Charliehadji Avavliaodesmistificada4 130811093951 Phpapp01

9
1 Obra: Avaliação Desmistificada Autor: Charlie Hadji É a intenção dominante do avaliador que torna a avaliação formativa . um modelo ideal verdadeiramente útil Primeira característica: avaliação informativa Conceito: formativa toda avaliação que auxilia o aluno a aprender e a se desenvolver, ou seja, que colabora para a regulação das aprendizagens e do desenvolvimento no sentido de um projeto educativo. A observação é formativa quando permite guiar e otimizar as aprendizagens em andamento. Segunda característica: Uma avaliação formativa informa os dois principais atores do processo. O professor, que será informado dos efeitos reais de seu trabalho pedagógico, poderá regular sua ação a partir disso. O aluno, que não somente saberá onde anda, mas poderá tomar consciência das dificuldades que encontra e tornar-se-á capaz, na melhor das hipóte- ses, de reconhecer e corrigir ele próprio seus erros.

description

Didatica

Transcript of Charliehadji Avavliaodesmistificada4 130811093951 Phpapp01

1 Obra: Avaliao Desmistificada Autor: Charlie Hadji aintenodominantedoavaliadorquetornaa avaliao formativa. um modelo ideal verdadeiramente til Primeira caracterstica: avaliao informativa Conceito:formativatodaavaliaoqueauxiliaoalunoa aprendereasedesenvolver,ouseja,que colaboraparaaregulaodasaprendizagense dodesenvolvimentonosentidodeumprojeto educativo. Aobservaoformativaquandopermiteguiare otimizar as aprendizagens em andamento. Segundacaracterstica:Umaavaliaoformativa informaosdoisprincipaisatoresdoprocesso.O professor, que ser informado dos efeitos reais de seu trabalho pedaggico, poder regular sua ao a partir disso.Oaluno,quenosomentesaberondeanda, maspodertomarconscinciadasdificuldadesque encontraetornar-se-capaz,namelhordashipte-ses, de reconhecer e corrigir ele prprio seus erros. 2 Terceiracaracterstica:funoderegulaovoltada para o professor e para o aluno,acrescenta-se oque designou-se como uma funo corretiva. Aavaliaoformativaimplica,porpartedoprofessor, flexibilidade e vontade de adaptao, de ajuste. Avaliao formativa , antes, contnua avaliaoformativacorrespondeaomodeloidealde uma avaliao: colocando-sedeliberadamenteaserviodofim quelhedsentido:tornar-seumelemento,um momento determinante da ao educativa; propondo-se tanto a contribuir para uma evoluo do aluno quanto a dizer o que, atualmente, ele ; inscrevendo-senacontinuidadedaao pedaggica,aoinvsdesersimplesmenteuma operao externa de controle, cujo agente poderia ser totalmente estrangeiro atividade pedaggica. OS OBSTCULOS EMERGNCIA DE UMA AVALIAO FORMATIVA 1.Umprimeiroobstculodecisivoaexistnciade representaes inibidoras.Amudananasprticasimplica,entreoutrascoisas, mudanadasmentalidades,condicionadaporfatores deordemideolgicaesocial.Aavaliaotraduze serveaideologiadominantedainstituiosocial 3 qualpertenceoprofessor,nenhumaavaliao decisivapodeseresperadasemquehajauma mudana profunda na ideologia dominante. 2.Um segundo obstculo a pobreza atual dos saberes necessrios. Nodependedosprofessores,masdos pesquisadores,queesseobstculosejasuperadoou no.Paraajudaroalunoadeterminar,analisare compreenderseuserros,necessriobasear-se emmodelostericosqueesclareamo funcionamentocognitivo,essanecessidadeno devetornar-separalisanteetransformar-seem libi para o imobilismo. 3.Oterceiroobstculoapreguia,ouomedo,dos professores, que no ousam imaginar remediaes. O primeiro momento de umanovaseqncia didtica, o que falta freqentemente ou a vontade de remediar. Oqueaprendemos:Temosquecaminharparauma prticaavaliativacolocada.tanto quantopossvel,aserviodas aprendizagens. COMPREENDER QUE AVALIAR NO MEDIR, MAS CONFRONTAR EM UM PROCESSO DE NEGOCIAO Para melhorar o instrumento, preciso corrigir seus defeitos: a)a subjetividade do corretor; 4 b)Acreditar(ouesperar)emumapossvelneutralizaodesse fatorevidentedeerrostemsentidoquandoseacreditana objetividade de algum modo natural;c)Asprticasavaliativasdosprofessoressoorientadaspor uma histria escolar e social singular. A avaliao um ato que se inscreve em um processo geral de comunicao/negociao. PARA O ALUNO, O DESEMPENHO DEPENDE DO CONTEXTO Oalunodeveentoadivinharoqueoprofessores-pera e decodificar suas expectativas implcitas. Emsituaodevisibilidadesocial,osdesempenhos estodeacordocomasatribuiessociais:osujeito inscreveentosuacondutanosistemade expectativasengendradaspelaescola.Emsituao de anonimato, eles vo no sentido oposto s sanes atribudas,comoseoanonimatocorrigisseoque havia sido socialmente fabricado. A percepo que o examinador tem do desempenho igualmente dependente do contexto social. A avaliao um ato de comunicao que se inscreve em um contexto social de negociao. 5 Oavaliadornouminstrumentodemedida,masum ator em um processo de comunicao social. A AVALIAO UM ATO DE CONFRONTO ENTRE UMA SITUAO REAL E EXPECTATIVAS REFERENTES A ESSA SITUAO aavaliaonoumaoperaocientfica.Adeclarao doavaliadorsempreequvoca.Elastemlegitimidade no seio de uma instituio. elaexpressaaadequao(ouanoadequao) percebidaentrearelaoatualdoalunocomosaber, objetodaavaliao,earelaoidealdoalunocomo saber,objetododesejoinstitucional.emnomedessa relao ideal que declarado o valor do aluno. Compreende-sequeaavaliaonoumamedida (aquision.1);queseinscreveemumprocessode comunicao/negociao (aquisio n. 2), por referncia sua caracterstica essencial: uma operao de confronto, decorrelao,entreexpectativaseumarealidade(ou,no outro sentido, entre o existente e o desejado ou o espera-do).Essasexpectativassoessencialmentesociais. precisoestabelecerexpectativaslegtimas,oquenem sempreevidente...podeexigirnegociaes.O julgamentodevalorproduzidodestina-seaatoressociais (oprprioprofessor,oaluno,aadministrao,ospais, etc.), para quem o que se diz nessa comunicao significa muito.Olugarqueseconseguirnasociedadeser,em parte, funo do valor escolar, apreciado e proclamado na escola. Apreciado, e no medido no sentido estrito, j que nosetratademedirumobjeto,masdedizeremque medida esse objeto corresponde a expectativas especficas sobre ele. A primeira maneira de pr a avaliao a servio dosalunos,paraoprofessor-avaliador,compreender tudo isso. IMPORTANTE 6 PISTAS PARA AO Do ponto de vista dos objetivos da prtica avaliativa: que se devia privilegiar a auto-regulao desvinculando, na medida do possvel, o escolar do social pela designao e pela explicitao do que se espera construir e desenvolver atravs do ensino de maneira que o aluno perceba o alvo visado aproprie-se tanto dos critrios de realizao quanto dos critrios de xito... e esteja em condies de julgar sua situao com conhecimento de causa tornando-se o professor capaz de fundamentar as remediaes feitas sobre os diagnsticos elaborados (embora no haja causalidade linear do diagnstico remediao) e de diversificar sua prtica pedaggica, por meio de um aumento de sua variabilidade didtica 7 Do ponto de vista das, modalidades da prtica avaliativa: Do ponto de vista das condies tcnicas da avaliao: que o professor no devia autolimitar sua criatividade e sua imaginao que devia ter a preocupao de falar correta e pertinentemente privilegiando avaliaes em segunda, at mesmo em primeira pessoa relacionar de maneira coerente o exerccio de avaliao ao objeto avaliado especificar o sistema de expectativas e os critrios no se afogar em um mar de observveis ampliando, entretanto, o campo das observaes a fim de tornar a avaliao mais informativa 8 Do ponto de vista da deontologia (parte da filosofia que trata dos princpios. estudo dos deveres) do trabalho do avaliador: CONDIES PARA MUDANAS: condio 1: ter sempre o objetivo de esclarecer os atores doprocessodeaprendizagem(tantooalunocomoo professor); condio2:recusarlimitar-seaumanicamaneirade agir, a prticas estereotipadas; condio 3: tornar os dispositivos transparentes; condio 4: desconfiar dos entusiasmos e dos abusos de poder. Avaliar um ato de amor! Que cada um comece! de jamais se pronunciar levianamente (dever de prudncia) de construir um contrato social, fixando as regras do jogo (dever de clareza) de despender tempo para refletir e identificar o que julgava poder esperar dos alunos (dever de reflexo prvia) de desconfiar, a esse respeito, do que parece ser evidente (dever de distanciamento, ou de desconfiana) de enunciar os valores em nome dos quais se tomava decises (dever de transparncia) 9