CFTV Avancado Parte 1

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Sumário Câmera IP x Câmera Analógica ................................................................................................................. 2 Câmera IP Citrox (CX1000 ou CX2000)...................................................................................................... 4 Câmera IP Alpha-Digi (ADIP-IVS80x) ......................................................................................................... 5 Configuração Câmera IP Passo a Passo .......................................................................................................... 6 NVR (Network Video Record) ................................................................................................................... 6 Equipamentos para Redes ........................................................................................................................ 7 Sistema Operacional de Rede................................................................................................................... 7 Estação de Trabalho ................................................................................................................................. 7 Repetidores ............................................................................................................................................. 8 Modem .................................................................................................................................................... 8 Roteadores ............................................................................................................................................ 10 Hub ....................................................................................................................................................... 11 Bridges ................................................................................................................................................... 12 Gateway................................................................................................................................................. 13 Switch .................................................................................................................................................... 14 Transceiver ............................................................................................................................................ 14 Concentradores ..................................................................................................................................... 15 Placas de Rede ....................................................................................................................................... 15 Multiplexador ........................................................................................................................................ 16 Histórico e Introdução a Tecnologia Wireless ......................................................................................... 17 Classificações das Redes sem Fio e suas Funcionalidades ....................................................................... 19 Introdução a Ondas Eletromagnéticas .................................................................................................... 20 Unidades de Medidas e Faixas de Frequências ....................................................................................... 23 Tipos de Redes WirelessLAN e Tipos de Modulações .............................................................................. 26 Tipos de Antenas e suas Propagações .................................................................................................... 29 Linha de Transmissão – Cabos Coaxiais e Conectores ............................................................................. 34 Introdução aos Modos de Operações dos Equipamentos e suas Aplicações ........................................... 38 Segurança de Redes WirelessLAN........................................................................................................... 42 Planejando a Instalação e a Implantação da Rede WirelessLAN.............................................................. 45

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CFTV Avancado Parte 1

Transcript of CFTV Avancado Parte 1

  • Sumrio Cmera IP x Cmera Analgica ................................................................................................................. 2 Cmera IP Citrox (CX1000 ou CX2000)...................................................................................................... 4 Cmera IP Alpha-Digi (ADIP-IVS80x) ......................................................................................................... 5 Configurao Cmera IP Passo a Passo.......................................................................................................... 6 NVR (Network Video Record) ................................................................................................................... 6 Equipamentos para Redes........................................................................................................................ 7 Sistema Operacional de Rede................................................................................................................... 7 Estao de Trabalho................................................................................................................................. 7 Repetidores ............................................................................................................................................. 8 Modem .................................................................................................................................................... 8 Roteadores ............................................................................................................................................ 10 Hub ....................................................................................................................................................... 11 Bridges................................................................................................................................................... 12 Gateway................................................................................................................................................. 13 Switch .................................................................................................................................................... 14 Transceiver ............................................................................................................................................ 14 Concentradores ..................................................................................................................................... 15 Placas de Rede ....................................................................................................................................... 15 Multiplexador ........................................................................................................................................ 16 Histrico e Introduo a Tecnologia Wireless......................................................................................... 17 Classificaes das Redes sem Fio e suas Funcionalidades ....................................................................... 19 Introduo a Ondas Eletromagnticas.................................................................................................... 20 Unidades de Medidas e Faixas de Frequncias....................................................................................... 23 Tipos de Redes WirelessLAN e Tipos de Modulaes.............................................................................. 26 Tipos de Antenas e suas Propagaes .................................................................................................... 29 Linha de Transmisso Cabos Coaxiais e Conectores ............................................................................. 34 Introduo aos Modos de Operaes dos Equipamentos e suas Aplicaes ........................................... 38 Segurana de Redes WirelessLAN........................................................................................................... 42 Planejando a Instalao e a Implantao da Rede WirelessLAN.............................................................. 45

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    Cmera IP x Cmera Analgica (CFTV)

    Se voc est procurando instalar um sistema de vigilncia de segurana em sua casa ou empresa, uma das decises que voc tem que fazer saber qual a melhor opo, cmera IP ou circuito analgico e cmera, o conhecido CFTV. Essa deciso de cmeras IP versus cmeras analgicas no necessariamente uma deciso simples, pois h vantagens e desvantagens para cada estilo de cmera. Vamos explorar algumas dessas diferenas mais aprofundadas para que voc possa determinar qual opo ideal para voc.

    A principal diferena entre os dois tipos de cmara a maneira pela qual o sinal de vdeo entregue. As cmeras analgicas transformam o sinal de vdeo em um formato que pode ser capturado por um ou outro receptor de televiso como um videocassete ou monitor. Uma cmera baseada em IP, tambm conhecida como IP cmera, digitaliza o sinal de vdeo usando um codificador especializados acoplado com seu servidor web embutido nelas. Isto permite que a cmera IP passe a agir como um dispositivo de rede, permitindo assim que a captura das imagens de vdeo passam a serem vistos no s atravs de uma rede j existente, mas tambm atravs de um navegador web que possam ser acessados atravs da Internet.

    Ambos os sistemas de cmeras, tanto analgico como baseado em IP podem transmitir sinais atravs de fios ou conexes sem fio (wireless). As cmeras IP possuem o benefcio adicional de ser capaz de usar switches, hubs, roteadores, permitindo assim que esse sistema seja expandido facilmente. Com o objetivo de determinar qual estilo de sistema de cmera mais adequado s suas necessidades, vamos ter um olhar mais atento a alguns dos prs e contras de cada estilo:

    Prs - Cmeras Analgicas

    Baixo custo - Cmeras analgicas geralmente custam tem um preo mais barato que as Cmeras IP.

    Maior Variedade - Cmeras analgicas muitas vezes tem uma variedade muito maior de modelos, por exemplo, mini-cmeras para se adaptar a suportes de PTZ. Se voc tem necessidade exclusiva de vigilncia, ser mais fcil encontrar o estilo de cmera que voc precisa num modelo analgico.

    Compatibilidade - Se voc j possui um sistema de vigilncia e deseja incorporar novos equipamentos, esse sistema tem total compatibilidade entre os diferentes fabricantes das cmeras.

    Contra - Cmeras Analgicas

    Poucas caractersticas - As cmeras analgicas vem com poucos recursos bsicos como, por exemplo, zoom digital.

    Grandes problemas de interferncia - As cmeras analgicas podem ter problemas de interferncia, se instalarmos em conjunto com sistema sem fio. O mais importante ainda, as cmeras analgicas no suportam criptografia, ou seja, sua rede sem fio tem que ficar aberta, no que resulta uma grave falha de segurana.

    Problemas com longa distncia - Se o seu sistema tiver que abranger uma grande rea, cmeras analgicas no ser sua melhor escolha. As cmeras analgicas no suportam grandes distncias, e se for necessrio trabalhar com elas, a visualizao das imagens ficaro comprometidas.

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    Prs - Cmeras IP

    Melhor recepo wireless - As cmeras IP conseguem trabalhar com criptografia wireless, como WEP, WPA, WPA+PSK, fornecendo assim, uma grande segurana para sua rede. Tambm no sofrem nenhum tipo de interferncia nas imagens via rede sem fio.

    Pode utilizar a rede existente - Devido s cmeras IP trabalharem como um dispositivo de rede, voc pode utilizar sua instalao de rede existente para coloc-las em funcionamento, facilitando assim o seu custo de instalao.

    Acesso remoto mais fcil - As cmeras IP so as mais adequadas para visualizao remota.

    Contra - Cmeras IP

    Alto custo - Devido a todas as tecnologias adicionais embutidas em cada cmera IP, o custo delas maior em comparativo das cmeras analgicas.

    Requer banda larga - As cmeras IP tem um consumo de banda maior que as cmeras analgicas.

    A Cmera IP, tambm conhecida como Cmera de Rede permite ao usurio visualizar suas imagens em tempo real, atravs de uma rede local ou via internet, alm disso, o usurio pode configurar seu funcionamento remotamente, inclusive atravs de um dispositivo mvel (telefone celular, smartphone, etc.).

    Um sistema de vdeo em rede utiliza o processamento nas cmeras IP como forma de reduzir a utilizao da banda, permitir a utilizao da infra-estrutura de rede existente, ampliando as capacidades e conectividades do sistema de CFTV.

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    Aplicao de Rede com Cmeras IPs

    Cmera IP Citrox (CX1000 ou CX2000)

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    Software de Acesso Citrox (CX1000 ou CX2000) 36 Cmeras

    Acesso a 36 cmeras ao mesmo tempo, podendo elas estar em locais diferentes no mundo.

    Permite tambm o agendamento de gravao, criao de usurios, dentre outras configuraes.

    Forma fcil de integrao das cmeras, basta inserir o seu endereo IP ou domnio.

    Cmera IP IVS com 1.3 Mega Pixel (ADIP-IVS80x)

    - Aceita carto Micro SD para armazenamento local

    - Conexo Externa I/O

    - Totalmente Compatvel com iPhone/ iPad e I.E

    - Compresso H.264

    - Acesso via celular Android, Symbian, iOS, Windows Mobile

    - Vdeo Notificao: envio de alerta com chamada de vdeo

    - Acompanha software CMS

    - Led Branco para Iluminao

    Software de Acesso Alpha-Digi (ADIP-IVS80x) 16 Cmeras

    Mesmo software CMS que acessa os stand alone da alpha-digi.

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    Configurao Cmera IP Passo a Passo

    1) Identificar a faixa de IP da rede que vai colocar a cmera ip, mscara, gateway, dns (IPCONFIG)

    2) Anotar essas informaes

    3) Fazer um teste de ping para encontrar um ip livre na mesma faixa para colocar na cmera ip (PING)

    4) Identificar o IP padro da cmera ip (todas vem com ip de fbrica)

    5) Colocar o computador na mesma faixa de ip que a cmera vem de fbrica para comunicar o computador com a cmera ip

    6) Entrar na cmera ip pelo browser (internet explorer)

    7) Alterar o ip da cmera ip de acordo com as informaes da rede que foi identificado no primeiro item

    8) Voltar o ip do computador ao normal da rede

    9) Entrar no software cliente

    10) Cadastrar as informaes configuradas na cmera ip para conectar a cmera ip com o software cliente de monitoramento

    NVR (Network Video Record) 6ch ou 12ch

    - Grave e Monitore as imagens de 6ch /12ch pela rede

    - Imagem de alta resoluo (HDMI)

    - Aceita 2hds de 3 Tera

    - Configurao interativa com interface semelhante e compatvel ao Alpha-Digi

    Aplicao NVR com Cmeras IPs

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    Equipamentos para Redes

    Para que uma rede de computadores possa funcionar necessrio que existam, alm do cabeamento propriamente dito, dispositivos de hardware e software cuja funo controlar a comunicao entre os diversos componentes da rede.

    Vrios dispositivos so usados em uma rede, cada um deles possuindo funes especficas. Como exemplos de equipamentos dedicados podemos citar as placas de rede, os hubs, switches, bridges, routers, etc, que tem a finalidade de interpretar os sinais digitais processados na rede e encaminh-los ao seu destino, obedecendo a um determinado padro e protocolo.

    Essa interao entre dispositivos permite o compartilhamento das informaes entre todos os usurios da rede

    Exemplo de equipamentos em uma rede de computadores

    Sistema Operacional de Rede

    O Sistema Operacional de Rede (NOS - Network Operating System) consiste em uma famlia de programas que so executados em computadores interligados atravs de meios diversos e dispostos em rede.

    A funo principal do Sistema Operacional de rede a administrao lgica da mesma, ou seja, o controle de suas funcionalidades; alguns Sistemas oferecem o recurso de compartilhamento de arquivos, impressoras e outros dispositivos atravs da rede.

    Atualmente os modernos sistemas operacionais disponibilizam outros recursos como: segmentao da rede com possibilidade de configurao de redes virtuais, controle de habilitao de portas, proteo contra intrusos, interfaces grficas mais amigveis, etc.

    Estao de Trabalho

    Formalmente, uma Estao de Trabalho nada mais do que um equipamento pelo qual qualquer usurio poder acessar os recursos disponveis na rede.

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    Todos os usurios tm acesso a uma rede atravs de Estaes de Trabalho que so computadores equipados com pelo menos uma placa adaptadora para interface com a rede (NIC Network Interface Card).

    Estao de Trabalho

    Repetidores (Repeaters)

    Os repetidores so dispositivos de hardware utilizados para a conexo de dois ou mais segmentos de uma rede local. Eles recebem e amplificam o sinal proveniente de um segmento de rede e repetem esse mesmo sinal no outro segmento.

    Alguns modelos disponveis no mercado possuem recursos de "auto-particionamento", ou seja, ocorrendo uma falha dos segmentos da rede, o dispositivo ir isolar o acesso conexo defeituosa, permitindo que a transmisso de dados aos segmentos remanescentes no seja afetada.

    Modelo de repetidor

    A limitao do nmero de repetidores obtida de acordo com o protocolo utilizado (por exemplo, no protocolo Ethernet o nmero mximo de quatro). Um sistema pode conter vrios slots de cabos e repetidores, mas dois repetidores no podem estar a mais de 2,5 km de distncia, e nenhum caminho pode atravessar mais de quatro repetidores.

    Um repetidor atua na camada fsica do modelo OSI, exercendo funo de regenerador de sinal entre dois segmentos de redes locais. Eles so necessrios para fornecer corrente e para controlar cabos longos. Um repetidor permite interconectar dois segmentos de redes locais de mesma tecnologia e eventualmente, opera entre meios fsicos de tipos diferentes (10base2 e 10base5, por exemplo). Como resultado possvel aumentar a extenso de uma rede local, de forma que o conjunto de segmentos interconectados se comporte como um nico segmento.

    Modem

    O Modem um dispositivo conversor de sinais que faz a comunicao entre computadores atravs de uma linha dedicada para esse fim. Seu nome a contrao das palavras MOdulador e DEModulador, pois essas so suas principais funes.

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    O Modem executa uma transformao, por modulao (modem analgico) ou por codificao (modem digital), dos sinais emitidos pelo computador, gerando sinais analgicos adequados transmisso sobre uma linha telefnica, por exemplo. No destino, um equipamento igual demodula (modem analgico) ou decodifica (modem digital) a informao, entregando o sinal digital restaurado ao equipamento terminal a ele associado.

    Exemplo de placa fax-modem

    Para conseguir estabelecer uma conexo com uma linha telefnica, o programa de comunicao envia um comando para o modem solicitando essa conexo, utilizando uma linguagem padro. O modem do PC que solicitou essa linha (chamaremos de modem local) disca os pulsos do nmero do telefone. O modem faz o reconhecimento do comando e envia um sinal RDL (Receive Data Line) ao PC na linha de Recepo de dados. Quando o modem que esta do outro lado da conexo (o modem remoto) responde a chamada, o modem local envia um tom de comunicao avisando o modem remoto que ele est sendo chamado por outro modem e o modem remoto responde com um tom mais alto.

    Os dois modems realizam um handshake (processo pelo qual trocam informaes sobre como iro gerenciar o envio de dados). Aqui se define a velocidade de transferncia, o nmero de bits que sinalizaro o incio e o fim, no caso de modem analgico, se iro utilizar bits de paridade, se iro operar em Half-Duplex ou Full-Duplex. Se o sistema local e remoto no usarem a mesma configurao, ficaro enviando caracteres que no fazem sentido ou no se comunicaro de forma alguma.

    Do outro lado da linha, o modem remoto escuta os dados que esto chegando com uma srie de tons em diferentes freqncias. Ele demodula estes tons em sinais digitais enviando-os ao computador receptor. Ambos os computadores podem enviar e receber sinais ao mesmo tempo, porque o uso de um sistema padro de tons permite que os modems de ambos os lados diferenciem os sinais de entrada e sada.

    No momento em que informado ao programa de comunicao para que ele finalize uma sesso, o programa envia outro comando HAYES ao modem para que ele desfaa a conexo telefnica. Se a conexo for desfeita pelo sistema remoto o modem ir enviar um sinal de Deteco de Linha (CD) ao computador, informando ao programa que a comunicao terminal terminou.

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    Roteadores (routers)

    O roteador um equipamento responsvel pela interligao das redes locais entre si e redes remotas em tempo integral. Em outras palavras, permite que uma mquina de uma dada rede LAN comunique-se com mquinas de outra rede LAN remota, como se as redes LAN fossem uma s. Para isso, ele usa protocolos de comunicao padro como TCP/IP, SPX/IPX, Appletalk, etc. Tm a funo de decidir o melhor caminho para os "pacotes" percorrerem at o seu destino entre as vrias LANs e dividem-nas logicamente, mantendo a identidade de cada sub-rede.

    Exemplo de roteador

    Na prtica os roteadores so utilizados para o direcionamento de "pacotes" entre redes remotas, atuando como verdadeiros "filtros" e "direcionadores" de informaes. Recursos como "compresso de dados" e "spanning tree" (tcnica que determina o percurso mais adequado entre segmentos, podendo inclusive reconfigurar a rede, em casos de problemas no cabo, ativando um caminho alternativo), compensam inconvenientes como velocidades de transmisso ao utilizarmos modems ou linhas privadas como meio de transmisso de redes remotas.

    Os roteadores possuem vrias opes de interfaceamento com LANs e WAN's. Por exemplo, podemos ter opes de interfaces LAN, portas UTP, FDDI ou AUI, atravs dos quais poder ser realizada a conexo com a rede local. As interfaces WAN's servem para realizarmos a conexo com dispositivos de transmisso remota (modems), seguindo os padres de protocolos V-35, RS-449, RS-232 entre outros.

    Interligao de duas redes LAN

    Devido s suas habilidades sofisticadas de gerenciamento de redes, os roteadores podem ser utilizados para conectar redes que utilizam protocolos diferentes (de Ethernet para Token Ring, por exemplo). Como o roteador examina o pacote de dados inteiro, os erros no so passados para a LAN seguinte.

    Conforme mencionado, este equipamento atua nas camadas 1,2 e 3 do modelo ISO/OSI. Atravs de uma srie de regras como: rotas estticas inseridas no roteador, rotas dinmicas aprendidas atravs de protocolos de roteamento usado entre roteadores (RIP, OSPF, etc), o roteador consegue rotear pacotes de dados recebidos por um determinado caminho.

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    Os roteadores so capazes de interpretar informaes complexas de endereamento e tomam decises sobre como encaminhar os dados atravs dos diversos links que interligam as redes podendo incluir mais informaes para que o pacote seja enviado atravs da rede. Por exemplo, um roteador poderia preparar um pacote Ethernet em um encapsulamento com dados que contm informaes de roteamento e de transmisso para ser transmitido atravs de uma rede X.25. Quando esse "envelope" de dados fosse recebido na outra ponta, o roteador receptor retiraria os dados X.25, e enviaria o pacote Ethernet no segmento de rede local associado.

    Os roteadores podem selecionar caminhos redundantes entre segmentos de rede local e podem conectar redes locais usando esquemas de composio de pacotes e de acesso aos meios fsicos completamente diferentes. No entanto, por causa de sua complexidade e funcionalidade, um roteador mais lento do que uma Bridge. Ele l as informaes contidas em cada pacote, utiliza procedimentos de endereamento de rede para determinar o destino adequado e ento recompe os dados em pacotes e os retransmite.

    Os roteadores so bem utilizados no meio Internet / Intranet e para comunicao LAN-to-LAN (como, por exemplo, ligao matriz-filial). No meio Internet / Intranet, o roteador aparece na ligao do site do provedor (rede local do provedor) ao link Internet, bem como na conexo do provedor a sub-provedores via LP de dados (especializada), LP de voz (no especializada) ou mesmo linha discada. Matriz e filial pode usar a Internet para este fim, usando algum artifcio de proteo nas pontas para evitar acesso pblico, o chamado software de firewall.

    Na comunicao LAN-to-LAN, a matriz pode ser conectada s filiais atravs do roteador usando LP (dados ou voz) ou mesmo rede de pacotes.

    Interligao de duas redes LAN e o provedor

    Hub

    Um hub, concentrador ou Multiport Repeater, nada mais do que um repetidor que, promove um ponto de conexo fsica entre os equipamentos de uma rede. So equipamentos usados para conferir uma maior flexibilidade a LANs Ethernet e so utilizados para conectar os equipamentos que compem esta LAN.

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    O Hub basicamente um plo concentrador de fiao e cada equipamento conectado a ele fica em um seguimento prprio. Por isso, isoladamente um hub no pode ser considerado como um equipamento de interconexo de redes, ao menos que tenha sua funo associada a outros equipamentos, como repetidores. Os hubs mais comuns so os hubs Ethernet 10BaseT (conectores RJ-45) e eventualmente so parte integrante de bridges e roteadores.

    Os Hubs permitem dois tipos de ligao entre si. Os termos mais conhecidos para definir estes tipos de ligaes so: cascateamento e empilhamento:

    Cascateamento: Define-se como sendo a forma de interligao de dois ou mais hub's atravs das portas de interface de rede (RJ-45, BNC, etc);

    Empilhamento: Forma de interligao de dois ou mais hubs atravs de portas especificamente projetadas para tal (Daisy-chain Port). Desta forma, os hubs empilhados tornam-se um nico repetidor. Observar que cada fabricante possui um tipo proprietrio de interface para esse fim o que limita o emprego do empilhamento para equipamentos de um mesmo fabricante em muitos casos.

    Computadores ligados por Hub

    Com o uso do hub o gerenciamento da rede favorecido e a soluo de problemas facilitada, uma vez que o defeito fica isolado no segmento da rede, bem como facilita a insero de novas estaes em uma LAN.

    Quando acontece de ocorrer muitas colises, o hub permite isolar automaticamente qualquer porta (autopartio do segmento). Quando a transmisso do primeiro pacote satisfatria, o hub faz uma reconfigurao automtica do segmento.

    Bridges

    As Bridges (ou pontes) so equipamentos que possuem a capacidade de segmentar uma rede local em vrias sub-redes, e com isto conseguem diminuir o fluxo de dados (o trfego). Quando uma estao envia um sinal, apenas as estaes que esto em seu segmento a recebem, e somente quando o destino esta fora do segmento permitido a passagem do sinal. Assim, a principal funo das bridges filtrar pacotes entre segmentos de LANs.

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    As Bridges tambm podem converter padres, como por exemplo, de Ethernet para Token-Ring. Porm, estes dispositivos operam na camada "interconexo" do modelo OSI, verificando somente endereos fsicos (MAC address), atribudos pelas placas de rede. Deste modo, os "pacotes" podem conter informaes das camadas superiores, como protocolos e conexes, que sero totalmente invisveis, permitindo que estes sejam transmitidos sem serem transformados ou alterados.

    As bridges se diferem dos repetidores porque manipulam pacotes ao invs de sinais eltricos. A vantagem sobre os repetidores que no retransmitem rudos, erros, e por isso no retransmitem frames mal formados. Um frame deve estar completamente vlido para ser retransmitido por uma bridge.

    So funes da Bridge:

    Filtrar as mensagens de tal forma que somente as mensagens endereadas para ela sejam tratadas;

    Ler o endereo do pacote e retransmiti-lo;

    Filtrar as mensagens, de modo que pacotes com erros no sejam retransmitidos;

    Armazenar os pacotes quando o trfego for muito grande;

    Funcionar como uma estao repetidora comum.

    A bridge atua nas camadas 1 e 2 do modelo de referncia ISO/OSI, lendo o campo de endereos de destino dos pacotes de mensagens e transmitindo-os quando se tratar de segmentos de rede diferentes, utilizando o mesmo protocolo de comunicao.

    Gateway

    um dispositivo que permite a comunicao entre duas redes de arquiteturas diferentes. Ele atua em todas as camadas do modelo ISO/OSI.

    Este equipamento resolve problemas de diferena entre tamanho mximo de pacotes, forma de endereamento, tcnicas de roteamento, controle de acesso, time-outs, entre outros. Como exemplo de gateway podemos citar um produto que integra redes TCP/IP com redes SNA.

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    Aplicao de bridge e gateway na conexo de LANs

    Switch

    Trata-se de uma evoluo do hub, com funes de pontes e roteadores e hardware especial que lhe confere baixo custo e alta eficincia. Ele possui barramentos internos comutveis que permitem chavear conexes, tornando-o temporariamente dedicado a dois ns que podem assim usufruir toda capacidade do meio fsico existente.

    Em outras palavras, o switch permite a troca de mensagens entre vrias estaes ao mesmo tempo e no apenas permite compartilhar um meio para isso, como acontece com o hub. Desta forma estaes podem obter para si taxas efetivas de transmisso bem maiores do que as observadas anteriormente.

    O switch tornou-se necessrio devido s demandas por maiores taxas de transmisso e melhor utilizao dos meios fsicos, aliados a evoluo contnua da micro-eletrnica.

    Modelo de switch

    Transceiver

    um dispositivo de hardware que faz a conexo eletroptica (transforma um sinal eltrico em sinal ptico e vice-versa) entre computadores de rede que usam fibra ptica e cabeamento metlico convencional.

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    Exemplos de transceivers

    Concentradores

    So dispositivos com buffer de armazenamento que altera a velocidade de transmisso de uma mensagem. Eles so comutadores de linha, que armazenam a mensagem para posterior envio ao computador central. Geralmente possuem capacidade de processamento local e sua velocidade elevada para poder aceitar mensagens de vrios terminais ao mesmo tempo.

    O concentrador coleta mensagens do usurio numa rea fisicamente prxima. Juntamente com a mensagem enviada a identificao do terminal. As mensagens so montadas no buffer do concentrador at que este receba do usurio um delimitador.

    Os concentradores remotos oferecem alta flexibilidade, permitindo acomodar interfaces para terminais especiais, proporcionando maior taxa de concentrao, possibilitando atender a mudanas nas velocidades de transmisso nos formatos, nos cdigos, nos protocolos de transmisso e no nmero de equipamentos terminais conectados.

    Placas de Rede

    A placa de rede ou adaptador de LAN ou ainda NIC (Network Interface Card) funciona como uma interface entre o computador e o cabeamento da rede. Normalmente uma placa de expanso que deve ser conectada em um dos slots localizados na parte traseira do computador. Juntamente com o Sistema Operacional, a placa de rede trabalha para poder transmitir e receber mensagens a partir da rede. Suas principais funes so: mover os dados para dentro da memria RAM do computador, gerar o sinal eltrico que trafega atravs do cabo da rede e controlar o fluxo de dados no sistema de cabeamento da rede.

    A placa de rede possui uma rea de armazenamento (buffer) que retm os dados por um certo perodo de tempo para compatibilizar a velocidade de trfego, pois, no computador, os dados so processados em "bytes" (forma paralela) e no cabeamento da rede o trfego processado 1 bit por vez (forma serial).

    A tcnica que os adaptadores da LAN utilizam para controlar o acesso ao cabo e o tipo de conector deste cabo so atributos da arquitetura da rede utilizada.

    As seguintes especificaes devem ser levadas em considerao ao especificar qual placa de rede deve ser utilizada:

    Tipo de Barramento: Especifica a interface da placa de rede com o computador (ISA, EISA, PCI e MCA).

    Conector da Placa: Especifica o tipo de interface a ser utilizada pela placa de rede quando do acesso ao meio fsico. Os principais tipos so: RJ, BNC, ST, RJ/BNC, RJ/BNC/AUI, RJ/ST, MIC.

    Padro: Define o padro de rede a ser utilizado. Os principais tipos so: Ethernet, Fast-Ethernet, Token-Ring, FDDI, ATM.

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    Velocidade de Transmisso: a velocidade com que as informaes trafegam pelo meio fsico: 4Mbps, 10Mbps, 16Mbps, 100Mbps e outras.

    Modelo de placa de rede (NIC)

    Multiplexador

    Dispositivo usado para permitir que uma nica linha de comunicao seja comutada com um computador. Isso pode ocorrer porque algumas linhas podem ficar inativas por longos perodos de tempos, com nenhum ou pouqussimo fluxo de dados entre o terminal e o computador. Se os perodos ativos das vrias linhas nunca coincidirem, uma nica linha pode ser comutada para atender a vrios terminais.

    Se no for possvel assegurar que somente um terminal esteja ativo em um dado instante de tempo, preciso proporcionar uma linha saindo do comutador com uma capacidade maior do que qualquer outra linha de entrada. Se a capacidade da linha de sada excede a soma das capacidades de todas as linhas de entrada, o comutador executa a funo de multiplexador.

    A multiplexao pode ser efetivada dividindo-se a banda de freqncia do canal de maior velocidade em vrias bandas mais estreitas e alocando cada uma delas a um dos terminais. Essa forma de multiplexao conhecida como FDM - Frequency Division Multiplexing.

    Uma forma mais sofisticada consiste em amostrar cada linha oriunda de um terminal, seqencialmente, enviando o sinal recebido por um canal de alta velocidade. Essa forma conhecida como TDM - Time Division Multiplexing. No caso anterior, a velocidade de transmisso oriunda de cada terminal no pode exceder a capacidade do canal que lhe foi alocado.

    Equipamento Multiplexador

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    Histrico e Introduo a Tecnologia Wireless

    Nada mais importante no estudo de uma tecnologia do que saber sua origem e suas particularidades, a fim de entender sua estrutura e lgica.

    Ao final deste captulo voc ser capaz de:

    Entender o histrico da tecnologia e com que finalidade ela foi criada,

    Como que funciona e seus benefcios,

    Quem padroniza seu uso e define a sua tecnologia.

    Introduo Tecnologia Wireless

    A tecnologia Wireless (sem fio) visa atender ponto(s) remotamente sem a necessidade de conexo fsica entre e eles, com este tipo de afirmao j descobrimos uma vantagem da tecnologia wireless alm das inmeras que tem.

    Temos conhecimentos de algumas tecnologias que so Wireless, por exemplo: Bluetooth, Infrared(Infravermelho), Wi-fi, etc. Nosso foco estudar as redes Wi-fi e como a tecnologia Wireless se aplica a ela.

    Histrico da Tecnologia Wireless

    Desde os tempos mais antigos se utilizavam tecnologias sem fio para se passar informao a determinado ponto, como exemplo temos a comunicao por sinalizao de fumaa muito usada por ndios norte-americanos e at mesmo a comunicao por voz uma comunicao sem fio.

    A tecnologia por ondas de rdio propriamente dita foi usada na segunda guerra mundial para se passar informaes preciosas aos soldados que dela participaram e foi uma ferramenta muito til apesar de precria na poca e de certa forma insegura.

    A tecnologia desde ento tem evoludo at chegar no padro das redes Wi-Fi comum, meados de 1997, padronizada pelo Instituto de Engenheiros Eletricistas e Eletrnicos (IEEE), foi necessrio sua padronizao em virtude da facilidade e a procura pelos equipamentos principalmente pelos usurios de notebooks que sonhavam com a mobilidade dentro de reas pequenas.

    Qual a Funcionalidade e os Benefcios Tecnologia Wireless

    A principal funcionalidade das tecnologias Wireless a mobilidade que se tem, voc consegue interconectar dois pontos ou mais e ainda fazer a comunicao de dados entre eles sem a utilizao de cabos, o que valoriza muito sua padronizao e seu uso em redes atuais.

    Os principais benefcios so:

    Mobilidade: Com sistema de redes Wireless voc tem mobilidade em ambientes de cobertura o que impede voc de selecionar um ponto fixo para a rede, bastando simplesmente voc est em uma rea de cobertura.

    Facilidade de instalao e implantao do sistema Wireless: No complicada a implantao, instalao nos ambientes tanto externos quanto internos e no necessrio mo de obra especializada para instalao de conectores e antenas.

    Flexibilidade: A tecnologia sem fio chega aonde os meios fsicos no chegam.

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    Fcil expanso da rede Wireless: Para expandir uma rede Wireless basta mais um dispositivo Wireless

    Custo reduzido em grandes projetos: Reduo de custos com cabeamento e replanejamento das infraestruturas de redes.

    IEEE e suas Funes na Tecnologia de Redes Wireless

    O Instituto de Engenheiros Eletricistas e Eletrnicos (IEEE) tem papel importante nas tecnologias de redes atuais, pois um dos principais rgos de padronizao dela.

    O I3E como mais conhecido, um grupo formado por prprios fabricantes de dispositivos de redes desde conexes e cabos at os tipos de acesso ao meio dos equipamentos, alm de alguns padres de softwares de rede. Isso interessante porque fora com que todos os fabricantes ou a maioria deles consigam garantir novas tecnologias inter operacionais.

    Imaginem s que cada fabricante fizesse um tecnologia nova e garantisse que ela funciona somente com a sua marca? Simplesmente todos os consumidores estariam amarrados a um s fabricante de cabos, conectores e dispositivos. Por isso o IEEE tem um papel fundamental e ler suas padronizaes so muito importantes.

    O IEEE tem um grande projeto que conhecido como 802 dentro deste projeto est a viso geral dele. Ainda dentro do projeto 802 tem suas derivadas que so as tecnologias propriamente ditas que atualmente vai do 802.1 at 802.16, isso no significa que cada nmero seja um padro de tecnologia. Por exemplo, sabemos que o padro 802.11 das tecnologias de rede Wi-Fi, por outro lado a 802.1 trata dos gerenciamentos e incluso de modos e servios das tecnologias, um exemplo de 802.1 o suporte a bridging 802.1d e VLAN 802.1q.

    Na figura abaixo tem uma parte da arquitetura do projeto 802:

    Uma parte da arquitetura IEEE(Imagem baseada no livro Projetando Redes Wlan pgina 214)

    Nosso foco neste treinamento o Padro 802.11 como um todo e ao decorrer desta apostila vamos explicar mais sobre esta figura.

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    Classificaes das Redes Sem Fio e suas Funcionalidades

    Assim como as Redes Convencionais as Redes sem fio tem suas classificaes e funes e isto que vamos analisar neste captulo.

    Ao final deste captulo voc ser capaz de:

    Saber a maioria das classificaes das redes sem fio,

    Aonde se enquadra cada classificao.

    Classificao das Redes Sem Fio e suas Funcionalidades

    Como vamos ver a seguir as redes sem fio possui suas classificaes assim como nas redes com fio, vamos conferir a figura a seguir:

    Padro Global Wireless

    Classificao das redes sem fio

    Classificao:

    - WPAN (Wireless Personal Area Network): Rede Pessoal, conhecida tambm como rede domstica, aquelas que envolvem poucos dispositivos e tem distncia bem limitada e capacidade de dados limitados tambm. As principais tecnologias que envolvem essa rede so o Bluetooth, infravermelho e zigbee.

    - WLAN (Wireless Local Area Network): Rede local, redes de carter corporativo, ou seja, muito usadas por empresas e at usurios domsticos para interligar estaes ou prover dados para alguns computadores, tem distncia limitada porm tem uma capacidade de dados relativamente alta e suporta maior nmero de usurios do que uma WPAN. A principal tecnologia que envolvem essa rede o Wi-Fi que o foco deste treinamento.

    - WMAN (Wireless Metropolitan Area Network): Rede Metropolitana, redes de carter a atender uma metrpole, equipamentos de porte de alta taxas de dados e que foram criados para uso outdoor. A principal tecnologia que envolve o WMAN o Wimax.

    - WWAN (Wireless Wide Area Network): Rede Ampla, como o prprio nome j diz esta rede tem o carter de ser uma rede ampla, ou seja, muito grande, se destacam por ser redes que ultrapassam diversos estados de um Pas, empresas de grande porte possuem redes amplas, como as operadoras de telefonia. Exemplos desta tecnologia so as redes 3GPP e GSM.

    Agora que sabemos qual classificao se encontra as redes WLAN vamos estud-la, note que tem um par de aspas na distncia limitada e vamos discutir isso ao longo do treinamento.

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    Introduo a Ondas Eletromagnticas

    O Estudo das Ondas Eletromagnticas base para compreenso das modulaes, canais e uso das antenas para as frequncias.

    Ao final deste captulo voc ser capaz de:

    Entender a origem do estudo das ondas eletromagnticas,

    Qual a importncia para a tecnologia Wi-Fi,

    Entender o conceito de polarizao e Zona de fresnel.

    Origem dos Estudos das Ondas Eletromagnticas

    Tudo comea no principio de Faraday, em meados de 1831, quando foi descoberta a induo eletromagntica.

    Nessa teoria Faraday afirma que toda a induo eletromagntica gera uma corrente eltrica contnua e com isso se gerou a teoria de campos e suas linhas de foras.Anos mais tarde(Cerca de 1865) James Clerk Maxwell utilizou deste experimento para criar clculos matemticos exatos para a teoria da propagao eletromagntica no espao.

    Nessa poca em diante foi o bero para os rdios comunicadores que utilizavam este tipo de propagao que comeara a crescer com o experimento de Hertz . Nesta mesma poca Guglielmo Marconi criou com estas teorias o primeiro sistema de telegrafia sem fio com cdigo Morse atravs do canal da mancha.

    As ondas eletromagnticas a base para toda as redes atuais e tecnologias em telecomunicaes e sua compreenso para que ela serve muito importante para o estuda da tecnologia.

    Conceito

    As Ondas Eletromagnticas (OEM) so utilizadas na tecnologia das redes WLAN para propagao das informaes, entender seu conceito de extrema importncia para planejar o ambiente que ser instalado os equipamentos WLAN.

    A essncia das Ondas Eletromagnticas a existncias de dois campos, o eltrico e o magntico, onde os dois campos fazem um movimento repetitivo no ar. Com estes movimentos o campo eltrico gera um campo magntico e o magntico gera um campo eltrico, ou seja, os dois esto sempre perpendiculares um ao outro.

    Grfico relao entre Campo Eltrico x Campo Magntico

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    Polarizao

    Porque eu preciso saber se as ondas eletromagnticas tem dois campos? Toda a referncia de polarizao est concentrada na posio destes dois campos, a polarizao, quando mau entendida pode gerar transtornos em sistemas Wireless.

    Quando falamos de polarizao estamos dizendo qual a direo das linhas de fora do seu campo eltrico e lembrando que o campo magntico est perpendicular ao campo magntico.

    Imagem da polarizao das ondas.

    Polarizao das ondas em relao a terra

    usada a referncia para polarizao das ondas o campo eltrico(E), sendo assim temos as seguintes polarizaes:

    Polarizao Horizontal Quando o campo eltrico est perpendicularmente orientado a terra.

    Polarizao Vertical Quando o campo eltrico est paralelamente orientado a terra.

    Polarizao Circular Quando as polarizaes mudam com o tempo.

    O mais importante na polarizao das ondas se atentar que quando utilizamos em uma antena que vai transmitir a minha Onda eletromagntica a polarizao das duas pontas, tanto do lado que vai transmitir e o outro que vai receber tem que estar na mesma polarizao sempre porque isso gera uma perda bem significativa no enlace.

    Zona de Fresnel

    August Jean Fresnel desenvolveu uma teoria que hoje est em prtica de que toda quantidade de energia que irradia est contida em um volume de elipside. O tamanho desta elipside depende principalmente da distncia entre as antenas e o comprimento da onda.

    Estas elipsides esto contidas em vrias zonas que chamamos de Zona de Fresnel, existem ao longo do enlace vrias zonas na qual s nos importa liberar a primeira Zona para que o enlace fique de acordo com o esperado e no tenha nenhum problema de difrao ou algo do tipo.

    Esta primeira zona pode ser calculada com a seguinte equao:

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    Onde:

    D1 Distncia do ponto inicial at o ponto em queremos calcular o Raio da Zona em KM

    D2 Distncia do ponto final at o ponto em que queremos calcular o Raio da Zone em KM

    D Distncia total do enlace em KM

    f freqncia em Mhz.

    Exemplo de enlace para evitar a difrao

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    Unidades de Medidas e Faixas de Freqncias

    No estudo das Redes Wireless precisamos fundamentalmente saber as unidades das medidas e as referncias que temos e principalmente em que faixas de freqncias operam as tecnologias atuais.

    Ao final deste captulo voc ser capaz de:

    Saber a maioria das unidades de medidas e entender a base da mesma,

    Saber como funcionam as faixas de freqncias wireless e como so distribudas,

    Saber as tecnologias em que freqncia elas operam.

    Banda que Operam as Redes WirelessLAN

    Vrias tecnologias que utilizam o meio no guiado (Sem mdia fsica) para conexo operam em faixas de freqncias (Bandas) que podem ser licenciadas ou no.

    Quando dizemos que elas so licenciadas, estamos dizendo que uma banda reservada para algum servio e necessria sua regulamentao junto a um rgo para operar naquela freqncia.

    Vamos observar a figura abaixo:

    Bandas de freqncia e suas aplicaes.

    Vamos notar que a faixa ISM (Industrial, Science and Medical) opera em 900 MHz, 2 GHz e 5 GHz, ou seja, aonde operam as redes WirelessLAN, sendo as que possuem padro definido pela IEEE as redes em 2,4 GHz(80211b/g) e 5 GHz (802.11a), essas duas Bandas vo ser mais comentadas nesta apostila, o importante saber as freqncia utilizadas nas redes WirelessLAN.

    Unidades de Medida em WirelessLAN

    Na tecnologia Wireless utilizam-se muitas unidades de medidas referenciadas no Decibel, em funo de se trabalhar com logaritmos e tambm por ser usada em vrios clculos fiscos. Algumas

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    das unidades sero apresentadas aqui sendo de utilizao mais comum no ramo, existem vrias outras medidas que so utilizadas por outros pases mais as mais comuns no Brasil so:

    Decibel (dB) - Muito usado para medir intensidade de som, o decibel usado tambm em tecnologia WirelessLAN como referncia de potncias e ganhos de sinal RF, por sua definio usar logaritmo se torna um bom aliado para medir ganho e sinal de RF.

    Para se ter uma idia, tendo referncia 2 pontos em um enlace de dados, quando dizemos que o primeiro tem 3 dB a mais que o segundo estamos dizendo que o primeiro tem o dobro de intensidade em relao ao segundo ponto. Quando dizemos que tem 10 dB a mais no primeiro ponto do que o segundo estamos dizemos que o primeiro ponto tem 10 vezes mais intensidade que o segundo. Quando falamos que o primeiro ponto tem 20 dB a mais que o segundo estamos falando que ele tem 100 vezes mais intensidade e assim sucessivamente, veja como fcil representar o ganho com nmeros grandes e usando escala de logaritmo (que o meio que o decibel usa) fica mais fcil de representar com nmeros menores. Mais lembrando que o dB usado sempre em comparao a outro ponto.

    Potncia de Rdio em Decibel (dBm) Unidade de medida muito usada para medir potncia dos equipamentos, na maioria dos datasheet dos equipamentos aparecem suas potncias em funo da taxa de transferncia em dBm. Sua compreenso simples e para converter de dBm para mW basta fazer a conta a seguir:

    Converter dBm para mW 10(dBm/10)

    Converter mW para dBm 10Log(mWatts)

    Decibel Isotrpico (dBi) Unidade de medida utilizado principalmente por antenas, porque esta unidade faz o comparativo de ganho da antena em funo de uma antena istrpica ideal, na qual no existe.

    Obs: Nunca confundir ganho em dBi com amplificao do sinal, apesar de ser da mesma propriedade do dBm.

    Received signal strength indication(RSSI) Alguns equipamentos utilizam como forma de medir o sinal na recepo em dBm e em outros equipamentos eles utilizam o RSSI como forma de medir a potncia do sinal recebido. Essa forma de medir o sinal muito utilizado em alguns equipamentos por ser mais fcil sua anlise:

    0 = -113 25 = -87 50 = -58 78 = -29

    1 = -112 26 = -86 51 = -56 79 = -28

    2 = -111 27 = -85 52 = -55 80 = -27

    3 = -110 29 = -83 55 = -50 81 = -25

    4 = -109 30 = -82 56 = -50 82 = -24

    5 = -108 31 = -81 57 = -49 83 = -23

    6 = -107 32 = -80 58 = -48 84 = -22

    7 = -106 33 = -79 59 = -48 85 = -20

    8 = -105 34 = -78 60 = -47 86 = -19

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    9 = -104 35 = -77 61 = -46 87 = -18

    10 = -103 36 = -75 62 = -45 88 = -17

    11 = -102 37 = -74 63 = -44 89 = -16

    12 = -101 38 = -73 64 = -44 90 = -15

    13 = -99 39 = -72 65 = -43 91 = -14

    14 = -98 40 = -70 66 = -42 92 = -13

    15 = -97 41 = -69 67 = -42 93 = -12

    16 = -96 42 = -68 68 = -41 94 = -10

    17 = -95 43 = -67 69 = -40 95 = -10

    18 = -94 44 = -65 70 = -39 96 = -10

    19 = -93 45 = -64 71 = -38 97 = -10

    20 = -92 46 = -63 72 = -37 98 = -10

    21 = -91 47 = -62 73 = -35 99 = -10

    22 = -90 48 = -60 74 = -34 100 = -10

    23 = -89 49 = -59 75 = -33

    24 = -88 53 = -53 76 = -32

    28 = -84 54 = -52 77 = -30

    Podemos resumir que o RSSI d um valor como se fosse em porcentagem e em comparao temos a quantidade do sinal recebido em dBm que para recepo sempre negativo.

    Estas so as unidades mais usadas no ramo de WirelessLAN, inclusive dB pode ser usado para atenuao da transmisso, ou seja, todos os fator ligados a transmisso so expressos em dB e junto com suas outras propriedades como o dBm e o dBi, podemos definir muito bem como ser o link entre outros fenmenos.

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    Tipos de Redes WirelessLAN e Tipos de Modulaes

    Dentro de uma rede Wireless LAN h alguns modos que os equipamentos podem se comportar dependendo da quantidade de Access Point`s e para conhecimento tcnico bom se manipular esses tipos de redes e entender a modulao dos equipamentos.

    Ao final deste captulo voc ser capaz de:

    Conhecer os principais tipos de redes WirelessLAN,

    Conhecer as modulaes do sistema WirelessLAN,

    Entender alguns fenmenos de WirelessLAN que acontece por causa da modulao.

    Tipos de Redes WirelessLAN 802.11

    Existem alguns tipos de redes que facilita a compreenso tanto na parte fsica quanto lgica do projeto e vo ser mostrados a seguir:

    Basic Service Set(BSS) Consiste em um concentrador(Access Point), que controla todas as estaes em modo infraestrutura.Neste modo todo trfego de rede passa pelo Access Point, a rea coberta pelo Access Point(AP) chamada de Basic Service Area. O Access Point em tese trabalha como se fosse um switch e a estao s pode se conectar a rede se estiver associado e autenticado no Access Point.

    Exemplo de BSS

    Independent Basic Service Set(IBSS) - Grupos de dispositivos wireless que se comunicam entre si em uma comunicao ad-hoc de forma independente. Consiste em um determinado grupo que se interconectam, no h um concentrador aonde estes dispositivos esto conectados. A distncia deste tipo muito limitada em funo dos dispositivos.

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    Exemplo de IBSS

    Extended Service Set(ESS) Este tipo nada mais do que um conjunto de BSSs dentro de uma mesma rede. A estao mesmo mudando de um BSS para outro consegue manter a comunicao com a rede, como se fosse um roaming. Dentro de deste temos a ESA (Extended Service rea) que amplia a minha BSA de forma que dentro desta ESS a estao pode se comunicar com todos os BSS mesmo que sejam diferentes este tipo de aplicao ESS exige no entanto a ativao do protocolo IAPP(Inter Access Point Protocol) que faz com que os Access Points(APs) tenham referncias das estaes mesmo se elas mudarem de um para outro.

    Exemplo de ESS

    Apesar de no parecer isso reflete na hora de se criar Pops de acesso WirelessLAN, o compreendimento destes tipos nos mostra mais a parte conceitual de tipos de redes, no entanto estes podem ser replicados em uso externo mesmo para provedores.

    Espalhamento Espectral Tcnicas de Modulao

    As tecnologias de WirelessLAN, necessitam colocar a informao que recebida e propagar no espao atravs da OEM. O meio utilizado para esta funo a modulao do sinal RF, com a

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    modulao eu consigo colocar os bits de informao e os de erros atravs das tcnicas de modulao.

    Vamos ver abaixo as tcnicas no padro de redes WirelessLAN:

    Spread Spectrum (Espalhamento Espectral) Consiste em uma transformao de um espectro normal de freqncias em um outro espectro muito maior do que a original, apesar de utilizar um espectro maior ele nos compensa porque gera segurana, confiabilidade no sinal transmitido e resistncia a interferncias adjacentes operando na mesma faixa de freqncia.

    Existem 3 tipos de espalhamento espectral:

    Frequency Hopping Spread Spectrum(FHSS) O Espalhamento por Salto de Frequncias divide a banda total em vrios canais de pequena largura de banda que em funo do tempo o transmissor e o receptor trocam aleatoriamente, sendo que tanto o transmissor quanto o receptor devem ter o mesmo sistema aleatrio.Este sistema muito utilizado pelo Bluetooth.

    Explicao do FHSS

    Direct Sequence Spread Spectrum(DSSS) O Espalhamento Espectral por Sequncia Direta combina um sinal de informao com um cdigo com taxa bem superior, junto com com isso temos uma taxa muito maior do qual a informao precisa para ser propagada. Claro que com isso quanto maior a informao maior ser o cdigo, este cdigo conhecido como chip(No confundir com chip de placas de circuito impresso).

    Orthogonal Frequency Division Multiplexing(OFDM) A tcnica de Multiplexao Ortogonal por Diviso de Freqincia consiste em um mtodo eficaz de se pegar uma portadora de sinal RF e transformar em vrias sub-portadoras, com isso eu ganho desempenho com uma excelente confiabilidade, j que a informao separada e transmitida paralelamente nas sub portadoras.

    Explicao do OFDM

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    Tipos de Antenas e suas Propagaes

    Todos os meios de comunicao wireless possuem uma antena para irradiao da energia transmitida pelo dispositivo.

    de fundamental importncia para quem estuda a tecnologia Wi-Fi conhecer os tipos de antenas e onde aplic-las.

    Neste captulo vamos estudar as antenas e seus respectivos diagramas de irradiao, ao final deste captulo voc ser capaz de:

    Conhecer os tipos de antenas e suas irradiaes,

    Entender as caractersticas de cada tipo de antena,

    Saber qual antena usar em determinada aplicao.

    Conceito das Antenas na Tecnologia Wireless

    As antenas so muito utilizadas nas tecnologias wireless atualmente, porm poucas pessoas sabem o que ela realmente representa em uma rede sem fio.

    As antenas so de suma importncia na hora de se definir os locais de instalao e a sua escolha depende principalmente da aplicao que o equipamento vai realizar na estrutura, por exemplo: voc nunca ir utilizar apesar de funcional uma antena do tipo omni para fazer um link ponto a ponto e nem vai usar uma antena de ganho pequeno para fechar um enlace longo, por isso sua importncia nas redes sem fio.

    As antenas servem para dar diretividade e ganho em uma onda que est saindo do dispositivo de rede, conforme a diretividade da antena se tem um ganho em cima daquele sinal transmitido pelo dispositivo de rede. Jamais podemos confundir ganho de sinal com amplificao, pois antenas no amplificam o sinal do equipamento e sim geram um ganho em cima do sinal j transmitido pelo dispositivo.

    O ganho da antena dado na unidade de Dbi (ver captulo 4), quanto maior for o Dbi maior ser o ganho da antena, todas as antenas (geralmente) possu em suas documentaes o diagrama de irradiao tanto na vertical quanto na horizontal, porm sero analisados a seguir. Vale lembrar tambm que a maioria das antenas tem polarizao linear, portanto tem que verificar a polarizao antes de comprar a antena.

    Tipos de Antenas e suas Aplicaes

    Cada tipo de antenas tem sua aplicao e de suma importncia a anlise do mesmo para que se tenha uma escolha da antena para cada aplicao, veja os tipos a seguir:

    Antenas do Tipo Omnidirecional:

    Antenas que so capazes de irradiar em todas as direes (Omni=todas e direcional= direes), ou seja, ela irradia a OEM em 360.

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    Imagem antena OIW Omnidirecional de 13,5 dBi 2,4 GHz

    Imagem antena OIW Omnidirecional de 9 dBi 2,4 GHz

    Geralmente no possuem um ganho muito alto e por conseqncia no tem uma cobertura muito grande, uma das particularidades da antena Omnidirecional que ela possui uma rea de sombra que no se capaz de compensar por no haver nenhum tipo de ajuste, s h um jeito correto de instalar ela que deixar ela perpendicular a terra, por isso que difcil cobertura embaixo de uma antena omnidirecional.

    So muito utilizadas em aplicaes que exigem uma cobertura em todas as direes como ponto multi ponto ao redor da base, tambm so muito utilizadas por provedores que precisam cobrir poucos clientes em uma rea de cobertura pequena pela economia e rapidez para instalar.

    Diagrama de irradiao antena Omnidirecional de 13,5 dBi 2,4 GHz

  • 31

    Figura 15: Diagrama de irradiao antena Omnidirecional de 9 dBi 2,4 GHz

    Antenas do Tipo Setoriais

    As antenas do tipo setoriais como o prprio nome j diz so utilizadas para cobrir setores, por exemplo, aquelas coberturas que se tem um ngulo especifico, atualmente temos antenas setoriais que vo desde 45 at 180, no se tem problemas com rea de sombra devido a maioria das antenas setoriais terem um tilt que ajustam a inclinao dela para baixo.

    Imagem antena OIW Setorial de 14 dBi 90 2,4 GHz.

    So muito utilizadas em bases que possuem vrios dispositivos de transmisso, por poder colocar em cada dispositivo diferente uma antena que no interfiram nas outras. Tambm so utilizadas para se ter uma cobertura em um setor especifico afim de no se ter desperdcios na irradiao da OEM. Seu uso altamente recomendvel em bases de provedores de internet Wireless.

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    Diagrama de irradiao antena Setorial de 14 dBi 90 2,4 GHz

    Antenas Diretivas ou Direcionais

    Antenas diretivas ou direcionais tm dois tipos as que so vazadas e as de disco fechadas.

    As antenas vazadas que no so de disco so muito utilizadas para enlaces de curta distncia e em aplicaes de recepo de sinal de uma base, j as antenas de disco so muito utilizadas para enlaces longos para se obter uma melhor qualidade do sinal e ser ainda mais precisa na recepo do mesmo.

    Essas antenas no so recomendadas para se utilizar em bases, embora se tem bastantes provedores utilizando essa estrutura devido ao seu ngulo de abertura se muito pequeno, chegando no mximo a 30.

    Imagem antena Direcional de Disco de 24 dBi 5,8 GHz

    Imagem antena de Disco de 27 dBi 5,8 Ghz

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    Imagem antena de grade de 24 dBi 2,4 Ghz

    As antenas de disco fechadas possui 2 sub tipos, as antenas do tipo Focal Point e Off Set a maior diferena est no mtodo de alinhamento dos dois que pode ser especificado a seguir:

    Comparao entre antena focal point e off-set

    Existem diversos tipos de antenas no mercado, cada uma com sua aplicao, citamos aqui as mais utilizadas no mercado de rede sem fio. H tambm equipamentos que j vem com antenas integradas que so feitas em placas de circuito impresso, tambm conhecidas como Antenas Flat que so bastante utilizadas justamente nesses equipamentos ou em casos que se precisa ter cobertura interna em prdios.

    Imagem antena flat

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    Linha de Transmisso - Cabos Coaxiais e Conectores

    Cabos e conexes so fundamentais para uma boa rede sem fio, se os cabos no forem selecionados de forma correta pode ocasionar diversos transtornos uma rede sem fio.

    Ao final deste captulo voc ser capaz de:

    Saber a maioria dos modelos de cabos e conectores de uma rede sem fio,

    Saber quais tipos de cabos e conectores usar em uma aplicao de rede sem fio,

    Montar a forma genrica de se montar os cabos e conectores de forma a obter o melhor desempenho do mesmo.

    Importncia

    O Conjunto de cabos, conectores e antenas formam um sistema que chamamos de sistema areo. A importncia deste sistema areo to grande que na maioria das vezes podemos dizer que ele 90% dos problemas de instalao de Links Wireless.

    Atualmente os provedores e integradores no do tanta importncia na hora de instalar os cabos e tudo mais que procuram o problema nos equipamentos em vez de se focarem nas conexes em primeira instncia. Agora claro que tambm h recomendaes para cada tipo de aplicao um tipo de cabo coaxial e conseqentemente o conector deste cabo.

    Basicamente o que muda de um cabo para o outro a grossura do seu cobre e a quantidade de malha que protege este cabo. Vamos analisar a seguir a tabela:

    Tabela de perda por cabo

    A tabela acima mostra os tipos de cabos mais comuns do mercado e mostra a perda aproximada nas frequncias mais usadas nas redes WirelessLAN. Vemos que conforme o modelo do cabo j d para ter uma idia que cabo devemos usar para cada frequncia.

    Alguns modelos de cabos possuem perdas to grande conforme maior a frequncia que fica inutilizvel o uso dela para aquela frequncia e fora que temos a perda ainda da conexo do conector no cabo que tem que ser levada em considerao tambm e sempre deve ser selecionado de acordo com o modelo do cabo.

    Estas perdas so, geralmente, disponibilizadas no datasheet do cabo coaxial junto com a quantidade de malha e uma srie de informaes. Vale lembrar tambm que os cabos tem que ter o famoso Casamento de Impedncia, ou seja, em sistemas WirelessLAN costuma-se trabalhar com cabos de 50 Ohms.

    2.4 Ghz 5,8 GhzRF-174 1,5 dB XRG-58 1,16 dB X

    RGC-213 0,453 dB XLMR-100 1,306 dB 2,103 dBLMR-240 0,424 dB 0,668 dBLMR-400 0,222 dB 0,355 dBLMR-600 0,145 dB 0,238 dB

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    Tipos de Cabos Coaxiais

    No mercado de WirelessLAN temos alguns modelos que so muito utilizados e vamos mostrar a seguir algumas caractersticas e em que aplicao deve ser utilizada cada tipo de cabo, vale lembrar que apenas em carter de recomendao as aplicaes:

    RF174 Cabo utilizado nos famosos Pig tails por ser utilizado somente com pouca metragem costuma-se usar para interligar o equipamento que tem conector sma no cabos coaxiais que interligam o equipamento at a antena, ou seja, usa-se a menor metragem possvel pos sua perda maior que as dos demais cabos.

    Pig Tail para conexes

    RG58 Cabo pode utilizar uma metragem maior que o RF174 porm usa-se em aplicaes de estao, ou seja, o cliente para ter uma economia maior no mesmo sem afetar o desempenho, seu uso no recomendvel em aplicaes na Base por no aguentar trfegos grandes e gerar uma perda significativa.

    Cabo RG58

    RGC213 Este cabo o mais comum encontrado em aplicaes de Base, por ter a grossura da bitola maior que os citados acimas, permitindo uma boa quantidade de trfego passante nele, seu uso recomendvel para aplicaes ponto a ponto e aplies para Base 2.4 Ghz, vale lembrar que quanto menor a metragem melhor.

    Cabo RGC213

    LMR400 - O LMR400 destes acima citados o melhor cabo, possui uma grossura na bitola maior que a do RGC213, altamente recomendvel seu uso para enlaces e aplicaes Base e cliente em 5 Ghz por ter a perda muito pequena nesta frequncia.

    Cabo LMR400

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    Tipos de Conectores

    Atualmente no mercado contamos com uma diversidade muito grande de conectores, na qual, poucos so utilizados no mercado de WLAN, mais o que vale na escolha dos conectores principalmente o cabo que voc est utilizando e o conector que vai casar na outra ponta.

    Vamos citar abaixo a maioria dos conectores comercializados no mercado de WirelessLAN, lembrando que no significa que exista s estes tipos para os cabos citados no exemplo:

    Conector tipo N Utilizado na maioria das antenas do mercado, devido a sua popularidade e custo. Os conectores do tipo N so os mais comercializados do mercado, desde conector tipo N para cabo RG58 at LMR400.

    Caractersticas:

    Impedncia 50/75 Ohms

    Frequncia 0-11 Ghz

    VSWR 1,3 mximo de 0-11 Ghz

    Perda 0,2 dB em at 11 Ghz

    Fuga de RF -90 dB mnimo para 3 Ghz

    Conector Tipo N

    Conector Tipo SMA Este conector muito utilizado porque os equipamentos WirelessLAN do mercado possui encaixe nas placas do tipo SMA, por isso seu uso to comum no ramo.

    Este conector encontrado em placas e pigtails que os cabos que ligam o equipamento at a antena ou at o cabo coaxial.

    Conector Tipo SMA

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    Concluso

    Tirando os equipamentos com antena integrada todos os outros vo precisar de uma antena e um cabo coaxial. Existem infinitas combinaes de conectores que se encaixam perfeitamente, basta pegar o tipo do conector e usar um fmea e um macho na ponta do conector para o encaixe.

    Lembrando que cada conector deve ser comprado para um determinado tipo de cabo, se no poder existir uma deficincia na hora de fazer o cabo coaxial. O Conector tambm tem que ser escolhido de acordo com o material e a qualidade em que feito o processo de fabricao.

    Muito cuidado na hora de fazer as conexes dos cabos com conectores, abaixo tem um tutorial pode usar de referncia para montagem da maioria dos cabos e sempre isole o cabos com os conectores porque se houver alguma sujeira ou infiltrao seus pontos de redes sem fio podem danificar e ainda ter uma perda de desempenho muito grande, ento atente-se na montagem correta dos cabos.

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    Introduo aos Modos de Operaes dos Equipamentos e suas Aplicaes

    Entender os modos de operao que os equipamentos trabalham fundamental para a configurao da Rede WirelessLAN.

    Ao final deste captulo voc ser capaz de:

    Conhecer os principais modos de operao dos equipamentos,

    Saber em que aplicao utilizar cada modo de operao,

    Planejar os modos de operao dos equipamentos.

    Entendendo os Modos

    Antes de tudo, precisamos definir algumas coisas antes de comear a ver os modos de operao. Temos dois modos que o dispositivo WirelessLAN vai ter:

    Modo na rede Este modo vamos definir qual a funo que o dispositivo vai exercer na minha rede, ou seja, o que ele vai fazer em nvel de rede. Alguns modos possveis e mais usados: Bridge, Cliente ou Wireless ISP (Internet Service Provide) e Roteador ou Gateway.

    Modo na interface Wireless Aqui se define qual o modo que se vai trabalhar com a interface wireless,ou seja, se ela vai receber sinal, vai mandar ou vai distribuir. Os modos mais comuns so: WDS, Cliente(Infraestrutura ou AD-HOC),Repetidor ou Access Point(AP).

    Vamos explicar abaixo cada um dos modos de forma que se entenda realmente qual a funo de cada um.

    Modo na Interface Wireless

    WDS (Wireless Distribuition System) Sistema de distribuio Wireless nada mais do que um sistema que consiste em vrios equipamentos interligados pela interface wireless atravs do MAC, porm cada equipamento tem uma limitao de equipamentos conectados atravs do MAC. A vantagem que os equipamentos interligados trabalham como uma Bridge pura, ou seja, todos os pacotes trafegam de forma transparente na camada 2 do modelo OSI.

    Imagem Exemplo de WDS

    Exemplo de uso WDS

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    Access Point(AP) Modo que o equipamento vira ponto de acesso na rede, ou seja, ele vai ser o principal meio de acesso dos clientes, ele quem vai emitir o sinal para os clientes.

    Cliente O equipamento trabalha de forma a receber o sinal do AP como cliente mesmo, ele s recebe o sinal e no repassa ainda pela wireless, ele s vai repassar o sinal por outra interface que no seja a Wireless.

    Cliente Infraestrutura um cliente que recebe os pmetros de canal do AP de forma dinmica, ou seja, se o AP mudar o canal mesmo depois de conectado o cliente muda de canal dinmicamente no precisando mudar no cliente o canal.

    Cliente AD-Hoc um cliente que recebe os parmetros de canal de forma esttica, ou seja, se o AP mudar de canal o cliente tem que mudar o canal tambm, este tipo de cliente muito antigo e foi usado nos primeiros sistemas WirelessLAN e geralmente no tem suporte a criptografia.

    Imagem Exemplo modo Cliente

    Exemplo do Modo Access Point e Cliente

    Repetidor O Equipamento neste modo consegue ter a capacidade de receber como se fosse um cliente e transmitir pela interface Wireless um sistema muito til quando se est ampliando a rede.

    Imagem do modo repetidor.

    Exemplo de modo Repetidor

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    Modo na Rede

    Bridge Modo no qual o equipamento na rede s repassa informao que chega nele, ele no faz roteamento e no faz nenhuma funo de filtro na maioria dos equipamentos ele s tem a funo de repasse.

    Os modos da wireless que trabalham nele so: AP, Cliente,Repetidor e WDS

    Imagem de exemplo de bridge na rede:

    Exemplo de um modo Bridge na rede

    Roteador ou Gateway O equipamento faz funo de servidor da rede, ele tem a capacidade conversar com duas redes diferentes, criar rotas, mexer com filtros e firewall, porm uma rede tem que entrar por uma interface com fio e sair pelas outras, seja com fio ou sem fio.

    Os modos da wireless que trabalham nele so: AP e WDS

    Imagem de exemplo de gateway:

    Exemplo de um modo Gateway na rede

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    Cliente ou Wireless ISP - O equipamento faz funo de servidor da rede, ele tem a capacidade conversar com duas redes diferentes, criar rotas, mexer com filtros e firewall, porm o equipamento s pode receber a rede principal que vem com a internet e os dados principais pela porta sem fio e repassar para as interfaces com fio

    Os modos da wireless que trabalham nele so: Cliente.

    Imagem de exemplo de Cliente ISP

    Exemplo de um modo Cliente ISP na rede

    Agora temos que saber o seguinte, se o modo WDS repassa para os outros como se fosse AP e cliente qual a diferena ento?

    A diferena consiste em que normalmente s dispositivos que so rdios tem suporte para o WDS, as placas pci e usb no tem suporte e quando falamos de WDS estamos falando de bridge pura, capaz de repassar o MAC de uma ponta a outra. Agora se estivesse um equipamento como AP e outro como Cliente este equipamento cliente no repassa o MAC de quem est atrs dele.

    Tem alguns equipamentos que suportam o AP+WDS que seria mais ou menos um repetidor com quem tem suporte a WDS tambm, este modo tambm uma bridge pura.

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    Segurana de Redes WirelessLAN

    Atualmente uma das principais desvantagens das redes WirelessLAN a segurana dela.

    Alm de uma rede mais segura preciso saber utilizar a segurana na rede WirelessLAN

    Ao final deste captulo voc ser capaz de:

    Saber os principais meios de encriptao das redes WirelessLAN,

    Saber os meios mais comuns de controles de clientes, e utilizar a segurana de forma correta.

    Por Que To Importante Segurana para Redes Sem Fio?

    Hoje estamos em um mundo no qual qualquer informao obtida atravs de pesquisas, com isso temos um problema, pois se os clientes ou curiosos procurarem meios para burlar o sistema de redes sem fio eles iro encontrar centenas de tutoriais mostrando a eles como burlar o sistema WirelessLAN.

    A melhor preveno para estes casos utilizar os tutoriais a seu favor, fazer com que voc mesmo utilize esses tutoriais na sua rede sem fio, com isso podemos saber onde falho nosso sistema e assim preveni-lo.

    Agora voc vai se perguntar, Pronto! Achei o ponto fraco na minha rede, o que eu devo fazer agora?. Bem vamos olhar aqui algumas solues para deixar sua rede mais segura:

    Controle de Acesso por MAC

    Meio muito utilizado nos Access Point's dos provedores, pois no consome muito processo do equipamento na hora da associao e autenticao e quem no est autorizado fica invivel tentar descobrir por si s, nico problema que atualmente no mercado tem vrios meios de se clonar o MAC e quem tem acesso a sua rede sem fio pode conseguir a lista ou uma pessoa que queira burlar o seu sistema pode visitar seu cliente e descobrir o MAC dele e burlar o seu sistema.

    Encriptao de Dados Wireless

    Na maioria dos equipamentos do mercado, pelo menos um meio de encriptao tem nos equipamentos, dentre os mais comuns esto:

    WEP (Wired Equivalent Privacy) : possui dois tipos, WEP de 64 e 128 bits(40 e 104 bits reais), este mtodo muito utilizado por ser simples, apesar que quando lidamos com tipo WEP hexadecimal a senha pode se tornar complexa, pois a chave tem que bater hexadecimalmente. O Problema que por ser um dos primeiros meios de encriptao seu sistema atual est fcil de burlar.

    Uma pessoa com conhecimento razovel em informtica poderia quebrar a chave em tentativas em apenas 30 minutos dependendo do computador.

    WPA (Wi-Fi Protect Access): uma evoluo da criptografia WEP, ele tem a capacidade de se usar 2 algoritmos de chave dinmica, com isso temos maior segurana nos dados e maior confiabilidade na segurana,alm de ter mais acrscimos de bits nos pacotes. Os dois algoritmos que usam no WPA so o AES e TKIP.

    TKIP(Temporal Key Integrity Protocol) A vantagem deste algoritmo que ele a cada novo envio de pacote ele altera a chave de encriptao, garantindo assim que a chave no seja descoberta to facilmente quanto na chave esttica que era a chave WEP.

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    AES Garante ainda mais confiana na encriptao, pois o algoritmo utilizado difere no usado pela criptografia WEP que era o RC4.

    Com relao a encriptao os equipamentos tem um padro adotado no IEEE que o 802.11i que est ratificado o uso destas criptografias, o problema principal da criptografia que consome banda, afinal so acrescentados bits a mais nos pacotes e processamento, ou seja, em ambientes que tem uma rede muito ampla pode-se tornar um problema, geralmente estas chaves so utilizadas em redes indoor.

    Meios mais comuns de se controlar um cliente em provedores

    At agora falamos de meios de segurana somente para quando o cliente for conectar na interface Wireless do equipamento,temos que lembrar que esses tipos de autenticaes de encriptao e tudo mais s solicitada uma vez para o cliente e no ser solicitada mais nenhuma vez at que mude a chave.

    Quando falamos de provedores mais sria, porque se a rede pequena fica simples de fazer mudanas e administrar a rede, mais e quando falamos de 5.000 clientes ou 10.000 como podemos controlar isso?

    Vale destacar que vamos citar s algumas das solues do mercado e que qualquer meio de controle vlido desde que o administrador da rede ache conveniente usar.

    PPPoE(Point-to-Pointo Over Ethernet): Protocolo utilizado para autenticao da maioria dos provedores, por motivos simples, com este protocolo voc pode definir o que quiser do cliente, desde IP Address at Mac Address do cliente sem ele poder alterar, porque cria-se uma interface virtual no cliente na qual ele no consegue alterar.

    Outro motivo muito bom que se voc utiliza firewall basta liberar dois protocolos que o restante vai passar no tnel PPPoE(internet e etc) e por ser um protocolo que trabalha em camada 2 o seu cliente no precisa nem ter IP para fazer a autenticao.

    Os problemas maiores so com relao a configurao por parte do cliente que sempre necessitar de um auxilio, porque o discador no to simples de configurar para alguns usurios finais, porm o controle do provedor chega a ser muito bem aplicado.

    Amarrar o mac ao cliente: Alguns equipamentos suportam este tipo de aplicao que nada mais do amarrar a tabela ARP do roteador, com isso o cliente dever ter obrigatoriamente o mac e o ip idnticos ao da tabela ARP no roteador.

    Servidor Radius: Este servidor serve apenas como centralizador de autenticao, por poder ser utilizado com diversos aplicativos muito til utilizar junto a um servidor de autenticao, por exemplo o PPPoE, porque basta criar a conta no Radius que o cliente j pode sair com a autenticao.

    Hotspot: Temos tambm esta opo, quando o cliente conectar ele pode quando abrir o browser da internet e for acessar uma pgina o navegador redireciona para uma pgina que pede login e senha, para quem no tem conhecimento em configurao este pode ser uma soluo, o ruim que a pessoa tem que estar conectado no seu equipamento para realizar esta autenticao e consequentemente ele est na sua rede e pode tentar qualquer tentativa de invaso se sua rede no est bem configurada.

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    Existem vrios meios de autenticao, cabe o administrador da rede qual vai utilizar lembrando que tem que se ter um estudo da viabilidade porque geralmente se implanta uma vez isso e define um padro para o provedor. Claro que tem sempre aquelas que so recomendadas e as que no so, ento procure definir bem a segurana e sempre use ferramentas para tentar burlar sua prpria rede.

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    Planejando a Instalao e a Implantao da Rede WirelessLAN

    Depois de vistos todos esses conceitos tericos precisamos saber como planejar a instalao das redes WirelessLAN, depois de planejar a instalao tem que ter o planejamento da implantao e assim garantir uma rede estvel e de qualidade.

    Ao final deste captulo voc ser capaz de:

    Fazer planejamentos InSite no local da instalao,

    Dimensionar qual equipamento utilizar na instalao,

    Conhecer algumas solues de software para prever a instalao.

    Planejando com Cuidado

    Sempre que vamos fazer um servio de Link de dados em uma Rede WirelessLAN, temos que ter em mente 2 aspectos importantes para comear o projeto:

    -Tipo de rede: uma rede ponto a ponto ou Ponto Multi Ponto? externa ou interna? Se for ambiente externo, tem visada os pontos?

    -Quantidade de trfego: Quantas estaes vo interconectar simultaneamente? Qual a quantidade de trfego?

    Esses dois aspectos so essenciais para se comear o planejamento da implantao do projeto, claro que depois de determinar eles, tem que se determinar os equipamentos, QoS para a rede entre outros recursos de redes essenciais.

    As redes WirelessLAN so conhecidas pela sua sensibilidade em termos de ambiente, quando vamos instalar tambm temos que pensar no ambiente que vai ser implantada, pois temos que saber se o local venta bastante, afim de definir se minha antena vai ter uma base boa, vai ser vazada ou fechada, se o local de regio litornea, se o local tem um clima que gera muito calor, entre outros.

    Agora como vamos podemos levar tudo isso em considerao de forma simples e prtica? Vamos ver abaixo com alguns exemplos de equipamentos e saber se ele vai ser para as aplicaes.

    Equipamentos

    O melhor ajudante na escolha do equipamento est vinculado ao datasheet que o fabricante fornece, esse sim ajuda e muito na escolha do equipamento, pois com auxilio dele ele mostra as vantagens do equipamento e informaes essenciais sobre a RF, sensibilidade em funo da taxa de transferncia.

    Tambm geralmente temos informaes de processamento e tecnologia empregadas no equipamento,

    Exemplo:

    Precisamos de equipamento para altas taxas de transferncia, vamos buscar aquele equipamento com alta sensibilidade e com tecnologias proprietrias que auxiliam no ganho de desempenho na taxa de transferncia;

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    Ou precisamos daquele equipamento sem altas taxas porm que feche um link de alta quilometragem, vamos buscar aquele equipamento com alta potncia para facilitar esse trabalho.

    Enfim sempre buscamos o que queremos quando analisado os produtos.

    Outras formas tambm seria buscar auxilio de quem utiliza o equipamento, tais como grupo de discusso, frum, visitas nos provedores. Tambm podemos buscar auxlio naqueles que fornecem o produto, auxlio tcnico tambm junto com aqueles que fornecem o produto para realmente termos certeza se o equipamento vai atender a soluo esperada.

    Sabemos tambm que dependendo do clima precisamos de uma caixa hermtica X, mais em lugares podemos precisar de um caixa hermtica Y que mais barata, ou tambm aquele equipamento Z em uma situao, enfim temos que sempre buscar atravs do auxilio uma soluo para aquela aplicao e sempre com orientao dos profissionais que claro no mandatrio.

    Isso tudo o planejamento de tudo, ai que est a mgica para te dizer se voc ter problemas a partir da implantao pra frente.

    Embora isso no seja levado a srio ela muito importante saber que tipos de cabo utilizar e que equipamentos recomendar para cada aplicao, alm de ser uma funo de total responsabilidade, porque aquele que voc est prestando o servio sempre pode chamar sbado a meia noite para corrigir o problema que ele est tendo.

    Isso tem que ser levado to a srio que alm de voc est prestando um servio para o cliente, voc est fornecendo uma soluo, uma necessidade que ele usa, caso contrrio ele no estaria adquirindo seu servio.

    Vamos pegar um exemplo de uma implantao ponto a ponto de como seria o planejamento da mesma:

    A) Um cliente seu ou at mesmo voc precisa fechar um enlace de dados via WirelessLAN, sendo que voc precisa de um trfego e 20 Mbps total real(10 Mbps para download e 10 Mbps para upload) em uma distncia de 20 Km, porm h um obstculo no meio do caminho de 215 m de altura e voc possui 2 torres que no total cada uma tem 245 metros de altura e que voc no sabe se o obstculo vai causar uma difrao na onda eletromagntica e conseqentemente te atrapalhar. Pergunta como voc planejaria essa instalao?

    Esquema do exemplo de planejamento

    1) Primeira coisa a se pensar qual frequncia eu vou utilizar para fazer a base de clculo da liberao da primeira zona de fresnel. Neste exemplo vou utilizar a frequncia de 5 GHz por dois

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    motivos: Primeiro porque tem poucos lugares que utilizam frequncia de 5 GHz e tem mais canais disponveis, ou seja, menos interferncia(j que o link ponto a ponto temos que zelar pela estabilidade sem interferncias adversas), segundo motivo porque um link em 5 GHz a maioria dos equipamentos so robustos que trabalham nesta frequncia e por se tratar de uma velocidade de dados alta precisamos do melhor possvel em funo da distncia.

    2) Depois de selecionado a frequncia vou fazer o clculo para liberar a primeira zona de fresnel para ver se meu link de dados WirelessLAN vai ter a capacidade plena de operao:

    Rm=7,7 metros de acordo com o clculo do outro captulo

    3) J vi que o Raio de fresnel ter sua primeira zona liberada para o link de dados WirelessLAN, agora vou ter que escolher o melhor equipamento para atuar no link com a capacidade total que eu quero que tenha.

    4) Agora sim meu link vai estar pleno e operante em teoria j posso aplicar a implantao que cerca de 90% garantido que meu link vai operar. Ele ficar com esta cara:

    Esquema do link funcionando plenamente em teoria

    Mais do que ganhar a experincia na prtica preciso garantir a qualidade, porque nada mais importante para o cliente do que isto e somente com isto voc far com que seu cliente fique preso a voc.

    Softwares para Facilitar

    No mercado existem algumas solues paga ou no que podem auxiliar o planejador a ver a questo da visada nos enlaces entre outras informaes de topoligias, alguns deles so:

    Rdio Mobile

    Soluo grtis e de boa utilizao por parte e projetista, alm de ser um software gratuito que tem traduo para o portugus brasileiro trs algumas solues de mesclagem de imagens, integrao com outros softwares, Entre as principais funes est a de ver a topoliga geogrfica do local em funo da frequncia e do sinal espalhado e tambm a rea de cobertura da antena.

    Google Earth

    Apesar de no trazer a topologia exata muito utilizada pela sua difuso entre vendedores de solues e cliente integradores e serve como referncia tambm em funo do terreno local, alm de trazer uma viso atualizada do local.