem respeito à criação delas; sobre os pesos e medidas portuguesas e sobre a introdução do sistema metro-decimal.Inocêncio: “Como nos cinco referidos volumes se comprehendem trabalhos de interesse e proveito, que tem de ser muitas vezes consultados pelos estudiosos, parece conveniente dar aqui a resenha ou indice das materias n’ellas conteúdas (...)”, ocupando quase quatro páginas na transcrição dos respectivos títulos.A título de exemplo destacamos, entre a muito vasta colaboração que reúne alguns dos mais compe-tentes investigadores do seu tempo, os nomes de Domingos Vandelli, José Joaquim Soares de Barros, António Henriques da Silveira, P. João de �oureiro, Veríssimo �lvares da Silva, D. Rodrigo de Sousa Coutinho, Manoel Dias Batista; J. António Júdice, Manoel Ferreira da Câmara, J. Inácio da Costa, Almeida Beltrão, �omaz António de Vila Nova Portugal, Constantino Botelho de �acerda �obo, Joaquim de Amorim Castro, Estevão Cabral, Joaquim Pedro Fragoso de Siqueira, José Martins da Cunha Pessoa,

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J. Bonifácio de Andrada e Silva, A. A. das Neves Portugal, J. Jacinto de Sousa, Rebelo da Fonseca, A. Soares Barbosa, José António de Sá, J. Pedro Gomes de Oliveira, Vicente Coelho de Seabra Silva Teles, J. J. da Cunha Azeredo Coutinho, Joaquim de Amorim Castro, L. António de Oliveira Mendes, Manoel Arruda da Câmara, José Pinto Ribeiro, Guilherme B. de Eschwege, Joaquim de Foyos, J. Manoel de Campos e Mesquita, Sebastião Francisco Mendo Trigoso, J. da Silva Feijó, Manoel de Almeida (Visconde da �apa), Visconde de Balsemão e José Pinheiro de Freitas Soares.Edição ilustrada com vários mapas impressos em folhas desdobráveis, muitos dos quais de grandes dimensões.Colecção muito estimada e rara, com todos os volumes da primeira edição.Encadernações da época, com as lombadas de pele. Com cortes de traça que só marginalmente afec-tam algumas folhas do primeiro volume (págs. 299 a 326) e vestígios de humidade no segundo.

268 — MENDIA (José Matheus de Almeida de).— PROJECTO DE ORDENAMENTO DA MATA NACIONAL DENOMINADA CASAL DA LEBRE. [Instituto Superior de Agronomia]. Dissertação inaugural apresentada ao Conselho Escolar para complemento do curso de Enge-nheiro.Sylvicultor por... 1919. Imprensa �ibanio da Silva. �isboa. In-4.º de 68-IV-VI-[I] e estampas à parte. B.Interessante dissertação, não só com interesse para a bibliografia do concelho de Marinha Grande, na região de �eiria, mas também para a história da Fábrica Nacional de Vidros da Marinha Grande fun-dada por Guilherme Stephens, por ter sido o Casal da Lebre um “baldio ou inculto adquirido pelo fun-dador da fabrica, Guilherme Estephens, com o fim de crear lenhas para a laboração da mesma fabrica.”Edição documentada com fotografias impressas à parte, mapas impressos nas páginas de texto ou em folhas desdobráveis de grandes dimensões com plantas topográficas impressas a negro ou a cores e vistas de construções existentes neste território, hoje Mata Nacional que por doação da Real Fábrica de Vidros da Marinha Grande, desde 1907 passou para a administração florestal e responsabilidade do Estado Português que com esta Dissertação deu início ao respectivo Projecto de Ordenamento.

269 — MISCE�ÂNEA DE ES�UDOS A JOAQUIM DE CARVA�HO. Biblioteca-Museu Joa-quim de Carvalho. Figueira da Foz. 1959-1963. 9 números In-4.º B.Estudos de muito e variado interesse, assinados por Cruz Malpique, António Ferrão, Firmino Crespo, Victor de Sá, Paulo Merêa, Reis Brasil, Jacinto do Prado Coelho, António �ovar, Eduardo Coelho, Rómulo de Carvalho (António Gedeão) e muitos outros, nacionais e estrangeiros.

270 — MORAIS (Inácio Paulino de).- COMPENDIO // DE // AGRICU��URA // RESUMIDO DE VARIAS MEMORIAS, // E CAR�AS OFFERECIDAS // À SOCIEDADE DE BA�H. // TRADUZIDAS DO INGLEZ // DEBAIXO DOS AUSPICIOS, E ORDEM // DE // SUA ALTE-ZA REAL // O PRINCIPE REGENTE N. S. // POR // (...) // [brazão com as armas reais] // LIS-BOA, // NA TYPOGRAPHIA CHALCOGRAPHICA, TYPOPLAS- // TICA, E LITTERARIA DO ARCO DO CEGO. // —— // M. DCCCI. In-8.º de 336-IV-[I] págs. E.no mesmo I volume:

——— COMPENDIO DE AGRICU��URA, // E // CO��ECÇAÕ // DE // MAQUINAS, E INS�RUMEN�OS, // NOVAMEN�E INVEN�ADOS, E AC�UA�MEN�E // PRA�ICA-DOS EM A�GUMAS PROVINCIAS // DO REINO DE ING�A�ERRA. // PARA ABREVIAR AS OPERAÇÕES AGRICULTURAES, // E OUTROS RAMOS; // EXTRAHIDA DAS ME-MORIAS, E CAR�AS // OFFERECIDAS // À SOCIEDADE DE BA�H, // E �RADUZIDAS DO INCLEZ [Sic] // (...) // TOM. II. // [brazão com as armas reais] // LISBOA, // NA REGIA OFFICINA �YPOGRAFICA. // ==== // M. DCCCII. In-8.º de II-IV-188 págs. e XXI estampas. E. no mesmo I volume:

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——— COMPENDIO DE AGRICU��URA, // RESUMIDO // DE VARIAS MEMORIAS, E CAR�AS // OFFERECIDAS // À SOCIEDADE DE BA�H, // E �RADUZIDAS DO INC�EZ [SIC] // (...) // TOM. III. // [brazão com as armas reais] // LISBOA, NA REGIA OFFICINA TYPO-GRAFICA. // ==== //M. DCCCII. In-8.º de �IV-[II]-316-II págs. No mesmo volume:

——— COMPENDIO DE AGRICULTURA, // E // TRATADO SOBRE AS BATATAS // EX-�RAHIDO // DE VARIAS MEMORIAS, E CAR�AS // OFFERECIDAS // À SOCIEDADE DE BATH. // E TRADUZIDAS DO INCLEZ [Sic] // (...) // TOM. IV. // [brazão com as armas reais] // LISBOA, // NA REGIA OFFICINA TYPOGRAFICA, // ==== // M. DCCCII. In-8.� de XXXV-[I]-249-I-[II] págs. E. no mesmo II volume:

——— COMPENDIO DE AGRICULTURA, // E // TRATADO SOBRE A PLANTAÇAO // DAS ARVORES, // �AN�O SI�VES�RES, COMO DE FRU�O; // EX�RAHIDO // DE VA-RIAS MEMORIAS, E CAR�AS // OFFERECIDAS // À SOCIEDADE DE BA�H, // E TRADUZIDAS DO INCLEZ [Sic] // TOM. V. // [brazão com as armas reais] // LISBOA, // NA REGIA OFFICINA �YPOGRAFICA. // ==== // M. DCCCIII. In-8.º de XXXVII-[III]-476-II págs. e VI estampas. E.Publicação bastante invulgar e apreciada entre os que estudam a agricultura em Portugal, mas também de grande significado na história da instrução, do liberalismo, da modernidade em Portugal e do co-lapso financeiro da Casa Literária do Arco do Cego.Inicialmente dada à imprensa pela Casa Literária do Arco do Cego [1799-1801] sob a orientação de J. Mariano da Conceição Veloso, esta edição viu os volumes subsequentes já impressos pela Regia Oficina Tipográfica. O tomo inaugural apresenta no final o Catálogo das obras de Agricultura impres-sas ou já debaixo de prelo da Officina Chalcographica do Arco do Cego. “O Catálogo anunciava ao público leitor uma colecção de títulos que propunha novas práticas agrícolas, com base em inovadores conhecimentos científicos provenientes da filosofia natural newtoniana” [A Casa �iterária do Arco do Cego, Biblioteca Nacional (...). 1999. págs, 67.]“Em final de 1801 é suprimida a Casa �iterária do Arco do Cego e todo o material é deslocado para a Imprensa Régia, apetrechando esta instituição com um arsenal de material e de projectos extrema-mente avultado, podendo rivalizar e competir com as duas instituições científicas que também tinham prelos — a Academia das Ciências e a Universidade de Coimbra.“Nesta transferência, Mariano Veloso é empossado como membro da Junta Administrativa, Económica e �iterária, havendo recomendação superior para se continuar a publicar as suas obras botânicas. (...)”.Edição ilustrada com XXVII primorosas estampas abertas em chapa de metal, algumas das quais des-dobráveis que representam máquinas agrícolas (charruas, fresas, debulhadoras, ceifeiras, semeadoras, enfardadeiras, etc.), plantas de casas rústicas e árvores. No final do V e último tomo vem o «PEQUENO �RA�ADO RESPEC�IVO À PRESERVAÇAÕ DA SAUDE, DAS PESSOAS EMPREGADAS EM AGRICU��URA, E SOBRE O CURA�IVO DAS MO�ES�IAS INCIDEN�ES A ES�E MODO DE VIDA: Por Guilherme Falconier (...) �raduzido por authoridade Superior, e enriquecido com as notas pelo traductor Ignacio Paulino de Moraes. (...).Borba de Moraes regista esta publicação em «Bibliographia Brasiliana» e em «Bibliografia Brasileira do Período Colonial»Com falta de uma táboa que pertence ao vol. IV (a págs. 144) [descrito sob o n.º 21 no livro «A Casa �iterária do Arco do Cego». Biblioteca Nacional. 1999].Exemplar aparado, com vestígios de humidade e outros pequenos defeitos. (ver gravura na pág. 86)

271 — MORAIS (Paulo de).- MANUAL DE AGRICULTURA ELEMENTAR E PRATICA. Para uso das Escolas Primarias Ruraes e dos Agricultores Praticos. � Venda: �ivraria de Madame Marie Françoise �ellemant, Fornecedora da Casa de Bragança. 1877. In-4.º de XV-[I]-359-[I]-V-[I]-I-[III] págs. E.Importante Manual de divulgação agrícola, dirigido aos mais simples agricultores e às novas gera-

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ções, com exemplos práticos acompanhados de alguma teoria. Edição ilustrada com 119 perfeitas gravuras abertas em madeira, representando numerosas máquinas e produtos agrícolas, plantas, gado bovino, aves domésticas, etc. �em no fim um «Vocabulario Agricola dando o significado de alguns termos e expressões technicas mais usadas n’este Manual». Encadernação modesta, de recente manufactura.

272 — MORAIS (Paulo de).- MANUAL PRATICO DE AGRICULTURA, dedicado aos Agri-cultores do Reino, Ilhas e Colonias. Lisboa. Livraria de Antonio Maria Pereira — Editor. 1896. 2 vols. In-4.º gr. de XIV-817-I e 606 págs. E.Livro importante para a época, abordando teórica e praticamente o que concerne à agricultura prati-cada no século XIX, ilustrada com 119 perfeitas gravuras abertas em madeira, representando nume-rosas máquinas agrícolas, produtos agrícolas, plantas, gado bovino, aves domésticas, etc. �em no fim um «Vocabulario Agricola dando o significado de alguns termos e expressões technicas mais usadas n’este Manual». Encadernações editoriais em tela, com ferros a negro nas pastas e lombadas.

273 — MORAES (Paulo de).- NOVO MANUA� DE AGRICU��URA PRA�ICA �USO-CO-�ONIA�. 1900. �isboa — Antiga Casa Bertrand 2 — José Bastos. In-4.º de IV-792 págs. E.Manual agrícola, com interesse por ter sido instrumento de grande utilidadade não só em Portugal, mas também nas então colónias portuguesas. Edição ilustrada com 53 gravuras intercaladas no texto.Encadernação da época.

274 — MORAIS (Paulo de).- ZOOLOGIA ELEMENTAR AGRICOLA. Obra illustrada com mais de 700 gravuras. �isboa. Empreza Editora Francisco Pastor. 1897. In-4º de 821-I-VIII-II págs. E.A obra, profusamente ilustrada com gravuras abertas em madeira, consta de duas partes: Zoologia Geral e Zoologia Especial, “segundo os methodos de S. Schilling, dr. Noll, Leunis, H. Ludwig e Pokorny”. Muito invulgar.Encadernação da época, inteira de pele, com sinais de uso.

275 — MORAIS (Paulo de) (Trad.) — JOIGNEAUX (P.).- ENSINO PRIMARIO AGRICOLA. Versão Portugueza por... 1875. �allemant Frères, �yp. �isboa. Fornecedores da Casa de Bragan-ça. In-8.º de II-114-II págs. C.Curiosa publicação ilustrada nas páginas de texto, dirigida às camadas jovens da sociedade portugue-sa. Aos olhos dos republicanos, instrumento de capital importância para a regeneração e progresso da sociedade em Portugal.Cartonagem editorial.

276 — MOTA (A. Teixeira da).- A CARTOGRAFIA ANTIGA DA ÁFRICA CENTRAL E A �RAVESSIA EN�RE ANGO�A E MOÇAMBIQUE. 1500 - 1860. Sociedade de Estudos de Moçambique. �ourenço Marques. 1964. In-4.º de 255-I págs. E.Importante trabalho ilustrado, com um prefácio de Sarmento Rodrigues onde se diz que nele “veremos como os Portugueses, depois de em 1541 terem concluído «o levantamento de todo o litoral africano desde o Bojador a Suez», se meteram a penetrar e a explorar grande parte de �frica e a descrevê-la geogràficamente como o �ago Niassa, que já é referenciado pelo Pe. António Gomes em 1649, assim como a estadia dos Portugueses nele - duzentos anos antes de Livingstone ter pretendido ser o seu des-cobridor! (...) É este o livro notável que surge neste momento em que novamente a �frica Portuguesa está ameaçada e que de novo se tecem à sua volta mentiras, omissões e acusações que a seu tempo também a História há-de rebater.”

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277 — MO�A (Avelino �eixeira da).- MAR, A�ÉM MAR. Estudos e ensaios de História e Geografia. Volume I. (1944-1947). Junta de Investigações do Ultramar. �isboa. 1972. In-4.º gr. de XXIV-407-I págs. E.“Neste volume são publicados dezassete estudos e ensaios, três dos quais pela primeira vez, escritos entre 1944 e 1947, e respeitantes quer a história da ciência náutica, da cartografia e dos descobrimen-tos, quer a etnografia e etno-história”, na sua maioria relativos à Guiné, tratando em pormenor da sua toponímia e etnografia, dos Bijagós e dos Fulas, etc. Primeiro e único volume publicado, abundan-temente ilustrado nas páginas do texto e em separado, numa esmerada edição do “Agrupamento de Estudos de Cartografia Antiga” da Junta de Investigações do Ultramar. Encadernação própria do editor, com sobrecapa de papel.

278 — MO�A (Avelino �eixeira da).- AS VIAGENS DO BISPO D. FREI VI�ORIANO POR-�UENSE À GUINÉ E A CRIS�IANIZAÇÃO DOS REIS DE BISSAU. Junta de Investigações do Ultramar. �isboa. 1974. In-4.º gr. de X-188-II págs. E.“Dos seis textos que agora se editam, o primeiro, de começos do século XVII, constitui a mais antiga descrição, com relativo desenvolvimento, da ilha e dos Papéis [grupo étnico que vivia na ilha de Bis-sau quando os portugueses ali chegaram]. Inédito até aqui, é [o] capítulo da Etiópia Menor, do jesuíta Manuel �lvares, que foi devotado missionário na Serra �eoa, onde morreu em 1617.“Quatro dos restantes textos dizem respeito à acção missionária, sendo dois da autoria de Fr. Vitoriano Portuense, bispo de Cabo Verde, e outro relacionado com a sua acção. Explica-se, assim, que o pre-sente livro (...) esteja centrado na actividade desse notável missionário, que fez duas viagens à Guiné e interveio activamente nos acontecimentos que por então se desenrolaram em Bissau.,” Esmerada edição ilustrada, dada a lume pelo “Centro de Estudos de Cartografia Antiga”.Encadernação editorial com sobrecapa de papel policromado.COM DEDICATÓRIA DO AUTOR.

279 — N. (O. C.).- O NOVO JARDINEIRO, ou modo de cultivar os jardins; Segunda edição, augmentada com um breve tractado de lavoura, e varias receitas úteis aos lavradores por... �isboa. �yp. de �uiz Correia da Cunha. 1850. In.8.º peq. de 240 págs e VI estampas. E.Curiosa publicação, ilustrada com 6 gravuras coloridas representando flores.

280 — NAHMAN (Moses ben).- COMENTÁRIOS AO PENTATEUCO. Reprodução fac-simi-lada do mais antigo livro impresso em Lisboa (com impressão incluída, nos prelos Rabi Eliezer, em Julho de 1489). Introdução, e estudo bibliográfico por Manuel Cadafaz de Matos. �isboa. 1989. [Edições �ávola Redonda]. In-4º gr. de 87-299 págs. B.Edição facsimilar feita a partir do precioso exemplar pertencente à biblioteca de El-Rei D. Ma-nuel conservada no Paço Ducal de Vila Viçosa, acompanhada de um vasto estudo bibliográfico de Manuel Cadafaz de Matos subordinado aos seguintes capítulos: «O Pentateuco como fonte manuscrita na tradição cultural europeia entre os séculos XIII e XV»; «Cristãos e Judeus portu-gueses escrevem sobre o Pentateuco»; «No quinto centenário da obra impressa por Rabi Eliezer em �isboa (1489-1989)»; «Da ideia ao corpus: do perfil, à obra e às edições (incunabulares) de um místico virado para o Oriente».Edição limitada, numerada e assinada pelo autor.

281 — NA�IVIDADE (J. Vieira).- POMARES. Poda de fruteiras, monda dos frutos. Edição do Sindicato Agrícola de Alcobaça. [Oficina de José de Oliveira Júnior, Alcobaça. 1935]. In-4.º de 151-VII págs. B.Edição cuidada, ilustrada com desenhos e fotogravuras e impressa a duas cores sobre bom papel.

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282 — NA�IVIDADE (J. Vieira).- O REGIONA�ISMO DE AFONSO �OPES VIEIRA. �isboa. 1947. In-4.º gr. de X-II págs. B.Invulgar separata do In Memoriam de Afonso �opes Viera.Valorizado com dedicatória do autor a Marques Abreu.

283 — NEGREIROS (José de Almada).- MATERNIDADE. 26 Desenhos de Almada Negreiros. �exto de Ernesto de Sousa. Direcção gráfica de Armando Alves. Imprensa Nacional - Casa da Moeda. 1982. In-fólio B.Edição verdadeiramente magnífica desta preciosa colecção de 26 desenhos inéditos de Almada Negreiros, todos subordinados ao tema Maternidade, antecedidos de um importante estudo de Ernesto de Sousa.EXEMP�AR DA ESGO�ADÍSSIMA E MUI�O VA�IOSA �IRAGEM DE �UXO, limitada a “qua-renta exemplares no formato 50x36 cms., numerados de I a XL, apresentados em embalagem especial, com 26 desenhos em tinta da china, cor sépia, reproduzidos em papel IO de 125 gramas, separados do texto, e ainda a reprodução litográfica de um desenho a lápis e aguarela.”

284 — NEGREIROS (José de Almada).- OBRAS COMPLETAS. [Estampa, Lda. Lisboa. 1970-1972]. 6 vols. In-8.� B.Apreciada edição da responsabilidade editorial de Herberto Helder, então director literário da Edito-rial Estampa. Colecção completa, constituída por tudo quanto então foi possível publicar: I. «Contos e Novelas»; II. «Romances»; III. «�eatro»; IV. «Poesia»; V. «Ensaios»; VI. «�extos de Intervenção».Sobrecapas ilustradas com diferentes auto-retratos de Almada.

285 — NEGREIROS (José de Almada).- ORPHEU. 1915/1965. Ática. Lisboa. [1965]. In-8.� de 30 págs. B.Curiosa publicação, graficamente concebida num só plano, desdobrável, em serpentina, dada a lume por ocasião do cinquentenário da revista «Orpheu».

286 — NEVES (�eonel).- JANE�A ABER�A. Poemas. �isboa. 1940. In.8.º de 48 págs. inums. B.Primeiro livro do autor, natural de Lagos, meteorologista e poeta que mereceu de Anatólio Falé e Antó-nio Mestre música para alguns dos seus poemas, alguns dos quais interpretados por Amália Rodrigues.“ (...) importa recordar à curta memória ou à negligência da maioria dos nossos críticos e historiado-res da literatura que logo o primeiro livro de Leonel Neves, a despeito da sua incipiência e das suas inevitáveis ingenuidades, não passou despercebido a alguns dos melhores espíritos da época, a ponto de José Régio lhe ter consagrado, no último número da Presença (...), uma nota crítica de inequívoco aplauso (...)”. [in «Natural do Algarve». 2.ª edição. 1986. Prefácio de David Mourão-Ferreira]COM DEDICA�ÓRIA DO AU�OR A �RIO DE AZEVEDO.

287 — NEVES (�eonel).- NA�URA� DO A�GARVE. poemas. 2.ª edição. Universidade do Algarve. Faro. 1986. In-4.º de 92-II-[II] págs. B.Segundo livro de poesia do autor, originalmente integrado na «Colecção Poesia e Verdade», agora dado à estampa pela Universidade do Algarve com prefácio de David Mourão-Ferreira e um retrato do poeta por Tossan.COM DEDICATÓRIA DO AUTOR.

288 — NEVES (�eonel).- SE�E CON�OS DE ESPAN�AR. Para crianças. Com desenhos de �òssan. Atlântida Editora. Coimbra. 1975. In-fólio peq. de 46-IV págs. E.Livro para crianças de muito raro aparecimento no mercado.“ (...) Leonel Neves tem-se particularmente notabilizado como autor de livros para crianças, havendo

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publicado, nos últimos dez anos, mais de uma dúzia de títulos nesse difícil domínio e aí se tornando, segundo a opinião dos respectivos especialistas — como, por exemplo, Natércia Rocha —, um dos mais inspiradores cultores do género, se não mesmo um daqueles que mais decisivamente contribuí-ram, no pós-25 de Abril, para a sua efectiva renovação.” [in «Natural do Algarve». 2.ª edição. 1986. Prefácio de David Mourão-Ferreira].Capa da brochura e ilustrações de �òssan, pintor, ilustrador, decorador e gráfico português.EXEMP�AR VA�ORIZADO COM AS DEDICA�ÓRIAS DO AU�OR E DO I�US�RADOR.

289 — NIEREMBERG (P. João Eusébio) [1595-1658].- AFFEYC,AM, E AMOR // DE // MARIA // SANTISSIMA, // MAY DE DEOS, // E SENHORA NOSSA // Composto pello Padre JOAM EU- //SEBIO NIEREMBERG. da // Companhia de JESUS, & // vertido de Castelhano, // em Portuguez, // Offerecido a Nossa Senhora da // CONCEYC,AM. // —— // EVORA. // Com todas as licenças necessarias, & Pri- // vilegio Real na Officina da Universi- //dade. Anno de 1687. In-8.º peq. de VIII-181-III págs. E.Primeira e rara edição, referenciada por José dos Santos no Catálogo de Livros Raros e Curiosos dos Séculos XV a XX ou por Gil do Monte nos Subsídios para a História da Tipografia em Évora. Palau informa que esta tradução se deve ao Padre Emmanuel Fernandez.Dedicatória encimada por uma xilogravura que representa N.ª S.ª da Conceição.Encadernação da época, de pele.

290 — NIEREMBERG (P. João Eusébio) [1595-1658].- AFFEYC,AÕ, E AMOR // DE // MARIA // SANTISSIMA, // MAY DE DEOS, // E SENHORA NOSSA // Composto // pelo P. JOAÕ EUSEBIO NIEREMBERG // Da Companhia de JESUS, e vertido de Cas- // telhano em Por-tuguez, // Offerecido a Nossa Senhora da // CONCEIC,AÕ. // —— // EVORA, // Com todas as licenças necessarias, e Privilegio Real // na Officina da Universidade. Año de 1757. In-8.º peq. de VIII-181-III págs. E.Segunda e muito invulgar edição, conforme a primeira (datada de 1687), impressa nas Oficinas da Universidade de Évora. Palau informa que esta tradução se deve ao Padre Emmanuel Fernandez.Dedicatória encimada por uma xilogravura que representa N.ª S.ª do Rosário com o Menino ao colo, gravura que substituiu a de N.ª S.ª da Conceição apresentada na edição original.Encadernação da época com pequenas imperfeições.

291 — NORONHA (António Sanches de).- NOVENA // DOS // SAN�ISSIMOS CORAC,O~E S // DE // JESUS, // E MARIA; // Que começa na vespera da festivi- // dade do Corpo de Deos; // (...) // EVORA, // Na Officina da Universidade. // —— // M. DCC. XXXVIII. // Com todas as licenças necessarias. In-12.º de XXX-88-II págs. B.Sobre o autor, condiscípulo de Barbosa Machado, apenas conhecemos a memória que este nos deixou na Biblioteca Lusitana: “ (...) Instruído na Lingua Latina, e Humanidades ouvio no anno de 1996. Filosofia do insigne Mestre o P. Sebastiaõ Ribeiro da Congregaçaõ do Oratorio, e como era dotado de agudo engenho de tal sorte penetrou as mayores dificuldades desta sciencia, que sahio nella muito perito com admiraçaõ de todos os seus Condiscipulos, entre os quaes me posso numerar devendo à suavidade do seu genio a mais fina amisade com que sempre me tratou. Ainda naõ tinha passado da adolescencia quando naõ sómente discorria como Filosofo, mas metrificava como hum dos mais antigos cultores do Parnaso, a cuja Arte se dedicou impellido naturalmente da inclinaçaõ compondo versos na lingua materna suaves, cadentes, e elegantes que repetidas vezes foraõ ouvidos com geral acclamaçaõ, e enveja na Academia dos Anonymos instituida em Lisboa no anno de 1710. do qual foy hum dos seus celebres alumnos. Por ser mais amante da modestia que do applauso, nunca publicou as suas obras, que podiaõ formar hum volume de justa grandeza dignas certamente da luz publica, sendo poucas as que tem logrado este beneficio, das quaes se pòde conhecer o furor do seu espirito. (...)”.Não constante das Obras mencionadas por Barbosa Machado ou Innocêncio, Gil do Monte, nos «Sub-sídios para a História da �ipografia em Évora nos Séculos XVI a XVIII» faz referência a esta invulgar publicação. Diz o seu autor no AN�I�OQUIO que “Esta he a primeira Novena impressa, que tem os devotos Corações de Jesus, e Maria, para mais excitarem a sua devação [sic] (...)”.

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292 — NORONHA (Eduardo de).- DIS�RIC�O DE �OURENÇO MARQUES E AFRICA DO SUL. Estudo dedicado ao Ex.m� Sr. Tito Augusto de Carvalho por... Lisboa. Imprensa Nacional. 1895. In-fólio de II-224-IV págs. B.Raríssimo trabalho de investigação histórica de José Eduardo Alves de Noronha, célebre escritor, jornalista e militar português que enquanto secretário do governo de �ourenço Marques, organizou o arquivo da secretaria, “disperso aqui e ali por sucessivas mudanças. “Desde então, pensei em reunir n’um livro, todos os elementos que andavam disseminados por obras portuguezas e estrangeiras, pelos Boletins da provincia, pela memoria dos antigos colonos e nas tradições e lendas dos indigenas.”VA�ORIZADO COM DEDICA�ÓRIA DO AU�OR.

293 — NOTAS SOBRE PORTUGAL. (Exposição Nacional do Rio de Janeiro em 1908. Secção Portuguesa). �isboa. Imprensa Nacional. 1908. 2 vols. In-4.º de VIII-814 e XVI-292-II págs. B.Obra de esmerada execução gráfica, impressa sobre papel couché, ornada de mapas impressos a cores e com numerosas fotogravuras intercaladas no texto. Colaboração, entre outros de, Rocha Peixoto, Augusto Nobre, J. Ferreira Borges, Adolfo Coelho, D. José Pessanha, Curry Cabral, Júlio de Matos, António Arroyo, João Barreira, Joaquim de Vasconcelos, Ernesto Vieira, etc., subscrevendo artigos com interesse para o estudo da antropologia em Portugal, suas industrias, agricultura, comunicações, ensino, artes, saúde, turismo, etc.

294 — NOWELL (Charles E.).- THE ROSE-COLORED MAP. Portugal attempt to build an African empire from the Atlantic to the Indian Ocean. Junta de Investigações do Ultramar. Lisboa. 1982. In-4º gr. de XVI-273-III págs. E.“Esta publicação integra-se mo âmbito das comemorações relativas à passagem em 1983, de 100 anos sobre a data da nomeação da Comissão de Cartografia que veio a dar origem ao actual Instituto de Inves-tigação Científica �ropical / Junta de Inverstigações Científicas do Ultramar». Com um prefácio assinado por Luís de Albuquerque. Edição cuidada, em bom papel, ilustrada com mapas e retratos em folhas à parte.Encadernação editorial, com sobrecapa ilustrada a cores.

295 — NUNES (Domingos) [1645-1713].- A. M. D. G. // REGU�A // HONES�E VIVENDI, // SIVE // BREVIS INS�RUC�IO // Ad rectè operandum, // �radita // A. P. DOMINICO NUNES SO- // CIETATIS JESU, // Lusitano, ex Novâ Egitaniâ, in Sa- // crosanctâ Theologiâ Doctore, & Pri- // mario Prodessore in Eborensi Aca- // demiâ, Archiepiscopatûs Examina- // tore, ac Sanctæ Inquisitionis Quali- // ficatore, nunc Rectore in Collegio Ulyssiponensi Magni Antonii. // [linha formada por pequenas vinhetas tipográficas] // EBORÆ. // Cum facultate Sueriorum, ex Typo- // graphiâ Academiæ. // Anno Dñi. 1696. In-8.º de XIV-139-[I] págs. E.Natural de Idanha [Castelo Branco], Domingos Nunes entrou na Companhia de Jesus em Coimbra, em 1657. Fez estudos em Humanidades, Retórica e Filosofia no Colégio das Artes entre 1659 e 1665. Na Universi-dade de Évora regeu Filosofia e foi lente de �eologia Especulativa entre 1679 e 1687, tendo-se Doutorado nesta Universidade em 1688. Foi Reitor do Colégio de Santo Antão, do Colégio das Artes e Provincial.Gil do Monte nos Subsídios para a História da Tipografia em Évora regista esta edição referindo Barbosa Machado e o Catálogo de uma bela e valiosa colecção de livros verdadeiramente notáveis dos séculos XVI a XX de José dos Santos.Barbosa Machado acerca desta obra diz tratar-se de “ (...) hum epitome da obra, que fez o Reveren-dissimo Geral da Companhia o P. Tyrso Gonzales intitulado. Fundamentum Theologiæ Moralis, sive Tractatus Theologicus de recto usu opinionum probabilium.”.Encadernação em pele, da época, com defeitos superficiais.

296 — O�IVEIRA (Carlos de) & FERREIRA (José Gomes).- CON�OS �RADICIONAIS PORTUGUESES. Escolhidos e comentados por Carlos de Oliveira e José Gomes Ferreira. Pre-fácio de José Gomes Ferreira. Ilustrações de Maria Keil. Iniciativas Editoriais. �isboa. [1957-1958]. 2 vols. In-4.º de XXIV-498-VIII e 561-VII págs. E.

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Edição de cuidada execução gráfica, enriquecida com grande número de belas ilustrações impressas a cores da autoria de Maria Keil. Os contos foram seleccionados de obras de �eófilo Braga, Adolfo Coelho, �eite de Vasconcelos, �omás Pires, Consiglieri Pedroso, Ataíde de Oliveira “e outras colectâ-neas e revistas por onde tem andado disperso o tesoiro que hoje se reune aqui”. Belo e extenso prefácio de José Gomes Ferreira.Encadernações editoriais, com as capas de resguardo conservadas.

297 — O�IVEIRA (Ernesto Veiga de) & GA�HANO (Fernando).- PA�HEIROS DO �I�O-RA� CEN�RA� POR�UGUÊS. �isboa. 1964. In-4.º de 134-II págs. B.Valioso trabalho acerca das já raras construções em madeira que especialmente se localizavam entre Espinho e Vieira de �eiria e que, “A despeito do interesse e significado que para a Etnografia e a Geo-grafia Humana tem este aspecto da nossa cultura popular, poucas são as obras de carácter sistemático que o tenham abordado na sua totalidade”. Com numerosas fotografias e desenhos, em folhas à parte e nas páginas de texto. Publicação do “Centro de Estudos de Etnologia Peninsular”.

298 — O�IVEIRA (Ernesto Veiga de) & GA�HANO (Fernando) & PEREIRA (Benjamim).- A�FAIA AGRÍCO�A POR�UGUESA. �isboa. 1976. In-4.º de 396-II págs. B.“Em todo este livro está presente Jorge Dias. A sua obra sobre os Arados Portugueses - de que aqui damos a súmula - inaugurou não só os estudos da alfaia agrícola portuguesa, mas também, com a monografia de Vilarinho da Furna, a sua carreira de etnólogo; e ambas constituem os marcos fun-damentais da renovação dos estudos etnológicos em Portugal”. Exemplar da edição original, muito invulgar, documentada com centenas de fotogravuras em separado e desenhos nas páginas do texto.Capa da brochura com pequenas imperfeições.

299 — O�IVEIRA (Ernesto Veiga de), GA�HANO (Fernando) & PEREIRA (Benjamim).- SIS-TEMAS DE ATRELAGEM DOS BOIS EM PORTUGAL. Lisboa. 1973. [Composto e impresso na Neogravura, �da]. In-4.º de 124-II págs. B.�rabalho fundamental sobre jugos e cangas portugueses, numa muito esmerada edição do «Centro de Estudos de Etnologia», ilustrada com numerosos desenhos e reproduções fotográficas de invulgar qualidade técnica.

300 — O�IVEIRA (Ernesto Veiga de), GA�HANO (Fernando) & PEREIRA (Benjamim).- AC�IVIDADES AGRO-MARÍ�IMAS EM POR�UGA�. Instituto de Alta Cultura. �isboa. 1975. In-4.º de 236-II págs. B.“Ao longo da costa de Portugal, além das actividades marítimas específicas - a pesca e a navegação -, determinados estratos das populações litorâneas dedicavam-se, até há poucos anos ainda, a outras fainas que tinham também lugar no mar, mas que se relacionavam directamente com a agricultura, designadamente em vista ao aproveitamento dos elementos fertilizantes que o mar fornece. Eram elas, fundamentalmente, 1) a apanha das algas marinhas, e 2) a pesca do caranguejo em cardumes”.Trabalho profundamente tratado, ilustrado com excelentes fotogravuras em folhas à parte e ainda com inúmeros desenhos.

301 — OR�A (Garcia de).- AROMA�VM E� SIMP�ICIVM A�IQVO� MEDICAMEN�OR-VM APVD INDOS NASCEN�IVM HIS�ORIA DE CAR�OS C�ÚSIO. Versão Portuguesa do Epítome �atino dos Colóquios dos Simples de Garcia da Orta. Edição Comemorativa do Quarto Centenário da Publicação dos Colóquios dos Simples. Junta de Investigação do Ultramar. 1964. In-4.º gr. de 271-III págs. E.Cuidada edição facsimilada da edição original datada de 1567, acompanhada da respectiva tradução para português.

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“A esta obra, muito particularmente, se deve o largo conhecimento que a Europa quinhentista teve do livro de Garcia da Orta, o qual, (...) talvez tivesse ficado esquecido por muitos anos nos velhos escaparates das poucas bibliotecas que o souberam conservar.”Encadernação editorial.

302 — PA��A (Victor) & MAR�INS (Costa).- �ISBOA “CIDADE �RIS�E E A�E-GRE”. [Círculo do �ivro, �da. Oficinas da Neogravura, �da. �isboa. S.d. - 1959 ?]. In-4.º gr. de XI-I-148-XXV págs. E.Muito original livro da volumosa e melhor bibliografia olisiponense, com muitas e belas fotografias, um texto em prosa de José Rodrigues Miguéis, poesias inéditas de Alexandre O’Neill, Armindo Ro-drigues, David Mourão-Ferreira, Eugénio de Andrade, Jorge de Sena e José Gomes Ferreira e outros, não inéditos, de Eugénio de Andrade, António Botto, Álvaro de Campos, Orlando da Costa, Sebastião da Gama, Sidónio Muralha, Almada Negreiros, Alexandre O’Neill, Camilo Pessanha, Fernando Pes-soa, Ricardo Reis, Armindo Rodrigues, Mário de Sá-Carneiro, D. Sancho I, Jorge de Sena, Alberto de Serpa, Cesário Verde e Gil Vicente.Encadernação própria, de pele, com dizeres gravados a prata. Embora com um rasgão junto à lomba-da, conserva as sobrecapas editorias.

303 — PAVIA (Manuel Ribeiro de).- 12 DESENHOS DE MANUE� RIBEIRO DE PAVIA. Vértice. Coimbra. 1961. In-4.º gr. de 8 págs. e mais 12 folhas de desenhos. B.�exto de Armando Vieira Santos, F. Piteira Santos, Joaquim Namorado, José Ernesto de Sousa, José Go-mes Ferreira, Manuel Mendes, Mário Dionísio e Roberto Nobre. Invulgar edição da revista «Vértice».

304 — PAVIA (Manuel Ribeiro de).- �ÍRICAS. Quinze Desenhos de Manuel Ribeiro de Pavia. Um �exto do poeta José Gomes Ferreira. 1950. Inquérito. �isboa. In-4.º gr. de VIII págs. de frontispício, texto e colófon, além dos respectivos desenhos impressos em folhas à parte. E.Edição de muito apurada concepção gráfica que apresenta XV desenhos de Manuel Ribeiro de Pavia (impressos em folhas próprias) acompanhados de um texto original de José Gomes Ferreira, também ele ilustrado (nas páginas de texto) com mais dois desenhos do ilustrador. “Com excepção do original dedicado ao Poeta José Gomes Ferreira todos os restantes originais foram destruídos.”“ES�E ��BUM É PUB�ICADO PE�A EDI�ORIA� «INQUÉRI�O» E DE�E SE FEZ UMA �I-RAGEM ESPECIAL DE 200 EXEMPLARES NUMERADOS E AUTOGRAFADOS, INCLUINDO UM DESENHO «EX�RA - SÉRIE» CO�ORIDO À MÃO”.EXEMP�AR �AMBÉM VA�ORIZADO POR �ER SIDO DEDICADO COM UM AU�ÓGRAFO DE MANUE� RIBEIRO DE PAVIA.Conserva as capas da brochura, estando a da frente também ilustrada com outro desenho de Pavia que se reproduz no frontispício, prefazendo assim a edição, o total de 18 distintos desenhos.Original encadernação inteira de pele à cor natural, com dizeres na lombada e pasta da frente, grava-dos a castanho, tendo nesta, em trabalho manual, a reprodução do desenho de Pavia que vem gravado na capa da brochura.

305 — PEREIRA (Bento) [1606-1681].- ACADEMIA, // SEU // RESPUBLICA // LITERARIA // UTILITER, ET NOBILITER FUNDATA; // Legibus, ac moribus onstituta; privilegiis munita; // ludis, ac certaminibus literariis exercita; Rectoris, // Cancellarii, Conservatoris, Officialium, Do- // ctorum, Magistrorum, & Scholasticorum // præsidio instructa; Collegiis, Collegarum, // & Præbendator~u, seu Portionistarum // apparatu amplificata: // SUO LITERARIO REGIMINE // Novam, & amplam materiam suppeditat disputandis // Theologicè, ac juristicè moralibus quæstionibus, quæ // decem libris continentur: // AUTHORE // P. D. BENEDICTO PEREYRA // SOCIETATIS JESU // Portugallensi Borbano, & in Eborensi Academia Primario olim // sacræ Theilogiæ Professore, & jam emerito per continuatum // vicennium docendi Theologiam. // ——

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// EBORÆ, // Cum facultate Superiorum, ex Typographia Academiæ, // Anno Domini M. DCC. X�I. In-6.º de XII-698-XXX págs. E.Obra com interesse para a história da Universidade de Évora, não registada no Dicionário Biblio-gráfico Portugues de Innocêncio e pela primeira vez impressa em Lisboa por António Craesbeeck de Mello em 1662, conforme o registo deixado por Barbosa Machado na Biblliotheca Lusitana.Encadernação contemporânea, em pele, com nervuras e gravada a ouro na lombada. Com defeitos na pasta posterior. (ver gravura na pág. 95)

306 — PEREIRA (Bento) [1606-1681].- FLORILEGIO // DOS MODOS DE // FALLAR, // E ADAGIOS DA �INGOA // POR�VGVESA: // DIVIDIDO EM DVAS PARTES, // EM A PRIMEIRA DAS QVAES // se poem pella ordem do alphabeto as Frases Portu- // gue-sas, a que correspondem as mais puras, // & elegantes Latinas: // NA SEGVNDA SE POEM OS // principaes adagios Portugueses, com seu Latim // prouerbial correspondente. // PERA SE AI-VUN�AR A PROSODIA, // & �hesouro Portugues, como appendiz, // ou complemento. // PELLO P. D. BENTO PEREYRA // da Companhia de IESVS, &c. // —— // Com todas as licenças necessarias. // EM �ISBOA. // Por Paulo Craesbeeck, & à sua custa. Anno 1655. In-6.º de IV-124 págs. E.Raríssima publicação de Bento Pereira, proeminente linguísta e lexicógrafo português seiscentista, professor na Universidade de Évora e revisor em Roma dos livros da Companhia de Jesus.Importante compilação de refrãos e provérbios portugueses, pela primeira vez publicados nesta edição e a partir de 1661 integrados na Prosodia de Bento Pereira.Segunda obra no seu género publicada em Portugal, que ao lado de «Adagios Portuguezes reduzidos a lugares communs» de António Delicado, são instrumentos de inestimável valor para o estudo da lexicografia e da paremiologia em Portugal.Composta por duas partes, a primeira apresenta por ordem alfabética uma lista de frases portuguesas com as suas correspondentes latinas; sendo a segunda uma compilação de adágios portugueses tam-bém acompanhados pelos seus equivalentes na lingua latina.Diz Innocêncio que “D’esta edição ignorada de Barbosa, e do Catálogo da Academia, vi até agora um só exemplar na Livraria do extincto convento de Jesus. (…)”.�ambém José dos Santos confirma a raridade da edição no Segundo Escrínio Bibliográfico da Bi-blioteca de Rodrigo Veloso “Obra apreciadíssima, e da qual nos não consta têr vindo algum outro exemplar ao mercado. (...)”.Exemplar incompleto, constituído apenas pela primeira parte das Frases Portuguesas, cuja paginação começa em Fol. 1 [até 92], conforme outros exemplares que naquele tempo circularam autonomamente. Protegido por cartonagem da época, faltam a este exemplar duas folhas preliminares, de frontispício, «�icenças» e «AO CVRIOSO �EI�OR», ou justificação da Obra.A págs. 1, ao alto apresenta um cabeção de ornamento a que seguem os dizeres acima transcritos, dando início à letra A, com a palavra Abafar. A págs. 84 finaliza com a palavra Zombão, seguido de “FIM DA PRIMEIRA PARTE”. De págs. 85 até ao final vem a Oração fúnebre «PARADIGMA // PRO INS�RVENDA IVVEN�V�E // Lusitana, & quibuscunque Principibus, vt nempe Lusitani // iuuenes modos loquendi hactenus pro-positos ad // stylum in compositione redigant, & totios or- // bis Principes suos mores componant. // ORATIO // FVNEBRIS IN EXEQVIIS SERENISSIMI // Theodosij Principis, quas celebrauit Eboren-sis Academia // Anno Domini 1653. die 17 Nouembris. // HABITA A P. DOCTORE BENEDICTO PEREYRA // Societatis IESV S. �heologiæ professore Uesperario.».O exemplar apresenta os ex-libris das Bibliotecas de Victor d’�vila Peres e Mazziotti Salema Garção. Cartonagem contemporânea com a pasta frontal destacada do volume. (ver gravura na pág. 97)

307 — PEREIRA (Bento) [1606-1681].- PROMP�UARIUM // JVRIDICVM, // QUOD SCI-LICET IN PROMPTU // exhibebit rite, ac diligenter quærentibus omnes // resolutiones circa universum jus Pontifi- // cium, Imperiale, ac Regium, secundum // quod in tribunalibus �usita-niæ // causæ decidi solent. // OPUS DEPROMPTUM EST PRÆCIPUE EX AUTHORIBUS // Lusitanis, qui vocantur regnicolæ, & agunt per decisiones, consul- // tationes, observationes, & allegationes de causis, & casibus, // qui nostro, & superioribus sæculis obtingentes tribunalia

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// Lusitana pro decisione obtinenda subiere. // AUTHORES SUNT // ANTONIUS A GAMA, GEORGIUS DE CABEDO, A�VARUS // Valascus, Melchior Phæbeus, Michael Reinoso, Gabriel Pereyra, �ho- // mas Valascus, Emmanuel �hemudo, & Antonius de Sousa de // Macedo, qui quatuordecim tomis suas omnes resolutiones tra- // diderunt. His accedunt multi alii authores Lusitani, & // etiam exteri, qui de certis materiis, v. g. de jure em- // phyteutico, de testamentis, de judiciis, de maiora- // tibus, aliisque ex prodesso tractarunt, ad quos // frequenter toto hoc opere // siunt remissiones. // UNDE // NOSTER HIC LABOR, SEU LIBER NON HABENTI-BUS IN SUA BIBLIOTHECA // tales Authores, inserviet pro compendio, in quo tunt illorum resolutiones: habentibus // vero tales authores, inserviet pro reportorio ad facile inveniendum nostrum // jus abunde illustratum, & locupletatum. // COLLEGIT // P. D. BENEDICTUS PE-REYRA // SOCIETATIS JESU PORTUGALENSIS BORBANUS, // in Supremo S. Inquisitionis Senatu Censor Qualificator: olim in Eborensi Academia Sacra Theologiæ professor prima-rius, // & jam emeritus per continuat~u vicennium, & ultra // docendi S. Theologiam. // —— // EBORÆ. // Cum facultate Superiorum, ex Typographia Academiæ, //Anno Domini M. DC. XC. In-6.º de X-587-[I] págs. E.Frontispício impresso a negro, circundado por uma moldura constituída por pequenas vinhetas tipo-gráficas; a folha seguinte, com dedicatória à Virgem Maria, aparece adornada de uma xilogravura onde Nossa Senhora está representada. Segunda edição. Encadernação contemporânea mal cuidada. Exemplar com sinais de uso, anotado nas margens.(ver gravura na pág. 99)

308 — PEREIRA (Bento) [1606-1681].- PROMPTUARIUM // THEOLOGICUM MORALE. // SECUNDUM JUS COMMUNE, ET LUSITANUM, // SEU ALIO NOMINE EXPLICATIUS, // SVMMA // EX // VNIVERSA �HEO�OGIA MORA�I, // CONTINENS QUINQU AGINTA TRACTATUS. // (...) // Authore Doctore BENEDICTO PEREYRA Societatis Jesu, // Portugallen-si Borbano: in Eborensi Academia olim Primario S. Theologiæ Pro- // fessore: apud Supremum S. Inquisitionis Tribunal Censorio Qualificatore: // & jam emerito per continuatum tricennium docendi S. Theo- // logiam speculativam, & moralem. // (...) // [emblema da Companhia de Jesus] // EBORÆ, // Cum facultate Superiorum: // Ex Typographia Academiæ. Ánno 1703-1707. In-6.º peq. de XXVI-604 e XXIV-709-[I] págs. E.Diz Barbosa Machado que o autor, natural da “Villa de Borba da Provincia do Alentejo (...) buscou na tenra idade de 15. annos a Companhia de JESUS (...) donde passando ao Collegio de Evora e apren-dendo as letras humanas, e Filosofia, em o de Coimbra dictou com universal applauso naõ sómente estas sciencias, mas a mayor de todas qual he a de Theologia por espaço de vinte annos em cuja Sagra-da Faculdade se graduou Doutor em a Academia Eborense (...). Sendo Qualificador do Santo Officio passou a Roma para ser Revisor dos livros dos Authores da Companhia donde voltando foy Reytor do Collegio dos Irlandezes em Lisboa, (...) Naõ sómente foy insigne nesta faculdade mas na Jurispru-dencia Civil, e Canonica por onde se dilatou a sua penna com igual profundidade, e erudição. (...)”.Frontispício do primeiro volume [PARS PRIOR] impresso a negro e vermelho e a negro o do segundo [PARS POSTERIOR].Encadernações contemporâneas de pele inteira, mal cuidadas.

309 — PEREIRA (Bento) [1606-1681].- PROSODIA // IN // VOCABV�ARIVM // BI�IN-GUE, // LATINUM, ET LUSITANUM // ... // SEPTIMA EDITIO // AUCTIOR, ET LOCUPLE-TIOR // AB ACADEMIA EBORENSI. // ... // EBORÆ, // Cum facultate Superiorum, ex Typogra-phia Academiæ. // Anno Domini M.DC.XC.VII. In-fólio de VIII-736-124-89 págs. E.“Bento Pereira foi um dos jesuítas mais eruditos do seu tempo e as suas obras sumamente apreciadas”, consideração que retiramos da «Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira» e de onde continuamos a transcrever o seguinte: “Ao ser expulsa a Companhia de Jesus, em 1759, estava-se imprimindo em Évora uma nova edição da «Prosodia in Vocabularium bilingue», a qual ia já na letra S. (...) essa nova

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edição estava destinada a prestar relevantes serviços aos estudiosos da língua de �ácio, em Portugal. Foi incumbido de a completar o religioso franciscano (...) Frei Manuel de Pina Cabral, a quem o mar-quês de Pombal não permitiu que se utilizasse do trabalho feito pelos jesuítas, e que só finalmente em 1780 se pôde desempenhar da tarefa que lhe fora cometida, publicando o «Magnum �exicon �atinum et �usitanum» depois muitas vezes reeditado (...).”Sétima edição, revista e muito aumentada por Matias de S. Germano. Edição pela primeira vez pu-blicada apenas em latim e português. Helena Freire Cameron, no livro «Dicionarística Portuguesa» organizado por �elmo Verdelho e J. Paulo Silvestre diz que: “Esta revisão, além de retirar as pou-cas referências castelhanas, introduziu uma nomenclatura aumentada em cerca de 20000 entradas, aumentando também as séries sinonímicas nas glosas. As edições que se lhe seguiram limitam-se a reeditar o texto, sem qualquer revisão ou aumento da nomenclatura.(...) A prosodia foi um dos livros que foi proibido e teve ordem de queimar pelo Marquês de Pombal, na sequencia da expulsão dos Jesuítas (...)”. Frontispício impresso a vermelho e negro. Páginas a duas colunas, circundadas por um filete simples. Os últimos grupos de páginas incluem: «Das Frases Portuguezas, a que correspondem as mais puras, & elegantes �atinas: como tiradas de Marco �ullio, & outros Authores de primeira classe» e «Dos Principaes Adagios Portuguezes, com seu latim proverbial correspondente».Encadernação inteira de carneira, da época, bastante cansada. Exemplar com vestígios de humidade.

310 — PEREIRA (Gabriel).- DOCUMEN�OS HIS�ORICOS DA CIDADE DE EVORA. Evora. Typographia da Casa Pia. 1885 [os ultimos volumes: Typographia Economica de José d’Oliveira. 1887 e 1891]. 3 vols. In-4.º gr. de 202, 282 e 96 págs. E.Importantíssima e muito rara compilação de documentos antigos, da maior importância para o estudo da história da cidade de Évora. Primeira edição.Primeira parte: Foraes, costumes; Documentos municipaes dos sec. XII e XIII; Documentos do Cabido; O Livro dos herdamentos; Capitulos de Fernão Lopes; Extractos dos inventarios municipaes do sec. XIV; Extractos dos documentos das albergarias; O �ivro do Acenheiro; Posturas antigas da Camara; Regimento da cidade em tempo de D. João 1.�; Segunda parte: Documentos municipaes do sec. XV; Documentos da Santa Casa da Misericordia dos sec. XV e XVI; O primeiro compromisso da Misericordia; Documentos do Hospital do Espirito San-to, e da casa de S. Lazaro; Episodios eborenses na chronica de Garcia de Resende; O caso do Duque de Bragança; As festas pelo casamento do principe D. Affonso, filho de João segundo; A oração de Cataldo Siculo; Alfarrobeira e Toro; Regimento das procissões; Archivo da cathedral; Extractos e summarios dos primeiros livros de acordos capitulares, sec. XV e XVI; O convento de S. Francisco; Capitulos de cortes do sec. XV; etc. �erceira parte: Documentos municipaes do sec. XVI; Universidade Evora - Cartapacio do secretario; Os Cartularios das Cathedraes; A Casa de Bragança no Alentejo em 1680; Universidade Evora - Provas dos Cursos da Theologia do anno de 1617, e outros. Estudantes Irlandeses; Seminario de Evora - Collegio da Purificação, depois Convento de Rilhafolles; Capella do conego James Anes; Arrayolos, Vimieiro e Alcaçovas, etc; Documentos para a historia da medicina em Evora.Encadernações com lombada e cantos de pele, decoradas com dourados e nervuras nas lombadas. O volume que compreende a terceira parte da obra, apresenta os fascículos 23, 24 e 25 repetidos. Com restauros.

311 — PEREIRA (Gabriel).- ES�UDOS DIVERSOS. (Arqueologia • História • Arte • Etno-grafia). Colectânea organizada e anotada por João Rosa e ilustrada com desenhos do autor. Coimbra. Imprensa da Universidade. 1934. In-8.º gr. de IX-525-I págs. B.Colectânea estimada, ilustrada com fotogravuras impressas em separado e coladas nas páginas do texto, além de numerosos desenhos do autor também intercalados. Prefácio de D. José Pessanha.�emas tratados: Armas e utensílios pré-históricos, Marinha militar, Ceuta, Évora, Coimbra, Pedro Nunes, Arte portuguesa e arte industrial, Ferragens, Restaurar e conservar, Álvaro Gonçalves, Escul-turas tumulares, Arte Sacra, Museus, �emplo romano de Évora, Guarda, �isboa, Algarves, Serra da Estrela, Montemor-o-Novo, Óbidos, Vila Real de �rás os Montes, etc.

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312 — PEREIRA (Gabriel).- ESTUDOS EBORENSES. Historia e Archeologia. Evora. Minerva Eborense. 1886-1894. 37 opúsculos In-8.º gr. E.Colecção completa deste valioso repositório de monografias, da autoria de um dos mais incansáveis investigadores da história da cidade de Évora. Primeira edição desta notável e procurada colecção, publicada em pequenos opúsculos, hoje baste difíceis de reunir.No final do volume vem incluída a seguinte publicação, sem autor declarado, destinada à venda na Sacristia da Egreja da Conceição Velha: NOSSA SENHORA DO RES�E��O. OS FREI-RES DE CHRIS�O E A EGREJA DA CONCEIÇÃO VE�HA. �isboa — 1897 [...] In-8.º gr. de 119-I págs.Encadernação da época com lombada de pele. Com falta das capas da brochura.

313 — PEREIRA (Gabriel).- MADRUGADAS. Evora. Minerva Eborense. 1888. In-8.� de 189-III págs. E.Raro livro de contos de Gabriel Pereira, figura indelével da investigação histórica eborense, conser-vador e director da Biblioteca Nacional entre 1888 e 1902, tendo também desempenhado o cargo de inspector das Bibliotecas e Arquivos.Do seu trabalho como investigador destacam-se o levantamento de um importante conjunto de fundos bibliográficos e arquivísticos assim como de um importante espólio arqueológico.Edição ilustrada com um seu retrato fotográfico colado em folha própria.Encadernação modesta.

314 — PEREIRA (Gabriel) (�rad.).- FRAGMEN�OS RE�A�IVOS � HIS�ORIA E GEOGRA-PHIA DA PENINSU�A IBERICA. Floro, Sallustio, Eutropio, Aurelio Victor, Scylax, Hannon, Ptolomeu; Itinerario de Antonino. Coimbra. Imprensa Litteraria. 1880. In-8.� de 32 págs. B.Opúsculo bastante invulgar que é complemento à tradução da «DESCRIPÇÃO DA PENINSU�A IBERICA. �ivro 3.º da Geographia de Strabão», também traduzida por Gabriel Pereira.

315 — PEREIRA (Gabriel) (Trad.) — ESTRABÃO.- DESCRIPÇÃO DA PENINSULA IBERI-CA. �ivro 3.º da Geographia de Strabão. Versão de... Evora. �yp. de F. C. Bravo. 1878 [e Coimbra. Imprensa �itteraria. 1880]. 2 opúsculos In-8.º gr. de VII-I-33-IV e 27-I págs. B.São muito invulgares os exemplares desta tradução de Gabriel Pereira, investigador que à cultura portuguesa dedicou muito do seu trabalho.

316 — PEREIRA (J. F. Marques).- TA-SSI-YANG-KUO. Archivos e annaes do extremo-oriente português. Colligidos, coordenados e annotados por... (...) Redacção e Administração (...) Antiga Casa Bertrand — José Bastos, �ivreiro-Editor. �isboa. 1899-1900. [aliás: Arquivo Histórico de Macau. 1984]. 2 vols. In-4.º de II-812 e VI-839-I págs. E.Edição fac-similada desta importante e muito rara revista, verdadeiro monumento à investigação histórica da presença portuguesa no extremo-oriente. “ (...) repositório de documentos antigos, ineditos ou não, relativos à expansão portuguesa n’essa parte do mundo, e bem assim de estudos, monographias, apontamentos, sobre a historia, civilização, ethnographia, philologia, linguistica, folk--lore, usos e costumes de todos esses povos que estiveram ou estão em contacto com os portuguezes, como, por exemplo, os chins, os malaios, os siamezes, os japonezes, etc.; constituindo, por assim dizer, um archivo de noticias ou de dados curiosos que ou estão espalhados por diversas obras, algumas raras e difficeis de adquirir, ou por manuscriptos, a maior parte ineditos, das bibliothecas e archivos nacionaes. (...)”.Colecção constituída por 2 séries, cada uma em 2 vols., nesta edição reunidos em 2 tomos ou volumes.Encaderenações editoriais.

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319 - ver pág. 104

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317 — PEREIRA (João Felix).- NOÇÕES ELEMENTARES DE AGRICULTURA para uso dos professores e dos alumnos de instrucção primeria, redigidas segundo o programma, publicado pelo govêrno, por... agronomo. �isboa. 1870. In-8.º de 191-I págs. B.Curiosa a particularidade de se verificar que o ensino da agricultura fazia parte do ensino primário. Inocêncio dedica grande espaço à notícia que dispensa ao autor e à sua longa e diversificada biblio-grafia, cujos livros foram muitas vezes reeditado. Como exemplo diremos que do seu «Compendio de Chorographia de Portugal», até 1877 tinham sido publicadas 37 edições. Além dos seus muitos livros escolares o autor publicou dezenas de livros de história portuguesa e estrangeira e muitos outros de diversificados temas.Com falta da capa da brochura da frente.

318 — PEREIRA (José de Campos).- ECONOMIA E FINANÇAS. A PROPRIEDADE RÚS-�ICA EM POR�UGA� — Superfícies • Produções • Rendimentos • Valores. �isboa. Imprensa Nacional. 1915. In-4.º gr. de 446-II págs. E.Importante estudo, com interesse para a história da agricultura em Portugal na transição dos séculos XIX-XX.Do Índice: Características das diversas regiões agrícolas do Continente, por distritos; Culturas arvenses e hortícolas; Vinha; Arvoredo;�rea Social. Superfície improdutiva. Charnecas, Pastagens e Pousios. No final a Obra vem acompanhada de um Índice de pessoas citadas...; e outro de Nomes geográficos citados....Boa encadernação com larga lombada e cantos de pele, decorada com nervuras, ferros a ouro e rótulos. Conserva as margens intactas e as capas da brochura com manchas de acidez.

319 — PERIODICO RECREA�IVO. Semanario Eborense. (...) �isboa: �yp. de Francisco Xa-vier de Souza. Rua da Condeça N.º 19. — 1847. 4 núms. In-8.º de 64 págs. E.Raríssimo periódico eborense, impresso em Lisboa em 1847. Embora não referido no importante catálogo das «Publicações Periódicas Portuguesas existentes na Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra», foi registado em «Jornais e Revistas Portugueses do Séc. XIX», publicado pela Biblioteca Nacional. Colecção completa.Entre a sua colaboração, maioritariamente literária e anónima, consta um texto intitulado Emília ou os desgraçados effeitos d’um amor indiscreto, seguido de quatro cartas assinadas por Emília cuja pri-meira carta começa com as seguintes palavras: “Se eu seguisse a turba do meu sexo, se eu fosse uma mulher d’aquellas mulheres, que se ligam aos costumes do seu paiz, longe de te escrever, estudaria a arte de vender caro aquillo mesmo que ellas desejam offertar; e tanto mais caro quanto o teu estado é, mais captivo e preso; porém elevo-me sobre os prejuisos do meu sexo deixando voar minha alma nas azas irregulares da minha paixão; porque se o meu coração sabe amar minha boca sabe logo sem rebuço confessa-lo; amo sim, quero que o saibas, e por isso te escrevo (...)”.Encadernação da época, mal cuidada. (ver gravura na pág. 103)

320 — PESSANHA (Camilo).- CLEPSYDRA. Poemas. Edições Lusitania. Lisboa. 1920. In-8.� de �XXII págs. inums. B.Raríssima edição, a primeira da única obra poética publicada em livro e em vida do autor, dada à im-prensa graças à atenção de João de Castro Osório que as soube salvar, recolher e publicar.“(...) Inexplicável e tristemente, ninguém, antes, sequer tentara esta obra de recolha e preservação dos seus Poemas, não obstante ele os ceder generosamente, se lhos pediam, como autógrafo a guardar, ou para publicação em algum periódico. E no entanto, o acolhimento imediato, agradecido e entusiasta, que obteve o meu pedido, clàramente demonstra quanto algumas simples dedicações de tantos indivíduos que com o Poeta, mais ou menos íntima e longamente, conviveram, no decurso de três ou quatro déca-das, poderiam ter contribuído para a completa recolha das suas Obras, e até para mais vasta realização, em especial no campo, de enorme valor, das traduções poéticas da Literatura Chinesa. (...)” [in «Clep-sidra e outros Poemas de Camilo Pessanha, Edições �tica, 1969. «Introdução crítico-bibliográfica» por João de Castro Osório.]Com uma assinatura no frontispício.

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321 — PESSOA (Fernando).- Á MEMÓRIA DO PRESIDENTE-REI SIDÓNIO PAES. Edito-rial Império. 1940. [�isboa]. In-4.º de 16-II págs. B.Desta primeira edição independente do poema, muito cuidada e em bom papel, apenas se imprimiram 545 exemplares numerados.Com vestígios de acidez na capa da brochura.

322 — PESSOA (Fernando).- ALMAS E ESTRELAS. Horas Espiritvais. Arte & Cultura. Porto. [S.d.]. In-8.º gr. de 133-III págs. B.Vêm no início palavras de “Petrus”, José de Almada Negreiros e �uís de Montalvor, a que se seguem os seguintes escritos de Pessoa; «A Rosa de Seda», «O Banqueiro Anarquista», «O Marinheiro», «Uma Aventura Amorosa», «Narração exacta e comovida do que é o Conto do Vigário», «História do Menino Jesus Verdadeiro» e «A Pintura do Automóvel». Cuidada edição impressa a azul em excelente papel.

323 — PESSOA (Fernando).- AN��ISE DA VIDA MEN�A� POR�UGUESA. Ensaios críticos. 1ª edição. Colecção “Universo”. Edições Cultura. Porto. [S.d.] In-8.º de 109-III-11-I págs. B.As 11 páginas finais inserem, com frontispício próprio e como “Suplemento á Análise da Vida Mental Portuguesa - 1950”, “A Civilização Portuguesa entre o passado e o Futuro”.Capa da brochura com manchas de acidez.

324 — PESSOA (Fernando).- APOLOGIA DO PAGANISMO. Editorial Cultura. Porto. [S.d.] In-8.º de 139-I págs. B.Obra assim repartida: «O fenómeno religioso», «As ordens iniciáticas christãs», «O idealismo social christão», «O catholicismo português», «A extirpação cirurgica do christianismo», «Odes pagãs», «Poemas heréticos», «Antologia grega», «Meditação sobre os deuses e o destino», «�es-tamento anti-catholico romano», «Ressurreição do paganismo», «A invasão negra do christismo» e «A personalidade de Fernando Pessoa no mundo cultural português». Muito cuidada edição, em tiragem de poucos exemplares.TIRAGEM ESPECIAL EM PAPEL AZUL, NÂO DECLARADA.

325 — PESSOA (Fernando).- APRECIAÇÕES LITERÁRIAS. Bosquejos e Esquemas Críticos. Se-lecção e Notas de Petrus. Colecção “Arcádia”. Editorial Cultura. Porto. [S.d.] In-8.º de 203-V págs. B.“Esta antologia compreende a maior e melhor parte dos ensaios e esbocetos críticos de F. Pessoa, dispersos por obras e publicações de diversa índole, algumas tão raras, que certos desses bosquejos e até dos mais valiosos, se conservaram até hoje no inteiro desconhecimento dos seus mais íntimos admiradores e discípulos.”Com picos de acidez na capa da brochura.

326 — PESSOA (Fernando).- CRÓNICAS IN�EMPORAIS. Selecção e Comentários de Petrus. Colecção “�endências”. [S.l.n.d.] In-8.º de 115-I págs. B.“Esta obra traz a lume esquecidos escritos na sua maioria de natureza social e filosófica”. Retratos de Pessoa por Castañé e Stuart.

327 — PESSOA (Fernando).- E�OGIO DA INDISCIP�INA. Páginas �ivres. Documentos Políticos. C.E.P. Porto. [S.d.] In-8.º de 35-I págs. B.Volume integrado na colecção «Documentos Políticos» que, ao lado de «O Interregno» foi publicado nesta colecção por Pedro Veiga [Petrus]. Edição numerada, de restrita tiragem.Exemplar por abrir.

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333 - ver pág. 107

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328 — PESSOA (Fernando).- ENSAIOS POLÍTICOS. Ideias para a reforma da política portu-guesa. Edições “Acrópole”. [S.l.n.d.] In-8.º de 167-I págs. B.Reúnem-se neste volume “as últimas e mais profundas páginas de filosofia política que Fer-nando Pessoa escreveu” e que estavam esquecidas, pouco acessíveis ou em raríssimas edições, como «O Interregno», ou em revistas como «Acção» e «Portugal Futurista». Edição de muito reduzida tiragem.EXEMPLAR DA EDIÇÃO ESPECIAL EM PAPEL AZUL, NUMERADA E ASSINADA POR PEDRO VEIGA,

329 — PESSOA (Fernando).- EXÓRDIO EM PROL DA FILANTROPIA & DA EDUCAÇÃO FÍSICA. (Páginas Desconhecidas). Editorial Cultura. Porto. [S.d.] In-8.º de 31-I págs. B.Estas páginas “apresentam o complexo Poeta e Pensador numa atitude compreensiva e inteligente perante um dos problemas mais populares da educação moderna - a cultura física, base da saúde, da robustez, da força muscular e... do desporto.” Edição restrita.Capa da brochura posterio ilustrada com um desenho de Almada Negreiros. Exemplar por abrir.

330 — PESSOA (Fernando).- HYRAM. Filosofia Religiosa e Ciências Ocultas. Notas e Postfá-cio de Petrus. “�endências”. C. E. P. [Porto. S. d.]. In-8.º de 232 + IV págs. B.“Hyram reune os textos em que Fernando Pessoa discretea, com invulgaríssima preparação, das ciên-cias e seitas e mistérios e símbolos que estão para lá do visível e do profano”.No final vêm 4 folhas numeradas à parte com uma «Apostila» que completa a errata da página 228.

331 — PESSOA (Fernando).- O IN�ERREGNO. Defeza e justificação da dictadura militar em Portugal. 1928. Nucleo de Acção Nacional. �isboa. Offic. da Sociedade Nacional de �ypografia. In-8.º gr. de 31-I págs. E.Manifesto importante, raríssimo nesta sua edição original.Encadernação com lombada de pele decorada a ouro com os respectivos dizeres e as pastas forradas com bonito papel marmoreado.

332 — PESSOA (Fernando). - A MAÇONARIA vista por Fernando Pessoa o poeta da “Mensa-gem”, obra nacionalista, premiada pelo Secretariado da Propaganda Nacional. [S.l.n.d. - 1935]. In-8.º de 8 págs. B.Esta é, segundo cremos, a autêntica primeira edição, muito rara, bastante semelhante à edição por vezes tida como primeira, com menor número de páginas por ser mais reduzido o tipo utilizado na sua composição e revestido de uma capa de brochura em papel azul. Segundo José Blanco “foi editada, com ou sem o acordo de Pessoa, pelo Grande Oriente Lusitano”.

333 — PESSOA (Fernando).- MENSAGEM. Lisboa. 1934. Parceria Antonio Maria Pereira. In-8.º de 100-II págs. B.Edição original de um dos mais universais Poemas da literatura portuguesa e um dos mais sim-bólicos do nacionalismo místico e sebastianista. Publicado um ano antes da morte de Fernando Pessoa e o único livro em língua portuguesa publicado em vida do Poeta, ocupa, ao lado de «Os �usíadas» de Camões, ou do «Só» de António Nobre, lugar de inconfundível destaque entre a nossa maior Poesia.�ivro distinguido pelo Secretariado de Propaganda Nacional, ao lado de «A Romaria» de Vasco Reis [Padre Manuel Joaquin dos Reis Barroso], com o «Prémio de Poesia Antero de Quental», então recen-temente instituído por António Ferro.Com pequenos defeitos na capa da brochura. Assinado no frontispício. (ver gravura na pág. 106)

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334 — PESSOA (Fernando).- MENSAGEM. Agência Geral das Colónias. [Lisboa. 1941]. In-8.º gr. de 103-III págs. E.Segunda edição da «Mensagem», em que foram corrigidos e datados alguns poemas. Edição de muito cuidada apresentação gráfica, mais bela e, na nossa opinião, mais rara que a primeira. Segundo informação manuscrita no exemplar que pertenceu à Biblioteca de Laureano Barros, esta edição foi limitada a 500 exemplares.Bonita encadernação com lombada e cantos de pele, gravada a ouro com ferros em casas fecha-das, com os respectivos dizeres e com nervuras. Conserva as capas da brochura e as margens por aparar.

335 — PESSOA (Fernando).- MENSAGEM. Lisboa. 1934 Parceria Antonio Maria Pereira. [Aliás, Guimarães Editores. 2009]. In-8.º de II-[II]-102-[IV] págs. E.Fac-simile do Livro de prelo usado para a edição original da «Mensagem», onde se reproduzem as anotações manuscritas necessárias à edição. Conforme se pode confirmar no frontispício, o título que primitivamente esteve destinado ao livro foi «Portugal», título que desde logo viria a ser substituído por Pessoa que o re-intitulou «Mensagem». Originalmente publicado a 1 de Dezembro de 1934 (dia comemorativo da Restauração de 1640) esta Obra viria a ser distinguida pelo Secretariado de Pro-paganda Nacional com o muito atribulado Prémio de Poesia Antero de Quental que António Ferro recentemente criara.Encadernação em tecido com vestígios de água.

336 — PESSOA (Fernando).- A NOSSA CRISE. Seus aspectos politico, moral e intelectual : Por Fernando Pessoa : Com uma nota de Álvaro Bordalo. Cadernos das Nove Musas Sob o Signo de Portvcale. Porto. 1950. In-4.º de 13-III págs. B.�iragem única de 60 exemplares numerados e assinados, dos quais só dez entraram no mercado.EXEMPLAR NÃO NUMERADO NEM ASSINADO.

337 — PESSOA (Fernando).- POEMAS OCULTISTAS. Selecção e Glosa de Petrus. C. E. P. [Porto. S.d.]. In-8.º de 48 págs. B.Poemas reunidos em volume pela primeira vez, retirados de «Presença», «Contemporânea», «Orpheu», «Centauro», «Atehna», «Cancioneiro», «Mensagem», etc. �iragem limitada, logo esgotada. �iragem limitada a apenas 300 exemplares.

338 — PESSOA (Fernando).- REGRESSO AO SEBASTIANISMO. [S.d. Porto]. In-8.� de 278-II págs. B.“Este livro de evocação e de pesquisa psicológica é a um tempo um jorro de luz sobre o mais belo dos mitos nacionais e um braçado de flores espirituais desfolhadas pela sensibilidade portuguesa, tocada pelo sentimento romântico da saudade, sobre a memória do rei-cavaleiro que entre ondas de fogo e grita guerreira trocou a sua humanal existência pela eternidade da lenda.” Antologia de textos de Fernando Pessoa, A. �opes Vieira, Américo Durão, António Botto, António Nobre, António Sardinha, Augusto Ferreira Gomes, José Gomes Ferreira, Junqueiro, Carlos Cochofel, Guilherme de Faria, João de Castro Osório, Mário Beirão, Miguel �orga, Pedro Homem de Mello, �eixeira de Pascoaes, etc., compilados, sistematizados e anotados por Petrus.

339 — PESSOA (Fernando).- SANTO ANTÓNIO, SÃO JOÃO, SÃO PEDRO. Introdução de Alfredo Margarido. A Regra do Jogo, Edições. [1986]. In-8.º de 119-I págs. B.O extenso texto de introdução a estes poemas, até então inéditos, ficou a cargo de Alfredo Margarido, tendo sido da responsabilidade do António Braz de Oliveira a leitura e organização dos mesmos. Primeira edição.

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340 — PESSOA (Fernando).- SOCIO�OGIA DO COMERCIO. Notas e Postfácio de Petrus. Colecção Antologia. C.E.P. [Porto. S.d.]. In-8.º de 111-I págs. B.“Silva de ensaios, artigos, preceitos e reflexões, seleccionados entre quantos F. Pessoa consagrou à Economia Política e à Sociologia Comercial, em que se revela tam profundamente culto e, por vezes, tam perspicaz e original.” Primeira edição em volume.

341 — PESSOA (Fernando).- TEXTOS PARA DIRIGENTES DE EMPRESAS. Lisboa. 1969. In-8.º gr. oblongo de 105-IX págs. E.Primeira edição integral em volume dos textos de Fernando Pessoa publicados na «Revista de Comér-cio e Contabilidade», numa excelente edição da “Cinevoz”, impressa em papel couché e não entrada no mercado. Com a reprodução do célebre retrato de Pessoa feito por Almada Negreiros e, na contra--capa, a reprodução do seu retrato feito a partir da conhecida pintura de Castañé. Invulgar.Embora sem a caixa editorial em cartão, preserva a respectiva encadernação.

342 — PESSOA (Fernando) & MATOS (Norton de).- A MAÇONARIA. Reprodução do célebre artigo do “Diário de �isboa” Nº 4.388 de 4 de Fevereiro de 1935. [Porto. S.d.]. In-8.º de 50-II págs. B.Depois do conhecido texto de Fernando Pessoa vem o de Norton de Matos, constituído por uma «Exposição dirigida ao Presidente da Assembleia Nacional em 31 de Janeiro de 1935». Edição de “Petrus” em reduzida tiragem.

343 — PESSOA (Fernando) e outros letrados.- À MEMÓRIA DO PRESIDEN�E-REI SIDÓ-NIO PAES. [Petrus. Porto. S.d]. In-4.º de 17-III págs. B.Muito esmerada edição de que se imprimiram apenas 500 exemplares numerados e assinados pelo editor.

344 — PICÃO (José da Silva).- A�RAVÉS DOS CAMPOS. Usos e Costumes Agrícolo-Alen-tejanos (Concelho de Elvas). 2.ª Edição. �isboa. Neogravura, �imitada. 1947. In-4.º de XX-IV-369-III-XXIV págs. B.Segunda edição, acrescida de uma novela regionalista de José da Silva Picão intitulada «A Caminho da Cegonha», pela primeira vez publicada no «Correio Elvense».Obra ímpar na história da etnografia portuguesa, originalmente publicada numa série de artigos no «Elvense» sob o pseudónimo João Chaparro.Joaquim Pais de Brito no texto de introdução à edição de 1983 sublinha: “A limpidez da escrita, a rara qualidade descritiva, o profundo conhecimento interior da realidade observada, a correcção de uma subjectividade implicada pelo recurso ao rigor do inventário contribuem para que Atrvés dos Campos seja, simultaneamente, uma etnografia da complexa lavoura alentejana e um precioso contributo para a sua história económica e social.”Edição de invulgar beleza gráfica, profusamente ilustrada com a reprodução de belas fotografias que documentam a obra.

345 — PIC�E� DE GENÈVE (Charles).- �RAI�É DES ASSO�EMENS, ou de �’Art d’établiu les rotations de récolter. A GENÈVE, Chez J. J. Paschoud, Libraire, — IX (1801). In-8.º de IV-284-II págs. E.Primeira edição deste interessante livro de agronomia, onde o autor expõe algumas considerações sobre as práticas do plantio e pousio das terras e demonstra a importância da rotação das culturas, considerando no capítulo final, a sua introdução em França.Encadernação modesta.

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346 — PIMEN�E� (Carlos A. de Sousa).- ARVORES GIGAN�EAS DE POR�UGA� ou Breve notícia ácerca de algumas arvores portuguezas muito notaveis pela sua grandeza. �isboa. Adol-pho, Modesto & C.ª — Impressores. 1894. In-4.º prq. de 22-[II] e V estampas.Invulgar e muito curiosa monografia, ilustrada com 5 fotogravuras impressas à parte que reprodu-zem exemplares arbóreos fotografados Niza, �eiria, Samora Corrêa, �rancoso, Portalegre. Opúsculo também com interesse para outras localidades de Portugal onde existiram exemplares arbóreos cujas dimensões eram naquele tempo dignos de menção.Encadernação modesta.

347 — PIMENTEL (Carlos A. de Sousa).- PINHAES. A resinagem do pinheiro bravo e Instruc-ções para a sementeira e o tratamento cultural dos pinheiros. Porto. Gazeta das Aldeias. 1906. In-8.º gr. de 98-VI págs. B.Com interessantes figuras intercaladas no texto.

348 — PIMENTEL (Carlos A. de Sousa).- PINHAES, SOUTOS E MONTADOS. Cultura, tra-tamento e exploração d’estas mattas. 1.ª parte - Pinhaes. Lisboa. Typ. de Christovão Augusto Rodrigues. 1882. In-4.º de 227-III-[II] págs. E.Cremos que só este volume relativo aos pinhais foi publicado. Com gravuras nas páginas do texto. Invulgar.Encadernação da época, inteira de pele mosqueada. Com várias assinaturas de posse,

349 — PIMEN�E� (Júlio Máximo de Oliveira) — [2.º Visconde de Vila Maior].- O DOURO ILLUSTRADO. Album do Rio Douro e paiz vinhateiro, contendo: Introducção historica e des-criptiva do paiz vinhateiro, descripção das principaes quintas e dos trabalhos vinicolas usados no Douro, nota sobre o commercio dos vinhos do Porto, serviço e trabalho dos armazens. Porto. �ivraria Universal de Magalhães & Moniz, Editores. 1876. [Aiás, Instituto do Vinho do Porto, Banco de Fomento Exterior, Imprensa Nacional-Casa da Moeda. 1990]. In-4º oblongo de VIII-226-II págs. E.Edição fac-similada desta obra clássica da bibliografia duriense e dos seus vinhos, com frontispícios e texto em português, francês e inglês, enriquecida com boas gravuras abertas em madeira impressas em separado.Tiragem limitada a 1200 exemplares.Encadernação editorial, com ferros dourados e a seco na lombada e pastas.

350 — PIMEN�E� (Júlio Máximo de Oliveira) — [2.º Visconde de Vila Maior].- MANU-A� DE VI�ICU��URA PRAC�ICA. Coimbra. Imprensa da Universidade. 1875. In-8.º gr. de 552 págs. E.Obra clássica na sua especialidade, muito invulgar, tratada com todo o cuidado e pormenor e ilustrada com numerosas gravuras nas páginas do texto.Encadernação contemporânea, um pouco cansada.

351 — PIMEN�E� (Manuel).- AR�E DE NAVEGAR. Comentada e anotada por Armando Cortesão, Fernanda Aleixo e Luís de Albuquerque. Junta de Investigações do Ultramar. Lisboa. 1969. In-4º gr. de VIII-330-II págs. E.“Cumpre-se com esta reedição o projecto de colocar ao dispor dos historiadores as duas obras que marcam os limites da evolução da náutica portuguesa dos Descobrimentos; com efeito, pode-se afir-mar que essa evolução atinge o seu termo com o texto de Manuel Pimentel agora reeditado [...]”. Muito esmerada e cuidada edição do «Agrupamento de Estudos de Cartografia Antiga» da Junta de Investigações do Ultramar.Encadernação editorial, com sobrecapa ilustrada.

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354 - ver pág. 112

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352 — PINHEIRO (Francisco) [1596-1661].- DE // CENSU, // ET // EMPHYTEUSI // TRAC-TATUS // IN DUAS PARTES DISTRIBUTUS. // AUTHORE // P. FRANCISCO PINHEIRO, // �USI�ANO, GOUVEENSI, SOCIE�A�IS JESU, // DOCTORE THEOLOGO, // IN EBOREN-SI ACADEMIA OLIM // Primario Sacræ Theoligiæ professore, atque // ejusdem Academiæ Cancellario. // EBORÆ // ... // Ex Typographia Academiæ Anno Domini. // M.DC.LXXXI. In-4.º gr. de XVI-618-X�VI págs. E.Francisco Pinheiro, natural de Gouveia, entrou na Companhia de Jesus em Coimbra no ano de 1611. Cursou Filosofia no Colégio das Artes e �eologia no Colégio de Jesus. Doutorou-se em �eologia na Universidade de Évora em 1633, onde regeu Filosofia entre 1626 e 1630. Em Coimbra, enquanto Reitor do Colégio das Artes, publicou em 1655 a sua obra mais conhecida De Censu et Emphyteusi, mais tarde publicada em Évora, em 1681, na edição que agora apresentamos.Encadernação inteira de carneira, da época, com sinais de uso.

353 — PINHEIRO (Rafael Bordalo).- ÁLBUM DAS GLÓRIAS. Desenhos de... Textos de João Rialto, João Ribaixo e outros. Edição fac-similada do original. Prefácio de José-Augusto França. Moraes editores. [�isboa. 1969?]. In-fólio. E.Importante colecção de interessantíssimas e famosas caricaturas de Rafael Bordalo Pinheiro, retratan-do «�usas glórias, em litografias suas e prosa de Guilherme de Azevedo, o «João Rialto», como no belo prefácio de José-Augusto França se pode ler.Bela edição facsimilada reproduzindo as litografias nas suas cores originais, com arranjo gráfico sob «maquette» de António Mendes de Oliveira.A tiragem total constou de 1025 exemplares todos numerados e já esgotados.Encadernação dos editores.

354 — PINHE� (Aires) [c. 1512-1562?].- ARII PINE�I // �VSI�ANI, // Iureconsulti ad Cons-titutiones Cod. de Bo- // NIS MATERNIS doctissimi amplissimi´ ~q // Commentarij, quibus maternæ successio- // nis iura f,eliciter explicantur. // Adiectus est rerum omnium ditissimus Index. // [vinheta tipográfica ] // Nunc recèns impressus, recognitus, // & repurgatus. // [gravura alegorica com emblema do tipógrafo] // VENE�IIS, // Ex Officina Damiani Zenarii. 1586. In-8.º de XXXII-530 págs. E.Invulgar edição quinhentista, impressa em Veneza por Damiani Zenari.Uma das mais famosas Obras de Aires Pinhel, famoso jurisconsulto e humanista português de que Barbosa Machado traçou uma breve biografia que parcialmente transcrevemos: “ (...) naceo em Coim-bra, que igualmente ennobreceo com o nacimento, como com o magistério. A viveza do engenho, a madureza do juizo, e a felicidade da memoria, que na sua adolescencia se admiraraõ, foraõ certos prognosticos do que havia ser na idade mais adulta. Levado do grande genio, que tinha para as le-tras passou a Salamanca, onde ouvio por Mestres da Jurisprudencia Canonica, e Civil aquelles dous grandes Oraculos hum Portuguez, e outro Castelhano, Antonio Gomes, e Martim Alplicueta Navarro, e com a disciplina destes insignes Cathedraticos já podia ser Mestre, quando era discípulo. Nesta Uni-versidade recebido o gráo de Bacharel passou à de Coimbra, onde se graduou Doutor na faculdade de Direito Cesareo, o qual explicou com geral applauso na Cadeira do Codigo desde o anno de 1544 até 1548. Para fazer alguma pausa nas especulaçoens desta Faculdade passou a Lisboa a exercitar com a mesma profundidade a sua practica no officio de Advogado, porem conhecendo ElRey D. João o III que se diminuya a mayor parte do esplendor da Universidade com a ausencia deste grande homem, o mandou com o titulo de Dezembargador da Casa da Suplicaçaõ ler a Cadeira de Vespera de que tomou posse em 24 de Fevereiro de 1556. No tempo, que dictava nesta Cadeira eraõ innumeraveis os ouvintes, que anciosamente frequentavaõ a Aula, onde era venerada a sua sciencia de hum oraculo, sahindo della Varoens insignes, que acreditaraõ o Estado Ecclesiastico, e Secular. Sabendo que estava vaga a Cadeira de Prima em a Universidade de Salamanca passou no anno de 1559 a oppor-se a ella, onde teve por competidor ao grande Jurisconsulto Manoel da Costa nosso Portuguez, e posto, que lhe

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levou a palma, considerando judiciosamente os Cathedraticos os merecimentos de Ayres Pinhel, lhe consignaraõ o mesmo ordenado, que recebia Manoel da Costa, até que por morte deste lhe succedeu na Cadeira em que bastava para eterno credito do seu magisterio ter por discipulo aquelle Corifeo da Jurisprudencia Francisco Caldas Pereira, o qual, em diversas partes das suas obras, faz de tal Mestre agradecida memoria. (...) O seu nome exaltaraõ com diversos louvores Joaõ Bautista Geminian (...), Joaõ Pinto Ribeiro (...), Caldas Pereira (...), Manoel Soar. Ribeira (...), Manoel de Faria e Sousa (...), Joaõ Fernandes (...)”.Encadernação contemporânea em pergaminho. Com uma asssinatura de posse, antiga, manuscrita no frontispício e outra de Domingos Marquez do Valle na 4.ª folha preliminar. Com cortes de traça que não atingem a mancha tipográfica. (ver gravura na pág. 111)

355 — PIN�O (Serpa).- COMO EU A�RAVESSEI �FRICA. Do Atlantico ao Mar Indico, viagem de Benguella á Contra-Costa. A-travès Regiões desconhecidas; Determinações geogra-phicas e estudos ethnographicos. Contendo 15 mappas e facsimiles, e 133 gravuras feitas dos desenhos do autor. Londres: Sampson Low, Marston, Searle, e Rivington, Editores. 1881. 2 vols. In-4.º de XXIX-336 e VI-340 págs. E.�rata-se de uma das mais estimadas e notáveis obras existentes na nossa vasta literatura de viagens em África.Muito cuidada edição, onde se descreve parte da importante expedição científica organizada pela Sociedade de Geografia de �isboa, que teve como origem Benguela [Angola] e que contava com a participação de Hermenegildo Capelo e Roberto Ivens. Na região do Bié, houve uma cisão do grupo e Serpa Pinto, por sua conta e risco, seguiu a solitária travessia de �frica, percorrendo as bacias dos rios Congo e Zambeze, Angola e as terras das actuais Zâmbia, Zimbabwe e África do Sul.Edição muito ilustrada com as gravuras impressas nas folhas de texto e em separado. Tem um grande mapa desdobrável e solto, acondicionado na pasta posterior da encadernação do primeiro volume, que falta frequentemente.Bonitas encadernações originais gravadas com ferros alegóricos a negro e ouro.A pasta da frente do primeiro volume apresenta um rasgão no interior, junto à carcela.

356 — PROBER (Kurt).- CATÁLOGO DAS MOEDAS BRASILEIRAS. 2.ª Edição — Revista e aumentada. [São Paulo. 1966]. In-4.º peq. de 237-I-VI págs. E.Importante trabalho numismático, documentado com a reprodução de muitas das moedas estudadas e de grande interesse para numismatas ou coleccionadores.Segunda edição, revista e aumentada, acrescida das partes mais importantes do MANUAL DE NU-MISM��ICA do autor que aconselha: “antes de manusearem este catálogo, não deixem de o ler de ponta a ponta, como uma espécie de “leitura de alcova”, e com tôda atenção a “Introdução” e possi-velmente a parte histórica e o GLOSSÁRIO NUMISMÁTICO, pois só assim estarão aparelhados a compreender a parte descritiva das moedas em sua plenitude.”Tiragem limitada a 1500 exemplares numerados e assinados pelo autor.Encadernação com lombada de pele.

357 — QUEN�A� (Antero de).- AR�E E VERDADE. Barcellos. �ypographia da Aurora do Cavado. 1895. In-8.º de 23-I págs. B.�exto em prosa primitivamente saído nas páginas da «Revista do Século», segundo nota preliminar de Rodrigo Veloso, promotor desta apreciada colecção de tiragem muito limitada.

358 — QUEN�A� (Antero de).- O FU�URO DA MUSICA. Barcellos. �ypographia da Aurora do Cavado. 1895. In-8.º de 47-I págs. B.�exto em prosa em primeira edição independente, recuperado da revista «Instituto», em tiragem de 100 exemplares, estando este, como muitos outros, por numerar.

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359 — QUEN�A� (Antero de).- �EI�URAS POPU�ARES. Barcellos. �ypographia da Aurora do Cavado. 1896. In-8.º de 65-I págs. B.Primeira edição independente de um trabalho publicado originalmente no quinzenário «Preludios �itterarios». Edição de Rodrigo Veloso, em tiragem limitada a 100 exemplares, sendo este um dos 20 em papel de linho, não numerado.

360 — QUEN�A� (Antero de).- SO�DADOS DA REVO�UÇÃO. Barcellos. �ypographia da Aurora do Cavado. 1896. In-8.º de 15-I págs. B.Carta de Antero dirigida a Fernando �eal e nesta edição isoladamente publicada, em tiragem confina-da a 100 exemplares.

361 — RAMIRES (Adolfo Augusto Baptista) [1868-1952].- �RA�ADO DE VINIFICAÇÃO. Processos modernos indicados para Portugal e países quentes. (...) J. Rodrigues & C.ª Livreiros -Editores. �isboa [S.d. 1900?-1929?]. 2 vols. In-4.º de 573-[I] e VI-446 págs. E.�omo I.- A Uva e o Vinho; Análise industrial do vinho; Vindimas; Preparação do mosto; Correcções e tratamentos; Fermentação; Leveduras seleccionadas; Curtimentas; Extracção do vinho por compressão; Extracção por difusão; Clarificação e afinamento; Vinhos brancos - Vinhos Gasosos -n Abafados; Produtos secundários. �omo II.- Conservação e clarificaçãoi artificial. — �ratamentos especiais: Filtração, colagem, pasteurização, «Frio Industrial», etc. Defeitos e doenças dos vinhos. Indicações complementares:- Lagares e adegas. Cubagem de recipientes. Lotação de vinhos. A Forga motriz na grande vinificação. �abelas de correcções, Equivalência, Redução, etc. �egislação Portuguesa sobre o fabrico e comercio de vinhos.Edição ilustrada nas páginas de texto.Com um carimbo a óleo nos frontispícios.

362 — RAMOS (Alexandre Dias).- �HESOURO // DE // �AVRADORES, // E NOVA A�VEI-�ARIA DO GADO VACUM, // illustrada com varias authoridades. // Dividido em quatro livros. // NO PRIMEIRO SE DECLARA A ANTIGUIDADE, // e nobreza da Agricultura, e dos Profes-sores della, e de varias espe- // cies de rezes, com sua anatomia. No segundo as quarenta e sette // enfermidades, que Manoel Martins Cavaco traz na sua arte, com // huma glosa a cada huma. No terceiro quarenta e oito capitulos de // enfermidades, accrescentadas de novo, de que Cavaco naõ deu no- // ticia. O quarto se divide em dous tratados, o primeiro de varias // perguntas, e res-postas muy curiosas, pertencentes a esta arte, o se- // gundo da virtude, e qualidade dos simples. // Purificado no crysol da caridade, pela experien- // cia do �avrador // A�EXANDRE DIAS // RAMOS, // natural da Freguezia de S. Bento do Zambujal, // termo da Villa do Redondo. // [florão decorativo] // �ISBOA OCCIDEN�A�, // Na Officina de MANOE� FERNANDES DA COS�A. // Impressor do Santo Officio. // ——— // Anno M. DCC. XXXVII. // Com todas as licenças necessarias. In-4.º de XXIV-398-II págs. E.Das Licenças, impressas nas folhas preliminares, transcrevemos a que foi datada de 15 de Março de 1736, assinada por Joaõ Couceiro de Avreu, e Castro: “(...) Todo o objecto das Artes, que se ensinaõ, e dos livros, que dellas se imprimem, deve ser para algum fim util à vida humana; e porque a materia, de que este Author trata, he a mais util, e a mais conveniente ao genero humano, pelo conhecimento, que lhe dá de seus humores, pela Anatomia, que lhe explica de seus corpos, pela variedade que lhe descobre de seus achaques, pela erudiçaõ, com que lhe ensina os seus remedios, pelas naturezas, que lhe mostra das plantas, pelas qualidades que lhe manifesta dos alimentos, e pelas curas, que lhe aplica ao gado vacum, de que depende para a cultura a nossa vida, e para o sustento a nossa saude, me parece, que se deve imprimir primeiro que todos, para que à noticia de todos chegue a sua utilidade, e instrua a sua erudição; e só me parece que se naõ devem imprimir as Decimas, que vem no principio em seu

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louvor, por ser digno de outros mayores, e tambem porque injuriaõ a Arte Poetica, e naõ engrandecem as Arte Apollinea. (...)”.Lida a Licença, verificamos que as Décimas a que João Couceiro de Abreu e Castro se refere foram afinal publicadas e são da autoria de Antonio �uiz de Palafox e Montoya, de um Amigo, de outro Amigo, sendo a quarta e ultima de Manoel Rodrigues Bagulho.Sobre esta edição, a primeira, diz Innocêncio não ter visto qualquer exemplar. “De todas as outras ha-os na Bibl. Nac. de Lisboa. (...)”.Encadernação em pele, da época, mal cuidada. Com anotações manuscritas nas margens e riscos a lápis em quase todas as folhas. Com vestígios de traça e manchas de humidade.

363 — RAMOS (Alexandre Dias).- �HESOURO // DE // �AVRADORES, // E NOVA A�VEI-�ARIA DO GADO VACUM, // I��US�RADA COM VARIAS AU�HORIDADES, // DIVIDI-DO EM CINCO �IVROS. // NO PRIMEIRO SE DEC�ARA A AN�IGUIDADE, // e nobreza da Agricultura, e dos Professores della, e de va- // rias especies de rêzes, com sua anatomia. No segundo as qua- // renta e sete enfermidades, que Manoel Martins Cavaco traz // na sua arte, com huma glosa a cada huma. No terceiro qua- // renta e oito capitulos de enfermidades, accrescen-tadas de no- // vo, de que Cavaco não deo noticia. O quarto se divide em // dous tratados, o primeiro de varias perguntas, e respostas // mui curiosas, pertencentes a esta arte, o segundo da virtu- // de, e qualidade dos simples, // PURIFICADO NO CRYSOL DA CARIDADE PE�A EXPERIENCIA // DO �AVRADOR // A�EXANDRE DIAS RAMOS, // Natural da Freguezia de S. Bento do Zambujal, // termo da Villa do Redondo. // NOVA EDIÇÃO // Accrescentada com hum 5.� Livro, que contém muitas receitas uteis // e necessarias aos Lavradores sobre a Agricultura, e outras // que lhe dizem respeito. // [pequena vinheta tipográfica] // �ISBOA., // NA IMPRENSA NEVESIANA. // [ornamento tipográfico] // ANNO DE 1836. // —— // Vende-se na loja de livros de Borel Borel e C.ª quasi defronte dos Martyres N. 14. In-4.º de XVI-423-I págs. E.Edição bastante invulgar, cremos que a 5.ª edição na ordem geral e a primeira acrescentada com o 5.º �ivro que, conforme se anuncia no frontispício, contém muitas receitas úteis e necessárias aos Lavradores sobre a Agricultura.Encadernação em pele, da época. Com vestígios de humidade na margem inferior do volume.

364 — RECONHECIMEN�O DOS BA�DIOS DO CON�INEN�E. [MINIS�ÉRIO DA AGRICU��URA. JUN�A DE CO�ONIZAÇÃO IN�ERNA]. 1939. 3 vols. In-4.º de VIII-319-[I]-188-IV; 1022-II e 1005-III págs. B.Notável trabalho de inventariação e relato dos terrenos baldios do Continente, profusamente docu-mentado com mapas e gráficos impressos à parte.

365 — REDO� (Alves).- AVIEIROS. Romance. �ivraria Portugália. �isboa. [1942]. In-8.º de 305-III págs. B.Primeira edição de um dos muito estimados livros de Alves Redol, um dos mais fecundos escritores ligados ao movimento neo-realista.Capa da brochura ilustrada por Manuel Ribeiro de Pavia, com pequenas imperfeições.

366 — REDO� (Alves).- FANGA. Romance. Portugália Editora. �isboa. [1943]. In-8.º de 397-I págs. B.“Fanga - sombra da Idade Média projectada nos nossos dias. Senhores vivendo da terra sem nada lhes darem. Servos fecundando a terra sem nada receberem.”Primeira edição de uma das melhores obras de Alves Redol, autor dos mais representativos da corrente neo-realista.Capa da brochura ilustrada por Fred Kradolfer.

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367 — RÉGIO (José).- AS ENCRUZI�HADAS DE DEUS. Poema de José Régio. Com dese-nhos de “Júlio”. Edições Presença - Atlântida. Coimbra. 1935. In-4.º de 177-V págs. B.Um dos primeiros livros do autor e também um dos mais representativos da sua obra poética. Primeira edição, bastante rara, dada a lume pela «Presença». Capa da brochura desenhada por Júlio.Com uma pequena assinatura na 5.ª folha.

368 — RÉGIO (José).- FADO. Versos de José Régio e desenhos de Júlio. Arménio Amado, Editor - Coimbra. [1941]. In-8.º gr. de 173-III págs. B.Um dos melhores livros de José Régio, especialmente estimado nesta sua edição original. Além dos desenhos, impressos em plena página, também a bela capa da brochura foi desenhada por Júlio, irmão do poeta. Muito invulgar.Com uma assinatura de posse datada de 1943 a págs. 9. Com falta da lombada da capa da brochura.

369 — RÉGIO (José).- PRIMEIRO VO�UME DE �EA�RO. Jacob e o Anjo, mistério em três actos, um prólogo e um epílogo. �rês máscaras, fantasia dramática em um acto. Post-Fácio. [Porto. Imprensa Portuguesa. 1940]. In-4.º de 163-III págs. B.É a primeira edição destas importantes peças de teatro, livro que teve muito restrita tiragem.Capa da brochura desenhada por Júlio.Com uma pequena assinatura na 3.ª folha

370 — REGO (Pedro Vaz) [1673-1736].- RE�AÇAM // DAS FES�AS, // com que a Cidade de Evora celebrou // as alegres noticias, que recebeo // em 2. de Junho de // 1706. // COM-POS A MUSICA, // E RECOPI�OU ES�AS MEMORIAS // PEDRO VAS REGO, // Mestre da Capella da Sancta Sê, Cathedratico de // Musica na mesma, & Reytor do Collegio // DO I��US�RISSIMO // SENHOR ARCEBISPO. // —— // EVORA. // Com as licenças necessarias na Officina da // Universidade Anno de 1706. In-8.º gr. de 18 págs. E.Curioso e raro relato das festas celebradas em Évora de 1 a 12 de Junho de 1706 dedicadas ao culto de Santo António “que com devoto culto se celebram em algumas Igrejas, principalmente no Convento de Capuchos, dedicado ao mesmo Sancto, que no Forte, que o tem por Orago.”.Da pormenorizada descrição das festas da Cidade transcrevemos os seguintes excertos: (...) A quasi milagroza melhoria de huã febre tam maligna, que a meaçou [sic] a vida, (que Deos conserve por muitos seculos) do Senhor Infante Dom Manoel, (...) A famoza restauraçaõ de Barcelona: Sucesso de tam grandes consequencias (...) A conquista de Ciudad Rodrigo, Praça de armas dos Castelhanos pela parte da Beyra, que se rendeo com a mesma facilidade, que Alcantara & amaior [sic] parte da Estrema-dura ao Victoriozo Exercito governado pelo (...) Senhor Marques das Minas, com as Nações Aliadas Ingleza, & Olandeza. (...) A chegada das Frota, & naos da India ao porto de �isboa; não sò carregadas com os abundantes frutos das conquistas, mas com o ouro, que a natureza tributou; & a prata, que a fortuna conduzio ao Rio de Janeyro, & com as prezas, que conseguio na India o valor dos Portuguezes contra os Arabios, aquem se tomaraõ alguns Navios, por direcçaõ do Vice-Rey Caetano de Mello de Castro. (...) Terça feira 8. de Junho dia felicissimo para Evora; pois nelle triunfou o valor Portugues de Dom Joaõ de Austria no Campo do Ameixoal, de que foy consequencia felice a sua Restauraõ (...). Continua o autor com a descrição de um carro alegórico que partiu do Adro da Sé “precedido por varias trombetas, & outros instrumentos, que tambem se incluîam em hum coche, donde, por menos esperados, naõ eraõ menos bem ouvidos. (...) Todo este apparato servia somente de acompanhar o vistozo Carro, que artificiozamente imitava a forma de huma Nao, & athe parece que a igualava na grandeza; pois sendo muito largas as ruas de Evora, os seos arcos muito levantados, (...) foraõ muitas as partes por donde naõ coube esta grande maquina. (...)”. No final a edição é acompa-nhada com a “LETRAS que se cantâraõ no Carro”.Sobre o autor, natural de Campo Maior diz Joaquim de Vasconcelos em «Os Musicos Portugueses»

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que “Estudou a musica no Seminário d’Evora, sendo ahi discipulo de Melgaço. Foi primeiramente Mestre de Capella na cathedral de Elvas e depois (em 1797) director da Capella da Claustra d’Evora em cuja cathedral foi bacharel. (...)”.Edição decorada com um cabeção de enfeite, uma vinheta de remate e outros elementos decorativos de cuidada composição tipográfica.Encadernação modesta de recente manufactura.

371 — REGRAS // DA COMPA- // NHIA DE IESV. // [gravura com o emblema da Companhia de Jesus] // Impressas com Licença do Su- // premo Conselho da S. In- // quisiçam, & do Or- // dinario. // EM EVORA // Por Manoel de Lyra Im- // pressor. Anno 1603. // —— // In-8-º peq. de111 [aliás 112] págs. E.Segunda edição das Regras da Companhia de Jesus, que por vezes vem acompanhada de um adita-mento (descrito no catálogo do Conde do Ameal) com frontispício próprio.José dos Santos considera esta edição MUITO RARA e duplamente estimada por estar incluída na lista dos livros portugueses considerados clássicos.Encadernação contemporânea em pergaminho. Com restauros no canto superior direito das págs. 96 a 111. (ver gravura na pág. 117)

372 — REIS (Pedro Batalha).- CARTILHA DA NUMISMÁTICA PORTUGUESA. Lis-boa. MCMX�VI-MCM�VI. [Oficinas Gráficas de Bertrand (Irmãos) �da]. 2 vols. In-4.º gr. de 531-V e 190-IV págs. E.Uma das mais importantes e estimadas obras da bibliografia numismática portuguesa, numa magnífica edição repleta de estampas impressas em separado, 118 das quais em papel couché muito encorpado, reproduzindo os mais valiosos e representativos espécimes numismáticos nacionais. �iragem muito limitada, há muito tempo esgotada e bastante valiosa. Encadernações de pele singelamente decoradas a ouro e a seco nas lombadas e pastas. Com as capas da brochura conservadas.

373 — REIS (Pedro Batalha).- MOEDAS DE �ORO. Estudo das moedas d’El-Rei D. Afonso V que têm as Armas de Portugal, Castela e �eão. �isboa. MCMXXXV. In-8.º gr. de 118-II págs. B.Segunda edição, cuidada e de limitada tiragem, ilustrada com várias estampas impressas em separado.Exemplar por aparar.

374 — REIS (Pedro Batalha).- NUMÁRIA D’EL REI DOM ANTÓNIO, Décimo oitavo Rei de Portugal, o ídolo do Povo. �isboa. MCMX�VII. In-fólio de 506-VI págs. E.Importantíssimo trabalho de numismática portuguesa, documentado com numerosas estampas em pa-pel couché reproduzindo moedas, retratos, documentos, gravuras antigas, frontispícios de livros, etc. Uma das publicações comemorativas do duplo Centenário da Fundação e Restauração de Portugal, dada a lume pela Academia Portuguesa da História.TIRAGEM TOTAL LIMITADA A 300 EXEMPLARES NUMERADOS E RUBRICADOS PELO AUTOR.Encadernação inteira de pele, singelamente decorada a ouro na lombada e pastas. Com as capas da brochura preservadas e só ligeiramente aparado à cabeça.

375 — RELATORIO DA EXPOSIÇÃO AGRICOLA DE LISBOA, realisada na Real Tapada da Ajuda em 1884. �isboa. Imprensa Nacional. 1885. In-4.º peq. de 144 págs. B.Publicação de grande importância para o estudo e memória da importante Exposição Agrícola, que teve como objectivos principais “Colleccionar os typos authenticos de todos os vinhos do paiz mais aptos para fornecer o commercio francez”; “estudar as charruas vinhateiras que melhor possam appli-

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car-se aos nossos solos”; e “reconhecer pelos exemplares das differentes especies pecuarias, o estado e tendencias da nossa industria e creação de gados”. �em em folha desdobrável, impressa a duas cores, um «Mappa geral da exposição agricola de 1884 segundo a importancia numerica dos expositores». Capa da brochura com manchgas de acidez.

376 — RELATORIO DO CONGRESSO AGRICOLA DO PORTO, promovido pela Liga Agra-ria do Norte e realisado no edificio da Camara Municipal do Porto nos dias 8, 9 e 10 de março de 1897. Porto. �ypographia Pereira. 1898. In-4.º de 309-III págs. E.Importante e muito invulgar relatório do Congresso Agrícola realizado no Porto no final do século XIX, assinado por José de Vasconcelos Carneiro e Meneses, Manuel Pedro Guedes, Júlio Gama, Visconde de Vilarinho de S. Romão e Afonso do Vale Coelho Pereira Cabral. Era a seguinte a Ordem do dia para as três sessões realizadas: «Estudo do actual estado da propriedade agricola ao Norte do paiz, e das suas princi-paes culturas e industrias, e muito principalmente da sua viticultura»; «Estudo das providencias tendentes á valorisação da propriedade, e ao progresso e desenvolvimento das principaes industrias agricolas do Norte»; «Providencias especiaes para o Douro»; O Capítulo III é constituído pelos «Documentos». Entre os oradores, figuram os nomes de Afonso do Valle Coelho Pereira Cabral, António Carlos Correia Pinto de �emos, D. Joaquim de Carvalho Azevedo Mello e Faro, Visconde de Vilarinho de S. Romão, etc.Edição muito cuidada, impressa em encorpado papel. acetinado.Encadernação da época, mal cuidada.COM DEDICA�ÓRIA MANUSCRI�A E EM NOME DA ‘�IGA AGR�RIA DO NOR�E’ QUE OFERECE O EXEMPLAR D. LUIZ DA CASTRO, distinto professor de agronomia ligado ao partido Regenerador.

377 — RESENDE (André de). - Historia da anti- // guidade da Cidade // de Euora. // fecta per meestre An- // dree de Reesende. // �erceira Ediçam fielmen- // te copiada da segunda, // que se fez em Euora em // 1576, a qual foy ain- // da emendada pelo // mesmo autor. // LISBOA // Na Of. de Simão �haddeo Ferreira. // Anno 1783. In-8.º peq. de CXII págs. inums. E.Bela, muito estimada e procurada edição de uma das mais célebres Obras de André de Resende, grande hu-manista português natural de Évora, frade dominicano, teólogo e arqueólogo, mestre de El-Rei Dom Duarte.Innocêncio sublinha “a singularidade da construcção syntaxistica e da orthographia no maior rigor etymologica, com que está escripta. Parece que o auctor, exacto e ferrenho investigador das antigui-dades, quiz até nas palavras de que se serviu, guardar o meio mais proprio de descobrir-lhes a origem e conservar-lhes a derivação.“Encadernação inteira de pele, decorada a ouro e com nervuras na lombada.

378 — RESENDE (André de) [1498-1573].- L. ANDR. RESENDII // EBORENSIS // DE AN-�IQUI�A�IBUS �USI�ANIÆ, // CÆ�ERAQUE HIS�ORICA, // QUÆ EX�AN�, // OPERA. // CONIMBRICENSIS ACADEMIÆ // JUSSU EDITA // ... // CONIMBRICÆ: // Ex Typogra-phia Academico-Regia. // M.DCC.XC. 2 vols. In-8.º de IV-X�VI-412 e IV-328 págs. E.Edição estimada desta notável obra clássica de André de Resende, “considerado como o mais sábio arqueólogo português do século XVI”.Encadernações modestas em material sintético.

379 — RESENDE (J. J. Viana de).- ZOOSE�IKIO�OGIA VE�ERINARIA ou �ratado do conhe-cimento da idade dos animaes domesticos demonstrada em todas as epocas da vida. Traduzida do francez, muito augmentada, e ornada com 12 estampas. (...) Compendio Adoptado na Escola Veterinaria de Lisboa. Segunda edição seguida da CROMA�RICHO�OGIA VE�ERINARIA ou Descripção das cores e signaes dos cavallos. (...) Lisboa: Typographia Commercial. 1841. In-4.º peq. de 282 [aliás 232] págs. + 12 estampas. E.

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Obra traduzida do francês, muito aumentada e acrescentada de estampas.Pela primeira vez publicada em 1824 e da autoria de N. F. Girard, esta obra que “apenas formáva huma memoria sobre os meios de reconhecer a idade do cavallo, e que não constáva mais de 48 paginas em 8.� accompanhada de duas estampas.” teve segunda edição, póstuma, dada à imprensa em 1828 com o título Hippelikiologia “a qual só differe da primeira em ser alguma cousa mais extensa, e as estampas mais abundantes d’exemplos, e mais bem acabadas”. Já em 1834, J. Girard (pai do autor e director da Academia Real de Medicina) acrescentou à nova edição, terceira da ordem geral, uma segunda parte “em que trata da idade dos outros quadrupedes domesticos comparados com o cavallo”. Terceira edição que serviu ao tradutor, “não obstante ter à vista as duas precedentes.”“O título de zooselikiologia veterinaria também he huma das alterações que julguei dever fazer; athe hoje não existia similhante termo, e por isso o Snr. J. Girard se vio obrigado a intitular a terceira edição == tratado da idade do cavallo, augmentada com a idade do boi, do carneiro, do cão, e do porco (...)”.Encadernação modesta, de recente execução. Conserva as capas da brochura, apresentando uma man-cha de água na capa da frente.

380 — RIBEIRO (Aquilino).- OEIRAS. Imprensa Portugal-Brasil. Lisboa. 1940. In-8.� gr. de 103-I págs. B.Primeira edição desta valiosa monografia de Oeiras, onde Aquilino viveu durante alguns anos, apare-cendo o seu nome apenas no colofon. É este, porventura, o mais raro livro de Aquilino.

381 — RI�VA�E // ROMANVM // PAV�I V. PON�. MAX. JVSSV EDI�VM, // �USI-TANIÆ. // [gravura] // CVM FACVLTATE SANCTÆ // INQVISITIONES, ORDINARII, // ET REGIS. // In �ypographia Eborenfis Academiæ, // Anno Domini // M. DC. �XXII. In-8.º gr. de VIII-171-[I]-96 págs. E.Raríssima edição, dada à luz da imprensa pela Academia Eborensis (actual Universidade de Évora), encerrada em 1759 quando da expulsão dos Jesuítas de Portugal. Não registada por Gil do Monte nos Subsídios para a História da Tipografia em Évora ou no Catálogo da Exposição Bibliográfica do IV Centenário da Fundação da Universidade de Évora de A. Nobre de Gusmão. Publicação dedicada por ALOISIUS DIAS a D. Francisco Barreto Pharensi Episcopo, natural da Vila de Serpa [Beja], autor das Constituições Synodaes do Bispado do Algarve. Segundo Barbosa Machado, “(...) Deputado, e Inquisidor nas Inquisições de Evora, e Lisboa, donde sendo Conigo da Cathedral de Lisboa, passou a Deputado do Conselho Geral (...) A judiciosa prudencia que manifestou nestes lugares o habilitou para subir á Cadeira Episcopal do Algarve (...) Celebrou Synodo na Cidade de Faro a 22 de Janeiro de 1673 (...)”.Edição cuidada e de grande rigor tipográfico, impressa a negro e vermelho em papel de escolhida qualida-de; frontispício impresso a duas cores, ilustrado com uma gravura (circundada por vinhetas tipográficas) que representa o monograma da Companhia de Jesus assente sobre uma cartela ornamental, ladeado pelas figuras do apóstolo S. Pedro e de Santo Inácio de �oyola, fundador da Companhia de Jesus.À excepção do verso de duas folhas preminares, todo o volume é exemplo desta exigente e muito rigorosa técnica de impressão a duas cores, apresentando o corpo de texto a negro ou vermelho, con-forme o destaque desejado. Edição ilustrada com partituras impressas a cores cujos pentagramas são impressos a vermelho e as respectivas notas musicais a negro; ornada de letras capitais de fantasia ou lisas e com um florão de remate impresso a vermelho, na folha do índice.Encadernação em pergaminho flexível com o título manuscrito na lombada sem qualquer intervenção de restauro. (ver gravura na pág. 120)

382 — ROBINSON (E. S. G.).- A CATALOGUE OF THE CALOUSTE GULBENKIAN COL-LECTION OF GREEK COINS. Part I. Italy, Sicily, Carthage. With the collaboration of M. Castro Hipólito. Fundação Calouste Gulbenkian. �isboa. 1971. 2 vols. In-fólio de 136 e IV págs. de texto e X�II estampas em separado. E.

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Notável trabalho numismático, da autoria de E. S. G. Robinson, antigo Conservador do Departamento de Numismática do British Museum, de �ondres, amigo e principal conselheiro de Gulbenkian para a selecção e compra dos exemplares que viriam a formar a sua notabilíssima colecção. Com minucio-sas e sábias descrições e 42 estampas reproduzindo centenas de raros e valiosos espécimes, afirmando Azeredo Perdigão no texto de abertura que esta “é uma das mais importantes que se conhecem”.Edição de grande apuro gráfico, executada sobre papel de magnífica qualidade e com as moedas reproduzidas sem perda de qualquer pormenor.Encadernação editorial inteira de linho, com título nas lombadas e círculos dourados nas pastas; As es-tampas estão em folhas soltas dentro de um estojo perfeitamente igual à encadernação antes descrita.

383 — RODRIGUES (David).- O FOMENTO DO ALTO TRANSMONTANO PELA INDUS-TRIA HIDRAULICA AGRICOLA. A transformação agricola da região. Conferencia realizada em 14 de Dezembro de 1930 na Biblioteca erudita do Museu Regional de Bragança. Lisboa. Tip. da Cadeia Nacional. 1931. In-8.º de II-IX-I-99-I págs. B.Com dedicatória do conferencista, transmontano e ilustre Coronel, David Augusto Rodrigues.

384 — RODRIGUES, S. J. (Francisco).- HISTÓRIA DA COMPANHIA DE JESUS NA ASSIS-TÊNCIA DE PORTUGAL. Pôrto. 1931-1950. 4 tomos em 7 vols. In-4.� peq. B.A obra, “pela vastidão imensurável do campo a que se estende, e pela grandeza e número de heróis, que tem de comemorar, e de façanhas que necessàriamente celebra em suas páginas, certo a que nenhu-ma das que se lhe adeantaram no tempo há de parecer inferior, nem concederá fàcilmente primazia”. Estuda o período decorrente entre 1540 e 1760 ocupando-se da acção da Companhia de Jesus em Portugal continental, no Brasil, Índia, China, Japão, etc. Com tudo quanto foi publicado.

385 — ROMÃO (José António de Arez).- COLECÇÃO LUSITANIA / LUSITANIA COLLEC-�ION. In-fólio de 168 págs. E.Cuidada edição bi-lingue, profusamente ilustrada a cores. Tradução para a língua inglesa de Sheilah Cardno.“A �usitania divulga, neste exemplar, algumas das peças que integram a sua colecção de numismática e outras obras de arte. Ao longo de quinze anos, a Companhia adquiriu um valioso conjunto de moe-das de ouro, todas elas identificadas com o território nacional, desde o séc. V, época das colonizações sueva e visigoda a 1889, data em que se cunhou a última moeda de ouro que circulou em Portugal.Encadernação dos editores, com sobrecapa policromada.

386 — ROSA (João).- EVORA. �isboa. 1924. In-4.º de 23-[III] págs. B.Cuidada edição, ilustrada com a reprodução de duas fotografias e desenhos intercalados nas páginas de texto.Conserva a capa da brochura, ilustrada com um desenho assinado A. Morais, ilustrador desta publicação.

387 — ROSA (João).- ICONOGRAFIA ARTÍSTICA EBORENSE. Subsídios para a historia da arte no Distrito de Évora. Com um prefácio do Dr. Manuel de Sousa Pinto. �isboa. 1926. Imprensa Nacional. In-4.º de VII-I-260-35-I págs. E.Magnífico trabalho descritivo e iconográfico sobre a cidade de Évora, com as suas inúmeras estampas impressas nas páginas do texto, outras estampadas em separado e coladas nas páginas e ainda outras impressas em página inteira.Edição de muito cuidada execução gráfica, limitada a 600 exemplares numerados e rubricados pelo autor, SENDO ESTE O N.� 5 DA LUXUOSA TIRAGEM ESPECIAL DE 12 IMPRESSOS EM PA-PEL DE LINHO, NUMERADOS E ASSINADOS PELO AUTOR.Bem executada encadernação inteira de chagrin, decorada com discreta ornamentação a ouro na lom-bada, pastas e seixas. Dourado à cabeça, conservando intactas as restantes margens e as respectivas capas da brochura.

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388 — ROTEIRO DE TODOS OS SINAIS, CONHECIMENTOS, FUNDOS, BAIXOS, A��URAS, E DERRO�AS QUE H� NA COS�A DO BRASI� desde o cabo de Santo Agosti-nho até ao estreito de Fernão de Magalhães. Edição Fac-Similada do manuscrito da Biblioteca da Ajuda. Leitura, introdução e notas de Melba Ferreira da Costa. Tagol. Lisboa. 1988. [Litogra-fia �ejo]. In-4º de XVI págs., XXXII ff. e X� págs. E.“Em argumentação própria de cartógrafo eminente, Jaime Cortesão atribui, sem sombra de dúvida, a autoria [deste Roteiro] a Luís Teixeira que, de 1573/78 estaria no Brasil e o executaria cerca de 1574 por mandado do Governador Luís de Brito Almeida.” Com o facsímile integral deste belíssimo manuscrito quinhentista, a cores, dizendo-se na Introdução que “a costa do Brasil atinge expressão máxima no Roteiro de todos os sinais, por traçado anónimo, sem data, testemunho inconfundível de um povo à demanda de novos mundos que na terra de Vera Cruz edificou e tão alto ergueu. �egado certo de uma presença secular no continente americano, cabe-lhe lugar de honra pela orginalidade que o destaca das demais espécies quinhentistas como pela importância que assume na história cartográ-fica portuguesa.” Do original reproduzido fazem parte vários e belíssimos mapas policromados, de que se destaca um de toda a costa brasileira em folha desdobrável de grandes dimensões. Depois do facsimile vem a transcrição actualizada do respectivo texto.Encadernação editorial em imitação de pele, gravada na pasta da frente com o super libros da Real Biblioteca de Portugal.

389 — RUFINO (José dos Santos).- A�BUNS FO�OGR�FICOS E DESCRÍ�IVOS DA CO�ÓNIA DE MOÇAMBIQUE. [PHO�OGRAPHIC AND DESCRIP�IVE A�BUMS OF POR�UGUESE EAS� AFRICA — A�BUMS PHO�OGRAPHIQUES E� DESCRI�IFS DE �A CO�ONIE POR�UGAISE DE MOZAMBIQUE]. 1929. Broschek & Co., HAMBURGO. Representantes: Stüben & Co., Hamburgo. 10 vols. In-fólio oblongo B.Importante repositório fotográfico onde o seu coordenador e editor, J. dos Santos Rufino, fixou vários aspectos da então colónia portuguesa, com vistas que para sempre se perderam ou que hoje na sua maior parte se alteraram. Colecção completa.I. Panoramas da Cidade; II. Edifícios públicos, Porto, Caminhos de Ferro, etc.; III. Aspectos da Cidade, Vida comercial, Praia da Polana, etc.; IV. Industrias e Agricultura, Aspectos das circunscri-ções, etc.; V. Aspectos gerais (Gaza e Inhambane); VI. Aspectos gerais (Quelimane); VII. Aspectos gerais (Distrito de Moçambique); VIII. Aspectos gerais (Distrito �éte e �erritórios de Cabo Delgado - Niassa); IX. Aspectos gerais (Manica e Sofala. A Cidade da Beira. Aspectos do Território); X. raças, Usos e Costumes Indígenas e alguns exemplares da Fauna Moçambicana.Cada um dos volumes apresenta um texto de abertura do Tenente Mario Costa, seguido das respectivas traduções para inglês e francês. Entre os “amadores fotográficos” que mais contribuiram para esta monumental reportagem figuram os nomes de H. Graumann, I. Piedade Pó.Também com interesse para a memória daqueles territórios e da sua economia contribuem as muitas páginas de publicidade que os volumes apresentam.

390 — S� (Artur Moreira de).- A UNIVERSIDADE DE GUIMARÃES NO SÉCU�O XVI. (1537-1550). Prefácio de Robert Ricard. Fundação Calouste Gulbenkian. Paris. 1982. In-4º peq. de XII-252-I págs. E.Estudos e documentos de grande importância para a história de Guimarães, apresentando no fim o facsímile integral da quinhentista “Oratio funebris quam in Funere inclyti Eduardi” de Ioannes Fer-nandus. Obra integrada na colecção «Fontes Documentais Portuguesas» do Centro Cultural Português de Paris da Gulbenkian.Encadernação editorial. Assinado na folha de guarda.

391 — S�EZ SA�GADO (Javier).- MOEDAS DE OURO DE POR�UGA�. Séculos V-XX. Accenture. [Numisma. 2006]. In-4.º quadrado de 145-III págs. E.Obra de divulgação cuidadosamente impressa a cores com a reprodução de centenas de exemplares numismáticos, acompanhada de textos onde o autor aborda a história do ouro amoedado cunhado no território que hoje é Portugal, desde as invasões suevas e visigodas até aos dias de hoje.

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392 — SA�GUEIRO (Francisco) [16??-1724].- SERMAM // DAS // EXEQUIAS // DO SE-RENISSIMO SENHOR // REY // D. PEDRO II. // DE G�ORIOSA MEMORIA, // Que na See da Cidade de Evora cele- // brou de Pontifical o Illustrissimo, // & Reverendissimo Senhor // Arcebispo // D. SIMAM DA GAMA // do seu Conselho de Estado, & // Sumilher da Cortina. // Pregou-o O M. R. P. D. FRANCISCO SALGUEYRO // da Companhia de JESUS, Lente da Sagrada Escriptura na U- // niversidade da mesma Cidade em 21. de Janeyro deste // presente Anno de 1707. // EVORA: Com as licenças necessarias na Officina da // Universidade. Anno de 1707. In-4.º peq. de 29-I págs. Desenc.Sobre o autor diz B. Machado: “(...) natural da Cidade de Tangere situada na regiaõ de Africa (...) passando com seus Pays (...) a Portugal (...) afeiçoado ao Instituto da Companhia de JESUS recebeo a Roupeta em o Collegio de Evora a 12. de Julho de 1676. Aprendeo as sciencias amenas, e severas em taõ douta palestra para depois as ensinar com grande applauso do seu nome de que foraõ theatros os Collegios de Angra, Evora, e Coimbra (...), sendo admitido ao numero dos Douto-res em a Universidade de Evora (...). Foy hum dos mayores Letrados do seu tempo de cuja profunda sabedoria deu claros argumentos no tempo, que exercitou o lugar de Reytor do Collegio de Santo Antaõ no anno de 1719. (...)”.Gil do Monte nos Subsídios pata a História da Tipografia em Evora..., para além da respectiva descri-ção bibliográfica reproduz o respectivo frontispício.

393 — SAMPAIO (Alberto).- ES�UDOS HIS�ÓRICOS E ECONÓMICOS. Com prefácio do Dr. �uiz de Magalhães. 1923. Porto. 2 vols. In-8.º gr. de XXIX-594-II e 262-II págs. E.Obras de grande interesse para o estudo da História Medieval em Portugal e ainda hoje de fundamen-tal importância para a compreensão da génese da paisagem agrária do noroeste de Portugal.O perfil biográfico do autor vem superiormente traçado no estudo preliminar assinado por �uís de Magalhães, intitulado «Alberto Sampaio e a sua Obra», onde no fim se afirma que “N’esse cyclo, em que brilham nomes tão insignes de poetas, de romancistas, de criticos, de eruditos, de archeolo-gos, de historiadores, Alberto Sampaio tem, entre estes, bem marcado o seo logar, de que lhe serão titulos indiscutiveis de direito estes dois volumes das suas bellas, profundas e conscienciosissimas obras”. Com os seguintes estudos: «As Villas do Norte de Portugal»; «As Póvoas marítimas»; «O Norte marítimo»; «O Minho rural e industrial, etc»; «A quarta edição da História de Portugal, de Oliveira Martins»; «O Sr. Oliveira Martins e o seu projecto de fomento rural»; «Os Filhos de D. João I, por J. P. Oliveira Martins»; «Anthero de Quental, (Revelações)». Primeira edição, de escasso apa-recimento no mercado.Encadernações editoriais em percalina azul, com dizeres dourados nas pastas e nas lombadas. Com vestígios de assinaturas nos frontispícios.

394 — SAMPAIO (Gonçalo).- ICONOGRAFIA SELECTA DA FLORA PORTUGUESA. �isboa. 1949. [Oficinas Gráficas da Bertrand]. In-fólio de XIX-I págs. e C� estampas. B.Os belos desenhos das plantas que compõe este magnífico atlas são da autoria de Sara Cabral Ferreira, que os executou sob a orientação do Prof. Gonçalo Sampaio. Apesar da obra ter ficado incompleta, ficará, assim mesmo, como um “marco imponente da Bibliografia Botânica Portuguesa”. Edição esme-rada, ilustrada com um retrato de Gonçalo Sampaio.Com vestígios de acidez na capa da brochura.

395 — SEABY (H. A.).- ROMAN COINS AND �HEIR VA�UES. Partly based on A Ca-talogue of Roman Coins by Gilbert Askew. 1954. B. A. Seaby, Ltd. London. In- 8.� gr. de 133-I -XII págs. E.Edição ilustrada com a reprodução de moedas, nas páginas de texto e em folhas à parte.Encadernação editorial, com sobrecapa de papel, remendada com fita-cola.

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396 — II SEMINÁRIO INTERNACIONAL DE HISTÓRIA INDO-PORTUGUESA. Actas. Edição organizada por �uís de Albuquerque & Inácio Guerreiro. Instituto de Investigação Cien-tífica �ropical. Centro de Estudos de História e Cartografia Antiga. �isboa. 1985. In-4º gr. de XXIV-969-III págs. E.“A expectativa com que foi acolhido [Este segundo Seminário] torna-se bem clara pelo facto de se te-rem inscrito (...) mais de meia centena de participantes, de 19 países e de quatro continentes, com par-ticular incidência para portugueses e indianos, que apresentaram igual número de comunicações (...)”Publicação ilustrada, integrando importantes trabalhos dos organizadores e de Teixeira da Mota, B. Shankaranand, José Wicki, Francisco de Simas Alves de Azevedo, Artur Teodoro de Matos, C. R. Boxer, Margarida Corrêa de Lacerda, Francisco Leite de Faria, Maria Clara Junqueiro, Maria Emília Madeira Santos, Geneviève Bouchon, R. O. W. Goertz, José Pereira, Maria Madalena de Cagigal e Silva, Manuel Cadafaz de Matos, Alexandre �obato, Maria Selma de Vieira Velho, �uís Graça, Fernando Castelo-Branco, John Villiers, A. Rita Ferreira, George M. Moraes, A. A. Banha de Andrade, António Coimbra Martins, José Pereira da Costa, Jorge Borja Araújo de Freitas entre muitos outros portugueses e estrangeiros.Encadernação editorial, com sobrecapa ilustrada a cores.

397 — SE�VAGEM (Carlos).- POR�UGA� MI�I�AR. Compêndio de História Militar e Naval de Portugal. Desde as origens do Estado portucalense até ao fim da dinastia de Bragança. �isboa. Imprensa Nacional. 1931. In-4.º de X�-685-III págs. B.“Obra excelentíssima, repositório comovente e avassalador da glória militar de uma nação levantada em armas, Portugal Militar saiu à estampa em 1931, para rapidamente ganhar o estatuto de livro de cabe-ceira de gerações de soldados e marinheiros, amigo fiel de todas as horas, lenitivo para os momentos de frustração, guia vibrante e iluminado pelo exemplo permanente da gesta imortal dos heróis da Pátria”, segundo palavras de Américo José Guimarães Fernandes Henriques na edição reeditada em 1999.Com ilustrações nas páginas do texto. Poucos exemplares aparecem à venda desta interessante monografia histórico-militar.A obra, como acima se diz, abrange o vasto período decorrente entre as origens do Estado portucalense e o termo da dinastia de Bragança.

398 — SEQUEIRA (Eduardo).- AS ABE�HAS. �ratado de apicultura mobilista. Porto. �ypo-graphia Social. 1895. In-4.º de VIII-302-II págs. E.Era, ao tempo, o mais completo trabalho sobre apicultura publicado em Portugal, ilustrado com 178 figuras disseminadas nas página do texto.Eduardo Sequeira, naturalista e jornalista portuense, além de ter colaborado em numerosos jornais e revistas, publicou outros interessantes livros: «A Fauna dos �usíadas», «Ninhos e ovos», «À Beira--Mar», «Guia do Naturalista», «�eias de aranha», «Guia ilustrado do Porto», «Portugal Artístico», etc. Primeira edição.Modestamente encadernado e com carimbos de posse. Com dedicatória do autor, rasurada.

399 — SEQUEIRA (Gaspar Cardoso de).- �HESOURO // DE // PRUDEN�ES, // NOVAMEN-�E DADO A´ �UZ // Por // GASPAR CARDOSO // DE SEQUEIRA, // Mathematico, natu-ral da Villa de Murça. // CONTE’M EM SI QUATRO LIVROS // cuja relaçaõ vai no seguinte Prologo. // Vai accrescentado nesta ultima impressaõ o Prognostico, //e �unario para os annos vindouros. // OFFERECIDO AO NOSSO MELHOR // Portuguez // SANTO ANTONIO. // [Xilogravura representando Santo António] // EVORA. // Com todas as licenças necessarias. // Na Impressaõ da Universidade. Anno de 1700. In-4.º de VIII-336 págs. E.António Ribeiro (Tony Klauf), autor da Bibliografia Portuguesa de Ilusionismo até ao séc. XIX, já nos finais do século XX e durante os «Encontros de El Escorial», revelou a importância e significado desta Obra à luz das suas novas descobertas que o levaram a classificar o Tesouro de Prudentes

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o quarto livro a ser publicado em todo o mundo com capítulo dedicado ao ilusionismo e o primeiro que se conhece onde os segredos, alguns dos quais inéditos, são descritos. Acrescenta João Gaspar, prefaciador da Bibliografia de Ilusionismo que “Este livro, para além de incluir alguns truques expli-cados, da mesma forma como ainda hoje se executam, contém a primeira descrição conhecida do célebre Baralho Ordenado que, até à descoberta de Tony Klauf, julgava-se ser uma criação do ameri-cano Si Stebbins (1867-1950), quase trezentos anos mais tarde.”Livro constituído por “quatro livros divididos em dez tratados. O primeyro he o computo Ecclesiasti-co, com muitas regras curiosas. O segundo de segredos naturaes, para plantar, enxertar, semear, & fazer noras, que andem por si: E como os Astrologos rusticos saberão pronosticar de tempos, & novidades com o Pronostico, & Lunario perpetuo. O terceyro de cousas impor-tantes á Medicina, & Cirurgia, com muytos remedios já experimentados. O quarto de Arithmetica por numeros inteyros. O quinto da mesma arte, por numeros quebrados. O sexto de muytas curiosidades, tiradas da mesma arte, para boa conversação. O septimo da Sphera, por novo estlo, & facil de enten-der. O oytavo da fabrica dos relogios diurnos, & nocturnos. O nono da medição das horas planetarias. O decimo da Astrologia, & preparação das duas figuras, que usaõ na judiciaria primitiva, que he para julgar de tempos, doenças, novidades, & outras cousas de importancia para entendimento da seg~uda parte, que com muita curiosidade se está compondo.”Edição profusamente ilustrada com xilogravuras que documentam o texto, cabeções de enfeite e flo-rões de remate. Frontispício decorado com uma gravura do orago de Santo António.Diz Barbosa Machado que o autor, natural de Murça [Vila Real], “ (...) Depois de receber o grao de Mestre em Artes na Universidade de Alcala se aplicou ao estudo da Mathematica com tanto disvelo que sahio egregiamente instruido em taõ sublime Faculdade a qual naõ somente dictou em Lisboa no anno de 1604. mas em as Cidades de Braga, Porto, Coimbra, e Lamego. e até fora do Reyno sendo Mestre em Ciudad Rodrigo, e Tuy em que consumio o largo espaço de vinte annos. (...)”.Pinto de Matos no Manual Bibliographico Portuguez (1878), regista as várias edições que a Obra mereceu entre a edição princeps de 1612 e a de 1701 dizendo que “É livro ainda hoje estimado e pro-curado principalmente pela gente do campo, que sendo tão agarrada ao dinheiro, depois de ter feito uma romaria para onde se encontra o livro á venda, lá deixa a final 1$200 reis e mais pelo thesouro.”Muito invulgar, apesar das muitas edições publicadas, cujos exemplares frequentemente aparecem em muito mau estado de conservação.Obra classificada no «Indice ultimo de los libros prohibidos y mandados expurgar: para todos los reynos y Señorios del CAtolico Rey de las Españas, El Señor Don Carlos IV» (1790)Encadernação em pele, da época. Com algumas notas manuscritas antigas, restauros e outros pequenos defeitos. Destacamos no entanto o restauro efectuado nos cantos superior direito das folhas 65/68.

400 — SEQUEIRA (Gustavo de Matos) & SOUSA (Alberto).- ÉVORA. Emprêsa Nacional de Publicidade. [�isboa. S.d. - 1931?]. In-fólio de 59-III págs. B.A publicação pretende “evocar o velho burgo do sul, pintar-lhe as suas feições mais ocultas, desenhar--lhe a sua estrutura íntima, revelar-lhe as suas belezas recônditas, os seus pormenores de arte (...) adicionando, para o relevo da composição, um pouco da sua história, muito da sua cultura, tudo do seu carácter.”Com belos desenhos a negro e muitas estampas a cores impressas à parte.Com manchas de humidade.

401 — SHIR�EY (E. �. O.).- COISAS SOBRE �OURENÇO MARQUES, Por... Macau. �yp: Mercantil de N. �. Fernandes e Filhos. 1912. In-8.º gr. de VI-47-[I] e VI mapas. B.Invulgar monografia sobre o Comendador �ourenço Marques, figura de grande importância na histó-ria do seu tempo, também lembrado por ter mandado colocar um busto em bronze de Luis de Camões (modelado em gesso por Bordalo Pinheiro) num dos mais antigos jardins de Macau — na colina de Patane — afirmando assim a tradição de que teria sido �uís de Camões um dos primeiros moradores de Macau e que nos penedos deste promontório teria escrito parte dos «�usíadas».Edição documentada em folhas à parte, com fotogravuras e mapas estatísticos. Com dedicatória de oferta do autor, manuscrita no frontispício.

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402 — [SI�VA (A. J. de Figueiredo e)].- CURSO E�EMEN�AR D’AGRICU��URA E D’ECONOMIA RURAL DE RASPAIL, traduzido e annotado por A. J. de Figueiredo e Silva. Lisboa. Typ. Franceza-Portugueza. 1840-1842. 5 vols. E. em 2.Obra dividida em cinco �ratados: �ratado I - �avoura: II. Hortas; III. Arvores e Arbustos; IV. Jardins; V. Economia Rural.Com quatro gravuras desdobráveis com desenhos de ferramentas, máquinas, plantas e arbustos. Obra completa e bastante invulgar.Encadernações da época com pequenos defeitos, com as lombadas em pele, decoradas com ferros a ouro.

403 — SI�VA (A. J. Ferreira da).- A SUPOS�A SA�ICI�AGEM DOS VINHOS POR�UGUE-SES NO BRASIL (1900-1902). Memórias, Notas e Documentos. Coímbra. Imprensa da Uni-versidade. 1919. In-4.º de XXIII-I-548 págs. B.Obra com interesse para a bibliografia vínica, em particular para o esclarecimento da questão dos vinhos portugueses comercializados com o Brasil. Obra dvidida em duas partes, a saber: a primeira, onde se expõe o que foi a salicilagem de vinhos em Portugal em 1888; a segunda, que se ocupa da suposta salicilagem dos vinhos portugueses, iniciada em 1900.Capa da brochura mal cuidada. Com dedicatória do autor.

404 — SI�VA (Augusto Vieira da).- DISPERSOS. Publicações Culturais da Câmara Municipal de Lisboa. 1954-1960. 3 vols. In-4.� gr. E.Valiosa colectânea de estudos olisiponenses do “digno continuador da tarefa literária e erudita iniciada por Júlio de Castilho”, estudos que constituiram a sua vasta colaboração por boletins, revistas, jornais, etc. e que aqui aparecem ilustrados com numerosas estampas impressas em separado.Encadernações com lombada de pele decoradas com nervuras e ferros dourados, tendo ao centro um ferro alegórico à lenda dos Corvos de S. Vicente, ainda hoje recordada no logotipo da cidade de �isboa. Conservam as capas da brochura.

405 — SI�VA (Fernando Augusto da) & MENESES (Carlos Azevedo de).- E�UCID�RIO MA-DEIRENSE. Fac-símile da edição de 1946. [Secretaria Regional de Turismo e Cultura. Funchal. 1984]. 3 vols. In-4.� B.Obra de fundamental interesse para os estudos madeirenses nos seus aspectos geográfico, histórico, genealógico e etnográfico.Edição fac-similda da segunda edição, preferível à original, por ser consideravelmente enriquecida com a colaboração de Adolfo César de Noronha e Alberto Artur Sarmento.

406 — SI�VA (João Augusto).- ANIMAIS SE�VAGENS. Contribuição para o estudo da Fauna de Moçambique. 1956. Imprensa Nacional de Moçambique. Lourenço Marques. In-4� gr. de 266 págs. B. Do Prefácio do General Abranches Pinto: “�rouxe-me a gratidão para a portada deste livro ao querer retribuir, ainda que parcamente, o prazer das primícias da leitura destas páginas quando o autor ainda andava às voltas com os cuidados e apuros de forma do seu livro.“Convido-vos a entrar e, fraco introdutor, logo vos entrego ao melhor dos guias — o autor. Artista para vos embevecer nas magnificências da natureza, grande caçador para vos mostrar os lances onde arriscou tantas vezes a vida, apaixonado do mato e dos grandes cenários da selva para vos fazer respirar a vida, ampla e livre da grande África e a aliciante sedução dos seus mistérios e aventuras. (...)”Edição executada com grande apuro gráfico, em papel muito encorpado e de excelente qualidade, com numerosas fotogravuras e excelentes desenhos em folhas de papel couché, fotografias e desenhos da autoria de João Augusto Silva.

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407 — SI�VA (João Augusto).- CON�RIBUIÇÃO PARA O ES�UDO BIOECO�ÓGICO DA PALANCA REAL. (Hippotragus niger variani). Lisboa - 1972. [Imprensa Portuguesa. Porto]. In-4.º gr. de 116 págs. nums.; 138 inums. com reproduções fotográficas; 11 estampas; 2 mapas desdobráveis e IV pág. finais. B.Valioso estudo sobre a palanca real, que, segundo o autor, “conta-se entre os antílopes mais raros do Continente africano”, estudo que se faz acompanhar da bela e muito vasta documentação iconográfica a negro e a cores, talvez única sobre tal assunto, obtida pelo próprio autor.Edição limitada, muito cuidada e impressa sobre excelente papel.

408 — SI�VA (Joaquim de Santa Ana e) [1720-1782].- DISPU�A�IONES // PHYSICÆ // Prin-cipia intrinseca in communi, & in particulari cor- // poris naturalis complectentes, // JUXTA // SYSTEMA PERIPATETICUM ELUCUBRATÆ; // AUCTORE // R. P. FR. JOACHIMO // DE S. ANNA E SY�VA // LISBONENSI, // In Conimbricensi, & Eborensi Academiis Sacræ Theo-logiæ Doctore, // Sancti Officii Consultore, & in Collegio Conimbricensi // Eremitarum S. Pauli Theologiæ Lectore. // [gravura em madeira armoriada] // CONIMBRICÆ: // Ex Typ. ANTONII SIMOENS FERREYRA Universit. �ypog. // Anno Dñi MDCC�III. In-fólio de XII págs. prels. inums. e 396 nums. E.Edição de grande raridade, dedicada a D. Francisco da Anunciação, reitor da Universidade de Coim-bra entre 1745-57.Diz Barbosa Machado que o autor “naceo em Lisboa a 26 de Julho de 1720 (...) Professou o Instituto de S. Paulo primeiro Ermitaõ no Convento da Serra de Ossa (...) , onde depois de dictar as sciencias severas aos seus domesticos, recebeo a borla doutoral nas Universidades de Evora, e de Coimbra, e he Qualificador do Santo Officio. (...)”. Famoso pregador, publicou alguns sermões, destacando-se a Oração funebre nas exequias da augustissima rainha de Portugal D. Marianna de Austria, celebra-das na igreja de S. Julião (...).Innocêncio, àcerca da sua Obra Dissertação crítica ..., publicada em 1769, diz: “N’este opúsculo, que passa desde muitos annos desapercebido, ou pouco menos que ignorado, teve por fim confirmar e corroborar a doutrina da Deducção Chronologica (...)”.Frontispício impresso a negro e vermelho e composição do texto a duas colunas.Encadernação da época, inteira de carneira mas com alguns defeitos; com finos cortes de traça marginais.

409 — SI�VA (José Bonifácio de Andrada e).- MEMORIA // SOBRE A NECESSIDADE // E // U�I�IDADES DO P�AN�IO // DE // NOVOS BOSQUES EM POR�UGA�, // PAR�I-CULARMENTE DE PINHAES NOS AREAES DE BEIRA- // MAR; SEU METHODO DE SEMENTEIRA, COSTEAMEN- // TO, E ADMINISTRAÇÃO. // POR // (...) // [pequena gra-vura do editor] // LISBOA // NA TYPOGRAFIA DA ACADEMIA REAL DAS SCIENCIAS. // ANNO MDCCCXV. // Com licença de SUA A��EZA REA�. In-4.º de VIII-187-V págs. e uma estampa. Desenc.São muito estimados e invulgares os trabalhos de Andrada e Silva, ilustre brasileiro nascido em 1763 na vila de Santos. [S. Paulo].Sobre o autor e a sua obra, Sacramento Blake dedica algumas páginas do seu Diccionario Bibliogra-phico Brazileiro; Borba de Moraes na Bibliografia Brasileira do Período Colonial justifica a inclusão de algumas obras de Andrada e Silva na Bibliografia: “As obras de José Bonifácio publicadas antes de 1808, constam exclusivamente de artigos científicos, impressos em periódicos portuguêses e estran-geiros. Seu primeiro livro, a Memória sobre a necessidade e utilidade do plantio de novos bosques em Portugal apareceu em 1815 (...); J. C. Rodrigues, no Catálogo annotado dos Livros sobre o Brasil regista esta edição que considera raríssima. Com um mapa esquemático em folha dupla, representando a costa marítima e o lugar ideal para a implantação de um pinhal, gravura que falta em muitos exemplares.O último grupo de páginas constitui o Catálogo das Obras da Academia.Desencadernado.

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410 — SI�VA (José da Cunha e).- ORAÇAÕ // FUNEBRE, // CONSO�A�ORIA, HIS�ORI-CA, E PANEGYRICA // NAS EXEQUIAS // DO // SERENISSIMO SENHOR. // D. JOAÕ V. // REY DE POR�UGA� // DE G�ORIOZA MEMORIA, // Que no Hospital Real da Villa de Montemor // o novo, Arcebispado de Evora, mandou cele- // brar, e dar ao prelo // O M. R. P. Fr. // AN�ONIO DE QUEIROS MASCARENHAS // da Ordem de S. Joaõ de Deos, e Prior do mesmo Hospital: // RECI�OU SEU AU�HOR // JOZE DA CUNHA, E SY�VA, // Mestre em a faculdade das Artes, Doutor em a Sagrada �heologia, // Cõmissario do Santo Officio, e Paroco na Freguezia de Santiago // de Escoural, termo da ditta, Arcebispado de Evora, aos 30. de Agos-to // deste prezente Anno de 1750. // —— // EVORA, // Com as licenças necessarias na Officina da Universidade, // Anno de M DCC. �. In-4.º peq. de VIII-28 págs. Desenc.Diz Barbosa Machado que o autor, natural da cidade de Évora “Aprendidas as letras humanas, e recebido o gráo de Mestre em Artes na Universidade da sua patria, nella se laureou Doutor �heologo, merecen-do pela sua literatura, e integridade de procedimento ser Commissario do Santo Officio, e Paroco da Igreja de Santiago de Escorial termo da Villa de Monte mór o novo. (...)”.Opúsculo bastante invulgar, impresso em encorpado papel e de nítida impressão, ornado de letra capi-tal de fantasia, cabeção de enfeite gravado em madeira e outro de composição tipográfica.

411 — SI�VA (�. A. Rebelo da).- COMPENDIO DE ECONOMIA RURA� para uso das Escolas Populares, creadas pela Lei de 27 de Junho de 1866. Lisboa. Imprensa Nacional. 1868. In-8.º gr. de 293-I págs. E.A obra trata das «Noções geraes de economia politica», «Producção e trabalho agricola», «Relações da propriedade agricola com a legislação e a administração» e «Protecção e estimulo da agricultura».Encadernação contemporânea com a lombada de pele.

412 — SI�VA (�uciano Pereira da).- A AS�RONOMIA DE OS �USÍADAS. Nova edição pre-parada pela Junta de Investigações do Ultramar no IV Centenário da 1ª Edição de Os Lusíadas. Junta de Investigações do Ultramar. �isboa. 1972. In-4.º gr. de VIII-284-II págs. E.Diz Luís de Albuquerque que o autor “(...) não se limita a esclarecer certas subtilezas verbais de Ca-mões (...) a par disso �uciano Pereira da Silva descreve também com alguma minúcia técnicas e instrumentos de observação usuais no século XVI, extracta ou resume trechos de várias obras que o Poeta leu e depois aproveitou no Poema, detendo-se ainda nas regras fundamentais da arte de nave-gar daquela época”. Edição de assinalável cuidado gráfico, a segunda, ilustrada com estampas a negro e a cores nas páginas do texto e em folhas à parte e dada a lume pelo «Agrupamento de Estudos de Cartografia Antiga» da Junta de Investigações do Ultramar.Encadernação original e sobrecapa de protecção.

413 — SI�VEIRA (�uís).- ENSAIO DE ICONOGRAFIA DAS CIDADES POR�UGUESAS DO U��RAMAR. �isboa. [�ipografia Silvas, �da. S.d.] 4 vols. In-fólio máximo com o total de 625 págs. B.Neste notabilíssimo trabalho, de decisiva importância para a história da presença de Portugal no mun-do, foram arquivadas, a negro e a cores, nas páginas de texto e em folhas à parte, mais de mil e cem documentos iconográficos reproduzidos de gravuras, pinturas e desenhos, todos devidamente identifi-cados e minuciosamente descritos. Publicação valiosa e já bastante invulgar.

414 — SOARES [LUSITANO] (Francisco) [1605-1659].- R. P. D. FRANCISCI // SOARES // LUSITANI, ULYSSIPONENSIS, // E SOCIETATE JESU, // IN COLLEGIO CONIMBRICEN-SI, // ET EBORENSI ACADEMIA PRIMARII SACRÆ // Theologiæ Professoris, & in Tribuna-li Sancti Officii Causarum Fidei // Qualificatoris, & Censoris, // CVRSVS // PHI�OSOPHICUS, // IN QVA�VOR �OMOS DIS�RIBV�VS. // Primus comprehendit �ogicam. Secundus Phy-

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sicam, Cœlos, Meteora, & // Libros de Parvis Naturalibus. Tertius Generationem, & Animam. // Quartus amplectitur Metaphysicam. // ‘AD EXCELLENTISSIMUM D. // D. GEORGIUM MASCHAREGNAS // MARCHIONEM MONTALVANUM. &c. // (...) // Editio Altera // —— // EBORÆ, // Ex �ypographia Academiæ. Anno 1701-1703. In-6.º de XXIV-271-[I]; XX-383-[I]; XXII-419-[I] e XVI-376-�II págs. E.Francisco Soares, filho do Poeta e Conde de �orres Vedras, D. João Soares de Alarcão, entrou na Companhia de Jesus em �isboa no ano de 1619. Foi lente de Filosofia e de �eologia no Colégio das Artes, tendo-se doutorado em �eologia na Universidade de Évora, onde regeu Retórica e �eologia Especulativa.Apelidado de Lusitano para se distinguir de Francisco Suárez Granatense, publicou o Cursus Philoso-phicus entre 1951-1669, obra que dada a sua importância mereceu várias edições. Diz M. �uísa Guer-ra no livro «A Universidade de Évora. Mestre e Discípulos Notáveis» que “foi o primeiro filósofo português a referir Descartes e o primeiro, como afirma António Alberto Banha de Andrade, “a apresentar em Cursos de Filosofia as mais sensacionais descobertas no campo da Biologia, do sé-culo XVII: a circulação do sangue e as veias lácteas.” Afastou-se dos padrões aristotélicos na área das Ciências: Astronomia, Física, Biologia. Abriu-se ao pensamento moderno. (...)”.Edição cuidada (cremos que a quarta edição), com o frontispício impressos a negro e vermelho, cabeções de enfeite, florões de remate, vinhetas e travessões tipográficos. (ver gravura na pág. 129) 415 — SOUSA (Albano Neves e).- ANGO�A A BRANCO E PRE�O. [Oficinas Gráficas Machado Gravador, �uanda. S.d. 1972?]. In-4.º de CC�XIV págs. inums. B.Volume constituído por 122 expressivos e bem executados desenhos do artista e escritor Albano Neves e Sousa, retratando figuras humanas e aspectos recolhidos em todo as províncias de Angola. Com uma belíssima carta de Jorge Amado lamentando que o artista não tivesse ido à Bahia expor, como prometera, os seus trabalhos, arrolando o quanto com a sua ausência havia perdido: “Tudo isso você perdeu e muito mais, pois o mar da Bahia nunca esteve tão belo e o luar floresce sobre o velho casario e as ilhas. Celes-tino nos contou que, em Lisboa viu uma exposição de trabalhos seus, numerosos e excelentes, mas não achamos razão bastante para você ter faltado ao compromisso, ao novo encontro com a Bahia.“Agora você me escreve para contar a razão verdadeira do adiamento da viagem: está preparando um livro, «Angola a Branco e Preto», com 100 desenhos de Angola, uma visão da terra e do homem, da vida e do mistério, ao modo, diz você, das «Sete Portas da Bahia» de Carybé. (...) Creio que você vai fazer algo definitivo e extremamente valioso no sentido do conhecimento de Angola (...). Faça o livro e quanto antes o publique, queremos vê-lo para perdoar por inteiro sua deserção.”

416 — SOUSA (Albano Neves e).- ANGO�A MINHA �ERRA. [Realização Gráfica de Costa & Valério, �da. Fotocomposição de Byblos - Fotocomposição, �da. �isboa. 1986]. In-fólio de XII págs. de texto e 24 estampas. B.Belíssimo álbum contendo um caderno de XII páginas com textos de Jorge Amado, Carybé, António Celestino, Romano Galeffi, N. �ima Carvalho e do próprio pintor, Albano Neves e Sousa. Com 24 estam-pas policromadas reproduzindo paisagens angolanas, figuras humanas de várias etnias, etc., todas em ff. soltas. Edição confinada a 1000 exemplares, em excelente papel couché. Com um portfólio em cartão, que tem na sua face frontal a reprodução a cores de uma das belas pinturas de Neves e Sousa.

417 — SOUSA (Frei João de).- VES�IGIOS // DA // �INGUA ARABICA EM POR�UGA�, // OU // �EXICON E�YMO�OGICO // DAS PA�AVRAS, E NOMES POR�UGUEZES, // QUE �EM ORIGEM ARABICA, // COMPOS�O POR ORDEM // DA // ACADEMIA REA� DAS SCIENCIAS // DE LISBOA, // POR // FR. JOAÕ DE SOUSA, // Correspondente de Numero da mesma Sociedade, e in- // terprete de S. magestade para a lingua Arabica. // LISBOA // NA OFFICINA DA ACADEMIA REAL DAS SCIENCIAS. // ANNO M.DCC.�XXXIX. In-8.º gr. de XX-160 págs. E.Primeira edição de uma das mais notáveis obras do insigne arabista e franciscano português nascido em Damasco, filho de pais católicos romanos da Índia Portuguesa. Edição invulgar e muito estimada.Encadernação de antiga, com a lombada de pele.

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418 — SOUSA (Fr. �uís de) [1555-1632].- VIDA DE D. FR. BER�O�AMEU DOS MAR-TYRES Da Ordem dos Pregadores, Arcebispo, & Senhor de Braga Primàs das Espanhas. Repartida em seis livros com a solemnidade de sua tresladação por Fr. Luis de Cacegas da mesma Ordem, & cronista della na Provincia de Portugal. Reformada em estylo & ordem, & ampliada em successos & particularidades de novo achadas por... Lisboa. Na Typographia Rollandiana. 1842-1843. 2 vols. In-8.º de 537-I-VI e 436-IV págs. E.Estimada edição rolandiana desta obra clássica que trata da biografia de Frei Bartolomeu dos Mártires, arcebispo de Braga e preceptor de Dom António, Prior do Crato.Bonitas encadernações inteiras de pele mosqueada, da época, com dourados na lombada.

419 — SOUSA (Luis Manuel Rebelo de).- MOEDAS DE ANGOLA. Editado pelo Banco de Angola. [�isboa. 1967?]. In-8.º gr. quadrado de 116-IV págs. E.Muito interessante estudo numismático, numa luxuosa e cuidada edição em papel couché, profusa-mente ilustrada a cores. Vinhetas de Neves de Sousa.Encadernação editorial, com sobrecapa ilustrada a cores.

420 — SOUSA (Luís Manuel Rebelo de).- O PAPEL-MOEDA EM ANGOLA. (Subsídios para o seu estudo). Desenhos de Neves e Sousa. Editado pelo Banco de Angola. (Oficinas Gráficas da Imprimarte. S.A.R.�. Dafundo. [S.d. - 1969?]. In-4.º peq. de 157-III págs. E.�rabalho de considerável importância para o estudo da circulação fiduciária naquele antigo território português e cuja “mais antiga referência histórica de que dispomos sobre circulação em Angola de títulos representativos de dinheiro data de há cerca de 200 anos”.Edição de apurado cuidado gráfico, em bom papel, com boas reproduções a cores das notas inventariadas e belos desenhos de temática africana da autoria de Neves e Sousa, tudo estampado nas páginas de texto.Encadernação editorial.

421 — SUMP�UOZA, E MAGNIFICA // OS�EN�AÇ,AM // DE G�ORIA INEFFAVE�, // Com festivas, & singulares competencias // Entre a Igreja Militante, & Triunfante, // Ordenada em solemne Processaõ, // Que o Nobilissimo Senado da Camera, Clero, Nobreza, // & Povo da Notavel Villa de Monte Mor o Novo // Em devida acçaõ de graças a Deos N. Senhor // Pella Canonizaçaõ Glorioza // DO ESCLARECIDO PATRIARCHA // S. IOAM // DE // DEOS // Estampa, & dá a luz // Aos 19 de Agosto de 1691. [no cólofon: EVORA, com as licenças neces-sarias na Officina // da Universidade. Anno de 1691.] In-4.º de 21-]I] págs. B.Raro opúsculo impresso na Universidade de Évora em 1691, com interesse para a história da canoni-zação de João Cidade, natural de Montemor-o-Novo, que se distinguiu na assistência aos pobres e doentes, hoje padroeiro dos hospitais, dos doentes e dos enfermeiros.Encadernação não contemporânea. Ex-libris de Angel González Palencia.

422 — �ABORDA (Vergílio).- A��O �R�S-OS-MON�ES. Estudo Geográfico. Coimbra. Imprensa da Universidade. 1932. In-8º gr. de XI-I-224 págs. B.O presente estudo, muito bem desenvolvido, constituiu a dissertação de doutoramento de Vergílio Taborda na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra. Com um curioso capítulo sobre «A Habitação e as Povoações».

423 — �AVARES (Eugénio).- MORNAS. Cantigas Crioulas. J. Rodrigues & C.ª - Editores. [�isboa. 1932]. In-8.º de 108-I págs. B.Eugénio �avares, caboverdeano, foi um dos mais notáveis poetas de expressão crioula e é hoje consi-derado o grande reformador e renovador da letra e da música da Morna.

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427 - ver pág. 134

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Dedicado a João de Deus e com uma sua poesia [Engeitadinha] traduzida para o crioulo, o autor fez uma compilação de algumas das mais significativas mornas em crioulo, não tendo integrado qualquer poema em português para dar assim lugar de relevo à sua lingua nativa.Edição prefaciada por Eugénio �avares [«A Morna e o Povo de Cabo Verde»] acompanhada de um estudo de José Osório de Oliveira [«Uma Poesia Ignorada»], figura que garantiu ao autor a publicação póstuma deste livro. Primeira edição.EXEMPLAR RUBRICADO E DATADO DE “Feira do Livro de 39”.Com um pequeno rasgão na lombada da capa da brochura.

424 — �AVARES (José de Sousa).- O AZEI�E. �hese Inaugural. Apresentada e defen-dida no Instituto de Agronomia Veterinaria. 1901. �yp. J. da Costa Braga. �isboa. In-8.º gr. de 174 págs. E.Do índice: Importancia da cultura e tratamento da oliveira. Necessidade do fabrico de bons azeites; Epoca da colheita da azeitona; Conserva da azeitona; Refinação do azeite, etc.Encadernação modesta.

425 — TCHEONG-Ü-LÂM & IAN-KUONG -IÂM.- OU-MUN KEI-LEOK. MONOGRAFIA DE MACAU. Quinzena de Macau. [�ipografia Mandarim. Macau. 1979]. In-4.º de 298 págs. B.Pela primeira vez publicado (xilografado) em chinês em 1751, OU-MUN KEI-LEOK é ainda hoje importante fonte de informação para todos quantos se dedicam à história daquele território. “Se bem que a existência desta obra não tenha sido do desconhecimento de quantos se têm dedicado à tarefa de esmiuçar os factos passados da história desta terra, de interesse tão absorvente, no entanto, poucos puderam ter acesso ao seu texto, por desconhecerem a lingua chinesa (...)”.A presente edição é a reprodução fiel da tradução para o português feita por �uis Gonzaga Gomes, dada à imprensa em 1950.

426 — �ORRES (J. A.).- ABC DO �AVRADOR —— Obra destinada aos camponezes por... [vinheta alegórica]. Porto. Na Imprensa Pereira da Silva. 1882. In-4.º de 100 págs. B.Publicação hoje já bastante invulgar, onde o autor procura de forma acessível e despretenciosa, escla-recer o significado das palavras que associou à vida dos agricultores.

427 — �OSCANO (Francisco Soares).- PARA��E�OS // DE PRINCIPES, E VA- // RÕES I��VS�RES AN�IGOS, A QVE // MVI�OS DA NOSSA NAC,AM POR�VGVESA // se as-semelhàrão em suas obras, ditos, & feitos: Com a origem // das armas de alg~uas familias deste reino. // POR FRANCISCO SOARES TOSCANO NA // tural da cidade de Evora. // Ao Excelentissimo senhor D. Theodosio, seg~udo de nome, Duque dos estados // de Bragança, & Barcellos Marquez de Villa viçosa, Cõde de Our~e, Arrayolos, // Neiva & Penafiel Senhor de Mõtalegre, Monforte, & Villa do Conde, Cõde- //stable de Portugal, & o primeiro, & mais antigo Du~q de toda Espanha, & Italia dos que agora conservaõ sua dignidade, & estado. // [Gravura aberta a buril em chapa de metal com o Escudo d’Armas de D. Teodósio II] //Com as licenças necessarias. Em Evora por Manoel Carvalho. 1623. In-8.º de XXXVI-180-I págs. E.Manuel de Carvalho, filho de Nicolau de Carvalho (impressor em Coimbra), “desenvolveu uma extra-ordinária actividade nas artes gráficas depois de ter feito a sua aprendizagem na oficina paterna, abriu oficina em Évora, onde imprimiu de 1623 a 1637 (...) [in Gil do Monte. Subsídios para a História da �ipografia em Évora nos Séculos XVI a XVIII].Facto que nos leva a concluir que esta edição é uma das primeiras que Manuel de Carvalho imprimiu em Évora sob a sua responsabilidade. Um ano mais tarde, já como impressor da Universidade de Évora, viria a imprimir os «Discursos Varios Politicos» de Manuel Severim de Faria.Barbosa Machado na Biblioteca Lusitana regista o nome do autor, natural de Évora, cidade “ (...) onde se applicou às letras humanas, e Filosofia, em que sahio egregiamente versado, naõ o sendo menos em

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a lição da Historia Sagrada, e Profana como manifesta a obra seguinte, que escreveo com applauso dos Heroes, que produzio o nosso Reyno. (...).” Refere-se Machado à Obra Parallelos de Principes e Varoens illustres... que agora apresentamos.José dos Santos no Catálogo do Conde do Ameal considera esta primeira edição, de esmerada exe-cução tipográfica, interessante, muito estimada e rara. Raridade confirmada por Ricardo Pinto de Matos no Manual Bibliographico Portuguez, ou por José dos Santos no Catálogo da Livraria de Luiz Monteverde da Cunha Lobo.Encadernação moderna com lombada e cantos de pele decorada com rótulos e nervuras. Exemplar bastante aparado, com prejuízo das apostilas. Com vestígios de traça marginais e um rasgão grossei-ramente restaurado na folha 129/130. (ver gravura na pág. 133)

428 — A TRADIÇÃO. Revista mensal d’ethnographia Portugueza, illustrada. Directores: - Ladislau Piçarra e M. Dias Nunes. (...) 1899. (Segunda edição) (...). Lisboa. Typ. de Adolpho de Mendonça & Duarte. 1900. [a Anno VII—N.º 6. Serpa, Junho de 1904]. [Aliás Camara Muni-cipal de Serpa. 1997]. 2 vols. B.Edição facsimilada desta notável e muito rara publicação mensal de etnografia portuguesa ilustrada, rica de estudos sobre os mais diversos assuntos relacionados com esta ciência, assinados por muitos dos mais competentes especialistas e escritores portugueses, dos quais salientámos os nomes de Sousa Viterbo, Adolfo Coelho, �eófilo Braga, �omás Pires, Conde de Ficalho, Alberto Pimentel, Paulo Osório, Ramalho, Ataíde de Oliveira, Alfredo de Pratt, Carolina Michaelis de Vasconcelos, �rindade Coelho, Pedro de Azevedo, �adislau Piçarra, �eite de Vasconcelos, Cândido de Figueiredo, Gon-çalves Viana, A. X. Pereira Coutinho, Conde de Sabugosa, �omás de Mello Breyner e Júlio de �emos.

429 — VARIAÇÕES SOBRE UM CORPO. 26 desenhos de José Rodrigues com uma anto-logia de poesia erótica contemporanea seleccionada e apresentada por Eugénio de Andrade. Direcção gráfica de Armando Alves. Editorial Inova Sarl. [Porto. 1972]. In-8º gr. oblongo de 171-VI págs. E.Nesta magnífica antologia de poesia erótica, figuram, entre outros, os seguintes autores: Fernando Pessoa, Mário de Sá-Carneiro, Irene �isboa, José Régio, António Botto, Casais Monteiro, Jorge de Sena, Sophia de Mello Breyner Andresen, Eugénio de Andrade, Natália Correia, Ramos Rosa, David Mourão-Ferreira, Fernando Guimarães, Herberto Helder, Pedro Tamen, Maria Teresa Horta e Fiama Hasse Pais Brandão.Os delicados desenhos de José Rodrigues, «Variações sobre um corpo», apresentam-se estampados em folhas à parte. Edição de grande apuro gráfico, impressa em papel de excelente qualidade.�IRAGEM ESPECIA� AU�OGRAFADA POR JOSÉ RODRIGUES, �IMI�ADA A 250 EXEM-PLARES FORA DO MERCADO, IMPRESSOS EM PAPEL DAMIER, ENCADERNADOS EM REXINE E ACONDICIONADOS NUMA CAIXA LITOGRAFADA.

430 — VARNAGEN (Frederico �uiz Guilherme de).- MANUA� DE INS�RUCÇÕES PRA-TICAS SOBRE A SEMENTEIRA, cultura e corte dos pinheiros, e conservação da madeira dos mesmos; indicando-se os methodos mais proprios para o clima de Portugal. Lisboa. Na Typo-grafia da Academia. 1836. In-8.º peq. de IV-101-III págs.Manual muito curioso e estimado, registado por Borba de Moraes na «Bibliographia Brasiliana»: “�he author was the father of the Viscount de Porto Seguro and was director of the Ypanema iron factory in São Paulo”.Encadernação modesta.

431 — VASCONCE�OS (Antão de).- MEMORIAS DO MA�A-CAROCHAS. Prefacio de José do Patrocinio. Porto. Companhia Portuguesa Editora. 1920. In-8.º de 428-IV págs. E.Primeira edição de um dos muito interessantes livros sobre a vida académica Coimbrã, este da autoria do brasileiro Antão de Vasconcelos, um dos mais célebres boémios da vida universitária coimbrã.Encadernação editorial.

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432 — VASCONCE�OS (António Garcia Ribeiro de).- ESCRI�OS V�RIOS RE�A�IVOS À UNIVERSIDADE DIONISIANA. Coimbra Editora, �d.ª M.DCCCC.XXXVIII-M.DCCCC.X�I. 2 vols. In-4.º gr. de 413-I e 558-II págs. B.São os dois únicos volumes publicados desta importante fonte de informação para o estudo das ori-gens da Universidade Portuguesa, com a transcrição de abundante documentação, em grande parte inédita e inúmeras estampas em separado.EDIÇÃO LIMITADA A 550 EXEMPLARES, SENDO ESTE DA TIRAGEM DE 500 EM PAPEL AVERGOADO.

433 — VASCONCE�OS (J. A. C. de).- A CO�ONISAÇÃO DO A�EM�EJO == Exposição das verdadeiras causas de falta de população e do atrazo da agricultura n’esta provincia, e das medidas que melhor podem remediar o seu deploravel estado prezente por... Elvas. Typographia Elvense de Samuel F. Baptista. 1884. In-8.º gr. de 51-I págs. B.Opúsculo bastante invulgar, com interesse não só para a bibliografia relativa ao Alentejo, ou à Agri-cultura, mas também com interesse para a história da emigração portuguesa.“Logo que o ministro do reino, sr. Thomaz Ribeiro, tomou a patriotica resolução d’estudar e procurar o remedio das causas que forçam tantos portuguezes a emigrar para paizes estrangeiros, na sua quasi totalidade em condições bem aventurosas, ou reconhecidamente precarias, em procura de trabalho e de pão que não encontram na sua patria; (...)”.Capa da brochura imperfeita.

434 — VASCONCE�OS (J. �eite de).- ESBOÇO DA HIS�ÓRIA DA NUMISM��ICA POR-�UGUESA. �isboa. 1890. In-8.º gr. de 11-I págs. E.Rara separata da «Revista de Educação e Ensino» onde se reproduz este trabalho de �eite de Vascon-celos que, por ter ficado incompleto, “tem de ser ampliado e refundido”.Boa encadernação com larga lombada e cantos de pele, cuidadosamente gravada a ouro e com nervu-ras na lombada. Conserva as capas da brochura.

435 — VASCONCE�OS (J. �eite de).- NUMISMA�ICA NACIONA�. �ição inaugural do curso de Numismatica da Bibliotheca Nacional de Lisboa no anno lectivo de 1888-1889. �isboa. �ypographia do Jornal — «O Dia». 1888. In-8.º gr. de 30-II págs. E.Opúsculo muito invulgar.Boa encadernação com larga lombada e cantos de pele, cuidadosamente gravada a ouro e com nervu-ras na lombada. Conserva as capas da brochura.

436 — VAZ (J. Ferraro).- MOEDA DE �IMOR. �isboa. MCM�XIV. [Comp. e imp. na �ip. da E. N. �. P. �isboa]. In-4º gr. de 171-III págs. B.Importante para o estudo da história monetária daquela antiga colónia portuguesa, numa excelente edição da responsabilidade do Banco Nacional Ultramarino, comemorativa do seu primeiro centená-rio. Com um retrato de Afonso de Albuquerque e sete estampas em separado reproduzindo as moedas que tiveram curso em Timor e quatorze reproduzindo a cores as suas notas e cédulas.Capa da brochura com manchas de acidez.

437 — VAZ (J. Ferraro)- NVMARIA MEDIEVA� POR�VGVESA. 1128-1383. �isboa. MCM�X. 2 vols. In-4.º de 448-XVI-II págs. divididas pelos dois volumes. B.Importantíssimo trabalho numismático, do maior interesse para a história do aparecimento das pri-meiras moedas cunhadas em Portugal: “Considerações acerca de costumes e épocas, ambiente eco-nómico-social e circunstancias em que aparece e se desnvolve a moeda de Portugal; Reprodução fotográfica de todas as peças que compõe as numárias de todos os soberanos da dinastia afonsina ou

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de Borgonha, que institue, engrandece e consolida o edifício da Nação Portuguesa; Arrumação cro-nológica e sistemática das moedas em cada reinado, com anotações sobre quantidade conhecida, ou sua raridade, valores numismáticos e preços de transacções; Sinais e selos autenticativos usados nas chancelarias reais; documentos e diplomas que dizem respeito ou interessam às várias amoedações de bolhão, ouro e prata; Bibliografia.”Edição de muito apurada execução gráfica, em bom papel e ilustrada com numerosas reproduções de moedas, selos pendentes e outras gravuras, nas páginas de texto e em folhas à parte.TIRAGEM ESPECIAL LIMITADA A 100 EXEMPLARES NUMERADOS E ASSINADOS PELO AU�OR. ES�E COM DEDICA�ÓRIA DE FERRARO VAZ.Capa da brochura com vestígios de acidez.

438 — VEIGA (Sebastião Filipes Martins Estacio da).- MEMORIA DAS AN�IGUIDADES DE MÉR�O�A, observadas em 1877 e relatadas por... �isboa. Imprensa Nacional. 1880. In-8.º gr. de II-189-III págs. E.Obra de referência da bibliografia algarvia, ilustrada com um planta topográfica de Mértola em folha desdobrável e várias ilustrações nas páginas do texto. Primeira das duas edições publicadas, porquanto apareceu em 1983 uma edição facsimilada. Muito invulgar.Encadernação da época um pouco cansada. Com falta das capas da brochura.

439 — [VE�OSO (Fr. José Mariano da Conceição) (�rad.)] — DOY�E (Henrique).- �RAC-TADO // SOBRE A CULTURA, USO, // E // UTILIDADE // DAS // BATATAS, OU PAPAS // SOLANUM TUBEROSUM, // E // INSTRUÇAÕ // PARA A SUA MELHOR PROPAGAÇAÕ // POR // D. HENRIQUE DOY�E. // �RADUZIDO DO HESPANHO�, // POR // Fr. JOSÉ MARIANO // VE��OSO. // [vinheta tipográfica] // �ISBOA, // NA �YPOGRAPHIA CHA�-COGRAPHICA, // E LITTERARIA DO ARCO DO CEGO. // —— // ANNO M. DCCC. In-8.� peq. de II-122-IV págs. E.Publicação invulgar, impressa nas célebres Oficinas da Casa Literária do Arco do Cego, onde Fr. José Mariano da Conceição Veloso desenvolveu intensa actividade editorial, quase impossível de dissociar da sua própria obra de divulgação científica.No Diccionário Bibliographico Brazileiro Sacramento Blake recorda a vida e obra de Frei Mariano da Conceição Velloso, natural de Minas Geraes e autor de vasta bibliografia de natureza científica, de onde destacamos a Flora fluminensi ... “(...) citada por todos os botanicos do mundo que se occupam da flora da America do Sul (...)”.Encadernação recente, com larga lombada de pele decorada a ouro e com nervuras. Conserva as capas da brochura em papel pintado

440 — VERNEY (�uís António) [1713-1792].- PARECER // DO DOUTOR // APOLONIO PHILOMUSO // LISBOENSE, // Dirigido a um grande PRELADO do Reino // de Portugal, // Àcerca de um Papel intitulado Retrato de Mortecor, seo // Autor D. Alethophilo Candido de Lacerda. [No fim: SA�AMANCA // Na Officina de Garcia Onorato 1750// Com Licensa dos Superiores.] In-4.º peq. de 102 págs. E.Publicação muito rara, com interesse para a bibliografia da importante polémica criada ao redor da publicação do Verdadeiro Método de Estudar, onde Vernei, sob anonimato, de forma respeitosa mas implacável analisa os livros e os métodos de ensino da Companhia de Jesus, confrontando a situação do ensino em Portugal com o conhecimento Europeu iluminista.António Alberto Banha de Andrade no seu monumental trabalho «Vernei e a Cultura do seu �em-po», àcerca do Parecer do Doutor Apolonio Philomuso Lisboense (...) confirma a existência de duas distintas edições supostamente publicadas em 1750, ambas com 102 páginas, mas que facilmente se distinguem uma vez que uma — a que agora apresentamos — tem registo tipográfico no cólofon [SA-�AMANCA // Na Officina de Garcia Onorato 1750// Com Licensa dos Superiores] e a outra termina com uma ADVER�ENCIA, sem qualquer registo tipográfico.

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A págs. 456, Banha de Andrade recolhe alguns elementos respeitantes aos verdadeiros editores que imprimiram de forma recatada e com receio das perseguições e castigos do Santo Ofício, atribuindo a Generoso Salomão que em Roma, terá impresso o opúsculo supostamente publicado em Salamanca. Já relativamente à impressão que termina com uma ADVER�ÊNCIA e sem qualquer indicação de registo tipográfico, reporta a impressão para o Convento dos �óios, considerando-a 2.ª edição. Diz ainda o Prof. Banha de Andrade crer que a indicação do ano não seja exacta e que o folheto se não terá estampado antes de 1751, confirmando a informação dada por Barbosa Machado e Inocêncio no que diz respeito à revelação do verdadeiro autor deste opúsculo publicado sob pseudónimo. Atribui assim e de forma inequívoca a autoria deste Parecer a �uis AntónioVernei.Refere no entanto os «Subsídios para um Diccionário de Pseudónimos» de Martinho da Fonseca, onde diz que talvez influenciado por �éofilo Braga [no texto preliminar dos Subsídios intitulado «Poucas Palavras], inventa um pseudónimo que julgamos não ter existido. Banha de Andrade continua, dizendo que Martinho “Atribui o Parecer a Apolónio Filomeno, que identifica com �uis Vernei, mas que a seguir se refere a Apolonio Philomuso �isbonense [�isboense ?] imaginando tratar-se de Alexandre de Gusmão (...)”. Conclui assim Banha de Andrade: “Ora, nos próprios Subsídios para um Dicionário de Pseudónimos, se encontram elementos para deslindar o equívoco — no título das «Advertências criticas sobre o juizo (...) que formou o Dr. Apolónio Filomu-so e comunicou ao público em a resposta ao «Retrato de Morte-Còr (pág. 9). Esta resposta é o Parecer. Ficamos, pois, sem saber se Martinho da Fonseca pretende atribuir este panfleto a Vernei, se a Alexandre de Gusmão.”De seguida transcrevemos as primeiras linhas do opúsculo que apresentamos, onde o autor começa por justificar as motivações que o levaram a redigir este opúsculo, ou de forma encoberta, procura desviar as atenções do Santo Ofício, sem deixar de entrar na contenda criada com a publicação do Verdadeiro Método de Estudar:“Excelentisimo, e Reverendisimo Senhor. Manda-me V. E. dizer o meo parecer sobre o papel composto por *** debaixo do nome de D. Alethophilo Candido de Lacerda, [Joaquim Rebelo, autor do Retrato de mortecor], em que pertende impugnar o Autor do Verdadeiro Metodo e me-ordena lhe diga, 1. que fim se-propoz este autor: 2. que doutrina e metodo tem: 3. que utilidade pode rezultar a quem o-ler. (...)”.Exemplar manuscrito na primeira página com a assinatura de St.ª Cruz de Coimbra. Na pasta da frente com o ex-libris da Livraria Mazziotti Salema Garção.Encadernação da época, inteira de carneira. Com um pouco importante corte de traça junto à lombada.

441 — VERNEY (�uís António) [1713-1792] & FIGUEIREDO (António Pereira de) [1725--1797].- CAR�AS DE �UIZ AN�ONIO VERNEY, E AN�ONIO PEREIRA DE FIGUEIREDO AOS PADRES DA CONGREGAÇÃO DO ORATORIO DE GOA. Nova-Goa. Na Imprensa Nacional. 1858. In-8.º gr. de IV-22-II págs.“Assim pequena, como he, esta collecção encerra muita noticia curiosa, e algumas revelações dignas de attenção”, entre as quais a de António Pereira de Figueiredo afirmar ser o Marquês de Pombal o autor da “Deducção Chronológica e Analytica”. Opúsculo bastante raro, impresso em Nova Goa.Com falta das capas da brochura.

442 — A VIAGEM DE FERNÃO DE MAGA�HÃES E A QUES�ÃO DAS MO�UCAS. Actas do II Colóquio Luso-Espanhol da História Ultramarina. Edição organizada por A. Teixeira da Mota. Junta de Investigações Científicas do Ultramar. �isboa. 1975. In-4º de XXV-I-764-II págs. E.Este Colóquio possibilitou “fazer avançar substancialmente o conhecimento da primeira circumnave-gação da Terra e da questão das ilhas do cravo. Desta maneira, o presente volume, fruto das contribui-ções de mais de duas dezenas de historiadores que participaram naquele colóquio, contém elementos e estudos sobre vários aspectos como sejam: génese da ideia do antimeridiano divisório no Extremo--Oriente, influência da expansão marítima de Malaca na situação das Molucas, mais antiga cartografia e descrição deste arquipélago, funções da Casa e dos Armazéns da Índia na administração ultramarina portuguesa”, etc. Vasta documentação cartográfica em separado e nas páginas do texto.Encadernação original.

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443 — VICEN�E (Gil).- OBRAS PRIMAS DE GI� VICEN�E. Artis. [Editora Gráfica Portu-guesa. Lisboa. 1953-1956]. 4 vols. In-fólio B.Magnífica edição assente sobre papel pergaminhado de excelente qualidade, limitada a 325 exempla-res destinados a bibliófilos, dos quais 25 foram reservados para ofertas. Edição profusa e cuidadosa-mente ilustrada por Manuel �apa, que para além dos desenhos impressos nas páginas de texto ou em folha própria, apresenta em cada um dos volumes, uma estampa a cores, assinada e numerada por aquele pintor e ilustrador modernista.São os quatros únicos volumes publicados dos oito previstos, volumes que comportam as seguintes Autos, todos com Prefácio e Notas de Paulo Quintela: Auto de Inês Pereira; Auto da Barca do Inferno; Auto da Barca do Purgatório e Auto da Barca da Glória.Em estojos próprios, em cartão.

444 — VIEIRA (Padre António) [1608-1697].- SERMAM // GRA�U�A�ORIO, // E // PA-NEGYRICO, // QUE PREGOU // O Padre AN�ONIO VIEYRA // da Companhia de JESU, // ... // Na menhãa de dia de Reys, sendo presente com toda a Corte o Principe nosso // Senhor ao Te Deum: que se cantou na Capella Real, em Acçam de // Graças pello felice Nacimento da Princeza Primogenita, de // que Deos fez mercè a estes Reynos, na madrugada do // mesmo dia, deste Anno M.DC.�XIX. // Dedicado á Rainha N. SENHORA. // [gravura com as armas reais de Portugal] // EM EVORA // ... // Na Officina da Universidade. Anno M.DC.�XIX. In-8.º gr. de 24 págs. Desenc.Sermão em louvor do nascimento da Infanta Isabel �uísa, Princesa da Beira, única filha do então regente Infante D. Pedro e futuro Rei D. Pedro II.Rara edição impressa na Oficina da Universidade de Évora em 1669, ano em que após o desterro de D. Afon-so VI para os Açores o Padre António Vieira é amnistiado, partindo então para Roma com licença do Rei, onde corajosamente procurou desmascarar a poderosa instituição da Igreja: o Santo Ofício.Com um restauro antigo no canto inferior esquerdo da folha de frontispício.

445 — VIEIRA (José �uandino).- A CIDADE E A INFÂNCIA. Contos. Edição da Casa dos Estudantes do Império. �isboa. [S.d. - 1957]. In-8.º peq. de 78-II págs. B.Primeiro livro de contos de �uandino Vieira, prefaciado por Costa Andrade e dado a lume na «Co-lecção Autores Ultramarinos», cuja edição foi destruída pela polícia política, segundo informação de Maria Aparecida Ribeiro, que ao autor dedica extensa rubrica na «Biblos. Enciclopédia Verbo das �iteraturas de �íngua Portuguesa».Capa da brochura ilustrada com um desenho alegórico por �uandino Vieira.

446 — VIEIRA (José �uandino).- �UUANDA. �uanda. 1963. In-8.º peq. de 103-III págs. B.Obra histórica, autêntico livro de ruptura com a norma portuguesa e prenúncio da afirmação cultural Angolana. Primeira e muito rara edição deste livro célebre da literatura angolana e de língua portuguesa, impresso (clandestinamente?) em �uanda.Pelo seu carácter inovador, foi galardoado com dois importantes prémios - 1º Prémio D. Maria José Abrantes Mota Veiga, atribuído em �uanda em 1964, e o 1º Prémio do Grande Prémio da Novelística, atribuído pela Sociedade Portuguesa de Escritores, em Lisboa, em 1965, atribuição que determinou o encerramento forçado da Sociedade e a proibição do livro em Portugal. Capa da brochura com escritos manuscritos no verso da capa da frente.

447 — VI�ARINHO DE SÃO ROMÃO (1.º Visconde de) [GIRÃO (António �obo de Barbosa Ferreira Teixeira)].- MANUAL PRATICO DA CULTURA DAS BATATAS E DO SEU USO NA ECONOMIA DOMESTICA, colligido Dos melhores Agronomos francezes e inglezes, e seguido de algumas observações praticas do Auctor, para melhor conhecimento dos nossos agricultores. �isboa. Na �ypographia da [...] Academia. 1845. In-8º de IV-99-V págs. B.

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Invulgar publicação, documentada com um mapa impresso à parte e em folha desdobrável com a «Analyse de diversas variedades de Batatas por Mr. Vauquelin».O autor, natural de �rás-os-Montes, Par do Reino, Deputado às Cortes Constituintes em 1821, Per-feito das Províncias de �rás-os-Montes e Extremadura em 1834, entre muito util, competente e vasta obra, colaborou, para a «Revista Universal �isbonense», para os «Annaes da Sociedade Promotora da Industria Nacional», etc.Com falta da capa da brochura.

448 — VI�ARINHO DE SÃO ROMÃO (1.º Visconde de) [GIRÃO (António �obo de Barbosa Ferreira Teixeira)].- O MINHO E SUAS CULTURAS. Lisboa. Imprensa Nacional. 1902. In-fólio de II-282-II págs. E.Obra clássica na sua especialidade, importante para a preservação do conhecimento de todos os aspec-tos das culturas, indústrias, processos de trabalho e etnografia do Minho. Documentada com 40 boas reproduções de fotografias, apresentando, a cores, um mapa de Portugal. Encadernação com lombada e cantos de pele, um pouco cansada. Com grosseiros restauros (fita-cola) nas capas da brochura e nas últimas quatro folhas.

449 — VI�ARINHO DE SÃO ROMÃO (1.º Visconde de) [GIRÃO (António �obo de Barbosa Ferreira Teixeira)].- PORTUGAL AGRICOLA. Porto. Livraria Internacional de Ernesto Char-dron. 1889. In-4.º peq. de 425-I págs. B.Obra clássica da bibliografia agrícola portuguesa, ilustrada com 20 estampas impressas em separado e um 3 mapas a cores de Portugal.Capa da brochura imperfeita. Exemplar por abrir.

450 — VI�ARINHO DE SÃO ROMÃO (1.º Visconde de) [GIRÃO (António �obo de Barbosa Fer-reira �eixeira)].- �RA�ADO �HEORICO E PRA�ICO DA AGRICU��URA DAS VINHAS, da extracção do mosto, bondade, e conservação dos vinhos, e da destillação das agoas ardentes. Por Antonio Lobo de Barboza Ferreira Teixeira Gyrão. Lisboa. Na Imprensa Nacional. Anno 1822. In-4.º de 239-[I]-�VIII [aliás �XVIII]-VIII págs. E.O volume conserva as quatro folhas desdobráveis de grandes dimensões que representam: «�abella das dimensões de 27 �oneis», em caracteres de imprensa, e, em excelentes gravuras abertas em cobre desenhadas pelo autor e gravadas por B. Comte, as seguintes: «Scenographia de hum Alambique Me-lhorado», «Ichonographia do Alambique» e, na última folha as representações de uma «Machina de destillação continua» e uma «Imprensa para espremer os pes do vinhaço».Obra rara na escassa bibliografia portuguesa da especialidade, raridade acentuada pelo facto de con-servar as gravuras acima referidas, publicada ainda com o nome do autor, porquanto, di-lo Inocêncio, o título de 1º Visconde de Vilarinho de S. Romão foi-lhe atribuído apenas em 1835, datando este trabalho de 1822, sendo ainda o primeiro que o referido Inocêncio Francisco da Silva regista.Encadernação contemporânea, inteira da pele.

451 — VI�ARINHO DE SÃO ROMÃO (1.º Visconde de) [GIRÃO (António �obo de Barbosa Ferreira Teixeira)].- TRATADO // THEORICO E PRATICO // SOBRE A // MANEIRA DE CONSTRUIR FOGÕES DE SALA // ECONOMICOS E SALUBRES. // ... // LISBOA // NA �YPOGRAFIA DA MESMA ACADEMIA. // 1843. In-8.º gr. de IV-103-I-IV págs. e 2 estampas desdobráveis. E.Muito curioso e interessante tratado, ilustrado com duas estampas desdobráveis e de grandes dimensões [49 x 40 cm], reproduzindo exemplos de fogões fumivoros e dos seus respectivos cortes transversais.Publicado em separata das «Actas da Academia Real das Sciencias».Encadernação modesta, com o ex-libris heráldico e a assinatura do autor. Na pasta da frente, gravada a ouro com os dizeres: CASA VI�ARINHO S. ROMÃO. Conserva as capas da brochura e as margens por aparar.

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452 — VI�ARINHO DE SÃO ROMÃO (3.º Visconde de) [GIRÃO (�uiz Ferreira].- VINHE-DOS. SUA CULTURA E TRATAMENTOS Por... Porto. Typographia Elzeviriana. R. do Bon-jardim, 190. 1887. In-4.º de 186 págs. e VI estampas. E.Publicação bastante invulgar e do maior interesse para a bibliografia da agricultura em Portugal, muito particularmente para a bibliografia da vinha e dos vinhos portugueses. Edição ilustrada em folhas à parte. Do Índice: Videira; �errenos proprios à videira; Plantação dos vinhedos; Escava, Póda; Cava; Erguida; Redra; Appensa; Esfolha; Vindima; Reproducção da videira; Adubos; Enxertia; Flagellos da videira; Oidium �ulchri; Anthracnose; Mildiú; Rot; Fungosidade; Phyloxera; Pyrale; Erineum; Desavinho; Geadas e trovoadas; Lista das videiras cultuvadas na provincia de Traz-os-Montes; Crise agricola.— Associação de Lavradores.Encadernação com lombada e cantos de pele.

453 — VOCABU�ARIO DA �INGOA CANARINA COM VERSAM POR�UGUEZA. �isboa. 1973. [Junta de Investigações do Ultramar. �isboa]. In-4.º gr. de XIV págs. prels. inu-ms. e 204 ff. nums. B.Reprodução facsimilada do original manuscrito, provavelmente do século XVII e também prova-velmente da autoria de um missionário português: “�rata-se de um vocabulário concani-português e a designação canarim é uma classificação errónea, nada tendo a ver com o canarês - que é uma língua do ramo dravídico -, sendo a língua do vocabulário nitidamente indo-europeia, ou seja, o concani”.Cuidada edição da Junta de Investigações do Ultramar.

454 — WELCH (Sidney R.).- A ÁFRICA DO SUL SOB EL REI D. MANUEL. 1495-1521. Versão portuguesa de C. Montez com um prefácio pelo Cónego Dr. Alcântara Guerreiro. �ou-renço Marques. 1950. (Imprensa Nacional de Moçambique). In-8.º gr. de XXI-618 págs. E.Estudo vasto, minucioso e de apreciável importância para a história das navegações dos portugueses, pelo que, segundo Alcânta Guerreiro, “De parabéns fica a História Ultramarina Portuguesa, por ver enriquecida a sua bibliografia com mais este trabalho, que pode indiscutivelmente alinhar ao lado do melhor até hoje produzido”.Encadernação inteira de pele, com dourados na lombada e na pasta da frente. Conserva as respectivas capas da brochura.

455 — WELCH (Sidney R.).- O DESCOBRIMENTO DA ÁFRICA DO SUL PELA EUROPA. Edição do Govêrno Geral da Colónia de Moçambique. 1937. [Imprensa Nacional de Moçambi-que. �ourenço Marques]. In-8.º gr. de XXVI-II-446 págs. E.“Este livro (...) merece um lugar de distinção na bibliografia dos Descobrimentos e será um dos pri-meiros na estante dos autores estrangeiros que sôbre Portugal têm escrito”, segundo palavras subscri-tas por A. S. Figueiredo e C. Montez, tradutores da obra. Com um extenso prefácio de Gago Coutinho.Encadernação editorial.

456 — WE�WI�SCH (Friedericus).- SER�UM ANGO�ENSE, SIVE S�IRPIUM QUARUN-DAM NOVARUM VE� MINUS COGNI�ARUM IN I�INERE PER ANGO�AM E� BEN-GUE��AM OBSERVA�ARUM DESCRIP�IO ICONIBUS I��US�RA�A. �EN�AVI�... — Actorum Societatis Linnœancœ Londinensis vol. xxvii. pars prima. — LONDINI: 1869. In-4.� gr. de II-94-[II] e XXVI estampas. E.Friedrich Martin Josef Welwitsch, botânico austríaco que viveu em Portugal entre 1839 e 1853, reali-zou entre 1853 e 1860 uma viagem de exploração botânica em Angola subsidiada pelo governo por-tuguês, tendo recolhido um total de 8000 amostras com 5000 espécies diferentes, entre as quais mais de 1000 eram espécies desconhecidas. Regressado de Angola por razões de saúde, decidiu fixar-se em �ondres e continuar o seu trabalho próximo do «Natural History Museum» e do «Royal Botanic

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Gardens», cidade onde veio a falecer em 1872. Após a sua morte, o governo português procurou trazer para Portugal a colecção de espécimes recolhidos em Angola, travando com o governo inglês longa batalha judicial. Alcançado um acordo o governo português recebeu o primeiro lote de duplicatas e o «Natural History Museum» de �ondres recebeu o segundo lote.Para além da descrição científica das espécies estudadas, a edição vem acompanhada com XXVI litografias, impressas em plena página, desenhadas por W. H. Fitch.Encadernação com lombada e cantos de pele, decorada com nervuras e ferros gravados a ouro.

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