CERÔMEROS - UFSC
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Escola de Aperfeiçoamento Profissional Especialização em Dentistica
CERÔMEROS
Marize Oss-Emer
Florianópolis (SC), 2005
Escola de Aperfeiçoamento Profissional Especialização em Dentistica
UFSC/ODONTOLOGIA BIBLIOTECA SETORIAL
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CEReIM EROS
Marize Oss-Emer
Trabalho de Conclusão apresentado ao Curso de Especialização em Dentistica, da Escola de Aperfeiçoamento Profissional da Associação Brasileira de Odontologia /SC, como requisito para obtenção do titulo de Especialista em Dentistica.
Orientador: Professor Dr. tlito Araújo.
Florianópolis (SC), 2005
o onteiro Júnior Coordenador do Curso de Especialização em Dentistica
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Prof Dr. Sylvio Monteiro Júnior M 1t r
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Marize Oss-Emer
CERCIMEROS
Este trabalho de conclusão foi julgado adequado para obtenção do titulo de
Especialista em Dentistica e aprovado em sua forma final pelo Curso de Especialização em
Dentistica
Florianópolis, 30 de março de 2005.
a&ea. 6.E-G- ,far.Ewyr)
a eus cpor ter me ifuminudo ent meus caminh-os.
meus tl azs yor me darem o maievrecioso dom, o (Corn ai vida eyor terem
me oferecido a ojoortunirfad estudar e alcançar os seus e os meus son/Tos.
etto-- meu orientador eboutor fit° ratijo, dedicado e exigente yue me (feu
apoio yara reafizar este traEafh-o.
a. meu Woivo, 'or ter me apoiado, ajudacCo e me comilreendido.
minh-as amiyas, IS-au/a, ararise, Pan essa e Zeticia, por terem me
apoiado eyor estarem semyre ao meu faro.
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CERÔMEROS Marize OSS-EMER Orientador: Elito ARAÚJO Data de defesa: março de 2005
Resumo: A estética odontológica possui hoje destaque significativo dentro da sociedade. Com os grandes avanços técnicos e científicos, o termo estética está sempre se desenvolvendo com o intuito de aperfeiçoar suas concepções, garantindo o sucesso do tratamento, além de ser o fator colaborador na reabilitação odontológica, associado aos requisitos biológicos, funcionais e mecânicos. Os conceitos de prevenção e conservadorismo juntamente com a criação do condicionamento ácido do esmalte por Buonocore em 1955, a evolução das resinas compostas criada por Bowen em 1963, a melhora nas propriedades ópticas, mecânicas, químicas e biológicas das porcelanas e o surgimento de cimentos resinosos capazes de formar união entre restauração e estrutura dental, vieram viabilizar soluções estéticas conservadoras. Além disso, outros detalhes são importantes como: a cerâmica praticamente não permite reparos e merece atenção em relação ao desgaste do dente antagonista. Novas propostas dentre elas, a de combinar a versatilidade dos compósitos com a resistência das cerâmicas, buscando uma forma de equilíbrio entre suas propriedades fisico-mecânicas, deram origem a um compósito que ficou conhecido como cer8mero. Através desta revisão de literatura foi possível concluir que: até hoje os polímeros não têm estudos clínicos a longo prazo que permitam obter se as características semelhantes As das cerâmicas, como propriedades e longevidade, se são realmente eficazes. Para isso, é necessário estudos clínicos a longo prazo para saber realmente a efetividade e durabilidade destes materiais; a criação de novos materiais restauradores, os cerômeros, sem dúvida tem dado mais opções de tratamentos; e são utilizados para dentes posteriores devido ao seu alto módulo de elasticidade e abrasão reduzida, e em anterioreg tem um resultado estético bom, porém as cerâmicas são mais satisfatórias em relação à estética.
Palavras chaves: cerômero, compósitos, restaurações indiretas.
CEROMER
Marize OSS-EMER Director: Elito ARAÚJO Day of defense: march 2005
Abstract: The dental esthetic has today significative prominence in the society. With the big technical and cientific advances, the name esthetic is always developing with the intention of to improve yours conceptions, securing the success of the treatment, over there is the factor that contributes in the odontologic rehabilitation, associated to the biologics, actions and mechanics requisites. The concepts of prevention and preserving together with the creation of acid conditioning of enamel by Buonocore in 1955, the evolution of composites invented by Bowen in 1963, the improvement in the optics proprieties, mechanics, chemicals and biologics of the porcelain and the appearing of resin cements able to form an union between the restauration and dental structure, came to promove esthetics solutions about prevention. Than, others details are importants like: the ceramic practicy don't permite repairs and deserves atention about the relationship of the wearing of the opposite tooth. Among the new propositions match the versatility of the composites with the resistence of the ceramics, trying to find equilibrium between its proprieties fisic-mechanical, had origen an composite that have been know like ceromer. Though this revision of literature was possible to make a conclusion that: until nowadays, the polimers don't have clinical studies for a long time that could get equal characteristics of ceramics, like proprieties and duration, to know if they are really efficient. For that, its necessary clinical studies for a long time to really know the efficiency and durability about this materials; the creation of new materials restauratives, the ceromers, without doubt has given more options of treatment; and they are used to post teeth because of its high module of elasticity and low abrasion, and an anterior teeth they are a good esthetic result, althougt the ceramics are more satisfatory about esthetic.
Key Words: ceromer, composites, indirects restaurations.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO 07
2 REVISÃO DE LITERATURA 10 2.1 Ceriimeros 10 2.1.1 Histórico 10 2.1.2 Composição 11 2.1.3 Indicações 14 2.1.4 Contra- indicações 14 2.1.5 Vantagens 14 2.1.6 Desvantagens 16 2.1.7 Tipos de sistemas 17 2.1.8 Características do preparo 20 2.1.9 Cimentação 22 2.2 Compósitos fibro reforçados 23 2.2.1 Histórico 23 2.2.2. Composição 23 2.2.3 Características 24 2.2.4 União sistema Targis/Vectris 24 2.2.5 Classificação das fibras 25 2.2.6 Indicações e Contra- indicações 25
3 DISCUSSÃO 26
4 CONCLUSÃO 31
5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 32
6 APÊNDICE 34
1 INTRO DUÇÃ O
HA muito tempo já se conhece a importância da presença de todos os dentes na
manutenção do equilíbrio estomatognático, bem como a necessidade de preservar ao
máximo a estrutura dental sadia. Diante disso, os pacientes cada vez mais têm
procurado por restaurações que forneçam naturalidade, durabilidade e custo acessível.
As primeiras tentativas de substituir os dentes perdidos foram feitas pelos
egípcios, que ancoravam esses dentes na dentição remanescente com fios de ouro. Os
etruscos por volta de 1000 a 400 a.C., substituiram os dentes perdidos e prendiam-nos
através de uma lâmina de ouro aos dentes vizinhos. Entretanto, somente quando
Taggart (1907) apresentou na Sociedade Odontológica de Nova Iorque algumas
melhorias no processo de fundição, bem como a introdução da pressão pneumática, a
Odontologia pode restaurar ou substituir dentes dentro dos princípios biomecinicos.
A estética odontológica possui hoje destaque significativo dentro da sociedade.
Com os grandes avanços técnicos e científicos, o termo estética está sempre se
desenvolvendo com o intuito de aperfeiçoar suas concepções, garantindo o sucesso do
tratamento, além de ser o fator colaborador na reabilitação odontológica, associado aos
requisitos biológicos, funcionais e mecânicos. Outros fatores relacionados ao
tratamento estético são, basicamente, as propriedades dos materiais restauradores e os
procedimentos clínicos, buscando características que forneçam uma boa forma e
contorno até atingir um senso de harmonia. Sendo assim, o conhecimento dos
princípios e das regras da estética aplicados a odontologia são fundamentais para se
construir sorrisos agradáveis, juntamente a habilidade artística e aos materiais que são
utilizados.
Os conceitos de prevenção e conservadorismo juntamente com a criação do
condicionamento Acido do esmalte por Buonocore em 1955, a evolução das resinas compostas
criada por Bowen em 1963, a melhora nas propriedades ópticas, mecânicas, químicas e
biológicas das porcelanas e o surgimento de cimentos resinosos capazes de formar união entre
restauração e estrutura dental, vieram viabilizar soluções estéticas conservadoras (VIEIRA,
1995).
Porém a almejada busca pela otimização odontológica vem desafiando a ciência e a
capacidade do homem em desenvolver materiais para recompor estruturas dentais perdidas e,
concomitante, proteger as estruturas remanescentes com maior efetividade.
A procura pela estética associada com a longevidade dos trabalhos reabilitadores
protéticos tem marcado um dos principais objetivos a serem alcançados, tanto pelo paciente
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como pelos profissionais da Area odontológica, além de motivar empresas e pesquisadores ao
desenvolvimento de novos materiais e tecnologias que proporcionem este sucesso clinico.
Nakamura et al. (1999), relataram que na odontologia de hoje a aparência estética da
restauração é tão importante quanto à função, inclusive de dentes posteriores, onde esta
estética, biocompatibilidade e resistência mecânica são conseguidos através deste material.
Bartsch (2000), afirmou que por longo tempo, restaurações metálicas com resinas e
coroa de cerâmica eram as únicas opções que ofereciam sucesso por longo tempo. Contudo,
como se sabe hoje, o uso de ligas metálicas com cobertura de materiais por incremento
apresentam suas desvantagens e riscos. Estas desvantagens são classificadas em principais
categorias: a associada com o processo de fabricação e a outra associada com riscos para a
saúde do paciente. A baixa resistência A. abrasão para resinas e materiais compostos impede o
sucesso quando utilizados em faces oclusais. Além disso, sua absorção de água e conseqüente
aumento de volume levam a desadaptação da resina em relação ao metal. Baseado em
experiência com os sistemas IPS Empress e IPS Empress 2 (Ivoclar, Schaan, Liechtenstein),
as características desejadas num novo material restaurador são:
1. ser livre de metal;
2. permitir uma adaptação precisa e fácil;
3. promover estética superior;
4. eliminar problemas adesivos;
5. promover propriedades aproximadas a do esmalte.
Atualmente o material mais utilizado para restaurações estéticas ainda é a
porcelana. Para este tipo de material, quando se trata de próteses parciais fixas onde
estão envolvidos pemticos, o reforço metálico torna-se necessário apesar de suas
característica negativas.
As próteses em metalocerd.mica têm longa história de sucesso clinico e
funcional, onde o convencional método usado para obtenção de resistência associada A
estética, emprega um material de blindagem para revestir externamente as estruturas
metálicas. Entretanto, desse fato resultam alguns problemas advindos do fato de metais
e materiais de revestimento estético apresentarem diferentes interfaces entre si, o que
para Simonetti (1997), são potencialmente os pontos fracos das restaurações e podem
ocasionar o insucesso clinico. Assim, materiais diversos demonstram diferentes níveis
de deformação quando sujeitos a mesma intensidade de carga. A este respeito os
metais são muito diferentes dos materiais utilizados para revestimento estético,
resultando tensões diferentes nas interfaces quando as cargas são aplicadas e como
conseqüência, as tensões resultantes podem promover o fracasso da ligação entre metal
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e material de revestimento estético.
Além disso, outros detalhes são importantes como: a cerâmica praticamente não
permite reparos e merece atenção em relação ao desgaste do dente antagonista.
Novas propostas dentre elas, a de combinar a versatilidade dos compósitos com
a resistência das cerâmicas, buscando uma forma de equilíbrio entre suas propriedades
fisico-mecânicas, deram origem a um compósito que ficou conhecido como cerômero.
Neste trabalho mostrarei uma revisão de literatura sobre um material chamado
cerômero, o qual promete ter grandes indicações e aplicabilidade na odontologia.
2 REVISÃO DE LITERATURA
2.1 Cerlimeros
2.1.1 Histórico
Para Rosenthal et al. (1997), Simonetti (1997) e Trushkowsky (1997), o
cer8mero é uma adaptação da terminologia CEROMER (Ceramic Optimized Polymer)
ou polimeros otimizados por cerâmica. Estes compostos surgiram em 1995 sendo
indicados para restaurações do tipo inlay, onlay, facetas e coroas (CHAVEZ e
HOOEPPNER, 1998).
Leinfelder (1997), lembrou que os cerômeros são designados como uma nova geração
de resinas compostas laboratoriais que foram introduzidos no mercado odontológico
internacional em 1995, sendo uma nova e promissora geração de materiais estéticos. São
denominados pelos fabricantes de cerômeros (polímeros otimizados por cerâmica) ou ainda
Polyglass (polímeros de vidro).
Segundo Touati (1996), cerômero é uma adaptação do termo inglês ceromer (
ceramic optimized polymer) ou polímeros otimizados por cerâmica que foram criados
em 1995, e tem como indicação restaurações tipo inlay, onlay, overlay, facetas, coroas
e próteses fixas não extensas.
Na década de 90, os sistemas de resina composta de laboratório de segunda
geração foram introduzidos com propriedades mecânicas significativamente
melhoradas. Essas resinas compostas micro -híbridas têm sido adaptadas aos materiais
concebidos para aplicação laboratorial, os quais têm sido bem avaliadas na cavidade
oral. Enquanto a primeira geração dos sistemas de resina composta laboratorial foi
formulada primariamente de compósito resinoso de micro -partículas, os sistemas de
segunda geração, como Artglass, Conquest, Targis, Belleglass HP, são compostos de
partículas cerâmicas, o que contribui para aumentar as propriedades fisicas das
restaurações. A proporção de partícula inorgânica em volume é mais relevante, por
proporcionar uma melhor descrição da superficie de resina exposta e apresentar
proporção em peso que varia em torno de 60% a 70%. Devido A composição destes
materiais, a resistência flexural varia entre 120 a 160 MPa, com módulo de
elasticidade entre 8500 e 12000 MPa. Outros compósitos resinosos como Solidex
(Shofu), Vita Zeta (Vita), embora apresentem qualidades estéticas notáveis, não são
classificados como sistemas de segunda geração, devido A composição e a baixa
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resistência flexural (TOUATI, 1996).
De acordo com Touati (1996), os polímeros otimizados por cerâmica, são
classificados como compósitos de segunda geração. A primeira geração era composta
apenas de resinas de micro -partículas, com módulo de elasticidade de 2000 MPa e
resistência flexural de 60 MPa, sendo 50% de resina de micro -partícula em volume e
de tamanho de 0,04 um.
As resinas compostas indiretas vêm substituindo outros materiais estéticos
anteriormente utilizados nas restaurações unitárias ou próteses parciais fixas. Na maioria das
próteses fixas é confeccionada uma estrutura metálica fundida e sobre ela é aplicado um
material estético. Uma das complicações destas restaurações é a interface entre a resina e o
metal, podendo constituir-se em um ponto fraco (ITINOCHE et al., 1999).
Schmidseder (2000), relatou não haver sido desenvolvido, até os anos 60
nenhum sistema cerâmico par que a prótese dentaria pudesse ter sucesso. 0
preenchimento e o recobrimento de dentes preparados com coroas metálicas de cor
cinza ou dourada, foram, na virada do século, um começo na reabilitação bucal de um
numero mais abrangente de indivíduos. Desde então sempre foram feitas experiências
para cobrir o metal, dando-lhe uma aparência mais semelhante ao dente.
2.1.2 Composição
Os cerômeros foram classificados por Touati (1996) como sendo a segunda
geração dos compósitos de laboratório, diferentes da primeira geração que continham
resina e partículas micro-reforçadas. Estes cerômeros resultam de uma adequada
combinação de finíssimas partículas de cerâmica (0,03 a 1 micron), com alto grau de
carga( aproximadamente 75 a 85% em peso), e uma matriz orgânica de polímeros
preenchendo os espaços intermediários.
O cer8mero é um componente altamente complexo, processado através de luz e
calor. Como resultado da infusão de partículas de cerâmica, o processo de
polimerização produz alta durabilidade com excepcional resistência ao desgaste (
HORNBROOK, 1997).
De acordo com Erdrich (1996), Simonetti (1997), Miara (1998), os cerômeros
são materiais restauradores híbridos contendo filamentos cerâmicos submicrométricos
de diferentes tamanhos. Essas finas partículas de cerâmicas são fusionadas numa
matriz orgânica, produzindo uma estrutura inorgânica homogênea e tridimensional.
Desta forma, estas restaurações exibem uma estética natural, função dignidade
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confiança, compatibilidade de desgaste por abrasão aceitável.
Koczarski (1998), relatou que a dureza ideal e a resistência flexural do
cer6mero proporcionam ao material uma grande habilidade de suportar pesadas cargas
oclusais produzindo um suporte cuspideo biocompativel.
Gilbert (1997), Simonetti (1997) e Koczarski (1998), os cereimeros contêm um
elevado teor de carga inorgânica, em forma de micro -partículas de cerâmica, entremeadas por
uma matriz orgânica de polímeros, que reforça a estruturta como um todo
Ahmad (1998), descreveu os cereimeros como resinas compostas micro -híbridas com
alto conteúdo de partículas inorgânicas ( 80% em peso). 0 autor relata também que a
bioestética para dentes posteriores não é somente o tratamento da doença e alivio dos
sintomas do paciente, mas também é necessário restaurar a forma e recompor a função com a
estética.
Koczarski (1998), conceituou os cereimeros como materiais de composto híbrido,
contendo partículas cerâmicas de diferentes tamanhos micrométricos. As pequenas partículas
inorgânicas são entremeadas com a matriz orgânica, promovendo homogênea estrutura
tridimensional inorgânica. Como resultado, os cerômeros exibem estética natural,
compatibilidade ao desgaste, resistência ao desgaste e alta resistência flexural. A alta
quantidade de partículas inorgânicas (86 % de cerâmica) representa durabilidade e resistência
fratura, com possibilidade do material restaurador ser reparado na cavidade bucal. Além
disso, promove uma restauração estética similar á. restauração de cerâmica feldspdtica. A
matriz orgânica facilita a manipulação e a precisão do processo sem complicações
laboratoriais.
Miara (1998), citou propriedades dos materiais de compostos de vidro, também
classificados de segunda geração, os quais contêm pequenas partículas minerais (0,04 pm a 1
p.m) numa distribuição e porcentagem que melhoram suas propriedades. Os polímeros com
vidro possuem duas vezes mais partículas inorgânicas do que a matriz orgânica, que é o
inverso da proporção dos polímeros de primeira geração. 0 aumento da quantidade de
partículas inorgânicas melhora as características mecânicas do material, reduz o volume da
matriz de resina, reduzindo, assim, a contração de polimerização e desgaste intra-oral. A
redução do tamanho das partículas inorgânicas facilita a obtenção do polimento e lisura de
superficie. Para a massa de dentina, o material possui partículas de vidro de bário na
proporção de 78% em peso e 65% em volume, melhorando a translucidez e opacidade do
material. 0 autor relata, neste trabalho, um caso clinico com a utilização de um material
composto de segunda geração , concluindo que há necessidade de estudos clínicos para se
determinar a longevidade dos materiais.
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Rosenthal (1996), citou que os cerômeros são resinas micro -híbridas na qual a
proporção de partículas minerais (cerâmicas), é alta, sendo de ordem de 70% em peso
apresentando diâmetro de 0,7 micrometro podendo ainda variar de acordo com a marca
comercial.
0 aumento no número de partículas inorgânicas na resina composta indireta fornece
um efeito significativo nas propriedades mecânicas do material e reduz o volume da matriz
orgânica reduzindo assim a contração de polimerização e o desgaste do material na cavidade
oral (ROSENTHAL, 1996).
De acordo com Galati et al. (2000), este material tem alto teor de carga
inorgânica (75% a 85% em peso) distribuídos em matriz orgânica de polímeros.
Targis / Vectris, material empregado com êxito na engenharia aeronáutica,
aeroespacial e naval, foi introduzido na odontologia com exclusiva tecnologia,
tornando possível pela primeira vez a confecção de estruturas translúcidas sem metal,
para próteses fixas anteriores e posteriores. No Vectris as fibras têm alta resistência a
tração e flexão e baixa resistência ao corte e a matriz tem maior grau de dureza. 0
Targis é um material de revestimento visível que entra em contato com os dentes
antagonistas.
Nos testes de citotoxidade, mutação de genes, sensibilização e irritação feitos
pelo fabricante, o Targis não mostrou citotoxidade, não induziu mutações celulares, e
não atuou de forma sensibilizante (GALATI et al., 2000).
Para Aquino et al. (2002), o Artglass é um polímero de vidro lançado em 1995,
e é constituído de resina composta reforçada por partículas de vidro. Contém 20%
silica, utilizada para preenchimento que reduz a contração de polimerização e facilita a
escultura. Já a matriz tem 50% de micro -partículas de vidro que reduzem a alteração
de cor. Os sistemas de cerômeros estão demonstrando uma evolução considerável e
oferecem possibilidades criativas e conservadoras para problemas clínicos resolvidos
convencionalmente. E concluíram que no caso clinico realizado com Artglass, que
após dois anos de acompanhamento, o sucesso foi alcançado, mostrando-se eficaz no
restabelecimento biológico, estético e funcional.
O Artglass é composto de resina composta reforçada de partículas de vidro,
usando metacrilatos multifuncionais em combinação com monômeros bifuncionais, e
contém 20% de partículas de silicato e a matriz é composta por 50% de micro -
partículas de vidro (KINA et al., 2000).
Simonetti (1997), relata que a matriz orgânica do cerômero Targis é composta
por dimetacrilato de uretano, decanodioldimetacrilato e Bis-GMA. E a carga
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inorgânica tem vidro de bário silanizado, óxidos mistos silanizados e dióxido de silicio
altamente disperso. 0 alto conteúdo de carga inorgânica possibilita propriedades
estéticas semelhantes às das cerâmicas, resistência à abrasão e elevada estabilidade, e a
matriz orgânica assegura fácil ajuste e ótimo polimento.
2.1.3 Indicações
Os cerameros são indicados para coroas totais, prótese sobre implante, facetas
estéticas, revestimentos de coroas metaloplásticas e prótese parcial fixa (KINA et al.,
2000).
Para Touati (1996) os polímeros têm como indicação restaurações tipo inlay,
onlay, overlay, facetas, coroas e próteses fixas não extensas.
Estes compostos surgiram em 1995 sendo indicados para restaurações do tipo
inlay, onlay, facetas e coroas (CHAVEZ et al., 1998)
Trinking (1997), indicou este material para restaurações tipo inlay, on/a;',
overlay, facetas, coroas e próteses fixas não extensas.
Feiman (1996), Bertolotti (1997), Pensler et al. (1997) e Touati et al. (1997), citaram
que os polímeros de vidro podem ser utilizados em reabilitações orais com prótese fixa,
restaurações unitárias, sendo portadoras ou não de estruturas metálicas. Assim também podem
ser indicados para restaurações parciais, facetas laminadas e trabalhos sobre implantes.
2.1.4 Contra-indicações
De acordo com Araújo, (2002), os cerômeros apresentam algumas contra-
indicações:
• cavidades pequenas;
• impossibilidade de isolamento;
• margens cavitárias subgengivais;
• estresse oclusal acentuado;
• dentes com coroa curta.
2.1.5 Vantagens
Galati et al. (2000), os cerômeros têm vantagens comprovadas das cerâmicas
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como estética, resistência à abrasão e elevada estabilidade e de compósitos como fácil
ajuste, ótimo polimento, unido ao compósito de cimentação, resistência A fratura e fácil
reparo em boca.
Segundo Silva e Carvalho (1998), as vantagens dos cerômeros em relação As
porcelanas são:
I. menor desgaste dos dentes antagonistas;
2. em caso de fratura, maior possibilidade de reparo intra-oral;
3. dissipação das forças oclusais gerando menos impacto ao tecido ósseo (no caso
de implantes);
4. maior facilidade no refinamento do ajuste oclusal na fase laboratorial.
Krejci et al. (1999), relataram que entre muitas vantagens dos cerômero são
1. respeitam os tecidos dentais duros por possuírem propriedades fisicas
parecidas com aas da dentina;
2. menor desgaste durante o preparo em relação As técnicas convencionais;
3. possuem translucidez semelhante ao dente natural devido a não fazer o uso do
metal;
4. podem ser usados em pacientes que apresentaram sensibilidade aos metais.
Alguns autores como Erdrich (1996), Pitel (1996), Rosenthal (1996), Leinfelder
(1997) e Ahmad (1998), enumeram vantagens dos polimeros de vidro e dos cerômeros como:
boa resistência flexural ao cisalhamento e aos fluidos bucais, além de facilidade de
manipulação, fácil polimento conferindo alto brilho, biocompatibilidade, estética favorável,
dureza superior à da resina A base de metacrilato de metila e resistência A abrasão próxima
do esmalte.
De acordo com Erdrich (1996), Ramirez (1996) e Rosenthal (1996), uma das
vantagens do Artglass é poder reparar em boca com uma resina composta e ainda relatam que
a união ao metal é dada por uma linha de copolimero, unida A superficie de metal jateada com
óxido de alumínio 50 mm.
De acordo com Armmstrong e Kimball (1999), o desenvolvimento de uma nova classe
de materiais, que trazem como resultados uma estética aceitável, apresentaram como
vantagens: melhor passagem da luz e diminuição da resposta inflamatória auto-imune. Estes
materiais servem para a fabricação de inlays, onlays e coroas.
Touati (1997), relatou a melhora na composição e forma de polimerização para
as resinas compostas de laboratório, que têm sido denominados de segunda geração ou
cerômeros pelos fabricantes. E descreve ainda que os cerômeros de segunda geração
têm custo inferior comparado as cerâmicas, além de técnica mais simples e eficiente.
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Quando usadas para restaurações parciais tem boa estética similar à das cerâmicas, e
ainda relata que a longevidade clinica é favorável e tem baixa resiliência e alta tensão
flexural.
Algumas vantagens são consideradas por Touati (1996), tais como: adesão
estrutura metálica, resistência à distorção, fácil manuseio, resistência ao desgaste,
baixo risco de fratura, bom polimento após ajuste. Porém relata que há necessidade de
mais experiências para obter resultados clínicos longitudinais.
Santos Jr. et al. (2003), citam algumas vantagens dos cerômeros tais como:
biocompatibilidade, estética, resistem melhor aos esforços mastigatórios. No preparo
não há necessidade de forma de retenção especifica devido à capacidade adesiva do
cimento.
Segundo Netto e Burger (1998), cada vez mais se utiliza a resina composta para
execução de um inlay/onlay em detrimento da porcelana. Segundo os autores, a resina
composta tem mostrado resistência a abrasão apropriada para esta indicação. Uma das razoes
principais para esta tendência é devido à. dureza das porcelanas ser superior a do dente. Este
problema é agravado pelo fato de que o ajuste oclusal da inlay/onlay estética só e realizada
após a cimentação. 0 polimento intrabucal da resina composta é muito bom, entretanto, o
polimento da porcelana é dificil, e se esta ficar áspera aumentara o potencial de desgaste dos
dentes naturais antagonistas. Outra grande qualidade apresentada pela onlay/inlay de resina
composta é que seu modulo de elasticidade é semelhante ao da dentina, enquanto o da
porcelana é cinco vexes maior. Como as restaurações são apoiadas em dentina, essa é urna
relação muito importante a se reconsiderada. E por isso que os materiais que apresentam
modulo de elasticidade alto, em relação ao da dentina, estão sujeitos a fratura de pequenas
espessuras.
2.1.6 Desvantagens
De acordo com Silva e Carvalho (1998), existem algumas desvantagens dos cerômeros
tais como:
1. desgaste superficial maior
2. uma menor estabilidade de cor;
3. uma provável degradação aos fluidos bucais.
Santos Jr. et al. (2003), aponta algumas desvantagens dos cerômeros como:
dependência de cimentação adesiva, alto desgaste superficial quando em contato com
dentes reabilitados com cerâmica.
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2.1.7 Tipos de sistemas
O Targis é um cerômero empregado para revestimento estético e entra em
contato com o dente antagonista, enquanto o Vectris é um material para estruturas,
reforçado com fibras de vidro é utilizado na confecção de coroas e pontes livres de
metal, sendo que ambos são fotoativados.
Segundo Touati (1997), as propriedades fisicas dos compósitos reforçados com
fibras dependem do tipo de matriz, tipo e distribuição das fibras, proporção entre fibra
e matriz e diâmetro e comprimento das fibras. Ainda, os estudos favorecem o uso de
fibras longas e continuas com filamentos posicionados perpendicularmente A direção
da força aplicada.
Atualmente dois sistemas incorporam estruturas de compósitos com fibras e
material de revestimento à base de cerômero: TARGIS-VECTRIS e SCULPTURE-
FIBREKOR.
A possibilidade de fortalecer a estrutura do dente através da adesão de dentina e
esmalte aumentou a versatilidade destes materiais quando comparados com
restaurações convencionalmente cimentadas, pois estes ainda são indicados para
cúspides de suporte funcionais e não funcionais (HORNBROOK, 1997).
O Targis é um material para revestimento estético que graças a sua composição
reúne vantagens positivas das cerâmicas e dos compósitos. Deste modo o Targis
oferece possibilidades totalmente novas, tanto estéticas como funcionais.
Sua matriz orgânica (dimetacrilato de uretano 9,3% em peso e
decanodioldimetacrilato 4,8% em peso e Bis-GMA 9,0% em peso) é responsável por
44 % do volume do material (23% em peso) e outra inorgânica (vidro de bário
silanizado 46,2% em peso, óxidos mistos silanizados 1118,2% em peso e dióxido de
silício altamente disperso (11,8% em peso), que por sua vez, constitui
aproximadamente 56% em volume e 77% em peso( IVOCLAR).
0 alto conteúdo de carga inorgânica promove propriedades estéticas
semelhantes As das cerâmicas ao mesmo tempo em que a matriz orgânica assegura as
facilidades de manipulação das resinas. Pode ser fotoativado e endurece pela ação da
luz. As excelentes propriedades fisicas são conseguidas com a aplicação de luz e calor,
de forma automática e controlada, no interior do aparelho Targis Power.
A resistência A abrasão do Targis Dentin está coordenada a do esmalte dental.
Este fator se torna fundamental para obtenção de uma oclusão estável e preservação
dos dentes antagonistas.
18
Conforme o fabricante, as propriedades físicas e mecânicas do Targis Dentin
são:
• resistência à torção segundo IS010477: 170+-20N/MM 2
• módulo de elasticidade segundo IS010477: 12300+-900N/MM 2
• dureza Vickers: 640+-60n/mm 2
• radiopacidade: 250% Al.
• Profundidade de polimerização: maior ou igual a 2mm
• solubilidade em Agua; 2.0+- 0.8gg/mm 3
• absorção de água: 16.5+-1.2úg/mm 3
Principais indicações do material Targis:
1. revestimento estético para estruturas metálicas de coroas e pontes.
2. revestimento estético para estruturas do material Vectris.
3. confecção de inlays/ onlays, Facetas e coroas anteriores.
Simonetti (1997), descreve que o Targis (Ivoclar) como um cerômero, sendo este um
polímero otimizado com cerâmica. No cerelmero Targis, a matriz orgânica está constituída por
dimetacrilato de uretano, decanodiolmetacrilato e Bis-GMA. A carga inorgânica é composta
por vidro de bário silanizado, óxidos mistos silanizados e dióxido de silicio altamente
disperso. 0 alto conteúdo de carga inorgânica confere propriedades estéticas semelhantes As
das cerâmicas ao mesmo tempo em que a matriz orgânica assegura as facilidades de
manipulação das resinas.
Bartsch (2000), 0 surgimento de um novo material o Targis que deriva de "to target"
onde almeja aproximar-se da meta com o máximo de cuidado e atenção possíveis. Este é uma
"ceramic-optimized polymer" (cerômero). Este material permite a combinação entre resinas
compostas e cerâmica em um único material, havendo as vantagens de ambos com grande
esforço excluindo suas desvantagens. O Targis consiste em aproximadamente 80% de
preenchimento por partículas orgânicas que têm um tamanho aproximado de 0,8iim. Estas
propriedades fisicas presentes favorecem permitindo seu uso para a face oclusal. Além disso,
o Targis apresenta pequena absorção de água e um elevado módulo de elasticidade, com sua
variação em relação à dentina, promove a união permanente por um adesivo.
Erdrich (1996), descreveu o Artglass (Heraus/Kulzer) como um material classi ficado
como polímero de vidro, sendo que este possui expressivas caracteristicas por conter alto teor
de partículas inorgânicas (aproximadamente 70% de peso). A forma de combinação destas
partículas, em ligações cruzadas com a matriz orgânica, procura otimizar o material a ter
propriedades físicas e mecânicas compatíveis para restaurar os elementos dentais. O Artglass
possui resistência flexural de 120 a 140 MPa, resistência ao cisalhamento com ligas metálicas
19
de 22 a 25 MPa e dureza semelhante ao esmalte. Essas e outras propriedades caracterizam o
matetrila er permitemque seja utilizado em coroas toratais prótese parcial fixa, prótese sobre
implantes e restaurações parciais.
Bonner (1997), com base nos diversos relatos na literatura descreve o surgimento de
novos materiais restauradores com subestrutura reforçada de vidro. 0 autor acredita que os
problemas inerentes ao material cerâmico, por exemplo, ser muito abrasivo quando
comparado ao esmalte, apresentar conseqüentemente desgaste da dentição antagonista, além
de ser um material inflexível de dificil reparo na boca contribuíram para o desenvolvimento
de uma categoria de materiais novos denominados ceromeros. Como exemplos, são o Targis
co Sculpture, considerados como opções viáveis de tratamento, alem de poderem ser
indicados em soluções restauradoras sem metal, utilizando infra-estrutura de fibra de vidro,
como o Vectris e Fibrekor. Entre as vantagens desses materiais, ressalta a facilidade reparo
intra-oral, utilizando técnicas adesivas, o excelente polimento alcançado usando material de
polimento adequado e também admite que o seu emprego nas próteses sobre implante
transfira menor quantidade de estresse ao implante.
Pensler et al. (1997), ressaltaram que o Artglass é um material composto de polímero
de vidro carregado com silica orgânica e inorgânica, chamada polividro. Sua matriz tem 55%
de microfilamentos de vidro que minimizam a descoloração, e 20% de silica, com
características de desgaste aproximado ao esmalte e relatam que não deveria ser colocado
contra antagonista em porcelana, devido à susceptibilidade de desgaste da porcelana e ate
mesmo do dente natural.
Souza e Kastner (2003), obtiveram uma resistência ao cisalhamento para o Artglass de
14,83 MPa e para a Vita Zeta foi de 13,91 MPa.
Itinoche et al. (1999), encontraram em sua pesquisa que o material Targis obteve
maior resistência ao cisalhamento (26,61 MPa) que o Artglass (14,80 MPa).
Aquino et al. (2002), observaram em seu estudo realizado com coroa total em resina
composta Artglass, apresentou-se como material estético, com propriedades mecânicas
satisfatórias, facilidade de trabalho e adaptação ao preparo realizado.
Baradane et al. (2001), encontraram como resultado em um trabalho realizado
com resina composta Artglass, que o uso deste apresenta vantagens em relação ás
cerâmicas convencionais, as quais apresentam um alto potencial abrasivo do elemento
antagonista, dificuldade de reparo e módulo de elasticidade mais baixo.
Cardoso e Perini (2001), estudaram e compararam a resistência ao cisalhamento da
interface de duas resinas compostas indiretas, Sculpture e Targis, e uma liga de níquel —cromo
20
(wironit), usando processo químico adesivo de jateamento de óxido de alumínio. 0 Sculpture
obteve 12,92 MPa e o Targis 9,81 MPa.
Aquino et al. (2002), observou em um estudo com coroas totais em resina composta
indireta que alem da estética, o Artglass possuía outra propriedades como facilidade de
trabalho e adaptação ao preparo realizado.
Barbisan e Lovatto (2001), apresentaram um estudo comparativo entre duas resinas
compostas indiretas para obter a resistência ao cisalhamento. Foram testadas Solidex e Dialog
com uma liga níquel- cromo, onde como resultado foi de 9,86 e 6,38 para o Solidex e Dialog
respectivamente.
2.1.8 Características do preparo
De acordo com Faria et al. (2000), em um relato de caso clinico de uma
confecção de prótese fixa com um sistema de cerômero, que os preparos devem ter
expulsividade acima de 10 graus, ângulos internos arredondados e externos sem
qualquer bisel ou arredondamento.
A configuração marginal cervical de uma coroa, deve ser de ombro ou
chanfrado profundo com largura aproximadamente de 1,3 mm, com ângulos internos e
externos sem bisel ou arredondamento.
0 formato dos preparos podem ser de diversas maneiras desde que se respeite o
principio de máxima conservação dental e a estética, sendo que o preparo deve
oferecer resistência.
Em algumas situações são necessários alguns procedimentos prévios
confecção de uma coroa, como por exemplo, verticalização ortodiintica, endodontia
com finalidade protética, cirurgia de aumento de coros clinica e núcleos. No trabalho
livre de metal, a confecção de preparos parciais subgengivais são simples e rápidos,
com moldagem sem afastamento gengival, respeitando assim a saúde dos tecidos
periodontais, ausência de soldagem e tempo clinico reduzido. 0 comprimento não deve
ultrapassar de 21 mm. 0 plano de tratamento e a relação dentista/protético têm grande
importância no resultado (FARIA et al., 2000).
Faria et al. (2000) concluíram em seu caso clinico que uso de prótese livre de
metal é uma realidade em elementos isolados e pequenas areas desdentadas. As
vantagens mais evidentes são economia de estrutura dental, de tempo clinico,
preservação dos tecidos e regido periodontal, e estética. 0 paciente deve ser informado
do pouco tempo de utilização, e o controle e a manutenção são necessários para o
21
sucesso do tratamento.
Marchini et al. (2000) em sua revisão de literatura sobre polímeros de vidro,
relatam que estes vem sendo muito utilizados como material estético em substituição
as cerâmicas. Porém, os polímeros não têm estudos clínicos a longo prazo que
permitam obter se as características semelhantes as das cerâmicas, como propriedades
e longevidade, são realmente eficazes. Para isso, é necessário estudos clínicos a longo
prazo para saber realmente a efetividade e durabilidade destes materiais.
A criação de novos materiais restauradores, têm dado mais opções de
tratamentos. As cerâmicas por exemplo evoluíram nas propriedades mecânicas, porém
ainda é de alto custo, dificil reparo e a técnica é sensível. Já os cerômeros são
utilizados para dentes posteriores devido ao seu alto módulo de elasticidade e abrasão
reduzida, e em anteriores tem um resultado estético bom. Porém as cerâmicas são mais
satisfatoriamente em relação à estética (CHAVEZ e HOOEPPNER, 1998).
Santos Jr. et al. (2003), relata que a expulsividade das paredes do preparo deve
ser de 6° a 10° por tornar o procedimento de prova e ajustes mais seguros, e permite
um plano de inserção mais amplo, facilitando a inserção da peça. E concluem que o
Targis/ Vectris é uma excelente alternativa estética para reabilitar espaços protéticos
de até 15 mm, englobando em um mesmo produto a flexibilidade dos compósitos e a
estética das cerâmicas.
Porém, os técnicos em prótese dentária devem evitar contato com a pele devido
ao dimetacrilato, devendo utilizar equipamento protetores para diminuir a o risco de
aspiração. Ainda concluíram que o Targis / Vectris, tem o menor tempo clinico e
relativo preservação do tecido dental, proporciona estética, o custo laboratorial
elevado em comparação com a metalocerdmica, e existem poucos técnicos trabalhando
(GALATI et al., 2000).
Par Assunção et al. (2002), relatam que os preparos dentais nos dentes suportes
para confecção de prótese livre de metal são mais conservadores do que os de
metalocerdmica. Relataram ainda que para o sucesso clinico é fundamental a etapa de
moldagem. A cimentação deve ser feita com cimento resinoso para aproveitar
propriedades de silanização do cerômero A. estrutura dental. Uma das principais
vantagens é o pequeno desgaste de tecido dental na fase do preparo. Porém, devido ao
pequeno número de estudos em relação A. resistência e adaptação, sua indicação se
torna cautelosa nesse tipo de prótese livre de metal. E alguns requisitos devem ser
observados em relação a preparos, moldagem, cimentação e aspectos oclusais para
minimizar riscos de insucesso.
22
De acordo com Gebert et al. (2004), os cerômeros do sistema Sculpture/
Fibrekor, são indicados para coroas anteriores e posteriores não metálicas, pontes
anteriores e posteriores não metálicas, restaurações, implantes, inlays, onlays, facetas
estéticas e coroas com suporte metálico. Citam algumas vantagens como: preservação
do tecido dentário sadio e do tecido periodontal apresenta alto valor estético,
facilidade de trabalho clinico e laboratorial, reparos intra-oral e baixo custo. Com
essas vantagens, o sistema torna-se atraente para tratamentos protéticos, substituindo
próteses em metaloceramicas e cerâmicas pura, porém mediante planejamento
criterioso do caso e com devida indicação do material. Além disso, o paciente deve ser
informado do pequeno tempo de uso do Sculpture/Fibrekor e que o controle e a
avaliação devem ser realizados periodicamente para o sucesso do trabalho.
1 .1.9 Cim e n tavao
Faria et al. (2000), Após a avaliação da prótese em forma, contorno e
adaptação marginal em troquei, remove-se o provisório, limpa-se o dente com pedra-
pomes, avaliamos a cor e os contatos. A restauração é lavada, condicionada com acido
fosfórico a 37% e silanizada. 0 cimento usado pode ser um dual de baixa viscosidade.
Após isso, checa-se a oclusão, remove-se os excessos com discos flexíveis, pontas
diamantadas, tiras de acabamento e polimento final com taças, pontas e pasta para
polimento.
Touati (1996), revisou a evolução dos materiais estética restauradores, nas suas
propriedades e funções e relatou que os cer8meros de segunda geração são compostos
de resina microhibrida que possuem 60% a 70% em peso de partículas de vidro na
composição com resistência flexural entre 120 e 160 MPa e módulo de elasticidade de
8500 MPa a 12000 MPa, fazendo com que suas propriedades fisicas e mecânicas
fossem melhoradas.
O Artglass tem na sua matriz a combinação de um éster metacrilico
multifuncional a monômeros, e contém 20% de carga de silica e a maior parte é
basicamente composta por microparticulas de vidro. Sao indicadas para coroas totais,
próteses sobre implante, facetas estéticas, revestimentos de coroas metaloplásticas e
prótese parcial fixa metal free de três elementos reforçado por fibra (NASRAUI et al.
2003).
Itinoche (1999), testou a resistência ao cisalhamento na interface entre os
metais, Artglass e Targis e concluiu que o tipo de liga não interfere significativamente
-) 3
e que a interface do Targis apresentou maior resistência de união as forças aplicadas
em relação ao Artglass.
Nasraui et al. (2003), testaram a resistência ao cisalhamento entre titânio puro e
cerômero e polímeros de vidro e verificaram que não houve diferença estatisticamente
entre as médias obtidas entre materiais estético e titânio.
As resinas compostas ainda apresentam propriedades insatisfatórias como:
contração de polimerização, alterações dimensionais térmicas, alterações de cor e
manchamento e baixa resistência a abrasão (CLYDE, 1988).
As porcelanas têm suas desvantagens também: dificuldade para obter boa
adaptação marginal, alta dureza e friabilidade e para suprir essas deficiências foi
introduzido os cerômeros (KINA et al., 2000).
O Artglass possibilita a execução de vários ajustes que irão favorecer a forma e
o contorno de cada peça, buscando harmonia entre si, para melhorar o resultado final
(KINA et al. 2000).
Kina et al. (2000), empregaram o sistema Artglass para confecção de facetas
estéticas e após acompanhamento de um ano, mostrou-se eficiente no restabelecimento
biológico, função e estética, promovendo o sucesso do tratamento.
2.2 Compósitos fibro reforçados (FRC)
2.2.1 Histórico
Os compósitos fibro-reforçados que foram introduzidos recentemente, e estão
indicados tanto para o uso em coroas unitárias como em trabalhos protéticos
envolvendo vários elementos. Porém, não lid experiência clinica a longo prazo. De
qualquer forma, a possibilidade de reparo intra-oral é a maior intenção para o sucesso
deste novo sistema de FRC ( ROSENTRIT, 1998).
Vários parâmetros técnicos afetam as propriedades fisicas dos FRC. Estes
incluem a seleção da matriz, o tipo de fibra, o diâmetro e extensão, o volume total de
fibras, sua distribuição, a umidade das fibras e um agente duplo de seleção e aplicação
(TOUATI, 1997).
2.2.2 Composição
O Vectris é um material composto para estruturas reforçado com fibras de vidro
'7 4
e atriz orgânica, utilizado exclusivamente para estruturas, ou seja, como substituto do
metal na confecção de coroas e pontes (Simonetti, 1997). Estes dois componentes
apresentam diferenças básicas nas propriedades fisicas. As fibras de vidro revelam
elevado módulo de elasticidade (6 a medida da rigidez do material, quanto maior o
módulo, menor será a deformação elástica resultante da aplicação de uma carga) e
baixa resistência ao cisalhamento. A matriz orgânica mostra alto nível de tenacidade (6
a capacidade de absorver energia na zona elástica) e é composta de dimetacrilato de
urteano (0.1% em peso), trietilenoglicoldimetacrilato (602% em peso),
decanodioldimetacrilato (0.3% em peso), Bis- GMA ( 24.5 % em peso) e dióxido de
silício altamente disperso( 3.5% em peso). A ligação entre fibras e matriz é química, a
superficie da fibra mostra grupos silanos que se ligam com outros grupos silanos.
Durante os processos de condensação sobre a superficie de vidro, o silano produz
unido covalente. Por sua vez o silano possui um grupo funcional metacrilato que
copolimeriza com o metacrilato da matriz, dando assim unido química entre matriz e as
fibras (SIMONETTI, 1997).
2.2.3 Características
O Vectris Pontic possui resistência A torção e módulo de elasticidade segundo
ISO 10477 consecutivamente de 1300+- 60N/mm2 e 36000+-2500N/mmm2. Ao
contrario do metal, esse material apresenta elasticidade similar ao do elemento dental;
isso favorece a distribuição da tensão e a estabilidade (IVOCLAR, informação clinica).
2.2.4 União sistema Targis-Vectris
Resinas fotopolimerizáveis estabelecem ligação química entre as diversas
camadas aplicadas. A ligação é provida pela fina camada superficial, com espessura
em torno de 50 micra, cuja polimerização não foi completada devido à camada
inibidora do oxigênio do ar. Os metacrilatos livres desta camada inibida reagem
quimicamente com os mon8meros presentes nas camadas aplicadas a seguir. Deste
modo, forma-se uma ligação química forte e durável entre as sucessivas camadas.
Este mecanismo de ligação também é fator importante na confecção do
revestimento estético com material Targis, porque nestes casos, este também é
aplicado em camadas.
A ligação Targis/Vectris exige um procedimento adicional, pois a camada
UFSC/ODONTOLOGIA I BIBLIOTECA SETORIAL I 15
inibida superficial da estrutura do Vectris é removida durante os procedimentos de
recorte, desgaste e ajuste final. Assim esta estrutura deve ser condicionada com o
umidificador Targis/Vectris Wetting Agent, que possui como principal agente na sua
composição o silano, que se condensa na superfície das fibras de vidro expostas da
estrutura do Vectris e com a ajuda dos grupos metacrilatos, liga-se com os monômeros
capazes de polimerizar os quais proporcionam uma melhor unido (IVOCLAR).
Sendo assim, o Targis seria o único material indicado na utilização sobre o
Vectris devido As suas propriedades físicas e químicas coordenadas, formando um
sistema de restauração dental único, isento de interfaces e completamente estético
(SIMONETII, 1997).
2.2.5 Classificação das fibras
0 sistema Targis /Vectris completo consiste de três diferentes tipos de
compósitos reforçados por fibras que diferem entre si somente pela orientação das
fibras. Os compósitos com orientação das fibras em 45° são denominados Single.
Aqueles onde as fibras estão a 900 são denominadas Frame, restando o Vectris Pontic,
com fibras unidirecionais. Os dois primeiros sistemas são utilizados como estruturas
ou copings de coroas.
2.2.6 Indicações e contra-indicações
Ao contrário do substrato do metal, a estrutura dental subjacente eliminando
muitas vezes a aparência cinza da raiz observada nas restaurações convencionais de
metalo- cerâmica, transformando-o em um material bastante adequado para
restaurações anteriores (HORNBROOK, 1997).
O Vectris tem algumas indicações como: estruturas para coroas em dentes posteriores ,
pontes anteriores e posteriores, supra estruturas para próteses sobre implantes dentais (FALL
e CASELLINI, 1998).
3 DISCUSSÃO
A almejada busca pela otimização odontológica vem desafiando a ciência e a
capacidade do homem em desenvolver materiais para recompor estruturas dentais perdidas e,
concomitante, proteger as estruturas remanescentes com maior efetividade.
Novas propostas dentre elas, a de combinar a versatilidade dos compósitos com a
resistência das cerâmicas, buscando uma forma de equilíbrio entre suas propriedades fisico-
mecânicas, deram origem a um compósito que ficou conhecido como cerennero.
Em relação à terminologia dos cerômeros, Koczarski (1998), conceituou os
cerômeros como materiais de composto híbrido, contendo partículas cerâmicas de
diferentes tamanhos micrométricos. E outros autores (Rosenthal et al. (1997);
Simonetti (1997); Trushkowsky (1997); Chavez e Hooeppner (1998); Leinfelder
(1997) e Touati (1996)) dizem que o cerômero é uma adaptação do termo inglês
ceromer (ceramic optimized polymer) ou polimeros otimizados por cerâmica que
foram criados em 1995. Touati (1996), relata ainda que na década de 90, os sistemas
de resina composta de laboratório de segunda geração foram introduzidos com
propriedades mecânicas significativamente melhoradas.
O cerômero é um componente altamente complexo, processado através de luz e
calor. Como resultado da infusão de partículas de cerâmica, o processo de
polimerização produz alta durabilidade com excepcional resistência ao desgaste
(HORNBROOK, 1997); GILBERT (1997), SIMONETTI (1997) e KOCZARSKI
(1998). E ainda Erdrich (1996), Simonetti (1997), Miara (1998) completam que estas
restaurações exibem uma estética natural, boa função, confiança, compatibilidade de
desgaste por abrasão aceitável.
Em relação as cerâmicas, segundo Netto e Burger (1998), cada vez mais se
utiliza a resina composta para execução de um inlay/onlay em detrimento da porcelana.
Segundo os autores, a resina composta tem mostrado resistência à abrasão apropriada
para esta indicação. Uma das razões principais para esta tendência é devido à dureza
das porcelanas ser superior a do dente. Este problema é agravado pelo fato de que o
ajuste oclusal da inla) onlay estética s6 é realizado após a cimentação. 0 polimento
intrabucal da resina composta é muito bom, entretanto, o polimento da porcelana é
e se esta ficar áspera aumentará o potencial de desgaste dos dentes naturais
antagonistas. Outra grande qualidade apresentada pela onlay/inlay de resina composta
é que seu módulo de elasticidade é semelhante ao da dentina, enquanto o da porcelana
27
é cinco vezes maior. Como as restaurações são apoiadas em dentina, essa é uma
relação muito importante a se reconsiderada. E por isso que os materiais que
apresentam módulo de elasticidade alto, em relação ao da dentina, estão sujeitos a
fratura de pequenas espessuras.
Touati (1997), descreve que os cerômeros de segunda geração têm custo inferior
comparado as cerâmicas, além de técnica mais simples e eficiente. Quando usadas para
restaurações parciais tem boa estética similar à das cerâmicas, e ainda relata que a
longevidade clinica é favorável e tem baixa resiliência e alta tensão flexural. Os
cerômeros exibem estética natural, compatibilidade, resistência ao desgaste e alta
resistência flexural, durabilidade, resistência à fratura, pode ser reparado na cavidade
bucal (KOCZARSKI, 1998).
Alguns autores como Erdrich (1996), Pitel (1996), Rosenthal (1996), Leinfelder
(1997) e Ahmad (1998), enumeram vantagens dos polímeros de vidro e dos cerômeros
como: boa resistência flexural ao cisalhamento e aos fluidos bucais, além de facilidade
de manipulação, fácil polimento conferindo alto brilho, biocompatibilidade, estética
favorável, dureza superior à da resina à base de metacrilato de metila e resistência
abrasão próxima A. do esmalte. Galati et al. (2000) relata ainda que os cerômeros têm
vantagens comprovadas das cerâmicas como elevada estabilidade.
Silva e Carvalho (1998), acrescentam que mais vantagens dos cerômeros em
relação às porcelanas são: dissipação das forças oclusais gerando menos impacto ao
tecido ósseo (no caso de implantes), maior facilidade no refinamento do ajuste oclusal
na fase laboratorial. E Krejci et al. (1999), relataram que entre muitas vantagens dos
cerômeros são: menor desgaste durante o preparo em relação às técnicas convencionais
possuem translucidez semelhante ao dente natural devido a não fazer o uso do metal,
podem ser usados em pacientes que apresentaram sensibilidade aos metais.
Santos Jr. et al. (2003), citam algumas vantagens dos cerômeros tais como: no
preparo não há necessidade de forma de retenção especifica devido à capacidade
adesiva do cimento.
Algumas vantagens são consideradas por Touati (1996), porém relata que há
necessidade de mais experiências para obter resultados clínicos longitudinais.
Para Gebert et al. (2004), os quais concordam com essas vantagens, o sistema torna-se
atraente para tratamentos protéticos, substituindo próteses em metalocerdmicas e cerâmicas
pura, porém mediante planejamento criterioso do caso e com devida indicação do material.
Além disso, o paciente deve ser informado do pequeno tempo de uso do cerômero e que o
controle e a avaliação devem ser realizados periodicamente para o sucesso do trabalho.
28
De acordo com Silva e Carvalho (1998), existem algumas desvantagens dos
cer6meros tais como: desgaste superficial maior, uma menor estabilidade de cor; uma
provável degradação aos fluidos bucais. Santos Jr. et al. (2003), apontam ainda
algumas desvantagens como: dependência de cimentação adesiva, alto desgaste
superficial quando em contato com dentes reabilitados com cerâmica.
Para Rosenthal et al. (1997); Simonetti (1997); Trushkowslcy (1997); Chavez e
Hooeppner (1998); Leinfelder (1997) e Touati (1996)) os cerômeros são indicados para
restaurações tipo inlay, onlay, overlay, facetas, coroas e próteses fixas não extensas. Quanto
As indicações, vários autores (Kina et al. (2000), Touati (1996), Trinking (1997), Chdvez et al.
(1998) estão de acordo os quais são indicados para coroas totais, próteses sobre implante,
facetas estéticas, revestimentos de coroas metaloplásticas e prótese parcial fixa. E Feiman
(1996), Bertolotti (1997). Pensler et al. (1997) e Touati et al. (1997), acrescentam que podem
ser usados em reabilitações orais com prótese fixa, restaurações unitárias, sendo portadoras ou
não de estruturas metálicas.
Com relação A composição os autores concordam ser composto por partícula
inorgânica em volume na proporção em peso que varia em torno de 60% a 70%. A resistência
flexural varia entre 120 a 160 MPa, com módulo de elasticidade entre 8500 e 12000 MPa.
Outros compósitos resinosos como Solidex (Shofu), Vita Zeta (Vita), embora apresentem
qualidades estéticas notáveis, não são classificados como sistemas de segunda geração, devido
composição e a baixa resistência flexural.
Miara (1998) relata, em um trabalho utilizando um material composto de
segunda geração, e conclui que há necessidade de estudos clínicos para se determinar a
longevidade dos materiais.
Em relação à classificação dos cerômeros, Touati (1996) relata que a primeira
geração era composto apenas de resinas de micro -partículas, com módulo de
elasticidade de 2000 MPa e resistência flexural de 60 MPa, sendo 50% de resina de
micro -partícula em volume e de tamanho de 0,04 um. Já os de segunda geração
resultam de uma adequada combinação de finíssimas partículas de cerâmica (0,03 a 1
micron), com alto grau de carga (aproximadamente 75 a 85% em peso), e uma matriz
orgânica de polímeros preenchendo os espaços intermediários, com resistência flexural
entre 120 e 160 MPa e módulo de elasticidade de 8500 MPa a 12000 MPa, fazendo
com que suas propriedades fisicas e mecânicas fossem melhoradas.
Nos testes de citotoxidade, mutação de genes, sensibilização e irritação feitos
pelo fabricante, o Targis não mostrou citotoxidade, não induziu mutações celulares, e
não atuou de forma sensibilizante (GALATI et al., 2000).
29
Para Aquino et al. (2002), os sistemas de cerômeros estão demonstrando uma
evolução considerável e oferecem possibilidades criativas e conservadoras para
problemas clínicos resolvidos convencionalmente. E concluíram num caso clinico
realizado com Artglass, que após dois anos de acompanhamento, o sucesso foi
alcançado, mostrando-se eficaz no restabelecimento biológico, estético e funcional.
Segundo Touati (1997), as propriedades fisicas dos compósitos reforçados com
fibras dependem do tipo de matriz, tipo e distribuição das fibras, proporção entre fibra
e matriz e diâmetro e comprimento da fibras. Ainda, os estudos favorecem o uso de
fibras longas e continuas com filamentos posicionados perpendicularmente A direção
da força aplicada.
Atualmente dois sistemas incorporam estruturas de compósitos com fibras e
material de revestimento à base de cerômero: TARGIS-VECTRIS e SCULPTURE-
FIB REKOR.
Bonner (1997), com base nos diversos relatos na literatura descreve o surgimento de
novos materiais restauradores com subestrutura reforçada de vidro. 0 autor acredita que os
problemas inerentes ao material cerâmico, por exemplo, ser muito abrasivo quando
comparado ao esmalte, apresentar conseqüentemente desgaste da dentição antagonista, além
de ser um material inflexível de dificil reparo na boca contribuíram para o desenvolvimento
de uma categoria de materiais novos denominados cerômeros.
Com relação à resistência ao cisalhamento dos diversos sistemas de cerameros, os
autores (Souza e Kastner, 2003; Itinoche et al., 1999; Cardoso e Perini, 2001; Aquino et al.,
2002; Barbisam e Lovatto, 2001), encontraram resultados semelhantes, e em apenas alguns
casos os valores foram pouco diferentes devido a um apequena mudança de metodologia.
Baradane et al. (2001), encontraram como resultado em um trabalho realizado
com resina composta Artglass, que o uso deste apresenta vantagens em relação As
cerâmicas convencionais, as quais apresenta um alto potencial abrasivo do elemento
antagonista, dificuldade de reparo e módulo de elasticidade mais baixo.
0 plano de tratamento e a relação dentista/protético tem grande importância no
resultado (FARIA et al., 2000).
Marchini et al. (2000) relatam que os polímeros não têm estudos clínicos a
longo prazo que permitam obter se as características semelhantes as das cerâmicas,
como propriedades e longevidade, são realmente eficazes. Para isso, é necessário
estudos clínicos a longo prazo para saber realmente a efetividade e durabilidade destes
materiais.
A criação de novos materiais restauradores tem dado mais opções de
30
tratamentos. As cerâmicas, por exemplo, evoluiram nas propriedades mecânicas,
porém ainda é de alto custo, dificil reparo e a técnica é sensível. JA os cerômeros são
utilizados para dentes posteriores devido ao seu alto módulo de elasticidade e abrasão
reduzida, e em anteriores tem um resultado estético bom Porém as cerâmicas são mais
satisfatoriamente em relação à estética (CHÁVEZ e HOOEPPNER, 1998).
4 CONCLUSÃO
Através desta revisão de literatura foi possível concluir que:
• os polimeros não têm estudos clínicos a longo prazo que permitam obter se as
características semelhantes as das cerâmicas, como propriedades e
longevidade, se são realmente eficazes. Para isso, é necessário estudos clínicos
a longo prazo para saber realmente a efetividade e durabilidade destes
materiais;
• A criação de novos materiais restauradores, os cerômeros, sem dúvida tem
dado mais opções de tratamentos;
• são utilizados para dentes posteriores devido ao seu alto módulo de
elasticidade e abrasão reduzida, e em anteriores tem um resultado estético bom,
porém as cerâmicas são mais satisfatoriamente em relação à estética;
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6 APÊNDICE
C.D. Marize Ossemer 2005
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