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CEART CENTRO DE ARTES (PÓS-GRADUAÇÃO) COMUNICAÇÃO ORAL 1. A CENA DA CIDADE: INTERVENÇÃO URBANA E OS COLETIVOS ARTÍSTICOS DE CURITIBA............................................................................................................ André Luiz Antunes Netto Carreira, Cleber Braga 1 2. DE ARLEQUIM A JOÃO GRILO: EM BUSCA DO ARQUÉTIPO DO LOUCO........................................................................................................................................ André Luiz Antunes Netto Carreira, Diego de Medeiros Pereira 2 3. O HIBRIDISMO ENTRE A MÚSICA E A CENA NO ESPETÁCULO RAINHA [(S)]: DUAS ATRIZES EM BUSCA DE UM CORAÇÃO............................................................ André Luiz Antunes Netto Carreira, Ive Novaes Luna 3 4. A ATRIZ NO ODIN TREATRET. FRONTEIRAS ENTRE CRIAÇÃO E APRENDIZAGEM.......................................................................................................................... André Luiz Antunes Netto Carreira, Lara Tatiane De Matos 4 5. PERFORMANCE URBANA............................................................................................................................................................................................................ Beatriz Ângela Cabral , Michele Louise Schiocchet 5 6. DA IMAGEM À CENA: IMAGENS VISUAIS COMO MATERIAL PARA IMPROVISAÇÃO..................................................................................................................... Beatriz Ângela Vieira Cabral, Wagner Monthero 6 7. A BUSCA DO ATOR: UMA RELAÇÃO DA PREPARAÇÃO XAMÂNICA COM A PREPARAÇÃO DO ATOR............................................................................................. José Ronaldo Faleiro, Paulo Márcio Da Silva Pereira 7 8. INTERLOCUÇÃO ENTRE MONSTROS _ BECKETT, BATAILLE E PINTORES CONTEMPORÂNEOS ....................................................................................................... Milton de Andrade Leal Junior, Adriana Maria dos Santos 8 9. O RITMO NO TRABALHO DO ATOR............................................................................................................................................................................................. Milton de Andrade Leal Junior, Andréia Paris 9

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CEART – CENTRO DE ARTES (PÓS-GRADUAÇÃO)

COMUNICAÇÃO ORAL

1. A CENA DA CIDADE: INTERVENÇÃO URBANA E OS COLETIVOS ARTÍSTICOS DE CURITIBA............................................................................................................

André Luiz Antunes Netto Carreira, Cleber Braga

1

2. DE ARLEQUIM A JOÃO GRILO: EM BUSCA DO ARQUÉTIPO DO LOUCO........................................................................................................................................ André Luiz Antunes Netto Carreira, Diego de Medeiros Pereira

2

3. O HIBRIDISMO ENTRE A MÚSICA E A CENA NO ESPETÁCULO RAINHA [(S)]: DUAS ATRIZES EM BUSCA DE UM CORAÇÃO............................................................ André Luiz Antunes Netto Carreira, Ive Novaes Luna

3

4. A ATRIZ NO ODIN TREATRET. FRONTEIRAS ENTRE CRIAÇÃO E APRENDIZAGEM.......................................................................................................................... André Luiz Antunes Netto Carreira, Lara Tatiane De Matos

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5. PERFORMANCE URBANA............................................................................................................................................................................................................ Beatriz Ângela Cabral , Michele Louise Schiocchet

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6. DA IMAGEM À CENA: IMAGENS VISUAIS COMO MATERIAL PARA IMPROVISAÇÃO..................................................................................................................... Beatriz Ângela Vieira Cabral, Wagner Monthero

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7. A BUSCA DO ATOR: UMA RELAÇÃO DA PREPARAÇÃO XAMÂNICA COM A PREPARAÇÃO DO ATOR............................................................................................. José Ronaldo Faleiro, Paulo Márcio Da Silva Pereira

7

8. INTERLOCUÇÃO ENTRE MONSTROS _ BECKETT, BATAILLE E PINTORES CONTEMPORÂNEOS ....................................................................................................... Milton de Andrade Leal Junior, Adriana Maria dos Santos

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9. O RITMO NO TRABALHO DO ATOR............................................................................................................................................................................................. Milton de Andrade Leal Junior, Andréia Paris

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10. ENSINO DE ARTE E INCLUSÃO SOCIAL COM SÍNDROME DE DOWN: DO GRUPO DE TRABALHO AO ESPAÇO EXPOSITIVO............................................................. Neli Klix Freitas, Helene Paraskevi Anastasiou

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11. A CONSTITUIÇÃO SOCIAL DO DESENHO DE CRIANÇAS SURDAS E O ENVOLVIMENTO DO PROFESSOR DE ARTE E DO PROFESSOR INTÉRPRETE NESTE PROCESSO.................................................................................................................................................................................................................................. Neli Klix Freitas, Janaí de Abreu Pereira

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12. OS (DES)CAMINHOS DE UMA CULTURA DE GRUPO E O TEATRO COMO BUSCA........................................................................................................................... Sandra Meyer Nunes, Cristóvão de Oliveira

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13. A PERFORMANCE E TEATRALIDADE NO TEATRO DE ORGIAS E MISTÉRIOS DE HERMANN NITSCH................................................................................................ Vera Collaço, Eder Sumariva Rodrigues

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14. BAILADOS NOS ANOS 20............................................................................................................................................................................................................. Vera Regina Martins Collaço, Laura Cascaes

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15. O AMBIENTE DA CENA NO RADIOTEATRO: PROCEDIMENTOS ARTÍSTICOS DE RADIOTÉCNICOS, RADIOATORES E RADIODRAMATURGOS................................... Vera Regina Martins Collaço, Leon De Paula

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16. AS PROPOSTAS DE ENCENAÇÃO DE ÓPERA DE STANISLAVSKI E BRECHET................................................................................................................................... Vera Regina Martins Collaço, Rosane Faraco Santolin

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A CENA DA CIDADE: INTERVENÇÃO URBANA E OS COLETIVOS ARTÍSTICOS DE CURITIBA

Prof. Dr. André Carreira

1, Cleber Braga

2

Palavras-chave: Intervenção urbana, coletivos artísticos, espaço público.

Esta comunicão apresenta o projeto de pesquisa “A Cena da Cidade: Intervenção Urbana e os Coletivos

Artísticos de Curitiba”, que tem como objetivo compreender como se dá a apropriação da intervenção

urbana pelos coletivos artísticos Companhia Silenciosa, Couve-Flor MiniComunidade Artística, Elenco de

Ouro e o Grupo Interlux Arte Livre. Este trabalho busca compreender como os criadores destes coletivos

estabelecem relações entre o seu criar e o seu intervir no corpo da cidade. A metodologia que orienta estta

pesquisa trata de dar voz a estes criadores, individual ou coletivamente, a partir de um processo de registro

de suas experiências e memórias. O elemento central é a compreensão dos criadores como narradores de si

mesmos, o que está baseado na concepção de narrativa de Walter Benjamin. O projeto parte de uma

contextualização histórico-conceitual que envolve a criação cênica da/na rua, considerando

particularmente as intervenções urbanas, com o fim de estabelecer relações com a fala destes coletivos.

1 Orientador, Professor do Departamento de Artes Cênicas - CEART

2 Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Teatro – PPGT/CEART/UDESC - [email protected].

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DE ARLEQUIM A JOÃO GRILO: EM BUSCA DO ARQUÉTIPO DO LOUCO

André Carreira1, Diego de Medeiros Pereira

2

Palavras-chave: Arquétipos, Commedia dell’arte, Tipos brasileiros.

O presente trabalho se refere a uma pesquisa acerca do conceito de arquétipo no universo da dramaturgia,

estética e historicidade teatral. Trata-se de uma busca de manifestações do que o psiquiatra Carl Jung

conceitua com “arquétipo do Louco (ou Bobo)”. A partir de uma discussão sobre conceitos como “tipo”,

“personagem”, “estereótipo” e “arquétipo”, a pesquisa realiza um levantamento bibliográfico e

historiográfico do personagem-tipo Arlequim, da Commedia dell’arte, e suas relações com personagens

das farsas atelanas, com os demônios medievais, com os bobos-da-corte, bem como, com personagens do

universo teatral brasileiro como Malazarte e João Grilo; buscando afirmar a existência de “substratos

cômicos universais”. Proponho um diálogo com pesquisadores e grupos teatrais que trabalham sobre

“tipos” brasileiros assim como a Scuola Sperimentale dell’attore (Pordenone – Itália), a qual estuda as

relações existentes entre os “tipos” da Commedia dell’arte e as diversas manifestações teatrais do mundo.

Um elemento que parece essencial de ser observado ao lançar-se um olhar sobre a Commedia dell’arte, é

de como essa, a partir da reformulação de “tipos” cômicos anteriores a ela, recria um universo que dialoga

com o cotidiano da trupe e com a tradição teatral. Finalmente, o trabalho questiona se seriam esses “tipos”

criações aleatórias ou haveria uma origem arquetípica que conduziria a criação e recriação de tais figuras.

1 Orientador, Professor do Departamento de Artes Cênicas – CEART.

2 Doutorando do Programa de Pós-graduação em Teatro – PPGT/CEART/UDESC - [email protected]

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O HIBRIDISMO ENTRE A MÚSICA E A CENA NO ESPETÁCULO RAINHA[(S)]: DUAS ATRIZES EM BUSCA DE UM CORAÇÃO

Prof. Dr. André Luiz Antunes Netto Carreira

1, Ive Novaes Luna

2

Palavras-chave: Música, cena, hibridismo.

O artigo trata da construção da cena a partir da música proposta pelo músico paulista Lincoln Antonio,

responsável pela trilha sonora do espetáculo “Rainhas: duas atrizes em busca de um coração”, composta

de nove canções executadas ao vivo por duas vozes e piano, e quatro temas instrumentais executados,

também ao vivo, por piano e trompete. A partir desse material proponho uma análise a respeito do que

poderíamos chamar de música de cena, refletindo sobre como tornar cantável um texto cênico e, ainda, de

como estar atento às necessidades dramatúrgicas do espetáculo já distanciadas do texto dramatúrgico

original. Esta última análise se relaciona com o fato de o texto clássico original “Maria Stuart”, de

Friedrich Schiller (1759-1805), ter sido adaptado para nossa época. A adaptação foi sendo feita ao longo

dos ensaios pelas atrizes Georgette Fadel e Isabel Teixeira, e pela diretora Cibele Forjaz, que

incorporaram elementos da atualidade vivida por elas ao texto. Assim como as atrizes partem do texto

original para sua atualização, o músico inicia sua proposta musical utilizando-se de canções do músico

inglês John Dowland, contemporâneo das rainhas, e vai, junto com o elenco e a diretora, modificando seu

percurso. Ao mostrar essa trajetória, pretendo esclarecer como a música dessa cena específica foi se

adaptando às adaptações, por pretender um corpo em conexão com a corporeidade nascida das ações das

atrizes.

1 Orientador, Professor do Departamento de Artes Cênicas - CEART

2 Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Teatro – PPGT - UDESC – [email protected]

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A ATRIZ NO ODIN TEATRET. FRONTEIRAS ENTRE CRIAÇÃO E APRENDIZAGEM

André Luis Antunes Netto Carreira1, Lara Tatiane de Matos

2

Palavras-chave: Aprendizagem; gênero; atrizes

Esta comunicação aborda as relações de aprendizagem e docência, que são importantes materiais no

estudo sobre articulações de gênero, dentro de um grupo de teatro como o Odin Teatret. O texto analisa a

passagem da condição de aluna para a de professora vivida por cada uma das atrizes (Else Marie Laukvik,

Iben Nagel Rasmussen, Roberta Carreri e Julia Varley), e como esta mudança de status dentro da

hierarquia do Odin Teatret contribui para definir os espaços ocupados por estas atrizes no que diz respeito

às suas escolhas pessoais. O trabalho também reflete sobre o poder de decisão das atrizes dentro do grupo.

A pesquisa apresentada aqui está baseada em consulta a material bibliográfio e em uma residência de três

meses na sede do grupo. A mesma foi realizada a partir de uma perspectiva de estudos de gênero.

1 Orientador, Professor do Departamento de Artes Cênicas - CEART

2 Mestranda do Programa de Pós-graduação em Teatro – PPGT/CEART/UDESC - [email protected]

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PERFORMANCE URBANA

Beatriz Angela Cabral1, Michele Louise Schiocchet

2.

Palavras-chave: Site-specific, Performance, Intervenção urbana.

Este artigo investiga processos de composição de obras artísticas para espaços quotidianos, partindo de

uma reflexão sobre a arte site-specific e suas derivações, considerando os desdobramentos e

transformações no uso e na percepção das espacialidades cotidianas ocorridas desde o surgimento deste

termo na década de 60. A abordagem cita algumas teorias relacionadas ao espaço urbano e seu uso

cotidiano, servindo-se de conceitos como os de produção do espaço, terceiro espaço e espaços de fluxos

encontrados nas obras de Henri Lefebvre, Michel de Certeau, Edward Soja e Manuel de Castells. Em

seqüência relacionam-se tais princípios, avaliando de que maneira uma mudança na compreensão da

noção de espaço poderia alterar a forma em que a performance se relaciona com a cidade. Levam-se em

consideração os diversos níveis de inter-relação obra x site, buscando avaliar não somente a relação da

obra com um espaço geográfico, mas também com espaços e entre espaços sociais, conceituais e suas

varias intersecções. O estudo pretende apontar para possíveis processos de composição performática para

espaços urbanos, questionando que tipo de propósitos poderia ter a arte site-specific e de que maneira a

relação obra x site poderia ser simbiótica.

1 Orientadora, Professora do Departamento de Artes Cênicas - CEART

2 Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Teatro – PPGT/CEART/UDESC – [email protected]

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DA IMAGEM À CENA: IMAGENS VISUAIS COMO MATERIAL PARA IMPROVISAÇÃO

Beatriz Angela Vieira Cabral1, Wagner Monthero

2

Palavras-chave: improvisação, experienciação, memórias.

Este estudo analisa processos de improvisação a partir de um conjunto de imagens visuais. As imagens são

consideradas como material de criação ou estímulos para a improvisação e criação de cenas. O trabalho se

desenvolve procurando ampliar os processos perceptivos e sensoriais do ator em interação com as

imagens, buscando a expressividade a partir da estimulação de memórias ocultas. Esta prática é amparada

pela filosofia de Henri Bergson em interação com o conceito de experienciação desenvolvido por Viola

Spolin. O eixo do processo criativo está na construção de atmosferas e na descoberta de ações físicas a

partir do estímulo imagético. Os atores inicialmente trabalham sozinhos e posteriormente em grupo,

interagindo entre si, com o espaço e com objetos. O trabalho em grupo tem o potencial de promover a re-

significação das ações e atribuição de novos sentidos às mesmas. A construção de narrativas se dá pela

interação entre as noções de jogo teatral e jogo dramático, este desenvolvido por Jean Pierre Ryngaert.

1 Orientadora, Professora do Departamento de Artes Cênicas – CEART

2 Mestrando do Programa de Pós-graduação em Teatro – PPGT/CEART/UDESC - [email protected]

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A BUSCA DO ATOR: UMA RELAÇÃO DA PREPARAÇÃO XAMÂNICA COM A PREPARAÇÃO DO ATOR

Prof. Dr. José Ronaldo Faleiro.

1; Paulo Márcio da Silva Pereira.

2

Palavras-chave: Ator guerreiro, xamanismo, energia.

Esta pesquisa, denominada provisoriamente “A busca do ator: uma relação da preparação xamânica com a

preparação do ator” visa desenvolver através de uma pesquisa prática e teórica um treinamento do ator que

permita resgatar ou recriar a ideia do ator original, ou como venho chamando, do ator guerreiro.

Remetendo a um processo de autoconhecimento que possibilite novas perspectivas de percepção e de

trabalho com a energia. Pretende trabalhar com a percepção, no sentido de ampliá-la ao limite de suas

possibilidades, o que pode significar romper os parâmetros da percepção normal; trabalhar a consciência

visando um estado de consciência intensificada, através de práticas que abordem, por exemplo, a memória

e os sonhos e ainda que busque trabalhar a energia, partindo do princípio de que possuímos um corpo

energético, objetivando um melhor aproveitamento dessa energia. O conceito de ator guerreiro está muito

próximo em essência, no meu entender, do conceito de ator santo utilizado por Grotowski no início de seu

trabalho, bem como da ideia de atleta da afetividade lançada por Artaud e igualmente do ator-bailarino de

Barba, todos eles referências altamente relevantes para essa pesquisa. Nesse processo busco ampliar a

percepção do ator através de exercícios específicos, preparar o corpo e a voz de maneira adequada para a

função criadora acumulando a energia necessária. Fazem parte do processo o Pa kua (arte marcial chinesa)

e a Tensegridade (exercícios desenvolvidos por Carlos Castaneda a partir de sua aprendizagem dos

treinamentos desenvolvidos pelos xamãs do México antigo).

1 Orientador, professor do Departamento de Artes Cênicas - CEART

2 Doutorando do Programa de Pós-graduação em Teatro – PPGT/CEART/UDESC - [email protected]

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INTERLOCUÇÃO ENTRE MONSTROS - BECKETT, BATAILLE E PINTORES CONTEMPORÂNEOS

Prof.Dr.Milton de Andrade Leal Junior

1, Adriana Maria dos Santos

2

Palavras-chave: Beckett, Corpo, Pintura

Esta pesquisa versa sobre as relações encontradas na dramaturgia de Samuel Beckett e

artistas visuais do século XX que convergem em um estudo do corpo mutilado ou portador

de próteses como reflexão acerca do personagem em constante devir. As relações com a

obra de Georges Bataille se constituem na medida em que conceitos como informe e

experiência aprofundam a tensa relação entre a apresentação do corpo na obra e o

observador , sugerindo um distanciamento resultante da abjeção frente ao corpo atormentado

e, em certo sentido, lacônico na sua forma de expressão. Artistas como Jean Rustin,

Margueritta Manzelli e Vânia Mignone são trazidos a esta interlocução por sua obra

essencialmente pictórica conduzir a esta relação com personagens de Beckett os quais são

aqui eleitos: Molloy de livro do mesmo nome, Winnie da peça Dias Felizes e os personagens

de Fim de Partida. Ainda está sendo agregada a esta pesquisa uma parte da produção em

pintura de minha autoria, a qual visa dialogar com as teorias de Beckett acerca do fracasso,

do impedimento e do silêncio, através de pessoas convidadas a caracterizar alguns dos

personagens na figura do modelo vivo. Os escritos e pinturas são parte do que chamo

interlocução entre monstros, sendo este último um ícone referente para pensar a transgressão

do corpo.

1 Orientador, Professor do Departamento de Artes Cênicas - CEART

2 Doutoranda do Programa de Pós-graduação em Teatro – PPGT/CEART/UDESC - [email protected]

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O RITMO NO TRABALHO DO ATOR

Prof. Dr. Milton de Andrade Leal Junior1, Andréia Paris

2

Palavras-chave: Ritmo; Trabalho do ator; Métrica. Fluidez.

Neste artigo problematiza-se o conceito de ritmo que as teorias teatrais e musicais do Ocidente têm

desenvolvido, uma vez que, devido à sua complexidade, encontram-se estudiosos defendendo a sua

potência como elemento métrico outros como elemento fluido. Estudando a etimologia do próprio

conceito e estudiosos como Mário de Andrade, Bruno Kiefer, Sérgio Magnani, Murray Schafer,

Constantin Stanislavski e Vsévolod Meyerhold, percebe-se e apropria-se, na pesquisa, do ritmo como um

elemento duplo e paradoxal por trata-se de um fenômeno que acarreta tanto o fluido quanto o métrico. O

presente trabalho é parte da pesquisa de mestrado realizada no Programa de Pós-Graduação da

Universidade do Estado de Santa Catarina intitulada A Escuta do Sussurro: Percepção e Composição do

Ritmo no Trabalho do Ator, defendida em 2010.

1 Orientador, Professor do Departamento de Artes Cênicas do CEART

2 Doutoranda do Programa de Pós-graduação em Teatro – PPGT/CEART/UDESC - [email protected]

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ENSINO DE ARTE E INCLUSÃO SOCIAL COM SÍNDROME DE DOWN: DO GRUPO DE TRABALHO AO ESPAÇO EXPOSITIVO

Neli Klix Freitas

1, Helene Paraskevi Anastasiou

2

Palavras- chave: ensino de arte, inclusão, síndrome de down.

Esta pesquisa objetiva verificar o ensino de arte para pessoas com necessidades educativas especiais em

ambientes não formais de ensino e investigar o tipo de mediação necessária e possível no ensino de arte

para sujeitos adultos. Buscamos determinar as expectativas institucionais quanto ao ensino e a produção

desses sujeitos, o envolvimento familiar neste processo e em que medida isso altera o processo e a

produção. Para isso, iniciamos uma pesquisa com cinco pessoas adultas com Síndrome de Down que

freqüentam a ONG Amigo Down, em SC. A pesquisa que está sendo realizada envolve um grupo de aulas

nos quais são abordados conceitos e linguagens da Arte. O recolhimento de dados, iniciado em 2011, está

sendo registrado em vídeo. Ao filmar as aulas, se obtém um material rico e que pode ser observado e

analisado posteriormente, possibilitando a verificação de falas e atividades do processo. Como

procedimento metodológico escolhemos a pesquisa-ação, considerando que esta metodologia tem a

função de diagnosticar uma situação e iniciar uma ação que consiste em acompanhar, observar e conferir

sentido buscando soluções para os possíveis problemas. Tomaremos, os sujeitos participantes vistos como

seres sociais e históricos, inseridos em contextos sociais, com sua história de vida e na ação educacional

proposta alguns elementos da construção do conhecimento e de sua própria construção neste processo. A

pesquisa toma a unidade institucional e o grupo de trabalho como foco do interesse partindo-se então do

conhecimento existente sobre a organização e sobre o grupo que se definiu como foco.

1 Orientadora, Professora do Departamento de Artes Visuais – CEART/UDESC

2 Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais – PPGAV/CEART/UDESC -

[email protected]

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A CONSTITUIÇÃO SOCIAL DO DESENHO DE CRIANÇAS SURDAS E O ENVOLVIMENTO DO PROFESSOR DE ARTE E DO PROFESSOR INTÉRPRETE

NESTE PROCESSO.

Neli Klix Freitas1, Janaí de Abreu Pereira

2

Palavras – chave: Desenhos, Significados, Cultura Surda

A proposta deste projeto é a de identificar, analisar e interpretar desenhos e relatos de alunos surdos,

produzidos a partir da influência das aulas de artes e as correlações que os mesmos fazem com imagens

estéticas e do cotidiano.Na pesquisa,toma-se a inclusão social do aluno surdo como uma questão de

políticas públicas e de ações bilaterais, onde tanto a sociedade quanto o aluno, constroem juntos as

relações sociais.A formulação sobre o imaginário e sobre os significados, especialmente nas acepções da

obra de Vygotsky oferece subsídios a este campo de conhecimento. Nessa perspectiva em relação à

influência dos professores de arte e professores-intérpretes, inúmeros desafios se apresentam, implicando

questões conceituais e empíricas relacionadas com a surdez, uma vez que uma boa parte das informações

são auditivas, e a criança surda para obtê-las, necessita da inserção da lingua de sinais, auxiliando nas

narrativas visuais dos desenhos.

1 Orientadora, Professora do Departamento de Artes Visuais – CEART

2 Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais – PPGAV/CEART/UDESC - [email protected]

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OS (DES)CAMINHOS DE UMA CULTURA DE GRUPO E O TEATRO COMO BUSCA

Profª Drª Sandra Meyer Nunes1, Cristóvão de Oliveira

2.

Palavras-chave: cultura de grupo, grupalidade, trabalho pessoal.

RESUMO: O texto apresenta a trajetória da Periplo, Compañia Teatral fazendo um percurso que

contempla sua elaboração poética, a formação do grupo, a criação de um projeto artístico de características

próprias e a construção de linguagem a partir do trabalho pessoal de seus integrantes. Buscamos destacar

alguns princípios de trabalho deste grupo que possam dialogar com as grupalidades contemporâneas, além

de rever o conceito de cultura de grupo preconizado pelo teatrólogo italiano Eugenio Barba. Entendendo a

grupalidade como um grau de potências singulares que se reúnem para desenvolver práticas que atendam

aos desejos e necessidades pessoais, discutiremos os caminhos percorridos por este grupo através das

ideias desenvolvidas por Peter Pál Pelbart acerca de afecção. Tal qual o filósofo, os portenhos acreditam

que não sabemos o quanto podemos afetar ou sermos afetados pelo trabalho do outro. Assim, todo

processo artístico é caracterizado por uma investigação pessoal minuciosa no sentido de que a busca é um

importante caminho na criação de linguagens cênicas próprias. Também destacamos a contribuição deste

grupo nas práticas pedagógicas que visam complementar a formação do ator que, segundo a pesquisadora

Josette Feral, transpõe um importante obstáculo na busca por uma técnica pessoal.

1 Orientadora, Professora do Departamento de Artes Cênicas – CEART/UDESC

2 Mestrando do Programa de Pós-graduação em Teatro – PPGT/CEART/UDESC - [email protected]

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A PERFORMANCE E TEATRALIDADE NO TEATRO DE ORGIAS E MISTÉRIOS DE HERMANN NITSCH

Profa. Dra. Vera Collaço

1, Eder Sumariva Rodrigues

2

Palavras-chave: Hermann Nitsch, performance, real/ficcional.

Este texto tem por objetivo realizar algumas reflexões da obra do artista austríaco Hermann Nitsch a partir

do conceito de teatralidade, abordando também aspectos de virtualidade e realidade gerada em suas

performances. O cerne do trabalho de Nitsch envolve pintura, música e teatro ao mesmo tempo em que

transcende os seus limites da vida real, atinge um processo de estetização da vida quotidiana, em

coexistência com a prática social dos indivíduos (público) que interage com a performance. Utilizando de

animais recém-sacrificados para compor a cena, a obra performática de Nitsch tem forte impacto nos

espectadores, coloca-os em posição desconfortável, evocando atos ritualísticos para reorganizar

pensamentos sobre a sociedade contemporânea na qual estão inseridos. Sua performance deixa o

espectador em situação perturbadora, num estado de apreensão indagando-se se o vê diante de seus olhos é

real ou ficcional, artístico ou verídico, natural ou artificial.

1 Orientadora, Professora do Departamento de Artes Cênicas - CEART/UDESC

2 Doutorando do Programa de Pós-Graduação em Teatro - PPGT/CEART/UDESC - [email protected]

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BAILADOS NOS ANOS 20

Vera Regina Collaço1, Laura Cascaes

2

Palavras-chave: Corpo, Dança, Modernidade

Este artigo busca investigar a dança no Teatro de Revista carioca, para analisar as influências do

imaginário da modernidade nos bailados, bem como identificar algumas técnicas de dança incorporadas

junto à produção da cena revisteira, considerando os dançarinos, a preparação corporal e as rupturas

representadas pela modernidade em relação à dança deste período. Para tal, pauta-se no método da história

cultural, tendo como procedimento metodológico, estudos existentes sobre este gênero teatral e análise de

fotografias das cenas dos espetáculos. Para tanto, serão analisados os bailados de um tipo de Revista, a

Revista da década de 1920, que ainda apresenta um fio de enredo, mesmo que de forma muito tênue.

1 Doutoranda, Professora do Departamento de Artes Cênicas – CEART/UDESC

2 Mestranda Laura Silvana Ribeiro Cascaes do Programa de Pós-Graduação em Teatro – PPGT/CEART/UDESC -

[email protected]

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O AMBIENTE DA CENA NO RÁDIOTEATRO: PROCEDIMENTOS ARTÍSTICOS DE RADIOTÉCNICOS, RADIOATORES,

E RADIODRAMATURGOS

Profa. Dra. Vera Regina Martins Collaço1, Leon de Paula

2

Palavras-chave: Ars Acústica, História do radioteatro, Áudio-ficções

Com este projeto, tenho por objetivos investigar e analisar os procedimentos artísticos que eram

adotados pelos profissionais de radioteatro (contra-regras, discotecários, atores e atrizes, diretores e

dramaturgos), a fim de que fosse criado o suporte necessário para a veiculação e consolidação – junto

ao público ouvinte – das histórias que eram transmitidas semanalmente, em episódios seriados pelas

rádios. A metodologia utilizada para a pesquisa, que terá o foco dirigido à performance de caráter

teatral no meio radiofônico, será basicamente composta pela coleta e posterior análise de depoimentos

de entrevistados, além de coleta e análise de documentos (revistas, fotos, manuscritos, textos,

gravações em áudio e vídeos etc) constantes dos arquivos de instituições, tais como o Museu da

Imagem e do Som (no Rio de Janeiro), a Casa da Memória e o Museu da Imagem e do Som (em

Florianópolis) e outras, que possam servir à pesquisa; bem como de acervos pessoais dos profissionais

desse período, que possam contribuir para com a pesquisa. Completa a metodologia uma extensa

pesquisa bibliográfica para levantar os parâmetros do teatro realizado no ambiente do rádio.

1 Orientadora, Professora do Departamento de Artes Cênicas - CEART-UDESC

2 Doutorando do Programa de Pós-Graduação em Teatro -PPGT/CEART-UDESC - [email protected]

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AS PROPOSTAS DE ENCENAÇÃO DE ÓPERA DE STANISLAVSKI E BRECHT

Vera Regina Martins Collaço1, Rosane Faraco Santolin

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Palavras-chave: ópera, brecht, stanislavski.

Esta pesquisa tem o objetivo de inquirir sobre as manifestações no ramo da ópera de dois grandes nomes

da história do teatro: Konstantin Stanislavski e Bertolt Brecht. Com isso, pretende-se, através de revisão

bibliográfica, apontar quais as concepções e práticas de ópera de cada encenador, a partir de elementos

constituintes do espetáculo, tais como: atuação, papel da música, gestual, relação com o público. Serão

vistas, no decurso da análise de tais elementos, convergências e divergências em seus trabalhos. Ao final

da pesquisa, intenta-se também identificar quais contribuições histórico-sociais foram promovidas por

cada encenador em sua época e quais contribuições perpetuaram posteriormente aos seus trabalhos.

1 Orientadora, Professora do Departamento de Artes Cênicas - CEART

2 Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Teatro - PPGT/CEART/UDESC – [email protected]

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