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CÉLULAS-TRONCO, uma revolução científica

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CÉLULAS-TRONCO,

uma revolução científica

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Sumário do livro

O que são células-tronco?

Células-tronco e suas aplicações

Células-tronco no mundo (legislação)

Células-tronco no Brasil (recursos)

Ciência x Religião

Biblioteca básica

Lei de Biossegurança

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O QUE SÃO CÉLULAS-TRONCO?

Células indiferenciadas que têm a

capacidade de se multiplicar e se diferenciar

em células especializadas.

São células capazes de gerar outras

células diferentes de si mesmas.

Ex. Enquanto uma célula da pele, por

exemplo, é capaz de reproduzir apenas mais

pele, as células-tronco são células ”mestres“

com capacidade de diferenciar-se em

qualquer célula.

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TIPOS DE CÉLULAS-TRONCO ADULTAS

Cordão umbilical Tecido adiposo Polpa dentária Sangue Menstrual Liquído amniótico

Problema: não são capazes de se diferenciar em todos os tipos de células humanas

Solução: utilizar células-tronco embrionárias

http://www.objetivo.br/portal/img/roteiro_celulas_tronco3.jpg

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http://olharcristao.blogspot.com/2008_03_01_archive.html

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CÉLULAS-TRONCO EMBRIONÁRIAS

Após fecundação dos gameta feminino e masculino,

in vitro, coloca-se em meio de cultura nutritivo, que

desenvolve-se em: 2 blastômeros, 4, 8, 16, mórula,

blástula, gástrula, nêurula, (embrião e feto).

Na fase blástula são extraídas células que recebem

estímulos para se diferenciar em diversos tipos de

tecidos do corpo humano, que poderão ser usados

para substituir órgãos humanos danificados

(pâncreas, fígado, músculos, coração, etc).

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CLASSIFICAÇÃO DAS

CÉLULAS-TRONCO EMBRIONÁRIAS

Totipotentes: capazes de formar um serhumano completo (até 4º. dia apósfecundação)

Pluripotentes: podem criar os 216 tiposde tecidos humanos (5º. ao 14º. dia)

Multipotentes: geram os tecidos dos quaisse originaram. (15º. dia em diante) – Ex.Células-tronco adultas de medula ósseageram as células do sangue.

http://bgdsancho1.no.sapo.pt/images/embriao_humano.gif

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http://www.passeiweb.com/saiba_mais/voce_sabia/imagens/clonagem_terapia.jpg

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CLONAGEM REPRODUTIVA e TERAPÊUTICA

Retira-se o núcleo de um óvulo doado

Coleta-se uma célula adulta de outro

doador e retira-se o núcleo (Ex. Célula da

Pele)

Implanta-se o núcleo da célula adulta

(pele) no óvulo sem núcleo

Na Clonagem reprodutiva (1996): o

óvulo com o novo núcleo é implantado em

um útero que gestará o ser vivo, CLONE.

Ex. Ovelha Dolly.

É PROIBIDA EM SERES HUMANOS.

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Na Clonagem terapêutica (2004): o

óvulo não é implantado em útero, mas

mantido em substância nutritiva em

laboratório, se atingir o estado de blástula

(blastocisto) torna-se capaz de produzir

linhagens de células-tronco embrionárias

totipotentes, que podem ser utilizadas em

pesquisas para a cura de doenças.

(transferência nuclear ou transplante

celular).

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- Substituir tecidos doentes ou lesionados, como

nos distúrbios neuromusculares ou em casos que

o organismo deixou de produzir alguma

substância como nas doenças de Parkinson e

diabetes, ou outras mais graves como câncer,

etc. (+ ou – 10 anos)

- Desenvolver novos medicamentos para

doenças genéticas.

APLICAÇÃO DAS CÉLULAS-TRONCO

EMBRIONÁRIAS

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http://www.unesp.br/aci/jornal/191/capa.php

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HISTÓRICO das CÉLULAS-TRONCO 1740 – Suíço Naturalista Abraham Trembley – Ex.

Hydra

1945 – Bomba atômica em Hiroshima (Japão) e

Nagasaki + ou - 200 mil mortes por radiação

1950 – Americana Bióloga e Geneticista Elizabeth

Russel: experimentos com camundongos anêmicos

que se recuperavam ao receber células do fígado de

embriões.

Canadenses Médicos Ernest McCulloch e

James Till – Instituto de Câncer Ontário:

experimentos com camundongos - injetaram

radiação e células de medula óssea saudáveis

(células-tronco adultas) eles se recuperavam da

leucemia.

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INÍCIO DE UMA NOVA ERA CIENTÍFICA Transplante de medula óssea e autotransplantes

Problema: rejeição orgânica e morte dos pacientes

Solução: Análise da compatibilidade dos antígenos

leucocitários

1980 – Cambridge/Inglaterra – Cientistas Martin

Evans e Mario Cappechi e na Carolina do Norte/EUA

– o Bioquímico, Oliver Smithies

Experimento: retiraram células de embrião de

camundongo recém-fertilizado e fizeram alteração

genética e reimplante das modificações no embrião -

as células se transformaram em qualquer célula e se

multiplicaram indefinidamente.

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1981 – Inglês, Biólogo, Geneticista Matthew

Kaufman, contribuiu com Martin isolando as células

em laboratório e fazendo-as multiplicar e se

especializar.

- São Francisco/EUA, Bióloga Gail Martin –

Idem e cunhou o nome de células-tronco

embrionárias.

1986 – Bradley e Robertson utilizaram o retrovírus, que tem

habilidade de inserir DNA em DNA (ex. HIV), mas não

conseguiam precisar o local exato.

1987 – Cappechi e Smithies criaram nova técnica capaz de

inserir ou apagar genes específicos nas células-tronco

embrionárias de camundongos – Ganharam o prêmio Nobel de

Fisiologia da Real Academia Sueca de Ciências.

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1995 – Americano James Thomson da Universidade

de Wisconsin-Madison isolou células-tronco em

primatas, usando tecidos de camundongo como

ambiente para conservá-las.

1998 – James Thomson isolou células-tronco

humanas.

Equipe do Geneticista Americano John Gearhart

também isolou células-tronco embrionárias

humanas, a partir de gônadas (células germinativas

que originam os órgãos sexuais) de fetos abortados.

2005 – Colega de Thomson, da Universidade de

Wisconsin-Madison, Ren-He Xu, manteve isolada

células-tronco embrionárias humanas em proteína

humana.

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Supremo Tribunal Federal

e a Lei de Biossegurança

Março/2005 – Aprovada e contestada por ADIN(Ação direta de Inconstitucionalidade).

Maio/2008 – Votação final: 6 votos a favor e 5contra a Lei.

Obs.: Uso de camundongos em laboratório -

equivalência de 99 % dos genes humanos e

desenvolvimento rápido (9 semanas).

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CÉLULAS-TRONCO NO BRASIL No dia 02/03/2005 – 22 horas, no Congresso Nacional, em

Brasília, os deputados brasileiros aprovaram a Lei de

Biossegurança, que no seu artigo 5º. autoriza o uso de

pesquisas com células-tronco embrionárias.

Neste caso, os embriões encaminhados a pesquisa devem ser

gerados em clínicas de fertilização in vitro e congelados há

mais de 3 anos e/ou serem considerados sem qualidade

para serem implantados em útero para gerar um novo ser

humano. Seu uso deve ser autorizado pelos genitores e pelo

conselho de ética e pesquisa da instituição do cientista

pesquisador (pessoa jurídica pública ou privada:

universidades, laboratórios e serviços de saúde).

A Lei de Biossegurança proíbe a clonagem terapêutica e

reprodutiva.

A Lei dos Transplantes de Órgãos proíbe a comercialização de

material biológico.

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No dia 30/05/2005, o Procurador-geral da

República Cláudio Fonteles entrou com uma Ação

Direta de Inconstitucionalidade (ADIN) contra o

artigo 5º. da Lei da Biossegurança.

Em 20.04.2007, o STF realizou de forma inédita

uma audiência pública sobre o uso de células-tronco

embrionárias – 20 especialistas debateram o tema

durante 1 ano.

Em 05.03.2008, o STF começou o julgamento, que

terminou em maio, com 6 x 5 votos.

Na pesquisa do IBOPE/2008, com a população em

geral, 75 % é favorável as pesquisas; 25 %

concorda, mas impõe restrições e 5 % discorda

totalmente.

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CIÊNCIA E RELIGIÃO

Toda vez que um ramo da ciência desafia

um dogma da igreja católica, o debate

recrudesce. É o que ocorre atualmente

com a fertilização in vitro e o uso de

células-tronco embrionárias para

pesquisas científicas.

O novo pecado: Gula, luxúria, avareza,ira, soberba, vaidade, preguiça emanipulação genética.

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O Vaticano defende que estão destruindouma vida ao usar embriões congelados. OsCientistas rebatem dizendo que oargumento – tirar uma vida – é incoerentecom a posição da própria igreja em relação àmorte.

“Como a ciência, o catolicismo entende quea vida de uma pessoa termina – e, por isso,é aceitável fazer o transplante de órgãos –no momento em que o cérebro para defuncionar, embora outros órgãos vitais,como o coração, continuem ativos. Poranalogia, segundo os cientistas, o mesmodeveria valer para o embrião.” (pág.62)

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Para grande parte dos cientistas, avida começa quando aparecem neleas primeiras terminações nervosas, oque acontece entre 12º. e 14º. diasapós a fertilização.

www.atiliano.com.br

http://squirrel-downloads.blogspot.com/2008_08_01_archive.html

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CÉLULAS-TRONCO NO MUNDO

Em 1991, na busca de financiamentos

privados e públicos (pág. 41), o Americano

Biólogo Douglas Melton, professor da

Universidade de Harvard/EUA, devido a

circunstâncias familiares (filho com diabetes)

se empenhou na busca de recursos para

pesquisas com células-tronco embrionárias.

Legislação no mundo - Proibida as pesquisas:

Argentina, Áustria, Chile, Costa Rica, Irlanda,...

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BIBLIOTECA VIRTUAL

Centro de Estudos do Genoma Humano

www.genoma.ib.usp.br/index.php

Comissao Tecnica Nacional de Biosseguranca

www.ctnbio.gov.br

Pesquisa FAPESP

www.revistapesquisa.fapesp.br

Sociedade Brasileira para o progresso da Ciencia

www.sbpcnet.org.br

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GRECO, Alessandro. CÉLULAS-TRONCO, uma revolução científica. SãoPaulo: Oira, 2008.

TRIVELLATO, Jose. Células-tronco embrionárias. Discutindo Ciência. São Paulo:escala educacional, 2005. Ano 1, n . 1. (pág. 52 a 55).

PEREIRA, Lygia da Veiga. Sequenciaram o genoma humano – e agora? SãoPaulo: Moderna, 2005.

MONTALTI, Edmilson. Célula-tronco e a revolução da vida. Publicada em06/06/2008. Disponível em: <http://www.celula-tronco.com/noticias.php?codigo=181 > Acesso em 15 set. 2008.

ZATZ, Mayana. Entrevista concedida a Drauzio Varella pela professora deGenética Humana e Médica do Departamento de Biologia, Instituto deBiociências da Universidade São Paulo, coordenadora do Centro de Estudos doGenoma Humano – IB -, presidente da Associação Brasileira de DistrofiaMuscular e membro da Academia Brasileira de Ciências. Disponível em:<http://www.drauziovarella.com.br/entrevistas/celulastronco.asp> Acesso em15 set. 2008.

ZATZ, Mayana. Entrevista concedida a Drauzio Varella pela professora deGenética Humana e Médica do Departamento de Biologia, Instituto deBiociências da Universidade São Paulo, coordenadora do Centro de Estudos doGenoma Humano – IB -, presidente da Associação Brasileira de DistrofiaMuscular e membro da Academia Brasileira de Ciências. Disponível em:<http://www.drauziovarella.com.br/entrevistas/distmuscular.asp> Acesso em15 set. 2008.

REFERÊNCIAS