Chamada 0709

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Mateus 25.6 da Meia-Noite www.chamada.com.br SETEMBRO DE 2007 • Ano 38 • Nº 9 • R$ 3,50

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Revista chamada da meia noite

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  • Mateus 25.6da Meia-Noite www.chamada.com.br SETEMBRO DE 2007 Ano 38 N 9 R$ 3,50

  • ndice4

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    Prezados Amigos

    Do Nosso Campo Visual A comunidade global emergente

    Aconselhamento Bblico O restabelecimento de Israel

    Publicao mensal

    Administrao e Impresso:Rua Erechim, 978 Bairro Nonoai90830-000 Porto Alegre/RS BrasilFone: (51) 3241-5050 Fax: (51) 3249-7385E-mail: [email protected]

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    Editor e Diretor Responsvel: Ingo Haake

    Diagramao & Arte: merson HoffmannINPI n 040614Registro n 50 do Cartrio Especial

    Edies InternacionaisA revista Chamada da Meia-Noite pu-blicada tambm em espanhol, ingls, ale-mo, italiano, holands, francs, coreano,hngaro e cingals.

    As opinies expressas nos artigos assinados so de responsabilidade dos autores.

    Mas, meia-noite, ouviu-se um grito: Eis o noivo! sa ao seu encontro (Mt 25.6).A Obra Missionria Chamada da Meia-Noite uma misso sem fins lucrativos, com o obje-tivo de anunciar a Bblia inteira como infalvele eterna Palavra de Deus escrita, inspiradapelo Esprito Santo, sendo o guia seguro paraa f e conduta do cristo. A finalidade daObra Missionria Chamada da Meia-Noite :

    1. chamar pessoas a Cristo em todos os lugares;

    2. proclamar a segunda vinda do Senhor Jesus Cristo;

    3. preparar cristos para Sua segunda vinda;4. manter a f e advertir a respeito de falsas

    doutrinas

    Todas as atividades da Obra MissionriaChamada da Meia-Noite so mantidas atra-vs de ofertas voluntrias dos que desejamter parte neste ministrio.

    Chamada da Meia-Noite

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    A Igreja de Jesus na ltimaEtapa do Caminho - Parte 2

    12A Igreja Emergente: aLaodicia do Sculo 21?

    15Sua Misericrida Dura Para Sempre - Parte 2

  • 4 Chamada da Meia-Noite, setembro de 2007

    As tristes e infindveis notcias de escndalosque se repetem nas igrejas e denominaes soassustadoras. O Diabo parece estar literalmentesolto, uma vez que ele o causador de confusopor excelncia. A orao do apstolo Paulo pelosefsios ainda hoje til e atual: ...fazendomeno de vs nas minhas oraes, para que oDeus de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai daglria, vos conceda esprito de sabedoria e derevelao no pleno conhecimento dele,iluminados os olhos do vosso corao, parasaberdes qual a riqueza da glria da sua herananos santos (Ef 1.16-18). Nessa orao, Paulopede ao Senhor que o olhar dos efsios sejadesviado deles mesmos e de suas circunstnciase se volte para o Pai da glria, que desejaconceder-lhes um conhecimento mais profundoe mais exato acerca de trs objetos:

    1. para saberdes qual a esperana do seuchamamento... A esperana dos cristos no um assunto vago para Paulo, no uma questosuperficial ou corriqueira, do tipo tomara queamanh faa sol, mas uma certeza inabalvelacerca do que est por vir. Uma esperana assimtraz fora e alegria, transmite dinamismo nossavida, e no meio do sofrimento e das privaes nosproporciona consolo e paz.

    2. ...qual a riqueza da glria da sua herana nossantos... Que o Senhor nos permita reconhecer agrandiosa dimenso da glria da nossa herana! Jrecebemos seu penhor, j somos detentores da garantiadessa herana futura, mas a plenitude dos bens eternose celestiais ainda est nossa espera. Uma criana quetem um pai milionrio entende bem pouco da riqueza aque ter direito um dia. Apenas o passar dos anos farcom que reconhea o verdadeiro valor de tudo o queherdou. Atravs da Bblia Deus quer nos ensinar acercada nossa herana futura:

    3. e qual a suprema grandeza do seu poderpara com os que cremos, segundo a eficcia dafora do seu poder (Ef 1.19). O alvo da oraode Paulo que os efsios reconheam aindescritvel e suprema grandeza do poder deDeus, o qual exerceu ele em Cristo,ressuscitando-o dentre os mortos e fazendo-osentar sua direita nos lugares celestiais, acimade todo principado, e potestade, e poder, edomnio, e de todo nome que se possa referirno s no presente sculo, mas tambm novindouro... (Ef 1.20-21). Esse poder de Deus serevelou de diversas formas: na ressurreio easceno de Jesus Cristo, na Sua instituiocomo Senhor sobre todos os poderes e sobre todoo universo. E ento vemos mais uma revelao

    do poder de Deus, umarevelao que faz nossoscoraes bater maisdepressa quando lemos:

    E ps todas as coisasdebaixo dos [seus] ps e, para ser o cabea detodas as coisas, o deu igreja, a qual o seucorpo, a plenitude daquele que a tudo enche emtodas as coisas (Ef 1.22-23). Sim! Jesus Cristo,pelo poder de Deus, o Senhor sobre todo oUniverso, sobre toda a criao. Ele a sustenta coma palavra do seu poder (Hb 1.3). Em relao Igreja, porm, a posio de Jesus a de Cabea,pois tem com ela um relacionamento bemdiferente por se tratar da Noiva, comprada comSeu sangue, agora propriedade Sua. Cada membroest diretamente ligado com o Cabea, que Jesus, e Ele enche a Igreja com a glria de Deus!Isso significa que a maior demonstrao do poderdivino no a grandeza do Universo, mas que ela encontrada na Igreja, que um organismo vivo.Continuamente somos alimentados com a vida quevem de Deus, da mesma forma que o nosso corpofsico constantemente suprido pelos alimentosque consumimos. O Cabea tambm sabeexatamente o que cada membro precisa, eprovidencia seu suprimento: ...para que, segundoa riqueza da sua glria, vos conceda que sejaisfortalecidos com poder, mediante o seu Espritono homem interior, e, assim, habite Cristo emvosso corao pela f, estando vs arraigados ealicerados em amor... (Ef 3.16-17).

    Assim como Paulo derramou diante do Senhoro seu desejo de ver os efsios reconhecendo tudoo que receberam em Cristo, toda a riqueza daglria da sua herana, ns da Chamada daMeia-Noite igualmente desejamos que os leitorese os participantes do Congresso Proftico emguas de Lindia/SP (de 17 a 20/10/07) sejamabenoados com esprito de sabedoria e derevelao no pleno conhecimento do Senhor etenham iluminados os olhos de seus coraes.Unidos nAquele que o Cabea, que garantenossa herana nos cus, sado

    Cordialmente,

    Dieter Steiger

  • O Senhor exaltado mandou o se-guinte recado, entre outras coisas, Sua igreja em Filadlfia: Ao anjo daigreja em Filadlfia escreve: Estas coi-sas diz o santo, o verdadeiro, aqueleque tem a chave de Davi, que abre, eningum fechar, e que fecha, e nin-gum abrir: Conheo as tuas obras eis que tenho posto diante de ti umaporta aberta, a qual ningum pode fe-char que tens pouca fora, entretanto,guardaste a minha palavra e no ne-gaste o meu nome. Eis farei que algunsdos que so da sinagoga de Satans,desses que a si mesmos se declaram ju-deus e no so, mas mentem, eis que osfarei vir e prostrar-se aos teus ps e co-nhecer que eu te amei. Porque guardas-te a palavra da minha perseverana,tambm eu te guardarei da hora daprovao que h de vir sobre o mundointeiro, para experimentar os que habi-tam sobre a terra. Venho sem demora.Conserva o que tens, para que ningum

    tome a tua coroa. Ao vencedor, f-lo-eicoluna no santurio do meu Deus, eda jamais sair; gravarei tambm so-bre ele o nome do meu Deus, o nome dacidade do meu Deus, a nova Jerusalmque desce do cu, vinda da parte domeu Deus, e o meu novo nome. Quemtem ouvidos, oua o que o Esprito dizs igrejas (Ap 3.7-13).

    Mas qual ser a relao entreas sete igrejas em Apocalipse 2-3e a Igreja de Jesus na ltima eta-pa do caminho? Ao ler as sete car-tas com ateno, salta aos olhos ofato de que o Senhor precisou re-preender cinco igrejas. S as igre-jas de Esmirna e Filadlfia no me-receram nenhuma crtica. Na po-ca do apstolo Joo, essas igrejaseram de fato sete igrejas locais; masa sua vida espiritual e, mais queisso, a mensagem do Senhor paraelas tambm tm um profundo sig-nificado proftico para o nosso tem-

    po. Dessa forma, a igreja de Lao-dicia, por exemplo, fornece umaimagem assustadora da situaoatual de muitas igrejas locais nes-ta etapa final do caminho. J a igre-ja de Filadlfia mostra de formamuito expressiva como deveriamser as igrejas crists justamente ho-je, nesta ltima fase. Por esse mo-tivo vamos analisar agora essas se-te igrejas.

    Na carta igreja de Filadlfia,citada no comeo deste artigo, oponto central est nos versculos 7,8 e 12: Ao anjo da igreja em Filadl-fia escreve: Estas coisas diz o santo, overdadeiro,... Conheo as tuas obras...tens pouca fora, entretanto, guardastea minha palavra e no negaste o meunome. ...Ao vencedor, f-lo-ei colunano santurio do meu Deus....

    Qual era o segredo da igreja deFiladlfia para que o Senhor noprecisasse criticar nada em seu pro-

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    Na primeira parte falamos sobre o fato de que os filhos deDeus qualquer que seja a suasituao esto a caminho doeterno lar celestial. Nesta segunda parte, o autor mostrapela Palavra de Deus o que oSenhor espera dos Seus nesteltimo trecho do caminho.

  • cedimento? Essa resposta extraor-dinariamente importante para ns.

    O que importava e o que importa ao SenhorNa igreja de Filadlfia o Senhor Je-sus estava no centro, o que Ele ex-pressa com as seguintes palavras:...tens pouca fora, entretanto, guar-daste a minha palavra... (Ap 3.8).A Edio Revista e Corrigida diz:...tendo pouca fora, guardaste a mi-nha palavra....

    Que tremenda mensagem parans cristos que estamos percorren-do a ltima etapa do caminho!

    Ao comparar cada uma das car-tas, chama a ateno que o Senhorexaltado especifica as obras de algu-mas igrejas, mas no caso de Filadl-fia apenas diz: Conheo as tuas

    obras. Mas ele continua a frase,afirmando algo que no possveldizer a nenhuma outra igreja: Tenspouca fora, entretanto, guardaste aminha palavra e no negaste o meunome. justamente isso que im-porta ao Senhor. Essa uma indi-cao clara de como podemos per-manecer vencedores em meio a tan-tas dificuldades nestes tempos dofim!

    Quem vencedor?Vencedores so pessoas renascidas,em cuja vida Cristo o centro. Mascomo Cristo se torna o centro denossas vidas? Quando guardamos aSua Palavra. Quando a Palavra deDeus o centro absoluto de nossasvidas, ento Jesus est no centro.Afinal, as Suas palavras no passam(Mt 24.35), e Ele mesmo a Pala-

    vra, o Verbo (cf. Jo 1.1-2; Ap19.13).

    Cristo em ns (Cl 1.27) no uma questo de sentimentos, masde f. At que ponto vai nosso rela-cionamento com a Palavra reveladade Deus? Somos mais que merosleitores e ouvintes, passando a sertambm praticantes (cf. Tg 1.22-25)? Paulo nos exorta: Habite, ri-camente, em vs a palavra de Cris-to... (Cl 3.16). Quem levar isso emconsiderao, ter ricas experin-cias com Cristo!

    A grande diferenaaos olhos do SenhorSe tivssemos de julgar a igreja defeso naquela poca, com certezateramos chegado concluso deque se tratava de uma congrega-o praticamente perfeita. Afinal,exteriormente ela tinha tudo quese pode esperar de uma igreja lo-cal. At mesmo o Senhor exaltadotestificou a seu respeito: Conheoas tuas obras, tanto o teu labor co-mo a tua perseverana, e que no po-des suportar homens maus, e que pu-seste prova os que a si mesmos sedeclaram apstolos e no so, e osachaste mentirosos; e tens perseveran-a, e suportaste provas por causa domeu nome, e no te deixaste esmore-cer (Ap. 2.2-3).

    Em feso os cristos suportavamdificuldades em nome de Jesus,exercitavam a perseverana, no su-portavam a maldade na igreja, pra-ticavam com sucesso o dom do dis-cernimento de espritos e desmasca-ravam os mentirosos. A igrejatambm suportava provas em nomede Jesus e no esmorecia diante detudo isso. Mas o Senhor sentiu faltado principal nessa igreja; Ele sentiufalta do amor por Ele. Por isso, Je-sus teve de advertir: Tenho, porm,contra ti que abandonaste o teuprimeiro amor (v. 4). O que o

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    Estas coisas diz o santo, o verdadeiro, aquele que tem a chave de Davi, que abre, e ningum fechar, e que fecha, e ningum abrir: Conheo as tuas obras eis que tenho posto diante de ti uma porta aberta, a qual ningum pode fechar que tens pouca fora, entretanto, guardaste a minha palavra e no negaste o meu nome (Ap 3.7-8).

  • primeiro amor? Qual a diferena de fatoentre feso e Filadlfia?

    Nenhuma das boas caractersticas dos cris-tos de feso pode ser encontrada em Fila-dlfia; pelo menos o Senhor no as menciona.Ao contrrio: o Senhor exaltado fala apenasde pouca fora. A diferena entre feso eFiladlfia estava no fato de que o Senhor po-dia elogiar Filadlfia por ter guardado a SuaPalavra: ...guardaste a minha palavra.Essa afirmao do Senhor exaltado destacaessa igreja e diferencia-a das outras congrega-es. Por que, aos olhos do Eterno, to im-portante guardar a Sua Palavra? Porque issoest relacionado a am-lO de verdade! oque o Senhor Jesus expressa, dizendo: Sealgum me ama, guardar a minha pa-lavra; e meu Pai o amar, e viremos para ele efaremos nele morada. Quem no me ama noguarda as minhas palavras (Jo 14.23-24). Aoinverter as palavras, o sentido : quem noguarda as palavras de Jesus, no pode am-lO. Agora fica claro o que faltava igreja defeso, de resto praticamente perfeita, a saber,a aprovao do Senhor: ...guardaste a minhapalavra.

    O que faz parte dofundamento de um bomrelacionamento?Vamos pensar no relacionamento conjugalentre um homem e uma mulher. O fato deum pertencer ao outro uma premissa b-sica. Ambos devem ter a oportunidade dedizer ao outro o que passa em seu corao.O mesmo acontece com o Senhor. Se eurealmente O amo, tomo providncias paraque Ele constantemente tenha oportunidadede me dizer o que passa em Seu corao.Em outras palavras: eu guardo, isto , sigoa Sua Palavra medida que permito que aPalavra de Cristo habite ricamente em mim(cf. Cl 3.16). Isso tambm inclui a orao minha resposta ao que Ele me diz. Maso que ser mais importante: que eu escuteo que Deus fala, ou que Ele oua a mim?No ser necessrio deixar que Deus faleprimeiro comigo pela Sua Palavra antes deeu poder falar, isto , orar a Ele de formacorreta? No verdade que toda orao s-

    ria brota do ouvir e ler a Palavra deDeus?

    Outras igrejas nasquais falta o essencialNo era s na igreja de feso que Je-sus teve de revelar os defeitos, mastambm nas igrejas de Prgamo eTiatira, de resto to abenoadas. Po-rm, o Senhor exaltado no entroude sola, como ns muitas vezes faze-mos, pois primeiro destacou as virtu-des dessas igrejas. Por exemplo, Elemandou escrever a Prgamo: Conhe-o o lugar em que habitas, onde est otrono de Satans, e que conservas o meunome e no negaste a minha f, aindanos dias de Antipas, minha testemunha,meu fiel, o qual foi morto entre vs, ondeSatans habita (Ap 2.13). E igrejade Tiatira Ele mandou dizer: Conhe-o as tuas obras, o teu amor, a tua f, oteu servio, a tua perseverana e as tuasltimas obras, mais numerosas do que asprimeiras (Ap 2.19).

    Com certeza foi um encorajamen-to maravilhoso para igrejas que namaior parte do tempo eram persegui-das. Infelizmente, porm, em ambosos grupos espalhou-se o mesmo mal:eles toleravam os desvios doutrin-rios. Por isso, o Senhor envia a se-guinte mensagem a Prgamo: Tenho,todavia, contra ti algumas coisas, poisque tens a os que sustentam a doutrinade Balao, o qual ensinava a Balaque aarmar ciladas diante dos filhos de Israelpara comerem coisas sacrificadas aosdolos e praticarem a prostituio. Ou-trossim, tambm tu tens os que da mes-ma forma sustentam a doutrina dos ni-colatas (Ap 2.14-15). E a igreja deTiatira teve de ouvir: Tenho, porm,contra ti o tolerares que essa mulher, Je-

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    Ao vencedor, f-lo-ei coluna no santurio do meu Deus... (Ap 3.12).

  • zabel, que a si mesma se declara profe-tisa, no somente ensine, mas aindaseduza os meus servos a praticarem aprostituio e a comerem coisas sacrifi-cadas aos dolos (Ap 2.20).

    Quando as seitas e heresias con-seguem se enraizar nas igrejas?Sempre que a Palavra colocada delado! Talvez a Palavra de Deus ain-da esteja em primeiro plano, masquando ela mal usada, quandoum texto tirado do contexto paradar base a uma heresia, uma seita jse formou dentro da igreja. Squando guardamos toda a Palavrade Deus, com todos os seus contex-tos e relaes, as influncias herti-cas no sero toleradas.

    Estar morto emvida como issoacontece?Na igreja de Sardes a Palavra deDeus tambm no era mais guarda-da da forma correta. Por isso o Se-nhor exaltado precisou fazer uma s-

    ria advertncia a essa igreja: Conhe-o as tuas obras, que tens nome de quevives e ests morto (Ap 3.1). Quan-do uma igreja ou um indivduo cris-to est espiritualmente morto? Nomomento em que o Esprito Santo mantido em fogo baixo ou entonem atua mais, quando Ele abafa-do ou at entristecido. Por isso a B-blia adverte, com palavras muito s-rias: No apagueis o Esprito (1 Ts5.19). E no entristeais o Esprito deDeus, no qual fostes selados para o diada redeno (Ef 4.30).

    Quais so as conseqncias dedeixarmos que alguma coisa apaguea atuao do Esprito Santo emnossa vida? O que significa entriste-cer o Esprito Santo? Bem, trata-sede algo muito trgico! Pois, paraum filho de Deus isso significa quea Palavra de Deus lhe foi tirada, ouseja, ela no tem mais como habitarricamente nele! Portanto, aqueleque entristece ou apaga o EspritoSanto por meio do pecado (Tudo oque no provm de f pecado Rm

    14.23), rouba a Palavra de Deus desi mesmo. Por qu? Entre outrascoisas, o Senhor Jesus diz a respeitoda atuao do Esprito Santo:...no falar por si mesmo, mas dirtudo o que tiver ouvido (...) h de re-ceber do que meu (Jo 16.13-14).Aqui aprendemos algo sobre o ins-trumento que o Esprito Santo usapara trabalhar naqueles que crem.A saber: ele nunca se utiliza de umaferramenta que no seja a Palavrade Cristo! Por isso, o Senhor diz:...no falar por si mesmo, mas dirtudo o que tiver ouvido. assim queo Esprito Santo trabalha at hoje!Ele usa a Palavra de Cristo isto ,toda a Bblia para executar a Suaobra nos filhos de Deus.

    Por isso, quem entristece ou apa-ga a atuao do Esprito Santo porcausa de algum pecado cometido,boicota o trabalho do Esprito deDeus, isto , retira de si mesmo aSua atuao e assim Lhe fecha aporta. A conseqncia inevitvel dis-so a morte espiritual! Que as co-moventes palavras dirigidas igrejade Sardes nos sirvam de advertncia:tens nome de que vives e ests morto.

    Quantos cristos existem hoje nomundo sem nenhum relacionamen-to com a Palavra de Deus porqueapagaram ou entristeceram o Esp-rito Santo? Eles no tm comoguardar a Palavra de Jesus. Por isso:se houver qualquer coisa em sua vi-da que no possa subsistir diante doSenhor, ento traga-a o mais rapi-damente possvel para a cruz! Sevoc no fizer isso, com certeza aPalavra de Cristo no poder maishabitar ricamente em voc!

    Uma das principaiscaractersticas deuma pessoarenascidaO ponto absolutamente essencial naltima etapa do caminho da Igreja

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    Num casamento, imprescindvel que o marido e a esposa escutem o seucnjuge. Ambos devem ter a oportunidade de dizer ao outro o que passaem seu corao.

  • de Jesus que a Palavra de Cristoseja guardada em qualquer circuns-tncia, deixando-a habitar ricamen-te em ns (Cl 3.16), mesmo que anossa fora seja pequena. Foi spor esse motivo que o Senhor noexortou a igreja de Filadlfia e lhedeu uma porta aberta, que ningumpoderia fechar (Ap 3.8).

    S quando nos apegamos firme-mente Palavra de Jesus que pro-vamos que estamos vivendo o pri-meiro amor. s assim que fica-mos protegidos contra influnciassectrias e temos uma das princi-pais caractersticas de um verdadei-ro filho de Deus! Em sua orao sa-cerdotal, o Senhor Jesus disse aoPai: Manifestei o teu nome aos ho-mens que me deste do mundo. Eramteus, tu mos confiaste, e eles tmguardado a tua palavra (Jo17.6). Voc tambm apresenta essacaracterstica?

    H muitas igrejas neste mundoque atriburam a si mesmas pormotivos compreensveis o nomede Filadlfia. Mas quanta responsa-bilidade isso traz consigo! Pois aigreja de Filadlfia naquela pocaestava disposta a apegar-se Pala-vra de Deus e a guard-la em qual-quer circunstncia, em sua maiorfraqueza; o que representa muitomais do que podemos imaginar.Significa que recebemos a ntegrada Palavra de Deus, de A a Z, e aaceitamos como a Palavra reveladado Senhor. O Salmo 119.160 diz:As tuas palavras so em tudo ver-dade desde o princpio, e cada umdos teus justos juzos dura para sem-pre.

    A igreja de Filadlfia daquelapoca tinha guardado todo o con-tedo da Palavra de Deus, mesmoque naquela tempo ainda no pos-susse todo o texto bblico de quedispomos hoje em dia; e por issono foi preciso exortar essa igreja. APalavra de Deus a mantinha imacu-

    lada, santificava-a. Paulo escreveu aTimteo sobre a fora santificadorada Palavra: Toda a Escritura ins-pirada por Deus e til para o ensino,para a repreenso, para a correo,para a educao na justia, a fim deque o homem de Deus seja perfeito eperfeitamente habilitado para toda boaobra (2 Tm 3.16-17). Hebreus4.12 diz: Porque a palavra de Deus viva, e eficaz, e mais cortante do quequalquer espada de dois gumes, e pene-tra at ao ponto de dividir alma e esp-rito, juntas e medulas, e apta paradiscernir os pensamentos e propsitosdo corao. E o Senhor Jesus orouassim a Seu Pai: Santifica-os naverdade; a tua palavra a verdade(Jo 17.17). Essas passagens das Es-crituras deixam claro que a perfei-o da igreja de Filadlfia era pro-veniente do fato de que o EspritoSanto conseguia santific-la pormeio da Palavra.

    Como filhos de Deus, com cer-teza todos ns queremos viver emsantificao! Mas isso significa quedevemos estar enraizados na Escri-tura e guardar a Palavra de Deus.Vamos permitir que sejamos apro-fundados a cada dia mais na santifi-

    cao, deixando que a Escritura nosfale pessoalmente! O salmista j co-nhecia a absoluta necessidade disso:Lmpada para os meus ps a tuapalavra e luz, para os meus cami-nhos (Sl 119.105). E o Senhor Je-sus falou de forma inequvoca sobreaquilo que devemos ou no fazercom a luz em nosso caminho: Nin-gum, depois de acender uma candeia,a pe em lugar escondido, nem debaixodo alqueire, mas no velador, a fim deque os que entram vejam a luz (Lc11.33). Portanto, d Palavra deDeus, Bblia, uma posio centralem sua vida! Seja um cristo de Fi-ladlfia, guarde a Palavra!

    Por que o Senhorusou nomesdiferentes nascartas para ummesmo remetente?Em cada uma das sete cartas o Se-nhor se apresenta com um outronome, relacionado ao contedo darespectiva carta. Na carta igrejade feso o remetente se apresentada seguinte forma: Estas coisas dizaquele que [...] anda no meio dos sete

    9Chamada da Meia-Noite, setembro de 2007

    Venho sem demora. Conserva o que tens, para que ningum tome a tua coroa (Ap 3.11).

  • candeeiros de ouro (= igrejas)(Ap 2.1). Como o Senhor no eramais o centro em feso, Ele teve deameaar os cristos de l com oafastamento de seus candeeiros.

    Como remetente da carta igre-ja de Esmirna o Senhor se apresen-ta como o que esteve morto e tornoua viver (Ap 2.8). Por qu? Por-que Ele disse a essa igreja: S fielat morte, e dar-te-ei a coroa davida (Ap 2.10).

    J igreja de Prgamo o Senhorse apresentou da seguinte forma:aquele que tem a espada afiada dedois gumes (Ap 2.12). Ele escolheuessa designao porque os adeptosda seita dos nicolatas foram avisa-dos de que Ele lutaria contra elescom a espada de Sua boca.

    Ao escrever igreja de Tiatira, oSenhor se apresenta como aqueleque tem os olhos como chama de fo-go (Ap 2.18). Por qu? Todas asigrejas devem reconhecer que Ele quem sonda mentes e coraes.

    Na carta a Sardes o Senhor exal-tado se descreve como aquele quetem os sete Espritos de Deus (Ap3.1). Afinal, o Esprito Santo no

    podia mais agir ali, e a igreja estavaespiritualmente morta.

    igreja de Laodicia Ele seapresenta como a testemunhafiel e verdadeira (Ap 3.14). Justa-mente essa igreja decada e orgu-lhosa experimentou a grande fideli-dade de Deus quando Ele renovouo convite: Eis que estou porta ebato; se algum ouvir a minha voz eabrir a porta, entrarei em sua casa ecearei com ele, e ele, comigo (Ap3.20).

    Portanto, cada designao de re-metente nessas seis cartas faz refe-rncia a uma parte essencial da car-ta. O mesmo acontece na carta igreja de Filadlfia, a quem o Se-nhor exaltado se apresentou comoo santo, o verdadeiro (Ap 3.7). AEscritura Sagrada, Palavra de Deusdo comeo ao fim, santifica: Todaa Escritura inspirada por Deus e tilpara o ensino, para a repreenso, paraa correo, para a educao na justi-a, a fim de que o homem de Deus sejaperfeito e perfeitamente habilitado paratoda boa obra (2 Tm 3.16-17). Aigreja de Filadlfia estava disposta ase deixar santificar. Ela guardou aPalavra de Jesus e no negou o Seu

    nome. Assim,Ele, o Senhor,foi ao encontrodessa igreja co-mo o santo, overdadeiro.

    biblica-mente verdadeque s vezes de acordo coma Sua vontadesoberana oSenhor vai aonosso encontrode forma cor-respondente nossa atitudeem relao aEle: Para como benigno, benig-

    no te mostras; com o ntegro, tambmntegro. Com o puro, puro te mostras;com o perverso, inflexvel (Sl 18.25-26).

    Se o Senhor fosse encontr-lohoje, como Ele o veria? Voc sesantifica diariamente, guardando aPalavra de Deus, apegando-se a elae no negando o nome de Jesus,mesmo tendo pouca fora?

    No ltimo livro da Bblia lemospalavras muito srias: Continue oinjusto fazendo injustia, continue oimundo ainda sendo imundo; o justocontinue na prtica da justia, e o san-to continue a santificar-se (Ap22.11). Essa afirmao est dentrode um contexto bastante especfico,que precisa ser considerado emuma interpretao mais profunda.Ainda assim, ela contm uma ad-vertncia sria tambm para ns:chegar o dia em que no ser maispossvel mudar nada em nossa vida.Cada filho de Deus permanecer nacondio em que for encontrado,seja no dia de sua morte, seja no diado arrebatamento. Quem no acei-tar a ajuda de Deus para se deixartransformar at esse dia, nuncamais ter oportunidade para isso!Haver o dia em que todos os filhosde Deus estaro diante do tribunalde Cristo, quando todas as omis-ses e oportunidades perdidas seroreveladas. Isso deve servir aindamais de estmulo para que vivamoscada dia em santificao verdadeira(cf. 2 Co 5.10).

    H mais do que asalvao?Muitos cristos renascidos pensamestar em segurana porque dizem:estou salvo. Mas, ateno: os cris-tos renascidos no podem espe-rar apenas bem-aventurana de-pois de sua chegada ao lar eter-no! Eles tambm podero sofrerperdas: Se a obra de algum se

    10 Chamada da Meia-Noite, setembro de 2007

    igreja de Prgamo o Senhor se apresentou da seguinte forma: aquele que tem a espada afiada de dois gumes (Ap 2.12). Ele escolheu essa designao porque os adeptos da seita dos nicolatas foram avisados de que Ele lutaria contra eles com a espada de Sua boca.

  • queimar, sofrer ele dano; mas essemesmo ser salvo, todavia, como queatravs do fogo (1 Co 3.15). Pro-vavelmente essa verdade muitomais amarga do que imaginamos!Mas ainda poca de graa, in-clusive para ns, os filhos de Deus:com a ajuda do Senhor, ainda po-demos ser transformados pela SuaPalavra. O que importa guardarintegralmente a Palavra de Deusnesta ltima etapa do caminho daIgreja de Jesus. Assim no perde-remos nada de nossa bem-aventu-rana (cf. 2 Jo 1.8)!

    muito significativo que o Se-nhor tenha de dizer, justamente imaculada igreja de Filadlfia: Ve-nho sem demora. Conserva o que tens,

    para que ningum tome atua coroa (Ap 3.11). As-sim Ele fez com que essaigreja entendesse: Ago-ra voc est bem; mascuide para continuar as-sim!

    Umatremendapromessapara ovencedorO Senhor exaltado en-cerra a carta igreja deFiladlfia com uma pro-messa sublime: Ao ven-cedor, f-lo-ei coluna nosanturio do meu Deus, eda jamais sair; gravareitambm sobre ele o nomedo meu Deus, o nome dacidade do meu Deus, a no-va Jerusalm que desce docu, vinda da parte domeu Deus, e o meu novonome (Ap 3.12).

    Muitos filhos deDeus j se fizeram estapergunta: o que vou ficarfazendo na eternidade,

    no cu? Mesmo no conseguindoimaginar nada especfico, lendocom cuidado essa promessa ao ven-cedor podemos determinar umacoisa: nossa vida eterna, nossa exis-tncia celestial, tem uma vocao

    das mais elevadas: louvar a Deus, oPai, e a Jesus, o Cordeiro!

    Os diferentes nomes nas colunasdo templo de Deus so cheios demistrio. Mas um dia tambm po-deremos ser uma dessas colunas, sevencermos: Ao vencedor, f-lo-ei co-luna no santurio do meu Deus.Basta lembrar do templo de Salo-mo: Depois, levantou as colunas noprtico do templo; tendo levantado acoluna direita, chamou-lhe Jaquim; e,tendo levantado a coluna esquerda,chamou-lhe Boaz (1 Re 7.21). Ja-quim significa: Aquele que fortale-ce, funda, e Boaz: Nele h for-a. Essas duas colunas foramconstrudas para a honra do Todo-Poderoso no templo de Salomo.Um dia os filhos de Deus tambmpodero ser como aquelas colunas,se levarem uma vida vitoriosa: Aovencedor, f-lo-ei coluna no santuriodo meu Deus.

    Quem no quer ser uma destascolunas, com o privilgio de carre-gar a glria de Deus e do Cordeiropor toda a eternidade? Mas preci-so considerar: essa promessa s valepara os verdadeiros cristos de Fi-ladlfia, que levam uma vida vito-riosa com a ajuda do Senhor, guar-dando a Palavra de Deus em qual-quer circunstncia especialmentena ltima etapa do caminho daIgreja de Jesus, que estamos percor-rendo agora. Voc est disposto aisso?

    11Chamada da Meia-Noite, setembro de 2007

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    A igreja de Laodicia experimentou a grande fidelidade de Deus quando Ele renovou o convite: Eis que estou porta e bato; se algum ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele, comigo (Ap 3.20).

  • 12 Chamada da Meia-Noite, setembro de 2007

    Parece que cada gerao tem suaprpria apostasia especfica e, emalguns casos, at mesmo depois deum avivamento espiritual. A igrejado sculo 20 comeou numa bata-lha pelos fundamentos da f crist.Durante aquele perodo, os evang-licos (i.e., cristos da atualidadeque crem na Bblia e que se consti-tuem de fundamentalistas, separa-tistas e outros apaixonados amantesda Bblia) experimentaram um cres-cimento sem precedentes. Mas en-to, muitos dos principais semin-rios comearam a se comprometer,fazendo concesses filosofia ps-moderna do humanismo secular denvel superior. De 1920 a 1935,muitos lderes fundaram escolascrists, institutos bblicos e semin-rios que geraram fiis expositoresda Bblia e igrejas evangelizadorasque ganhavam almas para Cristoem todo o mundo. Infelizmente,vrios jovens educadores ingressa-ram nas universidades seculares afim de obter seu grau de PhD. De-pois de se graduarem, tornaram-se

    professores de seminrio no encar-go de ensinar os candidatos ao mi-nistrio pastoral a pregarem as Es-crituras, sendo que eles mesmosnunca tinham exercido o pastorado,nem haviam se dedicado prega-o. Uma das mximas essenciaisdo processo educacional a de queno se pode partilhar aquilo queno se possui. O que se verificacom freqncia, nos dias atuais, que pastores jovens se formam nosseminrios, todavia conhecem mui-to pouco sobre a pregao expositi-va, sobre as doutrinas fundamen-tais, sobre a evangelizao e nemmesmo possuem as ferramentas ne-cessrias para atuarem como pasto-res. Hoje em dia, comum ver pas-tores, recm-formados num semi-nrio, assumirem o ministriopastoral de uma igreja, sem nuncaterem sido alunos de um professorde seminrio que realmente tenhaexercido o pastorado de uma igreja.

    Alm disso, a lavagem cerebralde nossos filhos feita dentro das es-colas pblicas pelos humanistas se-

    culares, desde a pr-escola at o en-sino superior (especialmente noscursos de ps-graduao) tem pro-duzido uma gerao ps-modernaque avessa aos absolutos morais,ao Evangelho que o nico cami-nho de salvao e autoridade daPalavra de Deus. Muitos jovens queestudaram em faculdades crists jforam influenciados por essa mo-derna filosofia secular [N. do T.:Nos Estados Unidos h instituiesde ensino fundamental, mdio e su-perior que so mantidas por deno-minaes e entidades evanglicas,cuja proposta de ensino e orienta-o educacional baseia-se em prin-cpios bblicos cristos]. At mesmoem algumas escolas crists de ensi-no fundamental e mdio, possvelencontrar professores com forma-o acadmica de orientao huma-nista, que propem o ensino deuma filosofia secular dentro de umambiente cristo. espantoso veri-ficar o grau de desconhecimento daBblia que a maioria dos calourosdemonstra ao entrar numa faculda-

    ...haver tempo em que no

    suportaro a s doutrina; pelo

    contrrio, cercar-se-o de

    mestres segundo as suas

    prprias cobias, como que

    sentindo coceira nos ouvidos

    (2 Timteo 4.3).

  • de crist. O nico antdoto paraaqueles que sofreram essa lavagemcerebral humanista por muitos anos uma genuna converso a Cristo,acrescida de um tempo investido noestudo minucioso da Palavra deDeus.

    A secularizao da educaocrist fez com que muitos pastoresjovens e sinceros se tornassem vul-nerveis aos ensinos da igreja ps-moderna, ou como [seus membros]preferem se designar, Igreja Emer-gente. Esse movimento bebe daessncia do antinomianismo, umafilosofia na qual os adeptos questio-nam mais a Bblia e os fundamen-tos da f do que o ensino e a in-fluncia anticrists de sua formaoeducacional secular. Eles contamcom o apoio de Hollywood, da m-dia esquerdista e da msica heavybeat que transmite mensagens an-tibblicas num apelo s emoes,enquanto a mente deixada de la-do. Tal msica pode, muitas vezes,apelar aos impulsos da carne e jinvadiu as igrejas, onde muitos lde-res eclesisticos alegam que ela lhespresta um auxlio no processo decrescimento da igreja, tentando

    provar, com isso,que esto no ca-minho certo.

    Entre os falsosensinos que bro-tam da IgrejaEmergente en-contra-se umaforma no to su-til de ataque au-toridade da Bblia um claro sinalde apostasia. Elesno mais afir-mam: Assim dizo Senhor (ape-sar do uso dessaexpresso pormais de duas milvezes na Bblia),

    por temerem que isso ofenda aque-las pessoas que apregoam a igualda-de de todas as opinies quanto aoseu valor. A Palavra de Deus no mais interpretada por aquilo querealmente diz; em vez disso, inter-pretada por aquilo que diz paravoc, desconsiderando, assim, o fa-to de que a formao educacional ea experincia de vida de uma pes-soa podem influenciar a maneirapela qual ela interpreta as Escritu-ras, a ponto de lev-la irrefletida-mente a um significado nunca pla-nejado por Deus para aquele texto.

    Alguns do a entender que Je-sus foi um bom homem, at mes-mo um bom exemplo, mas Deus?.Disso eles no tm certeza. Ou-tros relutam em chegar a tal pon-to de questionamento, porque seJesus no Deus que se fez car-ne, ento no temos um Salva-dor. Entretanto, h outros da Igre-ja Emergente que pem em dvi-da o milagre da concepo virginalde Cristo, Sua morte substitutivae expiatria, Sua ressurreio cor-poral e, obviamente, questionammais de mil profecias bblicas, tan-to as que j se cumpriram, quan-

    to as que ainda esto por se cum-prir, as quais descrevem o mara-vilhoso plano de Deus para o nos-so futuro eterno. Uma indicaoda situao em que eles realmen-te se encontram evidenciada pe-las declaraes de um dos seusprincipais lderes (que chamadode evanglico), apesar dele agru-par a srie de livros Deixados Pa-ra Trs na mesma categoria de OCdigo DaVinci.1 Uma afirmaodessas, vinda de um dos lderes daIgreja Emergente, revela o grau deconfuso ou de dolo a que eles defato chegaram. Ou ele est confu-so (iludido) quanto s mentirasgnsticas ocultistas que dominamo enredo de O Cdico Da Vinci,ou rejeita, intencionalmente, a in-terpretao literal da Bblia que o fundamento da srie Deixados Pa-ra Trs, baseada no livro de Apo-calipse. No temos nenhuma d-vida ao afirmar que os lderes daIgreja Emergente no crem noarrebatamento pr-tribulacionista,porque no aceitam a divina ins-pirao e autoridade da Bblia.

    Os mestres ps-modernos que sedenominam evanglicos, emboraneguem a f que uma vez por todasfoi entregue aos santos (Judas 3),so bem rpidos em falar o que elese outros filsofos herticos pensam,porm, raramente dizem o queDeus deixou registrado por escritoem Sua biblioteca de sessenta e seislivros, a Bblia. Eu, particularmen-te, creio que eles, na verdade, sohereges, apstatas e lobos disfara-dos em ovelhas. Devido ao fato docristianismo liberal ter cado no v-cuo do descrdito e das igrejas libe-rais terem ficado vazias, eles agorafazem uma tentativa de re-empaco-tar sua teologia sob a forma de ps-modernismo. Na realidade, a maiorparte desses conceitos no passadaquilo que costumava ser chama-do de modernismo ou liberalismo,

    13Chamada da Meia-Noite, setembro de 2007

    A lavagem cerebral de nossos filhos feita dentro das escolaspblicas pelos humanistas seculares, desde a pr-escola ato ensino superior (especialmente nos cursos de ps-gradua-o) tem produzido uma gerao ps-moderna que avessaaos absolutos morais, ao Evangelho que o nico caminhode salvao e autoridade da Palavra de Deus.

  • ainda que expressos com uma ter-minologia ps-moderna.

    difcil obter deles informaesquanto ao que realmente crem,mas eles sabem, muito bem, que nocrem nos fundamentos da f bbli-ca. J hora de chamarmos a aten-o das igrejas para o fato de quetais pessoas so hereges e falsos mes-tres que no deram crdito verdade;antes, pelo contrrio, deleitaram-se coma injustia (2 Tessalonicenses 2.12),tal como Judas escreveu nos verscu-los 17 e 18 de sua epstola: Vs, po-rm, amados, lembrai-vos das palavrasanteriormente proferidas pelos apstolosde nosso Senhor Jesus Cristo, os quaisvos diziam: No ltimo tempo, haverescarnecedores, andando segundo assuas mpias paixes.

    A mensagem do Esprito Santodirigida igreja de Laodicia se en-quadra perfeitamente realidade de-les: Ao anjo da igreja de Laodicia es-creve: Estas coisas diz o Amm, a teste-munha fiel e verdadeira, o princpio dacriao de Deus. Conheo as tuas obras,que nem s frio nem quente. Quem derafosses frio ou quente! Assim porque smorno e nem s quente nem frio, estou aponto de vomitar-te da minha boca;pois dizes: Estou rico e abastado e nopreciso de coisa alguma, e nem sabes quetu s infeliz, sim, miservel, pobre, cegoe nu. Aconselho-te que de mim compresoutro refinado pelo fogo para te enrique-ceres, vestiduras brancas para te vesti-res, a fim de que no seja manifesta a

    tua nudez, e col-rio para ungires osolhos, a fim de quevejas. Eu repreen-do e disciplino aquantos amo. S,pois, zeloso e arre-pende-te. Eis queestou porta e ba-to; se algum ouvira minha voz eabrir a porta, en-trarei em sua casa

    e cearei com ele, e ele, comigo. Ao ven-cedor, dar-lhe-ei sentar-se comigo nomeu trono, assim como tambm eu vencie me sentei com meu Pai no seu trono.Quem tem ouvidos, oua o que o Espri-to diz s igrejas (Apocalipse 3.14-22).

    Minha expectativa de que a ver-dadeira igreja evanglica assumissesua posio em alto e bom somcontra essa nova forma ps-moder-na de apostasia, concretizou-se, re-centemente, num simpsio de nossoPr-Trib Study Group [Grupo dePesquisas Pr-Tribulacionistas],ocorrido no final de 2006. Foramproferidas vrias palestras excelentesque expuseram os erros desse novomovimento. Quase que simultanea-mente recebi um exemplar do peri-dico The Masters Seminary Journal[Jornal do Seminrio Masters] quetambm desmascarava esse movi-mento atravs de artigos escritos pe-lo Dr. John MacArthur e pelo Dr.Richard Mayhue, dentre outros arti-culistas. Em seguida,chegaram informaesde que o Dr. John Ma-cArthur est escreven-do um livro sobre o as-sunto. Certamente seruma obra completa, demodo que nos ajudara confrontar essa here-sia moderna pelas Es-crituras, tal como so-mos expressamenteorientados a fazer nes-

    tes ltimos dias (i.e., [provar] os es-pritos se procedem de Deus, 1 Joo4.1). Pastores inexperientes e malalicerados na Palavra de Deus es-to sendo influenciados por essa for-ma atual de apostasia. Se tais pasto-res, porventura, comprarem essasidias nitidamente herticas, levarosuas igrejas ao desvio da verdade,atravs de falsos ensinamentos. Selderes cristos proeminentes e bemconhecidos no se opuserem aberta-mente a essa distoro apstata, muito provvel que se cumpram,negativamente, as palavras destaprofecia: Contudo, quando vier o Fi-lho do Homem, achar, porventura, fna terra? (Lucas 18.8).

    Ao procurar uma igreja para suafamlia, certifique-se de avali-la pe-la importncia que d Palavra deDeus. Voc se lembra daqueles ju-deus de Beria? Eles pesquisavamdiariamente nas Escrituras para sa-ber se os ensinamentos de Paulo eSilas eram legtimos e coerentes:Ora, estes de Beria eram mais nobresque os de Tessalnica; pois receberam apalavra com toda a avidez, examinan-do as Escrituras todos os dias para verse as coisas eram, de fato, assim(Atos 17.11). (Pre-Trib Perspectives)

    Nota:1. Jan Markell, Other Observations on the

    Condition of the Evangelical Movement,publicado na revista Lamplighter Magazine,vol. XXVIII, edio jan/fev de 2007, p. 12.

    14 Chamada da Meia-Noite, setembro de 2007

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    Os lderes da Igreja Emergente no crem no arrebatamen-to pr-tribulacionista, porque no aceitam a divina inspiraoe autoridade da Bblia.

  • 15Chamada da Meia-Noite, setembro de 2007

    Deus estende Sua misericrdia atodos aqueles que se arrependemsinceramente. Na Sua insondvelsabedoria, Ele distingue o fraco doforte, o humilde do orgulhoso, eprova os coraes de todos os ho-mens. Em algum lugar ao longo docaminho, o Deus Supremo provouo corao de Bate-Seba e decidiuabeno-la. E de fato a abenoou.

    Deus tomou para si o meninoque foi concebido por Bate-Sebaem adultrio. Ainda assim, na Suamisericrdia que dura para sempre,Ele deu-lhe outro filho. As Escritu-ras dizem que Davi veio a Bate-Se-ba, consolou-a e se deitou com ela; teveela um filho a quem Davi deu o nomede Salomo; e o Senhor o amou (2Sm 12.24).

    Aqui, pela primeira vez, Deusdeclarou Bate-Seba mulher legtimado rei Davi, santificou seu casa-mento e o abenoou. Na Sua infini-ta misericrdia e amor, o Senhorno somente deu a Bate-Seba outrofilho, Ele deu ao seu filho a supre-macia sobre os irmos mais velhos,declarando Salomo como herdeirodo trono de seu pai. Mais tarde,Davi iria dizer: E de todos os meusfilhos, porque muitos filhos me deu oSenhor, escolheu ele a Salomo para

    se assentar no trono do reino do Se-nhor, sobre Israel (1 Cr 28.5).

    Bate-Seba no somente tornou-se a rainha-me, ela tornou-se an-cestral direta de Jesus, o Messias,atravs de Salomo, e tambm atra-vs de seu filho Nat (1 Cr 3.5; Lc3.31). Ela uma das nicas quatromulheres listadas na genealogia deCristo (Mt 1.6).

    Bate-Seba permaneceu junto aDavi pelo resto de sua vida (maisuns vinte anos) e deu a ele quatrofilhos (1 Cr 3.5). Era uma esposadentre muitas e testemunhou umtumulto familiar que hoje seria con-siderado uma das piores formas dedisfuno nas relaes domsticas.Embora Deus amasse a Davi e o te-nha perdoado e abenoado, mante-ve a promessa dEle de que a espadanunca deixaria sua casa porque eletinha assassinado Urias, marido deBate-Seba, e tomado sua esposa.

    Curiosamente, no existe conde-nao para Bate-Seba em qualquerparte da Escritura. O pecado sem-pre descrito como sendo de Davisomente, principalmente porqueBate-Seba, uma mulher relativa-mente indefesa na poca do VelhoTestamento, foi aprisionada na teiade uma outra pessoa, e submetida a

    um relacionamento acreditandono ter outra escolha. Davi, contu-do, teceu a teia quebrando delibera-da e indiferentemente trs dos DezMandamentos: No matars. Nocometers adultrio... No cobiars amulher do prximo (x 20.13-14,17).

    A Lei Mosaica no previa ne-nhum sacrifcio para corrigir essa si-tuao. Davi merecia a morte. Mes-mo assim, Deus estendeu Sua mise-ricrdia enquanto providenciavaigualmente sua disciplina; e seusefeitos se espalharam pela famliade Davi, incluindo sua esposa.

    Primeiro, o filho mais velho deDavi, Amnon, estuprou sua pr-pria meia-irm, Tamar. Esta ficouto arrasada que passou o resto desua vida solteira na casa de seu ir-mo Absalo (2 Sm 13.20). Davi,contudo, no fez nada para punirAmnon, que merecia ser morto (Lv18.9,29). Conseqentemente Absa-lo, que amava tanto sua irm quedeu o nome dela sua filha emsua homenagem (2 Sm 14.27), fezjustia com suas prprias mos (2Sm 13.29). Ento ele fugiu para acasa de Talmai, rei de Gesur, avdele e de Tamar (2 Sm 13.37; 1Cr 3.2).

  • Absalo voltou para casa trsanos depois. Mas Davi, que no fo-ra rgido o suficiente com Amnon,foi bastante duro com Absalo e serecusou a restaurar seu relaciona-mento com ele. Como conseqn-cia, Absalo fomentou uma rebelioque obrigou Davi a fugir para salvarsua vida.

    Muito provavelmente Bate-Sebae seus filhos fugiram com ele, pois aBblia diz: Saiu o rei, e todos os desua casa o seguiram; deixou porm orei dez concubinas, para cuidarem dacasa (2 Sm 15.16).

    No final, Absalo morreu. Davi,atormentado pela dor e possivel-mente por seu miservel fracassocomo pai, chorou alto, clamando:Meu filho Absalo, meu filho, meufilho Absalo! Quem dera que eu mor-rera por ti, Absalo, meu filho, meu fi-lho! (2 Sm 18.33). Tudo isso porcausa do seu pecado com Bate-Se-ba.

    Bate-Seba aparece novamentenas Escrituras logo antes da mortede Davi, quando ele estava comcerca de 70 anos. Ela continua sen-do aquela mulher submissa, que fazo que lhe mandam fazer; e Davi

    ainda continua opai negligente.Adonias, irmode Absalo e omais velho dorestante dos fi-lhos de Davi,comeou a falarque seria o rei mesmo sabendoque o reino iriapara Salomo,porque do Se-nhor ele o rece-beu (1 Rs2.15). Davi nofez nada paraimpedi-lo. En-to Adonias rea-lizou uma festa,

    ostensivamente para celebrar suaascenso ao trono. Quando o profe-ta Nat percebeu o que estavaacontecendo, instruiu Bate-Seba acont-lo a Davi, que agora j en-contrava-se velho e doente.

    Bate-Seba obedeceu. Naquiloque foi um dos melhores momentoscom sua esposa, Davi declarou aBate-Seba: To certo como vive oSenhor, que remiu a minha alma detoda a angstia, farei no dia de hoje,como te jurei pelo Senhor, Deus de Is-rael, dizendo: Teu filho Salomo rei-nar depois de mim e se assentar nomeu trono, em meu lugar (1 Rs1.29-30).

    Enquanto Adonias estava comseus convidados, Zadoque, o sacer-dote, e Nat, o profeta, coroaramSalomo. Aproximadamente 21anos depois que Deus tomou o fi-lho de Bate-Seba, que fora concebi-do em pecado, Ele coroou seu ou-tro filho como rei de Israel.

    Bate-Seba aparece ainda maisuma vez. Davi havia morrido, eAdonias aparentemente continuavaalimentando esperanas de poderusurpar o trono. Adonias pediu aBate-Seba que convencesse seu fi-

    lho Salomo a lhe dar Abisague,uma bonita jovem que havia servidoa Davi. Bate-Seba era evidentemen-te ingnua no que diz respeito aoscaminhos do mundo e no enten-deu que o pedido de Adonias erauma tentativa de desacreditar seufilho. Na cultura daquele tempo,Abisague era propriedade do rei. Seele no a quisesse, ningum maispoderia t-la. Irado, Salomo negouo pedido e solidificou seu reinadomandando matar Adonias (1 Rs2.24-25).

    Mas a entrada de Bate-Seba napresena de Salomo revela um be-lo relance do relacionamento entreme e filho. A Escritura diz: O reise levantou a encontrar-se com ela e seinclinou diante dela; ento, se assentouno seu trono e mandou pr uma cadei-ra para sua me, e ela se assentou sua mo direita (1 Rs 2.19). Embo-ra Bate-Seba fosse agora apenasuma viva entre tantas no palcio,ela era a nica viva que era medo rei.

    Foi escrito no livro de Glatas:No vos enganeis: de Deus no sezomba; pois aquilo que o homem se-mear, isso tambm ceifar (Gl 6.7).Infelizmente, aquele que semeiano o nico que colhe. No instan-te em que Davi semeou sementesde pecado, as vidas de Bate-Seba ede seus filhos foram mudadas parasempre. Deus, mesmo sendo santo,reto e justo, tambm misericor-dioso. Sua misericrdia dura parasempre e Ele a dispensa graciosa-mente para qualquer um que verda-deiramente se arrepende. (Israel MyGlory)

    Lorna Simcox editora-snior de The Friendsof Israel.

    16 Chamada da Meia-Noite, setembro de 2007

    No vos enganeis: de Deus no se zomba; pois aquilo que ohomem semear, isso tambm ceifar (Gl 6.7).

  • 17Chamada da Meia-Noite, setembro de 2007

    A Bblia mostra que pelo menosnos trs anos e meio finais do pe-rodo de sete anos da Tribulaohaver um governo global centrali-zado. Os captulos 17 e 18 deApocalipse revelam que a globali-zao babilnica ser estabelecidasobre trs bases de sustentao:intercmbio comercial, religio fal-sa e governo centralizado. Eviden-temente, ainda no estamos viven-do naquele perodo de sete anosda Tribulao, a qual um eventofuturo. Vivemos, na verdade, numtempo em que Deus faz a monta-gem do palco para os aconteci-mentos que ocorrero aps o Ar-rebatamento da Igreja, durante aTribulao. A globalizao umdos elementos que caracterizaro aTribulao, contudo, podemosnot-la diariamente em toda parteao nosso redor. No mundo inteiro,j se pode observar instituies,sejam pblicas ou privadas, quedo passos rumo globalizao.

    O modelo da Unio Europia

    Os passos intermedirios queatualmente tm sido dados pare-cem se alinhar tendncia de or-ganizar o mundo em blocos de de-senvolvimento, como tem sido du-rante estas ltimas duas dcadasna Unio Europia (UE). Robert

    Congdon, que vi-ve na Esccia,apresentou umexcelente ensaiosobre a UnioEuropia no Pre-

    Trib Study Group (Grupo de Pes-quisas Pr-Tribulacionistas) reuni-do em dezembro de 2005.1 Cong-don demonstrou por evidnciasque o objetivo final da Unio Eu-ropia no apenas o de unificar aEuropa, mas usar tal unificaocomo um trampolim para, final-mente, estabelecer um governoglobal exercido pelos europeus:

    A Unio Europia se define, aberta-mente, como uma famlia de pases de-mocrticos europeus que tm o compro-misso de trabalharem juntos pela paz eprosperidade. Desde o seu incio, quan-do comeou com seis naes, a UnioEuropia tem crescido e j conta com 25pases. Os europeus, de acordo com osplanos de expanso da prpria UnioEuropia, projetam, para um futuro pr-ximo, a ampliao da Unio para 80pases, o que representaria uma popula-o acima de 430 milhes de pessoas.Ao considerar as perspectivas futuras, odiretor de poltica externa do Centre forEuropean Reform [Ncleo Para a Refor-ma Europia] projeta a expanso totalda Unio renomeada para 109 na-es dentre as quais estariam tantopases da Amrica do Norte quanto daAmrica do Sul. Sem dvida, uma Uniodesse porte se encaixa com a descriode toda a terra feita porDaniel (Dn 7.23).2

    O alvo da Unio Euro-pia unir toda a Europanuma nica coalizo que

    tambm ter a finalidade de promovera paz, a harmonia, a prosperidade e apreveno de futuros conflitos mun-diais. Esse sonho europeu, como freqentemente chamado, prope acriao de um governo nico que eli-minaria as rivalidades nacionais e osconflitos dentro da Europa. Concebidapelos sonhadores da Utopia nos idosde 1920, a Unio Europia da atuali-dade constitui-se numa instituio degoverno que exerce o controle sobre25 pases da Europa. Muitos membrosdo governo prevem uma configuraofinal de 109 naes debaixo do guar-da-chuva de uma Unio renomeada.O agente que faz com que essa uniode 25 membros seja funcional o seupoder nico supranacional.3

    Congdon assinala que o modelode gradualismo e regionalismo daUnio Europia foi projetado paraser aquele que muitos outros se-guiriam na busca do caminho paraa globalizao final. Ele declara:

    impossvel saber se a Unio Euro-pia a forma embrionria de gover-no que se unir derradeira religiomundial descrita em Apocalipse 17.Contudo, ela serve, no mnimo, comoum forte exemplo da maneira pelaqual uma aliana dessa natureza podese efetivar. Para se compreender comoum supergoverno global poderia firmaruma aliana com uma super-religiomundial, preciso entender, primeira-mente, o modo pelo qual a Unio Eu-ropia se desenvolveu, desde aquele

    A comunidade global emergente

    impossvel saber se a Unio Europia a forma embrionria de governoque se unir derradeira religio mundial descrita em Apocalipse 17.

    Contudo, ela serve, no mnimo, como um forte exemplo da maneira pela qual uma aliana dessa natureza pode se efetivar.

  • sonho utpico de uns poucos homensda dcada de 1920 at a posio queatualmente ocupa, na qualidade denico governo supranacional que pro-cura unir 109 naes do mundo.4

    No exagero quando, hojeem dia, muitos expositores daprofecia bblica fazem meno deum ressurgimento do Imprio Ro-mano, como a descrio da faseinicial do reinado do Anticristodurante a primeira metade da Tri-bulao. Congdon comenta queesse o lugar para o qual a UnioEuropia parece se encaminharno atual momento:

    Uma anlise da poltica de boa vizi-nhana da Unio Europia [...] revelaseu objetivo de encampar o Oriente M-dio, o Egito e o Norte da frica (todasas naes que outrora faziam parte doantigo Imprio Romano). Soma-se a issoo trabalho embrionrio da Unio Euro-pia junto ao Mercosul o Mercado Co-mum do Sul criado por quatro pasesda Amrica do Sul em maro de 1991.A Unio Europia caminha rapidamentepara se tornar o Imprio Romano mun-dial moderno com o surgimento de ummundo formado por blocos regionais.Ao substiturem pases por blocos inter-nacionais governados por um podermundial, os mentores da globalizaoacreditam que as rivalidades e os confli-tos entre naes sero evitados. poss-vel que essa seja a idia descrita peloprofeta Daniel no texto de Daniel 7.24.5

    O mtodo Monnet

    Um dos maiores colaboradorespara o desenvolvimento da atualUnio Europia foi um francs cha-mado Jean Monnet. Ele tornou-seum banqueiro nos idos de 1930 e ela-borou aquilo que, mais tarde, recebeuo designativo de Mtodo Monnetou engrenage [i.e., engrenagem].

    Nesse mtodo, cada novo avanoda viso supranacional considera-

    do um meio de engrenar o prximoavano. O mtodo Monnet propunhaum tratado ou acordo que parecia serde relevncia secundria. Nos termosdesse tratado abrigava-se uma clusu-la velada que, aps tornar-se lei, abriuas portas para uma utilizao maisefetiva e ampla do poder outorgado. a continuidade desse mtodo utilizadopela Unio Europia que a levar aosucesso ou fracasso na concretizaodo sonho de se tornar um imprio glo-bal e, talvez, de cumprir duas caracte-rsticas da configurao do quarto rei-no humano mencionadas pelo profetaDaniel no captulo 7.23.6

    Essa espcie de gradualismopode ser aplicada a qualquer insti-tuio pblica ou privada, e con-tribui para o processo de forma-o gradativa de blocos regionais,que conduz globalizao.

    A unio norte-americana

    Durante os ltimos trinta ecinco anos, na qualidade de estu-dante da profecia bblica, aprendi,desde o primeiro dia de estudo,que durante a Tribulao haveriaum governo mundial nico sob aliderana do Anticristo. Eu sem-pre soube que no decorrer de mi-nha vida as coisas caminhariamno rumo da globalizao e que omundo, s vsperas do Arrebata-mento, estaria cada vez mais pre-parado para essa mentalidade glo-bal. Minha tendncia era a depensar que essas coisas acontece-riam l na Europa, no nos Esta-dos Unidos. Inclinava-me a pen-sar que, nos Estados Unidos, osverdadeiros desdobramentos des-sa situao ocorreriam, provavel-mente, depois do Arrebatamento,ou seja, que os americanos, prin-cipalmente o grande nmero decristos evanglicos, s abririammo de sua soberania nacional

    depois de muito gritar e espernearem oposio. Apesar de aindaachar que os americanos oferece-ro certo grau de resistncia aoavano desse processo de globali-zao, parece que depois do fat-dico 11 de setembro as coisas pas-saram a convergir mais rapida-mente nessa direo.

    No tenho condio de regis-trar todos os acontecimentos que,a partir do 11 de setembro de2001, tm concorrido para a glo-balizao, porm, recentemente,Jerome R. Corsi, mais conhecidocomo um dos autores do livro quedava apoio Swift Boat VeteransFor Truth (uma organizao deex-combatentes da Guerra doVietn) na sua luta contra a can-didatura de John Kerry, fez algu-mas revelaes surpreendentes so-bre os esforos para unir os Esta-dos Unidos, o Canad e o Mxiconum nico bloco internacional, aUnio Norte-Americana. Quantosde vocs sabem alguma coisaacerca disso? Corsi declarou:Apesar de no ter nenhuma au-torizao do Congresso, o gover-no Bush iniciou uma ampla ativi-dade de grupos de trabalho paraimplementar um acordo trilateralcom o Mxico e o Canad.7

    A fuso entre esses pases no simplesmente uma proposta; jexiste um acordo assinado entre osgovernos. Corsi informa: Os gru-pos que trabalham subordinadosao gabinete do North American FreeTrade Agreement [Tratado Norte-Americano de Livre Comrcio],dentro do Departamento de Co-mrcio, tm a responsabilidade depromover a Parceria da Seguranae Prosperidade ou SPP [a sigla ori-ginal em ingls],8 assinada em Wa-co, Texas, no dia 23 de maro de2005, pelo presidente Bush, peloento presidente Vincent Fox, do

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    Mxico, e pelo ento primeiro-mi-nistro canadense, Paul Martin.9

    Qualquer pessoa pode ter acesso eaveriguar, por si mesma, a condutado governo americano, atravs dosite da SPP: www.spp.gov.

    Eu me lembro que o governoClinton adotou a postura de nolevar tratados e propostas multi-nacionais para a apreciao do Se-nado, conforme orienta a consti-tuio americana. Ele simples-mente implementava os detalhesdos acordos atravs da burocraciaadministrativa, como se o tratadotivesse sido ratificado. Atualmen-te, o governo Bush adota a mesmapostura dentro do Departamentode Comrcio. Segundo Corsi, orelatrio da SPP endereado aoschefes de governo dos EstadosUnidos, do Mxico e do Canad publicado em 27 de junho de2005 alista cerca de vinte gru-pos de trabalho diferentes abran-gendo uma ampla variedade deassuntos, desde comrcio eletrni-co at poltica de navegao area,questes de fronteira e imigrao,numa atividade que envolve diver-sas agncias do governo america-no.10 Gabinetes semelhantestambm foram organizados pelosgovernos canadense e mexicano.

    Tais artifcios burocrticos socriados margem das prescriesconstitucionais e geralmente tm afinalidade de invalidar o legtimopoder das autoridades nacionais elocais em vrias questes. Assim, atendncia a de criar esses novosmbitos de jurisdio que simples-mente surgem no sistema e sobre-pujam o poder das autoridades de-vidamente eleitas para tratar de as-suntos como: problemasambientais, gerenciamento da utili-zao do solo, etc. Esse tipo de ma-nobra solapa nossas estruturas tradi-cionais de governo e as substitui por

    burocratas que nem sequer forameleitos. Pode-se perceber como taisartifcios contribuem para um regio-nalismo de blocos e, no fim, para aglobalizao, medida que inseremgradativamente um novo mtodo defazer as coisas, mtodo esse que eli-mina paulatinamente o antigo.

    Concluso

    Corsi faz a seguinte citao deum documento da Fora Tarefa:

    A Fora Tarefa tem a satisfao deoferecer orientao especfica acerca damaneira pela qual se pode buscar a par-ceria e concretiz-la. Para tanto, a ForaTarefa prope a criao de uma Comu-nidade Norte-Americana at 2010, afim de aumentar a segurana, a prospe-ridade e as oportunidades. Nossa pro-posta de uma comunidade baseia-se noprincpio enunciado pelos trs chefes degoverno na Declarao Conjunta demaro de 2005, ao afirmarem que nos-sa segurana e prosperidade so mutua-mente dependentes e complementares.Seus limites sero definidos por uma ta-rifa alfandegria comum e por um per-metro externo de segurana, dentro doqual o movimento de pessoas, produtose capital ser lcito, tranqilo e seguro.Seu objetivo garantir uma Amrica doNorte livre, segura, justa e prspera.

    Eles propem, at mesmo, acriao de uma nova moeda paraentrar em circulao em toda a

    Amrica do Norte, a partir de2010, cujo nome seria Amero, se-melhana do Euro. Quando se temnotcia de que uma Unio Norte-Americana passar a existir, tam-bm no de se admirar que sejaessa, talvez, a razo pela qual o go-verno Bush no esteja to preocu-pado com o problema da imigra-o ilegal. Toda essa questo podeficar em sigilo at 2010. O queconstatamos, no atual momento, a forma pela qual o regionalismode blocos abre caminho para a glo-balizao final. Maranata! (Tho-mas Ice, Pre-Trib Perspectives)

    Thomas Ice diretor-executivo do Pre-TribResearch Center em Lynchburg, VA (EUA).Ele autor de muitos livros e um dos editoresda Bblia de Estudo Proftica.

    Notas:1.Robert Congdon, The European Union

    and The Supra-Religion. Ensaio apresen-tado no 14 Annual Pre-Trib Study Group,reunido em Dallas, TX, em dezembro de2005, publicado no site www.pre-trib.org/article-view.php?id=253.

    2.Congdon, The European Union, p. 10-11.3.Congdon, The European Union, p. 9.4.Congdon, The European Union, p. 7.5.Congdon, The European Union, p. 11.6.Congdon, The European Union, p. 9.7.Jerome R. Corsi, Bush sneaking North

    American super-state without oversight?,publicado no WorldNetDaily em 13 de ju-nho de 2006: www.worldnetdaily.com/-news/article.asp?ARTICLEID=50618.

    8.Pode-se ler o anncio oficial do governoamericano sobre a assinatura desse acor-do no seguinte endereo da internet:h t t p : / / u s i n f o . s t a t e . g o v / i s / A r c h i -ve/2005/Mar/23-209281.html.

    9.Corsi, Bush sneaking.10.Corsi, Bush sneaking.

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  • 20 Chamada da Meia-Noite, setembro de 2007

    O restabelecimento de Israel

    Resposta: A Bblia fala clara-mente do retorno de Israel suaptria e que o povo se inclinar pa-ra seu Messias no final dos dias.Com a mesma clareza, a Bblia in-dica uma volta do povo judeu parasua ptria em, no mnimo, duas fa-ses: a primeira acontece ainda naincredulidade. A segunda ocorrerna f em Jesus Cristo, o Messias. Arespeito, lembro trs passagens:

    Encontramos o texto mais nti-do em Ezequiel 37. Ali o profeta vo grande vale com os ossos secos.Ele descreve simbolicamente o re-torno dos judeus sua ptria emtrs fases:

    1. Ouve-se um forte rudo, umabalo, que leva ao ajuntamento dosossos (v.7). Isso representa o sionis-mo a partir de 1870. Em seguida,por conseqncia da I Guerra

    Mundial e do caso Dreyfus, porexemplo, muitos judeus retornaram sua ptria.

    2. Os ossos ajuntados so cober-tos de tendes, carnes e pele. Issosimboliza a fundao do Estado deIsrael em 1948. Israel tornou-se umorganismo prprio entre as naes.Mas, no final do versculo 8 est di-to claramente que ainda no havianeles o esprito.

    3. Se continuarmos lendo o livrode Ezequiel, constataremos que Is-rael receber esse esprito quando oMessias voltar, isto , no momentoem que reconhecer que o Senhor seu Deus. Lemos em Ezequiel39.29: J no esconderei deles o ros-to, pois derramarei o meu Esprito so-bre a casa de Israel, diz o SENHORDeus. A partir do momento emque voltar em glria, o Senhor noesconder mais Seu rosto de Israel.Essa ser a hora do renascimentoespiritual de Israel.

    Realmente, a volta dos judeusdurante a poca do sionismo, de1870 at hoje, foi um retorno semrenascimento. Theodor Herzl e osoutros lderes do povo judeu noeram crentes no sentido bblico.

    A segunda passagem que indi-ca a volta inicial de Israel na incre-dulidade Osias 3.4-5: Porque osfilhos de Israel ficaro por muitos diassem rei, sem prncipe, sem sacrifcio,sem coluna, sem estola sacerdotal oudolos do lar. Depois, tornaro os filhosde Israel, e buscaro ao SENHOR, seuDeus, e a Davi, seu rei; e, nos ltimosdias, tremendo, se aproximaro do SE-NHOR e da sua bondade. Nesse casotambm encontramos trs etapas:

    1. Os filhos de Israel ficaro pormuitos dias sem rei e sem prncipe(= sem governo), sem sacrifcio (=sem sacerdcio). Foi o que se cum-priu a partir do ano 70 d.C. at oretorno em 1948.

    2. O texto prossegue: Depois,tornaro os filhos de Israel. Esse um retorno puramente fsico: o po-

    vo judeu voltar da disperso parasua ptria.

    3. ...tornaro... e buscaro aoSENHOR, seu Deus, e a Davi, seurei. Isso acontecer quando JesusCristo voltar, ou melhor: pouco an-tes dEle voltar. No meu entendi-mento, isso se dar durante a Gran-de Tribulao, no final dos dias. Is-so, por sua vez, combina comZacarias 12.10-14: naquele dia, elesolharo para aquele a quem traspas-saram e cada famlia, cada tribo,em Israel se arrepender.

    A terceira passagem relaciona-da ao tema Jeremias 33.7-8.

    1. O versculo 7 diz sobre o re-torno de Israel na incredulidade:Restaurarei a sorte de Jud e de Is-rael e os edificarei como no princpio.Tambm nesse texto temos a mes-ma situao: isso aconteceu desde apoca do sionismo at nossos dias.

    2. Lemos no versculo 8: Puri-fic-los-ei de toda a sua iniqidadecom que pecaram contra mim; e per-doarei todas as suas iniqidades comque pecaram e transgrediram contramim. Da mesma forma: primeiroacontece o retorno terra na incre-dulidade e depois ocorre a purifica-o espiritual, ou seja, o renasci-mento e o perdo dos pecados con-forme Romanos 11, quando oSenhor voltar a Sio e apartar asimpiedades do povo (v. 26). Novemos contradies bblicas no re-torno dos judeus sua ptria, quepresenciamos atualmente. Pelocontrrio, ele revela um cumpri-mento admirvel e grande preciso.

    Aguardamos ansiosamente abreve volta do Senhor Jesus Cristo,para que essas verdades bblicaspassem histria. (Norbert Lieth)

    Para se manter informado a respeito deIsrael, faa sua assinatura da revistaNotcias de Israel.

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    Pergunta: A questo do retorno de Is-rael sua terra como povo secular ouconvertido ao Senhor tem levantadomuitas dvidas. Pergunto se h umacontradio entre a profecia de Moiss(Deuteronmio 30.1-20) e as afirma-es dos profetas Ezequiel (captulo36.24-28 e captulo 37) e Zacarias (ca-ptulo 12.9ss.). Considero que a restau-rao de Israel como Estado e comopovo na terra dos antepassados bblicos um milagre de Deus. Entretanto, emgrande parte Israel voltou como um po-vo secular, que pouco se distingue dasdemais naes. Isso no tem mudadosignificativamente desde a proclamaodo Estado em 1948. Mesmo assim,aps a proclamao do juzo em Deute-ronmio 28, Deus anunciou Sua miseri-crdia e, em Deuteronmio 30, prome-teu uma nova aliana ao povo que retor-naria do exlio dentre todas as terras etodas as naes e, ento, estaria dis-posto ao arrependimento. Podemosconcluir, portanto, que a disposio aoarrependimento a condio estabele-cida por Deus para o restabelecimentode Israel e o retorno do povo?