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CEEBJA – CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO BÁSICA PARA JOVENS E ADULTOS FRANCISCO BELTRÃO – PR NRE – FRANCISCO BELTRÃO – PR PROJETO POLÍTICO - PEDAGÓGICO 2010

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CEEBJA – CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO

BÁSICA PARA JOVENS E ADULTOS

FRANCISCO BELTRÃO – PR

NRE – FRANCISCO BELTRÃO – PR

PROJETO POLÍTICO - PEDAGÓGICO

2010

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SUMÁRIO

Apresentação 03

Identificação 04

Objetivo Geral 07

Marco Situacional 08

Marco Conceitual 17

Marco Operacional 35

Referências Bibliográficas 54

Anexos (Plano de Ação) 57

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APRESENTAÇÃO

O PPP é a identidade da escola. O eixo de toda e qualquer ação a ser

desenvolvida pela escola, construído pelo coletivo da comunidade escolar.

Para elaboração do PPP duas dimensões da prática escolar precisam ser

repensadas. A Formal (técnica) e a Política. Uma não está subordinada a outra cada

uma tem perspectivas próprias, porém o objetivo deve ser um só que é dar ao

educando as condições para conquistar sua cidadania.

Há necessidade de se repensar o ensino, a aprendizagem, a avaliação e o PPP,

numa forma investigativa com reflexão de caminhos e ações de acordo com a realidade

da escola. Isto possibilita construir coletivamente uma linha pedagógica bem definida

para atender os reais anseios da comunidade escolar.

Alguns princípios fundamentais devem ser garantidos na construção do PPP

como o de igualdade e de oportunidade para todos os envolvidos no processo e que o

resultado do PPP englobe os três marcos: situacional (o que é?); conceitual (para

que?); e o operacional (como?). Os três marcos buscam o pleno desenvolvimento do

educando com sua instrumentalização para o trabalho visando à emancipação humana;

qualidade de aprendizagem; inserção da escola na realidade comunitária e a partir daí

possibilitar transformações da vida do indivíduo, respeitando a sua identidade cultural.

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IDENTIFICAÇÃO

O Centro Estadual de Educação Básica para Jovens e Adultos de Francisco

Beltrão - CEEBJA localiza-se na Rua União da Vitória, nº 1272, tem como entidade

mantenedora o Governo do Estado do Paraná e é administrado pela Secretaria de

Estado da Educação, subordinado ao DET – Departamento de Educação e Trabalho

com sede em Curitiba.

Este estabelecimento de ensino iniciou sua história em novembro de 1985

quando da elaboração do projeto de implantação do NAES – Núcleo Avançado de

Ensino Supletivo de Francisco Beltrão, jurisdicionado ao CES - Centro de Estudos

Supletivos de Cascavel, o qual foi encaminhado para análise e aprovação, em 09 de

Dezembro do mesmo ano.

Foi autorizado a funcionar pela Resolução nº. 921 de 03/03/1986 –D.O.E.

12/03/86, ofertando ensino de 1º Grau Função Suplência de Educação Geral de 5ª à 8ª

séries. Sendo que no período de março até maio, fez-se o trabalho de elaboração do

material didático-pedagógico e a divulgação da escola. A partir de maio do mesmo ano,

iniciou-se o trabalho efetivo com os alunos, sendo que os mesmos eram orientados, na

época por 09 professores das diferentes disciplinas da Matriz Curricular.

Também, no mês de maio de 1986, o NAES foi autorizado a aplicar Exames de

Equivalência, com o objetivo de certificar o candidato inscrito para conclusão da 4ª

série. Durante o decorrer do ano acima mencionado 02(dois) alunos concluíram seus

estudos de 5ª a 8ª séries.

Em 21 de junho de 1990, através do Parecer 021/90, o Conselho Estadual de

Educação autorizou o funcionamento do primeiro segmento (1ª a 4ª série) em regime

de matrícula por disciplina e cursada por módulos.

Em 13/05/1992, através da Resolução nº. 1398/92, o NAES de Francisco Beltrão

foi transformado em Centro de Estudos Supletivos – CES de Francisco Beltrão.

O Estabelecimento foi reconhecido pela Resolução nº. 1358/93 publicado no

Diário Oficial do Estado dia 15/04/93.

Pela Resolução nº477/95 de 19 de junho de 1995 foi autorizado o funcionamento

do curso de 2º Grau Supletivo – Função Suplência de Educação Geral.

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Através da Resolução nº691/98 de 16 de março de 1998 foi designado ao CES a

função de CES- POLO.

Através da Resolução nº120/98 o CES passou a denominar-se CEAD - Centro

Estadual de Educação Aberta Continuada a Distância.

No período de 19 de setembro de 1996 até dezembro de 1997 funcionaram os

Postos Avançados (PACs) com a Escola do Campo Casa Familiar Rural de Francisco

Beltrão, Marmeleiro, Manfrinópolis e Enéas Marques. Após este período os monitores

das casas ficaram responsáveis pela escolarização dos alunos, do curso de

Qualificação em Agricultura e do Ensino Fundamental e o CEEBJA pela Certificação.

As parcerias fazem parte do CEEBJA desde 1995, quando foram firmados

Termos de Cooperação Técnica entre o Estado, Escola e as empresas: Sadia, Camilotti

e Gralha Azul de Francisco Beltrão. E em 1999 com a Krindgers e Simoneto do

município de Ampére.

Em 15/12/1999 através da Resolução nº. 4561/99 a escola passou a denominar-

se CEEBJA (Centro Estadual de Educação Básica para Jovens e Adultos).

Com a nova Proposta Pedagógica Curricular (P.P.C.) presencial, a partir de

2006, houve a reorganização da oferta de EJA no Paraná, sendo que os municípios de:

Marmeleiro, Renascença, Salgado Filho, Verê, Manfrinópolis e Francisco Beltrão

ofertam APEDs, vinculadas a este CENTRO.

A partir do segundo semestre de 2008 este Estabelecimento passou a atender o

Centro de Ressocialização e Detenção (CDR) de Francisco Beltrão na forma de

APEDs.

Também oferta Exames de Suplência do Ensino Fundamental e Médio.

Uma das experiências relevante foi à oferta pela escola, de um Projeto de

Educação Continuada a alunos concluintes do Ensino Médio, cujo resultado foram

inúmeras aprovações em vestibulares e concursos.

Em agosto de 2000 foi instalado o Centro de Excelência de Xadrez, projeto este

que atendia alunos de escolas públicas possibilitava o contato via Internet com

enxadristas renomados o qual funcionou até o final de 2002, divulgando amplamente a

prática do jogo entre alunos do Ensino Fundamental e Médio.

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Através da Resolução nº. 2993/2001 – D.O.E. 30/01/02 a escola obteve a

Renovação do Reconhecimento.

A partir de 2002, com a autorização do DEJA o CEEBJA passou a ofertar os

exames “on line” e em 2007 os mesmos foram suspensos, porém retomados em 2009.

Em 2003 iniciou-se a oferta do ensino de Italiano, projeto desenvolvido através

do CELEM (Centro Estadual de Língua Estrangeira Moderna), também suspenso em

2006.

Atualmente, ou seja, em 2010 o estabelecimento conta com 1401 alunos

regularmente matriculados, sendo:

- Ensino Fundamental – Fase I: 126 – APED/CDR

- Ensino Fundamental – Fase ll: sede 321 alunos – APEDs 206 alunos;

- Ensino Médio: sede 563 alunos; APEDs 202 alunos.

Esses números variam diariamente, devido à forma de organização do

CEEBJA, que aceita matrículas em qualquer período letivo e em qualquer dia do ano.

Com alunos concluindo e iniciando, continuamente, na sede e também nas APEDs,

desde que, devidamente autorizadas pelos órgãos competentes.

O quadro de pessoal docente-técnico-administrativo do estabelecimento é

composto por 102 profissionais assim distribuídos:

- 01 Direção Geral;

- 01 Direção Auxiliar;

- 03 Professores Pedagogos;

- 02 Coordenadores Gerais de APEDs;

- 03 Coordenadores Itinerantes (APEDs);

- 02 Professores Pedagogos itinerantes (APEDs/CDR);

- 01 Coordenador de Exames Supletivos;

- 37 Professores da sede e 36 professores de APEDs;

- 13 Secretaria e Apoio Administrativo;

- 01 professor itinerante 20 horas; o mesmo = apoio permanente 20 horas.

- 02 intérpretes;

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OBJETIVO GERAL

Atendendo ao disposto nas Constituições Federal e Estadual, na Lei nº. 9394/96,

nas Diretrizes Curriculares Nacionais de Educação de Jovens e Adultos, instituídas pelo

Parecer 011/2000 CNE, este Estabelecimento de Ensino deverá ofertar cursos de

Ensino Fundamental - Fase I para alunos em privação de liberdade, Fase II e Ensino

Médio destinados à escolarização do jovem, do adulto e do idoso, por meio de

metodologia adequada ao desenvolvimento cultural e formação da vida cidadã dos

educandos.

Sendo assim o Projeto Político Pedagógico tem como objetivo assegurar aos

educandos igualdade de condições para o acesso e permanência na Escola, com

isenção de qualquer taxa vinculada à matrícula, garantia de uma educação básica

igualitária e de qualidade. Para que isso se efetive é necessário que o processo ensino-

aprendizagem seja coerente com seu papel na socialização dos sujeitos, que os levem

à emancipação e à afirmação de sua identidade cultural e ao exercício de uma

cidadania democrática, reflexo de um processo cognitivo crítico e emancipatório

articulados aos três eixos do trabalho pedagógico com jovens adultos e idosos:

trabalho, cultura e tempo.

Nesta perspectiva o P.P.P. construído com todo o coletivo escolar propõe ações

concretas para viabilizar e garantir a efetivação do processo ensino-aprendizagem,

devendo ser constantemente reavaliado para possíveis e prováveis adequações.

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MARCO SITUACIONAL

No atual contexto da educação, a EJA encontra-se, juntamente com a Educação

Básica do Ensino Regular, valorizada, e por isso o CEEBJA está vivendo e convivendo

com mudanças significativas que vem melhorando muito a qualidade do ensino, voltado

ao jovem adulto e idoso. Enfatiza os conteúdos científicos que possibilite a este aluno

apropriar-se dos mecanismos sociais e culturais para além da escola, participando no

mundo do trabalho, com consciência crítica, espírito inovador e transformador.

Os alunos do CEEBJA são em geral oriundos das classes assalariadas, urbanas

ou rurais, com diferentes origens étnicas e culturais, com direito de acesso ao

conhecimento produzido pela humanidade, que, na escola se traduzem pelos

conteúdos das diferentes disciplinas.

Os conteúdos na EJA são tratados de forma contextualizada respeitando os

conhecimentos trazidos do cotidiano deste aluno, que vive e convive em diferentes

ambientes formativos (família, trabalho, igreja, associações, clubes, esportes, lazer) e

que em conseqüência dessas convivências traz uma bagagem cultural significativa e

que deve ser ouvida, conhecida e respeitada pelos agentes educacionais que convivem

e trabalham ao mesmo tempo em que transforma o espaço escolar em um ambiente de

confronto e diálogo entre os conhecimentos sistematizados, e os conhecimentos do

cotidiano popular, referência e ponto de partida para a sedimentação do saber

científico.

A Educação de Jovens e Adultos – EJA tem como finalidades e objetivos o

compromisso com a formação humana e com o acesso a cultura geral de modo a que

os educandos venham a participar política e produtivamente das relações sociais, com

comportamento ético e compromisso político, através do desenvolvimento da autonomia

intelectual e moral.

Tendo em vista este papel a educação neste CEEBJA volta-se para uma

formação na qual os educandos trabalhadores aprendem permanentemente, refletem

criticamente, agem com responsabilidade individual e coletiva.

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É característica desta modalidade de ensino a diversidade do perfil dos

educandos com relação à idade, ao nível de escolarização em que se encontram a

situação sócio-econômica e cultural, as ocupações e a motivação pelo qual procuram à

escola.

O processo de urbanização, a aceleração da industrialização capitalista,

provocou uma demanda explosiva na educação formal. Com o ingresso massivo das

classes populares, que vão chegando de fato à escola, a qualidade da educação sofreu

impactos negativos, que vem aos poucos sendo recuperados.

Porém não basta afirmar que o aumento da quantidade de cidadãos na escola

pública leva ao declínio da qualidade de ensino. Para isso é necessário pensar uma

nova qualidade para uma nova escola, que deve ser tratada junto com a quantidade e a

democratização do acesso e da permanência e absorvida como um sinal de qualidade

social.

A qualidade na educação passa necessariamente pela quantidade. Em uma

democracia plena, quantidade é sinal de qualidade social e, se não se tem quantidade

total atendida, não se pode falar em qualidade.

A democratização do saber revela-se como objetivo maior do CEEBJA para a

educação da classe trabalhadora. Contempla uma sólida base científica, formação

crítica de cidadania e solidariedade das classes sociais. Procura garantir ao jovem,

adulto e idoso o acesso ao saber universal acumulado de modo a serem capazes de

transformá-los em ferramentas de mudanças para uma nova qualidade social.

Em função disso o CEEBJA vem descentralizando suas ações, buscando a

quantidade, em um esforço conjunto com a SEED/DET implantar a qualidade no

atendimento a classe trabalhadora em locais de difícil acesso, e também nos municípios

onde não existe oferta de EJA, e que são de responsabilidade do NRE de Francisco

Beltrão.

A escola vem prestando serviços educacionais ao CDR (Centro de Detenção e

Ressocialização) de Francisco Beltrão, onde oferta desde a alfabetização até o Ensino

Médio, com Pedagogos e professores previamente selecionados, e capacitados.

Em um esforço pela democratização da educação, faz-se necessário

democratizar todas as ações da escola, incluindo-se aqui a gestão e para auxiliar nesta

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construção conta-se com a participação do Conselho Escolar que dá suporte a

Administração para o cumprimento da função social da escola, tendo a APAF

(Associação de professores Alunos e Funcionários) cuja função entre outras, é

acompanhar, aplicar e gerenciar os recursos financeiros, bem como proporcionar

condições aos educandos de participar de todo o processo escolar.

Respeitando o perfil do educando da EJA, oportuniza-se ao mesmo a livre

iniciativa de escolha de seu atendimento, que pode ser individual e coletivo, levando-

se em conta o tempo em que parou de estudar e suas necessidades de trabalho e

familiares.

Convive-se, com o que está exposto nas Diretrizes Curriculares Nacionais, a

LDB 9394/96, as Diretrizes Curriculares Estaduais para Educação de Jovens e Adultos,

e a Proposta Pedagógica de EJA implantada em 2006 que segue a Pedagogia Histórico

Crítica.

Considerando que os saberes e a cultura do educando devem ser respeitados

como ponto de partida real do processo pedagógico, a avaliação contempla,

necessariamente, as experiências acumuladas e as transformações que marcam o seu

trajeto educativo, tanto anterior ao reingresso na educação formal, como durante o atual

processo de escolarização.

A avaliação processual utiliza técnicas e instrumentos diversificados, tais como:

provas escritas, trabalhos práticos, debates, seminários, experiências e pesquisas,

participação em trabalhos coletivos e/ou individuais, atividades complementares

propostas pelo professor, que possam proporcionar o aprendizado dos educandos e

avaliar os conteúdos desenvolvidos.

A oferta da recuperação de estudos significa encarar o erro como hipótese de

construção do conhecimento, de aceitá-lo como parte integrante da aprendizagem,

possibilitando a reorientação dos estudos. Ela se dá concomitantemente ao processo

ensino-aprendizagem, considerando a apropriação dos conhecimentos básicos, sendo

direito de todos os educandos, independentemente do nível de apropriação dos

mesmos.

A recuperação é também individualizada, organizada com atividades

significativas, com indicação de roteiro de estudos, entrevista para melhor diagnosticar

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o nível de aprendizagem de cada educando. Nenhuma nota pode ser inferior a 6,0 (seis

vírgula zero), considerada para aprovação.

O mito da reprovação não é fator para o alto índice de evasão e/ou desistência

dos alunos de EJA, outros motivos se mostram como relevantes, por exemplo:

mudança de residência e de emprego, turno de trabalho, problemas familiares, empatia

com o professor, o medo do fracasso motivado pela baixa auto-estima à situação sócio-

econômica e a acolhida.

A escola dispõe de materiais didáticos (apostilas de todas as disciplinas para

Ensino Fundamental e Médio) fornecidos pela SEED/DET, que servem de apoio ao

trabalho pedagógico, bem como, a Coleção Cadernos de EJA enviados pelo

Secad/MEC, revistas, jornais, materiais de pesquisa disponíveis na Biblioteca, vídeos,

CDs, DVDs educativos e mapas. Para o Ensino Médio, o Livro Didático Público

(Folhas).

Conta com materiais tecnológicos como laboratório de informática com acesso à

Internet, TVs, e TVs pen drive, DVD, retro projetores, microsistem, data show (projetor

multimídia).

A SEED oferta formação continuada a todos os funcionários através de: Semana

Pedagógica; Jornada Pedagógica; Simpósios; Seminários; Pró-funcionário; cursos e

Grupo de Estudos.

A “Hora Atividade” é ofertada a todos os professores e desenvolvida nos dias

estabelecidos por cronograma, cumpridas integralmente no espaço escolar. A mesma é

utilizada para atividades de planejamento discussões e momentos livres para leituras e

estudo do professor.

Pesquisa feita com os alunos nos aponta que, o motivo mais marcante para o

seu retorno aos bancos escolares é a sua promoção no emprego, a satisfação pessoal

e a busca pela certificação. Isto demonstra que o mundo do trabalho está exigindo um

novo homem, com capacidade de pensar o seu espaço, ser criativo e dominar as

diferentes tecnologias que estão sendo incorporadas à indústria, ao comércio, à

agricultura, enfim, a todos os meios de produção.

Para os alunos de EJA a escola tem significativa importância, pois quando a

procuram, já sabem o porquê e têm plena consciência de que ela fará a diferença em

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suas vidas. Demonstra gostar mais da disciplina que tem influência sobre o seu

cotidiano, isso nos dá certeza que devemos trabalhar conteúdos significativos e

contextualizados na concretude de sua cientificidade.

Quanto aos profissionais da escola, um dos aspectos que os preocupa é o

trabalho coletivo que acontece somente nas reuniões pedagógicas, nos planejamentos

e replanejamentos propostos no calendário escolar. No entanto à hora-atividade

também deveria ser agrupada por disciplina, o que no CEEBJA muitas vezes não

acontece, principalmente nos turnos da manhã e tarde em função da demanda

existente, o que impossibilita o encontro dos mesmos para troca de experiências.

Na sala de aula, as dificuldades são: falta material adequado para dar conta da

PPC atual; alunos com muita dificuldade pelo tempo que estão afastados da escola;

turmas heterogêneas; alunos trabalhadores que chegam à escola, cansados cujo

rendimento fica aquém do esperado.

O espaço físico da escola é apropriado aos alunos que não tem deficiências que

dificulta a mobilidade independente, porém, apresenta problemas quanto à adequação

a acessibilidade autônoma. Escadarias e banheiros inadequados para deficientes

visuais e para cadeirantes. Porém, possibilita o atendimento na Biblioteca ou auxilia no

trânsito das pessoas. A escola está na medida do possível, adequando os espaços com

a finalidade de atender esta demanda.

ORGANIZAÇÃO INTERNA DA ESCOLA

Quanto aos critérios de organização interna, este estabelecimento de ensino tem

como uma das finalidades, a oferta de escolarização de jovens, adultos e idosos que

buscam dar continuidade a seus estudos no Ensino Fundamental ou Médio,

assegurando-lhes oportunidades apropriadas, consideradas suas características,

interesses, condições de vida e de trabalho, mediante ações didático-pedagógicas

coletivas e/ou individuais.

Portanto, este Estabelecimento Escolar oferta Educação de Jovens e Adultos –

presencial que contempla o total de carga horária estabelecida na legislação vigente,

nos níveis do Ensino Fundamental e Médio, com avaliação no processo.

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Os cursos são caracterizados por estudos presenciais desenvolvidos de modo a

viabilizar processos pedagógicos, tais como:

● Pesquisa e problematização na produção do conhecimento;

● Desenvolvimento da capacidade de ouvir, refletir e argumentar;

● Registros, utilizando recursos variados (esquemas, anotações, fotografias,

ilustrações, textos individuais e coletivos), permitindo a sistematização e socialização

dos conhecimentos;

● Vivências culturais diversificadas que expressem a cultura dos educandos, bem

como a reflexão sobre outras formas de expressão cultural.

Para que o processo seja executado a contento, os professores elaboram o Plano

de Trabalho Docente, que define conteúdos, metodologias e avaliação, de acordo com

a PPC, o PPP e as Diretrizes Curriculares Estaduais para EJA, sob a orientação da

Equipe Pedagógica, tanto no atendimento individual como no coletivo.

Nesse sentido, a escolarização, em todas as disciplinas, é organizada de forma

coletiva e individual, ficando a critério do educando escolher a maneira que melhor se

adapte às suas condições e necessidades, ou mesmo mesclar essas formas, ou seja,

cursar algumas disciplinas organizadas coletivamente e outras individualmente.

A oferta é programada pela escola e oferecida aos educandos por meio de um

cronograma que estipula o período, dias e horário das aulas, com previsão de início e

término de cada disciplina, oportunizando ao educando a integralização do currículo. A

mediação pedagógica ocorre priorizando o encaminhamento dos conteúdos de forma

coletiva, na relação professor – educando e considerando os saberes adquiridos na

história de vida de cada educando.

Na organização individual é oferecido aos educandos um cronograma que estipula

o período, dias e horário das aulas, contemplando mais intensamente a relação

pedagógica personalizada e o ritmo próprio do educando, nas suas condições de

vinculação à escolarização e nos saberes já apropriado.

Ao ofertar estudos referentes ao Ensino Fundamental – Fases I e II, este

estabelecimento escolar tem como referência as Diretrizes Curriculares Nacionais e

Estaduais de EJA, que consideram os conteúdos como meios para que os educandos

possam produzir bens culturais, sociais, econômicos e deles usufruírem.

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O Ensino Médio no Estabelecimento Escolar tem como referência em sua oferta,

os princípios, fundamentos e procedimentos propostos nas Diretrizes Curriculares

Nacionais para o Ensino Médio – Parecer 15/98 e Resolução nº02 de 07 de abril de

1998/CNE e nas Diretrizes Curriculares Estaduais da Educação de Jovens e Adultos.

A EJA contempla, também, o atendimento a educandos com necessidades

educativas especiais. Considerando a situação em que se encontram individualmente

estes educandos, priorizam ações educacionais específicas e que oportunizam o

acesso, a permanência e o êxito destes no espaço escolar.

No momento o CEEBJA atende alunos com deficiências mental leve, visual e

auditiva além de patologias específicas. Para a deficiência auditiva, conta-se com dois

professores especializados em Libras. Não temos “Sala de Apoio” e nem “Sala de

Recursos”. Convivemos também com portadores de condutas típicas de síndromes e

quadros psicológicos, neurológicos e psiquiátricos. Para esses casos contamos com um

professor de Apoio Permanente (PAP). Atende-se também educandos em privação de

liberdade, no Centro de Detenção e Ressocialização de Francisco Beltrão, na forma de

APEDs.

Garante-se, dessa forma, que a inclusão educacional realize-se, assegurando o

direito à igualdade com equidade de oportunidades. Isso não significa o modo igual de

educar a todos, mas uma forma de garantir os apoios e serviços especializados para

que cada um aprenda, resguardando-se suas singularidades.

Este Estabelecimento Escolar oferta Ações Pedagógicas Descentralizadas,

(APEDs) efetivadas em situações de evidente necessidade, dirigidas a grupos sociais

com perfis e necessidades próprias e onde não haja oferta de escolarização para

jovens, adultos e idosos, respeitada a proposta pedagógica e o regimento escolar,

desde que autorizado pela SEED, segundo critérios estabelecidos pela mesma

Secretaria em instrução própria.

A escola oferta ainda Exames Supletivos, para o Ensino Fundamental e Médio

atendendo ao disposto na Lei nº 9394/96, desde que autorizado e credenciado pela

Secretaria de Estado da Educação, por meio de Edital próprio, essa oferta é anual.

O Ensino Fundamental Fase I está organizado por Áreas do Conhecimento:

Língua Portuguesa, Matemática e Estudos da Sociedade e da Natureza.

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Para a Fase II e Ensino Médio, os componentes curriculares estão organizados

por Disciplinas.

A Fase II está organizada por nove disciplinas, ou seja:

● Língua Portuguesa, 272 horas aula;

● Educação Artística, 64 horas aula;

● Lem – Inglês, 192 horas aula;

● Educação Física, 64 horas aula;

● Matemática, 272 horas aula;

● Ciências Naturais, 192 horas aula;

● História, 192 horas aula;

● Geografia, 192 horas aula;

● Ensino Religioso, 10 horas aula.

A oferta de Ensino Religioso é obrigatória para a escola e opcional para o aluno.

O total da Carga Horária na Fase II corresponde a 1440 horas aula, obrigatórias

ou 1450 h/aula incluso Ensino Religioso (opcional).

Enquanto que o Ensino Médio é composto por 12 disciplinas obrigatórias e uma

opcional, assim distribuídas:

● Língua Portuguesa e Literatura, 208horas aula;

● LEM – Inglês, 128horas aula;

● Arte, 64 horas aula;

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● Educação Física, 64 horas aula;

● Matemática, 208 horas aula;

● Química, 128 horas aula;

● Física, 128 horas aula;

● Biologia 128 horas aula;

● História, 128 horas aula;

● Geografia 128 horas aula;

● Sociologia, 64 horas aula;

● Filosofia, 64 horas aula;

● LEM - Espanhol, 128 horas aula. (Opcional).

O total da Carga Horária do Curso corresponde a 1440 horas aula, obrigatórias

ou 1568, incluso o Espanhol (opcional).

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MARCO CONCEITUAL

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDBEN nº 9394/96, em seu

artigo 37, prescreve que “a educação de jovens e adultos será destinada àqueles que

não tiveram acesso ou continuidade de estudos no ensino fundamental e médio na

idade própria”.

A definição acima citada e as políticas educacionais explicitadas nas Diretrizes

Curriculares Estaduais para Educação de Jovens e Adultos, enquanto modalidade

educacional que atende a educandos-trabalhadores tem como finalidades e objetivos o

compromisso com a formação humana e com acesso a cultura geral, de modo a que os

educandos venham a participar política e produtivamente nas relações sociais, com

comportamento ético e compromisso político, através de desenvolvimento da autonomia

intelectual e moral.

A prática educativa proposta neste documento é resultado de uma ampla

reflexão da comunidade escolar que almeja uma sociedade igualitária e justa sem

discriminação quanto a credos, raça e condição sócio-econômica-cultural, onde haja

respeito aos órgãos e autoridades legalmente constituídas e que todos possam ter

dignidade. E uma escola que valorize as culturas e os costumes onde se assenta a raiz

dos educandos e que priorize uma educação de qualidade, que dê subsídios para

formação de cidadãos conscientes e aptos a atuar na sociedade, com embasamento

intelectual e crítico, valorizando o conhecimento científico e aquisição do saber.

A organização da proposta pedagógica articula-se com os eixos: cultura, trabalho

e tempo. Segundo Willians, 1992, a cultura compreende toda a forma de produção da

vida material e imaterial e compõe um sistema de significações envolvido em todas as

formas de atividade social, como elemento de mediação da formação humana quando

se torna objeto da educação que se traduz, na escola, em atividade curricular.

O trabalho compreende uma forma de produção da vida material a partir do qual

se produzem distintos sistemas de significação. É a ação pela qual o homem transforma

a natureza e transforma-se a si mesmo. Portanto, a produção histórico-cultural atribui à

formação de cada novo, indivíduo, também, essa dimensão histórica.

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A ênfase no trabalho como princípio educativo não deve ser reduzido à

preocupação em preparar o trabalhador para atender às demandas do industrialismo e

do mercado de trabalho nem apenas destacar as dimensões relativas à produção e às

suas transformações técnicas. (ARROYO,2001)

Os vínculos entre educação, escola e trabalho situam-se numa perspectiva mais

ampla, a considerar a constituição histórica do ser humano, sua formação intelectual e

moral, sua autonomia e liberdade individual e coletiva, sua emancipação.

Uma das razões pelas quais os educandos da EJA retornam para a escola é o

desejo de elevação do nível de escolaridade para atender às exigências do mundo do

trabalho. Cada educando que procura a EJA, porém, apresenta um tempo social e um

tempo escolar vivido, o que implica a necessidade de reorganização curricular, dos

tempos escolares, para a busca de sua emancipação.

Do ponto de vista da dimensão social, pode-se dizer que os educandos viveram

e vivem tempos individuais e coletivos, os quais compreendem os momentos da

infância, da juventude, da vida adulta, no contexto das múltiplas relações sociais.

Na dimensão escolar, o tempo dos educandos da EJA é definido pelo período de

escolarização e por um tempo singular de aprendizagem, bem diversificado, tendo em

vista a especificidade dessa modalidade de ensino que considera a disponibilidade de

cada um para a dedicação aos estudos.

O tempo e o espaço são aspectos da cultura escolar. Portanto, fazem parte da

ação pedagógica, regulam e disciplinam educandos e educadores de diversas formas,

conforme a escola ou mesmo conforme cada sistema educacional.

A organização do tempo escolar compreende três dimensões: o tempo físico, o

tempo vivido e o tempo pedagógico. O primeiro está relacionado ao calendário escolar

organizado em dias letivos, horas/aula, bimestres que organizam e controlam o tempo

da ação pedagógica. O segundo diz respeito ao tempo vivido pelo professor nas suas

experiências pedagógicas, nos cursos de formação, na ação docente propriamente dita,

bem como o tempo vivido pelos educandos nas experiências sociais e escolares. O

último compreende o tempo que a organização escolar destina para escolarização e

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socialização do conhecimento. Ainda, há o tempo que o aluno dispõe para se dedicar

aos afazeres escolares internos e externos exigidos pelo processo educativo.

Para que ocorram mudanças na forma de organizar o conhecimento na escola, é

imprescindível que toda a ação educativa esteja voltada aos educandos. É preciso

rever a cultura escolar em seus aspectos limitadores como, por exemplo, nas práticas

formais de planejamento que desconsideram os aspectos dinâmicos e concretos do

ensino e da aprendizagem, nas aulas distanciadas da realidade de referência do

educando, nas práticas de avaliação coercitivas e burocráticas, na ausência de

interlocução entre a escola e a comunidade, dentre outras.

Pensamos uma escola que valorize as culturas, seus costumes, onde se assenta

a raiz dos educandos, onde a relevância do saber esteja à frente da sociedade,

proporcionando condições para o aluno inserir-se na sociedade, em síntese, ter espírito

crítico.

Valorizamos ainda uma educação que dê subsídios para a formação de cidadãos

conscientes e aptos a atuar na sociedade, com embasamento intelectual e crítico,

valorizando o conhecimento científico e a aquisição do saber.

Assim sendo valorizamos a cultura dos valores morais, sem moralismo. Valores

estes que devemos resgatar urgentemente, pois está cada vez mais difícil a

manutenção da ética. Buscar uma cultura dinâmica que mantenha e respeite o meio em

que as pessoas vivem. Valorizar sua própria cultura oportunizando a cultura clássica.

Educadores e educadoras necessitam reforçar a consciência de que valores e

conhecimentos, em vez de serem determinações de uma natureza humana imóvel, são

resultantes de uma sucessão de ocorrências existenciais.

Devemos trabalhar os conhecimentos empíricos, combinando estes, ao

conhecimento científico elaborado, desta forma proporcionar aos educandos

possibilidades para que eles tenham oportunidades de utilizá-los no seu dia a dia,

propiciando uma melhor qualidade de vida.

As tecnologias da informação e da comunicação são indiscutivelmente, temas

urgentes e palpitantes para todos os cidadãos brasileiros. Mais ainda se torna uma

questão de possibilidades e novos caminhos para a Educação, e, dentro desta, uma

crescente e necessária utilização de suas ferramentas no processo educacional.

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A utilização das novas tecnologias de informação e comunicação trouxe

mudanças profundas nas relações econômicas, políticas, sociais e culturais e, ao

mesmo tempo em que pontes informacionais foram construídas – ligando mercados,

capitais, interesses e pessoas e permitindo trocas numa velocidade jamais imaginada,

também abismos foram criados (ou aprofundados), deixando de um lado aquelas

pessoas que têm acesso e recursos para a utilização efetiva das tecnologias e de outro,

as que não tem.

A palavra “tecnologia” encontra-se hoje com a mesma difusão de outrora das

palavras “democracia e liberdade”. O homem chamado moderno não pode se

desprender destes significados tão próximos, embora ainda com certa dose de utopia

na sua realização. As novas tecnologias já ultrapassam o campo do visível e das

ferramentas, são também meios e métodos de intervenção na vida de todos nós.

Assim sendo, a escola como espaço de organização dos conhecimentos deve

proporcionar situações didáticas que levem os alunos jovens, adultos e idosos a criar

afinidades com recursos tecnológicos da maneira a complementar os conteúdos

aprendidos em sala de aula que os auxiliem a fazerem uma “leitura de mundo” através

de uma analise critica das informações que a tecnologia oferece.

As tecnologias, assim como os demais recursos didáticos têm sua função

enquanto meios que potencializam o ato de ensinar e aprender. As utilizamos

principalmente para facilitar a compreensão de conceitos abstratos, na resolução de

problemas e ainda, para aumentar a motivação pela aprendizagem, promovendo

trabalhos cooperativos e colaborativos. Levando em consideração os diferentes estilos

e necessidades cognitivas dos alunos. Os recursos influenciam em maior ou menor

grau o rendimento escolar, mas sem dúvida, são grandes contributivos no

desenvolvimento da aprendizagem.

Os valores e conhecimentos não têm existência autônoma, dependem para

realizar-se, de humanos que os elaborem, atribuindo-lhes significados e dando-lhes

suporte de manifestação. O significado simbólico dessas nossas referências

existenciais não é igual para todos, sempre, pois é moldado, em termos estruturais,

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pela cultura na qual está mergulhado e, por conseqüência, pela sociedade e pela

história dessa cultura.

Faz-se necessário, portanto, o trabalho coletivo, alicerçado numa prática

transformadora a fim de construir uma avaliação diagnóstica, que possibilite ao

professor conhecer a realidade do aluno, tendo consciência de que tipo de sociedade e

de homem que quer formar (transformar, modificar). Contínua, não deve ser utilizada

apenas com um fim em si mesma, mas como um processo pedagógico emancipatório

que proporcione mudanças significativas, reflexivas, relacionais e compreensíveis. Para

que a avaliação atinja os seu objetivo maior deverá ser utilizada também pelo educador

como instrumento que possibilite auto-avaliação e o pensar contínuo de sua prática

pedagógica.

Devemos construir um processo avaliativo, que leve em consideração os

diferentes níveis de desenvolvimento do educando. Que saiba analisar do ponto de

partida ao ponto de chegada. Que avalie o todo e não somente as partes.

A avaliação é compreendida como uma prática que alimenta e orienta a

intervenção pedagógica. É um dos principais componentes do ensino, pelo qual se

estuda e interpreta os dados da aprendizagem. Tem a finalidade de acompanhar e

aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos educandos, diagnosticar os resultados

atribuindo-lhes valor.

Na avaliação da aprendizagem é fundamental a análise da capacidade de

reflexão dos educandos frente às suas próprias experiências. E, portanto, deve ser

entendida como processo contínuo, descritivo, compreensivo que oportuniza uma

atitude crítico-reflexivo frente à realidade concreta.

O processo educativo deve estar compromissado com a mudança social,

buscando garantir a formação de identidade dos cidadãos. Pensar na formação do

Jovem, Adulto trabalhador e Idoso que responda as novas exigências desta sociedade,

requer um educador que garanta a inter-relação personalizada e contínua do educando

com o sistema de ensino, propondo coletivamente as ações de intervenção,

acompanhando e avaliando sistematicamente o trabalho a ser realizado.

O profissional diretamente responsável pelo processo ensino-aprendizagem, ou

seja, o professor tem que ter espírito inovador e disposição para enfrentar e aceitar

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mudanças. Que seja criativo, com disposição para trabalhar coletivamente, que

privilegie o diálogo e saiba articular o saber que o aluno traz do seu cotidiano com o

saber sistematizado acumulado historicamente pela sociedade.

A gestão democrática no ensino está contemplada na Constituição Federal de

1988 no Art. 206 item VIII: gestão democrática na forma da LEI. Na LDB 9394/96 no

Art 30.: O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios: VIII - gestão

democrática do ensino público, na forma desta Lei e da legislação dos sistemas de

ensino. Art. 14.: Os sistemas de ensino definirão as normas de gestão democrática (...):

I – participação dos profissionais da educação na elaboração da proposta pedagógica;

II – participação da comunidade escolar e local em conselhos escolares, APAF ou

equivalente. Art. 15: Os sistemas de ensino assegurarão às escolas progressivos graus

de autonomia pedagógica, administrativa e de gestão financeira.

Cabe aqui, nesta regulamentação o princípio da autonomia delegada, pois esta

lei decreta a gestão democrática com seus princípios vagos no sentido de que não

estabelece diretrizes bem definidas para delinear a gestão democrática, apenas aponta

o lógico, a participação de todos os envolvidos. Nesse ínterim, o caráter deliberativo da

autonomia assume uma posição ainda articulada com o Estado.

Também se apresenta como fator à acomodação na autonomia delegada, “os

limites e condicionantes históricos” produzidos na escola brasileira, que vem colocando

o ensino como processo reprodutor de um saber parcelado que muito tem refletido nas

relações de trabalho e na predominância da desvinculação do conhecimento do projeto

global da educação e da sociedade. O professor dono dos saberes, o aluno receptivo

ou objeto, as relações de poder estabelecidas, isso sem falar na homogeneidade

enraizada nas práticas pedagógicas oculta pelo ideário dominante.

A Deliberação 16/99, do Conselho Estadual de Educação no Artigo quatro

menciona que a comunidade escolar é o conjunto constituído pelos corpos docente e

discente, pais de alunos, funcionários e especialistas, todos protagonistas da ação

educativa em cada estabelecimento.

§ Único: A organização institucional de cada um desses segmentos terá seu

espaço de atuação reconhecido pelo regimento escolar. Art. 5.º - A Direção Escolar tem

como principal atribuição coordenar a elaboração e a execução da proposta

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pedagógica, eixo de toda e qualquer ação a ser desenvolvida pelo estabelecimento.

Art. 6.º - A gestão escolar da escola pública, como decorrência do princípio

constitucional da democracia e colegialidade, terá como órgão máximo de direção

um colegiado. § 1.º - O órgão colegiado de direção será deliberativo, consultivo e

fiscal, tendo como principal atribuição estabelecer a proposta pedagógica da escola,

eixo de toda e qualquer ação a ser desenvolvida no estabelecimento de ensino. § 2.º -

O órgão colegiado de direção será constituído de acordo com o princípio da

representatividade, devendo abranger toda a comunidade escolar, cujos representantes

nele terão, necessariamente, voz e voto. § 3.º - Poderão participar do órgão colegiado

de direção representante dos movimentos sociais organizados, comprometidos com a

escola pública, assegurando-se que sua representação não ultrapasse 1/5 (um quinto)

do colegiado.

Gestão Democrática é o processo político através do qual, as pessoas na escola

discutem, deliberam e planejam, solucionam problemas e os encaminham,

acompanham, controlam e avaliam o conjunto das ações voltadas ao desenvolvimento

da própria escola.

Este processo, sustentado no diálogo e na alteridade, tem como base à

participação efetiva de todos os segmentos da comunidade escolar, o respeito a

normas coletivamente construídas para os processos de tomada de decisões e a

garantia de amplo acesso às informações aos sujeitos da escola.

A democratização da gestão pressupõe compreender: a educação como direito

de todos; a escola como serviço público; participação como política; e a alteridade.

A efetivação da gestão democrática encontra resistências ou dificuldades

externas à escola como: pouca vontade política; contrariedade à idéia de participação

política. Dificuldades externas: resistência à socialização do saber; visão

patrimonialista. Dificuldades gerais: cultura democrática ainda pouco consolidada nos

diversos segmentos da sociedade. Dificuldades em entender a importância do Controle

Social.

Nos dias atuais, o processo de mudança epistemológica ainda sugere a

necessidade de se refletir sobre o velho debate filosófico entre “aparência” e a

“realidade”. Para elucidar esse embate, Gadotti apresenta a concepção dialética como

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fundamento à Educação, enquanto filosofia da práxis. A constituição da prática de se

pensar a prática na perspectiva de apreensão da totalidade, à medida que dialetizar a

práxis é produzir a si mesmo, descobrindo limites e desmascarando o futuro, em

movimento.

Dessa forma, nota-se que nesse modelo organizacional da gestão democrática

escolar, ainda é possível perceber o distanciamento entre o pedagógico e o

administrativo, sobretudo no que concerne à coordenação de um projeto pedagógico

integrado.

Assim, de nada adianta uma Lei de Gestão Democrática do Ensino Público que

"concede autonomia" pedagógica, administrativa e financeira às escolas, se diretor,

professores, alunos e demais atores do processo desconhecem o significado político da

autonomia, a qual não é dádiva, mas sim uma construção contínua, individual e

coletiva.

Para pensar este conceito, VIEIRA (2002) indica a autonomia que não pode ser

percebida como um objetivo por excelência, pois é ela que possibilitará ao sujeito

"instituir", "criar suas próprias leis", deixando de viver sempre o "instituído" que lhe é

estranho.

FREIRE (2001) cita: “... O mundo não é. O mundo está sendo. (...) Não sou

apenas objeto da História, mas seu sujeito igualmente. (...) caminho para a inserção,

que implica decisão, escolha, intervenção na realidade...”, portanto, ele retrata a razão

emancipatória que possibilita a visão da totalidade.

Dessa maneira, o projeto pedagógico na autonomia construída deve permitir aos

professores, alunos, coordenadores e diretores estabelecerem uma comunicação

dialógica, para propiciar a criação de estruturas metodológicas mais flexíveis para

reinventar sempre que for preciso. A confirmação desse contexto só poderá ser dada

numa escola autônoma, onde as relações pedagógicas são humanizadas.

Faz-se necessário romper com as tendências fragmentadas e desarticuladas do

modo de conceber o projeto para re-significar as suas práticas, para criar a identidade

de cada escola particularmente. Tendo como ponto de partida, o planejamento.

Que planejamento? Planejamento Político e Operacional. Planejamento político é

o que trata dos fins, dá ênfase à criatividade, às abordagens gerais, busca a eficácia,

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realiza-se no médio e longo prazo, tem o plano como expressão maior. O planejamento

político serve a transformação, sobressai em momentos de crise.

O Planejamento Político nutre-se na ideologia, na filosofia, nas ciências, busca

estabelecer os rumos, firmar a função da escola, do grupo ou movimento que está em

planejamento. O planejamento político desencadeia o operacional e este realiza as

propostas elaboradas no político.

O Planejamento Operacional trata dos meios, aborda cada aspecto

isoladamente, dá ênfase a técnicas, instrumentos, busca a eficiência, limita-se ao curto

prazo, tem o projeto, às vezes o programa como expressão maior. Serve a

manutenção, a melhoria de uma estrutura tida como boa e passível de aperfeiçoamento

e sobressai em momentos de calmaria. Busca encaminhar o fazer, para a realização, a

vivência do rumo e da escola, grupo ou movimento que está em planejamento.

No planejamento político cabe ao gestor desempenhar uma tarefa específica que

é coordenar o processo para que no centro do planejamento esteja professores,

funcionários, alunos e representantes da sociedade organizada. A participação desses

segmentos é fundamental, o da administração pequena. Nos planos de curto prazo,

onde o operacional é mais importante, cresce a presença da administração porque as

questões fundamentais referem-se a meios, recursos e tempo.

A administração é uma tarefa específica do diretor, que requer preparação, e

deve ser exercida por determinadas pessoas (eleitas ou consensualmente designadas)

para centrar sua ação no planejamento operacional.

O diretor deve estar a serviço da instituição e de seus colaboradores. Deve

manter a escola dentro das normas do sistema educacional, segue portarias e

instruções, é exigente no cumprimento dos prazos. Valoriza a qualidade do ensino, o

projeto pedagógico, a coordenação pedagógica e cria oportunidades de capacitação

docente. Preocupa-se com a gestão democrática e com a participação da comunidade.

O bom diretor indica caminhos, é sensível às necessidades da comunidade, e trabalha

em equipe.

O papel do pedagogo nas atividades de planejamento é motivar e dar suporte

pedagógico ao professor é estar junto incentivando, buscando juntamente com ele,

novas metodologias e novas técnicas de trabalho para garantir o ensino-aprendizagem.

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É diagnosticar os problemas, buscar as soluções, avaliar as ações e a melhor maneira

para solucionar problemas, nunca desistir diante das dificuldades e buscar sempre

alternativas por meio de troca de experiências.

A formação dos educadores vem sendo, principalmente a partir da década de 90,

alvo de muitas discussões e descontentamentos. Muitas pesquisas recentes (dentre

elas FONTANA 2000, SADALLA (1998), CUNHA (1992) tem centralizado as suas

investigações procurando encontrar “bons professores”, “professores competentes”,

“professores reflexivos”, ou seja, educadores que em sala de aula apresentam um fazer

pedagógico coerente com concepções progressistas de educação. Entretanto, as

pesquisas têm revelado o quanto a prática pedagógica destes profissionais pode ser

resignificada à luz das novas concepções de educação.

Faz-se necessário pontuar que por muito tempo a formação oficial não teve a

preocupação de incentivar a relação entre teoria e prática docente. Inicialmente,

contentava-se em “reciclar” o educador, descartando o seu conhecimento real,

introduzindo os novos desconectados do velho, oferecendo cursos rápidos e

descontextualizados, somados a palestras e encontros esporádicos superficiais.

Educar/formar nesta nova perspectiva é considerar, conforme defende Nóvoa,

(1992), os professores a partir de três eixos estratégicos: a pessoa do professor e sua

experiência; a profissão e seus saberes, e a escola e seus projetos. “A formação não se

constrói por acumulação (de cursos de conhecimento ou de técnicas), mas sim através

de um trabalho de reflexão crítica sobre práticas e de (re) construção permanente de

uma identidade pessoal. Por isso é tão importante investir na pessoa a dar estatuto ao

saber da experiência”. (NÓVOA, 1992, P.38). Portanto, é preciso respeitar os

professores como pessoas, seres incompletos e eternos aprendizes, que a partir de

uma formação contextualizada buscam transformar-se, entender o grupo no qual estão

inseridos e ressignificar as suas práticas pedagógicas.

Assim, o objetivo central da formação continuada é desenvolver o educador

pesquisador. Não um pesquisador obcecado pela academia ou pela cientificidade, mas

um profissional que tem, primeiramente, uma atitude cotidiana de refletividade da sua

prática, que busca compreender os processos de aprendizagem e desenvolvimento de

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seus alunos e que vai construindo autonomia na interpretação da realidade e dos

saberes presentes no seu fazer pedagógico.

Desta forma, “não se trata de uma simples aquisição de conhecimentos, mas de

uma transformação da própria pessoa envolvendo mecanismos psicológicos mais

amplos, e essa interação sujeito-mundo (local onde hábito e no qual dou e recebo

significações) é que se faz aparecerem problemas mais profundos, os quais a simples

instrução não consegue resolver. É necessária uma prática transformadora constituída

pela teoria e pela ação, formando uma proposta pedagógica que não concebe as

pessoas como ‘destinatárias’ mas como sujeitos da própria atividade política” (MARIN,

1995, P 26). Busca-se, portanto, uma nova competência pedagógica, surgida a partir da

reflexão na e sobre a prática, que em um movimento de ação-reflexão-ação, caminha

para uma menor dicotomia teoria/prática, entendendo sempre que entre uma

determinada teoria que se quer assumir e a prática que se quer ressignificar existe a

teoria do sujeito, a qual se constrói a partir das indagações daquilo que faz.

Enfim, é fundamental que o educador seja auxiliado a refletir sobre sua prática, a

organizar suas próprias teorias, a compreender as origens de suas crenças para que

possa tornar-se pesquisador de sua ação, um profissional reflexivo, que, melhorando o

seu trabalho em sala de aula, recria constantemente sua prática.

O inciso V do Artigo 67 da LDB garante aos professores, aperfeiçoamento

profissional continuado, inclusive com licenciamento periódico remunerado para esse

fim. Período reservado a estudos, planejamento e avaliação, incluído na carga horária

de trabalho.

O Estatuto do Magistério do Paraná instituiu a hora-atividade em que o

integrante do Quadro Próprio do Magistério desempenha atividades relacionadas com a

docência, a serem cumpridas no Estabelecimento de Ensino. Beneficia todos os

professores contratados para ministrar aulas sob qualquer Regime de Trabalho.

Conforme as Diretrizes Curriculares da educação de jovens e adultos no estado

do Paraná o currículo é compreendido.

Como a porção da cultura – em termos de conteúdos e práticas (de ensino, avaliação, etc.) – que, por ser considerado relevante num dado momento histórico, é trazida para a

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escola, isso é, é escolarizada (Williams, 1984). De certa forma, então, um currículo guarda estreita correspondência com a cultura na qual ele se organizou, de modo que ao analisarmos um determinado currículo, poderemos inferir não só os conteúdos que, explícita ou implicitamente, são vistos como importantes naquela cultura, como, também, de que maneira aquela cultura prioriza alguns conteúdos em detrimentos de outros, isso é, podemos inferir quais foram os critérios de escolha que guiaram os professores, administradores, curriculistas, etc. que montaram aquele currículo. (Veiga-neto,1995)

Se a cultura abarca toda produção humana, inclui, também, o trabalho e todas as

relações que ele perpassa. O trabalho compreende, assim, uma forma de produção de

vida material a partir do qual se produzem distintos sistemas de significação.

O currículo, entendido como seleção da cultura, como processo ordenador da

socialização do conhecimento que engloba toda a ação pedagógica, é o principal

elemento de mediação da prática dos educadores e educandos. Por isso, a

organização dos espaços, dos tempos escolares e da ação pedagógica deve ser objeto

de reflexão entre os educadores e educandos para que o currículo seja significativo.

Nessa perspectiva o currículo não é neutro e deve ser compreendido em suas

três dimensões: currículo formal ou prescrito, currículo vivo ou real e currículo oculto.

O currículo formal tem suas bases assentadas na regulação prévia estabelecida

seja pela escola, seja pelo sistema educacional. É o que se prescreve como intenção

na formação dos indivíduos.

O currículo real ou vivo, é aquele que acontece na sala de aula e produz e

reproduz usos e significados, por vezes, distintos das intenções pré-determinadas no

currículo formal. Nele se explicitam, com maior nitidez, as visões de mundo e as ações

dos diferentes sujeitos da prática educativa no espaço escolar.

O currículo oculto é inerente a toda e qualquer ação pedagógica que media a

relação entre educador e educando no cotidiano escolar, sem estar, contudo,

explicitado no currículo formal. Desde a organização do horário das aulas, a

organização da entrada dos educandos na escola, os métodos, as ideologias, a

organização do espaço e do tempo, bem como todas as atividades que direta ou

indiretamente disciplinam, regularizam por meio de normas as atitudes, os valores e

comportamentos dos educandos.

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Se o currículo orienta toda a ação pedagógica, ele deve expressar os interesses

dos educadores e educandos: oferecer os conhecimentos necessários para a

compreensão histórica da sociedade; usar metodologias que dêem voz a todos os

envolvidos nesse processo e adotar uma avaliação que encaminhe para a

emancipação.

A garantia de apropriação dos conhecimentos leva-nos a refletir sobre o que

entendemos por conhecimento escolar e de que forma a sistematização dos saberes é

feita até a sala de aula. Segundo Moreira (2007, p. 21).

concebemos, o conhecimento escolar como uma construção específica da esfera educativa não como uma mera simplificação de conhecimentos produzidos fora da escola. Consideramos, ainda, que o conhecimento escolar tem características próprias que o distinguem de outras formas de conhecimento. A busca de uma educação de “qualidade” requer a seleção de conhecimentos relevantes, que incentivem mudanças individuais e sociais, assim como formas de organização e de distribuição dos conhecimentos escolares que possibilitem sua apreensão e sua crítica ( MOREIRA, 2007, P.21).

Nesta perspectiva, a formação pretendida pela escola é, segundo Ramos (2003),

conquistada à medida que os estudantes identificam nela a relação orgânica com o

dinamismo social que vivenciam, no sentido não de conservar sua condição de classe

dominada, mas de transformá-la.

Portanto nesta perspectiva de currículo, conhecimento e conteúdo, é preciso

situar que alguns dos Desafios Educacionais Contemporâneos postos à escola hoje,

enquanto marcos legais (exemplo: Lei 10639/03 trata sobre obrigatoriedade do ensino

de História e cultura afro brasileira e africana – Lei 11645/08, trata da obrigatoriedade

do ensino da História e cultura afro brasileira, africana e indígena – ECA, Estatuto do

Idoso, entre outros) têm uma historicidade ligada ao papel e a cobrança da sociedade

civil organizada, em especial os movimentos sociais. Esta pressão histórica da

sociedade na condução destas discussões também resulta em acordos internacionais

firmados pelos países signatários, a exemplo do acordo Conferência Mundial de

Combate ao Racismo, Discriminação Racial, Xenofobia e Discriminações correlatas.

(2001). Esta historicidade ajuda a compreender por que algumas demandas ganham

força de lei e outras não.

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Segundo Frigotto (1993), a produção do conhecimento e sua socialização para

determinados grupos ou classes não é alheio ao conjunto de práticas e relações que

produzem num determinado tempo ou espaço. Mesmo delimitado, o conhecimento não

perde o sentido de totalidade – condição de compreensão do conhecimento nas suas

determinações que as questões sociais, ambientais, econômicas, políticas e culturais

podem e devem ser tratadas. Nesta perspectiva, os “desafios educacionais” no

currículo, devem pressupor parte desta totalidade. Portanto eles não podem se impor à

disciplina numa relação artificial e arbitrária, devem ser “chamados” pelo conteúdo da

disciplina em seu contexto e não o contrário, transversalizando-o ou secundarizando-o.

Portanto os chamados “Desafios Educacionais Contemporâneos” devem passar

pelo currículo somente como condição de compreensão do conteúdo nesta totalidade,

fazendo parte da intencionalidade do recorte do conhecimento na disciplina. Isto

significa compreendê-los como parte da realidade concreta e explicitá-la nas múltiplas

determinações que produzem e explicam os fatos sociais.

A EJA contempla, também, o atendimento a educandos com necessidades

educativas especiais. Considerando a situação em que se encontram individualmente

estes educandos deve-se priorizar ações educacionais específicas e que oportunizem o

acesso, a permanência e o êxito destes no espaço escolar.

Uma vez que esta terminologia pode ser atribuída a diferentes grupos de

educandos, desde aqueles que apresentam deficiências permanentes até aqueles que,

por razões diversas, fracassam em seu processo de aprendizagem escolar, a legislação

assegura a oferta de atendimento educacional especializado aos educandos que

apresentam necessidades educativas especiais decorrentes de:

● deficiências mental, física/neuromotora, visual e auditiva;

● condutas típicas de síndromes e quadros psicológicos, neurológicos ou

psiquiátricos

● superdotação/altas habilidades.

É importante destacar que “especiais” devem ser consideradas as alternativas e

as estratégias que a prática pedagógica deve assumir para remover barreiras para a

aprendizagem e participação de todos os alunos. (CARVALHO, 2001.)

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Desse modo, desloca-se o enfoque do especial ligado ao educando para o

enfoque do especial atribuído à educação. Mesmo que os educandos apresentem

características diferenciadas decorrentes não apenas de deficiências, mas, também, de

condições sócio-culturais diversas e econômicas desfavoráveis, eles terão direito a

receber apoios diferenciados daqueles normalmente oferecidos pela educação escolar.

O adulto - para a educação de jovens e adultos – não é o estudante universitário,

o profissional qualificado que frequenta cursos de formação continuada ou de

especialização, ou a pessoa adulta interessada em aperfeiçoar seus conhecimentos em

áreas como, por exemplo, artes, línguas estrangeiras ou música, o adulto é geralmente

o migrante que chega às grandes metrópoles provenientes de áreas rurais

empobrecidas, filho de trabalhadores rurais não qualificados e com baixo nível de

instrução escolar, com uma passagem curta e não sistemática pela escola e

trabalhando em ocupações urbanas não qualificadas que busca a escola tardiamente

para alfabetizar-se ou cursar algumas séries do ensino supletivo.

E o jovem é também um excluído da escola, porém geralmente incorporado aos

cursos supletivos em fases mais adiantadas de escolaridade com maiores chances,

portanto de concluir o ensino fundamental ou mesmo o ensino médio. É bem mais

ligado ao mundo urbano, envolvido em atividades de trabalho e lazer mais relacionadas

com a sociedade letrada, escolarizada e urbana.

Refletir como esses jovens e adultos pensam e aprendem envolve, portanto,

transitar pelo menos por três campos que contribuem para a definição de seu lugar

social: a condição de “não-crianças”, a condição de excluídos da escola e a condição

de membros de determinados grupos culturais.

A psicologia pouco tem se ocupado em desenvolver teorias sobre os adultos e o

pouco que se tem considera a vida adulta como um período de estabilidade e ausência

de mudanças, porém a entrada no mundo do trabalho e a formação de uma unidade

familiar própria são identificadas como papéis, atividades e relações da maior

importância a partir do final da adolescência.

O adulto está inserido no mundo do trabalho e das relações interpessoais de um

modo diferente daquele da criança e do adolescente. Traz consigo uma história mais

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longa de experiências, conhecimentos acumulados e reflexões sobre o mundo externo,

sobre si mesmo e sobre as outras pessoas.

O primeiro traço cultural relevante para esses jovens e adultos, no contexto da

escolarização é sua condição de excluídos da escola regular. O tema da exclusão

escolar é bastante proeminente na literatura sobre educação, especialmente no que diz

respeito aos aspectos sociológicos – relações entre escola e sociedade, direito à

educação, educação e cidadania, escola, trabalho e classe social – e aspectos

pedagógicos e psicopedagógicos – fracasso escolar, evasão e repetência, práticas

de avaliação.

Na verdade, os altos índices de evasão e repetência nos programas de

educação de jovens e adultos indicam falta de sintonia entre esta escola e os alunos

que dela se servem, embora não possamos desconsiderar, a esse respeito, fatores de

ordem socioeconômica que acabam por impedir que os alunos se dediquem

plenamente a seu projeto pessoal de desenvolvimento nesses programas.

Um segundo ponto diz respeito à especificidade dos jovens e adultos como

sujeitos de aprendizagem relacionada ao processo de exclusão da escola regular é o

fato de que a escola funciona com base em regras específicas e com uma linguagem

particular que deve ser conhecida por aqueles que nela estão envolvidos.

Isto é, o modo de se fazer às coisas na escola é específico da própria escola e

aprendido em seu interior. Muitas vezes a linguagem escolar mostrou ser maior

obstáculo à aprendizagem do que o próprio conteúdo. Alunos que nunca haviam estado

na escola tinham grande dificuldade de trabalhar com a linguagem escolar, enquanto

que aqueles que já haviam tido certo treino escolar demonstraram dominar a mecânica

geral da escola e considerar os diversos tipos de atividades como aceitáveis no interior

do mundo escolar, mesmo quando desconhecidas como atividades específicas.

Compreensão de instruções, particularmente quando por escrito, também constitui,

ainda, grande parte do problema a ser resolvido. (Oliveira 1987, pp. 19-29).

È importante mencionar que a exclusão da escola coloca os alunos em situação

de desconforto pessoal devido a aspectos de natureza mais afetiva, mas que podem

também influenciar a aprendizagem.

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Na literatura podemos identificar três grandes linhas de pensamento sobre as

possíveis relações entre a cultura e a produção de diferentes modos de funcionamento

intelectual: a que afirma a existência da diferença entre membros de diferentes grupos

sociais, a que busca negar a importância da diferença, e uma terceira, que recupera

a idéia da diferença em outro plano.

A existência da diferença entre grupos humanos se deve não somente a falta

de escolaridade anterior, mas também às características do modo de vida de seu grupo

de origem.

A que busca negar à importância da diferença, não nega a existência de

diferenças entre os indivíduos e grupos culturais, mas nega a relevância das diferenças

para a compreensão do funcionamento psicológico. Todos são inteligentes, todos

pensamos de forma adequada, já que os mecanismos do psiquismo são universais.

Paradoxalmente, o contexto, a cultura, a história, que parecem ser tão proeminentes

nessa abordagem que busca romper com o etnocentrismo, seriam componentes quase

que acessórios, que apenas permitem, favorece, promovem a emergência daquilo que

está posto como possibilidade psicológica de todos os seres humanos.

A que recupera a idéia de diferença está claramente associada à teoria

histórico-cultural em psicologia e poderia ser considerada a mais fecunda para a

compreensão das relações entre cultura e modalidade de pensamento. Para a

perspectiva histórico-cultural, o desenvolvimento é concebido como o movimento de

apropriação de formas culturais mais elaboradas de atividade, sendo que o

funcionamento psicológico só pode ser entendido em suas dimensões individual e

social. Postula o psiquismo como sendo construído ao longo de sua própria história.

Nascido com as características de sua espécie, cada indivíduo humano percorre o

caminho da ontogênese informado e alimentado pelos artefatos concretos e simbólicos,

pelas formas de significação, pelas visões de mundo fornecidas pelo grupo cultural em

que se encontra inserido.

Ao longo da história, ao produzir cultura à espécie se humanizou, o que significa

que humanizar-se é apropriar-se da cultura. Entretanto, sabemos que, o acesso à

cultura de modo mais ampliado só é possível na escola.

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Quando se considera uma determinada instituição social no contexto de uma certa sociedade, como a escola na complexa sociedade contemporânea, a reflexão tem que se aferir tanto as possibilidades de múltiplas trajetórias para diferentes indivíduos e grupos como às especificidades culturais em jogo, que definem a finalidade de tal instituição. A intervenção educativa teria que atuar sobre indivíduos necessariamente diversos, no sentido de lhes dar acesso àquela modalidade particular de relação entre sujeito e objeto de conhecimento que é próprio da escola, promovendo transformações específicas no seu percurso de desenvolvimento. (Oliveira, 1997, p. 60-61)

Uma análise concreta do mundo atual põe-nos frente a problemas reais como as

mudanças nos processos de produção e nas demandas de qualificação profissional, o

desenvolvimento da microeletrônica, a complexificação dos meios de comunicação e

informação, o poder desmedido das mídias na formação das subjetividades, a

intelectualização do processo produtivo, ainda que reconheçamos a manutenção das

características mais marcantes do capitalismo. Há, efetivamente, mudanças no mundo

do trabalho que afetam substantivamente a vida dos trabalhadores de todos os níveis e,

uma proposta democrática de escola, não pode excluí-los de uma formação compatível

com essas mudanças. Considerando-se que a educação escolar vincula-se

estreitamente ao desenvolvimento cognitivo – entendendo que todos os seres humanos

precisam internalizar conhecimentos e desenvolver suas capacidades cognitivas como

condição de sua existência social – é desejável esperar dela ações em resposta às

demandas postas por essas novas realidades

Entender, pois, o papel da educação escolar no mundo contemporâneo implica

saber que a aquisição de conhecimentos e o desenvolvimento de capacidades mentais

dos alunos incluem o conhecimento teórico, juntamente com o desenvolvimento de

competências cognitivas complexas.

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MARCO OPERACIONAL

A Educação de Jovens e Adultos – EJA, enquanto modalidade educacional que

atende a educandos-trabalhadores, tem como finalidade e objetivos o compromisso

com a formação humana e com o acesso à cultura geral, de modo a que os educandos

venham a participar política e produtivamente das relações sociais, com comportamento

ético e compromisso político, através do desenvolvimento da autonomia intelectual e

moral.

A escola tem como desafio, conscientizar o aluno de sua importância como

pessoa, fazer o resgate de sua cultura e então partir para o enriquecimento e

valorização do conhecimento dentro de um aspecto crítico.

No ambiente escolar as atividades devem ser significativas para a vida. Para

tanto, a escola desenvolve o Programa Viva Escola, que busca proporcionar aos alunos

a socialização de idéias, a produção textual, a partir da vivência de cada um, sempre na

busca do aperfeiçoamento da escrita, da oralidade e da leitura.

Resgatar valores para que o aluno possa no meio social respeitar e ser

respeitado.

● Considerar as diversidades existentes em sala de aula.

● Atender as diferentes necessidades de cada educando.

● Valorizar as potencialidades de cada um.

● Trabalhar os conteúdos de forma a atender as orientações acima citadas.

● O professor deve assumir posturas dinâmicas de permanente atualização.

Aparelhar a escola e instrumentalizar os professores para atender as

necessidades que surgem a todo o momento, como forma de oferecer novas

possibilidades de avanços, (Cursos de aperfeiçoamento, equipamentos, materiais

necessários nas diversas áreas).

O professor terá apoio pedagógico para solucionar problemas e responder as

situações diversas do dia a dia, por parte da equipe pedagógica. Para Anísio Teixeira,

segundo LÔBO (1999), democracia é liberdade de pensar, para produzir a unidade

de ação consentida e partilhada.

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Não basta uma escola para todos. Essa escola tem que ser democrática de fato,

com uma administração participativa. Conquistou-se uma gestão democrática na forma

da lei e da legislação dos sistemas de ensino, o que amplia o ordenamento

constitucional, e ficou determinado que as normas de gestão democrática atendessem

a peculiaridades locais e os princípios de participação dos profissionais na elaboração

do projeto pedagógico da escola pelos conselhos escolares, formados pela comunidade

escolar.

Direção

O Diretor tem como atribuição administrar o Centro Estadual de Educação

Básica para Jovens, Adultos e Idosos, junto com o Conselho Escolar, coordenando a

execução de um plano de trabalho, construído coletivamente, no sentido de elevar os

padrões de qualidade do estabelecimento escolar.

Professor Pedagogo

O Professor Pedagogo desenvolve o trabalho coletivo, para planejar e avaliar

programas de formação continuada para os docentes a partir das dificuldades

pedagógicas, subsidiando teórica/metodologicamente esses profissionais nas suas

dificuldades cotidianas. Busca clareza sobre a forma como os homens estabelecem as

relações de trabalho e de poder entre si, para entender como a sociedade está

organizada e, a partir daí, realiza o seu trabalho voltado à formação do homem.

Sendo um pesquisador incansável, que oferece metodologias adequadas à

realidade da escola e aos demais profissionais, com subsídios teóricos de relevante

importância, possibilita aos professores segurança e modificações em suas práticas

pedagógicas de forma a beneficiar a aprendizagem dos alunos. Busca a efetivação do

Currículo Escolar, num processo dinâmico, contínuo, sistemático e integrado com os

demais profissionais envolvidos.

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Agentes Educacionais

Os agentes educacionais I e II realizam atividades previstas na Lei nº123/08

sendo que para os agentes educacionais I compete zelar pelo ambiente escolar,

preservando valorizando e integrando o ambiente físico escolar; conservação e

manutenção da estrutura e patrimônio escolar; agir de maneira ética transmitindo a toda

a comunidade escolar valorização do seu trabalho e necessidade. Ao agente

educacional II atuar como educador e gestor dos espaços e ambientes escolares.

Realizar atividades administrativas e da secretaria da instituição escolar, bem como

registrar material didático, manter a organização, restauração e conservação de

equipamentos e materiais diversos, prestar atendimento ao público de maneira ética e

eficaz.

Avaliação

A avaliação é constituída num processo contínuo, diagnóstico, dialético, é tratada

como parte integrante do processo ensino e aprendizagem e está diretamente

relacionada ao encaminhamento metodológico adotado. Portanto, os critérios de

avaliação precisam ser claros e conhecidos pelos educandos. A recuperação de

estudos é um direito e ocorre sempre que o aluno apresentar nota inferior a 6,0 (seis

vírgula zero) em cada registro de nota. Dar-se-á de forma permanente e concomitante

ao processo ensino e aprendizagem. São trabalhados os conteúdos que o aluno deixou

de se apropriar. O aluno deverá apresentar freqüência mínima de 75% da carga

horária no atendimento coletivo e 100% no atendimento individual e média mínima 6,0

(seis vírgula zero) para promoção ou certificação de conclusão.

A avaliação educacional, nesse Estabelecimento Escolar, seguirá orientações

contidas no artigo 24, da LDBEN 9394/96, e compreende os seguintes princípios:

● investigativa ou diagnóstica: possibilita ao professor obter informações

necessárias para propor atividades e gerar novos conhecimentos;

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● contínua: permite a observação permanente do processo ensino-aprendizagem

e possibilita ao educador repensar sua prática pedagógica;

● sistemática: acompanha o processo de aprendizagem do educando, utilizando

instrumentos diversos para o registro do processo;

● abrangente: contempla a amplitude das ações pedagógicas no tempo-escola

do educando;

● permanente: permite um avaliar constante na aquisição dos conteúdos pelo

educando no decorrer do seu tempo-escola, bem como do trabalho pedagógico da

escola.

Estabelecer um processo de avaliação que tenha como princípio, o

acompanhamento contínuo da aprendizagem, implementando, sempre que necessário,

projetos, de recuperação de conteúdos, para assegurar a aprendizagem de todos os

discentes.

Os conhecimentos básicos definidos nesta proposta são desenvolvidos ao longo

da carga horária total estabelecida para cada disciplina, conforme a Matriz Curricular,

sendo avaliados presencialmente ao longo do processo ensino e aprendizagem.

Considerando que os saberes e a cultura do educando devem ser respeitados

como ponto de partida real do processo pedagógico, a avaliação contemplará,

necessariamente, as experiências acumuladas e as transformações que marcaram o

seu trajeto educativo, tanto anterior ao reingresso na educação formal, como durante o

atual processo de escolarização. A avaliação processual utilizará técnicas e

instrumentos diversificados, tais como: provas escritas, trabalhos práticos, debates,

seminários, experiências e pesquisas, participação em trabalhos coletivos e/ou

individuais, atividades complementares propostas pelo professor, que possam

elevar o grau de aprendizado dos educandos e avaliar os conteúdos desenvolvidos.

Para cada um dos instrumentos citados acima o Professor estabelecerá critérios

próprios de acordo com a especificidade de sua disciplina, que serão explicitados aos

educandos.

É vedada a avaliação em que os educandos sejam submetidos a uma única

oportunidade de aferição. O resultado das atividades avaliativas será analisado pelo

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educando e pelo professor, em conjunto, observando quais são os seus avanços e

necessidades, e as conseqüentes demandas para aperfeiçoar a prática pedagógica.

Recuperação de Estudos

A oferta da recuperação de estudos significa encarar o erro como hipótese de

construção do conhecimento, de aceitá-lo como parte integrante da aprendizagem,

possibilitando a reorientação dos estudos. Ela acontece concomitantemente ao

processo ensino e aprendizagem, considerando a apropriação dos conhecimentos

básicos, sendo direito de todos os educandos, independentemente do nível de

apropriação dos mesmos.

A recuperação é também individualizada, organizada com atividades

significativas, com indicação de roteiro de estudos de acordo com as dificuldades do

aluno. Assim, principalmente para os educandos que não se apropriarem dos

conteúdos básicos, será oportunizada a recuperação de estudos por meio de exposição

dialogada dos conteúdos, de novas atividades significativas e de novos instrumentos de

avaliação, conforme o descrito no Regimento Escolar.

Aproveitamento de Estudos

A carga horária efetivamente cumprida pelo aluno, no estabelecimento de ensino

de origem, será transcrita no Histórico Escolar, para fins de cálculo da carga horária

total do curso.

Na Educação de Jovens e Adultos, o aluno poderá requerer aproveitamento

integral de estudos de disciplinas concluídas com êxito, por meio de cursos organizados

por disciplina, por etapas, cuja matrícula e resultados finais tenham sido realizados por

disciplina ou de Exames Supletivos, apresentando a comprovação de conclusão.

O aluno oriundo de organização de ensino por série/período/etapa/semestre

concluída com êxito, poderá requerer na matrícula inicial da disciplina, a partir de 2009,

aproveitamento de estudos, mediante apresentação de comprovante de conclusão da

série/período/etapa/semestre a ser aproveitada:

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Para o Ensino Fundamental – Fase II e Ensino Médio, o aproveitamento de

estudos de série e de período(s) / etapa(s) / semestre(s) concluídos com êxito,

equivalente (s) à conclusão de uma série do ensino regular, será de 25% da carga

horária total de cada disciplina da EJA.

O aluno poderá requerer aproveitamento de estudos realizados com êxito

equivalente às disciplinas ofertadas neste Estabelecimento Escolar, amparado pela

legislação vigente, conforme regulamentado no Regimento Escolar, por meio de

cursos ou de exames supletivos, nos casos de matrícula inicial, transferência e

prosseguimento de estudos.

Evasão/desistência

A evasão é uma questão muito presente na EJA e uma preocupação

permanente na escola. Os números são alarmantes. Os motivos, ás vezes

desconhecidos, porém algumas das causa podem ser elencadas: material inadequado;

a abordagem dos conteúdos na sala de aula; a acolhida; falta de respeito ao

conhecimento que o aluno traz ao adentrar a escola; a forma de avaliar; mudança de

emprego/residência/cidade/estado em busca de oportunidades.

O que a escola faz?

● Prepara o professor proporcionando momentos de estudo e reflexão

● Adequação de material

● Orienta os professores nas suas dificuldades em sala de aula

● Apresenta dados estatísticos como uma forma de acompanhamento e reflexão

sobre as práticas de sala de aula.

● liga para os alunos quando os mesmos se afastam sem avisar.

Classificação e Reclassificação

Para a classificação e reclassificação este estabelecimento de ensino utilizará o

previsto na legislação vigente, conforme regulamentado no Regimento Escolar.

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A escola utiliza a classificação somente para avaliar o conhecimento do aluno

equivalente a terminalidade da Fase I para ser matriculado na Fase II do Ensino

Fundamental, nos outros casos utiliza a reclassificação, após o aluno ter freqüentado

25% da carga horária da disciplina e ter obtido nota acima de 6,0, no primeiro registro.

Conselho escolar

Este Centro Estadual de Educação Básica para Jovens, Adultos e Idosos, tem

constituído um Conselho Escolar com representantes da Equipe - Técnica Pedagógica,

professores, alunos e representantes da sociedade. Esse Conselho é um órgão

colegiado, de natureza consultiva, deliberativa e fiscal, com o objetivo de promover a

articulação entre os vários segmentos da sociedade e os setores da escola, a fim de

garantir a eficiência e a qualidade do seu funcionamento.

Ações do conselho escolar:

● Reuniões bimestrais para discutir as ações da escola.

● Propor ações necessárias para a melhoria da aprendizagem dos alunos,

continuamente.

● Contribuir para que a escola cumpra sua função de forma mais efetiva.

● Cada membro deve ouvir os seus pares e trazer para as reuniões

bimestrais, as sugestões ou necessidades do grupo.

● Envolver-se com a implantação da Proposta Pedagógica Curricular,

●Participar de grupo de estudos, específico do Conselho.

APAF

A Associação de Professores, Alunos e Funcionários deste Estabelecimento de

Ensino, APAF, é pessoa jurídica, de direito privado, órgão de representação do corpo

docente e discente da escola, de utilidade pública, não tendo caráter partidário,

religioso, de raça, e nem fins lucrativos, não sendo remunerados seus dirigentes e

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conselheiros, tratando-se de trabalho voluntário. Tem como função, entre outras,

planejar, acompanhar, aplicar e gerenciar os recursos financeiros, bem como

proporcionar condições aos educandos de participar de todo o processo escolar.

Também tem como função, a participação na elaboração do Projeto Político

Pedagógico da escola, pode definir em assembléia o valor da contribuição voluntária,

em até 10% do salário mínimo (anual) de acordo com a lei vigente. Poderá ainda propor

e realizar promoções, com finalidades financeiras sempre que a escola apresente

necessidades.

Coordenações Pedagógicas

As Coordenações de Ações Pedagógicas Descentralizadas – Coordenação

Geral e Coordenação Itinerante, bem como a Coordenação de Exames Supletivos, têm

como finalidade à execução dessas ações pelo Estabelecimento Escolar, quando

autorizadas e regulamentadas pela mantenedora.

Cabe a elas receber e organizar as solicitações de turmas, estabelecerem

cronogramas de aulas e de visitas às referidas Ações para fazer acompanhamento

pedagógico e administrativo. Organizar reuniões mensais com todos os envolvidos no

processo, promover troca de experiências, acompanharem as atividades docentes em

sala de aula e durante as horas-atividade, semanalmente.

Prestar a direção, à equipe Pedagógica do estabelecimento e ao NRE, quando

solicitado, quaisquer esclarecimento sobre a execução da escolarização pelas Ações

Pedagógicas Descentralizadas sob sua coordenação.

Aos coordenadores dos Exames Supletivos cabe fazer a divulgação das datas de

inscrição e das provas e acompanhar todo o processo, em todas as etapas, em

conformidade com os procedimentos inerentes aos Exames.

Docentes

O processo educativo deve estar compromissado com a mudança social,

buscando garantir a formação de identidade dos cidadãos. Pensar na formação do

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jovem, adulto trabalhador e Idoso que responda as novas exigências desta sociedade,

requer um educador que garanta a inter-relação personalizada e contínua do educando

com o sistema de ensino, propondo coletivamente as ações de intervenção,

acompanhando e avaliando sistematicamente o trabalho a ser realizado. Desta forma

cabe aos docentes elaborar e desenvolver seu Plano de Trabalho Docente, utilizar os

espaços (Biblioteca, Laboratório de Informática e de Ciências) e materiais didático–

pedagógicos (apostilas, livros, revistas, jornais, material multimídia, retro-projetor, CDs

educativos, DVDs, filmes, etc.) adequadamente, com metodologias de ensino

(Observação, experimentos, debates orais, leitura, escrita, pesquisa, apresentação de

trabalhos, interpretação de tabelas, gráficos), que respeite o processo de aquisição do

saber cientificamente elaborado, de cada educando e seu perfil, levando-o a acreditar

em sua capacidade de organizar-se e de aprender.

O docente suprido neste Estabelecimento de Ensino deve atuar na sede e nas

Ações Pedagógicas Descentralizadas, bem como nos exames supletivos. Deverá atuar

em todas as formas de organização do curso: aulas presenciais coletivas e individuais.

Ações propostas pelos docentes, por disciplina:

As proposições feitas pelos docentes estão articuladas a Proposta Pedagógica

Curricular e as Diretrizes Curriculares Estaduais para a Educação de Jovens e Adultos.

Docentes de Classe Especial:

● Mediar à comunicação entre surdos e ouvintes através da LIBRAS/ Língua

Brasileira de Sinais, atuando com ética e responsabilidade.

● Garantir a comunicação em LIBRAS – entre alunos surdos e comunidade

escolar através da aprendizagem da LIBRAS.

● Oportunizar aos alunos surdos a sistematização de letramento através da

leitura e escrita.

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● Participar das reuniões pedagógicas, APAF, Conselho Escolar, e demais

eventos ofertados pela escola, mediando à comunicação entre pessoas surdas e

ouvintes.

● Difundir na escola e na comunidade local a LIBRAS, com o auxílio da

comunidade escolar.

● Intervir no desenvolvimento de recurso didático/pedagógicos e acessibilidade,

eliminando as barreiras no processo ensino/aprendizagem.

● Investigar dialogando com os alunos que tem dificuldades na aprendizagem

para possíveis encaminhamentos a (saúde, psicologia, psiquiatria, fonoaudióloga etc.) e

orientações aos professores com ênfase no acadêmico, apoio em horário diferenciado

nas atividades desenvolvidas com o professor regente de classe.

● Realizar intervenções pedagógicas com o objetivo de um trabalho diversificado

minimizando dificuldades na aprendizagem do aluno especial.

Obs: A professora itinerante media o trabalho com os conteúdos das disciplinas

ofertadas pela escola, para uma aluna portadora de síndrome diagnosticada

(Patologia), dentro das suas possibilidades e condições de saúde, adequando-os a

realidade da mesma, diversificando as atividades, respeitando sua especificidade.

Docentes de Língua Portuguesa

● reflexão sobre a linguagem a partir de temáticas que exploram os diferentes

gêneros discursivos e tipos de textos;

● análise de diferentes linguagens, seja na forma verbal ou não verbal:

iconográfica (imagens, desenhos, filmes, charges, outdoors, entre outros), cinética

(sonora, olfativa, tátil, visual e gustativa) e alfabética, nos diferentes níveis;

● uso social da linguagem nas atividades propostas, tendo por objetivo identificar

a finalidade do texto, a posição assumida pelo autor, o contexto social, político,

histórico, econômico, filosófico;

● Os mecanismos gramaticais e lexicais são estudados de forma contextualizada

ou com a intenção da apropriação da metalinguagem e a partir do texto, para que o

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educando possa reconhecê-los como elementos de construção textual dos gêneros

estilísticos e do cotidiano;

● A avaliação será feita através de um processo contínuo, onde o professor terá

oportunidade de acompanhar o desenvolvimento de cada aluno. Sendo a mesma com

valor de 0,0 a 100 (zero vírgula zero a dez).

Docentes de Matemática

● A Matemática deve ser vivida, portanto sentida e compreendida em todos os

aspectos, conceito, prática e teoria sem esquecer o conhecimento empírico. Agregar o

sabido com o sistematizado, valorizar o raciocínio lógico aprendido no dia a dia.

● Desenvolver o gosto pela ciência através de “oficinas” e pesquisas.

● Introduzir os conteúdos de maneira a aproximar e compreender sua utilidade,

compreendendo os porquês de estudá-los.

● Promover desafios dentro das ciências e estabelecer relação com outras

áreas através de gincanas e concursos.

Docentes de Inglês

● Aulas de conversação com diálogos contextualizados.

● Desenvolver nos educandos a capacidade de interpretação de textos, a

interação com o dia a dia de cada um, a identificação dos gêneros discursivos,

aspectos semânticos entre outras estruturas da língua.

Docentes de História

● As aulas de História são pautadas pelos eixos norteadores: Cultura, Trabalho

e Tempo.

● Tendo como material de apoio os cadernos fornecidos pela SEED/DET e

enriquecidos com;

● Aulas expositivas

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● Mapas

● Vídeos

● Textos complementares

● Trabalhos de pesquisa e comentário (oral e escrito)

● Palestras

● Entrevistas

Docentes de Geografia

● Concentrar esforços para que as atividades realizadas sejam produzidas pelo

coletivo dos professores.

● Trabalhar com os alunos a conscientização em relação à natureza,

proporcionando uma visão de equilíbrio entre o crescimento econômico com a

preservação ecológica. (Desenvolvimento auto-sustentável). Trabalhar a localização

geográfica com o auxílio de mapas, fazendo uma integração entre o saber elaborado

com o saber empírico.

● Utilizar materiais de apoio como Mapas Gráficos e Tabelas

● Oficinas (cartazes, pesquisas em jornais, revistas) e outros meios de

comunicação.

● Aulas com uso de vídeo, DVD, TVs pen drive, data-show, retro-projetor.

Docentes de Ciências/Biologia

● Utilização de material didático que contemple a Proposta Pedagógica

Curricular.

● Utilização dos recursos didáticos disponíveis na escola.

● Valorizar o saber empírico aliando-o ao saber científico.

● Usar instrumentos como vídeo, retro-projetor, computador, revistas e jornais

para construção de painéis com notícias e produções referentes à disciplina.

● Promover feiras interdisciplinares.

● Projetos junto às Universidades. ( Visitas ao Laboratórios de Anatomia).

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Docentes de Química

● Trabalhar com o material de apoio existente, acrescentando conteúdos novos

contemplados na Proposta Pedagógica Curricular.

● Aulas expositivas, dinâmicas de grupo com exercícios em sala de aula.

● Atividades extra-classe, através de visitas ao aterro sanitário, SANEPAR,

Feiras de Ciências e outros.

● Debates, aulas práticas e uso de fitas de vídeo.

Docentes de Física

● Uso de vídeo sobre movimento, ótica, termologias acústica e eletricidade.

● Física do cotidiano: interpretação de contas de luz, água e telefone.

● Análise dos tipos de óculos, tipos de lente.

● Pesquisa sobre os tipos de televisores: tubo, plasma, cristal líquido,etc.

● Pesquisa sobre tipo de termômetros.

● Observação de pára-raios em prédios:localização e tipos de metais usados.

● Análise de resistência de chuveiros: inverno e verão.

● Aula prática sobre dilatação de metais: ferro, alumínio e cobre.

● Pesquisa na Internet sobre o GLP: gás de cozinha ( porque tem cheiro).

● Pesquisa sobre ondas sonoras: rádio, TV, satélite de comunicação

Recursos didáticos: giz, quadro negro, conversa, livros, TV, DVD, computadores,

impressora e material impresso.

Utilização de experimentos baratos em custo, mas ricos em conceitos, com

material vindo dos alunos e professor, como: Corda, roldana, garrafas, álcool, isqueiro,

lentes, espelhos caixas de papelão, fio esmaltado, ímã.

Docente de Educação Física

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● O trabalho é pautado no planejamento lembrando permanentemente que o

aluno da EJA tem uma historicidade corporal.

● Está pautado nos princípios que regem a Educação Física: Inclusão (acabar

com os aptos e não aptos) Diversidade (conteúdos para o perfil do grupo), autonomia

(construção concreta pelo aluno e não memorização).

● O trabalho está centrado no aluno e a partir daí possibilita a todos a inclusão

na cultura corporal do movimento.

● São utilizados técnicas e métodos variados como: Aulas expositivas, aulas

práticas, pesquisas, oficinas, utilização de vídeo, música, mapas (corporal), jogos,

dramatização, expressão artística.

Docentes de Artes e Educação Artística

● Promover o conhecimento artístico nas quatro expressões: escrita, plástica,

corporal e musical.

● Aulas expositivas, interpretação de textos (teatro).

● Pesquisas para entendimento de textos, (livros, revistas, obras arte, visitas à

Museus virtuais na internet).

● Leitura e releitura de imagens e leitura de mundo.(desenhos de artistas

plásticos).

● Leitura de músicas, dança e expressão corpora, (sonoridade musical)

Docente de Ensino Religioso

● Até o presente momento o CEEBJA não teve inscritos e, portanto não dispõem

de professor para trabalhar essa disciplina.

Docente de Espanhol

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● Explicação dos conteúdos e atividades de compreensão com correção desta,

comentada;

● Apresentação de textos produzidos pelos alunos, individual ou em grupo.

● Leitura individual e coletiva;

● Leitura e produção de texto oral e escrita referente aos tipos de trabalho

proposto;

● Filmes trabalhando aspectos culturais;

● Trabalhos diversos, usando cartolina, pincéis e cola.

Secretaria e Apoio Administrativo

A Secretaria é o setor que tem em seu encargo, todo o registro de escrituração

escolar e correspondência do estabelecimento de ensino. Este serviço é coordenado e

supervisionado pela direção, ficando a ela subordinado.

Materiais de apoio didático

Serão adotados materiais didáticos (apostilas de toda as disciplinas para Ensino

Fundamental e Médio) fornecidos pela SEED/DET, que servem de apoio ao trabalho

pedagógico, bem como, a Coleção Cadernos de EJA enviados pelo Secad/MEC,

revistas, jornais, materiais de pesquisa disponíveis na Biblioteca, vídeos, CDs, DVDs

educativos e mapas. Para o Ensino Médio, acrescenta-se o Livro Didático Público

(Folhas).

Biblioteca escolar

A Biblioteca constitui-se em espaço pedagógico, cujo acervo está à disposição

de toda a Comunidade Escolar e é parte integrante do processo educativo.

A Biblioteca não mais deve ser pensada como um espaço onde apenas o aluno é

freqüentador, mas também professores e a própria comunidade. Para entendermos

melhor o conceito de Biblioteca Escolar é preciso entendê-la como um local privilegiado

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para a prática pedagógica. Disponibiliza serviços de aprendizagem, livros e recursos

que permitem a todos os membros da comunidade escolar tornarem-se pensadores

críticos e utilizadores efetivos da informação em todos os suportes e meios de

comunicação.

Os docentes, juntamente com a equipe da biblioteca apóiam a utilização de livros

e outras fontes de informação, desde obras de ficção a obras de referência impressas

ou eletrônicas. Estes recursos complementam e enriquecem o currículo escolar, os

materiais pedagógicos e as metodologias de ensino.

A Biblioteca disponibiliza os seus serviços de igual modo a todos os membros da

comunidade escolar, independentemente da idade, raça, sexo, religião, nacionalidade e

condição social e financeira.

Laboratório

O Laboratório de Ciências constitui um espaço pedagógico adequado à

finalidade que se propõe e para a qual ele foi projetado: proporciona ao aluno a

oportunidade de desenvolver a compreensão do mundo e da sociedade através da

investigação científica sendo ele o agente de suas descobertas. As atividades e os

experimentos dão seqüência aos conteúdos trabalhados em sala de aula, auxiliando na

compreensão e fixação do assunto estudado.

Uso das tecnologias

O laboratório de informática constitui um espaço pedagógico adequado à

finalidade que se propõe e para qual ele foi projetado: proporcionar ao aluno a

oportunidade de promover a compreensão do mundo e da sociedade através da

investigação científica sendo ele o agente de suas descobertas. As atividades e os

experimentos dão seqüência aos conteúdos trabalhados em sala de aula, auxiliando na

compreensão e fixação do assunto estudado.

O laboratório de informática também é um espaço pedagógico para uso dos

professores e alunos, com Regulamento próprio aprovado pelo Conselho Escolar, que

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tem por finalidade auxiliar a compreensão de conteúdos trabalhados nas diferentes

disciplinas do Ensino Fundamental, Médio, como uma alternativa metodológica

diferenciada.

Calendário Escolar

A elaboração do Calendário Escolar do Estabelecimento de Ensino, obedecerá a

orientações da SEED/NRE.

Formação continuada

De todos os profissionais que atuam na gestão, ensino e apoio pedagógico neste

Estabelecimento Escolar na modalidade Educação de Jovens e Adultos, exigir-se-á

estudo constante da fundamentação teórica e da função social da EJA, do perfil de

seus educandos jovens, adultos e idosos; das Diretrizes Curriculares Nacionais e

Estaduais de EJA; bem como as legislações e suas regulamentações inerentes à

Educação e, em especial, à Educação de Jovens e Adultos.

Seguir os critérios de Grupo de Estudos ofertados pela SEED, simpósios,

seminários, bem como cursos, em parceria com as “IES” (Instituições de Ensino

Superior).

Utilizar a hora-atividade do professor para debater assuntos relacionados à

aprendizagem sempre que se fizer necessário, dentro do espaço escolar. Trabalhar os

pressupostos teóricos adotados pela SEED e desenvolvidos no Estabelecimento.

Fazer reuniões com funcionários, quinzenalmente para identificar as suas

dificuldades e como solucioná-las.

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CONDIÇÕES FÍSICAS MATERIAIS:

Salas de Aulas compatíveis com o número de alunos:

● Nº de salas de aula: 16

● Nº de alunos por sala: 35

Espaço para funcionamento dos diferentes serviços existentes:

● Direção: 01 sala

● Secretaria: 01

● Equipe pedagógica: 01

● Coordenação de APEDs: 01

● Laboratórios de informática 02. Um equipado Paraná digital e um a espera dos

computadores do PROINFO.

● Sala de Reprografia: 01

● Depósito de Alimentos: 01

● Cozinha: 01

Biblioteca com acervo bibliográfico compatível:

● Sala própria

● Nº de títulos: 3500.

● Nº de livros: 9505.

● Assinaturas de revistas: 03.

Material de apoio, recursos audiovisuais e tecnológicos:

● 02 vídeos cassete

● 03 DVDs

● 01 FAX/START COPI – PANASONIC –KX-FT931

● 02 Máquinas de escrever eletrônica

● 07 Impressoras

● 10 Microcomputadores (APAF)

● 02 Scanner

● 01 Antena Parabólica

● 01 SKY

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● 01 Projetor de Slides

● 02 Retro-projetores

● 10 Aparelhos de TV coloridos

● 19 TVs pen drive

● 02 Duplicadoras

● 01 Máquina de Calcular Elétrica

● 01 Mimeógrafo

● 01 Spin Light

● 01 note book

● 01 data-show

● 20 computadores equipados. (Paraná Digital )

● Rede Wireless

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REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO

CORTELLA, Mario Sergio. A escola e o conhecimento: fundamentos

epistemológicos e políticos. São Paulo: Cortez, 1999.

CUNHA, Luis Antônio. Educação e desenvolvimento social no Brasil. Rio de Janeiro:

F. Alves, 1991.

CURY, Carlos Roberto Jamil. Educação e contradição: elementos metodológicos

para uma teoria crítica do fenômeno educativo. São Paulo: Cortez: Autores

Associados, 1992.

GADOTTI, Moacir, ROMÃO, José E. (orgs). Educação de jovens e adultos: teoria,

prática e proposta. São Paulo: Cortez: Instituto Paulo Freire, 2000.

OLIVEIRA, Betty, DUARTE, Newton. A socialização do saber escolar. São Paulo:

Cortez, 1992.

OLIVEIRA, Marta Kohl de. Jovens e adultos como sujeitos de conhecimento e

aprendizagem. Disponível em: WWW.pead.faced.ufrgs.br/sites/público/eixo7/eja/jovens

_e_ adultos_ como_ sujeitos_ de_ aprendizagem.Pdf. Acessado em: 06 de dezembro

de 2010. Publicado na Revista Brasileira de Educação.

SAVIANI, Demerval. Educação: do senso comum à consciência filosófica. São

Paulo: Cortez, 1991.

WERTHEIN, Jorge (org). Educação de Adultos na América Latina. Campinas:

Papirus, 1985.

_______________. Diretrizes Curriculares da Educação de Jovens e Adultos no

estado do Paraná. 2006.

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_______________. Diretrizes Curriculares da Educação Básica no Estado do

Paraná. 2008.

_______________. Regimento Escolar e a Proposta Pedagógica Curricular do

CEEBJA __ Francisco Beltrão.

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ANEXOS

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CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO BÁSICA PARA JOVENS E ADULTOS

FRANCISCO BELTRÃO – PR

NRE – FRANCISCO BELTRÃO – PR

PLANO DE AÇÃO

2009/2011

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OBJETIVO GERAL

Propiciar no espaço escolar, um ambiente favorável em relação ao

compromisso com a formação humana e a produção do conhecimento necessário para

formar cidadãos críticos e participativos numa integração prazerosa entre todos os

segmentos da escola num processo contínuo de busca pelo crescimento individual e

coletivo, visando sempre uma sociedade mais justa onde a liberdade de cada um

consiste em estar bem em todos os sentidos: econômico, social, físico e intelectual,

primando sempre pela ética e pela democracia.

AÇÕES PROPOSTAS A SEREM REALIZADAS NA GESTÃO 2009-2011

1- Desenvolver uma Gestão Democrática seguindo a proposta pedagógica e o

regimento escolar, bem como cumprir, pareceres, deliberações e todas as leis oriundas

da SEED e do estabelecimento de ensino.

2- Primar pelo patrimônio escolar, inovando sempre que possível, equipamentos

tecnológicos, materiais didáticos e demais equipamentos existentes na escola

conservando e melhorando a estrutura física .

3- Envolver todos os segmentos do âmbito escolar no desenvolvimento dos eixos

norteadores da ação pedagógica: cultura, trabalho e tempo.

4- Oferecer a comunidade escolar do CEEBJA, cursos de aperfeiçoamento, com

garantia de certificação em parceria com Universidades, incluindo LIBRAS e BRAILE,

conciliando uma inclusão consciente dos alunos surdos, cegos e demais necessidades

especiais, rompendo a barreira da comunicação.

5- Auxiliar os professores no que se refere as adaptações curriculares para a

aprendizagem qualitativa das pessoas com necessidade de aprendizagem.

6- Dinamizar apresentações e exposições de talentos da comunidade escolar do

CEEBJA oportunizando uma melhor interação entre todos, valorizando as

potencialidades e criatividade de cada um.

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7- Discutir amplamente com todos os segmentos da escola, Conselho Escolar, APAF,

corpo docente, discente, funcionários, equipe pedagógica e administrativa todas as

decisões a serem tomadas para que o espaço escolar seja um ambiente produtivo e

prazeroso para com todos que fazem parte de seu contexto.

8- Manter a amizade, o respeito, a ética, o compromisso, a responsabilidade e o

companheirismo entre todos os trabalhadores da educação e educandos do CEEBJA,

visando maior alegria e dinamismo.

9- Incentivar e valorizar os educadores que desenvolvem projetos diferenciados nas

diferentes áreas do conhecimento, promovendo a interdisciplinaridade e socialização da

cultura.

10- Dinamizar e fomentar o uso constante e diário da Biblioteca, bem como dispor um

funcionário em tempo integral que possa auxiliar tanto alunos como professores em

suas buscas, zelando também pela conservação do acervo existente e adquirindo

novos títulos.

11- Aperfeiçoar o atendimento aos alunos orientando sobre o funcionamento, carga

horária, modalidades, freqüência e avaliação bem como o processo de classificação e

reclassificação.

12- Ampla divulgação nos diferentes meios de comunicação bem como visitas as

empresas e associações de bairros para busca de novos alunos, firmando parcerias

para que o direito do trabalhador conforme Constituição Federal de ter acesso à

escolarização possa ser cumprido.

13 - Providenciar cardápios balanceados e nutritivos para que a merenda escolar seja

aceita por todos, sendo mais um momento de aprendizagem e lazer.

14- Proporcionar abertura e manter as turmas de APEDS, em locais distantes da sede,

oportunizando a inclusão social desta população.

15- Discutir com os professores formas para melhorar o aproveitamento da hora-

atividade bem como a organização das turmas e seus horários visando sempre uma

melhoria na qualidade de ensino.

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16- Estimular e oportunizar educandos e educadores para uso das tecnologias

existentes na escola desenvolvendo assim um processo de ensino e aprendizagem

mais atraente e dinâmico.

17- Incentivar os funcionários para ingresso nos cursos pró-funcionário, bem como

buscar junto a SEED ampliação no número de vagas para oportunizar a todos,

orientando na medida do possível no cumprimento de suas tarefas.

18- Buscar meios para melhoria na entrada da escola, resolvendo o problema de

estacionamento das motos, bem como e com muita urgência dinamizar um espaço

apropriado e agradável para o refeitório.

19- Apoiar projetos criados por professores de Educação Física e Artes primando à

qualidade de vida tanto dos alunos como dos professores.

20- Organizar palestras, homenagens cívicas e culturais, resgatando valores e

promovendo a auto-estima dos educandos bem como descobrir talentos existentes na

comunidade escolar.

Todas estas ações foram sugeridas pelos professores, funcionários, alunos,

Conselho Escolar e APAF e só se concretizarão com a dedicação e união de todos.