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    CADERNOCOMPLEMENTAR

    Biologia1 ano do Ensino Mdio

    COLGIO MILITAR DE MANAUSSEO DE ENSINO A DISTNCIA

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    ProduoMARIA MARTA DE CASTRO

    Licenciatura em Cincias Biolgicas pela Universidade Federal do Amazonas-UFAM,

    Especializao em Biotecnologia pela Universidade Federal do Amazonas-UFAM,

    Mestrado em Gentica e Evoluo pela Universidade Federal do Amazonas-

    UFAM/Convnio com Universidade Federal de So Carlos-UFsCar/SP. Atualmente,

    desempenha as atividades de tutora a distncia da disciplina de Biologia no Ensino a

    Distncia- EAD do Colgio Militar de Manaus- CMM e tutora a distncia no EAD do

    Instituto Federal do Amazonas- IFAM / Programa e-TEC Brasil/MEC.

    Coordenao Pedaggica

    Robson Santos da Silva

    Marnice Silva

    Edson Maia

    Design Instrucional

    Robson Santos da Silva

    Design Grfico

    Wancley Garcia Santos

    Design Web

    Adolfo de Oliveira Franco

    Reviso

    Marnice Silva

    Cleber de Souza Bezerra

    COLGIO MILITAR DE MANAUSSeo de Ensino a Distncia

    Rua Jos Clemente, 157- CentroManaus - AMCEP 69010-070

    Brasil

    Tel / Fax: +55 92 3622497692 36333555E-mail: [email protected]

    Website: www.ead.cmm.ensino.eb.br

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    ApresentaoPrezado estudante,

    Seja bem vindo disciplina de Biologia, uma das cincias que

    mais tem registrado descobertas, graas ao avano cientfico e

    tecnolgico. Nunca se falou tanto sobre assuntos em que a

    Biologia est envolvida, principalmente acerca dos avanos no campo da Biologia

    Molecular. Graas ao avano cientfico e tecnolgico, principalmente no sculo XX, esta

    cincia teve uma evoluo significava. Tivemos, por exemplo, a elucidao da natureza do

    material hereditrio, bem como tivemos decifrado os mecanismos do cdigo gentico, o

    que nos permitiu uma melhor compreenso dos conceitos bsicos da hereditariedade e,

    consequentemente, da evoluo da vida. Quando ouvimos falar em alimentos transgnicos,

    testes de DNA, proteo da camada de oznio, ou quando se vislumbra uma possvel cura

    para o cncer, de biologia que estamos falando.

    Atualmente, a Biologia tem ocupado grande espao na mdia nas questes que envolvem o

    ambiente. Muito se tem discutido em conferncias, no mundo todo, acerca de alternativas

    que viabilizem a utilizao racional da gua, do solo e de nossas florestas, assim como

    limitar a emisso de gases poluentes na atmosfera. cada vez mais crescente a

    preocupao dos organismos nacionais e internacionais em relao ao modo com que ohomem vem fazendo uso, de maneira indisciplinada, dos recursos naturais de nosso

    planeta. Como voc v, esta cincia se faz presente em nosso dia-dia, ainda que no

    percebamos.

    Com relao a este Caderno, cada assunto est relacionado com algum outro recurso, que

    voc vai identificar pelos cones, de acordo com a situao. Pode ser uma atividade teste,

    um vdeo na sala de virtual, uma aula em Power Point, textos de apoio e outros. Assim,

    sinta-se desafiado e corresponda a este desafio, pois utilizando estes recursos, voc

    consolidar melhor o assunto apresentado. Ao final do volume voc tem um glossrio,

    ferramenta muito importante para que voc entenda melhor a definio de certos termos

    biolgicos. Todos estes recursos permitiro com que voc tenha uma viso ampliada desta

    cincia.

    O aprendizado da Biologia algo fascinante e instigador, porm, no se engane. Exige-se

    constante dedicao, pois h muitos processos a serem aprendidos. E como voc um

    aluno virtual, no significa que voc no estude todos os dias. Ao contrrio, esta natureza

    peculiar de EAD necessita que voc faa um planejamento de estudo tendo, assim, seus

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    esforos recompensados. Lembre-se ainda que voc tem recursos importantes para se

    comunicar conosco: skype, e-mail e ambiente virtual de aprendizagem. Portanto,

    sinta-se vontade para entrar em contato.

    Um bom estudo para voc!

    Professora Maria Marta de Castro

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    Contedo Programtico

    1oBIMESTRE

    As divises da biologia

    As caractersticas da vida

    A origem da vida

    Os Reinos da Natureza

    Componentes Qumicos

    Glicdios, lipdios e protenas

    cidos nuclicos

    Vitaminas

    2

    o

    BIMESTRE

    Introduo citologia

    As membranas celulares, entrada e sada

    de substncias

    Organizao do citoplasma

    Obteno e armazenamento de

    substncias pela clula

    Fotossntese

    Estrutura do ncleo

    Metabolismo de controle: O RNA e a

    sntese de protein

    Diviso cellular - mitose

    3oBIMESTRE

    Reproduo humana Formao embrionria

    4 BIMESTRE

    Tecido epitelial

    Tecido conjuntivo

    Os tecidos conjuntivos - sustentao

    O Sangue: um tecido liquido

    O tecido muscular

    O tecido nervosa

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    Biologia

    Sumrio

    Caderno Complementar de Biologia

    Como este material est estruturado...........................07

    Resumo do Curso

    Viso Geral.............................................................................................................................................08Resultados da Disciplina.........................................................................................................................08Calendrio...............................................................................................................................................09Habilidades do Estudo............................................................................................................................09Precisa de ajuda......................................................................................................................................10

    Atribuies..............................................................................................................................................110Avaliaes...............................................................................................................................................11

    Unidade I

    O Mtodo Cientfico...............................................................................................................................12O Caminho das Descobertas...................................................................................................................13Experimentos Controlados......................................................................................................................15Os Principais Componentes Qumicos encontrados nos Seres Vivos....................................................19Constituintes da matria viva..................................................................................................................20Principais Molculas dos Seres Vivos....................................................................................................20Obteno e armazenamento de energia pela clula................................................................................32Detalhando as Reaes de Claro.............................................................................................................40Detalhando as Reaes de Escuro..........................................................................................................41

    Unidade II

    Biologia Celular .....................................................................................................................................44A Teoria Celular.....................................................................................................................................44A Membrana Celular - Entrada e Sada de Substncias.........................................................................45Osmose...................................................................................................................................................47Difuso Facilitada..................................................................................................................................47

    Unidade IIIEmbriologia............................................................................................................................................50Formao Embrionria ..........................................................................................................................50Formao dos Folhetos Germinativos e dos Anexos Embrionrios......................................................50Formao dos Folhetos Germinativos....................................................................................................51Formao dos tecidos extra-embrionrios..............................................................................................52

    Nidao...................................................................................................................................................53

    AMPLIANDO SEUS CONHECIMENTOS..........................................................................................54SUGESTES DE LEITURA.................................................................................................................54SUGESTES DE SITES.......................................................................................................................54

    REFERNCIAS E OBRAS CONSULTADAS.....................................................................................56

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    Sobre este Caderno

    ComplementarEste material foi produzido pela Seo de Ensino a Distncia com basenos Planos de Estudo e Planos de Disciplina do Sistema Colgio Militardo Brasil. Seu objetivo ampliar e integrar os contedos constantes dasapostilas e livros didticos das reas de estudo / disciplinas.

    Como este material est

    estruturadoO Caderno se encontra dividido em unidades. Nelas, podem serapresentados:

    Textos de Apoio.

    Glossrios.

    Explicaes.

    Dicas de leituras e sites.

    Recordao dos temas abordados.

    Respostas das atividades.

    Exerccios.

    Gabarito dos exerccios.

    Recursos

    Para um melhor desenvolvimento dos estudos, este material se integra a

    outras mdias e tecnologias com destaque para: livros, artigos, web sites,ambientes 3D, ambientes virtuais de aprendizagem, CD-ROM e DVD.

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    Viso geral

    Biologia1 Ano do Ensino Mdio

    Biologia a cincia que tem por objetivo o estudo dos seres vivos sob

    todas as suas formas e em seus mais diversos aspectos. Por definio,

    deriva do grego bio = vida + logos = tratado ou estudo. No estudo da

    Biologia incluem-se o funcionamento dinmico dos organismos desde

    uma escala molecular at o nvel populacional e interacional, tanto intraquanto interespecificamente, relacionando-o com seu ambiente fsico-

    qumico. Esta cincia examina todos os fenmenos que fazem parte da

    origem, estrutura, funo, crescimento, nutrio, origem, evoluo,

    reproduo e morte de todos os seres vivos, no passado e no presente.

    Hoje, conhecer Biologia tornou-se uma necessidade, pois ela faz parte do

    nosso cotidiano. Seu conhecimento torna-se imprescindvel para que o ser

    humano conhea o seu papel na sociedade.

    Resultados da disciplina

    Ao concluir a unidade:

    Conhecer a importncia da Biologia;

    Reconhecer a aplicao do mtodo cientfico como necessriopara o desenvolvimento de trabalhos cientficos;

    Reconhecer a leitura de revistas especializadas, jor nais e livrosparadidticos como uma necessidade de estudo ;

    Identificar, de forma vivel ao ensino a distncia, exemplos quepodem ser utilizados no dia-a-dia do aluno;

    Realizar consulta bibliogrfica para estudar a vantagem

    mecnica oferecida pelas mquinas simples;

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    Conhecer sites com reportagens que os levem a relacionar osestudos da UD com o tema abordado ;

    Utilizar sites animados como recursos udio-visual para melhor

    aprofundamento do tema;

    Calendrio

    Consulte o calendrio do Curso que se encontra no CADERNO DEINFORMAES DO ALUNO. Voc pode ter acesso ao mesmoconsultando a verso impressa enviada juntamente com o material didtico,o CD do aluno ou o Portal: www.ead.cmm.ensino.eb.brlink: Downloads.

    Habilidades do estudo

    Saber como estudar fundamental para que voc possa realizar um bomcurso. Para ajud-lo nessa caminhada, preparamos para voc o GUIA DEESTUDOS DO ALUNO. Voc pode ter acesso ao mesmo consultando averso impressa enviada juntamente com o material didtico, o CD do alunoou o Portal: www.ead.cmm.ensino.eb.brlink: Downloads.

    Precisa de Ajuda?

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    Biologia

    Para entrar em contato com o seu tutor, voc poder utilizar os seguintesmeios:

    - Ambiente Virtual de Aprendizagem

    - via caixa de mensagens: www.ead.cmm.ensino.eb.br/sala

    - E-mail:[email protected]

    - Skype:bioemcmm

    - Correio conforme endereo constante do Caderno de Informaes.

    - Telefone / FAX: (92) 36224976 / (92) 36333382.

    Lembre-se ainda que, em cada organizao militar ou peloto especial de

    fronteira, h um orientador.

    Atribuies

    O Caderno de Informaes do Aluno contm todas as instrues relativasa cada um dos participantes do processo de ensino aprendizagem doCurso Regular de Ensino a Distncia do Colgio Militar de Manaus. Avoc, aluno (a), cabe estudar com afinco aproveitando ao mximo osrecursos disponibilizados. Fique de olho, converse com seus pais eorientadores. Contamos com sua participao efetiva.

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    mailto:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]
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    Avaliaes

    Nossa disciplina anual e se encontra dividida em 04 bimestres. Em cadabimestre, voc ter uma avaliao parcial (AP) e uma avaliao de estudo(AE). No entanto, lembramos que trabalhos complementares podem sersolicitados.

    A data para realizao e remessa das avaliaes para o CMM constam doCaderno de Informaes e devero ser seguidas com muita ateno.Lembrando, ainda, que as AP possuem formato de trabalho e podem serrealizadas em casa. No entanto, as AE devero ser realizadas, no caso dosalunos na Amaznia, nas organizaes militares de apoio.

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    Unidade 1O Mtodo Cientfico

    IntroduoA cincia (do latim scientia, que significa conhecimento) o exame e a verificao da

    experincia humana; a maneira cuidadosa e organizada de estudar uma folha uma folha de goiabeira,um co, um vrus ou mesmo o universo inteiro. O que nos move a curiosidade!

    Diferente da religio, da arte e da filosofia, a cincia vai em busca daquilo que pode serobservado e mensurado e, portanto, provado. Assim, os estudiosos das cincias buscam aimparcialidade e a objetividade. A cincia no faz julgamentos. J os cientistas, como qualquer pessoa,

    podem faz-lo. Sabemos, por exemplo, que as usinas nucleares geradoras de eletricidade podem trazerriscos sade das pessoas. Por meio de experimentos, a cincia pode quantificar esses riscos,estabelecendo relaes entre a dose de radiao e as leses que ela causa. A partir dessa informao,todos - e no apenas os cientistas - podero fazer seu prprio julgamento e decidir se querem ou no aconstruo de usinas nucleares nas regies em que vivem.

    No esforo para entender a realidade, agimos como um homem que tenta

    compreender o mecanismo de um relgio fechado. Ele v o mostrador e os ponteiros, escuta o

    tique-taque, mas no tem como abrir a caixa. Sendo habilidoso, pode imaginar o mecanismo

    responsvel pelo que ele observa, mas nunca estar seguro de que sua explicao a nica

    possvel.

    Albert Einstein

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    O Caminho das Descobertas

    O trabalho dos cientistas - isoladamente ou em equipe - a investigao. A maneira como

    cada um executa suas tarefas difere de acordo com a rea do conhecimento em que atua e suas

    caractersticas pessoais.

    Os cientistas lidam com fatos, idias, hipteses, dados experimentais e teorias. Vejamos um

    exemplo do cotidiano, embora aparentemente pouco cientfico: logo pela manh, voc tenta dar a

    partida no automvel, mas ele no pega.

    Esse um fato, ou seja, algo que pode ser observado, constatado, percebido etc. Muitas coisaspodem passar por sua cabea, e voc pode ter diversas idias a respeito. O que aconteceu? Quando

    aconteceu? Por que aconteceu?

    Em uma possvel explicao, voc afirma:

    Trata-se de uma hiptese, mas voc pode acreditar to firmemente nela que a considera a

    nica explicao possvel para o fato observado. Porm, outra pessoa, girando a chave de ignio, nota

    que as lmpadas do painel se acendem, e que os faris podem ser ligados normalmente. Esse outroobservador alega, ento, que o defeito est no motor e no na bateria.

    O automvel no d partida.

    O automvel no d partida.

    O automvel no funciona porqueest com a bateria descarregada.

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    E agora? Contrariado, voc quer demonstrar a exatido de sua hiptese. Para isso, pede a um

    mecnico que mea a carga eltrica da bateria. Testando assim a hiptese, poder concluir por sua

    veracidade ou no.

    Antes de testar nossa hiptese, devemos fazer o mximo de observaes possveis, porque,

    muitas vezes, ao submeter determinada hiptese a avaliaes ou experimento, deparamo-nos com

    outros fatos capazes de levantar novas questes. Abrindo o compartimento do motor do automvel,

    por exemplo, voc verifica que um dos cabos conectados bateria est coberto por um estranho

    material esverdeado. O que ser aquilo?

    Os caminhos da cincia so cheios de encruzilhadas. Uma vez despertada a curiosidade do

    cientista, ele pode imaginar outras experincias e lidar com os novos fatos que observou.

    Os Passos do Mtodo Cientfico

    O mtodo cientfico - percurso normalmente seguido pelos pesquisadores - tem etapas

    fundamentais:

    Observao. O cientista verifica a ocorrncia de um ou mais fatos, fenmenos naturais ou qualqueroutra observao que possa ser confirmada por mais pessoas.

    Aps uma observaopara a qual no seencontra explicao

    imediata, formuladoum problema.

    A experimentaolevar a uma conclusoque prova se a hipteseestava correta ou no.

    Recolhem-se

    informaesrelacionadas como problema - cole-

    ta dedados.

    Baseado nos dadoscolhidos formula-se uma

    explicao provisriapara o problema - a

    hiptese.

    Para comprovar ahiptese procede-se a

    novas investigaes quepodem envolverexperimentos.

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    Levantamento de questes. Depois de encarar o fato como um problema, imaginam-se possveis

    variveis, causas e consequncias.

    Formulao de hipteses. Definido o problema, levantam-se possveis explicaes. Cada uma

    delas uma hiptese, que tambm pode envolver previses relativas ao fato.

    Elaborao e execuo de experimentos. Os experimentos capazes de testar as hipteses

    formuladas devem lidar com uma parte do problema de cada vez e ser cuidadosamente controlados.

    Anlise dos resultados. Os resultados dos experimentos devem ser criteriosamente analisados,

    para se verificar se confirmam ou refutam as hipteses apresentadas.

    Concluses. Se as hipteses propostas no se mostrarem verdadeiras ou as previses no se

    comprovarem, os experimentos devero ser checados e repetidos. Caso os resultados ainda assim

    no se confirmarem, ser necessrio rejeitar as hipteses iniciais e elaborar novas.

    Publicao. Confirmados os resultados, eles devem ser publicados em revista cientfica, para

    sejam analisados e criticados por outros pesquisadores, que podem repetir os experimentos.

    Posteriormente, as hipteses passam a ser aceitas como teorias.

    Experimentos controlados

    Na realizao de um experimento, um desafio o controle de todas as variveis envolvidas.

    Vejamos um exemplo: um mdico que atende pessoas adultas acredita existir correlao entre o hbito

    de fumar e as doenas do corao. Sua hiptese que pessoas que pessoas que fumam tm mais

    doenas do corao do que as que no fumam. Ele passa a acompanhar centenas de fumantes durante

    vrios anos, verificando que 30% deles tm algum tipo de doena cardaca. Conclui ento que, fumar

    aumenta a chance de ter doenas cardacas.

    As concluses do mtodo cientfico so universais, ou seja, sua aceitao no

    depende do prestgio ou poder de persuaso do pesquisador, mas de suas evidncias

    cientficas. Alm disso, elas so repetveis, isto , podem ser refeitas e confirmadas

    por qualquer outro pesquisador que realize os mesmos experimentos e observaes.

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    Voc aceitaria sem restries essa concluso? Que objees poderiam fazer? Em primeiro

    lugar, precisamos conhecer qual a incidncia de doenas entre os no-fumantes, para saber se, de

    fato ela maior entre os fumantes. Em segundo lugar, devemos saber se as pessoas que apresentaram

    doenas cardacas tinham, alm do hbito de fumar, outros fatores capazes de provoc-las, tais comopresso arterial elevada, idade avanada, vida sedentria etc. Essas so outras varveis importantes

    para esse problema.

    Uma forma de testar essa hiptese a execuo de um experimento controlado, que pode

    envolver o acompanhamento de dois grupos homogneos, ou seja, formados por pessoas de mesma

    faixa etria, mesmo sexo, presso sangunea inicialmente normal, etc. A nica diferena entre eles

    deve ser a varivel que est sendo testada; no caso, o hbito de fumar: um grupo de fumantes e um

    grupo de no-fumantes. Assim, as concluses obtidas podem ter valor.

    importante que os grupos tenham certo nmero mnimo de

    indivduos, porque amostras muito pequenas podem levar a erros provocados

    pelo acaso. O grupo de no-fumantes - chamado grupo controle - ser

    comparado com o de fumantes, que o grupo experimental. A nica

    diferena entre os dois grupos deve ser a varivel que est sendo testada: no

    caso, o hbito de fumar.

    Vejamos outro caso: um laboratrio farmacutico desenvolveu uma droga para o tratamento

    de vermes intestinais em ces e garante a sua eficcia em 70% dos casos; um laboratrio concorrente

    alega que ela no vale nada.

    Vamos realizar um experimento controlado para descobrir se a droga eficaz. Inicialmente,

    separamos dois grupos de ces parasitados, que devem pertencer mesma raa, ter aproximadamente a

    mesma idade e no apresentar outras doenas associadas. O grupo experimental recebe a droga na

    dose adequada; aos animais do grupo-controle dado um medicamento sem nenhum efeito, como

    farinha. Esse falso remdio denominado placebo. Tal procedimento necessrio para se evitar a

    crtica de que a doena est sendo tratada no pela droga, mas apenas por se estar dando algo estranhoaos ces.

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    Depois de efetuado o tratamento, poderemos dizer se a taxa de cura entre os animais do grupo

    experimental, que receberam o novo medicamento, foi maior do que entre os animais do grupo-

    controle, que receberam o placebo.

    Reforando seus conhecimentos

    Considere para as perguntas 1 e 2.

    a) Controle experimental.b) Experimento.c) Hiptese.d) Observao.

    1. Um pesquisador demarcou uma rea de floresta e contou o nmero de indivduos de cada uma dasdiferentes espcies de rvore existentes no local. Qual das alternativas corresponde a este tipo deatividade?

    ______________________________________________________________________________

    Efeito placebo a melhora queos doentes podem apresentarcausada apenas pelo fato dereceberem certa medicao,independentemente das reais

    propriedades curativas que estapossa ter.

    O que efeito

    placebo?

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    2. Com o objetivo de testar uma nova vacina contra uma doena chamada febre aftosa, vacinou-se umlote de vinte vacas, deixando outras vinte sem vacinar. Aps algum tempo, injetou-se em todas as

    vacas o vrus causador da febre aftosa. O que representa o lote no vacinado?______________________________________________________________________________

    3. (1) Se os bichos de goiaba surgem de ovos de moscas colocados nos frutos, (2) goiabasembrulhadas no devem ficar bichadas. As partes (1) e (2) dessa frase correspondem,respectivamente, a:

    a) deduo e hiptese.b) hiptese e deduo.c) hipteses.d) dedues.

    4. O uso de organismos vivos para a produo de bebidas alcolicas um exemplo de:

    a) experimento cientfico.b) conhecimento cientfico.c) tecnologia.d) engenharia gentica.

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    Os principais componentes qumicos encontrados nos

    seres vivos

    A qumica comanda nossas vidas!

    O desenvolvimento da Qumica nos sculos XIX e XX foi determinante para que a Biologia

    conquistasse o nvel de conhecimento atual. Sem a base proporcionada pela Qumica no teria sido

    possvel penetrar no mundo submicroscpico e descobrir como a clula funciona, construindo assim,

    um dos pilares da Biologia Moderna.

    Um passo importante para o estudo da estrutura e do funcionamento dos seres vivos foi a

    teoria atmica, segundo a qual a matria constituda por minsculas partculas, os tomos. A enormevariedade de substncias existentes na natureza, inclusive as que formam os seres vivos, resulta das

    diferentes combinaes entre os tomos dos 89 elementos qumicos naturais. Por exemplo, sempre que

    dois tomos do elemento hidrognio (H) se combinam com um tomo do elemento oxignio (O)

    forma-se uma molcula de gua (H2O). A combinao de dois tomos de hidrognio com um tomo de

    enxofre (S), por outro lado, d origem a um gs malcheiroso, o gs sulfdrico (H2S).

    Compreender os mecanismos de defesa do organismo e as funes cerebrais,

    entender doenas como a hemofilia e o papel fundamental das vitaminas, perceber como oscaracteres genticos so transmitidos de pai para filho, tudo isso depende do estudo das

    molculas dos seres vivos. Lembra da grande divulgao, pela imprensa, da concluso do

    Projeto Genoma Humano? O genoma do ser humano afinal, nada mais do que o conjunto

    das informaes qumicas contidas no DNA da espcie humana, hoje catalogadas de forma

    completa, porm ainda no de todo compreendidas. Voc j ouviu falar da

    superalimentao a que alguns atletas se submetem antes de alguma competio

    importante? Em todos esses casos, o conhecimento exato de todas as necessidades do

    organismo importante para se obter uma nutrio correta.

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    Biologia

    Constituintes da matria viva

    Quando se analisa a matria a matria que constitui os seres vivos, encontram-se

    principalmente os seguintes elementos: carbono (C), hidrognio (H), oxignio (O), nitrognio (N),

    fsforo (P) e enxofre (S). Apenas esses seis elementos constituem cerca de 98% da massa corporal da

    maioria dos seres vivos, o que d idia de sua abundncia na matria viva. Por isso, para facilitar a

    memorizao desse fato, alguns bilogos costumam usar o acrnimo CHONPS. Desses seis

    elementos, os quatro primeiros (CHON) so realmente os mais abundantes na matria viva. Diversos

    outros elementos qumicos, entretanto, so necessrios ao funcionamento dos organismos vivos,

    apesar de suas quantidades variarem entre as espcies.

    O carbono e a vida

    A vida na Terra baseia-se essencialmente no elemento carbono, que constitui a estrutura

    bsica de todas as molculas orgnicas. Nestas, geralmente, h tomos de carbono unidas em

    sequncia, formando cadeias carbnicas, com dezenas, centenas ou mesmo milhares de tomos. A

    essas cadeias carbnicas ligam-se tomos de outros elementos qumicos, como hidrognio, oxignio e

    nitrognio. a versatilidade do carbono, cujos tomos ligam-se entre si e com tomos de diversos

    elementos qumicos, que torna possvel a existncia da grande variedade de molculas orgnicas.

    Sais minerais

    Sais minerais so substncias inorgnicas formadas por ons, que resultam de tomos que

    receberam ou doaram eltrons. Um sal constitudo por dois tipos de on: ctions, que doaram

    eltrons e tm, portanto, carga eltrica positiva nions, que receberam eltrons, tendo carga eltrica

    negativa. O ction e o nion separam-se quando partculas de sal so colocadas em gua.

    Diversos tipos de ons de sais minerais so necessrios para o bom funcionamento do

    organismo dos seres vivos. A falta de certos minerais pode afetar seriamente o metabolismo e mesmo

    causar a morte. Na espcie humana, por exemplo, os ons de clcio (Ca 2+) participam das reaes de

    coagulao do sangue e da contrao muscular, alm de serem componentes fundamentais dos ossos.

    Os ons de magnsio (Mg2+), de mangans (Mn2+) e de zinco (Zn2+), entre outros, participam de

    reaes qumicas vitais s clulas. Os ons de sdio (Na+) e de potssio (K+) so responsveis, entre

    outras funes, pelo funcionamento das clulas nervosas.

    Sais inorgnicos, como os fosfatos (PO42-

    ) e os carbonatos (CO32-

    ), so importantes nocontrole da concentrao relativa de ons hidrognio (H+), expressa por meio do potencial

    20

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    hidrogeninico, ou pH, que igual a -log [H+]. O pH o que determina o nvel de acidez de um

    meio; quanto maior a concentrao de H+, maior acidez e menor o pH. Muitas reaes qumicas

    essenciais vida somente ocorrem se as condies de pH (isto , a concentrao de H +) forem

    favorveis; sais como os fosfatos e os carbonatos so capazes de neutralizar o excesso de ons H +,

    regulando as condies de acidez. O pH fisiolgico igual a 7.

    Principais molculas dos seres vivos

    Inorgnicos

    A matria que constitui os seres vivos revela abundncia de gua. Basta dizer que cerca de

    70% a 85% da massa de qualquer ser vivo constitudo por essa substncia. O resto atribui-se a

    protenas(10% a 15%), lipdios(2% a 3%), glicdios(1%) e cidos nuclicos(1%), alm de 1% de

    sais mineraisdiversos. Se secssemos completamente uma pessoa de 60 Kg, ela ficaria reduzida a

    cerca de 12 Kg de substncias orgnicas, sendo aproximadamente 8,5 Kg de protenas; 1,8 Kg de

    lipdios; 0,5 Kg de acares; 0,5 Kg de cidos nuclicos; e 0,5 Kg de substncias e minerais diversos

    (Figura 01).

    Outrassubstncias

    4 5%

    cidosnuclicos

    4 5%

    Glicdios4,5%

    Fig. 01 - Grficos querepresentam as porcentagensem massa, das principaissubstncias presentes namatria viva. Em A, os

    clculos incluem aquantidade de gua. Em B, agua no est considerada.

    A

    B

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    A gua e os seres vivos

    A maior parte da massa dos seres vivos simplesmente gua. Essa substncia responsvel

    por mais de 70% da massa de nosso corpo; as porcentagens de gua nos tecidos de nos tecidos de

    nosso organismo variam de 20%, nos ossos, at 85% no crebro. A porcentagem de gua maior nas

    clulas embrionrias, tornando-se menor medida que avanamos em idade.

    Mas alguns seres vivos podem sobreviver quase totalmente sem gua, por perodos mais ou

    menos prolongados. o caso dos esporos de bactrias, dos cistos de protozorios e das sementes de

    vegetais superiores. Esse fenmeno chamado anidrobiose (vida sem gua) e corresponde a uma

    forma de vida latente, na qual as reaes do metabolismo esto reduzidas ao mnimo necessrio manuteno da vida, e as propriedades de nutrio, crescimento e reproduo esto suspensos.

    A molcula de gua

    A molcula de gua composta por dois tomos de hidrognio e um de oxignio, que formam

    um ngulo de 104,5.

    Embora a ligao qumica entre um tomo de hidrognio e um de oxignio seja formada por

    eltrons de ambos, o tomo de oxignio atrai mais fortemente esses eltrons, que, assim, ficam mais

    prximos dele. Com isso, a molcula de gua apresenta uma regio positiva a dos hidrognios e

    uma negativaa do oxignio - formando uma molcula polarou dipolo(Figura 2). Por causa dessa

    estrutura, a gua possui uma srie de propriedades importantes para os seres vivos, como sua

    capacidade de dissolver vrias substncias orgnicas e inorgnicas.

    Fig. 02 - O tomo de oxignio de uma molcula de gua tem carga eltrica negativa. Por isso, atrai umtomo de hidrognio (com carga positiva) de outra molcula. Essa atrao eltrica fraca chamadaponte de hidrognio.

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    A gua como solvente

    O aparecimento da vida em nosso planeta dependeu, dentre outros fatores, da capacidade que

    a gua tem de dissolver diversas substncias com sais, glicdios, protenas etc., permitindo, desse

    modo, as reaes qumicas que sustentam os sistemas vivos. Vamos compreender melhor isso.

    A capacidade de dissolver substncias depende da atrao da parte negativa da gua pela parte

    positiva da substncia e da atrao da parte positiva da gua pela negativa da substncia.

    O cloreto de sdio (sal de cozinha), por exemplo, um cristal formado por um agregado de

    ons cloro (negativos) e ons sdio (positivos). Quando esse cristal colocado na gua, a partenegativa do dipolo atrai os ons sdio e a positiva atrai os ons cloro. Com isso, esses ons ficam

    separados uns dos outros e distribudos de modo homogneo sobre a gua, ou seja, dissolvidos (Figura

    3). O sal dessa mistura chamado soluto e a gua solvente.

    A gua como reguladora de temperatura

    Ao aquecermos a gua em uma panela, podemos observar que o metal da panela esquenta

    muito mais rapidamente que a gua.

    Esse fenmeno est relacionado propriedade da gua de absorver grande quantidade decalor sem que sua temperatura varie muito. A gua, portanto, apresenta alto calor especfico em

    Fig. 03 - Esquema dadissoluo de sal egua.

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    relao a outras substncias. Por exemplo, preciso fornecer quase dez vezes mais calor a 1g de gua

    para aumentar sua temperatura em 1C em relao a 1g de ferro, e duas vezes mais calor em relao

    mesma quantidade de lcool.

    Como os seres vivos contm muita gua, essa propriedade faz com que a temperatura corporal

    no varie muito durante a entrada ou a sada de calor.

    A quantidade de calor necessria para provocar a evaporao da gua tambm muito alta.

    Cada vez que certa quantidade de gua evapora, leva consigo muito calor. Quando a temperatura do

    ambiente ultrapassa determinados valores, ou quando o corpo esquenta por causa de um esforo fsico,

    nossas glndulas sudorparas eliminam suor. A gua contida no suor evapora, eliminando o calor da

    pele e do sangue abaixo desta, o que impede que a temperatura do corpo se eleve muito.

    O gelo e a vida em regies geladas

    Em geral, a fase slida de uma substncia mais densa que sua fase lquida; por isso, um

    pedao de ferro slido afunda se mergulhado em ferro derretido. Isso porque, quando aquecemos o

    ferro, os tomos se afastam mais uns dos outros e a densidade diminui.

    Mas voc deve saber, at por experincia prpria, que o gelo flutua na gua. Ao contrrio das

    outras substncias, a fase slida da gua (gelo) menos densa que a lquida. Em outras palavras, o

    espao entre as molculas de gua no gelo maior que entre as molculas de gua lquida. Vamos

    compreender por que isso acontece.

    O gelo formado por uma rede tridimensional de molculas de gua ligadas entre si por

    pontes de hidrognio. Estas so a atrao entre a parte positiva (o tomo de hidrognio) de uma

    molcula e a negativa (tomo de oxignio) de outra molcula (Figura 4).

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    Sais minerais

    Os sais minerais aparecem de trs maneiras diferentes nos organismos: dissolvidos na forma

    de ons do corpo; formando cristais, como o carbonato e o fosfato de clcio encontrados no esqueleto;

    combinados com molculas orgnicas como o ferro na molcula de hemoglobina (que ajuda a levar o

    oxignio para as clulas) o magnsio na clorofila e o cobalto na vitamina B12.

    Nos seres vivos, os sais possuem vrias funes; por exemplo: formam o esqueleto de muitos

    animais, atuam no transporte de oxignio, na fotossntese, no equilbrio de gua no corpo, na

    transmisso do impulso nervoso.

    A tabela a seguir d uma idia geral das funes dos elementos dos sais minerais.

    Elementosdos saisminerais

    Funo Sua falta provoca Fontes

    Clcio Atua na formao de tecidos,ossos e dentes; age nacoagulao do sangue e naoxigenao dos tecidos;combate as infeces e mantmo equilbrio de ferro noorganismo

    Deformaes sseas;enfraquecimento dosdentes

    Queijo, leite, nozes, uva,cereais integrais, nabo,couve, chicria, feijo,lentilha, amendoim,castanha de caju

    Cobalto Age junto com a vitamina B12,estimulando o crescimento ecombatendo as afecescutneas

    Est contido na vitaminaB12e no tomate

    Fig. 04 - Como menos denso que a gua lquida, o gelo flutua nela.

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    Fsforo Atua na formao de ossos edentes; indispensvel para o

    sistema nervoso e o sistemamuscular; junto com o clcio e avitamina D, combate oraquitismo

    Maior probabilidade deocorrncia de fraturas;

    msculos atrofiados;alteraes nervosas;raquitismo

    Carnes, midos, aves,peixes, ovo, leguminosas,

    queijo, cereais integrais

    Ferro Indispensvel na formao dosangue; atua como veiculadordo oxignio para todo oorganismo

    Anemia Fgado, rim, corao,gema de ovo,leguminosas, verduras,nozes, frutas secas,azeitona

    Iodo Faz funcionar a glndulatireide; ativa o funcionamentocerebral; permite que os

    msculos armazenem oxignio eevita que a gordura se depositenos tecidos

    Bcio; obesidade, cansao Agrio, alcachofra,alface, alho, cebola,cenoura, ervilha, aspargo,

    rabanete, tomate, peixes,frutos do mar vegetais

    Cloro Constitui os sucos gstricos epancreticos

    difcil haver carncia ecloro, pois existe em quasetodos os vegetais; oexcesso de cloro destri avitamina E e reduz aproduo de iodo

    Potssio Atua associado ao sdio,regularizando as batidas do

    corao e o sistema muscular;contribui para a formao asclulas

    Diminuio da atividademuscular, inclusive a do

    corao

    Azeitona verde, ameixaseca, ervilha, figo,

    lentilha, espinafre,banana, laranja, tomate,carnes, vinagre de ma,arroz integral

    Magnsio Atua na formao dos tecidos,ossos e dentes; ajuda ametabolizar os carboidratos;controla a excitabilidadeneuromuscular

    Provoca extremasensibilidade ao frio e aocalor

    Frutas ctricas,leguminosas, gema deovo, salsinha, agrio,espinafre, cebola, tomate,mel

    Mangans Importante para o crescimento;intervm no aproveitamento doclcio, fsforo e vitamina B1

    Cereais integrais,amendoim, nozes, feijo,arroz integral, banana,

    alface, beterraba, milho

    Silcio Age na formao dos vasos eartrias e responsvel pela suaelasticidade; atua na formaoda pele, das membranas, dasunhas e dos cabelos; combate asdoenas da pele e o raquitismo

    Amora, aveia, escarola,alface, abbora, azeitona,cebola

    Flor Forma ossos e dentes; previnedilatao das veias, clculos davescula e paralisia

    A necessidade de flor muito pequena; ele recomendado apenas paragestantes para crianas

    durante a formao dasegunda dentio

    Agrio, alho, aveia,brcolis, beterraba,cebola, couve-flor, ma,trigo integral

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    Cobre Age na formao dahemoglobina (pigmento

    vermelho do sangue)

    Centeio, lentilha, figoeco, banana, damasco,

    passas, ameixa, batata,espinafre

    Sdio Impede o endurecimento doclcio e do magnsio, o quepode formar clculos biliares ounefrticos; previne a coagulaosangnea

    Cibras e retardamento nacicatrizao de feridas

    Todos os vegetais(principalmente salso,cenoura, agrio ecebolinha verde), queijo,nozes, aveia

    Enxofre Facilita a digesto; desinfetante e participa dometabolismo das protenas

    Nozes, alho, cebola,batata, rabanete, repolho,couve-flor, agrio,laranja, abacaxi

    Zinco Atua no controle cerebral dosmsculos; ajuda na respiraodos tecidos; participa nometabolismo das protenas ecarboidratos

    Diminui a produo dehormnios masculinos efavorece o diabete

    Carnes, fgado, peixe,ovo, leguminosas, nozes

    Orgnicos

    Glicdios, lipdios, protenas, vitaminas e outras substncias encontradas nos alimentos e

    necessrias ao bom funcionamento do nosso organismo so chamados nutrientes. Em um alimento h

    geralmente diversos nutrientes, mas a quantidade relativa varia, podendo predominar um deles.

    Vamos compreender a importncia dos glicdios e dos lipdios para o nosso organismo e

    tambm os problemas que a ingesto excessiva dessas substncias pode provocar.

    Glicdios

    Alimentos ricos em glicdios

    Voc j deve ter ouvido as expresses acar energia e acar engorda.

    Os alimentos ricos em glicdios so chamados energticos e, com exceo do mel, so de

    origem vegetal: cereais (arroz, aveia etc.), razes e tubrculos (batata, aipim, cenoura, beterraba),

    leguminosas (feijo, ervilha, soja etc.), frutas (banana, ma, manga etc.), e uma diversidade de

    alimentos preparados com esses vegetais ou com acar comum (sacarose), retirado principalmente dacana-de-acar.

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    As funes dos glicdios

    A energia que o ser vivo utiliza em suas atividades (formar suas clulas, movimentar-se,

    produzir calor etc.) provm da oxidao do alimento, atravs do processo de respirao celular,

    principalmente dos glicdios, que so oxidados mais facilmente, mas as protenas e os lipdios tambm

    podem ser usados com esse objetivo (veja o boxe Calorias).

    Dissacardeos

    So glicdios formados pela unio de duas molculas de monossacardeos. Essa unio se faz

    pela perda de uma molcula de gua. Assim, a frmula geral dos dissacardeos CnH2n2On1. Os

    principais so a sacarose, a lactose e a maltose (Figura 5).

    Calorias

    A energia obtida pela oxidao dos alimentos pode ser medida em calorias (cal).

    Uma caloria a quantidade de calor que aumenta a temperatura de 1g de gua em 1C. No

    entanto, para medir a quantidade de energia gerada pelo alimento, costumamos utilizar a

    unidade quilocaloria (kcal), que equivale a 1.000 cal. Uma ma, por exemplo, tem, em

    mdia, 70 kcal.

    De quantas calorias uma pessoa precisa? Isso depende de muitos fatores, como peso,

    idade, sexo e principalmente, de quanta energia ela gasta durante o dia essa necessidadeaumenta tambm durante a gravidez e a amamentao.

    As mulheres necessitam em mdia de 1.800kcal a 2.200kcal, enquanto os homens

    necessitam, diariamente, de 2.400kcal a 2.600kcal. Quanto maior o esforo e a sua durao,

    mais calorias so consumidas. E, portanto, mais a pessoa precisa comer para repor as calorias

    perdidas.

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    Polissacardeos

    Para entender o que um polissacardeo, precisamos saber que polmeros so substncias

    formadas pela unio de numerosas molculas mais simples, os monmeros, em uma reao qumica

    chamada polimerizao. Na unio entre cada dois monmeros, forma-se tambm uma molcula de

    gua.

    Assim, polissacardeos so glicdios de longas cadeias (polmeros), constitudos pela reunio

    de muitos monossacardeos (monmeros). A celulose, por exemplo, um polissacardeo formado por

    cerca de 10 mil molculas de glicose.

    Ao contrrio dos monossacardeos e dissacardeos, os polissacardeos so insolveis em gua.

    Alguns representam uma reserva de energia; outros fazem parte de certas estruturas do organismo.

    Vejamos alguns exemplos a seguir.

    Galactose(monossacardeo)

    Glicose(monossacardeo)

    Lactose

    (dissacardeo)Fig. 5 - Exemplo de dissacardeo.

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    O controle da taxa de glicose

    O fgado retira as molculas de glicose do sangue, armazenando-as na

    forma de glicognio. medida que a concentrao de glicose no sangue diminui,

    entre as refeies, o fgado transforma o glicognio em glicose, lanando-a na

    circulao. Desse modo, a concentrao sangnea de glicose se mantm

    aproximadamente constante.Este mais um exemplo de homeostase no organismo.

    Amido ou amilo. Polissacardeo mais usado pelas plantas como reserva energtica,

    encontrado no interior do caule, mas se concentra principalmente em razes, tubrculos e sementes.

    Sua produo conseqncia do excesso de glicose resultante da fotossntese. As molculas de glicose

    se renem formando longas cadeias, que se associam em gros microscpicos, os gros de amido, com

    aspecto caracterstico para cada vegetal.

    O amido a principal fonte de energia em nossa alimentao. A sua digesto feita pela

    enzima amilase (produzida pelas glndulas salivares e pelo pncreas) e resulta em muitas molculas de

    maltose que, depois so quebradas em glicose.

    Glicognio. Assim como o amido representa uma reserva de glicose para o vegetal, o

    glicognio, encontrado nos msculos e no fgado, desempenha esse papel nos animais para curtos

    perodos de falta de glicose. Quando esse perodo se prolonga, o organismo utiliza os lipdios, uma

    reserva maior e mais duradoura. Veja o boxe O controle da taxa de glicose abaixo.

    Celulose. Glicdio mais abundante na natureza, a celulose, associada a outras substncias,

    compe a estrutura de sustentao dos vegetais. Tambm formada pela unio de molculas de

    glicose, mas essa ligao diferente da ligao nos casos anteriores e, por isso, ela no digerida pela

    amilase dos animais e sim por outra enzima, a celulase, que produzida por bactrias e protozorios.

    pela ao desses microrganismos existentes no tubo digestivo que os animais herbvoros podem usar

    a celulose como alimento (veja o boxe A importncia da fibra).

    Polissacardeos nitrogenados. Tm esse nome porque possuem nitrognio na molcula. Dois

    exemplos so a quitina que forma a carapaa dos artrpodes gafanhoto, siri, aranha etc.

    aparecendo tambm nos cogumelos e o cido hialurnico, que funciona como uma espcie de colados tecidos animais.

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    A importncia da fibra

    O ser humano no capaz de digerir e aproveitar a celulose, que,

    associada a outros polissacardeos, forma as fibras vegetais. Nem por

    isso as fibras deixam de ser teis na alimentao. Por absorverem gua,

    amolecem as fezes e aumentam seu volume, estimulando as contraes

    musculares do intestino. Assim, as fibras evitam a priso de ventre e

    outros problemas intestinais.

    Acesse o sitehttp://www.youtube.com/watch?v=Qd-6juj1EIMe assista aos vdeos para saber

    mais sobre o benefcio das fibras na alimentao.

    No entanto, comer fibra emexcesso pode causar diarria e

    perda de sais minerais evitaminas. Assim, o uso deprodutos ricos em fibra (farelode trigo e algunsmedicamentos) deve ser feitosob orientao mdica.

    Por isso, importantecomer com regularidadealimentos ricos em fibras:verduras (couve, brcolis,etc.), frutas (goiaba, ma,manga, pra, laranja combagao etc.).

    31

    http://www.youtube.com/watch?v=Qd-6juj1EIMhttp://www.youtube.com/watch?v=Qd-6juj1EIMhttp://www.youtube.com/watch?v=Qd-6juj1EIMhttp://www.youtube.com/watch?v=Qd-6juj1EIM
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    Obteno e armazenamento de energia pela clula

    Os seres vivos e a energia I

    Fermentao e respirao - Ginstica aerbica e ginstica anaerbica

    Voc j ouviu falar em ginstica aerbica? E em exerccios anaerbicos? Esses termos, muito

    usados por esportistas e profissionais ligados Educao Fsica, esto relacionados forma como

    nossos msculos obtm energia durante o exerccio.

    Voc lembra que a glicose, no processo de respirao

    celular queimada com a ajuda do oxignio, produzindo

    gs carbnico, gua e certa quantidade de energia? Quando

    falta oxignio a clula consegue obter energia por outro

    processo, anaerbico, muito menos eficiente do que a

    respirao celular, chamada fermentao.

    Veja alguns casos de exerccio anaerbico: apostar uma corrida de 100 metros ou levantarpesos realizando um esforo muscular violento. O oxignio que entra na clula no suficiente para

    queimar toda a glicose necessria ao trabalho muscular. Assim, uma parte da glicose transformada

    em cido ltico, liberando uma pequena quantidade de energia, muito menor do que a respirao

    celular.

    A dor sentida nos msculos aps o esforo intenso causada pelo cido lctico, que logo

    depois retirado dos msculos pelo sangue.

    Assim, os exerccios anaerbicos, como fazer musculao com levantamento de pesos ouapostar corrida, envolvem um trabalho pesado, realizado por um nmero limitado de msculos, e

    podem ser mantidos apenas por um perodo de tempo curto.

    O processo bsico, no interior das clulas, a fermentao, que no envolve consumo de

    oxignio, produz uma pequena quantidade de energia e tem, como resduo, o cido lctico. Os

    exerccios anaerbicos resultam, normalmente, num aumento da massa dos msculos e fazem com que

    sua capacidade tambm cresa bastante.

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    Os exerccios aerbicos, ao contrrio, envolvem vrios grupos de msculos do corpo, que se

    movem de forma contnua, numa intensidade que se

    pode ser mantida por pelo menos 20 minutos. Andar,

    fazer cooper, nadar e praticar alguns tipos de ginstica

    so exerccios aerbicos. Nas clulas dos msculos

    exigidos, o processo metablico principal a respirao

    celular, em que h liberao de maior quantidade de

    energia, alm da produo de gs carbnico e gua.

    Durante os exerccios aerbicos, tanto os pulmes como o corao so muito exigidos. Os

    pulmes, porque devem obter uma quantidade de oxignio suficiente para o esforo e devolver o gscarbnico produzido, aumentando, assim, o ritmo respiratrio. O corao, porque manda maior

    quantidade de sangue aos msculos, para supri-los, no apenas de oxignio, mas tambm de glicose,

    combustvel obrigatrio.

    Em pessoas que fazem exerccios aerbicos de

    forma regular, o corao e os pulmes ficam maiseficientes. O indivduo consegue inspirar, pouco a

    pouco, maior volume de ar. A potncia do corao

    tambm aumenta, e cada batimento bombeia maior

    volume de sangue para os tecidos.

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    Reforando seus conhecimentos

    Interpretando o texto:

    1. Quais so as caractersticas de um exerccio anaerbico quanto ao tipo de esforo envolvido? E as

    de um exerccio aerbico?

    ______________________________________________________________________________

    ______________________________________________________________________________

    __________________________________________________________________

    2. Qual o principal processo metablico das clulas, no caso do exerccio aerbico? E no caso do

    exerccio anaerbico?

    ______________________________________________________________________________

    ________________________________________________________________________________________________________________________________________________

    3. Que resduos so produzidos nas clulas aps uma sesso de natao? E aps um trabalho de

    musculao com pesos?

    ______________________________________________________________________________

    ______________________________________________________________________________

    __________________________________________________________________

    4. Com relao quantidade de energia liberada, como voc diferencia a fermentao da respirao

    celular?

    ______________________________________________________________________________

    ______________________________________________________________________________

    34

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    Os seres vivos e a energia II

    Fotossntese

    Demonstrando que as plantas renovam o ar

    Em 1771, Joseph Priestley realizou uma experincia, demonstrando que os vegetais restauram o

    ar viciado pela combusto de uma vela, de tal forma que esse ar, depois de restaurado, capaz de

    sustentar novamente a combusto ou ainda permitir a respirao de um animal.

    Na realidade, essa renovao do ar deve-se fotossntese, que absorve CO2 e produz O2.

    Descobriu-se, mais tarde, que essa troca de

    gases apenas a ponta do iceberg. Na realidade, a

    fotossntese um processo de fabricao de

    acar, no interior das clulas vegetais, nos

    orgnulos conhecidos como cloroplastos. Como

    matria-prima, os organismos clorofilados

    utilizam gs carbnico e gua, e como produto,fabricam glicose e oxignio. Como se trata de

    um processo endotrmico, que consome energia,

    somente ocorre em presena de luz, absorvida pelo pigmento clorofila, obrigatrio para que a

    fotossntese ocorra. Assim, os organismos com clorofila transformam a energia luminosa disponvel

    em energia qumica, que fica armazenada nas molculas de acar produzidas.

    Visite o Ambiente Virtual de Aprendizagem econfira as aulas e atividades on-line que abordamo tema aqui estudado.

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    Biologia

    O destino do acar

    Voc aprendeu no captulo anterior que todos os seres vivos queimam combustvel orgnico como

    a glicose, para obter energia, seja por respirao, seja por fermentao. A respirao, processo quase

    universal, ocorre tanto em animais como em vegetais, de forma idntica, sempre nas mitocndrias e

    obedecendo s mesmas etapas.

    Assim, os acares produzidos na fotossntese so utilizados na respirao de praticamente todos

    os seres vivos, sejam eles clorofilados ou no.

    Entre no ambiente AVA e discuta com seus amigos no frum sobre este assunto.

    A equao da fotossntese

    Nos vegetais, a glicose produzida nos cloroplastos. Para que o processo ocorra, necessria a

    presena de luz e de duas matrias-primas muito comuns na natureza: gua e gs carbnico. Veja aequao:

    Saiba que nas cadeias alimentares, os produtores- organismos dotados de clorofila

    fabricam no apenas seu prprio alimento, como tambm o de consumidores de diversas

    ordens.

    Quer fazer um teste muito legal sobre fotossntese? Acesse o siteabaixo:

    http://profs.ccems.pt/palma/Ciencias/6%C2%BAano/Plantas/Nutri

    %C3%A7%C3%A3o/Fotossintese/JQuiz/Jquiz.htm

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    http://profs.ccems.pt/palma/Ciencias/6%C2%BAano/Plantas/Nutri%C3%A7%C3%A3o/Fotossintese/JQuiz/Jquiz.htmhttp://profs.ccems.pt/palma/Ciencias/6%C2%BAano/Plantas/Nutri%C3%A7%C3%A3o/Fotossintese/JQuiz/Jquiz.htmhttp://profs.ccems.pt/palma/Ciencias/6%C2%BAano/Plantas/Nutri%C3%A7%C3%A3o/Fotossintese/JQuiz/Jquiz.htmhttp://profs.ccems.pt/palma/Ciencias/6%C2%BAano/Plantas/Nutri%C3%A7%C3%A3o/Fotossintese/JQuiz/Jquiz.htmhttp://profs.ccems.pt/palma/Ciencias/6%C2%BAano/Plantas/Nutri%C3%A7%C3%A3o/Fotossintese/JQuiz/Jquiz.htm
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    Os cloroplastos, assim, transformam substncias "pobres" em energia, como gs carbnico (C02) e

    gua (H20), em glicose, "rica" em energia e oxignio. A luz solar transformada em energia qumica

    (de ligao), que fica armazenada nas molculas de acar produzidas na fotossntese.

    Sol, plantas, animais e ATP

    Observe agora o esquema seguinte, que integra as relaes energticas entre os organismos da

    biosfera. Pela fotossntese, so produzidas substncias orgnicas e oxignio, que so utilizados pelas

    prprias plantas e pelos animais na respirao. A respirao "devolve" gs carbnico e gua

    natureza; essas substncias servem de matria-prima para a fotossntese. Ainda por meio da

    respirao, animais e plantas "recarregam" o ATP a partir de ADP + P, que serve para "pagar as

    despesas" energticas de diversos processos da vida: transporte, movimento, produo de substncias

    complexas, liberao de calor etc.

    A origem do oxignio

    Em 1941, foram realizadas algumas experincias que demonstraram que o oxignio liberado na

    fotossntese provm, na realidade, da molcula de gua, e no do gs carbnico, como se acreditava

    at ento. A alga verde Chlorella foi exposta a H2018gua marcada com O18(um istopo do O16, a

    forma mais comum de oxignio). O O18, ao final, apareceu no oxignio liberado, mas no no acarproduzido. Por outro lado, quando se expunha a planta ao C02gs carbnico marcado com O

    18,

    todo ele aparecia no carboidrato e nunca no oxignio molecular.

    Vamos agora considerar a equao geral da fotossntese, como a havamos escrito anteriormente:

    (1)

    6 CO2+ 6 H2O + LuzClorofila C6H12O6 + 6 O2

    glicose

    6 CO2+ 6 H2O + Luz

    ClorofilaC6H12O6 + 6 O2

    glicose

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    Note que a equao acima no leva em considerao o fato de todo o 02liberado provir da gua:

    de fato, do lado direito, temos a liberao de doze tomos de oxignio, presentes nas seis molculas de

    02; do lado esquerdo, no entanto, s existem seis tomos de oxignio nas molculas de gua.

    fcil concluir, ento, que so necessrias pelo menos doze molculas de gua para produzir seis

    molculas de oxignio; sero ainda formadas seis molculas de gua como produto final.

    A equao da fotossntese pode ser escrita assim:

    (2)

    Ou de maneira simplificada:

    Note que tanto faz escrever a equao do modo (1) ou (2); a equao (2), no entanto, enfatiza a

    procedncia do oxignio liberado, esclarecendo que ele originado da gua e no do C02.

    Clorofila6 CO2+ 12 H 2 O + luz (CH2O) + O2 + H2O

    Clorofila6 CO2+ 12 H 2 O + luz C6H12O6 + 6 O2 + 6 H2O

    Fig. 6 - Esquema dodestino dos tomos deoxignio na fotossntese

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    Viso geral do processo fotossinttico

    O esquema seguinte mostra as principais etapas do processo fotossinttico. Observe-o com

    ateno, acompanhando a descrio no texto.

    A fotossntese apresenta duas sries de rea-es: as de claro, ou fase fotoqumica, que dependem

    diretamente da luz; e as de "escuro", ou fase qumica, em que a luz no necessria diretamente.

    Repare que as reaes de "escuro", apesar do nome, ocorrem tambm durante o dia. De fato,

    embora no utilizem luz diretamente, elas dependem de substncias produzidas nas reaes de claro.

    Reaes de claro

    Ocorrem nas partes clorofiladas do cloroplasto: as lamelas e osgrana.

    a) Sob a ao da luz, a gua "quebra-se", liberando 02. O NADP1"aceita" os hidrognios da

    gua, transformando-se em NADPH2. Essa fase chamada fotlise da gua (ou seja, "quebra" da gua

    em presena de luz).

    b) Molculas de ADP + P, sob a ao da luz, transformam-se em ATP. Essa fase dita

    fotofosforilao (ou seja, produo de ATP em presena de luz).

    Fig. 7 - Esquemasimplificado dasduas fases dafotossntese

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    Reaes de escuroOcorrem no estroma do cloroplasto, que no contm clorofila.

    O C02 combina-se com os hidrognios da gua que so cedidos pelo NADPH 2, levando

    formao da glicose. Para que essa reao acontea, necessrio haver energia, que fornecida ao

    processo pelo ATP, fabricado na fase de claro.

    Note, pelo esquema anterior, que uma clula clorofilada, mesmo permanecendo

    indefinidamente no escuro, poderia continuar produzindo glicose, caso lhe fossem fornecidos ATP,

    NADPH2e C02. A fase de claro funciona, ento, como uma fonte de NADPH 2e ATP, necessrios produo de glicose na fase de "escuro".

    1. O NADP uma substncia transportadora de hidrognio, semelhante ao NAD da respirao.

    Detalhando as reaes de claro

    A fotlise da gua

    Esse processo foi descoberto em 1937 por Robin Hill. Ele acreditava haver no cloroplasto uma

    substncia (X) que se combinava com o hidrognio da gua.

    A reao que Hill imaginou que acontecesse foi descrita por esta equao:

    A gua, segundo Hill, sofreria um desdobramento: enquanto o hidrognio se combinava

    substncia, o oxignio era liberado.

    2 H2O + 2 X + LuzClorofila

    2 H2X + O2

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    Sabemos, hoje, que a substncia X nada mais do que o aceptor NADP, que existe normalmente

    no cloroplasto. Ao se combinar com a gua, o NADP se transforma em NADPH 2, que ser utilizado

    nas reaes de "escuro", fornecendo hidrognio ao CO2, para a produo de glicose.

    A fotofosforilao

    Foi feita a descoberta, na dcada de 1950, de

    que o ATP produzido no cloroplasto em presena de

    luz. Esse fato surpreendeu bastante os bilogos, que

    acreditavam que a produo de ATP estivesse sempre

    relacionada oxidao de acar, como acontece na

    respirao e na fermentao.

    Verificou-se que um dos mecanismos

    envolvidos o fato de a clorofila, ao receber luz, emitir

    eltrons de alta energia, que so capturados por diversos

    aceptores no cloroplasto, muito semelhantes aos

    citocromos da respirao. Assim, o eltron passa por

    diversas substncias e acaba voltando clorofila. Neste

    caminho, a energia que esse eltron havia armazenado

    liberada aos poucos, sendocapturada pelo sistema ADP/ATP, como mostra o esquema ao lado. Essa

    produo de ATP em presena de luz chamada de fotofosforilao cclica2,j que o eltron que saiu

    da clorofila acaba sendo restitudo prpria clorofila.

    2. H, tambm um outro tipo de fotofosforilao na fotossntese, dita acclica, cujos

    detalhes no discutiremos aqui.

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    Detalhando as reaes de escuro

    Uma simplificao extrema do que ocorre na fase de

    "escuro" est representada no esquema ao lado.

    Em poucas palavras, o NADPH2 e o ATP produzidos na

    fase de claro so indispensveis para a transformao do C02 em

    glicose.

    Na realidade, as reaes de "escuro" so numerosas ebastante complexas; existem muitos passos intermedirios (ciclo de

    Calvin) que no sero discutidosaqui, mas que foram elucidados

    graas aos trabalhos de Melvin Calvin e colaboradores, da

    Universidade da Califrnia. interessante termos uma ideia dos

    mtodos que Calvin e sua equipe empregaram para descobrir alguns

    dos passos envolvidos.

    Fornecia-se alga Chlorella COs com carbono marcado (C14 radioativo). Esse carbono

    radioativo aparecia em molculas de glicose 30 segundos aps o incio da fotossntese. Em novos

    experimentos, a fotossntese era interrompida a vrios intervalos de tempo no decorrer de 30 segundos.

    Por exemplo, depois de 5 segundos, o C14 era encontrado no PGA (cido fosfoglicrico, de trs

    carbonos) e, em seguida, no PGAL (fosfogliceraldedo). Essas substncias eram, portanto, passos

    intermedirios entre o C02 e a glicose propriamente dita. Dessa forma, elucidaram-se as etapas

    bioqumicas, ou seja, cada uma das substncias nas quais aparecia o carbono, na sequncia correta,

    desde o gs carbnico at a glicose.

    EM RESUMO

    As reaes de escuro so muito numerosas e envolvem vrios compostos intermedirios. Em

    sntese, o CO2 transformado em glicose (CH2O) pelo NADPH2, que cede seus hidrognios, e

    pelo ATP, que transfere sua energia reao.

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    Biologia

    Localizao das etapas no cloroplasto

    No esquema a seguir, representamos um cloroplasto com sua membrana dupla, seus

    grana com clorofila e o estroma, lquido no qual predomina gua, existindo ainda sais, enzimasdiversas, ADP, ATP, NADP etc.

    As reaes de claro dependem, evidentemente, das clorofilas3; portanto, a fotlise da

    gua e a produo de ATP ocorrem nas lamelas e nos grana, que so membranas dotadas de

    clorofila. J as complicadas reaes de "escuro" tm lugar exclusivamente no estroma, desprovido

    de pigmento.

    Uma vez fabricada, a glicose pode sair do cloroplasto e ser utilizada nas mitocndrias

    para respirao ou, ainda, servir para a produo de celulose, componente da parede vegetal, ou

    de amido, polissacardeo de reserva energtica.

    3.H mais de um tipo de clorofila nos organismos fotossintticos.Todas as clorofilas absorvem luz, pormem comprimentos de onda diferentes.

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    EM RESUMO

    Ocorrem dois eventos importantes na fase de claro:

    Produo de NADPH2, durante a fotlise da gua. Esse NADPH2 utilizado na

    fase de "escuro", fornecendo hidrognios ao C02e permitindo a produo de glicose.

    Produo de ATP em presena de luz, ou seja, fotofosforilao. Esse ATP

    tambm utilizado, posteriormente, na fase de "escuro".

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    Biologia

    Unidade 2

    Biologia Celular

    A teoria celular

    Um dos princpios fundamentais da biologia que todos os seres vivos so formados por

    clulas: apenas uma nos organismos unicelulares, muitssimas nos pluricelulares. Este conceito,

    que hoje nos parece simples, tem uma origem muito remota, sendo preciso voltar at ao sculo

    XVII, quando os primeiros instrumentos pticos, como o microscpio, permitiram ao homem

    observar objetos muito pequenos de cuja existncia nem se suspeitava.

    Em 1665, o cientista ingls Robert Hooke (1635-1703), observando uma seco de

    cortia ao microscpio, notou pequenssimas cavidades semelhantes s de uma colmia, a que

    chamou clulas. Seguiram-se muitas observaes e pesquisas,

    mas s no sculo XIX se reconheceu a clula como a unidadefuncional de todos os organismos vivos.

    A teoria celular, formulada, por volta de meados do

    sculo XIX, por dois cientistas alemes, Mathias Schleiden

    (1804-1881) e Theodor Schwann (1810-1882), defendia que

    todos os seres vivos so constitudos por clulas (primeiro postulado), que a clula uma espcie

    de "fbrica qumica" onde se realizam todos os processos necessrios vida do organismo

    (segundo postulado) e que cada clula deriva de outra clula (terceiro postulado).

    O grande sucesso da teoria celular verificou-se na patologia e na fisiologia, com o

    estudioso alemo Rudolf Virchow (1821-1902), de formao mdica, a deslocar o centro da

    doena dos tecidos para as clulas. A clula doente foi por ele considerada no como uma

    estrutura qualitativamente diferente, mas apenas como uma modificao da clula s. Esta

    afirmao abriu caminho a pesquisas sobre a identificao das condies que alteram o estado

    normal de uma clula e a resposta da prpria clula quelas condies patolgicas.

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    Biologia

    A Membrana Celular - Entrada e sada de substncias

    Osmose

    Se mergulhssemos uma de nossas clulas em gua pura, ela absorveria gua sem controle, inchando

    at estourar. Por outro lado, se uma de nossas clulas fosse mergulhada em uma soluo altamente

    concentrada de sacarose, por exemplo, ela perderia gua e murcharia. Como se explicam esses

    fenmenos?

    A explicao para ambas as situaes a osmose,um caso especial de difuso em que apenas a gua

    (o solvente das solues biolgicas) se difunde atravs da membrana semipermevel das clulas. Vejamos

    porque isso ocorre.

    Significa dizer que:Conforme a teoria celulartodos os organismos vivosso formados por clula.

    Isso vale desde osorganismos mais simplesat os mais complexos.

    RESUMINDO: S existe apenas um organismo vivo que no formado por clula, que o vrus, que nesse caso sochamados de seres acelulares.

    A clula capaz de dar forma aos seres vivos, e promovemsuas prprias reaes metablicas.

    As clulas procedem a partir de outras clulas, e este processode sntese celular ocorre por ocasio de sua diviso.

    O DNA formado junto com a clula, possibilitando que ascaractersticas e informaes sejam passadas da clula-me

    para clula-filha.

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    Biologia

    O citoplasma uma soluo aquosa, em que a gua o solvente e as molculas dissolvidas no citosol

    (glicdios, protenas, sais etc.) so os solutos. Quando uma de nossas clulas colocada em gua pura, a

    concentrao externa desse solvente necessariamente maior que a no interior da clula, em que a gua

    divide o espao com as molculas de soluto citoplasmticas. Consequentemente, a gua tende a se

    difundir em maior quantidade para o interior celular que no sentido inverso, fazendo a clula

    inchar. s a gua que se difunde porque a membrana plasmtica, sendo semipermevel, impede ou

    dificulta a passagem de solutos, mas permite a livre passagem de molculas de solvente. Essa

    difuso apenas de gua atravs da membrana caracteriza o fenmeno da osmose.

    Se a clula forcolocada em uma soluo muito concentrada de sacarose haver maior

    difuso de gua de dentro para fora da clula, fazendo-a murchar. A explicao que o meio

    externo, por ser altamente concentrado em solutos, apresenta quantidade relativamente menor de

    gua e esta tende a sair em maior quantidade da clula.

    Quando se comparam duas solues quanto concentrao, diz-se que a soluo mais

    concentrada em solutos hlpertnica (do grego hyper, superior) em relao a uma outra,

    denominada soluo hipotnica (do grego hypo, inferior). Quando duas solues apresentam a

    mesma concentrao de solutos, elas so consideradas isotnicas (do grego iso, igual, semelhante).

    Na osmose, portanto, a difuso da gua mais intensa da soluo hipotnica para a hipertnica,

    conforme figura a seguir.

    As clulas de nosso corpo so banhadas por uma soluo isotnica proveniente do

    sangue, na qual a concentrao total de solutos equivale concentrao interna dos solutos

    citoplasmticos. Por isso, nossas clulas no ganham nem perdem gua por osmose. Por outro

    Fig. 02 - Representao esquemtica do comportamento de uma clula animal (uma hemcia) em soluesde diferentes concentraes. A espessura das setas indica o volume relativo de gua que atravessa amembrana da hemcia.

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    lado, os protozorios que vivem em gua doce tm o citoplasma hipertnico em relao ao meio

    externo, de modo que a gua tende a entrar continuamente em sua clula por osmose. Esses seres

    no estouram porque dispem de um mecanismo para compensar a entrada excessiva de gua:

    eles possuem bolsas citoplasmticas chamadas vacolos pulsteis, que acumulam gua e aeliminam periodicamente da clula. Protozorios marinhos no enfrentam problemas osmticos,

    pois a gua salgada praticamente isotnica em relao ao seu citoplasma.

    As plantas aproveitam o potencial da osmose para absorver gua e nutrientes. Graas a

    suas paredes celulsicas altamente resistentes, as clulas vegetais no correm o risco de estourar

    devido osmose, conforme quadro 1.

    Difuso facilitada

    As clulas de nosso corpo so banhadas por um lquido isotnico proveniente do sangue,

    que contm gua, gs oxignio, glicdios (principalmente glicose), aminocidos, ons e diversas

    outras substncias. Poucos tipos de molcula e praticamente nenhum tipo de on consegue

    atravessar, em quantidades apreciveis, uma bicamada de lpidios, como a que constitui as mem-

    branas plasmticas. Assim, o transporte da maioria das molculas e dos ons para dentro e para

    fora da clula necessitada participao de protenas componentes da membrana plasmtica.

    Algumas dessas protenas formam canais, atravs dos quais molculas de gua, certos tipos de

    ons e pequenas molculas hidrofilicas se deslocam de acordo com seu gradiente de concentra-o, ou seja, da regio onde a concentrao maior para a regio onde a concentrao menor.

    Outras protenas da membrana transportam molculas especficas, capturando-as fora ou dentro da

    clula e liberando-as na face oposta. Elas so denominadas protenas transportadoras, ou

    protenas carregadoras.

    Quadro 1 - Osmose na clula vegetal

    Uma clula vegetal colocada em soluo hipotnica absorve gua por osmose, mas, ao con-

    trrio da clula animal, no corre o risco de estourar. Isso porque, medida que a clula incha, a parede

    celulsica exerce presses cada vez maiores sobre o citoplasma, forcando a gua a sair e equilibrando a

    presso de entrada de gua pela osmose.

    Pode-se comparar a clula vegetal mergulhada em soluo hipotnica a uma bola de futebol que

    vai sendo inflada de ar. A bola contm uma cmara de borracha altamente elstica revestida por um

    envoltrio de couro com menos elasticidade. Quando a bola est vazia fcil introduzir o ar em seu interior

    para ench-la. A partir de certo ponto, porm, a cmara de borracha encosta no envoltrio de couro e estepassa a exercer presso, tornando difcil introduzir mais ar em seu interior.

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    Fig. 03 - Representao esquemtica de um sistema fsico para demonstrar a osmose; as setas azuis indicam ofluxo de gua. A. Um tubo, tendo na base uma membrana semipermevel, preenchido parcialmente comuma soluo hipotnica e mergulhado em um recipiente com gua pura, at que os nveis dos dois lquidosfiquem na mesma altura. B. a gua entra por osmose, elevando o nvel do lquido no tubo. C. Um pisto colocado no tubo e forado para baixo at que o nvel do lquido retorne posio inicial. A presso aplicada

    ao pisto equivale presso osmtica da soluo contida no tubo.

    A cmara de borracha da bola comparvel membrana plasmtica E o envoltrio de couro comparvel

    parede celulsica. A gua entra livremente na clula por osmose at a presso da parede celular igualar-se

    presso de difuso das molculas de gua, isto , presso osmtica. A partir desse ponto, toda gua que

    entra por osmose forada a sair devido presso exercida pela parede celulsica.

    Um modelo fsico pode ajudar-nos a entender o que ocorre na clula vegetal. Nesse modelo, um tubo

    devidro com uma membrana semipermevel em uma das extremidades parcialmente preenchido com uma

    soluo concentrada de acar (soluo hipertnica) e mergulhado em um recipiente com gua pura (so-

    luo hipotnica) at que os nveis dos lquidos dentro e fora fiquem na mesma altura. O nvel de lquido no

    interior do tubo subir porque h maior passagem de gua da soluo hipotnica para a hipertnica. Pode-se

    evitar que o nvel suba adaptando um pisto ao tubo e exercendo presso contrria subida. Nessa condio, oslquidos nos dois compartimentos continuaro no mesmo nvel. A fora aplicada pelo pisto contrabalana a

    presso osmtica, a qual gerada pela maior difuso de solvente da soluo hipotnica para a hipertnica

    (Figura 03).

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    A figura 04 representa o aspecto de uma clula vegetal colocada em solues de diferentes

    concentraes e que exercem, portanto, diferentes presses osmticas. Em A, est representada uma clula que

    foi colocada em gua pura; o volume celular aumentou at que a presso da parede celulsica se tomou

    equivalente presso osmtica; nessas condies, diz-se que a clula ficou trgida. Em B, representa-se a

    clula colocada em uma soluo de concentrao idntica do contedo celular (isotnica); nesse caso, as

    presses de entrada e de sada de gua por osmose so equivalentes. Em C, est representada a clula que foi

    colocada em uma soluo hipertnica e que, portanto, perdeu gua por osmose.

    A BC

    Fig. 04 - Representao esquemtica de clulas vegetais colocadas em solues de diferentes concentraes.A. Hipotnica. B. Isotnica. C. Hipertnica.

    Aluno!Qualquer dvida que voc tenha, a respeito deste ou dequalquer outro assunto, entre em contato com o seu tutor via e-mail:[email protected] Skype: bioemcmm.

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    mailto:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]
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    Biologia

    Unidade 3

    Embriologia

    Formao embrionria

    Formao dos Folhetos Germinativos e dos Anexos Embrionrios

    O desenvolvimento embrionrio nos mamferos foge ao padro geral dos outros vertebrados que

    tm ovos oligolcitos. Uma explicao para isso a herana evolutiva: muitas das caractersticas

    embrionrias dos mamferos foram herdadas de ancestrais rpteis que tinham ovos telolcitos com

    desenvolvimento externo, semelhante ao dos rpteis e aves atuais. Os tipos de movimentos celulares da

    gastrulao, que em rpteis e aves so adaptaes grande quantidade de vitelo dos ovos, esto presentes

    tambm nos mamferos, apesar de seus ovos terem pouco vitelo. Pode-se imagnaro desenvolvimento

    embrionrio dos mamferos placentrios como se fosse o de um ovo de ave ou rptil quase sem vitelo.Entretanto, uma caracterstica particular do desenvolvimento dos mamferos placentrios que os

    anexos embrionrios tiveram de ser readaptados para a vida intra-uterina, com formao da placenta.

    (Figura 05).

    Fig. 05 - Quadro-resumo do desenvolvimento embrionrio humano, apresentando a origem dos tecidosembrionrios e extra-embrionrios.

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    Biologia

    O desenvolvimento do embrio dos mamferos ocorre simultaneamente sua implantao no

    tero. Entretanto, por razes didticas, estudaremos os dois processos separadamente, descrevendo,primeiro, a formao do embrio para, em seguida, acompanhar o processo de sua implantao no

    tero.

    Formao dos folhetos germinativos

    Ao se implantar no tero, o embrio de mamfero uma bola de clulas, com um massa celular interna euma cavidade cheia de lquido. A parede da bola chamada trofoblasto, a massa celular intema chamada

    embrioblasto e a cavidade interna a blastocela.

    A diferenciao dos tecidos embrionrios comea com a formao do hipoblasto, ou endoderma

    primitivo, por delaminao da camada celular em contato com a blastocela. As clulas do hipoblasto

    crescem e delimitam, toda a blastocela, originando o saco vitelnico, que, nos mamferos, praticamente no

    tem funo.

    O restante do embrioblasto, aps a diferenciao do hipoblasto, passa a ser chamado de epiblasto,ou ectoderma primitivo. Em seu interior aparece uma cavidade, a cavidade amnitica, preenchida por um

    fluido, o lquido amnitico. A poro de clulas entre as bolsas que revestem a cavidade amnitica e o saco

    vitelnico o epiblasto embrionrio, oudisco embrionrio,a partir do qual se formam todos os tecidos.

    A gastrulao tem incio em uma regio perifrica do disco embrionrio que dar origem poro

    posterior do corpo do animal. Nessa regio surge a fenda primitiva com uma intumescncia na poro

    anterior, semelhante ao n de Hansen das aves. Como em aves e rpteis, ocorre intensa migrao de clulas atravs

    da fenda primitiva, para o interior do embrio, originando diversos tipos de tecidos. Nos mamferos, assim

    como nas aves e nos rpteis, o ectoderma tambm se forma por epibolia.

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    Biologia

    Formao dos tecidos extra-embrionrios

    medida que o desenvolvimento progride, o embrio dos mamferos gradativamente envolvido pela

    bolsa amnitica, que o mantm hidratado e protegido de eventuais choques mecnicos. Na parte ventral

    do embrio, ao lado do saco vitelnico, forma-se uma pequena bolsa, o alantide, cuja membrana tem mesma

    constituio que a do saco vitelnico (endoderma e mesoderma extra-embrionrio). O alantide, que em

    aves e rpteis tem a funo de acumular as excrees embrionrias at a ecloso do ovo, nos mamferos

    pouco desenvolvido; nesses as excrees embrionrias so eliminadas diretamente na corrente sangunea

    materna. Em muitos mamferos, incluindo nossa espcie, o alantide contribui na formao da placenta. Ocrescimento do mesoderma extra-embrionrio, juntamente com o trofoblasto, origina o crio, o anexo

    embrionrio que envolver o embrio e os outros anexos e formar a maior parte da placenta.

    O desenvolvimento embrionrio que acabamos de descrever ocorre na parede uterina, uma vez que o

    embrio se implanta nesse rgo ainda na fase de blasto-cisto. Vejamos agora como ocorre essa

    implantao, processo denominado nidao (Figura 06).

    i

    Fig. 06 - Representao esquemtica em que se compara o embrio de aves e de rpteis, que sedesenvolve no interior de ovos, com o de mamferos, que se desenvolve dentro do organismo materno.Note as semelhanas entre os anexos embrionrios, o que se explica pelo parentesco evolutivo dessesanimais.

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    Nidao

    Para que ocorra implantao do embrio no tero, processo chamado nidao, o embrio precisa

    abandonar o envoltrio de glicoprotenas no qual se encontra, a zona pelcida. Para isso contribuem dois

    processos: aumento da presso osmtica do fluido que preenche a blastocela e digesto da zona pelcida pelo

    prprio embrio.

    O aumento da presso osmtica ocorre pelo bombeamento de ons sdio (Na+) para a blastocela

    pot meio de bombas inicas, presentes nas membranas das clulas que revestem essa cavidade.

    A digesto da zona pelcida ocorre por ao da estripsina, uma enzima semelhante tripsina que

    age em nosso intestino, produzida por clulas do trofoblasto. O enfraquecimento da membrana pelcida,

    causado pela digesto de parte de seus componentes, e o aumento de volume do embrio, em decorrncia

    da absoro de gua pela blastocela, provocam o rompimento da zona pelcida e a sada do embrio de

    seu interior. Este entra em contato direto com as clulas do epitlio uterino (endomtrio), que o

    capturam em uma rede de protenas fibrosas (colgeno, laminina efibronectina). As clulas do

    trofoblasto, por sua vez, aderem ao do endomtrio por meio de outras protenas, as integrinas,

    constituintes de sua membrana plasmtica (Figura 07).

    Fig. 07 - Representao esquemtica de embrio em corte, mostrando blastocisto saindo da zona pelcida.

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    Biologia

    Ampliando seus conhecimentos

    Sugesto de leitura

    Amabis e MarthoFundamentos da BIOLOGIA MODERNAVolume nico, 3 Edio - Ed. Moderna.

    Jos Arnaldo FavaretoBIOLOGIA1 SrieEd. Moderna.

    Srgio Linhares & Fernando Gewandsnajder BIOLOGIA HOJE Volume I, Ed. tica, 14 Edio,

    2005.

    Cesar & SezarBIOLOGIA1 SrieEd. Saraiva.

    Wanderley CarvalhoBIOLOGIA EM FOCOVolume nicoEd. FTD.

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    Sugesto de sites

    http://www.cepih.org.br/Cd01/Port/Extensao/extensao_aula_02_o_jardineiro_fiel_comentarios.pdf- Filmesobre Biotica e Pesquisa com seres Humanos - comenta sobre o filme O Jardineiro Fiel, de FernandoMeirelles, ideal para ilustrar a primeira parte desta Apostila.

    http://biologiainterativa.files.wordpress.com/2009/07/uma-viagem-pela-celula.pdf- Uma viagem pelaclula (em forma de cartaz grande).

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    http://www.ufv.br/dbg/bioano01/div06.htm- Eritroblastose fetal

    http://www.colegioweb.com.br/- Neste site vc encontra algumas disciplinas. Ao lado direito v emBiologia, e l vc encontra tudo na ordem alfabtica, inclusive Gentica. H sempre um vdeo em destaque

    em que o professor faz uma explanao sobre o tema que vc escolher.

    Este site incrvel, h cursinhos de pr-vestibular e cursos on-line (opcionais, pois so pagos).

    http://www.biologados.com.br/- A partir desta pgina voc pode acessar todas as subdivises da Biologia.

    http://www.cynara.com.br/ecologia.htm- Encontra-se todas as reas de Biologia.

    http://biologiainterativa.wordpress.com/sites-de-biologia/- Argosys Visible Body o nome do programa. um site com imagens em 3D - narrao em ingls.Muito bom, tem animaes, biojogos, biosites, aulasinterativas, mapas mentais... e muito mais.

    http://www.todabiologia.com/- Anatomia humana, botnica, gentica, sade, citologia, doenas, ecologia,zoologia, microbiologia e muito mais.

    http://redescolar.ilce.edu.mx/redescolar/Revista/06/articulos/06.html - Em espanhol Las bacterias delgnero Rhizobium, viven en ndulos de las races de leguminosas y de algunas plantas leosas.

    http://www.Passeiweb.com/na_ponta_lingua/sala_de_aula/biologia/ecologia/seres_vivos/ecologia_relacao_seres_vivos

    http://klickeducacao.ig.com.br/2006/conteudo/listamateriascursinho/0,6936,POR-333,00.html- Aqui vocencontra todas as disciplinas (klic educao), inclusive Biologia.

    http://www.hospitalgeral.com.br/1_com/qual_vida/vitaminas1.htm- Tudo sobre vitaminas.http://www.vestibular1.com.br/exercicios/especificos.htm- Simulados VESTIBULAR todas as matrias.

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