2.4.1. Características das Imagens de Satélite 2.4. Imagens de Satélite.
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CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA ETEC PROF. MÁRIO ANTÔNIO VERZA CURSO TÉCNICO EM ADMINISTRAÇÃO A IMPORTÂNCIA DO ESTÁGIO PARA A PRÁTICA PROFISSIONAL: UM ESTUDO DE CASO NA ETEC PROFESSOR MÁRIO ANTÔNIO VERZA FABIANA CORDEIRO DA SILVA FABIANA INÁCIO TORRES JUCIEL APARECIDO MARTINS DOS SANTOS MATHEUS SPORNRAFT PALMITAL 2013
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CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA
ETEC PROF. MÁRIO ANTÔNIO VERZA CURSO TÉCNICO EM ADMINISTRAÇÃO
A IMPORTÂNCIA DO ESTÁGIO PARA A PRÁTICA PROFISSIONAL: UM ESTUDO DE CASO NA ETEC PROFESSOR MÁRIO ANTÔNIO
VERZA
FABIANA CORDEIRO DA SILVA FABIANA INÁCIO TORRES
JUCIEL APARECIDO MARTINS DOS SANTOS MATHEUS SPORNRAFT
PALMITAL 2013
FABIANA CORDEIRO DA SILVA FABIANA INÁCIO TORRES
JUCIEL APARECIDO MARTINS DOS SANTOS MATHEUS SPORNRAFT
A IMPORTÂNCIA DO ESTÁGIO PARA A PRÁTICA PROFISSIONAL: UM ESTUDO DE CASO NA ETEC PROFESSOR MÁRIO ANTÔNIO
VERZA
Trabalho de conclusão de curso apresentado à ETEC prof. Mário Antônio Verza, como parte dos requisitos necessários para a obtenção do título de Técnico em Administração. Orientador: Prof. Edson Antônio Ramires
PALMITAL 2013
CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA
ETEC PROF. MÁRIO ANTÔNIO VERZA
FABIANA CORDEIRO DA SILVA FABIANA INÁCIO TORRES
JUCIEL APARECIDO MARTINS DOS SANTOS MATHEUS SPORNRAFT
A IMPORTÂNCIA DO ESTÁGIO PARA A PRÁTICA PROFISSIONAL: UM ESTUDO DE CASO NA ETEC PROFESSOR MÁRIO ANTÔNIO
VERZA
APROVADO EM ____/____/____
BANCA EXAMINADORA:
__________________________________________________________ EDSON ANTÔNIO RAMIRES – ORIENTADOR
__________________________________________________________ VALDIZA MARIA DO NASCIMENTO FADEL – EXAMINADOR
__________________________________________________________ RANDAL DO VALE ORTIZ – EXAMINADOR
DEDICATÓRIA Dedicamos este trabalho a Deus pelo esplendor da vida, presente em todas as atividades; Aos amigos pelo incentivo; Às nossas famílias, pelo apoio, compreensão, carinho e paciência durante todo este curso, principalmente nos momentos de dificuldades. .
AGRADECIMENTOS
Agradecemos primeiramente a Deus, por ter nos iluminado durante esse
longo caminho, onde foram muitos os obstáculos, mas pela sua graça nos dada
chegamos ao objetivo final.
Às manifestações de carinho e apreço, recebidas de todos os colegas da
ETEC Prof. Mário Antonio Verza, os quais foram nossa maior fonte de luz
inspiradora e de apoio para o sucesso deste trabalho.
Nosso muito obrigado também ao nosso orientador, o Professor Edson
Antônio Ramires, pelo auxílio seguro e oportuno durante todo o processo de
orientação deste trabalho, pois aliado à sua experiência profissional e intelectual,
todas as dicas e instruções foram imprescindíveis para o desenvolvimento e
conclusão deste trabalho.
Aos nossos familiares por nos terem apoiado e entendido a nossa ausência,
não só durante as aulas, mas especialmente durante o processo de
desenvolvimento deste trabalho.
E finalmente às empresas, aos alunos da gestão por colaborarem para a
nossa pesquisa e a todos os docentes pela compreensão e paciência em suas aulas
levando-nos a buscar mais conhecimentos, também pelo incentivo motivando-nos a
chegarmos até o termino do curso.
Enfim, a todos, o nosso grande muito obrigado!
EPÍGRAFE "A teoria sozinha não é suficiente – ninguém aprende sem a prática”.
(Henrique Flory)
RESUMO Após o ingresso em uma escola técnica um desafio que vem à tona é o de conseguir uma vaga no mercado de trabalho, que está cada dia mais competitivo e exigindo muitas vezes um currículo com experiência, o que para muitos futuros técnicos se torna mais difícil, pois, geralmente eles detêm a teoria, mas falta-lhes a prática profissional. Tendo em vista que apenas o curso técnico com aulas teóricas não é suficiente na hora da contratação, o presente trabalho de conclusão de curso visa investigar os aspectos que impedem um técnico de exercer a sua função no mercado de trabalho, e posteriormente fazer parcerias com organizações para que haja disponibilidade de vagas na área da gestão. Desta forma, contribuir na ampliação do nível de conhecimento dos alunos, oferecendo a prática que o mercado de trabalho demanda. Além disso, poderá cooperar para a melhoria dele, visto que cada vez mais profissionais qualificados ocupariam as vagas nas organizações. Palavras-chave: Mercado de trabalho; Prática; Experiência; Conhecimento; Organizações.
LISTA DE QUADRO
QUADRO 1 – Comparativo entre a antiga (nº 6494/77) e a nova Lei do
Estágio (nº 11.788/08) ........................................................................................
16
LISTA DE FIGURAS
FIGURA 1 – O que as empresas buscam .......…………..................................... 21
FIGURA 2 – Conceito e importância do estágio …….......................................... 25
FIGURA 3 – Desafios dos jovens na procura por emprego…...…………...……. 26
FIGURA 4 – Contratação de estagiários ................................…………......……. 26
FIGURA 5 – Conhecimento das empresas sobre as vantagens do estágio 27
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
CIEE – Centro de Integração Empresa-Escola
FUNDAP – Fundação do Desenvolvimento Administrativo
MEC – Ministério da Educação
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ..............................................................................
1.1 Objetivos .....................................................................................
1.2 Procedimentos Metodológicos ....................................................
11
11
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2 REFERENCIAL TEÓRICO ........................................................... 14
2.1 CONCEITOS DE ESTÁGIO ....................................................................... 14
2.1.1 A importância do estágio ..........................................................................
2.2 O surgimento, evolução e regulamentação do estágio................................
2.3 Mercado de trabalho e seus desafios ..........................................................
2.3.1 Competências profissionais da atualidade ...............................................
2.4 Cursos técnicos e demanda no mercado de trabalho ................................
2.4.1 O Técnico e suas atribuições ...................................................................
3 ESTUDO DE CASO.......................................................................
3.1 A INSTITUIÇÃO ..........................................................................................
3.2 A Etec Professor Mário Antônio Verza .......................................................
3.2.1 O que a instituição de ensino Centro Paula Souza oferece em relação à
prática profissional ...........................................................................................
3.2.2 Desafios das instituições de formação profissional com relação ao
mercado de trabalho .........................................................................................
4 PESQUISA DE CAMPO ...............................................................
4.1 A visão dos alunos da Etec Professor Mário Antônio Verza acerca do
estágio .............................................................................................................
4.2 A visão das empresas acerca do estágio...................................................
14
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20
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23
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25
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26
5 SUGESTÕES DE MELHORIA ..................................................... 28
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ......................................................... 29
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................. 30
APÊNDICES ..................................................................................... 32
ANEXOS ........................................................................................... 38
11
1 INTRODUÇÃO
O presente Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) institui-se como
exigência do processo de formação profissional para aquisição do título de Técnico
em Administração. Nele abordará os objetivos do estágio, a importância dele para o
aluno, para a instituição e para o mercado de trabalho.
Atualmente um grande desafio para os alunos de escolas técnicas é o de
concluírem o curso e já estarem com uma vaga de emprego garantida, pois, é
fundamental que os mesmos possam praticar os conhecimentos adquiridos em sala
de aula, contando com a oportunidade de uma vaga para estágio.
Neste sentido, ele visa buscar soluções para que os alunos que estão
cursando o nível técnico na área de gestão e negócios na Etec Prof. Mário Antônio
Verza possam ter a oportunidade de atuar em um estágio ou de estar empregado na
sua área de formação, por meio de parcerias com empresas para buscar
oportunidades de estágio onde os alunos possam obter a prática que o mercado
demanda.
Foram realizadas pesquisas de campo com empresas para avaliar seu ponto
de vista a respeito do tema e se estão interessadas em disponibilizar vagas para
estágio, e também com os alunos para averiguar suas opiniões a respeito do
assunto, os motivos pelos quais os mesmos não estão empregados ou estagiando
na área em que estão se formando. Finalmente foi elaborado um estudo de caso
sobre a instituição acerca de aspectos relevantes que a envolvem sobre essa
questão.
1.1 OBJETIVOS
Constitui objetivo geral deste trabalho, fazer parcerias com organizações
públicas, privadas ou do 3º setor, para que haja disponibilidade de vagas para os
alunos dos cursos técnicos da área de gestão e negócios da Etec Prof. Mário
Antônio Verza que verdadeiramente se interessam em ter a oportunidade de mostrar
na prática aquilo que estão aprendendo dentro da instituição de ensino.
Os objetivos específicos são os de buscar saber se as empresas estão
interessadas em disponibilizar vagas para estagiários na área da gestão e negócios;
12
identificar se alunos da instituição estão interessados em ter a oportunidade para
adquirirem o conhecimento prático.
Este projeto será desenvolvido em busca de uma melhor compreensão dos
aspectos que impedem alunos dos cursos técnicos de estagiarem no mercado de
trabalho.
1.2 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
Os sujeitos a serem investigados no universo desta pesquisa serão os alunos
da área de gestão e negócios da Etec Prof. Mário Antônio Verza, bem como
empresas das cidades de Ibirarema e Palmital, pois será necessário verificar o
interesse de estagiários dos Cursos oferecidos na Instituição.
1.2.1 Tipo de Pesquisa
A metodologia a ser utilizada será primeiramente a pesquisa bibliográfica,
baseada em alvitres literários em busca de uma concepção teórica sobre os
aspectos que perpassam o tema da pesquisa, juntamente com pesquisas na Internet
para obter atualizações e discussões acerca do assunto.
Posteriormente será feita uma pesquisa de campo quantitativa com empresas
nas cidades de Ibirarema e Palmital que servirá para a realização de uma análise
detalhada dos dados obtidos. Além disso, será feita uma pesquisa de campo com
alunos da instituição para verificar o grau de interesse dos mesmos em relação ao
estágio.
Finalmente será realizado um Estudo de Caso com questões qualitativas na
Etec Professor Mário Antônio Verza para verificar os desafios quanto à formação
profissional.
1.2.2 Coleta de Dados
A pesquisa bibliográfica será realizada para o levantamento de conceitos
relacionados ao tema, acompanhada de pesquisas na internet para verificar a
aplicabilidade e atualidades dos conceitos levantados.
A coleta de dados da pesquisa de campo nas empresas será feita através de
um questionário quantitativo com 08 questões junto a 15 empresas nas cidades de
Ibirarema e Palmital, a qual foi aplicada na terceira semana do mês de Março para
avaliar os interesses e necessidades das mesmas com relação aos estagiários.
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Para complementar o estudo de caso será necessário fazer uma observação
e entrevista com a coordenação dos cursos de Gestão na Instituição por meio de um
roteiro de pesquisa com 07 questões qualitativas, as quais possibilitaram a avaliação
da realidade da organização e das possibilidades quanto à parcerias com empresas
da região para aumentar o número de estagiários dos cursos da área pesquisada.
Além disso, nesta parte da pesquisa de campo foi aplicado um questionário
quantitativo com 10 questões na terceira semana de Março junto aos alunos da área
da gestão para avaliar o interesse dos mesmos quanto ao estágio.
14
2 REFERENCIAL TEÓRICO
Neste capítulo serão apresentados os principais conceitos sobre o tema, os
quais foram referenciados a partir de obras publicadas pelos principais autores e
institutos especialistas no assunto, tais como Henrique Flory, Idalberto Chiavenato,
Luciano Henrique Trindade, Max Gehringer, dentre outros.
2.1 CONCEITO DE ESTÁGIO
O primeiro significado de estágio está ligado com o espaço para
aprendizagem do fazer, com observação à formação profissional. Seu objetivo
fundamenta-se na percepção do aluno sobre a importância em sua vida acadêmica,
a partir das experiências que ele vivencia, de tal forma que contribua
significativamente em sua vida pessoal e profissional, lapidando-o para um futuro
profissional de sucesso.
O estágio torna possível integrar o conhecimento obtido em sala de aula com
a prática no mercado de trabalho, de modo que facilite a ascensão profissional de
uma pessoa dentro da área que ela está estudando (FLORY, 2005).
Através da afirmação de Flory é possível compreender que se refere a uma
oportunidade de aprendizado, de conviver com a prática profissional acerca do que
foi ensinado em sala de aula, isto é, a relação entre a teoria e a prática, pois além da
complementação da prática ao conhecimento teórico obtido, propicia ao estagiário a
chance de vivenciar o que ele irá encontrar no mercado de trabalho após concluir o
curso ou enquanto estiver estudando.
2.1.1 A Importância do Estágio
Atualmente é difícil separar o comportamento das pessoas e das
organizações, pois as empresas funcionam através das pessoas que trabalham em
pró de objetivos empresariais e sendo de extrema importância para o desempenho
organizacional, pois elas as constituem e colaboram nos cumprimentos de suas
metas e missões.
As organizações dependem diretamente do capital humano que possuem,
pois são as pessoas que pensam, planejam e fazem com que as coisas aconteçam.
Alem disso, as pessoas dão vida a elas já que usam sua criatividade para competir
no mercado de trabalho e atingir seus objetivos. (CHIAVENATO, 2010).
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O estágio é de extrema importância para os alunos, instituições de ensino e
principalmente para o mercado de trabalho. Para o aluno, sua importância é
observada e compreendida como uma busca para o aprimoramento e
complementação da sua formação profissional, em termos técnicos e pessoais.
Através dele, o estagiário pode adquirir desenvolvimento profissional e pessoal, de
modo que ele obtenha a experiência que o mercado de trabalho necessita, pois será
capacitado para dominar todo o conhecimento que for necessário acerca da prática
do dia a dia. Isto porque ele precisa praticar o que está presenciando nas salas de
aulas e poderá trazer conteúdos das aulas teóricas para as atividades práticas, o
que ajuda muito na sua formação. (AGITAÇÃO, 2012).
Os cursos técnicos são curtos e de rápida inserção profissional, o que é
relevante para confirmação ou troca da escolha profissional. (AGITAÇÃO, 2012).
É a partir da teoria e da prática que se descobre a identidade profissional e o
estágio oferece suporte à instituição de ensino, pois complementa o conhecimento
teórico obtido em sala de aula com o conhecimento prático. A partir disso, pode
cooperar para a melhoria do mercado de trabalho, visto que cada vez mais
profissionais qualificados ocupariam as vagas nas organizações.
De acordo com Flory (2005, p. 130):
É importante saber que as empresas buscam identificar profissionais com perfil multifuncional, ou seja, profissionais que conheçam ou dominem além do que é pertinente à função para qual foram contratados.
Desta forma é perceptível a importância para as empresas, pois através deste
recurso pode ser o momento de lapidá-los de acordo com o perfil que as empresas
necessitam.
2.2 O SURGIMENTO, EVOLUÇÃO E REGULAMENTAÇÃO DO ESTÁGIO
Ao longo do século passado surgiram vários programas e projetos para uma
integração de alunos nas empresas, tais como: Programa Intensivo de Preparação
de Mão de Obra Industrial em 1963; Centro de Integração Escola-Empresa em 1964;
Projeto Rondon m 1968; Instituto Euvaldo Lodi em 1969; Operação Mauá também
em 1969; Projeto Integração em 1970 e Bolsa de Trabalho em 1972.
Durante vários anos, certas leis tentavam regulamentar o estágio no Brasil,
mas somente em 1977 foi sancionada a primeira lei, a Lei nº 6.494, destinada a
estudantes de Instituições de Ensino Superior e Profissionalizante de 2º Grau, que
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foi revogada em 2008 pela Lei n°11.788. (PROBST e MANHÃES apud FALEIRO,
SOUZA e GUIMARÃES, 2009).
Assim a Lei n°11.788 conta com três grandes méritos, em análise do
diagnóstico do CIEE (2008), que focam, o aperfeiçoamento daquilo que se aprende
na Instituição de ensino, a parte concedente passa a contar com a colaboração de
um profissional legal e apropriado na atualidade da exigência profissional e os
estudantes são isentos de qualquer custo em relação a serviços prestados pelos
programas e projetos de integração.
Outras alterações positivas vistas pelo CIEE (2008) são: a autorização
explícita para o aluno do ensino médio, a concessão de recesso remunerado de um
mês após um ano de estágio, a redução da carga horária para 6 horas/dias e 30
horas/semanais, entre outras.
Em suma, a nova lei trouxe muitos benefícios quanto à aplicabilidade do
estágio, como é possível observar no quadro abaixo:
Quadro 1- Comparativo entre a antiga (nº 6494/77) e a nova Lei do Estágio (nº 11.788/08).
O QUE PERMANECE IGUAL O QUE MUDA
Perfil do candidato a estágio: jovens
regularmente matriculados em instituições de ensino médio, educação superior, profissional e especial.
Perfil do candidato a estágio: estudantes de ensino
fundamental na modalidade profissional, e estrangeiros matriculados em instituições de ensino brasileiras e com visto de permanência válido.
Carga horária: 6 horas diárias/30 horas semanais para
alunos do ensino superior, educação profissional de nível médio e do ensino médio de formação geral.
Duração estágio: Cai o tempo mínimo de um semestre
letivo e instaura-se o máximo de dois anos na mesma empresa ou órgão público concedente
Instituições de ensino: determinação das
condições para a contratação dos seus estudantes em programas de estágio.
Instituições de ensino: passam a designar um professor
orientador, da área a ser desenvolvida no estágio, e a exigir do educando a apresentação periódica de um relatório de atividades.
Perfil dos contratantes: Pessoas jurídicas
de direito privado e os órgãos da administração direta, autárquica e fundacional de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
Perfil dos contratantes: também podem contratar
estagiários, todos os profissionais liberais de nível superior devidamente registrados em seus conselhos de fiscalização profissional.
Obrigatoriedades dos contratantes:Formalizar o estágio com um
termo de compromisso assinado pelas partes envolvidas. Adequar o programa de estágio às determinações das IEs.
Obrigatoriedades dos contratantes: Designar um
supervisor para cada dez estagiários; enviar uma avaliação semestral do estagiário para a IE correspondente e de um resumo das atividades ao próprio estagiário ao fim do seu treinamento.
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Proporção de estagiários de educação superior, profissional e especial: Livre.
Proporção de estagiários de nível médio de formação geral: Varia de acordo com o porte das entidades
concedentes: I – de 1 a 5 empregados: 1 estagiário; II – de 6 a 10 empregados: até 2 estagiários; II – de 11 a 25 empregados: até 5 estagiários; IV – acima de 25 empregados: até 20% de estagiários.
Fonte: CIEE ESCLARECE DÚVIDAS SOBRE A NOVA LEI DO ESTÁGIO (2008).
Em relação aos tópicos citados no quadro acima, a nova lei vem com o
objetivo de suprir algumas falhas que existiam no regulamento anterior, buscando
esclarecer todos os direitos e deveres da empresa e dos estagiários, podendo
facilitar a integração de alunos nas empresas como estagiários, qualificando-os para
o mercado de trabalho.
2. 3 MERCADO DE TRABALHO E SEUS DESAFIOS
O mercado de trabalho está aquecido e, mesmo assim, as organizações
ainda enfrentam dificuldades em encontrar profissionais para preencher as vagas
oferecidas. (AGITAÇÃO, 2012, p.45).
Em contrapartida há muitos obstáculos para conseguir ingressar no mercado
de trabalho. As empresas não esperam apenas uma formação acadêmica, mas pelo
menos uma experiência profissional básica. Contudo, não há como já ter experiência
sem ter a oportunidade de adquiri-lá na prática, pois, ela vem com o tempo.
Entretanto, talvez o mercado ainda não tenha essa visão.
Muitos jovens estudam até vinte e cinco anos ou mais, pensando que
acumular diplomas seja um diferencial para conseguir um emprego. Porém as
empresas não utilizam apenas esse critério, e sim a combinação de escolaridade
com experiência prática. (GHERINGER, 2008).
Uma alternativa para ingressar neste tão concorrido mercado de trabalho,
seria ir em busca de um estágio, pois além de ser um benefício para o estudante,
será também para a empresa que contratar alguém que esteja em busca desta
oportunidade.
A capacidade em uma profissão pode ser obtida por várias maneiras através
do estudo formal, da experiência profissional, da vivência e do compartilhamento de
experiências, entre outros. (FLORY, 2005, p. 17).
18
O profissional que não fez nenhum estágio em sua área certamente irá
encontrar muito mais dificuldades em ingressar no mercado de trabalho, pois só tem
o conhecimento teórico. Além disso, poderá até perder a oportunidade para alguém
que já tenha mais experiência profissional.
Desta forma, Flory (2005, p. 115) afirma que o estágio: “É o meio que
possibilita integrar o conceito adquirido nos bancos acadêmicos com a prática”.
Em suma, é necessário destacar que o estágio é uma maneira de conhecer
melhor a profissão, ou seja, o estudante pode ter uma visão ampla dele, de modo
que reconheça e se adapte as competências atuais necessárias na atualidade.
2.3.1 Competências Profissionais da Atualidade
Em função da grande competitividade os profissionais devem buscar as
competências necessárias para se tornar um candidato adequado para o mercado
de trabalho.
É importante que ele possua competências e características pessoais, que
possa auxiliá-lo de modo relevante para a execução de suas funções profissionais.
Estas competências podem ser reconhecidas quando aplicadas nas situações
empresariais, de modo que caracterize o perfil profissional do indivíduo e beneficie o
seu crescimento profissional. (DIAS, 2012).
Apesar de muitos jovens não perceberem, o mais importante é entrar no
mercado e mostrar todo o seu potencial e provar que pode trazer muito à empresa.
É de extrema importância conseguir a confiança dos superiores. Através dessa
relação de confiança é possível se firmar no emprego e mostrar as competências
que as empresas demandam ou adquiri-las. (Gehringer, 2008).
Assim, o estágio é uma porta para essas competências serem adquiridas e a
Lei nº 11.788 (2008, Art. 1° § 2°), diz: “O estágio visa ao aprendizado de
competências próprias da atividade profissional e à contextualização curricular,
objetivando o desenvolvimento do educando para a vida cidadã e para o trabalho”.
É de extrema relevância avaliar as competências que já desenvolvemos, pois
é nossa obrigação, dessa forma podemos averiguar nosso potencial e ainda difundir
novas competências a pessoas que acabaram de se empregar, isto é, principiantes
no mercado de trabalho ou em um novo serviço. (PERRENOUD, THURLER,
MACEDO, MACHADO e ALLESSANDRINI, 2002).
19
Esta forma de difusão citada no parágrafo acima seria dar informações
básicas para que eles se aperfeiçoem e possam desenvolver as habilidades ou
competências necessárias.
Conforme Chiavenato (1999, p. 18), “formar é muito mais que somente
informar, pois representa um enriquecimento da personalidade humana”.
Nos cargos técnicos é fundamental que os profissionais estejam aptos para
executar de forma eficiente e eficaz as funções organizacionais e, como contribuição
fundamental o estágio certamente pode facilitar o desenvolvimento de competências
voltadas ao desenvolvimento dessas funções.
2.4 CURSOS TÉCNICOS E DEMANDA NO MERCADO DE TRABALHO
Quando se fala em especialização profissional logo vêm em mente cursos
superiores, mas na realidade não é bem isso, pois o mercado está retratando um
aumento crescente da demanda por técnicos, visto que esses profissionais são
responsáveis pela execução das funções operacionais, o que na maioria das vezes
não é o propósito dos cursos de graduação.
Segundo a pesquisa feita pelo SENAI (Serviço Nacional de Aprendizagem
Industrial) através do Mapa do Trabalho Industrial 2012, o Brasil ainda precisa de
profissionais de nível técnico. O resultado manifestou a necessidade de contratação
de 7,2 milhões de trabalhadores até 2015 para prover a demanda, complementando
que a oferta de cursos cresceu nos últimos anos. (JORNAL TRIBUNA DO POVO,
2013).
Assim, o mercado de trabalho necessita de profissionais com este nível de
conhecimento e quando o aluno passa pelo ensino técnico antes do superior, amplia
a chance de ser um profissional melhor, além de ter mais qualificação. (HELDTH
JÚNIOR, 2013).
Então, é possível perceber que a formação técnica pode ser a porta de
entrada para o mercado de trabalho, já que o tempo de duração é menor do que
uma faculdade e que a demanda por este tipo de profissional tem aumentado
continuamente.
20
2.4.1 O Técnico e suas Atribuições
O curso técnico tem como objetivo capacitar o aluno, para que obtenha o
conhecimento teórico e pratico nas diversas áreas empresariais, visando qualificá-lo
para que possa ingressar rapidamente no mercado de trabalho. Além disso, é
acessível somente a alunos que estão cursando ou concluíram o ensino médio.
(MEC, 2012).
É conhecido pelas empresas de todos os setores da economia que todo
profissional tem funções e responsabilidades estabelecidas, e devem estar cientes
de que existem metas à serem seguidas e o técnico na área da gestão, com
formação profissional voltadas para atender a essa necessidade deve buscar o
desenvolvimento das competências necessárias ao atendimento das mesmas.
As competências são formadas passo a passo, segundo o processo de construção contínuo. Entendemos que esse processo ocorre a partir de um diálogo interior, representado pelas relações intrapessoais, assim como pelas relações interpessoais (Allessandrini, 2000a, 2002), as quais implicam inserção e responsabilidade social. (PERRENOUD, THURLER, MACEDO, MACHADO e ALLESSANDRINI, 2002, p. 166).
A competência pode ser compreendida em uma pessoa através dos
resultados que ela obtém, utilizando seus conhecimentos e habilidades. Cada vez
mais precisa-se de pessoas qualificadas, por isso é necessário estar sempre
atualizando. (TRINDADE, 1999).
Desta forma, o profissional Técnico da área da gestão além de ter um perfil
empreendedor, atitude e uma grande facilidade de relacionamento interpessoal terá
que ser capaz de desenvolver e utilizar as competências e habilidades necessárias
ao exercício profissional. Isto porque, o mercado de trabalho está cada vez mais
exigente, buscando profissionais competentes, dedicados com características
importantes que possam auxiliar no desenvolvimento da empresa e dos
colaboradores. Algumas são citadas na figura a seguir:
21
Figura 1 - O que as Empresas Buscam
Fonte: McKINSEY apud Revista EXAME, (Abril, 2013).
Ademais, a partir de uma análise global sobre o assunto, o estágio é de
fundamental importância para os alunos, instituições de ensino e para o mercado.
Contudo, a permanência de estagiário no trabalho dependerá das
competências e habilidades individuais exigidas por cada função, e em
contrapartida, da adequação do profissional com relação à essa necessidade.
22
3 ESTUDO DE CASO
O estudo de caso foi realizado sob uma perspectiva sistêmica, visando
estudar a Instituição Centro Paula Souza e especificamente a Unidade 164, que é
denominada Etec Professor Mário Antônio Verza.
O Centro Paula Souza assim como qualquer instituição de ensino técnico
oferece muitos recursos de plena importância na formação profissional de seus
alunos.
Conforme a coordenação da área da gestão, a instituição vê o estágio como
ponto fundamental para a formação profissional, pois é com ele que o aluno pode
demonstrar o que foi assimilado durante a teoria de suas aulas.
Para motivar seus alunos e fazê-los entrar na realidade do seu curso, a
Instituição faz parcerias com algumas empresas, com a prefeitura do município e
com alguns programas como o CIEE e FUNDAP.
A Escola também procura usar de recursos como visitas técnicas, vídeos
ilustrativos de toda teoria adquirida de sala de aula e a comunicação não verbal,
para fazer uma aproximação da teoria com a prática. Mesmo com todos estes
esforços que a instituição empreende, ela enfrenta sérios desafios, como por
exemplo, o desenvolvimento das competências de cada aluno.
A instituição tem como objetivo preparar os alunos para o mercado de
trabalho, o formando por completo, ou seja, desenvolvendo neles as competências
de conhecimento, habilidade e atitude exigidas pelo mercado de trabalho. Uma meta
nada fácil de ser atingida, pois não depende apenas da instituição, mas também do
empenho do aluno.
Ao ver a concorrência e a disputa do mercado de trabalho as próprias
empresas buscam profissionais da instituição onde a coordenação e a diretoria
fazem a seleção destes alunos para estagiar em empresas seguindo as exigências
do MEC, tendo o aluno que ter no mínimo 75% de assiduidade nas aulas. Durante o
estágio é feito um acompanhamento de suas menções para analisar se o aluno está
apto a continuar ou não estagiando na empresa.
Sendo assim, o Centro Paula Souza detém dos melhores recursos para a
formação profissional de seus alunos, mas muitas vezes a falta de empenho do
aluno faz com o aluno tenha dificuldades de ingressar no mercado de trabalho.
23
3.1 A INSTITUIÇÃO
O Centro Paula Souza iniciou suas atividades em 6 de outubro de 1969, mas
as primeiras reuniões do Conselho Estadual de Educação para a criação da
instituição aconteceram em 1963, quando surgiu a necessidade de formação
profissional para acompanhar a expansão industrial paulista. A ideia de criar um
Centro Estadual voltado para a Educação Tecnológica ganhou consistência quando
Roberto Costa de Abreu Sodré assumiu o governo do Estado de São Paulo, em
1967. Em outubro de 1969, o governador Abreu Sodré assinou o Decreto-Lei que
criou a entidade autárquica destinada a articular, realizar e desenvolver a educação
tecnológica nos graus de ensino Médio e Superior. ETEC é a abreviatura de “Escola
Técnica Estadual”, onde se refere às instituições de ensino sustentadas pelo
governo do Estado de São Paulo e subordinadas ao Centro Estadual de Educação
Tecnológica Paula Souza, que ministram cursos técnicos e ensino médio.
O Centro Paula Souza gerencia 211 Escolas Técnicas Estaduais (Etecs) e 56
Faculdades de Tecnologia (Fatecs) estaduais em 161 cidades de estado de São
Paulo. As Etecs atendem mais de 226 mil estudantes nos níveis de ensino Médio e
Técnico. Atualmente são oferecidos 124 cursos técnicos, para os setores Industrial,
Agropecuário e de Serviços. Nas Fatecs, mais de 64 mil alunos estão distribuídos
em 65 cursos Superiores de Graduação.
3.2 A ETEC PROF. MÁRIO ANTÔNIO VERZA
A Lei Municipal LEI N.º 2137 DE 10 DE ABRIL DE 2006 e o Decreto Estadual
Nº 51.879, DE 6 DE JUNHO DE 2007 criaram a ETEC Profº Mário Antônio Verza
(Anexos A e B).
A ETEC Prof. Mário Antônio Verza deu início em suas atividades em 2005
como classe descentralizada da ETEC Pedro D’Arcádia Neto do município de Assis,
no prédio EMEIEF Profª Elizabete Soares Garcia.
A partir de 2006 passou a exercer suas atividades como uma unidade própria,
ainda no mesmo prédio. Já em 2010 teve sua inauguração oficial em um novo prédio
localizado na Avenida Anchieta, 487.
Atualmente possui 45 colaboradores entre professores e funcionários
contratados, contando ainda com algumas empresas terceirizadas, como
lanchonete, limpeza e segurança, por exemplo.
24
A Unidade oferece os cursos de Ensino Médio e Técnicos em: Administração,
Agente Comunitário, Contabilidade, Enfermagem, Informática para Internet e
Logística, atendendo aproximadamente 420 alunos.
3.2.1 O que a Instituição de ensino oferece em relação à prática profissional
A Instituição oferece aos alunos o conhecimento técnico vasto, onde os
alunos detêm de maior contato com a prática em relação ao curso escolhido. Além
disso, os profissionais que ministram as aulas se reciclam constantemente de
maneira gratuita para oferecer aos alunos um conhecimento mais próximo do
mercado de trabalho.
A Instituição também dispõe de parcerias entre setores tanto privado quanto
público como, por exemplo, CIEE (Centro de Integração Empresa-Escola) e
FUNDAP (Fundação do Desenvolvimento Administrativo), onde os alunos podem
aplicar os conhecimentos obtidos através de estágios.
3.2.2 Desafios da Instituição em relação ao mercado de trabalho
A Instituição de ensino tem como desafios acompanhar as mudanças do
mercado de trabalho e a reciclagem constante de seus docentes, para que esses
possam transpassar aos alunos os conhecimentos mais atuais exigidos pelo
mercado de trabalho.
Outros desafios a serem enfrentados pela Instituição é a dificuldade em
despertar o interesse aos jovens pelos estudos, e dificuldades na obtenção de
turmas, alunos, interessados em fazer um curso técnico já que muitos desistem
depois. Contudo, tendo em vista a concorrência do mercado de trabalho é incabível
esse desinteresse dos jovens pelos estudos, pois atualmente o setor empregatício
requer cada vez mais aprimoramento profissional.
25
4 PESQUISA DE CAMPO
4.1 A VISÃO DOS ALUNOS DA ETEC PROFESSOR MÁRIO ANTÔNIO VERZA
ACERCA DO ESTÁGIO
Após a pesquisa de campo aplicada com os alunos da área da Gestão, ou
seja, dos cursos Técnicos em Administração, Contabilidade e Logística da Etec Prof.
Mário Antônio Verza foi possível obter os seguintes resultados:
A maior parte dos alunos da Etec está trabalhando, o que representa 76%.
Contudo, muitos deles em um emprego fora da área do curso em conclusão.
Além disso, a pesquisa demonstrou que a maioria dos alunos que não
trabalham indaga que não encontrarem vagas de emprego e a minoria disse que
optou por não trabalhar enquanto estiver estudando.
Figura 2 - Conceito e importância do estágio
Fonte: Elaborada pelos autores (2013)
Conforme demonstra a figura acima, a maior parte dos alunos da Etec sabe o
que é o estágio, sua importância e o peso que ele tem em um currículo. Mas
indagam a falta de apoio das empresas do município em relação às oportunidades
de vagas para os alunos poderem estagiar.
26
Figura 3 - Desafios dos jovens na procura de um emprego
Fonte: Elaborada pelos autores (2013)
Conforme é possível observar na figura 2, a maior parte dos jovens alega que
o mercado de trabalho busca profissionais com experiência, o que apenas a sala de
aula não pode passar para os alunos, e uma maneira para sanar este problema
seria com o estágio onde se une a teoria com a prática que o mercado requer.
4.2 A VISÃO DAS EMPRESAS ACERCA DO ESTÁGIO
Para que o presente trabalho possa atingir os objetivos propostos
inicialmente, a pesquisa de campo buscou a interlocução entre a realidade da
Instituição, a opinião dos alunos e as necessidades das empresas na Cidade.
Figura 4 - Contratação de estagiários.
Fonte: Elaborada pelos autores (2013)
27
A maior parte das empresas inclui estagiários em seu “rol” de contratações,
com isso observa-se que algumas delas valorizam o estágio para o crescimento
profissional, e que ele poderá ainda ser moldado pela empresa praticando tudo o
que foi assimilado na teoria. Elas estão cientes dos benefícios que trarão ao aluno
com a atribuição do estágio, pois o estagiário terá um contato com algumas
habilidades exigidas pelo mercado de trabalho futuro.
Figura 5 - Conhecimento das empresas sobre as vantagens do estágio.
Fonte: Elaborada pelos autores (2013)
Um grande benefício para as empresas acerca da contratação de um
estagiário é a isenção de alguns tributos, o que pode contribuir positivamente para
que haja mais inserção de alunos de cursos técnicos nas empresas.
A pesquisa ainda demonstrou que 67% das empresas pesquisadas conhecem
programas de contratação de estagiário, suas vantagens, seus direitos e deveres,
entre outros. Mas um número mais que o previsto desconhece esses programas.
28
5 SUGESTÕES DE MELHORIA
Os resultados obtidos referentes às empresas demonstrou que elas acreditam
que os estagiários podem oferecer o mesmo potencial que qualquer outro
profissional proporciona, mas alegam não existir candidatos interessados em
preencherem estas vagas.
Há também a falta de informação nas empresas sobre os programas de
integração dos estudantes nas mesmas. Entretanto, uma grande parte de alunos
mencionou a falta de apoio das empresas.
Desta forma, as instituições de Ensino deveriam investir mais na motivação
dos alunos para que houvesse um maior interesse pelos estudos e que as
desistências dos cursos pudessem ser reduzidas.
Contudo, para que a inserção profissional fosse definitiva, os alunos deveriam
se interessar mais em estudar e estar sempre em busca de adaptações já que o
mercado de trabalho está cada vez mais competitivo e atualizado. Tendo em vista o
aumento na demanda de profissionais técnicos, é fundamental que os mesmos
busquem as competências necessárias para se adequarem ao exercício de sua
função, e se possível que aprimorem outras funções, já que as empresas estão à
procura de candidatos multifuncionais.
Ademais, a ETEC poderia contribuir ainda mais para o aumento do número de
estagiários no mercado de trabalho, por meio de um projeto de integração entre as
empresas, Instituições regulamentadoras de estágio e estagiários potenciais. A
escola poderia promover eventos de integração, tais como palestras, feiras, dentre
outros.
29
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Muitas pessoas terminam um curso técnico, e resolvem parar de estudar já
que não teve chance exercer a sua função profissional. Mas se tivessem a
oportunidade de trabalharem, fariam mais cursos independentes, podendo ser
técnicos ou superiores. Então, isso poderia motivá-los a continuar estudando,
tornando cada vez mais capacitados e preparados para o mercado de trabalho.
No início deste Trabalho, tinha-se como objetivo encontrar as dificuldades dos
alunos de nível técnico da área de gestão de ingressarem no mercado de trabalho, e
a partir disto, propor parcerias com empresas, e para contribuir para o aumento de
vagas de estágio para os mesmos. Isto, porque as empresas demandam experiência
profissional para seus candidatos. Através disto, foram discutidas e analisadas
teorias e amostras reais para que os alunos pudessem obter experiência
profissional, por meio das quais foi identificado que o estágio é a melhor forma deles
serem lapidados de acordo com a necessidade das empresas.
Em suma, nas pesquisas de campo com os alunos e com as empresas foi
possível identificar que a relação entre teoria e prática é vista pelos alunos como
oposta, já que aprendem na teoria, e não conseguem praticar aquilo que
aprenderam dentro das instituições de ensino. Além disso, em suas opiniões, as
empresas não estão dando o suporte necessário para estagiarem, o que pode
dificultar mais ainda na conquista de um emprego, pela falta de experiência. Já entre
as empresas foi possível compreender que em algumas não há estagiários devido
às normas da empresa, falta de candidatos, etc.
Sob uma perspectiva global, na proposta de melhoria são apresentadas
sugestões que poderiam trazer benefícios para a Etec Prof. Mário Antônio Verza
acerca do estímulo das empresas na contratação de mais estagiários, o que
futuramente pode auxiliar na formação profissional, contribuindo para o aumento da
qualidade de qualificação profissional e da empregabilidade.
30
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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em: 24 de março de 2013.
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humanos nas organizações. Rio de Janeiro: Ed. Campus, 1999.
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<http://www.ciee.org.br/portal/nova_lei_estagio.asp> Acesso em: 24 de março de
2013.
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mercado de trabalho? 2012. Disponível em:
http://www.rhportal.com.br/artigos/wmview.php?idc_cad=sv9tigppf. Acesso em 03 de
Maio de 2013.
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11.788/2008) Disponível em:
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estágio profissional na atualidade. 2009, Minas Gerais. Disponível em:
http://www.convibra.com.br/2009/artigos/105_0.pdf. Acesso em: 28 de Abril de 2013.
31
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de monografias (Trabalhos de Conclusão de Curso, Dissertações e Teses). São
Paulo: USJT, 2002.
FLORY, Henrique. Emprego não cai do céu. São Paulo: Arte & Ciência, 2005.
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desafios; Edição comemorativa 40 anos do Centro Paula Souza; São Paulo: Centro
Paula Souza, 2009.
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HELDTH JÚNIOR, José. Demanda por técnicos tem previsão de crescimento.
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TRINDADE, Luciano H. Marketing Estratégico. São Paulo, 1999.
TÔRRES, Ofélia de L. S. O indivíduo na organização: Dimensões esquecidas.
São Paulo: Atlas, 2012.
VOCÊS/A. Como encantar as empresas. São Paulo: Ed. Abril, 2013.
32
APÊNDICES
APÊNDICE A – Questionário de Pesquisa – Alunos da Área de Gestão................ 33
APÊNDICE B – Questionário de Pesquisa – Empresas da cidade Palmital e região
................................................................................................................................... 35
APÊNDICE C – Roteiro de Entrevista– Coordenação da Área de Gestão .............. 37
33
APÊNDICE A – Questionário de Pesquisa – Alunos da Área de Gestão
Questionário de Pesquisa – Alunos da Área de Gestão 1- Você trabalha?
a) ( ) Sim. b) ( ) Não.
1.1 De que modo?
a) ( ) Autônomo b) ( ) Com carteira registrada c) ( ) Estagiário d) ( ) Outro
1.2 Se a resposta for afirmativa, muito obrigado pela participação, mas este
questionário é destinado a estudantes que não trabalham.
1.3 Se a resposta for negativa, continue respondendo este questionário.
2- Você sabe o que é estágio?
a) ( ) Sim. b) ( ) Não.
3- O que você acha do estágio?
a) ( ) Muito importante, pois contribui direta ou indiretamente para a formação e
facilita a ascensão profissional de um indivíduo.
b) ( ) Regular, não faz muita diferença na hora de uma possível
contratação/entrevista.
c) ( ) Outro. Especifique:___________________________________.
4- Por que você não está trabalhando?
a) ( ) Optei por não trabalhar enquanto eu estiver estudando.
b) ( ) Não encontrei nenhuma vaga.
c) ( ) Outro. Especificar: _____________________________________.
5- Em sua opinião, as empresas estão oferecendo apoio necessário ao aluno para
que ele possa ingressar no mercado de trabalho?
a) ( ) Sim. b) ( ) Não.
6- Você gostaria de estagiar?
a) ( ) Sim, porque contribuirá para minha formação.
b) ( ) Não, pois acho que não mudará as coisas no momento de uma futura
ascensão profissional.
6.1 Em caso positivo, você aceitaria estagiar sem remuneração?(só responder esta
questão se você respondeu sim na questão 6).
a) ( ) Sim. b) ( ) Não.
34
6.2 Qual o período que você prefere estagiar? (só responder esta questão se você
respondeu sim na questão 6).
a) ( ) Manhã.
b) ( ) Tarde.
c) ( ) Noite.
7- Para você, só um curso técnico com aulas teóricas seria o suficiente para
ingressar no mercado de trabalho?
a) ( ) Sim. b) ( ) Não.
8- Quais os desafios dos jovens na procura de um emprego?
a) ( ) Experiência profissional/falta de prática.
b) ( ) O mercado de trabalho está muito exigente.
c) ( ) Outro. Especifique: __________________________________________.
9- Em sua opinião um currículo com estágio tem uma vantagem maior na hora de
uma contratação?
a) ( ) Sim. b) ( ) Não.
10- Você conhece os programas FUNDAP e CIEE?
a) ( ) Sim, ambos.
b) ( ) Não.
c) ( ) Sim, apenas o FUNDAP.
d) ( ) Sim,apenas o CIEE.
35
APÊNDICE B – Questionário de Pesquisa – Empresas
Questionário de Pesquisa – Empresas
1. A empresa inclui estagiários em seu “rol” de contratações?
a) ( ) Sim. b) ( ) Não.
1.1 Em caso positivo, quantos estagiários?
a) ( ) Até 5.
b) ( ) Até 10.
c) ( ) Até 15.
d) ( ) Mais de 20.
1.2 Em caso negativo, por qual motivo?
a) ( ) Não vejo vantagem.
b) ( ) Não tenho conhecimento a respeito do assunto.
c) ( ) Não achamos candidatos interessados.
d) ( ) Outros. Especifique: ________________________________.
2. O que um estagiário pode oferecer de bom para sua empresa?
a) ( ) Nada, pois, não tem experiência profissional.
b) ( ) No início pouca coisa mas estará conhecendo melhor nossa empresa e
adquirindo a prática que irá precisar no decorrer da sua atuação.
c) ( ) O que qualquer profissional oferece, ou seja, o conhecimento adquirido em
instituições de ensino transformado em capacidade de executar as tarefas propostas
pela empresa de maneira que ela moldará o estagiário para que o mesmo possa se
efetivar no emprego e consequentemente subir de cargo.
d) ( ) Como não possui vínculo empregatício, o estágio reduz os custos de
desligamento para a empresa.
3.Você abriria as portas de sua empresa para alunos interessados em estagiar,
sendo este um estágio remunerado?
a) ( ) Sim. b) ( ) Não.
4. O que a sua empresa pode oferecer de experiência profissional a um estagiário?
a) ( ) A prática que o mercado exige e o que ele poderá enfrentar mais tarde no
exercício profissional.
b) ( ) Outro. Especifique: ___________________________________
36
5. Se a empresa tiver um estagiário, haveria alguém para acompanhar a prática do
estagiário?
a) ( ) Sim. b) ( ) Não.
6. A empresa sabe das vantagens de se contratar um estagiário em relação à
tributos?
a) ( ) Sim. b) ( ) Não.
6.1 Em caso negativo, a empresa gostaria de conhecer a legislação que trata da
contratação de estagiários?
a) ( ) Sim. b) ( ) Não.
7. A empresa conhece programas de contratação de estagiários como CIEE?
a) ( ) Sim. b) ( ) Não.
8. Qual das Formações Técnicas a seguir a empresa tem maior necessidade de
contratação?
a) ( ) Técnico em Administração.
b) ( ) Técnico em Contabilidade.
c) ( ) Técnico em Logística.
d) ( ) Outro. Especifique: __________________________________________.
e) ( ) Nenhum.
37
APÊNDICE C – Roteiro de Entrevista– Coordenação da Área de Gestão
Roteiro de Entrevista– Coordenação da Área de Gestão
1. Qual o ponto de vista da instituição a respeito do estágio?
2. O que a instituição de ensino Centro Paula Souza oferece em relação à prática
profissional?
3. Quais os desafios da instituição de formação profissional com relação ao mercado
de trabalho?
4. Como a instituição divulga a formação de seus alunos para o mercado de
trabalho?
5. Diante da situação do mercado de trabalho, quais sugestões a instituição poderia
dar a seus alunos?
6. Como está a demanda dos cursos técnicos no mercado de trabalho?
7. O que o Centro Paula Souza exige de seus alunos quando eles estão estagiando
em alguma empresa?
38
ANEXOS
ANEXO A - Lei n.º 2137 de 10 de abril de 2006 ................................................... 39
ANEXO B – Decreto nº 51.879, de 6 de junho de 2007 ........................................ 40
39
ANEXO A - LEI N.º 2137 DE 10 DE ABRIL DE 2006
Dos Vereadores Manoel Eduardo da Silva e Homero Marques Filho DÁ
DENOMINAÇÃO A UNIDADE DO CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO
TECNOLÓGICA “PAULA SOUZA” REINALDO CUSTÓDIO DA SILVA, PREFEITO
MUNICIPAL DE PALMITAL, ESTADO DE SÃO PAULO, FAÇO SABER que a
Câmara Municipal de Palmital APROVOU e eu PROMULGO a seguinte Lei:-
Artigo 1.º Fica denominada de “ETE Professor Mário Antonio Verza” a
Unidade do Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza, instalada em
nossa cidade.
Artigo 2.º - A placa indicativa terá os seguintes dizeres: “E.T.E. PROFESSOR
“MÁRIO ANTÔNIO VERZA” Artigo 3.º - As despesas decorrentes com a aplicação
da presente lei correrão por conta de verbas próprias constantes do orçamento
vigente
Artigo 3.º - Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as
disposições em contrário.
PREFEITURA MUNICIPAL DE PALMITAL, 10 de abril de 2006
Reinaldo Custódio da Silva
PREFEITO MUNICIPAL
Publicado na DIVISÃO DE DOCUMENTAÇÃO E PATRIMÔNIO DA
COORDENADORIA DE ADMINISTRAÇÃO DA PREFEITURA MUNICIPAL DE
PALMITAL, em 10 de abril de 2006.
Ubiramara de Fátima Senatore Ramos
-COORDENADORA DE ADMINISTRAÇÃO-
40
ANEXO B - DECRETO Nº 51.879, DE 6 DE JUNHO DE 2007
Cria a Escola Técnica Estadual Professor Mário Antônio Verza, no Município
de Palmital JOSÉ SERRA, Governador do Estado de São Paulo, no uso de suas
atribuições legais e tendo em vista a aprovação pelo Conselho Deliberativo do
Centro Estadual de Educação Tecnológica “Paula Souza” - CEETEPS, em sessão
de 22 de novembro de 2006, Decreta:
Artigo 1º - Fica criada a Escola Técnica Estadual Professor Mário Antônio
Verza, no Município de Palmital, como unidade de ensino do Centro Estadual de
Educação Tecnológica “Paula Souza” - CEETEPS.
Artigo 2º - As despesas decorrentes deste decreto, correrão à conta das
dotações consignadas no orçamento do Centro Estadual de Educação Tecnológica
“Paula Souza” - CEETEPS, suplementadas se necessário, nos termos da legislação
em vigor.
Artigo 3º - Este decreto entra em vigor na data de sua publicação.
Palácio dos Bandeirantes, 6 de junho de 2007.
JOSÉ SERRA
Alberto Goldman
Secretário de Desenvolvimento
Aloysio Nunes Ferreira Filho
Secretário-Chefe da Casa Civil
Publicado na Casa Civil, aos 6 de junho de 2007.
