Catálogo de revistas
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Transcript of Catálogo de revistas
A breve história de uma das revistas mais ousadas
da América do Norte.
A revista norte-america-na Emigre foi fundada pelo editor e designer Rudy VanderLans e teve sua primeira edição pub-licada em 1984. Ela logo se tornou um sucesso entre designers gráficos, principalmente por seu visual diferente, experi-mental e “sem limites”.
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A primeira capa da Emigre
Emigre se tornou uma vitrine para as fontes criadas por Zuzana Licko, esposa e sócia de VanderLans, que tinha o objetivo de melhorar a tecnologia do desenho das fontes tradicionais, o criou belos e inusita-dos resultados. Com o fluxo corrente de novas letras a revista tornou-se, também, uma vitrine para ideias e um parque de diversões para o design gráfico.
O casal
A revista foi original-mente concebida como showcase para artistas, fotógrafos, arquitetos e designers com foco na cultura internacional. Inicialmente, era publicada quatro vezes ao ano passando a ser, em seguida, semestral.
Como não havia orçamento para composição, os textos foram escritos, a princí-pio, em tipos de máquina de escrever e redimen-sionados em fotocopi-adora.
A inovação veio com o recém-chegado Macintosh e a ferra-menta de bitmap. Licko começou a criar fontes ousadas e de geometria simples para a revista que logo se tornaram um sucesso. Essa simplicidade de Licko juntamente com o espiríto livre de VanderLans para layouts permitiu que a revista alçasse voo.
VanderLans se concen-trou naquilo que era negligenciado por outras publicações de design, mais focadas no tradi-cionalismo. Cada edição trazia um tema diferente com designers e até mesmo editores convi-dados.Vários artigos e entrevistas controversas provocaram em outras publicações uma reação mais opinativa.
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Em 1989, as fontes tinham se tornado um
sucesso comercial suficiente para fazer com que Rudy e Zuzana se concentrassem exclusiva-mente na revista. Ao projetar a Emigre, VanderLans rejeitou formatos padroni-zados em favor de estruturas orgânicas que refletiam seu entusiasmo em relação ao conteúdo. Diversos artigos possuíam fontes, tamanhos e espessuras de colunas diferencia-das, criando a impressão de várias conversações simultâneas. As variações de nuances de tipos dentro de frases criou um ritmo de pala-vras faladas.
Até mesmo o logo passou por diversas transformações!
Em 1995, Emigre redu-ziu o seu tamanho para proporções mais adequa-das a uma revista e ado-tou uma aparência mais conservadora. Vander-Lans justificou a mudan-ça dizendo que ao invés de se concentrarem nos de-signers, o foco seria o impacto do design em nossa cultura.
The
end
Com a edição 65, a revista assumiu o formato de livro publicada duas vezes ao ano até o último número: 69, que se chamou “The End”. Ironicamente, o sucesso em difundir teoria e crítica contribuiu para seu fecha-mento. A presença da internet fez a escrita coletiva da Emigre parecer acadêmica e de difícil compreensão. Então, depois de 21 anos, a re-vista chegou ao fim...
... mas não a Emigre, que continua viva através da internet. O site: emigre.com, traz além de um índice remissivo com todas as revistas e matérias já publicadas, diversos catálogos tipográficos com todas as fontes e famílias de tipos já criadas por Zuzana Licko, papéis de presente, livros e camisetas, disponíveis para compra. Dessa maneira, a Emigre sobrevive graças à incia-tiva e à paixão de seus criadores.
Atualmente