CENTRO UNIVERSITÁRIO UNA INSTITUTO DE … · Guimarães Tomasi. Belo Horizonte 2017 . CDU: Ficha...
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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNA
INSTITUTO DE EDUCAÇÃO CONTINUADA E PESQUISA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GESTÃO SOCIAL,
EDUCAÇÃO E DESENVOLVIMENTO LOCAL
ARI SILVA GOBIRA
PROJETO SALA VERDE: desdobramentos de uma educação
para o meio ambiente e o desenvolvimento local
Belo Horizonte
2017
ARI SILVA GOBIRA
PROJETO SALA VERDE: desdobramentos de uma educação
para o meio ambiente e o desenvolvimento local
Dissertação apresentada ao Programa de Pós-
graduação Strictu Sensu Mestrado em Gestão
Social, Educação e Desenvolvimento Local,
como requisito parcial para a obtenção do
título de Mestre.
Área de Concentração: Inovações Sociais,
Educação e Desenvolvimento Local.
Linha de Pesquisa: Educação e
Desenvolvimento Local.
Orientadora: Profa. Dra. Áurea Regina
Guimarães Tomasi.
Belo Horizonte
2017
Ficha catalográfica desenvolvida pela Biblioteca UNA campus Guajajaras
G575p Gobira, Ari Silva
Projeto Sala Verde: desdobramentos de uma educação para o meio ambiente e o
desenvolvimento local. / Ari Silva Gobira – 2017.
145f.
Orientadora: Profa. Dra. Áurea Regina Guimarães Tomasi
Dissertação (Mestrado) – Centro Universitário UNA, 2017. Programa de Pós-
graduação em Gestão Social, Educação e Desenvolvimento Local.
Inclui bibliografia.
1. Educação ambiental. 2. Desenvolvimento social. I. Tomasi, Áurea Regina
Guimarães. II. Centro Universitário UNA. III. Título.
CDU: 658.114.8
CENTRO UNIVERSITÁRIO UNA
DIRETORIA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA E PESQUISA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GESTÃO SOCIAL, EDUCAÇÃO E
DESENVOLVIMENTO LOCAL
Dissertação intitulada "Projeto Sala Verde: desdobramentos de uma educação para o meio
ambiente e o desenvolvimento local", de autoria do (a) mestrando (a) Ari Silva Gobira,
aprovada pela banca examinadora, constituída pelos seguintes professores:
Prof. (a) Dr. (a) Áure Regina Guimarães Tomasi - Orientador (a) (UNA)
/'X.. .
f. (a) Dr. (a) Matusalém de Brito Duarte (Cefet-MG)
onçalves Quaresma (UNÀ)
Cí?r:~ 'JJt~Prof" ra. Lucília Regina de Souza Machado
Coordenadora do Programa de Pós-graduação em
Gestão Social, Educação e Desenvolvimento Local
Centro Universitário UNA
Belo Horizonte, 23 de fevereiro de 2017
NOTA INTRODUTÓRIA
No Programa de Pós-Graduação em Gestão Social, Educação e Desenvolvimento Local do
Centro Universitário UNA, as dissertações de mestrado se orientam pelas seguintes normas
aprovadas por seu Colegiado:
Para os elementos textuais:
1. A Introdução deve trazer o tema, problema, questão central da pesquisa, hipótese (facultativa), objetivo geral, objetivos específicos, justificativas e o plano de capítulos;
2. O primeiro capítulo deve trazer uma revisão teórica na área temática da pesquisa, dentro de um recorte de tempo. É esperado que esse capítulo seja apresentado na forma de um artigo de revisão, contendo: título, subtítulo, nomes e filiação institucional dos autores (o/a mestrando/a e o/a orientador/a), resumo, palavras-chave, abstract, keywords, introdução, desenvolvimento, conclusão, referências, notas, anexos e apêndices;
3. O segundo capítulo deve trazer o relato da pesquisa realizada pelo/a mestrando/a. É esperado que esse capítulo seja apresentado na forma de um artigo científico, contendo: título, subtítulo, nomes e filiação institucional dos autores (o/a mestrando/a e o/a orientador/a), resumo, palavras-chave, abstract, keywords, introdução, discussão teórica, metodologia, análise dos dados e/ou discussão dos resultados, considerações finais, referências, notas, anexos e apêndices;
4. O terceiro capítulo deve trazer o produto técnico derivado da revisão teórica e da pesquisa realizada pelo/a mestrando/a, sua proposta de intervenção na realidade. É esperado que contenha: título, subtítulo, nomes e filiação institucional dos autores (o/a mestrando/a e o/a orientador/a), resumo, palavras-chave, abstract, keywords, introdução, discussão para introduzir o produto técnico e contextualização, descrição detalhada do produto técnico, considerações finais, referências, notas, anexos e apêndices;
5. Por último, o/a mestrando/a deve trazer as considerações finais da dissertação;
6. Ficam mantidos os elementos pré-textuais e pós-textuais de praxe em dissertações e teses;
7. Alguma flexibilidade em relação a essa estrutura pode ser considerada, mas é indispensável que o/a mestrando/a apresente pelo menos uma das suas partes na forma de um artigo.
AGRADECIMENTOS
Sigo rumo a mais uma conquista na minha formação acadêmica. Toda luta e suor com
certeza não foram em vão!
Agradeço a Deus, pela benção derramada ao longo destes dois anos do mestrado.
À minha orientadora, Profa. Áurea Regina Thomasi, pelo seu acompanhamento e
comprometimento durante a minha orientação, pelas sugestões e recomendações dadas
durante a estruturação do projeto de pesquisa e organização das minhas ideias.
Às Professoras Adilene Quaresma e Fernanda Carla Wasner, pelas sugestões e
ponderações feitas durante o exame de qualificação. Aos demais professores do Programa
de Pós-graduação em Gestão Social, Educação e Desenvolvimento Local, que contribuíram
para que eu pudesse chegar até aqui. Cada um de vocês foi importante para minha
formação.
À Profa. Adilene Quaresma e ao Prof. Matusalém de Brito Duarte, pela disponibilidade em
participar e contribuir na banca de defesa.
Aos meus pais e irmão, que são o meu maior orgulho, agradeço pelo amor, dedicação,
apoio e por tudo que sou. Esta conquista também é de vocês!
Não posso deixar de agradecer ao amor da minha vida, Ana Paula, alguém muito especial,
que vivenciou durante estes dois anos de estudo todas as minhas inquietações e
dificuldades. Agradeço pelo seu apoio e compreensão, pois sei que não foi fácil conviver
com alguém que precisou se ausentar em alguns momentos para dedicar à sua pesquisa.
Aos funcionários do Programa e do Centro Universitário Una, pela atenção e carinho nos
momentos em que precisei recorrer a vocês.
Aos colegas do Mestrado, que proporcionaram agradáveis momentos de convivência e
conhecimento durante os nossos encontros e confrarias realizadas.
"Ninguém nasce educador ou marcado para ser educador.
A gente se faz educador, a gente se forma, como educador, permanentemente,
na prática e na reflexão da prática".
Freire (1991, p. 58).
RESUMO
A Educação Ambiental é uma temática que teve o seu marco a partir da Conferência de
Tbilisi (1977), contribuindo com diretrizes e sugestões para as práticas ambientais. No
Brasil, o processo de institucionalização da Educação Ambiental se fortaleceu a partir da
década de 90, com o sancionamento da Lei Federal 9.795/99, que incluiu o assunto em
todos os níveis de ensino. Dos anos 1990 para 2016, vários acontecimentos, como Rio 92,
influenciaram na forma reflexiva do trabalho da Educação Ambiental na sociedade. Um
desses trabalhos de Educação Ambiental é o Projeto Sala Verde – Centro de Extensão em
Educação Ambiental, da Secretaria Municipal de Meio Ambiente da Prefeitura de Belo
Horizonte. Esse projeto tem como princípio as recomendações da Agenda 21, buscando
desenvolver um processo de construção de habilidades, atitudes, motivações e
compromissos para trabalhar mais consciência ambiental de forma individual e coletiva. O
objetivo desta pesquisa foi verificar quais desdobramentos ocorrem após a capacitação dos
agentes participantes do Projeto Verde, no sentido de aplicarem ou não os conhecimentos
adquiridos durante o curso do BH Itinerante. A pesquisa tem abordagem qualitativa e
consistiu em um levantamento bibliográfico e empírico. O instrumento de coleta de dados
foi uma entrevista semiestruturada. Como contribuição técnica, foi elaborado o caderno do
educador ambiental, com orientações de como estruturar um projeto e com sugestões de
ferramentas pedagógicas para auxiliar no trabalho de educação da temática ambiental,
sendo este último construído a partir das sugestões dos participantes da pesquisa. Espera-se
que este produto técnico possa colaborar com as práticas pedagógicas de Educação
Ambiental, realizadas pelos egressos do projeto analisado, e de outros sujeitos que venham
ter interesse na reflexão da prática de formação e capacitação de agentes ambientais.
Palavras-chave: Educação Ambiental. Educador Social. Desenvolvimento Socioambiental.
ABSTRACT
Environmental Education is a theme that has had its milestone in the Tbilisi Conference
(1977), contributing with guidelines and suggestions for environmental practices. In Brazil,
the process of environmental education institutionalization was strengthened in the 90's,
with the enactment of the Federal Law 9.795 / 99, which included the subject at all levels
of education. From 1990 to 2016, several events, such as Rio 92, influenced the reflective
form of Environmental Education work in society. One of these works of Environmental
Education is the Projeto Sala Verde – Centro de Extensão em Educação Ambiental, of the
Municipal Secretariat of Environment, in Belo Horizonte. This project has as principle the
recommendations of Agenda 21, seeking to develop a process of building skills, attitudes,
motivations and commitments to work more environmental awareness individually and
collectively. The objective of this research was to verify which unfolding occurs after the
training of the agents participating in the Projeto Sala Verde, in order to apply or not the
knowledge acquired during the course BH Itinerante. The research has a qualitative
approach and it consisted of a bibliographical and empirical survey. The instrument of data
collection was a semi-structured interview. As a technical contribution, an environmental
educator's notebook was prepared, with guidelines on how to structure a project and with
suggestions of pedagogical tools to assist in environmental education work, the latter being
built on the suggestions of the research participants. It is hoped that this technical product
can collaborate with the pedagogical practices of Environmental Education, carried out by
the alumni of the analyzed project, and of other subjects that will have interest in the
reflection of the practice of training and qualification of environmental agents.
Keywords: Environmental Education. Social educator. Socio-environmental development.
LISTA DE FIGURA
FIGURA 1 - Representação dos recursos didáticos utilizado pelos entrevistados. .................. 63
LISTA DE QUADROS
QUADRO 1 - Perfil dos egressos do BH Itinerante ................................................................. 56
QUADRO 2 - Abrangência dos conhecimentos adquiridos no BH Itinerante. ........................ 58
QUADRO 3 - Organização das informações coletadas dos egressos do BH Itinerante. .......... 88
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
BH Belo Horizonte
CEA Centro de Educação Ambiental
CONAMA Conselho Nacional de Meio Ambiente
COPAM Conselho de Política Ambiental
DEA Departamento de Educação Ambiental
EA Educação Ambiental
EaD Educação a Distância
F Feminino
FNMA Fundo Nacional do Meio Ambiente
IBAMA Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
M Masculino
MEC Ministério da Educação
MG Minas Gerais
MMA Ministério do Meio Ambiente
ONG Organização Não Governamental
ONU Organização das Nações Unidas
PCN Parâmetros Curriculares Nacionais
PNEA Política Nacional de Educação Ambiental
PNMA Política Nacional de Meio Ambiente
PPA Plano Plurianual
PRONEA Programa Nacional de Educação Ambiental
ProNEA Programa Nacional de Educação Ambiental
SEMAD
Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de
Minas Gerais
SISNAMA Sistema Nacional de Meio Ambiente
SMMA Secretaria Municipal de Meio Ambiente
UC Unidade de Conservação
SUMÁRIO1
INTRODUÇÃO ....................................................................................................................... 12
REFERÊNCIAS. ..................................................................................................................... 16
1 UMA REFLEXÃO SOBRE UMA MODALIDADE DE EDUCAÇÃO PARA
SENSIBILIZAÇÃO AMBIENTAL ...................................................................................... 18
1.1 Introdução ........................................................................................................................... 19
1.2 Educação Ambiental: um pouco da sua história ................................................................. 20
1.3 As modalidades de Educação Ambiental ............................................................................ 24
1.4 A Educação Ambiental na prática ...................................................................................... 27
1.5 Os programas de Educação Ambiental e participação social ............................................. 32
1.6 O educador social e o desenvolvimento local ..................................................................... 37
Considerações finais ................................................................................................................. 41
Referências ................................................................................................................................ 42
2 PROJETO SALA VERDE: DESDOBRAMENTO DE UMA EDUCAÇÃO PARA O
MEIO AMBIENTE E O DESENVOLVIMENTO LOCAL ............................................... 48
2.1 Introdução ........................................................................................................................... 49
2.2 Discussão teórica ................................................................................................................ 51
2.3 A pesquisa de campo e seus sujeitos .................................................................................. 54
2.4 Análise de dados ................................................................................................................. 57
2.4.1 Conhecimentos adquiridos e suas aplicações. ................................................................. 57
2.4.2 A prática da Educação Ambiental pelos agentes. ............................................................ 60
2.4.3 Motivação e avaliação do BH Itinerante. ......................................................................... 65
2.4.4 O conceito e a efetividade da EA na visão dos agentes ambientais. ............................... 69
Considerações finais ................................................................................................................. 73
Referências ................................................................................................................................ 75
1 Este trabalho foi revisado de acordo com as novas regras ortográficas aprovadas pelo Acordo Ortográfico
assinado entre os países que integram a Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), em vigor no
Brasil desde 2009. E foi formatado de acordo com a ABNT NBR 14724 de 17.04.2015
3 INSTRUMENTO PEDAGÓGICO PARA AUXILIAR O TRABALHO DO
EDUCADOR AMBIENTAL .................................................................................................. 79
3.1 Introdução ........................................................................................................................... 80
3.2 Discussão teórica ................................................................................................................ 82
3.3 Produto técnico: o caderno do educador ambiental ............................................................ 86
3.3.1 Ferramentas pedagógicas para auxiliar no trabalho da educação ambiental. .................. 87
3.3.1.1 Recursos impressos ....................................................................................................... 89
3.3.1.2 Recursos visuais ............................................................................................................ 98
3.3.1.3 Recursos digitais ......................................................................................................... 109
3.3.1.4 Atividades lúdicas e práticas ....................................................................................... 111
3.3.2 Elaboração de projetos de educação ambiental. ............................................................ 121
Considerações finais ............................................................................................................... 125
Referências .............................................................................................................................. 126
REFLEXÕES FINAIS .......................................................................................................... 130
APÊNDICES E ANEXO. ..................................................................................................... 134
12
INTRODUÇÃO
A Educação Ambiental (EA) é um instrumento de sensibilização ambiental
interdisciplinar e transversal que tem como propósito trabalhar a responsabilidade
socioambiental, de modo que possibilite melhoria da qualidade de vida para todo o meio
ambiente. No entanto, é considerada uma prática bastante complexa, mesmo após vários
anos de sua institucionalização. Essa institucionalização foi promovida principalmente a
partir do campo ambiental, e não do educacional, conforme afirmam Layrargues e Lima
(2011).
Em 1972, na Conferência das Nações Unidas (ONU) sobre o Meio Ambiente,
tiveram início as discussões sobre a necessidade de se buscar uma educação para o meio
ambiente, que buscasse trabalhar de forma multidisciplinar em todos os níveis de ensino e
buscasse sensibilizar a população para os cuidados com o meio ambiente (GUIMARÃES,
2013; LIMA, 1984). Mas o marco inicial foi mesmo em 1977, com a Conferência de
Tbilisi, que estabeleceu novos rumos para a prática da Educação Ambiental, já que ao final
desse evento foram traçados de forma mais sistêmica e com abrangência mundial as
diretrizes, conceituações e procedimentos para a prática da Educação Ambiental
(GUIMARÃES, 2013).
No Brasil, sua institucionalização se deu após vários movimentos ambientalistas,
tendo início a partir da década de 1990, com o sancionamento da Política Nacional de
Educação Ambiental (PNEA). Esta possui entre os seus objetivos a preocupação em
trabalhar a realidade local e promover mecanismos que possibilitem o desenvolvimento do
território a partir da participação dos sujeitos para a construção de uma sociedade
sustentável.
Nessas condições, a PNEA recomenda que a dimensão ambiental seja incorporada
e trabalhada por intermédio das instituições educativas, de modo que haja a capacitação de
recursos humanos por meio da formação, especialização e atualização de todos os
profissionais das mais diversas áreas e demais cidadãos que de alguma forma demandarem
esse tipo de capacitação (BRASIL, 1999).
No entanto, a formação é bastante questionada por parte dos especialistas, pois
percebem que o ensino da questão ambiental apresenta carências em virtude da formação
dos educadores da educação formal, a qual, na visão de Longo (2016, p. 259), é
13
considerada insatisfatória, tendo em vista que “[...] ocorre uma priorização da formação
teórica sobre a prática, além de uma ecologização do conteúdo”. Nessas condições, o
trabalho de capacitação para o verdadeiro sentido da EA encontra-se comprometido, uma
vez que os cursos de formação, em sua maioria, não buscam trabalhar a temática por meio
da transversalidade e, consequentemente, refletem-se na formação dos educadores e até
mesmo dos demais profissionais (PEQUENO; SILVA; COSTA, 2010; REIGOTA, 1998;
SATO, 2001).
Ao mesmo tempo, quando se fala em formação de educadores ambientais,
geralmente se refere à formação formal, não se levando em consideração a não formal.
Conforme Kondrat e Maciel (2013), a Educação Ambiental não é limitada somente ao
espaço escolar, mas pode ser transmitida e desenvolvida por qualquer pessoa que tenha
consciência ambiental. Sem dúvida, não é um tema passivo de ser abordado somente pelos
educadores formais, já que estes nem sempre desenvolvem ações sozinhos, pois costumam
ter a colaboração dos educadores não formais, por meio de atuação de terceiro, nesse
processo de sensibilização ambiental (GUERRA; ORSI, 2013).
Assim, é preciso analisar também as iniciativas de formação e/ou capacitação
desses educadores não formais, para compreender suas limitações, colaborações e,
principalmente, como acontece o processo de formação desses educadores. Uma dessas
iniciativas é o Projeto Sala Verde, que é coordenado pelo Departamento de Educação
Ambiental do Ministério do Meio Ambiente (DEA/MMA). Conforme descrição da página
eletrônica2 do MMA, esse projeto busca “[...] incentivo à implantação de espaços
socioambientais para atuarem como potenciais centros de informação e formação
ambiental” (BRASIL, 2015). No estado de Minas Gerais, existem 53 salas verdes, cuja
proposta básica é “[...] a disponibilização e democratização da informação ambiental [...]”,
que colabore para o acesso à informação, reflexão e construção do pensamento/ação
ambiental (BRASIL, 2015).
Buscou-se, portanto, neste estudo, analisar umas dessas 34 unidades da Sala Verde,
denominada Projeto Sala Verde - Centro de Extensão em Educação Ambiental,
desenvolvido pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente, da Prefeitura de Belo
Horizonte. Esse centro de extensão desenvolve diversas atividades pedagógicas, como
2 http://www.mma.gov.br.
14
oficinas de Educação Ambiental, visitas orientadas com travessias urbanas3 e curso de
extensão.
Como recorte da pesquisa, estudou-se o curso de extensão em Educação Ambiental
BH Itinerante, que acontece semestralmente, com metodologia teórica e prática sobre
temas socioambientais. O objetivo principal desse curso é a formação de agentes
ambientais capacitados para promover ações socioambientais, capazes de atuarem entre os
diversos sujeitos da sociedade, inclusive o público infantil (BELO HORIZONTE, 2005;
2016). O público-alvo do BH Itinerante são estudantes de todos os níveis de graduação,
integrantes de associações comunitárias, organizações não governamentais (ONGs),
entidades de classe, profissionais liberais, agentes ambientais, cidadãos interessados na
questão ambiental, professores das redes municipal e estadual e de escolas particulares de
BH e região metropolitana, entre outros.
A pesquisa teve como objetivo analisar de que maneira as práticas de Educação
Ambiental do Projeto Sala Verde estão sendo implementadas pelos cursistas em seu local
de origem. Para essa análise, adotou-se abordagem qualitativa de finalidade exploratória,
tendo como instrumento de coleta dos dados uma entrevista semiestruturada com 26
egressos do projeto e seus dados submetidos à análise de conteúdo temático.
A presente dissertação é composta de três capítulos em forma de artigos, além desta
introdução e das reflexões finais. O primeiro capítulo apoia-se em uma revisão
bibliográfica sobre a temática Educação Ambiental e formação de educadores. Assim, essa
reflexão parte de um breve histórico, passando pelas modalidades de Educação Ambiental
e finalmente chegando ao processo de formação dos mesmos e na forma como as ações são
desenvolvidas. Ao longo do texto buscam-se levantar algumas considerações sobre a forma
como a EA é praticada pelos educadores ambientais e no tratamento desses educadores
mediante a pluralidade de sujeitos que atuam nesse campo de sensibilização ambiental.
No segundo capítulo é descrita a pesquisa de campo, relatando um pouco sobre o
cenário da pesquisa, metodologia empregada para desenvolvimento do estudo e
apresentação dos dados coletados dos 26 egressos do Projeto BH Itinerante, evidenciando-
se os limites e as circunstâncias de oportunidades da complexa relação socioambiental.
No terceiro e último capítulo são abordados a proposta de contribuição da pesquisa,
o “produto técnico” desenvolvido, intitulado “caderno do educador ambiental”. Esse
3 São visitas a campo realizadas em diversos locais e instituições da região metropolitana de Belo Horizonte.
Esse tipo de ação tem como objetivo permitir a percepção ambiental dos participantes ao longo do percurso
percorrido (BELO HORIZONTE, 2005).
15
produto técnico foi construído a partir do conceito de inovação social, buscando-se entre os
ex-alunos do curso de formação ambiental Sala Verde, sugestões e informações que estes
julgassem ser interessantes e úteis para auxiliar no trabalho socioambiental dos sujeitos da
pesquisa e de outros agentes ambientais.
No que concerne aos resultados de pesquisa, espera-se que os dados possam
colaborar com a gestão do município de Belo Horizonte, a fim de mostrar a importância
desse curso de formação ambiental dos cidadãos do referido município, bem como
verificar a viabilidade de incorporar esses egressos do projeto nas políticas públicas para
Belo Horizonte, como colaboradores das ações socioambientais dentro do território
municipal. Ao mesmo tempo, esta pesquisa pode ser referência para outros municípios que
queiram implantar esse tipo de formação de agentes que atuem sobre o meio ambiente,
como uma forma de trabalhar e mitigar os problemas socioambientais, eventualmente
existentes no município.
16
REFERÊNCIAS
BELO HORIZONTE. Prefeitura. Secretaria Municipal Adjunta de Meio Ambiente.
Relatório Final do XXXI BH Itinerante: curso de extensão em Educação Ambiental.
Projeto Sala Verde - Centro de Extensão em Educação Ambiental. Belo Horizonte/MG,
janeiro 2016.
BELO HORIZONTE. Prefeitura. Secretaria Municipal de Meio Ambiente. Projeto Sala
Verde: Centro de Extensão em Educação Ambiental. Belo Horizonte/MG, abril 2005
BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Agenda 21 Global. Disponível em:
<http://www.mma.gov.br/responsabilidade-socioambiental/agenda-21/agenda-21-global>
Acesso em: 06 out. 2015a.
BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Lei nº 9.795, de 27 de abril de 1999. Disponível
em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/2002/d4281.htm> Acesso em: 22 nov
2015.
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<http://www.mma.gov.br/educacao-ambiental/educomunicacao/salas-verdes#oprojeto>
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GUERRA, Antônio Fernando S.; ORSI, Raquel Fabiane Mafra. Tendências, abordagens e
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Disponível em: <https://www.seer.furg.br/remea/article/view/3386/2032> Acesso em: 21
out 2016.
GUIMARÃES, Mauro. A dimensão ambiental na educação. 11. ed. Campinas, SP:
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em: 24 out 2016.
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1984.
17
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Disponível em: <http://www.cpd1.ufmt.br/gpea/pub/DesafiosEA.pdf >. Acesso em: 05 set
2014.
18
1 UMA REFLEXÃO SOBRE UMA MODALIDADE DE EDUCAÇÃO
PARA SENSIBILIZAÇÃO AMBIENTAL
GOBIRA, Ari Silva
Biólogo, consultor ambiental, mestrando do Programa de Mestrado Profissional Gestão
Social, Educação e Desenvolvimento Local. Centro Universitário UNA.
TOMASI, Áurea Regina Guimarães
Socióloga, mestre e doutora em Ciências da Educação e professora do
Programa de Mestrado Profissional Gestão Social, Educação e Desenvolvimento Local.
Centro Universitário UNA.
RESUMO
Diante da complexidade da prática da Educação Ambiental e da diversidade de sujeitos,
das mais diversas áreas do conhecimento, que atuam nesse campo, é preciso levantar
alguns questionamentos sobre o papel desses educadores e quais são as possibilidades e
colaborações que eles podem proporcionar para o desenvolvimento local dos territórios
onde são desenvolvidas. Portanto, o objetivo deste trabalho foi refletir sobre as ações de
Educação Ambiental, de modo que possibilite compreender o sentido dessa modalidade de
educação, uma vez que não é somente uma atividade do educador formal. O artigo se apoia
em uma revisão bibliográfica sobre a temática e a formação de educadores. Assim, esta
reflexão parte do seu processo histórico, passando pelas modalidades de Educação
Ambiental e finalmente chegando ao processo de formação dos mesmos e na forma como
as ações são desenvolvidas. Ao longo do texto, buscou-se levantar algumas considerações
sobre a forma como a Educação Ambiental é praticada pelos educadores ambientais e o
perfil desses educadores, já que a área não pode ser vista somente como um campo dos
profissionais da área da Ciências Naturais. Espera-se que este trabalho possa colaborar de
alguma forma na reflexão sobre a prática da Educação Ambiental e para a formação desses
sujeitos, pois esse campo encontra-se em constante transformação, no contexto político,
econômico ou social.
Palavras-chave: Educação Ambiental. Educador Social. Desenvolvimento Local.
Formação Profissional.
19
ABSTRACT
A REFLECTION ON A MODALITY OF EDUCATION FOR ENVIRONMENTAL
AWARENESS
Given the complexity of the practice of Environmental Education and the diversity of
subjects, from the most diverse areas of knowledge that work in this field, it is necessary to
raise some questions about the role of these educators and what are the possibilities and
collaborations that they can provide for that local development of the territories where they
are developed. Therefore, the objective of this work was to reflect on the actions of
Environmental Education, in order to understand the meaning of this modality of
education, since it is not only an activity of the formal educator. The article is based on a
bibliographical review on the theme and the formation of educators. Thus, this reflection
starts from its historical process, passing through the Environmental Education modalities
and finally arriving at the formation process of the same and in the form with the actions
are developed. Throughout the text, it was tried to raise some considerations about the way
Environmental Education is practiced by the environmental educators and the profile of
these educators, since the area can not be seen only as a field of the professionals of the
Natural Sciences area. It is hoped that this work may contribute in some way to the
reflection on the practice of Environmental Education and to the training of these subjects,
since this field is constantly changing, in the political, economic or social context.
Keywords: Environmental Education. Social Educator. Local Development. Professional
Qualification.
1.1 Introdução
A Educação Ambiental (EA) é uma prática bastante complexa, mesmo após vários
anos de sua institucionalização. Essa institucionalização foi promovida principalmente a
partir do campo ambiental, e não educacional, conforme afirmam Layrargues e Lima
(2011). O movimento inicial começou em 1972, com a Conferência das Nações Unidas
(ONU) sobre o Meio Ambiente e o marco inicial é considerado a Conferência de Tbilisi
(1977), que deu novos rumos para norteamento prático dessa modalidade de educação. No
Brasil, sua institucionalização se deu após vários movimentos ambientalistas, tendo início
a partir da década de 1990, com o sancionamento da Política Nacional de Educação
Ambiental (PNEA).
Entre suas complexidades tem-se a forma com as ações são conduzidas pelos
educadores ambientais, em virtude das diversas correntes ideológicas (SAUVÉ, 2005), que
acabam influenciando na educação básica e nas demais ações não formais de Educação
Ambiental. De certa maneira, assim como a educação é um instrumento ideológico de
20
reprodução social, também a EA, por atravessar a disputa pela conservação ou
transformação das condições sociais (LAYRARGUES, 2002).
Por se constituir em uma área passiva da colaboração de diversas áreas do
conhecimento, torna possível a atuação de diversos profissionais no campo da EA e,
consequentemente, na condução prática das atividades de sensibilização ambiental. No
entanto, suas formações nem sempre acontecem no ensino superior, em virtude do não
atendimento das recomendações da PNEA, que diz respeito à inserção temática nos
currículos (PEQUENO; SILVA; COSTA, 2010). Assim, ocorre em alguns casos a prática
de Educação Ambiental sem qualquer preparação teórica e prática.
O fato de ser um campo que não é ocupado somente pelo educador formal também
interfere na prática dos educadores ambientais, levando, assim, à necessidade de buscar
uma atuação mais ampla para esses sujeitos. E isso acaba por aproximá-los do papel do
educador social, da ideia de um educador mais voltado para atuar em um contexto social
mais geral, muitas vezes na informalidade (ARAÚJO; LUVIZOTTO, 2012; PINEL et al.,
2012).
Em vista desse cenário e da complexidade do campo da Educação Ambiental,
diversos autores, como Sato (2001), Jacobi (2003), Dias (2004) e Brügger (2004),
levantam questionamentos sobre a forma como são conduzidas as ações e quais
colaborações desse campo são possíveis para solucionar a complexa relação do homem
com a natureza. Propõe-se, portanto, neste artigo, uma reflexão sobre esse campo que se
encontra em constante questionamento e reformulação por parte de alguns estudiosos dessa
área do conhecimento.
1.2 Educação Ambiental: um pouco da sua história
Para compreender a Educação Ambiental, é preciso conhecer o seu processo
histórico, suas recomendações e considerações, para ser possível perceber que esse tipo de
prática vai muito além da educação básica4, sendo estendida por toda a vida do cidadão. A
prática da EA também deve ser analisada, pois sua construção é bastante complexa e
muitas vezes a sua proposta é desconhecida pelos sujeitos, levando ao fracasso da sua
execução e aplicação (DIAS, 2004; SATO, 2001). Exemplo disso é que a EA é muitas
4 Refere-se ao ensino formal da educação básica, que vai do ensino infantil, passando pelo fundamental até o
ensino médio.
21
vezes confundida com a simples prática de sensibilização, não sendo aplicada na sua
transversalidade e totalidade, conforme as recomendações da PNEA (BRASIL, 2014).
Conforme a Política Nacional de Educação Ambiental - Lei 9.795 de 27 de abril de
1999, capítulo I, art. 1º:
Entendem-se por Educação Ambiental os processos por meio dos quais o
indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos,
habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio
ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua
sustentabilidade (BRASIL, 2014, p. 38).
Porém, para compreender um pouco da história da Educação Ambiental, é
necessário recuar até a década de 1970, já que a discussão de uma educação para o meio
ambiente iniciou-se em 1972, com a Conferência da ONU sobre o Meio Ambiente,
realizada em Estocolmo (GUIMARÃES, 2013). Durante essa Conferência, deu-se início a
um movimento que buscou discutir sobre essa área de conhecimento da educação, o qual
deveria ser trabalhado em todos os níveis de ensino, com abordagem multidisciplinar
(GUIMARÃES, 2013; LIMA, 1984).
No entanto, o fortalecimento do trabalho da Educação Ambiental aconteceu a partir
da Conferência de Tbilisi (1977), contribuindo com diretrizes e sugestões para as práticas
ambientais. No Brasil, o processo de institucionalização da EA manifestou-se a partir da
década de 1990, com o sancionamento da Lei Federal nº 9.795/99 e posteriormente com o
Decreto nº 4.281/2002, que regulamentou essa mesma lei e incluiu o assunto em todos os
níveis de ensino, órgãos e entidades integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente
(SISNAMA), órgãos públicos, entidades não governamentais, meios de comunicação e
demais segmentos da sociedade (BRASIL, 2002).
De 1990 a 2015, vários acontecimentos influenciaram a forma reflexiva do trabalho
da Educação Ambiental na sociedade, começando pela Rio 92, que foi uma Conferência da
ONU sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, com a presença de 170 países. Nesse
evento foi possível “reconhecer-se a insustentabilidade do modelo de desenvolvimento
então vigente” (DIAS, 2004, p. 50). Esse evento colaborou para as premissas de Tbilisi,
reorientando o trabalho da EA para o desenvolvimento sustentável.
Durante a Rio 92, com a participação do Ministério da Educação (MEC), foi
redigida a Carta Brasileira para Educação Ambiental, na qual se reconheceu “[...] a
Educação Ambiental como importante meio para viabilizar a sustentabilidade como
22
estratégia de sobrevivência e melhoria da qualidade de vida humana no planeta” (BRASIL,
2014, p.16).
O Tratado de Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis e
Responsabilidade Global estabelecido em 1992 no Fórum Global constituiu-se
como outro marco mundial relevante para a Educação Ambiental, por ter sido
elaborado no âmbito da sociedade civil internacional e por reconhecer a
Educação Ambiental como um processo dinâmico em permanente construção,
orientado por valores baseados na mobilização e na transformação social
(BRASIL, 2014, p. 16).
Ainda em 1992, “[...] contexto da institucionalização da Educação Ambiental no
país, pode-se citar o estímulo à implantação de sistemas de gestão ambiental por setores
empresariais, em consonância com leis e normas, como as da série ISO 14000” (BRASIL,
2014, p. 16).
Em desdobramento ao documento “Carta Brasileira para Educação Ambiental”, o
MEC organizou em Foz do Iguaçu, no mesmo ano de 1992, o 1º Encontro Nacional de
Centros de Educação Ambiental (CEAs) com a presença de coordenadores desses centros e
técnicos das Secretarias de Educação, com a finalidade de traçar propostas e recursos
institucionais para a temática (BRASIL, 2014).
Diante dos acontecimentos, é possível dizer que o ano de 1992 foi marcante para a
institucionalização da Educação Ambiental no Brasil. As ações não ficaram somente “com
o intuito de criar instâncias de referência para a construção dos programas estaduais de
Educação Ambiental, [...] o [Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos
Naturais Renováveis] IBAMA e o [Ministério do Meio Ambiente] - MMA fomentaram a
formação das Comissões Interinstitucionais de Educação Ambiental” (BRASIL, 2014, p.
17).
Em 1993, por meio do Projeto de Lei nº 3.792/93 apresentado à Comissão de
Defesa do Consumidor, Meio Ambiente e Minorias da Câmara dos Deputados Federais,
iniciaram-se as discussões para criação de uma Política Nacional de Educação Ambiental,
para que fosse criado um sistema único entre os sistemas nacionais de meio ambiente e de
educação (BRASIL, 2014). É importante destacar que a Constituição Federal de 1988 já
fazia menção à Educação Ambiental, no inciso VI do artigo 225, trazendo a necessidade de
“promover a Educação Ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização pública
para a preservação do meio ambiente” (BRASIL, 1988).
Assim, devido à Constituição Federal de 1988 e aos acordos internacionais
firmados na Rio 92, foi criado em 1994 o Programa Nacional de Educação Ambiental
23
(PRONEA)5, o qual foi executado pela Coordenação de Educação Ambiental do MEC e
setores do MMA e do IBAMA, ligados à temática em questão (BRASIL, 2014). “O
PRONEA previu três componentes: a) capacitação de gestores e educadores; b)
desenvolvimento de ações educativas; c) desenvolvimento de instrumentos e
metodologias” (BRASIL, 2014, p. 17).
No ano seguinte, foi criada no Conselho Nacional de Meio Ambiente (CONAMA)
a Câmara Técnica Temporária de Educação Ambiental. No entanto, somente em junho de
1996 é que aconteceu a primeira reunião, na qual “[...] foi discutido o documento intitulado
‘Subsídios para a formulação de uma Política Nacional de Educação Ambiental’, elaborado
pelo MMA/IBAMA e pelo MEC” (BRASIL, 2014, p. 17).
Ainda em 1996, incluiu-se no Plano Plurianual (PPA) do Governo Federal
(1996- 1999), ‘a promoção da Educação Ambiental, através da divulgação e uso
de conhecimentos sobre tecnologias de gestão sustentáveis de recursos naturais’,
embora não se tenha determinado seu correspondente vínculo institucional
(BRASIL, 2014, p. 17).
Conforme os registros, em outubro de 1996 foi criado o Grupo de Trabalho de
Educação Ambiental, responsável pela 1ª Conferência Nacional de Educação Ambiental,
realizada em 1997, resultando na “Carta de Brasília para a Educação Ambiental”,
documento este que abordava a Educação Ambiental em vários eixos temáticos (BRASIL,
2015). Neste mesmo ano de 1997 foram aprovados pelo Conselho Nacional de Educação
os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) (BRASIL, 2014).
Os PCN constituem-se como um subsídio para apoiar a escola na elaboração do
seu projeto educativo, inserindo procedimentos, atitudes e valores no convívio
escolar, bem como a necessidade de tratar de alguns temas sociais urgentes, de
abrangência nacional, denominados como temas transversais: meio ambiente,
ética, pluralidade cultural, orientação sexual, trabalho e consumo, com
possibilidade de as escolas e/ou comunidades elegerem outros de importância
relevante para sua realidade (BRASIL, 2014, p. 18).
Em 1999 foi criada a Diretoria do Programa Nacional de Educação Ambiental
(ProNEA), vinculada à Secretaria Executiva do Ministério do Meio Ambiente,
conquistando nesse mesmo ano a aprovação da demandada Política Nacional de Educação
Ambiental, a Lei nº 9.795, de 27 de abril de 1999. Com essa aprovação, a temática
5 A sigla PRONEA é referente ao programa instituído em 1994, ao passo que a sigla ProNEA refere-se ao
Programa instituído em 1999.
24
Educação Ambiental é integrada ao Plano Plurianual (2000-2003), mas desta vez como um
programa do governo federal, vinculado ao MMA (BRASIL, 2014).
As ações para fortalecimento da EA não pararam. No século XXI, os educadores
ambientais resolveram reunir-se com o MMA para buscar apoio para as redes de EA,
conseguindo que o Fundo Nacional do Meio Ambiente (FNMA) passasse a apoiar o
fortalecimento e estruturação de diversas redes de educação ambiental (BRASIL, 2014).
Finalmente, em junho de 2002, foi regulamentada a Lei n° 9.795/99, por meio do
Decreto n° 4.281, definindo a sua composição e as competências do Órgão Gestor da
PNEA (BRASIL, 2014).
Esse marco legal veio se somar a outras matérias legais que já asseguravam à
sociedade brasileira o direito ao acesso universal à Educação Ambiental, como a
própria Constituição Federal e a Política Nacional do Meio Ambiente; mas como
um corpo legal específico para a Educação Ambiental, avança na tipificação dos
princípios, diretrizes, objetivos, características, modalidades e outras questões
necessárias à sua prática (LAYRARGUES, 2012, p.2).
Percebe-se, na cronologia apresentada sobre a institucionalização da Política
Nacional de Educação Ambiental, que os esforços foram intensos por todos os interessados
na criação de uma política e criação de novos instrumentos regulatórios para a Educação
Ambiental. E os esforços ainda são constantes para solucionar os diversos problemas e
ajustes que ainda existem no campo da Educação Ambiental. Como exemplo, podem-se
citar as tendências da EA, a forma como as ações são executadas pelos educadores, os
processos de formação, entre outros assuntos que perpassam pelo campo da Educação
Ambiental.
1.3 As modalidades de Educação Ambiental
A necessidade de promover a Educação Ambiental em todos os níveis de ensino é
algo que está previsto na Política Nacional de Educação Ambiental, em seu art. 2º, quando
diz que “a Educação Ambiental é um componente essencial e permanente da educação
nacional, devendo estar presente, de forma articulada, em todos os níveis e modalidades do
processo educativo, em caráter formal e não formal” (BRASIL, 1999). Mas constata-se
que, antes da PNEA e até mesmo da Constituição Federal de 1988, a recomendação já
estava posta pela Política Nacional de Meio Ambiente (PNMA), Lei nº 6.938, de 31 de
agosto de 1981, no art. 2º, que inclui, entre os seus princípios, “a Educação Ambiental em
25
todos os níveis de ensino, inclusive a educação da comunidade, objetivando capacitá-la
para participação ativa na defesa do meio ambiente” (BRASIL, 1981).
Diante dessas recomendações postas pelas leis brasileiras, faz-se necessária a
promoção da Educação Ambiental, mas percebe-se que o artigo 2º da Lei 9.795/99 não faz
referência à educação informal, deixando de fora as ações educacionais que são realizadas
fora dos espaços institucionais. No entanto, o Tratado de Educação Ambiental para
Sociedades Sustentáveis e Responsabilidade, estabelecido em 1992 no Fórum Global, e a
recomendação CONAMA nº 11, de 04 de maio de 2011, fazem menção às três
modalidades de educação – formal, não formal e informal, quando se refere à implantação
do CEA (BRASIL, 2014; CONAMA, 2011).
Assim, é importante distinguir a diferença dessas três modalidades de educação,
pois cada uma apresenta suas particularidades e colaborações, que acabam interferindo na
forma como é produzido e reproduzido o conhecimento.
Segundo Libâneo (1998, p. 88) a educação “formal refere-se a tudo o que implica
uma forma, isto é, algo inteligível, estruturado, o modo como algo se configura. Educação
formal seria, pois, aquela estrutura organizada, planejada intencionalmente, sistemática”.
Esta modalidade é representada pelas escolas e faculdades, por possuírem todos os pré-
requisitos descritos pelo autor.
Na educação formal a figura do educador é o professor, o qual é responsável pelo
ensino e aprendizagem de conteúdos que se encontram sistematizados e organizados
conforme as diretrizes educacionais, requerendo tempo e local específico para que
aconteça todo o processo educacional (GOHN, 2006).
Conforme o artigo 9º da Política Nacional de Educação Ambiental, a Educação
Ambiental formal é representada pela educação básica (educação infantil; ensino
fundamental e ensino médio), educação superior, educação especial, educação profissional
e educação de jovens e adultos (BRASIL, 1999).
Nesses espaços de educação formal a Educação Ambiental encontra-se garantida
por meio dos PCNs, a partir do tema transversal meio ambiente. Além dos PCNs, têm-se
ainda as “Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Ambiental”, aprovadas pelo
Conselho Nacional de Educação (BRASIL, 2014).
A segunda modalidade é a educação não formal, definida como “[...] aquelas
atividades com caráter de intencionalidade, porém com baixo grau de estruturação e
sistematização, implicando certamente relações pedagógicas, mas não formalizadas”
(LIBÂNEO, 1998, p. 89). Libâneo (1998) destaca que as ações extraescolares, que são
26
promovidas pelas escolas, são um tipo de educação não formal, por apresentarem
conhecimentos complementares em conexão com a educação formal.
Para Gohn (2006, p. 28), a educação não formal é vista como aquele processo que
se aprende “[...] ‘no mundo da vida’, via os processos de compartilhamento de
experiências, principalmente em espaços e ações coletivos cotidianos”. Gohn (2006, p. 29)
traz o educador, nessa modalidade de ensino, como o sujeito com o qual se interage ou se
integra.
Na educação não-formal, os espaços educativos localizam-se em territórios que
acompanham as trajetórias de vida dos grupos e indivíduos, fora das escolas, em
locais informais, locais onde há processos interativos intencionais (a questão da
intencionalidade é um elemento importante de diferenciação).
Assim, diante da opinião desses autores, pode-se dizer que o trabalho de Educação
Ambiental não formal pode ser representado pelas ONGs, associações de bairros, museus,
entre outros, que desenvolvem trabalhos de preservação e sensibilização ambiental, já que
nesses locais existe certa intencionalidade nas ações desenvolvidas.
Já a educação informal é definida por Nassif (1980 apud LIBÂNEO, 1998) como o
processo contínuo de aquisição de conhecimentos e competências que não se localizam em
algum quadro institucional. Libâneo (1998) acrescenta que a educação informal contribui
para compreender a totalidade dos processos educacionais, pois perpassa as modalidades
de educação que apresentam todo um processo de institucionalização.
Na educação informal, o papel do educador está na figura de pais, familiares, todos
aqueles que estão no seu ciclo de amizade, inclusive os meios de comunicação, que de
alguma forma colabora com o processo de socialização dos indivíduos (GOHN, 2006). “A
educação informal socializa os indivíduos, desenvolve hábitos, atitudes, comportamentos,
modos de pensar e de se expressar no uso da linguagem, segundo valores e crenças de
grupos que se frequenta ou que pertence por herança, desde o nascimento” (GOHN, 2006,
p. 29).
Como exemplo de EA informal, podem-se descrever as ações isoladas
desenvolvidas por cidadãos para sensibilizar outras pessoas sobre a importância da
preservação e/ou recuperação de nascentes. Trata-se de uma educação produzida pelas
experiências da vida, fora dos espaços institucionais e repassadas para as gerações mais
novas, conforme descreve Libâneo (1998, p. 73):
27
A educação é, também, uma prática ligada à produção e reprodução da vida
social, condição para que os indivíduos se formem para a continuidade da vida
social. Neste sentido, é inevitável que as gerações adultas cuidem de transmitir
às gerações mais novas os conhecimentos, experiências, modos de ação que a
humanidade foi acumulando em decorrência das relações incessantes entre o
homem e o meio natural e social.
Segundo a “Carta aberta de educadoras e educadores por um mundo justo e feliz!”,
elaborado na 2ª Jornada Internacional de Educação Ambiental, durante a Rio+20, “[...] a
educação é sempre baseada em valores: nunca houve, não existe, nunca haverá
neutralidade na educação, seja ela formal, não formal, informal, presencial ou a distância”
(BRASIL, 2014, p. 92). Logo, pode-se dizer que não importa a modalidade de Educação
Ambiental – formal, não formal ou informal, o importante é que haja educação para
preservação ambiental e que esta promova a consciência crítica dos cidadãos para analisar
os entraves da relação homem-natureza.
Cabe ressaltar que essas modalidades de educação ainda estão sujeitas às
macrotendências ou correntes6 em Educação Ambiental que acabam influenciando no
modo com o meio ambiente é trabalhado e no enfoque do trabalho do educador ambiental
(ALBANUS; ZOUVI, 2013; LAYRARGUES; LIMA, 2011; SAUVÉ, 2005). Segundo
Sauvé (2005), o trabalho da EA está sujeito a 15 correntes, variando da mais tradicional,
originada nas décadas de 1970 e 1980, a outras mais modernas que surgiram recentemente
com um novo olhar sobre a relação do ser humano com o meio ambiente.
1.4 A Educação Ambiental na prática
No cenário brasileiro do século XXI, mesmo após várias conferências mundiais e
ações para criação de uma política exclusiva para a Educação Ambiental, sua prática é,
entretanto, bastante questionada e de pouca aplicação por parte de alguns setores da
sociedade. Um exemplo é a Política Nacional de Resíduos Sólidos, Lei nº 12.305, a qual,
mesmo tendo a Educação Ambiental como instrumento, não garante a aplicação de forma
eficaz de suas ações (BRASIL, 2010). Ainda nesse caminho têm-se situações como as
campanhas contra a dengue, que acontecem principalmente nos períodos chuvosos, tendo
ações de técnicos municipais e até mesmo esforço do Exército Brasileiro, anúncios em rede
nacional e local, entre outras ações que são realizadas. Mas mesmo com toda a mobilização
o problema continua persistindo todos os anos.
6 Não é objeto deste estudo abordar as correntes em Educação Ambiental existentes nesse campo.
28
A sociedade ainda não está suficientemente engajada para uma Educação
Ambiental em que haja preservação e preocupação com os recursos naturais. Executam-se
ações que acontecem esporadicamente, principalmente quando sentem necessidade de
solucionar um problema momentâneo ou para trabalhar algum tema alusivo à temática
ambiental. Segundo Layrargues (2002, p.12):
[...] além de vítimas, todos também são responsáveis de forma igualitária pela
crise ambiental. Forma-se uma conjuntura onde a humanidade como um todo
aparece tanto como responsável pela atual crise ambiental como vítima de seus
efeitos. Dessa forma, consolida-se um consenso universal apaziguador, pois
assim as vítimas não mais podem responsabilizar os culpados, já que todos são
iguais perante a “catástrofe ecológica”.
Ao mesmo tempo, Layrargues (2002) afirma que é preciso rever o sentido
ideológico da Educação Ambiental, já que existem outras macrotendências, em virtude da
necessidade de alguns educadores em nomear e distinguir novos perfis ideológicos de
Educação Ambiental. Entre essas macrotendências, tem-se a visão crítica, bem diferente da
visão convencional, já que ela busca ampliar as análises e reflexões sobre a relação do ser
humano com os recursos naturais.
Enquanto a Educação Ambiental convencional concebe a problemática
ambiental como uma decorrência da falta de conhecimento apropriado do
funcionamento dos sistemas ecológicos, diante da constatação da proximidade de
alguns dos limites ecossistêmicos serem atingidos, a Educação Ambiental crítica
entende a problemática ambiental como um desdobramento do processo de
apropriação privada dos recursos tanto humanos como naturais. E nesse sentido,
a prática pedagógica da Educação Ambiental tradicional volta-se ao ensino da
ecologia, aproximando-se da educação conservacionista, enquanto que a prática
pedagógica da Educação Ambiental crítica volta-se à reflexão do funcionamento
dos sistemas sociais, além dos sistemas ecológicos (LAYRARGUES, 2002, p.
17).
Essa reflexão sobre o trabalho da EA também é levantada por Brügger (2004),
quando questiona se realmente temos uma Educação Ambiental ou um adestramento
ambiental. Para essa autora, as pessoas são levadas a executar determinadas funções e
tarefas sem se sentirem vítimas das suas próprias ações, pois a sociedade é bombardeada
de informações que vinculam valores profundamente consumistas. Tais mensagens
reproduzem a ideologia da sociedade industrial, acelerando o ritmo de produção e consumo
(BRÜGGER, 2004).
Uma prova dessa falta de envolvimento é a situação atual dos reservatórios de água
no Brasil: a população, mesmo acompanhando os noticiários sobre o assunto, não parece
29
estar convencida de que é necessário questionar a relação dos seres humanos e dos grandes
setores produtivos com o meio ambiente. Surge daí o questionamento sobre o que tem sido
feito e como está sendo trabalhado o meio ambiente com base nos Programas de Educação
Ambiental reconhecidos pelo Ministério do Meio Ambiente (BRASIL, 2015b).
Para Reigota (1998, p. 48), a proposta da Educação Ambiental é construída na
transmissão e construção de conhecimento, na qual se “permite que o processo pedagógico
aconteça sob diferentes aspectos, que se complementam uns aos outros”. Sem dúvida, é
preciso repassar conhecimento, mas é necessário, principalmente, que os trabalhos de
Educação Ambiental incorporem ambas, a visão convencional e a visão crítica, para que
seja possível refletir as complexas relações dos sistemas ecológicos e dos sistemas
empresarias (indústria do papel, vidro, plástico, tecnológica, entre outras). E também que
se possa, ao mesmo tempo, questionar o que se encontra envolvido nessa complexa relação
desses sistemas.
Essa ideia definida por Reigota (1998), Layrargues (2002) e Brügger (2004), de
uma proposta pedagógica baseada nesses princípios, acaba não ocorrendo, por falta de
capacitação dos educadores ou mesmo pela ausência da introdução da Educação Ambiental
nos processos de formação ou então pela dificuldade em lidar com práticas
interdisciplinares (AZEVEDO; ANDRADE, 2007; SATO, 2001).
Uma vez que a prática da EA envolve diferentes áreas de conhecimento para que se
possa reelaborar a produção de novos conhecimentos e que o resultado desse processo é
aplicado na transformação da sociedade (GUIMARÃES, 2013), é preciso que o sujeito
esteja apto a praticar a interdisciplinaridade no seu processo de trabalho ambiental. Assim,
percebe-se que a prática da EA implica o enfrentamento de obstáculos como a falta de
experiência em lidar com ações interdisciplinares e o desconhecimento do que é um
trabalho de EA. Nesse caso, ambos os obstáculos envolvem o processo de capacitação ou
formação dos educadores.
Pombo (2006, p. 210) defende que “a interdisciplinaridade traduz-se na constante
emergência de novas disciplinas que não são mais do que a estabilização institucional e
epistemológica de rotinas de cruzamento de disciplinas”. Ela ainda completa que o
fenômeno interdisciplinar torna mais articulado o conjunto dos diversos saberes.
Para Azevedo e Andrade (2007, p. 259):
30
A interdisciplinaridade tem como proposta promover uma nova forma de
trabalhar o conhecimento, na qual haja interação entre sujeitos-sociedade-
conhecimentos na relação professor-aluno, professor-professor e aluno-aluno, de
maneira que o ambiente escolar seja dinâmico e vivo e os conteúdos e/ou temas
geradores sejam problematizados e vislumbrados juntamente com as outras
disciplinas.
Outra dimensão da interdisciplinaridade que não se pode deixar de destacar é a de
que a “interdisciplinaridade se caracteriza pela intensidade das trocas entre os especialistas
e pelo grau de integração real das disciplinas no interior de um mesmo projeto”
(JAPIASSU, 1976 apud THIESEN, 2008).
Pode-se então dizer que a prática da interdisciplinaridade possibilita a troca e
integração dos diversos conhecimentos, o que, segundo Freire (1996), deve proporcionar
ao educador habilidades como saber ouvir e dialogar, de forma que permita a troca mútua
do conhecimento entre os envolvidos no processo educacional. “A formação do educador
ambiental pressupõe um ambiente em que todos tenham voz e possam trocar experiências,
rever seus conhecimentos e produzir novos sentidos a partir de uma perspectiva crítica”
(ABREU; MOURA, 2014, p. 401).
Percebe-se que existe uma dificuldade, por parte dos educadores, em aplicar o
princípio interdisciplinar, mesmo ele sendo bastante antigo nas práticas de Educação
Ambiental. Para Sato (2001, p. 24):
Embora haja reconhecimento de que, atualmente, as ciências buscam um diálogo
entre suas fronteiras do conhecimento, há uma certa resistência fetichista contra
a contaminação de uma área a outra e os limites das fronteiras do conhecimento
ainda permanecem fortes, prejudicando o diálogo necessário para os estudos
ambientais. E as experiências de cada uma das partes perdem em significação
quando não existe o livre entrelaçamento das várias manifestações da vida.
É preciso entender, de acordo com Sato (2001), a complexidade ambiental, já que a
dimensão ambiental está presente nas diversas áreas do conhecimento. Para apreender a
complexidade ambiental, é preciso compreender a Teoria da Complexidade defendida por
Morin (2005, p. 192), o qual afirma que “a complexidade não tem metodologia, mas pode
ter seu método”. E na busca de um conceito para o método, conclui-se que não é possível
definir um conceito, pois é preciso continuar restabelecendo as articulações, “para nunca
esquecermos as totalidades integradoras”.
O segundo obstáculo seria lidar com a carência na introdução da Educação
Ambiental nos diversos currículos. De acordo com Sato (2001, p. 29), “[...] a carência da
introdução da EA nos currículos de graduação, pós-graduação e cursos de formação
31
continuada é fortemente presente no cenário nacional e em muitos outros países latino-
americanos”. Essa carência reflete-se na forma como são trabalhados e executados os
Programas de Educação Ambiental, abordados somente em ocasiões comemorativas, como
dia da árvore ou meio ambiente, e não configurado como um projeto para construção dos
valores sociais (SATO, 2001).
A esse respeito, Pequeno, Silva e Costa (2010), Guerra e Orsi (2013) e Pequeno
(2016) salientam que a falta de formação dos educadores de fato é um dos problemas, já
que a Educação Ambiental “[...] é um tema relativamente recente ou ausente nos cursos de
formação docente [...]” (PEQUENO, 2016, p. 216).
O problema da formação em EA passa prioritariamente pelas universidades.
Infelizmente estas foram um dos últimos espaços instituídos da sociedade em
que a EA se inseriu. Este fato expõe a fragilidade da EA nos currículos das
universidades, uma vez que ainda não se consolidou o enraizamento da dimensão
ambiental. Muitas vezes o que há são pesquisadores isolados [...] envolvidos com
o aprofundamento do campo conceitual da EA (GUERRA; ORSI, 2013, p. 33).
No entanto, não deveria ser considerado ausente, uma vez que a PNEA traz “a
incorporação da dimensão ambiental na formação, especialização e atualização dos
educadores de todos os níveis e modalidades de ensino” (BRASIL, 2014, p. 40). Percebe-
se que essa recomendação não é algo recente, já estava imposta quando a lei foi sancionada
e reafirmada perante as ações do ProNea, faltando, assim, ações efetivas por parte do
MEC. Ao mesmo tempo, a inserção da temática EA nos cursos de formação pode ser
prejudicada mediante as lacunas existentes na própria Lei de Diretrizes e Base (9.394/96).
Para Guerra e Orsi (2013, p. 33-34), a legislação educacional:
[...] não estabelece claramente em seu texto disposições para a mesma. Assim,
em muitos casos, a EA continua sendo tratada de forma tradicional e
conservadora nas universidades brasileiras com a criação de disciplinas isoladas
no currículo de cursos de graduação, contrárias à própria legislação7. Ignorando a
história, os princípios e a revelia da Lei da EA, tentam se efetivar propostas
como a do Projeto de Lei 3681/2008, que se encontra no momento no Congresso
Nacional, de criação de uma disciplina de “Educação Ambiental para o
Desenvolvimento Sustentável”, nos cursos de licenciatura, ou polêmicas como
de implementação de Diretrizes Curriculares Nacionais para a EA, encaminhadas
em 2007 ao MEC, pelo próprio Órgão Gestor da PNEA.
7 A legislação referida por Guerra e Orsi (2013) diz respeito à Lei 9.795/99, especificamente ao artigo 10
desta lei, que estabelece que a EA “será desenvolvida como uma prática educativa integrada, contínua e
permanente em todos os níveis e modalidades do ensino formal” e “não deve ser implantada como disciplina
específica no currículo de ensino” (BRASIL, 1999, artigo 10).
32
Diante desses desencontros e dessa falta de capacitação dos educadores, ocorre que
muitas vezes as ações são realizadas de forma pontual, conforme apontado por Sato (2001)
e reafirmado por Pequeno, Silva e Costa (2010, p. 35), quando diz que as ações de EA “[...]
ocorrem, em sua maioria, numa perspectiva pontual como datas comemorativas, palestras,
oficinas, coleta seletiva e monografias, de forma ampla e sem especificação: ‘ações
práticas’, ‘projetos’, extensão, ‘pesquisa’, ‘atividades práticas e de investigação’”.
Pequeno, Silva e Costa (2010) ainda enfatizam que as ações podem ocorrer de “forma
muito vaga”, o que é reafirmado por Guerra e Orsi (2013, p. 31), quando analisam as
práticas pedagógicas dos educadores:
Sua formação na EA supervaloriza as práticas sobre temas ambientais na forma
de vivências de sensibilização, as “datas ecológicas”, a reciclagem de resíduos –
sem necessariamente discutir o modelo neoliberal e os padrões de extração de
bens, produção, distribuição, consumo e descarte de resíduos - dentre outras
ações individuais e pontuais, sem reflexão crítica, em detrimento do
desenvolvimento de valores ambientais, princípios éticos, a ação coletiva e o
engajamento político no enfrentamento das questões e conflitos ambientais.
Nesse sentido, é preciso buscar um elo entre esses projetos que trazem as ocasiões
comemorativas e a construção dos valores sociais, mas para que isso aconteça seria preciso
convidar os sujeitos envolvidos a participarem de forma construtiva e permanente do
processo de formação crítica do cidadão, para possível avaliação da complexa relação do
homem como o meio no qual se encontra inserido.
No trabalho de Educação Ambiental, “[...] é preciso que o educador trabalhe
intensamente a integração entre o ser humano e ambiente e se conscientize de que o ser
humano é natureza e não apenas parte dela” (GUIMARÃES, 2013, p. 30). Esse autor
entende que quando esse ideal é assimilado pelo homem, acontece uma mudança no
comportamento deste com o meio ambiente, passando a sentir-se integrado em uma
unidade “ser humano/natureza”, que não favorece a dominação de um sobre o outro.
1.5 Os programas de Educação Ambiental e participação social
Nessas condições, os programas de Educação Ambiental podem sofrer impactos em
virtude das “falhas” da formação. Se, de um lado, os professores encontram-se sem
formação, do outro estão os técnicos e demais profissionais das diversas áreas de
formação, que também estão sujeitos à mesma situação de carência na formação. Para
Guerra e Orsi, (2013), diante da falta de espaço da EA nas escolas, os trabalhos geralmente
33
são desenvolvidos por meio de ações não formais de educação e essas ações, muitas vezes,
não levam em consideração a contextualização do local ou desconsiderando a dimensão
social dos sujeitos envolvidos.
Este espaço para a EA na escola é ocupado, muitas vezes, pelo trabalho de
terceiros (ONGs, empresas, dentre outros), que submetem o professor ao uso de
livros, cartilhas e materiais audiovisuais, muitas vezes sem conhecer a realidade
local ou deixando de valorizar as diferentes dimensões (cognitiva, ética,
estética), desenvolvendo a capacidade de reflexão e argumentação dos sujeitos
(GUERRA; ORSI, 2013, p. 34).
É importante destacar que um programa de Educação Ambiental deve ser elaborado
com a ajuda de todo o público envolvido, sejam os agentes comunitários, as igrejas, as
associações, os setores privados, as escolas, ONGs, etc., para que estes se sintam parte
integrante do projeto. Na visão de Jacobi (2003), deve-se envolver um conjunto de
diversos atores, no sentido de que seja algo interdisciplinar, que envolva os vários
conhecimentos do universo educacional. A falta da interdisciplinaridade na comunidade,
no sentido de envolver vários especialistas/profissionais, pode ser compensada pela
experiência pessoal de cada cidadão envolvido. O conhecimento adquirido pela vida
também é válido para a construção de qualquer projeto que venha a colaborar com os
interesses sociais, pois se “trata de um aprendizado social baseado no diálogo e na
interação em constante processo de recriação e reinterpretação de informações, conceitos e
significados, que podem se originar do aprendizado em sala de aula ou da experiência
pessoal do aluno”, conforme afirma Jacobi (2003, p. 198).
É preciso entender que “[...] há ideias universalmente difundidas, entre elas a de
que não há idade para se educar, de que a educação se estende pela vida e que ela não é
neutra” (GADOTTI, 2000, p. 4). A humanidade precisaria compreender que os valores
ambientais também são construídos da mesma forma que os outros valores sociais devem
ser seguidos pela vida toda em prol da conservação do Planeta. Ainda para Gadotti (1991,
p. 4):
Todo ser humano é capaz de aprender e de ensinar e, no processo de construção
do conhecimento, todos os envolvidos aprendem e ensinam. O processo de
ensino-aprendizagem é mais eficaz quando o educando participa, ele mesmo, da
construção do seu conhecimento, fazendo "seu" o conhecimento e não apenas
"aprendendo" o conhecimento.
Entretanto, para que haja a participação em torno de um projeto dessa natureza,
deve-se levar em conta o que Dias (2004) alerta: para que os objetivos da EA não sejam
34
definidos sem se levar em conta as realidades econômicas, sociais e ecológicas da
sociedade. O educador deve convidar o educando a se sentir parte presente dos projetos
pedagógicos. “Pelos seus objetivos e funções, a EA é necessariamente uma forma de
prática educacional sintonizada com a vida da sociedade” (DIAS, 2004, p. 148).
Conforme lembrado por Giaretta, Fernandes e Philippi Jr. (2012), a própria
Constituição de 1988 regulamenta o direito à participação popular no seu artigo 1º, “não só
dando sinais quanto ao direito à participação, como promovendo um avanço significativo
com a participação direta do povo” (2012, p. 532).
Observa-se, assim, que é preciso fomentar a preparação não só dos educadores, mas
de todos cidadãos para a participação a partir da formação, seja ela por meio de
capacitações, treinamentos ou reciclagem8. O intuito é que os cidadãos sejam
sensibilizados ou mesmo informados sobre as complexas relações ambientais, lembrando
que a informação é necessária em alguns casos, quando ainda existe falta de conhecimento
por parte do cidadão. A esse respeito, Sgarbi et al. (2016) aduzem que o maior desafio da
educação contemporânea é o acesso democrático dos saberes, de modo que possibilite o
diálogo entre eles e a criação de valores ético-culturais e socioambientais. Ressaltam
também que o desafio maior está na formação de cidadãos participativos e capazes de
relacionarem num ambiente cada vez mais completo mediante a globalização e
demandante da produção de bens materiais e simbólicos (SGARBI et al., 2016).
De acordo com pesquisa realizada por Nunes, Philippi Jr. e Fernandes (2012) sobre
a atuação de conselheiros do meio ambiente na gestão ambiental de determinado
município, percebeu-se que “[...] os representantes devem estar qualificados para
representar, discutir e opinar sobre assuntos relacionados ao Conselho e aos problemas
ambientais enfrentados pelo município” (p. 59).
Partindo desse princípio, o Programa Nacional de Educação Ambiental (ProNEA),
propõe uma mudança cultural na sociedade, sobre a qual se entende que são necessárias
“[...] mudanças nos desejos e formas de olhar a realidade, nas utopias e nas necessidades
materiais e simbólicas, nos padrões de produção e consumo, lazer e religiosidade”
(BRASIL, 2005, p. 18). Assim, o ProNEA busca contribuir para a valorização da
diversidade e da identidade local, de forma que se tenha a construção de uma sociedade
atuante e sustentável e, consequentemente, melhoria da qualidade (BRASIL, 2014).
Para atingir essa missão, o ProNEA tem entre os seus objetivos:
8 Não é objeto deste estudo abordar os diferentes conceitos existentes no universo educacional. Portanto,
refere-se à educação /formação de maneira geral sem distinção.
35
Promover processos de Educação Ambiental voltados para valores
humanistas, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências que
contribuam para a participação cidadã na construção de sociedades
sustentáveis.
Fomentar processos de formação continuada em Educação Ambiental, formal
e não formal, dando condições para a atuação nos diversos setores da
sociedade.
Contribuir com a organização de grupos - voluntários, profissionais,
institucionais, associações, cooperativas, comitês, entre outros - que atuem
em programas de intervenção em Educação Ambiental, apoiando e
valorizando suas ações.
[...]
Promover a incorporação da Educação Ambiental na formulação e execução
de atividades passíveis de licenciamento ambiental.
[...]
Promover campanhas de Educação Ambiental nos meios de comunicação de
massa, de forma a torná-los colaboradores ativos e permanentes na
disseminação de informações e práticas educativas sobre o meio ambiente.
Estimular as empresas, entidades de classe, instituições públicas e privadas a
desenvolverem programas destinados à capacitação de trabalhadores, visando
à melhoria e ao controle efetivo sobre o meio ambiente de trabalho, bem
como sobre as repercussões do processo produtivo no meio ambiente.
[...] (BRASIL, 2014, p. 26-27).
Esses objetivos estão pautados em atendimento às ações propostas pela Agenda
219, que diz que é preciso um esforço global e local para fortalecer “atitudes, valores e
ações” que apoiem o desenvolvimento sustentável por meio da promoção de ações
educacionais. Ainda conforme o capítulo 36 da Agenda 21, “o ensino, inclusive o ensino
formal, a consciência pública e o treinamento devem ser reconhecidos como um processo
pelo qual os seres humanos e as sociedades podem desenvolver plenamente suas
potencialidades” (BRASIL, 2015a).
A Agenda 21 relata que o ensino é fundamental, seja ele formal ou informal, para
promover o desenvolvimento sustentável e aumentar a capacidade do cidadão em
conseguir abordar as questões ambientais e do desenvolvimento, mesmo que o “ensino
básico sirva de fundamento para o ensino em matéria de ambiente e desenvolvimento”,
mas tendo o desenvolvimento como parte essencial do aprendizado. “Tanto o ensino
formal como o informal são indispensáveis para modificar a atitude das pessoas, para que
estas tenham capacidade de avaliar os problemas do desenvolvimento sustentável e abordá-
los” (capítulo 36 da Agenda 21).
De certa forma, muitas dessas ações previstas nos objetivos do ProNEA e
recomendadas pela Agenda 21 são aplicadas por meio dos Programas de Educação
Ambiental que são desempenhados por empresas privadas no estado de Minas Gerais
9 http://www.mma.gov.br/educacao-ambiental/politica-de-educacao-ambiental/documentos-referenciais/
item/8067.
36
(GUERRA; ORSI, 2013). Cabe ressaltar que quando aplicada por esse setor, sua aplicação
muito provavelmente não é uma execução de livre espontânea vontade. O Programa de
Educação Ambiental é exigido em circunstância do processo de licenciamento do
empreendimento, conforme recomendações do processo de regularização ambiental do
estado de Minas Gerais. Assim, as empresas responsáveis pelos estudos ambientais devem
adotar o Termo de Referência para Educação Ambiental não formal, elaborado pela
Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Minas Gerais
(SEMAD). Esse documento fornece subsídios para a elaboração e implantação de
programas de Educação Ambiental durante as fases de implantação e operação do
empreendimento10 (MINAS GERAIS, 2015).
Como exemplo dos programas de Educação Ambientais desenvolvidos pela
iniciativa privada em cumprimento às exigências legais, podem ser citados os trabalhos da
Companhia Vale do Rio Doce (Vale) e pela ArcelorMittal Brasil, ambas do setor
minerário. Outras ações educacionais também são realizadas no estado de Minas Gerais
por meio de ONGs como o Instituto Terra Brasilis de Desenvolvimento Socioambiental e
Fundação Biodiversitas ou por intermédio da iniciativa pública com o Projeto Sala Verde,
desenvolvido pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Belo Horizonte e Programa
AmbientAÇÃO, que é coordenado pela Fundação Estadual de Meio Ambiente, órgão
vinculado à SEMAD (BELO HORIZONTE, 2005). É importante ressaltar que cada uma
dessas instituições desenvolve trabalhos de EA focados em algum aspecto ambiental, seja
ele voltado para a preservação da fauna ou para a relação socioambiental.
De qualquer maneira, pode-se afirmar que a educação é considerada a base para a
mudança da atitude das pessoas e esta afirmação pode ser confirmada pelo item 36.3 da
Agenda 21:
O ensino é também fundamental para conferir consciência ambiental e ética,
valores e atitudes, técnicas e comportamentos em consonância com o
desenvolvimento sustentável e que favoreçam a participação pública efetiva nas
tomadas de decisão. Para ser eficaz, o ensino sobre meio ambiente e
desenvolvimento deve abordar a dinâmica do desenvolvimento do meio
físico/biológico e do sócio-econômico (sic) e do desenvolvimento humano (que
pode incluir o espiritual), deve integrar-se em todas as disciplinas e empregar
métodos formais e informais e meios efetivos de comunicação (BRASIL, 2015a,
s.p.).
10 Conforme a Deliberação Normativa nº 74/04 do Conselho de Política Ambiental (COPAM)/MG.
37
Quando a Agenda 21 trata sobre o aumento da consciência pública, alerta que é
preciso sensibilizar o público para os problemas do meio ambiente e do desenvolvimento,
fazendo perceber que a participação da população é fundamental, além de “[...] fomentar o
senso de responsabilidade pessoal em relação ao meio ambiente e uma maior motivação e
dedicação em relação ao desenvolvimento sustentável” (BRASIL, 2015a, s.p.).
1.6 O educador social e o desenvolvimento local
Para Layrargues e Lima (2011), a partir do momento em que os educadores
ambientais percebem que a natureza, o meio ambiente, a sociedade e a educação podem
apresentar diferentes concepções, essas diferenças acabam interferindo nas diferentes
concepções de Educação Ambiental. A partir daí, essa prática passa a sofrer interferência
de outras áreas do conhecimento e possibilita novos olhares para a relação complexa do
meio ambiente. Layrargues e Lima (2011, p. 6) consideram que:
Nesse processo, o desenvolvimento dessa prática educativa [Educação
Ambiental] e sua respectiva área de conhecimento se ramificaram em várias e
distintas possibilidades de acordo com as percepções e formações profissionais
de seus protagonistas, com os contextos sociais nos quais se inseriam e com as
mudanças experimentadas ao longo do tempo pelo próprio ambientalismo.
Assim, deve-se notar que a EA não pode ser vista somente como um campo dos
profissionais da área das Ciências Naturais, mas que vem tendo participação de outras
áreas como “[...] Ciências Exatas e da Terra, Ciências Sociais Aplicadas, Engenharias,
Ciências da Saúde, Linguística, Letras e Artes, configurando-se uma composição
multidisciplinar” (KAWASAKI; MATOS; MOTOKANE, 2006, p. 119).
Conforme já mencionado anteriormente, a Educação Ambiental não se constitui em
um campo exclusivo de educadores formais, e estes nem sempre desenvolvem ações
sozinhos, pois muitas vezes recebem colaboração dos educadores não formais, por meio de
atuação de terceiros nesse processo de sensibilização ambiental (GUERRA; ORSI, 2013).
Sem dúvida, diante da diversidade de sujeitos que podem atuar como educadores
ambientais (KAWASAKI; MATOS; MOTOKANE, 2006), além da diversidade de
macrotendências nesse campo, que de certa forma apresentam influência de outras áreas do
conhecimento (LAYRARGUES; LIMA, 2011), seria pertinente encontrar uma
nomenclatura mais ampla para nomear esses educadores.
38
Pode-se, entretanto, aproximar a atuação dos profissionais da Educação Ambiental
do campo do educador social. O educador social tem seu fundamento nos princípios da
Pedagogia Social, que é definida por Pinel et al. (2012, p. 5-6) como:
[...] uma ciência que se produz pela prática (e práxis) educacional/pedagógica
(bem como social e psicossocial) não formal (e formal), que dentre outras
tarefas-saberes, propõe ser uma forma pedagógica e educacional de trabalho
social de ajuda (de acordo com as necessidades) e de revitalização crítica da
solidariedade e cidadania, havendo mais perspectivas que podem ganhar sentido,
dependendo do contexto sócio-histórico e realidade vivida, como o esforço de
inserir o educando em movimentos políticos [...], luta por uma ecologia social (e
qualidade de vida), socialização em geral nas escolas, por exemplo, Educação
Moral e Cívica, Educação para a Justiça – dentre outros.
Caliman (2011 apud PINEL et al., 2012) define a Pedagogia Social como uma
ciência prática, social e educativa, não formal, que justifica e compreende em termos mais
amplos a tarefa da socialização e, em modo particular, a prevenção e a recuperação no
âmbito das deficiências da socialização e da falta de satisfação das necessidades
fundamentais.
É possível perceber que a Pedagogia Social “[...] é uma disciplina científica; uma
teoria que fornecerá as ferramentas para a Educação Social, que é uma práxis” (PINEL et
al., 2012, p. 2). Assim, é possível compreender que a Pedagogia Social fornece
embasamento para as práticas dos educadores ambientais e que, conforme Pinel et al.
(2012), um agente multiplicador colabora com o processo de formação dos demais sujeitos
na sua prática social.
Machado (2009) preleciona que na Pedagogia Social Paulo Freire pode ser visto
como uma das mais significativas referências nessa área, apesar de não utilizar essa
nomenclatura na sua obra. Uma evidência da importância de Paulo Freire para a Pedagogia
Social está nesta passagem extraída da sua obra a “Pedagogia da Autonomia: saberes
necessários à prática educativa”, que se deve “[...] saber que ensinar não é transferir
conhecimento, é fundamentalmente pensar certo – é uma postura exigente, difícil, às vezes
penosa, que temos de assumir diante dos outros e com os outros, em face do mundo e dos
fatos, ante nós mesmos” (FREIRE, 1996, p. 21). Essa fala de Freire (1996) diz muito sobre
o papel do educador social, o qual deve estar sempre disposto a ensinar, ainda mais quando
estão envolvidos hábitos sociais e culturais difíceis de serem modificados.
Cada tipo de educação exige um tipo de educador, para que “o processo de ensino-
aprendizagem se efetive”, e no caso da Educação Ambiental não formal e informal, o
educador social pode ser este profissional (ARAÚJO; LUVIZOTTO, 2012, p. 75).
39
Segundo esses autores (2012, p. 75):
[...] o trabalho do educador social deve ter, sem dúvida, uma boa dose de
espontaneidade, mas pautado em princípios e metodologias de ação, que incluem
estudo de indicadores socioculturais e econômicos, contextualização da
comunidade no conjunto das redes sociais e temáticas de um município e
pesquisa histórica.
Portanto, o papel do educador social, no que se refere ao contexto ambiental, é a de
um sujeito responsável em promover a educação não formal, colaborando com a
sensibilização dos sujeitos envolvidos no processo de entendimento dos problemas
ambientais, seus impactos e, principalmente, da importância da participação dos cidadãos
no processo de preservação ambiental.
Segundo Gohn (2009), o papel do educador social é algo que acontece numa
perspectiva comunitária, a partir de uma aprendizagem numa via de mão dupla. Ele
aprende e ensina ao mesmo tempo, tendo o diálogo como meio de comunicação, o que
aproxima do papel do educador ambiental.
O educador social ajuda a construir com seu trabalho espaços de cidadania no
território onde atua [...]. Em síntese, o educador social atua em uma comunidade
nos marcos de uma proposta socioeducativa, de produção de saberes a partir da
tradução de culturas locais existentes e da reconstrução e ressignificação de
alguns eixos valorativos, tematizados segundo o que existe, em confronto com o
novo que se incorpora (GOHN, 2009, p. 34).
Observa-se, assim, que a atuação desses educadores sociais assemelha-se muito à
do educador ambiental, o qual, de certa forma, tem muito a colaborar para o trabalho da
Educação Ambiental e promover o desenvolvimento local. Isso se aproxima da visão de
Montenegro-Gómez (2002), segundo o qual o desenvolvimento local só é possível com a
participação das comunidades para a escolha de quais ações devem ser implementadas,
para que haja garantia de desenvolvimento.
O desenvolvimento local, segundo Martins, Vaz e Caldas (2010, p. 564), “[...]
apresenta vários significados, comportando as diferentes dimensões em que se exerce a
cidadania, e tem condições de criar um espaço de interação entre cidadãos, recuperando a
iniciativa e a autonomia na gestão do que é público”.
Para Tenório, Dutra e Magalhães (2004, p. 1), o desenvolvimento local é visto
como uma ação coordenada entre a sociedade civil e o poder público, com base na
participação e democratização, em “[...] prol do bem-estar social, econômico, político e
cultural de um dado território”. Partindo da definição apresentada pelos autores, percebe-se
40
uma complementação no sentido atribuído ao desenvolvimento local, com ação
participativa e democrática, cuja sociedade civil e a pública interagem juntos para resolver
os problemas do território.
No que se refere à prática de Educação Ambiental, o educador social pode ser o
responsável por articular os saberes e fazeres dos sujeitos locais para atuar sobre
complexas questões socioambientais, buscando a reflexão e engajamento para uma
proposta pedagógica centrada na criatividade e na emancipação desses sujeitos. Deve ter
em vista a mudança de comportamento e atitudes, com foco no desenvolvimento da
organização social e na participação coletiva (JACOBI; TRISTÃO; FRANCO 2009).
Conforme Montenegro-Gómez (2002), o enfoque do local no desenvolvimento
surge nos anos 80, após os questionamentos, tanto em nível nacional como regional, sobre
a implementação de políticas e programas de desenvolvimento, incorporando a questão
social e política às propostas de desenvolvimentos. O local passa a ser compreendido como
o lugar que “[...] não deve ser compreendido apenas como o espaço onde se realizam as
práticas diárias; mas também como aquele no qual se situam as transformações e a
reprodução das relações sociais de longo prazo, bem como a construção física e material da
vida em sociedade” (ALBAGLI, 1998, p. 183).
Fragoso (2005) completa dizendo que o local é uma espécie de duplo caráter, em
que, por um lado, representa o locus da vida social, com os acontecimentos, fenômenos e
práticas sociais, mas por outro lado está propícia a interferências externas. Logo, pode-se
dizer que o local se refere ao espaço onde acontecem as representações sociais, seja o
bairro, a residência, a escola ou mesmo os próprios programas de Educação Ambiental,
desenvolvidos pelas ONGs, mas sempre pensando nesses espaços como o locus da
transformação e do desenvolvimento dos sujeitos e para os sujeitos.
Percebe-se que essa visão do desenvolvimento local está de certa forma relacionada
à participação e à transformação social, colaborando com o ProNEA e aproximando do
sentido da participação proposta por Dias (2004), Giaretta, Fernandes e Philippi Jr. (2012)
e Toro e Werneck (1995). Assim, as práticas de Educação Ambiental têm muito a
colaborar para promoção do desenvolvimento local, seja esse local representado pela
residência do sujeito, com ações mais práticas e pontuais, ou mesmo num sentido mais
amplo de espaço e estratégias. Neste caso, pode ser o bairro ou mesmo o município como
um todo, com ações que levem à transformação da relação social em todos os níveis,
mobilizando todos para a construção de um propósito coletivo de mudança da realidade
local (MONTENEGRO-GÓMEZ, 2002).
41
Ressalta-se que as ações de EA para o desenvolvimento local podem ser
desempenhadas por líderes e/ou associações comunitárias que exerceriam, assim, o papel
do educador social, já que podem articular ações para transformação socioambiental e de
desenvolvimento do território.
Considerações finais
Diante de todo o exposto, é necessário averiguar o que os programas de Educação
Ambiental têm proporcionado para a sociedade, se têm sido desenvolvidos numa
perspectiva conservadora ou crítica da Educação Ambiental e se essas ações são passivas
de promover mudanças na realidade local, onde são aplicadas ou executadas, sendo uma
atividade propulsora de desenvolvimento local. Uma vez que o trabalho da Educação
Ambiental almeja promover mudanças nas relações socioambientais, pressupõe-se que o
cidadão reflita sobre sua relação com o meio, sempre reformulando sua prática e atento ao
contexto cultural, social e econômico.
A Educação Ambiental não pode ser vista como um trabalho de reprodução
ideológica e estática, por parte dos sujeitos que fazem parte do processo sensibilizador ou
mesmo para aqueles que trabalham nesse campo, pois vivemos num mundo em que as
ações e acontecimentos constantemente interferem no processo social e ambiental do
planeta.
Assim, é preciso que um programa de EA, ao ser desenvolvido, tenha essa visão
conceitual e, além disso, leve em consideração a identidade dos seus sujeitos para motivar
a participação e colaboração e, consequentemente, proporcionar o desenvolvimento local
nesses espaços onde a EA se faz presente. As práticas de EA não podem ser desenvolvidas
sem levar ainda em consideração as questões culturais, sociais, econômicas e políticas,
algo que muitas vezes não é observado pelos propositores dos projetos ambientais.
No entanto, diante da carência do processo de inclusão da temática ambiental nos
diversos currículos de formação, a introdução do sentido da EA corre o risco de ficar
comprometida e, consequentemente, interferir no processo sensibilizador do trabalho
ambiental. Uma das soluções para mitigar os diversos problemas que envolvem o campo
da EA seria de fato o atendimento das recomendações do PNEA, principalmente a inserção
da temática nos diversos currículos educacionais.
Dessa forma, o trabalho de EA deixaria de ter aquela ideia que trabalha somente o
verde, como defendida por alguns sujeitos, mas uma ação mais complexa e
42
transformadora. Talvez assim os educadores ambientais deixassem de ser chamados de
“ecochatos”, passando a serem reconhecidos pelo seu trabalho socioambiental. No que
cabe ao educador social, este também merece ser reconhecido, já que ele se aproxima do
educador ambiental. Finalmente, ressalta-se o fato de que a EA não é um trabalho somente
dos educadores da educação formal e que os educadores sociais são, em muitas situações,
os principais promotores da EA em diversos espaços e projetos desenvolvidos fora do
espaço escolar.
Para trabalhos futuros, sugere-se uma investigação em torno dessa temática sobre
quais profissionais estão aptos a serem reconhecidos como educadores ambientais. Dito de
outra forma, quais atribuições devem ser levadas em consideração para denominá-lo como
educador ambiental, principalmente nos espaços não formais, tendo em vista que a EA
formal é uma temática transversal e interdisciplinar.
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2 PROJETO SALA VERDE: DESDOBRAMENTO DE UMA
EDUCAÇÃO PARA O MEIO AMBIENTE E O
DESENVOLVIMENTO LOCAL
GOBIRA, Ari Silva
Biólogo, consultor ambiental, mestrando do Programa de Mestrado Profissional Gestão
Social, Educação e Desenvolvimento Local. Centro Universitário UNA.
TOMASI, Áurea Regina Guimarães
Socióloga, mestre e doutora em Ciências da Educação, e professora do
Programa de Mestrado Profissional Gestão Social, Educação e Desenvolvimento Local.
Centro Universitário UNA.
RESUMO
Este artigo analisa de que maneira as práticas de formação em Educação Ambiental do
Projeto Sala Verde, desenvolvida no município de Belo Horizonte/MG, intitulado de BH
Itinerante, estão sendo implementadas pelos egressos desse curso e quais são as
dificuldades encontradas por eles durante o trabalho como multiplicadores de
conhecimentos e práticas. O objetivo foi analisar de que maneira as práticas de Educação
Ambiental propostas pelo Projeto Sala Verde estão sendo implementadas pelos sujeitos
sociais envolvidos, no sentido de inserir novas maneiras de praticar a Educação Ambiental
e colaborar para o processo potencializador do desenvolvimento local. A fundamentação
teórica é baseada em autores que discorrem sobre a temática Educação Ambiental,
formação de educadores ambientais e desenvolvimento local. A metodologia adotada foi a
qualitativa, com a finalidade exploratória. Como procedimentos de coleta de dados
adotaram-se a entrevista semiestruturada, que foi transcrita e submetida à análise de
conteúdo temático. Os resultados desta pesquisa mostram que as ações desses egressos
ainda encontram diversos obstáculos em circunstância das oportunidades e da complexa
relação do homem com o ambiente. Portanto, a pesquisa evidencia a necessidade de
aperfeiçoamento desses cursos, no sentido de promover a formação e ao mesmo tempo sua
integração nas ações socioambientais do município.
Palavras-chave: Educação Ambiental. Formação de Agente Ambiental. Educador Social.
Desenvolvimento Local.
49
ABSTRACT
PROJETO SALA VERDE: UNFOLDING OF AN EDUCATION FOR THE
ENVIRONMENT AND LOCAL DEVELOPMENT
This article analyzes how the training practices in Environmental Education of the Projeto
Sala Verde, developed in the city of Belo Horizonte / MG, entitled BH Itinerante, are being
implemented by the egresses of this course and what are the difficulties encountered by
them during the work as multipliers of knowledge and practices. The objective was to
analyze how the Environmental Education practices proposed by the Projeto Sala Verde
are being implemented by the social subjects involved, in order to insert new ways of
practicing Environmental Education and to collaborate in the process of local development.
The theoretical fundaments is based on authors who talk about the theme Environmental
Education, training of environmental educators and local development. The methodology
adopted was qualitative, with the exploratory purpose. As data collection procedures the
semi-structured interview was adopted, which was transcribed and submitted to thematic
content analysis. The results of this research show that the actions of these egresses still
encounter several obstacles in the face of opportunities and the complex relationship
between man and the environment. Therefore, the research evidences the need to improve
these courses, in order to promote the formation and at the same time its integration in the
socio-environmental actions of the municipality.
Keywords: Environmental Education. Environmental Agent Training. Social Educator.
Local Development.
2.1 Introdução
A Educação Ambiental (EA) é um instrumento de sensibilização ambiental
interdisciplinar e transversal que tem como propósito trabalhar a responsabilidade
socioambiental, de modo que possibilite melhoria da qualidade de vida para todo o sistema
ambiental. Nesse sentido, a Política Nacional de Educação Ambiental (PNEA) tem, entre
os seus objetivos, a preocupação em trabalhar a realidade local e promover mecanismos
que possibilitem o desenvolvimento do território a partir da participação dos sujeitos para a
construção de uma sociedade sustentável. Nessas condições, a PNEA recomenda que a
dimensão ambiental seja incorporada e trabalhada pelas instituições educativas, de modo
que haja a capacitação de recursos humanos por meio da formação, especialização e
atualização de todos os profissionais das mais diversas áreas e demais cidadãos que de
alguma forma demandem esse tipo de capacitação (BRASIL, 1999).
Dessa forma, a pesquisa justifica-se pela necessidade de compreender se essas
práticas de formação, especificamente dos agentes ambientais, desenvolvidas por
intermédio do Projeto Sala Verde, realmente estão colaborando com os princípios da
50
Política Nacional de Educação Ambiental, Lei 9.9795/99, e promovendo valores que
possibilitem ao cidadão perceber a integração do homem com o ambiente e desenvolva
uma relação crítica perante o sistema ambiental no qual se encontra integrado
(GUIMARÃES, 2013).
Portanto, buscou-se analisar um espaço de formação ambiental intitulado BH
Itinerante, ofertado pelo Projeto Sala Verde – Centro de Extensão em Educação Ambiental,
da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SMMA) da Prefeitura de Belo Horizonte/MG,
localizado na Avenida Álvares Cabral, nº 217, 14º andar. O projeto conta com outras
atividades (oficina, travessia, visita orientada, ambiente em foco11), que são oferecidas
gratuitamente a todos os cidadãos interessados. As atividades são realizadas entre os meses
de março e junho e de agosto e novembro e podem ser consultadas no site12 da Prefeitura
de Belo Horizonte.
A pesquisa contou com amostra de 26 egressos do BH Itinerante que participaram
de uma entrevista semiestruturada, tendo os seus dados submetidos à análise de conteúdo
temático. O intuito foi responder três questões que permeiam a atuação dos egressos como
multiplicadores, sendo: a) como as estratégias pedagógicas, propostas durante a formação,
estão sendo implementadas para alcançar o objetivo do curso; b) quais são as percepções
desses egressos sobre a proposta e a prática do curso; c) quais são as contribuições desses
multiplicadores para a promoção de mudanças e desenvolvimento do local onde as ações
são efetivadas.
O Projeto Sala Verde é uma iniciativa do Departamento de Educação Ambiental do
Ministério do Meio Ambiente (DEA/MMA), que se propõe a incentivar a criação de
espaços socioambientais para promover a distribuição e democratização das informações
ambientais, por meio de projetos, ações e programas educacionais voltadas para a questão
ambiental. Atualmente existem 357 salas espalhadas por todo o país, sendo que no estado
de Minas Gerais existem 34 salas, que se encontram localizadas, em sua maioria, em
Prefeituras, Secretarias de Meio Ambiente e de Educação, além de Institutos Federais,
11 As oficinas são cursos de três horas de duração, que promovem reflexão e debate em torno das temáticas
ambientais. As travessias e visitas orientadas são atividades de campo com duração de quatro horas/aula, que
permitem aos participantes vivenciar trabalhos e projetos socioambientais na região metropolitana de Belo
Horizonte. Já o ambiente em foco oferece sessões comentadas de documentários e curtas-metragens em torno
da questão socioambiental (BELO HORIZONTE, 2005). 12http://portalpbh.pbh.gov.br/pbh/ecp/comunidade.do?evento=portlet&pIdPlc=ecpTaxonomiaMenuPortal&ap
p=meioambiente&tax=24081&lang=pt_br&pg=5700&taxp=0&.
51
Conselhos Gestores de Unidades de Conservação (UC) e Organizações não
governamentais (ONGs)13.
A ideia do curso BH Itinerante surgiu em 2000 após o curso “Intercâmbio em
Educação Ambiental”, que era ofertado exclusivamente para professores. Ao longo desse
curso para docentes, percebeu-se a necessidade de ampliar o público para todos os
cidadãos, independentemente da sua formação acadêmica ou ocupação. Desse modo,
criou-se o BH Itinerante, que passou a fazer parte das atividades do Projeto Sala Verde. A
duração é de aproximadamente cinco meses, com 18 encontros semanais realizados
semanalmente, aula teórica e prática, totalizando 120 horas/aula. A capacitação é dividida
em 12 módulos e um encontro opcional que tem como objetivo promover o intercâmbio
entre os cursistas e os agentes ambientais formados no curso. O participante deve
comprometer-se a ter frequência mínima de 75%, caso contrário, não recebe o título de
agente ambiental. Tem como metodologia a utilização de atividades lúdicas e interativas,
por meio de trabalhos em grupos, apresentações, relatos orais e escritos e atividades de
campo. Os cursistas geralmente são adultos e jovens, com idade mínima de 16 anos. Logo,
o objetivo principal desse curso é a formação de agentes ambientais capacitados para
promover ações socioambientais e capazes de atuarem entre os diversos sujeitos da
sociedade, inclusive o público infantil (BELO HORIZONTE, 2005; 2016).
2.2 Discussão teórica
É evidente que a EA não constitui um trabalho novo perante a sociedade, tendo sua
fundamentação a partir do momento em que a degradação ambiental passa a ser um grande
desconforto para a sociedade perante o latente crescimento industrial (ALBANUS;
ZOUVI, 2013). A partir desse momento, vários encontros organizados por especialistas e
representantes dos países membros da Organização das Nações Unidas (ONU) propiciaram
para que a Educação Ambiental fosse efetivada. Um desses encontros foi o Congresso de
Tbilissi (1977), por ter definido os objetivos, as características e estratégias para o
desenvolvimento das atividades de EA.
No Brasil, a EA passou a se constituir a partir das décadas de 1970 e 1980, como
um campo diverso, complexo e plural, marcado pela ação de diferentes atores e setores
13 http://www.mma.gov.br/educacao-ambiental/educomunicacao/salas-verdes#oprojeto.
52
sociais, que influenciaram direta e indiretamente os seus caminhos (TRISTÃO; TRISTÃO,
2016).
A proposta da EA brasileira foi regulamentada por meio da Política Nacional de
Educação Ambiental (PNEA) (Lei nº 9.795/99) e do Decreto nº 4.281/2002, que
regulamenta a lei e cria o órgão gestor, sendo coordenado pelos Ministérios do Meio
Ambiente e da Educação (BRASIL, 2014). A EA pode ser entendida como um processo de
aprendizagem longo e contínuo, sempre levando em consideração os valores culturais,
sociais e políticos, mas sempre tendo a transmissão de conhecimentos a partir das
discussões e avaliações que permitam aos participantes refletir de forma crítica e
participativa a sua realidade individual e social na sociedade em que vive (GONÇALVES,
1990).
Nessas condições, a PNEA traz em seu capítulo I que a EA deve ser efetivada por
meio da educação, quando destaca que:
[...]
Art. 2º A Educação Ambiental é um componente essencial e permanente da
educação nacional, devendo estar presente, de forma articulada, em todos os
níveis e modalidades do processo educativo, em caráter formal e não formal.
Art. 3º Como parte do processo educativo mais amplo, todos têm direito à
Educação Ambiental, incumbindo: - ao Poder Público, nos termos dos arts. 205 e
225 da Constituição Federal, definir políticas públicas que incorporem a
dimensão ambiental, promover a Educação Ambiental em todos os níveis de
ensino e o engajamento da sociedade na conservação, recuperação e melhoria do
meio ambiente [...] (BRASIL, 1999, s.p.).
Nesse momento, a lei deixa claro que a EA deve ser incorporada pela educação, de
modo a permitir o conhecimento e fortalecer as ações no sentido de mitigar os problemas
ambientais e ao mesmo tempo permitir uma relação harmoniosa para melhoria da
qualidade de vida de todo o sistema ambiental. Portanto, a formação do sujeito,
independentemente da modalidade do processo educativo, é a base para a sensibilização
ambiental e a transformação social. Diante dessa recomendação, cabe às instituições de
ensino a inserção desta temática em todos os currículos, trabalhando de forma
interdisciplinar e transversal (BRASIL, 2014).
Logo, o Programa Nacional de Educação Ambiental (ProNEA), que é coordenado
pelo órgão gestor da PNEA, busca fomentar a formação continuada de educadores e
gestores ambientais, no âmbito formal e não formal, por meio de curso presenciais ou a
distância, pós-graduação lato sensu e stricto sensu ou mesmo pela qualificação profissional
(BRASIL, 2014).
53
O ensino da EA é protagonizado geralmente pelos professores de Ciências,
Biologia e Geografia, que tiveram esta temática no seu currículo de formação acadêmica
(TOZONI-REIS; CAMPOS, 2014). Demonstra-se, nesse caso, que a temática EA é vista
apenas como tema passivo de ser abordado somente nessas três disciplinas. Esse
entendimento é resultante do processo de formação dos professores, que segundo Longo
(2016, p. 259) é considerado insatisfatório, principalmente se considerada a EA, “[...] já
que nesse caso ocorre uma priorização da formação teórica sobre a prática, além de uma
ecologização do conteúdo”.
Sem dúvida a deficiência da formação da temática Educação Ambiental, ao longo
da graduação, acaba prejudicando o trabalho de formação do indivíduo para a dimensão
ambiental e, consequentemente, influenciando na forma como o tema é abordado, sem
falar que evidencia o não atendimento às recomendações da PNEA e do ProNEA sobre a
inserção e formação para a dimensão ambiental. Assim, o trabalho de capacitação humana
para o verdadeiro sentido da EA encontra-se comprometido, uma vez que os cursos de
formação, muitas vezes, não buscam trabalhar com a temática por meio da transversalidade
e daí refletem na formação dos educadores e até mesmo dos demais profissionais
(PEQUENO; SILVA; COSTA, 2010; REIGOTA, 1998; SATO, 2001).
Porém, quando se fala em formação de educadores ambientais, geralmente refere-se
aos educadores formais, ou seja, aos professores da educação básica e universitária, não
levando em consideração os educadores não formais. Convém destacar que o campo da
Educação Ambiental não se restringe somente aos educadores formais, pois segundo
Kondrat e Maciel (2013, p. 828) “a Educação Ambiental não deve ser limitada apenas ao
ensino padrão em escolas, ela deve ser um conhecimento público, transmitido e trabalhado
por toda pessoa com consciência ambiental”.
Kondrat e Maciel (2013) esclarecem que uma das diferenças do educador formal
para o não formal está no fato do primeiro possuir um título acadêmico mediante uma
graduação, já o segundo o resultado da sua formação parte dos seus pensamentos,
conhecimentos e atitudes. A formação desse educador não formal pode partir ainda dos
próprios processos de formação e capacitação que são ofertados pelos ProNEAs,
destinados ao cidadão que venha ter interesse pela temática. Um exemplo desse tipo de
formação é o curso BH Itinerante, foco desta pesquisa.
Esses educadores ambientais não formais são os grandes executores do trabalho da
Educação Ambiental, seja por meio das ONGs ou ações promovidas por empresas privadas
54
(GUERRA; ORSI, 2013). Dessa forma, acabam cumprindo papel semelhante ao do
educador social, que segundo Araujo e Luvizotto (2012, p. 75):
[...] deve ter, sem dúvida, uma boa dose de espontaneidade, mas pautado em
princípios e metodologias de ação que incluem estudo de indicadores
socioculturais e econômicos, contextualização da comunidade no conjunto das
redes sociais e temáticas de um município e pesquisa histórica.
Percebe-se que o papel desse educador social assemelha-se bastante ao do educador
ambiental, que deve buscar trabalhar as questões ambientais sempre levando em
consideração a realidade socioeconômica e cultural dos envolvidos no processo educativo.
Isso deve ser feito de modo que promova a participação dos mesmos para a transformação
social, conforme pode ser observado no Tratado de Educação Ambiental para Sociedades
Sustentáveis e Responsabilidade Global, estabelecido em 1992 (BRASIL, 2014).
Mas constata-se que, independentemente do educador que esteja à frente da
Educação Ambiental, este terá como foco trabalhar a relação socioambiental e buscar
promover mudanças na realidade local dos sujeitos envolvidos. Sem dúvida, trabalhar a
Educação Ambiental é promover mudanças, seja ela individual ou coletiva, mas sempre
tendo sua aplicação voltada para a formação da cidadania, ou seja, uma formação voltada
para o desenvolvimento sustentável, que considere e respeite as realidades regionais e
diversidades culturais das populações envolvidas (KONDRAT; MACIEL, 2013).
Como já mencionado anteriormente, grande parte dos estudos sobre Educação
Ambiental e formação não traz na discussão a figura do educador não formal, sendo
abordado na maioria dos estudos a figura do educador formal e sua formação acadêmica.
Assim, esta pesquisa buscou analisar quais são as ponderações dos educadores não formais
desse curso de formação ambiental, denominados de agentes ambientais.
2.3 A pesquisa de campo e seus sujeitos
A metodologia que orientou a pesquisa de campo foi do tipo exploratório com
abordagem qualitativa. Para Goldemberg (2007), na abordagem qualitativa o pesquisador
não está preocupado com a representação numérica do grupo pesquisado, mas busca
compreender de forma mais aprofundada a relação e organização desse grupo social no
qual se compromete a investigar. A investigação de caráter exploratório adota um
55
planejamento flexível para possibilitar a consideração dos mais variados aspectos relativos
ao fato pesquisado (GIL, 2002).
Para a pesquisa empírica foi adotada como processamento para a coleta de dados a
entrevista semiestruturada. Além da pesquisa empírica, foi feito levantamento de
informações nas pastas onde são arquivados os materiais de cada edição já realizada do BH
Itinerante, a fim de conhecer a estrutura do curso, material utilizado, perfil dos cursistas, os
objetivos, metodologia adotada e as ações que são desenvolvidas ao longo de cada curso de
capacitação.
Foi estabelecida inicialmente amostragem de 36 egressos, que seria formada por
participantes que concluíram o curso entre os anos de 2000 e 2015, a fim de convidar
quatro participantes, preferencialmente entre as nove regionais do município de Belo
Horizonte (Barreiro, Centro-Sul, Leste, Nordeste, Noroeste, Norte, Oeste, Pampulha e
Venda Nova).
Nesse sentido, foi encaminhado um e-mail a todos os participantes do curso, com
um link para acessar um questionário que seria respondido por meio da plataforma
Google.doc. Nesse questionário buscou-se mapear interessados em cada uma das nove
regionais do município de Belo Horizonte e seus contatos (telefone fixo e/ou celular), além
de outras informações, como formação, atuação profissional e motivação para participação
no curso. Após esse levantamento verificou-se o interesse de 40 egressos em participarem
da pesquisa. Nesse levantamento constatou-se que algumas regionais não tinham o número
de egresso desejado, mas por outro lado foi possível identificar egressos de outros
municípios, que manifestaram interesse em participar desta pesquisa.
Portanto, diante da falta de manifestação de alguns participantes e interesse de
outros, buscou-se contato com todos os interessados por ordem de recebimento das
confirmações de interesse, já que a plataforma do Google.doc organiza os dados por data e
hora. Assim, foi realizado o contato, via telefone, para confirmação e agendamento da
entrevista, de modo que o encerramento das convocações se desse pelo método de
saturação dos dados. Todos aqueles que confirmaram receberam um e-mail com data,
horário e local da entrevista. Nessas condições, obteve-se uma amostragem final de 26
participantes, composta de 23 indivíduos do município de Belo Horizonte, dois da região
metropolitana de Belo Horizonte (Contagem e Ribeirão das Neves) e um do município de
Timóteo/MG. - sendo na maioria com curso superior e do sexo feminino - e metade dos
participantes vinculados ao setor público (QUADRO 1).
56
É importante informar que, durante as entrevistas, um dos entrevistados foi
eliminado da pesquisa por não atender ao pré-requisito de conclusão do curso BH
Itinerante e essa informação só foi registrada no meio da sua entrevista. Sendo assim, a
coleta de dados foi concluída, mas as informações não fizeram parte das análises que serão
apresentadas a seguir.
QUADRO 1 - Perfil dos egressos do BH Itinerante
Regional/
Município
Escolaridade Ocupação Sexo1
Barreiro Superior completo Professora F
Mestrado Auxiliar de Secretaria M
Centro-Sul Superior completo Aposentado M
Leste Superior completo Turismólogo M
Nordeste
Mestrado Servidora Pública Estadual F
Superior completo Educadora Comunitária F
Especialização Servidora Pública Federal F
Mestrado Servidor Pública Federal M
Especialização Desempregado M
Noroeste
Especialização Professora F
Superior incompleto Estudante M
Superior completo Desempregado M
Norte
Superior incompleto Educadora Ambiental F
Médio completo Artesã e Pesquisadora F
Especialização Professora F
Médio completo Desempregado M
Oeste
Superior completo Administradora F
Especialização Educador Ambiental M
Pampulha
Médio completo Técnica de Enfermagem F
Superior completo Servidora Pública Municipal F
Especialização Analista de Saneamento F
Venda Nova
Superior completo Coordenação Pedagógica F
Especialização Servidora Pública Municipal F
Contagem Especialização Psicólogo /Consultor M
Ribeirão das Neves Superior completo Servidora Pública Municipal M
Timóteo Especialização Aposentado M
F - feminino / M – masculino.
As entrevistas foram realizadas em sua maioria no Centro Universitário Una –
Campus Guajajaras, e para aqueles que tiveram objeção ao local, a entrevista foi feita em
local indicado pelo participante, entre os meses de maio e julho de 2016, conforme a
disponibilidade dos interessados. O roteiro da entrevista foi constituído de 18 questões
abertas, de modo que permitisse aos sujeitos a expressão de seu pensar e sentir a respeito
do fenômeno pesquisado (APÊNDICE A). As perguntas eram reformuladas conforme cada
entrevistado. Essa estratégia foi necessária já que o público é diversificado e nem sempre
as questões se enquadravam no perfil do egresso.
57
Os dados levantados durante as entrevistas foram transcritos e submetidos à análise
de conteúdo temático, que segundo Bardin (2014, p. 44) pode ser definido como “um
conjunto de técnicas de análise” que, a partir de um “procedimento sistêmico e objetivo”
busca descrever as “mensagens”, “indicadores”, permite levantar informações desses
discursos. Logo, as entrevistas passaram por organização, categorização e interpretação
dos dados coletados.
2.4 Análise de dados
Nos itens que se seguem, serão apresentados os resultados das entrevistas,
interpretados por meio da análise de conteúdo temática, na qual Bardin (2014) sugere
adotar um tema como unidade de registro para o estudo e a partir das respostas dadas às
questões, conforme as opiniões, valores ou tendências descritas pelo individuo ou pelo
grupo. Posteriormente à análise temática, estabeleceu-se a categorização das respostas
dadas pelos participantes, visando classificar os elementos constitutivos do conjunto de
respostas por diferenciação e posteriormente o reagrupamento das respostas, mediante o
estabelecimento de critérios previamente definidos. Procurou-se seguir as orientações de
que um conjunto de categorias boas deve ter as seguintes qualidades: a “exclusão mútua”,
a “homogeneidade”, a “pertinência”, a “objetividade e a fidelidade” e a “produtividade”
(BARDIN, 2014, p. 147-148).
Os sujeitos da pesquisa serão aqui identificados com a letra E acrescentado de um
número, sendo registrados com E1 até E27.
2.4.1 Conhecimentos adquiridos e suas aplicações
A primeira pergunta buscou levantar quais foram os conhecimentos adquiridos
pelos egressos do curso ao longo dos cinco meses de capacitação, a fim de registrar quais
temáticas deixaram marcas na formação destes cursistas. Foi possível notar que os
conhecimentos dizem respeito a cinco abrangências, conforme o QUADRO :
58
QUADRO 2 - Abrangência dos conhecimentos adquiridos no BH Itinerante
ABRANGÊNCIA SENTIDO
ASPECTOS LOCAIS DE BELO HORIZONTE
No sentido de conhecer a biodiversidade local, seus
parques, processo histórico da cidade e suas
alterações ao longo dos anos
PRÁTICAS EDUCACIONAIS
Aqui representada pela aquisição de conhecimento
prático por meio das intervenções do curso, no
sentido de realização de visitas, oficinas, dinâmicas,
trabalho em rede e trabalhos interdisciplinares
CONCEITOS AMBIENTAIS
Ter conhecimento sobre os conceitos, legislações e
documentos técnicos que norteiam e orientam o
campo da Educação Ambiental
RELAÇÃO SOCIAL E CIDADANIA
No sentido de vivenciar e aprender a conviver com a
diversidade social tendo o próprio grupo como
exemplo, além de compreender alguns aspectos
socioambientais dentro do município, no sentido de
apropriação dos espaços urbanos e dos impactos
ambientais gerados
RESÍDUOS SÓLIDOS
Que é um dos mais citados pelos participantes, tanto
pela questão do valor econômico, no sentido da
reciclagem, como pelos riscos e problemas que
podem ocasionar pela disposição incorreta
As abrangências desses conhecimentos foram abordadas pelos entrevistados ao
longo das entrevistas, já que as mesmas não foram previamente definidas pela pesquisa.
Entre os temas, o que mais sobressaiu foi “aspectos locais de Belo Horizonte”, já que
muitos dos participantes desconheciam o próprio município.
O que mais me marcou, o que ficou retido na minha memória foi conhecer que
Belo Horizonte, que as avenidas de Belo Horizonte foram construídas sobre
recursos hídricos. Belo Horizonte era, no começo antes de se tornar capital, havia
aqui vários cursos d’água, e sobre esses cursos d'água foram construídas
avenidas e pra mim foi muito interessante porque acredito que maioria das
pessoas não tem consciência disso [...] (E13).
Quando é solo, leva a gente onde tem área degradada, quando é água, leva a
gente onde tem rios, mananciais. No ar, lembro que foi lá no Parque das
Mangabeiras, onde eles fizeram uma dinâmica do ar mais puro, aquela poluição
em escala mais baixa em BH (E14).
Primeiro, o grupo que é formado é um grupo heterogêneo. Você tem idades
diferentes, pessoas de culturas diferentes, áreas também diferentes então essa
diversificação de pessoas me chamou atenção. Como tratar esse pessoal de
diferentes culturas, de diferentes educações, educação diferente, e como lidar
com essa população? (E12).
A gente estuda cidade, têm questões geográficas, de solo [...] esse módulo tinha
fauna, tinha flora. Tinha questões sociais assim que tavam interligadas, então a
gente vê, por exemplo: como a população se apropria, quais são os problemas
ambientais que estão envolvidos, conflitos ambientais tendo sempre a cidade
como norte (E6).
59
Pode-se perceber que o curso busca, a partir do local - o município de Belo
Horizonte -, nortear todo o trabalho de sensibilização, de modo a abordar as relações
sociais, econômicas, políticas e culturais. Observa-se que o curso utiliza os problemas
socioambientais do município para o trabalho da Educação Ambiental e ao mesmo tempo
possibilita aos cursistas vivenciar as situações que são postas ao longo da capacitação. Esse
tipo de situação pode oferecer aos egressos a oportunidade de uma análise crítica das
realidades vivenciadas e compreender a relação, eventualmente existente, entre teoria e
prática. Para Gohn (2006), a educação não formal, que é o caso do curso de capacitação,
tem como espaço educativo o próprio território que acompanha as trajetórias de vida dos
grupos e tem como objetivo capacitar o cidadão para o mundo que o circunda e para suas
relações sociais, pois a construção do processo educativo é feito por meio da interação.
Dessa forma, a região metropolitana de Belo Horizonte é utilizada como espaço educativo
para que esses cursistas possam compreender as relações sociais e ambientais do território
no qual se encontram inseridos.
Após responderem sobre os conhecimentos adquiridos no curso, foi questionado se
esses conhecimentos eram aplicados no seu local de trabalho ou onde viviam e como se
dava essa aplicação. Constatou-se que a maioria dos entrevistados aplica esses
conhecimentos nas suas residências e um pouco mais da metade coloca em prática os
conhecimentos adquiridos no local de trabalho. O que mais chamou a atenção foi que
reduzido número de entrevistados desenvolve os conhecimentos na sua comunidade/bairro.
Observou-se, ainda, que as ações estão sempre voltadas para a “sensibilização” das pessoas
para a reflexão sobre os problemas ambientais e as ações cotidianas da população que
interferem na qualidade socioambiental da cidade ou no sentido “prático”, demonstrando
como a população pode colaborar com o meio ambiente, com base em ações práticas que
podem ser adotadas no dia a dia das pessoas.
[...] dentro de casa o básico, que é a economia de água, na hora em que você está
lavando a louça, manter a torneira fechada, estar ensaboando com a torneira
fechada, a reciclagem do lixo... a gente cortou os tambores de água mineral,
identificou, e o adubo orgânico... coloca um pouco de terra, as cascas todas...
isso dentro de casa. (E4).
Eu já aplicava [risos], mas só que o BH Itinerante reforçou que eu estava correta:
apesar de todos me chamarem de lixeira lá em casa, há muito tempo que já faço a
separação na questão dos resíduos, da água, da luz, me chamavam meio de chata.
Eu sempre fiz isso e com o BH Itinerante teve um reforço das minhas práticas
atuais. Bem, em casa eu... eh que foi uma soma de informação, eu já fazia, teve
um reforço, com as informações que eu recebi e eu fico o tempo todo brigando
com irmão, com pai, com mãe. [...] E no meu trabalho a mesma coisa (E9).
60
Então, é uma coisa que já tava em mim e aí depois que você faz o curso, você
tem muito mais consciência dessas coisas, dessa questão ambiental, dessa
valorização de pequenos gestos que pode mudar muita coisa, tipo assim: ah não
jogar um papel no chão, procurar reciclar o seu lixo, procurar consumir menos
coisas que vão afetar o meio ambiente [...]. (E17).
Os agentes ambientais de alguma forma aplicam os conhecimentos do curso, seja
por meio da sensibilização ou mesmo estimulando a prática de algumas ações no sentido
de realizar coleta seletiva, compostagem, reaproveitamento, consumo consciente e
preservação dos recursos naturais. A não aplicação em alguns locais, principalmente no
trabalho, está relacionada à falta de oportunidade e de apoio técnico desses locais, no
sentido de fornecimento de transporte, material, colaboração e até mesmo incentivo dos
colegas de trabalho para colocar em prática algumas ações.
A falta de conhecimento e de inserção da temática Educação Ambiental, por parte
de algumas instituições e cidadãos, também foi registrada como um dos motivos que
dificultam a aplicação da dimensão ambiental no local de trabalho, fazendo com que
ocorram apenas ações pontuais e isoladas. Essa falta de conhecimento e limitações dos
educadores é um aspecto levantado por autores como Tozoni-Reis e Campos (2014) e
Longo (2016). A respeito da pontualidade das ações, Sato (2001) e Pequeno, Silva e Costa
(2010) corroboram esse achado, ressaltando que a execução de ações pontuais está
diretamente relacionada à formação e preparo desses educadores, como se percebe na fala
de entrevistados:
Agora como saída de campo, isso sim, como eu dou aula no estado é muito
difícil. Então aí já não tem como eu sair com os meninos nos lugares, apesar da
vontade [...] (E5).
Cada dia fico mais ansiosa no sentido de que isso tem que tá no Curriculum, tem
que tá na articulação dos conteúdos. [...] quando proponho isso para os alunos,
não é fácil sair da escola. Isso exige recurso financeiro, transporte é caro (E19).
Olha, nem todos os lugares te dão abertura para trabalhar não, muitos lugares não
te dão abertura [...]. Na época, eu tinha acabado de me formar em Pedagogia e
fui trabalhar com Educação Ambiental e eu não tinha formação para Educação
Ambiental, eu tinha formação para educação, né, formal (E20).
2.4.2 A prática da Educação Ambiental pelos agentes
Pinel et al. (2012) salientam que um agente social tem o papel de ser um
multiplicador que colabora com o processo de formação dos demais sujeitos na sua prática
social. Nesse sentido, buscou-se conhecer quais eram as facilidades e dificuldades dos
61
egressos como agentes multiplicadores da EA. Quando perguntados quais eram as
dificuldades encontradas para o trabalho de multiplicador, encontraram-se duas situações
que representam obstáculos para a prática. A primeira relaciona-se aos “aspectos
institucionais”, que diz respeito à falta de recursos financeiros, burocracias das
instituições/locais e à falta de continuidade das ações, sendo esta última em virtude da
rotatividade técnica e operacional ou pela pontualidade das ações. A outra situação diz
respeito a “limitações pessoais”, como falta de experiência, resistências pessoais e falta de
sensibilidade dos sujeitos.
A pessoa que tá lá trabalhando ela aprende, mas, como é rotatividade, porque
sempre tem um partido... (E8).
Falta de recurso, né? Falta de materialidade, a questão do ônibus.... Que a gente
tem uma certa dificuldade, tanto as escolas, como os grupos que nós recebemos,
às vezes, se nós tivéssemos um transporte, seria bom, facilitaria muitíssimo!
(E9).
Mas aquela prática de graduação, de profissional, eu não tenho muito. Porque eu
não tenho essa prática de todo dia de praticar essa atividade de educar uma
pessoa (E11).
Eles são pessoas mais velhas, eles já têm um lado consolidado, então, pra mudar
aquilo ali, é muito complexo, você mexer nas raízes das pessoas onde que ela foi
aprendendo ao longo da vida pra que ela deixe aquele costume [...] (E13).
[...] primeira é que a gente não tem um seguimento com aluno, a gente vê a
criança poucas vezes. Tem criança que vai só uma vez lá no trabalho e não volta
mais. A Educação Ambiental, no meu ver, ela tem que ter uma continuidade
(E14).
Então, é muito difícil porque as pessoas não têm essa consciência, elas acham
que não vai acontecer agora, então elas não acham que tem importância (E17).
As facilidades encontradas referem-se à existência de “recurso técnico-
operacional”; ao “envolvimento/comprometimento” dos sujeitos envolvidos no processo; e
por último ao fato de “existir punição/multa” que acaba obrigando a pessoa a praticar algo,
sendo estes os facilitadores para a prática da EA. É interessante ressaltar que as facilidades,
de certa forma, têm relação com os aspectos dificultadores, uma vez que demonstra que
quando se tem recursos financeiros e pessoas empenhadas no propósito ambiental, de
alguma forma isso colabora para o andamento e execução dos trabalhos de sensibilização
ambiental. Ao contrário, a falta destes implica uma barreira para as ações práticas. A
capacitação oferecida também é vista como um facilitador, pois acaba oferecendo
orientação para o agente ambiental de como proceder diante de algumas situações.
62
Então, quanto mais pessoas estiverem engajadas, mais fácil se torna. [...] A
punição gera um comprometimento, infelizmente (E4).
Eu acho que o local em si já facilita muito, porque as pessoas que vão ali, elas já
vão sabendo que elas vão participar de uma trilha e que vai ser uma trilha sobre
Educação Ambiental (E7).
É possível notar uma frequência do trabalho de EA bem nítida na fala dos
entrevistados, pois a maior parte deles declara que executa frequentemente, seja no local de
trabalho ou mesmo na sua residência, em alguns casos sem sequer perceber que estão
colocando os ensinamentos em prática. Quando a frequência não acontece, está
relacionada, muitas vezes, à situação do local onde esse egresso encontra-se inserido.
Geralmente são instituições públicas que aplicam eventualmente e até mesmo de forma
pontual, como é o caso dos egressos que se encontram inseridos nos espaços educacionais.
Sorrentino e Nascimento (2009-2010) advertem que as ações de EA não devem se
restringir ao planejamento e implantação de projetos pontuais, mas serem tratadas numa
perspectiva transversal e transdisciplinar, mesmo sabendo que existem dificuldades para
serem exercitadas no dia a dia da formulação e da gestão pública.
Considerando o conjunto de recursos didáticos que podem ser utilizados pelos
educadores ambientais, foi possível evidenciar que esses egressos, geralmente, fazem uso
dos mesmos recursos utilizados na educação formal, a voz. O diálogo é um dos recursos
mais utilizados pelos agentes ambientais, já que muitas vezes a falta de recurso é um dos
implicadores para os entrevistados, que limitam a utilização de outros recursos didáticos.
Mesmo assim, outros recursos foram citados pelos participantes da pesquisa, como é o
caso dos recursos textuais e visuais (ex.: panfleto, informativo, reportagem, vídeos, entre
outros), que tiveram grande representação nas falas, como pode ser verificado na FIGURA
1. Os espaços físicos, como matas e jardins, também são vistos como um recurso didático,
por alguns egressos, que têm esses espaços como local para o desenvolvimento das suas
ações de EA. A interação com a natureza é vista como um recurso válido, pois possibilita
ao sujeito vivenciar experiências por meio desse contato direto e, dessa forma, poder
promover transformações no âmbito da conservação ambiental, da integração social e na
construção de uma cultura de paz (MENDONÇA, 2007).
63
FIGURA 1 - Representação dos recursos didáticos utilizado pelos entrevistados
FONTE: dados da pesquisa.
Ao serem questionados sobre as contribuições das atividades para o local no qual
foram desenvolvidas, os agentes ambientais entrevistados afirmaram que as ações
colaboram para a “mudança da postura socioambiental” e para o “uso sustentável dos
recursos naturais”. Dessa forma, observou-se que as ações desenvolvidas pelos egressos
possibilitaram aos envolvidos e/ou ao local refletir sobre os problemas ambientais e seus
impactos e, consequentemente, levar à mudança nos hábitos, fortalecendo algumas ações
práticas voltadas para a economia e o cuidado com os recursos naturais. Os resíduos
sólidos são sempre o tema forte dessas ações, tanto como tema e como ação prática dos
agentes ambientais. Assim, percebe-se que as contribuições vão ao encontro da função do
curso de capacitação, que é formar agentes que promovam ações socioambientais e sejam
agentes multiplicadores (BELO HORIZONTE, 2005).
De fato, por trás desse discurso das contribuições foi possível apurar que algumas
ações não são construídas de forma participativa, de modo a provocar o envolvimento dos
sujeitos envolvidos no processo de construção da proposta educativa. Isso contradiz a visão
de Dias (2004), Giaretta, Fernandes e Philippi Jr. (2012) e Toro e Werneck (1995), que
alertam que a participação dos sujeitos é algo que deve ser levado em consideração durante
a construção da proposta de intervenção, de forma a motivar os envolvidos a participarem
e colaborarem ao longo de todo o processo.
Essa confirmação parte dos discursos dos egressos durante o momento que se
buscou conhecer um exemplo de ação desenvolvida por eles e posteriormente saber como
foi construída a ação relatada. A maior incidência das respostas mostrou que a ideia partiu
64
na maioria das vezes do egresso, que tomou a iniciativa e começou a desenvolver a ação,
sem buscar integrar os envolvidos antes de iniciar a proposta. Em alguns casos, a proposta
inicial partiu do egresso, mas posteriormente foi agregando outras pessoas que vieram
colaborar com a proposta. Um grupo muito reduzido revelou que a proposta foi construída
a partir de um grupo já constituído, em que todos compartilhavam das mesmas
inquietações e puderam colaborar com o propósito da intervenção socioambiental,
conforme pode ser evidenciado no exemplo a seguir:
Então, todas as pessoas são ouvidas... às vezes é cansativo ouvir tanto, mudar
tanto, mas é muito importante, porque as pessoas se sentem valorizadas. Então,
na mobilização social cada um faz aquilo que sabe fazer muito bem. Então, isso
é muito importante: todas as pessoas se sentirem contempladas e valorizadas. E
isso não é só da boca pra fora... isso acontecia no nosso dia a dia de trabalho.
Então, as pessoas ficavam à vontade para modificar o projeto. Algumas vezes o
projeto foi completamente descaracterizado, mas não significa que ele deu errado
(E20).
É interessante enfatizar o entendimento de Dias (2004), Giaretta,Fernandes e
Philippi Jr. (2012) e Toro e Werneck (1995) sobre a participação dos atores envolvidos.
Faz todo o sentido observar o trecho a seguir, que evidencia a consequência da falta de
envolvimento de um dos sujeitos ao longo de todo o processo de intervenção ambiental,
pois não se trata de simplesmente comunicar a pessoa sobre a prática, é preciso convidá-la
a fazer parte da proposta para que esta também se sinta como um colaborador da
intervenção desenvolvida.
Aí eu coloquei o saquinho lá pra poder envolver a folha, na hora que eu cheguei
no outro dia o saquinho não tava lá, porque a pessoa que joga água na horta foi lá
e tirou o saquinho, e eu tinha colocado tudo etiquetado [...] Aí eu falei com o
diretor: eu fiz o projeto, eu comuniquei com o pessoal que eu tava fazendo, o
pessoal lá que mexe na horta, mesmo assim eles tiraram, acho que eles não
entenderam o que eu falei (E6).
Quando perguntado aos participantes se eles se consideravam preparados para as
práticas de EA, registrou-se grande maioria que se reconhece preparada para a execução
prática de EA, por considerarem ter conhecimento teórico e prático, sabendo, inclusive,
onde podem buscar informações para subsidiar as ações educativas.
Houve, entretanto, uma parcela que se considera parcialmente preparada,
justificando sua resposta por acreditar não ter muita experiência ou achar que ainda tem
muito o que aprender. Ainda, pequeno grupo de entrevistados alega não estar preparado
65
para a execução de ações de EA, por não se sentirem preparados tecnicamente para lidar
com as ações de EA.
Ah... primeiro, que eu comecei a trabalhar tem pouco tempo nesta área, né?
Primeiro, por isso. E porque você realmente se tornar, né, um profissional
assim... capacitado, você não consegue assim tão pouco tempo (E7).
Me considero preparada, tanto que eu trabalho com elas, mas o tempo todo
estudando. Buscando, aprendendo, correndo atrás de formas aplicadas, cada dia
eu aprendo, né, cada atividade que eu vou fazer, eu aprendo (E9).
Não. Acho que não. Eu teria que ter alguma didática, como conversar com essas
pessoas, eu tenho essa dificuldade eu sou, talvez pelo fato de ser muito técnico, a
gente não tem essa facilidade.... Eu tenho muita facilidade de conversar com as
pessoas, mas eu não saberia adequar ao público (E12).
Segundo Longo (2016), uma formação deve ser voltada para a relação entre teoria,
prática e reflexividade. Assim, é possível ao educador ambiental dispor de ferramentas que
possibilitam um trabalho crítico e transformador, permitindo uma mudança na postura dos
sujeitos para uma experiência sustentável com o mundo que o cerca. Portanto, esses
agentes ambientais devem buscar praticar os conhecimentos repassados pelo BH Itinerante,
como uma forma de exercitar a prática e possibilitar vivenciar experiências por meio
dessas ações que venham a ser desenvolvidas.
2.4.3 Motivação e avaliação do BH Itinerante
Ao serem questionados sobre os motivos que levaram à participação no curso de
capacitação em EA, a maior parte dos entrevistados disse que estava lá pelo interesse no
conhecimento e aprofundamento da temática ambiental. Nenhum participante manifestou
que tivesse fazendo o curso com algum interesse financeiro ou visando à colocação no
mercado de trabalho.
É uma possibilidade de formação que conta muito, a qualidade das indicações
foram muito boas e até o contato com as pessoas e a formação, como educadora,
a gente tem que estar sempre munido de informação pra sensibilizar as pessoas,
porque informação tem em todo lugar, agora a forma como você trata essa
informação é que faz o diferencial, porque senão do ponto de vista teórico cada
um de nós poderia ser um educador ambiental, então o diferencia é essa
formação, essa capacidade de falar além do que está posto aí nos jornais, por
exemplo (E24).
No que se refere ao pós-curso, evidenciou-se que pouco mais da metade da amostra
entrevistada, após ter concluído o curso, não percebeu necessidade durante as suas ações
como agente ambiental, uma vez que entende que o curso tem o propósito de dar
66
embasamento teórico e prático aos participantes. E estes devem estar constantemente
buscando mais informações, já que a temática ambiental é bastante complexa e ampla.
Na verdade, o BH Itinerante é igual a quando a gente faz um curso
profissionalizante: aquilo é a sua base, mas não quer dizer que você vai aprender
tudo (E20).
Pra mim ele não deixou nenhuma lacuna. Tem o formato ideal, carga horária
ideal, o espaço ideal, a abordagem ideal (E21).
Mas não se pode ignorar que pequena parcela dos entrevistados, após a conclusão
do curso, sentiu algumas dificuldades. Segundo eles, poderia ter sido abordado no curso ou
oferecido algo mais estruturado para possibilitar as suas ações. Assim, as opiniões dizem
respeito a mais “aprofundamento teórico dos ensinamentos dados no curso”, em que seja
possível ter mais tempo e até mesmo apresentar referências que possam ser consultadas,
conforme interesse dos alunos, e ao “conhecimento prático” no sentido de trabalhar o lado
operacional da EA, como mobilizar, planejar, dialogar com os diversos atores envolvidos,
como estruturar algumas ações práticas e até mesmo como lidar perante algumas situações,
neste caso indo além do conhecimento ambiental.
Aprofundamentos dos ensinamentos... deveria ter mais tempo para a gente
aprender mais. Certos assuntos ficam meio no ar. O tempo é curto, o assunto é
muito vasto e o tempo é pouco (E1).
Aí te apresenta o assunto de forma geral, mas não te dá uma estratégia para você
utilizar. É você que tem que montar a estratégia, e como você não tem
experiência, às vezes, geralmente, como eu estudei que você fica meio perdido,
né? (E5).
Eu acho que foi o principal, tanto que a partir aí eu fui buscar outras formações,
mas é uma visão geral, né, mas seria interessante apresentar livros, bibliografias
para as pessoas que têm interesse poderem se aprofundar, mas não é o foco do
curso, é tudo bem rápido (E6).
Talvez pudesse ter alguma orientação pra mobilização (E15).
Então, tem determinadas coisas que você não pode falar, que você não pode
tocar, então isso aconteceu. E isso o BH Itinerante não me ensinou, eu aprendi na
prática (E20).
Em virtude dos questionamentos sobre o processo de formação dos educadores,
como propõem Sato (2001) e Pequeno, Silva e Costa (2010), buscou-se saber se o curso de
formação foi suficiente para a formação desses agentes ambientais. Revelou-se que para a
maior parte desses participantes o curso é visto como um primeiro passo, como uma
introdução ao conhecimento, que exige constante estudo e buscas, pois a temática
67
ambiental para eles é um conteúdo que está sempre tendo algo novo, exigindo dos seus
adeptos amplo olhar sobre os diversos assuntos e constante atualização. De certa forma,
“[...] o processo educativo é permanente e deve estar sempre ocorrendo num continuum do
tempo e do espaço, [...]. ‘Continuada’ por não ter fim, e ‘educação’ porque consideramos
as duas vias do processo, do ensinar e do aprender” (SATO, 2001, p. 7-8). Aqueles que
consideraram suficiente e que, nesse caso, se referem a um número muito baixo de
egressos, justificaram que isso se deve ao fato de já possuírem uma “bagagem”, ou seja,
foram para o curso tendo conhecimento prévio sobre a temática, que foi adquirido durante
a formação acadêmica na área ambiental.
Olha... eu não vou nem te falar que foi suficiente, mas foi o primeiro passo que
chamou atenção para tudo (Entrevista 3).
A temática [EA] está renovando, ela renova, ela não finaliza ali. Você tem o
tempo todo o que aprender e tem que estar... não deixando nem as práticas, não
deixar de praticar sempre aquelas ações, estar sempre praticando. Não pode estar
esquecendo nunca delas, né? (Entrevista 7).
Eu diria que ele dá uma motivação. Acho que ele é compacto. Ele tem o formato
ideal. Ele te instiga a continuar, a buscar novos conhecimentos. Ele te dá essa
vontade de continuar, de ir além (Entrevista 21).
Para concluir a avaliação do curso de formação, foi perguntado aos participantes se
o curso tinha algo que precisava ser melhorado, podendo ser nos aspectos: conteúdo,
material, didática, metodologia ou algum outro ponto que considerassem importante.
Segundo os respondentes que fizeram alguma ponderação, o curso teria três aspectos que
poderiam ser melhorados. Primeiramente, foi identificado o aspecto “conteúdo/material”,
no sentido de elaboração de uma apostila que pudesse reunir todo o material do curso,
facilitando a consulta posterior do egresso e que esse conteúdo fosse atualizado
constantemente. A necessidade de ter mais informações e conteúdo também foi registrado
por alguns participantes, que acreditam que nessa apostila poderia ter uma bibliografia
complementar, para aqueles que desejarem aprofundar mais na temática que está sendo
trabalhada no curso.
O segundo aspecto diz respeito à “didática/metodologia”, devendo desenvolver
uma estratégia pedagógica que articule sempre a teoria e prática, pois a prática é vista
como algo importante para esses cursistas que de alguma forma sentem a necessidade de
vivenciar as situações retratadas no curso para melhor compreensão do assunto.
A “organização” foi o terceiro aspecto levantado, que diz respeito à parte
operacional e organizacional do curso. Esse aspecto evidenciou várias sugestões para
68
estruturação do BH Itinerante, tais como: a) ser realizado de forma itinerante, sempre em
uma regional, para que a população possa ter conhecimento do curso e usufruir melhor o
projeto de capacitação; b) ter carga horária maior, com mais tempo para trabalhar os
assuntos do curso ou mesmo oferecer momentos de atualização para os ex-alunos; c) ter
mais divulgação, já que o curso é visto como pouco divulgado pelos egressos; d) adquirir
um veículo melhor que ofereça um sistema de áudio adequado e adaptações para as
pessoas com limitações físicas; e) haver ou estabelecer articulação mais efetiva dos agentes
ambientais, de forma a possibilitar atuação mais acentuada destes ou que a coordenação
desenvolvesse um trabalho de retorno posteriormente com esses egressos do curso para
levantar as ações e atuações destes; f) adquirir ou construir um espaço mais adequado para
as ações do Projeto Sala Verde, uma vez que o espaço é fundamental para esse tipo de
capacitação; g) adotar articulação entre as diversas secretarias municipais, pois segundo os
egressos o curso não tem visibilidade no próprio órgão municipal.
Eu acho que no caso o material poderia ser dado em apostila, que aí até mesmo
pra... eles dão o material as folhas soltas, aí você acaba perdendo, aí poderia ser
uma apostila, por exemplo (Entrevista 7).
Que ali ela formou os agentes ambientais. São multiplicadores, mas que permitisse
que se fizessem vínculos com escolas públicas: municipais ou estaduais... [---] um
meio, um canal de integração pra fazer... Aqueles que têm interesse... Tem aquelas
pessoas que gostariam de atuar [...]. Que a Secretaria de Meio Ambiente, o poder
público fosse um meio pra isso acontecer pros agentes multiplicadores colocar
isso em prática, senão, esse conhecimento encerra-se na pessoa (Entrevista 13).
Acho que BH Itinerante poderia mais rodar as regionais. Acho que as regionais
poderiam conhecer mais esse curso e poder usufruir mais dele. A prefeitura não
sabe que ele existe e depois essa questão do plano de ação que eu acho assim, a
pessoa sair com uma formação, ser convidada a fazer um plano de ação, para
depois esse plano de ação ser executado, outras pessoas juntar, entrar,
implementar. Um adotar uma nascente, outro também quer adotar nascente...
trocar experiência. Acho que precisa ser mais dinâmico (Entrevista 16).
Acho que tem que ter a garantia da discussão entre os vários setores,
principalmente quando se tratar de município, porque eu sou da educação, mas vi
que tinha gente da saúde. Acho que essa articulação tem que acontecer (Entrevista
19).
Didática. A metodologia do curso em si é boa, porque tem parte prática, teórica,
campo... a forma como cada conteúdo é trabalhado deva mudar porque às vezes
você tem que ter o conteúdo primeiro para fazer o campo e às vezes você tinha só
o campo, não tinha o conteúdo. Deveria ter mais conteúdo, deveria ter uma
apostila melhor preparada... lá não tinha apostila (Entrevista 20).
[...] então, de repente, se tiver uma atualização, fazer alguma coisa pra quem já fez
voltar e fazer alguma atualização, pra você se manter sempre atualizado e manter
contato com as outras pessoas, de repente, você pode participar de alguma coisa e
não está sabendo, então, ter um espaço de repente usar um sábado, encontrar um
lugar acessível, um ponto fácil de deslocamento, esse tipo de coisa (Entrevista 23).
69
Uma questão que eu acho que falta é a divulgação mesmo. Por que não é que
desestimula, mas você propõe uma palestra e normalmente quem vão são as
próprias pessoas da Educação Ambiental, porque o público externo não foi
atingido, a comunidade, nem a comunidade escolar, nem a comunidade civil...
(Entrevista 27).
Um comentário se impõe, a de que o curso deve construir um material unificado
que possa facilitar o trabalho dos cursistas, já que a maior parte menciona essa
necessidade. Segundo os entrevistados que emitiram esse parecer, o BH Itinerante entrega
vários textos que acabam se perdendo por não haver uma apostila para facilitar a
organização desses materiais que são repassados ao longo do curso.
2.4.4 O conceito e a efetividade da EA na visão dos agentes ambientais
Existem diversas macrotendências da EA que, segundo Suavé (2005), podem,
numa mesma corrente, sofrer influência de uma pluralidade e uma diversidade de
proposições, sendo que uma proposição pode corresponder a mais de uma corrente,
conforme o ângulo sob o qual é analisada. Assim, buscou-se saber qual era o conceito de
EA para os egressos do BH Itinerante, ou seja, após cursarem a capacitação, qual era o
conceito atribuído por eles para essa prática educativa. O intuito era evidenciar qual a
tendência ideológica desses egressos, conforme sua convicção, influência na forma como a
EA é trabalhada por estes agentes ambientais.
Um dos conceitos estabelecidos foi o de “educação”, tendo sentido amplo no
contexto do ensinamento, que parte desde orientação das pessoas para cuidar do meio
ambiente, da transmissão de conhecimento sobre as questões ambientais e até mesmo para
a visão de conscientização e sensibilização, tão utilizada pelos educadores ambientais, nas
diversas ações ambientais. O conceito seguinte foi de “prática”, ou seja, a EA é vista como
uma ação prática no sentido de proteção e cuidado dos recursos naturais, voltando sempre
para preservação e conservação destes, evidenciando a ideia de ações que busquem o uso
sustentável dos recursos naturais ou que possibilitem a mitigação dos problemas
ambientais. O último conceito, que pode ser chamado de “complexidade”, por ter um
sentido amplo e complexo, próximo da ideia da Teoria da Complexidade de Edgar Morin
(2005), refere que a complexidade é compartilhada de incertezas, pois nenhuma ideia pode
ser dada como concluída já que se está constantemente restabelecendo articulações para
compreender a totalidade integradora do conhecimento.
70
Os entrevistados conceituaram a EA como uma ciência que estabelece conexão
com diversos conhecimentos e diferentes áreas como o social, o cultural e a econômica,
além de destacarem, por exemplo, a relação constante e complexa entre ser humano e
ambiente:
Educação Ambiental é uma ciência que envolve outras, que analisa questões
ambientais, sociais, políticas; não tem como separar... (E6).
[...] porque a Educação Ambiental não é só educar, tem que praticar, porque aqui
é a nossa casa, a gente tem que preservar a nossa casa, um parque, um bairro, a
escola, a faculdade, tudo isso... (E11).
A Educação Ambiental é eu conseguir transmitir pro outro, que os recursos que
existem aqui são finitos, que todos os recursos naturais que o homem hoje
explora, de forma irracional, todos os recursos, são finitos, então tem que
educar... (E13).
Educação Ambiental seria a gente entender o espaço que gente vive, questão de
sobrevivência. [...] vai te ensinar a viver neste planeta, pra que ele seja
sustentável para que as futuras gerações possa ter acesso aos bens naturais (E19).
Quem sou eu, que estou fazendo aqui, qual que é minha função pra depois
estabilizar um processo interno que seria chamado de ecologia pessoal,
estabelecer uma conexão com o social, com o próximo e a partir daí com o
ambiental [...]. Essa visão da integração, da transversalidade, dentro dessa
perspectiva: eu, o outro, a natureza, tudo faz parte (E21).
Analisando as definições, foi possível inferir que os conceitos, de maneira geral,
apresentam algumas semelhanças, mas os dois primeiros conceitos, mais relacionados à
“educação” e à “prática”, representam a visão tradicional da EA, voltada para o naturalista,
conservacionista ou mesmo moral/ética. E o último conceito, “complexidade”, já está
voltado para a visão crítica e/ou holística, ou seja, uma visão mais reflexiva sobre as
múltiplas dimensões das realidades socioambientais (SAUVÉ, 2005). Sauvé (2005)
preleciona que cada corrente se distingue por certa característica, mas de alguma forma há
convergências e, portanto, acaba integrando características de mais de uma corrente.
Após indagar sobre o conceito da EA, buscou-se identificar, entre os participantes
da pesquisa, a que eles atribuem a falta de efetividade das ações ambientais já que mesmo
com vários trabalhos e campanhas a sociedade não apresenta mudanças na sua postura,
perante a complexa relação socioambiental. Foi possível levantar uma diversidade de
opiniões para a falta de efetividade, as quais têm relação direta com o cidadão e a gestão
pública, conforme a lista que se segue:
71
a) Ausência de envolvimento e participação do cidadão para as ações ambientais, já
que alguns cidadãos pensam que os problemas ambientais estão longe de acontecer
com elas e, dessa forma, acabam ignorando as ocorrências ambientais;
b) existência de limitação e comodidade do cidadão para mudanças de hábitos;
c) ausência de prosseguimento das ações, pois sempre que um problema é
solucionado, acaba deixando de agir e, consequentemente, leva à reincidência das
ocorrências e dos problemas ambientais;
d) ausência de comprometimento do poder público para tornar a EA uma disciplina na
grade curricular do ensino básico;
e) ausência de uma política pública que seja efetiva e eficaz para promoção de ações
socioambientais, já que as ações são pontuais e interrompidas muitas vezes, em
virtude das trocas de gestores;
f) desarticulação entre as secretarias e/ou órgãos públicos, ou seja, ausência da
intersetoralidade;
g) ausência de ações de divulgação, pois consideram que as informações são
insuficientes para esclarecer a população, dificultando a aplicação das ações que
são vinculadas pelos meios de comunicação;
h) desconsideração, por parte dos projetos e meios de comunicação, da realidade local
dos sujeitos envolvidos, que acaba levando ao distanciamento dos envolvidos e,
consequentemente, à falta de participação;
i) prevalência da ideologia sustentável como estratégia de marketing, mas as ações
não são efetivamente desenvolvidas pelas empresas. Sem falar que a ideologia
capitalista prevalece na sociedade, motivando o consumo de bens e frequente
extração de matéria-prima;
j) desarticulação, por parte da Prefeitura, dos agentes ambientais, junto das políticas
públicas do município, já que não exige desses sujeitos uma ação mais efetiva e
eficaz para execução de ações de multiplicação.
Apesar de algumas diferenças de opinião, apura-se que o motivo se encontra no
entorno do próprio cidadão, seja na limitação, participação, envolvimento ou comodidade.
Portanto, o cidadão não faz e aguarda do poder público ações que venham sanar os
diversos problemas socioambientais, mas esquece que a gestão pública é algo público
(GIARETTA; FERNANDES; PHILIPPI JR, 2012). Torna-se, então, necessária uma
mudança interna dos cidadãos para cobrar e fazer valer seus direitos e deveres. Para Longo
72
(2016), as pessoas querem se ausentar da responsabilidade e da busca de solução, já que
esta pode interferir em seu ideal de progresso. Por outro lado, não se pode ignorar que as
mudanças comportamentais não são imediatas e que vários dos problemas ambientais são
recorrentes e não têm sido mitigados, pelo contrário, têm sido agravados pela ação
ideológica da própria sociedade, seja política, social ou ambientalista, pois a ideologia é
algo que estabelece poder sobre os próprios homens (LAYRARGUES, 2002).
Outro ponto a se observar é o próprio marketing ambiental. O cidadão, em geral, se
orienta pelo discurso das empresas que utilizam essa expressão “sustentável” como
estratégia de mercado. Será que realmente as ações sustentáveis acontecem por parte
desses setores que usam essa estratégia? Os indivíduos não buscam averiguar se de fato são
desenvolvidas ações sustentáveis por parte dessas empresas, já que para ser sustentável
exige avaliação a longo prazo para afirmar se de fato existe, sendo, assim, uma palavra
perigosa (FERNANDEZ, 2008). No que se refere ao consumo, Layrargues (2002, p. 14)
realça que “a crítica ao consumismo representa uma pequena ou mesmo nula ameaça de
desestruturação da ordem porque o consumo insustentável pode se tornar um consumo
sustentável, na onda do ‘consumo verde’, da produção limpa, da reciclagem e das normas
ambientais”. Mesmo assim, quando se usa a expressão sustentável é necessário questionar
“a tal da sustentabilidade” (FERNANDEZ, 2008).
No que diz respeito ao poder público, abstrai-se que a prática de diálogo entre
setores e profissionais não existe na nossa sociedade, sendo uma ação de grande resistência
e limitação. “Elaborar e implantar uma política pública comprometida com o diálogo e a
participação exige a formação de quadros duplamente qualificados, capazes de promover
envolvimento e compromisso de todos e criar condições para sair de cena”
(SORRENTINO; NASCIMENTO, 2009-2010, p. 21). A ausência de uma política pública
comprometida com as questões socioambientais pode ser justificada pela baixa
qualificação profissional dos gestores governamentais, que muitas vezes não são
capacitados para lidar com a temática, além de descontinuidades políticas nas distintas
gestões governamentais (LAYRARGUES, 2012).
Tornar a Educação Ambiental uma disciplina da educação básica é hoje um assunto
bastante questionado, que levanta divergência entre os educadores ambientais. Para Cuba
(2011), se a EA deixar de ser um tema transversal e passar a ser uma disciplina separada,
seria dada mais importância à temática e esta seria mais bem trabalhada pelo educador. Já
Cavalcanti (2013) sugere que a EA não deve ser inserida como disciplina, mas trabalhada
por meio da interdisciplinaridade, conforme propostas dos PCNs, sem falar que tê-la como
73
disciplina é infringir as recomendações da própria PNEA, que diz que “a Educação
Ambiental não deve ser implantada como disciplina específica no currículo de ensino”
(BRASIL, 1999).
Nessas condições, um dos sujeitos da pesquisa indica algo que procede na atual
conjuntura, que ele denomina de “ligados ao virtual”, afirmando que “as pessoas estão
muito ligadas ao virtual. Quando elas se sentirem mais donas do todo, quando elas não
enxergarem só parte, sentirem que fazem realmente parte daquele processo como um todo,
se sensibilizarem para isso é que elas vão participar mais” (E22).
Considerações finais
Durante a pesquisa sobre o Projeto BH Itinerante, detectou-se, por meio dos
diálogos com os agentes ambientais, que o curso é coerente com seus propósitos de
formação de cidadãos conscientes e sensibilizados para a promoção de ações
socioambientais. Entende-se que os problemas ambientais de Belo Horizonte e sua região
metropolitana são postos para os cursistas por meio de ação pedagógica voltada para a
reflexão e o vivenciamento da realidade local. Nessas condições, conseguem perpassar
num curto período de tempo pelas temáticas ambientais, dando uma noção a esses
participantes, que podem posteriormente buscar ir além daquela temática posta durante as
aulas.
Ao longo da pesquisa, buscou-se sempre levantar informações que pudessem
demonstrar a efetividade do projeto por meio de perguntas que indicassem mudanças,
ações práticas e principalmente preocupação com as relações socioambientais. Identificou-
se que o curso é um motivador para mudança social e ambiental dos cursistas, que passam
a ser cidadãos preocupados e capacitados para o sentido prático da EA. Os agentes
ambientais acabam sendo agentes multiplicadores nos seus locais, representados pela sua
residência e/ou espaço de trabalho, pois mostram que estão praticando e mobilizando
outras pessoas do seu ciclo de convivência para refletirem sobre as questões
socioambientais. A partir das ações práticas como agentes ambientais, conseguem
promover mudanças nos locais com o público envolvido, sendo essas mudanças
relacionadas principalmente ao consumo, a hábitos domésticos e à mobilização dos
envolvidos para a participação. É importante ressaltar que a pesquisa não teve como foco a
avaliação dessas mudanças locais, já que a avaliação é algo subjetiva.
74
No que concerne às percepções desses egressos sobre a proposta e a prática do
curso, apreendeu-se que o BH Itinerante é um projeto que proporciona a aquisição de
conhecimento aos seus participantes, além de estimular os mesmos para uma prática
questionadora e crítica. No entanto, percebe-se que os egressos têm grande dificuldade
para articulação de ações na comunidade, principalmente voltada para a mobilização da
população para ações no bairro e/ou comunidade. Apurou-se, ainda, que o órgão municipal
também não busca articular os egressos em ações voluntárias ou remuneradas dentro do
próprio município de Belo Horizonte. Além disso, trata-se de um projeto que não tem
visibilidade no próprio órgão municipal, já que ele não é visto como um projeto
colaborativo por parte das gerências e secretarias municipais, pois a falta prática da
intersetoralidade é percebida por alguns participantes.
Diante das evidências, ressalta-se que as políticas públicas do município não
buscam absorver esses agentes ambientais como atores que venham colaborar na execução
de ações e programas municipais. Os mesmos poderiam estar a serviço do município, por
meio de práticas voluntariadas ou na figura de um cidadão capacitado para fiscalizar e
fazer cumprir as propostas socioambientais do governo municipal. Uma vez que esses
egressos são capacitados por meio dos impostos municipais, esses cursistas não recebem
alguma contrapartida, seja por parte da gestão do projeto ou municipal. Sabe-se que essa é
uma questão complexa que exige uma ação mais efetiva por parte dos gestores municipais,
os quais poderiam avaliar a integração desses participantes nas políticas públicas do
município de Belo Horizonte.
No tocante à coordenação do BH Itinerante, esta poderia avaliar a possibilidade de
criar dentro da programação do curso um módulo específico para trabalhar o
desenvolvimento de projetos socioambientais, abordando ações voltadas para a construção,
implementação e avaliação do projeto. Essa é uma insatisfação que foi citada pelos
entrevistados como um dificultador para a implementação de ações de EA pelos egressos
na sua comunidade e até mesmo como propositor de projetos para o setor privado. Assim,
para que a proposta do curso seja mais atingida seria recomendável analisar esse ponto
específico, que está diretamente relacionado à parte prática das ações socioambientais.
Finalmente, cabe registrar que na amostra desta pesquisa não tivemos a
participação de agentes ambientais idosos, embora seja um público bastante significativo
nos últimos anos do projeto. Dessa forma, não foi possível verificar qual é a colaboração
desses sujeitos para o objetivo do BH Itinerante. Talvez se possa justificar a ausência desse
público em virtude do instrumento utilizado para convidá-los a participarem da pesquisa, o
75
e-mail, que de certa forma pode ter excluído essas pessoas, já que esse recurso tecnológico
nem sempre é utilizado por pessoas dessa faixa etária. Assim, sugere-se para trabalhos
futuros uma análise específica da colaboração desses sujeitos, para a efetividade da
proposta do BH Itinerante.
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79
3 INSTRUMENTO PEDAGÓGICO PARA AUXILIAR O TRABALHO
DO EDUCADOR AMBIENTAL
GOBIRA, Ari Silva
Biólogo, consultor ambiental, mestrando do Programa de Mestrado Profissional Gestão
Social, Educação e Desenvolvimento Local. Centro Universitário UNA.
TOMASI, Áurea Regina Guimarães
Socióloga, mestre e doutora em Ciências da Educação, e professora do
Programa de Mestrado Profissional Gestão Social, Educação e Desenvolvimento Local.
Centro Universitário UNA.
RESUMO
O presente artigo é referente à elaboração de um produto técnico em atendimento às
exigências do Programa de Mestrado Profissional em Gestão Social, Educação e
Desenvolvimento Local, do Centro Universitário Una, proveniente da pesquisa de
mestrado intitulada “Projeto Sala Verde: desdobramentos de uma educação para o meio
ambiente e o desenvolvimento local”. Portanto, este texto busca apresentar um relato da
pesquisa de dissertação de mestrado com os ex-alunos de um projeto de formação de
agentes ambientais. Este artigo inclui ainda algumas considerações sobre inovação social,
além de sugestões e informações que os entrevistados julgaram ser de interesse para
auxiliar no trabalho socioambiental dos próprios sujeitos da pesquisa e de outras pessoas
preocupadas em atuar em defesa do meio ambiente. Assim, este produto técnico é
destinado a todos os educadores que sintam necessidade de um instrumento pedagógico
para consultar ações ambientais e colaborar para o trabalho de conscientização,
sensibilização e reflexão sobre a temática meio ambiente.
Palavras-chave: Meio Ambiente. Inovação Social. Caderno do Educador Ambiental.
Produto Técnico.
80
ABSTRACT
PEDAGOGICAL INSTRUMENT TO SUPPORT THE WORK OF THE
ENVIRONMENTAL EDUCATOR
The present article is about the elaboration of a technical product in compliance with the
requirements of the Programa de Mestrado Profissional em Gestão Social, Educação e
Desenvolvimento Local, from Centro Universitário Una, from the master's research
entitled "Projeto Sala Verde: desdobramentos de uma educação para o meio ambiente e o
desenvolvimento local". Therefore, this text seeks to present an account of the master's
thesis research with the former students of a project of training environmental agents. This
article also includes some considerations about social innovation, as well as suggestions
and information that the interviewees considered to be of interest to assist in the socio-
environmental work of the research subjects themselves and others concerned with acting
in defense of the environment. Thus, this technical product is intended for all educators
who feel the need of a pedagogical tool to consult environmental actions and to collaborate
in the work of raising awareness, sensitization and though on the environmental theme.
Keywords: Environment. Social Innovation. Notebook of the Environmental Educator.
Technical Product.
3.1 Introdução
O presente artigo busca apresentar o produto técnico elaborado em atendimento às
exigências do Programa de Pós-Graduação em Gestão Social, Educação e
Desenvolvimento Local, do Centro Universitário Una, proveniente da pesquisa de
mestrado intitulada “Projeto Sala Verde: desdobramentos de uma educação para o meio
ambiente e o desenvolvimento local”. O Projeto Sala Verde é uma iniciativa do
Departamento de Educação Ambiental do Ministério do Meio Ambiente (DEA/MMA),
que busca incentivar a criação de espaços socioambientais para promover a distribuição e
democratização das informações ambientais, por meio de projetos, ações e programas
educacionais voltados para a questão ambiental14.
A dissertação que gerou esse produto técnico buscou analisar um dos espaços de
formação ambiental, intitulado BH Itinerante, promovido pelo Projeto Sala Verde da
Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SMMA) da Prefeitura de Belo Horizonte/MG,
localizado na Avenida Álvares Cabral, nº 217, 14º andar. O projeto conta ainda com outras
atividades (oficina, travessia, visita orientada, ambiente em foco15), que são oferecidas
14 http://www.mma.gov.br/educacao-ambiental/educomunicacao/salas-verdes#oprojeto. 15 As oficinas são cursos de três horas de duração que promovem reflexão e debate em torno das temáticas
ambientais. As travessias e visitas orientadas são atividades de campo com duração de quatro horas/aula, que
81
gratuitamente a todos os cidadãos interessados. As atividades são realizadas entre os meses
de março e junho e de agosto a novembro e podem ser consultadas no site16 da Prefeitura
de Belo Horizonte.
A ideia do curso BH Itinerante surgiu em 2000 após o curso “Intercâmbio em
Educação Ambiental”, que era ofertado exclusivamente para professores. Ao longo desse
curso para docentes, percebeu-se a necessidade de ampliar o público de modo que todos os
cidadãos, independentemente da sua formação acadêmica e ocupação, também pudessem
frequentá-lo. Desse modo, criou-se o BH Itinerante, que passou a fazer parte das atividades
do Projeto Sala Verde – Centro de Extensão em Educação Ambiental, oferecidas pela
SMMA (BELO HORIZONTE, 2016). Tem duração de, aproximadamente, cinco meses,
sendo realizados 18 encontros semanais, com aula teórica e prática, totalizando 120
horas/aula (BELO HORIZONTE, 2005; 2016).
A pesquisa contou com uma amostra de 26 agentes ambientais do projeto, que
participaram de uma entrevista semiestruturada. O objetivo principal da pesquisa foi
analisar de que maneira as práticas de Educação Ambiental (EA) do projeto estavam sendo
implementadas pelos egressos em seu local de origem.
Logo, por se tratar de uma pesquisa voltada para a temática de EA, buscou-se
construir um produto técnico que atendesse aos objetivos e recomendações da Política
Nacional de Educação Ambiental (PNEA) (Lei nº 9.795/99), permitindo a participação e
democratização das informações ambientais (BRASIL, 1999). Dessa forma, o produto
técnico não seria algo imposto e idealizado somente na visão dos pesquisadores, mas algo
que fosse elaborado a partir da sugestão dos interessados em construir um produto que
representasse as necessidades e as dificuldades desses colaboradores.
Nessas condições, buscou-se adotar alguns dos pressupostos da inovação social ao
longo do levantamento de dados, assim como do processo de sondagem das contribuições
dos colaboradores. Isso porque a inovação social é entendida como uma resposta às
“necessidades sociais”, pressupondo a “participação” e “cooperação” de todos os sujeitos
envolvidos e gerando novas soluções para os grupos sociais, comunidades ou para a
sociedade em geral (BIGNETTI, 2011, p.4).
permitem aos participantes vivenciar trabalhos e projetos socioambientais na região metropolitana de Belo
Horizonte. Já o ambiente em foco oferece sessões comentadas de documentários e curtas-metragens em torno
da questão socioambiental (BELO HORIZONTE, 2005). 16http://portalpbh.pbh.gov.br/pbh/ecp/comunidade.do?evento=portlet&pIdPlc=ecpTaxonomiaMenuPortal&ap
p=meioambiente&tax=24081&lang=pt_br&pg=5700&taxp=0&.
82
Assim, todos os egressos interessados em participar da construção do produto
técnico puderam dar suas contribuições para a estruturação do caderno do educador
ambiental, com recomendações de livros, filmes, atividades lúdicas, entre outros recursos,
para auxiliar no trabalho da temática ambiental. Sem dúvida, a colaboração dos egressos
do projeto de formação que foram entrevistados na pesquisa e de terceiros17 foi de grande
importância para a construção desse produto técnico que reuniu a ideia inicial dos
pesquisadores e agregou novas ideias que vieram colaborar com os educadores ambientais.
3.2 Discussão teórica
A proposta da EA brasileira é regulamentada por meio da Política Nacional de
Educação Ambiental (PNEA) (Lei nº 9.795/99) e do Decreto nº 4.281/2002, que
regulamentou a lei e criou o órgão gestor, sendo coordenado pelos Ministérios do Meio
Ambiente e da Educação (BRASIL, 2014). A EA pode ser entendida como um processo de
aprendizagem longo e contínuo, sempre levando em consideração os valores culturais,
sociais e políticos, mas sempre tendo a transmissão de conhecimentos a partir das
discussões e avaliações que permitam aos participantes refletir de forma crítica e
participativa a sua realidade individual e social, na sociedade em que vivem
(GONÇALVES, 1990).
É evidente que a EA não se trata de um trabalho novo na sociedade, tendo sua
fundamentação a partir do momento em que a degradação ambiental passa a ser um grande
desconforto para a sociedade diante do latente crescimento industrial (ALBANUS;
ZOUVI, 2013). A partir desse momento, vários encontros organizados por especialistas e
representantes dos países membros da Organização das Nações Unidas (ONU) propiciaram
para que a EA fosse efetivada. Um desses encontros foi o Congresso de Tbilissi (1977),
por ter definido os objetivos, as características e estratégias para o desenvolvimento das
atividades de EA.
No entanto, trabalhar com esse eixo temático não é algo simples, uma vez que a
temática ambiental faz parte de um campo diverso, complexo e plural, marcado pela ação
de diferentes atores e setores sociais, que influenciaram direta e indiretamente os seus
caminhos (TRISTÃO; TRISTÃO, 2016). De fato, vivemos numa sociedade que se
17 São todos aqueles colaboradores que não fizeram parte do público-alvo da pesquisa, representado por
gestores do projeto, educadores ambientais e bibliotecários, que aceitaram participar da construção do
Caderno do Educador Ambiental.
83
encontra em constante transformação, seja pela interferência dos fatores locais ou globais,
que acabam influenciando o funcionamento e o posicionamento da sociedade para as
relações socioambientais. Acrescente-se a isso a rapidez com que as informações são
disponibilizadas para a sociedade e que estas, de alguma forma, interferem no trabalho e na
reflexão da temática em questão, fazendo com que a EA seja considerada um processo em
permanente construção, conforme afirmam Vasconcellos et al. (2009).
Nesses casos, é preciso constantemente buscar informações e inovar a forma de
trabalhar os conteúdos ambientais, já que aspectos como linguagem, abordagem e
articulação dos diversos conhecimentos acabam influenciando na condução e planejamento
das ações de EA, exigindo do educador habilidades para saber adequar os conteúdos ao
contexto social, ambiental, político, econômico, ético e cultural (BRASIL, 2014).
Essa situação leva ainda a uma outra exigência da EA, a participação social, que é
fundamental para o eixo norteador das práticas de EA, exigindo articulação de saberes e
fazeres dos envolvidos, para resolver as complexas questões socioambientais. Para isso,
sempre busca a reflexão e engajamento para uma proposta pedagógica centrada na
criticidade e na emancipação desses sujeitos, tendo em vista a mudança de comportamento
e atitudes focadas no desenvolvimento da organização social e da participação coletiva
(JACOBI; TRISTÃO; FRANCO, 2009).
A partir dessa visão, pode-se supor que o sentido da inovação social pode ser um
aliado para a construção de estratégias que colaborem com os princípios e objetivos
previstos na PNEA. O conceito da inovação social atribuído por Bignetti (2011, p. 3) é
“[...] o resultado do conhecimento aplicado a necessidades sociais através da participação e
da cooperação de todos os atores envolvidos, gerando soluções novas e duradouras para
grupos sociais, comunidades ou para a sociedade em geral”.
A inovação social não visa a um ideal tecnológico, apesar de ser comum associar o
seu sentido ao da inovação tecnológica, mas tem caráter coletivo e transformador, que
colabora para as transformações das relações sociais (ANDRÉ; ABREU, 2006). Para
Barboza Lacerda e Vieira Ferrarini (2013), compreende-se a inovação social como uma
ação que parte da participação popular, tendo seus membros como os principais agentes da
transformação e atuação e ainda que toda e qualquer produção originada desse movimento
seja de usufruto de todos, sem qualquer privação dos direitos e favorecimento desigual.
Isso leva a se considerar que, para a EA ter desdobramentos e se tornar de fato
efetiva, promovendo mudanças nas concepções e atitudes dos indivíduos e da sociedade
84
como um todo, para conservação e manutenção do meio ambiente, é preciso ser inovadora
e, portanto, seguir os pressupostos da inovação social.
Conforme afirma Vasconcellos et al. (2009, p. 32), “[...] a EA é uma educação
política que se apoia em uma visão de mundo complexa e, por isso, é muito mais do que
sensibilização, embora também a envolva”, ou seja, trabalhar com a Educação Ambiental
não é simplesmente buscar a sensibilização, mas buscar trabalhar uma “[...] atitude de
ação-reflexão-ação em torno da problemática ambiental” (JACOBI; TRISTÃO; FRANCO,
2009, p. 66).
Observa-se que, da mesma forma que a inovação social visa à transformação social,
a Educação Ambiental busca trabalhar esse ideal transformador a fim de promover
mudanças no comportamento dos indivíduos, tendo como proposta uma prática dialógica
que busque trabalhar numa perspectiva crítica por parte da sociedade e que esteja
comprometida com a problemática ambiental, percebendo a inter-relação dos aspectos
sociais, ecológicos, econômicos, políticos, culturais, científicos, tecnológicos e éticos
(TRISTÃO; TRISTÃO, 2016).
No que concerne à educação, “destaca-se, igualmente, que a inovação não é um fim
em si mesma, mas um meio para transformar os sistemas educacionais” (MESSINA, 2001,
p. 226). Partindo desse princípio, essa mesma autora completa dizendo que a inovação
social pode ser definida como um processo multidimensional, responsável pela
transformação do espaço no qual habita e de si própria, em uma disposição permanente em
direção à inovação ou de inovar a própria inovação.
Para Carbonell (2002), a inovação na educação não está associada às reformas da
estrutura educacional, mas sim na renovação pedagógica das escolas. O simples fato de
modernizar o espaço escolar não se caracteriza como um processo inovador, da mesma
forma que simplesmente promover saídas de campo ou idealizar o cultivo de hortas e
oficinas não significa uma inovação e uma mudança na prática ambiental (CARBONELL,
2002).
Geralmente, os processos denominados de ”inovação” no espaço escolar são algo
imposto pelo sistema educacional, que são idealizados numa concepção que não leva em
consideração a realidade e a diversidade geográfica das escolas, construindo propostas
generalizadas a serem seguidas e aplicadas. Messina (2001) diz que quando o processo
acontece de forma imposta, pode gerar resistência e dificuldade para que a proposta seja
aceita pelos envolvidos. A inovação precisa ser construída de forma conjunta com os
sujeitos envolvidos, da mesma forma que a concepção de EA, sempre levando em
85
consideração a participação e o respeito à pluralidade e à diversidade étnica, racial, social e
cultural, seja ela individual ou coletiva (BRASIL, 2014).
Assim, neste debate para se analisar se determinada prática pode ser considerada
uma inovação social, podem-se considerar alguns pressupostos com base em Andrade
(2005), Bignetti (2011), Camarotti (2004), Spink (2003), Carbonell (2002) e Morin (2010),
conforme a lista que se segue:
a) Articular os saberes, não fracionar ou fragmentar o conhecimento;
b) pensar na complexidade;
c) construir novos ambientes;
d) considerar fatores econômicos, políticos, sociais, mas também culturais;
e) contextualizar;
f) contemplar a interdisciplinaridade;
g) fazer sentido, ter um significado para as pessoas envolvidas;
h) descentralizar decisões e ações;
i) democratizar a informação;
j) incorporar e transformar a realidade;
k) envolver o entorno;
l) promover mudança no cotidiano;
m) estabelecer uma relação entre o todo e as partes;
n) relacionar local e global;
o) focar na resolução de problemas sociais;
p) mobilizar pessoas e recursos em torno de objetivos comuns;
q) buscar parcerias, alianças e serviços para solução de problemas sociais;
r) atuar na perspectiva da intersetorialidade;
s) promover a participação e a cogestão/ gestão integrada.
Pode-se perceber, a partir dessa listagem, que esses pressupostos podem colaborar
para uma proposta de EA transformadora, que busque se articular com a mudança social,
por meio de uma proposta educativa que trabalhe com a cooperação entre educadores e
demais sujeitos engajados nas lutas sociais e ambientais. E que permita a criação de
espaços críticos de aprendizagem que extrapolem os limites da educação formal (JACOBI;
TRISTÃO; FRANCO, 2009). Dito de outra forma, a EA deve permitir a participação e o
envolvimento de toda a comunidade do entorno, por meio de ações que articulem os
86
saberes e levem em consideração os fatores econômicos, políticos, sociais e culturais. E, ao
mesmo tempo, que vença as próprias limitações no que diz respeito às práticas
interdisciplinares e intersetoriais, tão fundamental para um trabalho que valorize e integre
diferentes áreas do conhecimento e instituições colaboradoras.
Para concluir essa relação da inovação social com a prática de EA, toma-se uma
citação de Franco (2006), que exemplifica uma busca inovadora para desenvolver uma
práxis pedagógica, no sentido de potencializar pensamento e ação reflexiva desses sujeitos-
agentes do ensino e aprendizagem. Essa práxis os prepara para a transformação da
realidade por meio do conhecimento escolar, desenvolvido em diferentes contextos sociais
e materiais.
A Educação Ambiental e seus referenciais teórico-metodológicos têm se
configurado em importante eixo capaz de construir e concretizar, em espaços
formais e informais da educação, uma prática pedagógica instrumentalizadora
para uma nova era. Os saberes desvinculados da realidade não têm mais razão de
ser, tampouco uma visão maniqueísta de mundo, o isolamento das disciplinas, a
ditadura do racionalismo, as dicotomias que separam alma e corpo, razão e
emoção, teoria e prática. A Educação Ambiental busca uma educação para um
ser humano integral, que assuma a complexidade, a globalidade, a criticidade e a
responsabilidade pelo destino comum da humanidade sem desrespeitar as
identidades culturais e a diversidade das múltiplas sociedades que fazem parte do
planeta (FRANCO, 2006, p. 9).
3.3 Produto técnico: o caderno do educador ambiental
Portanto, partindo dos pressupostos que determinam se uma prática pode ser
considerada uma inovação social, buscou-se levantar com os sujeitos da pesquisa um
produto técnico que atendesse às exigências do Programa de Mestrado em Gestão Social,
Educação e Desenvolvimento Local, do Centro Universitário Una. E que esse produto não
fosse imposto pelos pesquisadores aos participantes da pesquisa e, ainda, que representasse
as necessidades dos egressos do curso de formação ambiental, para promover e viabilizar
as ações desses agentes ambientais.
Dessa forma, ao final das entrevistas tentou-se explicar aos participantes a
exigência do produto técnico e indagar sobre que tipo de recurso deveria ser inserido que,
ao mesmo tempo, colaborasse com as práticas dos cursistas do projeto. Assim, cada
participante pôde apresentar inicialmente suas sugestões e opiniões, que eram, então,
expostas posteriormente aos próximos participantes sem qualquer identificação dos
mesmos. Assim, eram apresentadas as ponderações positivas e negativas sobre a ideia do
produto técnico, sempre trazendo o amadurecimento da ideia inicial para o próximo
87
entrevistado. Essa estratégia teve que ser adotada, uma vez que a pesquisa deve zelar pelo
anonimato dos participantes.
No geral, a estratégia adotada possibilitou a participação, a articulação e as
sugestões, colaborando para o levantamento de dados que resultaram na organização do
caderno do educador ambiental - produto técnico desta pesquisa.
A partir desse levantamento preliminar, definiram-se quais seriam os recursos que
deveriam constar no produto técnico, sendo acordado que o caderno do educador deveria
trazer sugestão de vídeos, sites, documentários, livros e atividades lúdicas. Portanto, para
que pudessem levantar o conteúdo de cada um desses recursos, foi encaminhado um
formulário a alguns participantes que manifestaram interesse em participar da construção
do produto técnico, para que pudessem apresentar sugestões/dicas que considerassem
interessantes e importantes de serem compartilhadas entre os colegas.
Esses recursos pedagógicos foram sugeridos pelos agentes ambientais do projeto.
Vale ressaltar que o intuito foi a construção de uma produção que trouxesse não só
conteúdo teórico sobre as temáticas ambientais, mas sugestões de recursos e ações que
pudessem colaborar com o trabalho da EA por meio de atividades lúdicas, da literatura e de
recursos visuais, além de idealizar algo que trouxesse características de inovação social e
colaborasse para o desenvolvimento local.
Porém, a necessidade de trabalhar a questão dos projetos socioambientais foi
evidenciada após as análises dos dados da pesquisa, mostrando que alguns egressos têm
dificuldades na idealização e implementação de projetos de EA. Logo, procurou-se trazer
um item específico para a construção de projetos, diante das reais necessidades dos
egressos e da pesquisa, reunindo todas essas necessidades num único produto técnico.
3.3.1 Ferramentas pedagógicas para auxiliar no trabalho da Educação Ambiental
A seguir, são descritas as ferramentas pedagógicas para auxiliar no trabalho da
temática ambiental.
Finalizada essa etapa de levantamentos das sugestões, os dados foram organizados
e verificados, de modo a identificar a procedência das informações e recomendações.
Nessas condições, para melhor apresentação das informações no Caderno do
Educador Ambiental, buscou-se agrupar as indicações pelo critério de semelhança,
dividindo-o em quatro categorias: recursos digitais, recursos impressos, recursos lúdicos e
recursos visuais. Todas as informações recebidas foram analisadas previamente e
88
posteriormente organizadas para apresentação aos futuros interessados nessa produção
técnica, já que a maior parte das informações não possuía identificação de autoria.
No caso dos recursos visuais e impressos, foi criada uma ficha técnica para fornecer
informações sobre o conteúdo, trazendo autoria, editora e sinopse. As sugestões de
recursos lúdicos não foram apresentadas juntamente com os recursos impressos. Já estes
tiveram outro agrupamento, mas adotou-se o mesmo critério anterior para referenciar as
sugestões. Além disso, para as obras que não tinham informações sobre autoria e/ou
produção, foi informado o link de acesso, como segunda forma de dar crédito aos autores
ou instituições que estão disponibilizando a informação.
Já os recursos digitais, os sites, foram todos organizados por temática, de modo a
facilitar a consulta do educador. Salienta-se que os sites acabam trazendo informações
sobre mais de uma temática ou acesso a outras informações ambientais que eventualmente
possam ser de interesse de algum educador ambiental.
QUADRO 3 – Organização das informações coletadas dos egressos do BH Itinerante
DESCRIÇÃO CONTEÚDO APRESENTAÇÃO
RECURSOS
DIGITAIS
São apresentadas as relações de sites
institucionais, de empresas e órgãos
públicos.
As informações foram organizadas por
temática, de modo a facilitar a consulta do
educador ambiental.
RECURSOS
IMPRESSOS
São apresentados cadernos, guias,
manuais e livros. Algumas produções
estão disponíveis para o educador
fazer download. Neste caso, é
informado o link de acesso à
produção.
Todas as informações foram organizadas por
ordem alfabética, colocando o título, autor,
editora e sinopse. Esta regra foi adotada
sempre que possível, já que nem sempre a
informação encontra-se disponível na
produção indicada. Para estes casos, manteve-
se a sugestão e foi inserido o site para acesso,
a fim de referenciar a sugestão.
RECURSOS
LÚDICOS
No item recursos lúdicos, são listados
alguns livros que trazem atividades
lúdicas, além de alguns sites que
sugerem atividades, jogos e ações
práticas.
Em virtude de ser um item do Caderno do
Educador, os livros que trazem atividades
lúdicas foram listados na categoria recursos
impressos. Algumas sugestões estão
disponíveis para download, assim foi
informado o link de acesso ao final da
descrição da atividade.
RECURSOS
VISUAIS
Nesta última categoria, foram listados
documentários e vídeos, sugeridos
pelos egressos do projeto de
formação.
Usaram-se os mesmos critérios de organização
dos recursos impressos. Nesta categoria
também existiu a dificuldade de localizar
algumas informações, principalmente os
vídeos. Assim, para este item específico, há
somente o link de acesso da sugestão.
89
3.3.1.1 Recursos impressos
Manuais, guias e cadernos
A água que você desperdiça pode fazer falta amanhã. Economize.
Disponível em:
http://brasildasaguas.com.br/wp-content/uploads/sites/4/2013/05/CARTILHA-AGUA-
CVRD.pdf
Agenda 21 brasileira - Bases para Discussão
Disponível em:
https://disciplinas.stoa.usp.br/pluginfile.php/8457/mod_resource/content/1/bases_discussao
_agenda21.pdf
Cadernos de Educação Ambiental Água para Vida, Água para Todos: Guia de
Atividades
Disponível em:
http://www.wwf.org.br/informacoes/bliblioteca/index.cfm?uNewsID=2986#
Cadernos de Educação Ambiental Água para Vida, Água para Todos: Livro das
Águas Disponível em:
http://www.wwf.org.br/informacoes/bliblioteca/index.cfm?uNewsID=2986#
Como Construir Políticas Públicas de Educação Ambiental para sociedades
sustentáveis?
Disponível em:
https://drive.google.com/file/d/0B-lqR6O2ivgecWZyZjY3SU1yZHc/view
Guia Pedagógico do Lixo Disponível em:
http://www.ambiente.sp.gov.br/cea/files/2014/11/12-guia-pedagogico-do-lixo.pdf
Manual Consumo Sustentável
Disponível em:
http://www.mma.gov.br/estruturas/educamb/_arquivos/consumo_sustentavel.pdf
Manual de Impactos Ambientais - orientações básicas sobre aspectos ambientais de
atividades produtivas Disponível em:
http://www.mma.gov.br/estruturas/sqa_pnla/_arquivos/manual_bnb.pdf
Pergunta e respostas sobre os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável
Disponível em:
http://www.undp.org/content/brazil/pt/home/post-2015/materiais/perguntas-e-
respostas.html
Programa Nacional de Educação Ambiental – ProNEA
Disponível em:
http://www.mma.gov.br/publicacoes/educacao-ambiental/category/98-pronea?...de
90
Recuperação e proteção de nascentes em propriedades rurais de Machadinho, RS –
Disponível em:
http://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/106898/1/RecuperacaoProtecao0001.p
df
Livros18
50 GRANDES AMBIENTALISTAS - DE BUDA A CHICO MENDES Autor: Joy A. Palmer
Editora: Contexto
Público: Adulto
Sinopse: A relação homem-natureza é uma preocupação antiga dos pensadores das mais
diversas áreas, de filósofos a religiosos, passando por químicos, biólogos, geógrafos e
arquitetos. Nas últimas décadas, as questões de conservação do meio ambiente vêm
ganhando ainda mais espaço por conta do impacto deletério de atividades humanas que
provocam degradação ambiental comprometendo os recursos naturais e o futuro da vida no
planeta. 50 GRANDES AMBIENTALISTAS: DE BUDA A CHICO MENDES é uma obra
única para se entender como o meio ambiente tem sido pensado ao longo dos tempos.
Como personagens tão diferentes como São Francisco de Assis, Marx, Darwin, Gandhi ou
Heidegger influenciaram o movimento e a história do ambientalismo? Como a morte de
Chico Mendes impulsionou o avanço das conquistas ativistas na Amazônia? Ao reunir os
perfis e as ideias dos principais ecologistas do século Va.C. ao XXI, este livro oferece uma
fascinante visão de como a humanidade convive com a natureza, a enxerga e a pensa.
Ecologistas, geógrafos, biólogos, educadores, filósofos e simpatizantes do ambientalismo,
este é um livro essencial para vocês. Fonte: Editora Contexto
A DIMENSÃO AMBIENTAL NA EDUCAÇÃO Autor: Mauro Guimarães
Editora: Papirus
Público: Adulto
Sinopse: Desde os anos 1960, a questão ambiental tornou-se assunto de debate no mundo
contemporâneo. A crescente degradação dos ambientes naturais, associada a uma intensa
relação de dominação e exploração socioambiental, jamais vista na história da
humanidade, fizeram com que a Educação Ambiental deixasse de ser um assunto menor,
para se tornar uma demanda central na formação de educandos, educadores e da população
de modo geral. Nesta edição que comemora os 20 anos de lançamento do livro, o leitor
encontra relatos de pesquisadores de Norte a Sul do país, que refletem sobre a inserção da
dimensão da ambiental na educação em suas realidades regionais ao longo das duas
últimas décadas. Dessa forma, a fim de atender às necessidades de educadores e
profissionais interessados em se aprofundar na área, esta obra apresenta ideias para serem
refletidas e reelaboradas, já que a Educação Ambiental é um campo de conhecimento em
construção que se desenvolve na prática cotidiana dos que realizam o processo educativo.
Fonte: Papirus Editora
18 Todas as sinopses que serão apresentadas a seguir foram retiradas dos sites das editoras, conforme
descrição da fonte, e transcritos como no original.
91
A VIAGEM DE TAMAR Autor: Angelo Machado
Editora: Lê
Público: Infantil
Sinopse: A vida de uma tartaruga-verde não é nada fácil. Desde seu nascimento, existe
uma luta constante pela própria sobrevivência. Na história, contada em verso e rima, a
mamãe tartaruga colocou vários ovos na areia e os cobriu, amorosamente. Depois, seguiu
seu caminho para o mar, deixando com eles seus votos de vida longa. No entanto, logo
depois veio um pescador, com seu balaio, e carregou os ovos, esquecendo-se apenas de
um. E deste ovo esquecido, nasceu a tartaruguinha Tamar. A pequena era aventureira,
observadora e feliz. Não perdia nenhum detalhe de suas viagens pelo mar. Viveu sua
infância com coragem e quando chegou à fase adulta sentiu a necessidade de colocar seus
próprios ovos. Embora a história seja repleta de fantasia, na verdade, descreve o que
acontece na vida real de uma tartaruga-verde. As ameaças que enfrentam, o ciclo natural de
vida e reprodução que vivenciam e a interferência do ser humano na existência dessas
criaturas maravilhosas. É um livro fascinante e altamente educativo para todas as idades.
Fonte: https://contoseuconto.blogspot.com.br/2012/10/dica-de-livro-infantil-viagem-de-
tamar.html
ATIVIDADES INTERDISCIPLINARES DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL
Autor: Genebaldo Freire Dias
Editora: Gaia
Público: Adulto
Sinopse: A Educação Ambiental é a prática educacional voltada para a vida em sociedade.
Quando o indivíduo se conscientiza do seu meio ambiente, adquirindo conhecimentos,
valores e determinação para solucionar questões ambientais, está sendo parte integrante do
processo de Educação Ambiental (EA). Proposta inovadora, a obra destina-se a professores
de todas as disciplinas do primeiro grau, sugerindo 50 práticas de Educação Ambiental e
contendo informações, definições, objetivos, princípios e estratégias de EA. Ilustrada com
figuras, fotografias e tabelas, apresenta uma lista de órgãos, associações e instituições
direcionadas ao meio ambiente. Temas como "A água e o homem", "O que é licenciamento
ambiental", "As indústrias e a comunidade", "Preservação cultural", "Aprendendo a viver
em paz", entre outros, são discutidos de forma perspicaz e inteligente. Fonte: Editora Gaia
ALFABETIZAÇÃO ECOLÓGICA
Autor: Fritjof Capra
Editora: Cultrix
Público: Adulto
Sinopse: Segundo os pensadores e educadores que escreveram este livro revolucionário,
reorientar o modo como os seres humanos vivem e educar as crianças para que atinjam
seus potenciais mais elevados são tarefas com aspectos bem semelhantes. Ambas têm de
ser vistas e abordadas no contexto dos sistemas: familiar, geográfico ecológico e político.
Nosso empenho para criar comunidades sustentáveis será em vão caso as futuras gerações
não aprendam a estabelecer uma parceria com os sistemas naturais, em benefício de ambas
as partes. Em outras palavras, elas terão que ser "ecologicamente alfabetizadas". O
conceito de "alfabetização ecológica", inspirado nas teorias de Fritjof Capra e de outros
líderes do Centro de Eco-Alfabetização, localizado em Berkeley, na Califórnia, vai além de
Educação Ambiental como disciplina escolar. Com contribuições de renomados escritores
e educadores, como Fritjof Capra, Wendell Berry e Michael Ableman, Alfabetização
92
Ecológica reúne teoria e prática com base no que existe de mais avançado em termos de
pensamento sistêmico, ecologia e educação. Fonte: Editora: Cultrix
AQUECIMENTO GLOBAL Autor: Brian Fagan
Editora: Larousse do Brasil
Público: Adulto
Sinopse: Neste livro, Brian Fagan mostra as mudanças no ambiente que tiveram
consequências sobre a vida humana. Este estudo do aquecimento global informa que se
está subestimando o poder da mudança climática sobre a vida. Fonte: Cia. dos Livros
ÁRVORES DO BRASIL: CADA POEMA NO SEU GALHO
Autor: Lalau
Editora: Peirópolis
Público: Infantil
Sinopse: Árvores do Brasil apresenta algumas das árvores mais importantes do nosso país.
É uma homenagem a essas verdadeiras maravilhas da natureza que nos dão sombra e
frutas, evitam que a erosão acabe com nossos rios, oferecem abrigo e alimento aos bichos e
passarinhos, ajudam a retirar poluentes do ar que respiramos e deixam a vida mais bonita e
florida. Lançado em 2011, no Ano Internacional da Floresta, o livro é um grande e colorido
desfile de quinze espécies de árvores, três de cada bioma brasileiro: pau-brasil, araucária,
jequitibá, ipê-do cerrado, buriti, jatobá-do-cerrado, juazeiro, mulungu, umbuzeiro, ipê-
roxo, jenipapo, pau-formiga, castanheira-do-pará, piquiá e mogno. Cada árvore ganhou um
poema, uma ilustração e a companhia de um bicho que mantém alguma relação de vida
com ela: alimenta-se das frutas e folhas, procura abrigo, ajuda a espalhar sementes ou caça
insetos que vivem nos troncos. No final, o livro traz nomes científicos e textos sobre a
altura que podem atingir, principais características e usos das madeiras, como os frutos são
consumidos pelo homem, problemas que enfrentam na natureza e outras informações.
Fonte: Editora Peirópolis
BELEZURA MARINHA: POESIA PARA OS ANIMAIS AMEAÇADOS PELO
HOMEM
Autor: Lalau e Laurabeatriz
Editora: Peirópolis
Público: Infantil
Sinopse: Lalau e Laurabeatriz homenageiam algumas das maravilhas do litoral brasileiro
no terceiro livro da coleção Bicho-Poema, a primeira de livros infantojuvenis verdes.
Mamíferos e quelônios ameaçados de extinção, além de terem inspirado seus versos e
traços, são alvo de importantes projetos de conservação da biodiversidade marinha que
apoiaram a publicação. Fonte: Editora Peirópolis
BONITEZA SILVESTRE: POESIA PARA OS ANIMAIS AMEAÇADOS PELO
HOMEM
Autor: Lalau e Laurabeatriz
Editora: Peirópolis
Público: Infantil
Sinopse: Neste livro liricamente engajado, Lalau faz poesia para os animais que o homem
ameaça com sua cobiça. São onze bichos-poemas lindamente ilustrados por Laurabeatriz,
numa verdadeira reverência à biodiversidade brasileira. A Coleção Bicho-poema é a
primeira coleção brasileira de livros infanto-juvenis verdes e livres de carbono (carbon
93
free). Além disso, a coleção inclui um divertido jogo de cartas com as imagens dos
animais: o Jogo do Bicho-poema. Fonte: Editora Peirópolis
CHUÁ... CHUÁ... TCHIBUM! - UM LIVRO SOBRE ÁGUA
Autores: Mick Manning e Brita Granstrom
Editora: Ática
Público: Infantil
Sinopse: Vamos mergulhar nas aventuras de um menino e seu cão em busca dos segredos
da água? Venha com eles pegar ondas, flutuar em nuvens negras, escorregar em
corredeiras e atravessar encanamentos até descobrir onde toda a água acaba... e começa. A
coleção "Xereta" incentiva as crianças a usarem a imaginação e a observação para
satisfazer sua curiosidade sobre o mundo e as pessoas. Fonte: Cia. dos Livros
CONSERVAÇÃO DE NASCENTES Autores: Osvaldo Ferreira Valente e Marcos Antônio Gomes
Editora: Aprenda Fácil Editora
Público: Adulto
Sinopse: Os assuntos tratados neste livro englobam aspectos fundamentais da gestão de
recursos hídricos, ou seja, aqueles relacionados com a capacidade de produção de
quantidade de água de pequenas bacias hidrográficas. Estão reunidos, numa só obra, tanto
os princípios hidrológicos aplicados à formação e à manutenção de lençóis e nascentes,
como exemplos de tecnologias de conservação, que podem ser adaptadas a situações
específicas ou servirem de modelos para criação de novas alternativas. A experiência dos
autores na recuperação da produtividade de água de pequenas bacias hidrográficas e o uso
predominante de esquemas e gráficos, em lugar de modelos matemáticos, fazem com que o
livro possa ser facilmente usado como manual de campo para técnicos e produtores rurais
com pouco domínio de Física e Matemática. Já o cuidado em discutir os princípios
hidrológicos básicos, relativos ao assunto, faz com que o livro possa servir, também, de
referência para aqueles que se interessam em conhecer um pouco mais sobre o
funcionamento de ecossistemas hidrológicos formadores e mantenedores de lençóis e
nascentes. Fonte: Aprenda Fácil Editora
CUIDANDO DO MEIO AMBIENTE Autor: Neil Morris
Editora: Ciranda Cultural
Público: Infantil
Sinopse: Cuidando do Meio Ambiente - Crianças Ecológicas. Fonte: Editora Ciranda
Cultural
DINÂMICAS E INSTRUMENTAÇÃO PARA A EDUCAÇÃO AMBIENTAL
Autor: Genebaldo Freire Dias
Editora: Gaia
Público: Adulto
Sinopse: As atividades de Educação Ambiental sugeridas neste livro pretendem ampliar a
percepção sobre os cenários e os desafios socioambientais da atualidade e do futuro.
Examinam as causas dos principais problemas ambientais, as consequências de nossas
decisões, hábitos e atitudes. Sugerem alternativas para estilos de vida menos impactantes e
mais harmoniosos. Investigam de modo crítico e analítico as formas de exploração dos
recursos naturais, os padrões de produção e consumo, o estilo de vida e os mecanismos de
alienação para que tudo continue como está. As 33 dinâmicas e 22 montagens de
94
equipamentos para a prática da Educação Ambiental contidas neste livro promovem um
exame crítico do nosso estilo de vida, focalizando hábitos, atitudes, comportamentos,
formas de produção e consumo e de alienação que resultaram no quadro atual de
degradação generalizada da qualidade ambiental. O livro aborda o consumo consciente, a
gestão ambiental, a simplicidade, a cooperação e a participação.
Fonte: Editora Gaia
ECONOMIZANDO ÁGUA Autor: Neil Morris
Editora: Ciranda Cultural
Público: Infantil
Sinopse: Economizando Água - Crianças Ecológicas. Fonte: Editora Ciranda Cultural
ECONOMIZANDO ENERGIA
Autor: Neil Morris
Editora: Ciranda Cultural
Público: Infantil
Sinopse: Economizando Energia - Crianças Ecológicas. Fonte: Editora Ciranda Cultural
EDUCAÇÃO AMBIENTAL E SUSTENTABILIDADE Autor: Arlindo Philippi Junior e Maria Cecília Focesi Pelicioni
Editora: Manole
Público: Adulto
Sinopse: Incluindo novos temas de grande relevância na atualidade, a obra foi estruturada
em 5 partes, composta por Introdução, Fundamentação Ambiental, Fundamentação em
Educação Ambiental, Métodos e Estratégias de Educação Ambiental e Estudos Aplicados à
Educação Ambiental. Conta com a participação de especialistas de diversas áreas, que
abordam o tema sob perspectiva interdisciplinar, demonstrando a importância das relações
da Educação Ambiental com saúde, ambiente, direito, cidadania, política, cultura e
sustentabilidade. Ao priorizar o conhecimento e a compreensão dos problemas e de suas
possíveis soluções no intuito de melhorar o meio ambiente e, consequentemente, a
qualidade de vida da sociedade, esta obra se torna de relevância não somente para
especialistas, mas também para estudantes e profissionais (educadores, pedagogos,
sociólogos, administradores, economistas, engenheiros, arquitetos, advogados, biólogos,
geólogos, geógrafos, entre outros), além do público interessado nesta temática, devido à
sua importância e atualidade. Fonte: Editora Manole
EU PRODUZO MENOS LIXO! Autora: Cristina Santos
Editora: Cortez
Público: Infantil
Sinopse: Muitas das coisas que compramos têm origem em um mesmo ciclo: para sua
fabricação, retira-se a matéria-prima da natureza, que será transformada em algum tipo de
produto. Depois de certo tempo, o que foi comprado se torna ultrapassado, fora de moda ou
para de funcionar. Então, jogamos fora aquilo que, um dia, nos foi útil. A partir de nossas
necessidades consumistas, a cada dia, produzimos algum tipo de lixo. Mas será que as
pessoas sabem dizer qual a quantidade de lixo produzida em suas casas? Será que ele pode
ser reciclado? É possível diminuir o ritmo de consumo? Além de respostas a essas
perguntas, este livro traz dicas para conscientizar as pessoas a pouparem os recursos
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naturais de um lugar muito especial para a existência humana: o Planeta Terra. Fonte:
Editora Cortez
JARDIM DAS BRINCADEIRAS
Autor: Guilherme Blauth
Editora: Edição do Autor
Público: Adulto
Sinopse: Neste livro, disponível para download na Internet, o autor apresenta brinquedos
feitos a partir de elementos orgânicos, de preferência não muito manipulados, inventados
por ele próprio ou apresentados a ele por amigos e moradores de comunidades tradicionais
de vários lugares do Brasil, que aprenderam a brincar com as formas encontradas no seu
entorno. É um lindo convite para brincar e se encantar com a natureza e seus brinquedos.
Disponível em:
http://criancaenatureza.org.br/content/jardim-das-brincadeiras/
https://jardimdasbrincadeiras.files.wordpress.com/2013/09/jardim-das-brincadeiras.pdf
O CAMINHO PARA O VALE PERDIDO
Autor: Patrícia Engel Secco
Editora: Melhoramentos
Público: Infantil
Sinopse: Rodolfo era um ratinho estudioso que morava no Vale das Lágrimas, um lugar
afastado onde ficava um lixão clandestino. Um dia, encontrou um álbum de fotografias de
seu avô e ficou surpreso ao ver as fotos do lendário Vale Perdido. Mas o ratinho não sabia
que o vale estava muito perto dele. Fonte: Editora Melhoramentos –
Disponível em:
http://www.ambiente.sp.gov.br/cea/files/2013/10/caminho-vale-perdido1.pdf
https://www.youtube.com/watch?v=586xC4Q_wyI
O QUE É EDUCAÇÃO AMBIENTAL
Autor: Marcos Reigota
Editora: Brasiliense
Público: Adulto
Sinopse: A Educação Ambiental, como perspectiva educativa, pode estar presente em
todas as disciplinas. Sem impor limites para seus estudantes, tem caráter de educação
permanente. Ela, por si só, não resolverá os complexos problemas ambientais planetários,
mas pode influir decididamente para isso ao formar cidadãos conscientes de seus direitos e
deveres. Fonte: Editora Brasiliense
OS CINCO SENTIDOS Autor: Bartolomeu Campos de Queirós
Editora: Global
Público: Infantil
Sinopse: Os cinco sentidos – visão, audição, olfato, paladar e tato – transformados na
prosa poética de Bartolomeu Campos de Queirós instigam o leitor a compreender e a
refletir sobre o caráter expressivo, sensível e criativo da linguagem nas suas diferentes
formas. Por meio dos sentidos produzimos linguagem. Por meio dela o homem dialoga
consigo mesmo, com os outros e com o mundo a sua volta. A linguagem, seja verbal ou
não verbal, está presente em todas as atividades humanas; saber usá-la com sensibilidade é
um desafio da sociedade contemporânea. Fonte: Editora Global
96
PARA ENTENDER A TERRA Autores: John Grotzinger; Tom Jordan
Editora: Bookman
Público: Adulto
Sinopse: Nova edição de um dos mais aclamados livros de introdução às ciências da Terra
nos Estados Unidos e em muitos outros países. Desde que Frank Press e Raymond Siever
lançaram a primeira edição de Para Entender a Terra (1965), este manual vem sendo
paulatinamente atualizado e tornou-se um dos mais importantes livros-texto de
universidades de vários países. Sucessores dos grandes mestres que iniciaram esta obra, os
cientistas Tom Jordan e John Grotzinger reestruturaram e modernizaram o texto. A
introdução de desenhos e esquemas inovadores, a moderna concepção sobre tectônica de
placas, a concepção da Terra como um sistema interativo e a análise de como a dinâmica
planetária tem influenciado a evolução da vida são alguns exemplos dessa modernização.
O leitor é estimulado a fazer e pensar como os geólogos, entendendo como eles adquiriram
o conhecimento que possuem, como esse conhecimento impacta a vida dos cidadãos e o
que se pode fazer para ajudar a melhorar o ambiente da Terra. Fonte: Grupo A.
PRIMAVERA SILENCIOSA
Autora: Rachel Carson
Editora: Gaia - Global
Público: Adulto
Sinopse: Primavera Silenciosa´ apresenta documentação científica de diversas fontes,
comprovando as afirmações da autora que desencadearam uma investigação no governo
Kennedy. De imediato, inspirou a rede de tevê CBS a produzir um documentário que
mostrava os efeitos nocivos do DDT à saúde. Fonte: Cia. dos Livros –
Disponível em:
https://biowit.files.wordpress.com/2010/11/primavera_silenciosa_-_rachel_carson_-_pt.pdf
RECICLAGEM - A AVENTURA DE UMA GARRAFA Autores: Mick Manning e Brita Granström
Editora: Ática
Público: Infantil
Sinopse: É impressionante o que pode acontecer quando, simplesmente, se joga fora uma
garrafa. Neste novo lançamento da coleção "Xereta", os autores mostram alguns dos
destinos que podem ser dados a esse objeto assim que é descartado. "Por exemplo, a
garrafa pode virar uma armadilha para bichinhos pequenos", diz o texto do livro. "Ou então
um artista famoso pode encontrar a garrafa e decidir usá-la para fazer uma escultura
gigantesca." Dessa forma, as crianças ficam sabendo que jogar fora uma garrafa de vidro é
muito perigoso. "Caso ela se quebre, pode cortar pessoas e animais." Também saberão que,
antigamente, pessoas que habitavam ilhas afastadas se comunicavam com o continente por
mensagens enviadas em garrafas. Uma das propostas mais importantes e bem-sucedidas
desse volume da série "Xereta" é abordar, de forma específica para o público infantil, a
importância da reciclagem e da Educação Ambiental. E, para se certificar da adequação
dos conceitos transmitidos pelo livro, seu projeto contou com a colaboração do Instituto
GEA - Ética e Meio Ambiente, entidade responsável pela revisão técnica da obra. Fonte:
Cia. dos Livros
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RECICLANDO: CRIANÇAS ECOLÓGICAS
Autor: Neil Morris
Editora: Ciranda Cultural
Público: Infantil
Sinopse: Reciclando - Crianças Ecológicas. Fonte: Editora Ciranda Cultural
SABER CUIDAR - ÉTICA DO HUMANO - COMPAIXÃO PELA TERRA
Autor: Leonardo Boff
Editora: Vozes
Público: Infantil
Sinopse: A crise generalizada que afeta a humanidade se revela pelo descuido e pela falta
de cuidado com que se tratam realidades importantes da vida: a natureza, os milhões e
milhões de crianças condenadas a trabalhar como adultos, os aposentados, os idosos, a
alimentação básica, a saúde pública e a educação mínima. A crise é civilizatória. Fonte:
Editora Vozes
SUSTENTABILIDADE: A LEGITIMAÇÃO DE UM NOVO VALOR Autor: José Eli da Veiga
Editora: Senac São Paulo
Público: Adulto
Sinopse: Como definir sustentabilidade e assim possibilitar, em última análise, a
prevenção de crimes contra o ambiente? São muitas as variáveis em jogo, e sempre haverá
uma brecha em que se apoiar para cometer atos ilícitos. No entanto, em Sustentabilidade: a
legitimação de um novo valor, José Eli da Veiga afirma que a falta de uma definição clara
de sustentabilidade não pode (e não deve) impedir medidas restritivas por parte do poder
público. Um assunto atual de ampla discussão em vários segmentos da sociedade civil
moderna. Fonte: Senac São Paulo
UM LUGARZINHO NA CIDADE Autora: Giselle Vargas
Editora: Dimensão
Público: Infantil
Sinopse: Dona Bem-te-vi procura um lugar para fazer seu ninho, numa cidade que tem
muitos perigos. Fonte: Editora Dimensão
PACHAMAMA – MISSÃO TERRA 2 - AÇÕES PARA SALVAR O PLANETA
Autor: Peace Child International
Editora: Melhoramento
Público: Infantil
Sinopse: Este é um projeto feito em conjunto pelo Programa para o Meio Ambiente da
ONU e pelo Peace Child International. Crianças e jovens de todo o mundo produziram esta
inspirada coletânea de estudos de casos, poemas e desenhos para contar a história do meio
ambiente mundial. O livro possibilita uma grande “interdisciplinaridade” entre música,
matemática, português, educação artística, ciências e geografia. Temas
principais: preservação da natureza, sustentabilidade e diversidade cultural. Temas
transversais: ética, meio ambiente, saúde, trabalho e consumo. Fonte: Editora
Melhoramento
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3.3.1.2 Recursos visuais
Vídeos
"HOMEM" Informação: Animação chama atenção ao consumo desenfreado da humanidade.
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=E1rZFQqzTRc .
A HISTÓRIA DAS COISAS (The Story of Stuff)
Informação: O vídeo fala sobre o consumismo, extração de recurso naturais, globalização
e produção de bens de consumo.
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=xaglF9jhZLs.
AGRICULTURA SINTRÓPICA Informação: Jovens largam bons empregos na cidade para se tornarem agricultores. Eles
vivem a alegria de comer e vender comida mais saudável. Muita gente que toma essa
decisão vai atrás de um homem: Ernst Götsch.
Disponível em: http://g1.globo.com/globo-reporter/noticia/2016/07/jovens-largam-bons-
empregos-na-cidade-para-se-tornarem-agricultores.html.
ATRÁS DO COURO (Behind the Leather)
Informação: Aborda a extração de pele de animais pelo mercado da moda, defendendo a
ideia de que a beleza muitas vezes cega as pessoas à crueldade.
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=qs8yqcrqo1s.
FAZENDA BIODINÂMICA, UMA FAZENDA SUSTENTÁVEL
Informação: O vídeo da Globo Rural busca mostrar as vantagens da produção sem uso de
agrotóxicos.
Disponível em: https://globoplay.globo.com/v/5007792/.
MODOS DE RESTAURAR AS FLORESTAS Informação: O vídeo da pesquisa FAPESP fala sobre os projetos de restauração de
florestas.
Disponível em: https://onegreenblog.com.br/2016/07/05/video-sensacional-modos-de-
restaurar-as-florestas-pesquisa-fapesp/.
O HOMEM E A NATUREZA: LAR SELVAGEM Informação: Uma profunda jornada sobre os lares dos animais por todo o planeta Terra,
revela uma nova maneira de olhar para esses lugares selvagens e os animais que vivem
neles, e a esperança de um meio ambiente melhor.
Disponível em: http://biologo.com.br/bio/o-homem-e-a-natureza/.
UMA VIDA, UMA ÁRVORE Informação: O projeto “Uma vida, uma árvore” é uma parceria da TV Globo Minas com
as prefeituras de Belo Horizonte, Betim, Contagem, Sabará, Ouro Preto e Mariana.
Disponível em: http://g1.globo.com/minas-gerais/noticia/2014/11/com-projeto-uma-vida-
uma-arvore-contagem-recebe-mais-de-900-mudas.html.
99
ON OU OFF - DE QUE LADO VOCÊ ESTÁ? Informação: Trabalha a sensibilização por meio das relações sociais, buscando fazer uma
reflexão sobre as atitudes da sociedade e o futuro das gerações.
Disponível em: https://www.youtube.com/embed/RadIP53qXhU.
Filmes/documentários19
A CARNE É FRACA Idealização: Nina Rosa Jacob
Distribuição: Instituto Nina Rosa – projetos por amor à vida
Público: Adulto
Sinopse: Alguma vez você já pensou na trajetória de um bife antes de chegar ao seu prato?
Nós pesquisamos isso para você e contamos neste documentário aquilo que não é
divulgado. Saiba os impactos que esse ato – de comer carne representa para a sua saúde,
para os animais e para o planeta. Com depoimentos dos jornalistas Washington Novaes e
Dagomir Marquezi, entre outros. Fonte: Instituto Nina Rosa – projetos por amor à vida
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=EvP2Qy4ZEzA
A ORIGEM DO PLANETA TERRA (Earth: Making of a Planet)
Distribuição: National Geographic
Público: Adulto
Sinopse: Documentário do NatGeo relatando a origem do nosso planeta azul e de toda vida
que nele existe. Uma viagem pelos marcantes acontecimentos que tem como resultado o
que somos hoje. Fonte: https://filmow.com/construindo-o-planeta-terra-t76283/ficha-
tecnica/
Sugestão de roteiro para o vídeo:
https://escoladeciencias.wordpress.com/2013/04/30/documentario-a-origem-do-planeta-
terra/
A ÚLTIMA HORA
Direção: Nadia Conners e Leila Conners Petersen
Distribuição: Warner Bros
Público: Adulto
Sinopse: Causadas pela própria humanidade, enchentes, furacões e uma série de tragédias
assolam o planeta cotidianamente. O documentário mostra como a Terra chegou nesse
ponto: de que forma o ecossistema tem sido destruído e, principalmente, o que é possível
fazer para reverter este quadro. Entrevistas com mais de 50 renomados cientistas,
pensadores e líderes ajudam a esclarecer estas importantes questões e a indicar as
alternativas ainda possíveis. Fonte: http://www.adorocinema.com/filmes/filme-126366/
ALIMENTO: DIREITO OU MERCADORIA?
Direção: Patrícia Antunes
Público: Adulto
Sinopse: Breves olhares, visitas, depoimentos e conversas são suficientes para desvelar
questões e experiências de movimentos e entidades de luta pela terra articulados no âmbito
do Projeto de Segurança Alimentar e Nutricional em Acampamentos e Pré-Assentamentos
da Reforma Agrária nos Estados da Bahia e Sergipe, o PSAN. Com um olhar etnográfico,
19 Todas as sinopses que serão apresentadas a seguir foram retiradas dos sites das produtoras ou do site Adoro
Cinema, conforme descrição da fonte, e transcritos como no original.
100
o documentário vai buscar nos acampamentos e pré-assentamentos os saberes e fazeres
dessa gente, ainda tão invisível à sociedade. A sensação é de sonho e realidade. Ao som da
canção Do Brasil, de Vander Lee, ganham vida temas como reforma agrária, segurança
alimentar e nutricional, convivência com os biomas, agricultura familiar e agroecológica,
cultura e economia solidária, resultado de um processo de formação e mobilização social
promovido ao longo desse e de outros projetos de desenvolvimento solidário e sustentável
para esses brasis. Tudo acaba e começa nas feiras: lugar de encontros, onde esse povo
revela sua cultura e identidades, troca experiências e produtos e volta abastecido para
recomeçar os plantios, as lidas e lutas cotidianas. Fonte: CurtaDoc
Disponível em:http://curtadoc.tv/curta/comportamento/alimento-direito-ou-mercadoria/
AVATAR
Direção: James Cameron
Distribuidor: Fox Film do Brasil
Público: Adulto
Sinopse: Jake Sully ficou paraplégico após um combate na Terra. Ele é selecionado para
participar do programa Avatar em substituição ao seu irmão gêmeo, falecido. Jake viaja a
Pandora, uma lua extraterrestre, onde encontra diversas e estranhas formas de vida. O local
é também o lar dos Na'Vi, seres humanóides que, apesar de primitivos, possuem maior
capacidade física que os humanos. Os Na'Vi têm três metros de altura, pele azulada e
vivem em paz com a natureza de Pandora. Os humanos desejam explorar a lua, de forma a
encontrar metais valiosos, o que faz com que os Na'Vi aperfeiçoem suas habilidades
guerreiras. Como são incapazes de respirar o ar de Pandora, os humanos criam seres
híbridos chamados de Avatar. Eles são controlados por seres humanos, através de uma
tecnologia que permite que seus pensamentos sejam aplicados no corpo do Avatar. Desta
forma Jake pode novamente voltar à ativa, com seu Avatar percorrendo as florestas de
Pandora e liderando soldados. Até conhecer Neytiri, uma feroz Na'Vi que conhece
acidentalmente e que serve de tutora para sua ambientação na civilização alienígena.
Fonte: http://www.adorocinema.com/filmes/filme-61282/
BEE MOVIE - A HISTÓRIA DE UMA ABELHA
Direção: Simon J. Smith, Steve Hickner
Distribuição: DreamWorks
Público: Infantil
Sinopse: Barry B. Benson formou-se recentemente e sonha com um emprego na Honex,
onde poderá produzir mel. Desta forma ele se aventura fora da colmeia, onde descobre um
mundo até então inteiramente desconhecido. É quando conhece Vanessa Bloome, uma
alegre florista de Manhattan com quem quebra as regras das abelhas e passa a conversar
regularmente. Logo eles se tornam amigos, o que faz com que Barry conheça melhor os
humanos. Porém Barry descobre que qualquer pessoa pode comprar mel nos
supermercados, o que o deixa profundamente irritado por considerar que estão roubando a
produção das abelhas. É quando ele decide processar os humanos, na intenção de corrigir
esta injustiça. Fonte: http://www.adorocinema.com/filmes/filme-55413/
CARINHANHA - UM RIO DO GRANDE SERTÃO
Direção: Dêniston F. Diamantino
Distribuição: Opará Vídeos
Público: Adulto
Sinopse: O Carinhanha é um dos mais belos afluentes do Velho Chico, divide o estado de
Minas Gerais da Bahia e tem seus nascedouros nas veredas dos gerais com águas
101
transparentes, envolvidas por um ambiente e uma gente encantadora. Com trilha sonora
baseada na autêntica viola caipira de Rodrigo Delage e interpretação do texto de Jackson
Antunes, o vídeo viaja mostrando desde a nascente até o seu desaguar no rio de São
Francisco. São 30 minutos de duração divididos em oito temas: a nascente, os gerais, a
gente, o percurso, os afluentes, o clima, o meio ambiente e, finalmente, o encontro com o
São Francisco. Fonte: Opará Vídeos
CERRADO – O PAI DAS ÁGUAS
Direção: Dêniston F. Diamantino
Distribuição: Opará Vídeos
Público: Adulto
Sinopse: O documentário apresenta as várias características e o rico potencial do Cerrado,
o 2º maior bioma da América Latina e, atualmente, um dos mais ameaçados do Brasil pelas
intensas agressões de que é vítima. Ganhador do Prêmio de Melhor Fotografia no “III
Vídeo Terra Brasília”. Fonte: Opará Vídeos
DERSU UZALA
Direção: Akira Kurosawa
Público: Adulto
Sinopse: O capitão Vladimir Arseniev (Yuri Solomin) é enviado pelo governo soviético
para explorar e reconhecer as montanhas da Mongólia, juntamente com uma pequena
tropa. Em meio a expedição eles encontram Dersu Uzala (Maksim Munzuk), um caçador
que vive apenas nas florestas. Percebendo que Dersu conhece bastante o local, o que pode
facilitar o trabalho, o capitão lhe oferece que acompanhe a tropa até o término da missão. É
o início de uma forte amizade entre o capitão e Dersu, que aos poucos demonstra suas
habilidades. Fonte: http://www.adorocinema.com/filmes/filme-171/
ERA UMA VEZ NA FLORESTA
Direção: Luc Jacquet
Público: Adulto
Sinopse: No interior de uma densa mata e em meio as maravilhas naturais, o documentário
revela o florescimento e o crescimento de uma floresta tropical. O público é convocado a
observar e se maravilhar com as belezas naturais, além de refletir sobre a necessidade de
preservação. Fonte: http://www.adorocinema.com/filmes/filme-209348/
ERIN BROCKOVICH - UMA MULHER DE TALENTO Direção: Steven Soderbergh
Distribuidor: Columbia TriStar Filmes do Brasil
Público: Adulto
Sinopse: Erin é a mãe de três filhos que trabalha num pequeno escritório de advocacia.
Quando descobre que a água de uma cidade no deserto está sendo contaminada e
espalhando doenças entre seus habitantes, convence seu chefe a deixá-la investigar o
assunto. A partir de então, utilizando-se de todas as suas qualidades naturais, desde a fala
macia e convincente até seus atributos físicos, consegue convencer os cidadãos da cidade a
cooperarem com ela, fazendo com que tenha em mãos um processo de 333 milhões de
dólares. Fonte: http://www.adorocinema.com/filmes/filme-23980/
102
FERNGULLY - AS AVENTURAS DE ZACK E CRYSTA NA FLORESTA
TROPICAL
Direção: Bill Kroyer
Distribuição: 20th Century Fox
Público: Infantil
Sinopse: O humano Jack descobre uma floresta mágica onde vive Crysta e seus amigos
encantados. Mas a floresta está sendo ameaçada por outros humanos e suas máquinas
cruéis. Assim, caberá a Jack unir-se ao grupo e ajudar a salvar o mágico cenário. Fonte:
http://www.adorocinema.com/filmes/filme-4908/
FREE WILLY Direção: Simon Wincer
Distribuidor: Warner Bros
Público: Infantil
Sinopse: Jesse é um menino que perdeu os pais muito cedo. Ele costumava saltar de
orfanato em orfanato, até que passou a viver nas ruas. Numa noite, ele e seu amigo Perry
são flagrados pelo policial Dwight pixando um parque local. Apesar da situação, o agente
de polícia simpatiza com Jesse e o apresenta para Glen e Annie Greenwood que irão adotar
o garoto. Parte da punição por sua pequena infração envolve limpar a sujeira que ele fez no
parque e é lá que Jesse conhece Willy, uma orca que está sendo treinada para ser a atração
especial do local. No entanto, Willy não responde bem ao adestramento. Ela foi roubada de
sua família por um pescador mercenário e ainda está traumatizada. Jesse e Willy
desenvolvem uma estreita ligação emocional. Só que o dono do parque não está satisfeito
com o desempenho de Willy e calcula que a orca vale mais viva do que morta. A partir daí
Jesse fará de tudo para salvar o animal e devolvê-lo para o oceano. Fonte:
http://www.adorocinema.com/filmes/filme-9188/
ILHA DAS FLORES Direção: Jorge Furtado
Público: Adulto
Sinopse: Este filme retrata a sociedade atual, tendo como enfoque seus problemas de
ordem sociais, econômicas e culturais, na medida em que contrasta a força do apelo
consumista, os desvios culturais retratados no desperdício, e o preço da liberdade do
homem, enquanto um ser individual e responsável pela própria sobrevivência. Através da
demonstração do consumo e desperdício diários de materiais (lixo), o autor aborda toda a
questão da evolução social de indivíduo, em todos os sentidos. Torna evidente ainda todos
os excessos decorrentes do poder exercido pelo dinheiro, numa sociedade onde a relação
opressão e oprimido é alimentada pela falsa ideia de liberdade de uns, em contraposição à
sobrevivência monitorada de outros. Fonte: http://www.filmesbrasileiros.net/ilha-das-
flores - Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=KAzhAXjUG28
LIXO EXTRAORDINÁRIO
Direção: Lucy Walker, João Jardim e Karen Harley
Distribuidor: Downtown Filmes
Público: Adulto
Sinopse: Uma análise sobre o trabalho do artista plástico Vik Muniz no Jardim Gramacho,
localizado na cidade de Duque de Caxias (RJ), que é um dos maiores aterros sanitários do
mundo. Fonte: http://www.adorocinema.com/filmes/filme-179776/
103
LUCAS – O INTRUSO NO FORMIGUEIRO
Direção: John A. Davis
Distribuição: Warner Home Video (Brazil)
Público: Infantil
Sinopse: Lucas Nickle é um garotinho de dez anos que acaba de se mudar para uma nova
vizinhança. Sem amigos e com uma família ausente, ele é constantemente atacado por uma
gangue local. Certo dia, ele joga toda sua raiva para fora e afoga um formigueiro com sua
pistola d'água. O menino tem seu tamanho misteriosamente diminuído, até ficar da mesma
altura que uma formiga. Ele é então obrigado a trabalhar como escravo na reconstrução do
formigueiro que ele mesmo destruiu. Fonte: http://www.adorocinema.com/filmes/filme-
40139/
MINÚSCULOS Direção: Thomas Szabo, Hélène Giraud
Distribuição: Paris Filmes
Público: Infantil
Sinopse: Em uma pacífica clareira, entre as sobras de um piquenique, começa uma batalha
entre duas tribos de formigas em busca de uma caixa de açúcar. Uma jovem e corajosa
joaninha acaba sendo capturada no meio do fogo cruzado e torna-se aliada das formigas
negras, ajudando na luta contra as terríveis formigas vermelhas.
Fonte: http://www.adorocinema.com/filmes/filme-197310/
NAUSICAÄ DO VALE DO VENTO
Direção: Hayao Miyazaki
Público: Infantil
Sinopse: A humanidade se esforça em sobreviver neste mundo em ruínas, divididos em
pequenas populações e impérios, mil anos após os "7 Dias de Fogo", um evento que
destruiu a civilização humana e a maior parte do ecossistema da Terra. Isolados um dos
outros pelo "Mar da Corrupção" e uma floresta tóxica com plantas e insetos gigantes,
Nausicaa, é a princesa do pequeno reino do Vale do Vento, que tenta compreender melhor
estas florestas nocivas aos humanos, ao mesmo tempo que tenta salvar seu povo dos reinos
vizinhos. Fonte: http://www.adorocinema.com/filmes/filme-40132/
O DIA DEPOIS DE AMANHÃ
Direção: Roland Emmerich
Distribuidor: Fox Film do Brasil
Público: Adulto
Sinopse: A Terra sofre alterações climáticas que modificam drasticamente a vida da
humanidade. Com o norte se resfriando cada vez mais e passando por uma nova era
glacial, milhões de sobreviventes rumam para o sul. Porém o paleoclimatologista Jack Hall
segue o caminho inverso e parte para Nova York, já que acredita que seu filho Sam ainda
está vivo. Fonte: http://www.adorocinema.com/filmes/filme-45361/
LORAX: EM BUSCA DA TRÚFULA PERDIDA Direção: Chris Renaud, Kyle Balda
Distribuição: Universal Pictures
Público: Infantil
Sinopse: O menino Ted descobriu que o sonho de sua paixão, a bela Audrey, é ver uma
árvore de verdade, algo em extinção. Disposto a realizar este desejo, ele embarca numa
aventura por uma terra desconhecida, cheia de cor, natureza e árvores. É lá que conhece
104
também o simpático e ao mesmo tempo rabugento Lorax, uma criatura curiosa preocupada
com o futuro de seu próprio mundo. Fonte: http://www.adorocinema.com/filmes/filme-
170530/
O MUNDO DOS PEQUENINOS Direção: Hiromasa Yonebayashi
Distribuição: California Filmes
Público: Infantil
Sinopse: Nos subúrbios de Tóquio, sob o assoalho de uma casa velha, Arrietty (Saoirse
Ronan) vive em seu minúsculo mundo com a família, fazendo de tudo para manter em
segredo a existência de todos. Sobrevivendo como pequenos ladrões, eles conhecem as
regras para que nunca sejam percebidos pelos verdadeiros - e grandes - donos da casa. Para
isso, procuram manter a desconfiança deles em cima dos gatos e ratos e tomam todos os
cuidados possíveis para evitar de serem vistos. Contudo, quando um jovem rapaz se
hospeda na casa, a pequenina Arietty acredita que poderá manter uma amizade com ele,
apesar da diferença dos tamanhos. Fonte: http://www.adorocinema.com/filmes/filme-
176684/
O RIO SÃO FRANCISCO
Direção: Dêniston F. Diamantino
Distribuição: Opará Vídeos
Público: Adulto
Sinopse: Da serra da Canastra, em Minas Gerais, até a foz entre os estados de Alagoas e
Sergipe, corre o São Francisco. O documentário percorre esse caminho e mostra, em belas
imagens, a geografia do “Velho Chico” e a sua importância para a sobrevivência da
população ribeirinha. Além disso, aborda os graves problemas ambientais como as
queimadas, o desmatamento e o assoreamento do leito do rio. Fonte: Opará Vídeos
O VELHO DO RIO
Direção: Dêniston F. Diamantino
Distribuição: Opará Vídeos
Público: Adulto
Sinopse: Símbolo maior da navegação, a barca significa alegria e sobrevivência para o
homem ribeirinho. Assim, nada melhor do que dar vida ao próprio vapor para contar as
suas histórias, o folclore e as riquezas do São Francisco. O documentário dá voz ao vapor
Benjamim Guimarães para que ele narre, num tom emocionado, as histórias desse rio e de
seus habitantes. O vapor também conta a triste história do fim da navegação e das diversas
agressões ao seu meio ambiente. Fonte: Opará Vídeos
ONCE UPON A FOREST (Era uma Vez na Floresta)
Direção: Charles Grosvenor
Público: Infantil
Sinopse: Na floresta vivem a ratinha Abigail, a toupeira Edgar e o ouriço Russel. Eles
brincam felizes até que o homem chega com gases tóxicos, fazendo com que Michelle,
amiga deles, adoeça. Com a ajuda do tio Cornelius, os três buscam um meio de salvar
Michelle e a floresta. Fonte: http://www.epipoca.com.br/filmes/ficha/22828/era-uma-vez-
na-floresta.
105
OS SEM-FLORESTA Direção: Tim Johnson, Karey Kirkpatrick
Distribuidor: United International Pictures (UIP)
Público: Infantil
Sinopse: A primavera chegou, o que faz com que os animais da floresta despertem da
hibernação. Ao acordar eles logo têm uma surpresa: surgiu ao redor de seu habitat natural
uma grande cerca verde. Inicialmente eles temem o que há por detrás da cerca, até que RJ
revela que foi construída uma cidade ao redor da floresta em que vivem, que agora ocupa
apenas um pequeno espaço. RJ diz ainda que no mundo dos humanos há as mais diversas
guloseimas, convencendo os demais a atravessar a cerca. Entretanto esta atitude desagrada
o cauteloso Verne, que achava melhor permanecer onde estavam inicialmente. Fonte:
http://www.adorocinema.com/filmes/filme-47019/.
POCAHONTAS - O ENCONTRO DE DOIS MUNDOS
Direção: Mike Gabriel, Eric Goldberg
Distribuidor: Disney/Buena Vista
Público: Infantil
Sinopse: Um navio parte da Inglaterra com o objetivo de encontrar o "novo mundo", tendo
a bordo o governador Ratcliff, que está ansioso em encontrar ouro, e o capitão John Smith.
Ao chegarem, John decide explorar o mundo desconhecido. Logo encontra Pocahontas,
uma bela índia por quem se apaixona. Só que o povo índio e os ingleses logo entram em
guerra, já que estão em disputa pelas terras da América. Fonte:
http://www.adorocinema.com/filmes/filme-13342/.
PRINCESA MONONOKE Direção: Hayao Miyazaki
Público: Infantil
Sinopse: A aldeia de Ashitaka é invadida por um estranho demônio, e quem resolve
enfrentá-lo é o corajoso príncipe. Ele luta com o bicho e consegue matá-lo, mas antes fica
com o braço ferido e é contaminado por uma maldição. Ele irá se corroer pelo ódio até se
tornar um demônio igual ao outro e morrer, a não ser que ele vá atrás da cura na floresta
proibida. É aí que começa a jornada de Ashitaka, que vai enfrentar animais fantásticos,
princesas amaldiçoadas e os mistérios da natureza. O príncipe vai conhecer também os
homens que querem destruir a floresta e a pequena San, ou Princesa Mononoke.
Fonte: http://www.adorocinema.com/filmes/filme-73176/.
PROCURANDO NEMO Direção: Andrew Stanton, Lee Unkrich
Distribuidor: Disney/Buena Vista
Público: Infantil
Sinopse: O passado reserva tristes memórias para Marlin nos recifes de coral, onde perdeu
sua esposa e toda a ninhada. Agora, ele cria seu único filho Nemo com todo o cuidado do
mundo, mas o pequeno e simpático peixe-palhaço acaba exagerando durante uma simples
discussão e acaba sendo capturado por um mergulhador. Agora, o pai super protetor
precisa entrar em ação e parte numa busca incansável pelo mar aberto, na esperança de
encontrar seu amado filhote. No meio do caminho, ele acaba conhecendo Dory e, juntos, a
dupla vai viver uma incrível aventura. Enquanto isso, Nemo também vive uma intensa
experiência ao lado de seus novos amigos habitantes de um aquário, pois eles precisam
ajudá-lo a escapar do destino que lhe foi reservado: ir parar nas mãos da terrível Darla,
106
sobrinha do dentista que o capturou. Fonte: http://www.adorocinema.com/filmes/filme-
29057/.
REINO ESCONDIDO
Direção: Chris Wedge
Distribuidor: Fox Film do Brasil
Público: Infantil
Sinopse: O professor Bomba dedicou boa parte de sua vida às pesquisas por um povo de
tamanho diminuto, que vive na floresta e cujos movimentos são rápidos demais para serem
registrados pelo olho humano. Apesar de ter encontrado alguns indícios de que estes seres
existem, como armas e selas de pássaros, o professor é alvo de piadas no meio científico.
Além disto, a dedicação ao trabalho fez com que seu casamento fosse por água abaixo.
Agora, após o falecimento de sua ex-esposa, sua filha Maria Catarina, ou M.K., como
prefere ser chamada, vai morar com ele. A adolescente não gosta nem um pouco de morar
perto da floresta e das loucuras do pai e, quando está prestes a ir embora, acaba
acidentalmente sendo envolvida no confronto entre os Homens-Folha e os Boggans, os tais
seres que seu pai tanto procura. Diminuída de tamanho pela rainha da floresta, ela agora
precisa ajudar o valente Ronin a levar um valioso botão de flor para Nim Galuu. Fonte:
http://www.adorocinema.com/filmes/filme-196741/.
REMEIROS DO SÃO FRANCISCO
Direção: Dêniston F. Diamantino
Distribuição: Opará Vídeos
Público: Adulto
Sinopse: Filme ganhador do 28º Prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade, REMEIROS
nos apresenta o primeiro grande transporte de cargas praticado em séculos passados no São
Francisco. Numa viagem imaginária em 1928, a bordo da barca “Surubim Rey”, os
remeiros revelam o sofrimento do árduo trabalho nas barcas, as curiosidades, superstições,
cantigas, devoções, histórias trágicas e lembranças memoráveis na carreira grande do rio.
Caminhando nas coxias das barcas, com varas ao peito, eles impulsionavam as
embarcações comercializando porto a porto, rio acima e rio abaixo, toneladas de
mercadorias. O documentário resgata, com depoimentos, imagens e fotografias históricas
do São Francisco, esse importante capítulo pouco conhecido da história brasileira. Fonte:
Opará Vídeos.
RIO Direção: Carlos Saldanha
Distribuidor: Fox Film do Brasil
Público: Infantil
Sinopse: Blu é uma arara azul que nasceu no Rio de Janeiro mas, capturada na floresta, foi
parar na fria Minnesota, nos Estados Unidos. Lá é criada por Linda, com quem tem um
forte laço afetivo. Um dia, Túlio entra na vida de ambos. Ornitólogo, ele diz que Blu é o
último macho da espécie e deseja que ele acasale com a única fêmea viva, que está no Rio
de Janeiro. Linda e Blu partem para a cidade maravilhosa, onde conhecem Jade. Só que ela
é um espírito livre e detesta ficar engaiolada, batendo de frente com Blu logo que o
conhece. Quando o casal é capturado por uma quadrilha de venda de aves raras, eles ficam
presos por uma corrente na pata. É quando precisam unir forças para escapar do cativeiro.
Fonte: http://www.adorocinema.com/filmes/filme-146550/.
107
RIO 2 Direção: Carlos Saldanha
Distribuidor: Fox Film do Brasil
Público: Infantil
Sinopse: Blu vive feliz no Rio de Janeiro ao lado da companheira Jade e seus três filhotes,
Carla, Bia e Tiago. Seus donos, Linda e Túlio, estão agora na floresta amazônica, fazendo
novas pesquisas. Por acaso eles encontram a pena de uma ararinha azul, o que pode
significar que Blu e sua família não sejam os últimos da espécie. Após vê-los em uma
reportagem na TV, Jade insiste para que eles partam para a Amazônia. Blu inicialmente
reluta, mas acaba aceitando a ideia. Assim, toda a família parte em uma viagem pelo
interior do Brasil rumo à floresta amazônica sem imaginar que, logo ao chegar,
encontrarão um velho inimigo: Nigel. Fonte: http://www.adorocinema.com/filmes/filme-
206727/.
SÃO JOÃO NA ROÇA
Direção: Dêniston F. Diamantino
Distribuição: Opará Vídeos
Público: Adulto
Sinopse: O documentário apresenta as crendices, superstições e festividades que
acontecem no interior do Brasil, quando chega a noite de 23 para 24 de junho. A
tradicional fogueira ilumina e alimenta as crenças populares do fogo, enquanto a fé na
lembrança Santa do batismo transforma e enriquece a água com poderes sagrados. O filme,
gravado no interior de Minas Gerais, resgata e valoriza esta importante tradição da cultura
nacional, nesta que é a maior de todas as festas populares do Brasil. Fonte: Opará Vídeos.
SENTINELA – RITUAIS FÚNEBRES NO BRASIL SERTANEJO CÉU
Direção: Dêniston F. Diamantino
Distribuição: Opará Vídeos
Público: Adulto
Sinopse: Gravado no oeste da Bahia e norte de Minas Gerais, o documentário mostra
várias crenças como o uso do cordão de São Francisco, a prática de exultar o corpo, os
preparativos para o enterro e muitas curiosidades e crenças que o homem do interior tem
diante da morte, desde a noite do velório (sentinela) até a visita da cova no sétimo dia.”.
Fonte: Opará Vídeos.
TAINÁ - A ORIGEM Direção: Rosane Svartman
Distribuidor: Downtown Filmes
Público: Infantil
Sinopse: A floresta amazônica é invadida por piratas da biodiversidade e a jovem índia
Maya acaba tornando-se vítima dos bandidos, deixando órfã a bebê Tainá. A criança é
abrigada entre as raízes de uma Grande Árvore e salva pelo velho e solitário pajé Tigê, que
passa a cuidar dela e só a devolve para seu povo cinco anos depois, quando será escolhido
o novo líder defensor da natureza. Por ser menina, Tainá é impedida de se apresentar, mas
pela herança da mãe, a última das guerreiras, e com o apoio da esperta menina da cidade
Laurinha e do índio nerd Gobi, a indiazinha resolve encarar os malfeitores, desvendando o
mistério de sua própria origem. Fonte: http://www.adorocinema.com/filmes/filme-
202452/.
108
TARZAN Direção: Kevin Lima, Chris Buck
Distribuidor: Disney/Buena Vista
Público: Infantil
Sinopse: Após um acidente no mar, que causa o naufrágio de um navio na costa da África,
um casal inglês acha um modo de ir até a praia com o filho deles, um recém-nascido.
Entretanto, os pais são mortos por um leopardo, enquanto que o bebê fica entregue à
própria sorte. A criança é achada por uma gorila, Kala, a companheira de Kerchak, o líder
da tribo de macacos. Kerchak é surpreendido pela criança abandonada e quer que ela seja
deixada na selva. Por outro lado, a natureza materna de Kala é tocada, para não mencionar
as suas recordações por ter perdido a própria cria. Kala e Kerchak ficam com o bebê e lhe
dão o nome de Tarzan, que é criado junto com os outros macacos. Tarzan cresce até se
tornar adulto, até que sua vida é mudada para sempre com a chegada de Archimedes Q.
Porter, um explorador, juntamente com Jane Porter, sua filha, e Clayton, um caçador que
está servindo de guia. Archimedes e Jane foram até a África para estudar a vida selvagem
em seu habitat natural, embora Clayton prefira aprisionar o maior número possível de
gorilas, pois cada um vale trezentas libras. Quando os exploradores encontram Tarzan eles
pensam no princípio que descobriram o elo perdido, mas logo percebem que ele é tão
humano quanto eles. Tarzan se vê dividido entre o desejo de estar com gente da sua
espécie, além das emoções novas e pouco conhecidas que sente em relação a Jane, e a
lealdade dele para a família de gorilas que o criou, especialmente quando Clayton não vê
os macacos como amigos mas sim como presas.
Fonte: http://www.adorocinema.com/filmes/filme-20645/.
UMA VERDADE INCONVENIENTE
Direção: Davis Guggenheim
Distribuição: Paramount Pictures
Público: Adulto
Sinopse: O ex-vice-presidente dos Estados Unidos Al Gore apresenta uma análise da
questão do aquecimento global, mostrando os mitos e equívocos existentes em torno do
tema e também possíveis saídas para que o planeta não passe por uma catástrofe climática
nas próximas décadas. Fonte: http://www.adorocinema.com/filmes/filme-111289/.
VIDA DE INSETO Direção: John Lasseter e Andrew Stanton
Distribuidor: Disney/Buena Vista
Público: Infantil
Sinopse: Todo ano, os gananciosos gafanhotos exigem uma parte da colheita das formigas.
Mas quando algo dá errado e a colheita destruída, os gafanhotos ameaçam atacar e as
formigas são forçadas a pedir ajuda a outros insetos para enfrentá-los numa batalha. Fonte:
http://www.adorocinema.com/filmes/filme-13550/.
VILA DO CÉU
Direção: Dêniston F. Diamantino
Distribuição: Opará Vídeos
Público: Adulto
Sinopse: O sol, a lua, as estrelas e o eclipse são elementos cósmicos frequentes no
imaginário popular, determinando, para essa gente, o momento do plantio, colheita,
extração de ervas, raízes medicinais e muitas outras curiosidades acerca dos sinais que vêm
109
do céu. O documentário mostra todo esse saber sertanejo, com belas imagens gravadas nos
estados de Minas Gerais, Bahia, Pernambuco e Ceará. Fonte: Opará Vídeos.
WALL-E Direção: Andrew Stanton
Distribuidor: Disney/Buena Vista
Público: Infantil
Sinopse: Após entulhar a Terra de lixo e poluir a atmosfera com gases tóxicos, a
humanidade deixou o planeta e passou a viver em uma gigantesca nave. O plano era que o
retiro durasse alguns poucos anos, com robôs sendo deixados para limpar o planeta. Wall-
E é o último destes robôs, que se mantém em funcionamento graças ao auto-conserto de
suas peças. Sua vida consiste em compactar o lixo existente no planeta, que forma torres
maiores que arranha-céus, e colecionar objetos curiosos que encontra ao realizar seu
trabalho. Até que um dia surge repentinamente uma nave, que traz um novo e moderno
robô: Eva. A princípio curioso, Wall-E logo se apaixona pela recém-chegada. Fonte:
http://www.adorocinema.com/filmes/filme-123734/.
XINGÓ
Direção: Dêniston F. Diamantino
Distribuição: Opará Vídeos
Público: Adulto
Sinopse: O documentário mergulha nas corredeiras deste grande canyon para revelar as
suas belezas naturais, os vestígios dos homens pré-históricos que o habitaram, a construção
da hidroelétrica, os trabalhos de salvamento arqueológico e o enchimento do reservatório.
Origens, preservação e progresso são peças que se fundem neste documentário imperdível
que fala do homem, do tempo e da natureza. Fonte: Opará Vídeos.
3.3.1.3 Recursos digitais
Sites
AGENDA 21
http://www.mma.gov.br/responsabilidade-socioambiental/agenda-21
AGRICULTURA http://www.ambiente.sp.gov.br/cea/category/publicacoes-cea/agricultura/
http://www.ief.mg.gov.br/bolsa-verde
https://www.embrapa.br/home
ÁGUA
http://bbaguabrasil.com.br/
http://www.ambiente.sp.gov.br/cea/category/publicacoes-cea/agua/
http://www.igam.mg.gov.br/
http://www.manuelzao.ufmg.br/
http://www.mma.gov.br/agua /
https://www.cagece.com.br/tratecomcarinho /
110
ÁREAS PROTEGIDAS
http://www.mma.gov.br/areas-protegidas
http://www.ambiente.sp.gov.br/cea/category/publicacoes-cea/areas-protegidas/
ATIVIDADES LÚDICAS
http://www.tomdamata.org.br/default.asp /
BIODIVERSIDADE http://www.ambiente.sp.gov.br/cea/category/publicacoes-cea/biodiversidade/
http://www.ambiente.sp.gov.br/cea/category/publicacoes-cea/fauna/
http://www.guardioesdabiosfera.com.br/index.html /
http://www.mma.gov.br/biodiversidade
BIOMAS
http://www.mma.gov.br/biomas
CIDADES SUSTENTÁVEIS http://www.mma.gov.br/cidades-sustentaveis
DOCUMENTÁRIOS AMBIENTAIS http://curtadoc.tv/tema/meio-ambiente/
www.oparavideos.com.br /
http://www.foxplaybrasil.com.br/channel/natgeo /
EDUCAÇÃO AMBIENTAL http://educares.mma.gov.br/index.php/reports
http://www.ambiente.sp.gov.br/cea/category/manuais/
http://www.icmbio.gov.br/educacaoambiental/
http://www.mma.gov.br/educacao-ambiental /
http://www.mma.gov.br/port/sdi/ea/documentos/
http://www.revistaea.org/index.php /
https://ocaesalq.wordpress.com/
EVOLUÇÃO https://darwinianas.com/
OBJETIVOS DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL – ODS
http://www.pactoglobal.org.br/
https://nacoesunidas.org/pos2015/agenda2030/
ORGANIZAÇÃO NÃO GOVERNAMENTAL - ONG http://www.biodiversitas.org.br/index.htm /
http://www.wwf.org.br/
https://greenwire.greenpeace.org/brazil/pt-br /
PRODUÇÃO E CONSUMO SUSTENTÁVEIS http://www.ambiente.sp.gov.br/cea/category/publicacoes-cea/sustentabilidade/
http://www.feam.br/producao-sustentavel
http://www.mma.gov.br/responsabilidade-socioambiental/producao-e-consumo-sustentavel/
111
RESÍDUOS SÓLIDOS http://institutopnrs.com.br/site/
http://www.ambiente.sp.gov.br/cea/category/publicacoes-cea/residuos-solidos/
http://www.ecycle.com.br/index.php /
http://www.mma.gov.br/cidades-sustentaveis/residuos-solidos /
RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL http://www.ambiente.sp.gov.br/cea/category/publicacoes-cea/ecocidadania/
http://www.mma.gov.br/responsabilidade-socioambiental /
http://www.suapegadaecologica.com.br/
3.3.1.4 Atividades lúdicas e práticas
a) Bolinhas de sabão
Fonte: disponível em: <http://www.painelcriativo.com.br/2015/01/29/brinquedo-reciclado-bolhas-de-sabao-
com-garrafa-pet/.
Material: garrafas PET, tesoura, detergente, grampeador.
Objetivo: confeccionar com os educandos a partir das garrafas pet um “faz” bolinhas de
sabão.
Confecção: a água com detergente deverá ser colocada em garrafas pet, cortadas ao meio,
utilizando-se a parte inferior.
Temas pertinentes: importância da água. Plásticos, resíduos, reaproveitamentos, efeito
estufa, misturas químicas, etc.
Mais informações sobre a atividade:
http://www.painelcriativo.com.br/2015/01/29/brinquedo-reciclado-bolhas-de-sabao-com-
garrafa-pet/.
112
b) Construindo a teia dos bichos de casa
Material:
Papelão suficiente para fazer 17 cartões de tamanho a combinar;
fotos ou desenhos de: restos de comida, árvore, traça-dos-livros, lagartixa, formiga,
barata, passarinho (pardal), coruja, aranha, papéis e tecidos, rato, gato, pulga,
pomba, piolho, mosca, grãos (arroz, feijão, milho);
1 folha de papel pardo;
1 caneta hidrográfica de ponta grossa.
Procedimento:
Primeiro precisamos fazer os cartões do jogo, tarefa que você irá dividir com seus
colegas de grupo. Para isso, cole nos cartões as fotos escolhidas ou desenhe neles o que
elas apresentam.
Com os cartões prontos, o jogo pode começar.
a) Reúna-se com seus colegas em grupos de quatro;
b) a folha de papel deve ser estendida sobre a mesa ou no chão;
c) os cartões deverão ser colocados sobre a folha com as figuras voltadas para
baixo;
d) cada aluno pega quatro cartões. Se o grupo tiver cinco alunos, cada um pega
somente três. Os demais ficam no centro para serem comprados pelos jogadores que não
tiverem cartões para colocar na teia;
e) os participantes estabelecem quem inicia o jogo e a ordem das jogadas;
f) o aluno que inicia o jogo coloca qualquer cartão sobre a folha de papel pardo. Os
jogadores seguintes colocam seus cartões, um de cada vez, de maneira que o elemento ou
organismo representado tenha alguma relação alimentar com os cartões já dispostos no
papel. Exemplo: se o primeiro jogador colocar o cartão da aranha e o jogador seguinte tiver
os cartões da pomba, da formiga, dos grãos e da lagartixa, ele pode colocar o cartão da
formiga, da qual a aranha se alimenta, ou o cartão da lagartixa, que se alimenta da aranha,
dispondo-o próximo do da aranha. Em seguida, deverá ligar os dois cartões com uma seta,
usando a caneta hidrográfica, como uma teia alimentar. Aos poucos será construída a teia
alimentar do estudo;
g) quando um participante não tiver cartão algum que possa ser colocado na mesa e
não houver algum para ser comprado, ele perde a vez de jogar;
113
h) ganha o jogo o aluno que conseguir colocar primeiro todos os cartões. Os outros
continuam a jogar normalmente até que todos os cartões tenham sido colocados;
i) o grupo todo decide a possibilidade ou não de cada jogada;
j) quando todos os elementos estiverem interligados, o grupo deve fazer mais setas
para indicar outras relações possíveis entre os elementos da teia.
Quando a teia estiver completa, resolva o que se pede:
1. Identifique três cadeias alimentares que fazem parte dessa teia.
2. Que cadeia apresenta mais níveis alimentares?
3. Quais são os produtores dessa teia?
4. Na teia que formamos, os decompositores não estão representados. Como os
elementos desse grupo participam dela?
Referência: SANTANA, Olga; FONSECA, Aníbal. Ciências Naturais. 6ª série. 2. ed., São
Paulo: Saraiva, 2006.
c) Estudo de casos
Material: fichas de casos que deverão ser discutidos e resolvidos.
Objetivos: instigar e criar debates e discussões sobre temas pertinentes.
Confecção: artigos, pesquisas ou trabalhos com temas pertinentes. Deixando um “leque”
de conclusões no qual os educandos têm que solucionar.
Temas: os mais diversos temas relacionados a danos ambientais.
Mais informações sobre a atividade:
http://casoteca.enap.gov.br/attachments/article/4/Separatta_cap3.pdf
114
d) Flores de papel
Fonte: Disponível em: <http://www.comofazerartesanatos.com.br/como-fazer-rosas-de-jornal-velho/>.
Material: jornal ou revistas, tesoura, cola, espeto de churrasco ou gravetos, tintas ou
canetas.
Objetivo: com os materiais citados, confeccionar flores artesanais de jornais ou revistas.
Confecção: os educandos deverão enrolar as folhas de jornais ou revistas, produzindo
tubos finos em outras folhas, recortando pétalas de jornais e colando formando uma rosa.
Colocar no palito de churrasco ou graveto, decorando a rosa.
Temas: reciclagem, botânica, sustentabilidade.
Mais informações sobre a atividade:
http://www.comofazerartesanatos.com.br/como-fazer-rosas-de-jornal-velho/.
e) Guerreiros do bem
Fonte: Disponível em: <http://www.saberesdojardim.com/bombas-de-sementes-de-argila/>.
115
Material: argila, sementes de girassol.
Objetivos: criar bombas de sementes para ser jogadas em áreas de desmatamento.
Confecção: os educandos deverão introduzir as sementes em bolinhas de argilas.
Temas: desmatamento, conscientização, flora e botânica.
Mais informações sobre a atividade:
http://www.saberesdojardim.com/bombas-de-sementes-de-argila/.
f) Jogo ambiental causa e efeito
Autor: Vinícius Trindade Lopes de Moura
E-mail: [email protected]
Composição:
36 cartas, sendo cinco “causa” E se... identificadas com as letras A, B, C, D e E.
22 cartas “consequências”. Numeradas.
9 cartas “tarefas”.
Objetivo: acumular o maior número de pontos e encerrar a partida como o vencedor.
Participantes: 2 a 6 jogadores
Procedimentos:
1. O mediador distribuirá todas as cartas brancas “consequências” e “tarefas” aos
participantes.
2. O mediador colocará as cartas A, B, C, D e E uma sobre a outra a mesa ou em
círculos, como queira.
3. Escolhe-se quem inicia o jogo, que seguirá conforme o movimento dos ponteiros do
relógio.
4. O primeiro jogador deverá descartar uma carta coerente com uma das cartas A, B,
C, D e E. Por exemplo: após a carta A pode se colocar a carta 7. As cartas podem
ser colocadas em qualquer direção. O importante é trazer uma consequência à carta
a qual ela está vinculada.
5. O primeiro jogador pode ainda escolher descartar uma carta tarefa e cumprir a ação.
Nesse caso, a carta é disposta em uma pilha de descarte.
6. A carta 20 - “ameaça de morte” encerra uma sequência e, portanto, só pode ser
descartada quando já houver pelo menos cinco cartas anteriores.
7. O jogo prossegue até que um dos jogadores descarte a sua última carta.
116
Outras possibilidades:
A 7 1 ou 11 3 4 21 20
B 16 14 15 6 17 ou 5 20
C 11 1 3 4 21 20
D 12 9 17 21 20
E 19 18 17 21 20
Variação do jogo:
- Distribui-se uma carta para cada jogador e os demais irão compor o maço de compras.
- Existe um gabarito pré-conhecido e cada jogador deve tentar completar essa
sequência conforme a tabela.
- Vá virando as cartas aleatoriamente, uma por uma. Quem tiver uma carta
consequência na mão descarta. E, em seguida, o próximo. Até que alguém se livre de
todas.
- Na versão doméstica, as tarefas precisam ser selecionadas, pois algumas ações não
podem ser realizadas dentro de casa.
g) Jogo verdade e consequências ecológicas: um jogo para a família
Autor: Vinícius Trindade Lopes de Moura
E-mail: [email protected]
Número de participantes: 2 a 4
Objetivo: acumular o maior número de pontos e ser o vencedor, indicando corretamente as
verdades e as consequências das ações ambientais em um condomínio.
Materiais:
22 cartas consequência.
5 cartas verdade.
Procedimentos:
Distribuir duas cartas para cada participante. Colocar a carta A sobre a mesa com a
face impressa para cima. Sorteia-se quem iniciará o jogo. Se tiver uma carta consequência
117
da carta A coloca-se ao lado. O mediador verificará se a carta está no gabarito. Se estiver,
concede três fichas. Se não estiver, recebe um. Se a carta estiver no gabarito, mas ainda
não é a sua vez, retira-se da sequência e coloca-se à disposição dos jogadores ao lado do
maço de compra. O jogo segue assim até que a sequência seja completada. Em seguida,
utiliza-se a verdade B, e assim sucessivamente. As cartas coringas oferecem oportunidades
de acumular fichas realizando uma tarefa instantânea.
h) Mini-horta
Material: garrafas PET, tesoura, terra vegetal, mudas.
Objetivos: sensibilizar os educandos para a importância da árvore, confeccionando um
jardim com garrafas pet.
Confecção: deite a garrafa e corte um dos lados da “barriga” da garrafa, sem atingir o
fundo ou a boca. Faça pequenos furos no fundo e coloque terra. Em seguida, plante as
sementes ou as mudas e cultive com cuidado.
Temas: desmatamentos, importância da flora, troca gasosa pelo oxigênio, abrigo de fauna,
frutos, sustentabilidades, etc.
Fonte: www.pinterest.com
Mais informações sobre a atividade:
http://www.2quartos.com/horta-garrafa-pet-passo-passo/
118
i) Porta-retratos
Fonte: Disponível em: <http://maniadedecoracao.com/2014/11/07/como-fazer-porta-retrato-com-papelao/>.
Material: papelão, cola, tesoura, durex, papel de presente, molde pronto.
Objetivo: confeccionar porta-retratos.
Confecção: usando o molde, recortar o papelão usando a criatividades para decorar o
mesmo.
Temas pertinentes: papelão, resíduos, decoração, etc.
Mais informações sobre a atividade:
http://maniadedecoracao.com/2014/11/07/como-fazer-porta-retrato-com-papelao/.
j) Sabão em barra ecológico
Ingredientes:
5 litros de óleo de cozinha usado
1 litro de água fria
100 mL de óleo de pinho (para dar cheiro agradável) opcional
100 mL de glicerina (para deixar o sabão cremoso e as mãos macias)
1 litro de soda cáustica líquida
2 folhas de mamão (alvejante natural)
Materiais:
Balde plástico
Colher de pau grande ou cabo de vassoura
Faca ou tesoura
119
Peneira
5 caixas de leite vazias
Equipamentos de segurança:
Máscara, luvas e óculos.
Cuidados necessários:
Ao manusear a soda cáustica, use máscara, luvas e óculos, ficando atento para não
deixar o produto cair na pele ou respingar nos olhos. A embalagem da soda não pode ser
reciclada, descarte-a adequadamente.
Modo de fazer:
1) Cortar ou picar as
folhas de mamão em
pedacinhos
2) Colocar dentro do balde
e, em seguida, a soda
3) Adicionar a água e
misturar
4) Coar o óleo
5) Adicioná-lo misturando
aos outros ingredientes
6) Colocar o óleo de pinho
e continuar misturando
7) Por último,
colocar a glicerina.
8) A partir deste
momento, misturar por 35
minutos, sem parar.
9) Despejar dentro das
caixas de leite e aguardar 3
dias
120
10) Após os 3 dias,
retirar da caixa.
11) Recortar em pedaços
12) Deixar endurecer por
mais uma semana
Fonte: Programa Chuá de Educação Ambiental da Companhia de Saneamento de Minas Gerais – COPASA.
k) Somos todos terra
Autora: Berenice Gehlen Adams
Apresentação
Esta dinâmica é focada no redespertar dos sentidos e, quando aplicada, os
resultados confirmaram que foram alcançados os objetivos propostos, indicando ser esta
dinâmica uma boa ferramenta para trabalhar o saber sensível, o redespertar dos sentidos,
além de promover a sensibilização e, consequentemente, a conscientização ambiental.
Objetivos:
Trabalhar os sentidos, integrar o grupo, refletir sobre a terra, despertar emoções de
amor pela terra, despertar o sentimento de pertencimento à terra, o sentido do cuidado, de
coletividade, como também de individualidade.
Materiais necessários:
Cada participante deverá levar pelo menos três porções pequenas de terra em um
pote ou outra embalagem. Essa terra deve ter valor sentimental quanto ao espaço de onde
ela for tirada; o ministrante deverá levar um vaso médio/grande e uma muda de planta
nativa da região onde for trabalhar a dinâmica, como sugestão, ou outra planta acessível.
Dinâmica:
Grupo disposto em um grande círculo, sentados no chão - ou em cadeiras.
Ministrante faz algumas solicitações:
- Olhem bem detalhadamente a terra que trouxeram.
- Cheirem profundamente essa terra.
121
- (Opcional) Manipulem e sintam a textura, temperatura, umidade dessa terra...
(isso se houver possibilidade no espaço onde está sendo desenvolvida a
dinâmica, uma vez que a terra poderá ser espalhada sem querer ou porque as
mãos ficarão “sujas” de terra).
Em seguida, dizer: “isto que nós estamos vendo, somos nós! Nós somos terra, um
dia seremos desta forma, como o que estamos vendo e sentindo!”
Dividir a turma em pequenos grupos ou duplas.
Conversar uns com os outros e contar de onde aquela terra vem e por que ela é
importante, qual o valor sentimental dela.
Após a conversação, apresentar o vaso.
O monitor, que também deverá levar sua terra, coloca as suas porções no vaso e
este vai passando de mão em mão para receber a terra dos demais participantes.
E, finalmente, plantar a muda.
Fechamento:
Conversar sobre as sensações da atividade e destacar que todos deverão cuidar da
muda, que simboliza um momento de redespertar os sentidos através da terra.
Referência: http://www.revistaea.org/pf.php?idartigo=2369.
3.3.2 Elaboração de projetos de Educação Ambiental
A ideia de fomentar programas, projetos e ações de Educação Ambiental é um dos
objetivos estabelecidos pelo Programa Nacional de Educação Ambiental (ProNEA),
(BRASIL, 2014), entendendo que estes podem colaborar para difundir a legislação
ambiental (BRASIL, 2014). O ProNEA traz ainda entre suas linhas de ação e estratégias
ações que busquem estimular e apoiar a criação de programas de Educação Ambiental e
sua inclusão nos projetos públicos e privados que causem impactos ambientais (BRASIL,
2014).
Segundo Barbosa (2001), a definição de projeto pode ser algo amplo, por ser
aplicado a qualquer modelo de planejamento, mas quando comparado a planos e
programas, normalmente são caracterizados por serem mais limitados nos aspectos
relacionados ao tempo, espaço e recursos. Os projetos têm a sua origem a partir de
sugestões dos sujeitos envolvidos, gestores, beneficiários, para sanar problemas, pois estes
122
traduzem com mais propriedade a realidade e as necessidades dos envolvidos, favorecendo
o melhor alcance, aproveitamento e conhecimento de cada sujeito (BARBOSA, 2001).
Assim, a construção de projeto está sempre associada a algo que se transforma no
presente e se deseja alcançar no futuro, por meio da construção de novos cenários, tendo
no mínimo dois componentes distintos, mas interligados, o que se quer atingir e como se
vai atingir (ROSA, 2007). No entanto, a construção de projeto de Educação Ambiental,
nem sempre é algo simples de ser estruturado, conforme ficou evidenciado durante a
pesquisa com os egressos do projeto BH Itinerante, já que algumas pessoas não sabem
como iniciar e/ou executar as ações de maneira a que se tenha a participação e colaboração
dos sujeitos envolvidos.
Portanto, duas referências podem auxiliar os interessados na estruturação de projeto
socioambientais. A primeira sugestão, texto: “Onze passos do planejamento estratégico
participativo”, elaborado por Marcos José Pereira Silva, organizado numa concepção de
estratégia participativa, conforme afirma o autor. Este texto faz parte do livro
“Metodologia Participativa – uma introdução a 29 instrumentos”, que foi organizado por
Markus Brose. O texto traz orientações que auxiliam no planejamento participativo para
enfrentar de modo eficiente e eficaz um conflito, tomando como base os métodos
Planejamento Estratégico Situacional (PES) e Método Altadir de Planejamento Popular
(MAPP), ambos criados pelo chileno Carlos Matus (SILVA, 2010).
Referência
SILVA, Marcos José Pereira. Onze passos do planejamento estratégico participativo. In:
BROSE, Markus (org) Metodologia participativa: uma introdução a 29 instrumentos. 2 ed.,
Porto Alegre: Tomo Editorial, 2010, p. 163-180.
A segunda sugestão é um roteiro para elaboração de projetos de Educação
Ambiental, elaborado pela Coordenadoria de Educação Ambiental da Secretaria do Meio
Ambiente do Estado de São Paulo. Esse roteiro traz o passo a passo para estruturação de
um projeto, apresentando os detalhes necessários que devem ser considerados durante a
idealização do planejamento, que podem auxiliar municípios, escolas ou instituições da
sociedade civil (SÃO PAULO, 2013).
123
Referência
SÃO PAULO (Estado). Secretaria do Meio Ambiente. Coordenadoria de Educação
Ambiental. Roteiro para elaboração de projetos de Educação Ambiental. Texto
Caroline Vivian Gruber; Denise Scabin Pereira; Rachel Marmo Azzari Domenichelli. São
Paulo: SMA/CEA, 2013. 40 p. Disponível em:
<http://www.ambiente.sp.gov.br/cea/files/2014/01/roteiro-proj-ea.pdf>. Acesso em: 06
dez. 2016.
Durante a execução de projetos socioambientais, recomenda-se que o propositor
desenvolva avaliações para acompanhamento das ações que são propostas ao longo do
planejamento. No entanto, a prática de avaliação em projetos é bastante debatida e sua
aplicação não é usualmente utilizada pelos gestores dos projetos, sendo limitada ao
controle de investimentos financeiros ou simplesmente com relatório das ações
desenvolvidas (ASSUMPÇÃO; CAMPOS, 2011).
Conforme Assumpção e Campos (2011), a avaliação de um projeto pode ser
realizada em três momentos distintos, sendo eles: antes (ex-ante) de realizar as ações
previstas pelo projeto; durante (in-itineri) a execução do mesmo; e depois (ex-post) do
projeto aplicado. Quando se realiza a avaliação ex-ante, é possível levantar informação
prévia sobre a realidade do local onde as intervenções do projeto acontecerão, além de
permitir a escolha das estratégias para conseguir o atendimento dos objetivos do projeto.
Durante a execução do projeto, momento in-itineri, desenvolvem-se avaliações e
monitoramentos para verificação das ações em andamento, sendo possível identificar se as
intervenções estão sendo suficientes e até mesmo identificar possíveis ajustes das ações. Já
o ex-post possibilita aos gestores avaliarem os impactos das intervenções e permite tomada
de decisões referentes à continuidade e eventuais alterações do projeto.
Existem diversos modelos teóricos de avaliação que podem ser aplicados conforme
as habilidades práticas do avaliador, vínculos e interesses dos gestores (ASSUMPÇÃO;
CAMPOS, 2011). O uso de questionários, entrevistas, roda de conversa, autoavaliações e
indício de mudança de hábitos são alguns dos métodos que podem ser utilizados para a
avaliação (SÃO PAULO, 2011). Durante a avaliação é interessante contemplar formas
participativas de avaliação, de maneira que inclua todos os envolvidos direta e
indiretamente com o projeto e, inclusive, os beneficiários (SÃO PAULO, 2013).
124
Assim, algumas referências bibliográficas podem auxiliar aos interessados no
aprofundamento sobre a avaliação de projetos e indicadores. Vejam-se:
- Avaliação para o investimento social privado: metodologias. Organização:
Fundação Itaú Social, Fundação Roberto Marinho, Fundação Maria Cecília Souto
Vidigal, Move.
- BORBA, Paulo da Rocha Ferreira et al. Monitoramento e avaliação de programas e
projetos sociais: desenvolvimento de um plano de avaliação. 2004.
- BUVINICH, Manuel Rojas. Ferramentas para o monitoramento e avaliação de
programas e projetos sociais. 1999.
- CEPAL/Division de Desarrollo Social. Manual de formulação e avaliação de
projetos sociais. 1997.
No que concerne ao projeto como um todo, o propositor deverá tomar alguns
pontos sugeridos por Buvinich (1999), CEPAL (1997), Almeida (2006), Cabral (2011) e
Assumpção e Campos (2011), durante a construção do planejamento, como:
a) Idealização social: pressupõe que um projeto deve ter a participação e o
acompanhamento dos sujeitos em sua idealização e implementação;
b) definições: deve-se definir quem serão os beneficiários, diretos e indiretos, e
possíveis opositores ao projeto, pois esses sujeitos devem estar explícitos para
permitir traçar as estratégias e ações;
c) envolvimento: um projeto deve possuir envolvimento de pessoas, grupos ou
comunidades e colaboradores (direto e indireto) do projeto social;
d) transformação: o projeto deve visar à transformação da realidade para o bem
comum, promovendo o desenvolvimento local. E essa transformação deve
acontecer sem fins lucrativos;
e) eficácia: refere-se à capacidade administrativa do projeto para atender às metas ou
aos resultados propostos;
f) eficiência: busca-se produzir o máximo de resultados com o mínimo recurso e;
g) efetividade: deve-se verificar a relação entre os custos e objetivos do projeto.
Dessa forma, quando o propositor segue essas recomendações, possibilita uma
proposta de Educação Ambiental transformadora e participativa, já que terá o
125
envolvimento e a contribuição de todos os interessados durante o planejamento, execução e
avaliação do projeto.
Considerações finais
A experiência de construir esse produto técnico foi de grande importância para os
autores. Entretanto, ressalta-se que todas essas propostas devem ser desenvolvidas
seguindo-se os pressupostos de inovação social, uma vez que se reafirma a ideia de que
nenhuma intervenção deve ser construída numa lógica de imposição, sem se levar em
consideração a realidade e necessidade dos sujeitos. A própria elaboração desse Caderno
do Educador Ambiental vai ao encontro do sentido da inovação social, já que foi
construído levando-se em consideração a participação dos sujeitos envolvidos na pesquisa,
visando a uma produção que pudesse colaborar e facilitar o trabalho desses educadores.
Durante toda a construção do caderno do educador foi possível escutar algumas das
dificuldades da mobilização, descrita por Toro e Werneck (1996): o fato de lidar com
pessoas e opiniões. Essa dificuldade foi muitas vezes relatada pelos participantes da
pesquisa, demonstrada no trato com os sujeitos envolvidos nos processos de sensibilização
e conscientização, além da dificuldade de motivá-los a participar e idealizar projetos
socioambientais.
Assim, com a elaboração deste produto técnico, espera-se que algumas dificuldades
possam ser minimizadas, por meio da orientação de como construir um projeto
socioambiental, tendo como foco os princípios da inovação e a mobilização social. No que
se refere às dificuldades com recursos pedagógicos, acredita-se que as informações
coletadas possam ajudar, ainda que diante da quantidade de informações disponíveis na
internet, as colaborações possam ser consideradas insignificantes. De qualquer forma, os
educadores podem buscar outras e até mesmo novas informações por meio da internet.
Para concluir, apresenta-se o link de acesso à versão digital do produto técnico,
https://1drv.ms/b/s!AgVYtjg6wdiAkT-eivx4Hlco6orB, que pode ser acessado pelos
interessados. É importante informar que, após o período de coleta de sugestões dos
egressos do BH Itinerante, adotou-se o recebimento de colaboração de outros sujeitos que
aceitaram participar e indicar produções para o caderno do educador. Com o intuito de
continuar recebendo novas sugestões, o manual traz orientação para os interessados sobre
como colaborar com informações e submetê-las aos organizadores do produto técnico.
126
Pretende-se, portanto, que este caderno em sua versão on-line seja constantemente
atualizado e enriquecido.
Referências
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meio ambiente. Curitiba: Intersaberes, 2013 (Série Pedagogia Contemporânea).
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sociais em ONGs da Grande Florianópolis: um estudo sobre modelos relacionados ao foco
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Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2001.
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130
REFLEXÕES FINAIS
A Educação Ambiental (EA) é vista como uma temática complexa e de ampla
abrangência temática, uma vez que está sujeita à colaboração e ao diálogo com as diversas
áreas do conhecimento, podendo ser um dos motivos que levem os educadores a considerá-
la tão complexa. Além disso, trabalhar com a EA exige ainda muita conexão com os
acontecimentos locais e mundiais, já que ininterruptamente novas informações e
acontecimentos estão surgindo numa sociedade que se encontra em constante mudança e
influenciada pelas relações locais e internacionais. Dessa forma, exige do educador
ambiental muito estudo e investigação para poder acompanhar todas as transformações da
sociedade moderna.
Ao mesmo tempo, quando se fala em transformação, não se pode esquecer que ela
demanda tempo e acaba refletindo nas relações sociais e culturais. Além disso, não é
percebível de imediato e interfere nos valores e atitudes dos cidadãos, exigindo certo
tempo para serem percebidos pela sociedade. Nesse sentido, um dos desafios da EA pode
ser a transformação voltada para a reflexão das relações socioambientais, principalmente
numa sociedade que se encontra cada vez mais voltada para o egocentrismo, não
acreditando que os atuais problemas ambientais possam lhe atingir.
Diante desta reflexão, um ponto deve ser questionado: qual tem sido o sentido dado
à EA ao longo dos processos de formação dos cidadãos, que deveria iniciar já no espaço
familiar, com o repasse de valores e atitudes, e continuar ao longo de toda a vida do
cidadão. Isso porque o trabalho da EA não se restringe somente ao verde, conforme
mencionado por vários autores e estudiosos desta temática.
Portanto, ao longo desta pesquisa, foi possível refletir sobre algumas questões que
estão relacionadas ao processo de formação dos educadores ambientais ou
socioambientais, já que não é um campo exclusivo dos educadores formais que acaba
refletindo na forma como a temática é trabalhada e abordada.
O primeiro deles diz respeito ao processo específico de formação dos educadores
formais, não abordado especificamente neste estudo, mas bastante utilizado para o
embasamento teórico sobre a formação. O motivo é que quando se refere à formação, a
maioria dos estudos encontra-se relacionada ao educador formal.
131
A maior parte dos sujeitos desta investigação, que é da área da educação,
demonstrou que o educador não é preparado para o trabalho docente da temática ambiental,
que se restringe muitas vezes aos educadores das disciplinas que apresentam abordagem
mais relacionada às Ciências/Biologia e à Geografia. Além disso, nem sempre esses
educadores, dessas áreas, encontram-se preparados para trabalhar com o tema, que nem
sempre faz parte da grade acadêmica ou é trabalha de forma superficial.
Convém, então, rever esse processo de formação dos educadores, mas no sentido
amplo de todos os cursos de licenciatura, sendo a temática considerada um tema
transversal e que deve ser abordada por todas as disciplinas. A EA deveria fazer parte da
grade acadêmica de todas elas e, idealmente, que não fosse uma disciplina optativa ou em
modo educação a distância (EaD), pois exige diálogo, grandes debates, domínio de uma
prática educativa interdisciplinar e uma didática que leve o discente à reflexão e a uma
análise crítica das relações socioambientais. Estes são alguns dos requisitos necessários
para o trabalho da EA. Além disso, é necessário que a temática não seja vista somente em
ocasiões comemorativas de datas alusivas ao meio ambiente, mas que seja trabalhada
diariamente, transversal e interdisciplinarmente, sempre conectada às realidades dos alunos
e ao contexto local e global.
O segundo diz respeito aos educadores não formais, sujeitos deste estudo. Quando
se fala em formação para a temática Educação Ambiental, pouco se fala no educador não
formal, pois geralmente está relacionada ao papel do educador social.
Durante a pesquisa, foi possível dialogar com diversos agentes ambientais, que
estão fora do espaço escolar e desenvolvem vários trabalhos pontuais de sensibilização
com as pessoas que se encontram no seu ciclo de convivência. Essas pequenas ações são ao
mesmo tempo o primeiro passo para a transformação, que poderá futuramente ser ampliado
e abranger maior número de pessoas. No entanto, esses agentes ambientais encontram
diversas barreiras que dificultam suas ações, além do sentimento de não serem
aproveitados como possíveis colaboradores das políticas públicas voltadas para os diversos
problemas socioambientais do município.
Aparentemente, a visão que se tem desses agentes ambientais, a partir das falas, é
que são cidadãos que foram ali pelo interesse na temática ambiental e que, chegando lá,
descobrem o seu potencial para colaborar e ajudar o município, promovendo, assim,
mudanças e ações que levem principalmente à reflexão sobre o consumo e a gestão dos
resíduos sólidos municipais. Sem dúvida, este é hoje um dos grandes problemas em boa
parte dos municípios brasileiros, como lidar com o gerenciamento dos resíduos sólidos
132
municipais. Porém, o trabalho de sensibilização desses agentes ambientais não deve se
restringir somente à questão dos resíduos, eles devem buscar abordar outras reflexões e ter
uma articulação maior junto ao seu bairro/comunidade.
De qualquer forma, para que novas ações sejam concretizadas, é necessária mais
articulação com esses egressos do projeto BH Itinerante, pois essa é uma das inquietações
e desejo de alguns agentes ambientais, que percebem que após o curso não é realizado
qualquer questionamento por parte do órgão que promove a formação, no sentido de
levantar onde estão atuando ou o que estão fazendo após o curso. Logo, poderia existir
uma ação mais efetiva por parte do município, que buscasse articular com esses cidadãos
capacitados, a fim de viabilizar ações e colaborar com eventuais políticas públicas do
município. Além do mais, é gasto dinheiro público para manutenção do projeto e formação
desses agentes ambientais, e nenhuma contrapartida ou incentivo municipal lhes são
oferecidos de modo que promova ações em conjunto com o município.
É interessante constatar que, independentemente da modalidade de educação, seja
ela formal ou não formal, ambas devem buscar trabalhar a temática ambiental numa
perspectiva crítica da relação socioambiental e enfrentar as limitações advindas da própria
sociedade e dos órgãos públicos. Isso porque a pesquisa mostra, de certa forma, que tanto a
educação formal como não formal encontram limitações no que se refere à falta de
oportunidade, de apoio operacional e técnico, dificultando as ações de EA.
Não se pode ignorar, ainda, que o trabalho da EA ainda apresenta outro
questionamento que, de certa forma, vai ao encontro da formação: tê-la como uma
disciplina da educação formal. Esse não foi o foco deste trabalho, sendo assim, é
importante investigar dois pontos que permeiam a EA como disciplina obrigatória da
educação básica. O primeiro seria se de fato ter a EA como disciplina colaboraria para a
efetividade do propósito previsto na Política Nacional de Educação Ambiental e no
atendimento dos acordos internacionais firmados pelo Brasil. E o segundo seria conhecer
os critérios adotados pelo Ministério da Educação (MEC) para definir o educador
ambiental, tendo em vista que o processo de formação das licenciaturas apresenta
limitações que influenciam o trabalho deste tema transversal, além de ser uma área passiva
de atuação de outros profissionais que não são da licenciatura.
Em conclusão, pode-se afirmar que a temática EA está sujeita a diversos
questionamentos e reflexões, sendo, portanto, um campo rico para futuras investigações.
No tocante à pesquisa, espera-se que a mesma possa ajudar os coordenadores do projeto
133
Sala Verde e outros similares, na reflexão da prática de formação e capacitação de agentes
que atuam na defesa e preservação do meio ambiente.
134
APÊNDICES E ANEXO
APÊNDICE A - TERMO DE COMPROMISSO DE CUMPRIMENTO DA
RESOLUÇÃO 466/2012
Nós, Ari Silva Gobira, RG xxxxx e Áurea Regina Guimarães Thomazi, RG xxxxx,
responsáveis pela pesquisa intitulada “Projeto Sala Verde: desdobramentos de uma
educação para o meio ambiente e o desenvolvimento local”, declaramos que:
a) Assumimos o compromisso de zelar pela privacidade e pelo sigilo das informações
que serão obtidas e utilizadas para o desenvolvimento da pesquisa;
b) os materiais e as informações obtidas no desenvolvimento deste trabalho serão
utilizados para se atingir o(s) objetivo(s) previsto(s) na pesquisa;
c) o material e os dados obtidos ao final da pesquisa serão arquivados sob a nossa
responsabilidade;
d) os resultados da pesquisa serão tornados públicos em periódicos científicos e/ou em
encontros, quer sejam favoráveis ou não, respeitando-se sempre a privacidade e os
direitos individuais dos sujeitos da pesquisa, não havendo qualquer acordo
restritivo à divulgação;
e) assumimos o compromisso de suspender a pesquisa imediatamente ao perceber
algum risco ou dano consequente à mesma, a qualquer um dos sujeitos
participantes, que não tenha sido previsto no termo de consentimento;
f) o CEP do Centro Universitário UNA será comunicado da suspensão ou do
encerramento da pesquisa, por meio de relatório apresentado anualmente ou na
ocasião da interrupção da pesquisa;
g) as normas da Resolução 466/2012 serão obedecidas em todas as fases da pesquisa.
Belo Horizonte, 05 de abril de 2016.
Ari Silva Gobira Áurea Regina Guimarães Thomazi
CPF xxxxx CPF xxxxx
135
APÊNDICE B - AUTORIZAÇÃO PARA COLETA DE DADOS
Eu, __________________________________________________________________,
portador da identidade nº. _______________, expedida por ___________________,
AUTORIZO a coleta de dados do projeto “Projeto Sala Verde: desdobramentos de
uma educação para o meio ambiente e o desenvolvimento local” dos pesquisadores Ari
Silva Gobira e Áurea Regina Guimarães Thomazi, nas instalações físicas do (local de
realização da coleta) após a aprovação do referido projeto pelo CEP do Centro
Universitário UNA.
BH, ___ de_________ de_____
ASSINATURA:
CARIMBO:
136
APÊNDICE C - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Título da Pesquisa: PROJETO SALA VERDE: DESDOBRAMENTOS DE UMA
EDUCAÇÃO PARA O MEIO AMBIENTE E O DESENVOLVIMENTO LOCAL.
Nome do Pesquisador: Orientadora Áurea Regina Guimarães Thomazi
Nome do Pesquisador: Aluno Ari Silva Gobira
1. Natureza da pesquisa: o sr.(a) está sendo convidado(a) a participar desta pesquisa que
tem como finalidade verificar de que maneira as práticas de Educação Ambiental do
Projeto Sala Verde estão sendo implementadas pelos sujeitos sociais envolvidos, no
sentido de inserir novas maneiras de praticar a Educação Ambiental.
2. Participantes da pesquisa: participantes dos últimos 15 anos do projeto Sala Verde da
Secretaria de Meio Ambiental da Prefeitura de Belo Horizonte, que são geralmente
estudantes de todos os níveis de graduação; integrantes de associações comunitárias,
ONGs, entidades de classe, profissionais liberais; agentes ambientais; cidadãos
interessados na questão ambiental; professores das redes municipal e estadual e de
escolas particulares de BH e região metropolitana e outras localidades.
3. Envolvimento na pesquisa: ao participar deste estudo, o sr.(a) permitirá que o
pesquisador possa desenvolver contribuição técnica na área de educação voltada ao
desenvolvimento local e com características de inovação social. O sr.(a) tem liberdade
de se recusar a participar e ainda se recusar a continuar participando em qualquer fase
da pesquisa, sem qualquer prejuízo ao(à) sr.(a). Sempre que quiser poderá pedir mais
informações sobre a pesquisa pelo telefone da pesquisadora do projeto e, se necessário,
pelo telefone do Comitê de Ética em Pesquisa.
4. Sobre as entrevistas: as entrevistas serão semiestruturadas, realizadas com os ex-
cursistas do BH Itinerante, em ambiente propício, em datas que convier ao
entrevistado.
5. Riscos e desconforto: um possível risco pode ser o de constrangimento, que tentará ser
evitado. A participação nesta pesquisa não traz complicações legais. Os procedimentos
adotados nesta pesquisa obedecem aos critérios da Ética em Pesquisa com Seres
Humanos conforme Resolução no. 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde. Nenhum
dos procedimentos usados oferece riscos à sua dignidade.
6. Confidencialidade: todas as informações coletadas neste estudo são estritamente
confidenciais. Somente o pesquisador e a orientadora terão conhecimento dos dados.
137
Caso haja publicação, a identidade dos participantes será protegida seguindo normas
éticas de anonimato e confidencialidade.
7. Forma de acompanhamento e assistência: não se aplica.
8. Benefícios: ao participar desta pesquisa, o sr.(a) não terá algum benefício direto.
Entretanto, esperamos que este estudo traga informações importantes sobre as práticas
da Educação Ambiental de projetos de formação de educadores ambientais não formal,
de maneira que o conhecimento que será construído a partir desta pesquisa possa
colaborar para a reflexão e a incorporação de novas estratégias de formação de agentes
multiplicadores, em que o pesquisador se compromete a divulgar os resultados obtidos.
9. Pagamento: o sr.(a) não terá algum tipo de despesa para participar desta pesquisa, bem
como nada será pago por sua participação.
Após esses esclarecimentos, solicitamos o seu consentimento de forma livre para participar
desta pesquisa. Portanto, preencha, por favor, os itens que se seguem. Obs.: não assine este
termo se ainda tiver dúvida a respeito.
CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Tendo em vista os itens acima apresentados, eu, de forma livre e esclarecida, manifesto
meu consentimento em participar da pesquisa. Declaro que recebi cópia deste termo de
consentimento e autorizo a realização da pesquisa e a divulgação dos dados obtidos neste
estudo.
Assinatura do Participante da Pesquisa
Nome do Participante da Pesquisa: _______________________________________
Assinatura do Pesquisador
Assinatura da Orientadora
Pesquisador principal: Ari Silva Gobira (31) xxxxx
Demais pesquisadores: Áurea Regina Guimarães Thomazi (031) xxxxx
Comitê de Ética em Pesquisa: Rua Guajajaras, 175, 4º andar – Belo Horizonte/MG.
Telefone do Comitê: 3508-9110.
138
APÊNDICE D - PROGRAMA DE MESTRADO PROFISSIONAL EM GESTÃO
SOCIAL, EDUCAÇÃO E DESENVOLVIMENTO LOCAL - CENTRO
UNIVERSITÁRIO UNA
Projeto: Projeto de pesquisa: “Projeto Sala Verde: desdobramentos de uma educação para
o meio ambiente e o desenvolvimento local”
ROTEIRO DE ENTREVISTA
1. Caracterização do entrevistado:
Qual o seu nome?
Qual a sua atuação/ocupação profissional atual?
Reside em qual regional?
Qual edição do BH Itinerante você cursou?
2. Quais conhecimentos você aprendeu no curso BH Itinerante?
3. Você aplica esses conhecimentos no local onde você trabalha e/ou vive?
4. Como você aplica ou desenvolve esses conhecimentos? / Quais motivos levaram
vocês à não aplicação dos conhecimentos repassados pelo BH Itinerante?
5. Qual motivo levou você a participar do BH Itinerante?
6. Você teve dificuldade para “multiplicar”, desenvolver esses conhecimentos? Quais?
7. E facilidades para “multiplicar”? Quais?
8. Qual a maior contribuição dessas atividades para o local no qual foram
desenvolvidas?
9. Você poderia relatar uma prática/ação realizada por você que tenha proporcionado,
por exemplo, alguma mudança na postura das pessoas, seja no seu espaço de
trabalho ou na comunidade onde você vive?
10. Como foi construída a proposta desta ação, no sentido de colaboração dos sujeitos
envolvidos? (Foi idealizada por você exclusivamente/teve participação e
colaboração de terceiros).
11. O que o BH Itinerante não proporcionou para você e que só pode ser percebido
após a sua atuação com agente ambiental?
139
12. Com que frequência a Educação Ambiental é trabalhada no local em que você
aplica os conhecimentos do BH Itinerante?
13. E quais são os recursos didáticos utilizados por você para trabalhar a sensibilização
ambiental?
14. Você considera que o curso BH Itinerante foi suficiente para sua formação como
agente ambiental? Caso afirmativo/negativo, em que aspecto(s)?
15. O que você sugere para o melhoramento do curso em relação aos seguintes
aspectos: conteúdo, material, didática, metodologia?
16. Você se considera preparado(a) para as práticas da Educação Ambiental? Como?
Por que você não está preparado(a)?
17. Qual é o conceito de Educação Ambiental para você?
18. Mesmo com vários trabalhos e campanhas de Educação Ambiental, percebe-se que
a sociedade não apresenta mudanças. Por que essas ações não são efetivas?
19. Ao final desta pesquisa será construído um produto técnico (projeto, manual, etc.)
que possa colaborar com os sujeitos desta pesquisa. Qual tipo de produto técnico
colaboraria com as práticas dos cursistas do BH Itinerante?
140
APÊNDICE E – PRODUTO TÉCNICO
O r g a n i z a ç ã o
Ar i Silva Gobira | Áurea Regina Guimarães Tomasi
CADERNO DO EDUCADOR AMBIENTAL
Caderno do Educador AmbientalAri Silva Gobira
Áurea Regina Guimarães Tomasi
(Organização)
O Caderno do Educador Ambiental é um produto técnico que integra a dissertação no Mestrado Profissional em Gestão Social, Educação e Desenvolvimento Local, tal como previsto no Art.4º Portaria Normativa Nº 17, de 28 de dezembro de 2009 que dispõe sobre Mestrado Profissional no âmbito da Fundação Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – CAPES.
INTRODUÇÃO ............................................................................................ 7
A EDUCAÇÃO AMBIENTAL E A INOVAÇÃO SOCIAL .................................. 9
PRODUTO TÉCNICO: O CADERNO DO EDUCADOR AMBIENTAL ........... 13
CONSIDERAÇÕES FINAIS ....................................................................... 63
REFERÊNCIAS ........................................................................................ 65
APÊNDICES ............................................................................................. 69
SUMÁRIOFICHA TÉCNICA
Organização
Ari Silva Gobira
Áurea Regina Guimarães Tomasi
Colaboração
Egressos do projeto BH Itinerante
Vinícius Trindade Lopes de Moura
Maria de Lourdes Inácio Rosa
Revisão
Ana Paula Queiroz Rezende
Magda Barbosa Roquette de Pinho Taranto
Designer Gráfico
Rafael de Almeida Gualberto
Ilustração
Sherazade C. S. Lacerda
Ficha catalográfica desenvolvida pela Biblioteca UNA campus Guajajaras
G575c Gobira, Ari Silva Caderno do Educador Ambiental. / Ari Silva Gobira, Áurea Regina Guimarães
Tomasi – 2017.
68p. Este caderno é o produto técnico da dissertação “Projeto Sala Verde:
desdobramentos de uma educação para o meio ambiente e o desenvolvimento local” apresentado como requisito parcial à obtenção do Título de Mestre em Gestão Social, Educação e Desenvolvimento Local.
Inclui bibliografia.
1. Educação ambiental. 2. Desenvolvimento social. I. Tomasi, Áurea Regina Guimarães. II. Centro Universitário UNA. III. Título.
CDU: 502.14
CADERNO DO EDUCADOR AMBIENTAL 7
O presente produto técnico foi elaborado em atendimento às exigências do Programa de Pós-Graduação em Gestão Social, Educação e Desenvolvimento Local, do Centro Universitário Una, proveniente da pesquisa de mestrado intitulada “Projeto Sala Verde: desdobramentos de uma educação para o meio ambiente e o desenvolvimento local”. O Projeto Sala Verde é uma iniciativa do Departamento de Educação Ambiental do Ministério do Meio Ambiente (DEA/MMA), que busca incentivar a criação de espaços socioambientais para promover a distribuição e democratização das informações ambientais, por meio de projetos, ações e programas educacionais voltados para a questão ambiental1.
1 http://www.mma.gov.br/educacao-ambiental/educomunicacao/salas-verdes#oprojeto.
INTRODUÇÃO
9CADERNO DO EDUCADOR AMBIENTAL INTRODUÇÃO8
2 As oficinas são cursos de três horas de duração que promovem reflexão e debate em torno das temáticas ambientais. As travessias e visitas orientadas são atividades de campo com duração de quatro horas/aula, que permitem aos participantes vivenciar trabalhos e projetos socioambientais na região metropolitana de Belo Horizonte. Já o ambiente em foco oferece sessões comentadas de documentários e curtas-metragens em torno da questão socioambiental (BELO HORIZONTE, 2005).3ht tp: //por talpbh.pbh.gov.br/pbh/ecp/comunidade.do?evento=por tlet&pIdPlc=ecpTaxonomiaMenuPor tal&app= meioambiente&tax=24081&lang=pt_br&pg=5700&taxp=0&.4São todos aqueles colaboradores que não fizeram parte do público-alvo da pesquisa, representado por gestores do projeto, educadores ambientais e bibliotecários, que aceitaram participar da construção do Caderno do Educador Ambiental.
A dissertação que gerou esse produto técnico buscou analisar um dos espaços de formação ambiental, intitulado BH Itinerante, promovido pelo Projeto Sala Verde da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SMMA) da Prefeitura de Belo Horizonte/MG, localizado na Avenida Álvares Cabral, nº 217, 14º andar. O projeto conta ainda com outras atividades (oficina, travessia, visita orientada, ambiente em foco2), que são oferecidas gratuitamente a todos os cidadãos interessados. As atividades são realizadas entre os meses de março e junho e de agosto a novembro e podem ser consultadas no site3 da Prefeitura de Belo Horizonte.
A ideia do curso BH Itinerante surgiu em 2000 após o curso “Intercâmbio em Educação Ambiental”, que era ofertado exclusivamente para professores. Ao longo desse curso para docentes, percebeu-se a necessidade de ampliar o público de modo que todos os cidadãos, independentemente da sua formação acadêmica e ocupação, também pudessem frequentá-lo. Desse modo, criou-se o BH Itinerante, que passou a fazer parte das atividades do Projeto Sala Verde – Centro de Extensão em Educação Ambiental, oferecidas pela SMMA (BELO HORIZONTE, 2016). Tem duração de, aproximadamente, cinco meses, sendo realizados 18 encontros semanais, com aula teórica e prática, totalizando 120 horas/aula (BELO HORIZONTE, 2005; 2016).
A pesquisa contou com amostra de 26 agentes ambientais do projeto, que participaram de uma entrevista semiestruturada. O objetivo principal da pesquisa foi analisar de que maneira as práticas de Educação Ambiental (EA) do projeto estavam sendo implementadas pelos egressos em seu local de origem.
Logo, por se tratar de uma pesquisa voltada para a temática de EA, buscou-se construir um produto técnico que atendesse aos objetivos e recomendações da Política Nacional de Educação Ambiental (PNEA) (Lei nº 9.795/99), permitindo a participação e democratização das informações ambientais (BRASIL, 1999). Dessa forma, o produto técnico não seria algo imposto e idealizado somente na visão dos pesquisadores, mas algo que fosse elaborado a partir da sugestão dos interessados em construir um produto que representasse as necessidades as dificuldades desses colaboradores.
Nessas condições, buscou-se adotar alguns dos pressupostos da inovação social ao longo do levantamento de dados, assim como do processo de sondagem das contribuições dos colaboradores. Isso porque a inovação social é entendida como uma resposta às “necessidades sociais”, pressupondo a “participação” e “cooperação” de todos os sujeitos envolvidos e gerando novas soluções para os grupos sociais, comunidades ou para a sociedade em geral (BIGNETTI, 2011, p.4).
Assim, todos os egressos interessados em participar da construção do produto técnico puderam dar suas contribuições para a estruturação do Caderno do Educador Ambiental, com recomendações de livros, filmes, atividades lúdicas, entre outros recursos, para auxiliar no trabalho da temática ambiental. Sem dúvida, a colaboração dos egressos do projeto de formação que foram entrevistados na pesquisa e de terceiros4 foi de grande importância para a construção desse produto técnico que reuniu a ideia inicial dos pesquisadores e agregou novas ideias que vieram colaborar com os educadores ambientais.
A proposta da EA brasileira é regulamentada por meio da Política Nacional de Educação Ambiental (PNEA) (Lei nº 9.795/99) e do Decreto nº 4.281/2002, que regulamentou a lei e criou o órgão gestor, sendo coordenado pelos Ministérios do Meio Ambiente e da Educação (BRASIL, 2014). A EA pode ser entendida como um processo de aprendizagem longo e contínuo, sempre levando em consideração os valores culturais, sociais e políticos, mas sempre tendo a transmissão de conhecimentos a partir das discussões e avaliações que permitam aos participantes refletir de forma crítica e participativa a sua realidade individual e social, na sociedade em que vivem (GONÇALVES, 1990).
A EDUCAÇÃO AMBIENTAL E A INOVAÇÃO SOCIAL
A EDUCAÇÃO AMBIENTAL E A INOVAÇÃO SOCIAL 10 11CADERNO DO EDUCADOR AMBIENTAL
É evidente que a EA não se trata de um trabalho novo na sociedade, tendo sua fundamentação a partir do momento em que a degradação ambiental passa a ser um grande desconforto para a sociedade diante do latente crescimento industrial (ALBANUS; ZOUVI, 2013). A partir desse momento, vários encontros organizados por especialistas e representantes dos países membros da Organização das Nações Unidas (ONU) propiciaram para que a EA fosse efetivada. Um desses encontros foi o Congresso de Tbilissi (1977), por ter definido os objetivos, as características e estratégias para o desenvolvimento das atividades de EA.
No entanto, trabalhar com esse eixo temático não é algo simples, uma vez que a temática ambiental faz parte de um campo diverso, complexo e plural, marcado pela ação de diferentes atores e setores sociais, que influenciaram direta e indiretamente os seus caminhos (TRISTÃO; TRISTÃO, 2016). De fato, vivemos numa sociedade que se encontra em constante transformação, seja pela interferência dos fatores locais ou globais, que acabam influenciando o funcionamento e o posicionamento da sociedade para as relações socioambientais. Acrescente-se a isso a rapidez com que as informações são disponibilizadas para a sociedade e que estas, de alguma forma, interferem no trabalho e na reflexão da temática em questão, fazendo com que a EA seja considerada um processo em permanente construção, conforme afirmam Vasconcellos et al. (2009).
Nesses casos, é preciso constantemente buscar informações e inovar a forma de trabalhar os conteúdos ambientais, já que aspectos como linguagem, abordagem e articulação dos diversos conhecimentos acabam influenciando na condução e planejamento das ações de EA, exigindo do educador habilidades para saber adequar os conteúdos ao contexto social, ambiental, político, econômico, ético e cultural (BRASIL, 2014).
Essa situação leva ainda a uma outra exigência da EA, a participação social, que é fundamental para o eixo norteador das práticas de EA, exigindo articulação de saberes e fazeres dos envolvidos, para resolver as complexas questões socioambientais. Para isso, sempre busca a reflexão e engajamento para uma proposta pedagógica centrada na criticidade e na emancipação desses sujeitos, tendo em vista a mudança de comportamento e atitudes focadas no desenvolvimento da organização social e da participação coletiva (JACOBI; TRISTÃO; FRANCO, 2009).
A partir dessa visão, pode-se supor que o sentido da inovação social pode ser um aliado para a construção de estratégias que colaborem com os princípios e objetivos previstos na PNEA. O conceito da inovação social atribuído por Bignetti (2011, p. 3) é “[...] o resultado do conhecimento aplicado a necessidades sociais através da participação e da cooperação de todos os atores envolvidos, gerando soluções novas e duradouras para grupos sociais, comunidades ou para a sociedade em geral”.
A inovação social não visa a um ideal tecnológico, apesar de ser comum associar o seu sentido ao da inovação tecnológica, mas tem caráter coletivo e transformador, que colabora para as transformações das relações sociais (ANDRÉ; ABREU, 2006). Para Barboza Lacerda e Vieira Ferrarini (2013), compreende-se a inovação social como uma ação que parte da participação popular, tendo seus membros como os principais agentes da transformação e atuação e ainda que toda e qualquer produção originada desse movimento seja de usufruto de todos, sem qualquer privação dos direitos e favorecimento desigual.
Isso leva a se considerar que, para a EA ter desdobramentos e se tornar de fato efetiva, promovendo mudanças nas concepções e atitudes dos indivíduos e da sociedade como um todo, para conservação e manutenção do meio ambiente, é preciso ser inovadora e, portanto, seguir os pressupostos da inovação social.
Conforme afirma Vasconcellos et al. (2009, p. 32), “[...] a EA é uma educação política que se apoia em uma visão de mundo complexa e, por isso, é muito mais do que sensibilização, embora também a envolva”, ou seja, trabalhar com a Educação Ambiental não é simplesmente buscar
a sensibilização, mas buscar trabalhar uma “[...] atitude de ação-reflexão-ação em torno da problemática ambiental” (JACOBI; TRISTÃO; FRANCO, 2009, p. 66).
Observa-se que, da mesma forma que a inovação social visa à transformação social, a Educação Ambiental busca trabalhar esse ideal transformador a fim de promover mudanças no comportamento dos indivíduos, tendo como proposta uma prática dialógica que busque trabalhar numa perspectiva crítica por parte da sociedade e que esteja comprometida com a problemática ambiental, percebendo a inter-relação dos aspectos sociais, ecológicos, econômicos, políticos, culturais, científicos, tecnológicos e éticos (TRISTÃO; TRISTÃO, 2016).
No que concerne à educação, “destaca-se, igualmente, que a inovação não é um fim em si mesma, mas um meio para transformar os sistemas educacionais” (MESSINA, 2001, p. 226). Partindo desse princípio, essa mesma autora completa dizendo que a inovação social pode ser definida como um processo multidimensional, responsável pela transformação do espaço no qual habita e de si própria, em uma disposição permanente em direção à inovação ou de inovar a própria inovação.
Para Carbonell (2002), a inovação na educação não está associada às reformas da estrutura educacional, mas sim na renovação pedagógica das escolas. O simples fato de modernizar o espaço escolar não se caracteriza como um processo inovador, da mesma forma que simplesmente promover saídas de campo ou idealizar o cultivo de hortas e oficinas não significa uma inovação e uma mudança na prática ambiental (CARBONELL, 2002).
Geralmente, os processos denominados de ”inovação” no espaço escolar são algo imposto pelo sistema educacional, que são idealizados numa concepção que não leva em consideração a realidade e a diversidade geográfica das escolas, construindo propostas generalizadas a serem seguidas e aplicadas. Messina (2001) diz que quando o processo acontece de forma imposta, pode gerar resistência e dificuldade para que a proposta seja aceita pelos envolvidos. A inovação precisa ser construída de forma conjunta com os sujeitos envolvidos, da mesma forma que a concepção de EA, sempre levando em consideração a participação e o respeito à pluralidade e à diversidade étnica, racial, social e cultural, seja ela individual ou coletiva (BRASIL, 2014).
Assim, neste debate para se analisar se determinada prática pode ser considerada uma inovação social, podem-se considerar alguns pressupostos com base em Andrade (2005), Bignetti (2011), Camarotti (2004), Spink (2003), Carbonell (2002) e Morin (2010), conforme a lista que se segue:
a) Articular os saberes, não fracionar ou fragmentar o conhecimento;
b) pensar na complexidade;
c) construir novos ambientes;
d) considerar fatores econômicos, políticos, sociais, mas também culturais;
e) contextualizar;
f) contemplar a interdisciplinaridade;
g) fazer sentido, ter um significado para as pessoas envolvidas;
h) descentralizar decisões e ações;
i) democratizar a informação;
13CADERNO DO EDUCADOR AMBIENTAL A EDUCAÇÃO AMBIENTAL E A INOVAÇÃO SOCIAL 12
j) incorporar e transformar a realidade;
k) envolver o entorno;
l) promover mudança no cotidiano;
m) estabelecer uma relação entre o todo e as partes;
n) relacionar local e global;
o) focar na resolução de problemas sociais;
p) mobilizar pessoas e recursos em torno de objetivos comuns;
q) buscar parcerias, alianças e serviços para solução de problemas sociais;
r) atuar na perspectiva da intersetorialidade;
s) promover a participação e a cogestão/ gestão integrada.
Pode-se perceber, a partir dessa listagem, que esses pressupostos podem colaborar para uma proposta de EA transformadora, que busque se articular com a mudança social, por meio de uma proposta educativa que trabalhe com a cooperação entre educadores e com outros demais sujeitos engajados nas lutas sociais e ambientais. E que permita a criação de espaços críticos de aprendizagem que extrapolem os limites da educação formal (JACOBI; TRISTÃO; FRANCO, 2009). Dito de outra forma, a EA deve permitir a participação e o envolvimento de toda a comunidade do entorno, por meio de ações que articulem os saberes e levem em consideração os fatores econômicos, políticos, sociais e culturais. E, ao mesmo tempo, que vença as próprias limitações no que diz respeito às práticas interdisciplinares e intersetoriais, tão fundamental para um trabalho que valorize e integre diferentes áreas do conhecimento e instituições colaboradoras.
Para concluir essa relação da inovação social com a prática de EA, toma-se uma citação de Franco (2006), que exemplifica uma busca inovadora para desenvolver uma práxis pedagógica, no sentido de potencializar pensamento e ação reflexiva desses sujeitos-agentes do ensino e aprendizagem. Essa práxis os prepara para a transformação da realidade por meio do conhecimento escolar, desenvolvido em diferentes contextos sociais e materiais.
A Educação Ambiental e seus referenciais teórico-metodológicos têm se configurado em importante eixo capaz de construir e concretizar, em espaços formais e informais da educação, uma prática pedagógica instrumentalizadora para uma nova era. Os saberes desvinculados da realidade não têm mais razão de ser, tampouco uma visão maniqueísta de mundo, o isolamento das disciplinas, a ditadura do racionalismo, as dicotomias que separam alma e corpo, razão e emoção, teoria e prática. A Educação Ambiental busca uma educação para um ser humano integral, que assuma a complexidade, a globalidade, a criticidade e a responsabilidade pelo destino comum da humanidade sem desrespeitar as identidades culturais e a diversidade das múltiplas sociedades que fazem parte do planeta (FRANCO, 2006, p. 9).
Portanto, partindo dos pressupostos que determinam se uma prática pode ser considerada uma inovação social, buscou-se levantar com os sujeitos da pesquisa um produto técnico que atendesse às exigências do Programa de Mestrado em Gestão Social, Educação e Desenvolvimento Local, do Centro Universitário Una. E que esse produto não fosse imposto pelos pesquisadores aos participantes da pesquisa e, ainda, que representasse as necessidades dos egressos do curso de formação ambiental, para promover e viabilizar as ações desses agentes ambientais.
Dessa forma, ao final das entrevistas tentou-se explicar aos participantes a exigência do produto técnico e indagar sobre que tipo de recurso deveria ser inserido que, ao mesmo tempo, colaborasse com as práticas dos cursistas do projeto. Assim, cada participante pôde apresentar inicialmente suas sugestões e opiniões, que eram expostas posteriormente aos próximos participantes sem qualquer identificação dos mesmos. Então, eram apresentadas as ponderações
PRODUTO TÉCNICO: O CADERNO DO EDUCADOR AMBIENTAL
PRODUTO TÉCNICO14 15CADERNO DO EDUCADOR AMBIENTAL
positivas e negativas sobre a ideia do produto técnico, sempre trazendo o amadurecimento da ideia inicial para o próximo entrevistado. Essa estratégia teve que ser adotada, uma vez que a pesquisa deve zelar pelo anonimato dos participantes.
No geral, a estratégia adotada possibilitou a participação, a articulação e as sugestões, colaborando para o levantamento de dados que resultaram na organização do caderno do educador ambiental, produto técnico desta pesquisa.
A partir desse levantamento preliminar, definiram-se quais seriam os recursos que deveriam constar no produto técnico, sendo acordado que o caderno do educador deveria trazer sugestão de vídeos, sites, documentários, livros e atividades lúdicas. Portanto, para que pudessem levantar o conteúdo de cada um desses recursos, foi encaminhado um formulário a alguns participantes que manifestaram interesse em participar da construção do produto técnico, para que pudessem apresentar sugestões/dicas que considerassem interessantes e importantes de serem compartilhadas entre os colegas.
Esses recursos pedagógicos foram sugeridos pelos agentes ambientais do projeto. Vale ressaltar que o intuito foi a construção de uma produção que trouxesse não só conteúdo teórico sobre as temáticas ambientais, mas sugestões de recursos e ações que pudessem colaborar com o trabalho da EA por meio de atividades lúdicas, da literatura e de recursos visuais, além de idealizar algo que trouxesse características de inovação social e colaborasse para o desenvolvimento local.
Porém, a necessidade de trabalhar a questão dos projetos socioambientais foi evidenciada após as análises dos dados da pesquisa, mostrando que alguns egressos têm dificuldades na idealização e implementação de projetos de EA. Logo, procurou-se trazer um item específico para a construção de projetos, diante das reais necessidades dos egressos e da pesquisa, reunindo todas essas necessidades num único produto técnico.
1 FERRAMENTAS PEDAGÓGICAS PARA AUXILIAR NO TRABALHO DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL
Finalizada essa etapa de levantamentos das sugestões, os dados foram organizados e verificados, de modo a identificar a procedência das informações e recomendações.
Nessas condições, para melhor apresentação das informações, buscou-se agrupar as indicações pelo critério de semelhança, dividindo-o em quatro categorias: recursos digitais, recursos impressos, recursos lúdicos e recursos visuais. Todas as informações recebidas foram analisadas previamente e posteriormente organizadas para apresentação aos futuros interessados nessa produção técnica, já que a maior parte das informações não possuía identificação de autoria.
No caso dos recursos visuais e impressos, foi criada uma ficha técnica para fornecer informações sobre o conteúdo, trazendo autoria, editora e sinopse. As sugestões de recursos lúdicos não foram apresentadas juntamente com os recursos impressos. Já estes tiveram outro agrupamento, mas adotou-se o mesmo critério anterior para referenciar as sugestões. Além disso, para as obras que não tinham informações sobre autoria e/ou produção, foi informado o link de acesso, como segunda forma de dar crédito aos autores ou instituições que estão disponibilizando a informação.
Já os recursos digitais, os sites, foram todos organizados por temática, de modo a facilitar a consulta do educador. Salienta-se que os sites acabam trazendo informações sobre mais de uma temática ou acesso a outras informações ambientais que eventualmente possam ser de interesse de algum educador ambiental.
QUADRO 1 – Organização das informações coletadas dos egressos do BH Itinerante
DESCRIÇÃO CONTEÚDO APRESENTAÇÃO
RECURSOS DIGITAIS
São apresentadas as relações de sites institucionais, de empresas e órgãos públicos.
As informações foram organizadas por temática, de modo facilitar a consulta do educador ambiental.
RECURSOS IMPRESSOS
São apresentados cadernos, guias, manuais e livros. Algumas produções estão disponíveis para o educador baixar. Nesse caso, é informado o link de acesso a produção.
Todas as informações foram organizadas por ordem alfabética, colocando o título, autor, editora e sinopse. Esta regra foi adotada sempre que possível, já que nem sempre a informação encontra-se disponível na produção indicada. Para esses casos, manteve-se a sugestão e foi inserido o site para acesso, a fim de referenciar a sugestão.
RECURSOS LÚDICOS
No item recursos lúdicos, são listados alguns livros que trazem atividades lúdicas, além de alguns sites que sugerem atividades e jogos e ações práticas.
Em virtude de ser um item do Cadernos do Educador, os livros que trazem atividades lúdicas foram listados na categoria recursos impressos. Algumas sugestões estão disponíveis para serem baixadas, assim, foi informado o link de acesso ao final da discrição da atividade.
RECURSOS VISUAIS
Nesta última categoria, foram listados documentários e vídeos, sugeridos pelos egressos do projeto de formação.
Usaram-se os mesmos critérios de organização dos recursos impressos. Nessa categoria também existiu a dificuldade de localizar algumas informações, principalmente os vídeos. Assim, para esse ítem específico, há somente o link de acesso à sugestão.
A seguir, são descritas as ferramentas pedagógicas para auxiliar no trabalho da temática ambiental.
17CADERNO DO EDUCADOR AMBIENTAL PRODUTO TÉCNICO16
1.1 RECURSOS IMPRESSOS
MANUAIS, GUIAS E CADERNOS
A ÁGUA QUE VOCÊ DESPERDIÇA PODE FAZER FALTA AMANHÃ. ECONOMIZE.
Disponível em:
http://brasildasaguas.com.br/wp-content/uploads/sites/4/2013/05/CARTILHA-AGUA-CVRD.pdf
AGENDA 21 BRASILEIRA - BASES PARA DISCUSSÃO
Disponível em:
https://disciplinas.stoa.usp.br/pluginfile.php/8457/mod_resource/content/1/bases_discussao_agenda21.pdf
CADERNOS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL ÁGUA PARA VIDA, ÁGUA PARA TODOS: GUIA DE ATIVIDADES
Disponível em:
http://www.redeambientalescoteira.org.br/arquivos/wwf_agua_para_a_vida_guia_de_atividades.pdf
CADERNOS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL ÁGUA PARA VIDA, ÁGUA PARA TODOS: LIVRO DAS ÁGUAS
Disponível em:
http://www.redeambientalescoteira.org.br/arquivos/wwf_livro_das_aguas.pdf
COMO CONSTRUIR POLÍTICAS PÚBLICAS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA SOCIEDADES SUSTENTÁVEIS?
Disponível em:
https://drive.google.com/file/d/0B-lqR6O2ivgecWZyZjY3SU1yZHc/view
GUIA PEDAGÓGICO DO LIXO
Disponível em:
http://www.ambiente.sp.gov.br/cea/files/2014/11/12-guia-pedagogico-do-lixo.pdf
MANUAL CONSUMO SUSTENTÁVEL
Disponível em:
http://www.mma.gov.br/estruturas/educamb/_arquivos/consumo_sustentavel.pdf
18 19PRODUTO TÉCNICO CADERNO DO EDUCADOR AMBIENTAL
MANUAL DE IMPACTOS AMBIENTAIS - ORIENTAÇÕES BÁSICAS SOBRE ASPECTOS AMBIENTAIS DE ATIVIDADES PRODUTIVAS
Disponível em:
http://www.mma.gov.br/estruturas/sqa_pnla/_arquivos/manual_bnb.pdf
PERGUNTAS E RESPOSTAS SOBRE OS OBJETIVOS DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Disponível em:
http://www.undp.org/content/brazil/pt/home/post-2015/materiais/perguntas-e-respostas.html
PROGRAMA NACIONAL DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL – ProNEA
Disponível em:
http://www.mma.gov.br/publicacoes/educacao-ambiental/category/98-pronea?...de
RECUPERAÇÃO E PROTEÇÃO DE NASCENTES EM PROPRIEDADES RURAIS DE MACHADINHO, RS
Disponível em:
http://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/106898/1/RecuperacaoProtecao0001.pdf
LIVROS4
50 GRANDES AMBIENTALISTAS - DE BUDA A CHICO MENDES
Autor: Joy A. Palmer
Editora: Contexto
Público: Adulto
Sinopse: A relação homem-natureza é uma preocupação antiga dos pensadores das mais diversas áreas, de filósofos a religiosos, passando por químicos, biólogos, geógrafos e arquitetos. Nas últimas décadas, as questões de conservação do meio ambiente vêm ganhando ainda mais espaço por conta do impacto deletério de atividades humanas que provocam degradação ambiental comprometendo os recursos naturais e o futuro da vida no planeta.
50 GRANDES AMBIENTALISTAS: DE BUDA A CHICO MENDES é uma obra única para se entender como o meio ambiente tem sido pensado ao longo dos tempos. Como personagens tão diferentes como São Francisco de Assis, Marx, Darwin, Gandhi ou Heidegger influenciaram o movimento e a história do ambientalismo? Como a morte de Chico Mendes impulsionou o avanço das conquistas ativistas na Amazônia? Ao reunir os perfis e as ideias dos principais ecologistas do século Va.C. ao XXI, este livro oferece uma fascinante visão de como a humanidade convive com a natureza, a enxerga e a pensa. Ecologistas, geógrafos, biólogos, educadores, filósofos e simpatizantes do ambientalismo, este é um livro essencial para vocês. Fonte: Editora Contexto
A DIMENSÃO AMBIENTAL NA EDUCAÇÃO
Autor: Mauro Guimarães
Editora: Papirus
Público: Adulto
Sinopse: Desde os anos 1960, a questão ambiental tornou-se assunto de debate no mundo contemporâneo. A crescente degradação dos ambientes naturais, associada a uma intensa relação de dominação e exploração socioambiental, jamais vista na história da humanidade, fizeram com que a Educação Ambiental deixasse de ser um assunto menor, para se tornar uma demanda central na formação de educandos, educadores e da população de modo geral. Nesta edição que comemora os 20 anos de
lançamento do livro, o leitor encontra relatos de pesquisadores de Norte a Sul do país, que refletem sobre a inserção da dimensão da ambiental na educação em suas realidades regionais ao longo das duas últimas décadas. Dessa forma, a fim de atender às necessidades de educadores e profissionais interessados em se aprofundar na área, esta obra apresenta ideias para serem refletidas e reelaboradas, já que a Educação Ambiental é um campo de conhecimento em construção que se desenvolve na prática cotidiana dos que realizam o processo educativo. Fonte: Papirus Editora
4 Todas as sinopses que serão apresentadas a seguir forma retiradas dos sites das editoras, conforme descrição da fonte.
20 21PRODUTO TÉCNICO CADERNO DO EDUCADOR AMBIENTAL
A VIAGEM DE TAMAR
Autor: Angelo Machado
Editora: Lê
Público: Infantil
Sinopse: A vida de uma tartaruga-verde não é nada fácil. Desde seu nascimento, existe uma luta constante pela própria sobrevivência. Na história, contada em verso e rima, a mamãe tartaruga colocou vários ovos na areia e os cobriu, amorosamente. Depois, seguiu seu caminho para o mar, deixando com eles seus votos de vida longa. No entanto, logo depois veio um pescador, com seu balaio, e carregou
os ovos, esquecendo-se apenas de um. E deste ovo esquecido, nasceu a tartaruguinha Tamar. A pequena era aventureira, observadora e feliz. Não perdia nenhum detalhe de suas viagens pelo mar. Viveu sua infância com coragem e quando chegou à fase adulta sentiu a necessidade de colocar seus próprios ovos. Embora a história seja repleta de fantasia, na verdade, descreve o que acontece na vida real de uma tartaruga-verde. As ameaças que enfrentam, o ciclo natural de vida e reprodução que vivenciam e a interferência do ser humano na existência dessas criaturas maravilhosas. É um livro fascinante e altamente educativo para todas as idades. Fonte: https://contoseuconto.blogspot.com.br/2012/10/dica-de-livro-infantil-viagem-de-tamar.html
ALFABETIZAÇÃO ECOLÓGICA
Autor: Fritjof Capra
Editora: Cultrix
Público: Adulto
Sinopse: Segundo os pensadores e educadores que escreveram este livro revolucionário, reorientar o modo como os seres humanos vivem e educar as crianças para que atinjam seus potenciais mais elevados são tarefas com aspectos bem semelhantes. Ambas têm de ser vistas e abordadas no contexto dos sistemas: familiar, geográfico ecológico e político. Nosso empenho para criar comunidades sustentáveis será em vão caso as futuras gerações não aprendam a estabelecer uma
parceria com os sistemas naturais, em benefício de ambas as partes. Em outras palavras, elas terão que ser “ecologicamente alfabetizadas”. O conceito de “alfabetização ecológica”, inspirado nas teorias de Fritjof Capra e de outros líderes do Centro de Eco-Alfabetização, localizado em Berkeley, na Califórnia, vai além de educação ambiental como disciplina escolar. Com contribuições de renomados escritores e educadores, como Fritjof Capra, Wendell Berry e Michael Ableman, Alfabetização Ecológica reúne teoria e prática com base no que existe de mais avançado em termos de pensamento sistêmico, ecologia e educação. Fonte: Editora: Cultrix
AQUECIMENTO GLOBAL
Autor: Brian Fagan
Editora: Larousse do Brasil
Público: Adulto
Sinopse: Neste livro, Brian Fagan mostra as mudanças no ambiente que tiveram consequências sobre a vida humana. Este estudo do aquecimento global informa que se está subestimando o poder da mudança climática sobre a vida. Fonte: Cia. dos Livros
ÁRVORES DO BRASIL: CADA POEMA NO SEU GALHO
Autor: Lalau
Editora: Peirópolis
Público: Infantil
Sinopse: Árvores do Brasil apresenta algumas das árvores mais importantes do nosso país. É uma homenagem a essas verdadeiras maravilhas da natureza que nos dão sombra e frutas, evitam que a
erosão acabe com nossos rios, oferecem abrigo e alimento aos bichos e passarinhos, ajudam a retirar poluentes do ar que respiramos e deixam a vida mais bonita e florida. Lançado em 2011, no Ano Internacional da Floresta, o livro é um grande e colorido desfile de quinze espécies de árvores, três de cada bioma brasileiro: pau-brasil, araucária, jequitibá, ipê-do cerrado, buriti, jatobá-do-cerrado, juazeiro, mulungu, umbuzeiro, ipê-roxo, jenipapo, pau-formiga, castanheira-do-pará, piquiá e mogno. Cada árvore ganhou um poema, uma ilustração e a companhia de um bicho que mantém alguma relação de vida com ela: alimenta-se das frutas e folhas, procura abrigo, ajuda a espalhar sementes ou caça insetos que vivem nos troncos. No final, o livro traz nomes científicos e textos sobre a altura que podem atingir, principais características e usos das madeiras, como os frutos são consumidos pelo homem, problemas que enfrentam na natureza e outras informações. Fonte: Editora Peirópolis
22 23PRODUTO TÉCNICO CADERNO DO EDUCADOR AMBIENTAL
BELEZURA MARINHA: POESIA PARA OS ANIMAIS AMEAÇADOS PELO HOMEM
Autor: Lalau e Laurabeatriz
Editora: Peirópolis
Público: Infantil
Sinopse: Lalau e Laurabeatriz homenageiam algumas das maravilhas do litoral brasileiro no terceiro livro da coleção Bicho-Poema, a primeira
de livros infantojuvenis verdes. Mamíferos e quelônios ameaçados de extinção, além de terem inspirado seus versos e traços, são alvo de importantes projetos de conservação da biodiversidade marinha que apoiaram a publicação. Fonte: Editora Peirópolis
BONITEZA SILVESTRE: POESIA PARA OS ANIMAIS AMEAÇADOS PELO HOMEM
Autor: Lalau e Laurabeatriz
Editora: Peirópolis
Público: Infantil
Sinopse: Neste livro liricamente engajado, Lalau faz poesia para os animais que o homem ameaça com sua cobiça. São onze bichos-poemas lindamente ilustrados por Laurabeatriz, numa verdadeira reverência à biodiversidade brasileira. A Coleção Bicho-poema é a primeira coleção brasileira de livros infanto-juvenis verdes e livres de carbono (carbon free). Além disso, a coleção inclui um divertido jogo de cartas com as imagens dos animais: o Jogo do Bicho-poema. Fonte: Editora Peirópolis
CHUÁ... CHUÁ... TCHIBUM! - UM LIVRO SOBRE ÁGUA
Autores: Mick Manning e Brita Granstrom
Editora: Ática
Público: Infantil
Sinopse: Vamos mergulhar nas aventuras de um menino e seu cão em busca dos segredos da água? Venha com eles
pegar ondas, flutuar em nuvens negras, escorregar em corredeiras e atravessar encanamentos até descobrir onde toda a água acaba... e começa. A coleção “Xereta” incentiva as crianças a usarem a imaginação e a observação para satisfazer sua curiosidade sobre o mundo e as pessoas. Fonte: Cia. dos Livros
CONSERVAÇÃO DE NASCENTES
Autores: Osvaldo Ferreira Valente e Marcos Antônio Gomes
Editora: Aprenda Fácil Editora
Público: Adulto
Sinopse: Os assuntos tratados neste livro englobam aspectos fundamentais da gestão de recursos hídricos, ou seja, aqueles relacionados com a capacidade de produção de quantidade de água de pequenas bacias hidrográficas. Estão reunidos, numa só obra, tanto os princípios hidrológicos aplicados à formação e à manutenção de lençóis e nascentes, como exemplos de tecnologias de conservação,
que podem ser adaptadas a situações específicas ou servirem de modelos para criação de novas alternativas. A experiência dos autores na recuperação da produtividade de água de pequenas bacias hidrográficas e o uso predominante de esquemas e gráficos, em lugar de modelos matemáticos, fazem com que o livro possa ser facilmente usado como manual de campo para técnicos e produtores rurais com pouco domínio de Física e Matemática. Já o cuidado em discutir os princípios hidrológicos básicos, relativos ao assunto, faz com que o livro possa servir, também, de referência para aqueles que se interessam em conhecer um pouco mais sobre o funcionamento de ecossistemas hidrológicos formadores e mantenedores de lençóis e nascentes. Fonte: Aprenda Fácil Editora
CUIDANDO DO MEIO AMBIENTE
Autor: Neil Morris
Editora: Ciranda Cultural
Público: Infantil
Sinopse: Cuidando do Meio Ambiente - Crianças Ecológicas.
Fonte: Editora Ciranda Cultural
ECONOMIZANDO ÁGUA
Autor: Neil Morris
Editora: Ciranda Cultural
Público: Infantil
Sinopse: Economizando Água - Crianças Ecológicas.
Fonte: Editora Ciranda Cultural
24 25PRODUTO TÉCNICO CADERNO DO EDUCADOR AMBIENTAL
ECONOMIZANDO ENERGIA
Autor: Neil Morris
Editora: Ciranda Cultural
Público: Infantil
Sinopse: Economizando Energia - Crianças Ecológicas.
Fonte: Editora Ciranda Cultural
EDUCAÇÃO AMBIENTAL E SUSTENTABILIDADE
Autor: Arlindo Philippi Junior e Maria Cecília Focesi Pelicioni
Editora: Manole
Público: Adulto
Sinopse: Incluindo novos temas de grande relevância na atualidade, a obra foi estruturada em 5 partes, composta por Introdução, Fundamentação Ambiental, Fundamentação em Educação Ambiental, Métodos e Estratégias de Educação Ambiental e Estudos Aplicados à Educação Ambiental. Conta com a participação de especialistas de diversas áreas, que abordam o tema sob perspectiva interdisciplinar,
demonstrando a importância das relações da educação ambiental com saúde, ambiente, direito, cidadania, política, cultura e sustentabilidade. Ao priorizar o conhecimento e a compreensão dos problemas e de suas possíveis soluções no intuito de melhorar o meio ambiente e, consequentemente, a qualidade de vida da sociedade, esta obra se torna de relevância não somente para especialistas, mas também para estudantes e profissionais (educadores, pedagogos, sociólogos, administradores, economistas, engenheiros, arquitetos, advogados, biólogos, geólogos, geógrafos, entre outros), além do público interessado nesta temática, devido à sua importância e atualidade. Fonte: Editora Manole
EU PRODUZO MENOS LIXO!
Autora: Cristina Santos
Editora: Cortez
Público: Infantil
Sinopse: Muitas das coisas que compramos têm origem em um mesmo ciclo: para sua fabricação, retira-se a matéria-prima da natureza, que será transformada em algum tipo de produto. Depois de certo tempo, o que foi comprado se torna ultrapassado, fora de moda ou para de funcionar. Então, jogamos fora aquilo que, um dia, nos foi útil. A partir de nossas necessidades consumistas, a cada dia, produzimos algum tipo de lixo. Mas será que as pessoas sabem
dizer qual a quantidade de lixo produzida em suas casas? Será que ele pode ser reciclado? É possível diminuir o ritmo de consumo? Além de respostas a essas perguntas, este livro traz dicas para conscientizar as pessoas a pouparem os recursos naturais de um lugar muito especial para a existência humana: o Planeta Terra. Fonte: Editora Cortez
O CAMINHO PARA O VALE PERDIDO
Autor: Patrícia Engel Secco
Editora: Melhoramentos
Público: Infantil
Sinopse: Rodolfo era um ratinho estudioso que morava no Vale das Lágrimas, um lugar afastado onde ficava um lixão clandestino. Um
dia, encontrou um álbum de fotografias de seu avô e ficou surpreso ao ver as fotos do lendário Vale Perdido. Mas o ratinho não sabia que o vale estava muito perto dele. Fonte: Editora Melhoramentos
Disponível em: ht t p : // w w w. a m b i e nte . s p . g o v. b r /c e a / f i l e s / 2 013 /10 /c a m i n h o - v a l e - p e r d i d o1. p d f https://www.youtube.com/watch?v=586xC4Q_wyI
26 27PRODUTO TÉCNICO CADERNO DO EDUCADOR AMBIENTAL
O QUE É EDUCAÇÃO AMBIENTAL
Autor: Marcos Reigota
Editora: Brasiliense
Público: Adulto
Sinopse: A educação ambiental, como perspectiva educativa, pode estar presente em todas as disciplinas. Sem impor limites para seus
estudantes, tem caráter de educação permanente. Ela, por si só, não resolverá os complexos problemas ambientais planetários, mas pode influir decididamente para isso ao formar cidadãos conscientes de seus direitos e deveres. Fonte: Editora Brasiliense
OS CINCO SENTIDOS
Autor: Bartolomeu Campos de Queirós
Editora: Global
Público: Infantil
Sinopse: Os cinco sentidos – visão, audição, olfato, paladar e tato – transformados na prosa poética de Bartolomeu Campos de Queirós instigam o leitor a compreender e a refletir sobre o caráter expressivo, sensível e criativo da linguagem nas suas diferentes formas. Por meio dos sentidos produzimos linguagem. Por meio
dela o homem dialoga consigo mesmo, com os outros e com o mundo a sua volta. A linguagem, seja verbal ou não verbal, está presente em todas as atividades humanas; saber usá-la com sensibilidade é um desafio da sociedade contemporânea. Fonte: Editora Global
PARA ENTENDER A TERRA
Autores: John Grotzinger; Tom Jordan
Editora: Bookman
Público: Adulto
Sinopse: Nova edição de um dos mais aclamados livros de introdução às ciências da Terra nos Estados Unidos e em muitos outros países. Desde que Frank Press e Raymond Siever lançaram a primeira edição de Para Entender a Terra (1965), este manual vem sendo paulatinamente atualizado e tornou-se um dos mais importantes livros-texto de universidades de vários países. Sucessores
dos grandes mestres que iniciaram esta obra, os cientistas Tom Jordan e John Grotzinger reestruturaram e modernizaram o texto. A introdução de desenhos e esquemas inovadores, a
moderna concepção sobre tectônica de placas, a concepção da Terra como um sistema interativo e a análise de como a dinâmica planetária tem influenciado a evolução da vida são alguns exemplos dessa modernização. O leitor é estimulado a fazer e pensar como os geólogos, entendendo como eles adquiriram o conhecimento que possuem, como esse conhecimento impacta a vida dos cidadãos e o que se pode fazer para ajudar a melhorar o ambiente da Terra. Fonte: Grupo A.
PRIMAVERA SILENCIOSA
Autora: Rachel Carson
Editora: Gaia - Global
Público: Adulto
Sinopse: Primavera Silenciosa apresenta documentação científica de diversas fontes, comprovando as afirmações da autora que desencadearam uma investigação no governo Kennedy. De imediato, inspirou a rede de tevê CBS a produzir um documentário que mostrava os efeitos nocivos do DDT à saúde. Fonte: Cia. dos Livros –
Disponível em:
https://biowit.files.wordpress.com/2010/11/primavera_silenciosa_-_rachel_carson_-_pt.pdf
RECICLAGEM - A AVENTURA DE UMA GARRAFA
Autores: Mick Manning e Brita Granström
Editora: Ática
Público: Infantil
Sinopse: É impressionante o que pode acontecer quando, simplesmente, se joga fora uma garrafa. Neste novo lançamento da coleção “Xereta”, os autores mostram alguns dos destinos que
podem ser dados a esse objeto assim que é descartado. “Por exemplo, a garrafa pode virar uma armadilha para bichinhos pequenos”, diz o texto do livro. “Ou então um artista famoso pode encontrar a garrafa e decidir usá-la para fazer uma escultura gigantesca.” Dessa forma, as crianças ficam sabendo que jogar fora uma garrafa de vidro é muito perigoso. “Caso ela se quebre, pode cortar pessoas e animais.” Também saberão que, antigamente, pessoas que habitavam ilhas afastadas se comunicavam com o continente por mensagens enviadas em garrafas. Uma das propostas mais importantes e bem-sucedidas desse volume da série “Xereta” é abordar, de forma específica para o público infantil, a importância da reciclagem e da educação ambiental. E, para se certificar da adequação dos conceitos transmitidos pelo livro, seu projeto contou com a colaboração do Instituto GEA - Ética e Meio Ambiente, entidade responsável pela revisão técnica da obra. Fonte: Cia. dos Livros
28 29PRODUTO TÉCNICO CADERNO DO EDUCADOR AMBIENTAL
RECICLANDO: CRIANÇAS ECOLÓGICAS
Autor: Neil Morris
Editora: Ciranda Cultural
Público: Infantil
Sinopse: Reciclando - Crianças Ecológicas.
Fonte: Editora Ciranda Cultural
SABER CUIDAR - ÉTICA DO HUMANO - COMPAIXÃO PELA TERRA
Autor: Leonardo Boff
Editora: Vozes
Público: Infantil
Sinopse: A crise generalizada que afeta a humanidade se revela pelo descuido e pela falta de cuidado com que se tratam realidades importantes da vida: a natureza, os milhões e milhões de crianças condenadas a trabalhar como adultos, os aposentados, os idosos, a alimentação básica, a saúde pública e a educação mínima. A crise é civilizatória. Fonte: Editora Vozes
SUSTENTABILIDADE: A LEGITIMAÇÃO DE UM NOVO VALOR
Autor: José Eli da Veiga
Editora: Senac São Paulo
Público: Adulto
Sinopse: Como definir sustentabilidade e assim possibilitar, em última análise, a prevenção de crimes contra o ambiente? São muitas as variáveis em jogo, e sempre haverá uma brecha em que se apoiar para cometer atos ilícitos. No entanto, em Sustentabilidade: a legitimação de um novo valor, José Eli da Veiga afirma que a falta de uma definição clara de
sustentabilidade não pode (e não deve) impedir medidas restritivas por parte do poder público. Um assunto atual de ampla discussão em vários segmentos da sociedade civil moderna. Fonte: Senac São Paulo
UM LUGARZINHO NA CIDADE
Autora: Giselle Vargas
Editora: Dimensão
Público: Infantil
Sinopse: Dona Bem-te-vi procura um lugar para fazer seu ninho, numa cidade que tem muitos perigos.
Fonte: Editora Dimensão
PACHAMAMA – MISSÃO TERRA 2 - AÇÕES PARA SALVAR O PLANETA
Autor: Peace Child International
Editora: Melhoramento
Público: Infantil
Sinopse: Este é um projeto feito em conjunto pelo Programa para o Meio Ambiente da ONU e pelo Peace Child International. Crianças e jovens de todo o mundo produziram esta inspirada coletânea de estudos de casos, poemas e desenhos para contar a história do
meio ambiente mundial. O livro possibilita uma grande “interdisciplinaridade” entre música, matemática, português, educação artística, ciências e geografia. Temas principais: preservação da natureza, sustentabilidade e diversidade cultural. Temas transversais: ética, meio ambiente, saúde, trabalho e consumo. Fonte: Editora Melhoramento
30 31PRODUTO TÉCNICO CADERNO DO EDUCADOR AMBIENTAL
1.2 RECURSOS VISUAIS
VÍDEOS
A HISTÓRIA DAS COISAS (The Story of Stuff)
Informação: O vídeo fala sobre o consumismo, extração de recurso naturais, globalização e produção de bens de consumo.
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=xaglF9jhZLs
AGRICULTURA SINTRÓPICA
Informação: Jovens largam bons empregos na cidade para se tornarem agricultores. Eles vivem a alegria de comer e vender uma comida mais saudável. Muita gente que toma essa decisão vai atrás de um homem: Ernst Götsch.
Disponível em: http://g1.globo.com/globo-reporter/noticia/2016/07/jovens-largam-bons-empregos-na-cidade-para-se-tornarem-agricultores.html
ATRÁS DO COURO (Behind the Leather)
Informação: Aborda sobre a extração de pele de animais pelo mercado da moda, defendendo a ideia que a beleza muitas vezes cega as pessoas à crueldade.
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=qs8yqcrqo1s
FAZENDA BIODINÂMICA, UMA FAZENDA SUSTENTÁVEL
Informação: O vídeo da Globo Rural busca mostra as vantagens da produção sem uso de agrotóxicos.
Disponível em: https://globoplay.globo.com/v/5007792/
“HOMEM”
Informação: Animação chama atenção ao consumo desenfreado da humanidade.
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=E1rZFQqzTRc
MODOS DE RESTAURAR AS FLORESTAS
Informação: O vídeo da Pesquisa Fapesp fala sobre os projetos de restauração de florestas.
Disponível em: https://onegreenblog.com.br/2016/07/05/video-sensacional-modos-de-restaurar-as-florestas-pesquisa-fapesp/
O HOMEM E A NATUREZA: LAR SELVAGEM
Informação: Uma profunda jornada sobre os lares dos animais por todo o planeta Terra, revela uma nova maneira de olhar para estes lugares selvagens e os animais que vivem neles, e a esperança de um meio ambiente melhor.
Disponível em: http://biologo.com.br/bio/o-homem-e-a-natureza/
UMA VIDA, UMA ÁRVORE
Informação: O projeto “Uma vida, uma árvore” é uma parceria da TV Globo Minas com as prefeituras de Belo Horizonte, Betim, Contagem, Sabará, Ouro Preto e Mariana.
Disponível em: http://g1.globo.com/minas-gerais/noticia/2014/11/com-projeto-uma-vida-uma-arvore-contagem-recebe-mais-de-900-mudas.html
32 33PRODUTO TÉCNICO CADERNO DO EDUCADOR AMBIENTAL
ON OU OFF - DE QUE LADO VOCÊ ESTÁ?
Informação: Trabalha a sensibilização por meio das relações sociais, buscando fazer uma reflexão sobre as atitudes da sociedade e o futuro das gerações.
Disponível em: https://www.youtube.com/embed/RadIP53qXhU
FILMES/DOCUMENTÁRIOS5
A CARNE É FRACA
Idealização: Nina Rosa Jacob
Distribuição: Instituto Nina Rosa – projetos por amor à vida
Público: Adulto
Sinopse: Alguma vez você já pensou na trajetória de um bife antes de chegar ao seu prato? Nós pesquisamos isso para você e contamos
neste documentário aquilo que não é divulgado. Saiba os impactos que esse ato – de comer carne representa para a sua saúde, para os animais e para o planeta. Com depoimentos dos jornalistas Washington Novaes e Dagomir Marquezi, entre outros. Fonte: Instituto Nina Rosa – projetos por amor à vida
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=EvP2Qy4ZEzA
A ORIGEM DO PLANETA TERRA (Earth: Making of a Planet)
Distribuição: National Geographic
Público: Adulto
Sinopse: Documentário do NatGeo relatando a origem do nosso planeta azul e de toda vida que nele existe.
Uma viagem pelos marcantes acontecimentos que tem como resultado o que somos hoje. Fonte: https://filmow.com/construindo-o-planeta-terra-t76283/ficha-tecnica/
Sugestão de roteiro para o vídeo:https://escoladeciencias.wordpress.com/2013/04/30/documentario-a-origem-do-planeta-terra/
5 Todas as sinopses que serão apresentadas a seguir foram retiradas dos sites das produtoras ou do site Adoro Cinema, conforme descrição da fonte.
A ÚLTIMA HORA
Direção: Nadia Conners e Leila Conners Petersen
Distribuição: Warner Bros
Público: Adulto
Sinopse: Causadas pela própria humanidade, enchentes, furacões e uma série de tragédias assolam o planeta cotidianamente. O documentário mostra como a Terra chegou nesse ponto: de que forma o ecossistema tem sido destruído e, principalmente, o que é possível fazer para reverter este quadro. Entrevistas com mais de 50 renomados cientistas, pensadores e líderes ajudam a esclarecer
estas importantes questões e a indicar as alternativas ainda possíveis. Fonte: http://www.adorocinema.com/filmes/filme-126366/
ALIMENTO: DIREITO OU MERCADORIA?
Direção: Patrícia Antunes
Público: Adulto
Sinopse: Breves olhares, visitas, depoimentos e conversas são suficientes para desvelar questões e experiências de movimentos e entidades de luta pela terra articulados no âmbito do Projeto de Segurança Alimentar e Nutricional em Acampamentos e Pré-Assentamentos da Reforma Agrária nos Estados da Bahia e Sergipe, o PSAN. Com um olhar etnográfico, o documentário vai buscar nos acampamentos e pré-assentamentos os saberes e fazeres dessa
gente, ainda tão invisível à sociedade. A sensação é de sonho e realidade. Ao som da canção Do Brasil, de Vander Lee, ganham vida temas como reforma agrária, segurança alimentar e nutricional, convivência com os biomas, agricultura familiar e agroecológica, cultura e economia solidária, resultado de um processo de formação e mobilização social promovido ao longo desse e de outros projetos de desenvolvimento solidário e sustentável para esses brasis. Tudo acaba e começa nas feiras: lugar de encontros, onde esse povo revela sua cultura e identidades, troca experiências e produtos e volta abastecido para recomeçar os plantios, as lidas e lutas cotidianas. Fonte: CurtaDoc
Disponível em: http://curtadoc.tv/curta/comportamento/alimento-direito-ou-mercadoria/
34 35PRODUTO TÉCNICO CADERNO DO EDUCADOR AMBIENTAL
AVATAR
Direção: James Cameron
Distribuidor: Fox Film do Brasil
Público: Adulto
Sinopse: Jake Sully ficou paraplégico após um combate na Terra. Ele é selecionado para participar do programa Avatar em substituição ao seu irmão gêmeo, falecido. Jake viaja a Pandora, uma lua extraterrestre, onde encontra diversas e estranhas formas de vida. O local é também o lar dos Na’Vi, seres humanoides que, apesar de primitivos, possuem maior capacidade física que os humanos. Os Na’Vi têm três metros de altura, pele azulada e vivem em paz com a natureza de Pandora. Os humanos desejam explorar a lua, de forma a encontrar metais valiosos, o que faz com que os Na’Vi aperfeiçoem suas habilidades guerreiras. Como são incapazes de respirar o ar de Pandora, os humanos criam seres híbridos chamados de Avatar. Eles são controlados por seres humanos, através de uma tecnologia que permite que seus pensamentos sejam aplicados no corpo do Avatar. Desta forma Jake pode novamente voltar à ativa, com seu Avatar percorrendo as florestas de Pandora e liderando soldados. Até conhecer Neytiri, uma feroz Na’Vi que conhece acidentalmente e que serve de tutora para sua ambientação na civilização alienígena. Fonte: http://www.adorocinema.com/filmes/filme-61282/
BEE MOVIE - A HISTÓRIA DE UMA ABELHA
Direção: Simon J. Smith, Steve Hickner
Distribuição: DreamWorks
Público: Infantil
Sinopse: Barry B. Benson formou-se recentemente e sonha com um emprego na Honex, onde poderá produzir mel. Desta forma ele se aventura fora da colmeia, onde descobre um mundo até então inteiramente desconhecido. É quando conhece Vanessa Bloome, uma alegre florista de Manhattan com quem quebra as regras das abelhas e passa a conversar regularmente. Logo eles se tornam amigos, o que faz com que Barry conheça melhor os humanos.
Porém Barry descobre que qualquer pessoa pode comprar mel nos supermercados, o que o deixa profundamente irritado por considerar que estão roubando a produção das abelhas. É quando ele decide processar os humanos, na intenção de corrigir esta injustiça. Fonte: http://www.adorocinema.com/filmes/filme-55413/
CARINHANHA - UM RIO DO GRANDE SERTÃO
Direção: Dêniston F. Diamantino
Distribuição: Opará Vídeos
Público: Adulto
Sinopse: O Carinhanha é um dos mais belos afluentes do Velho Chico, divide o estado de Minas Gerais da Bahia e tem seus nascedouros nas veredas dos gerais com águas transparentes, envolvidas por um ambiente e uma gente encantadora. Com trilha sonora baseada na autêntica viola caipira de Rodrigo Delage e interpretação do texto de Jackson Antunes, o vídeo viaja mostrando desde a nascente até o seu desaguar no rio de São Francisco. São 30 minutos de duração divididos em oito temas: a nascente, os gerais, a gente, o percurso, os afluentes,
o clima, o meio ambiente e, finalmente, o encontro com o São Francisco. Fonte: Opará Vídeos
CERRADO – O PAI DAS ÁGUAS
Direção: Dêniston F. Diamantino
Distribuição: Opará Vídeos
Público: Adulto
Sinopse: O documentário apresenta as várias características e o rico potencial do Cerrado, o 2º maior bioma da América Latina e, atualmente, um dos mais ameaçados do Brasil pelas intensas agressões de que é vítima. Ganhador do Prêmio de Melhor Fotografia no “III Vídeo Terra Brasília”. Fonte: Opará Vídeos
DERSU UZALA
Direção: Akira Kurosawa
Público: Adulto
Sinopse: O capitão Vladimir Arseniev (Yuri Solomin) é enviado pelo governo soviético para explorar e reconhecer as montanhas da Mongólia, juntamente com uma pequena tropa. Em meio à expedição eles encontram Dersu Uzala (Maksim Munzuk), um caçador que vive apenas nas florestas. Percebendo que Dersu conhece bastante o local, o que pode facilitar o trabalho, o capitão lhe oferece que acompanhe a tropa até o término da missão. É o início de uma forte amizade entre o capitão e Dersu, que aos poucos demonstra suas habilidades. Fonte: http://www.adorocinema.com/filmes/filme-171/
36 37PRODUTO TÉCNICO CADERNO DO EDUCADOR AMBIENTAL
ERA UMA VEZ NA FLORESTA
Direção: Luc Jacquet
Público: Adulto
Sinopse: No interior de uma densa mata e em meio às maravilhas naturais, o documentário revela o florescimento e o crescimento de uma floresta tropical. O público é convocado a observar e se maravilhar com as belezas naturais, além de refletir sobre a necessidade de preservação. Fonte: http://www.adorocinema.com/filmes/filme-209348/
ERIN BROCKOVICH - UMA MULHER DE TALENTO
Direção: Steven Soderbergh
Distribuidor: Columbia TriStar Filmes do Brasil
Público: Adulto
Sinopse: Erin é a mãe de três filhos que trabalha num pequeno escritório de advocacia. Quando descobre que a água de uma cidade no deserto está sendo contaminada e espalhando doenças entre seus habitantes, convence seu chefe a deixá-la investigar o assunto. A partir de então, utilizando-se de todas as suas qualidades naturais, desde a fala macia e convincente até seus atributos físicos, consegue
convencer os cidadãos da cidade a cooperarem com ela, fazendo com que tenha em mãos um processo de 333 milhões de dólares. Fonte: http://www.adorocinema.com/filmes/filme-23980/
FERNGULLY - AS AVENTURAS DE ZACK E CRYSTA NA FLORESTA TROPICAL
Direção: Bill Kroyer
Distribuição: 20th Century Fox
Público: Infantil
Sinopse: O humano Jack descobre uma floresta mágica onde vive Crysta e seus amigos encantados. Mas a floresta está sendo ameaçada por outros humanos e suas máquinas cruéis. Assim, caberá a Jack unir-se ao grupo e ajudar a salvar o mágico cenário. Fonte: http://www.adorocinema.com/filmes/filme-4908/
FREE WILLY
Direção: Simon Wincer
Distribuidor: Warner Bros
Público: Infantil
Sinopse: Jesse é um menino que perdeu os pais muito cedo. Ele costumava saltar de orfanato em orfanato, até que passou a viver nas ruas. Numa noite, ele e seu amigo Perry são flagrados pelo policial Dwight pixando um parque local. Apesar da situação, o agente de polícia simpatiza com Jesse e o apresenta para Glen e Annie Greenwood, que irão adotar o garoto. Parte da punição por sua pequena infração envolve limpar a sujeira que ele fez no parque
e é lá que Jesse conhece Willy, uma orca que está sendo treinada para ser a atração especial do local. No entanto, Willy não responde bem ao adestramento. Ela foi roubada de sua família por um pescador mercenário e ainda está traumatizada. Jesse e Willy desenvolvem uma estreita ligação emocional. Só que o dono do parque não está satisfeito com o desempenho de Willy e calcula que a orca vale mais viva do que morta. A partir daí Jesse fará de tudo para salvar o animal e devolvê-lo para o oceano. Fonte: http://www.adorocinema.com/filmes/filme-9188/
ILHA DAS FLORES
Direção: Jorge Furtado
Público: Adulto
Sinopse: Este filme retrata a sociedade atual, tendo como enfoque seus problemas de ordens sociais, econômicas e culturais, na medida em que contrasta a força do apelo consumista, os desvios culturais retratados no desperdício, e o preço da liberdade do homem, enquanto um ser individual e responsável pela própria sobrevivência. Através da demonstração do consumo e desperdício diários de materiais (lixo), o autor aborda toda a questão da evolução social de indivíduo, em todos os sentidos. Torna evidente ainda todos
os excessos decorrentes do poder exercido pelo dinheiro, numa sociedade onde a relação opressão e oprimido é alimentada pela falsa ideia de liberdade de uns, em contraposição à sobrevivência monitorada de outros. Fonte: http://www.filmesbrasileiros.net/ilha-das-flores -
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=KAzhAXjUG28
38 39PRODUTO TÉCNICO CADERNO DO EDUCADOR AMBIENTAL
LIXO EXTRAORDINÁRIO
Direção: Lucy Walker, João Jardim e Karen Harley
Distribuidor: Downtown Filmes
Público: Adulto
Sinopse: Uma análise sobre o trabalho do artista plástico Vik Muniz no Jardim Gramacho, localizado na cidade de Duque de Caxias (RJ), que é um dos maiores aterros sanitários do mundo. Fonte: http://www.adorocinema.com/filmes/filme-179776/
LUCAS – O INTRUSO NO FORMIGUEIRO
Direção: John A. Davis
Distribuição: Warner Home Video (Brazil)
Público: Infantil
Sinopse: Lucas Nickle é um garotinho de dez anos que acaba de se mudar para uma nova vizinhança. Sem amigos e com uma família ausente, ele é constantemente atacado por uma gangue local. Certo dia, ele joga toda sua raiva para fora e afoga um formigueiro com sua pistola d’água. O menino tem seu tamanho misteriosamente diminuído, até ficar da mesma altura que uma formiga. Ele é então
obrigado a trabalhar como escravo na reconstrução do formigueiro que ele mesmo destruiu. Fonte: http://www.adorocinema.com/filmes/filme-40139/
MINÚSCULOS
Direção: Thomas Szabo, Hélène Giraud
Distribuição: Paris Filmes
Público: Infantil
Sinopse: Em uma pacífica clareira, entre as sobras de um piquenique, começa uma batalha entre duas tribos de formigas em busca de uma caixa de açúcar. Uma jovem e corajosa joaninha acaba sendo capturada no meio do fogo cruzado e torna-se aliada das formigas negras, ajudando na luta contra as terríveis formigas vermelhas. Fonte: http://www.adorocinema.com/filmes/filme-197310/
NAUSICAÄ DO VALE DO VENTO
Direção: Hayao Miyazaki
Público: Infantil
Sinopse: A humanidade se esforça em sobreviver neste mundo em ruínas, divididos em pequenas populações e impérios, mil anos após os “7 Dias de Fogo”, um evento que destruiu a civilização humana e a maior parte do ecossistema da Terra. Isolados uns dos outros pelo “Mar da Corrupção” e uma floresta tóxica com plantas e insetos gigantes, Nausicaa, é a princesa do pequeno reino do Vale do Vento, que tenta compreender melhor estas florestas nocivas aos humanos, ao mesmo tempo que tenta salvar seu povo dos reinos vizinhos. Fonte: http://www.adorocinema.com/filmes/filme-40132/
O DIA DEPOIS DE AMANHÃ
Direção: Roland Emmerich
Distribuidor: Fox Film do Brasil
Público: Adulto
Sinopse: A Terra sofre alterações climáticas que modificam drasticamente a vida da humanidade. Com o norte se resfriando cada vez mais e passando por uma nova era glacial, milhões de sobreviventes rumam para o sul. Porém o paleoclimatologista Jack Hall (Dennis Quaid) segue o caminho inverso e parte para Nova York, já que acredita que seu filho Sam (Jake Gyllenhaal) ainda está vivo. Fonte: http://www.adorocinema.com/filmes/filme-45361/
O LORAX: EM BUSCA DA TRÚFULA PERDIDA
Direção: Chris Renaud, Kyle Balda
Distribuição: Universal Pictures
Público: Infantil
Sinopse: O menino Ted descobriu que o sonho de sua paixão, a bela Audrey, é ver uma árvore de verdade, algo em extinção. Disposto a realizar este desejo, ele embarca numa aventura por uma terra desconhecida, cheia de cor, natureza e árvores. É lá que conhece também o simpático e ao mesmo tempo rabugento Lorax, uma criatura curiosa preocupada com o futuro de seu próprio mundo.Fonte: http://www.adorocinema.com/filmes/filme-170530/
40 41PRODUTO TÉCNICO CADERNO DO EDUCADOR AMBIENTAL
O MUNDO DOS PEQUENINOS
Direção: Hiromasa Yonebayashi
Distribuição: California Filmes
Público: Infantil
Sinopse: Nos subúrbios de Tóquio, sob o assoalho de uma casa velha, Arrietty (Saoirse Ronan) vive em seu minúsculo mundo com a família, fazendo de tudo para manter em segredo a existência de todos. Sobrevivendo como pequenos ladrões, eles conhecem as regras para que nunca sejam percebidos pelos verdadeiros - e
grandes - donos da casa. Para isso, procuram manter a desconfiança deles em cima dos gatos e ratos e tomam todos os cuidados possíveis para evitar de serem vistos. Contudo, quando um jovem rapaz se hospeda na casa, a pequenina Arietty acredita que poderá manter uma amizade com ele, apesar da diferença dos tamanhos. Fonte: http://www.adorocinema.com/filmes/filme-176684/
O RIO SÃO FRANCISCO
Direção: Dêniston F. Diamantino
Distribuição: Opará Vídeos
Público: Adulto
Sinopse: Da serra da Canastra, em Minas Gerais, até a foz entre os estados de Alagoas e Sergipe, corre o São Francisco. O documentário percorre esse caminho e mostra, em belas imagens, a geografia do “Velho Chico” e a sua importância para a sobrevivência da população ribeirinha. Além disso, aborda os graves problemas ambientais como as queimadas, o desmatamento e o assoreamento do leito do rio. Fonte: Opará Vídeos
O VELHO DO RIO
Direção: Dêniston F. Diamantino
Distribuição: Opará Vídeos
Público: Adulto
Sinopse: Símbolo maior da navegação, a barca significa alegria e sobrevivência para o homem ribeirinho. Assim, nada melhor do que dar vida ao próprio vapor para contar as suas histórias, o folclore e as riquezas do São Francisco. O documentário dá voz ao vapor Benjamim Guimarães para que ele narre, num tom emocionado, as histórias desse rio e de seus habitantes. O vapor também conta a triste história do fim da navegação e das diversas agressões ao seu meio ambiente. Fonte: Opará Vídeos
ONCE UPON A FOREST (Era uma Vez na Floresta)
Direção: Charles Grosvenor
Público: Infantil
Sinopse: Na floresta vivem a ratinha Abigail, a toupeira Edgar e o ouriço Russel. Eles brincam felizes até que o homem chega com gases tóxicos, fazendo com que Michelle, amiga deles, adoeça. Com a ajuda do tio Cornelius, os três buscam um meio de salvar Michelle e a floresta. Fonte: http://www.epipoca.com.br/filmes/ficha/22828/era-uma-vez-na-floresta
OS SEM-FLORESTA
Direção: Tim Johnson, Karey Kirkpatrick
Distribuidor: United International Pictures (UIP)
Público: Infantil
Sinopse: A primavera chegou, o que faz com que os animais da floresta despertem da hibernação. Ao acordar, eles logo têm uma surpresa: surgiu ao redor de seu habitat natural uma grande cerca verde. Inicialmente eles temem o que há por detrás da cerca, até que RJ revela que foi construída uma cidade ao redor da floresta em que vivem, que agora ocupa apenas um pequeno espaço. RJ diz ainda que
no mundo dos humanos há as mais diversas guloseimas, convencendo os demais a atravessar a cerca. Entretanto esta atitude desagrada o cauteloso Verne, que achava melhor permanecer onde estavam inicialmente. Fonte: http://www.adorocinema.com/filmes/filme-47019/
POCAHONTAS - O ENCONTRO DE DOIS MUNDOS
Direção: Mike Gabriel, Eric Goldberg
Distribuidor: Disney/Buena Vista
Público: Infantil
Sinopse: Um navio parte da Inglaterra com o objetivo de encontrar o “novo mundo”, tendo a bordo o governador Ratcliff, que está ansioso em encontrar ouro, e o capitão John Smith. Ao chegarem, John decide explorar o mundo desconhecido. Logo encontra Pocahontas, uma bela índia por quem se apaixona. Só que o povo índio e os ingleses logo entram em guerra, já que estão em disputa pelas terras da América. Fonte: http://www.adorocinema.com/filmes/filme-13342/
42 43PRODUTO TÉCNICO CADERNO DO EDUCADOR AMBIENTAL
PRINCESA MONONOKE
Direção: Hayao Miyazaki
Público: Infantil
Sinopse: A aldeia de Ashitaka é invadida por um estranho demônio, e quem resolve enfrentá-lo é o corajoso príncipe. Ele luta com o bicho e consegue matá-lo, mas antes fica com o braço ferido e é contaminado por uma maldição. Ele irá se corroer pelo ódio até se tornar um demônio igual ao outro e morrer, a não ser que ele vá atrás da cura na floresta proibida. É aí que começa a jornada de Ashitaka, que vai enfrentar animais fantásticos, princesas amaldiçoadas e os mistérios da natureza. O príncipe vai conhecer também os homens
que querem destruir a floresta e a pequena San, ou Princesa Mononoke. Fonte: http://www.adorocinema.com/filmes/filme-73176/
PROCURANDO NEMO
Direção: Andrew Stanton, Lee Unkrich
Distribuidor: Disney/Buena Vista
Público: Infantil
Sinopse: O passado reserva tristes memórias para Marlin nos recifes de coral, onde perdeu sua esposa e toda a ninhada. Agora, ele cria seu único filho Nemo com todo o cuidado do mundo, mas o pequeno e simpático peixe-palhaço acaba exagerando durante uma simples discussão e acaba sendo capturado por um mergulhador. Agora, o pai super protetor precisa entrar em ação e parte numa busca incansável pelo mar aberto, na esperança de encontrar seu
amado filhote. No meio do caminho, ele acaba conhecendo Dory e, juntos, a dupla vai viver uma incrível aventura. Enquanto isso, Nemo também vive uma intensa experiência ao lado de seus novos amigos habitantes de um aquário, pois eles precisam ajudá-lo a escapar do destino que lhe foi reservado: ir parar nas mãos da terrível Darla, sobrinha do dentista que o capturou. Fonte: http://www.adorocinema.com/filmes/filme-29057/
REINO ESCONDIDO
Direção: Chris Wedge
Distribuidor: Fox Film do Brasil
Público: Infantil
Sinopse: O professor Bomba dedicou boa parte de sua vida às pesquisas por um povo de tamanho diminuto, que vive na floresta e cujos movimentos são rápidos demais para serem registrados pelo olho humano. Apesar de ter encontrado alguns indícios de que estes seres existem, como armas e selas de pássaros, o professor é alvo de piadas no meio científico. Além disto, a dedicação ao trabalho fez com
que seu casamento fosse por água abaixo. Agora, após o falecimento de sua ex-esposa, sua filha Maria Catarina, ou M.K., como prefere ser chamada, vai morar com ele. A adolescente não gosta nem um pouco de morar perto da floresta e das loucuras do pai e, quando está prestes a ir embora, acaba acidentalmente sendo envolvida no confronto entre os Homens-Folha e os Boggans, os tais seres que seu pai tanto procura. Diminuída de tamanho pela rainha da floresta, ela agora precisa ajudar o valente Ronin a levar um valioso botão de flor para Nim Galuu. Fonte: http://www.adorocinema.com/filmes/filme-196741/
REMEIROS DO SÃO FRANCISCO
Direção: Dêniston F. Diamantino
Distribuição: Opará Vídeos
Público: Adulto
Sinopse: Filme ganhador do 28º Prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade, REMEIROS nos apresenta o primeiro grande transporte de cargas praticado em séculos passados no São Francisco. Numa viagem imaginária em 1928, a bordo da barca “Surubim Rey”, os remeiros revelam o sofrimento do árduo trabalho nas barcas, as curiosidades, superstições, cantigas, devoções, histórias trágicas
e lembranças memoráveis na carreira grande do rio. Caminhando nas coxias das barcas, com varas ao peito, eles impulsionavam as embarcações comercializando porto a porto, rio acima e rio abaixo, toneladas de mercadorias. O documentário resgata, com depoimentos, imagens e fotografias históricas do São Francisco, esse importante capítulo pouco conhecido da história brasileira. Fonte: Opará Vídeos
44 45PRODUTO TÉCNICO CADERNO DO EDUCADOR AMBIENTAL
RIO
Direção: Carlos Saldanha
Distribuidor: Fox Film do Brasil
Público: Infantil
Sinopse: Blu é uma arara azul que nasceu no Rio de Janeiro mas, capturada na floresta, foi parar na fria Minnesota, nos Estados Unidos. Lá é criada por Linda, com quem tem um forte laço afetivo. Um dia, Túlio entra na vida de ambos. Ornitólogo, ele diz que Blu é o último macho da espécie e deseja que ele acasale com a única fêmea viva, que está no Rio de Janeiro. Linda e Blu partem para a
cidade maravilhosa, onde conhecem Jade. Só que ela é um espírito livre e detesta ficar engaiolada, batendo de frente com Blu logo que o conhece. Quando o casal é capturado por uma quadrilha de venda de aves raras, eles ficam presos por uma corrente na pata. É quando precisam unir forças para escapar do cativeiro. Fonte: http://www.adorocinema.com/filmes/filme-146550/
RIO 2
Direção: Carlos Saldanha
Distribuidor: Fox Film do Brasil
Público: Infantil
Sinopse: Blu vive feliz no Rio de Janeiro ao lado da companheira Jade e seus três filhotes, Carla, Bia e Tiago. Seus donos, Linda e Túlio, estão agora na floresta amazônica, fazendo novas pesquisas. Por acaso eles encontram a pena de uma ararinha azul, o que pode significar que Blu e sua família não sejam os últimos da espécie. Após vê-los em uma reportagem na TV, Jade insiste para que eles
partam para a Amazônia. Blu inicialmente reluta, mas acaba aceitando a ideia. Assim, toda a família parte em uma viagem pelo interior do Brasil rumo à floresta amazônica sem imaginar que, logo ao chegar, encontrarão um velho inimigo: Nigel. Fonte: http://www.adorocinema.com/filmes/filme-206727/
SÃO JOÃO NA ROÇA
Direção: Dêniston F. Diamantino
Distribuição: Opará Vídeos
Público: Adulto
Sinopse: O documentário apresenta as crendices, superstições e festividades que acontecem no interior do Brasil, quando chega a noite de 23 para 24 de junho. A tradicional fogueira ilumina e alimenta as crenças populares do fogo, enquanto a fé na lembrança Santa do batismo transforma e enriquece a água com poderes sagrados. O filme, gravado no interior de Minas Gerais, resgata e valoriza esta importante tradição da cultura nacional, nesta que é a maior de todas as festas populares do Brasil. Fonte: Opará Vídeos
SENTINELA – RITUAIS FÚNEBRES NO BRASIL SERTANEJO CÉU
Direção: Dêniston F. Diamantino
Distribuição: Opará Vídeos
Público: Adulto
Sinopse: Gravado no oeste da Bahia e norte de Minas Gerais, o documentário mostra várias crenças como o uso do cordão de São Francisco, a prática de exultar o corpo, os preparativos para o enterro e muitas curiosidades e crenças que o homem do interior tem diante da morte, desde a noite do velório (sentinela) até a visita da cova no sétimo dia. ”. Fonte: Opará Vídeos
TAINÁ - A ORIGEM
Direção: Rosane Svartman
Distribuidor: Downtown Filmes
Público: Infantil
Sinopse: A floresta amazônica é invadida por piratas da biodiversidade e a jovem índia Maya acaba tornando-se vítima dos bandidos, deixando órfã a bebê Tainá. A criança é abrigada entre as raízes de uma Grande Árvore e salva pelo velho e solitário pajé Tigê, que passa a cuidar dela e só a devolve para seu povo cinco anos depois, quando será escolhido o novo líder defensor da natureza. Por ser menina, Tainá é impedida de se apresentar, mas pela herança da
46 47PRODUTO TÉCNICO CADERNO DO EDUCADOR AMBIENTAL
mãe, a última das guerreiras, e com o apoio da esperta menina da cidade Laurinha e do índio nerd Gobi, a indiazinha resolve encarar os malfeitores, desvendando o mistério de sua própria origem. Fonte: http://www.adorocinema.com/filmes/filme-202452/
TARZAN
Direção: Kevin Lima, Chris Buck
Distribuidor: Disney/Buena Vista
Público: Infantil
Sinopse: Após um acidente no mar, que causa o naufrágio de um navio na costa da África, um casal inglês acha um modo de ir até a praia com o filho deles, um recém-nascido. Entretanto, os pais são mortos por um leopardo, enquanto que o bebê fica entregue à própria sorte. A criança é achada por uma gorila, Kala, a companheira de
Kerchak, o líder da tribo de macacos. Kerchak é surpreendido pela criança abandonada e quer que ela seja deixada na selva. Por outro lado, a natureza materna de Kala é tocada, para não mencionar as suas recordações por ter perdido a própria cria. Kala e Kerchak ficam com o bebê e lhe dão o nome de Tarzan, que é criado junto com os outros macacos. Tarzan cresce até se tornar adulto, até que sua vida é mudada para sempre com a chegada de Archimedes Q. Porter, um explorador, juntamente com Jane Porter, sua filha, e Clayton, um caçador que está servindo de guia. Archimedes e Jane foram até a África para estudar a vida selvagem em seu habitat natural, embora Clayton prefira aprisionar o maior número possível de gorilas, pois cada um vale trezentas libras. Quando os exploradores encontram Tarzan eles pensam no princípio que descobriram o elo perdido, mas logo percebem que ele é tão humano quanto eles. Tarzan se vê dividido entre o desejo de estar com gente da sua espécie, além das emoções novas e pouco conhecidas que sente em relação a Jane, e a lealdade dele para a família de gorilas que o criou, especialmente quando Clayton não vê os macacos como amigos mas sim como presas. Fonte: http://www.adorocinema.com/filmes/filme-20645/
UMA VERDADE INCONVENIENTE
Direção: Davis Guggenheim
Distribuição: Paramount Pictures
Público: Adulto
Sinopse: O ex-vice-presidente dos Estados Unidos Al Gore apresenta uma análise da questão do aquecimento global, mostrando os mitos e equívocos existentes em torno do tema e também possíveis saídas para que o planeta não passe por uma catástrofe climática nas próximas décadas. Fonte: http://www.adorocinema.com/filmes/filme-111289/
VIDA DE INSETO
Direção: John Lasseter e Andrew Stanton
Distribuidor: Disney/Buena Vista
Público: Infantil
Sinopse: Todo ano, os gananciosos gafanhotos exigem uma parte da colheita das formigas. Mas quando algo dá errado e a colheita destruída, os gafanhotos ameaçam atacar e as formigas são forçadas a pedir ajuda a outros insetos para enfrentá-los numa batalha. Fonte: http://www.adorocinema.com/filmes/filme-13550/
VILA DO CÉU
Direção: Dêniston F. Diamantino
Distribuição: Opará Vídeos
Público: Adulto
Sinopse: O sol, a lua, as estrelas e o eclipse são elementos cósmicos frequentes no imaginário popular, determinando, para essa gente, o momento do plantio, colheita, extração de ervas, raízes medicinais e muitas outras curiosidades acerca dos sinais que vêm do céu. O documentário mostra todo esse saber sertanejo, com belas imagens gravadas nos estados de Minas Gerais, Bahia, Pernambuco e Ceará. Fonte: Opará Vídeos
WALL-E
Direção: Andrew Stanton
Distribuidor: Disney/Buena Vista
Público: Infantil
Sinopse: Após entulhar a Terra de lixo e poluir a atmosfera com gases tóxicos, a humanidade deixou o planeta e passou a viver em uma gigantesca nave. O plano era que o retiro durasse alguns poucos anos, com robôs sendo deixados para limpar o planeta. Wall-E é o último destes robôs, que se mantém em funcionamento graças ao auto-conserto de suas peças. Sua vida consiste em compactar o lixo existente no planeta, que forma torres maiores que arranha-
céus, e colecionar objetos curiosos que encontra ao realizar seu trabalho. Até que um dia surge repentinamente uma nave, que traz um novo e moderno robô: Eva. A princípio curioso, Wall-E logo se apaixona pela recém-chegada. Fonte: http://www.adorocinema.com/filmes/filme-123734/
48 49PRODUTO TÉCNICO CADERNO DO EDUCADOR AMBIENTAL
XINGÓ
Direção: Dêniston F. Diamantino
Distribuição: Opará Vídeos
Público: Adulto
Sinopse: O documentário mergulha nas corredeiras deste grande canyon para revelar as suas belezas naturais, os vestígios dos homens pré-históricos que o habitaram, a construção da hidroelétrica, os trabalhos de salvamento arqueológico e o enchimento do reservatório. Origens, preservação e progresso são peças que se fundem neste documentário imperdível que fala do homem, do
tempo e da natureza. Fonte: Opará Vídeos
1.3 RECURSOS DIGITAIS
SITES
AGENDA 21
http://www.mma.gov.br/responsabilidade-socioambiental/agenda-21
AGRICULTURA
https://www.embrapa.br/home
http://www.ief.mg.gov.br/bolsa-verde
http://www.ambiente.sp.gov.br/cea/category/publicacoes-cea/agricultura/
ÁGUA
http://www.mma.gov.br/agua /
https://www.cagece.com.br/tratecomcarinho /
http://www.igam.mg.gov.br/
http://www.manuelzao.ufmg.br/
http://www.ambiente.sp.gov.br/cea/category/publicacoes-cea/agua/
http://bbaguabrasil.com.br/
ÁREAS PROTEGIDAS
http://www.mma.gov.br/areas-protegidas
http://www.ambiente.sp.gov.br/cea/category/publicacoes-cea/areas-protegidas/
ATIVIDADES LÚDICAS
http://www.tomdamata.org.br/default.asp /
BIODIVERSIDADE
http://www.mma.gov.br/biodiversidade
http://www.guardioesdabiosfera.com.br/index.html /
http://www.ambiente.sp.gov.br/cea/category/publicacoes-cea/biodiversidade/
http://www.ambiente.sp.gov.br/cea/category/publicacoes-cea/fauna/
BIOMAS
http://www.mma.gov.br/biomas
CIDADES SUSTENTÁVEIS
http://www.mma.gov.br/cidades-sustentaveis
DOCUMENTÁRIOS AMBIENTAIS
http://curtadoc.tv/tema/meio-ambiente/
www.oparavideos.com.br /
http://www.foxplaybrasil.com.br/channel/natgeo /
EDUCAÇÃO AMBIENTAL
http://www.mma.gov.br/educacao-ambiental /
http://www.revistaea.org/index.php /
https://ocaesalq.wordpress.com/
http://educares.mma.gov.br/index.php/reports
http://www.mma.gov.br/port/sdi/ea/documentos/
http://www.ambiente.sp.gov.br/cea/category/manuais/
http://www.icmbio.gov.br/educacaoambiental/
50 51PRODUTO TÉCNICO CADERNO DO EDUCADOR AMBIENTAL
EVOLUÇÃO
https://darwinianas.com/
OBJETIVOS DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL – ODS
https://nacoesunidas.org/pos2015/agenda2030/
http://www.pactoglobal.org.br/
ORGANIZAÇÃO NÃO-GOVERNAMENTAL - ONG
https://greenwire.greenpeace.org/brazil/pt-br /
http://www.wwf.org.br/
http://www.biodiversitas.org.br/index.htm /
PRODUÇÃO E CONSUMO SUSTENTÁVEIS
http://www.mma.gov.br/responsabilidade-socioambiental/producao-e-consumo-sustentavel /
http://www.feam.br/producao-sustentavel
http://www.ambiente.sp.gov.br/cea/category/publicacoes-cea/sustentabilidade/
RESÍDUOS SÓLIDOS
http://www.mma.gov.br/cidades-sustentaveis/residuos-solidos /
http://www.ecycle.com.br/index.php /
http://institutopnrs.com.br/site/
http://www.ambiente.sp.gov.br/cea/category/publicacoes-cea/residuos-solidos/
RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL
http://www.mma.gov.br/responsabilidade-socioambiental /
http://www.suapegadaecologica.com.br/
http://www.ambiente.sp.gov.br/cea/category/publicacoes-cea/ecocidadania/
1.4 ATIVIDADES LÚDICAS E PRÁTICAS
1. BOLINHAS DE SABÃO
Material: Garrafas PET, tesoura, detergente, grampeador.
Objetivo: Confeccionar com os educandos a partir das garrafas pet um “faz” bolinhas de sabão.
Confecção: A água com detergente deverá ser colocada em garrafas pet, cortadas ao meio, utilizando se a parte inferior.
Temas pertinentes: Importância da água. Plásticos, resíduos, reaproveitamentos, efeito estufa, misturas químicas etc.
Mais informação sobre a atividade: http://www.painelcriativo.com.br/2015/01/29/brinquedo-reciclado-bolhas-de-sabao-com-garrafa-pet/
2. CONSTRUINDO A TEIA DOS BICHOS DE CASA
Material:
• Papelão suficiente para fazer 17 cartões de tamanho a combinar;
• Fotos ou desenhos de: restos de comida, árvore, traça-dos-livros, lagartixa, formiga, barata, passarinho (pardal), coruja, aranha, papéis e tecidos, rato, gato, pulga, pomba, piolho, mosca, grãos (arroz, feijão, milho);
• 1 folha de papel pardo;
• 1 caneta hidrográfica de ponta grossa.
Procedimento:
Primeiro precisamos fazer os cartões do jogo, tarefa que você irá dividir com seus colegas de grupo. Para isso, cole nos cartões as fotos escolhidas ou desenhe neles o que elas apresentam.
Com os cartões prontos, o jogo pode começar.
52 53PRODUTO TÉCNICO CADERNO DO EDUCADOR AMBIENTAL
a) Reúna-se com seus colegas em grupos de quatro.
b) A folha de papel deve ser estendida sobre a mesa ou no chão.
c) Os cartões deverão ser colocados sobre a folha com as figuras voltadas para baixo.
d) Cada aluno pega 4 cartões. Se o grupo tiver 5 alunos, cada um pega somente 3. Os restantes ficam no centro para serem comprados pelos jogadores que não tiverem cartões para colocar na teia.
e) Os participantes estabelecem quem inicia o jogo e a ordem das jogadas.
f) O aluno que inicia o jogo coloca qualquer cartão sobre a folha de papel pardo. Os jogadores seguintes colocam seus cartões, um de cada vez, de maneira que o elemento ou organismo representado tenha alguma relação alimentar com os cartões já dispostos no papel. Exemplo: se o primeiro jogador colocar o cartão da aranha, e o jogador seguinte tiver os cartões da pomba, da formiga, dos grãos e da lagartixa, ele pode colocar o cartão da formiga, da qual a aranha se alimenta, ou o cartão da lagartixa, que se alimenta da aranha, dispondo-o próximo ao da aranha. Em seguida deverá ligar os dois cartões com uma seta, usando a caneta hidrográfica, como uma teia alimentar. Aos poucos será construída a teia alimentar do estudo.
g) Quando um participante não tiver nenhum cartão que possa ser colocado na mesa e não houver nenhum para ser comprado, ele perde a vez de jogar.
h) Ganha o jogo o aluno que conseguir colocar primeiro todos os cartões. Os outros continuam a jogar normalmente até que todos os cartões tenham sido colocados.
i) O grupo todo decide a possibilidade ou não de cada jogada.
j) Quando todos os elementos estiverem interligados, o grupo deve fazer mais setas para indicar outras relações possíveis entre os elementos da teia.
Quando a teia estiver completa, resolva o que se pede:
1. Identifique três cadeias alimentares que fazem parte dessa teia.
2. Que cadeia apresenta mais níveis alimentares?
3. Quais são os produtores dessa teia?
4. Na teia que formamos, os decompositores não estão representados. Como os elementos desse grupo participam dela?
Referência: SANTANA, Olga; FONSECA, Aníbal – Ciências Naturais, 6ª série. 2ª edição. São Paulo: Saraiva, 2006.
3. ESTUDO DE CASOS
Material: fichas de casos que deverão ser discutidos e resolvidos.
Objetivos: Instigar e criar debates e discursões sobre temas pertinentes.
Confecção: Artigos, pesquisas ou trabalhos com temas pertinentes. Deixando um “leque” de conclusões onde os educandos têm que solucionar.
Temas: Os mais diversos temas relacionados a danos ambientais.
Mais informação sobre a atividade: http://casoteca.enap.gov.br/attachments/article/4/Separatta_cap3.pdf
4. FLORES DE PAPEL
Material: jornal ou revistas, tesoura, cola, espeto de churrasco ou gravetos, tintas ou canetas.
Objetivo: com os materiais citados, confeccionar flores artesanais através de jornais ou revistas.
Confecção: Os educandos deverão enrolar as folhas de jornais ou revistas produzindo tubos finos, em outras folhas recortando pétalas de jornais e colando formando uma rosa. Colocar no palito de churrasco ou graveto decorando a rosa.
Temas: reciclagem, botânica, sustentabilidade.
Mais informação sobre a atividade: http://www.comofazerartesanatos.com.br/como-fazer-rosas-de-jornal-velho/
5. GUERREIROS DO BEM
Material: argila, sementes de girassol.
Objetivos: Criar bombas de sementes para serem jogadas em áreas de desmatamento.
Confecção: Os educandos deverão introduzir as sementes em bolinhas de argilas.
54 55PRODUTO TÉCNICO CADERNO DO EDUCADOR AMBIENTAL
Temas: Desmatamento, conscientização, flora e botânica.
Mais informação sobre a atividade: http://www.saberesdojardim.com/bombas-de-sementes-de-argila/
6. JOGO AMBIENTAL CAUSA E EFEITO
Autor: Vinícius Trindade Lopes de Moura
E-mail: [email protected]
Composição:
36 cartas, sendo cinco “causa” E se... identificadas com as letras A, B, C, D e E.
22 cartas “consequências”. Numeradas.
9 cartas “tarefas”.
Objetivo: acumular o maior número de pontos e encerrar a partida como o vencedor.
Participantes: 2 a 6 jogadores
Procedimentos:
1. O mediador distribuirá todas as cartas brancas “consequências” e “tarefas” aos participantes.
2. O mediador colocará as cartas A, B, C, D e E uma sobre a outra a mesa ou em círculos, como queira.
3. Escolhe-se quem inicia o jogo, que seguirá conforme o movimento dos ponteiros do relógio.
4. O primeiro jogador deverá descartar uma carta coerente com uma das cartas A, B, C, D e E. Por exemplo: após a carta A pode se colocar a carta 7. As cartas podem ser colocadas em qualquer direção. O importante é trazer uma consequência à carta a qual ela está vinculada.
5. O primeiro jogador pode ainda escolher descartar uma carta tarefa e cumprir a ação. Nesse caso, a carta é disposta em uma pilha de descarte.
6. A carta 20 - “ameaça de morte” encerra uma sequência e, portanto, só pode ser descartada quando já houver pelo menos cinco cartas anteriores.
7. O jogo prossegue até que um dos jogadores descarte a sua última carta.
Outras possibilidades:
A 7 1 ou 11 3 3 21 20
B 16 14 15 6 17 ou 5 20
C 11 1 3 4 21 20
D 12 9 17 21 20
E 19 18 17 21 20
Variação do jogo:
- Distribui-se uma carta para cada jogador e os demais irão compor o maço de compras.
- Existe um gabarito pré-conhecido e cada jogador deve tentar completar essa sequência conforme a tabela.
- Vá virando as cartas aleatoriamente, uma por uma. Quem tiver uma carta consequência na mão descarta. E, em seguida, o próximo. Até que alguém se livre de todas.
- Na versão doméstica, as tarefas precisam ser selecionadas, pois algumas ações não podem ser realizadas dentro de casa.
7. JOGO VERDADE E CONSEQUÊNCIAS ECOLÓGICAS: UM JOGO PARA A FAMÍLIA
Autor: Vinícius Trindade Lopes de Moura
E-mail: [email protected]
Número de participantes: 2 a 4
Objetivo: acumular o maior número de pontos e ser o vencedor, indicando corretamente as verdades e as consequências das ações ambientais em um condomínio.
Materiais:
22 cartas consequência.
5 cartas verdade.
56 57PRODUTO TÉCNICO CADERNO DO EDUCADOR AMBIENTAL
Procedimentos:
Distribuir duas cartas para cada participante. Colocar a carta A sobre a mesa com a face impressa para cima. Sorteia-se quem iniciará o jogo. Se tiver uma carta consequência da carta A coloca-se ao lado. O mediador verificará se a carta está no gabarito. Se estiver, concede três fichas. Se não estiver, recebe um. Se a carta estiver no gabarito, mas ainda não é a sua vez, retira-se da sequência e coloca-se à disposição dos jogadores ao lado do maço de compra. O jogo segue assim até que a sequência seja completada. Em seguida, utiliza-se a verdade B, e assim sucessivamente. As cartas coringas oferecem oportunidades de acumular fichas realizando uma tarefa instantânea.
8. MINI-HORTA
Material: garrafas PET, tesoura, terra vegetal, mudas.
Objetivos: sensibilizar os educandos para a importância da árvore, confeccionando um jardim com garrafas pet.
Confecção: deite a garrafa e corte um dos lados da “barriga” da garrafa, sem atingir o fundo ou a boca. Faça pequenos furos no fundo e coloque terra. Em seguida, plante as sementes ou as mudas e cultive com cuidado.
Temas: desmatamentos, importância da flora, troca gasosa pelo oxigênio, abrigo de fauna, frutos, sustentabilidades, etc.
Fonte: www.pinterest.com
Mais informações sobre a atividade: http://www.2quartos.com/horta-garrafa-pet-passo-passo/
9. PORTA-RETRATOS
Material: papelão, cola, tesoura, durex, papel de presente, molde pronto.
Objetivo: confeccionar porta-retratos.
Confecção: usando o molde, recortar o papelão usando a criatividades para decorar o mesmo.
Temas pertinentes: papelão, resíduos, decoração, etc.
Mais informações sobre a atividade: http://maniadedecoracao.com/2014/11/07/como-fazer-porta-retrato-com-papelao/.
10. SABÃO EM BARRA ECOLÓGICO
Ingredientes:
5 litros de óleo de cozinha usado
1 litro de água fria
100 mL de óleo de pinho (para dar cheiro agradável) opcional
100 mL de glicerina (para deixar o sabão cremoso e as mãos macias)
1 litro de soda cáustica líquida
2 folhas de mamão (alvejante natural)
Materiais:
Balde plástico
Colher de pau grande ou cabo de vassoura
Faca ou tesoura
Peneira
5 caixas de leite vazias
Equipamentos de segurança:
Máscara, luvas e óculos.
Cuidados necessários:
Ao manusear a soda cáustica, use máscara, luvas e óculos, ficando atento para não deixar o produto cair na pele ou respingar nos olhos. A embalagem da soda não pode ser reciclada, descarte-a adequadamente.
58 59PRODUTO TÉCNICO CADERNO DO EDUCADOR AMBIENTAL
Modo de fazer:
1) Cortar ou picar as folhas de mamão em pedacinhos
2) Colocar dentro do balde e, em seguida, a soda
3) Adicionar a água e misturar
4) Coar o óleo
5) Adicioná-lo misturando aos outros ingredientes
6) Colocar o óleo de pinho e continuar misturando
7) Por último, colocar a glicerina.
8) A partir deste momento, misturar por 35 minutos, sem parar.
9) Despejar dentro das caixas de leite e aguardar 3 dias
10) Após os 3 dias, retirar da caixa.
11) Recortar em pedaços
12) Deixar endurecer por mais uma semana
Fonte: Programa Chuá de Educação Ambiental da Companhia de Saneamento de Minas Gerais – COPASA.
11. SOMOS TODOS TERRA
Autora: Berenice Gehlen Adams
Apresentação
Esta dinâmica é focada no redespertar dos sentidos e, quando aplicada, os resultados confirmaram que foram alcançados os objetivos propostos, indicando ser esta dinâmica uma boa ferramenta para trabalhar o saber sensível, o redespertar dos sentidos, além de promover a sensibilização e, consequentemente, a conscientização ambiental.
Objetivos:
Trabalhar os sentidos, integrar o grupo, refletir sobre a terra, despertar emoções de amor pela terra, despertar o sentimento de pertencimento à terra, o sentido do cuidado, de coletividade, como também de individualidade.
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3 9
4 10
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Materiais necessários:
Cada participante deverá levar pelo menos três porções pequenas de terra em um pote ou outra embalagem. Essa terra deve ter valor sentimental quanto ao espaço de onde ela for tirada; o ministrante deverá levar um vaso médio/grande e uma muda de planta nativa da região onde for trabalhar a dinâmica, como sugestão, ou outra planta acessível.
Dinâmica:
Grupo disposto em um grande círculo, sentados no chão - ou em cadeiras.
Ministrante faz algumas solicitações:
- Olhem bem detalhadamente a terra que trouxeram.
- Cheirem profundamente essa terra.
- (Opcional) Manipulem e sintam a textura, temperatura, umidade dessa terra... (isso se houver possibilidade no espaço onde está sendo desenvolvida a dinâmica, uma vez que a terra poderá ser espalhada sem querer ou porque as mãos ficarão “sujas” de terra).
Em seguida, dizer: “isto que nós estamos vendo, somos nós! Nós somos terra, um dia seremos desta forma, como o que estamos vendo e sentindo!”
Dividir a turma em pequenos grupos ou duplas.
Conversar uns com os outros e contar de onde aquela terra vem e por que ela é importante, qual o valor sentimental dela.
Após a conversação, apresentar o vaso.
O monitor, que também deverá levar sua terra, coloca as suas porções no vaso e este vai passando de mão em mão para receber a terra dos demais participantes.
E, finalmente, plantar a muda.
Fechamento:
Conversar sobre as sensações da atividade e destacar que todos deverão cuidar da muda, que simboliza um momento de redespertar os sentidos através da terra.
Referência: http://www.revistaea.org/pf.php?idartigo=2369.
60 61PRODUTO TÉCNICO CADERNO DO EDUCADOR AMBIENTAL
2 ELABORAÇÃO DE PROJETOS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL
A ideia de fomentar programas, projetos e ações de Educação Ambiental é um dos objetivos estabelecidos pelo Programa Nacional de Educação Ambiental (ProNEA), (BRASIL, 2014), entendendo que estes podem colaborar para difundir a legislação ambiental (BRASIL, 2014). O ProNEA traz ainda entre suas linhas de ação e estratégias ações que busquem estimular e apoiar a criação de programas de Educação Ambiental e sua inclusão nos projetos públicos e privados que causem impactos ambientais (BRASIL, 2014).
Segundo Barbosa (2001), a definição de projeto pode ser algo amplo, por ser aplicado a qualquer modelo de planejamento, mas quando comparado a planos e programas, normalmente são caraterizados por serem mais limitados nos aspectos relacionados ao tempo, espaço e recursos. Os projetos têm a sua origem a partir de sugestões dos sujeitos envolvidos, gestores, beneficiários, para sanar problemas, pois estes traduzem com mais propriedade a realidade e as necessidades dos envolvidos, favorecendo o melhor alcance, aproveitamento e conhecimento de cada sujeito (BARBOSA, 2001).
Assim, a construção de projeto está sempre associada a algo que se transforma no presente e se deseja alcançar no futuro, por meio da construção de novos cenários, tendo no mínimo dois componentes distintos, mas interligados, o que se quer atingir e como se vai atingir (ROSA, 2007). No entanto, a construção de projeto de Educação Ambiental, nem sempre é algo simples de ser estruturado, conforme ficou evidenciado durante a pesquisa com os egressos do projeto BH Itinerante, já que algumas pessoas não sabem como iniciar e/ou executar as ações de maneira a que se tenha a participação e colaboração dos sujeitos envolvidos.
Portanto, duas referências podem auxiliar os interessados na estruturação de projeto socioambientais. A primeira sugestão, texto: “Onze passos do planejamento estratégico participativo”, elaborado por Marcos José Pereira Silva, organizado numa concepção de estratégia participativa, conforme afirma o autor. Este texto faz parte do livro “Metodologia Participativa – uma introdução a 29 instrumentos”, que foi organizado por Markus Brose. O texto traz orientações que auxiliam no planejamento participativo para enfrentar de modo eficiente e eficaz um conflito, tomando como base os métodos Planejamento Estratégico Situacional (PES) e Método Altadir de Planejamento Popular (MAPP), ambos criados pelo chileno Carlos Matus (SILVA, 2010).
REFERÊNCIA:
SILVA, Marcos José Pereira. Onze passos do planejamento estratégico participativo. In: BROSE, Markus (org) Metodologia participativa: uma introdução a 29 instrumentos. 2 ed., Porto Alegre: Tomo Editorial, 2010, p. 163-180.
A segunda sugestão é um roteiro para elaboração de projetos de Educação Ambiental, elaborado pela Coordenadoria de Educação Ambiental da Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo. Esse roteiro traz o passo a passo para estruturação de um projeto, apresentando os detalhes necessários que devem ser considerados durante a idealização do planejamento, que podem auxiliar municípios, escolas ou instituições da sociedade civil (SÃO PAULO, 2013).
REFERÊNCIA:
SÃO PAULO (Estado). Secretaria do Meio Ambiente. Coordenadoria de Educação Ambiental. Roteiro para elaboração de projetos de Educação Ambiental. Texto Caroline Vivian Gruber; Denise Scabin Pereira; Rachel Marmo Azzari Domenichelli. São Paulo: SMA/CEA, 2013. 40 p. Disponível em: <http://www.ambiente.sp.gov.br/cea/files/2014/01/roteiro-proj-ea.pdf>. Acesso em: 06 dez. 2016.
Durante a execução de projetos socioambientais, recomenda-se que o propositor desenvolva avaliações para acompanhamento das ações que são propostas ao longo do planejamento. No entanto, a prática de avaliação em projetos é bastante debatida e sua aplicação não é usualmente utilizada pelos gestores dos projetos, sendo limitada ao controle de investimentos financeiros ou simplesmente com relatório das ações desenvolvidas (ASSUMPÇÃO; CAMPOS, 2011).
Conforme Assumpção e Campos (2011), a avaliação de um projeto pode ser realizada em três momentos distintos, sendo eles: antes (ex-ante) de realizar as ações previstas pelo projeto; durante (in-itineri) a execução do mesmo; e depois (ex-post) do projeto aplicado. Quando se realiza a avaliação ex-ante, é possível levantar informação prévia sobre a realidade do local onde as intervenções do projeto acontecerão, além de permitir a escolha das estratégias para conseguir o atendimento dos objetivos do projeto. Durante a execução do projeto, momento in-itineri, desenvolvem-se avaliações e monitoramentos para verificação das ações em andamento, sendo possível identificar se as intervenções estão sendo suficientes e até mesmo identificar possíveis ajustes das ações. Já o ex-post possibilita aos gestores avaliarem os impactos das intervenções e permite tomada de decisões referentes à continuidade e eventuais alterações do projeto.
Existem diversos modelos teóricos de avaliação que podem ser aplicados conforme as habilidades práticas do avaliador, vínculos e interesses dos gestores (ASSUMPÇÃO; CAMPOS, 2011). O uso de questionários, entrevistas, roda de conversa, autoavaliações e indício de mudança de hábitos são alguns dos métodos que podem ser utilizados para a avaliação (SÃO PAULO, 2011). Durante a avaliação é interessante contemplar formas participativas de avaliação, de maneira que inclua todos os envolvidos direta e indiretamente com o projeto e, inclusive, os beneficiários (SÃO PAULO, 2013).
Assim, algumas referências bibliográficas podem auxiliar aos interessados no aprofundamento sobre a avaliação de projetos e indicadores. Vejam-se:
• Avaliação para o investimento social privado: metodologias. Organização: Fundação Itaú Social, Fundação Roberto Marinho, Fundação Maria Cecília Souto Vidigal, Move.
• BORBA, Paulo da Rocha Ferreira et al. Monitoramento e avaliação de programas e projetos sociais: desenvolvimento de um plano de avaliação. 2004.
• BUVINICH, Manuel Rojas. Ferramentas para o monitoramento e avaliação de programas e projetos sociais. 1999.
• CEPAL/Division de Desarrollo Social. Manual de formulação e avaliação de projetos sociais. 1997.
No que concerne ao projeto como um todo, o propositor deverá tomar alguns pontos sugeridos por Buvinich (1999), CEPAL (1997), Almeida (2006), Cabral (2011) e Assumpção e Campos (2011), durante a construção do planejamento, como:
63CADERNO DO EDUCADOR AMBIENTAL 62 PRODUTO TÉCNICO
a) Idealização social: pressupõe que um projeto deve ter a participação e o acompanhamento dos sujeitos em sua idealização e implementação;
b) definições: deve-se definir quem serão os beneficiários, diretos e indiretos, e possíveis opositores ao projeto, pois esses sujeitos devem estar explícitos para permitir traçar as estratégias e ações;
c) envolvimento: um projeto deve possuir envolvimento de pessoas, grupos ou comunidades e colaboradores (direto e indireto) do projeto social;
d) transformação: o projeto deve visar à transformação da realidade para o bem comum, promovendo o desenvolvimento local. E essa transformação deve acontecer sem fins lucrativos;
e) eficácia: refere-se à capacidade administrativa do projeto para atender às metas ou aos resultados propostos;
f) eficiência: busca-se produzir o máximo de resultados com o mínimo recurso e;
g) efetividade: deve-se verificar a relação entre os custos e objetivos do projeto.
Dessa forma, quando o propositor segue essas recomendações, possibilita uma proposta de Educação Ambiental transformadora e participativa, já que terá o envolvimento e a contribuição de todos os interessados durante o planejamento, execução e avaliação do projeto.
A experiência de construir esse produto técnico foi de grande importância para os autores. Entretanto, ressalta-se que todas essas propostas devem ser desenvolvidas seguindo-se os pressupostos de inovação social, uma vez que se reafirma a ideia de que nenhuma intervenção deve ser construída numa lógica de imposição, sem se levar em consideração a realidade e necessidade dos sujeitos. A própria elaboração desse Caderno do Educador Ambiental vai ao encontro do sentido da inovação social, já que foi construído levando-se em consideração a participação dos sujeitos envolvidos na pesquisa, visando a uma produção que pudesse colaborar e facilitar o trabalho desses educadores.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
65CADERNO DO EDUCADOR AMBIENTAL 64 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Durante toda a construção do caderno do educador foi possível escutar algumas das dificuldades da mobilização, descrita por Toro e Werneck (1996): o fato de lidar com pessoas e opiniões. Essa dificuldade foi muitas vezes relatada pelos participantes da pesquisa, demonstrada no trato com os sujeitos envolvidos nos processos de sensibilização e conscientização, além da dificuldade de motivá-los a participar e idealizar projetos socioambientais.
Assim, com a elaboração deste produto técnico, espera-se que algumas dificuldades possam ser minimizadas, por meio da orientação de como construir um projeto socioambiental, tendo como foco os princípios da inovação e a mobilização social. No que se refere às dificuldades com recursos pedagógicos, acredita-se que as informações coletadas possam ajudar, ainda que, diante da quantidade de informações disponíveis na internet, as colaborações possam ser consideradas insignificantes. De qualquer forma, os educadores podem buscar outras e até mesmo novas informações por meio da internet.
É importante informar que, após o período de coleta de sugestões dos egressos do BH Itinerante, adotou-se o recebimento de colaboração de outros sujeitos que aceitaram participar e indicar produções para o caderno do educador. Com o intuito de continuar recebendo novas sugestões, o manual traz orientação para os interessados sobre como colaborar com informações e submetê-las aos organizadores do produto técnico (Apêndice I). Pretende-se, portanto, que este caderno em sua versão on-line seja constantemente atualizado e enriquecido.
ALBANUS, Lívia Lucina Ferreira; ZOUVI, Cristiane Lengler. Ecopedagogia: educação e meio ambiente. Curitiba: Intersaberes, 2013 (Série Pedagogia Contemporânea).
ALMEIDA, Vicente de Paulo. Avaliação de programas sociais: de mensuração de resultados para uma abordagem construtivista. Pesquisas e Práticas Psicossociais, São João del-Rei, v. 1, n. 2, dez. 2006. Disponível em: <http://www.ufsj.edu.br/portal-repositorio/File/revistalapip/VicenteAlmeida.pdf>. Acesso em: 14 abril 2016.
REFERÊNCIAS
66 67REFERÊNCIAS CADERNO DO EDUCADOR AMBIENTAL
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ANDRÉ, Isabel; ABREU, Alexandre. Dimensões e espaços da inovação social. Finisterra, v. XLI, n. 81, p. 121-141, 2006. Disponível em: <http://revistas.rcaap.pt/ finisterra/article/view/1465/1160>. Acesso em: 05 dez. 2016.
ASSUMPÇÃO, Jairo José; CAMPOS, Lucila Maria de Souza. Avaliação de projetos sociais em ONGs da Grande Florianópolis: um estudo sobre modelos relacionados ao foco de atuação. Rev Adm Pública [online]. v. 45, n. 1, pp. 209-242, 2011. ISSN 0034-7612. Disponível em: <http://dx.doi.org/10.1590/S0034-76122011000100010>. Acesso em: 4 fev. 2013.
BARBOSA. Ricardo. Monitoramento e avaliação de projetos sociais. Trabalho de conclusão (Especialização em Desenvolvimento Rural e Agroecologia) – Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2001.
BARBOZA LACERDA, Luiz Felipe; VIEIRA FERRARINI, Adriane. Inovação social ou compensação?: reflexões acerca das práticas corporativas. Polis, Santiago, v. 12, n. 35, p. 357-379, agosto 2013. Disponível em: <http://www.scielo.cl/scielo.php?script= sci_arttext&pid=S0718-65682013000200016&lng=es&nrm=iso>. Acesso em: 05 dez. 2016.
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CADERNO DO EDUCADOR AMBIENTAL 68 REFERÊNCIAS
SANTANA, Olga; FONSECA, Aníbal. Ciências Naturais. 6ª série. 2. ed., São Paulo: Saraiva, 2006.
SÃO PAULO (Estado). Secretaria do Meio Ambiente. Coordenadoria de Educação Ambiental. Roteiro para elaboração de projetos de Educação Ambiental. Texto Caroline Vivian Gruber; Denise Scabin Pereira; Rachel Marmo Azzari Domenichelli. São Paulo: SMA/CEA, 2013. 40 p. Disponível em: <http://www.ambiente.sp.gov.br/ cea/files/2014/01/roteiro-proj-ea.pdf>. Acesso em: 06 dez. 2016.
SÃO PAULO (Estado). Secretaria do Meio Ambiente. Coordenadoria de Educação Ambiental. Roteiro básico para elaboração de termo referência de Educação Ambiental FEHIDRO. São Paulo: SMA/CEA, 2011. Disponível em: <http://www.sigrh.sp.gov.br/public/uploads/documents/7341/roteiro-para-elaboracao-de-projetos-fehidro-caap-pagina-cea.pdf >. Acesso em: 08 dez. 2016.
SILVA, Marcos José Pereira. Onze passos do planejamento estratégico participativo. In: BROSE, Markus. (org) Metodologia participativa: uma introdução a 29 instrumentos. 2. ed., Porto Alegre: Tomo, 2010, p. 163-180.
SPINK, Peter. Inovação na perspectiva dos inovadores: a experiência do programa Gestão Pública e Cidadania. Cadernos EBAPE.BR, v. 1, n. 2, dez. 2003. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1679-39512003000200002. Acesso em: 30/06/2014.
TORO, José Bernardo; WERNECK, Nisia Maria (1995). Mobilização social: um modo de construir a democracia e a participação. Fundación Bogotá, 1996.
TRISTAO, Virgínia Talaveira Valentini; TRISTAO, José Américo Martelli. A contribuição das ONGS para a Educação Ambiental: uma avaliação da percepção dos Stakeholders. Ambient Soc, São Paulo, v. 19, n. 3, p. 47-66, set. 2016. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-753X2016000300047& lng=pt&nrm=iso>. Acesso em: 03 nov. 2016
VASCONCELLOS, Hedy Silva Ramos et al. Espaços educativos impulsionadores da Educação Ambiental. Cad CEDES, Campinas, v. 29, n. 77, p. 29-47, abril de 2009. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-32622009000100003&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 12 mai. 2015.
APÊNDICES
CADERNO DO EDUCADOR AMBIENTAL
Para envio de sugestões de conteúdos para auxiliar no trabalho da Educação Ambiental, o interessado de encaminhar para o seguinte e-mail: [email protected].
Pedimos que ao ser encaminhada a sua sugestão, que a mesma atenda às recomendações e orientações abaixo, conforme o tipo de sugestão que for enviado. Vejamos:
PARA RECOMENDAÇÃO DE MANUAIS, GUIAS E CADERNOSTítulo: informar o nome do manual ou guia ou caderno.Disponível em: informar o endereço para baixar ou acessar a recomendação.
APÊNDICE I
APÊNDICE I CADERNO DO EDUCADOR AMBIENTAL
PARA RECOMENDAÇÃO DE LIVRO:Título: informar o nome do livroAutor: informar o(s) autor(es)Público: informa para quem é destinado (adulto ou infantil) Editora: informar a editoraSinopse: colar a sinopse do livro, conforme descrição do site da editoraFonte: colar aqui o endereço eletrônico de site da editora de onde a sinopse foi retirada.
PARA RECOMENDAÇÃO DE VÍDEO Título: informar o nome do vídeoInformação: fazer uma breve descrição do vídeo recomendado. Caso cole informação do site, informar a fonte. Fonte: colar aqui o endereço eletrônico de site onde a informação foi retirada (quando aplicável).Disponível em: informar o endereço para baixar ou assistir online
PARA RECOMENDAÇÃO DE FILME/DOCUMENTÁRIOTítulo: informar o nome do filme ou documentárioIdealização: informar de quem foi a idealização (quando aplicável) Distribuição: informar que é o responsável pela distribuição do vídeo Público: informar para quem é destinado (adulto ou infantil) Sinopse: colar a sinopse do filme ou documentário, conforme descrição do site ou página de divulgação do vídeo.Fonte: colar aqui o endereço eletrônico de site onde a informação da sinopse foi retirada. Disponível em: informar o endereço para baixar ou assistir online (quando aplicável)
PARA RECOMENDAÇÃO DE SITESite: colar o site desejadoInformação: descrever o que pode ser acessado neste site.
PARA RECOMENDAÇÃO DE ATIVIDADE LÚDICA
Sugestão de livros físicos e digitais que tragam sugestão de atividades lúdicas, devem ser informados no item “manuais, guias e cadernos” ou “livros”.
Pode ser encaminhado sugestão própria do colaborador, mas é preciso enviar:
• A descrição detalhada da prática,
• O nome do autor;
• Caso tenha alguma criação (peça, áudio, ilustração, etc.), deve ser encaminhado juntamente com a sugestão.
Lembrem-se de que, no caso de atividade, é importante descrever todo o roteiro da ação paraque possamos colocar no Caderno do Educador Ambiental.
CADERNO DO EDUCADOR AMBIENTAL APÊNDICE I
APÊNDICE II
CADERNO DO EDUCADOR AMBIENTAL
Ari Silva Gobira
Graduado em Ciências Biológicas pela Universidade Presidente Antônio Carlos - UNIPAC (2009), especialista em Gestão Ambiental de Resíduos Sólidos pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais - PUC Minas - IEC (2010). Possui capacitação de Consultoria Ambiental pela GS Educacional. É Consultor Ambiental pela ABR Consultoria Ambiental, empresa que atua na área de prestação de serviços ambientais. Possui experiência profissional na área de educação ambiental, gestão de resíduos, coordenação de projetos ambientais e avaliação ambiental. Atualmente cursando Mestrado Profissional em Gestão Social, Educação e Desenvolvimento Local, no Centro Universitário UNA. Integrante do Grupo de Pesquisa: Trabalho-educação e desenvolvimento local, que tem como objetivo estimular, executar, sistematizar e socializar pesquisas sobre trabalho-educação e desenvolvimento local constituindo-se como ambiência propícia para a produção de conhecimento e a formação de novos pesquisadores. Integrante do quadro de Especialista, na área de Educação Ambiental, do Conselho regional de Biologia - 4ª Região.
Áurea Regina Guimarães Tomasi
Graduação em Ciências Sociais pela Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas - Universidade Federal de Minas Gerais (1979); pós-graduação em Ciências Sociais Aplicadas à Educação - Faculdade de Educação da UFMG (1982); mestrado em Ciências da Educação - Université René Descartes - ParisV Sorbonne (1994) e doutorado em Ciências da Educação - Université René Descartes Paris, V Sorbonne (2005). Foi coordenadora do Programa de Capacitação de Dirigentes - PROCAD, da Secretaria de Estado da Educação SEE/MG. Foi Tutora no Curso de Formação Superior de Professores- Veredas, pela Universidade do Estado de Minas Gerais- FAE/UEMG. Tem experiência na área de Metodologia Científica e Sociologia com ênfase em Educação. Atualmente é professora adjunta na graduação da Faculdade de Ciências Humanas, no Mestrado Profissional em Gestão Social, Educação e Desenvolvimento Local, do Centro Universitário UNA e na graduação em Pedagogia da Faculdade de Educação da Universidade do Estado de Minas Gerais- UEMG. Tem atuado em ensino, pesquisa e extensão nessas instituições, principalmente nas seguintes sub áreas: organizações populares, escola, formação de professores, sociologia da leitura e pesquisa.
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ANEXO A - Parecer do Comitê de Ética e Pesquisa do Centro Universitário Belo
Horizonte – Uni-BH
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